Amostra Bíblia de Charles H. Spurgeon

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MODELO DE INTRODUÇÃO BÍBLICA

E M TA M A N H O R E A L

Oseias IntrOduçãO Profeta. Ele é chamado de o “Profeta do amor divino”. O nome, Oseias, significa “Livramento”. Ele era um cidadão nativo de Israel e seguiu Amós a quem ele pode ter ouvido em Betel. Era contemporâneo de Isaías e testemunhou fielmente ao Israel corrupto no Norte, enquanto Isaías profetizou em Jerusalém. Oseias foi para Israel o que Jeremias se tornou para Judá. Ele ficou preparado para o seu trabalho através das lições que aprendeu com os pecados de sua infiel esposa. (1) Por meio do sofrimento que suportou por causa dos pecados dela, ele entendeu como Deus estava triste com a iniquidade de Israel e como os pecados dela não eram apenas contra a Lei de Deus, mas um insulto ao amor divino. (2) Em amor e grande custo, ele restaurou sua esposa rebelde e com esse ato viu a esperança de restauração e perdão para Israel. Seu ministério se estendeu por mais de 60 anos e foi talvez o mais longo de todos os registrados. Profetizou de 786 a 726 a.C., cobrindo os últimos anos do reinado de Jeroboão II, período ao qual os capítulos 1 a 3 pertencem, e o subsequente período de anarquia. Estilo e método. Seu estilo é “abrupto, desigual, deselegante”, mas também poético, alegórico e abundante em metáforas. Seus escritos devem ser interpretados com grande cuidado para se obter o que se entende por seu discurso simbólico. Ele lembra um dos reformadores e avivalistas modernos. Através de toda a ira que o livro revela, vemos também a imensa beleza do amor reconciliador. Vê-se em todos os lugares que o objetivo supremo, ao qual Oseias se dirige, é o restabelecimento da comunhão de vida e amor de Israel com Deus. Condições de Israel. Exteriormente, havia prosperidade. A Síria e Moabe haviam sido conquistados; o comércio aumentara grandemente; as fronteiras da nação foram estendidas e as ofertas ao Templo eram abundantes. Interiormente, havia decadência. Foram introduzidas imoralidades repugnantes; a adoração estava sendo profanada e as massas do povo esmagadas, enquanto o Império Assírio estava avançando e pronto para aniquilar Israel, que, por causa de seus pecados, Deus o havia abandonado ao seu destino. Eles toleravam a opressão, o assassinato, a mentira, o roubo, o juramento etc. Esqueceram-se da Lei e de guardar a aliança e substituíram a adoração a Deus pela adoração a Baal, tornando-se idólatras. Eles não buscavam mais a Deus em sua angústia, mas se voltavam para o Egito e para a Assíria para obter ajuda e, assim, colocavam segurança e prosperidade sobre uma base de força e sabedoria humanas, em vez de descansar sobre a esperança do favor divino.

EsbOçO 1. O pecado de Israel, ilustrado pelo trágico e infeliz casamento de Oseias, Caps. 1–3 1.1. A maldade de sua esposa e seus filhos, Cap. 1 1.2. A infidelidade de Israel e o retorno a Deus vistos em mulheres infiéis, Cap. 2 1.3. O amor de Deus restaura Israel assim como Oseias restaura sua esposa, Cap. 3 2. Discursos proféticos, Caps. 4–14 2.1. O pecado de Israel, Caps. 4–8 2.2. Punição vindoura de Israel, Caps. 9–11 2.3. Arrependimento e restauração de Israel, Caps. 12–14

Para EstudO E dIscussãO [1] [2] [3] [4] [5]

Faça uma lista de todas as exortações à penitência e à reforma e estude-as. Indique os diferentes enunciados de julgamento sobre as pessoas. Faça uma relação de todos os diferentes pecados condenados. Faça uma lista das expressões do terno amor pelo rebelde e pelo desviado. Faça uma lista de todas as passagens que indicam dor e sofrimento por causa do pecado e perigo daquela que é amada. [6] Apostasia política e religiosa. [7] O pecado como infidelidade ao amor — como adultério espiritual. [8] Os convites do livro.

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Filipenses Introdução Cidade. Pertencia a Trácia até 358 a.C., quando foi sitiada por Filipe, rei da Macedônia, pai de Alexandre, o Grande. Foi o lugar onde Marco Antônio e Otávio derrotaram Brutus e Cássio (42 a.C.), cuja derrota derrubou a Oligarquia romana, e Augusto (Otávio) foi feito imperador. Situava-se na grande rota pela qual todo o comércio e comerciantes indo para o leste e para o oeste deviam passar e, portanto, era um centro adequado de evangelismo para toda a Europa. Foi o lugar onde a primeira igreja da Europa foi estabelecida por Paulo em sua segunda viagem missionária, em 52 d.C. Ligação de Paulo com a Igreja. Por meio de uma visão concedida por Deus, ele foi a Filipos na segunda viagem missionária (At 16.9-12). Primeiramente, pregou na reunião de oração de mulheres, onde Lídia se converteu. Ela lhe forneceu uma casa enquanto ele continuou seu trabalho na cidade. Depois de algum tempo, surgiu-lhe uma grande oposição. Paulo e Silas foram espancados e colocados na prisão, mas pela oração foram libertos por um terremoto que também resultou na conversão do carcereiro (At 16). Ele talvez os tenha visitado novamente em sua viagem de Éfeso à Macedônia (At 20; 2Co 2.12,13; 7.5,6). Ele passou a Páscoa lá (At 20.6) e recebeu mensagens deles (Fp 4.16). Eles também lhe enviaram ajuda (Fp 4.18) e Paulo lhes escreveu esta epístola. Caráter e propósito da epístola. É uma carta informal sem plano lógico ou argumentos doutrinários. É a expressão espontânea de amor e gratidão. É um amigo e irmão terno, de coração caloroso, que apresenta as verdades essenciais do evangelho em termos de relacionamento amigável. Nos filipenses, ele encontrou razões constantes de alegria, e agora que Epafrodito, que lhe trouxera a ajuda deles estava prestes a voltar de Roma para Filipos, Paulo teve a oportunidade de lhes enviar uma carta de agradecimento (Fp 4.18). É notável por sua ternura, advertências, súplicas e exortações e deve ser lida frequentemente como um tônico espiritual. Data. Foi escrita por Paulo durante sua prisão em Roma, cerca de 62 d.C.

Esboço Introdução, 1.1-11 1. A presente situação e sentimentos de Paulo, 1.12-26 2. Algumas exortações, 1.27–2.18 3. Ele planeja se comunicar com eles, 2.19-30 4. Algumas advertências, Cap. 3 4.1. Oposição aos judaizantes, vv.1-16 4.2. Oposição aos falsos mestres, vv.17-21 5. Exortações finais, 4.1-9 6. Gratidão pela oferta deles, 4.10-19 Conclusão, 4.20-23

Para Estudo E dIscussão [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10] [11]

Paulo como um bom ministro, 1.3-8. A oração de Paulo pelos filipenses, 1.9-11. A escolha entre a vida e a morte, 1.19-26. A humildade e suas recompensas, como visto em Jesus, 2.5-11. A vida cristã correta, 2.12-18. O senso de imperfeição de Paulo, 3.12-16. Meditações dignas, 4.8,9. Descreva as informações que o livro fornece sobre a condição de Paulo na ocasião em que escreve a carta. Destaque todos os ensinamentos do livro sobre a necessidade de cultivar altruísmo e a bênção oriunda dele. A expressão de alegria e regozijo. O número de vezes que se faz referência a nosso Senhor, sob diferentes nomes.

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M O D E L O S D E C O M E N TÁ R I O S

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comandantes midianitas, e mataram Orebe na rocha de Orebe e Zeebe na prensa de uvas de Zeebe. Depois, continuaram a perseguir os midianitas. Por fim, levaram a cabeça de Orebe e a de Zeebe para Gideão, que estava do outro lado do Jordão. Gideão mata Zeba e Zalmuna

8

Então os homens da tribo de Efraim perguntaram a Gideão: “Por que você nos tratou dessa forma? Por que não nos chamou quando foi lutar com os midianitas?”. E o repreenderam duramente. 2Gideão, porém, respondeu: “O que eu fiz em comparação com vocês? A sobra das uvas da colheita de Efraim não são melhores que toda a colheita do pequeno clã de Abiezer? 3Deus entregou em suas mãos Orebe e Zeebe, os comandantes do exército midianita. O que eu fiz em comparação com isso?”. Quando ouviram a resposta de Gideão, a indignação dos homens de Efraim diminuiu. 4 Então Gideão atravessou o rio Jordão com os trezentos homens e, embora estivessem

JuízEs 8

exaustos, continuaram a perseguir o inimigo. 5 Quando chegaram a Sucote, Gideão pediu ao povo da cidade: “Por favor, deem um pouco de comida aos meus guerreiros. Eles estão muito cansados. Estou perseguindo Zeba e Zalmuna, reis de Midiã”. 6 Mas os líderes de Sucote responderam: “Primeiro capture Zeba e Zalmuna, e então daremos comida ao seu exército”. 7 “Muito bem”, disse Gideão. “Depois que o Senhor entregar Zeba e Zalmuna em minhas mãos, voltarei e rasgarei a carne de vocês com espinhos e com espinheiros do deserto.” 8 Dali Gideão subiu a Peniel,a onde também pediu comida e recebeu a mesma resposta. 9 Disse ele ao povo de Peniel: “Quando eu voltar vitorioso, derrubarei esta torre”. 10 A essa altura, Zeba e Zalmuna estavam em Carcor com cerca de quinze mil guerreiros. Era tudo que restava dos exércitos aliados do leste, pois 120 mil já haviam sido mortos. 11Gideão subiu pela rota das caravanas, a leste de Noba e Jogbeá, e atacou de surpresa o exército midianita. 12Zeba e Zalmuna, os dois reis

a 8.8 Em hebraico, Penuel, variação de Peniel; também em 8.9,17.

8.4 Quando você vê homens cansarem, não os culpe. homens, podem ficar tão preocupados com o pouco que Talvez, por sua fraqueza, eles provaram de qual verdadeiro material são feitos. Eles fizeram tanto quanto carne e sangue podem fazer, e, portanto, estão cansados. Podem não ter sido derrotados, podem ter obtido uma vitória gloriosa, e ainda, no momento, talvez estejam cansados. A fraqueza, por si só, é algo ruim, mas se você puder realmente dizer: “exaustos, continuaram a perseguir”, a fraqueza se torna o contraponto para desencadear a perseverança, e o homem é ainda mais nobre porque, quando se cansa, ele ainda prossegue. Foi à noite que eles quebraram os jarros, à noite que fizeram aquele ataque surpreendente no acampamento de seus inimigos, e desde então, apressadamente, perseguiram a multidão em movimento. Não houve tempo para que dormissem aquele “doce sono restaurador da natureza cansada” que é tão necessário para todos nós. E há mentes cristãs que não descansam, não têm tempo para descansar, e alguns sofrem do que se chama insônia, a incapacidade de dormir. Isto, é claro, é uma doença física, e os homens sobrecarregados podem ser afligidos por isso, mas os cristãos podem sofrer de insônia espiritual. Eles podem se exercitar tanto com o trabalho, preocupar-se demais com a obra do Senhor, que podem colocar no coração as necessidades e as aflições dos

são capazes de fazer, e com a fragilidade com a qual o fazem, e com a pequenez do resultado de tudo que fizeram, que podem entrar num estado de insônia espiritual e inquietação. E, isso é sempre maléfico. […] Não é o fazer muito que é importante; é fazer o que se faz com força e poder verdadeiros. Você perde a capacidade de trabalhar, a menos que tenha o descanso necessário. Nunca percebeu como o Mestre faz do descanso um privilégio para o trabalhador? “Tomem sobre vocês o meu jugo. Deixem que eu lhes ensine […] e encontrarão descanso para a alma”. Você nunca trabalhará como Cristo, a menos que possa descansar como Cristo. Ele tinha grande capacidade de descansar, bem como grande força para trabalhar. Quando estava naquele pequeno barco que era jogado pela tempestade, Ele estava dormindo na parte traseira da embarcação enquanto a tempestade estava no auge; ir dormir era o melhor que poderia fazer e, em certos momentos, a melhor coisa que o cristão pode fazer, é se aquietar no Senhor e esperar nele, pois assim receberá de volta a força perdida e o poder para o serviço. Se negligenciar o descansar em Cristo, ele se tornará fraco, e será uma circunstância feliz se, quando estiver fraco, ainda continuar prosseguindo.

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ou não de serviço naquele dia. 12E os levitas que eram músicos — Asafe, Hemã, Jedutum, e todos os seus filhos e parentes — vestiam roupas de linho fino e estavam em pé do lado leste do altar, tocando címbalos, liras e harpas. Cento e vinte sacerdotes tocando trombetas os acompanhavam. 13Os que tocavam trombetas e os cantores, em uníssono, louvaram e agradeceram ao Senhor. Acompanhados de trombetas, címbalos e outros instrumentos, levantaram as vozes e louvaram o Senhor com estas palavras: “Ele é bom! Seu amor dura para sempre!”. Nesse momento, uma densa nuvem encheu o templo do Senhor. 14Com isso, os sacerdotes não puderam dar continuidade a seus serviços, pois a presença gloriosa do Senhor encheu o templo de Deus. Salomão louva o Senhor

6

Então Salomão orou: “Ó Senhor, tu disseste que habitarias numa densa nuvem. 2Agora,

2CrônICas 6

construí para ti um templo majestoso, um lugar para habitares para sempre!”. 3 Então o rei se voltou para toda a comunidade de Israel que estava em pé diante dele e abençoou o povo. 4Em seguida, orou: “Louvado seja o Senhor, o Deus de Israel, que cumpriu o que prometeu a meu pai, Davi, pois lhe disse: 5 ‘Desde o dia em que tirei meu povo da terra do Egito, não escolhi nenhuma cidade das tribos de Israel como lugar onde deveria ser construído um templo em honra ao meu nome. Também não escolhi um líder para meu povo, Israel. 6Agora, porém, escolhi Jerusalém como lugar para que meu nome seja honrado, e escolhi Davi para reinar sobre Israel, meu povo’”. 7 Salomão disse: “Meu pai, Davi, queria construir este templo em honra ao nome do Senhor, o Deus de Israel. 8 Mas o Senhor lhe disse: ‘Sua intenção de construir um templo em honra ao meu nome é boa, 9mas essa tarefa não caberá a você. Um de seus filhos construirá o templo em honra ao meu nome’.

5.13,14 Eles estavam louvando a Deus. Atentemo- escutam, sem ousar estragar tão magnífica música. Em

-nos à maneira como fizeram esse trabalho. Você perceberá que o fizeram unanimemente. “Os que tocavam trombetas e os cantores, em uníssono, louvaram e agradeceram ao senhOr”. Que alegria é ouvir os milhares louvarem a Deus de uma só vez; cada homem contribuindo para a música; a voz pobre e não refinada que têm alguns de nós que jamais aprenderão música, não importa o quanto tentem; as vozes de flauta de nossas irmãs, o profundo e ressonante baixo suave do homem maduro; todos os diferentes tons, notas e vozes, talvez expressando nossos diferentes níveis e crescimento na graça, de nossas diferentes provações e nossos diferentes temperamentos, todos se unam para intensificar um hino comum que sobe ao trono de Deus! Todo homem que se recusa a louvar a Deus, arruína a canção. Todos os lábios mudos estragam a música. Toda língua silenciosa tem um efeito desastroso sobre a unanimidade e a unicidade do coro. Vamos todos louvar ao Senhor! […] Mas então, você percebe que eles não apenas cantaram em uníssono, mas “levantaram as vozes” com entusiasmo. Em algumas de nossas igrejas, há meia dúzia de pessoas vestidas de branco, que se levantam para louvar o Senhor, ou melhor, para exaltar o líder da música. Em muitas de nossas congregações dissidentes, cerca de cinco ou seis que são o coro cantam para o louvor e a glória de si mesmos, e as pessoas ficam quietas e

muitos outros lugares, pensa-se mais semelhantemente em delegar o trabalho de corações, línguas e lábios a algum instrumento que deve louvar o Senhor. Que isso nunca aconteça aqui! Cada vez que nos reunirmos aqui, que a música suba ao Céu como a voz de muitas águas e como grandes trovões. Um deus pequeno pode merecer pequeno louvor, mas o grande Deus merece o grande louvor de todas as Suas criaturas! […] Então, perceba, em seguida, que o louvor deles era um louvor bíblico. Eles cantavam aquele antigo salmo: “Ele é bom! Seu amor dura para sempre!”. Então você, ouso dizer, pensou, enquanto eu lia esse salmo, que não havia muita coisa nele. Era uma repetição — uma monotonia; estava soando a mesma nota repetidamente — apenas repetindo. Bem, isso mostra apenas que Deus não exige em nossa música a exibição de grande habilidade poética; Ele não precisa que os versos tenham em si movimentos de rapsódia ou sonhos de fantasia! Que a rima seja boa, sim; deixemos que as sílabas tenham o comprimento apropriado. Deus sempre deve ter o melhor do melhor; mas melhor é a música desarranjada do avivalista com a familiar melodia de rua, cantada da própria alma, do que a música mais nobre que já fora escrita, ou que já brotou de lábios humanos, se o coração estiver ausente e se a composição não estiver de acordo com a Palavra de Deus. Quanto mais bíblicos forem os nossos hinos, melhor.

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O Senhor é amigo dos que o temem; ele lhes ensina sua aliança. 15 Meus olhos estão sempre voltados para o Senhor, pois ele livra meus pés de armadilhas. 14

Volta-te para mim e tem misericórdia, pois estou sozinho e aflito. 17 Meus problemas só aumentam; livra-me de toda a minha angústia! 18 Atenta para minha dor e para meu sofrimento; perdoa todos os meus pecados. 19 Vê quantos inimigos tenho e a crueldade com que me odeiam. 20 Protege minha vida e livra-me! Não permitas que eu seja envergonhado, pois em ti me refugio. 21 Que a integridade e a retidão me guardem, pois em ti ponho minha esperança. 16

SalmoS 26

Põe-me à prova, Senhor, e examina-me; investiga meu coração e minha mente. 3 Pois estou sempre consciente do teu amor e tenho vivido de acordo com a tua verdade. 4 Não passo tempo com mentirosos, nem ando com hipócritas. 5 Detesto as reuniões dos que praticam o mal e não me associo aos perversos. 6 Lavo as mãos para declarar minha inocência. Venho ao teu altar, ó Senhor, 7 para entoar um cântico de gratidão e anunciar todas as tuas maravilhas. 8 Amo o teu santuário, Senhor, o lugar onde habita tua presença gloriosa. 2

Declara-me inocente, Senhor, pois tenho vivido com integridade; tenho confiado no Senhor sem vacilar.

Não permitas que eu tenha o destino dos pecadores, não me condenes junto com os assassinos. 10 Eles têm as mãos sujas de tramas perversas e vivem a aceitar subornos. 11 Eu, porém, vivo com integridade; resgata-me e tem misericórdia de mim.

26.1,2 V.1 Declara-me inocente, Senhor — Como se ele se afastasse de todos os outros juízes, subornados e falsos, como provaram ser no seu caso, e se colocasse em julgamento diante de Deus. […] pois tenho vivido com integridade; tenho confiado no Senhor sem vacilar. Ele clama por duas coisas. Primeira, a vida exterior e, segunda, a fé interior, que, como é a força motriz e a fonte da vida exterior de integridade, é também a mais importante das duas. Observe que, como o caso é entre ele e seus acusadores, ele implora por sua vida, pois, embora sejamos justificados diante de Deus pela fé e não pelas obras, ainda diante dos homens devemos ser justificados por nossas obras, e não por nossa fé. É em vão que eu clame por minha fé quando sou caluniado. A única resposta que efetivamente pode fechar a boca do adversário é demonstrar uma vida irrepreensível. Portanto, neste caso, ele não apenas traz sua fé diante de seu Deus, mas também traz o resultado de sua fé. Observe a inferência que ele extrai da misericórdia de Deus para si, permitindo que ele caminhe corretamente e confie no Senhor — portanto, “sem vacilar”. Ele descansa, pois, o futuro está sobre o

seu Deus! Sua posição era escorregadia, seus inimigos sempre estavam ocupados tentando superá-lo, mas ele declara: “sem vacilar”. V.2 Este é um versículo maravilhoso. Talvez ninguém ousasse fazer dele uma oração. Aqui estão três tipos de provações. De acordo com a etimologia do hebraico, o primeiro é a provação pelo cheiro: “Põe-me à prova”. O seguinte é a provação pelo toque: “examina-me”. E o outro é a provação pelo fogo — “investiga meu coração e minha mente”. Você percebe quão ansioso ele está para que Deus realmente decida o assunto. “Senhor, sonda-me completamente. Tu sabes que não sou hipócrita”. Agora, quem ousa dizer isso, senão aquele verdadeiro homem de Deus, cuja alma está totalmente restaurada no Senhor? O coração e a mente são mencionados porque se acreditava serem o centro das afeições — e quando as afeições são corretas, o homem está correto por inteiro. O coração é a fonte da qual os assuntos da vida correm e, se a fonte é pura, as correntes de água não podem ser impuras — daí ele pede principalmente que o exame seja dirigido à sua mente e ao seu coração.

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Ó Deus, resgata Israel de todas as suas angústias.

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Salmo de Davi. 1

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está registrado nas Escrituras deles:a ‘Odiaram-me sem motivo’. 26 “Mas eu enviarei a vocês o Encorajador,b o Espírito da verdade. Ele virá do Pai e testemunhará a meu respeito. 27E vocês também devem testemunhar a meu respeito, porque estão comigo desde o início.”

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João 16

mais; 11do juízo, porque o governante deste mundo já foi condenado. 12 “Há tanta coisa que ainda quero lhes dizer, mas vocês não podem suportar agora. 13Quando vier o Espírito da verdade, ele os conduzirá a toda a verdade. Não falará por si mesmo, mas lhes dirá o que ouviu e lhes anunciará o que ainda está para acontecer. 14Ele me glorificará porque lhes contará tudo que receber de mim. 15Tudo que pertence ao Pai é meu; por isso eu disse: ‘O Espírito lhes contará tudo que receber de mim’.”

“Eu lhes digo estas coisas para que não desanimem da fé. 2Pois vocês serão expulsos das sinagogas, e virá o tempo em que aqueles que os matarem pensarão que estão prestando um serviço sagrado a Deus. 3Farão isso porque tristeza será transformada em alegria nunca conheceram nem o Pai nem a mim. 4Sim, A 16 “Mais um pouco e vocês não me verão mais; eu lhes digo estas coisas agora para que, quantempo depois, me verão novamente.” do elas acontecerem, vocês se lembrem de que algum 17 Alguns dos discípulos perguntaram entre os avisei. Eu não lhes disse antes porque ainda si: “O que ele quer dizer com ‘Mais um pouco estaria com vocês mais um pouco.” e vocês não me verão’ e ‘algum tempo depois, A obra do Espírito Santo me verão novamente’ e ‘vou para o Pai’? 18E o 5“Agora, porém, vou para aquele que me enviou, que ele quer dizer com ‘mais um pouco’? Não e nenhum de vocês me pergunta para onde vou. entendemos”. 6Em vez disso, entristecem-se por causa do que 19 Jesus, percebendo que desejavam lhe pereu lhes disse. 7Mas, na verdade, é melhor para guntar sobre essas coisas, disse: “Vocês pervocês que eu vá, pois, se eu não for, o Encora- guntam entre si o que eu quis dizer quando jadorc não virá. Se eu for, eu o enviarei a vocês. falei: ‘Mais um pouco e vocês não me verão; 8Quando ele vier, convencerá o mundo do pealgum tempo depois, me verão novamente’? cado, da justiça e do juízo. 9Do pecado, porque 20Eu lhes digo a verdade: vocês chorarão e se o mundo se recusou a crer em mim; 10da justi- lamentarão pelo que acontecerá comigo, mas ça, porque eu voltarei para o Pai e não me verão o mundo se alegrará. Ficarão tristes, mas sua a 15.25 Em grego, na lei deles. Sl 35.19; 69.4. b15.26

lheiro, ou Consolador. O grego traz parakletos.

Ou Conselheiro, ou Consolador. O grego traz parakletos. c 16.7 Ou Conse-

16.2,13 V.2 Os discípulos de Cristo deviam esperar apenas manter tudo de maneira equilibrada aguaroposição do tipo mais cruel. Eles deviam ser afastados daqueles com quem por muito tempo adoraram. Deviam até mesmo correr o risco de perder a vida; mas Jesus previu o que lhes aconteceria, para que não tropeçassem nisto. Tal foi o amor de seu Senhor por eles que Ele não os deixaria ser atacados desprevenidos; por Sua graça, eles continuariam e resistiriam, perseverariam até o fim; mas teria que haver uma batalha e para ajudá-los na luta, Jesus lhes conta tudo sobre ela antes que ela comece. Nós dizemos: “Um homem prevenido vale por dois”. Assim os discípulos estavam; e você também. Seu Senhor lhe diz que você não vai chegar ao Céu sem provações: “Aqui no mundo vocês terão aflições”. E lhe diz isso para que não venha a se surpreender quando ela vier, para que não possa agir sobre você como uma rajada repentina de vento que viraria um pequeno navio; mas para que você possa

dando a tempestade vir: “Eu lhes digo estas coisas para que não desanimem da fé”. V.13 Não falará por si mesmo. Esta é uma expressão muito maravilhosa: “não falará por si mesmo”. Temos muitos homens, hoje em dia, que se vangloriam de que falam de si mesmos ou por si mesmos; isto é, eles professam não copiar de ninguém, nem mesmo de Deus. São pensadores originais, inventores; produzem novas coisas da profundidade de suas maravilhosas mentes; mas até mesmo o Espírito Santo aqui disse não “falar de si mesmo”. Mas lhes dirá o que ouviu; essa é nossa tarefa, ouvir a mensagem de Deus, e depois transmiti-la; e se o Espírito Santo faz isso, e se Jesus o fez, também podemos ficar felizes em fazer o mesmo. Não somos inventores de grandes novidades; somos simplesmente os portadores da mensagem do Altíssimo, os declarantes das antigas verdades que Deus nos revelou.

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TIago 5

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Resistam ao diabo

Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês. 8Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês. Lavem as mãos, pecadores; purifiquem o coração, vocês que têm a mente dividida. 9 Que haja lágrimas, lamentação e profundo pesar. Que haja choro em vez de riso, e tristeza em vez de alegria. 10Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará. 7

Não julguem os outros

Irmãos, não falem mal uns dos outros. Se criticam e julgam uns aos outros, criticam e julgam a lei. Cabe-lhes, porém, praticar a lei, e não julgá-la. 12Somente aquele que deu a lei é Juiz, e somente ele tem poder de salvar ou destruir. Portanto, que direito vocês têm de julgar o próximo? 11

Não confiem em si mesmos

Prestem atenção, vocês que dizem: “Hoje ou amanhã iremos a determinada cidade e ficaremos lá um ano. Negociaremos ali e teremos lucro”. 14Como sabem o que será de sua vida amanhã? A vida é como a névoa ao amanhecer: aparece por um pouco e logo se dissipa. 15 O que devem dizer é: “Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isso ou aquilo”. 16Caso contrário, estarão se orgulhando de seus planos 13

pretensiosos, e toda presunção como essa é maligna. 17 Lembrem-se de que é pecado saber o que devem fazer e não fazê-lo. Advertência aos ricos

5

Prestem atenção, vocês que são ricos. Chorem e gemam de angústia por causa das desgraças que os esperam. 2Sua riqueza apodreceu, e suas roupas finas são trapos comidos por traças. 3Seu ouro e sua prata estão corroídos. A mesma riqueza com a qual vocês contavam devorará sua carne como fogo. Esse tesouro corroído que vocês acumularam testemunhará contra vocês nos últimos dias. 4Por isso, ouçam os clamores dos que trabalharam em seus campos, cujo salário vocês retiveram de modo fraudulento! Sim, os clamores dos que fizeram a colheita em seus campos chegaram aos ouvidos do Senhor dos Exércitos. 5 Vocês levam uma vida de luxo na terra, satisfazendo seus desejos e engordando a si mesmos para o dia do abate. 6Condenam e matam inocentes,a sem que eles resistam.b Paciência e perseverança

Por isso, irmãos, sejam pacientes enquanto esperam a volta do Senhor. Vejam como os lavradores esperam pacientemente as chuvas do outono e da primavera. Com grande expectativa, aguardam o amadurecimento de 7

a 5.6a Ou o Justo. b 5.6b Ou e eles não lhes resistem?, ou e Deus não se opõe a vocês?, ou e eles não os acusam agora diante de Deus?

4.13-17 Observe que essas pessoas, enquanto pensavam que tudo estava à sua disposição, usaram tudo com objetivos mundanos. O que elas disseram? Determinaram uma com a outra: “Hoje ou amanhã faremos tal e tal coisa para a glória de Deus e para a expansão do Seu Reino?” Ó, não, não havia uma palavra sobre Deus nela, do começo ao fim! Nisso, são, de fato, muito parecidos com o tipo da maioria dos homens de hoje. Eles diriam: “Vamos comprar. Então, levaremos nossos bens para outro mercado não muito longe. Venderemos com juros e assim obteremos lucros”. Seus primeiros e últimos pensamentos foram da Terra, terrenos, e sua única ideia parecia ser de que ganhariam o suficiente para fazê-los se sentirem ricos e com mais posses. Essa era a maior ambição em suas mentes. Não existem muitos vivendo assim agora? Eles pensam que podem mapear sua própria vida e o único objetivo de seus esforços parece ser o de comprar, vender e obter lucro, ou então obter honra ou aproveitar o

prazer. Seus corações não se elevam ao ar sereno do Céu — ainda estão se humilhando aqui abaixo. [...] Devemos reconhecer Deus nos assuntos do futuro, porque primeiro, existe uma vontade divina que rege todas as coisas. Creio que nada acontece fora das resoluções e decretos divinos. Mesmo as pequenas coisas na vida não são ignoradas pelos olhos que tudo veem. “Até os cabelos de sua cabeça estão todos contados”. A posição de um junco à margem do rio é tão fixa e conhecida como a posição de um rei. E a palha da mão do ceifeiro é guiada tanto quanto as estrelas em seu curso. Tudo está sob controle e tem um lugar designado no plano de Deus — e nada acontece no fim, senão o que Ele permite ou ordena. Sabendo disso, não diremos todo o tempo: “Se o Senhor quiser”, entretanto sempre sentiremos assim. Seja qual for o nosso propósito, existe um poder superior que devemos reconhecer sempre — e há um propósito supremo diante do qual devemos nos curvar com a reverência mais humilde, dizendo: “Se o Senhor quiser”.

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2PEdro 1

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Saudações de Pedro

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Eu, Simãoa Pedro, escravo e apóstolo de Je-

sus Cristo, escrevo esta carta a vocês que compartilham de nossa preciosa fé, concedida por meio da justiça de Jesus Cristo, nosso Deus e Salvador. 2 Que vocês tenham cada vez mais graça e paz à medida que crescem no conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor. Crescimento na fé

Deus, com seu poder divino, nos concede tudo de que necessitamos para uma vida de devoção, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para si por meio de sua glória e excelência. 4E, por causa de sua glória e excelência, ele nos deu grandes e preciosas promessas. São elas que permitem a vocês participar da natureza divina e escapar da corrupção do mundo causada pelos desejos humanos. 5 Diante de tudo isso, esforcem-se ao máximo para corresponder a essas promessas. Acrescentem à fé a excelência moral; à excelência moral o conhecimento; 6ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a devoção a 3

Deus; 7à devoção a Deus a fraternidade; e à fraternidade o amor. 8 Quanto mais crescerem nessas coisas, mais produtivos e úteis serão no conhecimento completo de nosso Senhor Jesus Cristo. 9Mas aqueles que não se desenvolvem desse modo são praticamente cegos, vendo apenas o que está perto, e se esquecem de que foram purificados de seus antigos pecados. 10 Por isso, irmãos, trabalhem ainda mais arduamente para mostrar que, de fato, estão entre os que foram chamados e escolhidos. Façam essas coisas e jamais tropeçarão. 11Assim, sua entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo será acompanhada de grande honra. Prestem atenção às Escrituras

Portanto, sempre lhes lembrarei estas coisas, embora já as saibam e estejam firmes na verdade que lhes foi ensinada. 13E é apropriado que, enquanto eu viver,b continue a lembrá-los. 14Pois nosso Senhor Jesus Cristo me mostrou que, em breve, partirei desta vida,c 15 por isso me esforçarei para garantir que vocês sempre se lembrem destas coisas depois de minha partida. 12

a 1.1 Em grego,

Simeão. b 1.13 Em grego, enquanto eu estiver nesta tenda [ou tabernáculo]. c 1.14 Em grego, em breve, deixarei minha tenda [ou tabernáculo].

1.5-7 Como você viu o pedreiro pegar a primeira pedra e depois outra, e então, gradualmente, construir a casa, assim devem vocês, cristãos, pegar a primeira virtude e depois outra, e depois outra, e empilhar essas pedras da graça, uma sobre a outra até que tenham construído um palácio para a habitação do Espírito Santo! A fé, é claro, vem em primeiro lugar, porque a fé é o fundamento de todas as graças, e não pode haver verdadeira graça onde não houver fé verdadeira. Então, “acrescentem à fé a excelência moral”, que deveria ter sido traduzida, “coragem”. A verdadeira coragem é uma grande bênção, de fato, para o cristão — sem ela, como ele poderá enfrentar os seus inimigos? “À excelência moral o conhecimento”, pois coragem sem conhecimento seria uma imprudência tola, que o levaria à boca do canhão mesmo que não houvesse nada a ganhar ao lançar fora sua vida. “Ao conhecimento o domínio próprio”, pois há alguns que, antes de obter conhecimento, são levados por nova doutrina que aprenderam e se tornam como homens embriagados, pois é possível intoxicar-se mesmo com

a verdade de Deus! Feliz é aquele cristão que tem domínio próprio com o seu conhecimento que, enquanto detém uma doutrina, não vai para o extremo, mas aprende a observar outras doutrinas em conformidade com ela. “Ao domínio próprio a perseverança”, ou persistência, para que possamos suportar “zombaria e açoites” ou dores agudas, ou perseguições ferozes, ou as aflições habituais desta vida. Aquele que não tem poder de persistência é um pobre cristão. Se você é um verdadeiro cristão “suporte comigo o sofrimento, como bom soldado de Cristo Jesus”. “À perseverança a devoção a Deus” — tendo respeito constante a Deus em todos os nossos caminhos, vivendo para Deus e vivendo como Deus tanto quanto o finito pode ser como o infinito. “À devoção a Deus a fraternidade”. Ó queridos amigos, sejamos muito gentis com aqueles que são nossos irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Deixemos que os laços de parentesco cristão nos unam em verdadeira fraternidade uns com os outros. “E à fraternidade o amor”. Amemos todos os homens, especialmente os da família da fé.

15 BSPD.indb 1446

18/04/18 11:31


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