FOCA na Específica - Língua Portuguesa

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(UNICAMP) Há notícias que são de interesse público e há notícias que são de interesse do público. Se a celebridade "x" está saindo com o ator "y", isso não tem nenhum interesse público. Mas, dependendo de quem sejam "x" e "y", é de enorme interesse do público, ou de um certo público (numeroso), pelo menos. As decisões do Banco Central para conter a inflação têm óbvio interesse público. Mas quase não despertam interesse, a não ser dos entendidos.


O jornalismo transita entre essas duas exigências, desafiado a atender às demandas de uma sociedade ao mesmo tempo massificada e segmentada, de um leitor que gravita cada vez mais apenas em torno de seus interesses particulares. (Fernando Barros e Silva, O jornalista e o assassino. Folha de São Paulo (versão on line), 18/04/2011. Acessado em 20/12/2011.)


a) A palavra público é empregada no texto ora como substantivo, ora como adjetivo. Exemplifique cada um desses empregos com passagens do próprio texto e apresente o critério que você utilizou para fazer a distinção. b) Qual é, no texto, a diferença entre o que é chamado de interesse público e o que é chamado de interesse do público?


Onde estás? É meia-noite... e rugindo Passa triste a ventania, Como um verbo de desgraça, Como um grito de agonia. E eu digo ao vento, que passa Por meus cabelos fugaz: “Vento frio do deserto, Onde ela está? Longe ou perto?” Mas, como um hálito incerto, Responde-me o eco ao longe: “Oh! minh’amante, onde estás?...”


Vem! É tarde! Por que tardas? São horas de brando sono, Vem reclinar-te em meu peito Com teu lânguido abandono!... ‘Stá vazio nosso leito... ‘Stá vazio o mundo inteiro; E tu não queres qu’eu fique Solitário nesta vida... Mas por que tardas, querida?... Já tenho esperado assaz... Vem depressa, que eu deliro Oh! minh’amante, onde estás?...


Estrela – na tempestade, Rosa – nos ermos da vida; Íris – do náufrago errante, Ilusão – d’alma descrida! Tu foste, mulher formosa! Tu foste, ó filha do céu!... ... E hoje que o meu passado Para sempre morto jaz... Vendo finda a minha sorte, Pergunto aos ventos do Norte... “Oh! minh’amante, onde estás?...”


(UERJ) ‘Stá vazio nosso leito... ‘Stá vazio o mundo inteiro; ( . 16-17) Nos versos acima, estão presentes figuras de linguagem como recursos estilísticos. Nomeie duas delas, explicando o efeito expressivo obtido com seu emprego.


(UERJ) No texto II, há uma forma verbal que expressa uma súplica feita pelo eu lírico à mulher amada. Identifique essa forma verbal e as respectivas flexões de pessoa e modo.


(UNICAMP) Millor Fernandes foi dramaturgo, jornalista, humorista e autor de frases que se tornaram célebres. Em uma delas, lê-se: Por quê? é filosofia. Porque é pretensão. a) Explique a diferença no funcionamento linguístico da expressão “porque” indicada nas duas formas de grafá-la. b) Explique o sentido do segundo enunciado do texto (Porque é pretensão), levando em consideração a forma como ele se contrapõe ao primeiro enunciado. Considere em sua resposta apenas o sentido atribuído à palavra pretensão que se encontra abaixo. pretensão: vaidade exagerada, presunção.


(UNICAMP) A experiência que comprovou a existência da partícula conhecida como bóson de Higgs teve ampla repercussão na imprensa de todo o mundo, pelo papel fundamental que tal partícula teria no funcionamento do universo. Leia o comentário abaixo, retirado de um texto jornalístico, e responda as questões propostas. Por alguma razão, em língua portuguesa convencionou-se traduzir o apelido do bóson como “partícula de Deus” e não “partícula Deus”, que seria a forma correta. (Folha de São Paulo, São Paulo, 05/07/2012,Caderno Ciência, p. 10.)


a) Explique a diferença sintática que se pode identificar entre as duas expressões mencionadas no trecho reproduzido: “partícula de Deus” e “partícula Deus”. b) Explique a diferença de sentido entre uma e outra expressão em português.


(FUVEST) Ditadura / Democracia A diferença entre uma democracia e um país totalitário é que numa democracia todo mundo reclama, ninguém vive satisfeito. Mas se você perguntar a qualquer cidadão de uma ditadura o que acha de seu país, ele responde, sem hesitação: “Não posso me queixar”. Millôr Fernandes, Millôr definitivo: a bíblia do caos. Para produzir o efeito de humor que o caracteriza, esse texto emprega o recurso da ambiguidade? Justifique sua resposta.


(UNICAMP)


Nessa tirinha da famosa Mafalda do argentino Quino, o humor é construído fundamentalmente por um produtivo jogo de referência. a) Explicite como o termo “estrangeiro” é entendido pela personagem Mafalda e pelo personagem Manolito. b) Identifique duas palavras que, nessa tirinha, contribuem para a construção desse jogo de referência, explicando o papel delas.


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