TELECOM TI NA AMAZÔNIA
cenário de competição CIOEm daum Alcoa detalha o projeto deacirrada, as movimentações dade TI das operadoras infraestrutura para mina bauxita de Juruti
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REDES SOCIAIS CARREIRA
À frente TI, Claudio Prado alguns CIOsservem medempara Eles vieramdapara ficar e têm uso corporativo: Conheça Redescomo sociais também explica a integração com o Banco das ferramentas de colaboração saiba como estão revolucionando a indústriao ROI recolocação no mercado de trabalho www.informationweek.com.br
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INTELIGÊNCIA
ANALÍTICA
NA CORRIDA PELO CONHECIMENTO ESTRATÉGICO — BASE DA TOMADA DE DECISÃO —, A ORDEM É ESTRUTURAR UMA ARQUITETURA QUE COMBINE DIVERSOS SOFTWARES COMO BI, BUSINESS ANALYTICS E PERFORMANCE MANAGEMENT PARA TRANSFORMAR DADOS BRUTOS EM INFORMAÇÃO VALIOSA GARCIA, DIRETOR DE TI DO GRUPO PÃO DE AÇÚCAR: “Não nos interessa mais apenas olhar o passado, temos de perceber o futuro e fazer propostas com base no que está por vir”
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Encontro único que reúne os principais executivos de TI das médias empresas brasileiras.
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De 24 a 27 de setembro, você tem (literalmente) hora marcada com os 80 principais executivos de TI das médias empresas brasileiras (selecionados entre 501 e 1.000 no ranking da revista Exame). Trata-se do IT Forum MB, um encontro único, estratégico onde você participará de reuniões one-to-one para fazer grandes negócios acontecerem. Conheça os 7 diferenciais do IT Forum MB e entenda porque, definitivamente, sua empresa não pode ficar de fora deste encontro exclusivo que dá resultado. Realização:
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Índice
Julho de 2009 - Número 217
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Fixas 04 Expediente 06 Editorial 12 Estratégia 14 www.itweb.com.br 34 Segurança 48 Telecom 58 Mercado 72 Novo Mundo 80 Estante 82 Inovação
Gestão
Nos últimos anos, as companhias abasteceram seus sistemas com toda a sorte de dados. O desafio, agora, é converter esta massa de informações em conhecimento estratégico que ajude nas decisões e aumente a competitividade frente a seus concorrentes. Confira algumas iniciativas vencedoras de empresas que transformaram a inteligência analítica em um motor de negócios
servidores como solução a novas demandas de negócio
50 For IT by IT
na sta res a ção
Igor Maranhão Otero explica o projeto de adaptação à Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), bem como suas consequências, na operação da Refap
Carreira
60 Na Prática Com adoção de solução de análise de risco e limite de crédito, Santander melhora a estratégia, eleva receita e reduz inadimplência na operação de cartões de crédito
om u, il,
66 Na Prática
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Relações
08 Entrevista
Azul Linhas Aéreas terceiriza 90% de sua infraestrutura de TI e ganha a flexibilidade necessária para iniciar operação em apenas cinco meses
virtuais, 68 Na Prática
emprego real
Tania Nossa já implementou o portal da Alcoa e, agora, a líder da TI da multinacional de alumínio finaliza o projeto de infraestrutura de TI e telecom na mina de bauxita no meio da Amazônia
êm ue do, ara ponde o ve os 50 icos
Fotos da ilustração: Divulgação
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42 Indústria
Igreja do Evangelho Quadrangular consegue transparência contábil com ERP e vira referência de gestão para outras entidades Gilberto Pavoni Junior, especial para InformationWeek Brasil religiosas nacionais
43 TORNAM-SE UM MEIO EFETIVO DE Durante sua chegada, muitos duvidavamREDES de suaSOCIAIS aderência. O CONSTRUIR RELACIONAMENTO PROFISSIONAL E CONSEGUIR tempo mostrou que os netbooks vieram UMA para ficar. Veja como NOVA COLOCAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO. MAS Inca aplica BI sobre dados históricos para esses “pequenos notáveis” estão revolucionando o mercado É PRECISO MAIS DO(eQUE UM CURRÍCULO: ASotimizar EMPRESAS observatório do câncer de colo do PROCURAM COLABORAÇÃO E VALOR SOCIAL a indústria) de TI útero fornecendo visão em todos os níveis O cientista da computação, Fernando Cardoso, tinha uma carreira da saúde pública profissional bem estabelecida em TI quando recebeu um e-mail da empresa de software Ci&T para uma seleção. Como toda pessoa Aprenda a tirar proveito das redes sociais transformando-as disposta a construir uma trajetória, ele topou fazer entrevista e em ferramentas para a construção de relacionamentos profispassou por todos os processos normais. Ao ser perguntado sobre Longe de ser um exemplo na adoção de TI, Cardoso sionais e de recolocação no mercado dereferências trabalho para que se pudesse confirmar suas habilidades, indústria da construção civil lida com paranão teve dúvida ao indicar: “acessem minha página no LinkedIn”. digmasexposta. tecnológicos Nesta rede social, o executivo tem sua vida profissional Estãodo fim da década de 90 lá seus cursos, os projetos realizados e, principalmente, seusoutros contatos vivido por setores. Sistemas podem Jeferson Chitero, esforçode daoutros TI na profissionais sobre ele (recommendations ou de crescimento esperaplicar melhor, são na verdade três sites: a base, o da Cia. Ultragaz, analisae oopiniões não aguentar onda endorsement ). “É uma vitrine de trabalho e um local onde se pode missão de alinhar-se ao negócio; na mesma linha, Márcia colocar sua mensagem para o mercado”, ensina. do para os próximos anos, mas impulsionam — construímos o porto, fizemos a rodovia e da ferrovia Del Frari, Refap, destaca que os departamentos precisam modernização das empresas do setor incorporar a estratégia empresarial; Marli Portella, da Itaipu Biea que faz o beneficiamento a 60 quilômetros o Information Week Brasil 52 nacional, relata o projeto de virtualização e a consolidação de
70 Na Prática
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52 Carreira
74 Setorial
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além destes, ainda tem a refinaria que fica em são de trabalham 11 mil homens, e o site do centro arial em sP.
Há qUAnTos Anos voCês ToCAM o To? qUAnTo foI InvEsTIdo? — não revelamos o valor, mas, dentro do total lay_indice 3
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PRESIDENTE-EXECUTIVO VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO DIRETOR DE RECURSOS E FINANÇAS PRESIDENTE DO CONSELHO EDITORIAL FÓRUNS
PLANEJAMENTO PESQUISAS WEB CIRCULAÇÃO E DATABASE FINANCEIRO-ADMINISTRATIVO
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INFORMATIONWEEK Brasil InformationWeek Brasil é uma publicação mensal da IT Mídia S.A. InformationWeek Brasil contém artigos sob a licença da United Business LLC. Os textos desta edição são traduzidos com a permissão da InformationWeek e da United Business LLC. Todos os direitos reservados United Business LLC. “As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da IT Mídia ou quaisquer outros envolvidos nessa publicação. As pessoas que não constarem no expediente não têm autorização para falar em nome da IT Mídia ou para retirar qualquer tipo de material se não possuírem em seu poder carta em papel timbrado assinada por qualquer pessoa que conste do expediente. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da IT Mídia S.A
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Carta ao leitor
Inteligência
para competir
QUANDO EU COMECEI A COBRIR TI, DUAS TECNOLOGIAS ME CHAMAVAM MAIS A ATENÇÃO: A RFID E OS SOFTWARES DE BI. Ambos, no fundo, podem ter o mesmo fim, se usados para rastrear comportamentos. A ideia de monitorar perfis, colher e cruzar dados para gerar informações que seriam decisivas no planejamento e no direcionamento das companhias me fascinava. Contudo, ao longo dos anos, notei que o que se apontava como tendência demorou a chegar — e o uso efetivo destas soluções de uma maneira holística, como ferramenta para também quem está na ponta, não mudou muito. Mas será que as empresas não vislumbram projetos combinando diferentes softwares de inteligência (e não apenas o BI, mais famoso deles)? Esta foi a pergunta inicial da reportagem de capa desta edição, para a qual fomos atrás de organizações que estão pensando maneiras de fazer — realmente — um uso efetivo da combinação de sistemas como BI, business analytics, performance management, CRM, entre outros. Encontramos alguns exemplos interessantes, cujas histórias estão contadas na matéria. Ainda, infelizmente, não retratam o que eu (talvez por ingenuidade em achar que todas as maravilhas propostas aconteceriam rapidamente) tenha vislumbrado, mas são projetos que apontam diretrizes e uma evolução da — vamos chamar assim — inteligência competitiva. Cada uma das companhias já colhe bons frutos da análise que fazem por meio de seus sistemas e isto representa, por exemplo, um ganho de mercado e um consequente aumento de faturamento. Se as crises (esta, as passadas e as que ainda virão) obrigam as corporações a olharem para si e buscarem, principalmente, dentro delas maneiras de diferenciarem-se, as ferramentas disponíveis (e são muitas), quando utilizadas de forma inovadora, podem significar o passo para a conquista de mercado. Projetos de inteligência como os propostos não são somente de TI, envolvem diversas áreas, mas o CIO tem o dever de garimpar soluções (interna e externamente) e apresentar possibilidades para o negócio.
Boa lei t ur a! Foto: Ricardo Benichio
Rober ta Pr escott - Editora En v ie c o men t á r io s e s ug e s t õ e s p a r a r p r e s c o t t@i t midia.c o m.b r
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Information Week Brasil
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Entrevista Juruti é uma cidade com cerca de 34 mil habitantes, que fica encravada na Floresta Amazônica, no oeste do Pará. Desta localidade remota e precária parte um dos maiores desafios da gerente de informática da Alcoa para América Latina, Tania Nossa: ajudar na construção da infraestrutura para a mina de bauxita que a companhia vai começar a explorar neste ano. Com alto astral e cheia de energia, a executiva mostrou, durante a conversa com InformationWeek Brasil, na sede da IT Mídia, em São Paulo, que acima de tudo os líderes devem preocupar-se com o desenvolvimento de seu time e que as pessoas têm de deixar claro seus objetivos de carreira e do que são capazes. Foi exatamente o que ela fez, quando, em 2004, expôs aos chefes que se sentia pronta para desafios maiores. E eles vieram. Hoje, Tania responde pela TI da America Latina, reportando-se para o CIO global e ao CFO do Brasil. Recentemente, teve seu trabalho reconhecido ao ser indicada entre os 50 executivos mundiais de tecnologia mais estratégicos pela InformationWeek EUA. InformationWeek Brasil — Como foi estruturar a TI da mina, em uma localidade tão remota? Tania Nossa — Tivemos de fazer tudo. O projeto tinha duas possibilidades: montar uma área de TI específica — porque é um consórcio — ou usar a estrutura da Alcoa, o que acabamos decidindo. Montamos uma equipe se reportando para mim e usando todos os acordos que tínhamos, como de telefonia, links, servidores. Assim, conseguiríamos levar o padrão. Não foi nada fácil. Na época, no Centro Empresarial em São Paulo, tínhamos dois andares com 500 pessoas, com muitos engenheiros trabalhando com softwares superespecíficos, e esta parte também não podia parar.
Fotos: Ricardo Benichio
IWB — Eram duas frentes, o back office e o projeto da mina em si? Tania — Isto. Primeiro montamos a equipe para Juruti e decidimos que colocaríamos a mais moderna tecnologia, embora a mina estivesse no meio do nada, como link IP via satélite e os mais modernos servidores.
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Para explicar melhor, são na verdade três sites: a base, o porto — construímos o porto, fizemos a rodovia e ferrovia — e a área que faz o beneficiamento a 60 quilômetros o porto. Além destes, ainda tem a refinaria que fica em São Luís, onde trabalham 11 mil homens, e o site do Centro Empresarial em SP. IWB — Há quantos anos vocês tocam o projeto? Quanto foi investido? Tania — Não revelamos o valor, mas, dentro do total de investimentos do projeto, 1% foi para TI. Este ano é o go live, mas estamos trabalhando há quatro anos. Na equipe de TI, são cerca de 40 pessoas focadas. Colocamos um gerente, que já era da Alcoa e conhecia nosso sistema (ele se reporta para mim), e alocamos algumas outras pessoas estratégicas da companhia neste time. A maioria veio sob demanda, com equipes terceirizadas. IWB — isso tudo acontecia simultaneamente com outros projetos. Tania — Sim. No período, decidimos mandar os InformationWeek Brasil
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No meio da selva
Há quase 20 anos na TI da Alcoa, Tania Nossa vem trilhando uma carreira de liderança. Seu próximo desafio — e um dos maiores da companhia — consiste em colocar infraestrutura na mina de bauxita localizada na Amazônia Roberta Prescott
servidores de aplicativos para os Estados Unidos, em 2006, e fazer outsourcing de servidores no Brasil. Hoje, temos o data center central em São Paulo, com hosting na Brasil Telecom, e o de aplicativos nos EUA. IWB — Por que mandar para os Eua? Tania — Em 2005, quando eu assumi, um dos projetos era montar a área de serviços em Poços de Caldas (MG) e dar uma cara para TI que não fosse somente de infraestrutura e tecnologia, mas de serviços, fazendo parte do Global Business Services (GBS), junto com as áreas financeiras, de RH, compras e meio ambiente. Não fazia sentido ter um data center em São Paulo em um escritório que não era nosso, então, resolvemos mandar o de aplicativos para os EUA, porque, hoje, tanto faz onde está localizado o servidor. Embora consolidamos hardware e software no data center dos EUA, conseguimos manter a parte de serviços aqui, o que é uma vitória, porque estamos sempre em negociação interna sobre para onde vamos mandar os serviços. Os americanos têm uma terceirização muito grande com a Índia. Julho de 2009
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IWB — A crise atropelou os planos? Como decidir o que cortar em meio a um projeto tão complexo como o da mina de bauxita? Tania — Para mina, de certa forma é mais fácil, porque já estava tudo desenhado e tem de se fazer o investimento dos servidores, a implementação do ERP (da Oracle e totalmente integrado com o que já existia). Isto já estava no portfólio e previsto, embora também tivemos de fazer uma redução em Juruti; a mesma que foi acionada globalmente. Uma, por exemplo, é com viagens, que é a mais fácil. Passamos a fazer áudio e videoconferência. IWB — Existem práticas mundiais que direcionam a redução de custos ou a adoção de tecnologias? Tania — Temos um grupo de CIOs, do qual eu faço parte representando a América Latina, que tem reuniões quinzenais, inclusive dentro de empresas como Microsoft, Cisco e Oracle, sobre tendências de tecnologia. Além deste grupo, há o CIO global, para quem eu me
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Entrevista reporto, três CIOs verticais, os regionais — um da Austrália, eu para AL e outro para Europa e EUA —, um CIO voltado para infraestrutura, um para aplicativos e outro para segurança. É uma estrutura bem matricial. IWB — Quais frutos já renderam? Tania — O conceito de bring your own PC (traga seu próprio computador) está em estudo com vistas para 2011. Também já fizemos avaliação sobre mandar o e-mail para cloud. Tem outro grupo, o conselho de arquitetura, formado por cientistas que ficam testando gadgets. Eles não atuam no dia-a-dia e são responsáveis por olhar tendências o tempo inteiro e reportá-las para este grupo de CIOs. IWB — A TI do Brasil pode prestar serviços para outros centros da Alcoa? Tania — Pouco, porque já traçamos uma estratégia de dez anos, da qual eu participei lá atrás, embora não tenha concordado, mas fui voto vencido. Os CIOs visitaram Brasil, Hungria, China e Índia e, na época, a Índia estava muito mais competitiva, maior e com escalada, assim, decidiu-se por fazer um outsourcing para serviços de TI da Alcoa lá. A grande vantagem do Brasil é, primeiro, o fuso horário e, segundo, a flexibilidade; o valor é praticamente o mesmo, sendo desfavorecido às vezes em função do câmbio e fizemos uma pesquisa que mostrou que em jobs menores somos mais competitivos. Inclusive, tem uma área mundial de compliance e segurança que estamos trazendo de serviços e que não estava na Índia. E estamos conseguindo aos poucos trazer esta tarefa para o Brasil. IWB — Trazer esse tipo de serviços para o País é uma “briga boa”? Tania — Traz divisas para o Brasil. É uma parceria e, internamente, significa mais serviços, mais
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responsabilidade para o meu time e eles se expõem externamente. Acabamos de exportar um profissional, porque ele ficou muito conhecido internacionalmente. Isto também me ajuda na retenção de talentos. Agora estamos passando pela fase de contenção de custos, mas uma das estratégias é mandar gente para fora, como intercâmbio. Eu mesma já fui e é muito bom. IWB — Há quantos anos você está na Alcoa? Tania — Desde 1988, há 19 anos. Antes, eu prestava serviços para ela. IWB — Você sempre trabalhou com tecnologia? Tania — Sempre. Comecei com digitação no Itaú, depois fui para Cesp limpar fitas e decidi ir para uma fábrica de software, onde, embora fosse pequena, aprendi muito. Nós prestávamos serviços para a Alcoa e comecei a fazer software de faturamento. Estava havia dois anos quando surgiu uma vaga na Alcoa, me ofereceram e eu aceitei. Comecei de baixo, como analista de sistemas. IWB — Você imaginava que chegaria ao cargo de CIO? Tania — Naquela época não, mas, depois que fui para a área corporativa, sim. Lá atrás, decidi estudar inglês e, quando me formei na escola, fiz um curso em Berkeley (EUA). Ao voltar — e você também precisa dar sorte na carreira e eu tive um pouco —, a Alcoa estava trazendo uma fábrica de chicotes elétricos para o Brasil e precisava de alguém que falasse inglês para tocar a TI. Foi muito legal, porque éramos quatro gerentes (operacional, de produto, de produção e eu, de TI) e tive uma visão holística, desde cabeamento e CPD a contratação de pessoas. Foi muito importante trabalhar dentro de uma planta. Mas eu ia
InformationWeek Brasil
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“O principal na carreira é se organizar, planejar para onde você quer ir, expor esta vontade e se você está pronto” muito aos Estados Unidos, estava casada, engravidei e ficava a semana fora. Daí, me ofereceram a possibilidade de voltar para a corporação para trabalhar no Centro Empresarial, em SP.
criou-se este centro em Poços de Caldas (MG). Eu estava trilhando minha carreira lá fora quando me ligaram para assumir o centro. Fiquei muito indecisa, porque me adaptei à vida lá, mas achei que tinha de voltar.
IWB — Foi quando você pegou a parte de internet? Tania — Era o começo da intranet, extranet e internet; adorei trabalhar com isto. Tive meu segundo filho, a Giulia, fiz MBA em marketing na USP e foi legal, porque eu queria sair um pouco de TI e ter visão mais de negócio, aproveitando que eu trabalhava com portal. No inicio de 2004, quando Giulia tinha 1,5 ano, eu expus para o CIO da época [Marcos Caldas] que eu estava pronta para encarar outro desafio. Naquela época, eu estava trilhando para ser CIO, queria isto. Falei pro Caldas que eu queria o lugar dele (risos), que eu estava me preparando para tal. Coincidentemente, tinha uma vaga para gerenciar o portal global. Fui para os Estados Unidos — mudei com meu ex-marido, babá e dois filhos, em 2004. Foi um aprendizado enorme. Era gerente de internet para América Latina e passei a ser global, me reportando para o CIO de aplicativos. Instalei o MyAlcoa na Europa e na Austrália.
IWB — Olhando para trás hoje, você avalia que tomou a melhor decisão? Tania — Minha carreira, com certeza, foi mais rápida por eu ter voltado para assumir o GBS, porque, daí, assumi a gerência de TI para América Latina. Só vim porque o CIO da época pediu demissão. Foi muito bom montar a equipe em Poços, contratar, fazer a terceirização.Montei uma área com a minha cara.
IWB — Além do desafio profissional, tem a parte de adaptação. Foi muito difícil? Tania — Depois de um ano, já estava adaptada. Aprendi muito da cultura deles também. Você tem de se provar sempre, por ser mulher e por ser brasileira. IWB — Como se deu a volta ao Brasil? Tania — Vagou a posição do meu gerente e eu estava para ser transferida, quando começou a história do GBS no Brasil. O [presidente da Alcoa América Latina e Caribe] Franklin L. Feder acredita que os brasileiros são competitivos no serviço e que podemos ser pólo. Então, Julho de 2009
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IWB — E qual é a sua cara? Tania — O mais importante foi dar uma cara de serviços de TI dentro da manufatura. Tem também o lado feminino de camaradagem, de cuidar, estar muito perto de pessoa, perguntar do que gosta mais, o “peopleware”. Agora, estou bastante empenhada para dar o tom da sustentabilidade para a TI, como podemos ajudar no social com o uso da tecnologia. IWB — Você também tem um trabalho com as mulheres da Alcoa. O que você faz? Tania — Quando vim, o Feder me convidou para tocar a rede de relacionamento de mulheres da Alcoa, que, por ser manufatura, tem poucas trabalhando. Faz quatro anos que estou à frente. Partimos de 600 mulheres, em 2004, para 1,1 mil em todas as áreas, ou seja, de 9% para 16% do total de funcionários. Ainda é pouco. Na maternidade, a mulher está normalmente começando a exercer alguma gerencia e a maioria não volta. Tentamos aumentar o número, mostrando que, se nos estruturarmos bem em casa, é possível voltar ao trabalho. O principal é se organizar, planejar para onde quer ir, expor esta vontade iwb e se você está pronto.
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Estratégia
De cloud computing “O MAIS IMPORTANTE É NÃO PARAR DE QUESTIONAR” (ALBERT EINSTEIN)
CLOUD COMPUTING — OU COMPUTAÇÃO EM NUVEM, NA VERSÃO TROPICAL — VEM GANHANDO ESPAÇO NOS EVENTOS DE TI, em artigos de analistas de mercado e no posicionamento dos fornecedores de soluções de TI. O termo procura refletir a ideia de que o processamento (de sistemas e de informações) caminha para tornar-se algo cada vez mais virtual, distante fisicamente do usuário, e que poderá ser “consumido” onde e quando quisermos. Como disse a revista The Economist, em um artigo de 2008, cloud computing é “o passo natural proveniente da combinação de processadores cada vez mais rápidos e mais baratos, com redes cada vez mais rápidas e dispersas”. Como consequência, o data center passa a ser uma fábrica de serviços computacionais em escala industrial, o software vira serviço e redes wireless conectam cada vez mais dispositivos a estas ofertas. A Cumulus Nimbus — uma nuvem assustadora e perigosa — não é associar a ideia de que essa nova fase do mercado de tecnologia é ruim ou condenada ao fracasso. Ao contrário, veio para ficar. O problema é o que acontecerá com o mercado de TI (fornecedores e clientes) a partir da consolidação dessa nova realidade. Uma consequência previsível é a transformação de quase tudo o que existe no mercado de tecnologia em “serviços”, e a crescente oferta de serviços e informações sem custos — capitaneada pelo Google e pelas redes sociais (que já estão “na nuvem”); isso terá um impacto significativo sobre a indústria de TI: os componentes da cadeia de valor — fornecedores, distribuidores, resellers, VAR’s, integradores — verão seus papéis e seus modelos de negócio mudarem
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Foto: Magdalena Gutierrez
a cumulus nimbus Sergio Lozinsky é consultor de tecnologia e gestão empresarial E-mail: sergio.lozinsky@gmail.com
à medida que o mercado de usuários e empresas aumentarem a sua adesão à “nuvem”. Chequem, por exemplo, o que a Amazon está oferecendo sob a sigla AWS (Amazon Web Services): é possível obter capacidade de processamento e de armazenamento e construir uma solução a partir de uma plataforma tecnológica que já contém os componentes básicos para desenvolver o que você precisa para testar ou disponibilizar um serviço para seus usuários ou para seus clientes. Tudo virtual, e usando um cartão de crédito. Esse tipo de recurso, e os baixos custos envolvidos, implicarão em que mais e mais pessoas tomarão atitudes empreendedoras para oferecer serviços e facilidades, ao mesmo tempo em que um número crescente de empresas estabelecidas reduzirá o seu tamanho para o que considerar a “essência” do negócio, complementando sua operação e gestão através dos diversos serviços especializados disponíveis “na nuvem”. A cadeia de valor da indústria de TI provavelmente tornar-se-á mais complexa, ao mesmo tempo em que obrigará os seus participantes a “cruzarem as fronteiras” em que criaram os seus negócios, na busca pela sobrevivência e pelo crescimento. E será esta “invasão” que determinará um novo modelo para a indústria de TI. Information Week Brasil
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Venda proibida Em uma decisão que poucas pessoas poderiam esperar, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou, em 22 de junho, por meio de despacho publicado no Diário Oficial da União, a suspensão da venda do serviço de banda larga da Telefônica, o Speedy, temporariamente. Motivo: os diversos problemas que usuários domésticos e corporativos vinham enfrentando por conta da instabilidade da rede. A medida recebeu elogios de muitos especialistas do setor de telecomunicações. Entidades de defesa do consumidor, como o Idec, também gostaram da atitude, mas avaliaram como tardia e defenderam a liberdade de competição. Em um dos diversos comunicados que a Telefônica enviou à imprensa, uma fala atribuída ao presidente do grupo, Antônio Carlos Valente, dizia que a “Telefônica entende que os usuários esperam mais da companhia.” O órgão pediu que a operadora apresentasse um plano de recuperação para solucionar todas as falhas — enviado pela companhia dias após a proibição da comercialização e antes do prazo estabelecido pela agência. No entanto, a Telefônica só poderá voltar a vender o Speedy depois que as ações forem avaliadas pela Anatel e colocadas em prática. Até o fechamento desta edição, a venda do serviço ainda estava suspensa.
Leia mais: Acompanhe os desdobr amen t os da no t ícia em: w w w.i t web.com.br/i w b/speed y suspenso.
Preparando
o barco
Apesar de a recessão econômica ainda afetar muito as operações de diversas empresas, as companhias deveriam preparar suas operações de TI, neste momento, para quando o mercado iniciar a recuperação. O conselho vem do Gartner, que aponta crescimento modesto a partir do próximo ano. “Não estamos tentando prever quando a recessão será finalizada, nem mesmo quando o mercado de crédito será estabilizado”, afirmou o analista da instituição Mark Raskino. “Entre a economia iniciar recuperação e estar recuperada, as empresas não podem simplesmente aguardar uma declaração oficial de que a crise está encerrada para se planejar para os bons tempos.”
De volta ao trabalho
Terminados os seis meses de licença médica, Steve Jobs, executivo-chefe da Apple, voltou ao trabalho. A informação, confirmada pela companhia, deve animar os investidores, já que a imagem de Jobs está intimamente ligada ao sucesso da fabricante. Ele é o responsável pela retomada da Apple como uma força no mercado de eletrônicos, respondendo por lançamentos como iPod e iPhone. Este retorno, no entanto, ainda não será integral — Jobs dividirá seu tempo em idas ao escritório da companhia e atividades em sua própria residência.
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InformationWeek Brasil
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considerações sobre iPhone 3GS
O lançamento da Apple tem se saído bem nas vendas, como esperavam analistas de mercado. O aparelho adicionou ferramentas, como o copiar e colar, e incrementou a questão da segurança, ampliando, assim, a usabilidade no ambiente corporativo. Mas, de acordo com avaliação de especialistas da InformationWeek EUA, ainda existem pontos a ser melhorados: • Adicionar o Flash • Incluir porta USB padrão • Bateria removível • Acesso ao sistema de arquivo • Equalizador de áudio
Atributos na nuvem
O termo cloud computing é muito usado no mercado, mas ainda se observa adoção tímida, sobretudo, por parte das grandes empresas. Há, no entanto, grande expectativa em torno do conceito. Pensando nesta virada e também na dificuldade que ainda existe no entendimento do que é computação em nuvem, o Gartner listou cinco atributos a serem observados para quem quer aderir ao modelo: • Baseado em serviços • Escalável e elástico • Compartilhado • Medido pelo uso • Por meio da internet
Mais de 11 milhões Este foi o número de downloads da nova versão do Safari em apenas três dias. Mais da metade dos aplicativos baixados, cerca de seis milhões, foi na versão para Windows. A Apple afirma que o navegador abre páginas HTML até três vezes mais rápido que o IE8 e Firefox 3.
Hub para as Américas
A SAP investiu 14,8 milhões de euros em um centro de desenvolvimento localizado no Centro Tecnológico da Unisinos, em São Leopoldo, Rio Grande do Sul. A construção foi totalmente pensada no conceito de sustentabilidade e coloca a cidade gaúcha como hub de atendimento para a região das Américas. Trata-se do primeiro SAP Labs da América Latina e a nona unidade de uma rede mundial. O local tem 200 funcionários trabalhando, mas capacidade para 375. Erwin Gunst, que coordena a rede global de laboratórios, adiantou, no entanto, que não há previsão de contratação neste momento. Leia mais: As sis t a à r epor t agem em v ídeo em h t t p://w w w.i t web.com.br/ webcas t s/index.asp? v ideo=409.
Julho de 2009
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Cursos para
hackers? A FIAP inaugurou em junho um curso para de formação de harckers, o que gerou muito burburinho no mercado, afinal, esta palavra em inglês está, muitas vezes, associada a criminosos que utilizam a internet para prática de transgressões. “Mas é errado usar o termo para toda invasão de site ou roubo de informações”, combate Ricardo Giorgi, professor de MBA de gestão de segurança da informação na instituição. Na visão dele, hacker é aquele cara que é especialista em determinado assunto, “um estudioso e apaixonado por aquilo que faz”, explica. Aos interessados, a primeira turma teve início em 29 de junho. O curso tem 48 horas distribuídas em seis dias.
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7/14/09 9:49:55 AM
www.itweb.com.br
Vaivém de executivos
> Promovido, Dourival Dourado assumirá como vice-presidenteexecutivo de desenvolvimento de produtos do braço de marketing da Experian. Dourado, que estava na Serasa Experian como CIO e presidente da unidade de negócios ITS, ficará alocado na Califórnia. > A Oracle efetivou Cyro Diehl na presidência da operação Brasil. > A GE Healthcare anuncia a chegada de Heiti Tomita, ex-CIO da Philips, como CIO para Brasil e AL. > Mário Bandeira substitui Leão Roberto Machado de Carvalho como diretor-presidente da Prodesp. > No Grupo Estado, Roberto Portella deixa a diretoria de TI a qual respondia desde 2007. Álvaro Mello retorna ao grupo, depois de passagem pela TI da Schincariol. > Carlos Lanfredi passa a responder pela gerência regional de suporte de infraestrutura para América Latina da Eaton Corporation. Ivanise Gomes assume como responsável pela TI na América do Sul, cargo antes ocupado por Lanfredi. > Celso Souza assumiu a diretoria corporativa de operações do Grupo TBA. > Paulo Magalhães chegou à Sankhya para assumir a unidade de negócios da empresa em São Paulo. > Mudança na ABT: Sérgio Gallindo assume a direção no País e Jacinto Cavestany, a vice-presidência da AL.
Vivendo e aprendendo
O mais recente lançamento da Coca-Cola tem dado o que falar nos Estados Unidos. A companhia apresentou um dispenser de bebidas que deve revolucionar o mercado (leia case no IT Web). O que mais chamou a atenção da InformationWeek EUA, no entanto, não foi o fato de a máquina possibilitar que os clientes escolham entre cem opções de drinks, mas sim toda a inteligência tecnológica embutida no produto, que facilita controle de estoque e dinamiza lançamento de produtos. Praticamente um BI ambulante. Diante disto, Bob Evans, editor da revista, elaborou seis lições que os CIOs devem aprender com a Coca-Cola: LIÇÃO 1: em sua cadeia de demanda, onde estão pontos de gargalo que são considerados obstáculos imutáveis para um sucesso maior? O que é necessário fazer para tornar o imutável em flexível? LIÇÃO 2: como você poderia avaliar seu desempenho colaborativo com os colegas internos como P&D, engenharia, marketing ou atendimento ao consumidor? Ainda mais importante, como poderia o seu CEO avaliar isto? LIÇÃO 3: faça uma lista de todas as maneiras que você e sua equipe de TI diretamente tocam as pessoas que dão dinheiro para sua empresa. Sente-se e preste atenção: você tem orgulho desta lista? LIÇÃO 4: dentro da razão, quão boa é sua empresa em não só permitir, como também encorajar os clientes a entrar no desenvolvimento de produto com vocês e co-criá-los segundos suas experiências? LIÇÃO 5: poderia você e sua equipe juntar todas essas peças? Ou você olha e pensa que sua empresa não poderia dar suporte, não tem o orçamento, alguém está muito preocupado com a segurança no caso de trabalhar sem fio ou quaisquer que sejam os pensamentos e desculpas. Como, então, você precisa planejar seus argumentos para superar essas objeções? LIÇÃO 6: o CIO como protetor tem um futuro incerto pela frente. Se você não é um player íntimo das explorações correntes e de longo prazo para produtos inovadores e ideias e processos, então, seria melhor fazer com que seu negócio se torne tal player. Leia mais: Se in t er es sou pelas lições? C onf ir a o ar t igo comple t o em w w w.i t web.com.br/i w b/cocaseislicoes
www.itweb.com.br/iwb/vaivem
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InformationWeek Brasil
7/14/09 10:13:01 AM
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LynasSPED. A única solução SPED com auditoria nativa, que não permite erros na hora do envio.
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7/8/09 2:28:19 PM
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Microblogs na mira das empresas O movimento ainda é tímido, mas muitas companhias avaliam a possibilidade de adotar os microblogs como ferramentas corporativas, assim como redes sociais. Um grande apelo é a colaboração que esses meios proporcionam e, da troca de ideias, surgem produtos, soluções para economia de recursos, melhoria de processos. O negócio é saber como e quando aderir. Um especial publicado na InformationWeek EUA e traduzido para o IT Web retrata bem esse cenário, trazendo cases de companhias que já contabilizam os benefícios de introduzir ferramentas de microblogs no ambiente corporativo. Empresas como Jet Blue e Alcatel-Lucent estão implantando serviços como Twitter e outros similares para melhorar o serviço de atendimento ao cliente e o trabalho em grupo entre as unidades de negócios e continentes. A Jet Blue pensa o Twitter como parte de sua função de comunicação corporativa, que engloba relação com a mídia, comunicações internas e lidar com blogueiros. “Achamos que eles e os microblogs são jornalistas cidadãos”, diz Morgan Johnson, gerente de comunicações corporativas da JetBlue, que encabeça
os esforços de Twitter da companhia aérea. Os usuários da rede têm o mesmo alcance dos jornalistas tradicionais, mas há muito mais. “Nossa utilização primária é só assistir e ouvir. O Twitter pode facilmente ser uma das ferramentas de pesquisa de mercado”, diz Johnson. As empresas estão desesperadas por retorno dos clientes, mas não encontram uma forma fácil de tê-lo. “Em qualquer um de nossos voos, mandamos dez e-mails pedindo feedback e somente conseguimos alguns retornos. Este tipo de informação é muito importante para nós.” Yammer Também despontando no cenário de microblog, inclusive dentro das corporações, está o serviço Yammer. Ele é bem similar ao Twitter, mas oferece grupos de discussões sobre um assunto ou entre pessoas do mesmo trabalho. Por essas funcionalidades, o serviço foi escolhido pela Alcatel-Lucent, que, por meio dele, tenta quebrar barreiras entre as unidades de negócio e os empregos no mundo todo. Leia mais: C onf ir a o especial comple t o em: w w w.i t web.com.br/i w b/micr oblogcor por a t i vo
IT Web TV | www.itweb.com.br/webcasts
Imagens: ITWeb.com.br
Confira o que disseram executivos de TI e telecom em entrevistas para o webcast do IT Web.
SOA em foco: Paulo Rodrigues, da FirsTeam, e Kleber Bacili, da Sensedia, debatem a implantação do conceito deste tipo de arquitetura nas empresas
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Em dois webcasts, executivos do Banrisul explicam estratégias da instituição em TI e afirmam que meta é ser um dos bancos mais seguros em operação
Perfil: conheça a trajetória do presidente da CA para o Brasil. Laércio Albuquerque conta as lições que aprendeu ao longo da carreira, explicando suas escolhas, o papel dos pais e as dificuldades enfrentadas
Bate-papo com executivos Cássio Tietê, da Intel, e Jorge Leonel, da Booz & Co., aborda desafios da tecnologia da informação no universo das pequenas e médias empresas
InformationWeek Brasil
7/14/09 10:25:55 AM
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Competitividade im “inovação operacional” a Chega a ser clichê, mas é impressionante o quanto a tecnologia da informação se embrenhou no cotidiano das instituições financeiras nacionais. O setor vive um ciclo de transformação tão longevo e intenso que as inovações propostas neste contexto passaram de diferenciação para virarem uma questão de sobrevivência. Essa urgência impõe desafios aos gestores de TI, que precisam equilibrar a necessidade de colocar novos produtos para os clientes e atender às demandas do dia-a-dia. O dilema apareceu no discurso de executivos de tecnologia de quatro dos maiores instituições financeiras brasileiras que sentaram lado a lado para contar seus desafios em painel durante o último dia da 19ª edição do Ciab Febraban. Na ocasião, Gustavo Roxo — diretor-setorial de TI da Federação Brasileira de Bancos e vice-presidente de meios do Grupo Santander Brasil — chegou a afirmar que lhe falta tempo para inovar devido às demandas diárias. “90% do dia é para manter a operação e mais da metade disto gasto resolvendo problemas imediatos”, disparou Clarice Coppetti, vice-presidente TI da Caixa Econômica Federal. “A demanda é sempre o funil”, completou Alexandre de Barros, CIO do Itaú-Unibanco, que tem grande parte do trabalho canalizado para a integração da estrutura tecnológica dos bancos que anunciaram a fusão em 2008. Nesse ínterim, fica clara a visão dos gestores de que o que o cliente mais precisa — antes de qualquer outra solução mirabolante — é de um serviço adequado e que funcione.
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Incluir é preciso O mix composto por inovação e operação aparece como uma extensão de outro fato antagônico do setor bancário: inclusão e recessão. Se de um lado vivese um período de crise econômica, do outro reside a necessidade de colocar mais pessoas nos serviços financeiros formais. Assim, o desafio dos gestores dos bancos está em encontrar modelos viáveis para levar serviços bancários a camadas da população que ainda estão à margem. Na visão do presidente da Febraban (e também do Santander), Fábio Barbosa, isso não significa apenas ajustar a infraestrutura tecnológica para oferecer serviços em regiões remotas, mas possibilitar que o imenso contingente das classes C, D e E residente nas periferias das metrópoles consiga acessar canais bancários por meio de custos adequados. “Tecnologia é uma solução para o negócio”, enfatiza José Luis Prola Salinas, vice-presidente de tecnologia do Banco do Brasil, sinalizando à TI o papel de protagonista no movimento chamado de bancarização. Resolver essa questão significa construir o futuro dos bancos, o que pede a necessidade de criar e estabelecer fórmulas vencedoras para, de fato, transformar temas como mobilidade e conceitos de Web 2.0 em ferramentas de inclusão. Um exemplo disso? Não basta às empresas inscreverem-se e participarem de sites como o Twitter, elas precisam estar preparadas para atender às exigências do mercado. Em meio a isto, parte-se da situação de que a TI precisa ser proativa, dinâmica e eficiente para lidar com essa nova realidade. É bem provável que depois de tantos anos mostranInformationWeek Brasil
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de impõe al” aos bancos
FRASES QUE MARCARAM O CIAB “MESMO COM A CRISE E OLHANDO NOS BALANÇOS DOS BANCOS, NÃO VI REDUÇÃO DRÁSTICA DE INVESTIMENTOS EM TI. A INDÚSTRIA ESTÁ CHORANDO DE BARRIGA CHEIA”
Clarice Coppetti, vice-presidente de tecnologia da Caixa Econômica Federal
Mais direto A Febraban aproveitou o Ciab para difundir o projeto de Débito Direto Autorizado (DDA). A iniciativa, lançada em novembro de 2008, entra na reta final com previsão de começar a operar em 19 de outubro próximo, prevendo redução de 50% no volume anual de dois bilhões de boletos de cobrança emitidos anualmente no Brasil até 2012. O DDA consiste na apresentação eletrônica de documentos de cobrança e seu pagamento por meios virtuais de forma muito semelhante ao que ocorre no mundo físico. A diferença é que a medida traz uma economia significativa no consumo de papel, além de tornar o processo mais rápido e confiável. É o cliente que decide se quer ou não ingressar no modelo escolhendo em quais
“OS BANCOS PRECISAM MUITO MAIS DE PARCEIROS DO QUE DE FORNECEDORES E ESSA PARCERIA TEM QUE SER BOA PARA DUAS PARTES”
bancos vai receber as cobranças. A Febraban
José Luis Prola Salinas, vice-presidente de tecnologia do Banco do Brasil
Unibanco comunicaram ao mercado que tem
“DEVEMOS FAZER DIFERENTE. NÃO IR AO USUÁRIO COM O BLOQUINHO PARA TIRAR O PEDIDO. ALINHAMENTO SIGNIFICA SABER DIZER NÃO”
Gustavo Roxo, diretor setorial de TI da Febraban e vice-presidente de Meios do Grupo Santander Brasil
conta que 70 instituições já aderiram ao projeto. Bradesco, Banco do Brasil e Itaúseus sistemas preparados para quando o DDA entrar em operação, o que consumiu razoável esforço dos times de TI nos últimos seis meses. Em algumas situações, os trabalhos foram iniciados bem antes disso, como no caso do Itaú-Unibanco. Quando anunciaram a fusão no fim de 2008, o esforço de adequação ao
“TODO BANQUEIRO QUER UM GESTOR DE TI INOVADOR E SEGURO”
DDA em cada uma das instituições já havia
Alexandre de Barros, diretor de TI do Itaú-Unibanco
iniciou, o projeto foi revisto, em uma iniciativa
do seu valor, os profissionais de TI dos bancos consigam atingir esse objetivo até sem grandes traumas. Ainda que os gestores reclamem da falta de tempo, não falta competência (e nem verbas) para que os departamentos de tecnologia das instituições financeiras sigam promovendo uma revolução na qual a inovação é operacional. Leia mais: Especial sobre o Ciab 2009 reúne 18 matérias e três reportagens em vídeo. Não perca: www.itweb.com.br/iwb/ciab2009
Julho de 2009
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começado. Quando o processo de integração que envolveu cerca de cem profissionais. Os processos e sinergias foram mapeados e decidiu-se por trazer as funcionalidades desenvolvidas no Unibanco para dentro da plataforma do Itaú. Mais conservador do que as projeções da Febraban, o Itaú-Unibanco calcula que o DDA tenha uma adesão na 30% em suas bases. Segundo o banco, o serviço estará disponível em todos os canais de atendimento.
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www.itweb.com.br
Blogs | www.itweb.com.br/blogs Confira alguns dos assuntos postados pelos blogueiros
Nasa investe em
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computação em nuvem
Profissional de segurança da informação aborda o
John Foley, da InformationWeek EUA
Edison Fontes
debate em torno do sigilo de dados
Antonio Luiz Camanho
............................................................................ Sócio-diretor da Camanho Consultores discute pesquisa apontando o benchmarking como ferramenta mais utilizada do mundo
José Milagre
............................................................................ Analista de segurança da informação e perito computacional fala, entre outros assuntos, sobre projeto que pune usuários P2P
Frank Meylan
............................................................................ Sócio da consultoria KPMG começa um especial sobre mobile payment
Guilherme Ieno
............................................................................ Especialista em direito e sócio da KLA trata da suspensão da venda do Speedy, da Telefônica, pela Anatel
Valter Sousa
............................................................................ Consultor em gestão de projetos na Odebrecht permanece com sua discussão semanal em torno do EABIS, levando leitores a debater assunto
Jomar Silva
............................................................................ Diretor-geral da ODF Alliance Chapter Brasil debate projeto em discussão no Congresso sobre a vigilância na internet brasileira
Blogs
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A Nasa está investindo em uma iniciativa de cloud computing que poderia ser utilizada como suporte em suas missões espaciais e dar aos observadores aqui na terra mais participação no programa espacial. A primeira versão do projeto está pronta para uso e recebeu o nome de Nebula. Mas, até agora, a agência espacial ainda não abriu muito seus planos. Chris Kemp, CIO do Centro de Pesquisa Ames da Nasa, de Mountain View, Califórnia, mencionou o Nebula pela primeira no mês de maio no Federal IT on a Budget Forum, em Washington. Em entrevista, ele disse que o projeto está operando e sendo usado para hospedar um site que tem o mesmo nome: nebula. nasa.gov. Nesta página, a agência descreve o serviço como um ambiente de computação em nuvem que integra “componentes de código aberto em uma plataforma self-service, oferecendo alta capacidade de computação, armazenamento e conectividade de rede, além de usar um método virtual escalável para eficiências de custo e energia”.
Interoperabilidade:
Sun e Microsoft
“Quero dizer, absolutamente, que estamos em paz”, avisou Steve Martin, um dos executivos da Microsoft presente no encontro JavaOne (São Francisco, EUA). Os exemplos apresentados por Martin, diretor-sênior de desenvolvimento de plataforma de produtos, e Dan’l Lewin, VP de estratégia para desenvolvimento de negócios emergentes, impressionaram pelo desejo de a Microsoft ver Windows e .Net interoperar com a linguagem Java. Com os times de engenheiros trabalhando nos bastidores para fazer com que o Windows rodasse aplicações Java e também para que servidores Solaris rodassem Windows, muitas barreiras de interoperabilidade foram derrubadas. “Foi doloroso”, disse Martin. “Pense em um fazer um canal em todos os dentes”, já que os engenheiros removeram, um a um, pequenos obstáculos em seus respectivos sistemas operacionais e ambientes de desenvolvimento, acrescentou. Information Week Brasil
7/14/09 7:20:23 PM
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Gestão
Reportagem de capa
Transformar dados brutos em informação valiosa. É este o objetivo de dez em cada dez empresas que se empenham em estruturar sistemas de inteligência analítica para melhorar sua competitividade. Além do tradicional BI, há uma combinação de softwares de prateleira (como business analytics e performance management) e também de alguns bem específicos desenvolvidos internamente que somados permitem às organizações tomar decisões estratégicas fundamentadas na interpretação dos dados coletados, que são analisados e estudados até transformarem-se em conhecimento. No grupo Pão de Açúcar, por exemplo, a equipe de TI mudou a tradição de desenvolver e aprimorar internamente sistemas transacionais ou de informação gerencial e, de quatro anos para cá, foi às compras no mercado de inteligência analítica. Foram adquiridos BI em ambiente Teradata/MicroStrategy, solução SAS para gerenciamento de campanha, software SAP para a área financeira e contábil e, mais recentemente, ferramenta da Oracle que irá, dentro de poucos meses, mudar radicalmente a mecânica de compras e abastecimento das lojas. 24
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Garcia, do Pão de Açúcar: “Não
nos interessa mais olhar apenas o passado, mas também perceber o futuro e fazer propostas com base no que está por vir”
InformationWeek Brasil
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Empresas correm para obter mais conhecimento estratégico de seus negócios e usá-lo como base da tomada de decisão e aumento da competitividade. Mas, antes, precisam estruturar uma arquitetura que combine diversos softwares, como BI, business analytics e performance management
Foto: Ricardo Benichio
nteligência ganalítica Ana Lúcia Moura Fé, especial para InformationWeek Brasil
A base de dados usada nesses softwares é alimentada com informações originadas em todos os sistemas internos, em especial os de contato com o cliente. “O consumidor passou no ponto-de-venda (PDV) ou comprou no site, eu sei o que ele comprou. Se me deu um cheque, eu sei se retornou e o porquê”, exemplifica Joaquim Dias Garcia, diretor de TI do grupo. “As reclamações dos consumidores são tratadas no CRM, por meio do call center, e as informações são, estruturadamente, incluídas nos sistemas de inteligência”, acrescenta. A solução adquirida do SAS provê ao Pão de Açúcar mineração de dados e modelos matemáticos e estatísticos. “O gerenciador de campanhas suporta a estratégia da área de CRM e foca no marketing direto dos programas de fidelização, facilitando o atingimento do consumidor que utiliza nossos cartões”, diz. Com a fer-
Julho de 2009
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ramenta, a área consegue de forma automática filtrar públicos, disparar mala direta e e-mails e analisar e gerenciar campanhas, entre outros processos, muitos dos quais exigiam pesquisas de mercado e contratação de agências externas. A estratégia da empresa em inteligência é no sentido de investir cada vez mais em soluções preditivas. “Não nos interessa mais olhar apenas o passado, mas também perceber o futuro e fazer propostas com base no que está por vir”, diz Garcia. Esta visão para a frente é a tônica do Projeto Oracle Retail, criado para implementar no Pão de Açúcar o novo modelo de gestão proposto pela ferramenta que lhe dá nome. Líder da iniciativa, o diretor Alexandre Vasconcelos comanda um time que, pelo tamanho, dá uma dimensão da importância atribuída à empreitada. São
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Gestão
Foto: Marcelo Elias
Reportagem de capa
Fontes, da Spaipa: a inteligência analítica beneficia as áreas comercial, de planejamento e de desenvolvimento de mercado
90 pessoas, entre profissionais e consultores, encarregadas de deixar a empresa apta a não se basear apenas no histórico de transferência de mercadorias para abastecer os centros de distribuição. Olhar para o futuro, nesta área, significa analisar dois anos de informação sobre comportamento de venda por item e loja que estão no ambiente de BI, prever o quanto será vendido nas semanas e meses seguintes e, com base nisto, fazer o abastecimento. “Significa pressupor demanda de item de alto ou baixo giro, considerando efeitos sazonais, de campanha etc, de tal forma que seja possível saber, por exemplo, o volume de sopa que será vendido no inverno de 2010”, exemplifica. A ferramenta trabalha com grande massa de informação — inclusive externa, como tendências de mercado, dados da indústria e até condições climáticas — e usa modelos estatísticos para tratar diferentes produtos e categorias. “Vamos implantar a primeira categoria em janeiro de 2010 e o restante nos meses seguintes.” Vasconcelos não revela as metas estabelecidas, mas adianta que empresas no exterior conseguiram reduzir estoques entre 20% e 30% e diminuir entre de 10% e 15% os problemas de falta de produto na gôndola. “Isto sem contar os ganhos que ainda não quantificamos, referentes a fretes e custos logísticos.”
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Sofisticada, a solução de inteligência está mudando o modelo de gestão do Pão de Açúcar e exige o que Vasconcelos chama de “pilotos” da área comercial e logística, pessoas aptas a fazer a leitura correta de indicadores e alertas, que ficam disponíveis em tela e em tempo real. São alertas pré-configurados, que substituem a intervenção manual. “Se um item vendeu acima do esperado ou surgiu uma restrição em um ponto da cadeia de abastecimento, por exemplo, o sistema aciona o alerta”, especifica o diretor.
Fim da canibalização Se a disputa com o mercado pela mente do consumidor representa uma tarefa árdua, imagine quando a concorrência se dá também internamente, entre os próprios produtos, com possibilidade de canibalização que anula ganhos. É o caso da fabricante de bebidas Spaipa, que produz e distribui as marcas como Coca-Cola, Sprite, Kaiser e Bavária. O negócio abrange produção anual de 181 milhões de caixas de bebidas, mais de 120 mil clientes, quatro fábricas e cinco centros de distribuição no Sul e Sudeste do Brasil. A empresa recorreu à inteligência analítica para conseguir definir o preço mais preciso para cada item InformationWeek Brasil
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Mercado mundial de inteligência competitiva Receita total em 2008: US$ 8,8 bilhões
24.7
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Mercado mundial de inteligência por segmento Em US$ milhões
Receitas 2008 Market Share Crescimento %
Segmento
Aplicações analíticas e
3,055.1
2008(%)
2008/2007
34.7
24.3
gestão de desempenho 3.2
14.6
7.7 11.3
14.6
Foto: Marcelo Elias
Fornecedor SAP SAS Institute Oracle IBM Microsoft MicroStrategy Outros Fonte: Gartner (Jun/2009)
Market Share em 2008 (%) 23.8 14.6 14.6 11.3 7.7 3.2 24.7
Plataformas de BI
5,746.4
65.3
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Total
8,801.6
100.0
21.7
“Temos hoje segurança para implementar ações importantes e proativas, como o plano que solucionou rapidamente problemas na ativação do nosso cartão de crédito”, revela Wagner Oliveira, CIO das Lojas Marisa, ao falar sobre a plataforma de inteligência de negócios
do seu portfólio, ainda que isto significasse redução do mesmo. O objetivo era evitar a concorrência não apenas entre produtos, mas também entre canais de distribuição e, assim, aumentar participação de mercado e faturamento. A tecnologia, que permite à fabricante conhecer perfil e prever hábitos de consumidores em alto nível de detalhamento, possibilita o desenho de estratégias de vendas por canais, consumidores e tipos de lojas. “Com a otimização de preços, implementada com o SAS, passamos a olhar para o futuro”, revela Cláudio Antônio Fontes, CIO da Spaipa. Para o executivo, a estratégia teve papel fundamental nos resultados da empresa, que registrou entre 2005 e 2007, um crescimento de 45% na receita e de 66% nas margens de lucro. A inteligência analítica na Spaipa, que hoje beneficia as áreas comercial, de planejamento e desenvolvimento de mercado, utiliza-se de base de dados única e gera informações acessadas por gestores e analistas via web. “Acompanhamos resultados, identificamos pontos de atenção e também oportunidades de negócios”, enumera Fontes. Para ilustrar, ele lembra que há algum tempo a empresa perdeu market share expressivo em uma determinada região, problema resolvido por meio dos recurJulho de 2009
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sos de inteligência. “Identificamos local, canais, políticas e pontos de ação e, por meio de sistema colaborativo, encontramos a solução”, diz. Mas não foi fácil para o time de TI levar a Spaipa a esse estágio. As fontes de dados, por exemplo, revelaram-se 130% acima do esperado no processo prévio de mapeamento. “Havia muita informação redundante, descartada após trabalho de polimento. O resultado é uma base única, onde somente são armazenadas informações de mercado e transacionais limpas”, diz o CIO. Ele agora prepara a combinação de suas atuais ferramentas de inteligência com soluções ainda mais sofisticadas. “Em 2010, deveremos implementar gestão de desempenho corporativo [CPM, na sigla em inglês]”, informa.
BI de ponta a ponta Com mais de uma década de utilização de inteligência competitiva, em parceria com a MicroStrategy, a varejista Lojas Marisa se diz na trilha do BI pervasivo. Tradução: inteligência de ponta a ponta, em todos os níveis e etapas dos processos da empresa. Um passo decisivo em direção a este ideal já foi dado, segundo o CIO da rede especializada em moda feminina, Wagner Oliveira. “Estamos
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Gestão
Reportagem de capa
A todo vapor Uma forma de saber se um mercado está aquecido é observar os movimentos de grandes players. Veja o caso da inteligência aplicada a processos, ou seja, softwares capazes de transformar dados brutos em conhecimento estratégico para a empresa. É visível o empenho de gigantes como Oracle, IBM, Microsoft e SAP para fortalecer os seus músculos na área, seja comprando empresas de nicho, seja melhorando suas próprias ofertas. Nos últimos tempos, a SAP comprou a Business Object, a Oracle arrematou a Hyperion e a Cognos passou para as mãos da IBM, só para dar uma ideia. A ordem é montar portfólios que combinam o máximo de siglas, de BI a CPM — com “P” de process e de performance —, além das aplicações de negócios, e disputar clientes com empresas que vendem aplicativos completos, como o SAS Institute. Outro sinal de aquecimento vem das próprias empresas usuárias. Elas elegeram a inteligência do negócio como primeiro item na lista de prioridades de TI para 2009, de acordo com o Gartner. “Em tempos difíceis, o primeiro passo é aumentar a transparência que ajuda a identificar centros de custos e, então, alinhar mais fortemente a estratégia com a execução”, diz o pesquisador do Gartner, Dan Sommer. É por isto, segundo ele, que a demanda por business intelligence, business analytics e performance management cresce fortemente mesmo com a economia em baixa, ainda que a taxas menores. As receitas globais deste mercado aumentaram 22% em 2008, atingindo a cifra de US$ 8,8 bilhões (Veja gráficos na pág. 27). No Brasil, a maioria das médias e grandes empresas já experimenta inteligência analítica, na visão de Silvio Passos, vice-presidente de serviços da Stefanini IT Solutions. “Poucas, entretanto, avançaram da análise de dados passados, por meio de extração de informação dos sistemas transacionais, para a fase de criação de data warehouse com blocos de informação das áreas funcionais e softwares que mineram e tratam dados, transformando-os em informação útil”, diz Passos. Um grupo ainda menor já evoluiu para camadas superiores de inteligência, como a gestão do desempenho corporativo (CPM) e simulações de cenários futuros. “Nesses níveis mais maduros, é comum a utilização de cockpits com indicadores relevantes para acompanhar o desempenho, monitorar a eficácia das estratégias e simular cenários.”
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Empresas elegeram a inteligência do negócio como primeiro item na lista de prioridades de TI para 2009, segundo o Gartner. “Em tempos difíceis, o primeiro passo é aumentar a transparência que ajuda a identificar centros de custos e, então, alinhar mais fortemente a estratégia com a execução”, diz o pesquisador Dan Sommer combinando o recurso de etiquetas de radiofrequência (RFID) com as ferramentas que já dispomos. O objetivo é alimentar o banco de dados com informações em tempo real, geradas pela movimentação de cada produto nas lojas e centros de distribuição”, diz ele. Os conhecimentos originados dessa combinação são incontáveis, na visão do executivo. “Saberemos o quanto e por onde um produto se desloca na empresa, quanto tempo fica parado e onde. Teremos dados inclusive para analisar o porquê de um item ir muito ao provador e mesmo assim ser pouco vendido, para mencionar alguns exemplos.” O projeto sofreu desaceleração por conta da crise econômica, mas será retomado com força total dentro de seis meses. Enquanto isso, a inteligência de negócios que suporta a tomada de decisão estratégica nas Lojas Marisa conta com informações geradas por seus vários sistemas transacionais — desde o PDV até os módulos de contabilidade e logística — e centralizadas em data warehouse. A plataforma cobre praticamente todas as áreas da empresa, desde contabilidade, vendas, finanças, marketing e logística até cobrança e crédito, entre outras. “Temos hoje segurança para implementar ações importantes e proativas, como o plano que solucionou rapidamente problemas na ativação do nosso cartão de crédito.” Mais recentemente, o sistema de inteligência das Lojas Marisa passou a ser alimentado com todos os dados relativos à telefonia, seja na empresa, seja nos parceiros terceirizados para serviços de call center. “A redução de custos chegou a 40%, porque passamos a cruzar dados que revelavam inconsistências. Ficou possível, por exemplo, checar se um cliente foi realmente contatado por parceiro que nos cobrou pelo serviço”, contabiliza.
Ofertas talhadas A Ágora Corretora, do mercado brasileiro de negociação de ações via internet (home broker), combina CRM analítico com plataforma de BI para não apenas conhecer o perfil, mas também prever os pasInformationWeek Brasil
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Gestão
Reportagem de capa
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Gestor independente Implementado a partir do fim de 2006, o sistema de inteligência competitiva da TecBan, administradora da rede de terminais de autoatendimento (ATM) Banco24Horas, combina recursos como BI e business activity monitoring (BAM) e cobre as áreas de operações e faturamento. A solução também beneficia as sete instituições financeiras clientes da TecBan, que podem acompanhar via web as
Foto: Magdalena Gutierrez
sos de cada um dos seus 30 mil clientes. “O CRM analítico tem nos permitido adotar na empresa o ‘suitability’, conceito já usado nos bancos de desenvolvimento e que está chegando ao mercado de ações”, relata Luis Felipe Dantas Gutman, gerente de sistemas da Ágora. Ele explica que o termo implica ter informações sobre o cliente em um nível de segmentação e detalhamento tal que garanta a oferta de investimentos talhados para as suas necessidades específicas. “Não seria adequado oferecer plano de previdência privada para uma pessoa com mais de 80 anos. O sistema deve ser capaz de cruzar todos os dados e alertar sobre casos como este”, ilustra Gutman. Os diversos módulos do projeto de CRM da Ágora permitem o tratamento estatístico de informações que resultam em níveis de previsibilidade e identificação até mesmo de elementos intangíveis que influenciam resultados, como, por exemplo, as características pessoais de um professor de curso oferecido pela área educacional da corretora. “Sabemos que, no Nordeste, quando o professor é mais coloquial e informal, mais alunos são convertidos em clientes da corretora e, portanto, tornam-se mais rentáveis. Isso não ocorre no Sudeste”, compara o executivo. Já a visão do todo é obtida com a plataforma de BI. “Qual produto é mais rentável, qual gera mais reclamação, qual curso gera mais clientes em termos de corretagem, entre outras informações, são fornecidas pela inteligência de negócio”, diz o gerente da Ágora. Entre os esforços para melhorar ainda mais a experiência do cliente, a empresa também investiu em solução de gestão de infraestrutura da Compuware e passou a monitorar, em tempo real, níveis de serviços, aplicações, usuários do site, chat, e-mail, home broker e atendimento telefônico, para identificar problemas de os mesmos acontecerem. Gutman não tem dúvidas de que a inteligência competitiva é um dos principais elementos por trás dos resultados da empresa, que em meados de 2008 chegou a registrar 104 novos clientes por dia. “No pior momento da crise, este número caiu para 30, mas hoje está em 60”, informa. A meta da empresa é, em dezembro deste ano, somar 20% de crescimento na base e mais 40% até o fim de 2010.
Lauretti, da Tecban: além de cruzar dados e gerar perspectivas diferentes sobre uma mesma coisa, a inteligência competitiva dá mais independência a gestores e analistas
É visível o empenho de gigantes como Oracle, IBM, Microsoft e SAP para fortalecer os seus músculos no mercado de inteligência aplicada, seja adquirindo empresas de nicho, seja melhorando suas próprias ofertas. A SAP comprou a Business Object, a Oracle arrematou a Hyperion e a Cognos passou para as mãos da IBM InformationWeek Brasil
7/14/09 2:59:51 PM
Gestão
Foto: Divulgação
Reportagem de capa
Gutman, da Ágora: “Não seria adequado oferecer plano de previdência privada para uma pessoa com mais de 80 anos. O sistema alerta sobre casos como este”
ocorrências na sua própria rede. “Tudo é alimentado pelos sistemas transacionais e de monitoração. Podemos elaborar visões variadas e deixá-las disponíveis em tela, em forma de tabelas e gráficos muito amigáveis”, detalha Lisias Lauretti, diretor de TI da TecBan. Com as ferramentas, o acompanhamento da rede pode ser feito por região e por cidade. “Também conseguimos identificar ocorrências por fabricante de ATM e por provedor de telecomunicação da região, entre outras”, diz. Na área de faturamento, a gestão foi acelerada e aperfeiçoada, uma vez que o sistema é atualizado de hora em hora. “Antes, realizávamos este processo com defasagem de um mês. Hoje, tenho uma visão de todo o meu faturamento com um dia de atraso, suficiente para as nossas necessidades e nos permite trabalhar de forma proativa e assertiva na prevenção e identificação de problemas e na indicação de soluções.” Um dos mais fortes apelos da inteligência competitiva, na visão de Lauretti, além de cruzar dados e gerar perspectivas diferentes sobre uma mesma coisa, é a independência que ela provê aos gestores e analistas. “O usuário de BI deixa de depender da TI para fazer relatórios e acompanhamentos que precisar, sejam gerais ou personalizados. Ele mesmo cria suas visões
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e exporta para o Excel, de maneira rápida, amigável e completa. O mesmo ocorre com as instituições que são nossas clientes, que não precisam da nossa presença para acompanhar sua rede via web.” Lauretti conta que a TecBan teve um trabalho intenso de nivelamento, validação e “polimento” das informações, em todos os softwares da empresa. “Caso contrário, alimentaríamos o sistema de inteligência com lixo e, assim, todos se tornam ignorantes em alta velocidade”, alerta. Ele está satisfeito com o estágio de maturidade alcançado pela TecBan, mas diz que a evolução está longe do ideal. “O nosso desejo é trabalhar muito próximo da velocidade da informação e melhorar a nossa condição de administrar, de forma a sempre agir, em lugar de reagir”, revela. Até o fim do ano, a inteligência competitiva da TecBan será enriquecida com solução de business performance management. A empresa passará a contar com processos analíticos e gerenciais que deixarão disponíveis recursos sofisticados, como cockpits digitais que monitoram em tempo real indicadores-chave, apontam gargalos e soluções e permitem, inclusive, acompanhamento do desempenho individual de profissionais, além da estratégia da empresa. “O apelo do BPM é que, na prática, consegue-se solução extremamente robusta, mas de uso simples. O próprio usuário trabalha a definição e medição de processos e ganha independência, a exemplo do que já temos com o nosso BI”, defende. A estratégia de inteligência competitiva da TecBan suporta o acelerado ritmo de expansão da rede, refletido no número de transações, que chega a 30 milhões por mês, e na multiplicação da capilaridade da malha própria, que passou de 2.216 pontos de autoatendimento em 2003 para os mais de 6 mil terminais atuais, em cerca de 400 cidades brasileiras. Ainda que não muito difundido (e entendido) dentro das companhias, o conceito de ter softwares para inteligência competitiva ganha espaço apesar — e, talvez, até mesmo em decorrência — da crise financeira. Observa-se uma corrida pelo conhecimento estratégico, na qual a ordem é reunir informações qualificadas iwb e de forma estruturada. InformationWeek Brasil
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Segurança
As redes sociais se tornaram um verdadeiro tesouro para as organizações. Muitas as utilizam para obter informações públicas não-estruturadas sobre seus produtos e serviços, sobre percepções e reclamações de clientes ou mesmo para agrupar comunidades de interesse. Considerada por muitos uma oportunidade, estas redes estão cada vez mais presentes em projetos corporativos de inovação, de análise de mercado, de desenvolvimento de novos produtos e serviços, de expansão de canais de relacionamento, de inteligência competitiva e, até mesmo, de backgroud check. No entanto, fique alerta: onde há oportunidade, há risco. E, nesse caso, os riscos estão relacionados ao vazamento de informação, danos à reputação empresarial, perda de propriedade intelectual, danos morais, perda de tempo, custo com investigações e contramedidas e degradação ou indisponibilidade de sistemas. As redes sociais servem para estimular relacionamentos, permitindo o compartilhamento de ideias e informações entre pessoas com objetivos e valores comuns. Seu uso corporativo direciona-se, por exemplo, ao garimpo de informação não-estruturada a respeito de produtos, consumidores, fornecedores ou competidores. Os dados obtidos são estruturados e analisados segundo interesses específicos. Isto pode revelar críticas aos serviços ou produtos da empresa, à embalagem, à central de atendimento, entre outros. A captura rápida diminui o tempo de se introduzir as melhorias necessárias nos produtos. Garimpar e estruturar informação requer baixa interatividade com os integrantes da rede. Por isso, é comum contratar terceiros para a tarefa. Outra aplicação empresarial é a formação de grupos de interesse comum, cuja finalidade é criar formas alternativas para os canais tradicionais de relacionamento com o cliente e a força de venda e com os grupos de inovação e desenvolvimento de novos produtos. Esta aplicação pressupõe muita troca de informação, o que signi-
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Foto: Madalena Gutierrez
Blogs e redes sociais facilitam o vazamento de informação Edgar D’Andrea é sócio da área de segurança e tecnologia da PricewaterhouseCoopers
fica uso intenso nas empresas de redes sociais públicas como Orkut, Facebook, MySpace, LinkedIn e Plaxo. Na perspectiva de risco, blogs e redes sociais são meios que facilitam o vazamento de informação, pois o conteúdo postado é difícil de ser corrigido ou removido. Além disso, a informação da empresa fica disponível publicamente e pode ser armazenada e acessada em qualquer parte do mundo, vista ou enviada para concorrentes, publicada pela imprensa ou até mesmo vendida. O registro de um usuário em uma rede social a partir de um computador da empresa pode ser interpretado com se ele estivesse agindo em nome da empresa. Desta forma, a responsabilidade pelos conteúdos ou comentários publicados pelo usuário recai na empresa. Há diversas comunidades compostas por funcionários ou ex-funcionários, as quais, muitas vezes, se utilizam da logomarca e identidade visual da própria empresa. As pessoas costumam publicar dados pessoais e profissionais, como endereço, telefone e e-mail. Tais informações se tornam (quase) públicas e podem cair nas mãos de criminosos interessados em roubo de identidades. Defendido pelos executivos das áreas de inovação, de novos produtos e de relacionamento comercial e temido pelos executivos das áreas de segurança da informação e controles, o uso das redes sociais é uma realidade nas organizações. O desafio está em encontrar o equilíbrio entre permitir o uso de redes sociais e proteger a empresa dos riscos associados. Information Week Brasil
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CIO INSIGHT
FOI-SE O TEMPO EM QUE BASTAVA AO GESTOR DE TECNOLOGIA CONHECER BITS E BYTES. CADA VEZ MAIS, OS PROFISSIONAIS À FRENTE DA ÁREA DE TI PRECISAM FALAR A LÍNGUA DO NEGÓCIO. PROVA DISTO ESTÁ NAS PRÓXIMAS PÁGINAS DA SEÇÃO CIO INSIGHT, NAS QUAIS DOIS DENTRE OS TRÊS EXECUTIVOS CONVIDADOS REFLETEM SOBRE A NECESSIDADE DE ALINHAR A ÁREA ÀS ESTRATÉGIAS CORPORATIVAS
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3 ARTIGOS ESPECIAIS lay_cioinsigth 37
Foto: Divulgação
Marli Portella conta o projeto que transformou a Itaipu Binacional em case de virtualização e consolidação de servidores
Foto: Cristiano Sant´Anna
Para Márcia Del Frari, da Refap, a tecnologia não pode mais ser apenas um adereço: deve ser a própria estratégia das companhias
Foto: Ricardo Benichio
Na visão de Jeferson Chitero, da Cia. Ultragaz, a TI precisa reforçar aspectos de eficiência para aproximar-se da eficácia corporativa
Jeferson Chitero |Márcia Del Frari | Marli Portella
7/8/09 10:51:12 AM
CIO Insight
Leia todos os artigos em: www.itweb.com.br/iwb/cioinsight
Jeferson Chitero é gerente de TI da Cia. Ultragaz
A maioria das organizações espera que uma TI eficaz, além das atribuições tradicionais, desenvolva uma postura consultiva sólida
Foto: Ricardo Benichio
TI precisa fazer seu dever de casa Muito temos ouvido a respeito do alinhamento das áreas de TI com a de negócios. Por ter acompanhado diversas iniciativas desta natureza e, principalmente, por ter visto uma evolução ainda bastante tímida neste cenário, dei meu braço a torcer e concordei que várias das principais causas do desalinhamento devem ser tratadas por nós mesmos, profissionais de TI. Em minha opinião, vejo como fatores cruciais a serem trabalhados aqueles que nos qualificam como áreas eficientes, mas que ainda nos distanciam da eficácia. De onde vem a nossa eficiência? Em linhas gerais, vem de nossos processos internos. Como primeiro passo para o alinhamento e para o consequente sucesso de nossas áreas, é necessário entregar aquilo que prometemos. Precisa-se gerar credibilidade e fazer com que, uma vez detectada uma demanda de negócio, a mesma seja atendida de forma precisa. Esta eficiência só se dá com processos internos estruturados e que propiciem transparência quanto à gestão de demandas e de projetos. Considero que neste item algumas áreas de TI têm se saído relativamente bem. De onde virá nossa eficácia? Este é o item fundamental. Virá tanto da organização interna de nossas áreas como
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do resultado de um ajuste significativo de nossa postura, de nossa atuação. Na organização interna da área, incluo a definição clara do papel de TI dentro da organização bem como a forma como nos posicionamos diante dos crescentes desafios de competitividade nos quais estamos inseridos. Para que sejamos eficazes, vejo como fundamental desenvolvermos em nossas áreas, atribuições que deem ênfase ao atendimento ao cliente e que viabilizem a implementação dos processos internos mencionados no ponto anterior. Adicionalmente a estes pontos, o que a maioria das organizações espera de uma TI eficaz é que, além das atribuições tradicionais, desenvolva uma postura consultiva
sólida. Um departamento de TI que faça mais do que simplesmente ouvir seus problemas, convertendo-os em aplicativos; que entenda de processos de negócio e que, de forma clara, consiga sugerir soluções que proporcionem agilidade e redução de custo; que impulsione a vantagem competitiva do negócio! Neste aspecto temos muito a evoluir, pois ainda nos prendemos a modelos bastante antiquados de atuação. E a tecnologia propriamente dita? É, sem sombra de dúvidas, a chave para que sejamos eficientes e eficazes, entretanto, na maioria dos negócios deve ser encarada, inclusive pela área de TI, como meio e não como fim. O fim é o negócio!
Information Week Brasil
7/8/09 10:52:23 AM
O alinhamento estratégico da TI
A TI não pode mais ser uma grande loja de departamento, onde cada um escolhe e pede o que quer
Costumo dizer que, hoje, com o mundo globalizado onde todos os mercados estão integrados, não há mais bons e maus negócios, há níveis de gestão diferentes e há pessoas diferentes em cada empresa e são essas diferenças que ditam a sobrevivência. A tecnologia propiciou a transformação do mundo mecanicista em globalizado e foi chegando como forma de adereço. Metaforicamente falando, foi chegando como o adorno que diferenciava as empresas e lhes dava o brilho para conquistar mercados. Parece-me que esta figura ficou impressa no perfil do profissional de TI causando uma miopia que impede o seu crescimento e que a área de TI ocupe o lugar que deve nas organizações globais. Tenho ouvido constantemente sobre a necessidade do alinhamento da TI ao negócio e vejo, no dia-a-dia, os gestores da área se questionando: o que é isso? A TI só trabalha para o negócio! A resposta está justamente em entender que a TI hoje não é mais um adereço. Ela é a própria vestimenta para não dizer a própria estratégia, o próprio negócio! A TI não pode
Márcia Del Frari é CIO da Refap
Julho de 2009
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mais se colocar como a grande loja de departamento onde cada um escolhe e pede o que quer. Como vestimenta, a TI tem de definir qual a melhor roupa para entrar nessa festa e a partir desta visão, fazer toda a composição do conjunto, oferecendo os adornos que mais bem se ajustam à proposta necessária para a ocasião! Esse é o grande alinhamento estratégico: definir a tecnologia necessária para o negócio e não simplesmente aguardar a demanda. Para isto, não adiantam consultorias e planos estratégicos, a grande mudança necessária está em fazer com que o profissional de TI coloque os óculos para corrigir essa miopia, o que lhe possibilitará entender o contexto em que atua e num processo de intraempreendedorismo implantar o que sua empresa precisa para ter o glamour que lhe dará a sustentabilidade. Em síntese, alinhamento estratégico de TI é fazer com que o profissional de TI entenda e acompanhe o mercado em que sua empresa atua e oferecer sempre, no mínimo, o pretinho básico! Vamos à luta!
Foto: Cristiano Sant´Anna
Há aproximadamente um ano, eu fiz um grande redirecionamento de minha carreira profissional. Ao aceitar um convite para atuar em outra área da empresa, passei de simples usuária à gerente de tecnologia da informação. Porém, o que parecia muito simples, uma vez que eu continuaria a fazer o que fiz durante quase toda a minha vida — gestão —, passou a ser um tanto complexo. Comecei a transitar pelo meio e encontrei um cenário quase que inacreditável, um nível de gestão incrivelmente baixo para o que essa área representa ao negócio em qualquer setor da indústria.
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7/8/09 10:52:48 AM
CIO Insight
Leia todos os artigos em: www.itweb.com.br/iwb/cioinsight
Virtualização e consolidação de servidores Uma maneira eficiente e efetiva no esforço para cumprir os desafios crescentes da área de TI, a consolidação de servidores utilizando a virtualização não é nada simples, principalmente do ponto de vista da otimização de recursos de tecnologias. Isto porque ela exige um conjunto de projetos paralelos e encadeados que enxergue seu ambiente como um todo (hardware, aplicações, licenças, configurações, banco de dados etc) e a utilização de metodologia e ferramentas.
Foto: Divulgação
Você só terá os resultados desejados, se usar no projeto metodologia e ferramentas adequadas
Marli Portella é superintendente de TI da Itaipu Binacional
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Assim, em 2008, adotamos na Itaipu Binacional a solução de virtualização, quando foram virtualizados aproximadamente 40 servidores com tecnologia Intel e 30 RISC, os quais hoje estão sendo processados em somente seis servidores reais. Um resultado positivo foi o atendimento de novos projetos de forma rápida e sem a necessidade de novas aquisições. O número de máquinas virtuais atualmente ativos ultrapassa a 70 servidores Intel e 80 servidores RISC, um crescimento superior a 100% sem a necessidade de expansão do parque instalado. Já o processo de consolidação na Itaipu Binacional foi dividido em quatro fases. Na primeira, fizemos a consolidação, ou seja, combinamos os recursos TI para reduzir os custos de manutenção e suporte. A segunda etapa foi de virtualização, quando criamos ativos lógicos para incrementar e melhorar a disponibilidade das aplicações e o dimensionamento de carga de trabalho. Já na terceira parte, de provisão, automatizamos a gestão da capacidade e carga de trabalho. E, por fim, a orquestração. Nesta quarta e última etapa, conseguimos um processamento baseado em políticas com uma melhor concordância entre os gastos de TI e as prioridades de negócio. Além dos requisitos abordados, ressalto a importância da metodologia e das ferramen-
tas de apoio, essenciais para o levantamento e coleta de dados. Foram utilizados a CDAT (consolidation and data analysis tool), workload behavior profiler, SCON assistant e SCON made simple. Para configuração, foram utilizadas as ferramentas SSCT (standalone solution configuration tool) e COG (configuration and option guide). Todo este esforço não teria sentido sem uma análise de TCO, que permite gerar uma análise das vantagens obtidas ao realizar uma consolidação de servidores, utilizando parâmetros e padrões de mercado. Com o projeto concluído, chego à conclusão que a virtualização e a consolidação de servidores são soluções que atendem às novas demandas de TI. No entanto, é preciso observar que você só terá os resultados desejados se usar no projeto metodologia e ferramentas adequadas. O projeto foi concluído com sucesso na Itaipu Binacional. Para isso, utilizamos tecnologias inovadoras e alinhadas aos recursos de armazenamento corporativos, rede de armazenamento de dados SAN, servidores em plataforma RISC IBM e Intel, além de virtualizarmos a rede administração de servidores. Com tudo pronto, ficamos felizes em receber a qualificação de case internacional de sucesso pela IBM Brasil.
Information Week Brasil
7/8/09 10:56:17 AM
Indústria SOMENTE NOS PRIMEIROS TRÊS MESES DE 2009, AS FABRICANTES DE PCS EMBARCARAM QUASE SEIS MILHÕES DE NETBOOKS NO MUNDO, número que por si só já sinaliza o quão aquecido está o setor. No entanto, logo que estes “minicomputadores” chegaram ao mercado, no início de 2008, alguns analistas precipitaram-se em dizer que era um projeto que nascia morto, uma vez que os primeiros modelos tinham baixo poder de processamento, pouco espaço de armazenamento e eram voltados praticamente para o acesso à internet. Ironia do destino ou não, estes gadgets caíram nas graças dos usuários finais, evoluíram e hoje têm configurações bem próximas às dos laptops tradicionais. Resultado: despontam como alternativa de mobilidade no mundo corporativo. 42
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A força dos
netbooks FABRICANTES, ANTES RETICENTES, SURPREENDERAM-SE COM OS BONS RESULTADOS DAS VENDAS E COMEÇAM A INVESTIR EM MODELOS MAIS ROBUSTOS DE OLHO NO MERCADO CORPORATIVO Vitor Cavalcanti É verdade que a crise financeira global ajudou a impulsionar o aumento da participação desses equipamentos no mercado, já que as pessoas estavam deixando de comprar máquinas mais caras e, ao mesmo tempo, precisavam continuar tendo acesso à informática. Desta forma, a combinação de tamanho e preço baixo, aliada à evolução dos modelos, calhou e fundamentou a bom desempenho deste nicho. Contudo, apesar de todo o avanço, observado, principalmente, desde o início, ainda deve-se ter cautela ao compará-los com outros dispositivos. O recado vem da gerente de marketing de consumo da Intel, Denise Pereira. “Cada um tem seu uso específico. O notebook é focado em desempenho e geração de conteúdo, precisa de HD grande e processamento mais pesado. Já o netbook, volta-se para acesso à internet e aplicações que demandam menos processamento, por isso, o preço é menor”, explicou. InformationWeek Brasil
7/13/09 6:59:20 PM
Fotos da ilustração: Divulgação
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7/7/09 6:54:19 PM
Indústria ROI em um mês
Foto: Divulgação
Mobilidade e automação são pontos cruciais quando se trata da força de vendas. Com isto em mente, a Ebba Brasil, que detém produtos como sucos Maguary e Da Fruta, decidiu automatizar a equipe de vendas da companhia composta por cerca de 120 funcionários a partir da adoção de netbooks. A resolução decorreu da necessidade de deixar a informação mais próxima dos funcionários. Cada pedido feito e negociado era lançado somente depois de o vendedor chegar em casa ou no escritório, manualmente, no sistema de extranet. Este processo “travava” o trabalho destes profissionais e estava suscetível a erros. “Avaliamos várias opções, como celulares, PDAs, mas nosso mecanismo depende de processos de avaliação, aprovação, não pode ser um sistema standard. Desta forma o equipamento precisava ser potente”, comenta o diretor-comercial da Ebba, José Gil Alvarez. A primeira opção avaliada foi a compra de laptops, mas não atendiam a requisitos como mobilidade e conexão rápida. A questão da segurança também pesou na decisão da companhia. “O netbook atende a todos os
Aymoré, da Positivo: “Netbooks vieram para ficar e são alternativa na crise”
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requisitos. É mais leve, ágil, tem potência de memória e processador, não chama a atenção e dá mais segurança para a equipe”, pontuou Alvarez. Desde maio, o sistema automatizado está em funcionamento. Como houve acordo com uma rede de telefonia móvel, todos os netbooks estão com modem 3G e, dependendo da região, sempre conectados à web. Desta forma, o pedido pode ser feito, avaliado, aprovado e processado em oito minutos, como comentou Alvarez. “É tudo online, deu muita agilidade.” No total, a empresa adquiriu 130 netbooks da Asus e pagou em torno de R$ 1,1 mil por máquina. Além disso, investiu perto de R$ 60 mil no sistema de vendas que roda nos gadgets. De acordo com Alvarez, o custo do equipamento foi 65% inferior ao dos notebooks tradicionais. O executivo contou ainda que o retorno do investimento (ROI) aconteceu em um mês e observou que, comparando maio deste ano com o mesmo mês do ano passado, “houve crescimento de 58% nas vendas”, segundo ele devido ao ganho em escala, já que os vendedores passaram, em média, de três para cinco visitas.
O alerta é importante, mas não significa que o produto seja limitado. Para aqueles que acham que os netbooks têm data certa para morrer, uma explicação simples do gerente de marketing da Asus do Brasil, Marcel Campos, pode sanar esta inquietude e ampliar ainda mais o debate: “quando saíram os utilitários esportivos (SUVs) pensava-se que não venderia mais modelos wagon com motor 1.6, mas não houve interferência. Era um novo segmento e tinha gente que precisava. O overlap que se falava, na verdade, era um gap. Com o netbook ocorre a mesma coisa”, comparou. De fato, há um nicho a ser explorado no mercado de nets — seja como primeiro contato com o mundo da informática (aplicável para usuários finais e modelos mais em conta), opção de
segundo computador ou, no caso das corporações, para conferir mobilidade aos diversos profissionais. Outra forma de venda já descoberta pelas fabricantes é por meio de parcerias com as operadoras de telefonia móvel, visto que os modelos mais recentes são embarcados com chips 3G e estão sendo fortemente subsidiados no Brasil e exterior. Na Positivo Informática, o assunto está entre as prioridades. Em 2008, de todos os laptops vendidos pela companhia, 10% era netbooks. Um número de subiu rapidamente: somente no primeiro trimestre deste ano, de acordo com César Aymoré, diretor de marketing da fabricante, este porcentual saltou para 20%. “A gente entende que é uma categoria que veio em momento adequado e se tornou uma alternativa na crise. Tem InformationWeek Brasil
7/8/09 12:05:28 PM
Foto: Ricardo Benichio
Denise, da Intel: “Deveríamos ter acordado para os netbooks uns quatro meses antes”
muito espaço para crescimento e posso dizer que veio para ficar.” Quando o executivo menciona uma alternativa durante a recessão econômica, ele não se refere apenas aos usuários finais. Além de ter firmado parceria recente com a operadora de telefonia Vivo e estar entre os líderes deste segmento no País, Aymoré confirma que tem em andamento mais de 20 projetos corporativos em diversos setores da indústria. “Normalmente, eles são voltados à automação da força de vendas. Mas temos o [case] de uma seguradora [cujo nome não pode ser revelado] que irá utilizar os nets para equipar os corretores”, confirmou.
Início com moderação Todo esse sucesso de mercado, entretanto, não aconteceu da noite para o dia. Alguns fornecedores cometeram erros estratégicos, tiveram de rever a forma de encarar o setor e até adiaram a investida em novos terrenos. A fabricante de processadores Intel, conforme revela a gerente de marketing de consumo da companhia, Denise Pereira, estava muito focada em PCs e Julho de 2009
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“não olhou com devida atenção” para nets. Mas ela garante que, no Brasil e na América Latina, o resultado foi melhor. “Deveríamos ter acordado uns quatro meses antes”, confessa. Esse despertar, como definiu Denise, deveria ter sido uma melhor avaliação do mercado e um trabalho adicional na conscientização do cliente sobre o que era o produto. “Lá fora tivemos problemas. Não teve planejamento e muitos produtos foram devolvidos”, relembra, acrescentando que as pessoas pensavam que o aparelho era um laptop (com todas as configurações), mas em tamanho inferior. A espera, o estudo e o melhor entendimento do segmento, no entanto, ajudaram a Intel — e, atualmente, o Atom é o processador mais utilizado pelas fabricantes de netbooks. Quem também chegou ao mercado depois da concorrência, mas que investe para ganhar terreno rapidamente é a Dell. Ela lançou seu netbook no último trimestre de 2008 no mercado norte-americano e, no Brasil, apenas em fevereiro deste ano. A companhia acredita em crescimento contínuo e vê nestes dispositivos uma grande
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Futuro está em bateria
e processamento Os netbooks já possuem bateria com duração superior a dos laptops tradicionais, chegando a seis horas. Mas, para os fabricantes, o futuro destes equipamentos consistirá em um balanceamento de processamento, ou seja, mais agilidade, e menor consumo de energia. “Tem de ser portátil, móvel e com mais conectividade e agilidade. A tecnologia está melhorando, mas não pode evoluir muito para não se assemelhar demais com laptop”, defende Sandra Chen, da Dell. Já Marcel Campos, da Asus, aposta que eles se tornarão mais finos e leves. Não que isto signifique uma competição entre netbook e smartphone. “A facilidade de digitação os diferencia”, salienta César Aymoré, da Positivo Informática, que compartilha a posição de Campos, para quem os celulares são gadgets para operações simples e rápidas. Aymoré enxerga melhorias nos equipamentos atuais e prevê: “será uma decisão de tamanho, já que a capacidade de memória vai evoluir. Terá praticamente o que o laptop tem, mas com tela menor, de umas 12 polegadas.” No início, os netbooks tinham tela de 7 polegadas e, atualmente, têm entre 10 e 11 polegadas. Na Intel, a ordem é olhar para frente. Se no passado a companhia pensou em adaptar um processador tradicional para os netbooks, viu que a decisão de desenvolver um produto específico foi mais que acertada. Denise Pereira, do marketing da fabricante, acredita que haverá uma continuidade, mas não soube precisar se viria com o selo Atom. “Mas qualquer evolução virá com melhor desempenho e redução do consumo de energia.”
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ferramenta de mobilidade corporativa. “Lançamos, principalmente, com foco nos usuários finais, mas há empresas interessadas, que querem substituir handheld, já que os nets têm teclado e tela parecidos com laptop. Vamos explorar todas as áreas”, dispara Sandra Chen, gerente de produto netbook da Dell, que não vê obstáculos à frente pelo fato de a companhia ter chegado ao mercado depois da concorrência. “Estamos usando nosso know-how, além disto, o mercado está começando, então, tem espaço para crescer.” A Lenovo, observando essa movimentação, também esperou para entrar neste nicho que, ao lado dos smartphones, é um dos que mais cresce, mesmo em tempos de crise financeira. De acordo com Luciano Beraldo, gerente de produtos portáteis, durante a primeira onda de minilaptops, aqueles com telas entre 7 e 8 polegadas, a fabricante preferiu assistir e avaliar como seria a aceitação por parte dos consumidores. “Os números são preliminares, mas estamos otimistas e queremos vender muito”, comenta.
Adoção em alta Todos os fabricantes entrevistados para esta reportagem, mesmo acreditando que o grande apelo de venda seja para o consumidor final, concordam que, cedo ou tarde, a demanda corporativa irá crescer. E, justamente por isto, eles têm encaminhado projetos ou testes para clientes empresariais. “Há demanda corporativa. Mas o uso depende da criação de aplicativos e estamos analisando isto, principalmente, para força de vendas. Imagine um vendedor
Foto: Ricardo Benichio
Indústria
Sandra, da Dell: “Lançamos, principalmente, com foco nos usuários finais, mas há empresas interessadas como substituto para o handheld”
que precisa de catálogo online. Num PDA perde qualidade de imagem, com o netbook não. É próximo ao laptop e não é tão caro”, divaga Beraldo. Pensando à frente, a HP dividiu seu segmento de nets entre corporativo e consumidor final, e separou os usuários empresariais em dois tipos: pessoas que o utilizam como segundo notebook e aquelas que adotam para força de vendas. “Esta segunda tem a maior saída. Há uma troca do smartphone e PDA por netbook”, explicou Cláudio Carneiro, gerente de produto notebook corporativo da fabricante. Sim, ele está na área de notebook e a explicação para isto é que os netbooks corporativos da empresa possuem configurações mais próximas dos laptops tradicionais. Assim, à medida que as fabricantes acreditam no potencial dos minicomputadores e investem nele, começam a surgir projetos de mobilidade corporativa. A Asus é uma delas (leia case da Ebba Brasil na pág. 44). “A adoção na área empresarial é crescente; o netbook InformationWeek Brasil
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soluções encontradas seria adequada ao porte da Mackenzie (são mais de 46 mil alunos). “Temos o nosso ERP há quase 20 anos. Ele tem processos detalhados da organização e com isto ganhamos agilidade”, argumenta, lembrando que há atualização tecnológica sempre que necessário. Brito acredita ainda que na Beraldo, da Lenovo: "Estamos otimistas renovação do sistema e queremos vender muito” a relação custo–benefício acabados prevalecendo. A disseminação netbooks aconNa área administrativa, no entanto, tece somente agora, porém, a ideia de aum solução é da Microsiga. computador barato não é exataA agenda CIO, entretanto, vai mente nova.doEla vinha sendo propamuito além da implementação gada por Nicholas Negroponte, hádeum sistemas de gestão. Britodo está bom tempo, por meio seuatento projeto às necessidades atuais da organiassistencial One Laptop per Chidren. zação e foi na responsável pordeprojeEle insistia possibilidade produtos como o provedor de internet, a zir um computador que fosse vendiadoção da100 web como aplataforma do a US$ e chegou apresentar o para oferecer serviços aos Luiz alunos e projeto para o presidente Inácio aLula implementação Moodle como da Silva, emdo 2006. O valor pode sistema de gerenciamento de ensinão ser o vislumbrado por Negroponno sigla em inglês), muitono te,(LMS, mas osna minilaptops, pelo menos utilizado parapreço ensino a distância. exterior, têm bastante acessível e “O Moodle software temas mesmas funcionaram como mecanismo de infunções do Blackboard, maspor é open clusão. Nos Estados Unidos, exemsource”, explica o diretor. plo, você encontra um bom modelo Adotado o sistema está por US$ 350em ou2007, até menos. integrado ao ERP e por dele à Ideologias e discussãomeio de preços os alunos podem acessar o conteúparte, a indústria de PCs (e também a do de aula e participar de procesde processadores e de software) está sos de recuperação ou dependênassistindo com muito bons olhos a cia. “Fazemos uso comedido da guinada dos o netbooks e acreditam ferramenta”, ressalta, ao lembrar que o ritmo de crescimento nas venque a universidade ainda nãopositivo utidas funciona como um peso liza todomercado o potencial sistema.da em um onde do o aumento Mas lembra: “tudo de caminha para o comercialização equipamentos virtual e isto é irreversível”. tradicionais (desktops e notebooks) Quem também de utiliza sistemas está em tendência queda, pelo medesenvolvidos internamente é iwb a nos nos EUA.
Foto: Divulgação
Faltalevede opções é pequeno, e dá conta do recado. A adoção de sistemas gestão, Se for para uma planilhadeavançada, aliás,exemplo, é um tema vem levantando por dáque mais trabalho, mas discussões Brasil. A própria Conpara tarefasnodo dia-a-dia mostra-se fraria GTI passoue ao bateria ano dedura 2008quareperfeito. É móvel fletindo a questão emCampos, seus encontros, tro horas”, compara do macontando com a presença de fornecerketing da fabricante. “Automação de doresdecomo Oracle, SAP, Microsiga força venda, atendimento ao cliene Sungard. Nos Estados Unidos, de te, trabalho remoto e área educacional acordo com grupo, as universidasão nichos deoatuação”, confirmou Bedes trabalham com ERPs há mais de raldo, da Lenovo. 20Além anos, dessas mas, por aqui, as soluções funções, amplamenainda costumam ser caseiras. Uma te citadas pelos vendedores, aumendastambém razões pode ser a pouca de ta a utilização do oferta aparelho um produto específico para o confesetor. como segunda máquina, para “Há uma total ausência de boas rir mobilidade ao participar desolureuções no mercado nacional termos niões e mesmo em viagensem corporatide garantias. com a Sungard vas. “A pessoaTalvez usa um notebook 90% notempo Brasil ee quando o reaquecimento do vai para ada ruaOraleva cle poderemos ter softwares de quao netbook com os dados para aquela lidade”, específica, avalia Menescal, que negocia reunião faz a apresentação com a norte-americana a compra do e volta. É muito mais seguro”, exemERP para o Ibmec-SP. plifica Denise, da Intel. A falta de opções no A fácil adaptação aosmercado sistemasnada cional faz com que a diretora-geral companhia, como ressaltou Campos, da Asus, Sungard Higherchama Education Brada também a atenção. sil, Swinda Piquemal-Salazar, veja “Com PDA, o sistema precisa ser adapcomo principal no Paísé tado.” Para ele, aconcorrente grande “sacada” os desenvolvedores internos. “Nosrodar Windows, fazendo dos netbooks sos computador maiores concorrentes lá qualquer. fora são um como outro SAP e Oracle. Já no Brasil, são dos os Isto revela outro lado da indústria departamentos internos de TI. se Mas nets. A Microsoft, por exemplo, viu SAP e Oracle vão olhar o Brasil como forçada a adaptar seu sistema operapossível mercado e passar a oferecer cional para rodar nestes equipamentos, soluções para o setor”, acredita. uma vez que o Vista é pesado demais. Uma das universidades que ainda A fabricante só não teve maiores prooptam pelo desenvolvimento blemas porque o desempenho interdo XP no, bem-avaliado. pelo menos em parte,ainda é a Presfoi Quem deve biteriana Mackenzie. José Augusto fazer barulho é a plataforma Android, Pereira Brito, CIO da para instituição, do Google. Desenhado smartcontou, que já foi ao mercado começa em alphones o sistema operacional ocasiões e que nenhuma das agumas ser adaptado para netbooks .
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Telecom
Reduzindo custos Com a chegada da portabilidade numérica, aumentou-se o interesse não só dos usuários, mas, principalmente, das empresas em revisar seus contratos com as operadoras de telefonia fixa, telefonia móvel e links de conectividade. No entanto, muitas empresas ainda não estão conseguindo tirar proveito total, reduzindo apenas parte do custo. Digo custo, pois normalmente são empresas que não encaram estes gastos como investimento e, portanto, não os utilizam estrategicamente. Um grande erro frequente no mercado é empresas considerarem o assunto como uma tarefa para a área de suprimentos. É muito comum esta área utilizar o contrato existente para escrever uma RFP (request for proposal) pedindo propostas para as operadoras. E o mais incrível é a falta de criatividade — ou de capacidade — dos gerentes de contas das operadoras. A consequência é que, na maioria das vezes, a decisão fica em torno da negociação de custos por alguma variável, que pode ser minutos, quantidade de linhas, tempo de contrato, entre outros. Na maioria das vezes, este tipo de revisão de contratos pelas áreas de compras proporcionará um ganho no curto prazo, mas certamente não é o melhor que pode ser feito. Para maximizar os ganhos é necessário olhar de forma mais abrangente e, sempre que possível, aplicar as práticas de governança. É preciso considerar que a infraestrutura de rede existente (arquitetura, tecnologia etc.) evolui com o tempo. É muito comum encontrar empresas que fizeram seus contratos há mais tempo
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Foto: Divulgação
com as operadoras Luís Minoru Shibata é diretor de consultoria da PromonLogicalis e blogueiro do IT Web
do que investiram na infraestrutura e, portanto, tem uma capacidade contratada além do necessário. Tão importante é dimensionar a utilização de acordo com a estratégia do negócio, ou seja, deixando de ver somente como custo, mas sim como investimento. Apesar de contratos de longo prazo serem mais vantajosos, com a contínua introdução de tecnologias alternativas de redes, terminais, aplicações e modelos de negócios torna-se necessário criar mecanismos - ou ter flexibilidade - para revisar a utilização e os contratos ao longo do tempo. Além disso, é válido considerar que, preocupadas em melhorar o relacionamento com seus clientes corporativos, as operadoras tem oferecido serviços que são realizados pelas equipes internas. Cria-se, então, uma oportunidade de revisão geral de escopo. Um dos serviços que deve se tornar cada vez mais comum é o gerenciamento, operação e manutenção dos terminais (PC, notebooks, telefones, celular, smartphones etc.), ou novas modalidades de oferta. Isso dará oportunidade para as empresas analisarem, por exemplo, se querem comprar utilizando a linha de investimento ou o orçamento de custo operacional. Uma empresa com foco em lucro operacional poderá optar pelo investimento próprio. Enquanto outras poderão optar pela utilização como serviço. E, a sua empresa, já fez o seu dever de casa? InformationWeek Brasil
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For IT by IT
Tentáculos d Analista relata como foi a implementação da nota fiscal eletrônica na Refap e todas as consequências decorrentes da adoção Embora muitas empresas encarem a entrega de seus dados em forma digital para o fisco como mais uma obrigação e vejam como única vantagem a diminuição no gasto com papel, os efeitos positivos são inegáveis para toda a sociedade em função da redução do Custo Brasil. Uniformização de informações e simplificação das obrigações para com o fisco, assim como redução da sonegação e seus custos de fiscalização são exemplos destes efeitos. Além de reduzir o gasto com papel (incluindo custos de arquivamento de milhares de documentos), a nota fiscal eletrônica (NF-e) tem potencial para proporcionar outros benefícios para as empresas. Entre eles, um menor tempo de transporte das mercadorias devido à maior agilidade nos postos de fiscalização, redução da burocracia e da concorrência desleal por causa da maior confiabilidade da NF-e. A integração da cadeia de suprimentos por meio da agregação de informações ao documento eletrônico é outra possibilidade. A Alberto Pasqualini — Refap S/A, empresa do Sistema Petrobras, é uma refinaria de petróleo localizada em Ca-
Experiência Igor Maranhão Otero > Graduado em engenharia civil pela FURG > Bacharel em ciência da computação pela UFRGS > Tem MBA em gestão estratégica da TI pela FGV > Acumula experiência de 15 anos em desenvolvimento de software > É analista de sistemas da Refap/Petrobras desde 2004 > Ultimamente, tem se interessado por métodos ágeis e teoria das restrições
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noas (RS), com receita operacional bruta anual em torno de R$ 13 bilhões e um dos maiores contribuintes de ICMS no Estado do Rio Grande do Sul. Classificada no ramo de atividade “produtores, formuladores e importadores de combustíveis líquidos, assim definidos e autorizados por órgão federal competente”, conforme Protocolo ICMS 30/07, ficamos obrigados a emitir a nota fiscal eletrônica a partir de 1º de abril do ano passado. Como utilizamos o sistema de gestão (ERP) fornecido pela Petrobras, não participamos diretamente do desenvolvimento do software para a NF-e. Entretanto, a responsabilidade quanto aos dados enviados para a Secretaria da Fazenda Estadual (Sefaz) é nossa. Assim, tivemos de nos certificar que o sistema estava gerando corretamente as informações. No entanto, mesmo este funcionando aparentemente bem, é muito importante averiguar minuciosamente os dados nas diversas situações de emissão de NF-e. A participação da área contábil/tributária foi fundamental para verificar se todos os cálculos e valores dentro do arquivo XML estavam de acordo com a legislação. Outros setores da Refap também precisaram se envolver, como o de faturamento, que conferiu os dados cadastrais, produtos e transporte, e o de contas a receber, que checou as informações sobre pagamento. Durante a implantação, realizamos teste paralelo que consistia emitir a nota fiscal no formulário convencional e também enviá-la em sua forma eletrônica para a Sefaz. Esse teste foi muito eficaz para descobrirmos e corrigirmos muitos problemas, mas também exigiu atenção redobrada do pessoal do faturamento. Outra ação de grande eficácia foi a de depuração antecipada do cadastro de destinatários, pois a maioria das rejeições pela Sefaz, InformationWeek Brasil
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s da NF-e durante o teste paralelo, ocorreram por erros simples tais como caracteres inválidos em determinados campos.
Certificado digital A garantia da validade legal da NF-e é a assinatura digital incluída dentro do arquivo XML por intermédio de Certificado Digital fornecido por Autoridade Certificadora (AC) credenciada ao ICP-BR (Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras). O mesmo Certificado Digital pode ser usado para assinar qualquer documento eletrônico, assim, medidas de segurança devem ser tomadas para evitar o seu mau uso. O Certificado Digital possui validade limitada (um a três anos, dependendo da AC) e deve ser renovado antes de expirar. Se ele perder a validade, as NF-e não serão aceitas pela Sefaz. Portanto, a atividade de obtenção e renovação do mesmo é crítica. O curioso é que essa atividade não existia antes da NF-e e inicialmente ficou sob responsabilidade da TI. Após a primeira renovação, chegamos à conclusão que a atividade está muito mais vinculada à documentação da empresa do que à TI.
Hardware Embora o documento válido para o trânsito de mercadorias seja eletrôJulho de 2009
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nico, por conta de limitações técnicas da fiscalização e de muitos destinatários, ainda é necessário imprimir uma folha de papel com os dados da nota fiscal para acompanhar o transporte. O Danfe (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) pode ser impresso em papel comum no formato A4. Desta forma, impressoras (preferencialmente a laser) devem ser posicionadas nos pontos de emissão. Também tivemos de mandar fabricar formulários de segurança para imprimir Danfe em situações de contingência quando não fosse possível enviar a NF-e para a Sefaz. Até hoje, não tivemos que acionar a contingência. Leitores de código de barras foram (e são) muito úteis para agilizar a consulta de NF-e no site da Sefaz e foram distribuídos nos pontos de faturamento e na contabilidade. Como passamos a receber Danfe de fornecedores, também equipamos as portarias que protocolam documentos que entram na refinaria.
Pontos de atenção
Vai implementar NF-e? Confira a lista de pontos que podem facilitar a sua vida
- Certificado digital • Aquisição • Instalação • Segurança de acesso • Renovação • Setor responsável - Impressoras nos pontos de faturamento - Leitores de código de barras • Pontos de faturamento • Contabilidade • Portarias - Treinamento e perfis de acesso dos usuários - Teste paralelo • Conferência minuciosa (definir o que, quem e quando) • Feedback para os desenvolvedores - Depuração antecipada de cadastro - Comunicação • Interna
Comunicação A NF-e e os documentos eletrônicos são uma mudança de paradigma difícil de explicar para as pessoas acostumadas com os documentos em papel. Assim, tivemos que informar cuidadosamente o público interno e externo afetado.
• Externa • Aproveitar período do teste paralelo • Folder explicativo • Entrada em produção - Contingência • Formulário de segurança • Definir cadeia de decisão/acionamento
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Carreira
Relações
virtuais,
emprego real
Gilberto Pavoni Junior, especial para InformationWeek Brasil
REDES SOCIAIS TORNAM-SE UM MEIO EFETIVO DE CONSTRUIR RELACIONAMENTO PROFISSIONAL E CONSEGUIR UMA NOVA COLOCAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO. MAS É PRECISO MAIS DO QUE UM CURRÍCULO: AS EMPRESAS PROCURAM COLABORAÇÃO E VALOR SOCIAL O cientista da computação, Fernando Cardoso, tinha uma carreira profissional bem estabelecida em TI quando recebeu um e-mail da empresa de software Ci&T para uma seleção. Como toda pessoa disposta a construir uma trajetória, ele topou fazer entrevista e passou por todos os processos normais. Ao ser perguntado sobre referências para que se pudesse confirmar suas habilidades, Cardoso não teve dúvida ao indicar: “acessem minha página no LinkedIn”. Nesta rede social, o executivo tem sua vida profissional exposta. Estão lá seus cursos, os projetos realizados e, principalmente, seus contatos e opiniões de outros profissionais sobre ele (recommendations ou endorsement). “É uma vitrine de trabalho e um local onde se pode colocar sua mensagem para o mercado”, ensina. 52
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Information Week Brasil
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Um dos chefes de Cardoso, o COO da Ci&T, Bruno Guiçardi Neto, usa essas ferramentas há mais de três anos. Já divulgou vagas, fez contatos, criou comunidades sobre tecnologia etc. É o que se pode chamar de um social networker assíduo. Mas ele ainda faz o papel de evangelista dessas plataformas. “Todos os gestores da Ci&T são incentivados a publicar vagas nas redes sociais”, comenta. O objetivo é simples: aumentar a área na qual se dá a caça de talentos, tão essencial para as empresas que necessitam constantemente lançar novidades. Há, inclusive, blogs e redes internas na empresa. Tudo para facilitar a troca de ideias e transformar estes ambientes em uma forma de incentivar os relacionamentos e a inovação. A história de Cardoso não é um caso isolado. Os sites de relacionamento hoje em dia representam uma boa Julho Julhode de2009 2009
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Ilustração: Snapvillage
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opção para aumentar a empregabilidade de profissionais estabelecidos ou de quem está procurando espaço no mercado de trabalho. Diferentemente dos portais de recursos humanos, onde se coloca um currículo e espera-se o sistema achar uma vaga cabível, tais plataformas típicas da Web 2.0 otimizam as antigas táticas de construção e aumento da networking profissional. “No ramo do recrutamento, muitas fontes de currículos se esgotaram e deixaram de ser atrativas aos headhunters”, explica a gerente-geral da Right Management
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Carreira no Brasil, Elaine Saad. A empresa é especializada em recolocação de executivos no mercado de trabalho e se utiliza frequentemente dos sites de relacionamento para o recrutamento. O assunto vinha sendo teorizado desde o estouro da bolha pontocom, no fim da década passada. Mas, somente nos últimos anos, a teoria se mostrou praticável pela importância que as redes sociais ganharam no mercado. “A estratégia de networking e persuasão ampliaram-se e as redes são a vitrine do nosso capital social, do valor que conseguimos extrair da rede”, enfatiza o doutor em informática na educação e professor do programa de pós-graduação em comunicação e informação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Alex Primo. Em recente pesquisa da Nielsen, descobriu-se que esse segmento apresenta crescimento duas vezes maior que qualquer outro dos quatro maiores ramos da internet — busca, portais, software para PC e e-mail. Cerca de dois terços (67%) da população online mundial, avaliada em pouco mais de 1 bilhão de pessoas, acessa esses sites, considerados um canal essencial na troca de experiências na web. Um em cada 11 minutos usados na rede mundial é gasto em sites como o LinkedIn, Facebook, blogs ou Twitter. A rede de relacionamento mais popular no mundo — o Facebook
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— é acessada mensalmente por três em cada dez pessoas, em nove mercados onde a Nielsen pesquisa o uso das redes de relacionamentos. O site tem somente a quinta posição no Brasil, com 3,6% de uso dos internautas. Perde de longe para o Orkut, com mais de 70% de penetração. Porém, no geral, os números das redes sociais no Brasil são igualmente impressionantes. Cerca de 80% dos internautas brasileiros acessam tais sites. Isso faz com que um em cada quatro minutos sejam gastos em redes sociais. E o Brasil é um dos campeões de uso da web. Conforme dados do Ibope, de abril, o País tem 25,5 milhões de pessoas que navegam pela internet
Caçadores digitais de talento Cada vez mais, headhunters usam redes sociais para encontrar profissionais. Perfis de diversas consultorias de recursos humanos são comuns em sites como Orkut, Facebook, Plaxo e LindedIn. Já no Twitter, costumam inserir vários perfis — cada um diferenciado de acordo com o nível do profissional procurado. Mas essa é apenas uma das armas para caçar talentos. Os consultores destas empresas também têm perfis individuais e percorrem estas redes em busca do melhor profissional. Eles se misturam em outras comunidades para detectar quem poderia preencher as vagas abertas por clientes da companhia. Na Right Management, isso tem se demonstrado uma ótima tática. “Conseguimos ver como a pessoa se relaciona, quem são seus contatos e como ela trabalha em cooperação”, comenta a gerente-geral, Elaine Saad.
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Redes de relacionamento profissional vinham sendo teorizadas desde o estouro da bolha pontocom, mas, somente nos últimos anos, a teoria se mostrou praticável
Os três erros fatais do networking virtual Ao esquadrinhar perfis nas redes sociais, os caça-talentos costumam relativizar muitas coisas. Mas algumas delas são fatais para desconsiderar um perfil. Conheça algumas: - Exibir comunidades de ódio, preconceito ou de péssimo gosto: Eu Odeio Trabalho, Acordar cedo não é comigo ou Eu Só Trabalho se a Secretária for Gostosa. - Mentir descaradamente: É muito fácil descobrir se a pessoa viajou para a Alemanha, tem mandarim fluente ou foi assessor do Jack Welch. Basta um e-mail para alguns contatos. - Perfis adolescentes: Se o Orkut exibe sua vida de jovem, melhor deixar avisado no perfil que seu lado profissional está em outro site. Mesmo assim, mostre por lá que você não é mais um universitário. Information Week Brasil
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ABrasil boa apresentação virtual
outsourcing
Não há grandes segredos para um profissional usar as redes sociais para aumentar seu relacionamento. O que vale fora da internet continua valendo nela. Há apenas a chance de aumentar a capacidade de interação e contatos. Postura e conduta são sempre avaliados nos perfis, mas a habilidade de se relacionar com contatos de forma colaborativa e conhecimentos de uma forma geral são virtudes que sempre surpreendem os caçadores encomendado Global Economic Downdigitais de talento. Veja uma Estudo lista do que eles vasculham. pela
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Softex e realizado pelo turn on Outsourcing and Everest Institute apontou Offshoring”, avaliou que Testemunhos — o que outros profissionais dizem oportunidades para o País embora a crise financeira sobre você. Não só os expostos na sua página, mas Um em também os comentados em outrosaproveitar locais da rede. o mercado de crie oportunidades paracada redes de contatos — quem você conhece e como outsourcing. A mesma o País, existem obstáculos usados na você utiliza esse leque de oportunidades no mercado. pesquisa, no entanto, afirnessa cruzada. “Os serviColaboração — não basta “linkar” comunidades ma que o Brasil ainda tem serão mais é focados emem redeços mundial gasto e fóruns, é preciso participar com troca de idéias e saber que mostrar atender o mercado interno. lidar com discussões na web. Comentários em blogs como poderá como o LinkedIn, integrar a estrutura global sites A língua (portuguesa) e os também são avaliados. Blogs — você pode ser engenheiro da computação de TI. Eric Simonson, do custos limitam aFacebook, sinergia Twitter, e ter um site sobre ecologia ou turismo. Se ele tiver Everest, que coordenou o para servir outros mercaconteúdo, é sinal que você também tem. blogs ou Twitter estudo “The Impact of the dos”, avisou.
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Sobreviver a um período de incertezas? É possível! É tempo de desafios para o gerenciamento de TI. O orçamento é baixo mas as expectativas são altas. Solicitam que você gaste menos dinheiro para cumprir mais tarefas com menos recursos. Então como você pode fazer tudo isso, melhorar desempenho e aumentar a produtividade da sua equipe? Fazendo investimentos inteligentes em TI. E Quest Software pode ajudar. Para receber uma cópia do nosso whitepaper, “Obtendo mais valor dos seus investimetnos em TI” envie um email para quest.brasil@quest.com.
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Carreira
Está por dentro das redes? Saiba o que cada uma oferece Orkut
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Características
Já passou do boom de early adopters e tem ficado cada dia mais popular entre jovens em formação. É a maior rede do Brasil.
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Absolutamente corporativo. Embora pouco usado no Brasil, tem perfis muito relevantes.
Plaxo/Pulse
www.plaxo.com
É o organizador virtual de contatos mais usado entre executivos.
Sonico
www.sonico.com
É uma rede que tem crescido em toda América Latina. As ferramentas são abrangentes. Mas, por vezes, parece ter mais perfis do que movimento.
www.facebook.com
Oferece boas formas de expor o currículo educacional e achar contatos da área no Brasil e exterior.
Facebook Blogs
Blogger, Wordpress e LiveJournal são as principais ferramentas
www.twitter.com
Já se foi o tempo em que eram diários. Hoje, é a chance de você ser uma mídia. Microblog para textos com 140 caracteres e troca de links.
Foto: Ricardo Benichio
Nome
Cardoso, da Ci&T: usou o LinkedIn como currículo para mostrar as atividades que vinha fazendo
de casa, gastando em média 24 horas e 7 minutos por mês nessa atividade em média. O que nos dá a liderança em navegação em todo o mundo. Cada rede social tem agregado características nos últimos anos e acaba sendo uma faceta da personalidade de cada pessoa. Cabe ao profissional de recursos humanos saber discernir o que está exposto em cada perfil. “Não me importo se uma pessoa tem fotos tomando cerveja no Orkut, isso pode significar que ela gosta de se encontrar com amigos em festas”, ensina a presidente do Grupo Foco, especializado na área, Eline Kullock.
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Ela aponta que as redes sociais têm facilitado o trabalho de caça a talentos. “Mas só na fase de recrutamento, pois a seleção continua dependendo do contato cara-a-cara para a entrevista”, diz. É nessa etapa que tudo aquilo que está escrito nos perfis do candidato é conferido. “Não adianta escrever que tem noções de língua estrangeira, tem de mostrar isto na entrevista”, completa. Afinal, os sites de relacionamento fazem parte de um mundo virtual, mas continuam dentro do mundo que conhecemos, onde iwb o talento tem de ser algo real. Information Week Brasil
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Mercado
A palavra apparatchik foi inventada em russo, na época da União Soviética, para designar funcionários da burocracia governamental. No nosso Brasil, há vários sinais vindos desta “casta”, que podem ser interpretados como uma afronta ao estado de direito e/ou aos poderes democráticos legalmente eleitos. Não sou advogado nem tributarista, mas estamos atingindo um patamar que considero cada vez mais perigoso. O exemplo mais recente é o aumento da CIDE, contribuição sobre o consumo de gasolina: a Petrobrás reduziu o preço do combustível em 4% numa recente segunda-feira. Imediatamente, uma portaria aumentou a carga tributária no mesmo valor, mantendo o preço na bomba inalterado. Você sabia disto? O Ministro da Fazenda defendeu o aumento como forma de compensar Estados e Municípios pela perda de arrecadação: o conceito de “contribuição” foi criado pela União para não dividir sua receita com ninguém (como acontece com os impostos, que além de serem compartilhados, não podem ser aumentados do dia pra noite)! Em outro caso, analisemos a chamada “nova lei dos call centers”, que, de fato, não existe: trata-se apenas de um decreto, originado na burocracia. Já há ações na justiça alegando sua nulidade (já que o assunto deveria ser definido por lei). Nada contra a melhoria da qualidade
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Foto: Magdalena Gutierrez
A ditadura dos apparatchik Roberto Carlos Mayer é diretor da MBI, presidente da Assespro São Paulo e membro do conselho da Assespro Nacional. E-mail: rocmayer@mbi.com.br
no atendimento, mas será melhor sem afrontas ao estado de direito. Também conheço caso de lei aprovada e sancionada, mas não regulamentadas depois de um ano, porque a lei contraria o interesse dos burocratas. Cabe a pergunta: quem governa o País mesmo? A maior mudança em andamento no Brasil, baseada na Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e na Escrituração Digital (conhecida como Sped Fiscal e Contábil), tem base apenas em Atos Normativos e Convênios Públicos (e nenhuma lei). É inegável que estas iniciativas incentivam a demanda por produtos, serviços e profissionais de TI, mas não podemos concordar com o uso destes recursos tecnológicos de forma “livre e solta” nas mãos dos apparatchiki (assim o plural em russo). Precisamos de leis que limitem o uso e garantam a segurança dos dados fornecidos ao Estado. É justo que o esforço imposto à sociedade seja recompensado com a mesma transparência para todas as transações do Estado. E a carga tributária deve ter limites constitucionais, antes que os atuais 40% atinjam patamares que inviabilizem a economia real, formal e legal. InformationWeek Brasil
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Na Prática
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Santander Brasil adota solução de análise de risco e limite de crédito para elevar receita e reduzir inadimplência na operação de cartões
Eliana, do Santander:
Foto; Ricardo Benichio
mais limite para cliente com bom histórico
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“Não há nada pior do que um cartão de cliente ser rejeitado. É CONSTRANGEDOR”, avalia Eliana Sarno Politi, gerente-executiva do Santander Brasil. Para evitar que os bons pagadores enfrentem situações deste tipo, o banco resolveu reforçar políticas de análise de risco e limites de crédito. Para tanto, usou a solução Triad, da Fico (antiga Fair Isaac), e deu início a um projeto que consumiu aproximadamente vinte e quatro meses. O desafio de criar um cenário ideal na gestão dos cartões de crédito esbarrava na evolução intensa do mercado financeiro vista nos últimos anos. Estratégias de crescimento inorgânico, em muitos casos, impactaram em complexidade tecnológica da operação. A realidade do Santander não foi diferente da de seus pares e integrar sistemas surgiu como uma barreira a ser vencida. Para se ter uma ideia do imbróglio a ser resolvido, após a aquisição do Banespa e do Banco Noroeste, o portfólio de cartões do Santander Brasil era processado em cinco operadoras terceirizadas, cada uma com seu conjunto de normas e estratégias, dificultando a administração e causando inconsistências no atendimento. Não havia automatização. O método para evitar perdas, até então, consistia em bloquear toda e qualquer operação que extrapolasse valores 20% acima do limite estabelecido pelo banco. A medida conferia eficiência, mas nivelava igual bons e maus pagadores. “Cada aumento de limite Information Week Brasil
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precisava ser feito na mão, gerando arquivos TXT e enviando para atualização na processadora.” A gerente menciona um exemplo hipotético que deve soar comum a muitos. Imagine-se em uma viagem internacional. Como caução, seu hotel bloqueia um valor do cartão de crédito. No mesmo dia, você aluga um carro. No processo, a locadora retém outra quantia que completa o limite. Invariavelmente, na hora de realizar compras, o turista precisará optar por algo barato ou achar outra forma de pagamento, independente de ter um histórico de bom pagador ou ser um sujeito com nome “sujo na praça”. Em 2003, o Santander começou a internalizar o processamento dos cartões de crédito. Aproveitando o movimento, o sistema da Fico foi alçado à solução passível de tornar mais ágeis e flexíveis as transações de limite disponíveis aos clientes, atendendo aos desejos do banco. A meta era reunir todas as carteiras em um único sistema interno de processamento e gestão da base. O Triad começou nas áreas de facilidades de crédito e autorizações. Pela primeira vez, o banco era capaz de automatizar decisões e tornar consistente o atendimento que dava aos usuários de seu meio de pagamento. A tecnologia da Fico integra informações provenientes de várias fontes, pontuando comportamentos com base em dados históricos emitindo níveis de autorização que embasam decisões sobre limites de créditos possíveis. Para se ter uma ideia, a arquitetura arquiva informações dos clientes contribuindo para o desenho de ações mais Julho de 2009
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individualizadas. Este ciclo possibilita que cada resposta e análise feita pelo Triad fique guardada num armazém de dados, permitindo ao Santander testar, medir e avaliar estratégias dentro de camadas estratificadas da base de clientes.
Primeiros passos O sistema começou rodando módulos de autorização de valores acima do limite do banco. “Em poucos segundos a tecnologia aprova ou não o crédito”, sentencia Eliana, enfatizando que as autorizações para que o cliente exceda ou não ao limite definido precisa respeitar os tempos dos pagamentos eletrônicos convencionais. Para que esses prazos fossem mantidos, os sistemas internos sofreram ajustes. “Conseguimos, no primeiro momento, aumento do faturamento e redução de inadimplência”, comemora a executiva, que cita como um segundo benefício da automatização uma maior segurança na aprovação do crédito. Em um ano, o sistema ampliou em 8% a taxa de aprovação de autorizações e reduziu em 50% a inadimplência. A taxa de aprovação aumenta na época das festas de fim de ano, em comparação com o meio do ano, quando o banco autoriza mais gastos acima do limite, visando a aumentar a receita. Eliana calcula que um milhão de operações de crédito adicional foram processadas pelo sistema Triad, no Brasil só em dezembro de 2008. “Com taxa de aprovação acima de 50%.” O segundo passo contemplou a construção de estratégias para as ações de cartões crédito. “Quando te-
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Na Prática Serviço de decisões
Áreas de decisões
Ações
Processamento
Aprovação da transação Dedução da linha de crédito
Linkage
Facilidades de crédito
Lote
Pontuação do comportamento
DATA IN
Lote
Sistemas de controle adaptável TRIAD
DATA OUT
Cálculo da pontuação de comportamento
DATA IN
Autorizações
Aumenta/reduz linha de crédito Correspondência
Sistemas periféricos
nho informação de um cliente com bom histórico, posso dar mais limite”, diz Elaine, que contrapõe: “Já para uma pessoa que não tem um bom histórico eu posso reter os limites, para evitar a inadimplência”. Com o tempo, o banco começou a desenhar cenários para reverter a eficiência obtida com a liberação de mais crédito em receita. No primeiro teste, feito para avaliar a concessão de autorizações de gastos acima do limite, a taxa de aprovação superou 25% apontando para nível de inadimplência reduzido a metade. “Era um cenário em que todos saíam ganhando”, conta Eliana. Posto em prática, tal panorama se confirmou. Confiante nas previsões apontadas pelo sistema, o Santander Brasil seguiu montando cenários cada vez mais complexos e agressivos que, quando colocados em prática, demonstravam resultados positivos. Para aumentar a receita, o banco começou a usar recursos da tecnologia também no desenvolvimento de ações sazonais. Dessa forma, a ferramenta permitiu à instituição sair de duas ações anuais para uma mensal. Elaine recorda que o modelo anterior impossibilitava a agilidade devido ao esforço que demandava. O projeto de adoção do Triad pelo Santander Brasil começou em 2003, sendo concluído em 2005. A executiva classifica que a ferramenta não saiu barato. “Tivemos custo de personalização e adaptação de variáveis”, revela Eliana, citando, por exemplo, que a solução pediu histórico consistente de transações. Mas os resultados vêm comprovando o investimento. “É um projeto pesado, longo. Quando resolvemos colocar a ferramenta no ar, tínhamos
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CORE SYSTEM
Data Warehouse
uma expectativa e, sabendo do benefício, vimos que valia a pena”, avalia a gerente, apontando que a internalização do processamento de cartões aconteceria de qualquer maneira e apontando que a implantação da solução ocorreu em momento oportuno. O Santander Brasil opera um portfólio composto por cerca de 3 milhões de cartões de crédito ativos. Um dos desafios, agora, está em melhorar as estratégias. A solução deve chegar à área de cobrança o que, segundo a executiva, permitirá segmentar também as ações para clientes inadimplentes. Isso porque, quanto mais informação o software acumular sobre a base, mais específico e direcionado poderá ser o tratamento de demandas individuais. “Podemos indicar remédios certos dentro das necessidades de cada cluster de clientes”, compara. Mas o trabalho do Triad e da área de cartões de crédito do Santander Brasil ainda não acabou. O mercado continua em consolidação. Em 2007, banco comprou o ABN Amro Real. As instituições trabalham, agora, na unificação das operações. Os negócios com cartões devem ser contemplados nesse processo. “Vamos passar, novamente, por uma integração”, aponta Eliana, prevendo que a tecnologia da Fico beneficiará clientes do novo banco iniwb corporado.
Em foco
Desafio: gestão da carteira de cartão de crédito era manual e processada em cinco operadoras Solução: internalização do processo de análise de risco e limite de crédito Resultado: mais agilidade e direcionamento da oferta de crédito a bons pagadores
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Na Prática
Por trás da
Fotos: Divulgação
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Felipe Dreher
SEM LEGADOS, AZUL LINHAS AÉREAS BASEOU SUA ESTRUTURA TECNOLÓGICA EM OUTSOURCING, DIVIDINDO COM FORNECEDORES A DEFINIÇÃO DE PADRÕES ADEQUADOS À OPERAÇÃO QUANDO KLEBER LINHARES ACEITOU O CONVITE PARA TORNAR-SE GERENTE-GERAL DE TI DA AZUL LINHAS AÉREAS, A COMPANHIA SEQUER TINHA LINK PARA ACESSO À INTERNET. Na difícil decisão de trocar a carreira na Gol pelo desafio em uma startup pesou a questão desafio. “O projeto era bacana”, resume. Em junho de 2008, o executivo juntou-se aos ex-colegas Paulo Nascimento (atual CIO) e Luiz Comar (gerente de soluções de negócio) para formar o corpo de gestores de tecnologia que teria a missão de colocar o departamento em funcionamento a tempo para fazer o primeiro avião da nova companhia aérea decolar em dezembro de 2008. “Toda a parte de telefonia, data center, serviço e suporte precisou ser montado em tempo recorde”, confessa Linhares. Foram cinco meses de trabalho intenso para deixar tudo montadinho em novembro. “Esquecemos um pouco a vida para entrar de cabeça no projeto”, recorda. Sem precisar se preocupar com legados, a equipe iniciou o trabalho montando a arquitetura do zero. A meta era ter uma estrutura capaz de ser escalonada sob demanda. “Vamos começar pequeno com objetivo de crescer rapidamente”, comenta o gerente. Para tanto, buscavam-se alternativas capazes de permitir mudanças rápidas de rumo, sempre que necessário. Com base nessa premissa, estratégias foram defini-
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das, sendo a principal delas ter um modelo fortemente baseado em terceirização. A questão básica para tal atitude visou, entre outras questões, à necessidade de ter mão-de-obra suficiente na área de tecnologia no curto prazo. “Além disso, a prestação de serviço seria mais controlada e adequada ao tamanho da companhia no futuro”, preveniram-se os gestores. A escolha do modelo de outsourcing impactou na formação da equipe de TI. A companhia privilegiou profissionais com perfil menos técnico e mais orientado à gestão do negócio e ao relacionamento com provedores. Assim, pinçou talentos com esta característica no mercado, dos quais, muitos tinham trabalhado com os gestores da Azul. “Isto foi um facilitador porque já existe uma sinergia grande”, explica. No que se refere à lista de produtos tecnológicos adquiridos, Linhares lembra apenas de hardwares da Dell, thin clients da HP e licenças de ERP da Oracle. O número de soluções terceirizadas não é tão modesta: contempla o data center, suporte, telefonia (paga por ramal habilitado), software de manutenção e frame de
Em foco DESAFIO: Montar um departamento de TI em cinco meses SOLUÇÃO: Intensa terceirização tecnológica RESULTADO: Ganhos de escala e ajuda na definição de níveis de serviço aderentes
Information Week Brasil
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Consolidação é a regra
decolagem Especialistas sabem que quando o mercado fica consolidado só os gigantes sobrevivem. Mesmo empresas que oferecem um diferencial ou atuam em nichos rentáveis tem poucas chances de sobreviver independentemente. É a força do capital. Para se ter uma ideia sob um ponto de vista histórico, basta lembrar as montadoras de veículos. A GM, fundada em 1908 já por uma fusão de três empresas, agregou outras companhias nos anos seguintes. Hoje, tem uma lista imensa de marcas sob sua responsabilidade. No mercado de TI, o ano de 2007 foi marcante. Oracle, SAPSURPRESA e IBM abriram a carteira e saíram à caça aviação (contratados como serviço), de oportunidades e se consolidaram como as principais forças do mercado. De 1994 a 2008, o setor só gateways de pagamento, parque Os princípios acima nortearam a perdeu para o de Alimentos (450 contra 547 aquisições). dePara impressoras e por aí vai. Kleber escolha provedor de excesso serviço o especialista em fusões Ruy Moura, diretor da Acquisitions, o do mercado se agitou pelo de de liquidez e pelo crescimento economia mundial tendência deve continuar após a ao Linhares calcula umdaporcentual de e brasileira. data Essa center. O time da Azul saiu crise amansar. “O mercado ficou menor para a mesma mercado quantidade deem players e as operações fusão e 90% de toda tecnologia utilizada busca de umdeforneceaquisição serão influenciadas fortemente pelo viés da sobrevivência”, diz
IWB
dezemBro
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outuBro
está no modelo de outsourcing. dor dentro das especificações proO executivo não revela o investipostas, começando a avaliação por lecomunicações, Helio Costa, desde de negócio — a tecnologia impulsiomento, mas afirma queos o orçamento playersideias que consideravam 2005, quando disse que brasileiros nando e processos. os Ummaiores exemde TI foi montado pelos executivos do mercado. “Fomos conhecer essas iriam assistir a Copa de 2006 em alta plo claro da mudança foi a transfebaseado emAexperiências anteriores. empresas e entramos naquelapara analise definição. primeira transmissão rência do CIO da Odebrecht um O conhecimento prévio da indústécnica para entender questões como oficial ocorreu em 2 de dezembro, em projeto de investimento em infraestria Paulo. de transporte aéreo por parte segurança informação”, detalha. São Porém, sem interatividade trutura emda fevereiro daquele ano. dos multiprogramação, gestores de tecnologia contriA hype primeira dovirtual gerenteSecond quanou a novidade O foi oreação mundo buiuteve para estabelecer métricas que do chegou à Diveo foiCisco, de receio. não aprovação do consumidor. Life. Empresas como Dell,“Não Daviriam avaliarsóos as acordos de níveis conhecia empresa”,tentaram reconhece Não aforam consolidações tasul, TAMae Bradesco fazero de serviço (da sigla em inglês, SLA). executivo. Masum conversas com o proque impulsionaram a tecnologia em da plataforma novo e-commerce e Até porque, não havia histórico para vedor,—que sendo 2007. Em comparação ao ano anteCRM masacabou a euforia pela escolhido, “segunda comparação. “Sabíamos no aedesfizeram tal sensação. Quando rior, os orçamentos de TIque, cresceram vida” não durou muito. Em 14 julho,a roporto, preciso um SLA arquitetura do data center começou entre 8%era e 10%. A SOX, que agresjá hauma reportagem do Los Angeles Tisivo. Quando não tínhamos estes a ganhar forma, os profissionais do via promovido alguns projetos de mes alertou para a fuga de empresas parâmetros, ejogávamos questão provedor de serviço não se governança segurança acontinuou desapontadas com a falta de acanhapúblico para que o fornecedor propusesse ram em dar palpites para enriquecer firme, assim como a adoção de VoIP no Second Life. E, no fim do ano, muiníveis”, explica o projeto. coma uma visão eosoutsourcing. Foi Linhares. um ano marcado tas delas “Estávamos abandonaram novidade iwb A aproximação escolha dos fornecedores parmuito para dentro de casa. O conhepela da TI com as áreas por falta de público. tiu de uma análise técnica que cimento deles nos ajudou a definir contemplava capacidade de atendisistemas e contribuiu na definição de a inflação fiCou na Casa dos 4,4%. mento, expertise e benchmarking equipamentos, como de segurança, para depois avaliar os aspectos fipor exemplo”, menciona Linhares. de dezembro nanceiros. O gerente detalha que A Azul 2mantém 30 máquinas físi16 de outubro Lula inaugura as 12 de novembro Operação Persona 20 de compra a cas (o quetransmissões a apresentação dos valoresIBMficou reverte da cerca de 60dezembro virtuprende executivos 3G chega televisão digital Cognos por US$ da Cisco e sua oficialmente ao para segundo plano para não5 haver ais) alocadas no data center da Diveo bilhões, mais distribuidora Mude, 13 de dezembro Brasil com o leilão um marco da suspeitos de fraudes influência apenas monetária.consolidação “Não do e trabalhaSenado em derruba 70 novos arrecadando projetos de na importação de da R$ 5,3 bilhões mercadoode BI TI, sendo prorrogação esperávamos que se escolhesse que grande parte das apliprodutos CPMF IWB mais barato”, completa. cações rodará no fornecedor.
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Na Prática
Contabilidade Felipe Dreher
em ordem
Com investimento de R$ 10 milhões, Igreja do Evangelho Quadrangular recorre a sistema integrado de gestão (ERP) para organizar processos contábeis e fiscais Em 2002, a Igreja do Evangelho Quadrangular começou uma reestruturação administrativa radical, motivada por uma visita, no ano anterior, da Receita Federal. O órgão observou que os dados contábeis armazenados encontravam-se fora dos padrões exigidos — e esta constatação do governo desencadeou uma série de reuniões na busca por uma resposta que garantisse transparência aos processos. Nas deliberações, o corpo diretivo da igreja concluiu que uma das formas de atingir seus objetivos viria por meio de tecnologia. Até então, cada uma das seis mil igrejas (números da época) espalhadas pelo País enviava um relatório à matriz em São Paulo (SP). O documento, feito manualmente, continha um resumo das movimentações de cada unidade e chegava à sede da organização, na maioria dos casos, via Correios. “Os dados eram digitados em um programa que gerava documentos fiscais e contábeis”, recorda Carlos Andreotti, gerente-administrativo e de TI da entidade. As informações recebidas eram, então, condensadas em um sistema da Microsiga, que funcionava como repositório de dados. Tal processo era tido na igreja como dentro dos parâmetros. “Só que isto não era uma contabilidade aceita e sim um resumo mensal”, explica o executivo, citando como procedimento correto uma estrutura feita lançamento por lançamento, documento por documento e nota fiscal por nota fiscal. Após avaliação do modelo almejado e a deliberação sobre uma estrutura contábil mais adequada àquela exigida pela Receita, a Quadrangular questionou-se
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sobre um upgrade de sua ferramenta de gestão. Mas transformar a plataforma utilizada em um ERP efetivo demandaria investimento alto e não contemplaria plenamente as especificações do setor onde a igreja se insere. Outro fator dizia respeito à complexidade geográfica da operação, distribuída por todo País, o que acarretaria em investimentos aproximados de R$ 40 milhões, segundo estimativas da época. Além disso, a entidade precisaria ainda gerar um banco de dados seguro para consolidação e profissionalização contábil, que traria mais confiança aos processos gerenciais. “Resolvemos, por bem, desenvolver internamente uma ferramenta nossa”, comenta Andreotti, que recorreu à empresa especializada em sistemas de gestão Joint Consulting para ajudá-lo a formatar uma solução alinhada às suas necessidades. O provedor de tecnologia mapeou todas as igrejas para conseguir fazer o sistema gerar, em tempo real, uma visão das receitas e despesas da entidade. Isso permitiria à Quadrangular identificar demandas de cada região, suas sazonalidades e prestações de contas aos membros e poder público de forma bastante transparente.
Por módulos O projeto contemplou a fabricação e a instalação modular do software, iniciando por aplicações de contabilidade e controle de entidades e ministérios, uma vez que cada um dos 30 mil pastores se relacionam à Quadrangular de uma forma hierárquica, com 85% da arrecadação permanecendo na localidade de origem e o restante sendo dividido entre as outras esferas estruInformation Week Brasil
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turais até chegar a matriz. Assim que os dois módulos entraram em operação, o software da Microsiga foi desativado. Com o tempo, o novo sistema foi evoluído, ganhando novas funcionalidades e aplicações. Atualmente, oito mil igrejas se conectam a 600 administrações regionais, 27 estaduais, além da sede nacional. Contabilistas — que têm em seu escritório equipamentos e condição de acessar a internet — abastecem o sistema com os dados, revertidos, posteriormente, em informação para os administradores. A Quadrangular realizou uma série de simpósios no País para transmitir novas diretrizes e procedimentos contábeis entre as igrejas e conselheiros numa forma de promover a nova cultura administrativa.
Em foco DESAFIO: padronizar os dados contábeis, adaptando-os às exigências da Receita Federal, além de conectar 8 mil pontos geograficamente distantes SOLUÇÃO: construir um ERP para estruturar a base de dados RESULTADO: modernidade, transparência e consolidação dos dados
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A solução foi hospedada em um data center, o que contribuiu para aliviar investimentos em infraestrutura. “Se montássemos isso, teríamos um custo muito alto, fora a segurança que ganhamos com essa terceirização”, analisa o executivo. O projeto consumiu R$ 10 milhões, diluídos entre toda rede que compõem a Igreja. Depois de concluído, relata Andreotti, a entidade obteve uma contabilidade mais moderna, transparente e consolidada. Desde que o software entrou em operação, a igreja Quadrangular já deu várias palestras mostrando a aplicação para outras entidades religiosas interessadas nos benefícios da ferramenta de gestão. Segundo o gerente, o próximo passo no que ser refere à tecnologia contempla a implantação de um aplicativo de gestão. A ferramenta, batizada de MRM (uma variação do CRM, no qual a palavra costumer é substituída por member), deve começar a rodar ainda em 2009, sendo usada para conhecer melhor o perfil dos cerca de três IWB milhões de fiéis da Quadrangular.
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Na Prática
A lousa v Felipe Dreher
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Instituto Nacional do Câncer aposta em BI para melhorar a visualização de indicadores e maximizar recursos para prevenção da doença no colo do útero A cena se repete em todos os episódios da série televisiva: Dr. House — personagem vivido por Hugh Laurie — rabisca informações de seus pacientes em sua lousa na busca por pistas que o levem ao diagnóstico. Hipóteses descartadas são riscadas. Novos dados são escritos a caneta no quadro branco estático no centro da sala do médico. Tal situação ficcional ilustra a importância da informação nos processos de saúde. Se ampliarmos um pouco o espectro de análise, veremos um setor que, há um par de décadas, aposta em tecnologia da informação. Tal histórico permitiu a coleta e o armazenamento de uma base de dados que já contribui para avanços médicos, definição de políticas públicas, estratégias agressivas no âmbito privado, entre outras iniciativas. Mesmo assim, a saúde brasileira ainda encontrase na UTI. “De um modo geral, a área não tem investido muito em consolidação da informação, buscando algum tipo de inteligência”, sentencia Zina Reis Pinheiro, supervisora de informática da área de desenvolvimento do Inca (Instituto Nacional do Câncer). A questão é que os dados históricos estavam sendo analisados de um jeito muito parecido com o adotado pelo personagem da TV: de forma analógica, com horas de trabalho braçal. “Sempre tivemos grandes bases de dados trabalhadas de forma superficial”, reforça Zina. A
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executiva contextualiza que, no Inca, qualquer relatório necessário demandava que funcionários da área de tecnologia do instituto fossem até a base de dados para gerar os documentos dentro de um padrão, sem dinâmica, agilidade ou elementos gráficos de apoio. Os primeiros sinais de mudança apareceram em 2006, quando o governo lançou o Pacto pela Saúde — um conjunto de reformas institucionais do Sistema Único de Saúde (SUS) envolvendo as três esferas administrativas. A medida nasceu com o objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de gestão, visando à maior eficiência e qualidade, além de redefinir responsabilidades de cada gestor em função das necessidades de saúde da população. O Inca viu no movimento uma forma de transformar a massa de dados coletada ao longo dos anos em uma ferramenta efetiva, suportada pela TI. Assim, a organização — referência em oncologia no País — escolheu a base mais consistente e relevante, mapeando a forma de extrair dali inteligência para lutar contra a doença e melhorar a gestão de recursos. “Começamos a investir para
Em foco Desafio: transformar base histórica de dados em inteligência Solução: adoção de aplicativo de BI Resultado: mais transparência na política de prevenção do câncer
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o Dr. House consolidar estas informações e para deixar disponíveis cenários gerenciais”, comenta Zina. O instituto partiu para adoção de uma plataforma de business intelligence (BI) a fim de otimizar processos, criando um observatório do câncer com visão em todos os níveis da saúde pública. O Inca optou por uma solução da MicroStrategy, que consolidaria 61 milhões de registros de informações sobre câncer de colo de útero, totalizando 35 milhões de exames citopatológicos desde 2002. “O que acho interessante neste projeto é o fato de que BI geralmente é usado quando se fala de dinheiro”, comenta Zina, para contrapor: “Mas, no nosso caso, estamos falando mesmo de saúde, de lugares onde a qualidade precisa melhorar”. O projeto teve início em abril de 2008 e foi criado com intenção de extrair dados de forma consolidada e mostrar de maneira abrangente indicadores acessíveis a todos os gestores de saúde no país. O investimento, incluindo consultoria, produtos, equipamentos e treinamento, foi de aproximadamente R$ 500 mil. O resultado imediato é a disponibilização desses dados online por meio de painéis que auxiliam os profissionais
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de saúde e gestores no acompanhamento das ações de rastreamento do câncer no colo do útero. Informações que antes levavam dois anos para tornarem-se disponíveis, agora podem ser acompanhadas com menos de um mês de defasagem. Além disso, a acesso às tabelas foi portado para a internet, proporcionando todas as facilidades de busca geradas nas navegações pelo aplicativos de BI e consolidando em dashboards dados sobre colo do útero permitindo, por exemplo, detalhamento nos painéis, aprofundando do nível nacional até o municipal. “O sistema traz transparência. O gestor consegue enxergar todas as unidades da rede de saúde para poder ver onde investir”, comenta Zina, enfatizando que isto revela os municípios que não atingem sua meta nos resultados propostos do câncer. O projeto contemplando informações do colo do útero foi concluído em novembro de 2008. O Inca toca uma iniciativa de qualidade da mamografia, iniciado em setembro do ano passado, com previsão de conclusão no segundo semestre de 2009. “Nosso objetivo final é criar um observatório de câncer nos níveis municipal até o iwb federal”, comenta a executiva.
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Novo mundo
Desde 2002, um grupo de cientistas de todo o mundo realiza o que chama de Horizon Report, um estudo que revela as seis tecnologias que moldam o mundo. O deste ano, feito de forma colaborativa e disponível completamente de forma gratuita, encontra-se na internet e recebeu a colaboração de executivos, faculdades e cientistas de todo o mundo. Foram estudadas mais 80 tecnologias, sendo oito delas destacadas e amplamente discutidas. As primeiras duas tecnologias discutidas (mobiles e cloud computing) já são encontradas em muitas instituições de ensino e já são ou serão colocadas em prática por organizações nos próximos meses. Geoeverything and Personal web, as duas tecnologias seguintes, também já podem ser vistas, principalmente em setores como entretenimento e comércio. As duas últimas (semantic-aware applications e smart objects) não são comuns nem em organizações educacionais, nem empresariais, mas o estudo mostra aprovável aderência delas ao mundo em que vivemos e à criação de um novo. Abaixo coloco poucas palavras sobre cada uma delas e seu tempo de adoção: Mobiles – em tradução literal, mobilidade. Tempo de adoção: um ano ou menos. Todas as tecnologias e possibilidades (fotos, vídeos, jogos, telefonia, internet, gravação de áudio, dados, compra e venda, filmes, música, colaboração) reunidas a partir de um único dispositivo, sem contar toda a infraestrutura de rede disponível para o transporte de todos os dados. Cloud Computing – tecnologia em nuvem. Tempo de adoção: um ano ou menos. Com a evolução das tecnologias em data centers, processadores, storage e volume de dados por pessoa, somados aos fatores culturais como segurança de dados, backup, facilidade de uso em qualquer local do mundo, disponibilidade a qualquer hora, fez com que a nuvem nos levasse rapidamente para uma tempestade de dados cruzando os céus. Impossível imaginar um mundo hoje em dia sem essa facilidade.
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Foto: Ricardo Benichio
Horizon Report Alberto Leite é diretor-executivo e publisher da IT Mídia
Geo-everything – Geo-tudo. Tempo de adoção: dois ou três anos. Tudo nesta Terra pode ser encontrado a partir de duas coordenadas. Pensando nisso, estão sendo utilizados cruzamentos de dados que podem ser utilizados para inúmeros fins. Desde GPS até evoluções cartográficas, passando por comunicação e localização de objetos, tudo o que diz respeito a essas classes de discussão concentram-se no que grupo definiu como Geo-everything. The Personal Web – Web Pessoal. Tempo de adoção: dois ou três anos. Quinze anos após a criação das primeiras páginas foram suficientes para que evoluíssem para um modelo onde cada usuário consegue, por meio de gravações, tags, formatos de disponibilidade de dados, webmarks, conseguir criar sua própria web, completamente pessoal. Semantic-Aware Applications – Aplicações Semânticas. Tempo de adoção: quatro ou cinco anos. Com a quantidade de conteúdo disponível na web e os inúmeros mecanismos de busca, a combinação de dados e a forma como são guardados pode significar o sucesso de várias operações, criando assim um mundo completamente baseado em relações semânticas. SMART OBJECTS – Objetos inteligentes. Tempo de adoção: quatro ou cinco anos. Eles são o link entre os mundos virtual e real e podem sinalizar sua localidade, se foram ou não utilizados, status de uso, energia etc. Todo o estudo está disponível na web gratuitamente. Basta ir lá e olhar. Vale a pena. InformationWeek Brasil
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Em meio a perspectivas positivas e boas chances de saírem ainda em 2009 dos efeitos malignos da crise mundial, as construtoras investem na modernização de suas operações por meio de muita tecnologia
Foto: Leo Pinheiro
A construção civil brasileira está longe de ser um exemplo na adoção de tecnologia de informação (TI) para melhorar processos e impulsionar negócios. Com exceção das grandes empresas que dominam as principais obras do País, o setor ainda lida com paradigmas já ultrapassados no fim da década de 90 por companhias de telecomunicações, manufaturas e bancos. Já a maioria das empresas faz uso de sistemas automatizados de planejamento feitos em casa e que podem não aguentar o crescimento esperado para os próximos anos.
Leusin, da Universidade Federal Fluminense: “No geral, o setor está muito aquém do uso eficiente de TI"
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crescimento Embora existam diversos fornecedores desse tipo de TI básica no mercado, as construtoras carecem de padronizações que facilitem o desenvolvimento e a gestão de negócios. “Cada empresa trata a informação do seu próprio modo e, no geral, o setor está muito aquém do uso eficiente de TI”, alerta o professor titular da Universidade Federal Fluminense e vice-coordenador do programa de pós-graduação em arquitetura e urbanismo, Sergio Leusin, que defende a modernização do setor. A falta de TI pode atrapalhar os planos de crescimento do segmento. Após uma época de abalo por causa da crise internacional, a construção brasileira projeta bons períodos de negócios. A queda de 9,8% no PIB setorial do primeiro trimestre de 2009 é vista como uma fase já ultrapassada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon). No fim de 2008, a associação chegou a revisar para baixo a estimativa de crescimento de 9% do setor em 2009. Porém, alguns indicadores do início do ano deflagraram a volta do otimismo. O fôlego renovado é fruto de muita parceria com o governo brasileiro. Só neste ano, foram anunciados o programa Minha Casa, Minha Vida e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para materiais de construção. O primeiro pacote habitacional destina R$ 5 bilhões para a construção de interligações entre a infraestrutura das cidades e a construção de 1 milhão de casas populares. Já a desoneração alcançou diversos produtos, de cimento (diminuição de 4% para quase zero) a porcelana para banheiro (de 5% para zero). Mesmo que a redução de impostos não dure tanto quanto o setor deseja, outros fatores prometem aquecer o mercado nos próximos anos. O principal deles — a saída definitiva da crise — traria uma melhoria da renda das famílias e consequente aumento de consumo em vários setores, o que levaria à expansão de diversas indústrias. Mas ainda há o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) que pode influenciar toda a infraestrutura urbana e logística do País. De mais longo prazo, há os possíveis projetos referentes à realização da Copa do Mundo de 2014. Contudo, todos esses fatores de crescimento podem não ser aproveitados da melhor maneira se o setor não se preparar como um todo. E isso, na visão do professor Leusin, envolve muita TI. “Na média, o setor está ‘ao Deus dará’, mas existem focos de modernização”, enfatiza. Para ele, a não adoção de TI pode comprometer o planejamento de custos, os prazos e a qualidade da obras de uma forma geral.
Julho de 2009
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Foto: Ricardo Benichio
Setorial
Cardoso, da Gafisa: depois de trabalhar em indústrias farmacêuticas e de logística, ele acredita que atraso da TI faz parte da cultura do segmento de construção
Preocupação com o básico “Às vezes, me sinto voltando aos anos 90, na época do Bug do Milênio”, brinca o CIO da Gafisa, Marco Antonio Cardoso, que trabalhou por muitos anos em indústrias farmacêuticas e de logística. Para ele, esta diferença de modernização faz parte do segmento. A construção tem sua cultura adquirida ao longo de décadas. Longe de ser uma novidadeira como bancos e telcos, as empresas do setor vivem somente agora a pressão de mercado para o uso eficiente de TI. A Gafisa iniciou o projeto de modernização do ERP em junho de 2007, quando implantou a solução SAP 6.0. A decisão levou em conta uma série de fatores, mas principalmente a padronização de processos, a escalabilidade para aguentar o crescimento dos próximos anos e a entrada da empresa na era da governança dos negócios. Com ações nas bolsas de valores de São Paulo e de Nova York, a companhia necessitava de um sistema que tivesse os processos contábeis e controles necessários para essa nova vida de transparência financeira. Implantado o ERP e com o parque de 1,5 mil máquinas ainda na garantia, a Gafisa planeja para os próximos
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dois anos a adoção de um sistema de business intelligence (BI) e foca no controle do custo de propriedade da tecnologia (TCO, na sigla em inglês). Para isto, não descarta uma possível terceirização do data center. Porém, as prioridades devem recair sobre a consolidação da infraestrutura e a adoção de soluções padrão de mercado. Estes planos viraram prioridade com a recente compra da incorporadora Tenda. Fora do Eixo Rio—São Paulo, as construtoras também sentem a pressão para se modernizarem. A Norcon, de Alagoas, acabou de comprar um ERP da SAP após 15 anos convivendo com uma solução caseira e, posteriormente, com um sistema da Mega. Apesar da atuação regional, os planos de crescimento são sólidos e há ainda a intenção de abrir capital na bolsa. “Para nós, a TI é vista como estratégica para os próximos anos”, explica o gerente de informática da empresa, Adler Ismerin. A empresa vinha se movimentando desde 2007 com a troca de servidores e a implantação de um projeto de colaboração, que incluiu portal e sistema de troca de mensagens entre matriz, obras e filiais. A Norcon ainda Information Week Brasil
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As empresas do setor vivem somente agora a pressão de mercado para o uso eficiente de TI tem uma planta fabril de concreto armado e esta comunicação direta com o canteiro de obras tornou-se fundamental para o controle de prazos. O ano de 2008 foi dedicado à preparação do ambiente para abrigar o ERP. Com o sistema rodando, a construtora já vislumbra as próximas ações da modernização de TI. “Vamos nos dedicar a um plano de continuidade dos negócios e a estruturação de um network operation center”, adianta Ismerin. A implementação de um BI e bussiness scored card estão previstas para 2010. A terceirização do data center também deve fazer parte dos planos para os próximos anos. Com tantos projetos, Ismerin aponta que o orçamento de TI da empresa deve continuar aumentando 20% ao ano e seguir a curva de crescimento Julho de 2009
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apresentada desde a modernização. “Queremos ficar prontos para brigar de igual para igual com construtoras do Sudeste”, destaca.
Trilhando o caminho Enquanto algumas construtoras passam pelas mudanças culturais e de negócios provocadas pela implementação de um ERP, outras vislumbram uma nova fase na TI. A Queiroz Galvão tem se dedicado nos últimos meses à qualidade de sua base de dados para se adequar à exigência do Sped (Sistema Público de Escrituração Digital), criado pelo governo como parte do PAC e que automatiza o envio de obrigações do fisco às administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores, utilizando-
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Setorial
Fornecedores
As grandes construtoras estão desbravando o terreno para todo o mercado entender como a TI pode ser benéfica para os negócios
O bom momento do mercado, com o apoio do governo e a perspectiva de crescimento, fazem com que os fornecedores de TI se dediquem mais às construtoras. Há três ou quatro anos, não havia cultura de investimento em softwares e equipamentos de tecnologia. “Os orçamentos eram de R$ 20 mil; felizmente isso mudou”, lembra o consultor comercial da Sonda Procworck José Eduardo Vermillio. Para ele, o setor deve passar por uma ampla adoção de ERPs nos próximos dois anos e, a partir daí, se preocupar com a próxima onda da gestão do capital humano. “Há muito a ser explorado por fornecedores, principalmente, entre as construtoras de pequeno e médio portes”.
Foto: Magdalena Gutierrez
miram setor
se de digitalização de documentos e certificação digital. “Estamos num patamar acima do mercado, o que nos dá responsabilidades na hora de adotar TI”, comenta o CIO da Queiroz Galvão, José Haroldo Muglia. O ano de 2008 também marcou o foco na certificação de profissionais em Itil e PMI e no cuidado com TCO (principalmente, virtualização e consolidação de servidores, inclusive com a adoção de blades). Para Muglia, a TI no setor, mesmo em empresas grandes, é ainda muito operacional e deve buscar um foco em processos. “Como não é tão fácil achar profissionais prontos, nós
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Cibele, da Andrade Gutierrez: “Todos precisam enxergar que não é a antiga informática que está lá, mas sim, uma estrutura para ajudar a empresa a se diferenciar”
devemos cuidar do aprimoramento deles.” Esta melhoria da mão-deobra em TI servirá de base para o próximo passo da empresa: a implementação de um sistema de BI para dar mais informações estratégicas para a companhia. As grandes construtoras estão desbravando o terreno para todo o mercado entender como a TI pode ser benéfica para os negócios. Na Andrade Gutierrez, o departamento de TI vive um momento semelhante. A empresa tem se dedicado a definir os níveis de contrato de prestação de serviços internos e externos (OLAs — operating level agreements e
SLAs — service level agreements). Eles fazem parte da estratégia de redução de custos da área e representaram uma economia de 38% dos gastos com redes e 50% dos de telefonia. A TI envolve todas as operações da Andrade Gutierrez, havendo acesso ao sistema desde as obras, por mais longínquas que elas sejam. “Todos precisam enxergar que não é a antiga informática que está lá, mas sim, uma estrutura para ajudar a empresa a conseguir diferenciais no mercado”, argumenta a CIO da empresa, Cibelle Tessari. Outra que vive o pós-ERP é a Odebrecht. A empresa lida há mais Information Week Brasil
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Você conhece o ambiente de sua rede?
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de 20 anos com o sistema e essa experiência ajudou na modernização recente da plataforma antiga por um ERP Oracle. “Aprendemos que, mesmo que a empresa tenha alguns processos próprios, adequá-los aos padrões de mercado significa ganhar tempo”, comenta o CIO, João Cumerlato. Até 2010, o novo sistema estará rodando para todos os 7 mil usuários da organização, deixando o caminho livre para os novos planos de enxugamento de custos e processos. “Há dois anos, 80% do ERP era dedicado ao back office. Nosso plano é inverter isto e fazer dele uma ferramenta para novos negócios”, enfatiza.
TRADIÇÃO E MODERNIDADE
De uma forma geral, os gestores de TI do setor da construção passam por um período no qual é preciso defender a tecnologia como uma aliada na busca por maior competitividade. Esta dica vem do CIO da Cyrela, Rogério Pires. Para modernizar a empresa, há três anos, ele montou um plano denominado IT Strategy. Toda a infraestrutura tecnológica da empresa foi atualizada, inclusive a substituição do ERP Mosaico por um da SAP. Para garantir que as metas fossem reflexo do que a empresa desejava, foram feitas diversas entrevistas com diretores e usuários. “Isto ajudou a coletar ideias e foi essencial para o sucesso do projeto”, diz. Hoje a empresa conta com tecnologia IP, VoIP e interfaces de BI e CRM. A primeira fase do ERP está completa e até outubro toda a companhia utilizará a nova plataforma. “Não é fácil lidar com o legado da TI no setor de construção, mas é preciso buscar a modernização porque os anos que se aproximam são promissoVariação percentual sobre o mesmo período do ano anterior. Fonte: IBGE. Projeção: LCA IWB res”, destaca Pires.
Trajetória do PIB da construção
civil é virtuosa
Julho de 2009
muitas empresas não conhecem realmente a infra-estrutura e o ambiente de sua rede. questões simples como o número instalado de cópias de um software e sua real utilização, muitas vezes são uma incógnita nas organizações. tanto o conhecimento do ambiente quanto a auditoria de software são informações essenciais e que devem ser gerenciados. com um software de gerenciamento de ativos e uma consultoria eficiente, as organizações poderiam evitar surpresas desagradáveis e custos indesejáveis. o software altiris combina as áreas de gerenciamento de serviços e ativos corporativos em uma única arquitetura, ajudando as empresas a eliminar custos desnecessários com software e hardware garantindo, assim, que os investimentos em ti sejam otimizados.
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7/14/09 10:50:06 AM
Estante A Agenda Internacional Do Brasil
CRM Sucessos e Insucessos Quantas empresas já não recorreram aos aplicativos de CRM (Customer Relationship Management) como “salvação da lavoura” no trato com o cliente? Mas, em muitos casos, investem-se elevadas quantias de dinheiro para a compra ou o desenvolvimento deste tipo de sistema em estratégias muitas vezes equivocadas. Marcos Fabio Mazza se apropria de uma pesquisa que revela que 60% dos projetos destas soluções são interrompidos no meio do caminho como justificativa para existência de sua obra. No livro, o autor analisa casos de sucesso e insucesso que permeiam esse universo tecnológico mostrando — por meio de análises práticas — que o segredo está nos detalhes.
Reza a lenda que as caravelas portuguesas aportaram no Brasil em busca de uma rota comercial alternativa para as Índias. Mito ou verdade, a história retrata um País que nunca foi referência muito forte no que tange a exportação de produtos acabados. A balança comercial nacional volta e meia comprova o teor de nosso mercado, voltado à importação. Acontece que, nas últimas décadas, esforços vêm sendo feitos para mudar este cenário, baseando iniciativas na premissa de que a indústria brasileira precisa ampliar sua presença internacional. Dito isso, o livro de Amaury de Souza analisa os anseios e as incursões tupiniquins no âmbito externo dos anos de FHC e de Lula trazendo uma visão serena e fundamentada de uma nação que cada vez mais sente a necessidade de vislumbrar oportunidades em novos horizontes.
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The Social Network Business Plan As comunidades online emergem como a próxima grande mídia, mas poucos sabem como transformar isto, efetivamente, em receitas para o negócio. O expert em redes sociais David Silver apresenta, lista e explica 18 métodos “de vanguarda” para criar estratégias de valor às iniciativas nesse tipo de sites. O autor prevê a substituição das ferramentas tradicionais, como MySpace e Facebook, por novas formas de produtos e serviços entrantes. O valor da obra está na tentativa de Silver em fazer o leitor compreender e estruturar negócios nessa modalidade de comunicação que tanto intriga o mundo corporativo. Editora: John Wiley Trade Preço sugerido: US$ 24,95 InformationWeek Brasil
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Inovação
Midia social como Nos primórdios da web, a maioria dos usuários escolhia um portal como o Yahoo como homepage. Depois, foi a vez de a página de pesquisas do Google ser o ponto de entrada. Hoje, os usuários estão mudando para sites de mídia social como Facebook. Assim que a web criou uma nova maneira muito diferente do desktop, as redes sociais e as tecnologias de Web 2.0 galgaram uma nova plataforma colaborativa, que será muito diferente da experiência de internet que temos hoje. As redes sociais tendem a se tornar o novo “sistema operacional” (OS) da internet colaborativa e transformará a forma que trabalhamos, nos organizamos e colaboramos. Assim sendo, os sites de hoje e os aplicativos requerem que os usuários entrem em conformidade com eles. Quando o assunto é colocar os usuários na direção, os consumidores de tecnologia de hoje estão à frente do software empresarial tradicional. Portanto, é natural que a tecnologia Web 2.0 esteja dando seus passos dentro da empresa — não somente os departamentos de TI mais entusiasmados mas também dos trabalhadores mais jovens trazendo as ferramentas que utilizam em casa dentro do local de trabalho. Aplicativos como o Microsoft Outlook parecem ter sido desenhadas para tornar o ato de copiar e colar simples e isso é somente uma das dezenas de localizações para informação de contrato. As credenciais para login são outro ponto delicado, um problema que muitas iniciativas de gerenciamento de ID tentaram fazer o crack com pouco sucesso. Quantos logins e senhas são necessários para a segurança online? Completar uma tarefa
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Foto: Magdalena Gutierrez
a nova plataforma Don Tapscott é presidente da nGenera Innovation Network, coautor de Wikinomics e de outros dez livros na área de negócios
geralmente significa ir e voltar dentro de dezenas de diferentes interface. Esses aplicativos tratam os usuários como um middleware humano. Não é só irritante, mas também ineficiente. A questão é se a web precisa de uma nova plataforma. Apesar dos enormes passos em direção ao rompimento dos paradigmas anteriores de computação, ainda existem limitações sérias de plataforma. Um dos maiores problemas é a sobrecarga de informações, o que seria a razão de existirem os sites de pesquisa como o Google ou os leitores RSS, além das redes sociais tipo Facebook e MySpace. Ao mesmo tempo, melhores ferramentas para organizar e manter o controle dos amigos, relacionamentos e eventos no mundo de forma geral ainda precisam ser identificadas. A maioria dos sites atuais e aplicativos que lidam com tais informações são simplesmente muito fragmentados. As redes sociais, interfaces de programação de aplicativos (APIs), tagging, blogs e mashups mostram a transição para a internet muito mais integrada de amanhã — prometendo transpor as barreiras entre web sites.
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Como podemos vencer a competição com aquela empresa? Como nossa performance pode ser melhor do que a daquela empresa?
Patrocinadora Platinum da Conferência Anual Outsourcing 2009 Gartner. 15 e 16 de julho no WTC, em São Paulo
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