2º. Estação: A relação do discípulo com Deus por meio da oração. a) Bases bíblicas para a oração Ao lermos a Bíblia temos a oportunidade de ouvir a voz de Deus: sua orientação e vontade para nossa vida. Ao orarmos temos a oportunidade de falar com Ele. Assim, percebemos que a leitura da Bíblia e a oração são mecanismos da nossa comunicação com Deus. Todo relacionamento saudável necessita de uma comunicação sem ruidos e embaraços. Comunicar‐se é uma arte que precisa ser aprendida e desenvolvida por aqueles que caminham juntos. Com Deus não é diferente; Deus quer um relacionamento vivo e íntimo conosco e para isso o estudo da Bíblia e a oração são fundamentais. Na estação anterior paramos refletindo sobre a importância do relacionamento do discípulo com a Bíblia, nesta estação meditaremos sobre o lugar da oração na vida dos discípulos. Jesus em seu ministério demonstrou em várias ocasiões como a oração exercia um importantíssimo papel em seu dia a dia. Em Lucas 6:12‐13 diz: “Naqueles dias, retirou‐se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E, quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos.” Aqui temos um momento muito importante em seu ministério: tempo de decisão ‐ a escolha de seus discípulos. Jesus demonstra através de sua oração a sua dependência de Deus em oração para tomar decisões acertadas. A mesma atitude Jesus almeja ver em seus discípulos. Vejamos as orientações de Jesus a seus discípulos quanto a necessidade de orar: Mateus 7:1‐8: “Pedi, e dar‐se‐vos‐á; buscai e achareis; batei, e abrir‐se‐vos‐á. Pois todo aquele que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir‐se‐lhe‐á.” – Jesus nos orienta a perseverar na oração. Mateus 6:5‐6: “E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos da praça, para serem vistos pelos homens. Em verdade digo que eles já receberam a recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, e fechada a porta, orarás a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” – Jesus nos ensina a desenvolver a intimidade com Deus em oração e nos orienta a afastar do nosso coração a idéia de ter na oração um meio de auto‐promoção espiritual.
Mateus 17:19‐21: “Então, os discípulos, aproximando‐se de Jesus, perguntaram em particular: porque motivo não pudemos nós expulsá‐lo? (referindo‐se ao demônio que possuía um jovem) E Ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível. Mas esta casta não se expele senão por meio de oração e Jejum. – Jesus nos ensina que na batalha espiritual a oração exerce um papel essencial no fortalecimento da fé. E afirma ainda que diante de uma pequena fé nada nos será impossível.
Mateus 18:19‐20: “ Em verdade vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser‐lhe‐á concedida por meu Pai, que está no céu. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estarei no meio deles.” – Jesus nos lembra que o Pai se interessa em responder as orações realizadas nos Nome dEle. Até porque Jesus estando no meio, como Ele afirma, é de se esperar que as petições estejam de acordo com Sua vontade.
Mateus 26:40‐42: “E, voltando para os discípulos, achou‐os dormindo; e disse a Pedro: Então, nenhuma hora pudeste vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Tornando a retirar‐se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça‐se a tua vontade.” – Jesus, prestes a ir para Cruz, nos ensina que a tentação de fugir dos propósitos de Deus para nossa vida deve ser vencida com oração e vigilância.