Amostra O Tesouro de Davi

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REVISTA DE APRESENTAÇÃO

O Tesouro De

DSa v i ALMO 24

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ítulo: “Salmo de Davi”. No título nada descobrimos e nos leva a observar as admiráveis ações do Espírito na do-o a tocar a lúgubre corda no Salmo 22, para depois to e aqui elaborar acordes majestosos e triunfais. Nós podemos fazer nos fortalece.

A P R E S E N TA Ç Ã O

Este hino sagrado, provavelmente, foi escrito para ser cantado qua Obede-Edom para permanecer atrás das B I Ocortinas G R A F Ino A monte D E Sião. N —C. H. são”. Este Salmo combina-se com o Salmo 15. C . H . S P U R G ESPURGEON ON

Como outros pensam sobre esta questão P ReuE Fnão Á Cpoderia I O D O dizer, nem não tenho memória de haver ouvido ouC de O Mque P I Lqualquer A D O R homem te solene, tão celestial deste lado dos portões do Céu. —PATRICK DEL

Versículo 1

anho Re

A profundidade de O Tesouro de Davi é agora apresentada na praticidade desta compilação em apenas um volume.

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a amnela se contém, Ao Senhor pertence a terra e tudo o Tque o mundo e os que nele habitam. Quanta diferença há entre isto e a ignorante concepção judaica a respeito de Deus que vigorava nos dias de nosso Salvador! Os judeus diziam: “A terra santa pertence a Deus e a semente de Abraão é Seu único povo”, mas seu grande monarca os havia instruído muito antes: “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém”. Toda a redondeza do mundo é reivindicada a Jeová, “e os que nele habitam” são declaradamente Seus súditos. Quando consideramos a intolerância do povo judeu nos dias de Cristo e como ficaram irados com nosso Senhor por haver dito que havia muitas viúvas em Israel, mas a nenhuma delas fora enviado o profeta, senão à viúva de Sarepta e que havia muitos leprosos em Israel, mas nenhum fora curado exceto Naamã, o siro…

Que r falam do se não tiv homem n dica para peça de habitante Jesus Cri lidades. N somos to O hom seus sem pertence arbitrário extremam tânea. O tário tem dos verm A Terr


A P R E S E N TA Ç Ã O

A profundidade de O tesouro de Davi é agora apresentada na praticidade desta compilação em apenas um volume.

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H

á mais de um século, a aclamada obra de Charles H. Spurgeon O tesouro de Davi é reconhecida como o mais abrangente, pastoral e inspirador

estudo no livro de Salmos já produzido. Originalmente publicada em sete volumes, após 20 anos de esforço aplicado por Spurgeon e seus colaboradores, esta obra clássica, O tesouro de Davi, foi cuidadosamente compilada por David O. Fuller, especialista em textos de Spurgeon, nesta condensada edição de apenas um volume. A leitura desse livro, publicado por Publicações Pão Diário, evidencia que o Dr. Fuller foi extremamente bem-sucedido nessa grande tarefa. Dentre as suas preciosidades, estão mais de 4.000 citações de escritores eminentes como Agostinho, Calvino, Lutero, Bunyan, Matthew Henry e, claro, do próprio Spurgeon — conhecido como o “Príncipe dos pregadores”, autor de mais de 3.500 sermões publicados, além de outros 135 livros. Em O tesouro de Davi o leitor encontrará algumas das maiores e mais grandiosas palavras de consolo e inspiração que já foram redigidas. Ideal para o aprofundamento nas belezas da poesia dos Salmos, quer para estudo devocional pessoal ou para a preparação de sermões.

• O mais apreciado comentário do livro de Salmos • Mais de 4.000 comentários de Spurgeon e outros autores clássicos • Prática versão compilada em um volume • Excelente ferramenta para estudo pessoal ou preparação de sermões e aulas

O encantador estudo dos Salmos me concedeu benefícios imensos e satisfação continuamente crescente; a gratidão mútua me obriga a comunicar aos leitores uma porção dos benefícios. O fato de eu ter algum material para apresentar é motivo de devota gratidão ao Senhor da graça. Minha oração mais sincera é que alguma medida de bem resulte desta tarefa para meus irmãos no ministério e à igreja em geral. — C. H. SPURGEON

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BIOGRAFIA

CHARLES H.

SPURGEON Charles H. Spurgeon, conhecido como o “príncipe dos pregadores”, foi um dos maiores evangelistas do século 19. Spurgeon nasceu em 19 de junho de 1834, em Kelvedon, Inglaterra.

Era precocemente notável, leu muitos livros, entre eles O Peregrino (Publicações Pão Diário, 2018), de John Bunyan, obra que marcou profundamente sua vida. Aos 16 anos, pregou seu primeiro sermão. Aos 18, começou a pastorear uma pequena congregação. Aos 20, foi convidado a pastorear a igreja de New Park Street, na região metropolitana de Londres, num templo de 1.200 lugares que, incialmente, contava com pouco mais de 100 pessoas nos cultos. Poucos meses depois, o espaço tornou-se insuficiente. Spurgeon decidiu mudar a igreja para um lugar com acomodação para 12 mil pessoas. No culto de inauguração do grande Tabernáculo Metropolitano, em 18 de março de 1861, havia 10 mil pessoas presentes. Em pouco tempo, Spurgeon se tornou uma figura célebre ao redor do mundo. Era convidado para ensinar em vários países, pregando uma média de 8 a 12 mensagens por semana. Publicou 3.561 sermões e 135 livros, ao longo de seus 40 anos de ministério. Em 7 de junho de 1891 ensinou pela última vez. Spurgeon “adormeceu” em Menton, França, em 31 de janeiro de 1892, aos 57 anos. Nesse ano, seus sermões já eram traduzidos para cerca de nove línguas diferentes.

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PREFÁCIO DO COMPILADOR

P

oucas pessoas compreendem a grandiosa quan-

Calvino, Lutero, Bunyan, Matthew Henry e, obviamente,

tidade de trabalho e esforço que Spurgeon e

o próprio Spurgeon. Ele até mesmo valeu-se do uso de

seus colaboradores aplicaram nesta grande obra,

Platão, Sócrates, o satírico Juvenal e Shakespeare.

O tesouro de Davi. Sua preparação ocupou um período de 20 anos e o resultado final foi um comentário de sete volumes (3 mil páginas, contendo quase 2 milhões de palavras) sobre todos os versículos — e mais frequentemente as frases e as palavras em si — dos 150 Salmos que fazem parte do Saltério das Sagradas Escrituras. Porém, não se engane ao pensar que este é um mero comentário dos Salmos. Tal título dificilmente faria justiça à obra. Pode, de fato, ser designado como uma antologia teológica de todo o âmbito da verdade cristã.

Há nestes volumes condensados uma riqueza de material sugestivo para sermões, ilustrações em sermões e esboços. Cada uma das páginas é um tônico e um estimulante para o crescimento espiritual. Podemos verdadeiramente afirmar que jamais nos dispusemos a uma tarefa tão aprazível. Ainda que de nós tenham sido exigidas horas a fio para a seleção do melhor das 3.000 páginas de fina impressão e sólido material de leitura, sentimo-nos amplamente restituídos por todo o “escavar” nesta mina de gemas inestimáveis.

O leitor encontrará nestas páginas algumas das maiores e mais grandiosas palavras de consolo e inspiração que já foram redigidas. Por seu exuberante poder de expressão e estilo literário, nada jamais poderá suplantá-las. Mais de 4.000 citações separadas (mais de 1.700 somente de Spurgeon) foram condensadas neste volume, retiradas dos escritos de 720 escritores diferentes cujos nomes brilham até o dia de hoje mais radiantes que nunca, seu esplendor e genialidade em nada ofuscados

Você está procurando luz em dias de escuridão? Aqui você a encontrará. Está procurando força em tempos de fraqueza? Fé em lugar de dúvida? Coragem em vez de covardia? Esperança em vez de desespero? Então escolha seu Salmo favorito, sente-se durante uma hora ou duas e beba profundamente da fonte de verdade eterna, sempre acessível à alma sedenta.

pelo tempo. Alguns dos grandes expositores da verdade divina cujos escritos cintilam nestes volumes são homens como Santo Agostinho, Crisóstomo, Atanásio,

DAVID OTTIS FULLER (1903–88) Grand Rapids, Michigan

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tivesse sid Davi”. Da Recorreu o um hom vi não teria à o r e ação em t m sido um h pressão da d e oração. Ele odos os m om tempestad f o o i mentos de um mestr e. Temos — C. hH. S e na s necessidad o apa dnuerast•a canção qu e como u man RPeUa RGEON C a e ix o m • sa “Um a T piloto pelo ao C é Ainda que u” sobre a os outros S s almos con um todo. t enham div —THE V ersas oraçõ ENERAB LE BEDE es mistura [N.E.: Um das a outra m onge inglê s questões, Divisões: N s .] este ão há linh as claras ou e precioso demarcaçõ comentad es entre as or David seus opres partes; ma Dickson. sores. Nos s nós prefe N o s v v e e r r sículos 5 e sículos 1 a Nos versíc 6 ele pede ulos 7 a 12 4, Davi alm rimos a divisão graça ao S , ele busca eja justiça los 13 e 14 enhor para proteção d na cont , pleiteia q a e seus inim gir correta ue todos e certament m igos, a que ente ainda les sejam f e acabará b m ele desc q rustrados; em. — C. H r eve detalh fechando . SPURGE a dame o todo com ON Versículo 1 a profund a confi Ouve, Sen hor, a causa justa causa, faz . Aquele q bater de u mais estar ue tem a p m pedinte d a lh ior alma oprim aço; conse ao portão n e g ar uma esm quenteme ida fica a a qu nte a preensiva ola. — C. H que sua vo com a hip . SPURGE z possa se O ótese de r afogada, neste versíc e E , s p ta petição ortanto, im ulo, nada repetida t menos qu plora seja ouvid rês vezes e poder de três vezes, a. Há ma indi s e p n a is t r im a m que e mos o Sen edo de qu n t o e a m ç ão do im uitas lágrim hor do qu e nós não e de que o piedoso, ouça— C. H. S v S erdadeiram enhor não aflige o h PURGEO N omem esp ent nos ouça. iritual ma e sua violê is do q ncia, pois Atende ao p o d a e m v m io o S eu clamor. s reconhe lência abe Um clamo rtas e qu sincero, am Introdução a cada Salmo discutindo: p odemos, ando vem r verdadeir argo e lastim de algum os autoria, tema, e aplicação amecontexto oso quase n não pode T t e a f —MART o r derrete prática. haver med m a , n I uma rocha NHO LU os gu o de que e de nosso P TERO ; le não prev ai Celestia aleça diant l. Se nossa choro do e oração dev Qudee p bebê, ser Mais de 4.000 citações e , c m o ais natura mo oautores cristãos. Todasrocede de lábios nã e mais con grandes l do que in elas selecionadas fpelo o fraudule rapróprio uda e baju fiante do ntos. A teligCharles q l a d e ve r á u enteH. Spurgeon. e elegante que eloque t e c n o , mo ele m t a r f a zê - l o será nada nte para D esmo o é menos com eus. Há gr de uma cr , a pois, enga t u d o vê é nde poder iança para t ão imposs n a r Aq no choro persuadir — C. H. S í ve l c o m o o coração r e PURGEO d e o u t omar a lua guiar o so de um pai. N l a uma a deseja eng rmadilha. a n a r De u s Aq á ouvidos à j á e N s t á br utalm ossa since minha ora e r nte en idade em ção. A red 1.700 de Spurgeon ada não é oração nã si mesma uplicação superstição o assim com aqui utitem mé nem tauto golpe repe o a sincer digo nas logia, mas tido de um idade de r uas; mas é como martelo at um go para fix a o m c o e in n s mo tempo sidera, po gindo o m á-lo mais r esmo o Se meio de J eficazmen 6 sará a ouv esus, e nã te, ou o c i r o mais ontínu a um ALMO 17

ção segundo o cora sido um homem súplica. Davi não teria sagrada arte da oração de Davi”. um mestre na unto: “Uma ssa ao porto na oração. Ele foi de apre se ítulo e ass em o hom pilot tivesse sido um na terra. ssidade como um de Deus se não e as perseguições momentos de nece o ao Céu” sobr ão em todos os xosa “Um apel Recorreu à oraç nesta canção quei estade. Temos pressão da temp o uma súplica com GEON —C. H. SPUR questões, este é uradas a outras rsas orações mist contenham dive os Salm os s.] outr inglê e mong Ainda que os BEDE [N.E.: Um pelo velho E VENERABLE a divisão adotada um todo. —TH e nós preferimos rovérsia entre ele e as partes; mas ja justiça na cont demarcações entr sob tribulação. linhas claras ou s 1 a 4, Davi alme há que a culo Não : aind versí sões ente Nos Divi versícuDavid Dickson. para agir corretam nos or dor e enta Senh nte; ao com a ame e precioso e 6 ele pede graç descreve detalhad tudo Nos versículos 5 igos, a quem ele confiança de que seus opressores. eção de seus inim com a profunda a 12, ele busca prot s; fechando o todo Nos versículos 7 sejam frustrado eia que todos eles N los 13 e 14, pleit GEO SPUR ará bem. —C. H. quem não se pode certamente acab nte ao portão a bater de um pedi GEON la. —C. H. SPUR negar uma esmo tem a pior Versículo 1 que ele de Aqu . a causa justa indica um gran a Ouve, Senhor, tida três vezes equentemente porque a Esta petição repe estardalhaço; cons tese de e muitas lágrimas; causa, faz mais stia e ensiva com a hipó r de sentimento angu apre , pode fica ente a ram mid lora alma opri so, verdadei portanto, imp r ação do impiedo a ser afogada, e, do que seu pode que que sua voz poss espiritual mais três vezes, para e aflige o homem nada menos que nhecer a força neste versículo, pois podemos reco que nós não ouça perigo e sua violência, mais medo de do vemos este ouça. nos quan e não seja ouvida. Há or tas a violência aber que de que o Senh guardar delas. do nos or a, Senh o form mos alguma podemos, de N H. SPURGEO —C.

ente or verdadeiram clamor. Um clam a; Atende ao meu e derrete uma roch e lastimoso quas sincero, amargo prevaleça diante o de que ele não med r oo have não pode a oração deve, com noss Se . stial te de nosso Pai Cele do que inteligen ser mais natural choro do bebê, será nada menos do que elegante, e mais confiante poder no choro Deus. Há grande para e pai. uent um eloq que coração de para persuadir o de uma criança

—MARTINHO

LUTERO

ntos. Aquele que lábios não fraudule Que procede de -lo com um tolo deverá tentar fazê frauda e bajula nar Aquele que enga , o é, pois como ele mesmo ar a lua em uma ossível como tom imp tão é ele que vê tudo armadilha. Aqu uma a sol o r . rede ou guia almente enganado brut está já s Deu deseja enganar tem mérito em não ão oraç ade em menum de Nossa sincerid ade como a sincerid a si mesma assim GEON tempo o Senhor —C. H. SPUR mas ao mesmo digo nas ruas; e não mais se recu plicação aqui utimeio de Jesus, o. a oração. A redu considera, por esto e fervoros o hon te com é eren mas Dá ouvidos à minh nem tautologia, a ouvir a um requ ão sará rstiç o supe é lizada não ON atingindo o mesm —C. H. SPU RGE de um martelo o golpe repetido nte, ou o contínuo de Davi O tesouro lo mais eficazme prego para fixá70

por um conde pagã o, um dos homens mais importantes da corte: “A vida atual do hom em, ó rei, pode ser comparada a quando estás senta do para jantar com seus condes e nobres no inve rno. O fogo cintila na lareira e aque ce a sala; do lado de fora grassa uma tempestade de vent o e neve; um pard al entra por uma porta de seu salão e rapidamente sai por outra.” “Por um curto mom ento e enquanto ele está aqui dentro, está ileso da rajada invernal, mas este breve momento de felic idade acaba, ele retorna àquela rajada invernal de onde veio e desa pare ce de vista.” “Assim é a brev e vida do homem: não sabemos o que aconteceu antes dela e som os completamen ignorantes com te relação ao que a seguirá. Contudo se esta nova dout , rina compreende algo mais seguro, merece ser seguida.” —CR

a ira de Deus? Nen hum padrão pelo qual possamos estimar sua inten sidade? Não há medida ou padr fixos, mas há uma ão variável. O temo r que o perverso tem de Deus é uma medida da ira de Deu temor e pavor dess s. Há certo e Deus em cuja imed iata presença sente-se estar pres tes a ser conduzid o que, mesmo aqueles que mui to o amam e mais o encantam, enco lhem-se diante da impetuosidade de Seu caráter aterrador olhar e do de Seu discurso. —HENRY MEL VILL

E a tua cólera, segun do o temor que te é devido. As Santas Escritura s, quando retra tam a ira de Deu contra o pecado, s nunca usam uma hipérbole; seria impossível exagerar neste caso. Quaisqu er que forem os sentimentos de ÔNICA DE BED temor piedoso e E trem or possam mover o santo que coração brando, Versículo 11 ainda assim nun será tocado dem ca ais; além de outr Quem conhece o as considerações grande verdade da poder da tua ira? ,a Ninguém de fato; ira divina, quando e a menos que este mais poderosamente for sentida, poder possa ser nunca impressiona conhecido, deve permanecer tão inde a mente com uma solenidade scritível quanto o excessiva com relaç amor de Cristo que excede todo ão ao resultado legítimo de tal cont entendimento. —JO emplação. O que HN BUNYAN o poder da ira de Deus é no infer no e o que seria Moisés aqui, acred na terra, se não fosse freado pela ito eu, quer dizer misericórdia, nenh que é um temor santo de Deus, um vivente pode conceber exatame e somente isso, que nos faz sent nte. verdadeira e prof ir undamente a Sua Os pensadores mod ira. Nós vemos ernos atacam Milt que os réprobos, on e Dante, Bunyan e Baxter, ainda que sejam severamente pun por sua terrível dos, se irritam mui iimag ética; mas a verd to pouco, reagem ade é que nenhuma contra Deus, se exasperam ou ficam visão de poeta, cia de profeta sant ou denúnestupefatos, com o, o pode se endurecidos cont estivessem jamais alcançar altura desta gran ra todas as calam a temível de alegação, mui idades; tão distantes estão de to menos ir além serem submissos dela. —C. H. SPUR . E ainda que esteGEON jam repletos de angú stia e clamem em alta voz, a ira divina não pene tra seus corações O medo não pass a ponto de abat a de um espelho seu orgulho e furo er que você pode alongar e ampliar r. indefinidamente, Somente o ente e a ira se alonga e amplia na mesm ndimento dos pied a medida, ocupando osos é ferido pela ira de Deus o espelho com novas e ferozes e estes nem espe formas de desperdíc ram pelos relâmpagos do Senhor, aos io e pesar. Nós os alertamos entã quais os réprobos o, contra toda resistem com o pescoço de ferro noção apreciativa e bajuladora de endurecido, mas que o medo poss tremem no exat momento em que a o exag erar a ira de Deu Deus move o Seu s. Afirmamos a você dedo mínimo que seja. Isto eu s que quando o feito seu pior, não medo tiver considero ser o verdadeiro signifipoderá em grau cado dado pelo prof algum aproxima -se à ira que retra eta. —JOÃO CALV rta. —HENRY INO

Nenhum homem conhece o pode r da ira de Deu porque esse pode s, r nunca antes se colocou em ação em sua total amp litude. Não há, entã o, medida para

Obra clássica de Spur

geon sobre os Salm

os

MELVILL

Versículo 12

Ensina-nos a conta r os nossos dias. Moisés nos envi a Deus para receb a ermos ensiname nto. “Ensina-nos; não como o mun do ensina — ensin a-nos”. Não um 375


mem segu ndo o cor ação sagrada ar te da súpli ca. se apressa ao ALMO porto na 24 perseguiçõ es na terr a.

AMOSTRA DAS PÁGINAS 112-118

TA M A N H O O R I G I N A L

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ítulo: “Salmo de Davi”. No título nada descobrimos exceto sua autoria. Mas isto é interessante e nos leva a observar as admiráveis ações do Espírito na mente do doce cantor de Israel, capacitane é uma sú plicado-o ao tocar a lúgubre corda no Salmo 22, para depois tocar as delicadas notas de paz no Salmo 23 com e aqui elaborar acordes majestosos e triunfais. Nós podemos fazer ou cantar qualquer coisa quando o Senhor nos fortalece.

o adotada pehino lo vesagrado, lho provavelmente, foi escrito para ser cantado quando a arca da aliança foi levada da casa de trovérsiaEste entre ele epara permanecer atrás das cortinas no monte Sião. Nós o chamaremos de: “A canção da ascenObede-Edom que sob são”. combina-se com o Salmo 15. —C. H. SPURGEON tribuEste laçSalmo ão. ente; e nos veroutros sícu- pensam sobre esta questão eu não poderia dizer, nem fingir poder descrever, mas de minha parte, fiança deComo qutenho não de haver ouvido ou de que qualquer homem tenha visto ou ouvido algo tão grandioso, tão e tudmemória o solene, tão celestial deste lado dos portões do Céu. —PATRICK DELANY

uem não s

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e pod1e Versículo

Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam. Quanta diferença há isto e a ignorante concepção judaica a respeito ica um entre graDeus nde que vigorava nos dias de nosso Salvador! de mas; poOs rqujudeus e a diziam: “A terra santa pertence a Deus te, anguesta semente de Abraão é Seu único povo”, mas seu ia emonarca os havia instruído muito antes: “Ao que seu grande poder pertence a terra e tudo o que nela se conSenhor ecer a fotém”. rça eToda a redondeza do mundo é reivindicada a este pJeová, erigo “e os que nele habitam” são declaradamente súditos. uardar dSeus elaQuando s. consideramos a intolerância do povo judeu nos dias de Cristo e como ficaram irados com nosso Senhor por haver dito que havia muitas viúem Israel, mas a nenhuma delas fora enviado o Aquele qvas ue senão à viúva de Sarepta e que havia muitos profeta, m um toleprosos em Israel, mas nenhum fora curado exceto lo quele quNaamã, o siro… e a em uma Quando nos recordamos, também, de como ficaram irados com a menção de que Paulo fora enviado quele quaos e gentios, ficamos maravilhados por permanenganadocerem em tal cegueira e ainda assim cantarem este . érito emSalmo que mostra tão claramente que Deus não é o Deus dos judeus somente, mas também dos gentios.

m menenhor a 112

Que repreensão é esta para estes sabichões que falam dos negros e outras raças desprezadas como se não tivessem o cuidado do Deus dos Céus! Se o homem nada é além de homem, o Senhor o reivindica para si e quem ousa marcá-lo como uma mera peça de mercadoria? O mais cruel dos homens é habitante do mundo e, portanto, pertence a Jeová. Jesus Cristo acabou com a exclusividade de nacionalidades. Não há bárbaro, citas, escravo ou livre; mas somos todos um em Cristo Jesus. O homem vive “na Terra” e divide seu solo entre seus semelhantes reis e autocratas; mas a Terra não pertence ao homem. Ele não passa de um inquilino arbitrário, um locador-proprietário de estabilidade extremamente precária, passível de expulsão instantânea. O grande Dono da Terra e verdadeiro Proprietário tem Sua corte acima das nuvens e ri da escritura dos vermes do pó. A Terra é repleta de Deus; Ele a fez plena e a mantém plena, apesar de todas as demandas feitas pelas criaturas vivas em seus armazéns. O mar é pleno apesar de todas as nuvens que surgem de sua condensação; o ar é pleno não obstante todas as vidas que dele fazem uso para a respiração; o solo é pleno

O tesouro

de

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ainda que milhões de plantas dele ganhem nutrição. —C. H. SPURGEON

Ao Senhor pertence a terra, ou seja, a Cristo, que é o “Senhor dos senhores” (Ap 19:16); pois todo o mundo e os que nele habitam são dele por uma designação dupla. Primeiro, por doação de Seu Pai, pois “toda autoridade me foi dada no céu e na terra.” (Mt 28:18), tudo quanto o Pai tem é meu (Jo 16:15); e então, consequentemente, foi constituído herdeiro de todas as coisas (Hb 1:2). Segundo, a Terra é de Cristo e todos os que nela habitam também o são por direito de criação, pois Ele “fundou-a”, disse nosso profeta, e isso de modo maravilhoso: “sobre os mares e sobre as correntes”. Todas as coisas, então, pertencem a Cristo, tratando-se da criação pois “todas as coisas foram feitas por intermédio dele” (Jo 1:3); tratando-se de sustentação, pois sustenta todas as coisas pela palavra do Seu poder (Hb 1:3); tratando-se de administração, estende seu vigor de uma extremidade do mundo à outra e governa todas as coisas com felicidade (Sabedoria 8:1) [N.E.: Livro apócrifo], em outras palavras — “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas” (Rm 11:36). —JOHN BOYS São Crisóstomo, sofrendo sob o domínio da imperatriz Eudoxia, diz a seu amigo Ciríaco como ele se armou de antemão: “Eu pensei: será que ela me banirá? ‘Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém’. Será que levará meus bens? ‘Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei’. Será que mandará me apedrejarem? Lembrei-me então de Estêvão. Irá me decapitar? João Batista veio à minha mente” etc. Assim deveria ser com todos que pretendem viver e morrer confortavelmente: devem, como dizemos, fazer um estoque para os dias chuvosos; devem armazenar graças, promessas e guarnecerem-se de experiências com a bondade de Deus para com outros e consigo mesmos, de modo que quando o dia mal vier, recebam, desta forma, abundante bem. —JOHN SPENCER

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Obra clássica de Spurgeon sobre os Salmos

“A luz é o semblante do Eterno”, disse o Sol ao se pôr. “Eu sou a orla de Seu manto”, respondeu o crepúsculo róseo. As nuvens se reuniram e disseram: “Nós somos Seu tabernáculo noturno”. E as águas nas nuvens e as vozes ocas dos trovões, uniram-se ao elevado coro: “Ouve-se a voz do Senhor sobre as águas; troveja o Deus da glória; o Senhor está sobre as muitas águas.” “Ele voa em minhas asas”, sussurraram os ventos e o gentil ar acrescentou: “Eu sou o fôlego de Deus, o inspirar de Sua presença benigna”. “Ouvimos as canções de louvor”, disse a Terra ressequida; “por todos os lados há louvor; somente eu estou triste e calada”. Então respondeu o orvalho caindo: “Eu nutrirei você, para que seja revigorada e se alegre e seus filhos desabrochem como jovens rosas”. “Jubilosamente amadurecemos”, cantaram as sidras refrescantes; as espigas de milho cheias oscilavam ao cantar: “Somos a bênção de Deus, os abrigos de Deus contra a fome.” “Do alto te bendizemos”, disse a gentil Lua; “Nós, também, a ti bendizemos”; responderam as estrelas; e o reluzente gafanhoto chilreou: “A mim também Ele abençoa ao cair do orvalho perolado”. “Ele saciou minha sede”, disse o cabrito; “e me refrescou”, continuou o veado; “e nos concede nosso alimento”, disseram as bestas da floresta; “e vestes meus cordeiros”, com gratidão acrescentou a ovelha. “Ele me ouviu”, o corvo chiou, “quando eu estava sozinho e abandonado”; “ Ele me ouviu”, disse a cabra-montês, “quando chegou minha hora e dei crias”. E o pombo arrullhou, e a andorinha e outros pássaros uniram-se na canção: “Encontramos nossos ninhos, nossas casas, habitamos no altar do Senhor e dormimos sob a sombra de Suas asas em tranquilidade e paz”. “E paz”, a noite respondeu, e o eco prolongou o som quando o galo acordou a aurora e cacarejou com alegria: “Abram os portais, abram os portões da terra! O Rei da glória se aproxima. Despertem! Levantem-se ó filhos dos homens, deem louvores e graças ao Senhor, pois o Rei da glória se aproxima!” O sol nasceu, e Davi acordou de seu êxtase melodioso. Mas enquanto ele viveu, os acordes da harmonia da Criação permaneceram em sua alma, e ele 113


diariamente os relembrou nas cordas de sua harpa. —A LENDA DAS CANÇÕES DA NOITE, no Talmude, citado em Antiguidades Bíblicas por F. A. Cox

Versículo 2

Sobre as correntes a estabeleceu. O mundo é de Jeová porque de geração a geração Ele o preserva e o mantém, pois estabeleceu suas fundações. A Providência e a Criação são dois selos legais sobre a escritura do grande Dono de todas as coisas. Aquele que construiu a casa e sustém as suas fundações certamente tem direito a ser o primeiro a reivindicá-la. Que fique registrado, contudo, sobre quão inseguras fundações todas as coisas terrestres estão estabelecidas. Sobre os mares! Estabelecidas sobre as correntes! Bendito seja Deus pois o cristão tem outro mundo pelo qual esperar e coloca suas esperanças em uma fundação mais estável do que esta que este pobre mundo oferece. Aqueles que confiam em coisas mundanas constroem sobre o mar; mas nós colocamos nossas esperanças, pela graça de Deus, na Rocha Eterna; estamos descansando na promessa do Deus imutável; estamos dependendo da constância do fiel Redentor.

Versículo 3

Quem subirá ao monte do Senhor? Para que a criatura alcance o Criador, precisa galgar os montes. Onde está o poderoso montanhista que pode escalar significativas alturas? E nem se trata somente de altura, mas também de glória. Que olhos verão o Rei em Sua beleza e habitarão em Seu palácio? —C. H. SPURGEON

Fazer parte do grupo dos servos verdadeiros e fiéis de Cristo não é tarefa insignificante; é uma luta, uma disputa, uma guerra contínua; jejuns e vigílias, frio e nudez, fome e sede, amarras, encarceramento, perigos e angústias, ignomínia e opróbrio, aflições e perseguições, o ódio do mundo e o descaso de nossos amigos, tudo o que consideramos árduo ou difícil será encontrado nos caminhos que devemos trilhar. Um homem não pode abandonar a luxúria, livrar-se de más companhias, desistir de um caminho de pecado, entrar em um percurso de virtude, professar 114

sua religião ou se posicionar por ela, não pode ascender um monte espiritual, mas ele encontrará alguns destes ou outros parecidos com quem contenderá e lutará. Mas não somente subir, antes ali permanecer, como simboliza a palavra; continuar em um pico tão elevado, ser constante na verdade e na piedade, que será de fato difícil e trará consigo mais dificuldades com que contender. —MARK FRANK

Versículo 4

O que é limpo de mãos e puro de coração. Externamente, a santidade prática é uma marca muito preciosa da graça. Lavar-se com água com Pilatos não é nada, mas lavar-se em inocência é importantíssimo. Deve ser temeroso que tantos devotos tenham pervertido a doutrina da justificação pela fé, de tal forma, a ponto de tratar as boas obras com desprezo; e se esse for o caso, eles receberão desprezo eterno no último grande dia. É vão matraquear sobre experiência interior a menos que a vida diária esteja livre de impureza, desonestidade, violência e opressão. Mas “mãos limpas” não seriam suficientes a menos que estejam conectadas com um “coração puro”. A verdadeira religião é obra do coração. Podemos lavar o exterior do cálice e da bandeja o quanto quisermos, mas se o interior estiver imundo, estamos completamente imundos aos olhos de Deus, pois nosso coração é mais verdadeiramente aquilo que somos do que nossas mãos o são. Podemos perder nossas mãos e ainda permanecermos vivos, mas não poderíamos perder nosso coração e ainda viver; a vida de nosso ser está na natureza interior, logo, aí está a necessidade imperativa de pureza interior. Poeira no coração lança pó nos olhos. —C. H. SPURGEON Devo dizer-lhe, então, quem é o homem moral aos olhos de Deus? É aquele que se curva à lei divina como regra suprema de justiça; aquele que é influenciado por uma orientação que considera Deus em todas as suas ações; aquele que obedece a outros mandamentos espontaneamente porque obedeceu ao primeiro e grande mandamento: “Dê-me seu coração”. Sua conduta não é conformada a hábitos ou conveniência, mas a um padrão de dever consistente e imutável. O tesouro

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Leve este homem a uma corte de justiça e chame-o para testemunhar e ele não dará falso testemunho. Dê-lhe a responsabilidade de tesouros cultos, ele não roubará. Confie-lhe os interesses mais caros a você ou à sua família; você estará seguro, porque ele tem um princípio de vida que é verdade e integridade em seu peito. Ele é tão digno de confiança na escuridão quanto ao meio-dia; pois é um homem moral, não porque reputação ou interesse assim exigem, não porque os olhos da observação pública estão fixos nele, mas porque o amor e o temor de Deus têm dominante supremacia em seu coração. —EBENEZER PORTER Que não entrega a sua alma à falsidade. Caso suguemos nossa consolação dos seios do mundo, provamos ser filhos do mundo, nele nascidos. O mundo o satisfaz? Então sua recompensa e sua porção estão nesta vida; aproveite-os ao máximo, pois não conhecerá outra alegria. —C. H. SPURGEON Que não entrega sua alma à falsidade é lido por Arius Montanus: “Aquele que não recebeu sua alma em vão”. Ó! Quantos recebem suas almas em vão, não fazendo uso maior delas do que um porco o faz? Sobre isso o filósofo observa: suas almas são apenas como sal para impedir que seus corpos exalem mau cheiro. Quem não se entristeceria ao pensar que uma peça de tamanha qualidade fosse empregada em um uso tão vão! —GEORGE SWINNOCK Agora chegamos às quatro condições indispensáveis para tornar possível tal ascensão: 1) Abstinência do mau proceder: “Aquele que é limpo de mãos”. 2) Abstinência dos maus pensamentos: “e puro de coração”. 3) Aquele que exerce o trabalho que lhe foi designado ao ser enviado ao mundo: “que não entrega sua alma à falsidade”; ou, como está na Vulgata: “Que não recebeu sua alma em vão”. E, 4) Aquele que se lembra dos votos pelos quais está ligado a Deus: “nem jura dolosamente”. E no sentido mais pleno, houve apenas Um em Quem todas estas coisas foram cumpridas; então em resposta à pergunta: “Quem subirá ao monte do Senhor?” Deve-se responder: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, 10

Obra clássica de Spurgeon sobre os Salmos

o Filho do Homem [que está no céu]” (Jo 3:13). “Portanto, está escrito”, diz São Bernardo, “que tal Sumo Sacerdote tornou-se como nós, pois Ele conhece a dificuldade dessa ascensão ao monte celestial, Ele conhece nossas fraquezas, nós que precisamos subir.” —LORINUS E BERNARD, citado por J. M. Neale O Céu não é ganho com boas palavras e profissão de fé honesta. O cristão praticante é aquele que permanece de pé quando aquele se gaba de sua fé oca cai. Os grandes tagarelas da religião são geralmente os que menos a praticam. É vã a religião da pessoa cuja profissão não traz consigo testemunhos de uma vida santa. —WILLIAM GURNALL

Versículo 5

Ele obterá […] a justiça. Com relação à nossa própria justiça, aquela que temos sem Ele, Isaías nos diz que é “trapo de imundícia”; e o apóstolo Paulo diz que não passa de “excremento”. Duas comparações muito familiares, se não viessem do próprio Espírito Santo; contudo não são tão familiares no original, em que soam tão odiosas quanto à espécie de trapo de imundícia e o tipo de excremento, que não ousaremos traduzi-las com mais exatidão. Por nossa justiça não ser em nada melhor, somos impelidos a buscá-la em outro lugar. Ele obterá a justiça, disse o profeta; e “o dom da justiça”, disse o apóstolo (Fp 3:8,9; Rm 5:17). Trata-se então de algo mais que nos é dado e por nós recebido, algo que devemos buscar. E para onde iremos nesta busca? Somente Jó fala deste ponto (15:15; 4:18; 25:5). Não aos céus ou às estrelas; eles são impuros a seus olhos. Não aos santos, pois os considerava tolos. Não aos anjos, pois nem mesmo neles encontrou firmeza. Agora, se nenhum destes atende à necessidade vemos uma razão fundamental para que Jeová deva ser parte deste nome: “Senhor, Justiça Nossa” (Jr 23:6). —LANCELOT ANDREWES

Versículo 6

Tal é a geração dos que o buscam, dos que buscam a face do Deus de Jacó. Estes são a regeneração, estes estão 115


na linhagem da graça; estes são a semente legítima. Contudo, são apenas requerentes; portanto, aprenda que aqueles que buscam verdadeiramente são profundamente estimados por Deus e têm seus nomes em Seus registros. Mesmo o buscar tem influência santificadora; que poder de consagração deve haver no encontrar e desfrutar da face e do favor do Senhor! Desejar comunhão com Deus é algo purificador. Ó, ter fome e sede, mais e mais, após uma visão clara da face de Deus; isto nos levará a purificar-nos de toda imundície e a caminhar com prudência celestial. —C. H. SPURGEON

Os cristãos devem ser buscadores. Esta é a geração daqueles que buscam. Toda a humanidade, para que um dia alcance o Céu, deve ser geração de buscadores. O Céu é uma geração de descobridores, de proprietários, de desfrutadores, daqueles que buscam Deus. Mas aqui somos uma geração de buscadores. —RICHARD SIBBES

Pelo pronome demonstrativo “tal”, o salmista apaga da categoria de servos de Deus todos os falsos israelitas que, confiando apenas em sua circuncisão e no sacrifício de animais, não se preocupam em oferecer-se a Deus; e, entretanto, ao mesmo tempo, lançam-se impetuosamente à igreja. —JOÃO CALVINO

Versículo 7

Estes últimos versículos nos revelam o grande Homem Representante, que correspondeu ao papel pleno estabelecido e, portanto, por Seu próprio direito ascendeu ao santo monte de Sião. Nosso Senhor Jesus Cristo poderia ascender ao monte do Senhor porque as Suas mãos estavam limpas e o Seu coração era puro; e se nós, pela fé nele, formos conformados à Sua imagem, ascenderemos também. —C. H. SPURGEON

Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da Glória. Na história do evangelho, descobrimos que Cristo era recebido de três formas entre os homens. Alguns o recebiam em casa, não no coração, como Simão, o fariseu (Lc 7:44), 116

que não o beijou, nem lhe ofereceu água para os pés. Alguns o recebem no coração, mas não em casa, como o fiel centurião (Mt 8:34); alguns o recebem tanto em casa quanto no coração, como Lázaro, Maria e Marta (Jo 3:15; Lc 10:38). —JOHN BOYS Porque a porta do coração dos homens está trancada, barrada e aferrolhada e os homens estão em sono profundo e não ouvirão o bater aos portões ainda que seja alto, ainda que seja de um rei; por isso Davi bate novamente: “levantai-vos, ó portais eternos”. “Por quê? Qual é a pressa?”, diz o pecador. “Qual é a pressa?” Ora, aqui está o Rei diante de seus portões; e não é um rei qualquer, Ele é um Rei glorioso que o honrará, neste momento, se você se abrir rapidamente para que Ele se abrigue, para que faça Sua moradia em sua casa, para habitar com você. Mas a alma, com tudo isto, não abre de pronto e segue questionando, como se fosse um inimigo e não um amigo que ali permanecesse à porta; e à pergunta: “Quem é o Rei da glória?” Quem? Ele responde novamente: O Senhor forte e poderoso; Ele que, caso você não abra rapidamente e com gratidão, pode muito facilmente derrubar sua casa; Ele é o Senhor forte e poderoso, o Rei que tem um poderoso exército sempre a Seu comando, exército que permanece em prontidão para sua incumbência e você deveria então saber quem escolhe para ser seu amigo. “Levantai, ó portas, as vossas cabeças”. Abra rapidamente, você que prefere ter Deus como amigo do que como inimigo. “Ó, por que não clamaria a alma de todo pecador: Senhor, a porta está trancada, e tu tens a chave; tenho tentado o que posso, mas as fechaduras estão tão enferrujadas que não consigo virá-la”? Mas, Senhor, arranca a porta das dobradiças, qualquer coisa que seja, para que possas entrar e habitar aqui. Vem, ó Deus poderoso, arrebenta os portões de ferro e as trancas de bronze e abre caminho para ti mesmo por Teu amor e poder. Vem, Senhor e faz-te bem-vindo; tudo o que tenho está a Teu serviço; ó, qualifica minha alma para receber-te! —JAMES JANEWAY

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Jesus deixou conosco o mais profundo do Espírito e tirou de nós o mais profundo de nossa carne que Ele carregou até o Céu como uma promessa que todos devem buscar. —TERTULIANO Cristo foi ao Céu como vencedor em triunfo em Sua carruagem; indo adiante do pecado, de Satanás, da morte, do inferno e de todos os Seus inimigos. Ele não somente venceu Seus inimigos por si mesmo, mas por todo o Seu povo, a quem transformará em vencedores, sim, “mais que vencedores”. Assim como Ele venceu, também eles vencerão; e como Ele foi ao Céu vencedor, eles o seguirão em triunfo.

Versículos 7 e 8. E saibam, ó vocês fiéis e obedientes, por sua coragem e seu alívio, Quem e de que natureza é este glorioso Rei, o Senhor Jesus, a quem o mundo despreza, mas vocês honram. Ora, Ele é o Deus Todo-Poderoso, de poder pleno para preservar e defender Seu povo e Sua Igreja, que por confiarem nele o amam e o servem, contra toda força e todo poder dos homens e dos demônios que os difamam e que a eles se opõem, para derrotá-los, enquanto nós, Seu Israel na letra, descobrimos, por experiência, que somos Seu povo em espírito, para sua instrução e corroboração. —GEORGE ABBOT, em Breves notas sobre todo o livro de Salmos

—HENRY PENDLEBURY

Esta Arca, que salvou o mundo da destruição, após flutuar em um dilúvio de sangue, paira no topo da montanha. O inocente José cuja virtude fora oprimida pela sinagoga, é retirado de um calabouço para receber uma coroa. Este invencível Sansão arrancou os portões do inferno e vai em triunfo às montanhas eternas. Este vitorioso Josué passou pelo Jordão com a Arca da Aliança e tomou posse da terra dos viventes. Este Sol da justiça, que desceu dez degraus, retorna para o lugar que deixara. Ele que era “um verme” em Seu nascimento, um Cordeiro em Sua paixão e um Leão em Sua ressurreição, agora ascende como uma Águia ao Céu e nos encoraja a segui-lo até lá. De “A vida de Jesus Cristo em glória”. —JAMES NOUET, traduzido do francês Versículos 7 e 8. Ó minh’alma, como isto deveria elevar sua alegria e ampliar seus consolos: o fato de que Cristo é agora recebido em glória! Todos os aspectos de Cristo são gloriosos e em todos os aspectos você deveria esperar no Senhor Jesus Cristo que haja alguma manifestação gloriosa de si. Venha, viva na intensidade deste grande mistério; contemple Cristo entrando na glória e encontrará os mesmos lampejos de glória em seu coração. Ó, esta cena é transformadora: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (2 Co 3:18). —ISAAC AMBROSE 12

Obra clássica de Spurgeon sobre os Salmos

Versículos 7 a 10. Certamente, se, quando Ele enviou Seu único filho ao mundo Ele disse: “E todos os anjos o adorem”, muito mais agora que Ele “Subiu às alturas, levou cativo o cativeiro, Ele lhe deu o nome que está acima de todo nome para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho”. E se os santos anjos cantaram de tal forma em Seu nascimento, no exato momento de Sua entrada neste estado de humilhação e enfermidade, com que triunfo não o recebem agora retornando da perfeita conquista da redenção do homem? —JOSEPH HALL

Versículos 7 a 10. Havia algo como triunfo quando Ele entrou em Jerusalém. Toda a cidade foi movida, dizendo: “Quem é este?” E a multidão respondia: “Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galileia!”; e até as crianças cantaram: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!” Quão mais grandioso não será o triunfo de Sua entrada na Jerusalém celestial? Não seria toda a cidade “movida” neste caso dizendo: “Quem é este?” Veja os milhares de anjos assistindo-o, e então 10 mil multiplicado por 10 mil vêm adiante para encontrá-lo! A entrada da arca na cidade de Davi não passa de uma sombra disto e o canto responsivo daquela ocasião, seria muito mais aplicável nesta. —ANDREW FULLER

Versículo 7 a 10. Sozinho Ele ressuscitou dos mortos. Sozinho, até onde o homem consegue enxergar, 117


Ele subiu ao Céu. Assim Ele se mostra como “o Senhor, poderoso nas batalhas”, poderoso naquele combate singular, em que Ele, como nosso Campeão, nosso Davi, vitoriosamente manteve-se contra nosso grande inimigo. Porém, quando Cristo descer e ascender pela segunda vez, Ele se mostrará como “o Senhor dos Exércitos”. Em lugar de descer sozinho em silêncio misterioso, como em Sua maravilhosa encarnação, Ele será seguido por todos os exércitos do Céu. “então, virá o Senhor, meu Deus, e todos os santos, com ele.” “Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades”. “o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos”. “Milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades estavam diante dele”. Em lugar do silêncio daquele silencioso local em Nazaré e do ventre da virgem, haverá a voz do arcanjo, e o proclamar de Deus o acompanhando. —JOHN KEBLE

Versículo 8

As sentinelas no portão, ouvindo a canção, olham pelas ameias e perguntam: Quem é o Rei da glória? Uma pergunta repleta de significado e digna de meditações da eternidade. Quem é Ele em pessoa, natureza, caráter, cargo e obra? Qual é Seu pedigree? Qual é Sua classificação e qual é Sua disputa?

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A resposta dada em uma poderosa onda musical é: O Senhor, forte e poderoso, o Senhor, poderoso nas batalhas. Conhecemos o poder de Jesus pelas batalhas que Ele lutou, as vitórias que Ele teve contra o pecado, a morte e o inferno e aplaudimos ao vê-lo levando “cativo o cativeiro” na majestade de Sua força. Ó, um coração que canta Seus louvores! Poderoso Herói, seja coroado para sempre Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Versículo 9

Caro leitor, é possível que você esteja dizendo: “Eu jamais entrarei no Céu de Deus, pois não tenho nem mãos limpas nem um coração puro!” Olhe, então, para Cristo, que já subiu o santo monte. Ele entrou como predecessor daqueles que nele confiam. Siga Seus passos e descanse em Seu mérito. Ele vai triunfante até o Céu, e até lá você irá também, se nele confiar. “Mas como conseguirei o caráter descrito?”, dirá você. O Espírito de Deus lhe concederá. Ele criará em você um novo coração e um espírito reto. A fé em Jesus é obra do Espírito Santo e tem todas as virtudes contidas em si. A fé se coloca ao lado da fonte cheia de sangue e ali, ao lavar-se, mãos limpas e um coração puro, uma alma santa e língua fidedigna lhe foram concedidos. —C. H. SPURGEON

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AMOSTRA DAS PÁGINAS 264-265

TA M A N H O O R I G I N A L

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ALMO 60

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ítulo. Aqui temos um título prolongado, mas muito nos auxilia a compreender o Salmo. “para o músico-mor, sobre Susã-Edute, ou o Lírio do Testemunho”. O Salmo 45 é sobre os lírios e representa o guerreiro real em Sua beleza partindo para a guerra; aqui o vemos dividindo o despojo e dando testemunho para a glória de Deus. —C. H. SPURGEON Susã-Edute. Os lírios do testemunho — significa que este Salmo tem como assunto principal algo muito amável e encorajador na Lei; ou seja, as palavras de promessa citadas no começo do versículo seis. —T. C. BARTH, em O manual da Bíblia No Vale do Sal. O cume do Usdum exibe mais distintamente sua formação peculiar; a estrutura principal da montanha é uma massa sólida de pedra de sal. —EDWARD ROBINSON, em Pesquisas Bíblicas na Palestina

Versículo 1

Davi era detentor de um trono instável, conturbado com a dupla facção maligna em sua casa e a invasão estrangeira. Ele rapidamente localizou a verdadeira origem da maldade e começou por essa fonte. Sua política era a de piedade que, no fim das contas, é a mais sábia e profunda. —C. H. SPURGEON Ó Deus, tu nos rejeitaste. A palavra usada aqui significa ser infame, rançoso, ofensivo; e então tratar qualquer coisa como se fosse infame ou algo rançoso; repelir, desdenhar, rejeitar. É uma linguagem forte, significando que Deus aparentemente os tratava como se fossem abomináveis e ofensivos para Ele. —ALBERT BARNES

E nos dispersaste. Estes dois primeiros versículos, com sua confissão deprimente, devem ser considerados como grande reforço do poder da fé, que nos versículos seguintes se alegra em dias melhores por meio do gracioso retorno do Senhor ao Seu povo. Tens estado indignado. Tivéssemos agradado ao Senhor, Ele teria nos agradado; mas caminhamos em direção contrária ao Senhor e Ele caminhou em direção oposta a nós. —C. H. SPURGEON

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Versículo 2

Repara-lhes as brechas. Como uma casa no momento do terremoto é sacudida e as paredes começam a rachar e abrirem-se em fissuras ameaçadoras, assim foi com o reino. —C. H. SPURGEON

Versículo 3

Fizeste o teu povo experimentar reveses. Deus certamente irá lavrar Seu próprio solo, retirando qualquer resíduo; e extirpará a erva inútil do Seu jardim, ainda que o resto do mundo seja abandonado à selvageria. —JOHN TRAPP Vinho que atordoa. Vinho intoxicante. No hebraico “vinho desconcertante”, ou seja, que causa desconcerto ou, em outras palavras, intoxicante. Alguns consideram como “vinho de torpor”, ou atordoante. Para Símaco, “vinho da agitação” e esta compreensão eu adotei, que é também a de Siríaco. —BENJAMIN BOOTHROYD

Versículo 4

Deste um estandarte aos que te temem, para o arvorarem no alto, por causa da verdade (ARC). O Senhor nos deu o estandarte do evangelho; vivamos para sustentá-lo e, se necessário, morramos para defendê-lo. Anunciar o evangelho é um dever sagrado, O tesouro

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envergonhar-se dele, um pecado mortal. A verdade de Deus estava envolvida no triunfo dos exércitos de Davi. Ele lhes havia prometido vitória; logo, não deve haver hesitação quando há a proclamação do evangelho, pois assim como seguramente Deus é verdadeiro, certamente Ele concederá sucesso à Sua espada. —C. H. SPURGEON

Versículo 6

Falou Deus na sua santidade. A fé nunca está mais feliz do que quando pode se apoiar na promessa de Deus. Ela coloca isto contra todas as circunstâncias desencorajadoras. Deixe que as providências externas digam o que quiserem, a voz do Deus fiel afoga todos os sons de medo. Deus prometeu vitória a Israel, e a Davi o reino; a santidade de Deus garantiu o cumprimento de Sua aliança e, portanto, o Rei falava confiantemente. A formosa terra havia sido garantida às tribos pela promessa feita a Abraão, e essa divina concessão foi uma garantia, abundantemente suficiente, para a crença de que os braços de Israel seriam bem-sucedidos na batalha. Cristão, faça bom uso disto e expulse dúvidas enquanto as promessas permanecem. Eu me regozijarei (ARC) ou “Eu triunfarei”. A fé não considera a promessa como ficção, mas fato e, portanto, bebe dela com alegria e por meio dela agarra a vitória. “Deus falou; eu me regozijarei”. Aqui está um lema adequado para todos os soldados da cruz. …repartirei a Siquém e medirei o vale de Sucote (ARC). Quando Deus declara que Seu divino irá, podemos declarar “Eu farei” e não será vanglória inútil, mas um ecoar adequado do decreto do Senhor. Cristão, levante-se e tome posse das misericórdias da aliança: repartirei a Siquém e medirei o vale de Sucote. Não permita que dúvidas e legalismos cananeus o mantenham fora da herança da graça.

Versículo 8

Moabe, porém, é a minha bacia de lavar. Uma simples bacia para conter a água suja depois que meus pés tenham sido lavados. Moabe outrora desonrou Israel, segundo o conselho de Balaão, filho de Beor; mas não mais poderá perpetrar tal perversidade; será uma bacia para aqueles a quem procurou poluir. —C. H. SPURGEON

Sobre Edom lançarei o meu sapato. Ele não precisa desembainhar uma espada para golpear seu agora aleijado e totalmente desesperançado adversário, pois se ousasse se revoltar ele só precisaria lançar seu sapato contra o adversário e ele tremeria. Facilmente somos vitoriosos quando a Onipotência vai à frente. —C. H. SPURGEON

Alegra-te, ó Filístia, por minha causa (ACRF). Tão completamente irremediável é a causa do inferno quando o Senhor se coloca na batalha de modo que até a filha mais fraca de Sião pode balançar a cabeça diante do inimigo e rir-se dele com desprezo. —C. H. SPURGEON

Versículo 11

…pois vão é o socorro do homem. Como haviam ultimamente experimentado com Saul, um rei de sua própria escolha, mas que não era capaz de salvá-los daqueles filisteus orgulhosos. —JOHN TRAPP

—C. H. SPURGEON

Versículo 7

Judá é o meu legislador (ARC). Não damos atenção a todas as declarações de Roma, ou Oxford ou dos concílios de homens; somos livres de toda outra regra eclesiástica que não a de Cristo. —C. H. SPURGEON Obra clássica de Spurgeon sobre os Salmos

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