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Fraternidade universal e a cultura da paz em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia

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Hilda Miranda Farias e Angelo Farias

Belo Horizonte | MG É lamentável tomar conhecimento do conflito instaurado entre Rússia e Ucrânia, com grande ressonância na comunidade internacional e em cada um de nós. Diante do absurdo que esse cenário simboliza contra o sonho da paz e da fraternidade universal, o mundo assiste estarrecido à cultura de morte. Situação cruel e sem sentido que aterroriza a todos, provoca sofrimento aos inocentes e fere a dignidade da pessoa humana da forma mais profunda. As tantas vítimas, vidas ceifadas, feridas, dilaceradas, milhares de famílias vivendo o luto por seus mortos, por suas

casas, por sua gente e sua Pátria, ainda o constante deslocamento de pessoas e movimento de refugiados nos dão o retrato humano dessa tragédia. Em meio ao caos, as dores... importa atitudes diante da complexidade do conflito. A exemplo do Papa Francisco, denunciar “qualquer tipo de guerra, pedindo o silêncio das armas” é um gesto concreto a favor da paz e fraternidade, afinal, sempre semeia morte, destruição, miséria e revela, conforme disse Dom Vicente Ferreira, C.Ss.R., que “a guerra é o pior de nós. Mesmo as pequenas”.

Construir a paz e a fraternidade duradoura é um dos maiores desafios para a humanidade. Requer mudança de mentalidade, apoio e esforço contínuo com atitudes concretas nessa direção, como a Campanha da Fraternidade “Fala com sabedoria, ensina com amor”, que convoca todos a apostarem em uma educação transformadora e integral, propiciando o amadurecimento da pessoa humana, capacitando e colaborando com a sociedade a trilhar um caminho em direção ao respeito do território sagrado de cada povo.

No mundo em que vivemos, abalado com frequência por tantas formas de violência, fomentar ações a favor da promoção da paz e fraternidade, tornam-se ferramentas eficazes na construção de uma sociedade mais “solidária para a missão, em um mundo ferido”. Conscientes de que a paz não é apenas um bem individual, investir na consciência da cidadania e participação crítica são caminhos fecundos para a construção de novos arranjos socioculturais, fundamentados no compromisso com a vida e respeito à dignidade humana. Se salvar as futuras gerações do flagelo da guerra foi a principal motivação para a criação das Nações Unidas, ainda estamos muito distantes desse ideal. Mas precisamos reconhecer que, ao longo das décadas, muitos passos foram dados para

“denunciar promover a cooperação internacional e evitar qualquer tipo de guerras, além de ajudar a restaurar a paz. guerra, pedindo O Papa Francisco não o silêncio das se cansa de conduzir a bandeira da paz e armas” fraternidade. Consagrou a Igreja, o mundo, a Rússia e Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, olhar de ternura para esse povo, além de condenar ‘a loucura’ da guerra. “Queremos um mundo de paz, queremos ser homens e mulheres de paz, queremos que nesta nossa sociedade, dilacerada por divisões e conflitos, possa irromper a paz! Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra! A paz é um dom demasiado precioso, que deve ser promovido e tutelado”, disse o Pontífice. Não podemos ficar indiferentes a tudo isso, sem assumir o compromisso de fazer a nossa parte. Acreditamos que a cultura da paz e fraternidade universal exige relações solidárias, tolerância, diálogo e pequenas ações, como nos ensina Jesus. Angelo Farias e Hilda Miranda Farias Missionários Leigos Redentoristas Núcleo Dom Muniz, Belo Horizonte (MG)

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