115 anos da Paróquia 70 anos da construção da Matriz 20 anos da Festa de São Sebastião
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ÃO SEBASTIÃO, Rogai por nós!
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m dezembro de 2000, por ocasião das comemorações do Centenário da Paróquia de São Sebastião, a convite do padre João Luiz, hoje Monsenhor, tivemos a oportunidade de elaborarmos a Revista Comemorativa “Cem anos com fé“. Foi um trabalho árduo de muita pesquisa na busca de informações, fotos e relatos de cidadãos que participaram desta história tão rica e presente em todos os momentos dos valinhenses, uma vez que a mesma sempre esteve interligada na vida do município e dos munícipes. Por ocasião do lançamento da revista, que continha duas páginas em branco ao seu final, Monsenhor João Luiz dizia que essa história não podia parar e precisava continuar. Uma história cheia de detalhes, verdadeiramente com conteúdo que se intermeia com a própria vida de Valinhos, especialmente nos grandes momentos do município. E seja feita a sua vontade! Aceitamos mais uma vez o desafio de continuar este trabalho de pesquisa, buscas e novas informações, tendo em vista as comemorações dos 115 anos da Paróquia; 70 anos da construção da Matriz e os 20 anos da Festa de São Sebastião. Padre Dalmirio, perfeitamente identificado com a importância dos fatos históricos, arregaçou as mangas e com entusiasmo disse: vamos continuar estes relatos ! Assim foram realizados encontros com antigos moradores, depoimentos, entrevistas e um farto material de pesquisa que se faz presente nesse trabalho, São Sebastião, Rogai por Nós! Como bem lembrou Monsenhor Otávio Dorigon, em pleno vigor aos 88 anos, valinhense de quatro costados, na homilía da Missa do
Padroeiro, 20 de janeiro de 2015, o povo de Deus foi quem construiu esta história ontem na única Paróquia de São Sebastião, posteriormente ampliada com as Paróquias de Santana, São Cristóvão, São José de Anchieta e a caçula, Nossa Senhora das Graças, criada em fevereiro de 2014. São três datas da maior importância: os 70 anos da construção da Matriz, esse templo sagrado onde estão fixadas as raízes cristãs do povo de Valinhos. Uma igreja viva que não está somente nas belezas arquitetônicas, criada pelo engenheiro e arquiteto Lix da Cunha e erguida com o suor e sacrifício de muitos fiéis, mas nas pessoas que integram a comunidade. A Igreja de Cristo. Uma igreja que comemora os 115 anos de Paróquia, mas que se faz renovada a cada dia pelas crianças, jovens e adultos, através dos seus sacerdotes, leigos e pastorais. Certamente que as comemorações dos 20 anos da Festa de São Sebastião, refletem a união e a alegria nessa caminhada e nos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, através da fé, unidade e solidariedade, em busca dos verdadeiros ideais cristãos. Esse tema, não se encerra neste trabalho, mas dá fôlego para novas pesquisas, buscas e resgate desta história tão presente na vida de Valinhos. As nossas escusas pelas falhas e omissões. Os nossos agradecimentos aos que colaboraram para mais este trabalho jornalístico. Assim como a pequena semente lançada em solo fértil, foram crescendo colaborando para que o Reino de Deus fosse concretizado, nossa história não cessa e outros capítulos certamente virão. Que o testemunho de São Sebastião, esse martir cristão, nos anime a novos desafios.
Paróquia de São Sebastião
SÃO SEBASTIÃO, Rogai por nós!
Paróquia de São Sebastião Paróquia de São Sebastião
UMA HISTÓRIA DE FÉ da gente valinhense
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alinhos nasceu juntamente com Campinas, da ação de Bandeirantes que se infiltravam pelas terras desconhecidas, rumo às Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás, em busca de ouro e pedras preciosas. Nessas incursões abriam trilhas e estabeleciam pouso que em geral se transformavam em cidades. A epopeia dos bandeirantes teve duas fases. A primeira a do apresamento dos índios que habitavam essas terras. As expedições de apresamento tinham como objetivo a captura de índios que eram vendidos como escravos, para atender a demanda de mão de obra. Tais Expedições também desbravavam o território brasileiro, formando vilas e cidades no interior do território. A segunda fase, a da descoberta e exploração das minas de ouro e pedras preciosas. E foi nessa fase que a região de Jundiaí, que é a região das “campinas de Mato Grosso”, que Valinhos entra no caminho dos Bandeirantes, entre eles Bartolomeu Bueno da Silva, o paraibano conhecido como Anhanguera.
Em 2 de dezembro de 1732, Alexandre Simões Vieira recebe a concessão de uma sesmaria. Conta a história que ele abriu um caminho novo de Jundiaí aos Goiases, tendo como paragem um ribeirão chamado Pouso dos Pinheiros, situado entre Rocinha e Campinas, atualmente onde se encontra a cidade de Valinhos. Este, segundo os registros é o primeiro marco oficial de uma área dentro do atual município de Valinhos. A história revela que o Pouso dos Pinheiros fundado por Alexandre Simões Vieira teve existência quase centenária. A origem do nome Valinhos, atribui-se aos valos que eram rasgados para demarcar as divisas das propriedades. Eles eram profundos e extensos. Interessante destacar que as publicações do século passado, a partir de 1870, jamais grafavam “notícias de Valinhos” e sim dos “Vallinhos”. Esse detalhe parece reforçar a ideia do povo de que, de fato, Valinhos surgiu dos “Valos”.
Até 1870 Valinhos fazia parte da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Campinas. Neste ano começa a história da Igreja Católica em Valinhos. A Igreja Católica sempre exerceu grande influência e nos tempos das sesmarias, a Igreja exigia do estado que para as concessões, os sesmeiros tinham que reservar um local para implantação da freguesia ou paróquia. No pequeno Distrito, três importantes fazendeiros deram início ao desenvolvimento econômico que crescia em torno do primeiro templo católico, uma pequena e singela capelinha, dedicada em honra à Santa Cruz de Cristo. A capelinha sempre animada por pessoas de fé, era um lugar de oração e formação através da catequese, reza de terço e celebração dos sacramentos. A Capela de Santa Cruz deu origem ao nome do bairro e foi um marco na história de Valinhos, pelo fato de ter sido o primeiro lugar de encontro do seu povo no campo da fé. Em 1889 Campinas sofre uma grande epidemia de febre amarela e o então padre Francisco Manetta faz uma promessa de que, pelo término da epidemia seria erguida a primeira Matriz de Valinhos. A Paróquia de Valinhos foi instituída por provisão do Exmo Bispo Diocesano D. Antônio Cândido de Alvarenga, em 3 de agosto de 1889, graças aos esforços dos moradores João Nogueira Ferraz, João Pedro de Souza, André Fernandes e outros. São Sebastião foi o santo escolhido para ser
o padroeiro por ter sido um soldado romano e mártir, conhecido como protetor contra a peste, a fome e a guerra e também protetor das criações e rebanhos. O motivo principal da escolha deste santo foi a proteção que Valinhos recebeu durante a epidemia de febre amarela que atingiu grande parte da população de Campinas. O sentimento religioso do povo era grande, mas a iniciativa de tomar esse santo como padroeiro partiu de José Solidário Pedroso, Acácio de Castro, Effren Costato entre outros. A partir deste fato, logo veio a necessidade de ser construída uma igreja. Um terreno doado por Sebastião Solidário Pedroso e irmãos, no alto da colina foi o local escolhido para a construção da Igreja em homenagem a São Sebastião. Uma comissão integrada por: Silvano Pacheco -presidente; Manuel Padilha de Camargo – 1º secretário; Octaviano Bittencourt – 2º secretário, Adolfo Fava, João Nogueira Ferraz, José Solidário Pedroso, Effren Costato, Luiz Morelli e Nicolau Fatrari, Antonio Thomaz de Lima e Cristiano Wolkart, como membros que se responsabilizaram pelos trabalhos. Com a ajuda da população rapidamente a igreja foi edificada. Em 21 de dezembro de 1900, foi criada oficialmente a Paróquia de São Sebastião, substituindo o curato de Santa Cruz, pelo bispo de São Paulo, Dom Antônio Cândido de Alvarenga e é a partir desta data, que inciaremos a história dos 115 anos da criação da Paróquia, dos 70 anos da construção do prédio da Matriz e dos 20 anos de resgate da Festa de São Sebastião.
Paróquia de São Sebastião
HISTÓRIA DA IGREJA CATÓLICA
Paróquia de São Sebastião
Os primeiros moradores
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Pouso do Ribeirão Pinheiros citado anteriormente, na época das Bandeiras, depois Sesmaria do Pinheiro aparece na história novamente em 1766 após 30 anos da sua criação, na obra de Mello Pupo, descreve que em 1767 foi realizado um recenseamento, onde aparece o nome do primeiro habitante recenseado: Suzana de Gusmão como chefe de família, viúva de Fernão Pais de Siqueira e seus dois filhos Maria que era cega e André que sofria de bócio, localizadas no Ribeirão Pinheiros. A família vivia do cultivo de milho e feijão. Em 1776 em outro recenseamento, aparece o nome de Antônia de Lima Prado e seu filho Inácio Dias de Lima.
INÍCIO DO TRÁFEGO FERROVIÁRIO Com a chegada do tráfego ferroviário e a inauguração da Cia Paulista de Estrada de Ferro de Jundiaí a Campinas e da estação de Valinhos, em 28 de março de 1872, o lugarejo dá um grande impulso ao progresso e ao desenvolvimento da vila, que possuía em seu entorno inúmeras fazendas produtoras de café. Quando foi inaugurada a via férrea, poucos eram os habitantes de Valinhos. O progresso começou a partir daí, início de um novo ciclo da vida
econômica e social, substituindo assim o ciclo do tropeiro, homens heroicos, com suas bestas que conduziam as sacas de café até Santos. Casas comerciais se estabeleceram. Em 1887, um ano antes da abolição da escravatura, intensifica-se a imigração europeia, notadamente a italiana iniciada em 1875. Segundo o livro de Mário Pires “Valinhos Tempo e Espaço” durante um período de 15 anos, entraram no estado de São Paulo 903.203 imigrantes, trazendo novo impulso à riqueza paulista e Valinhos que possuia um grande número de fazendas de café, se beneficiou da imigração de italianos.
Par처quia de S찾o Sebasti찾o
Paróquia de São Sebastião
CAPELA de Santa Cruz
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m 1875, Valinhos ganhou sua primeira capela dedicada em honra à Santa Cruz de Cristo, em seu redor surgiu o bairro com o mesmo nome, embora muitos o confundam com Vera Cruz, nome de um time de futebol famoso na época. Na história da capelinha de Santa Cruz aparece um nome, Manoel Paraguay ou Manoel Estabino do Nascimento que dá nome a uma das ruas da cidade, no bairro Castelo e no livro “Valinhos Tempo e Espaço”, de Mário Pires, diz que o terreno onde foi construída a capela foi doado pelos sogros José Antônio Camargo e Rita Camargo. Em 1900, Valinhos pertencia ao Curato de Santa Cruz. Através do decreto do bispo D. Antônio Cândido Alvarenga, em 21 de dezembro, criava-se a paróquia de São Sebastião, substituindo o Curato. Em 1931, o padre Thomaz Ghillardi que dirigia a Paróquia de São Sebastião elegeu uma diretoria para dirigir a Capela de Santa Cruz, sendo escolhido para presidente Luiz Conti e para vice, Antônio Salles Pupo. Dentre as várias atividades, em 1935 foi reaberta a Liga de Jesus Maria José, reorganizada pelo padre Luiz, missionário da Ave Maria. Outro ponto de destaque eram as festas realizadas no mês de maio, em homenagem à Santa Cruz, sempre com o objetivo religioso, mas também para arrecadação de fundos. Porém, a tradição mantém o dia 14 de setembro a comemoração do Dia de Santa Cruz. No ano de 1935
foi proposta uma reforma na capela, sendo convidado, na oportunidade, Leonídio Antoniazzi para tesoureiro na diretoria. No ano de 1957 o padre Ângelo Marigheto nomeou uma diretoria com o objetivo de construir uma nova capela, visto que a da época estava em precárias condições de conservação. Foram eleitos: Gelindo Donadelli - presidente; José Mauro Amgartem - vice; Antonio Ferrari secretário e Raul Falsarella, tesoureiro. Em 1959 foram adquiridos dois terrenos que ficavam ao lado da capela, para futuras construções. Com o advento do Concílio, a Igreja sofreu grandes transformações, surgindo então a ideia da formação de comunidades.
Registro da Festa de Santa Cruz em 12 de outubro de 1952
Atual Capela de Santa Cruz
Paróquia de São Sebastião
Inauguração da Capela em 1997
Conforme registro do resumo histórico do Centro Comunitário datado de 1965, a urbanização da cidade, mais precisamente nesta área de Santa Cruz, o alinhamento e a abertura da rua Anchieta comprometeram seriamente a torre da capelinha e parte do prédio. Interditada pela Prefeitura a sua demolição foi em fevereiro de 1966, evitando assim uma possível catástrofe. Padre Benedito Pessoto iniciou neste mesmo ano a construção do Centro Comunitário Santa Cruz, o primeiro de Valinhos, local de encontros e promoção humana, considerado na época de maior importância que uma capela. Padre João Luiz Fávero que estava à frente da Paróquia de São Sebastião, atendendo pedido do arcebispo de Campinas, D. Gilberto Pereira Lopes, em junho de 1994, incentivou a comunidade para a construção de uma capela a fim de abrigar o Sacrário com o Santíssimo Sacramento. O projeto do engenheiro José Carlos Boneto, logo saiu do papel, graças ao trabalho incansável dos moradores do bairro liderados por Antonia Roncaglia Tordin, e em setembro de 1997 acontecia a inauguração em celebração presidida pelo Bispo Auxiliar de Campinas, D. Luiz Antonio Guedes.
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A VIDA de São Sebastião
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padroeiro de Valinhos São Sebastião, nasceu na cidade de originário de Narbonne e cidadão de Milão, em 256 d.C. Seu nome de origem grega, Sebastós, significa divino, venerável. Ainda pequeno, sua família mudou-se para Milão, na Itália, onde ele cresceu e estudou. Sebastião optou por seguir a carreira militar de seu pai. No exército romano, chegou a ser Capitão da 1ª da guarda pretoriana. Esse cargo só era ocupado por pessoas ilustres, dignas e corretas. Sebastião era muito dedicado à carreira, tendo o reconhecimento dos amigos e até mesmo do de Maximiano, o imperador romano, que não sabia que Sebastião era cristão. Não sabia também que Sebastião, sem deixar de cumprir seus deveres militares, não participava dos martírios nem das manifestações de idolatria dos romanos. Por isso, São Sebastião é conhecido por ter servido a dois exércitos: o de Roma e o de Cristo. De caráter forte, distinguiu-se pela coragem e fortaleza de ânimo com que servia a autoridade imperial. De soldado do Imperador, transformou-se em soldado de Cristo e sem medo enfrentou a perseguição e o martírio e não renegou a fé que professava. Denunciado como cristão, acusado de traição à pátria, foi condenado à morte. Sebastião teve uma morte cruel diante de todos. Os arqueiros tiraram suas roupas, o amarraram num poste no estádio de Palatino e lançaram suas flechas sobre ele. Ferido, deixaram que ele sangrasse até morrer.
Irene, uma cristã devota e um grupo de amigos, foram ao local e surpresos, viram que Sebastião continuava vivo. Levaram-no dali e o esconderam. Curado, continuou evangelizando e se apresentou ao imperador Maximiano, insistindo para que ele parasse de perseguir e matar os cristãos. Desta vez o imperador mandou que o açoitassem até morrer e depois fosse jogado numa fossa. Após sua morte, Sebastião apareceu a Lucina, uma cristã e disse que ela encontraria o corpo dele pendurado num poço. Ele pediu para ser enterrado nas catacumbas junto dos apóstolos. Alguns autores acreditam que Sebastião foi enterrado no jardim da casa de Lucina, na Via Ápia, onde se encontra sua Basílica. Construíram então, nas catacumbas, um templo, a Basílica de São Sebastião. O templo existe até hoje e recebe devotos e peregrinos do mundo todo. São Sebastião é protetor contra violência, agropecuária, como defensor dos campos e rebanhos. É patrono dos militares e também padroeiro contra fome, peste e guerra e foi designado padroeiro de Valinhos por ter protegido a pequena vila do flagelo da epidemia de Febre Amarela, que no final do século passado matou grande parte da população de Campinas.
Par처quia de S찾o Sebasti찾o
Paróquia de São Sebastião
PRIMÓRDIOS os registros históricos
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a história da Paróquia de São Sebastião começou a ser registrada. Com a chegada do padre João Baptista César em 17 de fevereiro de 1901 quando tomou posse se deparou com uma igreja quase despida do necessário, sem altar mór, desforrada. Existia aqui uma imagem de Nossa Senhora das Dores, uma imagem não muito conservada do padroeiro São Sebastião e dois crucifixos pequenos. A primeira providência foi a construção de um altar mór que custou um conto de reis, com ajuda dos fiéis foi possível construir um altar consagrado ao Sagrado Coração de Jesus, também não existiam paramentos necessários para a benção do Santíssimo Sacramento. Até o ferro próprio para o fabrico de hóstias precisou se comprado. Só em maio chegou por doação uma pia batismal e ai já aparece o nome de Hildebrando Bertuolo como sendo o primeiro a ser batizado na nova Paróquia. Ele era filho de Antônio Bertuolo e Marcelina Pavan, um casal de italianos que imigraram para o Brasil e se radicaram nesta localidade e da primeira mulher, Leoninda, filha de José Ungaretti e Maria Antônia de Jesus. Nos livros de registro da Paróquia de São Sebastião, o primeiro casamento foi de Antônio Gallo e Rosa Buttura. Ele era filho de Calixto Gallo e Margarida Marcella e ela filha de Demétrio Buttura e Palmieri Furia. O padre João Batista César ficou na Paróquia de São Sebastião até 21 de julho de 1901 e somente em 9 de fevereiro de 1902 que era nomeado o
Primeira igreja dedicada a São Sebastião
padre Francisco Manetta que morava em Campinas, mas vinha a Valinhos para as celebrações, aliás foi esse padre que fez a promessa se a febre amarela cessasse em Campinas seria erguida uma nova igreja.
OS BENEMÉRITOS Dumont, Monteiro Lobato, Assis Chateaubriand e o governador Adhemar de Barros, entre outros. Nomes como Silvano Pacheco Ferreira, Dr. Cândido Ferreira, José Solidário Pedroso, João Nogueira Ferraz, Acácio de Castro, Effren Costato, João Pedro de Souza, André Fernandes, Galdino Fernandes de Abreu, Benedito Pacheco, Pérsio Pacheco da Silva constam como os primeiros povoadores de Valinhos.
José Solidário Pedroso participou da comissão organizada para a construção da primeira igreja no Largo São Sebastião. Após grande atuação no Distrito de Valinhos especialmente junto a Paróquia de São Sebastião, faleceu em 25 de dezembro de 1935.
Paróquia de São Sebastião
Alguns nomes já registrados nesta história, como Silvano Pacheco Ferreira que participou da comissão para promover a construção da igreja, além de fazendeiro foi designado Sub-Delegado de Polícia em 1893, ele era neto do Barão de Itatiba e foi ele quem conseguiu a iluminação a gás nas ruas do Distrito. Outros nomes de fazendeiros e grandes beneméritos que viveram em Valinhos e que ajudaram no seu desenvolvimento foram Dr. Cândido Ferreira da Silva Camargo conhecido como dr. Candinho proprietário da Fazenda Santa Tereza, que recebeu inúmeros imigrantes italianos. Era casado com dona Aninha – Ana Leonísia do Amaral Camargo fundadora do Sanatório Cândido Ferreira no Distrito de Souzas. Outra curiosidade refere-se a Silvano Pacheco Ferreira. Seu pai, Antônio Carlos Pacheco da Silva, era proprietário da Fazenda Cachoeira depois adquirida por Orozimbo Maia, ex-prefeito de Campinas, que transformou a Fazenda na Fonte Sonia, que ficou conhecida como ponto turístico de Valinhos, atraindo aos finais de semana um grande contingente de visitantes. No antigo Hotel Fonte Sonia, nomes famosos como Santos
Paróquia Paróquia de de São São Sebastião Sebastião
O FIGO na história da igreja
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ntre 1891 e 1917 o imigrante italiano Lino Busato viveu em Valinhos. Em 1901, adquiriu um lote no bairro Santa Cruz e introduziu a cultura de figo roxo, com mudas que vieram da Itália. Começa então no município, o ciclo da fruticultura. A produção de figos no Distrito atinge escala comercial em 1910 e se fortalece e após a crise de 1929, com a derrocada do café. Nesta época foi edificada a igreja de São Sebastião, num terreno doado por Sebastião Solidário Pedroso e irmãos e uma comissão foi organizada para promover a construção. O primeiro pároco foi João Batista, que ficou em Valinhos até 21 de julho de 1901. Com a saída do padre, a paróquia foi novamente anexada. O imigrante italiano Lino Busato
Padre João Batista César O primeiro vigário do Distrito de Valinhos padre João Batista César foi nomeado pelo bispo Dom Antônio de Alvarenga e chegou a Valinhos em 17 de fevereiro de 1901, enfrentando grandes dificuldades com acomodação e também nas instalações da igreja que não tinha altar mór, apenas um antigo oratório. A igreja era paupérrima, dizia o padre em suas anotações. Também neste ano, o imigrante italiano Lino Buzatto compra um terreno no bairro Santa Cruz, na Rua Campos Salles esquina com a Carlos Gomes, onde hoje está a FAV – Faculdade Anhanguera de Valinhos e manda vir da Itália mudas de figo que se adaptaram e prosperaram rapidamente no Distrito. A produção de figos atinge escala comercial em 1910 e se fortalece após a crise do café em 1929.
NECESSIDADE DE AMPLIAÇÃO Em 1910, era bispo de Campinas, D. João Baptista Corrêa Nery e veio a Valinhos para uma visita pastoral no dia 21 de maio, sendo recebido pelo padre Francisco Manetta. Ele deixa registrado algumas exigências: homens e mulheres deveriam ficar separados e guardando o maior silêncio na Casa de Deus e também apontava a necessidade de aumentar a igreja construída no Largo São Sebastião, que estava pequena para receber os fiéis.
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Paróquia de São Sebastião
CONSTRUÇÃO da Casa Paroquial
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necessidade de uma Casa Paroquial para servir de moradia para os padres que atuavam na Paróquia foi uma constante desde a vinda do primeiro padre João Batista César. A acomodação do padre era resolvida pelos moradores. Alguns foram acolhidos em moradias das famílias como o padre Vitor Ranverá que se hospedou na residência de Vitório Stelin. Com o padre Guilherme Bruchhauser à frente da Paróquia de São Sebastião, em 1919, teve início uma mobilização para a construção da Casa Paroquial. Em apenas três dias de campanha, o fazendeiro José Solidário Pedroso anunciava ao padre a doação do terreno do lado esquerdo da antiga Igreja de São Sebastião. A Comissão para construção da casa foi coordenada por Carlos Costato subdelegado de polícia. Essa comissão foi destituída em dezembro de 1921, porque após vistoria do terreno o parecer do padre Theophilo Levignani era que o local era pequeno e impróprio para sediar a Casa Paroquial. Em 25 de dezembro de 1922 uma nova comissão foi nomeada pelo Bispo Diocesano e para presidir a Comissão estava Francisco Spadaccia. Os registros apontam que essa comissão também não deu sequência ao trabalho e uma terceira foi nomeada e presidida por Elias Pisciotta. Padre José Antônio Maria Veira permaneceu em Valinhos até 1º de fevereiro de 1925. Em 4 de fevereiro foi nomeado padre Pedro Ciardella, e várias mudanças ocorreram
sem nenhum registro sobre as obras. Em 5 de dezembro de 1926 chegava à Paróquia o padre Elias Fadul e a casa paroquial já existia. Em 8 de janeiro de 1927 o padre foi substituído pelo padre Moysés de Miranda, fundador da União dos Moços Católicos. Em 10 de julho de 1927 voltava a Valinhos o padre Pedro Ciardella que permaneceu até 27 de dezembro de 1927 quando assumiu o padre João Batista Martins. Em 21 de julho de 1929 foi nomeado o padre Benjamim Melito e em 27 de julho de 1930 chegava o padre Emílio José Salin. Em 1930 com a vinda do padre Thomas Guilhardi os registros apontam a necessidade de reformas no telhado. A Casa Paroquial se mantém intacta, como foi a sua concepção. Ela foi reformada durante a permanência em Valinhos do padre João Luiz Fávero.
A Casa Paroquial reformada se mantem intacta até os dias de hoje
O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO E O TRABALHO RELIGIOSO
Dom Agnello Rossi
Paróquia de São Sebastião
Em 1921 a população de Valinhos era de 5.484 habitantes, era Pároco padre Vitor Ranverá, como auxiliar estava o sacristão Fernando Vieira. Nessa época existia na Paróquia o Apostolado da Oração – seção masculina, presidida por Cypriano Jacob e a sessão feminina presidida por Antônia Leopoldina de Castro e a Doutrina Cristã dirigida por Maria Conceição do Amaral. Já tinham passado pela Paróquia de Valinhos os padres: Felício Capone (31/07/1914); Francisco Schettini ( 23/01/1915); Guilherme Bruchhauser (9/07/1918); Vitor Ranverá (12/12/1920). Em 28/04/1922 assumia a Paróquia de São Sebastião, o Cônego João Alexandre Loschi; em 22/05/1922 assumi padre Francisco Duenãs; 04 de fevereiro de 1923 foi nomeado o padre Antônio Maria Vieira. Nesse ano, a Paróquia registrava a realização de 274 batizados; 41 casamentos e 27 encomendações. Na época já havia 6.500 habitantes no Distrito, na igreja um jovem sacristão se destacava, Agnello Rossi que depois se tornaria Cardeal e o primeiro representante da América Latina na Cúria Romana.
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FESTA de São Sebastião
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m 20 de janeiro de 1919 é o primeiro registro da realização da festa em homenagem ao Padroeiro São Sebastião. Era padre em Valinhos Guilherme Bruchhauser que organizou o evento com a ajuda de Carlos Costato, José Capovilla, Sylvio Caman, Antônio Capovilla, Guilherme Olivo e Cryspim Jacob. Nesta festa o programa foi o seguinte: um tríduo; Alvorada pela Banda Musical São Sebastião e salva de 21 tiros; Celebração da Santa Missa; Bando Precatório, composto pelas moças da paróquia que percorreram a localidade, afim de angariar donativos para a festa. Na programação a Missa Solene; Leilão e benção das prendas; tômbola; Procissão com a imagem de São Sebastião e do Sagrado Coração de Jesus e de Maria. Em 1940, com padre Bruno Nardini à frente da Paróquia de São Sebastião, a festa ganhou novo impulso com a realização da primeira Festa do Figo, cujo objetivo era angariar fundos para a construção da nova Matriz e divulgar a principal cultura do município: o Figo Roxo. Essa festa foi um sucesso, o leilão comandado por Geraldo Pupo com muitas prendas oferecidas pelos chacareiros: galinhas, porcos, gado, bolos, frutas. Logo cedo era realizado o repique dos sinos e muitos rojões que eram soltos por Vitório Bissoto, ele que era conhecido como “O homem do pito”. O esforço e a criatividade transformaram o evento num grande
Registro de paroquianos junto à antiga igreja de São Sebastião
Grupo de jovens voluntárias nas primeiras festas de São Sebastião
sucesso. As primeiras quermesses foram feitas ao lado da igreja velha, na praça de São Sebastião, com barracas de bambus enfeitadas com bandeirolas. A festa foi se sucedendo com muito sucesso até 1949, quando o evento foi oficializado. Durante anos, a Festa de São Sebastião passou a ser comemorada apenas com programação religiosa e somente foi resgatada em 1995 com a chegada a Valinhos do padre João Luís Fávero. A situação agora não era mais para construção, mas para reformas no templo que estava com goteiras, fiação com problemas, os lustres ficavam apagados podendo ocorrer um incêndio.
Paróquia de São Sebastião
paroquia são sebastião comunidades
Paróquia de São Sebastião
UNIÃO
dos Moços Católicos
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oi o padre Moysés de Miranda que em 1927 criou em Valinhos a União dos Moços Católicos, com a participação de 82 jovens. Em 24 de outubro de 1931 foi lançada a pedra fundamental da sede que ficava na Rua Dr. Cândido Ferreira,166, cuja inauguração aconteceu em 22 de janeiro de 1933. No local funciona hoje a Casa dos Colchões e na fachada ainda está a inscrição UMC. Neste local, anos mais tarde em 20 de agosto de 1949 foi realizada uma reunião para a criação da primeira Biblioteca de Valinhos. A iniciativa era do padre Bruno Nardini que percebendo o crescimento do Distrito, viu a necessidade de atividades culturais. A Biblioteca era coordenada pelo padre Bruno Nardini, como Presidente - Antonio Bissoto; Secretário - Sidney Barbosa de Oliveira; Tesoureiro - José Yamashita; 1º Bibliotecário - João de Oliveira Souza; 2º Bibliotecário - Jorge Kellesli Abib. No Conselho Fiscal Joseida Frizarini Concon, Nair Leme, Leonor Amstalden e suplentes Mirian Si Salvi e Terezinha Gewehr. A biblioteca foi inaugurada em 19 de março de 1950, recebendo a denominação: Biblioteca Pública Paroquial “Embaixador Macedo Soares”. O acervo era de 2.000 volumes estava à disposição para consultas dos escolares assim como para empréstimo de livros de literatura de vários gêneros.
Foto Bruno Barbin
Um registro histórico em frente a matriz de São Sebastião, ainda em construção. Na primeira fila da esquerda para direita: João Botura, Armando Speglich, José Yamashita, Presidente da Congregação Mariano, Luiz Antoniazzi, Pe Luiz Menegazzi, Pe Luiz Fantinato, Dr. Silvio Antoniazzi, Osvaldo Marchiori, Geraldo Dalaqua, Antonio Montero, Geraldo Capelari, Vitório Calsavara. Aparecem nesta foto também Roberto Montero, Francisco Castelani, Elias Kellesli, Alexandre Pedroni, Armando Martini, Antonio Rodrigues Gogoy, Davi Martelli, Alcides Avanci, Vitório Pedroni, Armando Corvini, João de Oliveira Souza, José Bertarello, João José de Alencar, Nelson Baldin, Écio Capovila, Luiz Negrello, Osmar Marchiori, Luiz Bissoto, Heitor Antoniazzi, Jonas Ramos de Sá, Moisés Barbarini, Leonídio Antoniazzi, Luiz Botura, Atílio Capovila, Mathias Chiari, Jorge Kellesli, José Randi, Lauro Pires, Waldemar Barbisan, Angelo Bordignon, José Dalben, Amércio Capovila, Henrique Giavone, Geraldo Crivelari, Joaquim Rodrigues, Elias Chiari , entre outros
A biblioteca existiu até 1960. Também no local funcionou o cineminha do padre. As crianças que frequentavam a catequese recebiam pontos e depois trocavam pelo ingresso no cinema.
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A REFORMA da igreja velha e a construção do cruzeiro No dia 1º de junho de 1924 foi realizada uma festa em homenagem ao Imaculado Coração de Maria e inauguradas as reformas na Igreja velha, que foram custeadas pela família Von Zuben, da Fazenda Tapera. Nesse mesmo ano o padre Antônio Maria Vieira conseguiu um alvará para levantar um cruzeiro em frente a Matriz, distante 22 metros da escadaria, para marcar as Santas Missões. Isso aconteceu em 18 de setembro de 1824. Uma cruz de madeira foi colocada provisoriamente no local, mas foi derrubada no dia seguinte, provocando uma grande revolta no padre, que exigiu providências do delegado de polícia da época que era de Campinas. Uma comissão integrada por Francisco Von Zuben como presidente; Antônio Antoniazzi – Vice-Presidente; Irineu Pimentel Moraes – Secretário e padre Antônio Maria Vieira – Assistente Eclesiástico e moradores se incumbiram da construção do Cruzeiro em granito, uma obra do artista José Rosada. A inauguração do Cruzeiro foi durante a festa de São Sebastião em janeiro de 1925. O Cruzeiro permaneceu no local até novembro de 1941, quando foi transferido para o Cemitério São João Batista, que foi inaugurado no dia de São João em 1913. Padre Bruno Nardini justificou a mudança do Cruzeiro para frente do Cemitério por se tratar de uma peça grande para uma praça tão pequena.
Foto João Carlos Von Zuben
Francisco Von Zuben foi benemérito de Valinhos e especialmente da igreja. No registro em 1951, a família de Francisco e Ana Teller Von Zuben, os filhos João Batista, Mário, Cláudio, Ana Helena, Thereza, Hilda, Maria Olivia, José Paulo, Adolpho e Germano
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paroquia maria celani
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CRESCIMENTO exige mudanças
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uando chegou a Valinhos o padre Casemiro de Abreu em 29 de janeiro de 1934, a Paróquia de São Sebastião tinha várias associações religiosas como Pia União, União dos Moços Católicos, Apostolado da Oração, Liga de São José, Doutrina Cristã, Liga do Menino Jesus. A população girava em torno de 10.204 habitantes. Foi nessa época que surgiu a necessidade de melhorar as acomodações da igreja e foi nomeada uma comissão para providenciar a reforma e pintura da igreja, tendo à frente Antônio Antoniazzi. O Bispo da época Francisco de Campos Barreto chegou a sugerir aos fiéis que mantivessem contato com a Prefeitura de Campinas para verificar a possibilidade de conseguir o terreno atrás da igreja. Em 1936, padre Casemiro de Abreu realizou uma reunião para construção da nova Matriz ou a reforma da existente. A votação foi secreta e terminou com empate. Uma comissão foi constituída para construção de uma nova igreja. Foram eleitos: Francisco Von Zuben, Luiz Rocato, Luiz Botura e Libanio Antoniazzi, mas ao final da reunião Luiz Botura sugeriu que ao invés de construir uma nova, que deveriam aumentar a existente. Com a chegada de padre Manoel Guinot Bernat em 22 de dezembro de 1937, o movimento pela construção da nova igreja ganhou força. O saudoso Antonio Bissoto, pai do ex-prefeito Luiz Bissoto contava que a nova igreja deveria ter sido construída na
Antonio Bissoto, um dos responsáveis pela negociação do terreno onde está a Matriz de São Sebastião
Rua Antonio Carlos, porém o engenheiro Lix da Cunha ao examinar o terreno, não o considerou adequado para construção da igreja e que o ideal era um terreno de propriedade dos Ungaretti que na época estava à venda. Num relato feito à neta Andrea Bissoto Lombelo, Sr. Antonio Bissoto disse que foi negociar a compra do terreno com Cláudio Ungaretti, representante dos herdeiros e o preço era de 24 contos de réis, pois eram 12 herdeiros e cada um deles queria dois contos para comprar um rádio. Segundo Luiz Bissoto, o negócio foi fechado e o padre Manoel Guinot anunciou na missa que os irmãos Vitório e Vicente Bissoto doaram o terreno para construção da igreja.
No dia de passar a escritura no cartório, estavam presentes: os irmãos Vitório e Vicente Bissoto e Cláudio Ungaretti, mas neste dia, constatou-se que os herdeiros eram 14, então o preço do terreno que era 24 contos de réis, passou para 28 contos. Os irmãos Bissoto compraram o terreno que ocupava uma área que fazia divisa com a Rua Itália até o Córrego dos Mathias, próximo ao Terminal Rodoviário Dr. Mário Rollin Telles. O engenheiro Lix da Cunha separou do terreno a área para construção da igreja e o restante foi loteado entre os irmãos. Essa região onde está a igreja ficou conhecida como Vila Bissoto. A história revela ainda que Guilherme Costato, que gostava muito de futebol, comprou parte da área dos Irmãos Vitório e Vicente Bissoto e nele construiu um campo de futebol e ofereceu as áreas vizinhas ao campo para o “Clube Atlético Valinhense”, hoje Terminal Rodoviário Dr. Mário Rollin Telles. O terreno onde está o prédio do Fundo Social de Solidariedade e que foi sede da primeira Prefeitura e Câmara Municipal, foi adquirido por Samuel Fragoso Coimbra, que era fiscal da Prefeitura de Campinas. Ele contratou o sr. Antonio Bissoto para construir a casa, que tinha a finalidade de se tornar um cassino, que não se concretizou porque o decreto-lei 9 215, de 30 de abril de 1946, assinado pelo presidente Eurico Gaspar Dutra proibiu essa prática. Apesar do terreno íngreme a casa construída no local foi considerada na época uma mansão.
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Paróquia de São Sebastião
Vitório Bissoto, braço direito do padre Bruno Nardini
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PIONEIRISMO e arrojo
P
adre Manoel Guinot Bernat estava com 63 anos e bastante doente e no dia 17 de janeiro de 1939 foi localizado morto pelo então coroinha Haroldo Pazinatto, que estranhando o atraso do padre para a missa, foi até a Casa Paroquial encontrando-o caído e sem vida. Padre Manoel Guinot Bernat deu um grande impulso para início das obras da nova Matriz, com dinheiro arrecadado através do livro ouro, prata e bronze. O corpo do padre Manoel Guinot está sepultado na Capela da Ressurreição no Cemitério São João Batista de Valinhos. Com a chegada a Valinhos do padre Bruno Nardini em 12 de fevereiro de 1939, uma nova história começou a viver o Distrito. No final dessa década, Valinhos contava com aproximadamente 400 prédios, as vias públicas eram calçadas com paralelepípedos, luz elétrica, telefone e serviço de abastecimento de água inaugurado no dia 4 de janeiro de 1941. Havia aqui matadouro público, subprefeitura e subdelegacia de Polícia. Valinhos ainda pertencia a Campinas, por isso as principais decisões políticas e administrativas eram tomadas ou pela Câmara Municipal ou pela Prefeitura. Da elevação à Categoria de Distrito de Paz em 28 de maio de 1896 a dezembro de 1955 quando Valinhos conquistou a sua emancipação político-administrativa, leis, atos e decretos que diretamente interferiram na vida
dos valinhenses vinham de Campinas, como é o caso do orçamento dos Distritos. É a partir do grande desenvolvimento e mudanças que os moradores de Valinhos começam a sentir a necessidade de mais autonomia. A Igreja exercia um papel importante nas decisões políticas, padre Bruno foi um grande líder e participou ativamente da Comissão de Emancipação, cujo Movimento teve início em 1952. Foto Parodi
O franzino padre Bruno Nardini, um líder religioso, empreendedor e voltado para as causas sociais
Par처quia de S찾o Sebasti찾o
Paróquia de São Sebastião
PADRE BRUNO
e a construção da igreja
E
m 12 de fevereiro de 1939 o padre Bruno Nardini tomava posse na Matriz de São Sebastião. Um jovem padre, de aparência franzina e que apresentava complicações de saúde, porém com um espírito empreendedor. Pouco mais de um mês de sua chegada, padre Bruno dava início aos trabalhos de terraplanagem do terreno onde seria construída a Matriz. O terreno para construção da Matriz foi doado pelos irmãos Vitório e Vicente Bissoto e ficava atrás da antiga Matriz, separado apenas por uma rua, hoje a Rua 13 de Maio. O local em que se ergueria a nova Matriz era um alto barranco de mais de três metros de altura que precisou ser terraplanado. Nesta empreitada padre Bruno contou com ajuda das Olarias e Cerâmicas do Distrito que mandavam as carrocinhas para ajudar no transporte da terra. Eram verdadeiras tropas de burros que puxavam carrocinhas de madeira. Um fato curioso lembrado por Tite Stopiglia, é que tinha uma tropa de burros do Sr. Feliciano que morava no Santa Cruz, eles já estavam treinados e quando batia a pá na carroça o burro saia em direção ao local onde a terra seria depositada. Tanto o desaterro, como a abertura dos alicerces e o concreto foram possíveis graças à contribuição do povo católico. Aproveitando a visita do bispo Dom Francisco de Campos Barreto, no dia 4 de junho de 1939 foi lançada a pedra fundamental e conforme consta no livro de Mário
Foto Acervo Haroldo Pazinatto
Matriz de São Sebastião nova em obras da torre principal
Pires “Valinhos tempo e Espaço”, o padrinho da primeira pedra, quando do lançamento da pedra fundamental foi Francisco Von Zuben. Uma caixa de bronze contendo recortes de jornais, revistas e documentos, foi colocada no local, bem em frente à futura porta central da nova Matriz, com a participação de várias madrinhas especialmente convidadas: Catharina Milani, Maria Ferreira Camargo, Albertina Bierremback de Castro Prado, Paulina Von Zubem, sra. Clóvis Soares e ainda Luiz Bissoto, Ricardo Manarini, Dr. Antônio de Castro Prado, Ana Leonísia do Amaral Camargo.
Segundo relatos foi um dia de muita chuva, mas mesmo assim com a presença de inúmeros moradores. A construção foi iniciada em agosto de 1940 e teve que ser paralisada em 11 de abril de 1942 porque faltavam as janelas, rosáceas e portas. Foi desenvolvida uma Campanha intitulada: “Campanha das Janelas” e apesar da crise, a generosidade do povo foi grande e as obras retomadas. Ao todo são 19 rosáceas que foram instaladas 1942.
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Primeira concepção da Matriz de São Sebastião
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MOVIMENTO
emancipacionista Além da fruticultura, com relevância para o figo roxo, existia em Valinhos a Cia Gessy, Fábrica de Papel e Papelão Gerin Focesi S/A, Cartonifício Valinhos, inúmeras cerâmicas ao longo do Ribeirão Pinheiro. O primeiro ato do Movimento Emancipacionista aconteceu na sede da União dos Moços Católicos, no dia 16 de maio de 1952. A reunião teve como objetivo deliberar os trabalhos que seriam desenvolvidos para que Valinhos se tornasse um município. Essa reunião foi presidida pelo dentista Omar de Amorin e contou com a presença de 87 pessoas. Na mesa principal o Cônego Bruno Nardini, Alfredo Zacarias, Mário Vieira Braga, José Spadaccia e Horácio Amaral. Nesse encontro foi eleita a Comissão Oficial do movimento Emancipacionista presidida pelo Dr. Fernando Leite Ferraz, vice-presidente Dr. Omar de Amorin, 1º Secretário – José Spadaccia, 2º Secretário Amélio Borin, 1º Tesoureiro – Mário Vieira Braga, 2º Tesoureiro Carlos Marini, Consultores: Dr. Silvio Antoniazzi, Horácio Amaral e Dr. Altino Gouveia e como presidente de honra Cônego Bruno Nardini.
Foto acervo Haroldo Pazinatto
Padre Bruno Nardini, presidente de honra e José Spadaccia, 1º Secretário da Comissão Emancipacionista
Muito trabalho e luta e quando tudo parecia próximo de se realizar, surgia uma notícia publicada no Jornal Defesa em 2 de agosto de 1952 de que Valinhos não conseguiria a emancipação, porque o plebiscito só poderia ser realizado com aprovação da Câmara Municipal de Campinas, mas em 29 de novembro de 1953 acontecia o plebiscito onde compareceram 875 eleitores e o resultado foi 866 votos a favor da emancipação, 8 votos contra e um em branco. No dia 30 de dezembro de 1953, o Governo do Estado promulga a lei no 2.456, criando o município de Valinhos que nascia com os seguintes bairros: Capuava, Lopes, Fonte Sônia, Ortizes, Capivari, Pinheiros, Santa Cruz, Jurema, Lenheiro e Serrote. A primeira eleição municipal foi em 3 de outubro de 1954, sendo eleito prefeito Jerônymo Alves Corrêa, com 1832 votos contra 1708 do adversário José Spadaccia. Votaram 3.435 eleitores. O Município foi instalado em 1º de janeiro de 1955.
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paroquia cochric
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INAUGURAÇÃO da Matriz
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m 19 de março de 1944, no dia de São José aconteceu a inauguração solene da Matriz de São Sebastião, pelo Bispo Diocesano Dom Paulo de Tarso Campos. O projeto do arquiteto e engenheiro Lix da Cunha era concretizado com a ajuda da população valinhense. Houve neste dia uma grande programação, iniciando com a alvorada, com repicar dos sinos e bateria de rojões, benção ritual do novo templo e missa solene que foi cantada por três sacerdotes.
Primeira missa na Matriz
O COLÉGIO SÃO JOSÉ E A ESCOLA TÉCNICA DE COMÉRCIO Padre Bruno Nardini promoveu no dia 3 de junho de 1952 uma reunião para propor a criação do Colégio São José, uma escola primária e também agrícola, cujo objetivo seria cuidar da formação integral dos alunos, com máximo de cuidado na formação moral e religiosa, nos moldes das escolas existentes em Campinas como o Colégio Ave Maria e o Sagrado Coração de Jesus. Neste encontro, foi criada a primeira
diretoria composta só de mulheres que tinha como presidente de honra dona Albertina de Castro Prado e presidente – Maria Fagundes Leite Ferraz com a difícil missão de conseguir junto aos agricultores, comércio e indústria, os recursos necessários para este projeto. Os trabalhos progrediram rapidamente, a idéia do padre foi ganhando adeptos e um primeiro passo foi dado com a doação de uma área de 10.000 m2 pela firma Ribeiro & Gerin. A idéia do padre Bruno Nardini não se efetivou e em 1956, padre Ângelo Marigheto, à frente da Paróquia de São Sebastião, convocou uma
sendo transformada em sociedade civil sem fins lucrativos. A Escola Técnica de Comércio contribuiu para a formação de centenas de alunos em sua caminhada de 51 anos de existência, porém as dificuldades e baixa procura pelas vagas oferecidas, levou o padre Carlos Roberto Marassato de Moraes e diretoria, encerrar no dia 31 de julho de 2011, uma história de grande sucesso em nosso município.
Inauguração da Biblioteca “D. Paulo de Tarso Campos”, em 1967, com a presença do Bispo da Arquidiocese de Campinas, Dom Antonio Maria Alves de Siqueira, padre Leopoldo Petrus Von Liempt, padre Benedito Luiz Pessoto, o inspetor seccional de ensino, Dr. Ataliba Amadeu Sevá, o diretor escolar, Armando Barroso, e o secretário, Laércio Conte
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assembleia para discutir a fundação da Escola Paroquial São José de Valinhos, cujo objetivo seria promover e ministrar a educação científica, moral e religiosa à infância e mocidade. A escola teria o curso primário, secundário e comercial. Para presidir a diretoria foi eleito Luiz Antoniazzi. Em 1956 o prédio da escola começou a ser construído na Rua Itália, 139, para implantação da Escola Paroquial São José. O projeto não se concretizou por vários motivos e em 1959, o prédio foi cedido em comodato para Cleovaldo Martelli Scannapieco, fundador da Escola Técnica de Comércio de Valinhos. Com a chegada do Padre Benedito Pessoto, um novo passo: construção de mais seis salas de aula para atender alunos do antigo Sesi 102. Em 1963 foi reorganizada a Escola Paroquial São José tendo como presidente e diretor eclesiástico padre Benedito Luiz Pessoto que decidiu no final de 1964, retomar o projeto da Escola Paroquial São José, mas havia um conflito com a Escola Técnica de Comércio de Valinhos na partilha do uso do espaço físico. Sem ter como se mudar para outro prédio, o proprietário da Escola Técnica de Comércio - Cleovaldo Scannapieco - acabou passando para a Paróquia a licença de funcionamento da Escola Técnica de Comércio de Valinhos,
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FESTA DO FIGO
um marco do progresso
A
necessidade de conseguir recursos para a construção da Matriz de São Sebastião e a produção de figo que crescia no distrito, levou o padre Bruno Nardini a criar junto com a Festa de São Sebastião, a Festa do Figo. A sua ideia movimentou a população, especialmente os chacareiros e a primeira festa aconteceu em 1940 no Largo São Sebastião. Com os resultados financeiros o padre conseguiu levantar a igreja que em 19 de março de 1944 era inaugurada oficialmente e ao mesmo tempo foi projetando a cidade na divulgação de seu maior produto: o figo roxo. Autoridades e visitantes de várias cidades da região vinham à Valinhos na Festa do Figo que foi um sucesso desde o início. O seu crescimento levou os organizadores a realizarem a festa em vários locais: em volta da igreja, na Fonte Sonia, no Clube Atlético Valinhense, em frente à Prefeitura, na Praça Washington Luiz e atualmente no Parque Municipal Monsenhor Bruno Nardini, numa homenagem ao criador do evento. Durante nove anos a festa esteve sob os cuidados da Paróquia de São Sebastião, mas em 1949 através do decreto do governador Adhemar de Barros, a festa passou a ter um caráter oficial e uma nova contagem: 1ª Festa do Figo de Valinhos.
Primórdios da Festa do Figo
Desfile de carrocinhas adornadas na Festa do Figo
Governador Adhemar de Barros que oficializou a Festa do Figo ao lado da rainha Rina Tortolo
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MATRIZ
obra de arte
A
construção da Igreja de São Sebastião é uma verdadeira obra de arte em estilo gótico românico porque olhando de cima, a igreja tem a forma de uma cruz, com o altar mor e dois sub altares à direita e à esquerda. Como construção gótica teria que ter uma cúpula, mas os italianos que ajudavam na construção queriam uma torre por isso ficou com a torre em estilo gótico e o corpo românico. Outra característica gótica são as volutas semipontiagudas, a partir das colunas tem captéis ornamentados com arcos que separam uma coluna da outra e são ogivais. A escadaria é toda em pedra de granito, corte feito na batida da talhadeira e o alisamento feito com martelo redondo. Todas as folhetas foram cortadas nos tamanhos iguais para revestimento da escada. Diferente dos grandes templos construídos com blocos de pedra e mármore, a Matriz de São Sebastião foi construída com concreto e um refinado esmero na aplicação de alvenarias, chegando ao requinte de esculpir colunatas, capitéis e volutas, usando tão somente argamassa de uma mistura de areia fina especial, cal, cimento e mica que dispensa pintura de qualquer natureza. O projeto cheio de detalhes; as formas foram feitas pelas mãos hábeis de João Pazinatto, os tijolos confeccionados sob medida, pela Cerâmica de Agostinho Capovila. A igreja tem o revestimento interno e externo feito
do mesmo material e não pode ser pintada. É conhecida como massa raspada e por não ter mão de obra especializada no serviço a igreja precisou ser pintada externamente para manter as características originais.
CARACTERÍSTICAS DO ALTAR MOR Ferrúcio Celani. Neste local o padre fazia a homilia. Antes do Concílio Vaticano II a missa era rezada em latim e o padre ficava de costas para o público, no púlpito era o momento de contato com os paroquianos. Após o Concílio, o púlpito foi retirado do local e instalado do lado esquerdo do altar e tem nele as imagens dos quatro evangelistas: São Marcos, São Lucas, São João e São Matheus. Trabalho do escultor Arthur Pederzoli.
Fotos Ricardo Tardelli
Altar Mor
Paróquia de São Sebastião
O
altar mor foi ofertado por Luiz e Amélia Basseto. Construído em mármore português, estilo gótico, combinando com o estilo da igreja o altar tem 9 metros de altura e 2,80 de largura.O trabalho de montagem do altar, peça por peça foi realizado pelo pedreiro Ernesto Mauro. Neste altar está a imagem de São Sebastião, uma doação de Ferrucio Celani. A imagem esculpida em madeira, com 2,10 metros de altura, é de autoria do escultor italiano Arthur Pederzoli e chegou na Matriz em 31 de janeiro de 1943. Conta o filho de Ferrucio Celani, Segismundo Romano José Celani que quando a imagem chegou o padre Bruno Nardini não gostou, por ela ser da cor da madeira. Ele preferia imagens coloridas, depois mudou de ideia e hoje São Sebastião se destaca no belíssimo altar, com detalhes importantes do trabalho do artista. Ainda no altar mor, tem duas pinturas, afresco de Ludovico Nicolelis, onde retrata dois momentos de São Sebastião: a sua consagração ao cristianismo do lado esquerdo e doado por Guilherme e Bortolo Olivo e a sua morte no lado direito. O altar da direita dedicado a Nossa Senhora das Graças, obra policromada, foi oferecido também por Ferrucio Celani. Ele é em mármore e a imagem foi esculpida por Arthur Pederzoli, inaugurado em 1º de fevereiro de 1948. Também nesta data foi inaugurado o altar do lado esquerdo, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus doado por Rosina Zagati Celani, nas mesmas características do altar do lado direito. Quase no centro da igreja e do lado esquerdo foi instalado um belíssimo púlpito, também oferta de
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BATISTÉRIO portal e coro
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o lado esquerdo, na entrada da Igreja está o batistério com a pia batismal e a imagem de São João Batista. Segundo conta a história da Igreja Católica, ele ficava fora da igreja, porque o indivíduo só seria bem vindo após o batismo. No Concílio Vaticano II, aconteceram várias mudanças e uma delas foi levar o batistério para o interior da igreja. Do lado direito, está o acesso ao coro e a torre, e aos sinos, através de uma escada em espiral. O portal na entrada da igreja feito em madeira de lei, retrata o povo de Valinhos e duas passagens da vida de Cristo. Não se vê do lado de fora, apenas de dentro para fora da igreja e ele tem
representada a indústria e a fruticultura. Olhando para cima do portal todo trabalhado, existe um tampo de madeira onde estão entalhados anjos, um piano e a pianista, numa referência ao coro da igreja, onde antigamente, o coral Santa Cecilia se apresentava, também com as mudanças do Concílio Vaticano, a plateia é que deveria cantar na missa e aí o coro desceu e quando se apresenta, o faz do lado direito, próximo ao altar. As estações da Via Crucis que vai do Pretório até o Calvário, num total de 14 peças, e o novo Batistério foram uma doação de Dona Catarina Milani. Há muito tempo a Paróquia de São Sebastião não utiliza o espaço do batistério que fica do lado esquerdo , logo após a porta de entrada. O local é pequeno e apertado, o que exigiu a mudança para dentro da igreja onde é feita a celebração com todos que serão batizados, padrinhos, familiares e convidados. Com a chegada do padre Dalmirio, mais uma novidade. Em setembro de 2014, a Paróquia adquiriu uma belíssima peça que está do lado direito, próximo ao altar. Foto Ricardo Tardelli
Local do antigo coro
Novo batistério
Vista do altar para a entrada da igreja
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Paróquia de São Sebastião
BENÇÃO dos sinos
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a torre da igreja estão seis sinos, que ao contrário do que muita gente pensa, os sinos não são simples instrumentos para fazer barulho, com o objetivo de chamar os fiéis para as celebrações religiosas, mas eles representam um dos mais finos instrumentos musicais, capazes de produzir efeitos extraordinários. Daí vem o cuidado e a necessidade de colocar no alto da torre, sinos ou carrilhões que produzem sons musicais agradáveis aos ouvidos e que sejam capazes de despertar na alma do povo, sentimentos de piedade, contrição, alegria, paz ou nostalgia. A solenidade de benção dos novos sinos da Matriz de São Sebastião aconteceu em 23 de abril de 1950 e no programa constava a celebração de uma missa rezada por intenção dos doadores dos sinos e foi celebrada pelo Arcebispo D. Paulo de Tarso Campos. Às 9h30 uma missa de ação de graças que foi celebrada pelo Cônego Agnelo Rossi, seguindo-se a solene benção dos sinos. Todos os atos foram abrilhantados pela Banda Infantil de Araras. Os sinos foram produzidos em São Paulo por empresa italiana e para ser levado até a torre os operários usaram dormentes e roldanas. Cada um dos sinos recebeu uma denominação, o primeiro deles chamado São José, pesa 1.200 quilos sua nota musical é MI e possui a inscrição: “São José – modelo dos operários - rogai por nós”, doação de Dr. José e Carolina Silva Gordo. O segundo sino tem a denominação São
Sebastião, pesa 600 quilos, a nota musical é SOL sustenido e na inscrição: “São Sebastião – rogai por nós”, doação de Ferrúcio e Rosina Celani. O terceiro sino tem o nome de Nossa Senhora das Graças, pesa 400 quilos, nota musical é SI e na inscrição: “Consoladora dos aflitos – rogai por nós”. Este sino foi doado pela família de Felipe Spadaccia. O quarto sino denomina-se Santo Antônio. Seu peso é 300 quilos, a nota musical é DÓ sustenido. Na inscrição: “Santo Antônio – rogai por nós”. A doação deste sino foi do Dr. José e Alexandra de Ataliba Nogueira.
O quinto sino tem a denominação São João Maria Vianey, pesa 200 quilos, nota musical RÉ. Na inscrição: “São João Maria Vianey – rogai por nós”. Doação de Eugênio e Elisa Franceschini. O sexto sino tem o nome Santos Anjos, pesa 150 quilos, nota musical FÁ sustenido e na inscrição: “Santos Anjos – rogai por nós”. Este sino foi ofertado por Raimundo Bissoto. No princípio, os sinos eram tocados manualmente. Com a reforma da parte elétrica na década de 90 eles passaram a tocar eletronicamente, marcando a hora e a chamada dos católicos para as celebrações da Santa Missa.
Conta Segismundo Romano José Celani, que os sinos também eram tocados por ocasião de falecimento dos moradores, era comum antes do féretro se dirigir ao cemitério, passava pela igreja para receber a benção.
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Fotos Ricardo Tardelli
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AS ROSÁCEAS
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Matriz de São Sebastião foi construída de frente para o sol nascente. Ao olhar a escadaria, o portal de entrada, acima está a Sagrada Família, mais acima a rosácea, depois o relógio e a torre. Na tradição dos templos religiosos é interessante observar que o frontão seja voltado para o sol nascente e dependendo da subida do sol, a imagem do Espírito Santo que está na rosácea se projeta no chão do interior da igreja e na cor azul. No interior da Matriz estão 19 rosáceas com motivos inspirados na nossa fruticultura, figos e uvas. Os vitrais das rosáceas são recentes, mas conforme conta Antonio Stopiglia, as rosáceas tinham um grande objetivo que é a circulação de ar no interior da igreja. Elas deveriam ter uma abertura, um círculo em seu centro para arejar o templo.
LUSTRES Criados pelo engenheiro e arquiteto Lix da Cunha, os lustres foram feitos em ferro batido e doados por Rufino de Oliveira. Ao todo são cinco lustres e o que fica na nave central é maior que os outros quatro lustres. Nas laterais a iluminação é com pequenas lanternas, obedecendo o mesmo estilo dos lustres.
Foto Ricardo Tardelli
As Rosáceas que adornam toda a Matriz
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prefeito
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OS VITRAIS
O
s vitrais do lado direito contam quatro momentos de São Sebastião: 1º Entrega de armas (soldado de Cristo); 2º apresenta-se à família como um cristão; 3º flechado pelos colegas de armas e no 4º Sebastião se apresenta ao Imperador Dioclesiano. Do lado esquerdo em quatro momentos estão retratados do nascimento à morte na cruz de Jesus Cristo e um quadro em óleo sobre tela que está depois do 5º vitral com o Cristo ressuscitado, uma obra de Ludovico Nicolélis. Do lado direito tem um sub altar de Nossa Senhora das Graças e um grande vitral de Ascensão de Nossa Senhora, uma doação de Humberto Antoniazzi, Hermenegildo Bissoto e Zilda Nardini. De frente para o altar está a imagem de São José. Em cima da porta da sacristia tem uma pintura de São João Bosco e uma imagem da nova Matriz, uma oferta de Omar de Amorin. Do lado esquerdo, um sub altar dedicado ao Sagrado Coração de Jesus e um grande vitral dedicado a Santa Tereza D’Ávila e voltado para o altar a imagem de São José. Em cima da Sacristia a imagem de São João Maria Batista Vianney e um retrato da antiga Matriz, uma oferta de Joaquim Marinangelo. Os vitrais artísticos que circundam a Matriz foram doados por várias famílias. Do lado Direito: Plínio de Castro Prado, filho da conhecida fazendeira Dona Albertina Bierrembach de Castro Prado; Vicente Spínola Dias e Pedro Nonato; Manoelito Junqueira, Vitório e Raimundo Bissoto, Felipe e Faustina Spadaccia, Humberto e Antonio Antoniazzi. Do lado esquerdo: Eugênio e Elisabeth
Franceschini, Francisco e Ana Von Zuben; Cida Castro Prado; Carolina N. da Silva Gordo, Geraldo e Agostinho Capovilla. Foto Ricardo Tardelli
INTERIOR DA MATRIZ
Nos corredores, o detalhe das colunas, as lanternas e o antigo confessionário
De outro ângulo, a Matriz quando ainda existia a separação do altar e da plateia; o pulpito; o portal de entrada; os quadros de aviso nas laterais; o coro e a rosácea principal onde hoje está a imagem do Espírito Santo azul que se reflete no interior da igreja quando o sol bate sobre ele
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A riqueza de detalhes a partir das colunas, os captéis ornamentados com arcos ogivais que separam as colunas; a nave central; o detalhe do púlpito que ficava acima da plateia onde o padre fazia a homilia
A Matriz e sua grandeza, ainda sem bancos e lustres; as rosáceas sem os vitrais que só foram colocados tempos mais tarde
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RESTAURO
dos sinos e relógio
E
m julho de 2011, a Comissão de Obras em conjunto com a Coordenação da Matriz, sob a liderança do padre Carlos Roberto Marassato de Moraes, realizou um planejamento de obras. Inicialmente a restauração do telhado e sistemas de drenagem de águas pluviais. Depois foi a vez do relógio que ficou parado pelo acúmulo de poeira e desgastes em seus componentes, assim como os sinos, que estavam com problemas nos motores de acionamento e precisavam de manutenção. O trabalho foi realizado pela empresa RSR Carrilhões. Além dessas obras, foi feita também o restauro do batistério, troca de lâmpadas internas da nave central, manutenção no sistema de som, reparo no cruzeiro externo do topo da igreja, limpeza das paredes, pisos internos e externos, móveis e bancos.
A CONSTRUÇÃO DOS BANCOS A construção da Matriz exigiu a participação da comunidade. Quem podia colaborava com dinheiro e outros com serviço, como o jovem marceneiro Osvaldo Marchiori que fez os bancos instalados nas sacristias laterais da igreja. Como agradecimento, Osvaldo juntamente com sua esposa Bernardete foram os padrinhos do sino de São José, o maior de todos que pesa 1.200 quilos. A igreja comporta 440 pessoas sentadas. Bernardete e Osvaldo Marchiori
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skill idiomas
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QUADROS da Via Sacra
C
atharina Milani foi a doadora dos quadros das Estações da Via Crucis que eque vai do Pretório ao Calvário, num total de 14 peças. Catharina foi juntamente com Maria Ferreira Camargo, Albertina Bierrimback Castro Prado, Paulina Von Zuben, Ana Leonísia do Amaral Camargo, Clóvis Soares e ainda, Luiz Bissoto, Ricardo Manarini e Dr. Antonio de Castro Prado, madrinha e padrinhos da caixa de bronze contendo recortes de jornais, revistas e documentos, que foi colocada em frente à porta central da Matriz no lançamento da pedra fundamental em 4 de junho de 1939.
I
II
III
IV
Jesus é condenado à morte
Jesus aceita a pesada cruz
Jesus cai por terra
Jesus encontra Maria Santíssima
V Jesus é ajudado por Cirineu
VI
VII
Verônica enxuga a face de Deus
Jesus cai pela segunda vez
Jesus pede que as mulheres não chorem
XI Jesus é cravado na cuz
IX Jesus cai pela terceira vez
X Jesus é despido de suas vestes
XII
XIII
Jesus morre na cruz
Jesus é descido da cruz
XIIII Jesus é sepultado
dr moyses Paróquia de São Sebastião
VIII
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REGISTROS históricos
L
ogo na entrada da Matriz ao lado esquerdo de quem olha, está uma lápide com a data do lançamento da pedra fundamental, ao lado direito, a data da inauguração em algarismos romanos e numa pequena placa, o nome do engenheiro e arquiteto Lix da Cunha autor do projeto da matriz de São Sebastião.
Registro da Pedra Fundamental
Registro da data de inauguração em algarismos romanos Placa de homenagem ao engenheiro e arquiteto Lix da Cunha
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cav
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SAGRADA Família
Na parte frontal da Matriz acima da porta principal está a Sagrada Família, compondo a arquitetura e beleza da Matriz de São Sebastião.
RESSUREIÇÃO Uma pintura que acompanha a história da Paróquia de São Sebastião desde a igreja velha e que retrata a ressurreição de Cristo, está na ala esquerda, logo após o último vitral que conta a história da morte de Cristo.
INTRONIZAÇÃO DO CRUCIFIXO NA CÂMARA MUNICIPAL Era Pároco em Valinhos Ângelo Marigheto, quando a Câmara Municipal recém empossada depois da Emancipação Político Administrativa, em 1º de janeiro de 1955, convidou o padre para fazer a intronização do crucifixo nas dependências do Legislativo Valinhense. O detalhe é que o crucifixo e o sininho foram adquiridos pelos
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Nas portas lateais do grande portal da Matriz de São Sebastião, um detalhe esculpido em madeira chama atenção. No detalhe: uvas e trigo, a mesma imagem que estão em todas as laterais do bancos.
vereadores da época, que se cotizaram para comprar as peças. Eles existem até hoje, então no prédio da Câmara Municipal de Valinhos e completaram em 1º de janeiro de 2015, 60 anos. No registro da esquerda para a direita, padre Ângelo Marigheto, acompanhado do 1º presidente da Câmara Municipal o vereador Osvaldo Conte, vereador Antônio de Oliveira, Carlos Alberto Figueiredo e Prof. Nilson Mathedi, na primeira semana do Legislativo Valinhense.
Paróquia de São Sebastião
CORAL do Santa Cecília ao São Sebastião
A
paixonado por música, padre Ângelo Marigheto foi o principal responsável pela criação do Coral Santa Cecília de Valinhos, em 1958, tendo como regente Carlos Theodoro Pescarini, o Lalo. Vários jovens foram se juntando chegando a contar com 70 integrantes. O coral se apresentava cantando nas missas no espaço reservado para o coro no alto da igreja. Com as mudanças do Concílio Vaticano, os cânticos deveriam ser entoados pela assembleia e o coral desceu ficando próximo à sacristia, os integrantes do coral não entendiam porque não podiam cantar sozinhos, mostrando a harmonia de suas vozes. O coral inativo, mas nunca deixou de existir, tempos mais tarde passou a ser Coral Municipal de Valinhos e na passagem do padre João Luiz Fávero na Paróquia de São Sebastião retomou as atividades do agora Coral de São Sebastião, que tem à frente Ana Carolina Sacco que se apresenta nas missas solenes e eventos especiais.
Coral de São Sebastião, regido por Ana Carolina Sacco
Coral Santa Cecília
Par처quia de S찾o Sebasti찾o
arco iris tintas
Paróquia de São Sebastião
VICENTINOS
atenção aos carentes
C
riada em 24 de outubro de 1942, a Sociedade São Vicente de Paulo – Conferência de São Sebastião, uma entidade essencialmente católica, foi a primeira entidade assistencial de Valinhos fundada em 8 de novembro de 1942, tendo como presidente Waldomiro Amaral. Na primeira reunião estiveram presentes: Waldomiro Amaral, Antônio Montero, Francisco de Oliveira e padre Bruno Nardini. Como patrono da conferência foi escolhido São Sebastião e de acordo com o regulamento da Sociedade São Vicente de Paulo, no dia 20 de janeiro, a conferência celebra uma missa com cinco intenções. Em dezembro de 1942, a conferência recebeu em doação de dona Maria Ferreira de Camargo, a imagem do patrono São Vicente de Paulo. Até hoje a Conferência dos Vicentinos de São Sebastião se mantém ativa, desenvolvendo um trabalho dos mais dignificantes junto às famílias carentes ao lado de outras conferências de comunidades ligadas à paróquia como: Conferência de Nossa Senhora do Rosário, no Castelo; Santa Maria, no Jardim Pinheiros. Paróquia de Santana - Conferência de Sant´Ana, Paróquia de São Cristóvão - Conferência de São Cristóvão – Paróquia São José de Anchieta – Conferência São José de Anchieta e Conferência Cristo Redentor; Paróquia Nossa Senhora das Graças: Conferência de São José, Conferência de São Marcos e Conferência Imaculado Coração de Maria.
Todas as conferências Vicentinas de Valinhos estão agrupadas no Conselho Particular São Luiz Gonzaga, sob a presidência José Fernando Crivellari. A Sociedade São Vicente de Paulo de Valinhos tem hoje uma sede própria inaugurada em 13 de dezembro de 1998, na rua Vicente Rossi, 207, no bairro Santo Antonio.
Antonio Montero, um dos fundadores da Sociedade São Vicente de Paulo
CENTRO DE PROMOÇÕES SOCIAIS MARIA ANTÔNIA CELANI
Com a construção do Centro de Saúde na Vila Santana, na década de 70, todas as atividades de saúde foram concentradas no local e as instalações do Posto de Puericultura foram desativadas. Foi nesta época, por iniciativa do padre Leopoldo Petrus Van Liempt, que foram iniciadas as primeiras reuniões visando fundar a APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais que aconteceu em 11 de abril de 1971, instalando-se no antigo prédio do Posto de Puericultura de propriedade da Associação de Proteção a Maternidade e Infância de Valinhos, denominada Maria Antônia Celani. Com a transferência da APAE para a nova sede no Jardim Maria Ilydia em 2008, o local hoje denominado Centro de Promoções Sociais Maria Antônia Celani gera recursos que beneficiam algumas ações sociais da cidade ligada à proteção e educação da criança.
Medalhão Maria Antonia Celani
Paróquia de São Sebastião
P
adre Bruno Nardini sempre zeloso em todos os aspectos que envolviam a comunidade, encontrou em Ferrúcio Celani a pessoa indicada para levar avante um dos seus grandes objetivos em montar um Posto de Puericultura, cuja principal função era dar assistência aos menos favorecidos. Foi no ano de 1949 que o empresário Ferrúcio Celani doou uma área de 3.000 m2, onde hoje funciona a Casa do Adolescente e uma Escola de idiomas, na Rua Itália 267 para a instalação do primeiro Posto de Puericultura de Valinhos. Em 1950, acontecia a inauguração do prédio, sendo homenageada a Sra. Maria Antônia Celani, progenitora de Ferrúcio Celani, que havia falecido naquele ano. O Posto de Puericultura era o único recurso de saúde existente na cidade, mantido pelo Estado, sendo o primeiro órgão assistencial de Valinhos, onde eram distribuídos leite e medicamentos aos mais necessitados. Também eram feitas consultas gratuitas, vacinas e orientação sanitária, cujo trabalho foi dirigido durante mais de 12 anos pelo saudoso Dr. Silvio Antoniazzi, contando com os trabalhos de uma equipe integrada por Conceição Franco Camargo, Yolanda Spadacci de Souza, Aparecida e Odila Pedroso de Oliveira. Alguns anos depois, foi criada a Associação de Proteção a Maternidade e Infância de Valinhos, obra mantida pela Igreja Católica, através da Paróquia de São Sebastião. O grande legado deste trabalho foi a diminuição da mortalidade infantil em Valinhos e pioneiro na assistência pré-natal.
Paróquia de São Sebastião
PASTORAIS
e movimentos
P
adre Benedito Pessoto chegou a Valinhos em 1961 e após três meses em nossa cidade, teve que se ausentar por oito meses para participar de um curso em Roma sobre o “Mundo Melhor”, o Concílio Vaticano II, que provocaria grandes transformações na Igreja em todo mundo. No seu retorno à Valinhos, padre Benedito iniciou as transformações propostas pelo Vaticano II, entre elas a abertura para os leigos, oportunidade em que começou a preparação para a liturgia e a sua renovação. Em 1.964 aconteceu o primeiro curso de preparação para o Matrimônio. No ano seguinte, o início da preparação para o Batismo e também nessa época começou a Catequese de Crianças e Adultos, isto porque antes de 1.960, havia somente o Catecismo. As exigências do Concílio Vaticano II aconteceram de forma drástica e muitas brigas surgiram com resistência às mudanças. Saíram as imagens das igrejas e o coral. Foram criados grupos de cantos, iniciadas as equipes de liturgia, missas e celebrações em português com cantos feitos pelo povo. Ainda nesse período, acabaram-se com as exigências para separação de homens e mulheres nos bancos da Igreja, passando o uso a ser comum, encerrando-se um antigo costume: do lado direito os homens e lado esquerdo as mulheres. Durante a sua permanência em
Padre Benedito Pessoto, responsável pelas transformações na Paróquia de Valinhos
Valinhos, padre Benedito, iniciou e desenvolveu os trabalhos nos Centros Comunitários: Jurema, Pinheiros, Santo Antonio, Boa Esperança, Bom Retiro, Ortizes, Macuco, Reforma Agrária e Capuava. O primeiro a ser construído foi o Centro Comunitário do Castelo, sob a presidência de Azael Alaor Amgarten. Também foi construído o Centro Comunitário Santa Cruz, presidido por João de Oliveira Souza. O objetivo era a descentralização de atividades e estimulação à participação comunitária dos cristãos. A Paróquia de São Sebastião foi escolhida como piloto, sendo a primeira a implantar um Secretariado Paroquial, motivo de muitas
No registro histórico, mais um personagem: Joaquim da Silva Moreira aparece na história da Matriz de São Sebastião como o doador das soleiras que estão assentadas na igreja.
Paróquia de São Sebastião
visitas, até mesmo de outros estados brasileiros, para conhecer a dinâmica estabelecida. Padre Benedito foi grande incentivador das novenas de Natal em família, nas comunidades coordenadas por leigos em seus bairros e casas, sendo que a primeira novena de Natal aconteceu no Centro Comunitário de Santa Cruz. A atuação do padre Benedito marcou a todos os envolvidos com o tipo do “Cristão participante”. O trabalho de padre Benedito à frente da Paróquia de São Sebastião encerrou-se em março de 1.971, quando assumiu a coordenação geral da Pastoral Arquidiocesana em Campinas.
Paróquia de São Sebastião
PADRE
Ercílio Turco
E
m 24 de abril de 1971, tomava posse da Paróquia de São Sebastião, o padre Ercílio Turco. Após tomar conhecimento do trabalho. Foi durante a permanência de padre Ercílio em Valinhos, que foi realizada a comemoração especial dos 75 anos da Paróquia de São Sebastião, em 21 de dezembro de 1975. Nesse ano, a Matriz de São Sebastião passou por uma grande limpeza, oportunidade em que foi feita a aplicação de reboco e massa na parte de trás da igreja, que ainda estava inacabada. Ainda dentro das comemorações do jubileu de Diamante, 75 anos da Paróquia, foi inaugurado no dia 20 de dezembro de 1975 o Centro Comunitário Santa Cruz, que contou com a presença do Monsenhor Luiz de Abreu, que havia sido batizado na antiga capela de Santa Cruz. Uma missa solene também fez parte da programação do Jubileu de Diamante, concelebrada pelo cônego Haroldo Niero, da Cúria Arquidiocesana, padre Valdemar Hermes Tinoco – paróquia de Santana, padre José Luiz Nogueira Castro – pároco do Sagrado Coração de Maria, de Campinas, padre Benedito Ferraro – coordenador do Instituto de Pastoral, padre Leopoldo V. Liempt – coordenador de uma casa de seminaristas, dom. Martinho e padre Ercílio Turco. Jornal paroquial Com uma tiragem de 2.000 exemplares, começou a circular em junho de 1979 o jornal intitulado “A Voz da
O Bispo de Osasco, Dom Ercílio Turco e o Monsenhor João Luiz Fávero
Comunidade”, com o principal objetivo de formar e informar. A sua duração no entanto foi pequena. Mais tarde o padre João Luiz Fávero lançou um novo jornal “O Paroquiano”, que trazia notícias da paróquia e das comunidades, que circulou por alguns meses. Despedida Padre Ercílio Turco desenvolveu um grande trabalho nos bairros, incentivando o término das construções no Castelo, Santa Cruz, Santo Antônio e Jurema. Criou grupos de serviço nesses locais, bem como incentivou a criação de novas comunidades e movimentos populares. O trabalho do padre Ercílio na criação de grupos e equipes de serviço nas comunidades foi intenso, além da participação em movimentos populares
e criar novas atividades pastorais; concretizar na paróquia as prioridades de decisões da coordenação diocesana de Pastoral, vivendo a comunhão na ação concreta do serviço ao povo. Deixo aqui minha gratidão aos paroquianos que me ajudaram no trabalho e fizeram parte de minha vida nestes 10 anos. Do povo de Valinhos levo agradáveis recordações, não só pela acolhida, mas pela amizade dispensada continuadamente, na amizade de Cristo viveremos unidos”. Foi bispo em Limeira e atualmente é Bispo de Osasco, onde exerce importante atuação, mas sempre dispensando a Valinhos um carinho todo especial.
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como o da criação da agência do INAMPS, programa pró habitação e programa de saúde pública. Foi ele o responsável pela ampliação e aperfeiçoamento das equipes de preparação para o batismo, e o crescimento das equipes de casais. Em 18 de novembro de l989, padre Ercílio foi nomeado reitor da Residência dos Teólogos e na sua despedida de Valinhos disse: “Quando aqui cheguei em 24 de abril de 1971, propus dar continuidade ao trabalho do padre Benedito Pessoto, principalmente no que se referia à abertura do centro para a periferia da cidade; procurar sentir os apelos da realidade
Paróquia de São Sebastião
PASTORAIS
e movimentos
P
astoral é serviço, ação, trabalho de quem segue Jesus Cristo. É ação organizada da Igreja para “atender” determinada situação ou uma específica realidade a exemplo de Jovens, Liturgia, Comunicação, Familiar, Carcerária, Catequese e diversas outras. Quem serve nas pastorais, são chamados de Agentes de Pastoral que regularmente participam de cursos e encontros de formação para que possam trabalhar junto às comunidades com plena consciência do que fazem e da correta finalidade do seu trabalho. Na Paróquia de São Sebastião são várias Pastorais que atuam em diversas áreas e levam apoio, orientação e conforto espiritual aos nossos irmãos que frequentam ou não a comunidade.
COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA Uma tradição que se repetia em todo mês de maio, era a coroação de Nossa Senhora, envolvendo as crianças da catequese, que vestidas de anjo eram colocadas no altar, onde coroavam Nossa Senhora em meio a cânticos e chuva de pétalas de rosa. O registro é da década de 50, onde um dos anjos era Lucila Trento.
Apostolado da Oração Casais de São José Equipes de Nossa Senhora Pastoral Carcerária Pastoral da 2ª União Pastoral da Acolhida Pastoral da Catequese de Adultos Pastoral da Catequese Infantil Pastoral da Comunicação Pastoral da Criança Pastoral da Perseverança Pastoral da Pessoa Idosa Pastoral da Renovação Carismática Pastoral da Saúde Pastoral do Batismo Pastoral do Dízimo Pastoral dos Acólitos Pastoral dos Ministros Pastoral dos Noivos Pastoral Grupos de Vivência Pastoral Vicentinos Pastoral Vocacional
Foto Acervo Haroldo Pazinatto
Par처quia de S찾o Sebasti찾o
Paróquia de São Sebastião
UMA HISTÓRIA de serviço e fé
A
história do padre João Luiz Fávero com a Paróquia de São Sebastião de Valinhos é cheia de conquistas e boas recordações. Ao longo de 17 anos, no período de 23 de setembro de 1990 a dezembro de 2007, padre João Luiz teve uma enorme integração com toda sociedade valinhense, não só com a comunidade católica, mas com as demais igrejas evangélicas cristãs, das quais conquistou respeito e admiração. Natural de Pedreira, iniciou o seu ministério sacerdotal na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Hortolândia em 1987. Dinâmico, preocupado com as questões sociais, padre João Luiz Fávero coordenou um notável trabalho espiritual e assistencial através de 10 comunidades que integravam a Paróquia de São Sebastião e nos últimos três anos que permaneceu em Valinhos, dividia o seu tempo e atenção entre a comunidade valinhense e a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral. As obras criadas e coordenadas pelo padre João Luiz fazem parte não só da Paróquia de São Sebastião, mas da história de Valinhos, trabalho reconhecido pela Câmara Municipal que lhe outorgou em dezembro de 2007, o Título de Cidadão Honrário, num gesto de gratidão e reconhecimento de toda comunidade valinhense. Estão no rol de suas realizações: Capela Nossa Senhora do Rosário; Capela Santa Cruz; Capela Santíssimo – Comunidade Nossa Senhora de Fátima; Capela Santíssimo
Monsenhor João Luiz Fávero, um líder religioso
– Comunidade São José; Capela Santo Antonio; Capela São Camilo de Léllis –Santa Casa, Centro Pastoral São Sebastião; COHRIC – Centro de Orientação Humana e Cristã Santa Rita de Cássia – Pastoral do Menor; Comunidade Imaculado Coração de Maria; Comunidade Nossa Senhora das Graças; Comunidade Santa Rita de Cássia; Comunidade Santo Expedito; Coral São Sebastião; Encontros de Casais com São José; jornal O Paroquial; criação da Rádio Valinhos FM; Reforma Casa Paroquial; Retomada da Festa de São Sebastião; Pastoral da Criança; Serviço da Escuta Cristã; e a Revista do Centenário da Paróquia de São Sebastião. Padre João Luiz Fávero deixou a Paróquia de São Sebastião para assumir a Paróquia Santa Cruz em Campinas, após um período marcado pelo empreendedorismo. Na sua despedida deixou
Paróquia de São Sebastião
a mensagem: “Eu aprendi a ser padre! Sou o que sou graças a esse aprendizado na Paróquia de São Sebastião, com a participação da comunidade. De tudo que eu vivi só posso dizer que sou muito feliz. Fui feliz aqui com vocês”. Hoje Monsenhor João Luiz Fávero está à frente da Igreja Nossa Senhora das Dores, em Campinas, cumprindo com primazia o lema de sua ordenação presbiterial, inspirado no capítulo 61 do livro do profeta Isaías: “O Senhor me ungiu ministro do seu Evangelho Monsenhor João Luiz FEavero em celebração do padroeiro com a participação e pastor do seu povo”. de vários sacerdores
Paróquia de São Sebastião
Comunidades Nossa Senhora do Rosário Rua Horácio Salles Cunha, s/nº Jd. Pinheiros – Valinhos/SP Missas aos sábados às 19h30 e aos domingos às 8h
Santa Rita de Cássia Alameda Itatinga, s/nº Bairro Joapiranga – Valinhos /SP Missas aos domingos às 9h30
Nossa Senhora de Fátima Rua General Osório, nº 665 Bairro Castelo – Valinhos/SP Missas aos domingos às 8h
Santo Antonio Rua Armando Costa Magalhães, s/nº Bairro Santo Antonio – Valinhos /SP Missas aos sábados às 18h
Santa Cruz Rua Campo Salles, nº 432 Bairro Santa Cruz- Valinhos /SP Missas aos sábados às 17h45
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Paróquia de São Sebastião
REEDIÇÃO
da Festa de São Sebastião
A
igreja estava deteriorada, chovia muito dentro e a parte elétrica danificada. Padre João Luiz Fávero, celebrando uma missa na capela do hospital, chegou até Aydê Capovilla e comentou que tinha ouvido uma notícia de que a Festa do Figo de 1985 seria realizada em fevereiro e lá mesmo sugeriu fazer uma quermesse em homenagem a São Sebastião, visando a reforma da igreja, a integração da paróquia com as comunidades e encontro das famílias. Houve uma reunião no CPP – Conselho Pastoral Paroquial onde participaram: João Amati, Neilvaldo Canevassi, Aydê Capovila, para discutir o projeto de resgate da Festa de São Sebastião. Foram convidados para compor a comissão Antonio Stopiglia, Ilidio Cabral, Flávio Baldin, Valter Coco, Armando Barbarini e Tercílio Tordin, também somaram forças a Marisa Coco, a Filomena Amati, a Neusa Stopiglia. A primeira festa em janeiro de 1985 e foi preparada com pouco mais de um mês de antecedência e já na primeira edição, Tite Stopiglia sugeriu contratar uma tenda para ampliar o espaço da festa, mas era uma tenda pequena. Naquela época o Secretariado Paroquial era uma construção velha, a cozinha ficava distante e tudo era muito difícil. “Contamos com a ajuda da APAE que nos emprestou panelas, facas e outros utensílios”, conta Aydê. “As barracas foram feitas em madeira,
Paróquia de São Sebastião
com cobertura de lona, pouco antes do início da festa, reunimos na tenda todos os voluntários e o padre João Luiz daria a benção. Mal acabou de abençoar caiu uma tempestade que derrubou as barracas, levou panelas, estragou os doces. Foi tudo muito triste”, disse Aydê. A primeira festa foi marcada pela chuva, mas a força do grupo fez com que tudo fosse reconstruído. “Trabalhamos até 1 hora da manhã e às 6h30 do dia seguinte estavam todos à postos e a festa aconteceu com muito sucesso e foi linda, lembra Aydê. “Foi uma experiência que nos ensinou a trabalhar em equipe”. É sempre bom destacar a ajuda que vinha dos vizinhos, Dona Odila Spadaccia, Dona Inês Borin, Valmir e a Bete, que emprestavam panelas, gás, assadeiras e tudo o que o pessoal da festa precisava corria pedir emprestado. Outra grande colaboradora foi Darci Amgarten que sempre cuidou do cachorro quente junto com a Maria Cachefo e ela ficava atenta às ofertas nos supermercados, comprava antecipado óleo, açúcar e depois era reembolsada. A Gabriela Chiari está na festa desde a primeira edição e sempre cuidou dos doces. Na primeira edição da Festa de São Sebastião já tínhamos o bar, barraca do pastel, doces e a ajuda sempre efetiva da população. Entregávamos pratos nas missas e eles deveriam ser entregues nos dias marcados. “Também nesta primeira festa e por iniciativa do Tite, promovemos a procissão dos andores, semelhante a que é realizada em Joaquim Egídio e conseguimos colocar 16 andores que foram enfeitados e conduzidos pelas famílias. O sucesso da festa foi grande desde o início e foi possível programar a reforma”. Aydê lembra que padre João com toda sua liderança e arrojo ajudou o grupo a caminhar para o sucesso. Foi com ajuda dos voluntários que a festa foi tomando corpo para a primeira fase da reforma que foi a troca do telhado.
Na 2ª edição da festa uma grande novidade: barraca da calabresa o maior sucesso até hoje. “Posso assegurar que foi o nosso carro forte e foi o Gilberto Rogeri e Maria que coordenaram o trabalho, depois veio o lanche de pernil, a princípio sob a responsabilidade do Odair e Maria Lúcia Martelli, depois veio somar o Raimundo Pupo da Comunidade Nossa Senhora de Fátima do Castelo, a Marli e Afonsina da Comunidade Nossa Senhora do Rosário, Carlinhos e Rosa do Bom Retiro que cuidaram do churrasco. O Zé Orlando também colaborou muito. Na barraca do pastel quem trabalhou muito no início foi Maria Odete Fracarolii Negrello, Lourdes Persechito. O Calefi foi 1º coordenador de caixa, tivemos ajuda de muitas pessoas como a Abigail, Nadir, Maria Helena, Marli, Luiz, Marquinho e Sonia, Anderson e esposa entre outros. Outras atrações foram implantadas, como a pesca, cantinho para as crianças e o Espaço Jovem. A partir desta festa que está completando, 20 anos da sua realização, surgiu a festa junina que também completa 20 anos. Ao longo desse período foram muitas conquistas, resultado do trabalho de muitas pessoas: reforma do telhado, toda parte elétrica, recuperação do portal de entrada, assim como a imagem de madeira de Santa Rita de Cássia tomada pelo cupim, também muitos bancos passaram por tratamento, a pintura externa, as rosáceas, a construção de um prédio para as ações pastorais da Matriz inaugurado em 21 de dezembro de 2000, por ocasião do Centenário da Paróquia, a construção do prédio onde funciona a Secretaria Paroquial, entre outras ações. Durante quinze anos, Aydê Capovilla esteve à frente da Comissão organizadora da Festa contando com um contingente de mais de 100 voluntários. Até 2015, a Comissão de Eventos foi comandada por Luiz Jesuíno, que
assumiu em outubro de 2010, quando era Pároco o padre Carlos Roberto Marassato de Moraes, tendo como vice - Armando Luiz Cadorin, com a missão de organizar a Festa do Padroeiro de 2011. “Padre Carlos queria a união das pastorais e a presença da comunidade na festa. Foi um desafio, não tínhamos experiência e tivemos que enfrentar muitas dificuldades. Tivemos uma fiscalização da Vigilância Sanitária e precisamos nos adequar em muitas exigências: freezers na temperatura adequada, substituição dos balcões de madeira por mármore, nos doces tudo em fórmica, canalização do gás, entre outras obras”. E Jesuíno destaca: “Precisávamos arrecadar fundos porque a Matriz precisava de reforma no telhado, calhas, condutores externos, recuperação da parte elétrica e dos sinos. Para
melhorar ainda mais o evento, em nossa gestão contratamos uma tenda maior, implantamos o cartão eletrônico, atrações musicais todos os dias da festa. Na praça de alimentação colocamos o lanche de hambúrguer, mortadela e o chopp”. “Para esta missão que fui chamado, procurei me dedicar ao máximo e sempre contei com a ajuda de muita gente, tudo sempre foi discutido com a equipe, porque apenas estava à frente da Coordenação o trabalho é executado por todos os voluntários. Eu nunca pensei em coordenar uma festa como essa, sempre fiz trabalho voluntário, mas nunca imaginei fazer um trabalho tão grande e tão gratificante”, completou Luiz Jesuíno. Em fevereiro de 2015, foram eleitos os novos membros da Comissão de Eventos da Matriz, estando à frente Sandro______.
Criado no ano de 2000, para ser uma das atrações da Festa de São Sebastião, o Espaço Jovem tinha o objetivo de apresentar os artistas de Valinhos e Região. Ele foi comandado por Claudinei Lopes e também foi atração nas Festas Juninas da Paróquia. A última edição foi em junho de 2006. Com a participação de 28 candidatas, foi realizado no dia 12 de dezembro de 2003, o primeiro e único concurso da Rainha e Princesas da Festa de São Sebastião em comemoração à 10ª edição. A iniciativa foi de Claudinei Lopes. “Já sabia que o concurso não teria sequência, era mesmo para ter algo diferente na programação da festa de 10 anos, mas posso garantir que superou expectativas. As meninas foram avaliadas nos quesitos: beleza, simpatia, elegância, desenvoltura e postura por um júri especialmente convidado”. Foram eleitas Rainh, Tamires Menegari; 1ª princesa, Sayuri de Souza; e 2ª princesa, Danielle Brogliatto.
Paróquia de São Sebastião
COHCRIC
orientação humana e cristã
E
ntidade iniciada como Pastoral do Menor foi inaugurada no dia 16 de novembro de 1997, com a iniciativa de um grupo de agentes apoiados pelo então pároco João Luís Fávero. A Pastoral do Menor nasceu da necessidade de se garantir atendimento e saídas às problemáticas apresentadas pela população, que carecia de assistência e de amparo em diversas questões. Funciona num prédio projetado pelo engenheiro Paulo Bevilaqua Penteado que também executou e supervisionou a obra, num total de 350 metros quadrados. Instalada no Jardim Santa Maria, mantida pelo Centro de Orientação Humana e Cristã Santa Rita de Cássia, o COHCRIC é uma entidade sem fins lucrativos que está inserida em uma das áreas de maior vulnerabilidade do Município de Valinhos.
Crianças atendidas junto ao COHCRIC
Padre Dalmirio em almoço na entidade junto às crianças
AUTO DE SÃO SEBASTIÃO
C
omo atração da Festa em homenagem ao padroeiro, Antonio Stopiglia “Tite”, escreveu o Auto de São Sebastião e a encenação era feita no interior da Matriz. Tite lembra que a Guarda Municipal de Valinhos atuou neste evento, inclusive o Imperador Romano Dioclesiano foi representado por um guarda municipal, aliás também foram seus integrantes que carregaram o andor de São Sebastião na primeira procissão em 1985.
Apresentação do Auto de São Sebastião
Paróquia de São Sebastião
oticas carol
Paróquia de São Sebastião
PADRE CARLOS
um tempo de realizações
N
o dia 28 de janeiro de 2008, em celebração presidida pelo então Arcebispo Metropolitano de Campinas D. Bruno Gamberini, tomava posse na Paróquia de São Sebastião padre Carlos Roberto Marassato de Moraes, transferido da Paróquia de Nossa Senhora do Patrocínio, de Monte Mor. Grandes momentos e celebrações marcaram a sua passagem pela Matriz de São Sebastião. Entre elas destacam-se: Ano jubilar da Arquidiocese de Campinas em junho de 2008; Vivência e celebração do Ano Paulino na Paróquia em 2009; no mesmo ano a Vivência e celebração do Ano Catequético. Foi também durante a presença de padre Carlos na Paróquia de São Sebastião que houve uma remodelação das Festas Litúrgicas do padroeiro, tendo em vista o apelo missionário feito pela igreja: a imagem peregrina de São Sebastião percorreu as Comunidades da Paróquia durante o tempo de sua novena, buscando promover uma integração entre as comunidades. Em 20 de maio de 2009 a Paróquia de São Sebastião criou mais uma comunidade: Nossa Senhora das Graças, da Fonte Mécia, com autorização e anuência do padre Waldemar Tinoco da Paróquia de Santana e de Dom Bruno, onde padre Carlos assume através de um empenho especial do padre Antonio Isao Yamamoto e catequistas da paróquia, os serviços pastorais na região chamada “Biquinha”. A peregrinação e
Padre Carlos Roberto Marassato de Moraes
novena em comemoração à Padroeira do Brasil também foi destaque durante a permanência do padre Carlos em Valinhos. Na sua vivência em Valinhos Padre Carlos desenvolveu grandes projetos pastorais como a formação de mais de 50 Grupos de Vivência cujo objetivo era a evangelização do povo nas comunidades; Execução do 7º Plano de Pastoral Orgânica da Arquidioceses. Em 2010 teve início a organização das Comunidades Imaculado Coração de Maria, Nossa Senhoras das Graças, Santo Expedito e São José, do Setor I da Paróquia, para a criação de mais uma Paróquia na cidade.
ser refletidas, enfrentadas e encaminhadas. Uma delas foi a questão da Escola Técnica de Comércio de Valinhos. Havia um déficit da Escola com relação à Paróquia, que acabava por sustentar administrativa e economicamente grande parte da manutenção da vida desta Escola. Com a ajuda do Monsenhor João Luiz Fávero, na Presidência da Escola, foi sendo encaminhado o encerramento de suas atividades, através da conscientização de toda a Comunidade valinhense ao longo dos anos 2008 a 2011, cujas atividades foram encerradas dia 31de julho de 2011.Padre Carlos resume a sua passagem por Valinhos: “Foram anos de muita vida e luminosidade, contando com a assistência e a bênção do nosso Deus e a generosidade na vivência da fé de nosso povo”. Padre Carlos deixou Valinhos em 27 de abril de 2013, transferido para a Paróquia Santa Cruz, em Campinas.
Paróquia de São Sebastião
Padre Carlos foi também responsável pela formação e dinamização da Escola da Fé Paroquial, que movimentou durante muitos anos, mais de cem alunos, com encontros quinzenais de estudos e convivência. Criou a Pastoral da Pessoa Idosa, com experiência piloto na Comunidade Nossa Senhora do Rosário. As necessidades de manutenção do prédio da Matriz exigiram do padre Carlos algumas medidas e a primeira delas foi a restauração do telhado e do sistema de captação das águas pluviais. Foi sua iniciativa a campanha: “Mãe no Centenário, recebe a nossa gratidão com a reforma da antiga Capela de Nossa Senhora de Fátima, no Castelo e a reforma da Capela São Camilo de Lélis, na Santa Casa de Valinhos. Durante a sua permanência em Valinhos padre Carlos Roberto Marassato de Moraes teve que administrar algumas dificuldades que precisaram
Paróquia de São Sebastião
PADRE
Dalmirio Djalma do Amaral Nascido em Florianópolis, no dia 29 de setembro de 1968, veio para Campinas em 1995, quando ingressou no Seminário da Congregação dos Sagrados Corações. De 1995 a 1997 estudou Filosofia na Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Em 2004 foi acolhido por Dom Gilberto Pereira Lopes, ingressando no Seminário da Arquidiocese de Campinas para concluir os estudos de Teologia na PUCCAMP. No dia 21 de dezembro de 2007 foi ordenado Diácono, na Igreja Nossa Senhora Auxiliadora, em Campinas, pelas mãos de Dom Bruno Gamberini, recebendo a provisão de exercer as funções diaconais como Auxiliar Paroquial na Paróquia Jesus Cristo Libertador, em Campinas. Como parte da programação da festa do Centenário da Diocese e do Cinqüentenário da Arquidiocese de Campinas, foi ordenado Presbítero no dia 07 de junho de 2008, em cerimônia presidida por Dom Bruno Gamberini, Arcebispo Metropolitano de Campinas, na Igreja Nossa Senhora Auxiliadora. Neste mesmo dia
Foto 48
Padre Dalmirio Djalma do Amaral
recebeu a nomeação de Administrador Paroquial da Paróquia Jesus Cristo Libertador, onde permaneceu até o dia 02 de fevereiro de 2010, quando foi nomeado Pároco da Paróquia São Miguel Arcanjo, em Sumaré. Em 04 de maio de 2013 foi nomeado Pároco da Paróquia São Sebastião de Valinhos. Foto Haroldo Pazinatto
DO LATIM AO PORTUGUÊS No dia 30 de maio de 1964, acontecia na Matriz o primeiro casamento celebrado em português, unindo os noivos: Lucila Trento e Heitor Fontanini. A cerimônia foi presidida pelo padre Oliveira Vilas Boas..
PADRE FLORENTINO ANTONIO DOS SANTOS JUNIOR
O
Padre Florentino Antonio dos Santos Junior
Paróquia de São Sebastião
padre Florentino Antonio dos Santos Junior (39), é Vigário Paroquial da Paróquia São Sebastião, em Valinhos, nomeado por Dom Airton José dos Santos, Arcebispo Metropolitano de Campinas. Nascido em Elias Fausto, SP, aos 27 de maio de 1975, filho de Florentino Antonio dos Santos e Ana Rita Gonzaga dos Santos, ambos já falecidos, tem cinco irmãos. Foi ordenado Diácono aos 21 de dezembro de 2008 e Presbítero aos 21 de junho de 2009, por Dom Bruno Gamberini. Desde a ordenação diaconal, exerceu o ministério ordenado na Paróquia de Santa Luzia, em Hortolândia, SP. A partir de 03 de fevereiro de 2011 foi Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, da Vila Pompeia, em Campinas, SP. Em 08 de maio de 2013 foi nomeado Pároco da Paróquia Santo Antônio, em Indaiatuba, SP. Em foi designado Vigário Paroquial junto à Paróquia de São Sebastião, em Valinhos.
Paróquia de São Sebastião
CAPELA
de Nossa Senhora Aparecida
U
m marco de fé, a Capela de Nossa Senhora Aparecida, situada na Avenida Independência foi construída em homenagem à padroeira do Brasil. O terreno foi doado em 1929, por Caetano Ferrari e sua construção foi possível graças aos esforços da comunidade e principalmente dos devotos da Santa. Durante anos a Capelinha de Nossa Senhora Aparecida como é conhecida, foi ponto de encontro dos moradores da localidade para a reza do terço, celebrações de missas, catequese. No mês de maio, todos os dias, as crianças da catequese e os frequentadores levavam flores para Nossa Senhora durante celebração. A Capela continua intacta e preservada e toda primeira terça-feira do mês é celebrada uma missa às 19 horas. Além dessa capela, a Paróquia de São Sebastião tem sob sua jurisdição, as capelas do Condomínio Sans Souci com celebração todo primeiro domingo do mês, às 11 horas; a capela São Camilo de Lelis, na Santa Casa de Valinhos, com celebração todas às quartas-feiras, às 14h30 e aos domingos, às 9h30; e a capela do Condomínio Reserva Colonial com missa todo terceiro domingo do mês, às 11 horas.
A padroeira do Brasil tem sua capela, Nossa Senhora Aparecida, na Avenida Independência
Cspela São Camilo de Lélis, na Santa Casa de Valinhos
Paróquia de São Sebastião
MONSENHOR
Otávio Dorigon - Neno
A
os 88 anos, dos quais 60 como padre, ordenado que foi em 28 de março de 1954, na Matriz de São Sebastião de Valinhos pelo Bispo D. Paulo de Tarso Campos, Monsenhor Otávio Dorigon está hoje em Pirassununga à frente da Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, há 50 anos. Desde menino, atuou como coroinha na Paróquia de São Sebastião em Valinhos, com o padre José Maria Ochando, Manoel Guinot e depois com padre Bruno Nardini, que o incentivou a ser seminarista. “Eu era coroinha com o Luiz Bissoto, com Orlando Primi, Joãozinho Bachesi e outros. Quando fui para o seminário outros cinco meninos foram também, mas todos desistiram só eu continuei e minha família ficava preocupada porque eu era arteiro, gostava de cantar, mas como coroinha sempre ficava próximo do padre, fui aprendendo e me dedicando à vida religiosa. Filho de Pedro Dorigon e Ernestina Batistini Dorigon, tinha mais seis irmãos, hoje apenas quatro, Monsenhor Otávio e mais três irmãs. “Morávamos na Rua Antônio Carlos, onde atualmente está a Droga Raia e frequentei a igreja velha, que tinha uma grande escadaria, acredito que mais de 20 degraus, dois corrimões, uma escada para o coro e o batistério. O interior da igreja era pequeno. Os tradicionalistas achavam que a igreja velha não deveria ter sido demolida, mas acredito que a ideia foi acertada porque a Matriz ficou muito bonita e a igreja velha tiraria a beleza da nova”. Com excelente memória Monsenhor
O valinhense Otávio Dorigon
Otávio Dorigon foi recordando a sua infância: “Frequentei o Grupo Escolar prof. Antônio Alves Aranha junto com o saudoso Dr. Admar Concon. Fui aluno da Profa Alice Sulli Nonato, Profa Maria de Oliveira, Profa Sofia e Profa Iraí Lupinassi Barbosa. Bons tempos aqueles! Tenho saudades do tempo de criança, tempo que fui coroinha, das brincadeiras na UMC – União dos Moços Católicos, das Semanas Santas, quando os coroinhas batiam as matracas avisando o povo para a cerimônia”. “Fui para o Seminário em 1947 cursar teologia e filosofia até 1953. Minha ordenação em Valinhos foi um pedido do Monsenhor Bruno Nardini, ao bispo da época D. Paulo de Tarso Campos. A ordenação foi pela manhã no dia 28 de março de 1954, à noite cantei na missa. Fui nomeado padre coadjutor em Descalvado na Paróquia Nossa Senhora do Belém, onde fiquei quatro anos, depois um ano em Limeira na Paróquia Nossa das Dores, hoje Catedral de Limeira. Em 1959 fui nomeado Pároco na Paróquia Imaculad0 Coração
Padre Dalmirio acolhendo o Monsenhor Otávio Dorigon
José Spadaccia, Ferrucio Celani, Raimundo Bissoto e outros. Monsenhor Bruno Nardini era um entusiasta, fazia grandes cerimônias religiosas especialmente na Semana Santa, confesso que me espelho nele, em minha Paróquia.”
Paróquia de São Sebastião
de Maria, no bairro São Bernardo, durante cinco anos, eu reformava a igreja e quando estava quase pronta o bispo me transferiu para Pirassununga que eu não queria ir, mas estou lá há 50 anos”. O Paroquiato de Monsenhor Otávio Dorigon em Pirassununga é marcado por grandes construções e reformas, com várias igrejas nas comunidades, construção de um amplo Centro Pastoral. “A obra que mais me agradou foi fazer a ampliação da Matriz, com uma grande sacristia, altar mor. É uma igreja muito colorida com pinturas feitas por pintores italianos em 1927. Padre Bruno queria fazer isso em Valinhos e eu concretizei o sonho em minha Paróquia”. “Lembro muito do Monsenhor Bruno Nardini, da sua liderança e empreendedorismo. Me recordo do lançamento da pedra fundamental da nova igreja, das pessoas que ajudavam o padre: Vitório Bissoto, Luiz Antoniazzi, Chiquinho Antoniazzi,
Paróquia de São Sebastião
Na comemoração do Dia de São Sebastião, em 20 de janeiro de 2015, padre Dalmirio Djalma do Amaral convidou Monsenhor Otávio Dorigon para presidir a missa solene. “Fiquei feliz com o convite, em 60 anos da minha ordenação esta é a primeira vez que sou convidado para presidir a Missa de São Sebastião na minha querida Valinhos.”
Em Pirassununga Monsenhor Otávio Dorigon é considerado o “Grande Mestre de Obras da Igreja”, sob todos os aspectos. Líder espiritual da comunidade que há meio século o acolheu, reconhecido como “Cidadão Pirassununguense”, Monsehor Otávio Dorigon agradeceu Valinhos pela acolhida e principalmente a oportunidade de rever familiares e muitos amigos.
Revendo antigos amigos. Dino Celani e Luiz Bissoto Um momento histórico com a reunião de vários padres valinhenses: Rafael Capelato, Otávio Dorigon, Pároco Dalmirio D. Amaral, Benedito Ferraro e o Diácono Marcel Augusto Alavarenga
Par처quia de S찾o Sebasti찾o
Paróquia de São Sebastião
PARÓQUIAS de Valinhos
A
história da Paróquia de São Sebastião é cheia de detalhes, de muitos nomes de pessoas que contribuíram com sua fé, para o crescimento e desenvolvimento da comunidade católica. Em 2015 Valinhos é uma cidade pujante, com 120 mil habitantes e a Paróquia implantada em 1900 teve que acompanhar o crescimento.
Da paróquia “Mãe”, surgiram outras paróquias para atender o povo desta cidade. A primeira delas foi a Paróquia de Santana inaugurada em 3 de julho de 1961, com a celebração da primeira missa pelo padre Sebastião Sérgio Cabral de Vasconcellos. A Paróquia fica na Rua Santa Catarina, 126 na Vila Santana é dirigida pelo Pároco Waldemar Hermes Ramos Tinoco que assumiu o cargo em 31 de janeiro de 1965 e permanece até hoje.
SANTANA
SÃO CRISTÓVÃO A segunda foi a Paróquia de São Cristóvão, criada através do decreto do Arcebispo Dom Paulo de Tarso Campos em 6 de junho de 1966. A pedra fundamental foi lançada em 25 de junho de 1966 pelo padre Benedito Pessoto. A Igreja está localizada na Rua Sumaré, 50 no Bairro São Cristóvão e está à frente o Pároco Luíz Augusto Ramos Vieira, tendo como auxiliar o padre Jair Ferreira Julião.
NOSSA SRA. DAS GRAÇAS A quarta Paróquia recém criada é a Paróquia Nossa Senhora das Graças. Foi em 2 de fevereiro de 2014, quando D. Airton José dos Santos Arcebispo de Campinas celebrou a missa de instalação da nova paróquia, dando posse ao primeiro Pároco – padre Alessandro Aparecido Tavares. A Paróquia está situada na rua Salvador Martins Pinto, s/n, no Bairro Santa Maria.
O crescimento populacional de Valinhos exigiu em 2009, a criação da terceira paróquia, a de São José de Anchieta, implantada em 14 de agosto de 2009, por decreto do Arcebispo de Campinas, Dom Bruno Gamberini. Em visita pastoral a Valinhos reconheceu a necessidade desta subdivisão, fato este muito importante para toda a comunidade religiosa local, uma vez que a Paróquia São Cristóvão abrangia uma enorme extensão territorial, incluindo o bairro da Reforma Agrária. Foi nomeado Pároco padre Rogério Cancian e como Vigário paroquial padre Floriano Marcos da Silveira. A Paróquia São José de Anchieta está localizada na Rua Luiz Bissoto, 765 no Jardim Bom Retiro.
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SÃO JOSÉ DE ANCHIETA
Paróquia de São Sebastião
RELÍQUIA
de São Sebastião Durante a missa solene celebrada na festa do Padroeiro, 20 de janeiro, pelo Monsenhor Otávio Dorigon e concelebrada pelos párocos Dalmirio Amaral e demais padres das paróquias de Valinhos e região, marcando as comemorações dos 115 anos da Paróquia, 70 anos da construção da Matriz e 20 anos da Festa de São Sebastião, Valinhos recebeu solenemente a relíquia de São Sebastião. A doação foi feita pela Congregação das Irmãs Franciscanas do Coração de Maria que zelavam pela Relíquia em sua casa Provincial em Campinas, A Relíquia é acompanhada do certificado “Teca” que garante sua autenticidade pela Santa Sé. Segundo o padre valinhense Rafael Capelato, toda relíquia proporciona ao devoto um contato maior com o santo ou beato de devoção pessoal e auxilia no caminho de fé. Uma relíquia nos ajuda porque mostra a nossa ligação com a Igreja aqui na terra que caminha com a Igreja celeste, formada por aqueles que já foram para junto do Pai. As relíquias podem ser de três tipos: primária - corpo, osso ou cabelo; secundária – objeto, vestes ou livro de oração; terciária – contato com a sepultura do santo ou tecido que toca na sepultura. O sacerdote disse ainda, que encontrou a Relíquia por acaso, dentro de um envelope na sacristia quando se preparava para uma missa na Capela do Colégio Ave Maria. Como sou valinhense - minha formação toda foi na Paróquia de São Sebastião – fiquei encantado com a descoberta, e imediatamente solicitei à Superiora e fui atendido.
Padre Rafael Capelato apresenta a Relíquia
Para padre Dalmirio do Amaral, São Sebastião foi escolhido pela comunidade pela proteção que Valinhos recebeu quando da epidemia de febre amarela que assolou grande parte da população de Campinas. A vinda da relíquia para Valinhos foi um enorme presente para toda a comunidade e a sua permanência na Matriz de São Sebastião, certamente contribuirá para o aumento da espiritualidade de todos os católicos e a fé em nosso santo padroeiro.
ORAÇÃO A SÃO SEBASTIÃO São Sebastião glorioso mártir de Jesus Cristo e poderoso advogado contra a peste, defendei a mim, minha família e todo o país do terrível flagelo da peste e de todos os males para que servindo a Jesus Cristo alcancemos a graça de participar de vossa Glória no céu. Amém.
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Paróquia de São Sebastião
ORAÇÃO DIANTE DA RELÍQUIA DE SÃO SEBASTIÃO Glorioso São Sebastião, servo bom e fiel de Jesus Cristo, testemunha da fé e amor a Deus, eis me aqui, cheio de fé e devoção diante de vossa sagrada relíquia que faz parte do vosso corpo martirizado por amor a Jesus. Glorioso Mártir, advogado e intercessor junto a Deus, vinde em meu auxílio, para que sejam superadas as dificuldades de minha vida, particularmente esta que me aflige neste momento e à qual confio à vossa bondade e auxílio. Protegei-me ó valente soldado de Deus, contra a mentira e ciladas do maligno e de tudo que possa causar prejuízo à minha vida espiritual e material, dos perigos da rua, nas estradas, no trabalho ou em casa. Que o mal não triunfe sobre mim, mas o poder de Deus sustente meu ânimo para não me deixar abater em meio às provações desta vida. Ó amável amigo e protetor, apresentai a minha súplica a Deus nosso Senhor. Conceda-me a libertação de todos os males, à saúde do corpo e da alma, a prosperidade no meu trabalho e nos meus negócios. Que a paz e concórdia reinem na minha casa, no meu trabalho e no meu lazer. Finalmente, concedei-me a graça de viver na fé e no amor de Deus, observando seus mandamentos e de sua santa Igreja, ajudando meus irmãos, principalmente os que sofrem carência de todos os tipos. Que possa viver santamente na presença de Deus, aqui na terra, e um dia ser plenamente feliz com Ele no céu. Amém.
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OS PADRES
diocesanos e jesuítas
E
m 1943 eram ordenados dois padres valinhenses: Antonio Rocato e Angelo Marigueto, os primeiros sacerdotes nascidos na cidade. Outros valinhenses seguiram a carreira religiosa. Padre Rafael Capelato
Padre Eduardo Beltramini Padre Angelo Marigueto
Diácono Marcel Gustavo Alvarenga
7 de dezembro de 1952, foi ordenado o padre Haroldo Niero. 28 de março de 1954 ordenação do Monsenhor Otávio Dorigon. 15 de agosto de 1971 ordenação do padre Benedito Ferraro . 29 de Dezembro de 1989 ordenação do padre Sebastião dos Santos. Rafael Capelato Wilson Enéas Maximiano 27 de dezembro de 2014 – ordenação do Diácono Marcel Gustavo Alvarenga
Padre Wilson Eneas Maximiano
Padres Jesuítas Padre Carlos Alberto Contieri ordenado em 3 de julho de 1993 Padre Nilson Maróstica ordenado em 22 de agosto de 1002 Padre Eduardo Beltramini ordenado em 18 de agosto de 2001
Padre João Batista César de 17 de fevereiro de 1901 a 9 de fevereiro de 1902 Padre Francisco Maneta de 9 de fevereiro de 1902 a 31 de julho de 1914 Padre Felício Capone chegou em 31 de julho de 1914 até 23 de janeiro de 1915 Padre Francisco Schettini de 23 de janeiro de 1915 a 9 de julho de 1918 Padre Guilherme Bruchhauser de 9 de julho de 1918 a 30 de novembro de 1920 Padre Vitor Ranverá de 12 de dezembro de 1920 até 28 de abril de 1922 Cônego Alexandre Loschi – Vigário Forâneo em 28 de abril de 1922 Padre Francisco Dueñas de 22 de maio de 1922 a 30 de janeiro de 1923 Padre Antônio Maria Vieira de 04 de fevereiro de 1923 até 1º de fevereiro de 1925 Padre Pedro Ciardella de 4 de fevereiro de 1925 a novembro de 1926 Padre Elias Fadul de 5 de dezembro de 1926 a 8 de janeiro de 1927 Padre Moysés de Miranda de 8 de janeiro de 1927 a 10 de julho de 1927 Padre Pedro Ciardella de 10 de julho de 1927 a 26 de dezembro de 1927 Padre João Batista Martins de 26 de dezembro de 1927 a 21 de julho de 1929 Padre Benjamim Melito de 21 de julho de 1929 a 27 de julho de 1930 Padre Emílio Salin de 27 de julho de 1930 a 19 de dezembro de 1930 Padre Thomas Guilhardi de 6 de janeiro de 1931 a 28 de janeiro de 1934 Padre Casemiro de Abreu de 28 de janeiro de 1934 a 26 de julho de 1936 Padre Manoel Pinheiro de 26 de julho de 1936 a 6 de fevereiro de 1937 Padre José Maria Ochando de 7 de maio de 1937 a 16 de dezembro de 1937 Padre Manoel Guinot Bernat de 22 de dezembro de 1937 a 17 de janeiro de 1939 Padre Bruno Nardini de 12 de fevereiro de 1939 a 8 de janeiro de 1955 Padre Luiz Fantinato de 18 de junho de 1950 Padre Ângelo Marigheto de 8 de janeiro de 1955 a 1961 Padre Benedito Luiz Pessoto de 1961 a março de 1971 Padre Ercílio Turco de 24 de abril de 1971 a 18 de novembro de 1989 Padre Gilberto Edison Schineider de 7 de março de 1981 a 2 de setembro de 1990 Padre João Luiz Fávero -23 de setembro de 1990 a dezembro de 2007 Padre Carlos Roberto Marassato de Moraes de 2 de janeiro de 2008 a 27 de abril de 2013 Padre Dalmirio Djalma do Amaral – 4 de maio de 2013
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PADRES QUE PASSARAM PELA PARÓQUIA DE SÃO SEBASTIÃO
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CURIOSIDADES Registro da Semana Mariana em 1960, com a procissão na Rua Quinze de Novembro com vistas à Rua Sete de Setembro antes da sua abertura.
Um registro da década de 40, do primeiro pipoqueiro Santos Geraldo, conhecido como “Martelinho”, que juntamente com sua esposa Maria Vicente Geraldo vendiam pipoca na frente da igreja e também nos bairros da cidade.
Comemoração do Centenário da Paróquia em 21 de dezembro de 2000, com a presença dos Arautos da Paz.
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CIDADÃOS HONORÁRIOS
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CIDADÃOS HONORÁRIOS
BISPO
PADRE DALMIRIO
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confiança
grape
PADRE RAFAEL PADRE CARLOS
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PADRE JOAO dpl
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Expediente Edição Histórica em Comemoração aos 115 anos da instalação da Paróquia de São Sebastião, 70 anos da Construção da Matriz e 20 anos do resgate da Festa de São Sebastião. Março de 2015 Pesquisa e produção de textos- Roseli Bernardo e Fernando D’Ávila Projeto Gráfico - Roberta de Andréa Revisão - Rose D´Ávila Arte Final - Carlos Braganholo Comercial - Claudinei Lopes Produção - Ar2 Comunicação & Eventos Rua Antônio Carlos, 196 – Sala 24 – Centro Valinhos-SP- CEP – 13.270.005 - Fone (19) 3871-2032 www.ar2com.com.br / ar2@ar2com.com.br Desenhos São Sebastião e Rosácea - Isabela de Andréa Sherman Palmer Referências bibliográficas Livros de atas da Matriz, Revista Centenário da Paróquia de São Sebastião, Livro Valinhos Tempo e Espaço de Mário Pires, Obras de José Spadaccia, entrevistas realizadas na Rádio Valinhos FM 105,9, Jornal “O Paroquial” da Matriz de São Sebastião, Revista Comemorativa 50 anos Câmara Municipal. Acervo Fotográfico Matriz de São Sebastião, Acervo de Haroldo Pazinatto, Acervo de Ricardo Tardelli, Bruno Barbin, João Carlos Von Zuben, Lucila Trento Fontanini, Luiz Bissoto, Foto Parodi, João de Oliveira Souza e acervos pessoais.
caetano