com privacidade) e a vida em meio a natureza bem preservada, respectivamente. Já o terceiro plano é um local de convívio em sociedade, com experiências de trocas comerciais e culturais, da mesma forma como acontece em uma feira. Com isso, imagina-se um mundo em que o modo de vida da feira tomou conta do modo de vida da sociedade como um todo, conjeturando como seria a forma como nós interagimos com outros seres humanos se ela fosse simplesmente baseada em trocas. “O Sol está se pondo. Me levanto do dormitório, me preparo e me direciono à escadaria que leva ao plano superior para viver. Após alguns degraus, consigo ver a luz e começo a ouvir as vozes de outros moradores. A conversa é contínua e o plano está cheio nesse momento. Ele é extenso e infinito. Em cada espaço, vejo cores e alturas diferentes. Estranharia-me se não estivesse aqui diariamente.
imagina-se um mundo em que o modo de vida da feira tomou conta do modo de vida da sociedade como um todo, conjeturando como seria a forma como nós interagimos com outros seres humanos se ela fosse simplesmente baseada em trocas. “O Sol está se pondo. Me levanto do dormitório, me preparo e me direciono à escadaria que leva ao plano superior para viver. Após alguns degraus, consigo ver a luz e começo a ouvir as vozes de outros moradores. A conversa é contínua e o plano está cheio nesse momento. Ele é extenso e infinito. Em cada espaço, vejo cores e alturas diferentes. Estranharia-me se não estivesse aqui diariamente. Para iniciar meu dia, dirijo-me à primeira banca de pão de queijo. O rapaz me cumprimenta e começamos as negociações. Ele oferece três opções por um período de limpeza. Eu retruco. Quatro. Então temos um acordo.
GUIA DE
então, no espaço que ofereço meus serviços. Esse é um espaço de grandes dimensões, sem barreiras. É um lugar de compartilhaprodutos a serem vendidos, tornando esses espaços ainda mais he
CARTOGRAFIAS
eles já são em seu formato atual. Além disso, no ponto de encontro entre as duas linhas, seria feita uma espécie de “rotatória elevada”, uma “ponte circular”, com o objetivo de melhorar a circulação dos dois eixos de feira, evitando conflito entre
PARA FEIRAS
as duas linhas. Por fim, falando mais especificamente sobre os ônibus, eles teriam suas laterais feitas em grande parte com vidro, aumentando o contato direto da feira com a parte externa por meio dessas janelas e remetendo ao “ambiente natural” da feira: a rua. Também pensando nisso, o teto é feito de maneira retrátil, somente fechado para cobrir da chuva, mas aberto nos de Esta primeira Utopia descreve em forma de conto um proposta de um mundo que é dividido em três planos, como se fossem três andares de convivência, cada um com uma experiência social diferente. O primeiro e segundo planos seriam a vida como indivíduo (local de descanso onde se vive
Para iniciar meu dia, dirijo-me à primeira banca de pão de queijo. O rapaz me cumprimenta e começamos as negociações. Ele oferece três opções por um período de limpeza. Eu retruco. Quatro. Então temos um acordo. No mesmo plano, posiciono-me, então, no espaço que ofereço meus serviços. Esse é um espaço de grandes dimensões, sem barreiras. É um lugar de compartilhamento com outros seres e está sempre em constante transformação. Trocadores se mudam de lá pra cá de acordo com seus anseios por viver um autêntico eu. Me desloco para uma nova troca. Vista bonita. Contraste. Pontos cheios e circulações ocupadas. O desejo de mudar novamente desperta ao longo do caminho. Termino minha terceira atividade e decido descer para o espaço intermediário. Gosto de frequentar ali. Apesar de não receber o mesmo fluxo de pessoas do espaço de tro-
TURMA 7 apresenta:
PROJETO FEIRÔ
DISCUSSÕES, TROCAS E EXPERIÊNCIAS SOBRE AS FEIRAS DE GOIÂNA Trabalho acadêmico apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Goiás, como produto da discussão realizada ao longo da disciplina de Projeto VII. Orientado pelo Prof. Dr. Camilo Vladimir de Lima Amaral.
Capa Ana Elisa Jawabri Editoração Ana Elisa Jawabri Conteúdo Ana Carla Paiva, Ana Elisa Jawabri, João Henrique Silva, Leonardo Frecchiami GOIÂNIA 2019
SUMÁRIO INTRODUÇÃO MAPA 3D MAPAS 2D MAPA PSICOGEOGRÁFICO COLAGEM sumário
[5]
instagram.com/projetofeiro issuu.com/projetofeiro fav_ufg_projeto vii [6]
guia cartogrรกfico para feiras
DESCUBRA
basta posicionar a câmera do seu celular aqui e ser feliz! :)
Arquivos Base
Livro Issuu introdução
[7]
INTRODUÇÃO
A partir dos estudos sobre as feiras de Goiânia graças à disciplina de Projeto VII na Universidade Federal de Goiás, viu-se a necessidade de que esse espaços pudessem ser representados de forma imagética e de fácil entendimento, tanto para quem os pesquisa quanto para quem se interessa pelo assunto. Visto que a Cartografia se trata de uma ciência que busca representar visualmente a superfície terrestre, o seguinte guia cartográfico busca estabelecer um molde, uma sugestão de como cartografar as feiras, com o objetivo de auxiliar qualquer um que se interesse por esse fenômeno urbano e que busque estudá-lo, estabelecendo tópicos relevantes para levantamentos que sejam feitos em eventuais visitas à campo. Assim, foi percebido que as feiras são caracterizadas pelo efêmero, pela impermanência, pela apropriação de espaços públicos dos centros urbanos como ruas e praças, enfim, pela criação de um evento social, uma experiência que vai muito além das trocas comerciais feitas, sendo inerente a presença de trocas sociais e culturais nestes espaços. Logo, sua representação gráfica não poderia se dar da mesma forma que um edifício fixo, exigindo que os levantamentos feitos levassem em conta as especificidades de cada feira e quais as exintrodução
[9]
periências particulares ela fornece ao usuário. Por isso, foram geradas representações em forma de mapas 3D, 2D e mapas psicogeográficos, de forma a traduzir a heterogeneidade da feira por meio de imagens, sendo possível através delas fazer a catalogação de cheiros, sons, fluxos, acessos, multidões, temperatura ou quaisquer traços que sejam considerados necessários para o melhor entendimento da feira estudada. Para isso, este guia foi produzido pelo grupo responsável por analisar a Feira da Lua, que ocorre em Goiânia todos os sábados, e a qual serviu como ponto de partida para serem captados todos esses dados e foi exemplo para outros grupos na concepção de suas próprias cartografias. Portanto, a seguir serão fornecidas as instruções e as ferramentas necessárias para fazer essa catalogação, além dos produtos finais de cada grupo, que geraram representações com diversas características e tipologias diferentes, assim como as feiras que serviram de base para tal
- Projeto VII UFG, Junho de 2019. [10] guia cartográfico para feiras
PADRONIZAÇÃO GRÁFICA _PALETA DE CORES OFICIAL DA DISCIPLINA:
[C:10 M:70 Y:22 K:0]
[C:8 M:66 Y:56 K:0]
[C:6 M:36 Y:80 K:0]
[C:21 M:9 Y:75 K:0]
[C:53 M:0 Y:22 K:0]
[C:62 M:93 Y:29 K:0]
_FAMÍLIA TIPOGRÁFICA título
texto
Oswald
Roboto Slab
[12]
guia cartográfico para feiras
_PALETA DE CORES PARA CADA GRUPO: Para facilitar identificação foi definida uma cor identidade para cada grupo. Esta deve ser usada no fundo da colagem, nas sombras e traçados do mapa psicogeográfico e onde mais for necessário destaque.
01] Feira da Lua - Roxo [C:62 M:93 Y:29 K:0] 02] Feira do Cerrado - Amarelo [C:6 M:36 Y:80 K:0] 03] Feira da Marreta - Vermelho [C:16 M:78 Y:59 K:0] 04] Feira Cepal (Jd. América) - Azul [C:53 M:0 Y:22 K:0] 05] Feira Hippie - Rosa [C:0 M:68 Y:15 K:0] 06] Feira Vila Bela - Verde [C:21 M:9 Y:75 K:0]
introdução
[13]
MAPA 3D
capĂtulo
[15]
Ao pensarmos em como analisar uma feira através de cartografias, foi necessário algum mapa que mostrasse fatores mais técnicos desses eventos. Assim sendo, surgiu do mapa axonométrico, chamado aqui de “mapa 3D”, pois, através dele, é possível apreender diversos elementos importantes de serem compreendidos, tais como: sua disposição espacial, sua relação e comunicação com o entorno e sua implantação. [16]
guia cartográfico para feiras
SKETCH UP 1]
Importar as as linhas do mapa 2D da seguinte maneira: - Clicar na opção “File” na parte superior esquerda; - Selecionar “Import…” na aba que acabou de abrir; - Na parte inferior direita da nova aba selecionar a opção “AutoCAD Files”; - Clicar em “Options…” na opção “units” selecionar a mesma unidade de medida utilizada no arquivo CAD; - Em seguida, procurar o arquivo DWG que foi usado para gerar o MAPA 2D e clicar em “Import”.
2] Criar embasamento:
- Desenhar por cima das 4 linhas de recorte do mapa 2D; - Dessa maneira, teremos uma base retangular (ou quadrada); - Utilizar a ferramenta “Extrude” para dar uma extrusão de 40 metros na base.
1.
2.
3] Projetar as linhas na superfície 3D:
- Posicionar o desenho 2D EXATAMENTE acima da paralelepípedo recém criado; - Selecionar a ferramenta “Drape”; - Clicar primeiramente no desenho 2D; - Clicar em seguida paralelepipedo, que será o objeto que receberá a “estampa” das linhas; - Algumas linhas podem não estar corretamente fechadas e será necessário redesenha-las para tanto.
4] Extrudar de maneira a criar a maquete:
- Selecionar a ferramenta “Extrude”; - Nas faces que representam calçadas e canteiros criar extrusão de 0,20m; - Nos edifícios circunstantes procurar através de ferramentas como Google Maps e Street View as alturas reais; - Criar uma extrusão equivalente à altura das construções.
3.
4.
5] Criação das barraquinhas da feira:
- Nós anotamos o tamanho de uma barraquinha padrão e criamos um modelo base;
- Para organizar as fileiras de barraquinha, contamos com uma foto aérea. Como não são todos os grupos que vão conseguir um arquivo assim, seria melhor fazer um desenho no dia da visita para facilitar.
mapa 3D
[19]
6] Exportar linhas da maquete em PDF em SketchUP:
- Na barra superior selecionar opção “View”; - Em seguida, “Face Style” e marcar a opção “Hidden Line”; - Na barra superior esquerda selecionar “File”; - Na nova aba, selecionar a opção “Export…”; - “2D Graphic…”; - Na opção “Tipo” selecionar “PDF File” e em seguida “Export” para gerar o PDF.
[20] guia cartográfico para feiras
VRAY 1] Renderização com V-Ray:
- Para a angulação correta da maquete selecionar “Camera” na barra superior; - Em seguida selecionar a opção “Parallel Projection”; - Centralizar a maquete na tela; - No programa V-Ray ajustar as seguintes configurações:
mapa 3D
[21]
PHOTOSHOP 1] Abrir no photoshop o render gerado a partir do volume do
sketch e fazer os seguintes ajustes: -Selecionar o ícone opção de ajustes (canto inferior direito) > Preto-e-Branco; -Selecionar o ícone opção de ajustes > Curvas (usar a mãozinha , clicar no escuro e subir o mouse); - Selecionar o ícone opção de ajustes > Brilho/contraste > ajustar o brilho e o contraste.
2] Abrir no photoshop o arquivo em pdf gerado a partir do
sketch e colocar acima do render. Será necessário ajustar o tamanho do arquivo em pdf para que as linhas se encaixem no volume do render.
3] Para destacar as barracas:
- Usar a ferramenta Laço Poligonal , para delimitar as barracas. - Em seguida, usando o pincel , a feira foi colorida, dando um maior destaque na imagem. OBS.: A cor base de cada grupo, estabelecida no início desse pdf, deve ser a cor principal (pode ter outras cores, dentro da paleta de cores, que combinem com a cor base). No nosso caso, as barracas que na realidade são azuis foram pintadas de roxo (cor do nosso grupo) e as barracas vermelhas foram pintadas de amarelo (cor da paleta oficial da disciplina que combina com roxo. [22] guia cartográfico para feiras
4] Para fazer a vegetação:
- A vegetação foi feita a partir da ferramenta pincel, foram usados 3 pincéis/árvores diferentes. Para utilizar o pincel de árvore: 1 2
4
3
- Para adicionar o arquivo de pincel em formato de árvore: selecionar ferramenta pincel > 1> 2> 3. O arquivo dele pode ser encontrado na internet ou no arquivo de apoio no drive. Depois de adicionado o pincel, procurar ele na aba (4) , selecioná-lo e pronto, só sair colocando as árvores no desenho. - Para fazer a vegetação, foi usado a cor cinza (C:30 M:23 Y:24 K:0). A vegetação deve ser distribuída entre 3 camadas, cada camada com uma opacidade diferente (100%, 60% e 30%) para dar mais profundidade ao 3D. mapa 3D
[23]
MAPA 2D
mapas 2D
[25]
Percebendo a necessidade de outros tipos de análises, surgiu a ideia de usar a mesma base do mapa 3D, porém de forma mais “bidimensional”, criando o que chamamos aqui de “mapas 2D”. Além disso, organizamos esses mapas em uma espécie de “camada”, de forma que cada um sobreponha as informações analisadas, gerando, de certa forma, uma totalidade maior de informações da feira. Ou seja, em um mesmo ponto é possível perceber que 4 coisas diferentes ocorrem - em sua maioria ao mesmo tempo - conseguindo ter uma absorção maior desse universo em questão. Outra questão importante de se destacar aqui é que, ao tentar relatar cartograficamente uma arquitetura que foge totalmente do convencional, como é o caso das feiras, os elementos que merecem nossa atenção e entendimento mudam de caráter. Dessa forma, notamos que fazia mais sentido observar questões como fluxo e movimentação de pessoas, sons e cheiros - elementos os quais são inerentes e identitários desse tipo de fenômeno - do que os usos destinados a cada barraquinha, por exemplo. Além disso, é importante lembrar que cada feira é única, sendo que deixamos um último mapa para analisar essas “particulariedades” que cada uma nos oferece. mapas 2D
[27]
AUTOCAD 1] Processo para chegar ao mapa base 2D:
- Baixar o mapa de Goiânia em DWG; - Limpar as layers deixando apenas as layers “Meio fio”(Preta) e “Quadra”(Azul).
2] Projeção dos edifícios:
- Utilizar a ferramenda “trena” no Google Earth e medir aproximadamente os edifícios; - Desenhar com as medidas obtidas a projeção dos edifícios no CAD na layer 0(Branca) ou qualquer outra layer nova; - Em seguida utilizar clicar na quina do cubo no canto superior direito para obter uma vista isométrica; - Feito isso, clicar no “A” no canto superior esquerdo; - “Export”, “PDF”, “Save”.
[28] guia cartográfico para feiras
ILLUSTRATOR 1] Tratar Linhas e Preenchimentos Mapa 2D:
- No programa Illustrator, selecionar na barra superior a opção “Arquivo”; - Em seguida, “Abrir…” e selecionar o arquivo PDF que foi gerado; - Botão direito no arquivo que acabou de aparecer e selecionar a opção “Liberar Máscara de Recorte”; - Abrir o arquivo base da Feira da Lua no Drive da Turma; - Utilizar a ferramenta “Conta gotas” para copiar as propriedades do arquivo base para o novo.
mapas 2D
[29]
PHOTOSHOP _MAPA DE MULTIDÕES E FLUXOS:
LEGENDA: Multidão Fluxo Leve Fluxo Médio Fluxo Intenso
MULTIDÕES: 1] Abrir foto da base no Photoshop 2] Criar uma nova camada para fazer as bolinhas 3] Para fazer as bolinhas:
- Clica e segura no ícone da ferramenta de seleção e seleciona o formato elíptico (foto na página ao lado); [30] guia cartográfico para feiras
OU - No arquivo base, seleciona a camada de uma bolinha qualquer > botão direito > duplicar camada > escolhe o seu arquivo > ok
4]
Agora é só ir duplicando as bolinhas e colocando nos lugares certos. - Existem 2 formas de duplicar (ambas a camada que você quer copiar tem que estar selecionada): > 4.1. Ctrl + J; > 4.2. Aperta o ALT e com ele apertado segura a bolinha que quer copiar e arrasta que vai copiar automaticamente. OBS.: se for fazer as bolinhas manualmente, para conseguir fazer uma bola perfeita, deve-se segurar o SHIFT.
5] Para pintar a bolinha:
- Bucket Tool (G); - Se precisar mudar a cor: Fx > sobreposição de cor.
FLUXOS: 1] Para fazer as setas:
> 1.1. Com a Pen Tool (P); > 1.2. Copiar do arquivo base ( botão direito > duplicar camada > escolhe o seu arquivo > ok) e ajusta de acordo com seu mapa com Ctrl + T. mapas 2D
[31]
_MAPA DE SONS E ODORES:
LEGENDA: Pássaros Pessoas Música
LEGENDA: Têxtil Lona Comida Trânsito Esgoto
[32] guia cartográfico para feiras
1] Bolinhas:
- Para fazer as bolinhas: mesmo processo do número 3 do item anterior (pág. 26-27)
2] Para mudar a cor:
- Seleciona a camada que quer mudar > fx > sobreposição de cor
3] Organização:
- Lembrar de separar cada cor de bolinha em um grupo diferente para facilitar o trabalho . Por exemplo, no nosso caso, seria feito um grupo para as bolinhas do cheiro de tecido, outro pra de lona, etc.
mapas 2D
[33]
_MAPA DE PECULIARIDADES:
LEGENDA: Quente Média Amena
1] Para fazer as formas das “ilhas de calor”:
- Lasso Tool (L): desenha o formato, lembrando que no final tem que “fechar a forma”; - Vai criar uma seleção, depois é só pegar o Bucket Tool (G) e pintar da cor que quiser; - Fazer cada forma em uma camada diferente para ajudar na organização. OBS.: Esse último mapa fica aberto pra vocês analisarem o que for melhor na feira de cada um, alguma particularidade que seja importante nela, exemplo: temperatura, segurança ou alguma outra coisa que chamou atenção. No nosso caso escolhemos a temperatura pois foi algo que delimitou nossa experiência na nossa feira em específico. [34] guia cartográfico para feiras
LEGENDAS: 1] Fazer bolinhas:
- Para fazer as bolinhas: mesmo processo do número 3 do item anterior (pág. 26-27)
2] Para mudar a cor:
- Seleciona a camada que quer mudar > fx > sobreposição de cor
3] Escrita:
- Ferramenta Texto ou “T”. - Fonte: Roboto Slab Light
4] O ideal é fazer a legenda dessasociada do resto do mapa, pois sua posição muitas vezes varia de acordo com a diagramação, sendo que dessa forma fica melhor de manuseá-la e achar o melhor local para ela.
mapa psicogeográfico
[35]
MAPA PSICOGEOGRÁFICO
mapa psicogeogrรกfico
[37]
[38] guia cartogrรกfico para feiras
A feira está intrinsicamente associada com as “experiências” e as “vivências” proporcionada nela. Dessa forma, é de extrema importacia cartografar essa produção de sensações que são propiciadas ao se visitar este tipo de evento. E, o modo que achamos de representar atraves de um mapa essas experiências foi por meio de um “mapa psicogeográfico”. Este tipo de mapa consiste na análise do que o ambiente geográfico influência no papel das emoções, comportamentos e relações que os usuários estabelecem entre si, conosco, e com a feira. O mais importante é conseguir transmitir aquilo, que para nós, é relevante.
mapa psicogeográfico
[39]
REFERร NCIAS
[40] guia cartogrรกfico para feiras
mapa psicogeogrรกfico
[41]
PHOTOSHOP 1] Abrir novo documento:
> 1.1. Formato A3 [42 x 29,7 cm]; > 1.2. Cores padrão CMYK; OBS.: É interessante sempre ir agrupando enomeando as camadas e grupos para facilitar o trabalho; OBS 2.: para criar uma nova camada: canto inferior direito > ícone ou Shift + Ctrl + Alt + N.
2] Organzizando a camada de fundo:
- Colocar uma foto ou mapa da região da feira como fundo. Não precisa pegar toda a página ou colocar na mesma orientação e posição que fizemos. Tem que fazer do jeito que faça mais sentido pro grupo e feira de vocês (vide exemplos de referência [pág. 34-35]); - Fazer os seguintes ajustes na foto: > 2.1. Preto e Branco; > 2.2. Níveis: primeiro mexe o pauzinho do meio e depois ajusta os da esquerda e direita.
2.1 [42] guia cartográfico para feiras
2.2
3] Colocar uma foto de textura em uma camada acima desta foto/mapa e diminuir a opacidade. OBS.: Pode pegar essa foto de textura do arquivo base: no arquivo base você seleciona a camada da imagem > clica nela com botão esquerdo > duplicar camada > escolhe o seu arquivo > ok.
4] Cortar fotos tiradas na feira (a ideia é deixar na foto só o que quer mostrar mesmo): - Importar fotos: arrastar da pasta que está e soltar dentro do photoshop; - Rasterizar as fotos: selecionar as respectivas camadas > clicar com botão esquerdo > rasterizar camadas; - Criar uma máscara (melhor do que recortar a foto); > 4.1. Para selecionar o que vai tirar da foto: Lasso Tool (L); > 4.2. Com a seleção já feita: selecionar a máscara na camada > Bucket Tool (G) > pintar o que quer tirar de PRETO.
OBS.: Todas as fotos devem ficar acima da camada da foto/mapa da região; OBS.: Agrupar essas fotos (seleciona todas elas > Ctrl + G).
MÁSCARA
4.1
4.2 mapa psicogeográfico
[43]
5] Montagem/Organização: - Agora é o momento de organizar as fotos, ou seja,
fazer de fato esse mapa psicogeográfico. Aqui o importante é organizar as fotos de um modo que faça sentido pro seu grupo e que tenha a ver com os dados que coletaram e analisaram da visita à feira. É a disposição dessas imagens que vão contar a história que esse mapa quer representar. De cada feira a disposição dessas imagens vão e devem ficar diferentes. OBS.: Os elementos que forem mais importante deixar maior e vice-versa. elementos com importância e “finalidades” parecidas
imagens maiores pois foram as coisas que mais nos chamaram atenção
[44] guia cartográfico para feiras
2 elementos que definem a feira em questão: comida e a avenida
6]
Aplicar máscara de Preto e Branco no grupo das fotografias : - Para aplicar efeito “Preto e Branco” é o mesmo processo do numero 2 deste mesmo itém [pág. 36] > 6.1. Quando seleciona esse quadrado, o efeito só é visível na camada que está logo abaixo
> 6.2. coloca todas as fotos que vão ser preto e branco em um grupo porque ao aplicar o efeito e ativar o quadradinho com a seta mostrada na foto ao lado, ele vai pegar o efeito só no grupo, e é isso que a gente quer.
mapa psicogeográfico
[45]
7] Efeito de Sombra Projetada: - Colocar apenas nas fotos mais importantes, a fim
de obter um destaque maior; * ATENÇÃO: como as fotos estão com um efeito Preto e Branco, as sombras também vão ficar em escala de cinza, e não coloridas, como nós queremos. Pra resolver isso, você vai fazer o seguinte: > 7.1. Selecionar as imagens que vão ter essa sombra e duplicá-las (Crtl + J); > 7.2. Pegar essas cópias e tirá-las do grupo (é só arrastar elas pra fora); > 7.3. Colocar essas fotos ABAIXO do grupo das fotos pretas e brancas (e de preferência agrupá-las também); > 7.4. Selecionar uma dessas imagens desse novo grupo > Fx (canto inferior direito) > Sombra Projetada. > 7.5. Dentro das configurações de Sombra Projetada só vai mexer em: mesclagem [normal]; opacidade [100%]; angulação [de acordo com a proposta de cada um]; distância [variável]; cor [identidade de cada grupo, divisão se encontra na pág. 10 deste livro].
7.3
7.4 [46] guia cartográfico para feiras
7.5
8] Traçados: - O desenho e lugar deles, mais uma vez, vai variar
em cada grupo, pois depende da análise e feira específica. A ideia desse traçado é de ligar essas imagens, mostrando como elas estão interligadas, qual o fluxo delas, como se conectam? Mas cuidado para não exagerar. > 8.1. Cria uma nova camada abaixo da de Sombra Projetada; > 8.2. Pen Tool (P); > 8.3. Na barra superior pode escolher a cor (a mesma usada na sombra projetada); espessura; tipo (pontilhado); > 8.4. Para desenhar é só ir clicando nos pontos que deseja > quando acabar dê enter; > 8.5. Para editar: seleciona a camada da forma que você quer editar > P > aparece a barra de edição novamente.
mapa psicogeográfico
[47]
COLAGEM
colagem
[49]
A experiência de uma feira é uma colagem de sensações, cheiros, elementos, objetos, experiências, dentre diversas outras coisas. Desse modo, a ideia por trás de encerrar a analise cartográfica de/para feiras justamente com uma colagem foi a de buscar a forma mais fiel de representação para a visita vivida neste tipo de fenômeno.
PHOTOSHOP 1] Abrir novo documento:
> 1.1. Formato A3 [42 x 29,7 cm]; > 1.2. Cores padrão CMYK; OBS.: É interessante sempre ir agrupando enomeando as camadas e grupos para facilitar o trabalho; OBS 2.: Os números a seguir são como ferramentas/ regrinhas para criar uma unidade visual entre as colagens dos diferentes grupos (não necessariamente têm que ser feitos nessa ordem.).
2] Cores:
- As fotos podem ter um efeito Preto e Branco ou não (o que ficar melhor na colagem). Para colocar somente as fotos desejadas em preto e branco: > 2.1. Selecionar grupo ou a imagem > opção de ajustes > Preto e Branco; > 2.2. Selecionar efeito Preto-e-Branco > limitar o efeito na camada desejada. OBS.: Se o grupo decidir por deixar alguma imagem colorida, tomar cuidado com a saturação (intensidade da cor), para que essa foto não chame mais atenção que a colagem ou destoe do conjunto. para editar a saturação: Selecionar grupo ou a imagem > opção de ajustes > Matiz/Saturação > reduzir saturação > limitar o efeito na camada.
[52] guia cartográfico para feiras
quando seleciona esse quadrado (ajuste que limita o efeito), o efeito só é aplicado na camada que está logo abaixo
limitador do efeito
camada com efeito
opção de ajustes
3] Identidade:
- Para criar uma unidade, todas as fotos (fotos tiradas no local, baixadas da internet, recortadas...) devem ser no estilo realista e o fundo da colagem deve trazer a cor principal de cada grupo, definida no início deste guia [pág. 10].
colagem
[53]
4] Bordas:
- Todas as fotos devem ter uma borda branca*, que reforça a ideia de que a foto está sendo ‘colada’: > 4.1. Selecionar a imagem > Fx (canto inferior direito) > Traçado; > 4.2. As Configurações do Traçado: tamaho [6px]; posição [externa]; opacidade [100%]; superimposição [desmarcado]; tipo de preenchimento [cor]; cor [branco C:0 M:0 Y:0 K:0]; OBS.: A exceção dessa regra são o sol, a lua, ou qualquer outro elemento de destaque na parte superior. O grupo pode ou não utilizar o sol (de acordo com o que ficar melhor com a colagem). Há um arquivo base que pode ajudar, pois o sol deve ter um sombreamento e sua cor pode variar de acordo com a paleta de cores. Para alterar as cores do sol: Selecionar a imagem > Fx (canto inferior direito) > Sobreposição de cor > selecionar caixa de cor > escolher outra cor.
[54] guia cartográfico para feiras
5] Montagem:
- Sabendo as regrinhas estabelecidas para criar um padrão, aí vem a parte criativa. O que você acredita que caracteriza sua feira? como representar isso? Tem que organizar as ideias de forma a criar uma imagem que faça sentido pro seu grupo e que tenha a ver com a feira. A montagem de cada feira deve ficar diferente, apesar de poder ter elementos semelhantes (todas são feiras, mas nenhuma é igual!).
6] Finalização:
- Quando a montagem estiver finalizada, colocar a foto de textura em uma camada acima de tudo e diminuir a opacidade. A foto de textura estará no arquivo base: no arquivo base você seleciona a camada da imagem > clica nela com botão direito > duplicar camada > escolhe o seu arquivo > ok.
Feira da “Lua”
De um lado da rua a feira é mais movimentada e do outro mais vazio (algo que percebemos lá)
Cor de identidade principal estabelecida para o grupo da Feira da Lua
Av. Assis Chateaubriand, elemento que divide e caracteriza a Feira da Lua.
“O MAPA NÃO É O ESPAÇO, MAS É UM ESPAÇO” _MICHEL USSAULT
[57]
construídas para a instalação de mais feiras, mostrando a necessidade da população em ocupar a cidade e dar novo sentido às ruas. As pessoas não satisfeitas ocupam os edifícios, desde o térreo até os terraços, intervindo nas formas urbanas. A cidade que antes era vazia e sem vida, agora se mostra fervorosa em diversa, cheia de aromas, pessoas e histórias. Com as feiras se alastrando pelos espaços urbanos o projeto Feirô dos alunos da FAV – UFG se torna mais pertinente do que nunca. Em busca de uma maior compreensão dessa nova realidade e dinâmica das cidades, profissionais e pesquisadores de diversas áreas se unem ao projeto, que cresce e ganha repercussão. Através das parcerias e financiamentos que foram conquistados ao longo do processo, o projeto Feirô se torna um grande símbolo do movimento de democratização das cidades e da conquista das feiras. Com essa nova
sa vez. Pode ser temporário, se ela interessar pelo novo ponto, mas ficamos de decidir depois. Descendo de volta a meu espaço individual, vi baixa luz se esvaindo, as vozes diminuindo, até que o silêncio tomou conta dos degraus. Cheguei à minha porta, tirei meus trajes e voltei a deitar. Daqui uns instantes acordaria de novo. Dessa vez subiria para assistir algumas aulas de culinária, talvez. Ou procuraria a horta de verduras das crianças. Antes de pegar no sono penso nas diversas experiências de hoje. Em um momento estava lá, várias pessoas, cheiros e cores, no outro momento estou aqui, sozinho, esperando ansiosamente voltar.” Após anos de perda de contato humano na forma de se fazer comércio, esta Utopia prevê um mundo em que as trocas simbólicas presentes nas feiras foram resgatadas, havendo para isso uma grande apropriação de espaços urbanos onde onde são instaladas as estruturas das feiras e onde essa recuperação da convivência social se torne possível. “Estamos em uma dimensão em que o comércio formal como o conhecemos já não é bem visto. Após séculos de avanço de tecnologia as pessoas buscam de alguma forma um contato social mais próximo do humano, procuram por mais liberdade de locomoção e de expressão. Os shopping centers tornaram-se meros galpões sem vida, grandes ruas abandonadas, caídas no esquecimento por quem ali frequentava, em nada lembra seus dias de glamour e multidões. Há quem ainda se lembre vagamente dos grandes centros de compras, famosos pela grande variedade de produtos e preços, alguns empresários ainda tentam se manter de pé, mas sem muito sucesso. As vitrines expõem o desespero de quem tenta chamar a atenção de alguma forma de quem passa por ali. As ruas tornam-se meros locais de passagem, de quem está sempre em busca de algo. Não há permanência e nem vivência no espaço público. É neste cenário que nos deparamos com a feira, uma fonte de vida em meio ao vazio das cidades, dezenas de aromas, sons e histórias. A feira que traz consigo aquela tradição da família, seja por parte do feirante, seja por parte do consumidor. A feira que traz a família para abastecer a sua casa com frutas e verduras fresquinhas, ou para aquele tradicional pastel com garapa. A feira que traz o comerciante às cinco da manhã para preparar
sua banquinha com o que há de mais selecionado em sua produção. A feira, que em escala local, já era uma força de resistência diante dos grandes comércios formais, mas em meio à crise comercial, se potencializa e ganha forças. As pessoas voltam a buscar as feiras por toda a sua história e tradição, na busca de reconquistar as experiências sociais tão vitais para a vida humana. Como solução desesperada para evitar a recessão da economia local, os governantes liberam o direito à apropriação das ruas para os feirantes. As feiras ganham o direito à cidade e gradualmente a feira e o espaço urbano se alimentam e se fundem, tornando-se essencialmente a mesma realidade. Podemos ver agora feiras por todos os lados, grandes avenidas que eram ocupadas por carros, agora esbanjam cor e diversidade para LIVRO passarelas foram