Bioeconomia Amazônica.

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49 CAPÍTULO IV- Sucuuba (Himatanthus sucuuba), mulheres erveiras e bioeconomia na Amazônia Juliana Sousa da Silva1 Patricia Chaves de Oliveira2 RESUMO A floresta Amazônica é rica em diversidade de espécies vegetais e animais, suas propriedades biomedicinais em sua totalidade ainda são pouco conhecidas, mas com a tendência mundial pela busca de produtos com origem natural que são alternativos que substituam os sintéticos, o interesse por esses recursos naturais tem aumentado. No entanto, ocorre uma busca pela valorização do saber popular, como o caso das experiências de mulheres erveiras que dão enfoque ao manejo equilibrado da biodiversidade e possibilitando um desenvolvimento sustentável para a região. Com isso, o objetivo nesta pesquisa visa levantar análises previamente realizadas para discutir e para difundir informações sobre o uso de Sucuuba (Himatanthus sucuuba ) por mulheres erveiras. Para isso foi realizado um levantamento na plataforma google acadêmico, afim de levantar os artigos referentes a essa temática, os descritores utilizados foram: Himatanthus sucuuba, fitoterápicas, biodiversidade, mulheres erveiras. Palavras-chaves: Himatanthus sucuuba, mulheres erveiras, fitoterápicas. 1.

INTRODUÇÃO A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo e possui uma vasta biodiversidade, ainda

pouco conhecida em sua totalidade, onde já foi possível classificar mais de 55.000 espécies de plantas (KELLER et al., 2004; ISA, 2001). Entretanto, é provável que exista inúmeras espécies de plantas com propriedades medicinais que são alternativos e soluções no tratamento de doenças ainda por serem descobertos (OLIVEIRA, et al., 2007). Os recursos naturais da Amazônia que são alternativos por serem de origem natural e que possam substituir os produtos sintéticos sempre foi alvo de grande interesse econômico, social e ambiental (BASTOS, 2021). O manejo equilibrado e a exploração sustentável desses produtos é o desafio dos pesquisadores, por isso a tendência é a busca pelo saber popular das comunidades locais que produzem remédios caseiros ou artesanais e fazem uso de plantas medicinais como produto de subsistência (BARBOSA; SILVA e SOLER, 2009). É fundamental o registro de saberes sobre plantas medicinais para contribuição da importância da proteção do patrimônio genético e da espécie para o

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Bióloga pela Universidade Federal do Oeste do Pará (2020); Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Amazônia da Universidade Federal do Oeste do Pará (2021). / E-mail: julianass844@gmail.com 2 Doutora em Ciências Agrárias com área de concentração em Sistemas Agroflorestais pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2005), Professora Associada ao Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Amazônia/UFOPA.


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