A Biografia do Patrono, Paulo Setúbal

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Paulo de Oliveira Leite Setúbal

DATA DE NASCIMENTO: 1 de janeiro de 1893. MORREU EM: 4 de maio de 1937. NATURALIDADE: Tatuí, São Paulo, Brasil. IRMÃOS: Eurídice De Oliveira Leite Setúbal. Mas tem mais 9º irmãos ESPOSA: Francisca de Souza Aranha. FILHOS: Maria Vicentina, Teresinha e Olavo Egídio Setúbal.


Biografia Paulo de Oliveira Leite Setúbal (Tatuí, SP, 1893 São Paulo, SP, 1937). Poeta, romancista e cronista. Filho do negociante Antônio de Oliveira Leite Setúbal e Maria Tereza de Almeida Nobre, nasce no interior de São Paulo e muda-se, com a família, para a capital, em 1900. Faz seus estudos no Ginásio Nossa Senhora do Carmo, dos Irmãos Maristas, e, em 1910, ingressa na Faculdade de Direito de São Paulo, no Largo São Francisco, formando-se bacharel, em 1914. Já à época dedica-se à literatura e tem um de seus poemas publicados na primeira página do jornal A Tarde. Em 1920, tendo o trabalho de escritor reconhecido pelo público, vê esgotar-se em um mês seu livro de poemas Alma Cabocla, cuja primeira edição conta três mil exemplares. Em 1922, casa-se com Francisca de Souza Aranha e, no ano seguinte nasce seu primeiro filho, Olavo Egydio Setúbal (1923-2008). Entre 1925 e 1935, publica vários romances históricos, entre eles A Marquesa de Santos, O Príncipe de Nassau e A Bandeira de Fernão Dias. Em 1926, trabalha como colaborador do jornal O Estado de S. Paulo. É deputado


estadual de 1928 e 1930, mas renuncia ao mandato por ter agravada sua tuberculose. Lança, nos anos seguintes, livros de contos, crônicas e memórias. Em 1935, é eleito membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). Poeta vinculado à estética parnasiana, Paulo Setúbal tematiza em seus versos a vida dos camponeses, com um enfoque especial nos 'caboclos' do interior paulistano, o que, por sua vez, lhe rende a classificação, entre críticos da época, de "poeta regional". A temática histórica, contudo, tem também destaque em sua obra, principalmente o romance A Marquesa de Santos (1925) e o livro de crônicas O Ouro de Cuiabá (1933).

Paulo de Oliveira Leite Setúbal Era casado com Francisca de Sousa Aranha (filha de Olavo Egídio de Sousa Aranha e de Vicentina de Queiroz Aranha), com quem teve três. Formou-se, em 1914, bacharel em direito, em São Paulo. Na época já havia publicado poema na primeira página do jornal A Tarde. Em 1920


ocorreu a publicação de seu livro de poesia Alma Cabocla, cuja edição, de três mil exemplares, esgotou-se em um mês. Entre 1925 e 1935 publicou vários romances históricos, entre eles A Marquesa de Santos, O Príncipe de Nassau e A Bandeira de Fernão Dias. Em 1926 trabalhou como colaborador do jornal O Estado de S. Paulo. De 1928 a 1930 foi deputado estadual, mas renunciou ao mandato por ter agravada sua tuberculose. Publicou, nos anos seguintes, livros de contos, crônicas e memórias. Poeta vinculado à estética parnasiana, Paulo Setúbal tematizou em seus versos a vida dos camponeses, dos caboclos do interior de São Paulo. Pela escolha do tema, na época foi chamado de "poeta regional". Foi também famoso e respeitado autor de obras de temática histórica, dentre as quais se destacam o romance A Marquesa de Santos (1925) e o livro de crônicas O Ouro de Cuiabá (1933).

Academia Brasileira de Letras Foi eleito em 6 de dezembro de 1934 para a Academia Brasileira de Letras, sucedendo a João Ribeiro na cadeira 31. Foi recebido em 27 de julho de 1935 pelo acadêmico Alcântara Machado.


As Maluquices do Imperador

De um modo divertido e sarcástico, o autor Paulo Setúbal conta a história do Primeiro Imperador do Brasil, D. Pedro I, no romance "As Maluquices do Imperador", livro datado de 1927. Conta desde a chegada da Família Real no Brasil, passando pelos acontecimentos históricos do nosso país entre outros. Sempre com muito humor.


Poesias de Paulo de Oliveira Leite Setúbal Paulo Setúbal

Árvores Tristes Eu, nestes campos, longe do tumulto, Amo essas tristes árvores que crescem Por sobre as margens dum arroio oculto, Ouvindo as águas que cantando descem... Gosto de vê-las à tardinha, envoltas Numa suave e mística tristeza, Olhando os rolos das espumas soltas Que encrespam o lençol da correnteza. Tristonhas plantas! Árvores sombrias! Como se as torturasse estranha mágoa, E as compungissem fundas nostalgias,


— Procuram consolar-se à beira d'água. Oh! vós que amais os campos, nunca as vistes? — Desconsoladas, trêmulas, chorosas, Pelas barrancas dos arroios tristes Debruçam as ramagens silenciosas... Que importa o sol, que importa a chuva e o vento, Se sempre as mesmas ânsias as consomem? Talvez — quem sabe? — nesse desalento, Palpite e sofra o coração dum homem! Talvez nessas folhagens, nesses ramos, Torturados de angústia e desconforto, — Sem que a vejamos, sem que a compreendamos, Soluce a alma de algum poeta morto. Ai, não turbeis a misteriosa mágoa, A imensa nostalgia em que se abismam; Deixai-as em silêncio, à beira dágua, Essas tristonhas árvores que cismam...

Publicado no livro Alma Cabocla (1920). Poema integrante da série Sertanejas. In: SETÚBAL, Paulo. Alma cabocla: poesias. 8.ed. São Paulo, 196


Fim de Viagem Venho a sonhar contigo... E, no meu sonho, Vendo o arraial bucólico, risonho, Onde floriu essa paixão feliz... Com que saudade, com que gosto amargo, Relembro a tua casa em frente ao Largo, Que tu chamavas "Largo da Matriz...". Vejo-te ainda, lá nesse povoado, Tua cestinha de costura ao lado, Perdida em sonhos de felicidade. E o trem, enquanto assim eu cismo, aflito, Entra, a bufar, com enervante apito, Pela cidade adentro... Oh, a cidade! Suas ruas. Vielas. Bairros proletários. Rasgando o azul, ao longe, os campanários, E as chaminés das fábricas e usinas. Vivos letreiros, no alto, em letras largas. Aqui — vagões; depósitos de cargas; Pontes, guindastes, máquinas, cabinas...


Mas eu, no entanto, pensativo e mudo, Passo por tudo, indiferente a tudo, Bem longe tendo o espírito daqui; E vejo apenas — que visão tranqüila! — Tua longínqua e solitária vila, Donde, chorando, esta manhã parti...

Publicado no livro Alma Cabocla (1920). Poema integrante da série Floco de Espuma. In: SETÚBAL, Paulo. Alma cabocla: poesias. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 196



Créditos Finais EMEF Paulo Setúbal Laboratório de Informática Educativa Atividade 2º Bimestre 2015

Elaborado Por: João Victor da Silva Passos Brandão Guilherme Lima de Oliveira 9º Ano D Prof: Cleide Nogueira


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