Seminário MERCOSUL
PÓS COPENHAGUE Relatório das palestras Informe de las conferencias ORGANIZAÇÃO: Alessandra Mathyas, Baltazar D’Andrade Guerra, Camilo López, Fátima Martins, Mauro Passos, Ricardo Rüther PRODUÇÃO: Quorum Comunicação Coordenação: Gastão Cassel Reportagem e texto: Edson Burg e Galeno Lima Edição: Alessandra Mathyas Tradução: Pedra Rosetta Tradutores Ltda. Fotografia do evento: Sônia Vill Projeto Gráfico: Audrey Schmitz Schveitzer
IMPRESSÃO: Gráfica Floriprint Tiragem: 1.000 exemplares
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SUMÁRIO - rESUMEN O Mercosul e as Mudanças Climáticas / Mercosur and Climate Change El Mercosur y los Cambios Climáticos.................................................................................. 5 Mauro Passos (Instituto Ideal) O que restou de Copenhague / Lo que restó de Copenhague.......................................... 8 Propostas para integração regional / Propuestas para la integración regional.............. 10 Camilo López Burian (Cefir) O Brasil em Copenhague / Brasil en Copenhague........................................................... 12 Cícero Bley (Itaipu) Ações do Parlasul para mitigar consequências climáticas / Acciones del Parlasur para mitigar consecuencias climáticas............................................................................... 14 Carmelo Benítez (Parlasul) Mudanças Climáticas no Legislativo Brasileiro / Cambios Climáticos en el Legislativo Brasileño............................................................................................................ 16 Ideli Salvatti (Senado - Brasil) Evento Carbono Zero / Evento Carbono Cero.................................................................. 18 Flávia Hila (Carbon Clean) A produção de energia a partir do uso de biomassa / La producción de energía a partir del uso de biomasa.................................................................................................... 20 Leonardo de León (Alcoholes Uruguai) A energia eólica na matriz energética brasileira / La energía eólica en la matriz energética brasileña............................................................................................................. 22 Antonio Vituri (Eletrosul) Potencial da energia solar fotovoltaica no Brasil e projetos vitrine: Estádios Solares e Aeroportos Solares / Posibilidades de la energía solar fotovoltaica en Brasil y proyectos en exposición: Estadios Solares y Aeropuertos Solares........................ 24 Ricardo Rüther (Instituto Ideal / UFSC) Desafios e oportunidades para a geração distribuída na região / Desafíos y oportunidades para la generación distribuida en la región................................................. 26 Georg Hille (Ecovision) Incentivo à microgeração e sua integração à rede / Incentivo a la microgeneración y su integración a la red....................................................................................................... 28 Cícero Bley (Itaipu) Empregos Verdes: A Experiência Alemã / Empleos Verdes: La Experiencia Alemana.... 30 Dirk Assman (GTZ) A COP 15 e o Brasil: reflexos e iniciativas nacionais / La COP 15 y Brasil: Reflejos e iniciativas nacionales........................................................................................................ 32 Luís Eduardo Tinoco - (Ministério do Meio Ambiente - Brasil) Bioenergia e criação de empregos / Bioenergía y creación de empleos....................... 34 Guilherme Cassel (Ministério do Desenvolvimento Agrário - Brasil Visita técnica às instalações de energia solar na Ilha de Ratones / Visita técnica a las instalaciones de energía solar en la Isla de Ratones..................................................... 36 Registro Fotográfico / Registro Fotográfico...................................................................... 38 Confira os slides das palestras em www.institutoideal.org Echa un vistazo a las diapositivas de las conversaciones en www.institutoideal.org
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O Mercosul e as Mudanças Climáticas É possível que o Mercosul, a exemplo da Comunidade Europeia, aprove medidas que ampliem o uso das energias de fontes renováveis como forma de enfrentar as mudanças climáticas? Sim, é possível, mas para isso é necessário que os países integrantes consigam elaborar legislações de abrangência regional e que visualizem o todo do bloco e não cada país individualmente. Essa foi uma das conclusões do Seminário Mercosul Pós Copenhague, realizado nos dias 19 e 20 de março em Florianópolis. O encontro evidenciou as potencialidades da energia limpa em nosso continente, aproximou experiências e motivou a tomada de ações para mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
As principais idéias dos expositores do encontro estão apresentadas nesta publicação bilíngüe (Português e Espanhol). Nela a Conferência do Clima de Copenhague é avaliada em seus pontos positivos e negativos a as energias renováveis são apresentadas como fundamentais para os novos tempos que virão. A expectativa agora é que, em 2011, possamos novamente realizar esse evento, verificar os avanços e propor ações de integração energética para o nosso continente. As entidades promotoras do seminário e todos os participantes, com essa iniciativa, mostraram que estão comprometidas com a causa. MAURO PASSOS - Presidente do Instituto Ideal
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Mercosur and Climate Change Is it possible that Mercosur, following the example of European Community, will adopt measures broadening the use of renewable energy sources as an alternative for facing climate change? Yes, it is possible – but in order for that to happen it is necessary that constituent countries are able to formulate regional regulations and to visualize the trade zone as a whole, instead of each country separately. That was one of the conclusions brought in during the Post-Copenhagen Mercosur Seminar on March 19-20 in Florianopolis, Brazil. The meeting made evident the potentialities of clean energy in South America, made possible to share experiences and moti-
vated decision making for mitigating and adapting to climate change. The main ideas set forth by the meeting’s panelists are presented herein in English, Portuguese, and Spanish. In this publication, Copenhagen Summit is evaluated as regards to its positive and negative aspects and renewable energy is presented as critical in the long run. Expectations are that we can once again hold this event in 2011, evaluate advances made and propose actions for energy integration in our continent. Organizations promoting the seminar, as well as all delegates, have shown through this initiative their commitment with the cause. Mauro Passos - President - Instituto IDEAL
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El Mercosur y los Cambios Climáticos ¿Es posible que el Mercosur, siguiendo el ejemplo de la Comunidad Europea, apruebe medidas que aumenten el uso de las energías de fuentes renovables como una forma de enfrentar los cambios climáticos? Sí, es posible, pero para eso es necesario que los países integrantes logren sancionar leyes de alcance regional y que consideren todo el bloque y no cada país individualmente. Esa fue una de las conclusiones del Seminario Mercosur Post Copenhague, realizado el 19 y el 20 de marzo en Florianópolis. El encuentro destacó las posibilidades de la energía limpia en nuestro continente, aproximó experiencias y motivó acciones para la mitigación y adaptación a los cambios climáticos.
En esta publicación bilingüe (Portugués y Español) se presentan las principales ideas de los expositores del encuentro. Se evalúa la Conferencia del Clima de Copenhague en sus puntos positivos y negativos y las energías renovables se presentan como fundamentales para los nuevos tiempos que vendrán. La expectativa ahora es que, en 2011, podamos nuevamente realizar este evento, verificar los avances y proponer acciones de integración energética para nuestro continente. Las entidades promotoras del seminario y todos los participantes, con esta iniciativa, mostraron que están comprometidos con la causa. Mauro Passos - Presidente del Instituto IDEAL
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O QUE RESTOU DE COPENHAGUE Três meses após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expor sua frustração em discurso na 15ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-15), em Copenhague, o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Álvaro Prata, saudava os participantes do Seminário Mercosul Pós Copenhague, realizado em 19 de março em Florianópolis: “esse auditório lotado mostra a importância e o interesse dessa temática”. A declaração do reitor sintetizou o sucesso do evento, que atraiu mais de 500 pessoas para os painéis de discussão sobre desenvolvimento sustentável e projetos de uso de energias renováveis no Mercosul. E mostrou como o suposto impasse de Copenhague deve ser mantido em evidência, como um alerta para o pouco avanço nos debates sobre questões ambientais.
Mesa de abertura: Prof. Baltazar/Unisul, Carla Pereira/ Inwent, Federico Gomensoro/Cefir, Prof. Álvaro Prata/ UFSC, Mauro Passos/Ideal, Antonio Vituri/Eletrosul
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À mesa de abertura do Seminário Mercosul Pós Copenhague, além do reitor Álvaro Prata, discursaram Carla Pereira, diretora da InWent, Federico Gomensoro, secretário executivo do Centro de Formação para Integração Regional (Cefir), Baltazar D´Andrade Guerre, professor da Unisul e membro do Joint European-Latin American Universities Renewable Energy (Jelare), Antonio Vituri, diretor da Eletrosul, e Mauro Passos, presidente do Instituto Ideal, organizador do evento. Em comum, todos ressaltaram a importância de se discutir a questão ambiental em nível Mercosul e a participação coletiva em projetos de desenvolvimento sustentável. O que restou da COP-15 serviu de vértice para o Seminário Mercosul Pós Copenhague. A posição estratégica de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai nesse debate em escala mundial comprova a importância do evento e justifica o interesse dos participantes, conferencistas e público, que se propuseram a dar prosseguimento ao impasse não resolvido na capital dinamarquesa: como preservar o futuro do planeta sem macular o desenvolvimento econômico e industrial. “Esse é um assunto que precisa continuidade, que têm que estar na pauta política, econômica e ambiental do Mercosul”, afirma Federico Gomensoro, do Cefir. Por isso, conclui Mauro Passos, presidente do Instituto Ideal, “em 2011 vamos retomar a iniciativa e verificar os avanços obtidos a partir desse nosso encontro”.
Mais de 500 pessoas participaram dos paineis sobre desenvolvimento sustentável no auditório da UFSC / Más de 500 personas participaron en los paneles sobre el desarrollo sostenible en el auditorio de la UFSC
LO QUE RESTÓ DE COPENHAGUE Tres meses después de que el presidente Luiz Inácio Lula da Silva expuso su frustración en un discurso en la 15ª Conferencia de las Partes de la Convención de las Naciones Unidas sobre Cambio del Clima (COP-15), en Copenhague, el rector de la Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Álvaro Prata, saludaba a los participantes del Seminario Mercosur Post Copenhague, realizado el 19 de marzo en Florianópolis: “este salón lleno muestra la importancia y el interés de este tema”. La declaración del rector sintetizó el éxito del evento, que atrajo más de 500 personas a los paneles de discusión sobre desarrollo sustentable y proyectos de uso de energías renovables en el Mercosur. Y mostró que el supuesto punto muerto de Copenhague se debe mantener en evidencia, como un alerta sobre el poco avance en los debates sobre asuntos ambientales. En la mesa de abertura del Seminario Mercosur Post Copenhague, además del rector Álvaro Prata, discursaron Carla Pereira, directora de InWent, Federico Gomensoro, secretario ejecutivo del Centro de Formación para la Integración Regional (Cefir), Baltazar
D´Andrade Guerre, profesor de la Unisul y miembro del Joint European-Latin American Universities Renewable Energy (Jelare), Antonio Vituri, director de Eletrosul y Mauro Passos, presidente del Instituto Ideal, organizador del evento. Todos destacaron la importancia de discutir la cuestión ambiental a nivel del Mercosur y la participación colectiva en proyectos de desarrollo sustentable. Lo que restó de la COP-15 sirvió de vértice para el Seminario Mercosur Post Copenhague. La posición estratégica de Brasil, Argentina, Paraguay y Uruguay en este debate en escala mundial comprueba la importancia del evento y justifica el interés de los participantes, conferencistas y público, que se propusieron salir del punto muerto al que llegaron en la capital dinamarquesa: cómo preservar o futuro del planeta sin perjudicar el desarrollo económico e industrial. “Este es un asunto que necesita continuidad, que tiene que estar en la pauta política, económica y ambiental del Mercosur”, afirmó Federico Gomensoro, del Cefir. Por eso, concluyó Mauro Passos, presidente del Instituto Ideal, “en 2011 vamos a retomar la iniciativa y verificar los avances obtenidos a partir de este encuentro nuestro”.
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Propostas para integração regional CAMILO LÓPEZ BURIAN - Coordenador de Projetos do Centro de Formação para Integração Regional (Cefir) Como trabalhar regionalmente as questões relativas às mudanças climáticas mantendo as prioridades do Estado? A pergunta deixada em
aberto motivou o discurso de Camilo López Burian: para o coordenador de projetos do Centro de Formação para Integração Regional (Cefir), as causas e consequências dos impactos ambientais são de conhecimento público, mas ainda há pouca reação frente aos acontecimentos recentes. Para Burian, qualquer ação de desenvolvimento sustentável passa obrigatoriamente por uma integração regional. “É momento de pensar em políticas públicas e estratégias de desenvolvimento, e vejo como impossível dividir esse debate entre fronteiras”, salientou. Até agora, segundo ele, os discursos sobre desenvolvimento sustentável não estão alinhados nos países do Mercosul e cada Estado tem definido suas metas e estratégias sem acordar conteúdos em escala regional. “É preciso uma colaboração mútua, só assim haverá uma ação com resultados efetivos.”
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Propuestas para la integración regional CAMILO LÓPEZ BURIAN - Coordinador de Proyectos del Centro de Formación para Integración Regional (Cefir) ¿Cómo trabajar regionalmente las cuestiones relativas a los cambios climáticos manteniendo las prioridades del Estado? La pregunta que quedó abierta motivó el discurso de Camilo López Burian: Para el coordinador de proyectos del Centro de Formación para Integración Regional (Cefir), las causas y consecuencias de los impactos ambientales son conocidas públicamente, pero todavía hay poca reacción frente a los acontecimientos recientes. Para Burian, cualquier acción de desarrollo sustentable exige
obligatoriamente una integración regional. “Es el momento de pensar en políticas públicas y estrategias de desarrollo, y veo como imposible dividir este debate entre fronteras”, destacó. Hasta ahora, según él, los discursos sobre desarrollo sustentable no están alineados en los países del Mercosur y cada Estado ha definido sus metas y estrategias sin combinar contenidos en escala regional. “Es necesaria una colaboración mutua, sólo así habrá una acción con resultados efectivos.”
Para palestrantes, presença do público mostrou a importância e o interesse da temática ambiental / Para los palestrantes, la presencia del público mostró interés y la importancia de temas ambientales
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O Brasil em Copenhague CÍCERO BLEY - Superintendente da Coordenadoria de Energias Renováveis de Itaipu e Coordenador do Observatório Brasil de Energias Renováveis para América Latina e Caribe A serviço da Associação Internacional de Hidroeletricidade, o coordenador de energias renováveis de Itaipu, Cícero Bley, esteve na COP-15. E trouxe para o Seminário Mercosul Pós Copenhague uma visão bem mais otimista do encontro. “Muita gente diz que Copenhague foi um fracasso, mas esta conferência esteve muito mais inflada do que todas as 14 anteriores”, ressaltou.
na discussão, o que, em parte, passa despercebido quando se avalia os resultados da COP-15. “A mesma surpresa que tivemos aqui, com esse auditório cheio para o Seminário, os organizadores tiveram com a COP-15. Não se esperava tanto envolvimento. E tenho certeza que na COP-16, se houver espaço para 50 mil haverá outros 50 mil do lado de fora do recinto.”
A frustração, avaliou Cícero Bley, é consequência da falsa expectativa criada acerca da COP-15, um encontro superestimado e no qual se esperava resultados efetivos em projetos sobre mudanças climáticas, o que não era a prerrogativa dos chefes de Estado reunidos em Copenhague.
Por fim, Cícero Bley apontou que esse envolvimento foi sintomático para que os líderes de Estado tenham consciência da necessidade de políticas efetivas para o desenvolvimento sustentável. “O que foi feito lá não pode ser abandonado. Os líderes voltaram aos seus países sabendo que o mundo está exigindo respostas sobre essas questões ambientais, exigindo-as como direito humano fundamental. A militância é o começo desse processo de mudança”
Para o coordenador de energias renováveis de Itaipu, o destaque mundial e a participação dos movimentos sociais na COP-15 são salutares e mereciam maior destaque. “O recinto tinha espaço para 15 mil pessoas, e vieram mais de 30 mil. Enquanto as ONGs co-habitavam com a diplomacia e os governos, os movimentos populares ficaram no lado de fora, exigindo as mudanças. Foram eles que fizeram a grande diferença.” O saldo positivo foi justamente esse envolvimento da sociedade, de órgãos não-oficiais, no debate sobre mudanças climáticas. Ou, como salientou Cícero Bley, o destaque foi o grande interesse social
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Questionado sobre o uso do tema do aquecimento global apenas como freio para o desenvolvimento de países emergentes, que teriam que se adaptar às novas condições para obterem crescimento econômico, Cícero alertou para que não se desvie o foco principal das discussões de mudanças climáticas. “Não podemos entrar nessa cantilhena. O aquecimento global não é baseado em suposições.”
Brasil en Copenhague CÍCERO BLEY - Superintendente en la Coordinación de Energías Renovables de Itaipú y Coordinador del Observatorio Brasil de Energías Renovables para América Latina y Caribe Al servicio de la Asociación Internacional de Hidroelectricidad, el coordinador de energías renovables de Itaipú, Cícero Bley, estuvo en la COP-15. Y trajo al Seminario Mercosur Post Copenhague una visión bastante más optimista del encuentro. “Mucha gente dice que Copenhague fue un fracaso, pero esta conferencia estuvo mucho más inflada que las 14 anteriores”, destacó.
el gran interés social en la discusión, lo que, en parte, pasa desapercibido cuando se evalúan los resultados de la COP-15. “La misma sorpresa que tuvimos aquí, con este salón lleno para el Seminario, tuvieron los organizadores con la COP-15. No se esperaba tanto interés. Y estoy seguro de que en la COP-16, si hay espacio para 50 mil habrá otros 50 mil del lado de afuera del recinto.”
La frustración, evaluó Cícero Bley, es consecuencia de la falsa expectativa creada acerca de la COP-15, un encuentro sobrestimado y en el cual se esperaban resultados efectivos en proyectos sobre cambios climáticos, lo que no era la prioridad de los jefes de Estado reunidos en Copenhague.
Finalmente, Cícero Bley señaló que este interés fue sintomático para que los líderes de Estado tengan consciencia de la necesidad de políticas efectivas para el desarrollo sustentable. “Lo que se hizo allá no se puede abandonar. Los líderes volvieron a sus países sabiendo que el mundo está exigiendo respuestas sobre estas cuestiones ambientales, exigiéndolas como derecho humano fundamental. La militancia es el comienzo de ese proceso de cambio.”
Para el coordinador de energías renovables de Itaipú, el destaque mundial y la participación de los movimientos sociales en la COP-15 son sanos y merecerían mayor destaque. “El salón tenía espacio para 15 mil personas y vinieron más de 30 mil. Mientras las ONGs convivían con la diplomacia y los gobiernos, los movimientos populares quedaron del lado de afuera, exigiendo los cambios. Ellos fueron el gran destaque.” El saldo positivo fue justamente esa participación de la sociedad, de órganos no oficiales, en el debate sobre cambios climáticos. O, como destacó Cícero Bley, el destaque fue
Al preguntarle sobre el uso del tema del calentamiento global sólo como freno para el desarrollo de países emergentes, que tendrían que adaptarse a las nuevas condiciones para obtener crecimiento económico, Cícero alertó que no se debe desviar el foco principal de las discusiones sobre cambios climáticos. “No podemos entrar en esa cantinela. El calentamiento global no se basa en suposiciones.”
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Ações do Parlasul para mitigar consequências climáticas CARMELO BENÍTEZ - membro do Parlamento do Mercosul (Parlasul) Com um discurso crítico, o membro do Parlamento do Mercosul (Parlasul), Carmelo Benítez, do Paraguai, fez um apelo pela necessidade de maior integração entre os países do bloco na discussão de projetos ambientais. “É preciso pensar numa integração política para o debate sobre desenvolvimento sustentável no Mercosul, não apenas uma integração econômica.” Numa linha oposta a de Cícero Bley, Carmelo Benítez considerou a COP-15 um fracasso e alertou pela atuação apática dos líderes de Estado num encontro que deveria trazer resultados efetivos. Para Benítez, “muitos foram a Copenhague apenas para fazer turismo e ver neve”, sem a intenção de realmente discutir as mudanças climáticas. O membro do Parlasul embasou sua crítica ao citar os esforços do Parlamento do Mercosul em enviar um representante à COP-15, mas que não recebeu o aceite dos organizadores do evento. Segundo Car-
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melo Benítez,isso foi um sinal de que os países da América do Sul ainda são vistos com pouca representatividade em discussões de nível mundial. “Somente 3% da água em todo o mundo pode ser usada para consumo, e 66% dela está em países da América. Não podemos deixar que os países desenvolvidos tratem essa nossa riqueza como ‘águas internacionais’”, apontou. Outro alerta fez referência às discussões sobre a internacionalização do Aqüífero Guarani, o maior manancial de água doce subterrânea transfronteiriço do mundo, localizado na região centro-leste da América do Sul. O papel do Parlasul, concluiu, é de fomentar essa política de integração entre os países do Mercosul e fortalecer o bloco continental. Falta apenas maior união entre os integrantes deste bloco. “Temos que nos unir para enfrentarmos o Parlamento Europeu. O Brasil tem muita importância nesse cenário. É o nosso país-irmão com maior representatividade mundial.”
Acciones del Parlasur para mitigar consecuencias climáticas CARMELO BENÍTEZ - miembro del Parlamento del Mercosur (Parlasur) Con un discurso crítico, el miembro del Parlamento del Mercosur (Parlasur), Carmelo Benítez, de Paraguay, mostró la necesidad de mayor integración entre los países del bloque en la discusión de proyectos ambientales. “Es necesario pensar en una integración política para el debate sobre desarrollo sustentable en el Mercosur, no sólo una integración económica.” En una línea opuesta a la de Cícero Bley, Carmelo Benítez consideró que la COP-15 fue un fracaso y alertó por la actuación apática de los líderes de Estado en un encuentro que debería traer resultados efectivos. Para Benítez, “muchos fueron a Copenhague sólo para hacer turismo y ver nieve”, sin la intención de realmente discutir los cambios climáticos. El miembro del Parlasur fundamentó su crítica al citar los esfuerzos del Parlamento del Mercosur para enviar un representante a la COP-15, pero que no recibió la aceptación de los organizadores del evento. Según Carmelo Benítez, eso fue una señal de que los países de Sudamérica todavía se ven con poca representatividad en discusiones de nivel mundial. “Solamente el 3% del agua en todo el mundo se puede usar para consumo, y el 66% de la misma está en países de América. No podemos dejar que los países desarrollados traten esa riqueza nuestra como ‘aguas internacionales’”, señaló. Otro alerta
fue referente a las discusiones sobre la internacionalización del Acuífero Guaraní, la mayor fuente de agua dulce subterránea transnacional del mundo, ubicada en la región centro Este de Sudamérica. El papel del Parlasur, concluyó, es fomentar esa política de integración entre los países del Mercosur y fortalecer el bloque continental. Sólo falta más unión entre los integrantes de este bloque. “Tenemos que unirnos para enfrentar al Parlamento Europeo. Brasil tiene mucha importancia en ese escenario. Es nuestro país hermano con mayor representatividad mundial.”
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Mudanças Climáticas no Legislativo Brasileiro Senadora IDELI SALVATTI - Presidente da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas do Congresso Nacional do Brasil A senadora Ideli Salvatti trouxe ao Seminário Mercosul Pós Copenhague a experiência de um ano à frente do órgão que acompanha os debates no Congresso Nacional de temas relevantes sobre questões ambientais, como o mau uso de terras por latifundiários e desmatamento da Mata Atlântica. Para a senadora, o primeiro ano de atuação da Comissão Mista foi
“pulsante”, justamente na elaboração de propostas levadas para a COP-15, em dezembro. “Foi um trabalho muito importante. O Brasil foi um dos poucos países a levar metas e projetos de legislação sobre mudanças climáticas a Copenhague. Mostramos que temos esse compromisso alinhado”, salientou. Entre essas propostas, a senadora ressaltou os estudos de impacto ambiental na retirada de petróleo da camada pré-sal e os projetos de energias renováveis e alternativas, que podem gradualmente substituir o petróleo. Ainda sobre a COP-15, Ideli Salvatti argumentou que a prioridade em cumprir metas de impacto ambiental é dos países desenvolvidos por já terem maculado o planeta com seus processos industriais. “Esse debate da questão climática é perigoso porque há um interesse financeiro. E são justamente os países desenvolvidos que já se aproveitaram dos recursos naturais, que já poluíram.” Para a senadora, o tema do desenvolvimento sustentável é controverso porque pode ser reduzido ao simples debate de quem tem o direito de estragar a natureza. “Não é apenas um assunto da moda, precisa ser levado a sério.”
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Cambios Climáticos en el Legislativo Brasileño Senadora IDELI SALVATTI - Presidente de la Comisión Mixta Permanente sobre Cambios Climáticos del Congreso Nacional de Brasil La senadora Ideli Salvatti trajo al Seminario Mercosur Post Copenhague la experiencia de un año al frente del órgano que sigue los debates en el Congreso Nacional de temas importantes sobre cuestiones ambientales, como el mal uso de tierras por parte de los dueños de grandes extensiones y deforestación de la Mata Atlántica. Para la senadora, el primer año de actuación de la Comisión Mixta fue “palpitante”, justamente en la elaboración de propuestas llevadas a la COP-15, en Diciembre. “Fue un trabajo muy importante. Brasil fue uno de los pocos países a llevar metas y proyectos de legislación sobre cambios climáticos a Copenhague. Mostramos que tenemos ese compromiso alineado”, destacó. Entre esas propuestas, la senadora destacó los estudios de
impacto ambiental en la extracción de petróleo de la capa presal y los proyectos de energías renovables y alternativas que pueden reemplazar gradualmente al petróleo. Todavía sobre la COP-15, Ideli Salvatti explicó que la prioridad en cumplir metas de impacto ambiental es de los países desarrollados por haber contaminado el planeta con sus procesos industriales. “Este debate de la cuestión climática es peligroso porque hay un interés financiero. Y son justamente los países desarrollados los que ya aprovecharon los recursos naturales, los que ya contaminaron.” Para la senadora, el tema del desarrollo sustentable es polémico porque puede ser reducido al simple debate sobre quién tiene derecho de arruinar la naturaleza. “No es sólo un asunto de moda, es necesario considerarlo seriamente.”
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Evento Carbono Zero FLÁVIA HILA - Gerente de Projetos da Carbon Clean A preservação do meio-ambiente também foi preocupação na organização do Seminário Mercosul Pós Copenhague. A consultoria ambiental do evento ficou a cargo da gerente de projetos da Carbon Clean, Flávia Hila, que apresentou dados sobre a compensação pelo impacto negativo gerado pelas ações humanas, empresas e eventos. Segundo Flávia Hila, a realização do Seminário Mercosul Pós Copenhague emite gases de efeito estufa no transporte aéreo e terrestre, consumo de energia elétrica e resíduos. A Carbon Clean fez a inventariação dos gases gerados pelo evento e a compensação do montante equiva-
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lente, como uma devolução à natureza dos recursos utilizados para a promoção do Seminário. O cálculo de compensação é elaborado através de uma calculadora certificada pela (Bureau Veritas Certificacion) BVQI. Como explicou a gerente de projetos da Carbon Clean, essa compensação se dá através do plantio de árvores por parceiros do terceiro setor e cessão de créditos de carbono gerados em projetos de reflorestamento ou eficiência energética. Os benefícios com essa ação são melhoria na qualidade de vida, offset de impactos ambientais, eco-marketing e responsabilidade sócio-ambiental.
Evento Carbono Cero FLÁVIA HILA - Gerente de Proyectos de Carbon Clean La preservación del medio ambiente también fue preocupación en la organización del Seminario Mercosur Post Copenhague. La asesoría ambiental del evento quedó a cargo de la gerente de proyectos de Carbon Clean, Flávia Hila, que presentó datos sobre la compensación por el impacto negativo generado por las acciones humanas, empresas y eventos. Según Flávia Hila, la realización del Seminario Mercosur Post Copenhague emite gases de efecto invernadero en el transporte aéreo y terrestre, consumo de energía eléctrica y residuos. Carbon Clean calculó los gases generados por el evento y la compensación de la
cantidad equivalente, como una devolución a la naturaleza de los recursos utilizados para la promoción del Seminario. El cálculo de compensación es elaborado a través de una calculadora certificada por la BVQI (Bureau Veritas Certification). Como explicó la gerente de proyectos de Carbon Clean, esa compensación ocurre a través de la plantación de árboles por parte de aliados del tercer sector y cesión de créditos de carbono generados en proyectos de reforestación o eficiencia energética. Los beneficios con esa acción son la mejora en la calidad de vida, compensación de impactos ambientales, eco marketing y responsabilidad socio/ambiental.
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A produção de energia a partir do uso de biomassa LEONARDO DE LEÓN - Presidente de Alcoholes Uruguay O presidente da Alcoholes Uruguay, Leonardo de León, trouxe ao Seminário Mercosul Pós Copenhague a experiência da empresa agro-industrial uruguaia que atua na produção de açúcar, etanol, biodiesel, energia e alimentação animal, além de dados sobre a produção de energia a partir do uso de biomassa e as políticas de incentivo para a energia renovável no Uruguai. De León iniciou a apresentação com um apanhado histórico da política energética no Uruguai, desde a criação de uma agência nacional de administração de combustíveis (ANCAP) em 1931, até as metas para o desenvolvimento de novas cadeias agroindustriais no país. Segundo ele, o Uruguai tem papel estratégico no desenvolvimento agroecológico do Mercosul por sua riqueza na produção de organismos vivos utilizados como combustíveis, como cana-de-açúcar, sorgo doce e sorgo, girassol e soja. Esse desenvolvimento, apontou o presidente da Alcoholes Uruguay, passa pela criação da Lei 18.195, de 2007, que prevê metas de substituição gradativa de combustíveis derivados de petróleo. Pela lei, a gasolina uruguaia deve ter 5% de etanol até 2014, enquanto o diesel deve ter
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em sua mistura pelo menos 5% de biodiesel até 2012. Segundo Leonardo de León, a efetivação dessas metas passa pelas políticas de incentivo como a integração na cadeia de produção para garantir matéria-prima sustentável e a integração da agroprodução de culturas energéticas para os sistemas de produção atual de alimentos. O estabelecimento de parcerias público-privadas também é uma meta que poderia permitir a produção, criação de cadeias agroindustriais para promover o desenvolvimento, além da geração de emprego local e um modelo agrícola que proteja os pequenos e médios produtores. Leonardo de León exemplificou essa cadeia de produção da Alcoholes Uruguay, que atua na produção de biocombustíveis e de alimentos para animais. A Alcoholes Uruguay possui três grandes empreendimentos agroindustriais. No norte do País funciona um complexo industrial agroenergético para produção de etanol, açúcar, alimentação animal e eletricidade. O sul do País abrange a produção de biodiesel, glicerina e farinhas de sementes oleaginosas, enquanto em Paysandu, no litoral uruguaio, o foco está na produção de álcool potável e industrial.
La producción de energía a partir del uso de biomasa LEONARDO DE LEÓN - Presidente de Alcoholes Uruguay El presidente de Alcoholes Uruguay, Leonardo de León, trajo al Seminario Mercosur Post Copenhague la experiencia de la empresa agroindustrial uruguaya que actúa en la producción de azúcar, etanol, biodiesel, energía y alimentación animal, además de datos sobre la producción de energía a partir del uso de biomasa y las políticas de incentivo para la energía renovable en Uruguay. De León comenzó la presentación con un resumen histórico de la política energética en Uruguay, desde la creación de una agencia nacional de administración de combustibles (ANCAP) en 1931, hasta las metas para el desarrollo de nuevas cadenas agroindustriales en el país. Según él, Uruguay tiene un papel estratégico en el desarrollo agroecológico del Mercosur por su riqueza en la producción de organismos vivos utilizados como combustibles, como caña de azúcar, sorgo dulce y sorgo, girasol y soja. Ese desarrollo, señaló el presidente de Alcoholes Uruguay, ocurre por la creación de la Ley 18.195, de 2007, que señala metas de sustitución gradual de combustibles derivados de petróleo. Por la ley, la gasolina uruguaya debe tener 5% de etanol hasta 2014, mientras el diesel debe tener en su mezcla por lo menos 5% de biodiesel até 2012. Según Leonardo de León, el cumplimiento de esas metas depende de las políticas de incentivo como la integración en la cadena de producción para asegurar materia
prima sustentable y la integración de la agroproducción de cultivos energéticos para los sistemas de producción actual de alimentos. La formación de alianzas público/privadas también es una meta que podría permitir la producción, creación de cadenas agroindustriales para promover el desarrollo, además de generar empleos locales y un modelo agrícola que proteja a los productores medianos y pequeños. Leonardo de León ejemplificó esa cadena de producción de Alcoholes Uruguay, que produce biocombustibles y alimentos para animales. Alcoholes Uruguay posee tres grandes empresas agroindustriales. En el norte del país funciona un complejo industrial agroenergético para producir etanol, azúcar, alimentación animal y electricidad. El sur del país abarca la producción de biodiesel, glicerina y harinas de semillas oleaginosas, mientras en Paysandú, en el litoral uruguayo, la concentración está en la producción de alcohol potable e industrial.
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A energia eólica na matriz energética brasileira ANTONIO VITURI - Diretor da Eletrosul “A matriz energética brasileira é um exemplo para o mundo”. Dessa forma, Antonio Vituri, iniciou a apresentação de projetos de energia eólica no Brasil. Para o diretor da Eletrosul, os números mostram como o Brasil está à frente de outros países no desenvolvimento de energias sustentáveis: 45,9% da matriz energética brasileira é renovável, enquanto no mundo esse número estaciona em 12,7%, segundo dados da Key World Energy Statistics de 2009. A energia eólica é uma das energias renováveis em expansão. Em 2010, a capacidade instalada é de 130 mil MW – a previsão é que esse número chegue a 210 mil MW em quatro anos. “É um número significativo, mas ainda pequeno se considerarmos o potencial de produção de energia eólica”, salientou. O diretor da Eletrosul citou o Leilão de Energia de Reserva (LER) de 2009, que estabeleceu um contrato de 20 anos para empreendedores investirem nessa matriz energética a partir de 1º de julho de 2012. Serão 71 empreendimentos, num montan-
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te financeiro transacionado de R$ 19,6 bilhões. “É um avanço. Seria difícil um empreendedor não investir sem ter certeza de retorno”, explicou. Atualmente, são 39 parques eólicos em operação no Brasil. Oito estão em construção. Segundo Antonio, a Eletrosul possui pontos de medição em Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, para levantamento de novos parques eólicos. O crescimento em investimentos e desenvolvimento de projetos, aponta o diretor da Eletrosul, tem tornado a energia eólica mais atrativa e competitiva, ainda que não se compare à hidroeletricidade. Até o LER, o preço inicial era de R$ 189 por MW/h – agora, o preço médio para venda é de R$ 148,39 por MW/h, um deságio de 21,5%. Para Antonio Vituri, a expansão da energia eólica passa pelo desafio da criação de uma política permanente de inclusão e fomento das fontes alternativas no Brasil e o desenvolvimento de tecnologias de produção de energia com baixo impacto sócio-ambiental e a custos competitivos.
La energía eólica en la matriz energética brasileña ANTONIO VITURI - Director de Eletrosul “La matriz energética brasileña es un ejemplo para el mundo”. De esta forma, Antonio Vituri, comenzó la presentación de proyectos de energía eólica en Brasil. Para el director de Eletrosul, los números muestran que Brasil está adelante de otros países en el desarrollo de energías sustentables: El 45,9% de la matriz energética brasileña es renovable, mientras en el mundo este número se estanca en 12,7%, según datos del Key World Energy Statistics de 2009. La energía eólica es una de las energías renovables en crecimiento. En 2010, la capacidad instalada es de 130 mil MW – la previsión es que ese número llegue a 210 mil MW en cuatro años. “Es un número importante, pero todavía pequeño si con-
sideramos las posibilidades de producción de energía eólica”, destacó. El director de Eletrosul mencionó el LER (Leilão de Energia de Reserva, remate de energía de reserva) de 2009, que estableció un contrato de 20 años para que los empresarios inviertan en esa matriz energética a partir del 1º de julio de 2012. Serán 71 proyectos, con un total de transacciones financieras de R$ 19,6 mil millones. “Es un progreso. Sería difícil que un empresario invirtiera sin tener seguridad de retorno”, explicó. Actualmente, hay 39 parques eólicos funcionando en Brasil. Hay ocho en construcción. Según Antonio, Eletrosul posee puntos de medición en Santa Catarina, Paraná y Mato Grosso do Sul, para cálculo de nuevos parques eólicos. El aumento en las inversiones y desarrollo de proyectos, apunta el director de Eletrosul, ha hecho que la energía eólica sea más atractiva y competitiva, aunque no se compare a la hidroelectricidad. Hasta el LER, el precio inicial era de R$ 189 por MW/h – ahora, el precio promedio para la venta es de R$ 148,39 por MW/h, una disminución del 21,5%. Para Antonio Vituri, la expansión de la energía eólica exige enfrentar el desafío de la creación de una política permanente de inclusión y fomento de las fuentes alternativas en Brasil y el desarrollo de tecnologías de producción de energía con bajo impacto socio/ambiental y a costos competitivos.
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Potencial da energia solar fotovoltaica no Brasil e projetos vitrine:
Estádios Solares e Aeroportos Solares Dr. RICARDO RÜTHER - Diretor técnico do Instituto Ideal e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) A eficiência e confiabilidade da energia solar através da geração fotovoltaica foram analisadas na apresentação do Dr. Ricardo Rüther, diretor técnico do Instituto Ideal e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Para o palestrante, a solar é a mais abundante e menos utilizada de todas as energias renováveis. E isso acontece porque é precisotornar o preço competitivo para incentivar a exploração desse potencial energético. “A intenção não é mostrar qual energia seria melhor, mas sim expor as vantagens da geração fotovoltaica”, argumentou. Como exemplo, Ricardo Rüther citou os 1350 Km² da Usina Hidrelétrica de Itaipu, responsável por 25% da energia consumida no Brasil. Se o lago de Itaipu fosse coberto com gerador solar fotovoltaico, haveria capacidade de produção de 50% de toda a energia do País. O professor apresentou dados que mostram a estimativa de crescimento do mercado de módulos fotovoltaicos. Por esses estudos, segundo ele, no futuro o preço da energia gerada por um sistema solar poderá ser menor que o preço da energia convencional, dando ao consumidor a oportunidade de optar pela alternativa de menor custo.
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Enquanto esse dia não chega, explicou Ricardo Rüther, a UFSC e o Instituto Ideal apostam em projetos vitrine de energia fotovoltaica. Um deles é o protótipo do estacionamento da Eletrosul, instalado em 2009 e a instalação de um gerador de 1MW no telhado da estatal, o que a tornará a primeira empresa pública do Brasil autossuficiente em energia. Outros projetos destacados pelo pesquisador são os Estádios Solares, opção sustentável para a Copa de 2014. Projetos em andamento já são realidade para os estádios do Mineirão, Pituaçu, em Salvador e no Maracanã. Além desses, Rüther acredita na viabilidade dos aeroportos solares e apresentou o projeto para o Aeroporto Solar de Florianópolis.
Posibilidades de la energía solar fotovoltaica en Brasil y proyectos en exposición: Estadios Solares y Aeropuertos Solares Dr. RICARDO RÜTHER - Director técnico del Instituto Ideal y profesor de la Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) La eficiencia y la confiabilidad de la energía solar a través de la generación fotovoltaica fueron analizadas en la presentación del Dr. Ricardo Rüther, director técnico del Instituto Ideal y profesor de la Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Para el panelista, la solar es la más abundante y menos utilizada de todas las energías renovables. Y eso ocurre porque se necesita un precio competitivo para incentivar el uso de ese recurso energético. “La intención no es mostrar cuál energía sería mejor, sino exponer las ventajas de la generación fotovoltaica”, explicó. Como ejemplo, Ricardo Rüther citó los 1.350 Km² de la Usina Hidroeléctrica de Itaipú, que produce el 25% de la energía consumida en Brasil. Si el lago de Itaipú fuera cubierto con generador solar fotovoltaico, habría una capacidad de producción del 50% de toda la energía del País. El profesor presentó datos que muestran la estimativa de crecimiento del mercado de módulos fotovol-
taicos. Por estos estudios, según él, en el futuro el precio de la energía generada por un sistema solar podrá ser menor que el precio de la energía convencional, dando al consumidor la oportunidad de optar por la alternativa de menor costo. Mientras ese día no llega, explicó Ricardo Rüther, la UFSC y el Instituto Ideal apuestan en proyectos de exposición de energía fotovoltaica. Uno de ellos es el prototipo del estacionamiento de Eletrosul, instalado en 2009 y la instalación de un generador de 1 MW en el techo de la compañía estatal, lo que la convertirá en la primera empresa pública de Brasil autosuficiente en energía. Otros proyectos destacados por el investigador son los Estadios Solares, opción sustentable para la Copa de 2014. Proyectos en ejecución ya son realidad para los estadios del Mineirão, Pituaçu, en Salvador, y en el Maracanã. Además, Rüther cree en la viabilidad de los aeropuertos solares y presentó el proyecto para el Aeropuerto Solar de Florianópolis.
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Desafios e oportunidades para a geração distribuída na região Dr. GEORG HILLE - Diretor da Ecovision/ Alemanha O alemão Georg Hille é diretor da Ecovision, uma empresa com experiência em investimentos na área de energias renováveis, em diversos empreendimentos como parques eólicos e usinas de energia solar. A Ecovision está focada em projetos de energias renováveis que tenham preços competitivos e que consigam se pagar num período de tempo razoavelmente curto. No contexto europeu, Hille explicou que apenas Noruega e Suíça têm participações significativas de hidrelétricas em suas matrizes energéticas. Quando à energia nuclear, além das preocupações com segurança, explicou que elas são de difícil financiamento, precisam de
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muitos subsídios governamentais para dar lucro e geram dejetos que duram milhares de anos. Hille mostrou ainda a evolução nos investimentos eólicos na Alemanha. Em 1985 o país produzia 50 KW de energia nessa modalidade; em 2001 já eram 4500KW. “É uma tecnologia complicada, mas que teve um grande desenvolvimento na última década”, sintetizou. E finalizou sua apresentação mostrando as aplicações e diferenças entre as modalidades energéticas, suas vantagens e desvantagens, deixando claro o grande potencial que ainda pode ser explorado, especialmente quanto à energia eólica e solar.
Desafíos y oportunidades para la generación distribuida en la región Dr. GEORG HILLE - Director de Ecovision/ Alemania El alemán Georg Hille es el director de Ecovision, una empresa con experiencia en inversiones en el área de energías renovables, en diversos proyectos como parques eólicos y usinas de energía solar. Ecovision está concentrada en proyectos de energías renovables que tengan precios competitivos y que se puedan pagar en un periodo de tiempo razonablemente corto. En el contexto europeo, Hille explicó que sólo Noruega y Suiza tienen participaciones importantes de hidroeléctricas en sus matrices energéticas. En cuanto a la energía nuclear, además de las preocupaciones con la seguridad, explicó que son de difícil financiación, necesitan muchos subsidios gubernamentales para dar lucro y generan residuos que duran miles de años. Hille mostró también la evolución en las inversiones eólicas en Alemania. En 1985, el país producía 50 KW de energía en esa modalidad; en 2001 ya eran 4.500 KW. “Es una tecnología complicada, pero que tuvo un gran desarrollo en la última década”, sintetizó. Y conclu-
yó su presentación mostrando las aplicaciones y diferencias entre las modalidades energéticas, sus ventajas y desventajas, dejando claro las grandes posibilidades que todavía pueden ser aprovechadas, especialmente en cuanto a la energía eólica y solar.
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Incentivo à microgeração e sua integração à rede CÍCERO BLEY - Superintendente da Coordenadoria de Energias Renováveis de Itaipu e Coordenador do Observatório Brasil de Energias Renováveis para América Latina e Caribe Em sua segunda participação no evento, Cícero Bley falou sobre a Plataforma Itaipu de Energias Renováveis, exemplificada no projeto de microgeração via biogás, integrada à rede. O projeto teve início há dois anos, após as definições e marcos legais para geração distribuída. Mais tarde houve o mapeamento de pequenos produtores na microbacia Ribeirão Ajuricaba, em Marechal Cândido Rondon, no Paraná. Foi próximo àquela região que Pedro Köhler, na época com 20 anos, estudou de forma autodidata sobre as tecnologias de biogás e implementou sozinho um biodigestor na propriedade da família, adaptando caixas d’agua. Hoje ele é sócio da Köhler Biodigestores, empresa incubada no Parque Tecnológico de Itaipu, que produz biodigestores de fibra de vidro, acessíveis a pequenas propriedades. Sua atitude chamou a atenção e serviu de exemplo para a criação de cinco protótipos em diferentes propriedades, entre eles a Granja Colombari, com três mil porcos, e o Frigorífico Aves Lar, com 160 mil aves. Hoje 41 pequenas propriedades da microbacia, com renda de até 50 mil dólares anuais, têm seus biodigestores conectados por um gasoduto. Isso também
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diminui a quantidade de dejetos sem tratamento lançados no ambiente, reduzindo a poluição. O biogás alimenta os geradores de energia elétrica. Essa energia é vendida para a Companhia Paranaense de Energia (Copel), um dos parceiros no projeto. O processo tem como subproduto o biofertilizante, que será utilizado nas pastagens e lavouras, aumentando a produtividade. Além disso, contribui no controle do aquecimento global, já que o metano é 21 vezes mais poluente que o gás carbônico.
Incentivo a la microgeneración y su integración a la red CÍCERO BLEY - Superintendente en la Coordinación de Energías Renovables de Itaipú y Coordinador del Observatorio Brasil de Energías Renovables para América Latina y Caribe En su segunda participación en el evento, Cícero Bley habló sobre la Plataforma Itaipú de Energías Renovables, ejemplificada en el proyecto de microgeneración mediante el biogás, integrada a la red. El proyecto comenzó hace dos años, después de las definiciones y marcos legales para generación distribuida. Más tarde se realizó el mapeo de pequeños productores en la micro cuenca Ribeirão Ajuricaba, en Marechal Cândido Rondon, en Paraná. Cerca de aquella región, Pedro Köhler, a los 20 años de edad, estudió de manera autodidacta sobre las tecnologías de biogás e implementó sin ayuda un biodigestor en la propiedad de la familia, adaptando tanques de agua. Hoy es socio de la empresa Köhler Biodigestores, incubada en el Parque Tecnológico de Itaipú, que produce biodigestores de fibra de vidrio, accesibles a pequeñas propiedades. Su actitud llamó la atención y sirvió de ejemplo para la creación de
cinco prototipos en diferentes propiedades, entre ellos la Granja Colombari, con tres mil cerdos y el Frigorífico Aves Lar, con 160 mil aves. Hoy, 41 propiedades pequeñas de la micro cuenca, con ingresos de hasta 50 mil dólares anuales, tienen sus biodigestores conectados por un gasoducto. Eso también disminuye la cantidad de deyecciones sin tratamiento lanzadas al ambiente, reduciendo la contaminación. El biogás alimenta los generadores de energía eléctrica. Esa energía es vendida a la Companhia Paranaense de Energia (Copel), uno de los aliados del proyecto. El proceso produce biofertilizante como subproducto, el que será utilizado en los pastos y agricultura, aumentando la productividad. Además, contribuye para el control del calentamiento global, ya que el metano es 21 veces más contaminante que el gas carbónico.
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Empregos Verdes: A Experiência Alemã DIRK ASSMAN – GTZ – Agência de Cooperação Técnica Alemã Às 17h, abrindo o segundo bloco do painel de Energias Renováveis, Dirk Assman, da GTZ – Agência de Cooperação Técnica Alemã, trouxe aos presentes a experiência bem-sucedida da agência como braço técnico do governo alemão, indispensável na elaboração de políticas públicas para o desenvolvimento sustentável. A GTZ é uma empresa pública de direito privado, com mais de 14 mil funcionários e atuação em mais de 130 países. Em 2006, o faturamento global da agência ficou em torno de 1,3 bilhão de euros. A atuação da agência se dá através de acordos bilaterais ou multilaterais. No Brasil, a GTZ dá apoio técnico para os projetos de aquecimento solar em alguns estados e também dá apoio na gestão de programas nacionais, como o Procel. Além disso, auxilia em programas de capacitação técnica, na introdução de tecnologias inovadoras e como mediadora no intercâmbio entre indústrias alemãs e brasileiras. No Brasil a GTZ é parceira ainda de projetos para os Estádios Solares para a Copa do Mundo do Brasil, em 2014,
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juntamente com o Instituto Ideal e o banco de fomento alemão – KfW. A busca pelo desenvolvimento sustentável é também um fator de peso na economia: o faturamento global em tecnologias verdes movimenta cerca de R$3,5 bilhões anualmente. Os empregos gerados por essa indústria foram apelidados de “empregos verdes”. São profissionais que atuam em diferentes frentes como a busca pela eficiência energética, transporte público, agricultura sustentável, reciclagem, redução da poluição, restauração de ecossistemas e redução de gases de efeito estufa. Essas atividades correspondem a cerca de 19% do capital investido atualmente na economia chinesa e juntas perfazem o terceiro maior mercado nos EUA. Na Alemanha movimentam o equivalente a R$550 bilhões por ano e são responsáveis por 1,8 milhão de empregos - 4,5% do total no país. A maior parte (92%) deles vêm da indústria de biomassa, energia eólica e solar. “A expectativa é de que até 2020 isso corresponda a uma faixa entre 15 a 30 por cento da produção industrial do planeta”, explica Dirk Assman.
Empleos Verdes: La Experiencia Alemana Dirk Assman – GTZ – Agencia de Cooperación Técnica Alemana A las 17 hs, abriendo el segundo bloque del panel de Energías Renovables, Dirk Assman, de la GTZ – Agencia de Cooperación Técnica Alemana, trajo a los presentes la experiencia de éxito de la agencia como brazo técnico del gobierno alemán, indispensable en la elaboración de políticas públicas para el desarrollo sustentable. GTZ es una empresa pública de derecho privado, con más de 14 mil empleados y actuación en más de 130 países. En 2006, la facturación global de la agencia fue de cerca de 1,3 mil millones de euros. La actuación de la agencia ocurre a través de acuerdos bilaterales o multilaterales. En Brasil, GTZ da apoyo técnico a los proyectos de calefacción solar en algunos estados y también da apoyo en la gestión de programas nacionales, como el Procel. Además, ayuda en programas de capacitación técnica, en la introducción de tecnologías innovadoras y como mediadora en el intercambio entre industrias alemanas y brasileñas. En Brasil, la GTZ es aliada también de proyectos para los Estadios Solares para la Copa del Mundo de Brasil, en 2014, juntamente con el Instituto Ideal y el banco de fomento alemán – KfW. La búsqueda del desarrollo sustentable también es un factor de peso en la economía: la facturación global en tecnologías verdes mueve cerca de R$3,5 mil millones anualmente. Los empleos generados por esa industria son llamados “empleos
verdes”. Son profesionales que actúan en diferentes frentes como la búsqueda de la eficiencia energética, transporte público, agricultura sustentable, reciclaje, reducción de la contaminación, restauración de ecosistemas y reducción de gases de efecto invernadero. Esas actividades corresponden a casi el 19% del capital invertido actualmente en la economía china y juntas forman el tercer mercado en los EEUU. En Alemania mueven el equivalente a R$ 550 mil millones por año y mantienen 1,8 millón de empleos (4,5% del total del país). La mayor parte (92%) de los mismos viene de la industria de biomasa, energía eólica y solar. “La expectativa es que hasta 2020 eso corresponda a una parte entre el 15 y el 30 por ciento de la producción industrial del planeta”, explica Dirk Assman.
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A COP 15 e o Brasil: reflexos e iniciativas nacionais LUÍS EDUARDO TINOCO - Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente Representando o Ministro Carlos Minc, que não pôde comparecer ao evento, Luis Tinoco veio mostrar um panorama das propostas brasileiras apresentadas em Copenhague para a redução das emissões de gases que contribuem para o aquecimento global. O governo brasileiro se propôs a efetuar uma redução 36% a 38% nas emissões desses gases até 2020. Para que essas promessas não caiam no vazio, o governo já aprovou, no ano passado, a lei de Política Nacional sobre a Mudança do Clima, que terá financiamento do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, também aprovado em lei. Além disso, a última medição do desmatamento da Amazônia constatou um desmatamento de 7 mil km², ainda alto, mas o menor índice em 21 anos.
O Plano Nacional sobre Mudança do Clima prevê quatro eixos de ação: mitigação das mudanças climáticas; adaptação a elas; pesquisa e desenvolvimento para lidar com as alterações; educação, capacitação e comunicação da população. Atualmente o Brasil possui 438 projetos em alguma fase do ciclo de projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, criado pelo Protocolo de Quioto para auxiliar na redução dos gases de efeito estufa. Estima-se que isso cause uma redução de 48 milhões de toneladas de CO2 por ano. Agora, com o COP15, apesar de insatisfatória com relação a avanços políticos, trouxe o tema definitivamente para a esfera de alto nível dos governos, garantindo um consenso político a longo prazo, com promessas de redução de 55 países e investimentos de 30 bilhões de dólares entre 2010 e 2012. Além disso, houve avanços em diversos pontos, como a transferência de tecnologia. Luis Tinoco ressaltou também o fortalecimento do grupo BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e China), que agora fará reuniões trimestrais sobre o assunto. “Existe uma boa perspectiva para a próxima convenção do clima em Cancún, no México, especialmente porque até lá os EUA já devem ter sancionado sua própria lei sobre o clima”, conclui Tinoco.
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La COP 15 y Brasil: Reflejos e iniciativas nacionales LUÍS EDUARDO TINOCO - Secretaría de Cambios Climáticos y Calidad Ambiental del Ministerio de Medio Ambiente Representando al Ministro Carlos Minc, que no pudo estar presente en el evento, Luis Tinoco vino a mostrar un panorama de las propuestas brasileñas presentadas en Copenhague para reducir las emisiones de gases que contribuyen al calentamiento global. El gobierno brasileño se propuso efectuar una reducción del 36% al 38% en las emisiones de esos gases hasta 2020. Para no olvidar esas promesas, el año pasado el gobierno aprobó la ley de Política Nacional sobre Cambio del Clima, que tendrá financiación del Fondo Nacional sobre Cambio del Clima, también aprobado por ley. Además, la última medición de deforestación de Amazonia constató una deforestación de 7 mil km²; a pesar de alto, es el menor índice en 21 años. El Plan Nacional sobre Cambio del Clima señala cuatro ejes de acción: mitigación de los cambios climáticos; adaptación a los mismos; investigación y desarrollo para enfrentar los cambios; educación, capacitación y comunicación de la población. Actualmente, Brasil posee 438 proyectos en alguna fase del ciclo
de proyectos del Mecanismo de Desarrollo Limpio, creado por el Protocolo de Kyoto para ayudar en la reducción de los gases de efecto invernadero. Se calcula que eso causará una reducción de 48 millones de toneladas de CO2 por año. Ahora, la COP15, a pesar de insatisfactoria en lo que se refiere a avances políticos, trajo el tema definitivamente para la esfera de alto nivel de los gobiernos, asegurando un consenso político a largo plazo, con promesas de reducción de 55 países e inversiones de 30 mil millones de dólares entre 2010 y 2012. Además, hubo avances en diversos puntos, como la transferencia de tecnología. Luis Tinoco destacó también el fortalecimiento del grupo BASIC (Brasil, África del Sur, India y China), que ahora realizará reuniones trimestrales sobre el asunto. “Existe una buena perspectiva para la próxima convención del clima en Cancún, en México, especialmente porque hasta entonces los EEUU ya deberán haber sancionado su propia ley sobre el clima”, concluye Tinoco.
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Bioenergia e criação de empregos GUILHERME CASSEL - Ministro do Desenvolvimento Agrário do Brasil No encerramento do seminário, o ministro Guilherme Cassel falou sobre o panorama atual do meio rural no Brasil e sua importância estratégica nas três agendas do século XXI: sustentabilidade ambiental, com uma nova matriz energética, e segurança alimentar. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que em 2007, 31,3 milhões de pessoas viviam em áreas rurais. “É complicado definir exatamente o que é uma zona rural, já que as leis determinam apenas o perímetro urbano”, pondera o ministro. Para Cassel, o rural é hoje considerado “o resto”, erroneamente associado com a pobreza. Essa visão corrobora a ideia do meio rural como secundário no desenvolvimento do Brasil. “De acordo com a definição do economista José Eli da Veiga, o meio rural inclui os municípios com menos de 50 mil habitantes.” Usando essa definição, temos quase 60 milhões de pessoas morando no campo, mais de 30% da população do Brasil. E ela também está dividida. De um lado, a agricultura familiar, de outro, os latifúndios e o agronegócio com suas cifras milionárias. Os números mais recentes da primeira pesquisa feita pelo INCRA mostram que 85% dos estabelecimentos rurais do Brasil são de agricultura familiar. Eles ocupam 30,5% da área e produzem de cerca de 70% dos alimentos da cesta básica, sendo responsáveis por quase 10% do PIB
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do país, devido à sua alta taxa de produtividade (89%). Na região Nordeste, metade das propriedades rurais são de agricultura familiar, enquanto no Centro-Oeste essas propriedades correspondem a apenas 5% do total. Nos demais países do Mercosul as propriedades de agricultura familiar representam 80% das ocupações produtivas. Para discutir o tema, os países do bloco organizam semestralmente, desde 2004, o REAF (Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar do Mercosul), fruto da iniciativa do governo brasileiro. O objetivo é mapear propriedades e constituir um fundo para o financiamento de políticas públicas conjuntas. Ao fim, o ministro mostrou dados sobre o Programa de Biodiesel brasileiro, baseado no trabalho de pequenos produtores. Desde o início de 2010, o diesel brasileiro já contém 5% de biodiesel. Essa meta, prevista apenas para 2013, foi antecipada.
Bioenergía y creación de empleos GUILHERME CASSEL - Ministro de Desarrollo Agrario de Brasil En la conclusión del seminario, el ministro Guilherme Cassel habló sobre el panorama actual del medio rural en Brasil y su importancia estratégica en las tres agendas del siglo XXI: Sustentabilidad ambiental, con una nueva matriz energética y seguridad alimenticia. Una investigación del Instituto Brasileño de Geografía y Estadísticas (IBGE) mostró que en 2007, 31,3 millones de personas (más del 17% de la población) vivían en zonas rurales. “Es difícil definir exactamente cuáles son las zonas rurales, ya que las leyes determinan sólo el perímetro urbano”, explica el ministro brasileño. Para Cassel, las zonas rurales hoy son consideradas “el resto”, erróneamente asociadas a la pobreza, sinónimo de atraso y exclusión, residuo de lo urbano. Esa visión corrobora la idea del medio rural como secundario en el desarrollo de Brasil. “De acuerdo con la definición del importante economista brasileño José Eli da Veiga, el medio rural incluye todos los municipios de menos de 50 mil habitantes”, explica Cassel. Usando esa definición, tenemos casi 60 millones de personas viviendo en el campo, más del 30% de la población de Brasil. Y también está dividida. Por un lado, la agricultura familiar; por el otro, los latifundios y el agro/negocio con sus cifras millonarias. Los números más recientes, resultantes de la primera investigación hecha por el Instituto Nacional
de Colonización y Reforma Agraria (INCRA), sobre la población en el campo muestran que el 85% de los establecimientos rurales de Brasil son de agricultura familiar. Ellos ocupan el 30,5% de la superficie, producen cerca del 70% de los alimentos de la canasta familiar y son responsables de casi el 10% del PBI del país, debido a su alta tasa de productividad (89%). En la región Nordeste, la mitad de las propiedades rurales son de agricultura familiar, mientras en el Centro Oeste esas propiedades corresponden a sólo el 5% del total. La situación en los demás países del Mercosur no difiere mucho de la brasileña. En los mismos, las propiedades de agricultura familiar representan el 80% de las ocupaciones productivas en el campo. Para discutir el tema, los países del bloque organizan semestralmente, desde 2004, la REAF (Reunión Especializada sobre Agricultura Familiar del Mercosur), producto de la iniciativa del gobierno brasileño. El objetivo es hacer un mapa de las propiedades y constituir un fondo para la financiación de políticas públicas conjuntas. Al final de su presentación, Guilherme Cassel mostró datos sobre el Programa de Biodiesel brasileño, basado en gran parte en el trabajo de pequeños productores. Desde el comienzo de 2010, el diesel brasileño ya contiene un 5% de biodiesel. Esa meta estaba prevista sólo para 2013, pero fue anticipada.
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Visita técnica às instalações de energia solar na Ilha de Ratones História e tecnologia aliadas da sustentabilidade Florianópolis, no século XVIII, era rota de navegação da Europa com o sul do continente americano. Na capital catarinense, então chamada de Desterro, foi construído pelo Governo Imperial brasileiro um sistema de fortalezas para impedir invasões espanholas. No entanto, nenhuma das fortificações construídas para este fim chegou a ser utilizada. Agora integram o patrimônio artístico e histórico nacional. E na Fortaleza de Santo Antônio de Ratones, na ilha de Ratones Grande, a tecnologia limpa está dando sua contribuição à sustentabilidade. Distante a 40 minutos de barco do centro de Florianópolis, a fortificação é mantida por energia solar fotovoltaica. Essa experiência foi conhecida de perto por participantes do Seminário Mercosul Pós Copenhague, no sábado, dia 20 de março. Os 76 módulos fotovoltaicos de silício policristalino alimentam 32 baterias que fornecem para a ilha quase 5 kilowatts de energia em 110 volts, o que seriam suficientes para o consumo de duas residências. Os módulos conseguem converter 12% da energia solar, enquanto as baterias podem suprir até cinco dias de abastecimento e têm vida útil de cinco anos. Além desse sistema, existem outros quatro módulos fo-
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tovoltaicos que alimentam o motor da bomba de água potável para a ilha. A água vem de uma cisterna, que acumula água da chuva e de um riacho natural. O sistema foi pensado de forma a harmonizar eficiência com a adequação e respeito ao patrimônio histórico. Por isso, os painéis não foram colocados no teto da construção, mas no terreno mais a frente, próximo ao trapiche de acesso à Ilha e meio escondido entre a vegetação local. Até 1999 a energia da ilha era fornecida por um motor que consumia 1200 litros de diesel por mês.
Visita técnica a las instalaciones de energía solar en la Isla de Ratones Historia y tecnología, aliadas de la sustentabilidad Florianópolis, en el siglo XVIII, era ruta de navegación entre Europa y el sur del continente americano. En la capital de Santa Catarina, antiguamente llamada Desterro, el Gobierno Imperial brasileño construyó un sistema de fortalezas para impedir invasiones de los españoles. Sin embargo, ninguna de las fortificaciones construidas para ese fin llegó a ser utilizada. Ahora integran el patrimonio artístico e histórico nacional. Y en la Fortaleza de Santo Antonio de Ratones, en la isla de Ratones Grande, la tecnología limpia está dando su contribución a la sustentabilidad.
A 40 minutos de barco del centro de Florianópolis, la fortificación se mantiene con energía solar fotovoltaica. Los participantes del Seminario Mercosur Post Copenhague conocieron esta experiencia de cerca, el día sábado, 20 de marzo. Los 76 módulos fotovoltaicos de silicio policristalino alimentan 32 baterías que suministran casi 5 kilowatts de energía en 110 voltios para la isla, que serían suficientes para el consumo de dos residencias. Los módulos consiguen convertir un 12% de la energía solar, mientras las baterías pueden suplir hasta cinco días de abastecimiento y tienen vida útil de cinco años. Además de ese sistema, existen otros cuatro módulos fotovoltaicos que alimentan el motor de la bomba de agua potable para la isla. El agua viene de una cisterna, que acumula agua de la lluvia y de un río natural. El sistema fue pensado para armonizar la eficiencia con la adecuación y el respeto al patrimonio histórico. Pensando en eso, los paneles no fueron colocados en el techo de la construcción, sino en el terreno más adelante, cerca del muelle de acceso a la isla y medio escondidos entre la vegetación local. Hasta 1999 la energía de la isla era suministrada por un motor que consumía 1200 litros de diesel por mes.
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Registro Fotogrรกfico
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