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Sumário
Palavra do Provincial
O Ministro Geral: “São Francisco nos convida a escolher a paz”
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Em todo o mundo somos 12.127 irmãos distruibuídos em 119 países
Papa Francisco: “Saibam declinar juntos a imitação de Cristo e o amor aos pobres”
Encantar a Política na Região dos Lagos
Festa de Nossa Senhora dos Remédios em Piripiri: “Maria, coração transbordante de amor!”
A Paróquia São Francisco das Chagas em Bacabal celebra o dia do seu Padroeiro
Paróquia São José promove fetividades em honra a São Francisco
Lançamento de um livro
Celebração da Vigília de Natal na Igreja
Matriz São Francisco das ChagasBacabal-MA
Assembleia Provincial 2023: Ressignificar a Vida na Sinodalidade
Missa solene abre comemorações do Ano Jubilar pelos 70 anos dos Franciscanos em Piripiri
Espaço CEFRAM e SAV
Escolas Franciscanas no Maranhão
EPFA ao Cubo: Promovendo conhecimento e despertando habilidades
Formação Franciscana
A figura histórica de Francisco de Assis
Nosso Noviciado
Notícias do Noviciado Franciscano
Memória de Nossos Irmãos
Frei Bartholomeu (Johannes) Pickhardt, OFM
Palavra do Provincial
Queridos (as) leitores (as) de nossa Revista Comunicações! Paz e Bem!.
Durante estes últimos meses do ano, fomos envolvidos com diversas motivações que preenchem nossos corações. Em primeiro lugar a grande festa de nosso pai Seráfico São Francisco no mês de outubro, festa essa comemorada em nossas fraternidades, como também em nossas paróquias e comunidades com muito amor e devoção. Sempre bem envolvidos no espírito de fraternidade com as Irmãs Franciscanas, OFS, JUFRA e devotos.
Mas já chegando o final do ano, não tem como não nos envolvermos nas alegrias natalinas, que para nós franciscanos tem todo um sabor mais que especial afinal São Francisco tinha uma profunda admiração pelo mistério da encarnação de nosso Senhor, sendo o primeiro a montar o presépio em Greccio na Itália, que por sinal fará 800 anos desse marco tão importante na Espiritualidade Franciscana e Cristã.
Outro aspecto que provocou uma boa expectativa em nós, enquanto província foi à preparação de nossa Assembleia anual que acontecerá na primeira semana de janeiro do ano vindouro. Com o tema: “Ressignificar a vida Franciscana na sinodalidade.” e o Lema: “Quem tem ouvidos escute o que o Espírito diz... aos Frades Menores hoje.” (CPO, Nairóbi 2018) fomos sendo introduzidos na discursão que tem movimentado toda nossa Igreja, pois a sinodalidade, como um estilo de vida é mais que urgente de ser vivido em um mundo tão ligado ao individualismo e a competição desenfreada.
Nós franciscanos por natureza somos conduzidos pelo espírito de sinodalidade, ou em nossa linguagem própria, fraternidade. Só nos constituímos como irmãos em fraternidade, eis nossa grande causa. Por isso nos espelhamos para fazermos um caminho de sinodalidade, a partir do pobre de Assis, como o grande irmão universal.
Dóceis ao Espírito do Senhor em seu Santo modo de operar, sigamos com os olhos fixos em Jesus, nosso único caminho e sentido total e radical de nossa vocação onde atuamos como irmãos e menores.
Que o ano do Senhor 2023, seja repleto de bênçãos e graças dos céus em nossas vidas, e que nesse Ano Vocacional, saibamos ter um olhar esperançoso rumo ao futuro com muitas e boas vocações capazes de assumirem com dedicação e fidelidade nossa missão nas terras do Maranhão e Piauí.
Por ocasião da solenidade de Nosso Pai
São Francisco, esta manhã, às 7 horas, o Ministro Geral, Fr. Massimo Fusarelli, presidiu a missa no altar-mor da Basílica Menor de São Francisco de Assis
Publicamos a homilia que o Ministro proferiu durante a Celebração Eucarística:
Homilia
Ouvimos o grito de alegria de Jesus, louvando o Pai por revelar aos pequeninos qual é o seu desígnio de amor Este hino enquadra-se num contexto de crise, por vezes dramático. Jesus sofreu a rejeição dos líderes do povo e a incompreensão dos seus próprios discípulos: o seu ministério é radicalmente posto à prova. Louvor e alegria explodem em crise e rejeição Não é esta a lógica das bem-aventuranças? A bemaventurança oresce nas situações humanas mais difíceis
N e s t a l ó g i c a “ i n v e r s a ” d a s b e maventuranças ressoa outra palavra de Jesus, pedindo aos cansados e oprimidos que se aproximem dele. Não que paralisado pela exaustão, mas encare isso como uma oportunidade de dar um novo passo. Anal, até Jesus na prova de seu ministério não para, mas louva o Pai e chama seus discípulos para segui-lo
O jugo é o da aliança, que o Senhor oferece como caminho de liberdade ao seu povo, como para trazer refrigério, paz, vida nova.
O grito de alegria de Jesus que lemos nesta liturgia nos lembra a história da alegria perfeita que Francisco ditou entre os estigmas e a morte, depois de ter vivido um tempo de provação na própria fraternidade e consigo mesmo em relação à sua vocação
Evang Lica
Em forma de narração que Francisco dita ao Irmão León, o amigo de Cristo anuncia que a glória não reside no sucesso mundano, na grandeza da Ordem, no sucesso da missão A glória, ou seja, o abraço de Cristo ao mundo e o nosso a ele na cruz, está em ser rejeitado, expulso, não reconhecido
A glória está em viver segundo o Evangelho para seguir os passos de Jesus De jeito nenhum nem reclamando, mas com paciência e sem perplexidade. Essa é a vida segundo as bemaventuranças!
Esta palavra do Evangelho, que vemos realizada na vida mansa e humilde de São Francisco, fala-nos com força neste momento dramático da história, em que a paz está fortemente ameaçada Percebemos com muita preocupação o que está acontecendo e o que pode acontecer diante de possíveis ataques nucleares Sentimos fortemente a ameaça às nossas vidas e ao mesmo tempo nossa fraqueza e impotência diante de uma força que sentimos tão violenta.
Esta dolorosa experiência recorda-nos a todos a realidade da morte, como escrevia São Francisco na sua carta às autoridades das cidades: o melhor antídoto contra a violência cega da guerra é precisamente a memória da nossa própria limitação e morte, para não nos acreditamos onipotentes e cedemos a esse instinto. Enquanto muitos perdem a vida por causa dos conitos, lembremo-nos do dom e da vida na lógica da Páscoa de Cristo, e não cedamos ao medo e ao retraimento na nossa vida privada São Francisco chamou a morte de irmã, que é odiosa para todos, e por isso abre caminho para que experimentemos a realidade do m de uma maneira diferente
Com este espírito, São Francisco nos convida a escolher a paz com palavras e gestos concretos para não ceder à cultura da violência e da resignação
Conamos à intercessão de Francisco, arauto da paz, todos os que sofrem com a guerra, especialmente hoje na Ucrânia, que atacam e são devorados pelo ódio e pelo medo.
Fonte: ofm.org