1ª Edição da Revista Atmos

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REVISTA ATMOS ANO I / MARÇO 2022 / 1ª EDIÇÃO

EDITORIAL

Arte da Capa “Telemonstro” Criação de Adriano Siqueira. /adrianosiqueiraescritor Design & Diagramação Ise Albuquerque. /ise_albuquerque

Revista Atmos Cultura em Órbita Março 2022 /revista_atmos


Quem ainda tem medo do escuro? Assim que desperto pela manhã, a primeira coisa que faço é buscar o meu smartphone, debaixo do travesseiro, debaixo de mim, da cama (risos) Acessar o celular pela manhã é dar um F5 nos portais de notícias, nas redes sociais e no próprio WhatsApp. E começa o dia. O mundo está on e cabe na palma da sua mão, sem trocadilhos clichês por favor. Através da tecnologia o digital está se adequando aos novos hábitos ou será o inverso, nós é que estamos nos adequando ao digital?! Enfim, a praticidade e rapidez sempre foram premissas raízes quando o assunto é tecnologia. É claro que tem hábitos insubstituíveis como sentir o perfume de um livro novo, por exemplo. O digital veio para nos entregar funcionalidade. A internet é a projeção mais operacional da tecnologia, depois que os aparelhos celulares ficaram conectados e repleto de aplicativos para isso e para aquilo, tudo ficou concentrado em um dispositivo, seja ele seu smartphone com capinha dos vingadores, um notebook, um tablet… Com essa praticidade toda passamos mais tempo conectados, tem tudo no celular, receita de bolo, os famosos “Faça você mesmo!” estão por toda a parte. Junto com a informação eficaz vem as vitrines da publicidade. Tem espaço melhor senão onde está a informação?! Assim eu e o ilustre escritor Adriano Siqueira idealizamos a Revista Atmos com a proposta de projetar conteúdo de artistas brilhantes e inspirações fantasmagóricas além das sombras, siga a estrada dos tijolinhos amarelos baby.

Ise Albuquerque



FEED Aesthetic


O mundo hoje está cada vez mais interativo. Muitos do que se via antes foi transformado para se adaptar aos novos meios de comunicação e assim ter mais expansão para o que criamos e produzimos. Muitos procuram mostrar o que era comum no século passado Gibis, Discos de vinil, Fitas Cassetes, fitas de vídeo e jogos eletrônicos antigos. Para estas notícias estarem alcançando um bom público é preciso conhecer muitas plataformas de comunicação: Podcast, vídeos, Lives, rádio, zines, jornais, sites, portais e revistas onlines. A Transmídia é assim, um assunto ou produto diluido para vários tipos de mídia com o objetivo de atingir vários usuários que procuram novidades. Claro que cada mídia tem um jeito diferente de passar a sua mensagem por isso é importante conhecer e estudar para que o produto que queira mostrar alcance o seu alvo. Eu comecei usando as BBS,s na década de 90 que eram pacotes trocados online por sinal de telefone para transmitir mensagens. Depois que a internet foi melhorando e crescendo entrei no Geocities e fiz lá o meu primeiro site para poder passar meus escritos e depois com a chegada de procuradores como o Mordomo e o yahoo tive mais conhecimento em achar sites com espaços grstuitos como o HPG e assim minhas comunidades no Egroups (que mudou para Yahoogrupos) foi crescendo para adquirir mais público. Mesmo assim, eu não poderia ficar só na divulgação dos meus textos pela internet então usei algo que ajudaria muito a divulgar minhas obras. O fanzine. Um livreto que eu distribuia em Casas Noturnas e assim pude usar outra mídia para atrair mais leitores. Com o tempo eu Fiz curtas metragens, histórias em quadrinhos, exposicão de coleçao nos eventos, palestras em bibliotecas e entrevistas nos jornais, rádios e tvs. A transmídia trabalha de formas diferentes de se comunicar. Ela é uma árvore que tem frutos diferentes e cada um tem seu jeito próprio pois cada um tem a sua linguagem e público diferenciado. Não podemos pegar um conteúdo de jornal e colocar em uma rede social poís são plataformas diferentes e tudo na transmídia tem que ser adaptado. Criar um personagem para um livro, hoje em dia deve se ter uma interação maior pois para ser um personagem transmídia deve-se ter alguma noção de games e roteiros para histórias em quadrinhos ou teatro um cinema ou série de tv ou até mesmo ter uma experiência em composição musical, para atingir várias mídias. Essa nova revista Atmos, vai mostrar muitas personalidades que mostram as suas plataformas para alvançar o seu público. Assim vocês poderão ter uma ideia de como o a comunicação se expande e cresce diariamente


Boa leitura!


RA.: Como surgiu essa fascinação pelo ramo musical e a escrita? AK.: Nasci literalmente ouvindo música. Comecei a aprender violão quando tinha oito anos de idade. Aos nove já tocava e cantava nas missas dominicais. A música sempre esteve presente em minha vida. A escrita surgiu por acaso, um desafio feito a mim.

sobre personagens. Se você faz canções, então sabe escrever”. Isso ficou martelando em minha cabeça, pois desafios mexem comigo. Assim surgiu meu primeiro romance: A Ninfa de Pedra. Uma porta se abriu e no prazo de dois anos, escrevi uns cinco ou seis livros num fôlego só. Em 2020 participei da minha primeira Antologia: Auta Verocidade da Elemental Editoração. A partir dessa me apaixonei por elas.

RA.: Quantas músicas você já criou?

RA.: Quais são seus trabalhos atuais?

AK.: Tenho mais de noventa canções ecléticas: samba, bucólicas, pop, românticas e em inglês.

AK.: Tenho 19 livros escritos. Cinco estão na buenovela.com - Traição, A Noiva da Neblina, Uma Segunda Chance, Somente Eu Sei a Verdade e o Segredo de Lara. Em breve: 1692 - Condenadas pelo Destino e O Canto da Acauã. Participo de mais de 40 antologias das editoras: Solar dos Livros, Elemental Editoração, OBook, EHS Edições, DarkBooks, WebTV, Psiu, Cyberus, WE Coletivo Editorial, Círculos Soturnos, Revista Conexão, A Última Página Blog, Revista Filhas da Vassoura, Re-

RA.: Você iniciou a carreira de escritora quando? AK.: Em 2014 no processo de gravação de um CD com músicas autorais, ECLÉTICO I – LAMARIS (Youtube, Spotify, CD Baby e outros) surgiu um desafio: O de escrever um livro. É claro que minha resposta foi não. “Não sei como começar um livro e não tenho ideia para isso”. O desafiante indagou: “Mas algumas de suas músicas são estórias


vista 666, Programa Creepy Metal Show da Rádio Putzgrila, Revista Traços e Editora AUBE.. Obrigado pela entrevista. RA.: Você produz trilhas sonoras para os personagens também? AK.: Cheguei a produzir três trilAdriano Siqueira e da Maria Ferculai (personagem de Adriano de e de Maria Dutra); uma canção sonagem de Maria Dutra com leDutra) e uma canção no estilo agem de Maria Dutra com letra de

has à convite do grande escritor reira Dutra. Um blues para o NeAdriano Siqueira com letra dele romântica para China Girl (Pertra de Adriano Siqueira e Maria metal para Mary Metal (PersonAdriano Siqueira e Maria Dutra).

Obrigado pela entrevista.

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RA.: Como surgiu essa fascinação por lobisomens? AB.: Surgiu de uma combinação de fatores vivenciados na infância e adolescência. Por um lado, cresci em uma cidadezinha do interior do Rio Grande do Sul onde “causos” de lobisomens supostamente reais eram comuns e isso era algo que me deixava muito intrigado. Por outro lado, cresci assistindo na TV filmes como “Um lobisomem americano em Londres”, “Grito de Horror” e “Bala de Prata”, o que contribuiu para o meu fascínio em relação a essas criaturas. RA.: Você costuma pesquisar muito sobre? AB.: No passado já fui mais dedicado ao tema. Atualmente me limito a consumir material licantrópico relacionado à literatura, hq’s e nos raros filmes do gênero que ainda valem a pena ser assistidos. RA.: O público leitor procura muito o escritor

AB.: Sim, sempre recebo e-mails e mensagens nas redes sociais dos leitores dos meus livros. Na medida do possível, procuro responder a todos. RA.: Você acredita que o cinema e a literatura e games andam juntos? AB.: Sim, eu colocaria as histórias em quadrinhos junto nesses grupo de manifestações artísticas e culturais que dialogam entre si. Às vezes os resultados desse intercâmbio são positivos, em outros casos nem tanto. O ideal me parece ser procurar conhecer o máximo possível para ver com o que se identifica e o que se interessa em buscar mais. RA.: Seu site tem muitos escritores e curiosidades e histórias. Quando surgiu essa ideia? AB.: Eu já tive outro blog entre 2009 e 2013, o


“Escrituras da Lua Cheia”, que acabei desativando por falta de tempo para me dedicar a ele. Esse atual, o “Relatos Noturnos” surgiu no início do ano passado, após sucessivos pedidos por parte de antigos leitores que curtiam o conteúdo. Com o contexto da pandemia, achei que poderia ser um bom momento para voltar a disponibilizar material on-line. Logo em seguida surgiu a ideia de transformar o blog também em um selo literário através dos quais republiquei meus livros “Na Próxima Lua Cheia” (2010) e “Jarbas” (2011) além do inédito “Lobos do Sul” (2021), o que se revelou uma decisão muito acertada, tanto que em breve teremos a publicação de outro livro inédito intitulado “A Noite dos Zumbis Caipiras”.

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Já são mais das duas horas da manhã. Todos as faixas dançantes já tocaram...

APERTE O PLAY BABY

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RA.: Como surgiu a Ideia de produzir vídeos tar e subir. Os de livros um pouco mais, pois os sobre quadrinhos e livros? livros exigem mais tempo de leitura e o cenário também leva mais CW.: Basicamente o amor por tempo para ser “ajeitado”, agora os quadrinhos e literatura, principalde entrevistas são os mais dificeis, mente nacionais. Eu sou apaixonalevam quase 10 horas o processo do por quadrinhos e literatura desde todo, ainda mais os da TV Calafrio muito novo e tenho uma predileção onde preciso ainda me vestir com o por terror, horror e gótico, mas leio personagem Mestre do Terror para as de tudo. O canal veio do desejo priaberturas. Esse trabalho até tem me meiramente de dividir meu gosto e tirado muito tempo de leitura, anas coisas que tenho na coleção com tes eu tinha muito mais tempo para outras pessoas que tamleitura. Um agravante é bém tenham esse mesmo que no horário comercial amor mas acabei enconeu tenho minha atividade trando uma motivação a profissional, o que me mais que é ajudar na divulgação do que produz- faz ficar até tarde da noite e me toma também ido por nós brasileiros. sábados e domingos. Só mesmo o amor pelo quadrinho e literatura é que explicam a força RA.: Isso exige muito trabalho? Quantas horas para manter o canal no ar e os inscritos e amigos entre ler um livro, hq’s e fazer resenhas em que seguem me incentivando. Aliás obrigado a vídeos? você pela inspiração de sempre e pelo apoio. CW.: Muito, exige muito trabalho mesmo e as vezes até bate uma desmotivação quando depois de tanto trabalho as visualizações nos vídeos não vêem. Vídeos sobre hq´s levam em torno de 4 a 5 horas para ler, arrumar cenário, gravar, ed-

RA.: O público tem crescido no seu canal? CW.: O público no que diz respeito a inscritos tem sim, de forma bem lenta mas gradual e isso é motivador. Com relação as visualizações nos vídeos,


na última semana tive uma decepção pois alguns vídeos ficaram muito abaixo da minha média de visualizações, mas vou continuar na batalha. Tenho inscritos que se tornaram amigos de verdade. RA.: Tem espaço para mais livros e escritores nos seus videos? CW.: Tem sim, eu vou esforçar ao máximo para ajudar a todos os escritores e editoras que queiram usar meu espaço para divulgar seus trabalhos, faço tudo com muita dedicação, quero ver o espaço da literatura de horror crescer muito no nosso país. Estou sempre aberto para ajudar. E eu adoro os vídeos de entrevistas com autores, aprendo muito. RA.: Quantos programas tem o seu canal? CW.: Meu canal tem hoje mais de 15 tipos de programas diferentes e variados, desde peças da minha coleção, locais que conheço, resenhas de livros, quadrinhos, filmes e os de entrevistas que são 3. TV Calafrio com a participação do editor Daniel Saks da editora INKBLOOD COMICS, o PAPO SOBRE HQ e o CONTOS SOMBRIOS ENTREVISTA o qual vc já me deu o prazer de participar algumas vezes e outros escritores e até diretores de filmes e talz. Quero agradecer mais uma vez seu apoio meu mestre e amigo Adriano Siqueira pelo apoio e por me conceder esse seu espaço para falar um pouco desse meu trabalho pequeno mas dedicado em prol do quadrinho e da literatura fantástica brasileira.

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RA.: Como Surgiu a Ideia de produzir revistas e estilos baseados em algum visual ou estilo? digitais? FC.: Eu confesso que não saí fazendo uma reFC.: Olá Leitores Cruéis! Obrigado à Revista At- vista sem pesquisa e estudo de mercado. Commos pelo convite. prei o livro A Revista Não Está Morta - Publique a Sua, do autor Ivan Zumalde, e me aprofundei no tema. Gosto muito do A Revista Filhas da Vassoura surgiu estilo da Revista Rolling Stone, foi em maio de 2021. Eu e minha esinspiração para o logo da Filhas da posa, Khelda, estávamos lendo uma Vassoura, gosto da clareza e minimalHQ sobre Aleister Crowley e então ismo da revista Vogue. A Life Magaveio a questão: Existem revistas zine com personalidades icônicas nas que tratem do tema bruxaria? Focapas, e para citar revistas nacionais mos pesquisar e encontramos algosto do estilo da Amarello e das cagumas publicações na Espanha, pas da Corner. EUA e França. Resolvemos tentar escrever sobre o assunto e gostamos do conteúdo. Foi uma aposta, RA.: O público exige muito? em meio ao ápice do isolamento social, queríamos ajudar as pessoas de alguma FC.: Atualmente temos três revistas digitais, forma, e hoje em A Filhas da Vasdia a maioria das soura, a 666 Terpessoas passa o ror e a O Covil dia lendo. Dentro da Filhas da Vassoura teríamos Literário. É necessário pensar no leitor durante uma sessão de terror, mas ficou tão grande que a diagramação. Pensar na ferramenta de leitura virou outra revista. Mostrei o projeto para o Adri- que será usada. 90% dos nossos leitores usam ano Siqueira. Ele gostou e convidei ele pra ser o smartphones, os outros 10% usam tablets e pcs. editor e assim nasceu a 666. É necessário desenvolver as revistas pensando


se fosse uma revista impressa, é importante atentar para tamanho das fontes e geografia da página. Dessa forma a exigência do público será sempre por conteúdos mais específicos do nicho da revista, e não por questões técnicas, e estamos constantemente tentando aprimorar com design e maior qualidade nas imagens utilizadas. RA.: Tem espaço para mais colunistas? FC.: Eu gostaria de ter mais colunistas, sim. Porém, fico receoso de convidar, pois as revistas ainda não geram retorno financeiro, e sei que o tempo dedicado à escrita tem um valor e um preço. Pretendo, espero que em breve, remunerar todos os colaboradores, pois sei que isso é importante para o cumprimento de prazos e agregará valor à empresa. RA.: Você também é escritor e lançou um livro neste ano. é um livro de terror? FC.: Lancei o livro Medo da Luz. É um livro com quatorze contos de Terror e Horror. Mais centrado no Horror psicológico e gore. Tem a história de um padre invocador de demônios, tem um conto sobre abuso infantil, outro sobre negligência familiar… Hospício assombrado por pessoas vivas, tem até sobre vampiros canibais. Pra quem gosta de horror caótico, daqueles de dar medo de levantar da cama às 3:33 da manhã, se tu é esse tipo de leitor, que aguenta uns temas mais cruéis, vale a leitura. O livro está disponível na Amazon e é gratuito para Kindle Unlimited. Agradeço pela oportunidade, e vida longa à Revista Atmos!

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RA.: Como surgiu essa fascinação pela arte? MD.: Eu descobri que gosto de arte por volta de 2010, quando fiz algumas pinturas, mas não tinha levado muito a sério e somente em 2019 foi que comecei a pintar e a desenhar com mais frequência. Entre o ano de 2020 a 2022 foi o ano me mais

me destaquei na arte com giz de cera sobre MDF e tela. Em janeiro de 2022 fiz 31 quadros abstratos. A maioria deles em giz de cera. A minha descoberta pela arte foi percepção, necessidade de criar imagens que a minha mente produz e se posso fazer a arte naquele momento eu a crio. Quando não posso fazer na hora costumo escrever o que vi na imagem e reproduzir em um outro momento.

MD.: O público procura sim, se informar sobre a técnica que uso para fazer meus quadros em giz de cera e muitos acabam reproduzindo os seus. Eu fico muito agradecida pela procura pois vejo que a minha artetem impacto visual positivo o que me dá mais vontade de produzir. RA.: Você tambem é colunista sobre arte e também escreve histórias. Como consegue tempo para tudo isso? Qual o seu segredo? MD.: Fácil não é, mas o prazer de escrever, desenhar pesquisar é algo tão engandecedor e satisfatório que, mesmo quando se está naqueles dias difíceis querendo um descanso, a arte pipoca em minha mente e de alguma forma tenho que ler desenhar ou escrever, para que meu cérebro se sinta relaxado e meu corpo também.

RA.: Você costuma pesquisar muito sobre os artisRA.: O que você diria para alguém que quer tas? começar neste ramo artístico? MD.: Costumo ler sobre os artistas e conhecer as suas obras a ponto de me inspirar em alguns deles, o artista plástico do qual muito aprecio os traços é o Modigliani e atualmente tenho apreciando a artista plástica brasileira Ticiana Prado uma artista que vem se

MD.: Pesquise, desenhe, entre em cursinhos, desenhe tudo que vier em sua cabeça, poste nas suas redes, mostre para os amigos. Qualquer que seja sua arte, nunca deixe de produzir, pois quanto mais treinamos, mais o cérebro nos cobra a produzir.


Maria Ferreira Dutra mora no Rio de janeiro. É desenhista, escultora e escritora. Participa ativamente com a sua criatividade e ideias nos seus trabalhos ligados a arte em geral e criou muitos personagens e desenhos incríveis que podem ser vistos em seu perfil no instagram. Seu primeiro livro que tem a sua participação é o “Eles Existem” e tem até agora 10 antologias que participou. Estudou a vida e a obra de grandes artistas e produziu releitura artística nas artes de Amadeo Modigliani, Paul Cézanne e Anita Malfatti. É citada como autora criativa na revista LCB e também no site da Academia Poética Brasileira onde recebeu a Comenda Charlie Chaplin por seus incentivos a arte e a criatividade. Ganhou uma menção honrosa da Revista 666 Terror pelas suas artes sobre criaturas monstruosas e textos.

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RA.: Como surgiu a ideia de escrever um livro? PL.: Desde pequeno eu tinha esse sonho de escrever um livro, logo que eu debutei para o mundo da literatura, mais especificamente a partir dos 11 anos. Nessa época eu comecei a escrever um livro, à mão, pois era a única alternativa pra quem ainda não dominava a datilografia, mas que ficou nas primeiras páginas e não foi pra frente. Era um livro de terror, gênero que eu mais gostava na época. Nessa época, o meu quarto era onde ficava a estante de livros da casa, e eu adorava ler. Eu via grandes livros, sagas ou coleções, e achava que escrever um livro assim era algo intangível, inimaginável, totalmente impossível. Tinha medo de ler livros muito extensos.

também cheguei a adiar meu mestrado pois temia não concluir o curso, eu já tinha feito um curso de pós não concluído, justamente por não ter completado a monografia. Mas eu não só concluí o mestrado sem problemas, como realizei os trabalhos e a dissertação com gosto pela escrita. Aí eu provei pra mim mesmo que escrever era possível e aquele sonho voltou a ganhar força. Porém, ainda se passariam mais alguns anos, em um período que eu estava desempregado e sem perspectivas imediatas de trabalho, em 2012, quando eu fiz uma viagem para São Tomé das Letras (MG) e tive a inspiração para criar uma história sobre alienígenas.

Essa passagem tá muito bem retratada no meu weblog profissional pedroom.com.br no makEsse desejo de escrever sempre esteve comigo, ing-off do livro “Adução”. Mas, para resumir, a ideia mas esse “medo” também. Eu não me achava ca- me veio no dia 22/12/2012, ou seja, no primeiro paz. Houve uma segunda tentativa de escrever dia do reinicio da conta longa do calendário Maia. um livro, por volta de 2006, quando eu era profes- O que eu imaginei foi uma história em que uma sor universitário, mas novamente eu abandonei a família viajava para o futuro após um evento no escrita após as primeiras páginas. Era uma história Triângulo das Bermudas e se deparava com uma de fantasia medieval, com magia e dragões. sociedade hiper-avançada, povoada por alienígenas. Somente quando eu cursei e concluí meu meA minha ideia era descrever esse mundo alienígestrado, que perdi o medo de escrever. Aliás, eu na e contar como foi a evolução dessa espécie


na conquista do Sistema Solar, até se tornar assim tão evoluída tecnologicamente, socialmente e biologicamente como espécie. RA.: Você gosta de ler autores nacionais? PL.: Eu sempre li autores nacionais, mas quando comecei a ler, eu gostava mais dos estrangeiros, porque a temática de terror e mistério não era o forte da literatura nacional. Meu contato com os livros resumia-se à escola, às livrarias (especialmente uma Saraiva que ficava a uma quadra da escola e eu adora ir lá ver os livros), e àquela estante no meu quarto. Eu nunca discriminei ou preteri um autor por ser brasileiro ou estrangeiro, apenas lia mais estrangeiros em função do gênero mesmo. Hoje eu leio mais autores nacionais do que no passado, mas sempre apreciei as leituras obrigatórias da escola, de modo geral. Meus autores favoritos desde essa época da escola são Érico Veríssimo e Fernando Sabino. Depois que eu me tornei escritor, passei a ler mais autores nacionais, especialmente de FC, gênero que, apesar de escrever dentro desse tema, li pouca coisa durante vida. Minhas referências em termos de ficção científica vêm mais do cinema. Já como inspiração para a escrita, especialmente para essa saga que estou escrevendo, creio que vem mais dos estudos e da leitura de clássicos, incluindo alguns grandes filósofos, do que da própria literatura de ficção. RA.: O público leitor aprecia conversar com o autor? PL.: Até certo ponto, sim. Mas eu acho que essa inteiração escritor/leitor poderia ser mais próxima do que é, uma vez que a Internet propicia essa aproximação entre o escritor e seu público.

Eu até escrevi uma coluna sobre isso, quase como um manifesto clamando por mais interatividade em “O Leitor, o autor e a Internet”. Isso vale especialmente para escritores emergentes ou, como eu, que possuem um publico restrito, já que um autor best-seller muito provavelmente não conseguirá conversar com a maior parte de seus leitores pelo simples fato deles serem muitos. Eu acho que há uma parte do público que desperdiça a chance de trocar ideias com escritor, como estamos fazendo nós por meio desta entrevista, pois hoje a Internet propicia esse contato. É preciso aproveitar melhor isso. RA.: Você acredita que o cinema e a literatura e games andam juntos? PL.: Sem dúvida. Especialmente pra mim. São três meios que permitem contar uma história. Eu já citei o cinema como uma das minhas referências para a escrita de ficção científica; outra referência são os games. E como eu sou da época do Atari, os games que eu costumava jogar desses tempos mais remotos até os PlayStations da vida, eu tenho uma preferência por games “mal feitos”, ou seja, sem tantos recursos gráficos como os atuais. Pois creio que o game assim “mal feito” estimula o cérebro a completar o cenário e a própria história por trás do jogo, isso ajuda a exercitar a imaginação. Alguns desses estímulos podem ser encontrados em meus livros, incluindo passagens que vão fazer referência direta a alguns jogos. Eu também tenho uma história que eu concebi sobre o jogo “Doom II”, que compõe 32 fases desenvolvidas + extras, incluindo um texto com o “backstory” desse pacote de fases E esse jogo, antigo já, retrata bem isso que descrevi acima:


cenários rudimentares (embora bem editados, chegando até serem destacados em um site norte-americano voltado para o compartilhamento de fases para esse jogo), o qual exige esforço imaginativo para completá-lo em sua mente. O texto “backstory” é uma amostra disso: eu completando em palavras aquilo que o cenário esconde em sua rudimentaridade – o texto foi escrito em inglês, também como parte de um exercício da língua. Vale citar que meu pseudônimo advém do nickname que eu utilizava quando jogava esse game: Pedro + Doom = Pedroom.

aquilo se resume à minha pessoa. Eu jogo sozinho, pois o botão permite isso. Sem dúvida, criar esse universo foi mais um estímulo, uma prática que me ajudou a conceber uma obra que igualmente abraça um universo imaginário. A diferença é que, no botão, todas aquelas partidas e campeonatos retratados no site são reais, jogos que eu conduzi sozinho. RA.: Você gosta de escrever que tipo de gênero literário? PL.: Fantasia, atualmente com foco na Ficção Científica. Mas eu tenho algumas ideias e rascunhos para escrever histórias, possivelmente contos, de mistério e terror dentro do estilo da literatura fantástica. Tipo contos policiais com elementos sobrenaturais. Eu penso ainda em retomar aquele livro abandonado sobre magia e dragões, e também gosto de escrever crônicas. Tenho poucas crônicas escritas, mas vontade de escrever outras mais, algo que busca contemplar uma escrita mais brasileira em comparação com as histórias que escrevi até aqui, basicamente a saga “Adução & Abdução”. Eu tenho duas contas no Wattpad, onde publiquei essas crônicas, sob dois pseudônimos: Pedroom Lanne & Noll Quanticus.

PS: Vale esclarecer que a criação dessas fases resume-se ao desenho tridimensional dos ambientes e a disposição dos itens do jogo pelo mesmo. As texturas, imagens e animações são as mesas do game original, disponibilizadas pela empresa que o criou. Vale dizer isso, pois nessas fases há cenários baseados no jogo “Wolfenstein 3D” (o primeiro game tridimensional norte-americano), ambientado no cenário da Segunda Guerra Mundial, pertencente a mesma empresa de software, a Id, com referências aos horrores do nazismo e à figura de Hitler. Todavia, o jogo retrata o combate à tal regime e nefasta figura, não se trata de apologia aos mesmos. Vale citar isso para que não pensem que seja eu um neofascista, só por que curtia esse jogo que, deveras, trata-se de No gênero da ficção científica, que é meu foco atual, também tenho alguns rascunhos para esum game de tiroteio (shootout) bem violento. crever mais histórias, todavia sem alienígenas. Outro jogo que também me ajudou a estimular Espero poder dar vazão a esses novos textos asa imaginação é o futebol de botão, e eu sou um sim que completar a saga “Adução & Abdução”, praticante regular (porém, joguei muito pouco des- a qual hoje me dedico à escrita de seu último de que começou a pandemia). Eu tenho um site; episódio. Porém, há também o desejo de escrea FIFME - Federação Internacional de Futebol de ver mais um livro dentro dessa saga, que seria Mesa que, se você navegar, vai se deparar com um spin-off envolvendo um dos personagens universo à parte sobre jogos & competições de da história. Enfim, ainda há muitos planos pela botão. Quem entra no site imagina que se trata de frente, e o desejo de experimentar novos gêneruma grande federação, com inúmeros praticantes os para dar vazão à escrita. e jogos pelo mundo inteiro, mal sabem que tudo


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RA.: Como surgiu essa fascinação pela escrita do PE.: Sim, frequentemente. Inclusive tenho um projeto de entrevistas com autores e artistas ingênero LGBTQIAP+? dependentes. PE.: Decidi abordar as questões de gênero e sexualidade em minhas histórias justamente por sentir RA.: O que você indicaria para quem está falta de alguns aspectos importantes nas histórias começando ? que lia. Não me sentia representada na maioria delas, então decidi escrever histórias que me rep- PE.: Nunca deixe de acreditar em si. Sempre resentassem e obviamente a muitas outras pes- pesquise, sempre se atualize e sempre busque soas como eu, LGBTQIAP+, periféricas, não bran- parcerias. cas e não cristãs. RA.: Quantas livros vc ja criou? PE.: Algo em torno de 40 títulos. RA.: Você iniciou a carreira de escritora quando? PE.: Escrevo para o público desde 2018, porém, em 2010 eu tinha um blog onde postava contos de ficção científica que abordavam questões históricas, filosóficas e sociológicas, com isso atraia os alunos do ensino médio, para os quais lecionava, para as aulas. RA.: Costuma fazer lives?


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RA.: Como surgiu essa fascinação pelo ramo que era ator do Cultura e Musica.com. Ele foi inspiração do Projeto Novo Autor do Alex Giostri. artístico e musical? Apresentei um rascunho para o William JuvenRG.: É uma história bem longa. Quando jovem cio que iria fazer uma webtv dentro do site dele, fiquei fascinado pelo mundo da música. Tenho porém ele não gostou do projeto. Depois, com tios e primos que tocam instrumentos musicais o surgimento da Pandemia do Coronavírus, eu e daí surgiu a vontade de ser músico e ir par uma tirei o projeto da gaveta e comecei o programa faculdade de músi- com a ajuda de alguns amigos do teatro. ca. Meus pais foram contra e queriam RA: Ser ator é ser outra pessoa? Qual o segredo que eu fizesse uma outra formação. Daí acabei optando por psicologia. Fiz o vestibular e passei. Paralelo a isso, continuei para interpretar bem? fazendo aulas de guitarra no Centro Musical Antônio Adolfo. Durante uma brincadeira com RG: O que realmente acontece não é se tornar amigos, um casal de amigos me convidou a fazer uma outra pessoa quando está se interpretando. aulas de teatro já que eu era bom na comédia. As perguntas que um ator faz ao seu personagem Porém, fui amadurecer esta vontade depois que são muito simples: Onde estou? Quem sou eu e o comecei a frequentar a faculdade de psicologia que estou fazendo? Perguntando estas 3 pergune quando fui fazer uma leitura dramatizada de tas importantes. Cabe ao ator dizer o que ele enobras de Shakespeare. Depois disso, a vontade tendeu do seu personagem. Não é um trabalho simples. Em muitos casos, exige laboratório ou de ser ator apareceu. pesquisa. Não basta ter um rostinho bonito. Tem RA.: O Programa Leitura Dramatizada surgiu que pegar no batente. quando? RA.: Quais são seus trabalhos atuais? RG.: Este era um antigo projeto na época em


RG: Recentemente, terminei de filmar um documentário sobre o amor. Convidei pessoas para dar um depoimento do que é o amor segundo a visão deles. Foram pessoas variadas como um diácono permanente, um professor de filosofia, uma atriz, uma poetisa e uma psicanalista. Terminei um longa chamado A Noite das Vampiras com Rubens Mello e um curta chamado O Palco dos Rebeldes com Bruno seixas e Ary Aguiar Junior. Este ano, irei lançar meu livro A arte Guerrilheira e Show Business. RA: Você prefere mais teatro ou cinema? RG: Os dois. Valeu Rodrigo!! Obrigado pela entrevista!

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RA.: Como surgiu a ideia de produzir uma edi- RA.: O público tem crescido no seu canal? tora? VM.: Sim, graças a Deus, o canal tem crescido VM.: A ideia surgiu devido à imensa vontade de bastante. Os escritores têm prestado muito unir todos os serviços que eu já prestava para se apoio, trazendo inscritos e aumentando as visualizações, o que é necessário para o crescimentornar um diferencial no mercado literário. to do canal. RA.: Você aprecia muitos livros e RA.: Tem espaço para mais livtem um canal aberto para escriros e escritores nos seus vídeos tores. Isso exige muito trabalho? e editora? quantas horas entre ler um livro e fazer resenhas em vídeo? VM.: Sempre tem. O canal foi feito para ajudar na divulgação, VM.: Exige trabalho demais, pois eu aumentando a visibilidade do esfico dias para concluir o serviço de recritor brasileiro, como um todo. senha em vídeo. Eu leio o livro, o qual d e E a editora também, pois ela foi pendendo da quantidade de páginas pode levar dois dias ou mais. E além disso, eu gravo e edito criada para incentivar a escrita, de modo a criar diversas antologias, dentre outros projetos que futurao vídeo. Tudo isso sozinha, o que me faz gastar mente serão revelados. muito tempo. E depois disso, ainda é necessário divulgar nas redes sociais. Então, para concluir RA.: Você também tem um instagram poderoso? o serviço inteiro gasto uma semana, no mínimo. Como consegue tantos seguidores?


VM.: O Instagram, de fato, me ajudou muito a conseguir o reconhecimento de diversas pessoas, as quais estão no ramo literário. Os seguidores vieram de forma automática quando passei a participar de lives e de sorteios de livros. RA.: A sua editora está com muitas antologias interessantes. Pretende fazer muitas por ano? VM.: Sim, com certeza. Pretendemos abrir muitas. O máximo que pudermos, pois é uma forma de divulgar os escritores e incentivar para que as pessoas, de uma forma geral, leiam mais e escrevam também. Obrigado pela entrevista.

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O Lorde da Noite Parte I A Deusa da luz As chuvas torrenciais de verão eram constantes na capital morena do Mato Grosso do Sul, eu estava inerte como uma das decorações de cerâmica da mamãe, somente meus olhos moviam-se no gotejar da chuva no vidro da janela, as gotas caiam e desciam, todas orquestradas. Da cozinha a vovó avisava que a próxima remessa de bolinhos de chuva estavam a caminho e o vovô folheava com cuidado um livro antigo e com os óculos pendurados no pescoço nos chamou. - Cecília e Clarinha! - Senhor? Gritamos do quarto. - Vocês querem ouvir uma estória… de bruxas e vampiros? Nem esperamos terminar de falar e saímos correndo para a sala. - Conta vô! Pediu Clarinha arrumando uma almofada no chão. - Pois bem vou contar pra vocês a história de Landara a deusa da luz. Landara era uma bruxa guerreira líder das amazonas da tribo Juá. A tribo enfrentava a invasão dos seres da noite, ou os seres sem espíritos, os Añagwea. A guerra contra os Añagwea tinha começado há muito tempo atrás bem antes de Landara nascer. E no auge de um dos ataques dos Añagwea, Landara com a ajuda de sua guerreira Tita, invocaram as forças dos antepassados para quebrar o feitiços dos centuriões, um exército de almas malditas que bebiam do sangue da tribo. Ao invocar as forças de Tupã, o deus maior, Landara e Tita tiveram de fortalecer até o último músculo do corpo para receberem a força do deus do trovão e nesse instante o som do trovão que anunciava o poder do deus maior estremeceu o céu e a terra, em seguida um raio de luz púrpura entrou nas duas amazonas fazendo-as subirem ao céu acima dos centuriões. O exército dos Añagwea assombrados tentaram se proteger com feitiços, mas não havia tempo o suficiente, as duas jovens guerreiras lançaram a energia concentrada nos seus corações para cima dos centuriões, queimando-os da terra. Após o ataque que fulminou o exército, Landara e Tita foram lançadas para bem longe do combate. - Vô… elas morreram? Perguntou Clarinha com as mãos na boca, com cara de susto. - Vocês vão descobrir se me deixarem contar. Zangou-se o vovô! Então, as duas sumiram pelo céu que havia se partido ao meio. Longe dali um dos guerreiros centurião dos Añagwea estava desacordado e ferido. O nome dele era Adrian, filho herdeiro dos reis Añagwea. Landara havia caído perto de um lago, ao recuperar a consciência chamou por Tita e saiu em busca dela. Bebeu um pouco da água do lago e voltou para dentro da mata. Já havia escurecido e nada de encontrar Tita. A amazonas continuou andando e pediu licença para os protetores da mata e seguiu sua caminhada. Antes de Landara atravessar um riacho ouviu um som de dor e lamento. Do chão pegou um galho e seguiu o som. Entre os arbustos na beira do riacho estava Adrian com uma estaca de madeira cravada na perna. Ele sangrava como qualquer mortal, pois a maldição dos Añagwea havia acabado com a morte de todos.


Landara aproximou-se em posição de defesa, ela tentava sentir o cheiro da morte que os Añagwea exalavam, não havia sentido nada e o homem estava sangrando, coisa rara entrs os seres sem alma, então ela chegou mais perto. - Você aí, o que houve com sua perna?

Ise Albuquerque


Cultura em Órbita


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