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Ano: XXIV - Nº 6281

GUSTAVO BEZERRA/PTNACÂMARA

Em Defesa da Democracia

Quarta- feira, 07 de FEVEREIRO de 2018

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ALESSANDRO DANTAS/PTSENADO

s trabalhos legislativos do Congresso Nacional que se iniciaram nesta semana foram marcados por forte reação de parlamentares de Oposição e pelos movimentos sociais e sindicais que se manifestaram no Ato Contra a Reforma da Previdência e em Defesa da Democracia, nesta terça-feira (6), na Câmara dos Deputados. Com palavra de ordem “quem votar, não volta”, foi dado o recado àqueles que defendem a proposta do ilegítimo Michel Temer. Para o líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), o evento marca o tom que o parlamento vai dar para temas como o da Previdência. “O que está em jogo é o primeiro embate que temos, é a primeira derrota que precisamos “O PT fará obstrução impor a esse governo total aos trabalhos criminoso e golpista”, legislativos” afirmou. Pimenta adiantou ainda que o PT fará obstrução total aos trabalhos Legislativos. A presidenta Nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), disse que a primeira iniciativa “é barrar essa Reforma da Previdência e, se for preciso, obstruir indefinidamente os trabalhos da Câmara a partir de hoje”. Segundo a senadora, a democracia não está sendo respeitada. “O que esse parlamento vai votar? Com certeza é contra o povo brasileiro”, criticou. Para líder da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), “ninguém pode ficar sentado aqui no parlamento achando que está tudo normal. Temos que unir o País e derrotar esses golpistas no dia 19 quando eles colocarem para votar a PEC da Previdência”, defendeu. O líder da Minoria no Congresso Nacional, deputado Décio Lima (PT-SC), foi enfático: “Precisamos construir uma agenda de resistência para poder dar um basta a essas agressões que a democracia está sofrendo”, apontou.

Leia mais nas páginas 2 e 3

Contra a Reforma da Previdência Fechamento: 06/02/2018 às 23h45


Movimentos sociais destacam que Temer mente e estão unidos contra a Reforma da Previdência

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entenas de militantes e lideranças de movimentos sociais e sindicais lotaram o plenário 2 da Câmara, nesta terça-feira (6), durante o Ato em Defesa da Previ dência e da Democracia. Durante o evento, lideranças de movimentos sociais e sindicais acusaram o governo Temer de mentir para a população nas campanhas publicitárias nos meios de comunicação na tentativa de justificar a reforma. Os representantes dos movimentos populares também destacaram a necessidade de a população sair às ruas, em 19 de fevereiro - Dia de Luta pela Aposentadoria - para barrar a reforma e defender a democracia. Graça Costa – Secretária Nacional de Relações de Trabalho da CUT “Vamos fazer a mobilização no próximo dia 19, independente se o governo votar [a reforma] nesse dia ou não. A CPI da Previdência no Senado provou que não há déficit, mas ainda assim o governo mente na televisão e tenta jogar a sociedade contra os servidores púbicos, com o objetivo de privatizar os serviços públicos. E para concluir, eleição sem Lula é golpe! ”. Alexandre Conceição – Coordenação Nacional do MST “Depois da primeira fase do golpe, agora tentam retirar os direitos dos trabalhadores. Essa reforma é uma encomenda das Organizações Globo, que é sócia da principal empresa de Previdência privada do Brasil (A Mapfre). Não nos furtaremos em amolar as nossas ferramentas para barrar essa reforma, seja em Brasília ou em qualquer local do país. Um aviso a Rodrigo Maia ou a qualquer outro golpista que queira votar a favor dessa proposta: Se votar, não volta!” .

Rosangela Piovesani- Dirigente do Movimento de Mulheres Camponesas “Cerca de 70% dos pequenos municípios sobrevivem do pagamento dos benefícios previdenciários, que trazem mais dignidade e melhores condições de vida à população rural. As mulheres serão as mais atingidas com essa reforma, que é um atentado à Constituição Federal e aos direitos que tanto lutamos para conseguir”. O ato contou ainda com a participação de lideranças de outros movimentos sociais e centrais sindicais. Entre eles a Anfip, CNTE, CNTC, Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CNBB), Condsef, Contraf, CTB, CSP/Conlutas, CSB, Fasubra, Fenae, Fenasps, Força Sindical, Intersindical, Proifes, Sindifisco Nacional, Publica, Frente Brasil Popular, MPA, Contag, ABRA, UnB (Fama e Quintas Urbanas), Sinait, SEEBB/DF, Sintsep/GO, APMD, Sinpro/DF, CONAQ, Sindifisco Nacional, ASSIBGE-SN, SINTUFF. 07/02/2018

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Guilherme Boulos- Coordenação Nacional do MTST e da Frente Povo Sem Medo “Este governo não tem autoridade política nem moral para aprovar uma reforma que retira direitos dos trabalhadores. A Previdência não é insustentável como o governo diz. Insustentável é a sonegação, as dívidas das grandes corporações, e a informalidade no mercado de trabalho fruto da reforma trabalhista de Temer, que aumenta o desemprego reduzindo as contribuições para a Previdência”.

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DÊNCIA ALESSANDRO DANTAS/PT SENADO

Deputados mobilizados contra a PEC da Previdência

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plenário 2 da Câmara dos Deputados ficou pequeno para abrigar lideranças dos movimentos sociais e dirigentes sindicais que estiveram em Brasília a fim de protestar contra a Reforma da Previdência do ilegítimo Michel Temer e seus aliados. A Bancada do Partido dos Trabalhadores também e em peso no Ato contra a Reforma da Previdência e em Defesa da Democracia, que ocorreu nesta terça(6). Todos estão unidos e mobilizados para impedir que mais esse retrocesso contra o povo brasileiro aprovado no Congresso Nacional. Parlamentares petistas se posicionaram sobre o ato de hoje.

aimundo Angelim (PT-AC) Mais uma agressão que esse rno ilegítimo de Michel er faz à classe trabalhadoincipalmente contra todos les que ganham uma mie pagam seus impostos. Os des responsáveis pela sonegação, os grandes resáveis pelo déficit da Previdência – se é que tem it, já que a CPI no Senado comprovou que não e déficit – são as grandes corporações, as grandes uições bancárias, mas o governo não tem a com de fazer a cobrança devida”.

eto Faro (PT-PA) ssa reforma faz com que o lhador rural tenha que pairetamente a Previdência o mais na comercialização seus produtos, causando imensa dificuldade: nós s municípios no Brasil que er agência bancária têm. Essa proposta excluirá trabalhadores do sistema de Previdência e não mos admitir que um governo que não tem voto fazer isso mais uma vez queira dar um golpe nos lhadores”. PT NA CÂMARA

Pepe Vargas (PT-RS) “Essa contrarreforma da Previdência retira direitos da classe trabalhadora e é encaminhada por um governo que não tem a menor legitimidade, que não foi eleito pelo voto popular. Essa reforma tem o único objetivo de garantir mais lucros para o sistema de Previdência privada e visa enquadrar as despesas com a Previdência na emenda constitucional 95, aquela que congela os gastos com as políticas sociais por vinte anos. A CPI da Previdência no Senado mostrou que o sistema de seguridade social brasileiro é viável, que não há o rombo que o governo alega ter e isso é só uma cortina de fumaça para aprovar uma reforma que retira direitos”. Enio Verri (PT-PR) “Nós temos que nos unir, todos os setores que defendem a democracia e os direitos dos trabalhadores, para não permitirmos que essa reforma seja aprovada. Mais do que nunca, a união dos parlamentares com os movimentos sociais é fundamental para que alcancemos o resultado que precisamos”. 07/02/2018

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Carnaval de Maldades de Temer e Cia! Com a Reforma da Previdência, quem trabalha no escritório, na construção ou na roça terá que trabalhar em média 49 anos e contribuir no mínimo 40 anos para receber a aposentadoria integral. A reforma de Temer e aliados prejudica muito mais as mulheres porque aumenta de imediato o tempo de contribuição de 30 para 40 anos e, das professoras, de 25 para 40 anos. A reforma de Temer vai obrigar as professoras a contribuir 40 anos com a Previdência.Não haverá regra de transição, ou seja, uma professora que falta um mês para se aposentar terá que trabalhar mais 15 anos. Uma professora do ensino infantil que começou a trabalhar com 22 anos, com a idade mínima e o gatilho demográfico da reforma, terá que ficar 44 anos na sala de aula, ou seja, 19 anos a mais do que os 25 anos exigidos hoje. O tempo mínimo de contribuição de 40 anos da reforma de Temer é uma balela. Na prática será bem maior porque está amarrado com a idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres. Um pedreiro que comece a trabalhar com 16 anos vai se aposentar com 69 anos, depois de 53 anos de trabalho. Serão 49 anos para chegar aos 65 anos e mais 4 anos do gatilho demográfico. Viúvos e viúvas não poderão acumular pensão como funciona hoje e terão que optar por uma das pensões. Com isso, terão cortes de até 60% na renda familiar. Se o marido recebe R$ 3 mil e a esposa recebe R$ 2 mil, e se ele vier a falecer, atualmente ela recebe R$ 5 mil. Na nova regra ela terá que escolher entre a sua própria pensão ou 60% da pensão do marido (R$ 1,8 mil). Ou seja, ela optará por ficar com R$ 2 mil. A proibição do acúmulo de pensões vai atingir também os casais aposentados atuais, que perderão o direito de acumular e receber a pensão integral se algum deles falecer depois da reforma. O trabalhador rural não terá mais o benefício de trabalhar 5 anos a menos que o urbano com a reforma, todos trabalham o mesmo tempo para receber a pensão integral. Além da idade mínima igual, os trabalhadores rurais terão que comprovar 15 anos de contribuição. Atualmente é necessário comprovar apenas 15 anos de atividade.

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Na zona rural vai ser como na cidade. Um jovem que comece a trabalhar com 16 anos vai se aposentar depois de 53 anos na roça, com 69 anos de idade.

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Líder da Bancada: Deputado Paulo Pimenta (RS) Coordenadora-Geral: Chica Carvalho Coordenador de Comunicação: Rogério Tomaz Jr. Coordenador-Adjunto: Carlos Leite Assessoria de Imprensa: Paulo Paiva Nogueira Editores/redatores: Vânia Rodrigues e Tarciano Ricarto Redação: Benildes Rodrigues, Héber Carvalho e Layla Andrade (estagiária) - Rádio PT: Chico Pereira , Ivana Figueiredo, Antônio José Pereira e Gabriel Sousa Fotógrafo: Gustavo Bezerra Vídeo e redes sociais: João Abreu, Ana Luz Feltrim, Jocivaldo Vale, Crisvano Queiroz, John Hudz, Joaquim Carvalho e Marcelo Geovano Didonet Diagramação: Ronaldo Martins - Web designer e designer gráfico: Claudia Barreiros - Secretária de Imprensa: Maria das Graças Colaboração: Assessores dos gabinetes parlamentares e da Liderança do PT. Chefe de Gabinete Administrativo: Gustavo Cordeiro

07/02/2018

PT NA CÂMARA


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