Conselho Editorial: P. Renato Vieira Lima, SCJ; Fr. Artur Hang, SCJ; Fr. Djonatan Engelmann, SCJ.
Design e Diagramação: Maria Eduarda Oliveira Batista.
O Tempo dos Porquês
Secretaria Vocacional
De olho na história
XXV Capítulo Geral
Hino e Identidade Visual do XXV Capítulo Geral
Três Celebrações – Um Só Coração
Leitorado e acolitado Festa
EDITORIAL
Caríssimos confrades,
Com satisfação, fazemos chegar até vocês a terceira edição da Revista Discipulus. Como dito preteritamente, este informativo bimestral anela recordar-nos, por meio de formação e de informação, do mais próprio de nossa caminhada cristã, religiosa e ministerial: o discipulado de Jesus, a imitação de sua “disciplina”, estarmos convencidos da importância de seguir os seus passos.
Desta vez, a revista está sendo socializada com um atraso propositado de uma semana. Quisemos esperar o término do nosso XXV Geral para registrar algumas impressões e considerações deste acontecimento importante na história de nosso Instituto. Trazemos, nesse mesmo horizonte temático, um artigo de um dos nossos delegados da Província no Capítulo Geral, e, com imensa satisfação, contamos com um relato do compositor do hino e do criador da logomarca do Capítulo, ambos formandos de nossa Província.
Uma vez que já se avizinham o Dia do Diácono e o Mês Vocacional, nossa revista também está entumecida de um caráter “pro-vocativo”, este também presente no relato das celebrações do Centenário do Convento de Brusque e do Encontro de Formandos, como também na partilha de nossos jovens seminaristas e de alguns dos nossos mais experientes confrades sobre o que esperam do futuro da Congregação.
A presente edição da revista também nos coloca diante da questão do sofrimento humano e do compadecimento divino, na atestação e na profissão de fé em um Deus que se importa com suas criaturas, que não lhes é indiferente.
Que olhando para o nosso “Rabbi”, de quem recentemente celebramos o coração manso e humilde, numa verdadeira atitude de Imitatio Christi, cresçamos em nossa intimidade com o Pai, movidos sempre pelo impulso do Espírito.
Boa leitura!
P. Renato Vieira Lima, SCJ Secretário Provincial
A DOR DE NOSSOS IRMÃOS GAÚCHOS
Foi uma surpresa geral, daquelas que nunca esqueceremos. Cada um de nós se lembra da maneira como reagiu ao tomar conhecimento dos acontecimentos ocorridos no Rio Grande do Sul, no último mês de maio. É difícil expressar o que cada um sentiu enquanto as águas tomavam conta daquele estado sulino. Como definir os sentimentos? Surpresa? Medo? Tristeza, pela morte de crianças e adultos? Sofrimento, ao ver que muitos estavam perdendo seus bens, resultado do trabalho de toda uma vida? Uma dor que parecia não ter fim tomou conta de nosso país. Cada qual queria fazer alguma coisa, desejava expressar sua solidariedade com aqueles irmãos, assegurar carinho e presença junto a quem sofria –mas, de que maneira?...
Depois da surpresa, vieram outras perguntas: Como aconteceu? Era inevitável que acontecesse? Poderá acontecer novamente? Surgiram explicações de técnicos e autoridades, e multiplicaram-se
reportagens da Imprensa. Num ponto, todos estavam de acordo: trata-se de um fato de gravidade imensa, triste demais para poder ser avaliado profundamente em poucas semanas ou meses. Momentos como esse têm o dom de nos fazer testemunhar gestos de amor e solidariedade que não vemos no dia a dia. Consolanos ver que as pessoas têm um imenso potencial de bondade, a ponto de multiplicarem iniciativas para atender ao maior número de pessoas. Momentos assim fazem renascer em nós a esperança no ser humano. Tomamos consciência, por outro lado, que o homem moderno, responsável por tantas descobertas e invenções, não consegue inventar uma máquina que cure as feridas do coração.
O que a fé nos ensina sobre isso? Qual o olhar de Jesus sobre o que aconteceu no Rio Grande do Sul? Que respostas nós, seus discípulos, temos para oferecer às pessoas, famílias e comunidades atingidas pela tragédia?
Foto: Ricardo Stuckert.
Começo pelo que é fundamental: Deus não quer o sofrimento de ninguém. Seria um absurdo dizer ou pensar que o que aconteceu era da vontade de Deus. Deus é amor! Seu Filho Jesus desejou que a sua alegria estivesse em nós, e que a nossa fosse completa. Mas, então, onde encontrar uma explicação para tanta dor? Sabemos que há sofrimentos que nascem de descuidos – por exemplo: a criança que se queimou porque ninguém percebeu que ela brincava com fogo ou que estava próxima de um fogão. Há sofrimentos que nascem do coração humano, que
premeditadamente deseja fazer o outro sofrer. Há sofrimentos que surgem de omissões ou irresponsabilidades: não foi feito o que deveria ter sido feito como prevenção, ou foi feito de forma errada. Há sofrimentos que são fruto de comportamentos irresponsáveis: o jovem que se excede na bebida, entra em seu carro, dirige a 160km por hora e acaba matando pessoas inocentes. Por fim, há sofrimentos causados pela natureza: a ação de um tsunami, a erupção de um vulcão, a devastação causada por um ciclone ou por uma tempestade
interminável, como a que ocorreu no estado gaúcho. Nesse caso, nasce a necessidade de se multiplicar iniciativas para que uma tragédia como essa não se repita, ou não tenha tais proporções. Uma dessas iniciativas diz respeito à natureza: muito do que acontece tem como causa a falta de respeito pelo seu equilíbrio e que leva à sua sistemática destruição. Diz a sabedoria popular: “Deus perdoa sempre; o homem, nem sempre; a natureza nunca perdoa”. Assim, não a respeitando, paga-se um alto preço por isso.
Um dos dons mais preciosos que Deus nos deu é o da liberdade.
Criando-nos livres, Ele nos deixa fazer escolhas que podem ser certas ou erradas; permite-nos tomar decisões, mesmo que sejam motivadas pelo egoísmo, pela avidez do lucro ou pelo comodismo – decisões que poderão, inclusive, prejudicar pessoas, grupos e até multidões. Ao nos criar livres, o Senhor nos tornou responsáveis por nossos atos e omissões. Um dia responderemos pelo bom ou mau uso que tivermos feito de nossa liberdade.
O apóstolo Paulo lança uma luz sobre o que estamos refletindo: “Tudo concorre para o bem
daqueles que amam a Deus” (Rm 8,28). “Tudo” – também, pois, os sofrimentos que nasceram e se multiplicaram no Rio Grande do Sul, e deram origem a uma dor nacional. Que Deus nos ajude a tirar lições, principalmente uma que é fundamental: quando um irmão sofre, devemos fazer nosso o seu sofrimento, e estender nossas mãos para ajudá-lo no que pudermos.
D. Murilo S. R. Krieger, SCJ Arcebispo emérito de São Salvador da Bahia Foto: Lechatjaune.
A PASSIBILIDADE DO IMPASSÍVEL: A RELAÇÃO ENTRE DEUS E O SOFRIMENTO HUMANO
Uma análise mais ou menos realista da realidade humana é capaz de identificar que há certa razão nas palavras do salmista: “pode durar setenta anos nossa vida, os mais fortes talvez cheguem a oitenta; a maior parte é ilusão e sofrimento: passam depressa e também nós assim passamos”. O autor sagrado, em sintonia com a tradição sapiencial hebraica, atribui a ilusão e o sofrimento especialmente à contingencialidade da existência, diante da qual é inútil qualquer tipo de apego terreno; mas, mais do que isso, os associa à própria condição de padecimento, característica de toda e qualquer existência. O sofrimento existe e, por mais que o busquemos evitar, em algum momento, ele fará parte do repertório de nossas vidas. No horizonte da teologia, surge um relevante questionamento: qual é a posição de Deus diante do sofrimento do homem? Seria ele indiferente à dor e ao sofrimento humanos? Como afirmar em concomitância a bondade e a onipotência de Deus diante de um mundo marcado por tantos padecimentos? Se Deus tudo pode, porque não intervém
assertivamente no sofrimento dos homens? Deus seria, de fato, “bom”, ou, ao contrário, estaria “aliado a um tribunal criminoso que erige a desordem como lei” (Sl 94, 20)?
É inequívoco que a ideia que temos de Deus far-nos-á chegar a diferentes respostas a essa aporia. Uma compreensão teológica mais tradicional costuma atrelar-se à ideia da impassibilidade essencial de Deus, afirmando reiteradamente seu caráter plenipotenciário. Se Deus tudo pode, nada pode sofrer! Endossa essa compreensão um recurso à filosofia clássica, particularmente ao “Deus” (sabemos que este não é o sentido mais originário do conceito, mas uma derivação) da Metaphysica: o motor que tudo move, mas que não é movido por nada; o não-causado que tudo causa (a causa eficiente de tudo, que não é causa final de nada); o ser necessário que não experimenta contingência, mas diante de quem tudo é contingente. De fato, não se pode cogitar que esse Deus sofra!
O teólogo luterano Jürgen Moltmann, falecido há poucos dias, oferece uma perspectiva interessante a partir da qual é possível postular um novo estado de resposta a esse problema. Para ele, todas as vezes nas quais Deus é pensado a partir de uma ênfase na figura do “pai”, em sintonia com toda a carga semântica que este verbete carrega em uma sociedade tradicionalmente patriarcal, é natural que se pense na impassibilidade divina. No entanto, quando se pensa Deus a partir do “Abbá” de Jesus, entende-se que é “Pai”, porque tem “Filho”, e porque estabelece com seu Filho uma relação que, inclusive, poderia ser entendida, absurdamente, como maternal.
Nessa outra compreensão da ideia de Deus, se imposta o axioma do pathos divino, em detrimento do antigo postulado da apatia divina. Assim, para Moltmann, “é impossível que o Pai permaneça indiferente à paixão e morte de seu Filho”, o que faz com que se entenda a onipotência divina não como uma onipotência indiferente, mas como uma onipotência para sofrer. Para ele, “se Deus fosse incapaz de sofrer em qualquer aspecto e, portanto, em sentido absoluto, então ele seria também incapaz de amar. Se o amor é aceitação do outro sem considerar o seu próprio bem-estar, então, ele contém em si mesmo a possibilidade da compaixão e da liberdade de suportar a alteridade do
outro. A incapacidade de sofrer, nesse sentido, contradiria a afirmação cristã fundamental de que ‘Deus é amor’, com o qual se rompeu com o encanto da doutrina aristotélica de Deus”.
Bento XVI, na Spe Salvi, ao citar a célebre frase de S. Bernardo “Impassibilis est Deus, sed non incompassibilis”, não assume um posicionamento patripassionista - como faz Moltmann, sob certo aspecto -, mas admite a possibilidade do compadecimento de Deus. Diz o Pontífice que “a fé cristã mostrou-nos que verdade, justiça, amor não são simplesmente ideais, mas realidades de imensa densidade. Com efeito, mostrounos que Deus – a Verdade e o Amor em pessoa – quis sofrer por nós e conosco [...] Deus não pode padecer, mas pode-se compadecer. O homem tem para Deus um valor tão grande que Ele mesmo Se fez homem para poder padecer com o homem, de modo muito real, na carne e no sangue, como nos é demonstrado na narração da Paixão de Jesus. A partir de lá entrou em todo o sofrimento humano alguém que partilha o sofrimento e a sua suportação; a partir de lá se propaga em todo o sofrimento a con-solatio, a consolação do amor solidário de Deus, surgindo assim a estrela da esperança”.
De todas as formas, quer seja na afirmação da passibilidade, quer seja da não incompassibilidade, o que se deve ter presente é que Deus, por sua própria ontologia, não se faz indiferente à existência humana, mas se faz presente, compadecendo-se dela e fazendo-lhe caso. Ademais, a constatação de que o próprio Deus sofreu sacraliza a realidade do próprio sofrimento, sendo ele um meio de chegar a Deus.
Os sofrimentos existem e continuarão existindo, mas, diante de todas as adversidades e desventuras da vida, é necessário ter clara a compreensão da presença constante de Deus, que também experimentou em sua carne o sofrimento, e que dá-nos a força de que necessitamos para, com Ele e como Ele, sofrermos de modo fértil, oblativo, fazendo-o com amor e por amor.
P. Renato Vieira Lima, SCJ Sede Provincial, Corupá - SC
Fr. Erik Patrik Fantini, SCJ
Par. N. S. da Purificação, Nova Candelária - RS
O TEMPO DOS
PORQUÊS
Historicamente, o ser humano possui, dentro de si, o desejo de saber o porquê do funcionamento do mundo e das coisas. Nos séculos passados, houve momentos nos quais se questionava mais ou menos a respeito dessas coisas. Quando se questinou menos, a tendência foi de se aceitar as coisas exatamente como estavam acontecendo.
No campo religioso, não é muito diferente. Existiram momentos em que os bons fiéis da Santa Igreja buscavam saber retamente quais eram os desejos da Igreja para o povo de Deus ir ao céu e alcançar a santidade. Em um passado bem próximo, os padres possuíam grande poder de aceitação em suas palavras. É fácil de se encontrar um idoso que não sabe o porquê de estar fazendo ou não determinado ato e, ao questionálo, muito facilmente a resposta será porque um padre algum dia disse que deveria ser assim, que ensinou em uma homilia ou mesmo em uma conversa simples. As palavras de um sacerdote católico eram acatadas como lei.
Nos tempos atuais, os jovens estão entrando em um mundo que as palavras simples do sacerdote não estão sendo aceitas somente por serem de um sacerdote. Os
jovens querem saber o porquê de cada coisa, querem saber o motivo da Igreja ter determinada doutrina, posicionamento político e ideológico.
Os mandamentos são as maiores leis que a Igreja possuiu e o melhor caminho para o povo de Deus chegar ao céu. Entretanto, os fiéis, principalmente os mais jovens, não aceitam os mandamentos somente pelo motivo de o padre falar ou a catequista ensinar; eles querem saber os motivos práticos e teóricos para ser de uma ou de outra forma, querem saber as minúcias de cada mandamento. O mesmo acontece com a tradição e
o magistério da Igreja.
Muitas vezes, os Sacerdotes e Religiosos não estão se preparando e buscando o aprendizado necessário para responder aos questionamentos dos jovens na Igreja. Quando um jovem é instruído e ensinado da maneira correta do porquê de a Igreja pensar e agir do modo que faz, ele se torna um fiel consciente e que apoia a Igreja; mas, se não instruído, facilmente para de frequentar a Igreja ou mesmo muda de religião.
Nos tempos atuais, mais do que nunca, se deve mostrar para os adolescentes e jovens o motivo de se ter dado um sim para a vida religiosa e para os votos, saber concretamente porque se tem os votos e explicar que, por exemplo, o voto de pobreza é muito mais do que não ter dinheiro e o voto de castidade é mais do que a privação do ato sexual. E assim mostrar que a vida religiosa é um dos meios de se chegar à plena felicidade e à santidade.
Quando se busca o porquê das coisas, começa-se a saber os motivos dos acontecimentos da vida e, assim, com a devida ajuda, consegue-se ver a mão e a providência de Deus agir. Um católico não tem uma vida mais
fácil por ser um católico, mas tem um entendimento diferente das dificuldades e sofrimentos da vida. Padre Dehon, para ajudar seus religiosos, escreve, no Diretório Espiritual, que, como São João, devemos beber o cálice que Jesus bebeu, sendo tanto o cálice da última ceia, onde hauriu o amor do Coração de Jesus, quanto no Calvário, onde, com sua compaixão, participou nos sofrimentos de Jesus e, mais tarde, haveria de sofrer a perseguição, as torturas e o exílio. Sendo assim, deve-se aprender a viver as alegrias de Cristo Jesus, mas também os sofrimentos de ser um seguidor fiel aos seus ensinamentos.
Um religioso que quer aprender os porquês de Deus deve ser pequeno, humilde e ouvinte, pois Jesus nos exorta que o Pai revela seus desígnios e ensinamentos aos pequeninos e não para os sábios e arrogantes. Um bom religioso dehoniano busca na oração, meditação, adoração e contemplação saber a vontade de Deus para sua vida, vocação e para o caminhar de sua comunidade religiosa.
Busquemos saber o porquê de Deus para as nossas vidas e vocações.
SECRETARIA VOCACIONAL
Encontro Vocacional Dehoniano em Rondônia
No final de semana de 21 a 23 de junho, aconteceu o 1º Encontro Vocacional Dehoniano em Rondônia, unindo os vocacionados de nossas paróquias com a presença da Secretaria Vocacional BRM, na pessoa do P. Moisés Bohn Mittelstead, SCJ.
Durante o encontro, os vocacionados puderam experimentar um pouco mais do carisma Dehoniano, conhecer melhor a Congregação e nosso fundador, P. Dehon.
Momentos de oração, esporte e convivência marcaram o encontro, além de um vídeo apresentando a rotina e atividades desenvolvidas no Seminário São José, etapa inicial da formação. Os vocacionados participaram ainda de uma videochamada realizada com os seminaristas do Seminário São José, de Rio Negrinho-SC, onde puderam conhecer melhor a rotina e vivência do Seminário.
Nossa prece pelos vocacionados que fizeram esta experiência junto à Congregação e pelo discernimento de cada um. Nosso agradecimento, também, aos religiosos que atuam nestas paróquias e que se empenham
no acompanhamento e incentivo vocacional com estes jovens.
Que o Coração providente de Jesus continue a chamar jovens dispostos a O seguirem.
2º Encontro Vocacional Dehoniano
Neste mês de julho, nos dias 19, 20 e 21 acontece o 2º Encontro Vocacional Dehoniano no Seminário Sagrado Coração de Jesus – Corupá.
Terá início na sexta, à noite, às 18h30, e se encerrará no domingo, com a Santa Missa, às 16h30. As inscrições seguem até o dia 17/07 e serão limitadas, para que possamos ter um momento de maior aproveitamento com os vocacionados.
Gostaríamos de contar com a ajuda dos confrades e paróquias na divulgação e incentivo aos jovens.
Gratos pela ajuda e empenho de cada um. Seguimos juntos, confiantes no Coração Providente de Jesus!
Fr. Djonatan Engelmann, SCJ
Seminário São José, Rio Negrinho - SC
DE OLHO NA HISTÓRIA
Giuliano Sávio Berti
APPAL, Corupá - SC
No dia 27 de abril de 2024, recordamos os 10 anos de falecimento de Dom Aloísio Roque Oppermann, SCJ. Nasceu em São Vendelino (RS), na data de 19 de junho de 1936. Professou os votos de castidade, pobreza e obediência no dia 2 de fevereiro de 1956, em Brusque (SC). Foi ordenado sacerdote em Taubaté (SP), na data de 29 de junho de 1961. Foi educador no Instituto São Judas Tadeu, em São Paulo (SP); professor no Seminário de Crissiumal (RS); professor no Colégio Dehon, em Tubarão (SC); diretor do Seminário de Rio Negrinho (SC); diretor no Instituto Dehonista, em Curitiba (PR), onde também foi pároco da Paróquia Santa Rita. Foi pároco da Paróquia do Divino Espírito Santo, em Varginha (MG). No dia 2 de fevereiro de 1983, foi nomeado como primeiro Bispo da Diocese de Ituiutaba, sendo ordenado em 21 de abril de 1983. Foi Bispo de Campanha (1988-1996) e Arcebispo de Uberaba (1996-2012), todas no Estado de Minas Gerais. Faleceu no dia 27 de abril de 2024 (Fonte: Arquivo Provincial Padre Lux – APPAL).
No dia 1º de maio de 2024, recordamos os 70 anos do trágico falecimento do Padre Antônio Gabriel Berkenbrock, SCJ. Nasceu em Vargem do Cedro – Imaruí (SC), na data de 14 de janeiro de 1925. Era primo da Beata Albertina Berkenbrock. Professou os votos
de castidade, pobreza e obediência no dia 10 de fevereiro de 1946, em Castro (PR). Sua ordenação sacerdotal ocorreu em Lorena (SP), na data de 22 de julho de 1951. Passou seus poucos anos de sacerdócio como formador. Lecionou no Seminário de Lavras (MG) e, posteriormente, em Tubarão (SC). Era de extraordinária franqueza, serenidade de alma e piedade genuína. Na data de 1º de maio de 1954, a comunidade religiosa realizou um passeio na praia, nas proximidades de Laguna (SC). Uma onda levou violentamente quatro padres. Três conseguiram nadar até atingir a margem. Mas, Padre Antônio Gabriel não teve a mesma sorte... Seu corpo jamais foi encontrado. Contava com 29 anos de idade, sendo três como sacerdote (Fonte: Arquivo Provincial Padre Lux - APPAL).
No dia 2 de junho de 2024, recordamos os 20 anos de falecimento do Padre Alberto Piazera, SCJ. Nasceu em Jaraguá do Sul (SC), na data de 6 de agosto de 1919. Professou os votos de castidade, pobreza e obediência no dia 16 de fevereiro de 1939, em Brusque (SC). Sua ordenação sacerdotal ocorreu em Taubaté (SP), na data de 22 de agosto de 1943. Atuou em Tubarão (SC), Varginha (MG), Rio de Janeiro (RJ), Brusque – onde foi reitor do Convento SCJ. Padre Alberto assumiu como Superior Provincial, de 1978 a 1981. Logo após, foi trabalhar como missionário no Maranhão. Posteriormente, atuou nas paróquias de Rio Negrinho (SC), Botuverá (SC), Lavras (MG), Rondon (PR), Curitiba (PR) –Paróquia/Santuário Santa Rita, Santuário São Judas Tadeu – São Paulo (SP), Corupá (SC) e Jaraguá do Sul – vigário paroquial da Paróquia São Sebastião. Dedicou-se, com solicitude, ao confessionário. Faleceu em Jaraguá do Sul, na data de 2 de junho de 2004, sendo sepultado no cemitério da Congregação em Corupá (Fonte: Arquivo Provincial Padre Lux – APPAL).
Na data 30 de junho de 2024, recordamos os 50 anos de falecimento do Irmão Luiz Francisco Cronenbroeck, SCJ. Nasceu em Krefeld/Düsseldorf (Alemanha), na data de 3 de dezembro de 1889. Professou os votos de castidade, pobreza e obediência no dia 1º de novembro de 1908, em
Sittard (Holanda). Chegou ao Brasil em 1913. Atuou em Florianópolis (SC), Jaraguá do Sul (SC), Taubaté (SP) – sendo dos primeiros dehonianos que lá atuaram, desde 1919 –Lavras (MG) e Brusque (SC). Voltou para a Alemanha em 1928, regressando novamente ao Brasil em 1936. A partir de então, atuou em Vila Maria/São Paulo (SP), Brusque, Rio de Janeiro (RJ), Mossoró (RN), Santo Augusto (RS), Taubaté e Lavras. Irmão Luiz Cronenbroeck era um verdadeiro factótum. Foi cozinheiro, sacristão, organista, músico, pintor, formador. Destaca-se a intensa vida de oração, profunda disponibilidade e o zelo em seu trabalho. Faleceu em Lavras, no dia 30 de junho de 1974, sendo lá sepultado (Fonte: Arquivo Provincial Padre Lux – APPAL).
XXV CAPÍTULO GERAL
Acredito que tenha sido quando estava cursando o Ensino Médio, no seminário Instituto Dehonista, em Curitiba, no ano de 1991, quando rezamos pela primeira vez pelo Capítulo Geral daquele ano. Àquela época, então um jovem seminarista, não imaginava o que era um Capítulo Provincial, muito menos o que seria um Capítulo Geral da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. Mas enfim, rezamos. Por isso, desde a indicação para me fazer presente no XXV Capítulo Geral, a curiosidade, a preocupação, bem como a oração, se fizeram bem presentes. E isso tem uma razão. O
Capítulo Geral, acontecido na Casa Geral da Congregação, em Roma, de 16 de junho a 5 de julho de 2024, teve como tema “chamados a ser um em um mundo em transformação” e o lema “Para que eles creiam” (Jo 17, 21). Pelo tema proposto, logo se percebe que um dos objetivos principais a ser refletido foi o da comunhão (Sint Unum).
A Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus celebrou, recentemente, 146 anos de fundação. Nesse quase um século e meio de existência, a Congregação SCJ passou por várias mudanças para estar em sintonia com sua
época e seu tempo. Como ensina o dito popular, a cada época, suas exigências e necessidades. Com a Congregação, não foi diferente. Pe. Dehon soube discernir os sinais dos tempos, na escuta atenta aos apelos do Espírito, em sintonia com a Igreja. E a congregação cresceu.
Hoje, estamos em mais de 40 países e a diversidade de línguas, etnias e culturas se faz uma realidade visível para todos. O Capítulo Geral procurou congregar (Sint Unum) representantes dos quatro continentes, onde a Congregação se faz presente. O primeiro desafio já se apresentava quando tentávamos dar um simples “bom dia” para os colegas não brasileiros. Ao todo, éramos 78 representantes das diversas regiões ao redor do mundo onde a Congregação se faz presente. Encontramos representantes de língua portuguesa que fizeram com que nos sentíssemos mais “em casa”, ainda que fora do Brasil; a língua portuguesa tem suas especificidades. O desafio aumenta consideravelmente quando nos sentávamos à mesa com os asiáticos, os do continente africano e também com os europeus. Como “puxar” um assunto com alguém que fala uma língua tão diferente da nossa? Para essas situações, muito se faz
necessário o uso da língua inglesa, ou, para quem já esteve em Roma, o uso da língua italiana para a comunicação ou ainda, alguns gestos que indiquem o que você deseja.
Os trabalhos no Capítulo aconteceram todos os dias, divididos em momentos de oração, assembleia, trabalhos em grupos e celebrações. Aos fins de semana tirávamos o tempo para descansar e/ou nos ocupar com as coisas das nossas Províncias de origem. Claro, também havia tempo para ir até o Vaticano, que está a 20 minutos, numa caminhada não muito lenta, da nossa casa.
Os grupos de trabalho estavam divididos por língua de origem, para facilitar a comunicação de todos. Então tínhamos o grupo Francês, 2 de Inglês, Espanhol, Italiano
e Português. Todos os dias nos reuníamos para debater os temas a serem enfrentados no decorrer do período. E o mais interessante acontece depois na assembleia, quando os secretários de cada grupo partilham o que cada qual refletiu em sua respectiva língua. Após a partilha dos secretários, os membros da assembleia podiam se manifestar. Todos concordam com todos? Não! Porém, aqui o discordar, não era criar inimigos, mas aprender com o outro, a tentar ampliar a ideia de cada um, para que a unidade pudesse prevalecer para além das barreiras continentais e culturais.
Inspiradora foi, sem dúvida, a audiência que tivemos com Papa Francisco, no dia 27 de junho. Sua visível fragilidade fica em segundo plano, quando contemplamos seu rosto alegre e receptivo para com a comitiva SCJ. É a mensagem principal: a capela é o lugar mais importante de nossas casas. Nada pode estar em primeiro lugar! Inspirado por Francisco, o Capítulo seguiu sempre num clima harmonioso e sinodal.
No início da semana passada, tivemos a oportunidade de conhecer dois colegas que vieram de experiências missionárias
iniciadas nos últimos três anos: uma experiência da comunidade Nimega, na Holanda, e outra de Trondheim, na Noruega. Experiências novas iniciadas por colegas entre 35 e 70 anos, para dizer que, para os herdeiros do carisma recebido por Dehon, a missionaridade não tem idade e nem tempo de aposentadoria. A missão sempre será um convite a ressoar incessantemente no coração de todo dehoniano. As duas áreas de missão referidas acima apresentam os desafios iniciais de qualquer trabalho missionário: trabalhar em equipe, lidar com o clima e conhecer a cultura local. Os colegas SCJ estão muito bem, pedem orações e mais colegas para ajudá-los.
Enfim, nota-se que, para um mundo fragmentado por tantas situações que o próprio ser humano criou, o dehoniano deverá ser aquele que, com discernimento e oração, deixa-se guiar pela ação do Espírito para criar laços de comunhão, unidade e sinodalidade (oblação e reparação), onde quer que ele esteja.
P. Aléssio da Rosa, SCJ
Colégio e Faculdade S. Luiz, Brusque - SC
Síntese da mensagem final do XXV Capítulo Geral
Com o término do XXV Capítulo Geral da Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus, os padres capitulares emitiram uma mensagem final, transmitindo aos religiosos dehonianos as reflexões, apontamentos e decisões deste capítulo.
Nesta mensagem, enfatizou-se a necessidade da unidade em um mundo cada vez mais dividido, polarizado e individualista. O Sint Unum é o sinal que os dehonianos devem apresentar ao mundo, superando a mentalidade do “eu” e ampliando a consciência da pluralidade cultural, que vem crescendo em nossa congregação pela expansão da atividade missionária, que tanto enriquece este carisma.
A identidade carismática está em constante desenvolvimento, compreendendo que a missão dehoniana é de ser instrumento da ação reparadora de Jesus Cristo. Por isso, conscientes da individualidade de cada ser humano, os religiosos são convidados à comunhão com Deus e com os semelhantes, superando, portanto, a autopromoção, o ativismo e o relaxamento da vida de oração.
As diferenças enriquecem o apostolado pela interdependência dos dons concedidos por Deus, partilhando os bens e a vida. Para que isso torne-se possível, enfatizou-se o aprofundamento da comunhão nas comunidades por meio da espiritualidade, da vida fraterna e reflexões
da Regra de Vida. Neste quesito, o superior local tem a importância de favorecer este ambiente de comunhão.
Outra dimensão que tange a vida de comunhão é a partilha da pobreza, expressada pela administração dos recursos. A vivência da pobreza é um “termômetro capaz de medir a saúde espiritual e comprometimento dos religiosos a respeito da sua própria consagração”. Por isso, ressaltase a importância de abordar o tema da economia desde a formação inicial e durante a formação permanente dos religiosos.
A congregação não perdeu sua vitalidade missionária. O dehoniano é um missionário. Este apostolado é reconhecido na presença em paróquias, na área da educação, nas obras sociais, na comunicação e na formação, partilhando nosso carisma com os leigos, com a Igreja local e com demais religiosos de diversos institutos e congregações.
A formação é o elemento determinante na construção da identidade dehoniana e tem obtido bons resultados em muitas Entidades. A dinâmica da formação inicial precisa ser continuada na formação permanente, fomentada pelo Governo Geral e as Entidades, considerando a comunidade religiosa como o lugar privilegiado para a formação permanente.
A corresponsabilidade explana o sentido de governança desta Congregação. Motivados pelo espírito de oblação, devemos viver assiduamente a obediência a Deus e seus mandamentos, a nossa Regra de Vida e seus documentos e a nossos superiores.
A esperança foi o grande sinal deste Capítulo, simbolizada pelo desejo de continuidade da missão de governança. Esta esperança também se manifesta na vitalidade vocacional na Ásia, África e América do Sul, bem como um novo alento de reavivar o cristianismo em algumas sociedades secularizadas. Esta esperança ganha força com a preparação da celebração do centenário de morte de Padre Dehon e o sesquicentenário de fundação da Congregação.
Fr. Artur Hang, SCJ
Par. N. S. Aparecida, Palmas - PR
HINO E IDENTIDADE VISUAL DO XXV CAPÍTULO GERAL
Geovan Luiz Alberton
Noviciado, Jaraguá do Sul - SC
Hino
Ao receber a proposta para compor uma canção que servisse de hino para o XXV Capítulo Geral Dehoniano, com prontidão, busquei aprofundar o estudo sobre a temática para adquirir inspiração e elaborá-la. A composição, por sua vez, nasce de uma inspiração e adquire formato através da criatividade de quem a produz, sob as luzes do Espírito Santo, haja visto que é de finalidade religiosa.
Com base no tema “Chamados a ser um em um mundo em transformação” e no lema “Para que eles creiam (Jo 17,2)”, levando em consideração uma linguagem poética, busquei construir a letra. Um elemento de destaque é a celebre frase, muito quista a Padre Dehon e ao carisma dehoniano, Sint Unum. Todavia, para nós, dehonianos, devemos ser um a partir do nosso carisma, por isso o refrão realça: Sint unum in amore, Sint unum em reparatione... A graça da unidade gera testemunho e credibilidade à nossa missão num mundo em constante transformação.
As estrofes, por seu turno, sempre iniciando com o convite “Chamados a ser um” buscaram refletir mais propriamente a temática, acrescentando traços elementares do carisma e da missão da Congregação, a saber: 1) a primeira estrofe refletiu o tema, enfatizando o Coração de Cristo como a fonte da unidade; 2) a segunda, buscou trazer as realidades missionárias, sejam elas nas redes educacionais, nas missões em seus diversos campos, nas obras de caridade e na formação de mentes e corações abertos; e 3) na terceira estrofe, a figura de Padre Dehon surge como um exemplo a ser seguido e imitado na vivência da oblação e da
reparação, unido ao Coração de Jesus. Por fim, a melodia que enlaça a letra, também surgiu para enfatizar o chamado principal Sint unum. O gênero musical, popular balada, originária do pop e do rock, tem seu estilo popular e acessível, o que facilita o aprendizado da canção.
Quando recebi a notícia de que a minha música foi contemplada e oficializada como hino, fiquei surpreso, porém, muito alegre, sobretudo por contribuir com a minha Congregação, à qual desejo servir e, também, de poder colaborar na reflexão dessa temática tão feliz e necessária para os tempos atuais.
Sint unum in amore.
Sint unum in reparatione.
Ut mundus credat
Sint unum.
1. Chamados a ser um, Em um mundo em transformação. Trilharmos o mesmo caminho, Unidos num só Coração.
2. Chamados a ser um, Das missões à educação. Formarmos mentes, corações… E viver na reparação.
3. Chamados a ser um, Nos passos de Padre Dehon. Amarmos o que ele amou E fazer da vida oblação.
Matheus José Noviciado, Jaraguá do Sul - SC
Identidade visual
Todo e qualquer trabalho artístico parte de um conceito basilar. A inspiração e a espiritualidade expressas no logotipo são sintetizadas em três conceitos: CORAÇÃO, COMUNHÃO e TRANSFORMAÇÃO.
Cada detalhe do logotipo foi desenvolvido para corresponder à proposta do tema do Capítulo Geral. A inspiração “CORAÇÃO”, “COMUNHÃO” E “TRANSFORMAÇÃO” é realçada fortemente no design:
Como princípio e meta de nossa espiritualidade e carisma, o Coração de Jesus é o maior destaque do logotipo. Tanto no centro, em vermelho, como na escrita que circunda a imagem, o símbolo do coração nos recorda que a graça e a obra do Coração de Jesus ultrapassam os limites geográficos e chegam ao coração de cada pessoa que se abre ao seu amor. De fato, a causa mais profunda da miséria humana está na recusa ao amor de Cristo (Cf. Cst. 4).
As cores sobrepostas nos recordam o espírito de Comunhão, o SINT UNUM. Somos uma única e mesma Congregação que se faz presente em vários lugares do mundo. Cada cor representa um continente. O vermelho simboliza a América; o roxo a África, o amarelo a Ásia e o verde a Oceania. A cor azul representa a Europa e está distribuída de forma “espalhada”, simbolizando que o carisma dehoniano nasceu e cresceu primeiro na Europa e se difundiu pelos demais continentes através do esforço e do testemunho dos missionários. As cores se misturam e se
complementam, contornando o coração que é o centro da nossa vida e missão. A cruz dehoniana simboliza a nossa presença em todo o mundo.
Os elementos que representam os continentes estão sobrepostos de maneira que o logotipo não é estático, mas dinâmico. O mundo em transformação é o lugar vivencial no qual somos chamados a evangelizar. O logotipo propõe o movimento na sua composição, sem nunca perder a centralidade. Um movimento que nos chama e convida à transformação, à reparação dos males do mundo. Neste movimento que brota do amor do Coração de Cristo, expressamos nosso carisma nas diversas obras e buscamos conservar a comunhão, radicada no amor. Nele, sempre encontraremos a certeza de sermos capazes de realizar a fraternidade humana e a força de lutar por ela (cf. Cst. 18).
TRÊS CELEBRAÇÕES –UM SÓ CORAÇÃO
Fr. Artur Hang, SCJ
Par. N. S. Aparecida, Palmas - PR
Centenário do Convento SCJ
O mês de junho foi demasiado excêntrico neste ano de 2024, unindo três grandes eventos num encontro singular que ficará marcado na história de toda Província BRM.
O princípio das celebrações teve como propulsão a comemoração do Primeiro Centenário do Convento Sagrado Coração de Jesus em Brusque. Inaugurado no dia 3 de junho de 1924 como o primeiro seminário menor da Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração
de Jesus no sul do Brasil, esta casa marcou significativamente a história da região de Brusque, Guabiruba e Botuverá, acolhendo em seu decurso seminaristas, noviços e religiosos que viveram neste lugar o gérmen da vocação, a experiência do carisma dehoniano e o aprofundamento dos estudos filosóficos.
Neste ano, esta casa contou com a augusta dedicação de sua comunidade local, que organizou-se assiduamente em promover a grande celebração dos cem anos. Com o esforço dos seis religiosos que residiam na casa, bem como dos oito seminaristas dehonianos e outros nove pertencentes à diocese de Criciúma, ambos vivenciando a etapa do discipulado, as festividades ganharam destaque pelo vigor de uma casa histórica e sempre tão viva e atuante na região brusquense. O sentimento desta celebração foi eximiamente expressado pelo Hino do Centenário, composto pelos próprios seminaristas com o apoio de outros leigos: “cantemos com grande alegria, com fé, amor, gratidão; o Convento cem anos formando, discípulos do Coração! ”.
O grande jubileu foi marcado pela solene celebração eucarística realizada na segunda-feira do dia 3 de junho de 2024 às 19 horas, presidida por Sua Excelência Reverendíssima Dom Murilo Ramos Krieger, scj. A Santa Missa contou com a presença dos tantos benfeitores do Convento,
pessoas que partilharam a vivência de suas vidas com a história desta casa e rendiam méritos e gratidões ao Coração de Jesus pelas dádivas que este lugar proporcionara para tantos corações. Após a missa, houve o descerramento da placa comemorativa, registrando diante de uma centenária oliveira este fato histórico, tendo inscrita consigo uma das máximas do Venerável Padre Dehon: “não basta fazer bem aquilo que fazemos, é preciso fazê-lo com amor”.
Solenidade do Sagrado Coração de Jesus
Neste espírito festivo, o Convento organizou-se para celebrar o ápice das comemorações dehonianas. Para tanto, realizou o tríduo em preparação para a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, vivenciando, do dia 4 de junho até o dia 6 de junho, os Mistérios Eucarísticos com a comunidade da região brusquense e a presença de padres e epíscopos que se uniram em prece e ação de graças.
O último dia do tríduo, quinta-feira, marcou também o início do Encontro dos Formandos da Província, com Santa Missa presidida por Dom Jacinto, bispo de Criciúma, na qual ainda religiosos da etapa da configuração receberam os ministérios do acolitato e do leitorato. Nos próximos dias, o Convento estaria intensamente ativo e totalmente repleto de formandos e formadores, expressando a grande razão de ser desta casa: a formação e a vocação.
Na radiante manhã da sextafeira, dia 7 de junho, aconteceu a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, com Santa Missa presidida por Sua Excelência Reverendíssima, Dom Wilson Tadeu Jönk, scj, juntamente com a presença de outros bispos, padres, diáconos, religiosos, noviços, postulantes e seminaristas. A celebração aconteceu plena de júbilo e suntuosidade, com ornamentação decorosa e liturgia impecável, valendo relevar as vozes do Coral do
Convento, que compuseram cantos e arranjos inéditos para a cerimônia. Após a celebração, o ágape entre os religiosos dehonianos decorreu com um lauto almoço e singela convivência fraterna em torno da mesa. Não obstante às celebrações rituais do Sagrado Coração de Jesus, a tarde foi marcada por um campeonato de esporte entre as etapas formativas nas modalidades de vôlei e futsal. Ocorrendo nas instalações do Colégio São Luiz, os jogos foram sinônimos de fraternidade, dedicação e espírito competitivo. Após o jantar, neste mesmo dia, ocorreu a premiação dos times vencedores, produzindo em todos vibrações de alegria e boas risadas.
O coroamento deste dia solene foi a Adoração Eucarística, unindo a voz de todos os formandos para, piamente, recitar o Ato de Desagravo ao Coração de Jesus, encerrando com o cantar da oração Bendito Seja o Coração de Jesus e a Benção do Santíssimo Sacramento.
Encontro dos Formandos BRM
No sábado, dia 8 de junho, deu-se continuidade ao encontro dos formandos. Pela manhã, houve uma conversa do superior provincial, P. Sildo César da Costa, scj, com todos os formandos: um momento de partilha e aconselhamentos para a vivência da vocação religiosa dehoniana.
A tarde os formandos foram desafiados a subir o Monte São José, em Guabiruba. Este lugar, que tem profunda relação com a história do Convento, é também inspiração para muitos guabirubenses que peregrinam até ele implorando os rogos de tantos santos que acompanham as margens da trilha. Fatigados e deslumbrados com a paisagem, os formandos e formadores rezaram diante da capela dedicada a São José, no cume do monte, confiando a proteção de todos os formandos ao poderoso patrocínio do pai nutrício do Redentor. Descendo o monte, todos retornaram ao Convento para a preparação do grande evento que aconteceria naquela noite.
A noite do Sábado foi abrilhantada pelo Festival Dehoniano. Este evento, apreciado por muitíssimos benfeitores e amigos do Convento, teve como expoente a celebração alegre e pitoresca do Carisma Dehoniano, expressada a partir dos inúmeros talentos e dons dos próprios formandos. Esta noite contou com teatros, músicas, poesias e encerrou com a presença do Santíssimo Sacramento, cercado por todos os formandos ali presentes que entoavam juntos: “Eis o Coração que tanto amou os homens! Vinde, achegai-vos, com carinho! Puro amorreparação!”. Ao canto de Razões do Coração, despediram-se do Festival Dehoniano e de tantas pessoas amigas que a ocasião tornou possível reencontrar nesta noite espetacular.
O domingo, dia 9 de junho, teve seu ápice marcado pela Santa Missa na Matriz São Luis Gonzaga, em solene celebração, contando com a presença de todos os formandos da província e dos padres formadores. Esta Missa mostrou a força da presença dehoniana em Brusque e foi sinal de que o Coração de Jesus continua
chamando muitos jovens para a vida religiosa. Assim, realizou-se o mais importante serviço vocacional: o testemunho de vida, a alegria espiritual e a firme vontade de servir a Deus e aos irmãos. (Cf. Cst. 88) O Encontro dos Formandos da Província BRM encerrou-se com o almoço no Convento Sagrado Coração de Jesus.
Este encontro foi incentivo a cada um à perseverança e dedicação para servir integralmente o Reino do Coração de Jesus. Momento propício para criar memórias, fortificar os laços de amizade e fraternidade, viver a unidade e saborear a vocação. De modo verossímil, a feliz celebração do Centenário do Convento Sagrado Coração de Jesus, ornada com a Solenidade do Sagrado Coração e robustecida pelo Encontro dos Formandos da Província certamente será registrada na história da Província BRM, e de modo ainda mais valoroso, no coração de cada religioso que soube viver intensamente cada segundo deste tempo único!
LEITORADO E ACOLITADO
No dia 6 de junho, quinta-feira, durante a missa do terceiro dia do tríduo em preparação à Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, no Convento de Brusque, dois religiosos receberam a instituição do ministério do acolitato e um religioso recebeu o ministério do leitorado. Acompanhe o testemunho dos nossos religiosos que doravante exercerão estes ministérios.
Fr. Jeferson A. Caldas, SCJ Convento SCJ, Taubaté -SP
Desde a fase propedêutica, a Palavra de Deus é ponto central na vida formativa de um seminarista que busca o encontro íntimo com Cristo por meio da oração. Dentro do caminho formativo, o candidato que anseia pelo Presbiterato recebe o que chamamos de ministérios dentro da etapa da Teologia, ou Configuração, nesta ordem: Leitorato, Acolitato, Diaconato e, por fim, o Presbiterato. Neste sentido, percebemos um caminho formativo que vai configurando os pensamentos e gestos daquele que, separado das coisas do mundo, é designado ao serviço das coisas de Deus.
O leitor é instituído para a função que lhe é própria de ler a Palavra de Deus na assembleia litúrgica, tendo ciência de que deverá fazê-lo mediante assídua meditação do que proclama, uma vez que esta função o faz verdadeiro catequista que aproxima o povo da Sagrada Escritura. Portanto, é dentro do contexto do envio evangelizador de Jesus, que confiou à Igreja a sua Palavra, que o ministério se torna mais que uma função, se torna missão.
No rito da admissão ao
Ministério de Leitorato o candidato recebe a Sagrada Escritura sob as seguintes ordens: “Recebe o livro da Sagrada Escritura e transmita com fidelidade a Palavra de Deus, para que seja mais viva e eficaz no coração dos homens a cada dia. Ao anunciar a Palavra de Deus aos outros, seja dócil ao Espírito Santo, aceite-o em seu coração com sinceridade e medite sobre isso com diligência, para que dia após dia um amor suave e vivo por ela cresça em ti. Assim, a vida de cada um de vocês será uma manifestação clara de Jesus Cristo, nosso Salvador”.
Diante disso, podemos citar três passos importantes para a vida espiritual do candidato. Primeiramente, meditar para provar daquilo que a Palavra lhe quer comunicar de forma pessoal; num segundo momento, a internalização desta meditação que deve ser traduzida em atos concretos de caridade. “A fé sem obras é morta” (Tg 2,17), nos diz São Tiago, da mesma forma a vida de um religioso ou seminarista pode morrer aos poucos se tudo o que medita não for sendo transformado em gestos concretos na vida dos outros, mas principalmente na sua própria vida, levando-o à necessidade de uma real conversão.
Oremos sempre a Deus para que aquilo que vimos e ouvimos possamos anunciar corajosamente onde Deus nos enviar, desde em nossas pequenas comunidades até nos grandes e perigosos campos
de missão ao redor do mundo. Sem dúvida é preciso guardar a Palavra de Deus no coração, mas imediatamente, para que o Reino do Coração de Jesus seja implantado nas almas e na sociedade, como disse nosso fundador Pe. Dehon; é preciso abrir os lábios e, sem receio, ser profeta que anuncia e denuncia.
Fr. João Pedro Kuberesky, SCJ
Convento SCJ, Taubaté - SP
Ter sido instituído Acólito foi uma profunda vivência nesta etapa da formação na qual eu me encontro. Quando optei por entrar na Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus, ainda auxiliava como coroinha na minha comunidade de origem, em São Bento do Sul - SC. Naquele tempo, o serviço do altar me motivou a dar um passo no caminho da formação religiosa. Hoje, tendo recebido este ministério, renovo aquele compromisso de outrora, quando a presença junto à comunidade e a participação mais próxima no sacrifício do altar eram as minhas principais atividades. Ter sido admitido a este ministério foi um momento de reviver o meu chamado vocacional.
Fr. Tiago Junior Waier, SCJ
Convento SCJ, Taubaté - SP
O acolitato pode-se dizer que é o ministério que nos faz aproximo-nos cada vez mais do serviço a Deus, sobretudo na assistência ao presbítero junto ao altar, nas celebrações eucarísticas. Nesse sentido, receber o ministério de acólito é dar um passo a mais na caminhada vocacional, tendo em vista o chamado recebido. É um momento de graça no qual Deus concede os dons necessários na expectativa de um diaconato sincero, conforme os desígnios do Coração de Jesus.
FESTA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
No último dia 13 de maio, aconteceu a tradicional festa em honra a Nossa Senhora de Fátima, no Noviciado, contando com a presença de uma grande multidão de fiéis. Houveram quatro celebrações – às 06h15, 12h, 15h e 19h. Confira algumas fotos:
CONHECENDO NOSSOS DIÁCONOS
No próximo mês de agosto, dia 10, celebraremos a festa litúrgica de São Lourenço, diácono e mártir da Igreja.
De modo particular, felicitamos nossos Diáconos Anderson Carlos da Silva Viana, SCJ e José Ricardo Henrique Zorer, SCJ, pedindo a Deus que, a exemplo de São Lourenço, sempre testemunhem o Cristo servidor!
Conheceremos, agora, um pouco da história desses dois confrades que se preparam para suas ordenações presbiterais, que deverão acontecer em dezembro.
Diác. José Ricardo H. Zorer, SCJ
Convento SCJ, Taubaté - SP
Eu sou o Diácono José Ricardo Henrique Zorer, natural de BotuveráSC. Tenho 28 anos. Ingressei no seminário da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus em 2011, no Seminário São José de Rio Negrinho, na etapa do Ensino Médio (Seminário Menor). Professei meus primeiros votos religiosos no dia 02 de fevereiro de 2019, no Noviciado Nossa Senhora de Fátima, em Jaraguá do Sul. Os meus votos perpétuos, professei-os no dia 10 de fevereiro de 2024, na cidade de Nova Candelária-RS e, no dia seguinte, 11 de fevereiro, fui ordenado diácono na cidade vizinha de Boa Vista do Buricá-RS.
A espiritualidade da Congregação dos Padres do Coração de Jesus é, para mim, algo que me faz sentir no meu lugar, pois sempre tive o Coração de Jesus como meu refúgio e exemplo máximo de tudo aquilo que é bom e santo. Sinto-me confortado sempre que penso que o mesmo Cristo que me pede a entrega total do meu coração é aquele que se entrega totalmente a mim no altar da Cruz. O amor d’Ele e da Virgem Santíssima, Sua Mãe, me impulsionam sempre a seguir adiante, neste caminho.
Minha experiência como diácono tem sido muito enriquecedora. Tenho experimentado a alegria de realizar batizados e casamentos, os quais são sempre momentos marcantes para mim. Igualmente com relação às bênçãos, posso dizer que tenho tido contato com diversas realidades, de modo a perceber os desafios que terei como sacerdote. Realizo muitas bênçãos nas casas, na Paróquia onde auxilio, em Taubaté (Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja), e ali tenho contato com situações que me são de muito proveito para buscar sempre mais uma vida na graça de Deus a fim de poder ajudar as tantas necessidades espirituais que o povo apresenta. Sem dúvida, o serviço do altar e da Palavra, na Santa Missa, também não deixam de ser momentos de graça e de profunda realização pessoal.
Diác. Anderson Viana, SCJ Convento SCJ, Taubaté - SP
Sou o Diácono Anderson Viana, SCJ, natural de Jaraguá do Sul-SC, ordenado diácono no dia 11 de fevereiro de 2024, em Boa Vista do BuricáRS. Desde então, busco viver uma entrega total a Cristo através do ministério diaconal. Atualmente, resido no Convento Sagrado Coração de Jesus, em Taubaté-SP, onde estou cursando o último semestre de teologia na Faculdade Dehoniana. Nos fins de semana, exerço o ministério diaconal na Paróquia Santo Antônio, na cidade de Santo Antônio do Pinhal-SP.
Para mim, esta experiência como diácono tem sido uma oportunidade única para manifestar o amor de Cristo a todos à minha volta, expressando, por meio do carisma Dehoniano, um serviço de entrega total, principalmente aos mais necessitados. Nosso carisma nos chama a viver profundamente o amor a Cristo, especialmente através do amor e da reparação, convidando-nos a ser um sinal visível desse amor, servindo com generosidade e compaixão. O serviço diaconal não envolve apenas a assistência litúrgica, mas também a presença ativa junto aos necessitados. Ser diácono é ser constantemente impelido a ser presença na vida das pessoas, ouvindo atentamente suas necessidades e angústias e agindo com caridade.
Viver a vocação diaconal é ter um coração aberto para as necessidades dos outros, sempre buscando refletir a vida de Cristo em nossas ações. Talvez Deus não nos peça um martírio semelhante ao de São Lourenço, mas o Sagrado Coração de Jesus espera de nós uma grande generosidade nos sacrifícios cotidianos em nossa vida.[1] Ao mesmo tempo, desejoso de um compromisso ainda mais pleno e abrangente no serviço a Cristo e à Igreja, me preparo para a minha ordenação presbiteral que acontecerá no dia 21 de Dezembro de 2024, na paróquia São Sebastião, em Jaraguá do Sul-SC às 19h e por isso, desde já conto com vossas orações e presença!
Vivat Cor Iesu, Per Cor Mariae!
OLHAR O HOJE E O
AMANHÃ
Recentemente vivenciamos, enquanto Congregação, o nosso XXV Capítulo Geral. Muito se falou sobre as mudanças, os novos desafios e a presença marcante da Congregação na vida da Igreja. Tudo o que vivenciamos hoje é, de certo modo, algum reflexo das decisões e direções tomadas por tantos religiosos dedicados, ao longo do tempo, fruto da ação do Espírito Santo que guiou e guia nossa família religiosa, nos ensinamentos de nosso Pai Fundador.
Imbuídos pelo tema deste capítulo geral, que nos convida a sermos um em um mundo em transformação, decidimos pedir, para alguns de nossos seminaristas das etapas iniciais, Propedêutico e Ensino Médio, que Província esperam encontrar quando professarem seus votos.
De igual modo, perguntamos aos nossos confrades de mais idade, que carregam consigo a experiência de vários anos de serviço à Igreja e à Congregação, o que eles esperam dos seminaristas que ingressam agora no seminário e que serão, daqui algum tempo, seus confrades e levarão e, por certo, representarão, também eles, o futuro da Congregação.
Confira agora o sentimento de cada um deles:
Daqui a alguns anos, se Deus me der a graça da perseverança, serei religioso dehoniano. Que família religiosa espero encontrar?
Wesley Charles Batschauer, 23 Propedêutico, Guabiruba - SC
Espero encontrar uma congregação que continue gerando frutos do reino nos locais onde atua, formando um clero fiel à Igreja e à missão deixada por P. Dehon de sermos “apóstolos do amor e sacerdotes da reconciliação”, isto, primeiro dentro da nossa comunidade, vivendo em fraternidade, e depois sendo sinal para o povo de Deus como adoradores do Santíssimo Sacramento e reparadores de uma sociedade fragmentada.
Elvis de Proença Mendes, 25
Propedêutico, Reserva - PR
Espero encontrar na congregação o testemunho fiel de Cristo através de atos e palavras, em atitudes concretas de amor, onde a abnegação, a doação de si e a vivência do carisma dehoniano levem a todos a adentrarem e a conhecerem cada vez mais o amor que transborda do Sagrado Coração de Jesus.
Eduardo da Silva de Oliveira, 16
Ensino médio, Tuparendi - RS
Espero encontrar uma congregação onde o Amor por Cristo continue vivo, que por onde ela passe continue espalhando o seu amor, uma congregação que onde quer que esteja, continue fazendo a alegria de muitas pessoas, uma congregação que ensine as pessoas a seguir o Sagrado Coração de Jesus.
Vithor Felipe Vieira, 17
Ensino médio, Itajaí - SC
Como seminarista menor, não poderia esperar nada de melhor para a obra de Padre Dehon, se não a mais pura e beatíssima vontade de Deus. Espero ver religiosos, que em nossas comunidades e pastorais, são médicos em uma constante cirurgia onde reparam, cuidam, zelam e consomem-se continuamente pelos tão ultrajados e esquecidos Sagrados Corações de Jesus e Maria.
Pedro Henrique Baron, 15
Ensino médio, Brusque - SC
Espero encontrar uma congregação que continue buscando ser mais oblativa a cada dia, uma congregação onde um se doa pelo outro em forma total de reparação, e seguindo cada dia mais os passos de Cristo por meio dos ensinamentos de nosso fundador P. Dehon.
João Marcos Vieira, 16
Ensino médio, Itajaí - SC
Espero encontrar uma congregação fortificada em seu carisma, vivenciando assim o maior tesouro que o nosso fundador P. Dehon nos deixou: “oblação e a reparação”, para que espelhados no Sagrado Coração de Jesus possamos ser reflexo do seu amor em nossas obras espalhadas por todo o mundo e principalmente para com o próximo.
Edeilson Rodrigues das Neves, 20
Propedêutico, Porto Velho - RO
Como seminarista espero presenciar uma congregação mais evangelizadora espelhando-se nos ensinamentos de P. Dehon e no carisma da oblação e reparação, para que possamos dizer o nosso sim onde Deus nos mandar.
Jean Felipe Rank, 25
Propedêutico, São Bento do Sul - SC
Acredito fielmente que cada vez mais encontrarei na congregação o carisma Dehoniano da reparação e oblação, para que a partir dele possamos entender e vivenciá-lo a cada dia mais intensamente. E assim, desfrutar do maior tesouro que o P. Dehon nos deixou: o Coração de Jesus!
Francisco José Lisczkoski, 17
Ensino médio, Major Vieira - SC
Uma congregação mais crescente em seu carisma e expandindo-se cada vez mais em um mundo em transformação. Uma congregação que desfrute de novas missões, com um seguimento mais concreto, com base nos escritos de P. Dehon, sendo oblatos do Coração de Jesus, propagando o carisma dehoniano entre o povo e leigos dehonianos.
Davi Ruah Custodio, 18
Ensino médio, Schroeder - SC
Espero encontrar uma congregação a qual esteja disposta a ser uma ponte de acesso do coração do homem ao coração de Deus. Que esteja aberta a viver mais intensamente o carisma deixado por nosso fundador P. Dehon. Padres, religiosos e seminaristas que estejam dispostos a implantar o reino do Coração de Jesus ainda aqui na terra. Que viva intensamente o seu “Sint Unum”, falando de Deus para os homens e dos homens para Deus, pregando o evangelho a toda criatura.
O que desejo e espero dos nossos religiosos do futuro?
P. Pedro Paulo Dias, 94
Noviciado, Jaraguá do Sul - SC
Espero que os novos vivam o “ir ao povo”, procurem ser apostólicos e dediquemse aos mais carentes. Que tenham muito entusiasmo pela Igreja e também que sejam testemunho porque, se não forem testemunho, dificilmente os outros os seguirão. Por fim, tenham esperança de que terão bons resultados e caminhem como os fizeram os apóstolos para levar o Evangelho.
P. Galdino Becker, 92
Par. São José, Boa Vista do Buricá - RS
Espero que os novos padres que surgirem sejam verdadeiros continuadores da obra do Padre Dehon - obra esta que se concentra principalmente no Coração de Jesus e no atendimento as pessoas. Por isso espero que tanto os novos como os velhos tenham grande devoção ao Sagrado Coração de Jesus e a Nossa Senhora, e que vivam as virtudes da piedade e simplicidade.
P. Alírio José Pedrini, 86
Centro Shalom, Jaraguá do Sul - SC
Desejo e espero que nos anos de formação, principalmente no noviciado e na teologia, façam uma profunda experiência pessoal de Jesus Cristo ressuscitado, o Sagrado Coração de Jesus, para que fundamentem solidamente a vida consagrada, a vivência dos santos votos e, principalmente, a vida sacerdotal, sobre a celebração piedosa diária do Santo Sacrifício de Jesus, na Santa Missa, sobre uma vida de oração pessoal diária, sobre a piedosa oração da liturgia das horas e uma devoção filial diária a Nossa Senhora. E que dessa vida interior profunda, cultivada consciente e assumida, venha uma vida religiosa profunda, vivida em comunidade de vida; venha um ministério sacerdotal zeloso, com um empenho interior piedoso e zeloso para levar o Coração de Jesus ao coração dos fieis. Essa é, aliás, a fonte da verdadeira realização pessoal e da felicidade na vida consagrada e sacerdotal.