Maya banks sweet 01 doce rendição

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ÀS VEZES O PRIMEIRO PASSO, PARA TOMAR O CONTROLE, É A RENDIÇÃO. Faith Malone aparenta ser uma mulher suave que sabe exatamente o que quer: Um homem forte que vai pegar sem pedir, porque ela está disposta a dar-lhe tudo... O policial de Dallas, Gray Montgomery está em uma missão: encontrar o cara que matou seu parceiro, e levá-lo à justiça. Até agora, encontrou uma ligação entre o assassino e a mãe de Faith, e se Gray tem que chegar perto dela para apanhar o assassino, que assim seja. Faith é doce e feminina, tudo o que Gray gosta e deseja em uma mulher, mas suspeita que ela esteja jogando. De jeito nenhum ela iria permitir que um homem ficasse a frente no controle do relacionamento. Ou iria? Faith vê em Gray um homem forte, dominante, que ela precisa, mas ele parece determinado a mantê-la à distância. Então, tenta resolver tudo a sua própria maneira para provar a ele que não é nenhum jogo que está jogando. Está disposta a render-se ao homem certo. Gray gostaria de ser esse homem. Mas a captura do assassino de seu parceiro tem que ser sua prioridade. Até que Faith encontra-se ameaçada, e Gray percebe que fará qualquer coisa para protegê-la.

Disponibilização e Tradução: Rachael Revisora Inicial: Tina Revisora Final: Dyllan Formatação: Dyllan Logo/Arte: Dyllan 2


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C U apítulo

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Dallas, Texas

“Eu não quero que você volte ao trabalho ainda.” Grayson Montgomery colocou ruidosamente sua xícara de café de volta na mesa de jantar desgastada, e olhou fixamente para Mick Winslow em confusão. “Que porra você está falando, Mick?” O homem mais velho empurrou a mão cansada sobre o rosto, um rosto que agora estava profundamente marcado por rugas e fadiga. Ligou para Gray no início da manhã e pediu para encontrá-lo aqui para o café. Gray estaria fazendo a sua avaliação física e psicológica em meia hora. O último obstáculo para seu retorno ao trabalho como um policial de Dallas. Tinha sido atormentado por dúvidas. Que pessoa em sã consciência não ficaria? Não tinha sido certeza absoluta se voltaria a trabalhar, uma vez que Alex, seu parceiro, não iria. Nunca. Mas, é claro, que ele iria voltar. O assassino de Alex tinha que ser capturado. Justiça tinha que ser feita. Tudo que estava em seu caminho, era um consentimento do médico sobre sua condição física e a avaliação psicológica sobre o estado de sua cabeça. Poderia facilmente passar por cima de toda essa merda. “Você não acha que posso voltar?” Gray perguntou quando Mick ainda não respondeu. “Não é isso o que estou dizendo.” “Então o que diabos você está dizendo?”

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Mick focou nos olhos tristes de Gray. Parecia tão acabado e cansado agora. Nada parecido com o grande homem, de corpo em forma de barril, com voz potente e personalidade intensa para combinar. “Ouça-me. Tenho um favor a pedir. Filho.” Gray se encolheu, não porque Mick o chamou de filho, mas porque o verdadeiro filho de Mick tinha ido embora. Morto para ambos. “Quero sua ajuda para trazer o assassino de Alex à justiça.” Gray deve ter visto isso como promissor. Mick estava além de frustrado com a falta de progresso no caso do assassinato de Alex. Compreensivelmente. E refletia que Gray estava queimando por dento pela injustiça. Que era porque estava tão ansioso para retornar ao trabalho. Assim, poderia encontrar o assassino de Alex, e fazer o bastardo pagar por isso. “Mas você não me quer de volta na força.” “Deixaram de lado a investigação,” Mick disse duramente. “Você sabe, e eu sei disso. Estão todos em pé ao redor com seus polegares em suas bundas, enquanto o assassino do meu filho está à solta. Eles não têm sequer um suspeito. Alex era um bom policial. Um maldito bom policial. Não merecia que fizessem isso com ele.” Os olhos de Gray estreitaram levemente. Não foi dirigido a ninguém pessoalmente, mas ainda assim, levantou a polêmica na questão de ter Mick manipulando o caso no departamento. Nada do que tivesse visto o levaria a acreditar que alguém estivesse cobrindo a morte de Alex levemente. “Por que você não quer que eu volte?” Gray perguntou, tentando empurrar Mick de volta ao ponto. Não queria deter-se sobre Alex. Agora não. Não quando levou tanto tempo para ser capaz de pensar sobre o seu parceiro, sem sentir que alguém incendiava suas entranhas. Uma garçonete se aproximou com uma cafeteira e começou a encher as xícaras. Mick acenou com um gesto irritado. Ela rapidamente se retirou, com as sobrancelhas erguidas com a carranca aborrecida no rosto de Mick.

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“Tenho feito alguma investigação por conta própria.” Gray fez uma careta. Era por isso que Mick parecia que estava acabado? Deve ter dedicado cada hora do dia, abandonando o sono, em uma tentativa desesperada para encontrar o assassino? “Você está aposentado, Mick. Deixe o trabalho da polícia para nós.” Os olhos de Mick encheram de dor. “Vou esquecer que disse isso, meu filho.” Gray sacudiu a cabeça. “O que você achou?” “Acho que tenho um palpite sólido sobre quem pode ter matado Alex. Estava, pelo menos na cena naquela noite, então se não fez isso, com certeza sabe quem fez. Mas meu instinto diz que ele é o bastardo que matou Alex pelas costas.” O estômago de Gray se revirou, e todo o café que tinha consumido ardia como ácido. Imagens de Alex, de bruços, como um pedaço de lixo descartado, o sangue acumulando no chão. “Se tem provas, por que não entregou a Billings, e por que está aqui me pedindo para não voltar ao trabalho?” “Porque Billings é um imbecil desagradável que tem a cabeça tão perto de seu traseiro, que pode sentir o cheiro do jantar da semana passada,” Mick rosnou. “Fui até ele quando descobri as informações sobre o cara que estava lá. Samuels. Eric Samuels.” “Você sabe o nome dele?” Gray gritou. Mick ergueu a mão. “Deixe-me terminar. Sei muito mais do que o nome do babaca.” Gray inclinou a cabeça e tentou relaxar em seu assento. Olhou para o relógio. Iria se atrasar. 6


“Fui até Billings. Disse-lhe tudo o que sabia. Mandou-me embora. Disse que era um principiante, e que precisava deixar o trabalho para os profissionais da polícia. Disse que quando precisasse da minha ajuda, pediria. Circula pelo departamento que Alex falhou no tiroteio.” “O quê? Que porra é essa?” “Tenho ouvido rumores, Gray. Parece que a crença predominante é que Alex agiu sem justa causa, e que sua morte foi uma infeliz consequência de suas ações. A expressão flagrante e violação dos direitos foram levantadas em mais de uma conversa.” Mick olhou Gray com incredulidade. “Você não pode estar falando sério. Eu estava lá. Entreguei o meu relatório.” “Você diria qualquer coisa para cobrir o seu parceiro.” Gray curvou o lábio em um rosnado. Mick ergueu a mão. “Isso é o que dizem. Não o que penso.” Gray inclinou para trás, respirando profundamente para acalmar a fúria que fervia dentro dele. Deu um olhar longo, duro para Mick. Será que foi ele que levantou isso? Tentando pegá-lo chateado o suficiente para que concordasse com o que Mick queria? Nunca tinha visto Mick ser assim, mas perder um filho fazia com que qualquer um perdesse sua própria consciência. Mick apoiou os cotovelos na mesa e inclinou-se, olhando fixamente nos olhos de Gray. “Vá para a sua avaliação, filho. Fala com Billings. Se achar que estou cheio de merda depois que ficar algumas horas no departamento, em seguida, por todos os meios, volte ao trabalho, e esqueça esta conversa que tivemos. Mas se descobrir que estou certo, me ligue esta tarde. Virei para cá, e podemos conversar sobre como vamos pegar o filho da puta que matou meu filho. Seu parceiro. Seu irmão.” 7


Mick deslizou para fora da cabine, e jogou algumas notas de dinheiro sobre a mesa antes de caminhar para a saída.

Tinha sido difícil pedir calmamente uma licença sem vencimento quando o que queria fazer, era socar o punho através da parede. Gray considerou ir mal, na avaliação psicológica, mas a merda mancharia seu registro pessoal para sempre, e não queria que o perseguisse pelos próximos 20 anos. Estava na sala de seu apartamento, num ritmo agitado demais para se sentar e esperar Mick chegar. O velho não tinha soado nem um pouco surpreso quando Gray o chamou. Nem sequer perguntou o que falara no departamento. Mas então ele sabia. Disse, mas Gray não tinha acreditado. Gray tinha voltado com a intenção de ignorar o pedido de Mick. Não importando nada, o que Gray queria era estar lá, onde pudesse ajudar com as investigações, não em algum outro lugar. Mas Billings tinha desenhado uma linha dura na areia. Gray não era permitido em qualquer lugar perto da investigação. Demasiado perto, e toda essa merda. Como se precisasse de um monte de terapia quando o assassino de seu parceiro estava à solta. Quando perguntou à queima-roupa sobre os boatos flutuando sobre Alex e sua falha, Billings negou, dizendo que a investigação estava em curso, e que o departamento faria tudo ao seu alcance para levar o assassino à justiça. Gray também tinha perguntado sobre Samuels, e sua possível ligação com o assassinato, mas Billings se recusou a comentar. Havia deixado o escritório frustrado, somente encontrando muitos olhares simpáticos de colegas policiais. Muitos murmuraram sua opinião de que Alex nada tinha feito de errado. Mas o fato de que tinham algo a dizer, deixou Gray puto. Não devia haver nenhuma pergunta. Tinha levantado dúvidas em sua mente sobre a direção que a investigação estava indo. Mick entrou pela porta, sem se preocupar em bater. Gray encontrou seu olhar e viu determinação pura chiando lá.

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“Então agora você sabe,” Mick disse calmamente. “Vai me ajudar?” “Tirei uma licença de seis meses,” disse Gray brevemente. “Agora fale tudo o que descobriu para que possamos pegar esse bastardo.” Mick caminhou até o sofá e afundou-se na almofada. Olhou propositalmente para Gray. “Preciso que vá para Houston.” “O que há em Houston?” “Faith Malone.” Gray cruzou os braços sobre o peito. “O que ela tem a ver com Eric Samuels?” “Talvez nada. Mas é a única pista que tenho agora.” “Então o que acontece com ela? Quem é ela?” Mick arranhou a parte de trás do pescoço, em seguida, balançou sua cabeça. “Eric Samuels se juntou com a mãe dela logo após o tiroteio. Ambos desapareceram poucos dias depois que Alex foi baleado. Ninguém os viu. Tinha investigado eles. Uma perdedora como Samuels. Passa por trabalhos vendendo doces, e tem um histórico de abuso de drogas.” “Sua filha trabalha para William Malone, o homem que a adotou. Ele é dono da Empresa de Segurança Malone e Filhos. Empresa top de linha no ramo. Sério no ramo de negócio. Você iria gostar dele.” Gray esperou impacientemente por Mick chegar ao ponto. Não importaria muito se gostasse de Malone ou não. Tudo o que importava era se sua filha poderia levá-los ao assassino de Alex ou não. “Aparentemente Faith cuidou de sua mãe a maior parte de sua vida, até poucos anos atrás, quando a mãe teve uma overdose, e Malone entrou em cena e levou Faith de volta a Houston. Desde então, a mãe tem esporadicamente ligado para a filha, principalmente pedindo dinheiro, foi tudo que consegui investigar.”

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“A última vez que chamou foi há um ano. Agora, meu pensamento é, se a mãe tem o hábito de chamar a filha quando precisa de dinheiro, poderia muito bem começar a chamá-la de novo, agora que Samuels entrou em cena. Samuels está desesperado. Precisa de dinheiro, agora que está se movimentando. Dinheiro esse, que a mãe não tem.” “Se conseguir chegar perto da filha, poderia espionar, e ver se nos leva a Samuels, através da mãe.” Gray assentiu. Até agora fazia sentido. A mãe e o namorado estavam fugindo. Provavelmente sem dinheiro. Ela poderia muito bem manter contato com Faith e pedir ajuda. Por tudo o que sabia, a menina deveria saber exatamente onde sua mãe estava. “Meu amigo Griffin é amigo de Malone, e Malone lhe deve um favor,” Mick continuou. “Arranjei para você um emprego em sua empresa de segurança. Sabe quem é você, que é um policial, e que seu parceiro foi morto.” “Mas nada mais, certo?” Mick balançou a cabeça. “O que sabe é que você está de licença enquanto lida com a morte de seu parceiro, e toma uma decisão sobre se deseja ou não retornar ao trabalho.” Gray olhou atentamente para Mick. Mick encolheu os ombros. “Parecia uma explicação bastante plausível.” Tanto faz. Não dava a mínima para o que pensava Malone sobre suas razões de tirar uma licença. “Malone tem algum envolvimento com isso? Tem alguma coisa a ver com a mãe da Faith?” Mick balançou a cabeça. “Griffin contou tudo. Eles foram casados por cerca de dez anos, porém após, não tiveram mais nenhum relacionamento Ele é um homem bom. Seu filho é ex-militar. Tem duas 10


pessoas que trabalham para ele. Um deles era das Forças Especiais, e outro era policial antes de ser lesionado, o tirando da linha do dever. Fazem um bom trabalho.” “Então é só com a filha que preciso me preocupar.” Mick concordou. “Exatamente.” Parecia bastante simples. Entrar, obter informação e sair. Entregá-lo para o departamento em uma bandeja de prata. Soou como uma moleza depois de alguns dos casos que tinha lidado ao longo dos anos. E sim, poderia usar sua licença. Então não teria de pensar muito sobre o retorno ao trabalho sem o seu parceiro. Mick olhou para ele por um longo momento, antes de ficar bem na frente de Gray. “Obrigado, meu filho. Sabia que podia contar com você.” “Não tem que me agradecer,” disse Gray. “Alex teria feito o mesmo por mim num piscar de olhos.” Aproximou e sentou-se ao lado de Mick. Nenhum dos dois falou durante um longo momento e, em seguida Gray colocou a mão no ombro de Mick. “Alex vai ter a justiça que merece, Mick. Juro.”

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C D apítulo

ois

Houston, Texas

Faith Malone apoiou no braço sem firmeza de John e tentou, tentou muito duro não permitir que a decepção implantasse lentamente em seu rosto. A suave, calma respiração de seu amante era encheu o quarto, mesmo quando a aconchegou mais perto de seu peito. Sua mão enroscou em seu cabelo, acariciando a nuca dela. Ela apertou sua bochecha contra ele ainda mais, e tentou relaxar. Tentou encontrar alguma satisfação no resultado da sua vida amorosa. “Foi bom para você?” Ele sussurrou. “Sim” ela mentiu. Bem, não era realmente uma mentira. Certamente já teve pior, e John era um amante atencioso. Mas era muito passivo. Suspirou e virou de costas olhando para o teto. O que tinha de errado com ela? Por que não encontrava a satisfação? Por que estava com medo de pressionar para mais? “Faith, estive pensando.” Virou a cabeça atrás para John. Pânico bateu em seu peito. Certamente, nada de bom viria de um que dizia estar pensando. Os homens simplesmente não pensavam, e certamente não estavam propensos a expressar esses pensamentos numa conversa de travesseiro. Virou até que se deitou ao seu lado de frente a ela. “Estive pensando muito também, John” ela desabafou. 12


Ele ergueu uma sobrancelha. “Você primeiro.” Levantou sobre o cotovelo e olhou nervosamente para ele. A mente dela estava pensando numa maneira coerente de dizer exatamente o que queria. “Por que você não planejava nosso encontro de amanhã à noite? Pode decidir o que vamos fazer, onde comer. E talvez depois possamos voltar aqui, e você poderia... Não sei, me amarrar, ou fazer algo não convencional. Basicamente o que quisesse fazer. Seria sua escolha.” Que desastre. Poderia ter declarado menos desajeitadamente? Mordeu o lábio enquanto esperava por sua resposta. Seus olhos arregalaram. Foi de surpresa ou excitação? “Umm, não tenho certeza do que está falando,” disse inquieto. Definitivamente, não era de excitação. “Quero que você esteja no comando”, disse ela baixinho. Ele sentou na cama e coçou a cabeça. “Faith, de onde veio tudo isso?” Seu rosto estava queimando, então engoliu. Deus, sentia-se estúpida. Nada como mandar um homem correndo na direção oposta. “Você está descontente com a forma como as coisas estão? É isso que está tentando dizer?”, Perguntou ele. Pensou em mentir e retroceder. Era o que tinha feito na última relação. E antes disso. Mas isso não a estava levando a nenhum lugar. “Não diria infeliz. Exatamente.” “Então o que diria?” Iniciou. “Não estou satisfeita”, disse ela calmamente. “Você quer dizer sexualmente?” Ela olhou acima para vê-lo olhando fixamente, com irritação iluminando seus olhos.

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“Não. Não é apenas sobre sexo, John. Se fosse, talvez pudesse lidar com isso. É mais do que isso. Eu quero... quero um homem que possa assumir o comando. Tomar decisões. Bem... o controle. E não apenas no quarto.” “E não sou esse homem.” Ela torceu seus dedos juntos, curvando e apertando. “Você não tem sido.” Ele xingou baixinho, baixinho. “Quer que eu mude?” Olhou triste para ele. “Não. Isso não é justo. Nem para você ou para mim. Eu acho... Acho que esperava, talvez pudesse ser esse homem.” “Maldição, Faith, faz parecer que está tudo acabado entre nós. O que é isso? Alguma fantasia que tem, e decidiu colocá-la para fora? Posso fazer isso. Quero dizer, o papel que deseja que represente, mas não soa como desejasse que fosse uma situação temporária.” Balançou a cabeça. “Não, eu não. Quero — não, eu preciso disso. E essa coisa toda. Existem homens que estariam mais do que dispostos a passar a noite jogando de macho dominante, mas termina aí. Não quero que isso acabe.” Inclinou-se para frente, querendo que ele entendesse. “Isso faz sentido?” Ele esfregou a mão sobre o rosto e esfregou os olhos, cansados. “Sim, faz sentido.” Estendeu a mão para tocá-lo, então recuou para longe dela. “Não sei o que dizer. Você está com raiva?” Um som áspero escapou de seus lábios quando mudou a sua respiração para fora em uma corrida. 14


“Não. Sim. Inferno, eu não sei. Sinto como se deixou cair uma maldita bigorna na minha cabeça.” Ele estendeu a mão e colocou o queixo nela. Acariciou o seu polegar sobre seu rosto enquanto olhava nos olhos dela. “Eu sabia... sabia que algo não estava bem entre nós. Não esperava isso, mas sabia que não estava tão feliz quanto demonstrava. Ou deveria ser. Quero que seja feliz Faith. Inferno, eu quero ser feliz. E acho que nós simplesmente não fazemos isso um para o outro.” Ele inclinou um canto de sua boca em uma demonstração de um sorriso, e ela relaxou. “Você não estava satisfeito,” acusou. Seu sorriso se transformou em um sorriso triste. “Acho que não vai ter problemas para dizer não, então.” Caiu para trás em cima da cama e soltou uma risadinha. “Não fazemos um bom par. Deitada aqui nua depois do sexo, terminando tudo.” Inclinou sobre ela, com expressão séria. “Você é uma mulher fantástica, Faith. Esperava mais entre nós, e admiro a coragem que teve em me dizer o que queria.” “Então, não acha que sou uma maluca pervertida?” “Não, mas quero que me prometa que vai ser cuidadosa. Um monte de homens lá fora iriam se aproveitar desse tipo de situação que você deseja. Não teriam o prazer ou melhores interesses no coração.” “Obrigado, John,” disse suavemente quando tocou em seu rosto. Ele inclinou e a beijou no rosto, antes de deslizar para fora da cama para se vestir.

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Faith sentou atrás de sua mesa na Empresa de Segurança Malone e filhos mordiscando distraidamente seu lápis. O escritório estava tranquilo hoje. Papai e os outros foram para uma oferta de trabalho com o novo cara, e ela ficou sozinha para refletir. Nunca era uma coisa boa. John a havia deixado na noite anterior ao invés de ficar como normalmente fazia. Mas, então, não tinha dado um jeito de empurrar o homem para fora da cama. Podia se consolar com o fato de que, aparentemente, ele tinha sido tão insatisfeito, como ela tinha sido com ele, então duvidava que estivesse sofrendo com o coração partido. Por outro lado, estava bem no caminho para ferrar com tudo. Talvez tivesse sido muito sutil. Estava com muito medo. Muito envergonhada de suas necessidades e desejos. Certamente não era algo que já discutiu com as amigas, não que tivesse muitas. Provavelmente votariam para chutá-la para fora da Liga das Mulheres, ao apenas ouvir o que Faith queria em um homem. A noite passada tinha sido a primeira vez que realmente expressou os desejos escuros que estavam flutuando na sua cabeça. Não que os falasse em grande detalhe. Bastou mencionar brevemente um pouco, e seu rosto queimou de vergonha. Mas isso tinha que acabar. Agora. Sutileza não era sua amiga. Não estava conseguindo ir a nenhum lugar com os homens que se envolvia. Insinuar, esperar, não era o caminho. Não, tinha que ser mais pró-ativa. Mais forte. Se não deixasse claro o que queria, então como poderia esperar conseguir? O toque do telefone interrompeu seu pensamento melancólico, e atendeu grata por isso. “Malone e Filhos”, ela cumprimentou. “Oi, querida é mamã.” O coração de Faith despencou. A onda começou a doer em sua barriga, e teve de se conter fisicamente da vontade de pendurar o telefone de volta. Deus, tinha sido um ano, desde que tinha ouvido sua mãe. Um ano sem histeria, sem atos de mártir, sem desculpas esfarrapadas.

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“Mamãe”, disse fracamente. “Como vai você?” Pergunta idiota. Sua mãe nunca estava bem. Sempre com alguma crise. “Estou em apuros, Faith. Preciso de sua ajuda.” Faith fechou os olhos e mordeu o lábio. Através do receptor, ouviu um som de carros passando em uma estrada. Estava sua mãe em um telefone público? Não era provável, Celia podia comprar um telefone celular. Não pergunte, Faith. Nenhuma pergunta. Você não quer saber de qualquer maneira “Ah Faith, você está aí?” “Estou aqui”, sussurrou Faith. Se apenas não tivesse atendido o telefone. “Preciso de algum dinheiro emprestado, bebê. Apenas um pouco para ajudar até conseguir outro emprego e um lugar para viver.” Faith engoliu o desapontamento duramente e fechou os olhos para chamar de volta as picaduras das lágrimas. Ficou muda esperando que um dia Celia Martin ligasse por outro motivo. Porque não poderia ter uma mãe? Uma mãe verdadeira. Alguém não tão empenhada em estragar tudo no seu caminho que poderia ter um relacionamento verdadeiro com sua filha. “Faith, realmente preciso desta vez, querida. Vou pagá-la de volta, é claro.” Claro que sim. Que piada. A mão de Faith apertou o receptor do telefone, até uma dor aguda serpentear no braço dela. “Não desta vez, mãe,” disse Faith, surpreendendo-se com sua recusa. A pausa longa e silenciosa que se instalou ao longo da linha de Faith disse que sua mãe tinha ficado tão surpresa. “Mas, querida, preciso do dinheiro para sobreviver.” Desespero na voz de Celia. Ela se tornou mais forte. “Falei que te pago de volta. Tenho que achar um lugar para morar, comprar gás e comida. Tão logo que me instalar e encontrar outro emprego, eu ficarei bem.” “Isso é o que sempre diz.” disse calmamente. “Só que não termina nunca. Não posso continuar a salvá-la. É tempo que tenha alguma responsabilidade por si mesma.”

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Antes que Celia pudesse responder, Faith gentilmente depositou o telefone no receptor. Suas mãos tremiam quando se afastou da mesa. “Está tudo bem?” Ergueu a cabeça quando ouviu uma voz estranha. Inclinando-se no batente da porta da de seu escritório, estava um homem. E não qualquer homem. Ele ocupava a porta inteira. “P-posso ajudá-lo?” Caminhou a distância que faltava para sua mesa. Estendeu a mão para ela. “Gray Montgomery. O novo cara.” Sua boca arredondou para um O. Deslizou sua mão para a dele, e ao invés de agitá-la, ele se limitou a apertar levemente. “Sou Faith Malone.” Sorriu e seus olhos azuis brilhavam para ela. “Eu sei.” Ela sugou sua respiração. “Claro, que sabe. Sou a única mulher que trabalha aqui, então não poderia ser mais ninguém.” “Estou interrompendo alguma coisa?” Perguntou quando soltou sua mão e apontou para o telefone. “Parecia chateada.” Ela balançou a cabeça e continuou a olhar para ele. Gentil, mas era uma espécie intimidante. “Não era nada. Há algo que você queira?” O telefone tocou, e ela saltou sobre um pé. A sensação de mal estar no estômago retornou com uma vingança. Era provavelmente sua mãe. Continuou olhando para o telefone, sem vontade de pegá-lo, não querendo lidar com uma mãe que a manipulava a cada momento. Uma grande mão cobriu o receptor e puxou. “Malone”, disse Gray. Houve uma longa pausa, e olhou para Faith com um olhar sério. 18


“Sinto muito, mas ela saiu por um instante. Posso anotar algum recado?” Por favor, por favor, não deixe uma mensagem. Não conseguiria lidar com a histeria de sua mãe. Não na frente de um completo estranho. Gray colocou o telefone de volta. “Obrigado” disse calmamente. “Nenhum problema. Você está bem? Tenho a impressão de que definitivamente não queria falar com quem estava no telefone.” Estremeceu enquanto continuava a olhar para ela com aqueles olhos azuis intensos. “Estou bem. Realmente. Agora, há algo que você queira?” Perguntou de novo. Os cantos de sua boca curvaram em um sorriso divertido. “Você está tentando se livrar de mim?” Ela corou. “Desculpe, mas claro que não. Estou muito feliz em conhecê-lo. Ouvi muito sobre você de Pop e Connor. Está se adaptando bem? Não vi você todo o dia no escritório.” Cale-se, Faith. Queria cair de cabeça sobre a mesa. Parecia uma imbecil completa. Ele limpou a garganta. “Estou feliz em conhecê-la também. Já ouvi muito sobre você do Pop e Connor. Mudeime para um apartamento muito bom, e esta é minha primeira vez no escritório.” Seus olhos brilhavam enquanto continuava a observá-la com um sorriso. Lindos olhos também. Azuis, profundos e ricos. Usava o cabelo curto, eriçado ligeiramente para cima. Provavelmente não tinha mais que esfregar uma toalha sobre ele, um pente na direção da onda e ir embora. “Estava esperando que pudesse me acompanhar ao meu escritório?” Piscou e puxou lentamente da leitura de seus atributos. Levantou, batendo o joelho contra a mesa. A dor subiu pela coxa, e fez uma careta. 19


Ele levantou uma sobrancelha, mas não comentou nada. Ela abriu a gaveta superior da mesa, vasculhando por alguns segundos antes de puxar um conjunto de chaves. “Estas são as chaves para o seu escritório e do edifício. Tenho certeza que Pop deu-lhe todos os códigos de segurança, mas se não, vou escrever para você.” Empurrou em direção a ele, e sua mão fechou em torno da dela mais uma vez. Um formigamento quente deslizou através de sua pele, seu polegar roçou em seus dedos. Puxou a mão dela de volta, e caminhou em torno da mesa para a porta. Quando chegou ao corredor, virou para vê-lo ainda olhando para ela. Tinha certeza que tinha o olhar fixado na sua bunda, mas logo se virou, seu olhar indo para cima. “Só me siga, vou lhe mostrar o seu escritório.” Caminhou em direção a ela, por três portas até o escritório que tinha sido atribuído a ele. Ela abriu a porta, mas não entrou. Fez um gesto com a mão para dentro. “Aqui está. Se precisar de alguma coisa, me avise.” “Vou fazer isso”, disse em voz baixa, enquanto caminhava por ela. Gray sentiu o olhar dela, sabia que estava olhando para ele enquanto se movia para dentro da porta. Ambos haviam feito sua parte de olhar. Quando Mick tinha lhe dado detalhes sobre Faith Malone, Gray não esperava que fosse tão bonita. Ou tão inocente. “Eu, hum, vou voltar ao meu escritório agora. Vejo você por aí. Se precisar de alguma coisa, só grite.” Virou para vê-la ir de volta ao seu escritório, e correr pelo corredor. Balançou a cabeça sorrindo para si mesmo. Deixava-a nervosa. Tinha estado no limite desde que entrou em sua sala. Uma vez que tivesse certeza que tinha ido embora, voltou atrás para fechar a porta, em seguida, pegou seu telefone celular e ligou para Mick. “Finalmente encontrei Faith Malone,” disse logo que Mick respondeu.

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“E?” “Não é o que esperava,” confessou Gray. “O que quer dizer?” Gray fez uma pausa e novamente evocou a imagem no escritório, seu rosto uma máscara de tristeza. Seu sofrimento o incomodava mais do que gostaria de admitir. “Ela é jovem. Bonita. Parece boa. Muito saudável. De acordo com Pop ela é extremamente inteligente e, tem um bom coração.” Ouviu Mick suspirar de impaciência. “Já chegou a algum lugar com as escutas telefônicas? Você sabe se sua mãe ligou?” “Apenas tive acesso hoje ao escritório. Vou colocar no telefone dela aqui e em seu apartamento, logo que possa entrar para fazê-lo. Acho que a mãe pode ter chamado hoje.” A respiração de Mick acelerou, ecoando através da linha telefônica. “Você tem certeza? O que foi dito?” “Não tenho ideia. Cheguei quando estava no telefone, e falou muito pouco. Mas estava visivelmente transtornada. Desligou o telefone em um ponto, e quando o telefone tocou novamente, se recusou a atender. Atendi, e uma mulher perguntou pelo nome dela, mas se recusou a deixar uma mensagem quando respondi que Faith não estava disponível.” “Por que diabos não colocou Faith na linha?” Mick perguntou, irritado. “Porque ela não teria conseguido fazer isso”, respondeu Gray. “Tenha paciência, Mick. Vou chegar ao fundo disto. Prometo. Dê-me alguns dias para colocar as escutas no lugar. Eles não são amadores. Vou ter que ser cuidadoso.” “Deixe-me saber quando descobrir alguma coisa”, disse Mick. “Deixarei.” Desligou e Gray empurrou o telefone de volta no bolso. Ficou lá por um momento, ponderando tudo o que precisava fazer. Para sua surpresa, um sentimento de culpa o incomodou. Mastigando sua bunda como um Pit Bull.

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Gostava de Pop. Gostou do trabalho, mesmo que tivesse sido adquirido através de falsos pretextos. Encaixava bem com a equipe de Pop. Connor, Micah e Nathan eram todos de sua idade, e todos tinham muito em comum. Pela primeira vez, perguntou se voltar para a força policial era realmente o que queria. Não seria o mesmo sem Alex. Alex. A única palavra que filtrava através de sua mente trouxe uma onda de dor, uma que tentou impedir, desde o funeral, mas ultimamente havia sido vencido. Gray fechou os olhos. A ideia do assassino de Alex estar lá fora. Livre. Fugindo da justiça. Gray tinha visto suficiente no bairro que cresceu os bandidos ganharem. Não ia deixar isso acontecer novamente. Desta vez, era pessoal. “Uh, Gray?” Olhou para cima para ver de pé Faith na porta de seu escritório. Seu olhar fixou nas longas pernas emolduradas pelo jeans apertado. A gola fina que usava se apegou a suas curvas em todos os lugares certos. Mudou de posição na cadeira, e perseguiu as imagens do corpo em sua mente. “O que foi?” Perguntou, esperando que parecesse bastante descontraído. “Pop chamou. Ele, Connor, Nathan e Micah foram comer e pediu para encontrá-los para almoçar no Cattleman's.” Gray enfiou a mão no bolso, pegando as chaves dele. “Obrigado. Já estou indo. Quer que traga algo?” Ela balançou a cabeça desviando o olhar, as bochechas coradas num tom de rosa. Deus, parecia tão suave e feminina. Queria tocar os fios de seus longos cabelos loiros. Verificando se era tão sedoso quanto pareciam. Como também deveria ser sua pele sedosa. Forçou a desviar o olhar, mas então a ouviu sair do seu escritório, e olhou para cima para ver sua bunda balançar pelo corredor. 22


Estava atraído por ela. Inferno, qual homem de sangue quente não estaria? Mas ela era errada em muitas maneiras diferentes, não poderia nem mesmo parar para contar. Era como uma menina, inferno, não para um homem jogar. Não, tinha visto tudo ao redor dela, e ele não estava em condições de entrar nesse tipo de situação. Iria assustá-la de qualquer maneira. Com um aceno de cabeça, atirou as chaves de um lado para o outro e caminhou ao seu caminhão. Precisava encontrar um tempo mais tarde, quando todo mundo estivesse fora do escritório para que pudesse grampear a linha principal. Se tivesse sido a mãe de Faith chamando hoje, ela obviamente não tinha conseguido tudo o que queria. O que significava que chamaria de volta.

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C T apítulo

rês

Gray inclinou-se contra os tijolos do complexo do apartamento, e viu quando Faith esforçou-se para levantar duas sacolas grandes de fora do banco de trás, em seguida, cutucou a porta com o quadril. Caminhou à frente, alcançando as sacolas quando estava perto o suficiente. Seus olhos verdes brilharam assustados quando percebeu a presença dele. “Aqui, deixe-me ajudá-la com isso,” disse ele. As entregou, ainda olhando para ele com surpresa. Embora ambos vivessem aqui — Pop possuía uma propriedade no complexo de apartamentos e Connor, Nathan e Micah também moravam aqui — ele e Faith não tinham ainda se encontrado, desde que se mudou para lá. Caminhou até a porta e voltou, esperando por ela para destrancá-la. Inclinou a cabeça para o lado. “Como você sabia qual era meu apartamento?” “Seu irmão me disse,” disse com um encolher de ombros. Ela franziu o cenho. “Connor normalmente é tão lacônico. Estou surpresa que lhe falou, por medo que invada, e me mate durante o meu sono.” Gray riu. “É essa a sua maneira de dizer que ele é um pouco protetor com você?”

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“Não, é apenas cauteloso,” disse enquanto deslizava a chave na fechadura. “E privado. Muito, muito privado. Não é normal dele, sair oferecendo informações pessoais.” Ela abriu a porta e apontou para ele ir para dentro. “Incomoda-a, que me disse o número de seu apartamento?” Perguntou quando foi empurrado por ela. “Apenas me ofereci para ficar de olho, desde que minha porta está tão perto da sua.” Ela o seguiu e fechou a porta. “Não, não me incomoda.” “Bem, então, agora que temos isso estabelecido, onde quer que coloque os mantimentos?” Ela apontou para a cozinha. “No balcão, por favor. Vou guardar mais tarde.” Tomou o seu tempo andando pela sala, olhando em volta para o interior de seu apartamento. A impressão que tinha formado dela, esperava cor de rosa, talvez amarelo, tons pastéis leves. Cores e decoração de garotas. Merda de babados envolvidos de um lado para o outro. Não poderia estar mais equivocado. O apartamento era decorado em tons ricos de terra escura. Havia uma sensação decididamente masculina para o mobiliário. Vinho, azul escuro, verde. O sofá e o divã eram de couro marrom escuro, e realmente pareciam confortáveis, como se fossem para sentar e não exclusivamente utilizados para decoração. Ela era uma contradição interessante. Uma que o intrigou muito. Colocou as compras abaixo e olhou para o telefone. Parecia uma linha de terra padrão. Fácil o suficiente para grampear, somente que teria que entrar em seu apartamento, quando não estivesse lá e maldição, se descobrisse sobre ele. Tinha recolhido informação suficiente de Micah, e Nathan e sabia que ela tinha uma rotina estabelecida de idas e vindas. A maioria das noites da semana ficava em casa. As noites 25


de sexta e sábado, passava com o cara que estava namorando, e domingos, costumava passar com Pop. Ocasionalmente passava uma vez com seu irmão, Nathan ou Micah, mas na maioria das vezes, parecia ser muito solitária. Quando virou para encará-la, encontrou-a estudando-o, seus olhos semi-cerrados e cautelosos. Não era uma curiosidade sutil no olhar dela, apesar de sua reserva. Como se não conseguisse entendê-lo. Junte-se ao clube, bebê. Não tinha sido capaz de descobri-la tanto no curto espaço de tempo que estavam familiarizados. Seus braços estavam cruzados, protetoramente sobre seu meio. Eles inadvertidamente apertaram seus seios, os empurrando para cima até que marcou contra sua camisa. Podia ver o contorno de seus mamilos, pressionados suavemente para fora. “Deseja algo para beber?” Perguntou educadamente, apesar de sua linguagem corporal falar uma história diferente. Não estava confortável com ele aqui. Em seu espaço. Ele sorriu. “Obrigado, mas tenho que ir. Estou indo encontrar Micah para beber.” Ela fez uma careta. “Sei o que isso significa.” Arqueou as sobrancelhas. “Ah?” Riu com voz rouca. “Se é Micah, vai envolver muitas mulheres lindas, geralmente mulheres lindas sem cérebro, certo, faça isso, meio vestidas, sem cérebro, mulheres lindas.” “Parece que é o meu tipo de cara”, ele falou demoradamente. Ela corou outra vez. “Não o tomei para o tipo das sem-cérebro.” O canto da sua boca subiu. Então, o tinha analisado. Muito interessante. E não queria tomá-lo pelo tipo que gosta de mulheres burras. Boa observação, embora pudesse ter sido um 26


palpite de sorte. Francamente, preferiria sofrer com as bolas apertadas, do que colocar seu pênis molhado em uma garota com mais espaço morto no cérebro do que um buraco negro. “Gosto da parte meio vestida,” disse com um sorriso. Faith revirou os olhos. “Acho que vou vê-lo amanhã, então.” Ah, foi dispensado. Ele recuou. Não fazia sentido perturbá-la. Encontraria com Micah, jogaria um pouco de conversa fora, então iria para o escritório grampear o telefone. Esperaria até que ela estivesse no trabalho para entrar em seu apartamento. Enquanto caminhava em direção à porta, sua voz suave ecoou sobre suas orelhas. “Obrigado pela ajuda.” Ele virou a cabeça. “A qualquer hora.”

Faith o observou ir com a respiração irregular. Não esperava vê-lo tão cedo, após seu primeiro encontro, mas imaginava que estariam esbarrando muito um no outro, dado que trabalhavam juntos e viviam no mesmo complexo de apartamentos. Sabia por Connor que Gray era um policial de Dallas sob licença após seu companheiro haver sido assassinado na linha do dever. De acordo com Nathan, Gray não era muito bom locutor. Ele e Connor deviam se dar maravilhosamente bem, porque Connor era muito inarticulado. Micah e Nathan, por outro lado... Eles eram o oposto de Connor com as suas palhaçadas. Divertidos e amorosos. Nem um osso sério em seus corpos. Faith sorriu. Como Gray se enquadraria na mistura eclética, ninguém sabia. Ela virou para arrumar todos os mantimentos, e quando terminou, serviu-se de uma xícara de chá, antes de ir para seu computador. 27


Deixando sua bebida de lado, deslizou na cadeira e moveu o mouse para abrir a tela. Abriu seu navegador e digitou o endereço do Google. Agora, o que buscava. Ficou um longo momento, olhando para o campo de pesquisa vazio. O que estava procurando? Será que tinha um nome, este desejo nebuloso torcendo dentro dela? Talvez devesse pesquisar o que fazer quando perder sua mente-sempre-amorosa. Por fim, optou por uma variedade de palavras. Talvez estreitando suas escolhas um pouco, não seria inundada com informações supérfluas, e se estivesse realmente com sorte, realmente obteria um ou dois sites que não eram pornografia. Dominação. Controle. Hmmm. O que mais? Oh espera, volta Dominação. Masculina. Controle. Submissão? Não, aquilo apenas soava errado. Ok, iria com dominação masculina, e controle por agora. Oh, Jesus. Estatísticas de Pesquisa. Isso era na realidade um tema de pesquisa? Talvez pudesse encontrar um professor bonitão disposto a curvá-la e... Ohh as possibilidades. Começou a rolar mais rápido, tentando superar as imagens eróticas que nadavam na sua cabeça. Apanhando. Mãos e pés atados. Um homem que tem poder total sobre ela. Curvando-a, fazendo-a submeter-se. Cuidando dela. E lá foi o maior atrativo de todos. Suspirou enquanto clicava através de incontáveis páginas inúteis. Impaciente, digitou outra série de palavras de busca. Dominação. Controle. Bondage. Pelo menos estes pareciam mais promissores. Examinou os temas, e clicou em algumas das ofertas. Sua testa franziu quando começou a ler sobre a submissão feminina. 28


Honestamente, nunca tinha se considerado uma pessoa submissa. Sim, queria um homem forte. Alguém que não tivesse que pedir. Que fosse confiante o suficiente para agir. Mas tinha que fazê-la submissa? Franziu o nariz. Bem, não prejudicaria ler sobre isso. Pelo menos, então teria uma ideia melhor de como encontrar esta criatura indescritível: o macho dominante. Deus, fez soar como uma espécie ameaçada. Mas no mundo de hoje, supôs que eram. Raça em extinção. Enfraquecido por uma sociedade politicamente correta. Ótimo. Agora descobriu o que queria em um homem, estava indo descobrir que não existiam esses animais. Clicou até seu dedo ficar dormente. Lendo toda a noite, com os olhos colados, fascinada nesse mundo estranho. Sinceramente, não tinha ideia que havia tanta gente lá fora que compartilhasse seus desejos e, certamente, não tantas mulheres. Mas, estranhamente, não fazia se sentir tão isolada. Deu um suspiro, como os olhos cansados percorreram ainda outro anúncio. Assim quando estava pronta para desistir por esta noite, um anúncio em uma das páginas chamou a atenção. Inclinou mais perto. Houston. O endereço era Houston. Para um exclusivo clube privativo, apenas para membros. Especializado em temas de dominação, escravidão e uma variedade de fetiches garantidos para satisfazer até os paladares mais exigentes. Uma de suas sobrancelhas levantou. Tinham muita consideração por si mesmos, aparentemente. Intrigada, clicou no anúncio e foi transferida para um site surpreendentemente sofisticado. Não era o site de lixo pornô de valor astronômico.

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Era discreto, um site que podia hospedar uma variedade de negócios diferentes. Cores suaves. Bom para os olhos. Sem pop-ups1 piscando, ou caixinhas gritando que você acaba de ganhar um iPod. Sua pulsação vibrou quando continuou a ler. A associação era exclusivamente aberta apenas para um número limitado a cada ano. A segurança era uma prioridade, e o “clube”, não era um chamativo, negócios com sinal em néon, no coração do centro de Houston. Em vez disso, era uma imponente casa nos subúrbios norte da cidade. Grandes portões de ferro forjado. Cercas de alta segurança. Sem sinal de publicidade do que se passava por trás das portas fechadas. Basicamente um lugar de encontro de indivíduos com a mesma opinião. Estremeceu. Poderia ser assim tão fácil? De alguma forma duvidava. Mas onde mais iria começar sua busca? Seu cursor pairou sobre o número de telefone listado no site. Pegou o telefone sem fio e manteve perto do computador e apertou o botão Ligar. Por vários segundos de duração, ouviu o tom de discagem. Quando começou o bip irritante alto, para que soubesse que ainda estava ligado e não estava discando, girou e olhou para o monitor do computador. Então ligou o telefone de volta. E desligou. E ligou. Droga. O que poderia ser tão ruim em ligar para o lugar? Não era como se pudessem alcança-la através do telefone, prendê-la e a deixar amarrada e nua no chão. Porém, se o cara fosse quente o suficiente, poderia até suportar isso. Tocou com o telefone na testa e fechou os olhos. Apenas faça, Faith. Você só quer informações. Eles não têm sequer que saber seu nome. Respirando fundo, apertou o botão Ligar, e rapidamente discou a série de números. Ela colocou o telefone no ouvido e apertou os olhos fechados em horror. Talvez não respondessem. Seu estômago deu uma guinada dolorosa quando uma voz masculina suave ofereceu uma saudação. 1

O pop-up é uma janela extra que abre no navegador ao visitar uma página ou clicar em um link específico. A pop-up é utilizada pelos criadores do site para abrir alguma informação extra ou como meio de propaganda. 30


“Olá?”, Disse ele novamente quando não respondeu imediatamente. “Uh, Olá,” ela ofereceu, mal capaz de espremer as palavras de seus lábios. “Estava ligando por alguma informação. Quer dizer, vi o seu clube, hã, hã, seu estabelecimento na internet.” “Qual é o seu nome?” O homem perguntou alegremente. Droga. Adivinhou que ia saber o nome dela, afinal. “É Faith,” disse, não mencionando o último. “Faith, Oi. Meu nome é Damon, e ficarei feliz em responder qualquer dúvida que possa ter.” Ela relaxou um pouquinho. “Bem, a coisa é, você vê, não tenho certeza de quais perguntas fazer.” “Ah. Ok, então deixe te fazer perguntar uma pergunta.” “Ah. Tudo bem. Eu acho.” “O que é que espera encontrar no nosso estabelecimento?” “Não é bem uma pergunta capciosa”, ela murmurou. Damon riu. “Não seja tímida, Faith. Não há nada que possa dizer que iria chocar-me. Ou julgá-la. Não posso te ajudar se não for honesta comigo.” Sua boca ficou seca. Hora da verdade. Como dizer a um completo estranho o que estava procurando, quando não estava completamente certa de si mesma? “Eu quero...” Respirou profundamente e começou tudo de novo. “Quero um homem para assumir o controle. Tomar. Não perguntar. Em todos os aspectos. Não apenas sexualmente.” Parou, mas ainda Damon esperava, como se sentisse que não tivesse terminado ainda. “Eu quero ser cuidada,” concluiu baixinho. “Você quer ser dominada.” 31


A palavra ainda era desconfortável, mas na sua essência, era justamente o que queria. Então, murmurou uma baixa concordância. “Não há nenhuma razão para sentir vergonha de seus desejos,” disse Damon suavemente. “Uma mulher que sabe quem é, e o que quer é a mais bela das criaturas.” O elogio trouxe um sorriso de satisfação em seu rosto, até que percebeu que estava tonta por um telefonema com um estranho que, por tudo o que sabia, poderia estar ficando duro ao ouvir suas fantasias. Encolheu-se na imagem mental. “A sociedade é muito exclusiva aqui, é oferecida com moderação. Se quiser, pode marcar um encontro para vir e visitar nossas instalações. Uma vez que viu o que temos para oferecer, então pode fazer uma decisão sobre se gostaria de prosseguir com a sociedade dentro do nosso limite.” Engoliu o nó crescente em sua garganta. “Gostaria muito.” “Aviso Faith. Se vier, deve saber no que está se metendo. Esta não será uma viagem através dos corredores da mansão, onde vai olhar para salas vazias e móveis sem uso. Vai entrar na nossa mais movimentada sala. E vai ver tudo.” Seus olhos arregalaram, e se perguntou o que tudo veria. Seu coração fez um estranho tamborilar, e percebeu que estava animada. Ansiosa pela turnê. “Quando podemos marcá-la?” Perguntou ela. “Posso lhe mostrar nesta sexta-feira às onze horas. As coisas tendem a começar tarde por aqui. Se me der o seu endereço de e-mail, vou enviar-lhe instruções detalhadas e o endereço.” Faith forneceu seu e-mail, e confirmou sua hora marcada. Agradeceu as informações, e desligou. Deixou cair o telefone sobre a mesa e recostou-se, enchendo as bochechas de ar, e soprando uma respiração longa e difícil. 32


Sexta-feira. Onze horas. Soltou um pequeno gemido. Tinha toda a semana para não fazer nada, além de se perguntar sobre o que veria. Lambeu os lábios nervosamente, em seguida, alisou a mão sobre seu estômago que borbulhava. Onde diabos, estava se metendo? E pior, não podia esperar para descobrir.

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C Q apítulo

uatro

“Oi bebê,” Micah Hudson disse quando virou a esquina no escritório de Faith. Sorriu quando desligou o telefone. “Ei, você.” Descansou na cadeira em frente a sua mesa, suas longas pernas estendendo na frente dele. Arqueando seus quadris acima, no bolso antes de retirar um pacote amassado de cigarros. Segundos depois, empurrou uma ponta de cigarro na boca e acendeu o isqueiro. Emitiu um suspiro como se inalasse como um homem puxando seu último suspiro. “Micah, o que te disse sobre fumar no meu escritório?” Lançou um sorriso sexy e soltou uma longa pluma de fumaça. “Vamos lá, Faith. Sabe que estou tentando parar de fumar. Apenas um por dia. Pop fala o inferno, então não posso fumar nunca ao seu redor. Você é o meu único refúgio seguro.” Revirou os olhos. “Então, porque sou uma tola, posso morrer por inalação de fumaça de segunda mão.” Vasculhou na sua gaveta, por um dos cinzeiros de plástico velho que mantinha a mão e empurrou pela mesa para ele. “Pelo menos usa isso para não deixar cinza por toda parte.” Sorriu e soprou-lhe um beijo quando pegou o cinzeiro. Ela balançou a cabeça. Devia ser pecado um único homem ser tão sexy. Micah era um homem claramente paparicado para não dizer qualquer outra coisa, e com razão. Que mulher conseguiria ficar perto com o seu encanto perverso? “Você é a melhor.” 34


Ele bateu contra o cigarro no cinzeiro, em seguida, olhou de volta para ela, seus olhos castanhos, quentes com questionamento. Ainda segurando o cigarro entre os dedos, estendeu a mão e enfiou o cabelo despenteado atrás de sua orelha. Seu brinco de diamantes brilhou quando foi exposto ao seu olhar. Uma mecha de cabelo, rebelde com seu impaciente empurrão, caiu sobre sua sobrancelha. Ele enfiou a mão livre em seu cabelo sobre sua testa, puxando firmemente contra a sua cabeça em um movimento para trás. Quando fez isso acontecer, os cachos soltos se rebelaram sobre sua cabeça mais uma vez. Sorriu para a imagem desgrenhada que apresentava. De alguma forma, ele fez dar certo. Ser desordenado era sensual nele. “O que você tem para fazer hoje? Já conheceu Gray Montgomery?” Amaldiçoou a onda de calor que inundava seu rosto, e esperou como o inferno que sua pele clara, tão propensa a ficar corada, não a tivesse delatado. “Sim, o conheci ontem. Mostrei o seu escritório.” “E?” “E o quê?” Ela perguntou, arqueando uma sobrancelha para ele. “O que você acha?” “Uh, não acho nada. Ele parece bom. Silencioso. Talvez um pouco pensativo. Deve se encaixar bem aqui. Ele e Connor poderiam ser melhores amigos para sempre.” Micah soltou uma gargalhada. “Só o que precisamos. Um bastardo mais taciturno.” “Bem, alguém tem que equilibrar as coisas. Você e Nathan perturbam tanto ao pobre do Connor.” “Bem, inferno, alguém tem que fazer. Ninguém deveria ser tão sério.” Faith deu um pequeno sorriso. Finalmente começou a rir e levantou a mão para cobrir a boca. “Ok, então é um pouco tenso.”

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Micah fumou seu cigarro. “Um pouco? Você pode chutar seu traseiro longe.” “Traseiro de quem estamos falando?” Nathan perguntou quando entrou. “Uh, bem, Micah parece ter desenvolvido um fetiche pelo traseiro de Connor,” Faith disse inocentemente. Micah sacudiu-lhe as pálpebras. “Jesus, homem, está fumando de novo?” Nathan perguntou quando torceu o nariz. “Cheira como um maldito bar aqui dentro.” Faith soltou um suspiro de exasperação e enfiou a mão na gaveta para os purificadores de ar. Os homens tossiram quando pulverizou uma nuvem de spray com aroma floral. “Gostaria que largassem do meu pé”, Micah resmungou. “Estou fazendo o meu melhor.” “Sim, está,” disse Faith com lealdade. “Mas no futuro, gostaria que fizesse o seu melhor fora do meu escritório.” Nathan riu e enfiou as mãos nos bolsos. Seu sedoso cabelo castanho ondulado caiu sobre as orelhas e sacudiu rebelde em seu pescoço. Um cavanhaque acompanhava sua boca e queixo. Fazia falta aparar. Os olhos verdes, cheios de alegria, descansavam debaixo de um conjunto de cílios ridiculamente longos. Pestanas que Faith mataria para ter. Não era justo que esses olhos lindos estivessem desperdiçados em um homem. “Quando vai cortar o cabelo?”, Perguntou ela. Micah riu. Nathan passou a mão pelos cabelos e olhou para ela com surpresa. “O que há de errado com meu cabelo? Você não reclama com Micah sobre conseguir um corte de cabelo, e o dele é mais comprido que o meu.” “Porque ele fica bem com cabelos compridos. Você não.” “Ai”, resmungou, atirando um olhar ressentido para Micah. Ela balançou a cabeça.

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“Juro que vocês precisam tanto de uma mulher para mantê-los na linha. E gostaria que se apressassem em encontrar uma, para que eu possa parar de ser babá de seus traseiros.” “Ou poderia apenas ser voluntária para o emprego em tempo integral,” disse Micah, disparando seu olhar mais sexy. Dane-se o homem. “Não acho que John gostaria que você propusesse isso a sua mulher,” Nathan disse secamente. Faith ficou tensa por alguns minutos e sentou na cadeira. “Uh, sobre John.” Dois conjuntos de olhares curiosos focaram intensamente sobre ela. “Há algo de errado, Faith?” Micah perguntou. Toda provocação havia saído de sua voz, e agora estava sentado de frente, seu rosto desenhado em completa e absoluta seriedade. Tinha esquecido do quão protetor que poderia ser. Isso geralmente era trabalho de Connor. Assim como Micah e Nathan gostavam de provocar, ainda velavam por ela como um falcão. “Não há nada de errado”, disse ela, injetando a quantidade certa de leveza em sua voz. “É somente que eu e John não estamos mais juntos.” Nathan levantou sua sobrancelha em uma pergunta silenciosa. “Relaxe. Foi minha decisão,” ela disse. “Não estava dando certo. E você não vai interrogá-lo.” Outro rubor trabalhou seu caminho para cima do pescoço. A última coisa que queria era John partilhando as razões da sua ruptura com Micah e Nathan. “E pelo amor de Deus, não diga a Connor”, murmurou. Os dois riram. “Vou fazer um acordo,” disse Micah, com um brilho mau nos olhos. “Não vou contar se não me dedurar que estava fumando.” Ela soprou a respiração em aborrecimento. “Você é um manipulador.”

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Ele sorriu. “Mas me ama assim mesmo.” Sorriu também. Não podia modificá-lo. “Sim, te amo. Agora, sai do meu escritório. Tenho trabalho a fazer. E façam o de vocês, seus dois palhaços.” Ela olhou o relógio. “Pop vai ter um enfarte se descobrir que ambos estão aqui, e não fora trabalhando.” O telefone tocou, e seu estômago revirou. Estendeu a mão para pegar o receptor, mas hesitou, desejando que o nervosismo doente diminuísse. Quando percebeu que Micah e Nathan olhavam desconfiados para ela, engoliu e puxou o telefone. “Malone.” A voz rouca de Pop saiu no outro lado da linha. “Faith, diga a esses dois porcos para trazerem suas bundas para fora de seu escritório e para o trabalho, onde deveriam estar.” Deu uma gargalhada, de alívio quase esmagador. “Bom dia para você também.” Ele deu uma risadinha no ouvido dela. “Bom dia. As coisas vão bem no escritório?” “Claro que sim. Está indo almoçar?” Ele suspirou com pesar. “Não, Connor, Gray e eu vamos ficar presos. Este sistema de segurança está nos deixando loucos, então acho que vamos estar aqui por algum tempo.” “Ok, Pop, te verei depois.” Desligaram, e ela ainda estava rindo. “Sim, sim,” Micah resmungou quando se empurrou para fora do escritório. “Podia ouvir Pop todo o caminho até aqui. Juro que tem escutas neste lugar.” Nathan riu. “Não colocaria minha mão no fogo.”

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Eles acenaram para Faith, em seguida, arrastaram-se para fora de seu escritório. Quietude desceu sobre o edifício. Inclinou-se sobre sua cadeira e olhou para o teto. Três anos. Por três anos viveu uma vida idílica. Às vezes era difícil lembrar dos anos anteriores, antes que Pop e Connor houvessem chegado. Então Pop a havia adotado. Sim, com certeza, era uma adulta. Uma mulher adulta, mas caiu em prantos quando contou a ela sobre seu desejo de adotá-la e torná-la juridicamente sua filha. Foi o primeiro sentido de pertencer a alguém que tinha experimentado. E agora seu círculo havia crescido com Nathan e Micah. Era uma atmosfera que ficava confortável em estar dentro. Finalmente em casa. Agora, sua mãe caia de paraquedas sobre a terra. Olhou para o telefone, desejando que não tocasse. Com um som de nojo, virou em sua cadeira e levantou. Ela não permitiria que sua mãe arruinasse seu dia, semana, mês, ano... Certo. Saiu do seu escritório e fez a ronda nos outros escritórios para recolher o correio enviado. Quando tinha uma pilha considerável, as colocou em sua mesa para esperar o carteiro. Então, se ocupou sobre os contratos de trabalho novos, sinalizando aqueles que precisavam da assinatura de Pop. Ao meio-dia, pegou o almoço que tinha trazido de casa e comeu enquanto respondia os telefonemas de clientes potenciais. Micah chamou para dizer que ele e Nathan não iriam voltar para o escritório, e estariam trabalhando até tarde. Então Pop ligou, falando para ir para casa mais cedo e que fecharia tudo no final da tarde. Ela sorriu quando desligou. Pop sempre parecia saber quando não estava em seu melhor dia. Nunca perguntou ou fez perguntas intrusivas, mas se preocupava com ela da mesma forma. Esse tipo de amor incondicional era reconfortante.

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O telefone tocou novamente, e ela pegou, esperando ouvir Pop novamente. Normalmente desviava do assunto que tinha chamado, e esquecia de pedir o que precisava, em primeiro lugar. Precisando chamar imediatamente de volta noventa por cento do tempo. “Malone,” disse, alegremente, preparada para caçoar de Pop. “Faith, amor, nós precisamos conversar.” Faith fechou os olhos, e seu almoço queimou fazendo um buraco em seu estômago. “Faith, você está aí? Preciso falar com você.” “Estou aqui,” Faith disse debilmente. “Preciso de algum dinheiro,” disse sua mãe, abandonando sua habitual bajulação. “Estou com problemas, bebê.” “Não posso te ajudar neste momento,” Faith falou corajosamente. “Gostaria que parasse de ligar.” Um silêncio caiu entre as duas. “Faith, não quer dizer isso. Sou sua mãe. Não pode simplesmente me cortar de sua vida. Preciso de ajuda. Não pode se afastar de mim. Depois de tudo que fiz por você.” Raiva chacoalhou o sistema de Faith. Sua visão ficou turva de raiva. “Tudo o que fez por mim? Você tem um inferno de muita coragem, Celia. O que já fez por mim? Estou feliz agora. Tenho uma boa vida. Sem você. Não posso te ajudar. Não quero ajudá-la. Não desta vez. Nem nunca mais. Por favor, não me chame de novo.” Bateu o telefone para baixo, a respiração vinha em lufadas irregulares. Suas mãos tremiam, e se sentiu perigosamente perto de vomitar. Fechou a boca e sugou, em respirações profundas através de seu nariz, esperando a náusea passar. Quando seu estômago aquietou, ergueu-se de sua cadeira, pegando suas chaves e a bolsa. Precisava de um pouco de ar. Precisava ir embora antes que sucumbisse ao desejo de começar a atirar as coisas. 40


C C apítulo

inco

Gray entrou no Cattleman’s Bar e Grill, e foi para a área do bar, na intenção de tomar uma cerveja gelada. Connor o tinha apresentado ao pub local, um lugar que ele e os outros caras se reuniam no final do trabalho, vários dias na semana. Quando andava pela divisão que separava o bar do restaurante, ficou surpreso ao ver Faith sentada do outro lado, as pernas balançando fora da banqueta alta. Um cotovelo apoiado na parte superior da barra, e a outra mão mexendo a bebida com o canudo. Andou para frente, mas ela nunca olhou para cima. Parecia perdida em seu próprio mundo, não que fosse um feliz. Escorregou no banquinho ao lado dela e fez sinal para o garçom. Ela olhou para ele com surpresa quando pediu a sua cerveja. “Parece que você e eu que temos desenvolvido o hábito de esbarrar um no outro”, ela murmurou. Ele sorriu. “Não estou te seguindo, se é isso que está implicando. Venho aqui todos os dias depois do trabalho. Primeira vez que a vejo aqui.” Ela corou, e ele assistiu em fascinação quando a cor rosa espalhou sobre seu rosto. “Não estava sugerindo nada. Sei que Connor e os outros vêm muito aqui. Mas pensei que estavam todos trabalhando até tarde hoje.” Ele deu de ombros. 41


“Nós terminamos. Pop foi ao escritório para fechar, e Connor foi para casa.” Inclinou a cabeça e a olhou preocupado. “O que a traz aqui?” Angústia cintilou nos olhos dela, e ela rapidamente desviou o olhar. “Apenas não queria ir para casa ainda,” disse vagamente. Gray amaldiçoou. Estava crente que sua mãe tinha ligado novamente, e ainda não tinha sido capaz de entrar no escritório para colocar a escuta. “Já comeu alguma coisa?” Perguntou. Ela balançou a cabeça. “Realmente não sinto vontade de comer.” “Se importa, se eu comer, então?” Olhou para ele, e puxou um pequeno sorriso no canto da boca. Assistiu em fascinação quando sua língua lambeu o lábio superior, pegando uma gota de sua bebida. “Faça como quiser. Longe de mim, ficar entre um homem e sua refeição.” “Falou como uma mulher que está bem familiarizada com as necessidades de um homem”, disse ele, deixando-a fazer o que queria dessa afirmação. Para seu deleite, ela corou novamente e abaixou a cabeça. Realmente ela era muito bonita, com seu rubor galopante. Começou a abrigar fantasias mais vivas de ver o quão longe seu corpo iria corar. Seria tímida na cama? Será que seu namorado tinha que convencê-la tirar cada peça de roupa do seu corpo? Todo o seu corpo apertou. Estava tão disposto como o próximo cara, a ter alguém fogosa na cama, uma mulher que se encarregasse e sacudisse seu mundo, mas a ideia de possuíla, de dar todos os momentos de sedução a Faith, enviou um estrondo de desejo como um tiro, direto para sua virilha. Sedução? Jesus. Ele não estava aqui para seduzi-la, mas Deus sabia que iria desfrutar cada momento. 42


Estava aqui para pegar informações. Para usá-la, por qualquer meio necessário, para capturar o assassino de seu parceiro. Fez sinal para uma garçonete de passagem, e pediu um hambúrguer e batatas fritas, antes de virar sua atenção de volta para Faith. “Então, como foi seu dia no escritório? Você parece... estressada.” Ela se contorceu desconfortavelmente no banco e tomou outro gole de sua bebida. Então renunciou à ajuda do canudo e esvaziou o copo em um longo gole. “O escritório estava bem. Apenas estou cansada. Não dormi bem na noite passada.” Girou em seu banquinho e lançou-o um sorriso brilhante. “Assim como é, está gostando do trabalho até agora?” Clássica mudança de assunto. Definitivamente, estava escondendo alguma coisa. Um completo idiota poderia descobrir isso. Mas não tinha exatamente o tipo de relacionamento pessoal com ela, onde iria confiar nele, e tinha a maldita certeza que não teria o tempo para cultivá-lo. “Gosto dele. Está indo bem.” “Connor disse... Connor disse que seu parceiro foi morto recentemente.” Tentou como o inferno manter seu rosto sem vincos de dor, causado por sua pergunta. Ele não disse nada por um longo momento. “Sinto muito. Não deveria bisbilhotar.” Seu olhar acariciou seu rosto suavemente, seus olhos piscaram com simpatia. Senhor, mas ela era tão doce. E apostava que era tão macia e delicada quanto parecia. “Vocês não está bisbilhotando,” disse calmamente. “Não é um segredo. Sim, meu parceiro, Alex, foi morto na linha do dever.” Seu rosto amassou com desânimo. “Eles pegaram a pessoa que fez isso?” “Não. Ainda não.”

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Seu longo cabelo loiro caiu para frente sobre o ombro quando virou para o encarar completamente. Queria tocá-lo, imaginava qual seria a sensação de colocar os dedos em suas costas, enquanto deslizava seu pênis em sua vagina. Um gemido torturado brotou em seu peito e ficou preso lá. Ok, admitia que não tinha conseguido mais do que previsto no que podia se lembrar, mas não poderia culpar sua reação à Faith nisso. Havia algo sobre ela, que fazia isso com ele. Apertava todos os botões certos. Provocava todos os seus instintos protetores. Não estava pensando em sexo quente, bem, talvez um pouco. O que estava fantasiando era fazer amor, quente, lento. O tipo em que um homem adorava o altar de uma mulher. Onde todos os gostos e toques eram apreciados e saboreados. Em seguida, podiam progredir para a foda quente, suada. Descobriu tudo isso, eh, Montgomery? Bebeu o último gole de sua cerveja e se perguntou onde a porra do ar condicionado estava. “Quanto tempo você estará de licença?” Perguntou ela. “Quero dizer, quando irá voltar?” Ela se inclinou para frente, dando-lhe apenas um vislumbre dos montes pálidos de seus seios, apertados pelo sutiã rendado que usava. “Eu, uh, ainda não tenho certeza. Estou pegando leve. Decidir o que fazer a seguir.” Ela sorriu, e seus olhos foram atraídos para o rosto dela. Não conseguia desviar o olhar. Nunca quis beijar uma mulher tão forte em sua vida. “Estou feliz por você estar aqui”, disse ela docemente. “Pop é um grande homem para trabalhar. Vê seus empregados, como família. Às vezes... às vezes só precisa ficar longe de tudo, sabe? Talvez isso seja apenas o que precisa. Tempo para ficar afastado.” “Que tipo de coisa você precisa ficar longe, Faith?” Perguntou baixinho. Sua expressão congelou, e podia vê-la recuar mentalmente. Dane-se tudo para o inferno. 44


A garçonete voltou e colocou o prato de comida na frente dele, e o barman deslizou outra cerveja através do bar para ele. Gray pegou o ketchup e abriu a tampa, disposto a colocar no hambúrguer e batatas fritas. Fez uma pausa em seguida, olhou de volta para Faith. “Certeza que não quer um pouco?” Ela sorriu e estendeu a mão para uma batata. “Típico homem. Afogar tudo em ketchup.” “Vou deixar apenas por você.” Empurrou o prato mais próximo ao espaço entre eles. Então colocou o ketchup em um espaço confinado no prato. Enquanto observava mordiscar uma das batatas fritas, um súbito pensamento lhe ocorreu. “Você vai encontrar alguém aqui? Estou atrapalhando você?” Deu-lhe um olhar perplexo e sacudiu a cabeça. Ele mergulhou uma batata no ketchup e a levou à boca. “Não se encontrará com o namorado?” Novamente um rubor rosa delicado floresceu em seu rosto. “Não há mais um namorado,” ela disse levemente. Poderia ser este o motivo de sua melancolia? Mas não, tinha uma desconfiança que sinalizou mais estresse do que tristeza. Ainda estava apostando na mãe. Somente queria saber no que Faith estava envolvida neste momento. “Ele é um idiota”, Gray murmurou. Ela riu, e ele puxou a cabeça para cima, paralisado pelo som. “Acho que sou a idiota. Fui à única que terminou as coisas.” “Ele ainda é um idiota.” Sorrindo, ela acenou para o garçom pedindo outra bebida. “Você soa igual um dos caras.” Gray levantou uma sobrancelha.

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“Que caras?” “Connor Micah, e Nathan.” “Bem, definitivamente não a vejo como minha maldita irmã.” Seus olhos se arregalaram. “Como me vê?” Agora era uma questão de mínima provocação. Talvez não fosse tão tímida quanto pensava. Olhou de volta para ele, sem pestanejar. “Bonita.” Riu quando ela corou mais uma vez. “O quê? O que há de tão engraçado?” “Você é adorável quando fica corada, e faz isso tão facilmente.” Sua testa franziu e os lábios transformaram-se em uma carranca. “Adorável? Eu prefiro muito mais bonita, do que adorável.” Ele esticou e tocou seu braço. “E se achar o que você quer?” Um formigamento quente se espalhou pelo braço de Faith, quando os dedos de Gray acariciaram sua pele. Engoliu o nó em sua garganta. Não era uma virgem inexperiente, mas aqui, sentada próxima a um homem, dizendo que era bonita e adorável, a deixava completamente confusa. Ela adorava as complexidades sutis da atração. Faixas do sentimento e do desafio de conhecer alguém novo, e explorar os primeiros momentos difíceis como estavam no momento, sendo ambos sutis, mas avançados. “Posso viver com isso”, disse ela com voz rouca. Ele retirou a mão e voltou a comer. Queria que a tocasse novamente. Uma carícia simples, olhando para ela, só isso, seu perfume masculino... Seu estômago agitou em um nó nervoso de antecipação.

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O estudou enquanto comia, observando seus movimentos. Era forte e confiante. Gostava disso. Mas seria assim no quarto? Seria estendido aos seus relacionamentos? Ela balançou um pouco a cabeça. Não mais do que estava deixando tudo ao acaso. Quantos mais homens ela teria que conhecer, antes que encontrasse o que queria? Iria algum dia encontrar o que queria — não, necessitava? Sexta-feira parecia um ano-luz de distância. Ela estava nervosa como o inferno com a ideia de visitar algum clube de fetiche sozinha, mas outra parte sua estava orgulhosa do fato de que se aventurou tão longe de sua zona de conforto. Forte. Confiante. Queria essas qualidades em um homem, então talvez fosse tempo de começar a expor essas qualidades. Como atraindo o que gosta, não é? “Desistiria da cerveja por uma semana somente para saber o que está acontecendo dentro de sua cabeça agora.” Ela piscou e mudou o foco, e viu que Gray estava olhando para ela. “Oh, desculpe. Estava pensando.” Ele riu. “Como disse, adoraria saber sobre o quê.” Não iria corar.. Não. Ia. Corar. Podia-se sentir perdendo a batalha enquanto a onda de calor penetrou até seu pescoço. Maldição. Vaiou com riso e pegou um guardanapo para limpar a boca. “Esse rubor fica bem, querida.” Gemeu. “Não é educado apontar os meus defeitos.” Ele se inclinou para frente e inclinou seu queixo para cima com o dedo. “Não é um defeito em tudo. Acho que é sexy como o inferno.” Arrepios escorreram sob sua coluna, voltando novamente, e sobre os ombros. Seus mamilos endureceram, e os músculos de sua vagina apertaram.

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Uma gota de ketchup descansou no canto de sua boca, e deu-lhe uma desculpa para tocá-lo. Deus queria tocá-lo. Ergueu um dedo e gentilmente enxugou o ketchup. Enquanto retirava sua mão para limpá-lo em um guardanapo, ele capturou o dedo, então, e o levou à boca. Seus lábios quentes foram sobre a ponta, em seguida, sua língua girou sobre a pele, lambendo o ketchup. A ação enviou uma onda de choque através do seu sistema. Sentou-se, atordoada com sua reação. Lentamente, retirou a mão, deslizando a língua ao longo de seu dedo até que deixou sua boca. Quando a liberou, ela deixou a mão cair em seu colo, tentando disfarçar o tremor. “Eu deveria ir”, disse ela, afirmando a primeira coisa que veio à sua mente. Isso era uma mentira. Não queria ir, mas não sabia o que dizer, ou como reagir à sensualidade gritante entre eles. “Por que não a sigo de volta?” Ele ofereceu. “Estou indo para casa também. Vejo você em sua porta.” “O-ok.” Deu várias respirações firmantes, assim sua voz não vacilaria muito. Depois pegou a bolsa, tirou seu dinheiro e começou a lançar algumas notas sobre a bancada. Gray estendeu a mão e empurrou o dinheiro de volta. “Eu pago.” Lentamente puxou o dinheiro de volta e o colocou de volta na bolsa. “Obrigada.” Esperou que pagasse a conta, e então se virou para encará-la. “Vamos?” Perguntou, apontando para a saída. Por que isso estava parecendo um encontro? E por que estava tão malditamente nervosa? Nunca foi tão insegura, nervosa. Sempre sentiu-se confortável, com seus encontros. Era esse o problema? Todos não eram mais do que amigos? Meninos bons que teve relações sexuais numa boa? Sexo bom. Ugh. Ela queria o tipo sujo. O quente, suado, o sexo que a fazia gritar.

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Ela caminhava à frente dele, mas ele a pegou, e colocou a mão em suas costas, enquanto iam ao estacionamento. Foi um gesto de proteção, que que a fez sentir querida. E ela gostou desse sentimento. Gostou muito. Abriu a porta do carro e a conduziu para dentro, fechando a porta atrás dela. Sentou-se, e o assistiu voltar para o seu caminhão. Viu seu passo determinado, o modo como seus jeans abraçavam sua bunda. Quando deslizou no assento do motorista, ligou seu carro e se afastou do estacionamento. Quinze minutos mais tarde, estacionava na vaga atribuída fora de seu apartamento e desligou o motor. Saiu e caminhou até a frente do carro, esperando por Gray a abordar a partir de três vagas abaixo. Houve uma pausa estranha enquanto esperava, começou a andar a frente mais uma vez. Então, como antes, colocou a mão em suas costas, deslizando os dedos sensualmente em sua espinha para descansar no declive. Quase não controlava o tremor que ameaçava levar o corpo dela. Quando chegaram a sua porta, não poderia evitar a pontada de decepção que o seu interlúdio acabou. Retirando a chave, abriu a porta, em seguida, olhou para ele. Seus olhos ardiam nela, e parecia concentrar-se em seus lábios. Estava pensando em beijá-la? Seus lábios se separaram, e ela respirou cativante. “Acho que te verei amanhã.” Ele se inclinou para mais perto e arrastou um dedo por seu rosto. “Estou contando com isso.” Sua boca pairou tentadoramente sobre a dela. Seu olhar cintilou em seu rosto. Podia ver o pulsar em seu pescoço. Engoliu uma vez e depois duas vezes, e afastou-se lentamente, como se tivesse acabado de travar uma batalha épica com si mesmo. Uma onda de decepção esfaqueou nela. Não ia beijá-la. Ela sorriu trêmula. 49


“Vejo você então.” Virou-se e entrou em seu apartamento, voltando apenas para lhe dar uma pequena olhada. Estava de pé, imóvel, observando-a até que finalmente ela fechou a porta. Depois de totalmente dentro, caiu contra a porta e fechou os olhos. Você é uma covarde. Ela poderia apenas o ter beijado. Nenhuma lei dizia que teria que esperar dele. E se quisesse, poderia dizer muito. Repassou mentalmente a sensação de sua língua deslizando sobre seu dedo. Poderia facilmente imaginar sua boca em seu corpo, movendo-se delicadamente em todo seu peito, lambendo acima para seus seios, e finalmente para os mamilos. Um gemido escapou-lhe, seus seios doíam, um formigamento atava as pontas esticadas dos grânulos. Difícil de acreditar que apenas outra noite, gostava do sexo medíocre com John. Agora, à luz do que sentia com Gray, poderia dar à experiência passada, não era nada em comparação. E ainda não tinha ido para a cama com ele ainda. Ainda. Um sorriso curvou seus lábios quando se arrastou em direção ao banheiro. Sim, tinha a intenção implícita.

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C S apítulo

eis

Gray bocejou e esticou os músculos cansados quando deixou seu apartamento. Somente teve algumas horas de repouso. Estava com sorte. Mas a escuta do telefone de Faith no escritório, estava no lugar, e tudo o que faltava era entrar em seu apartamento para colocar em sua linha pessoal. Uma pontada de culpa beliscou em sua barriga quando apalpou a chave que tinha pego no escritório do seu pai. Pop mantinha todas as cópias de chaves dos apartamentos lá, e assim Gray pegou a do apartamento de Faith. Precisava entrar hoje, logo que saísse para trabalhar, e colocar a chave antes que dessem por falta. Quando tirou sua camisa e a jogou no sofá, viu que a sua luz da secretária eletrônica estava piscando. Sabendo que somente poderia ser de Mick, ou um dos caras do trabalho, apertou o botão Play. “Gray é Mick. Ligue para mim não importa a hora do dia.” Curto e doce. Havia uma urgência na voz de Mick, Gray lembrou-se de sua letargia. Olhando o relógio, deu de ombros e pegou o telefone. Mick tinha dito que não importa a hora. Poucos segundos depois, a descontente voz de Mick atendeu pela linha telefônica. “Não mandei você aí para festejar. Onde diabos estava?” Gray suspirou de irritação. “Estava colocando o grampo no telefone. Não é possível fazer isso exatamente, em plena luz do dia. Agora, o que é tão extremamente importante?” “Samuels foi flagrado em Huntsville mais cedo hoje. A mulher estava com ele.” 51


“Você acha que está vindo em direção daqui?” Gray perguntou. “Acho que é uma possibilidade muito boa. Fique perto da garota. Aposto que Samuels e a mãe estão indo direto para ela. Provavelmente, marcaram uma reunião quando a mãe ligou no outro dia.” Gray fez uma careta. Era isso que tinha deixado Faith tão nervosa? E tinha alguma ideia no que sua mãe estava envolvida, ou estava apenas agindo como a filha obediente? “Vou manter meus olhos e ouvidos abertos, Mick. Você sabe disso.” “Somente queria que soubesse,” Mick disse rispidamente. “Deixe-me saber se a escuta dá em alguma coisa.” Gray desligou o telefone, não gostando das implicações do que Mick havia relatado. Faith estava envolvida, ou estava apenas sendo usada por sua mãe manipuladora? Esfregou a mão no cabelo e, em seguida, esfregou-a pelo rosto. Talvez pudesse estar doente esta manhã. Isso daria tempo para escapar até o apartamento de Faith, depois que saísse para trabalhar, então poderia voltar para casa depois, para dormir um pouco. Arrastou-se para o quarto e colocou o alarme para às seis. Duas horas. Ia dormir por duas horas, em seguida, levantaria e aguardaria Faith sair.

Quando o alarme disparou, Gray gemeu e bateu com a mão mais para estancar a cacofonia irritante. Após vários minutos de duração, no qual defendia a necessidade de levantar em tudo, finalmente balançou as pernas sobre o lado da cama e sentou-se, o rosto enterrado nas mãos. Sabendo que a Faith iria sair as sete, como fazia todas as manhãs, levantou e caminhou para o chuveiro.

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As seis e quarenta e cinco, ele chamou o telefone, celular de Pop e disse que ficaria em casa doente, durante o dia. Depois de sofrer uma palestra ríspida para descansar bastante, Gray desligou e pegou sua xícara de café. As seis e cinquenta e cinco, ele foi para a janela da sala que dava para o estacionamento e cutucou a cortina ao lado, para que pudesse ver o carro de Faith. Como era esperado, às sete horas, saiu correndo de seu apartamento e entrou em seu veículo. Um já foi, faltam três. Manteve vigília ao lado da janela até um por um, Connor, Nathan e Micah também entrarem em seus caminhões e sair. Sabendo que precisava ser rápida, recuperou a chave de Faith sobre a mesa da cozinha, e caiu fora de seu apartamento. Não perdeu tempo olhando ao redor. Não queria levantar suspeitas. Quando chegou a sua porta, enfiou a chave na fechadura e entrou. Quando examinou a sala, sorriu. Se fosse como a maioria das mulheres deveria estar monstruosamente arrumada? Havia uma grande desordem, parecia que executou um striptease no caminho para seu quarto. Pedaços de roupas deixados de lado, formando um caminho da porta para o corredor. Seu olhar focou em seu computador a vários metros de distância. Em cima de uma mesa de madeira, com pilhas de papel e livros espalhados por toda a superfície. Seu protetor de tela não tinha aberto ainda, e o que foi retratado no monitor lhe deu uma pausa grave. Pornografia? Tinha olhado pornografia? Apesar da urgência da tarefa em suas mãos, simplesmente não conseguia se distanciar. A ideia de que estaria navegando em sites pornográficos parecia incompatível com a imagem que projetava. Aproximou e se inclinou mais perto. Hmm, não um site pornô, pelo menos não da forma típica. O site era realmente um informativo sobre a bondage e submissão. Casais em uma variedade de posturas na página, Gray não podia deixar de ver o rosto de Faith no lugar da mulher.

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Ela possuía fantasias escuras? A doce Faith, que corava, tinha uma queda por sexo excêntrico? As duas personalidades dela, o atingiu deixando-o intrigado como inferno. Depois, franziu a testa. Seria ela apenas outra mulher muito disposta a abrir mão do controle no quarto, ao vivo para a fantasia, em seguida, esquecer a coisa toda na manhã seguinte? Não era como se não tivesse tido o seu preenchimento dessas mulheres. Ah, estavam mais do que disposta a desempenhar um papel, que só ampliava até o quarto, mas quando ia com mais, se tornavam uma mulher completamente diferente. Ele não estava na merda de fingir. Não era um maldito boneco para ter suas cordas puxadas, então, ser colocado de volta na prateleira até a hora de brincar novamente. Balançou a cabeça e sorriu pesarosamente. Estava pensando nisso para nada. E deixando que as experiências do passado julgassem sobre a percepção de algo que não tinha ideia. Quem sabia o que Faith queria, ou por que estava olhando sites de submissão. Não era da sua conta. Lembrando o fato de que tinha um trabalho a fazer, que não incluía descobrir uma dúzia de maneiras de foder Faith, correu para a cozinha. Depois de colocar a escuta, foi para o quarto dela, com certeza encontraria outro telefone lá, mas depois de uma rápida busca na casa, só descobriu o da cozinha. Rapidamente olhou a sala e a cozinha para se certificar de que não tinha deixado nada para trás, caminhou até a porta, abriu uma pequena rachadura e olhou para fora. Não vendo ninguém, saiu, trancando atrás dele. Então foi de volta para seu apartamento com a promessa de um bom cochilo longo. Faith levantou a mão para bater na porta de Gray, mas vacilou no último minuto.

“Não seja tola,” murmurou. “Só porque não pode ficar ao seu redor por dois segundos sem corar, não significa que seja uma covarde.” 54


Mudando de posição o saco que segurava no braço, apertou os lábios e bateu. Esperou vários segundos, e depois bateu novamente, desta vez, mais alto. Finalmente a porta se abriu, e piscou quando Gray atendeu a porta sem camisa. Ele se inclinou contra o batente por um minuto, e ela deixou seu olhar vagar por seu corpo. Usava apenas uma calça jeans, e os pés descalços fora das pernas da calça. Quando olhou para seu corpo, parou em seu peito. Ele cruzou os braços sobre sua caixa torácica, e ela não podia deixar de admirar os músculos salientes de ambos os braços e a parte superior do peito. Tinha somente um punhado de cabelo na parte côncava, e, em seguida uma fina linha conduzindo abaixo para seu umbigo. Sentia o calor de um temido rubor quando seus olhos pousaram sobre o botão da calça jeans. Finalmente, puxou o seu olhar de volta. Ele estava olhando para ela preguiçosamente, os olhos azuis a estudando, tanto como ela o estava estudando. “Eu, uh, desculpe incomodá-lo. Pop disse que não estava se sentindo bem.” Colocou o saco em direção a ele. “Trouxe um pouco de frango caseiro e bolinhos.” Ele sorriu enquanto pegava a bolsa. Então se afastou. “Entre, por favor.” Faith hesitou por um minuto, e depois o seguiu para dentro. “Foi muito amável de sua parte. Não deveria ter vindo todo o caminho até aqui. Estou me sentindo muito melhor agora.” Colocou o saco sobre o balcão que separava a pequena cozinha da sala de estar, em seguida, olhou para trás novamente. “Deixe-me pegar uma camisa, e já volto.” Remexeu-se enquanto ele caminhava pelo corredor até seu quarto, e quando desapareceu, ela soltou um longo suspiro. Voltou sua atenção para a bolsa no bar, e removeu o recipiente plástico que continha o frango e bolinhos.

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Não querendo ficar lá como uma idiota, caminhou ao redor do bar para a cozinha e começou a procurar uma tigela. Quando encontrou uma, transferiu às pressas o conteúdo do recipiente de plástico, e colocou no micro-ondas. Colocou para esquentar por dois minutos, em seguida, procurou uma colher. Assim quando o relógio do micro-ondas parou, Gray estava de volta, desta vez vestindo uma camiseta. Era tudo o que podia fazer para não suspirar de decepção. “Não tem que fazer isso,” protestou quando fez um gesto para se sentar. “Sente-se,” disse. “Está tudo feito, de qualquer maneira.” Retirou a tigela e mexeu os bolinhos antes de colocá-los no prato na frente dele. “Você quer algo para beber?” Ele colocou uma mão em seu braço. “Faith, sente-se. Não tem que servir a mim.” “Provavelmente deveria estar indo,” ela restringiu. “Deixo-a nervosa?” Perguntou enquanto olhava fixamente para ela. “P-Por que você pergunta isso?” “Porque está fazendo um hábito de fugir de mim,” disse ele. Ela afundou-se na banqueta em frente a ele como um balão murcho. “Oh, não, quero dizer, bem, sim, você me deixa nervosa.” Sua mão se aproximou de sua boca em mortificação. Ela disse isso? Ele riu. “Pelo menos você é honesta.” “Fiz um pacto comigo mesmo para começar a ser mais direta”, ela explicou. Deus, Faith, cale-se! Seus olhos brilharam, e ele sorriu. “Então talvez possa me dizer por que a deixo nervosa.” “Não tão direta.” ela murmurou.

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Ele riu e pegou a colher. “Hum, isso é muito bom. Não é somente bonita e adorável, mas uma excelente cozinheira também. Estou morrendo de vontade de saber por que você ainda está solteira.” Ela olhou através de seus olhos. Estava totalmente tentando arrancar algo dela. “Talvez não tenha encontrado um homem digno da minha beleza ou talento culinário,” disse ela alegremente. Ergueu a colher em saudação. “Acertou.” “Realmente deveria estar indo. Meu horário de almoço está quase acabando, e tenho um monte de papelada para tratar a tarde.” “Você já comeu alguma coisa?” Perguntou ele. “Vou pegar alguma coisa quando voltar para o escritório. Somente queria ver como estava se sentindo.” Seu olhar acariciou seu rosto, sua expressão intensa. “Aprecio isso.” Ela ficou sem jeito, alisando as rugas inexistentes em seu jeans. Enfiou a mão no bolso de suas chaves, e se dirigiu ao redor do bar. Quando passou, ele pegou seu pulso. Uma onda de calor correu até seu braço enquanto seus dedos prensavam em sua pele. “Obrigado”, disse com voz rouca. Por um minuto, pensou que ia beijá-la, como tinha pensado que teria à noite passada. Mas, novamente, ficou desapontada, porque deixou os dedos deslizarem em seu pulso. “Vejo você mais tarde”, disse ela enquanto partia para a porta mais uma vez.

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C S apítulo

ete

Faith saiu de seu carro e voltou para o prédio de escritórios. Quando virou a esquina em seu escritório, se surpreendeu ao ver Connor e Pop sentados em cadeiras comendo pizza. “Oi,” ela disse em deleite. “Pensei que estavam comendo fora hoje.” “Bem, nós aparecemos para comer com você,” disse Connor. “Mas você não estava exatamente aqui.” Suas bochechas formigaram, e ela lutou para manter uma expressão neutra. “Levei um pouco de frango e bolinhos para Gray. Queria ver se estava se sentindo melhor.” “Isso foi bom”, Pop disse com um aceno de aprovação. “Como estava?” Faith caminhou até a caixa de pizza aberta e tirou uma fatia. Pegou um guardanapo e puxou a cadeira detrás da mesa. “Parecia estar se sentindo melhor. Acho que estava na cama quando bati, parecia que estava dormindo.” “As coisas estão bem para você, Faith?” Connor perguntou sem rodeios. Piscou, surpresa, a pizza parou no lugar a meio caminho da boca. Colocou a fatia e recuou para olhar o irmão. “As coisas estão bem. Por que diabos está perguntando?” “Pop e eu estamos preocupados,” disse Connor. “Você parece distante ultimamente.” Uma onda de pânico momentânea inchou em sua garganta. Se sua mãe ligasse quando não estivesse no escritório? Será que eles já sabiam que Celia estava em apuros de novo? Odiava 58


essas situações. Nunca quis que Pop ou Connor lamentassem por convidá-la a participar de suas vidas. Não havia maneira que iria sobrecarregá-los com as questões que envolviam a mãe caloteira. Haviam feito mais do que sua justa parte de lidar com Celia. “Faith?” A voz rouca de Pop interrompeu seus pensamentos terríveis. “Está tudo bem?” “Sim, está tudo bem. Vocês se preocupam demais.” Sorriu tranquilizando os dois. Connor resmungou. “Preocupar-se é aquilo que fazemos melhor.” Faith concentrou no seu pedaço de pizza, mastigando e degustando mecanicamente. O que faria se sua mãe chamasse quando estivesse fora do escritório? E se Pop ou Connor atendessem? Será que sua mãe desligaria ou colocaria para fora sua história, soluçando, independentemente de quem estava do outro lado? Constrangimento, quente e cru, rastejou até sua espinha, e envolveu no pescoço, como um aperto em torno. Por que agora? Por que após todo esse tempo sua mãe teve que voltar para sua vida de? Porque se Faith conseguisse do seu modo, Célia iria ficar bem longe. “O que você acha de Gray?” Pop falou. Faith olhou com surpresa. “Hein?” “Parece ser um bom cara,” Pop continuou. “Foi muito ruim sobre seu parceiro. Aposto que Gray é um maldito bom policial.” “Será que ele saiu?” Faith perguntou curiosamente. Gray tinha decidido tomar uma posição permanente com Pop? Pop sacudiu a cabeça. “Não, não que eu saiba. Até onde sei, está dando apenas uma pausa.” “Ah, você fez parecer que não ia voltar, ou algo assim.” Connor engoliu o último pedaço de pizza. “Não o vejo como um tipo de desistir.” Ele e Faith concordaram.

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Pop encolheu os ombros. “Às vezes um homem precisa apenas de uma mudança. Isso é tudo que estou dizendo.” O telefone tocou, e a pizza de Faith caiu. Pop olhou interrogativamente para ela, quando Connor pegou o telefone. Faith se lançou para ele e colocou o receptor por baixo do alcance Connor. “Malone”, disse ela tão alegremente quanto seu nervo desgastado permitiria. Seus ombros cederam de alívio quando ouviu a pessoa se identificar e pedir para falar com papai. Segurou o telefone fora para seu pai. “É para você. Raymond Jarrell.” Pop limpou as mãos em um guardanapo e pegou o telefone. Quando o tomou, Faith olhou vacilante sobre Connor que olhava para ela, com a testa franzida, como se estivesse tentando ver dentro de sua cabeça. Ela olhou para longe, em seguida, apanhou a caixa de pizza vazia e escapou do escritório com ela, rumo à lata de lixo maior na parte traseira. Quando a enfiou no grande cesto, a mão de Connor fechou sobre o pulso dela. Ela se virou, e encontrou seu olhar. “O que está acontecendo, Faith?” Quando seu olhar desviou para baixo, a outra mão pegou seu queixo, e dirigiu os olhos para cima, para olhá-lo. “Sabe que pode vir a mim com qualquer coisa, certo?” Sorriu, sentindo o cheiro de lágrimas em sua solicitude amorosa. “Sim, irmão grande, eu sei. Tudo está bem. Realmente.” Connor olhou desconfiado para ela, mas deixou cair à mão. “Estarei aqui, quando estiver pronta para falar sobre o que seja que a está incomodando. Basta lembrar.”

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Ele bateu o nariz com os nós dos dedos, em seguida, virou-se e caminhou de volta para frente. Faith suspirou e fechou os olhos. Odiava mentir para eles, mas também odiava a ideia de que soubessem que sua mãe ligava novamente. Sabia que Pop assumiria, para protegê-la das chamadas, mesmo indo tão longe como alterar o número da empresa ou a tela de todas as chamadas, mas não podia permitir isso. Era hora de assumir uma postura proativa, que não permitia a manipulação de sua mãe. Era horrível admitir que simplesmente se sentia melhor quando sua mãe estava fora de vista e fora do seu pensamento? Quando não tinha que pensar sobre ela, ou saber em que bagunça estava metida. Novamente a picada de lágrimas escorreu pelas pálpebras, e cerrou os dentes em irritação. Não a deixaria fazer isso novamente. Não outra vez. Já causara angústia emocional suficiente por uma vida. Faith tomou várias respirações calmantes, enquanto tentou obter o controle do surto de emoção e tristeza que sentia. Não importava o quão duro tentasse bloquear as consequências emocionais que sua mãe causava, sempre batia em seu peito. Havia muita tristeza e pesar enterrados atrás da barreira protetora que Faith tinha construído para manter a mãe fora. “Não eram seus atos,” ela sussurrou. “Não era culpa sua.” Obrigou-se a ir para frente, pelo corredor de volta para seu escritório. Teve o cuidado de colocar uma expressão serena, esperando que escondesse sua agitação interna. Quando foi em direção à mesa, Pop olhou para cima. “Estamos saindo, Faith. Você vai vir para jantar esta noite? Estou cozinhando o seu prato favorito.” Ela sorriu.

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“Você fará cachorro quente e Tater Tots2?” “Espertinha. Vou fazer lasanha e pão de alho. Connor está vindo, então vocês dois podem ir juntos caso queira.” Ela olhou para Connor, que levantou a sobrancelha em questão. “Claro, isso soa muito bem, pai. Não vejo a hora.” Pop colocou uma mão no ombro dela e jogou um beijo no alto de sua cabeça. “Cuide-se e certifique-se de sair daqui numa hora decente. Nós estaremos fora durante a tarde, por isso, se precisar de nós, apenas grite.” Num impulso, estendeu a mão e o abraçou, escondendo o rosto contra seu peito. Ele pareceu surpreso primeiramente, e depois cruzou os braços em volta dela, segurando-a bem apertado. “Vejo você esta noite”, disse rispidamente.

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Bolinho de Batata Frita, que já vem congelada.

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C O apítulo

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Gray aumentou o ritmo em seus pés e bateu na faixa interior do acolchoado. Ainda não estava cem por cento, depois de tomar um tiro na perna, à noite que Alex tinha sido morto, e seu corpo e mente não o deixavam esquecer. Suor escorria por seu pescoço, e ensopava a camisa que se agarrava aos músculos, como uma segunda pele. Pensamentos de Faith lotavam sua mente, e o irritou. Desde a chegada em Houston, pensou em tudo, mas o que deveria estar pensando: capturar o assassino de Alex. A culpa ficou pesada sobre ele. O fato era que, desde que deixou Dallas, estava mais leve, como se um grande fardo houvesse sido levantado. Em Dallas, tinha despertado a cada dia com o assassinato de Alex. Tinha comido, bebido e dormido com as lembranças daquela noite ricocheteando em sua cabeça, como uma bola de pingue-pongue. Mas aqui... Aqui se sentiu mais livre. Um pouco mais leve. Quando estava com Faith, se esquecia de Alex e Mick. Faith era sua única ligação viável com Samuels. Seu corpo gritava, e percebeu que tinha apertado numa corrida completa. Os músculos de sua perna machucada estremeceram e doeram. Forçou-se lentamente, e então veio a uma parada, queimando seu peito como se tivesse sugado um maçarico. Colocou as mãos sobre os joelhos e se inclinou, puxando ar profunda de em seus pulmões doloridos. Punir-se não ajudaria. Poderia fazê-lo sentir um pouco melhor, pois em sua mente, merecia, mas ainda assim não mudaria nada.

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Pegou a toalha que tinha eliminado mais cedo e a colocou no pescoço. Com uma das extremidades, enxugou a testa suada enquanto caminhava em direção ao vestiário. Depois de um banho rápido, colocou a calça jeans e uma camiseta, em seguida, deslizou seu telefone celular no bolso. Ainda não tinha chegado à porta quando seu bolso pulsou e vibrou contra sua perna. Suspirou em exasperação e cavou novamente. Abriu o aparelho e o colocou à sua orelha. “Montgomery.” “Oi, Gray. É Faith.” Sua voz suave sussurrou em suas veias, e seus ombros relaxaram, quando a tensão desenrolou, o tranquilizando. “Oi,” disse, irritado com a falhada em sua voz. “Somente estava checando como estava se sentindo.” Gray sentiu uma pontada de culpa. Deveria estar em casa doente, em vez disso, estava trabalhando em um ginásio. Não totalmente inteligente. Protegeu o bocal do telefone, quando saiu do clube para o estacionamento. Correu para seu caminhão para Faith não ouvir o barulho da cidade ao seu redor. “Estou bem, graças a sua comida”, disse ele. Ela riu baixinho, o som enviou um espasmo de prazer em seu peito. “Pensei em parar um pouco mais tarde e trazer-lhe algo para jantar.” Fez uma pausa e abanou a cabeça na corrida vertiginosa que teve sobre a ideia de vê-la novamente. Estava agindo como um bobo apaixonado. “A menos que esteja descansando,” acrescentou correndo. “Não quero perturbá-lo.” “Não, de todo,” ele se apressou a dizer. “Fiquei dormindo toda a tarde.” “Ok, então vou passar por aí cerca de cinco e meia, se tiver certeza que não vou ser um incômodo.” “Vou esperar,” disse Gray com sinceridade.

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Desligou o telefone e olhou o relógio. Tempo de sobra para voltar para o apartamento, antes de Faith e os outros chegarem em casa do trabalho.

Estava se tornando um hábito dela, ficar de pé na porta de Gray, nervosa sobre ir para dentro — o que era ridículo, quando pensava nisso. Era somente um homem. Ok, tudo bem, talvez não somente. Mas, ainda assim, poderia fazer que seus joelhos batessem cada vez que entrava em contato com ele. Bateu na porta e esperou, determinada a ser mais confiante e serena. Quando abriu a porta, colocou o seu mais brilhante sorriso e estendeu a caçarola para ele. “Caçarola de salsicha e batata. Garantido para curar o que o aflige. O alimento de grande conforto.” Gray sorriu e pegou o recipiente ainda quente, dela. “Entre, por favor.” Seus dedos se tocaram quando abandonou a caçarola para ele, e a viu puxar fora, entre eles. Estava lá, mesmo quando não estava. Se isso fizesse algum sentido. Colocou o prato em seu bar, e andou até a geladeira. “Fiz um chá fresco. Você quer?” Concordou com a cabeça e tomou um assento em uma banqueta de bar nas proximidades, observando quando colocou gelo nos copos. Derramou o chá, o gelo estalou e estourou, tilintando contra o vidro enquanto se movia ao redor. Quando colocou o copo na frente dela, tomou um longo gole, saboreando o sabor doce em sua língua. “Bom?” perguntou, balançando a cabeça para seu copo. “Mmmm, delicioso,” disse quando passou a língua nos lábios para recolher as gotas. Ele sorriu.

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“É receita da minha avó. Chá de domingo. Quando era criança, ela colocava de manhã um litro inteiro em uma mesa em seu jardim. Deixava ficar fora o dia inteiro no sol. Sempre jurou que não havia nada melhor.” “Acho que concordo,” Faith disse, enquanto saboreou outro longo gole. Depois de despejar novamente da jarra, colocou de volta no bar, e deixou seu olhar vaguear preguiçosamente sobre Gray. “Você parece se sentir muito melhor,” observou ela. “Sim, muito. Graças ao seu AeC3.” Faith corou e abaixou a cabeça, e ele riu, como se soubesse o que ela ia responder. “Você vai estar de volta ao trabalho amanhã?” Perguntou quando olhou de volta para ele por baixo dos cílios. “Conte com isso”, disse ele. Ela colocou a mão sobre o balcão e se empurrou fora do banco. “Então o vejo de manhã.” Olhou vagamente envergonhado, como se não tivesse nenhum desejo para ela ir. Suas próximas palavras confirmaram. “Você tem que ir tão cedo?” Ela sorriu. “Sim, prometi a Pop que estaria jantando com ele e Connor. É noite de lasanha.” Virou em volta do bar e parou a poucos centímetros dela. Estava tão perto, que o calor do seu corpo envolveu o dela. Seu aroma cruzou suas narinas. Limpeza. Ele cheirava a sabão e banho fresco. “Um dia desses, você não vai sair correndo quando eu chegar perto,” ele murmurou. “Você é mais difícil para capturar e prender do que um porco untado.”

3

Amor e Calidez. 66


“Porco?” Sua boca se abriu. “Acabou de me comparar com um porco?” Ele riu, seus olhos brilhando quando passou a mão pelo seu cabelo cortado curto. “Inferno, como me sairei dessa. Meu ponto é que um dia desses, quero que realmente fique por mais de dois minutos. Você tem o hábito de fugir cada vez que estamos juntos. Poderia começar a tomar isso pessoalmente, se não parar.” Calor floresceu em seu rosto, e um cacho de prazer envolveu seu peito e se colocou acima de sua coluna vertebral. “Vou manter isso em mente,” ela murmurou. Parecia estar mais perto do que estava há poucos minutos. Ela molhou os lábios, nervosa, e sabia que se não saísse, iria beijá-la. Queria isso? Parte dela queria. Muito mesmo. Mas outra parte amava a antecipação. O jogo de gato e rato sutil que jogavam. A atração entre eles estava aumentando, e sabia que era apenas uma questão de tempo antes que as coisas irrompessem entre eles. Ficou ainda mais perto. Fechou os olhos e se inclinou para frente, mas ao invés de beijar seus lábios, ele a puxou pela parte de trás do pescoço com a mão e apertou a boca em sua testa. Abriu os olhos quando se afastou. Ela quase sorriu. Então... Estava dando a ela uma dose de seu próprio remédio? Chegou na ponta dos pés e roçou os lábios brevemente, não duro o suficiente para constituir beijo. Então ela sorriu quando seus olhos se acenderam e as pupilas dilataram. Virou e saiu em direção à porta. Quando chegou, virou e olhou para ele. “Acho que vou vê-lo amanhã, então.”

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C N apítulo

ove

Faith empurrou a cafeteira sob o bico, para assim as primeiras gotas do líquido quente escoarem através do filtro. Uma vez por semana, Pop realizava uma reunião para discutir os trabalhos, e dividir as tarefas. Segunda feira teria sido lógico, mas então Pop tendia a ser bastante ilógico sobre essas pequenas coisas. Encontros como este eram feitos através de chamadas aleatórias, geralmente precipitadas por um telefonema às cinco e trinta da manhã, com Pop pedindo a todos irem para o escritório antes das sete. Faith sempre corria na frente dos caras, para que pudesse pegar donuts em seu caminho e fazer um novo bule de café. Não surpreendentemente, Gray foi o primeiro a chegar. Ele olhou com apreço a caixa de rosquinhas, quando entrou em sua sala e sentou no outro lado da mesa dela. “Bom dia,” disse ela, alegremente. “Sentindo-se melhor hoje?” Ele resmungou em troca, mas alcançou ansiosamente por um donut, quando colocou a caixa sobre a mesa para ele. “Tem café fresco feito”, disse ela. “Você é uma deusa”, disse ele, quando se levantou e pegou o bule. Puxou uma das canecas limpas em ordem, e derramou a bebida fumegante e potente. “Quer um pouco?” Perguntou depois que tinha tomado um gole. Ela balançou e falou. “Não bebo isso.” Gray caminhou e se largou na cadeira.

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“Não bebe café? Tenho certeza que é listado como um pecado original em algum lugar da Bíblia.” Faith franziu o nariz. “Nunca poderia suportar o gosto. Uma vez, dirigia a noite toda, da Louisiana para o Kansas. Bebia muito café para ficar acordada. No momento em que cheguei onde estava indo, vomitei até minhas tripas. Apenas o cheiro me deixa enjoada.” “No entanto, ainda faz isso por nós,” observou. “Sou uma santa regularmente,” disse ela com uma piscadela atrevida. Seu olhar desviou-se preguiçosamente para cima e para baixo, e suas bochechas aqueceram. Amava positivamente a maneira como olhou para ela, como se quisesse despi-la, tocá-la, explorando cada centímetro seu. “Daria um salário inteiro para saber o que está pensando agora,” ele demorou. Ela piscou fora de seu devaneio, para vê-lo olhando para ela, seus olhos azuis cintilando com indisfarçável interesse. Ela conseguiu controlar seu rubor. “Uma mulher tem que manter alguns segredos”, disse ela. Ele riu e tomou outro gole de seu café. O olhar de Faith desviou para a porta quando Micah passeou, seguido de perto por Connor. Micah fez um rápido levantamento da sala. “Nathan não chegou ainda?” “Obviamente não,” disse ela secamente. Micah sorriu. Ela reconheceu aquele brilho alegre pelo o que era. “Não quero nem saber o que vocês dois têm aprontado até agora,” disse com um suspiro exasperado. “Bom dia”, disse Connor quando encostou em sua mesa, caneca de café na mão. “Bom dia”, ela disse docemente.

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Connor tomou um longo gole de seu café, em seguida, fechou os olhos e suspirou. “Juro que você faz o melhor café, Faith.” “Isso não é mentira,” disse Micah. Estava de costas para eles quando se serviu de uma caneca. “É muito bom,” concordou Gray. “Que tipo é esse? Gostaria de conseguir um pouco para o apartamento.” Connor sorriu, e Micah soltou um grito de riso. Gray olhou para os dois em confusão. “Pedimos para nos dizer pelos últimos dois anos,” explicou a Connor. “Mas ela não diz. Tudo o que sabemos é que compra em algum lugar.” Faith riu. “Se contasse a vocês, todos iriam comprar o seu próprio café, e então nunca viriam ao meu escritório para conseguir, o que significa que nunca os veria.” Micah andou para se juntar aos outros. “Não nos ver? Caramba, você manda neste lugar. A maioria do tempo é você que está nos dizendo quando e como devemos saltar.” Ela olhou mais para ele. “Você devia dizer que não poderia passar um dia sem me ver.” Connor estendeu a mão para despentear o cabelo. “Bem, isso vai sem dizer, criança.” Uma pequena centelha de irritação ricocheteou em sua espinha. Não era a primeira vez que Connor a chamou de criança, mas agora, na frente de Gray, não queria chamar a atenção para a disparidade de suas idades. Não que fosse enorme, nem nada, mas a última coisa que queria era que a visse como uma criança. Ou ainda pior, uma irmã caçula. Ela olhou aborrecida em Connor.

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A batida na porta chamou sua atenção nessa direção, e as sobrancelhas de Faith se ergueram quando viu Nathan de pé, usando um boné de beisebol dos Astros4. Não que o boné fosse uma raridade, ele era um grande fã, depois de tudo, mas não havia nenhum cabelo saindo debaixo dele. Nenhum! Ela soltou um suspiro, ao mesmo tempo Micah riu e Connor murmurou: “Que diabos?” Ela levantou, e apressou-se em torno de sua mesa, sem parar, até que estava na frente de Nathan. Chegou perto na ponta dos pés e puxou o boné. Ficou lá atordoada e deixou cair o boné no chão. Ele pousou com um baque suave no chão, ao mesmo tempo, que sua boca fez o mesmo. “Que diabos você fez?” Exigiu. Nathan suspirou, em seguida, passou a mão sobre sua cabeça — sua cabeça careca. Micah escalou de risadinhas, para definitivamente gargalhadas. Foi logo acompanhado por Connor e, finalmente por, Gray. Nathan se agachou para recuperar seu boné e colocou de volta em sua cabeça. “Bem, inferno, Faith, você disse que precisava de um corte de cabelo.” Micah começou a gritar novamente. “Não quis dizer para raspar tudo fora”, ela rangia. Connor se aproximou por trás de Faith e deslizou uma mão sobre seu ombro. “Ele está enganando você, Faith.” “Sim, diga por que realmente raspou sua cabeça,” disse Micah alegremente. Faith arrancou o boné de Nathan fora outra vez, e deu um passo atrás para estudá-lo. Agora que o choque inicial tinha passado, tinha que admitir que não parecia tão mal. Seu cavanhaque estava recém-cortado e cuidadosamente aparado.

4

Time de Beisebol de Houston. 71


Sem todo

o

cabelo

desgrenhado

batendo

sobre

suas

orelhas, ele

parecia

condenadamente sexy. “Cale-se, Micah,” Nathan murmurou. Faith virou e Micah a olhou. “Se você sabe tanto, então conta.” Micah sorriu como doido. “Oh, não. Não perderia essa audiência de Nathan por nada.” Voltou-se para Nathan, que usava uma expressão resignada. Gray ainda estava largado na cadeira, com um sorriso divertido no rosto. “Sim, digam,” Connor disse. “Perdi uma aposta”, disse Nathan firmemente. A boca de Faith cedeu aberta. “Uma aposta?” Então se virou para Micah, seu dedo para cima e abanando. “Por que iria fazer-lhe raspar a cabeça por causa de uma aposta perdida?” Os olhos de Micah arregalaram inocentemente. “O que a faz pensar que tive alguma coisa a ver com isso?” Ela colocou a mão na cintura e estreitou os olhos. “Oh, por favor. Você não pode me dizer que isso não é uma retribuição do tempo que ele te fez sair com a filha do governador.” Connor e Nathan, ambos caíram na gargalhada. Connor teve que colocar sua caneca na mesa de Faith, quando ofegou e seus olhos lacrimejaram. Micah fez uma careta, e as sobrancelhas de Gray subiram em questão. “A filha do governador?” Gray perguntou. “Não sabia que ela poderia ter um encontro. Última vez que ouvi, o pai dela colocou várias escoltas.” Nathan riu mais. “Ela não pode. Bem, exceto com Micah ali. Ele tropeçou em si mesmo para sair com ela.”

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Micah encarou Nathan. “Cale a boca, menino careca.” “Agora tenho que ouvir isso”, disse Gray. Faith limpou a garganta. “Não que não goste de ver Micah se contorcer, mas já sabemos sobre a filha do governador.” Olhou em desculpas para Gray enquanto falava. “Tenho certeza de que Nathan estará mais do que feliz, para coloca-lo por dentro, mais tarde. O que quero saber é por que Nathan teve que raspar todo o cabelo.” “Porque apostou comigo que os Astros não perderiam ontem à noite,” disse Micah presunçosamente. Connor olhou para Nathan com uma expressão incrédula. “Cara, você pôde apostar que eles ganhariam com o seu melhor jogador machucado?” “Não sabia quando fizemos a aposta,” Nathan disse firmemente. “Ah, mas aposto que Micah sabia,” disse Faith. “Como poderia saber?” Nathan perguntou. Micah deslizou um braço em torno de Faith e apertou seus ombros. “Como, de fato. Só uma coisa de sorte, acho.” “Você sabe algo que nós não, mana?” Connor perguntou. “Só que Micah é bom amigo do médico da equipe. Micah foi um dos que substituiu o seu sistema de segurança no ano passado.” “Seu filho da puta!” Nathan exclamou. Ele se lançou para Micah, que se abaixou e recuou quando Nathan voou por Faith, e agarrou a cabeça de Micah em uma chave de braço. “Você sabia. Você sabia o tempo todo. Isso é porque fez a aposta comigo.” Micah riu ainda com Nathan o virando no chão. “A sensação de ter saído com a filha do governador foi muito pior, então não me venha com essa merda.”

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“Tem razão,” Connor disse com uma risada. “Prefiro raspar a cabeça careca, do que ter que suportar o que Micah fez.” “Você realmente me deixou curioso,” Gray resmungou. Micah se levantou do chão, e Nathan bateu nas costas de Gray. “Vou dizer-lhe tudo durante o almoço de hoje.” “Canalha”, Micah murmurou. “Bem, se serve de consolo, acho que você ficou quente,” Faith falou. Nathan olhou para ela com surpresa. “Sério?” Riu. “Sim, gosto. Definitivamente dormiria com você.” “Bem, Maldição, vamos esquecer essa reunião, e voltar para minha casa.” Connor fez uma careta para Nathan. “Não é engraçado, cara. Não é nada engraçado.” “Tudo o que você precisa é de um brinco,” disse Faith. Ele deu-lhe um olhar horrorizado. “Um brinco? Você está falando sério? Então posso ficar como o menino efeminado ali?” Disse com um movimento de cabeça na direção de Micah. Faith encolheu os ombros. “Acho que o brinco é quente. Você ficaria muito sexy. Cabeça raspada, cavanhaque, um diamante ou mesmo um aro de ouro, um pequeno. Mmm, fico louca só de pensar nisso.” Nathan massageava o lóbulo da orelha entre os dedos. “Está brincando comigo? Realmente acha que ficaria bem com um brinco?” Faith assentiu. “Sim, e tudo o que precisa é de um pouco de sol na pele branca do seu couro cabeludo, e será um conquistador regular.” 74


“Fala a verdade, Faith. Falando como uma mulher. Pare de tentar me fazer sentir melhor. Honestamente, acha que o visual careca é quente?” Nathan perguntou em dúvida. “Bastardo presunçoso,” brincou Connor. “Bem Faith, se acha Nathan sexy porque é careca, estou indo marcar uma hora com o barbeiro,” Gray disse com um sorriso astuto. Connor e Micah giraram ao redor, com carrancas em seus rostos. Até Nathan olhou estreitamente para Gray sob o boné. Faith limpou sua garganta novamente. “Sim, Nathan,” começou, fingindo que não tinha escutado a declaração provocativa de Gray. “Careca parece muito bom em você. Nunca gostei de olhar para você todo cabeludo. Nunca tinha pensado que teria gostado de um cara careca, mas você parece seriamente quente.” Nathan sorriu e a agarrou pelos ombros antes de plantar um beijo em seu rosto. “Você é um amorzinho.” “Tire suas malditas mãos da minha filha,” Pop resmungou quando caminhou pela porta. “Bom Dia, Pop,” Faith disse quando Nathan deixou cair as mãos dos seus ombros. Pop colocou uma mão em seu ombro quando caminhou até a cafeteira. Os outros manifestaram a sua saudação, e acenaram para Pop em reconhecimento quando derramou o seu café. Pegando sua caneca nas mãos, olhou para Faith. “Você imprimiu a pauta da reunião para mim?” Ela caminhou ao redor da parte de trás da sua mesa, e olhou dentro de sua gaveta para as páginas que havia imprimido mais cedo. As entregou a Pop. “Nós temos alguns trabalhos novos,” Pop disse. “Nada que deve ter problemas demais. Mas temos algumas reuniões que poderão ser um grande negócio. Nathan quero que você e Connor peguem o primeiro. É de um show de entretenimento. Algum artista figurão está 75


chegando à cidade por alguns meses. Eles querem contratar uma empresa de segurança com antecedência, para que tudo corra sem problemas. Quero que vá ouvir o que querem, então traga a proposta para que possamos discutir com eles.” Connor assentiu. “Não tem problema, pai.” Pop olhou para Micah e Gray. “Quero que vocês dois peguem as outras duas consultas, encontrem-se com os potenciais clientes e façam o que for preciso para conseguir o acordo. Então quero que executem as funções A e B na lista. Eu vou ficar com as funções C e D e Nathan, e Connor podem ficar com o restante. Isso deve nos manter ocupados pelas próximas semanas.” Ele parou e olhou para Faith com um sorriso suave. “E você nos mantenha na linha, como sempre.” Olhou para todos os outros. “Certifiquem-se de manter contato com Faith. Deixem-na atualizada regularmente com o progresso. Se houver algum problema, avisem-na imediatamente para poder retransmiti-las para mim.” Então, como se apenas observando, ele olhou para Nathan e balançou a cabeça. “O que inferno aconteceu com você, filho? Entrou em uma briga com um cortador de grama?”

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C D apítulo

ez

Faith dirigiu para o Cattleman’s depois do trabalho, olhando para ver se Micah e Gray estavam lá. Sabia que Nathan e Connor estavam fora a serviço, de modo que não estariam por lá. Falou com Micah anteriormente, e fez soar como se tivesse um encontro depois do trabalho. O que significava que Gray poderia estar aqui sozinho. Ou poderia ter ido para casa, ao seu apartamento. Parou no estacionamento e observou a área das vagas, para ver se a Picape Chevrolet prata de Gray estava lá. Quando a avistou, seu estômago embrulhou, e estacionou numa vaga vazia. Saiu, passando a mão pelos longos cabelos, os colocando para trás das orelhas enquanto se dirigia para a entrada. Um arrepio nervoso desceu por seu pescoço quando viu Gray sentado no bar, com as costas para ela. Por um momento, ela simplesmente olhou, tentando arranjar coragem para andar mais, e fingir que tinha sido apenas mais um esbarrão entre eles. Mas então por que deveria fingir? Direta. Fez um pacto com si mesma, para ser mais direta. Isso não significa jogar esses jogos estúpidos de manobras de colégio feminino. Finalmente caminhou em sua direção, e quando chegou ao bar, deslizou para a banqueta ao lado de Gray, e sorriu quando olhou para ela. “Oi,” disse, com um sorriso genuíno iluminando seu rosto. “Bom vê-la aqui de novo.” Tinha mais prática em tentar controlar o louco rubor, desde os encontros anteriores com ele. 77


“Queria ver você,” disse simplesmente, e mentalmente aplaudiu o quão legal e casual, soou. E direta. Não andando furtivamente ao redor. Uma das sobrancelhas dele se levantou, e ele inclinou a cabeça para o lado. “É isso mesmo?” Disse ele baixinho. Ela escondeu as mãos no colo, para controlar o tremor de seus dedos. Quando o garçom parou em frente dela, pediu uma Coca-Cola. “Assim, como foi seu dia?” Ela perguntou quando virou mais uma vez para enfrentá-lo. “Acabou de ficar muito melhor.” Dessa vez a fez corar, ele sorriu. Seus dedos se esticaram e tocaram seu rosto. “Amo quando cora tão facilmente. É muito feminina.” Seu dedo arrastou até o canto de sua boca, e seus lábios entreabriram alguns centímetros em resposta. Esfregou o dedo indicador sobre o lábio inferior antes de lentamente puxá-lo fora. “Estive pensando todo o dia que gosto você tem,” ele murmurou. Engoliu e depois lambeu os lábios. O que quer dizer para isso? Deveria convidá-lo para ver? Droga, mas porque tinham de estar em um lugar público, e droga dupla, porque tinha um compromisso com o cabeleireiro em uma hora? “Talvez pudesse dar uma amostra algum dia,” ela disse levemente. “Gostaria disso. Gostaria muito isso.” O barman empurrou a Coca-Cola pelo bar para ela, e agradeceu por ter algo para esfriar sua temperatura que tinha aumentado. “Então, qual é o negócio com Micah e a filha do governador?” Gray perguntou com uma mudança rápida de tema. Faith sorriu e sorriu levemente. “Nathan não te contou ainda?” “Não, não ainda.” Ela balançou a cabeça.

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“Esses dois, eu juro. Desde que Micah veio trabalhar conosco, ele e Nathan fazem brincadeiras após brincadeira um com o outro. Micah se mudou para cá de fora do estado, então não tinha ideia de quem era a filha do governador. Pop pegou o trabalho de segurança, enquanto o governador estivesse em Houston. Somente que sua filha precisava de um encontro enquanto ele estivesse aqui. Pediu para Connor, Micah ou Nathan. Connor, é claro, não podia, pois estava cuidando de toda a segurança, não que teria ido, de qualquer maneira. Nathan começou imediatamente a falar como a filha do governador era maravilhosa, e como a única coisa justa para eles era lançar uma moeda, mas ele com certeza esperava que ganhasse, porque tinha ouvido dizer que além de ser linda de morrer, também era uma ninfomaníaca completa. Agora, sabendo o que você sabe sobre Micah, pode imaginar que ele estava babando pela chance. Ele bajulou e adulou até o final, e Nathan cedeu graciosamente a Micah a honra de acompanhar a filha pela noite.” “Ah, merda,” disse Gray enquanto se dissolvia em gargalhadas. “Teria gostado de ter sido uma mosca na parede.” “Foi muito engraçado,” Faith admitiu. “Ela grudou em Micah a noite inteira. Passaram a maior parte na pista de dança com as mãos delas coladas na bunda dele, e os lábios onde pudesse colocar. Pensei que estava ia ver Micah matar Nathan na manhã seguinte.” Gray riu e balançou a cabeça. “Esses dois são muito engraçados.” “Sim, eles são ótimos.” “Então você acha que careca é sexy, não é.” Ela levantou a cabeça em surpresa. “Uh bem, nele parece bom.” Seus olhos brilharam. “Preciso raspar minha cabeça para ter você babando em cima de mim desse jeito?” Para sua irritação sem fim, corou de novo.

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“Então, uh...” Ela se esforçou para direcionar o foco de sua perplexidade. “Nós já conversamos bastante sobre mim. E você?” “Eu?” Perguntou ele. “Tem uma namorada? Alguém em Dallas esperando você?” Ele balançou a cabeça. “Não.” Ela franziu o cenho. “Acho difícil de acreditar.” “Ah? Por que isso?” “Você é condenadamente bonito para não ter pelo menos uma mulher pendurada,” ela murmurou. Ele sorriu. “Inferno, estou feliz que você pense assim, mas não há nenhuma mulher. Palavra de escoteiro. A verdade é que não estive realmente procurando uma mulher ainda.” “E o que estará procurando, quando o fizer?” Faith perguntou suavemente. Ele pareceu surpreso com sua abordagem. Mudou de posição na banqueta e descansou seu cotovelo na barra. Então se virou para olhá-la, sua expressão pensativa, como se decidisse se deveria ou não dizer. “Suave e feminina. Não muito suave, mas não tão rude.” Seus lábios se curvaram para cima, em um sorriso triste. “Alguém que não sente que sua feminilidade é um golpe contra ela.” Ela cobriu o rosto na palma da mão, e inclinou seu cotovelo na barra quando olhou para ele. “Tem dado a isso um monte de pensamento, não é?” Ele deu de ombros. “Não realmente. Somente sei o que quero.” 80


Então somos dois. Queria alguém forte, inabalável, alguém que pudesse cuidar dela, não alguém com medo de tomar decisões. Ele poderia ser essa pessoa? Olhou para o guardanapo sob sua bebida, e o tocou com as pontas. Um poder natural radiava de Gray. Como uma segunda pele que estava confortável. “Quer ouvir meu outro escuro, segredo profundo” ele perguntou. Ela sorriu. “Claro.” “Quero uma mulher que esteja à vontade em me deixar estar no controle.” Ela o olhou em choque, incapaz de formular uma resposta. Os segundos passavam quando o silêncio caiu entre eles. Gray pigarreou. “Choquei você. É difícil fazer uma declaração como essa, e não vir junto arrastando o termo Neanderthal.” Deu de ombros novamente. “Não vejo um monte de mulheres fazendo fila para um cara como eu.” “Isso depende.” Seus dedos agarraram sua bebida, pressionando o vidro úmido até a ponta dos dedos ficarem brancos. “Por quê?” “O que você daria a uma mulher em troca.” Seus olhares se prenderam. Ela podia ver a cintilação de interesse em seus olhos. Se deu-lhe qualquer tipo de incentivo, eles sem dúvida, voltariam para seu apartamento e teriam relações sexuais. Ela lambeu os lábios novamente. “E o que acha que uma mulher iria querer em troca?” Ele perguntou suavemente. “Muitas mulheres não se importariam que um homem, fosse o proverbial da casa se não abdicasse de sua responsabilidade. Se tomasse essa responsabilidade a sério” disse, e imediatamente se encolheu esperando um sermão. Ele balançou a cabeça lentamente.

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“Isso faz sentido.” Incapaz de se conter, ela continuou. “Quando um homem não tem a intenção de aceitar a responsabilidade, uma mulher não tem escolha, a não ser tomar o controle. Muitas vezes, elas tem filhos para pensar. Ela própria. A família dela. Como resultado, as mulheres descobriram que não só são capazes, mas muitas vezes mais hábeis em administrar, do que um homem.” “Você faz os homens parecerem uma espécie que cometeram muitos erros,” disse Gray secamente. “As mulheres têm feito sua parte justa de erros,” Faith murmurou. Deus, ela precisava calar a boca antes que Gray corresse com o rabo entre as pernas, o mais rápido, e tão longe quanto pudesse. Ela soou como uma odiadora do homem. Nada poderia estar mais longe da verdade. Mas somente estava expondo seus sentimentos, quando era sobre relacionamento. Estava no limite de um estranho mundo novo, onde estava tentando alcançar e agarrar o que queria. Sentia-se nervosa e impaciente, e pior, sentia-se condenada ao fracasso. “Estou fazendo uma bagunça disso,” murmurou. “Deveria apenas ter mantido minha boca fechada. Pareço uma carola, piranha odiadora de homens, quando na verdade o que quero realmente é—.” Ela parou mortificada quando quase deixou escapar o que queria. Ele deu-lhe um olhar de sondagem. “O que você quer Faith?” “Ei, vocês dois!” Tanto Faith como Gray se viraram para ver Micah indo em direção a eles. Ela não podia estar certa, mas achou que ouviu Gray proferir uma maldição sob sua respiração. Micah deu um beijo na bochecha de Faith, em seguida, ficou entre ela e Gray quando fez sinal para o barman trazer sua bebida. “O que está fazendo aqui?” Faith perguntou. “Pensei que tinha um encontro quente.”

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Micah sorriu. “Tenho. Mais tarde, no entanto. Vamos nos encontrar em algum lugar.” “Soa positivamente misterioso,” disse Faith. Gray pigarreou. “Estava prestes a perguntar a Faith se queria alguma coisa para comer. Você quer se juntar a nós, ou estará comendo mais tarde?” Faith olhou o relógio e fez uma careta. “Desculpe, mas tenho um compromisso com o cabeleireiro tenho que ir.” Ela deixou de fora o fato que estaria se arrumando para sexta-feira. “Eu devo ir se quiser chegar na hora certa.” Gray pegou a mão dela quando saia. Olhou para ele, e ficou surpreso ao ver algo que parecia lamento latente em seus olhos. “Gostaria de continuar essa conversa,” disse ele. Ela corou e pegou um olhar curioso de Micah, pelo canto do olho. “Claro. Outra hora, talvez.” Ela puxou sua mão relutantemente, e estendeu um sorriso na direção de Micah antes de sair do bar.

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C O apítulo

nze

“Tem as câmeras de vigilância instaladas?” Pop perguntou detrás de Gray. Gray levantou de sua posição agachada e virou o rosto para o outro homem. “Sim, acabei de pôr a última operando. Vou dar uma chamada rápida a Connor, e ter certeza de que estamos todos conectados.” Pop assentiu e colocou seu próprio telefone celular ao ouvido para fazer uma chamada. Gray teclou o número de Connor. “Tudo está configurado para mim,” disse quando Connor respondeu. “Veja se consegue a visualização de cada uma.” Connor estava lá em cima na sala de vigilância, onde o sistema informatizado de acompanhamento de todas as câmeras foi instalado. Ele era o perito em informática. Um verdadeiro gênio, quando se trata de tecnologia. Gray era um trabalhador mais braçal. Entendia o suficiente para instalar câmeras e bugs 5, mas as medidas mais sofisticadas, ele preferia deixar para aqueles que compreendiam toda essa merda. “Sim, parece que tenho uma imagem clara de todos os cantos. Embora, parece que a câmera B deve ser inclinada para cima, talvez um centímetro. Se fizer isso, não somente obterei uma imagem clara do corredor, mas serei capaz de monitorar a porta no final do corredor.” “Vou fazer”, disse Gray.

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Defeito (em inglês: bug) é um erro no funcionamento comum de um software, também chamado de falha na lógica de programação de um programa de computador. 84


“Diga a Pop que vou demorar um pouco aqui, então pegarei vocês mais tarde”, disse Connor. Gray concordou e desligou. Empurrando o telefone de volta no bolso, saiu da sala e entrou no corredor onde a câmara B estava instalada. Depois de ajustar o ângulo, deu a Connor outra chamada de volta para confirmar a posição. Então foi em busca de Pop. “Está tudo pronto,” disse enquanto caminhava de volta para onde Pop estava. “Connor disse que ficará um tempo com o sistema de computador, e não é para esperá-lo.” Pop assentiu. “Vamos pegar um lanche então.” Vinte minutos depois, os dois estavam sentados em um pequeno restaurante, bebendo café enquanto esperavam por sua comida. Gray queria perguntar sobre Faith e seu relacionamento com a mãe, mas não sabia como conduzir a um tema improvável, sem despertar as suspeitas de Pop. Pop era extrovertido e generoso, mas Connor não aprendeu o caminho para ser cauteloso, por acaso. Ainda assim, Gray necessitava descobrir muito sobre como Martin e Celia teriam qualquer ligação em potencial com Faith, o máximo que pudesse. “Você está gostando do trabalho até agora?” Pop perguntou, quebrando o silêncio. Gray assentiu. “Sim.” Ele estava. Muito mais do que esperava. “Tinha dúvidas quando Mick sugeriu a mudança de cenário, mas, em retrospecto, ficar longe de Dallas foi um alívio.” “Mick é o pai de seu parceiro, certo?” Novamente Gray balançou a cabeça, engoliu o caroço em sua garganta. Pop fez um som de simpatia. “Sei que é duro perder um parceiro. Já fui um tira na vida. Perder um dos seus próprios... Bem, é como perder um irmão.” 85


“Ele era meu irmão,” disse Gray friamente. “Em todos os sentidos, exceto que não de sangue.” Relances de sua infância percorreram sua mente. Alex rindo. Correndo pela rua. Jogando beisebol. Noites na casa de Alex, e na cozinha de sua mãe. Partidas de luta livre com Mick no quintal. Todas as coisas que Gray nunca teve com sua própria família. Sua família sempre foi Alex e Mick. Sua única família. Pop acenou em compreensão. “Às vezes o sangue não é tudo que importa até ser. Faith não poderia ser mais filha para mim, se fosse da minha própria carne, como Connor. Amo os dois tão profundamente.” Gray procurou em sua memória para saber se alguém tinha lhe dito que Pop tinha adotado Faith. Tinha visto na investigação de Mick, mas não era de seu conhecimento. Pop deve ter tomado seu silêncio como confusão, porque passou a explicar. “Adotei Faith. Três anos atrás.” Gray levantou uma sobrancelha. “Mas ela já era adulta.” “Verdade. Mas queria que tivesse o meu nome. Queria que ela tivesse o amor e a aceitação, que tinha perdido em sua vida.” “Isso não soa como se tivesse uma boa infância,” disse Gray em voz baixa. Uma coisa que parecia terem em comum. “Fui casado com sua mãe anos atrás.” Pop acenou com a mão em um gesto de desprezo, como se expulsando essa parte de sua vida. “O que aconteceu com a mãe dela?” Gray perguntou casualmente. “Não se fala dela. Achei que estava morta.” O rosto de Pop escureceu, e uma carranca deixou as sobrancelhas juntas. “Sua mãe é uma tola sanguessuga, manipuladora. Usa as pessoas, incluindo sua própria filha, e quando consegue o que quer, faz isso para outro alguém.”

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“Assim Faith não tem nada a ver com ela?” Gray perguntou. “Não, e isso é uma coisa muito boa a meu ver. Faith é muito bondosa para seu próprio bem. Passou muitos anos cuidando de Celia. Anos, que deveria ter passado sendo uma criança normal, com pais que cuidassem dela, e não o contrário.” Havia indignação na voz de Pop. Ele engoliu em seco, e tomou um longo gole de seu café. “Casei com Celia quando Faith tinha quatorze anos. Era uma criança tão doce. Silenciosa. Levou um tempo para confiar em mim. Connor tinha acabado de sair do serviço. Era óbvio que não gostava das coisas entre eu e Célia, mas não iria se intrometer nas coisas porque estava preocupado com a Faith. Queria que ela tivesse uma boa casa. Mas então sua mãe me deixou no meio da noite e levou Faith com ela. Fiquei louco tentando encontrá-la. Não foi até cinco anos depois que recebi um telefonema no meio da noite. Celia tinha tido uma overdose. Connor e eu fomos buscar Faith. Ela passou os últimos anos trabalhando para sustentar a ela, bem como Celia. Trouxe-a de volta para casa comigo, e está aqui desde então.” “Isso é duro,” murmurou Gray. “Sim,” Pop concordou. Respirou profundamente e passou a mão pelos cabelos grisalhos. “Não deveria aborrecer você com tudo isso. É que estive preocupado com Faith recentemente. Quero que ela seja feliz.” “Ela diria se alguma coisa a estivesse incomodando?” Gray perguntou com cuidado. Pop estreitou os olhos. “É claro que faria. Ela me diz tudo. Demorou um pouco para ganhar essa pequena confiança da menina, quando Connor eu e trouxemos para casa, mas percorreu um longo caminho desde então.” “Então, sua mãe sumiu depois disso, e nunca a contatou? Isso parece muito errado.” Gray se viu segurando a respiração. Esperava que Faith tivesse confiado em Pop. Então, não seria tão bem como que ela estava tentando esconder alguma coisa.

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“A última vez que sua mãe chamou faz mais de um ano.” Pop se inclinou para frente, fixando um olhar duro em Gray. “Faith não sabe disso, por isso não vá lhe dizer.” Estava na ponta da língua de Gray perguntar por que estava dizendo a um verdadeiro estranho, se não queria que Faith soubesse. Mas Pop parecia abalado, e talvez isso o fez se sentir melhor, em tirar isso do peito. “Quando soube que Celia estava ligando para Faith, e pedindo dinheiro, segui-a e lhe paguei. Disse para não chegar perto de Faith novamente.” Pop esfregou a mão sobre o rosto cansado. “Não foi um momento de maior orgulho, mas não estava disposto a deixá-la entrar e arruinar a vida de Faith, depois que ela finalmente começou a viver por si mesma.” “Então ela pegou o dinheiro e decidiu sumir?” Pop assentiu. “É um inferno de aviso, quando você vê sua filha apenas como um vale-refeição, e nada mais.” Gray fez uma careta. Se a mãe tinha conseguido o dinheiro de Pop antes, de jeito nenhum ela sumiria agora. O que poderia ser bom para ele e Mick, porque com Samuels puxando as cordas de Celia, seu desespero somente aumentaria a cada dia que passasse. O desespero deixava as pessoas desleixadas. O relatório de Mick sobre Samuels, era que ele havia sido visto em Huntsville. Toda a probabilidade que estavam a caminho de Houston. Se Celia tinha sido bem sucedida na obtenção de dinheiro através da ligação de Faith com Pop, então ela seria rápida em explorar esse ângulo. Havia também a possibilidade de abandonar Faith e ir direto para Pop. “Não quero que se machuque,” Pop continuou. “Já foi bastante ferida em sua jovem vida.” Sua voz assumiu um tom mais decidido, e se inclinou para trás, examinando Gray com olhos penetrantes. “Você parece interessado em Faith.” Ah, e aí vem, agora Gray entendeu que o lengalenga todo, era uma preparação de terreno para o aviso.

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Não foder com a filha dele. Gray não mordeu a isca. Ele simplesmente se sentou, e esperou Pop dizer o restante. “Você vai voltar para seu trabalho no final de sua licença. Já conheci pessoas como você. Admiro. Você é um maldito bom policial. Não tenho nenhuma dúvida sobre isso. Mas não quero você brincando com minha filha, ou a usando como um desvio, em seguida, deixando a cidade para voltar para Dallas.” A maneira que Pop colocou as coisas irritou Gray. “Você faz como se ela fosse um maldito brinquedo. Gosto de Faith. É um doce de menina.” Pop assentiu. “Sei que ela é. Fará uma maldita boa esposa para um homem. Terá muitas crianças. Um bom repouso e segurança.” Ele enfatizou na segurança, e Gray entendeu sobre o que Pop queria para sua filha. E, para seu crédito, era o que a maioria dos pais queriam para suas filhas. “Entendo”, disse Gray com calma. A expressão de Pop suavizou. “Filho, gosto de você. Gosto muito de você. Não quero que você leve pelo mau caminho. Faith certamente poderia escolher pior do que um homem como você. Somente não vejo seus caminhos paralelos um com o outro. Isso é tudo.” “Não é um problema,” disse Gray, não querendo apontar que nunca havia manifestado o desejo de uma relação com Faith. Não fazia sentido irritar o velho.

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C D apítulo

oze

Faith dançou ao redor do escritório com excitação constante. Ela estava nervosa, animada e petrificada, tudo junto, sobre seu compromisso esta noite. Ter sexo no cérebro, fazia ter alguns devaneios interessantes, só poderia ser grata de ter sido um dia lento no escritório. A tensão sexual entre ela e Gray fervia como um caldeirão, e isso a deixava mais determinada e ansiosa para explorar seus desejos mais secretos. Trouxe para fora todas as fantasias sensuais que já pensou, e até mesmo algumas que não tinha. Queria ele. Esse era sem dúvida, seu desejo mais secreto. Não havia nada de secreto nisso. Teria que ser muito idiota para não perceber que queria fazer sexo com ele. Mas. Havia sempre um mas. Queria um homem forte e dominador. De toda a forma, Gray era aquele homem. Falou na conversa sobre isso, mas ela já teve vários faladores no passado. Eles fracassaram prontamente na cama, e fora dela. Que era o porque de estar saindo hoje à noite. Para identificar, possuir, tomar o que quer. Perceber isso foi o primeiro grande passo, e uma vez que abraçasse essa mudança, esse desejo de ser sua própria pessoa, não haveria volta para trás. Emitiu um suspiro minúsculo, quando arrumou um monte de contratos em sua mesa. Então conectou a internet, e abriu o e-mail de Damon, o homem que a havia convidado para A Casa. Eles realmente trocaram vários e-mails desde seu telefonema algumas noites atrás. Ele a colocou à vontade com sua atitude amigável e aberta. A encorajou a fazer perguntas, e em 90


troca lhe dera uma riqueza de informações sobre o que acontecia em A Casa, e também o que poderia esperar de sua turnê. Em um de seus momentos mais estúpidos, e depois de passar cinco horas sobre a internet vendo fotos de vestidos de couro, que Klingon6 deveria vestir igual, enviou a Damon um e-mail perguntando o que deveria usar. Porque se tivesse que vestir uma roupa de borracha preta, sem bunda e um buraco nos seios, onde seus mamilos deviam ir, eles podiam beijar seu traseiro. Seu traseiro nu. Leu rapidamente sobre o e-mail, sorrindo para a lembrança de que o ambiente que estava entrando hoje seria bruto e explícito. Sentiu um formigamento animado por todo o caminho até aos dedos dos pés. Estava razoavelmente preparada para a visita A Casa. Ou pelo menos assim imaginava. Vasculhou inúmeros sites na internet, pesquisando todos os links que Damon tinha enviado a ela, e ainda trabalhou seus nervos para entrar sorrateiramente no apartamento de Micah, e verificar sua coleção de pornografia. Com certeza teria sucesso. Aparentemente, pornografia leve, não estava no vocabulário de Micah. Ela sorriu quando pensou mentalmente sobre a lista que tinha compilado de cenários, e as posições que queria tentar. Tudo o que precisava agora era um parceiro, e talvez uma melhor compreensão da necessidade de levá-la. Esperava que Damon e sua companhia pudessem lançar alguma luz sobre isso. Ela virou-se na cadeira, sentindo-se um pouco tonta e mais um pouco ridícula. Golpeou a mão na mesa para interromper seu movimento, quando o telefone tocou. Sufocando uma risadinha, pegou o telefone. “Malone”, disse alegremente.

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Guerreiro alienígena da série "Jornada nas Estrelas" 91


“Faith, nós precisamos conversar.” A voz estridente de sua mãe arranhou sobre a orelha de Faith como um galho de árvore arranhando o vidro de uma janela. “Preciso de dinheiro. Preciso que você me ajude. Tem que me ajudar.” Era o lamuriento e bajulador tom que estava tão acostumada a ouvir em chamadas de sua mãe. Renunciando a qualquer tentativa de suavizar sua rejeição, Faith agarrou o telefone mais apertado. “Pedi para não me ligar novamente.” Começou a puxar o telefone longe de seu ouvido quando um som distante levantou a polêmica. Ela apertou o telefone de volta ao seu ouvido novamente, e se esforçou para ouvir. “... Diga a cadela para conseguir o dinheiro, ou você quer uma desculpa.” “Mãe, quem é ele?” Faith exigiu. “Ninguém,” disse Celia com voz embargada. “Não é nada que você precisa se preocupar.” A tristeza familiar assentou sobre Faith, aglomerando em sua mente, com uma vida de arrependimentos. Celia nunca mudaria. Faith teria que aceitar isso. Aceitaria, mas não iria torná-lo mais fácil de reconhecer. “Deixe-me dizer isto, assim nós estaremos perfeitamente claras,” Faith começou com uma voz hesitante. “Não me ligue.” Sua voz foi forte e firme, enquanto ela permitiu que a força de sua raiva derramasse para fora. “Não tenho nada a dizer a você. Não posso ajudá-la. Não vou te ajudar. Não posso ser mais clara do que isso.” Suas palavras saíam trêmulas no final, enquanto tomava respirações instáveis. “Eu amo você, mãe.” Sua voz rachou, e escondeu os olhos com as costas da mão. “Mas odeio o que você se tornou, sempre foi assim. Não quero fazer parte da minha antiga vida, que deixei atrás. Minha vida com você. Estou feliz agora. Então desculpe, mas não tenho nenhum desejo de falar com você, e permitir que me use mais.” 92


Faith ouviu um soluço, e honestamente não sabia se era dela, ou de sua mãe. Desligou o telefone com mãos trêmulas, em seguida, enterrou o rosto nos braços sobre a mesa. Sacudiu os ombros, e sentiu as lágrimas deslizarem sobre seus braços. Quando o telefone tocou de novo, ela o alcançou, puxou o cabo da parede, e o atirou pela sala. Baixou a cabeça novamente e chorou. Soluços saíram ruidosamente de seu corpo. Tanta tristeza, raiva e traição enrolando em seu peito como uma brava serpente pronta para atacar. Por que entregou tanto poder para a mãe? Por que foi dar a Celia a capacidade de machucá-la tão facilmente? Uma mão firme segurou o ombro dela, e ela enrijeceu. “Faith, o que há de errado?” Cuidadosamente, Gray suplicou urgente através da névoa vermelha circulando sua mente. Lentamente, puxou a cabeça erguida, sentindo a tola explosão emocional indisciplinada. E se Pop ou Connor tivessem sido os únicos no andar? Ela teria um inferno de tempo para explicar por que estava chorando em sua mesa. Faith esfregou impacientemente os olhos, e olhou para longe, determinada a não deixalo ver as lágrimas. Sua cadeira se moveu levemente, e olhou com o canto dos olhos para vê-lo se ajoelhar ao lado dela. Dedos suaves acariciaram suas costas, e puxaram seu queixo, forçando-a a olhar diretamente para ele. “Você está bem?” Ele perguntou baixinho. Outro soluço quieto escapou de sua boca, e segurou os lábios fechados para evitar mais de escapar. “Não, você não está bem. Isso é óbvio.” Acariciou suas costas com os dedos sobre sua bochecha, em seguida, colocou seu cabelo atrás da orelha. “O que há de errado?” Perguntou de novo. “Não é nada”, disse, trêmula. “Realmente. Sinto-me como uma idiota. Apenas fiquei chateada e exagerei.”

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“Obviamente não é nada. Você não é do tipo de exagerar. O que a aborreceu tanto, Faith?” Não, ele não era idiota, e estava insultando sua inteligência, negando estar chateada. “Tudo bem, não era nada, mas não é algo que eu quero discutir. Consegue entender isso?” Insistiu silenciosamente para ele não pressioná-la ainda mais. Ele a olhou por um longo momento. “Sim. Eu posso.” Manuseou uma lágrima no canto do olho. Seus olhares se encontraram e ficaram suspensos em um eco eterno. “Não deveria fazer isso”, ele sussurrou, sua voz rouca e nervosa. “Fazer o quê?”, Ela murmurou de volta. “Beijá-la.” “Você vai?” Ao invés de responder, ele se aproximou dela, os lábios pairando perigosamente perto dos dela. Sua súbita puxada de ar foi tudo o que teve tempo antes de suas bocas se encontrarem. Suas mãos emolduraram seu rosto quando se pressionou quente e duro contra ela. Suas línguas se encontraram, emaranhando. Ela ofegou por ar, mas não se afastou. Consumido. Ele a consumia. Sua boca avançou, até que seus dentes morderam seu lábio superior. Ele a puxou mais perto, em seguida, chupou mais profundamente em sua boca. Sua língua lambia e explorava, antes que soltasse o lábio, e fosse para o canto da boca. Esqueceu suas lágrimas, a angústia. Tudo o que existia neste momento era o homem à sua frente. Seu toque, seu beijo, sua essência ao seu redor, enchendo-a até que tudo desapareceu. 94


Chegou perto dele, deslizando as mãos sobre os ombros largos. Seus dedos avançaram em direção ao seu pescoço, até uma mão pegar sua nuca, puxando-o para mais perto. Ela mordiscou de volta em seus lábios. Beijo por beijo, mordida por mordida, lambida por lambida. Um gemido se formou no fundo de seu peito, brotou na garganta, até que fugiu em um som de doce agonia. A tensão entre eles, ao longo dos últimos dias, se construiu em uma enorme entidade, explodindo em uma onda de lava derretida. Ela moveu as mãos em frente, para seu peito, até que puxou a camisa dele. Queria sentir a pele nua. Impaciente, puxou até que o livrou de seu jeans. Então deslizou os dedos sob a bainha e apertou as mãos em seu estômago. Encolheu-se, a boca acalmando ao longo dela. Suas mãos trabalhando acima, deslizando sobre os músculos do peito, empurrando sua camisa para cima. Seus dedos acariciavam sua cabeça, e os polegares roçaram seu rosto. Havia força em seu toque. A força que ela desejava, precisava, queria tanto que doía. Ela gemeu contra sua boca quando não retomou o beijo apaixonado, mas sim permaneceu imóvel. Seu corpo enrijecido sob os dedos, os músculos ondulando no peito. “Gray,” ela sussurrou. Ele se afastou e fechou os olhos. Um palavrão duro dançou no ar entre eles, marcando o momento. Suas mãos se afastaram dela, e se moveram para cima, a tensão rolando fora dele, como areia saindo do balde. A palma de sua mão arrastou para trás de seu pescoço, e ele esfregou de cima para baixo em agitação. “Deus, Faith, me desculpe. Isso nunca deveria ter acontecido.” Ela o olhou, confusa. “Desculpa? Eu queria que isso acontecesse. Você queria que isso acontecesse. Eu não vejo do que tem que se desculpar.” 95


Ele caminhou de volta na mesa, parando no meio da sala, seus movimentos bruscos e indecisos. Em seguida, se virou para olhá-la. Seus olhos brilhavam com uma infinidade de emoções. Desejo ainda inflamava brilhante, para que soubesse que era questão de ele não querer o que tinha acontecido. Mas havia também arrependimento, e ódio? “Isso não deveria ter acontecido,” disse com um aceno de cabeça. “Me aproveitei de você em um momento de fraqueza. Que tipo de idiota isso faz de mim?” Ela se levantou de seu assento. Seus joelhos tremiam, e colocou as palmas das mãos sobre a mesa para se firmar. “Temos vindo até este ponto nos últimos dias. Você sabe disso, e eu sei disso. É era tão inevitável como a respiração. Não me diga que não deveria ter acontecido quando sei muito bem que você queria tanto quanto eu.” “Quis isso?” Deu uma risada curta e latida. “Inferno, Faith, eu te quero tanto, que dói. Mas não deveria ter acontecido. Nunca deveria ter deixado.” Com isso, se virou e saiu de seu escritório, deixando-a para ponderar com a esquisitice pura de sua declaração. Caiu para trás em sua cadeira, suas emoções em um tumulto. Seu olhar cintilou até o cabo do telefone e ela deu um suspiro. Empurrando-se para cima, foi recuperar o cabo que tinha arrancado em seu acesso de raiva. Não dava para dizer quantas chamadas foram perdidas enquanto estava negociando com a respiração pesada de Gray. Depois de se atrapalhar com o cabo alguns segundos, o recolocou na tomada da parede, em seguida, olhou inquieta de volta para o telefone, esperando o inferno que não tocasse. Quando o silêncio permaneceu sem interrupções, o alívio em seu ombro mudou para cuidado. Isso tinha que acabar. Este esforço constante por meio de chamadas de sua mãe tinha que parar. Será que finalmente conseguiu dar a Celia a mensagem, e ela pararia de tentar entrar 96


em contato com Faith? Ela duvidava, mas depois nunca contrariou sua mãe no passado. Isto tinha que ter chocado Célia, uma vez que foi à Faith. Você tem uma vida. Não deve nada a ela. Você finalmente está rastejando para fora de seu escudo e abraçando seus desejos e necessidades. Não estrague tudo agora. A negociação com Pop, não foi o melhor, mas não houve uma palavra mentirosa nele. Ela tinha uma vida. Uma que estava contente, Finalmente abriu suas asas para sair das sombras de seu passado. Finalmente alcançando o que queria. Finalmente, sem medo de enfrentar um lado de si mesma, que sempre negou existir. Talvez Gray não fosse o que precisava. Talvez o que queria estava lá fora, apenas esperando para ser alcançado. Talvez encontrasse esta noite. Não saberia até que desse o salto. Sentindo-se moderadamente mais calma após seu ajuste anterior de raiva, endireitou os ombros e fez um voto de silêncio para si mesma. Não ia deixar sua mãe puxá-la para baixo novamente.

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C T apítulo

reze

Gray estacionou seu caminhão fora do escritório e desligou o motor. Já era tarde. Dez horas de uma sexta à noite. Todos provavelmente tinham planos que não envolvia estar em qualquer lugar perto do escritório. Razão pela qual estava de volta. Saiu do carro e olhou cautelosamente para a direita e esquerda. Não se preocupou em estacionar ao redor, porque se fosse visto, não queria aparecer como se tivesse algo a esconder. Se Pop ou um dos outros aparecessem, sempre podia dizer que tinha esquecido alguma coisa. Bem-vindo, o ar frio bateu-lhe no rosto quando entrou no prédio escuro. Desativou o sistema de segurança antes que desse um passo adiante, e, em seguida, não se incomodou em acender as luzes, caminhou pelo corredor em direção ao seu escritório. A espera o deixou irritado, mas não podia ouvir a reprodução da conversa de Faith, até que tivesse certeza de que ninguém estava por perto, e não correria o risco de ser descoberto. Caminhou até sua mesa e inseriu a chave na fechadura que tinha mudado, de forma que só ele teria acesso. Sentou-se e puxou o pequeno aparelho de gravação digital. Ele pulou todas as conversas de rotinas do telefone, antes de finalmente chegar a qual queria. Quando a voz da mãe de Faith saiu através da gravação, se inclinou para frente, com a intenção de decifrar cada som, cada palavra. Quando chegou à parte em que Faith perguntou à mãe:

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“Quem era?” Ele parou e voltou atrás para ouvir novamente. Na terceira tentativa, poderia distinguir a voz masculina ao fundo e à ameaça emitindo dele. Samuels. Tinha que ser. Ouviu quando a voz de Faith engasgou por pura emoção, soluços baixos filtraram no ar da noite, silenciosos em torno dele. Agora sabia, sem dúvida, que não havia nenhuma maneira de Faith ter participado de qualquer plano que Celia Martin e Samuels haviam programado. Estava dizendo o quanto estava aliviado, mas também o incomodava que estivesse enganando uma mulher inocente. Estava sendo usada por sua mãe, e estava sendo usada por ele. Porra. Enfiou o gravador em sua mesa e a trancou. Então se inclinou para frente, apoiando os cotovelos sobre a superfície de madeira polida. Correu as mãos pelos cabelos e fechou os olhos em frustração. Sua mãe estaria a caminho daqui? Ela iria explorar o fato de que Pop havia pagado no passado? E será que ainda se incomodaria em procurar Faith, ou usaria o desejo de Pop para protegê-la contra ele? Inferno de uma bagunça. Tantas vidas envolvidas. E a justiça estava no centro do coração de tudo. Foda. Alex estava morto. O assassino tinha que ser preso. O fim justifica os meios. Se o matador de Alex fosse colocado atrás das grades, tudo isso já valeria a pena. Mesmo a raiva de Faith. Se estivesse realmente convencido disso, por que então a culpa pesava tão duramente? Por que a imagem de Faith, seu sorriso doce, a sensação de sua pele contra a dele, seus lábios nos dele? E por que queria mais? Era estúpido e imprudente iniciar qualquer tipo de envolvimento romântico com ela. Ele bufou. Romântico? Quem falou em romântico? Querer foder até o cérebro da mulher, não era entendido como romance. 99


Ele tinha um monte de pensamentos para lidar. Precisava chamar Mick, e juntos, poderiam ver o melhor plano de ação. Gray ainda não estava convencido de que ele e Mick fossem trabalhar na captura, mas com Billings os deixando de fora, e não dedicando os recursos necessários para levar o assassino de Alex à justiça, Gray não via que tinham muita escolha no assunto. Empurrou para trás de sua mesa, levantou-se, em seguida, se dirigindo para a porta. Quando passava pelo escritório de Faith, parou e recuou. Devia verificar se a escuta ainda estava firmemente no lugar, caso a mãe chamasse novamente. Movendo-se rapidamente, andou em torno de sua mesa no escuro e acendeu a pequena luz da mesa para que pudesse ver. Examinou o telefone dela, e fez tudo que estava ao seu contento. Em seguida, verificou se tudo sobre a mesa estava como quando a encontrou. Seu olhar passou pelo calendário aberto, e apertou o botão da luz. Sua mão acalmou, e puxou para longe, enquanto lia a escrita circulada. A Casa. As 23:00 horas. Sexta-feira à noite. Estava escrito na data de hoje, e abaixo um endereço ao norte de Houston. O nome era familiar para ele, e procurou em sua memória por que. Podia jurar que era o nome do clube que Micah tinha percorrido cerca de um dia durante o almoço. Mas porque Faith estaria tomando planos para visitar, se era o mesma? Abriu sua gaveta e puxou uma caneta e um pedaço de papel de um bloco de notas. Rabiscou o endereço abaixo, em seguida, fechou a gaveta novamente. Depois de apagar a luz, correu de volta para seu próprio escritório, onde ligou o computador. Ele tamborilou os dedos com impaciência enquanto esperava que ligasse. Tão logo a tela se iluminou com o ícone da área de trabalho, clicou no navegador e foi para uma página de busca.

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Lá, digitou o nome e o endereço que tinha tirado do calendário de Faith, e esperou pelos resultados. Quando clicou no primeiro link, mordeu uma maldição. A casa que Faith ia era a mesma de Micah. De alguma forma Gray sabia que ela não era um membro regular, porque certamente não teria escapado de Micah. Que diabos estava fazendo em um clube de perversão de idiotas? Será que ela não tinha uma pista do que se passava lá? Inferno, nunca pôs os pés no local, mas as coisas que Micah tinha falado, foram mais do que suficiente para pintar um retrato vívido na mente de Gray, do que acontecia por trás desses grandes portões de ferro forjado. O que só podia significar que não tinha ideia de no que estava se metendo. E a ideia de outro homem colocar suas mãos sobre ela, o fez se sentir um pouco assassino. Não queria nem entrar nos porquês, e onde daria essa peculiaridade especial. “Jesus, Maria e José,” Gray murmurou. “Se orienta” Deveria chamar a Pop e Connor, e avisá-los, ou lidaria com ela. Mas tão depressa que o pensamento surgiu em sua cabeça, atirou-o de lado. Não era uma criança criando coragem para bisbilhotar, pelo amor de Deus. Faith era uma mulher madura. Talvez estivesse fazendo um pouco de experiência. Não havia necessidade de embaraçá-la, por ter um irmão a expulsando do lugar. O que deixava ele. De jeito nenhum poderia deixá-la entrar nesse tipo de situação. Era doce. Inocente demais para os gostos do que um lugar como A Casa oferecia aos seus clientes. Merda, conhecendo sua sorte, ela acabaria como escrava sexual de alguém nesta noite. Esse pensamento o levou a levantar. Estava fora da porta em poucos segundos. Se atrapalhou com os códigos de segurança em seu caminho para fora, antes que caminhasse até o estacionamento e ao seu caminhão.

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Abriu seu celular, e com uma batida teclou o número de Micah. O maldito clube era exclusivo, e não podia entrar sem ajuda de Micah. Inferno, não podia entrar de qualquer maneira. Mas tinha maldita certeza que conseguiria. Tentou número da casa de Micah, e seu celular sem qualquer sorte. Rosnando em frustração, pisou no acelerador e foi em direção ao complexo de apartamentos. Quando virou para o estacionamento, um minuto depois, viu o caminhão de Micah estacionado na vaga. Faith já tinha ido. Pulou do carro e correu até a porta de Micah. Bateu alto e esperou. Quando Micah não atendeu imediatamente à porta, bateu mais duro. Poucos segundos depois, a porta foi aberta, e Micah estava na porta, segurando uma toalha em torno de sua cintura. Olhou para Gray. “É melhor que seja muito importante, Montgomery.” Antes que Gray pudesse responder, ouviu uma voz feminina no fundo perguntando quem era, para Micah. Micah virou-se e estendeu a mão para aplacar. “Dê-me apenas um minuto, querida.” Gray suspirou. Interromper Micah durante o sexo não poderia ser tão incomum, considerando que o cara tinha uma menina nova todos os dias. Ele não tinha tempo para esta merda. Micah se virou para olhar para ele de novo, sua carranca feroz. “Agora, que diabos você quer?” Ele exigiu. “Preciso que você me coloque na A Casa, ou o que diabo você a chama.” Micah piscou várias vezes. Sua boca se abriu, e um olhar de incredulidade se espalhou sobre seus traços. “Você veio aqui às onze horas da maldita noite, porque tem uma coceira que deseja arranhar?” “Não sou eu, idiota. Aparentemente Faith tem um compromisso lá. Enquanto falamos.” 102


A expressão de Micah mudou rapidamente de contrariedade ao interesse afiado. Ele levantou a mão. “Para! Espere um minuto. Faith vai A Casa?” “É isso que venho tentando lhe dizer,” disse Gray, impaciente. “Existe alguma maneira de você me colocar lá dentro? Cobrar alguns favores ou algo assim?” Micah ignorou a questão de Gray e balançou a cabeça em confusão. “Que diabos ela está fazendo lá? Isso não é lugar para uma garota como ela.” Gray ergueu as mãos e grunhiu de frustração. “Ok, ok, olha,” Micah disse, segurando as duas mãos em apaziguamento. “Deixe-me vestir algo. Vou até lá para ver que diabos está acontecendo.” “Não.” Micah o olhou com surpresa. “Eu vou. Você acabou de me atender,” disse Gray enfaticamente. “Além disso, você tem companhia para entreter. Eu vou cuidar de Faith.” Micah deu-lhe um olhar longo de avaliação. Seus olhos se estreitaram, e franziu a testa. “Que diabos está acontecendo entre você e Faith?” Gray suspirou. Eles estavam perdendo um inferno de muito tempo. “Nada está acontecendo entre mim e Faith. Estava apenas preocupado quando soube onde estava indo. Não acho que tem uma ideia de no que está se metendo. Não quero vê-la se machucar.” “No que estamos de acordo”, disse Micah. “Você dirige até lá. Sabe onde é?” Gray assentiu. “Ok, você vai. Vou ligar, e arranjar para que entre. Sou amigo do dono do lugar.” Gray virou sem responder, e correu de volta para o seu caminhão. Sentiu-se um pouco insensato por fazer tão grande coisa disso, e ele se arriscou a parecer um tolo ainda maior, se 103


aproximando de Micah deste jeito, mas não conseguia afastar a sensação de que Faith estava se precipitando.

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C Q apítulo

uatorze

Faith foi até o portão que guardava a entrada de automóveis para a grande casa que aparecia acima do monte. Quando chegou perto da pequena caixa de segurança, abriu a janela e debruçou-se para apertar o botão. “Posso ajudar?” Uma voz educada perguntou. Ela respirou nervosamente. “Tenho um compromisso. Meu nome é Faith Malone.” “Por favor, proceda, senhorita Malone.” O portão se abriu lentamente, e ela dirigiu à frente, acelerando na pista sinuosa. Quando chegou até a casa, viu um estacionamento isolado, não era visível da entrada. Uma grande parede de tijolo cobria com hera separando, o lote do gramado da frente alastrando. Dirigiu em torno da partição e estacionou no local ao lado de uma Mercedes elegante. Quando ela saiu e examinou o conjunto de carros muito caros, olhou para trás conscientemente em seu Honda Accord. Que tipos de pessoas se reuniam aqui? Todos ricos, e entediados que procuravam emoções baratas? “Nada como fazer generalizações,” murmurou enquanto se dirigia para a dupla porta de madeira à frente. Antes que pudesse levantar a argola pesada, a porta se abriu, e se viu olhando para um homem bem vestido de boa aparência. Ok, não apenas de boa aparência, maravilhosamente boa aparência. Abriu um largo sorriso para ela. 105


“Você deve ser Faith.” Estendeu a mão para ela. “Sou Damon.” Ela pegou a mão dele, apertou-a, e sorriu de volta. Sentia como se dissipasse o nervosismo. “Estou tão feliz em conhecê-lo. Sinto que já o conheço através de todos os e-mails que temos trocado na semana passada.” Ele riu, em seguida, fez um gesto para entrar. “Por favor, entre.” Ela entrou na frente dele, e fez uma pausa, esperando para ele ir à frente dela. O hall de entrada era elegantemente decorado, a iluminação fraca o suficiente para fazer o interior parecer aconchegante e convidativo, mas não tão escuro quanto a dar uma aura sinistra. Damon caminhou ao seu lado, e colocou a mão em suas costas. “Se você vir para cá, nossa primeira parada será a sala de estar, onde pode relaxar por um momento e tomar uma bebida.” Ele acompanhou-a em uma pequena sala um pouco além do vestíbulo. O interior era elegante, mas confortável. O grande tapete oriental esticado sobre o piso de madeira polida, terminando apenas na frente de um sofá de couro castanho escuro. À direita estavam duas cadeiras estofadas casuais, do tipo que engole você inteiro assim que se sentasse. “Por que não se senta. Gostaria de tomar uma taça de vinho?” Faith balançou a cabeça e encaminhou-se para uma daquelas cadeiras confortáveis. “A propósito, gosto da maneira que se vestiu, muito.” Ela virou, seu rosto corando quando viu seu olhar deslizar acima e abaixo, em suas pernas nuas. Damon levantou os lábios em um meio sorriso antes de caminhar até a parede, e apertar um botão no que parecia ser um sistema de intercomunicação. Ela olhou para a saia de forma adequada que moldurava suas pernas cerca de dois centímetros acima do joelho. O sapato, bem, tinha que admitir, eles eram apenas para mostrar. Em um momento de pura fraqueza, gastou o inferno de um monte de dinheiro sobre os sapatos 106


sexo-na-sola. Fazia sentir-se sexy, vibrante e um pouco má. Ok, muito má. Com um minúsculo sorriso, ela afundou na cadeira de couro macio, e se obrigou a relaxar. Damon se juntou a ela alguns segundos depois. Momento depois sentou no sofá em frente à sua cadeira, a porta abriu e um homem que parecia um mordomo de algum filme indigesto Inglês, entrou carregando uma bandeja com as bebidas. Inclinou-se e ofereceu-lhe uma das taças de cristal. Seus olhos se arregalaram, e ela sorriu para o bom homem. Estava apenas um pouco desapontada por ele não ter um sotaque britânico. Ela pegou uma taça, e levantou-a ao o nariz para inalar o aroma do vinho. O mordomo ofereceu uma taça a Damon, em seguida, inclinou a cabeça em direção à Faith e se retirou da sala. “Estou supondo que a maioria de seus clientes são mais sofisticados,” disse Faith antes de sorver o vinho. Damon riu. “É tudo aparência. Se quer atrair a clientela certa, você tem que estabelecer-se em seu nível.” “Você certamente se veste a parte,” disse ela secamente, seu olhar se movendo para cima e para baixo, de sua camisa de seda cara, e calça de grife. Ele sorriu preguiçosamente para ela. “Você está bem aqui?” Ela piscou para a sua mudança repentina de assunto. Após um momento de reflexão, percebia que não estava tão nervosa como tinha estado. Mas, então, esta era provavelmente a parte do plano de jogo. Dobra o membro em potencial com a bebida, até que ele esteja tão bêbado, que não se preocupe em que eles estavam se metendo. Um riso escapou naquele pensamento. Damon olhou para ela em diversão.

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“Você realmente é tão deliciosa pessoalmente, quanto através do telefone e e-mails. Estava preparado para me decepcionar. Estou contente que não me decepcionei.” Faith corou, suas bochechas aquecendo sob seu escrutínio. Ele se inclinou para frente e pôs sua taça sobre a mesa de mogno. “A Casa é dividida em dois níveis. O nível mais baixo é o lugar onde toda a socialização ocorre. Possui uma atmosfera descontraída, e muito relaxada. Salões são criados para patronos interagir, conversar, conhecer uns aos outros. Temos diretrizes rígidas para o que ocorre no nível principal.” Ela pressionou a borda da taça nos lábios e tomou um longo gole do vinho. Borbulhas abundaram em seu estômago, enquanto o ouvia. Era real. Estava realmente aqui prestes a mergulhar de cabeça... O quê? Ela não tinha certeza. “O segundo nível é onde está a ação, por assim dizer. Há uma variedade de quartos. Alguns privados. Alguns abertos ao público. Existe uma sala principal, bastante grande, onde o espaço é dividido em seções diferentes. Esta é a área comum, onde você encontrará uma variedade de atividades concentradas em um só lugar. Alguns dos nossos patronos apreciam o aspecto público do mesmo, enquanto outros preferem e exigem privacidade rigorosa. Nós acomodamos a ambos.” Ela se inclinou para frente, seu interesse vivo, sua curiosidade insaciável. “E o que acontece nessas áreas públicas?” Damon sorriu. “Qualquer coisa e tudo. Você deve preparar-se para qualquer possibilidade. A Casa é um lugar para deixar suas inibições voarem. Quando passar por nossas portas, é livre para se tornar outra pessoa, totalmente diferente, ou, como suspeito no seu caso, abraçar quem você realmente é. Ninguém é julgado aqui. Somos muito abertos e receptivos a todos os estilos de vida.” 108


“E a qualificação de adesão,” Faith começou. “Você disse que eles eram rigorosos. Presumo que isso significa que os membros são selecionados e que as 'atividades' aqui são monitoradas por segurança?” “Boa pergunta,” disse Damon, os olhos queimando com a aprovação. “Nossos membros passam por um árduo processo de seleção. Exigimos antecedentes extensivos. Ninguém com antecedentes criminais, independentemente da culpa, é permitido à sociedade.” “Todas as salas são monitoradas por nossa equipe. Para aqueles que congregam nas áreas públicas, os funcionários mantém uma presença a todos os momentos. Para os membros que preferem acomodações privadas, bem, mesmo assim não é oferecida a privacidade completa, pois temos câmeras de vigilância instaladas em cada sala, e um membro da equipe acompanha de perto em todos os momentos.” “Não somente estamos empenhados em proporcionar um ambiente onde os membros possam desempenhar suas fantasias e opções de vida, mas garantimos a segurança de cada participante.” Seus olhos se arregalaram. “Isso parece muito para garantir.” Damon assentiu. “Sim, mas estamos empenhados cem por cento, em manter essa promessa. Não hesitamos em intervir se sentimos que a situação não é segura para um ou mais membros.” Faith ficou impressionada com sua confiança e seu ar de autoridade. Na verdade, conseguiu fazer com que se sentisse tanto como uma louca esquisita comendo em torno de algum clube de sexo decadente à procura de emoções baratas. “Você está pronta para o seu passeio?” Perguntou. Ela engoliu em seco e colocou sua taça sobre a mesa. “Sim. Sim, acho que estou.” 109


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C Q apítulo

uinze

Ele se levantou e ofereceu a mão para ela. Pegou a mão dele, e o deixou ajudá-la a subir. Suas pernas tremiam, e esperava que pudesse evitar bater os joelhos. Descobriu que não estava muito nervosa, mas animada. Intrigada. E mais do que um pouco excitada. “Estarei com você em cada passo do caminho. Se tiver qualquer dúvida, qualquer coisa, ficarei feliz para resolvê-las.” Faith sorriu. “Ok, então. Estou pronta.” Enfiou a mão debaixo do braço e a levou para fora da porta da sala. “Nós vamos percorrer as salas de convívio no nível mais baixo em primeiro lugar. Lhe dará uma ideia de como as coisas são relaxadas aqui. Ninguém vai esperar que você interaja ou cumprimente, a menos que seja o seu desejo. Todo mundo aqui é bem acostumado a circunspecção.” Ela apertou seu braço com os dedos. Virou e olhou interrogativamente para ela. “Realmente aprecio tudo que fez para me fazer sentir à vontade. Se fizer isso com todos os seus membros, posso entender por que seu estabelecimento é tão bem sucedido.” Ele sorriu e colocou a mão sobre a dela. “Só espero que encontre o que está procurando.” Eles entraram em uma sala maior, onde várias pessoas estavam e sentadas ao redor para conversar. Era uma festa ambiente, mas não a variedade, alta estridente. Este era mais um encontro de luxo onde a conversa era abafada. Música suave de um piano tocava ao fundo, e

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um garçom andou entre os reunidos, distribuindo taças de vinho e aperitivos. Alguns viraram e sorriram para Damon, mas nenhum se aproximou dele. “Esta é a sala principal de reuniões. Geralmente a primeira parada para quem vem para A Casa. A partir daqui, as pessoas se separam, ou vão em outras atividades. Não é sempre sobre sexo ou querer brincar. Muitos dos nossos membros apenas vêm aqui para se encontrar com pessoas com a mesma opinião, e passam a noite conversando e visitando.” Eles passaram alguns momentos circulando pela sala, e Faith não se esforçou para estudar os outros membros. Eles certamente proporcionaram a cortesia de não olhar. Mas, ainda assim, não poderia resistir olhar rapidamente pelo dos cantos dos olhos. Havia uma mistura interessante de pessoas. Alguns estavam vestidos com esmero, enquanto outros adotaram um visual muito mais casual. Jeans, camisetas, tênis. Ficou feliz por ter optado por uma solução entre o casual e muito vistoso. Ausente, para o grande alívio dela, eram as roupas de couro de Klingon, e ela estava com vergonha de admitir que pensava no que veria. Para sua surpresa, ainda mais, as pessoas que se reuniam pareciam todas normais, pessoas. Talvez tivesse esperado réplicas das esquisitices que tinha encontrado enquanto vasculhava a internet, mas claramente, não iam ser encontrados aqui. Tocou seu braço, e olhou para ele. “Você está pronta para seguir em frente?” Perguntou ele. Ela assentiu, e a levou para fora da sala, e pelo corredor até uma pequena reunião, mais íntima. Aqui, a maioria das pessoas estava sentada em um grupo muito unido. Dois homens estavam sentados em uma namoradeira, e uma mulher empoleirada em uma de seus colos, conversando com os dois rapazes. O segundo homem alisou a mão para cima e para baixo na perna dela, enquanto as mãos do outro homem apertavam frouxamente em torno de seus quadris. 112


As bochechas de Faith coraram de novo. Era óbvio que a mulher prendeu a atenção dos machos. Satisfeitos sorrisos curvavam os lábios, em um sorriso para a bonita mulher. Faith olhou fascinada com a cena diante dela com tanta vontade, que tinha de forçar-se a arrastar seu olhar longe para os outros ocupantes da sala. Vários metros de distância, um grande homem se virou, e quando viu Damon, um sorriso largo dividiu seu rosto. Ele acenou e fez sinal. Faith entrou em pânico no momento que Damon se adiantou. Damon olhou para ela e sorriu tranquilizando. “Está tudo bem”, ele murmurou. Eles caminharam até o homem, que estudou Faith com indisfarçável interesse. Era mais velho. Muito mais velho que Faith. Ela o colocou na casa dos trinta para cima. “Damon, é bom vê-lo” disse o homem, estendendo a mão. Damon deu um largo sorriso e apertou sua mão. “Tony, que bom ver você.” Ele olhou de volta para a Faith. “Faith, quero que você conheça Tony. Tony, esta é Faith. Ela é minha convidada especial esta noite.”1 Faith tremia com as intenções de Tony, quando seu olhar cintilou sobre ela. Lentamente ergueu a sua mão para ela. “Muito prazer em conhecê-la, Faith.” Quando deslizou sua mão na dele, em vez de sacudi-la, puxou-a para cima, para beijar as costas da mão. Ela corou loucamente. Tony deu uma risada, enquanto soltava mão dela. “Eu amo uma mulher que cora.” “Nós não vamos mantê-lo,” disse Damon para Tony. “Tenho uma excursão para dar.” “Foi muito bom conhecê-la, Faith. Espero vê-la novamente,” Tony disse em voz baixa. O convite enviava flagrantes arrepios sobre sua pele. Seu estômago revirou com ansiedade nervosa, e estava agradecida que Damon a puxou para longe. 113


Seus dedos enroscaram um pouco mais apertados em torno do braço de Damon, quando ele a levou para a escada. No caminho, passaram duas salas do outro lado onde as pessoas tinham estado em pequenos grupos para conversar e socializar. “Pronta?,” perguntou quando chegaram ao fim das escadas. Ela respirou profundamente e tentou acalmar todas as cambalhotas das borboletas em seu estômago. “Pronta.” Ele sorriu e começou a subir as escadas. Quando chegaram ao topo, se surpreendeu com a porta fechada. Damon alcançou a maçaneta. “As paredes aqui são a prova de som. É para manter as distrações no mínimo.” Quando abriu a porta, o murmúrio de vozes atingiu seus ouvidos. Ela se esforçou para ouvir mais, enquanto eles andavam pelo corredor. Eles passaram por várias portas fechadas, e Damon não fez nenhum movimento para abrir essas. Deviam ser os quartos privados que tinha mencionado. O que ela não daria para saber o que estava acontecendo por trás daquelas portas. À medida que se aventuravam mais para baixo ao longo do corredor, outros sons chegavam aos seus ouvidos. Soava curiosamente. Gemidos, um pouco ofegante, um som golpeando, como o sabor de pele na pele. Eles ficaram mais altos, até que ela e Damon pararam dentro da porta de entrada para uma sala comum. Embora não houvesse divisão real, a sala foi organizada em várias seções pela simples disposição dos diversos móveis. A decoração também era diferente para os segmentos. Mulheres, homens, alguns nus, outros não, alguns em abraços apaixonados, alguns em posições que não podia discernir bem a propósito, se espalhavam pelo salão. Damon parecia perceber que ela precisava de tempo para analisar através da enxurrada de imagens que vinham muito difícil e rápido para que digerisse imediatamente. “Vamos começar pela direita,” murmurou para ela. “Nós vamos fazer o círculo.”

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Damon parou quando alguém tocou seu braço, e se inclinou para sussurrar em seu ouvido. Parecia ser uma das pessoas que trabalhavam para ele, mas não podia ter certeza. Damon franziu a testa, em seguida, colocou uma mão nas costas dela. “Há um telefonema que devo atender. Não vou demorar, mas no momento. Joseph vai ficar aqui com você até eu voltar.” Ele apertou a mão dela com a sua, antes de virar recuando para o corredor. Joseph ficou atento ao seu lado enquanto seu olhar novamente vagueava pela sala. Havia tanto para tomar, e tinha um trabalho árduo para processar tudo. Para a sua direita imediata, quando Damon tinha a intenção de começarem, dois homens estavam envolvidos em um abraço apaixonado sobre um lastro, que a fez lembrar de algo que podia encontrar em um quarto japonês. Embora seus beijos fossem selvagens, apressados, aquecidos, puseram-se a retirar suas roupas em um processo lento, peça por peça. Quando percebeu que estava olhando, desviou o olhar, embaraçada e envergonhada de ter cobiçado eles. “Está tudo bem,” sussurrou Joseph perto de seu ouvido. “Ninguém nas áreas públicas se importa em ser olhado. Muitos dos nossos frequentadores rotineiros fazem tais exposições. O voyeurismo é um prazer sexual legítimo.” Seu olhar atirou no rosto dele, e o calor rastreou todo o caminho até o pescoço e as orelhas queimadas. Só a palavra voyeur7 soou feia e mais do que um pouco nojenta. Joseph sorriu paciente para ela, como se entendesse seu desconforto. Mas mesmo estando envergonhada por sua leitura atenta aos dois homens, seu olhar voltou a eles. Os dois homens estavam presos em um abraço erótico que a fascinava. Seus olhos se arregalaram mais, quando um dos homens puxou a calça do outro homem, libertando sua ereção inchada.

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Alguém que é estimulado por assistir atos sexuais, ou corpos nus. (Especialmente em segredo) 115


Seus lábios se separaram, um pouco em choque, um pouco porque sua respiração estava chegando em porçõs, em jorros rápidos. Quando o primeiro homem moveu os lábios suavemente sobre o pênis do outro homem, o pulso de Faith começou a correr. A vista devia repeli-la. Algo lhe dizia que deveria, mas tão rapidamente que ela descontou na absurda noção. Os olhos do homem cortaram na direção dela, e por um momento seus olhares ficaram presos. Devia olhar para longe, mas viu-se incapaz de fazê-lo. Um sorriso suave curvou em segredo nos lábios do homem enquanto trabalhava a boca acima e abaixo no pênis de seu amante. Então piscou sugestivamente para Faith. Ela sorriu e piscou os olhos de volta, em seguida, prontamente repreendendo-se por ser tão descarada. Ela pulou quando Damon colocou a mão em seu braço. Nem tinha percebido que tinha retornado. Sorriu para ela. “Minhas desculpas. Tive que tomar uma chamada de um dos nossos membros. Você está pronta para continuar?” Seu olhar se voltou para os dois homens fazendo amor sobre o lastro revestido de seda antes que ela concordasse. A próxima área apresentou dois casais, um em um sofá e outro, no chão, almofadas ao redor deles. A mulher no sofá recostou-se contra as costas, as pernas abertas na frente do homem ajoelhado na frente dela. Sua cabeça abaixada em sua vagina, e a mão enfiada por seus cabelos, persuadindo a ele. A mulher no chão foi posicionada de quatro, o homem por trás dela impulsionava ansiosamente em seu corpo. “Troca de casais,” Damon disse em voz baixa. Os olhos de Faith se arregalaram. “Ah, você quer dizer, como swing?” Damon sorriu. “Eu suponho que você poderia colocar dessa maneira.”

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Ele colocou o cotovelo na mão e apontou com a outra para uma área no canto. “Acho que as próximas poderão interessá-la.” Quando olhou para cima e viu para o que ele estava gesticulando, sua boca ficou seca. Uma mulher estava amarrada a uma cama, com os braços puxados acima da cabeça segurada por suportes. Ela foi vendada e amordaçada. Um homem segurava as pernas abertas e envolvia os tornozelos sobre seus ombros enquanto a penetrava repetidamente. Apesar da mordaça, Faith podia ouvir seus gemidos de prazer. Misturado com a batida pesada das coxas do homem contra as costas de suas pernas, soou incrivelmente erótico. Um formigamento começou no estômago de Faith e trabalhou seu caminho até seu clitóris apertado e tenso entre as pernas. Seus mamilos frisaram, e formaram pontos tensos. Ela cruzou os braços, consciente, sobre os seios, não querendo que ninguém visse sua reação visível a cena tocando ante ela. Seus olhos estavam fixos, e ela foi incapaz de jogar longe a vista e os sons do casal. Piscou, surpresa quando outro homem passeou pela cama, com uma mão friccionando seu pênis. O primeiro se afastou da mulher, enquanto o segundo debruçou entre as pernas dela e imediatamente começou a penetrá-la. O primeiro homem subiu na cama e começou a brincar com os mamilos da mulher, puxando entre os dedos. Então se abaixou e começou a chupar e morder eles, enquanto o segundo homem parecia decidido a fodê-la totalmente. Todo o tempo, a mulher se contorcia debaixo deles, esticando os braços contra suas amarras. Os olhos de Faith estavam colados às cordas nos pulsos da mulher, e uma dor peculiar estabeleceu-se em seu peito enquanto imaginava se estivesse no lugar da mulher. “Você gosta disso,” Damon disse calmamente. Faith assentiu, sem vontade para expressar sua concordância. “Então vamos. Há mais,” disse simplesmente. 117


Ela seguiu, embora estivesse relutante em deixar a tríade. Queria vê-los jogando até o fim. Até os homens cederem, e darem à mulher a sua libertação. Eles se moveram para o fundo da sala, bem em frente da porta que entraram. Faith engatilhou a cabeça com curiosidade, enquanto observava um homem empurrar uma mulher de joelhos na frente dele. Ele estendeu a mão para o zíper da calça e um segundo depois tirou seu pênis. Com a mão livre, ele cobriu o queixo da mulher e inclinou a cabeça dela para cima, para sua boca roçar sua ereção. “Abra”, ele ordenou. Ela cumpriu obediente. Ele arqueou seus quadris para frente, deslizando o pênis profundamente em sua boca. Sua mão ainda segurava seu queixo, e seu polegar pressionava no rosto, para manter a boca aberta. Deslizou a outra mão na parte de trás da cabeça dela, seus dedos enrolados no cabelo quando ele a fodeu mais duro. Por vários segundos de duração, o único som era o ruído de sucção molhada quando seus quadris batiam em seu rosto. A imagem fez mais por ela do que a ação. Ali estava um homem que, obviamente, exercia um controle sobre a mulher. Ele não era forte ou desagradável, na verdade, muito calmamente levantou seu comando, mas não havia um fio de autoridade em sua voz que causou arrepios na espinha de Faith. O homem de repente se afastou. “Levante,” ele ordenou a mulher. A mulher levantou-se com as pernas trêmulas, os peitos nus balançando enquanto recuperava o fôlego. O homem alcançou uma palmatória de madeira apoiada em uma mesa próxima, fez sinal a mulher com a mão. E Faith olhou seguindo a mulher, enquanto ela se moveu para um objeto de forma esquisita, que era uma estranha mistura de metal e estofamento de couro. 118


O centro tinha um local escavado para fora, que lembrou a Faith de uma sela invertida. Seu uso foi claro quando a mulher curvou sobre ele, o entalhe embalando seu abdômen. Suas pernas descansaram contra o “V” invertido que brotou desde o berço até, seu corpo manter a exata linha do aparelho. Sua cabeça caiu para o outro lado, e os braços balançaram, então agarrou as mãos na base para firmar a si mesma. O olhar de Faith foi ao homem, que circulou por trás da mulher, seus passos lentos e medidos. Seus dedos se enroscaram em torno da palmatória que parecia alguma vara de disciplina da velha escola. Sua mão pegou e acariciou a bunda da mulher. Então puxou a palmatória para trás, e bateu na bunda. Faith saltou quando o som da batida encheu o ar. A mulher também pulou, em seguida, soltou um pequeno gemido quando se acomodou na posição. “Você não tem permissão para fazer nenhum som,” o homem ordenou. Ele a golpeou novamente, desta vez sobre a outra face da bunda. O sangue subiu a cabeça de Faith, e seu pulso batia com força contra as têmporas. Seus dedos tremeram, e os enrolou como bolas ao seu lado. O homem continuou seu show de posição dominante, e Faith teve pouco tempo para refletir sobre sua reação extrema à essa cena em particular. Estava muito ocupada para observar, experimentando a emoção confusa. “Diga-me, gostaria de experimentar?” Damon perguntou.

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C D apítulo

ezesseis

Faith tirou o seu olhar do casal e olhou para Damon em surpresa. “Não entendo.” “Você gostaria de tomar o lugar dela?” Ele perguntou, apontando para a mulher a ser espancada. “De todas as cenas, parece estar mais intensamente em sintonia com esta. Você está aqui para explorar seus desejos. Que melhor maneira de experimentá-la em primeira mão?” “Você permite isso?” Ela perguntou incrédula. Ele sorriu pacientemente. “Nós não fazemos as escolhas para os nossos membros ou futuros membros. Você está aqui para tomar uma decisão sobre se isso é algo que quer. Só quero ajudá-la nessa decisão. Pense nisso como um teste-drive do carro antes de comprá-lo.” Ela riu. Não podia evitar. A ideia de ficar nua na frente de estranhos em um teste para dirigir um carro parecia ridículo. Mas então, quando olhava em volta para as pessoas pela sala, Ninguém parecia dar muita atenção à nudez. Ela era a única boquiaberta, como uma criança numa loja de doces. “O que faço?” Ela sussurrou. Deus, ela podia fazer isso? Ela queria. Nenhuma dúvida sobre isso. Mas o pensamento de fazer, quase a deixou doente com o nervosismo. Damon tocou sua bochecha, e esfregou um dedo abaixo em seu queixo, de uma maneira suave. “Vou estar aqui o tempo todo. Vou ajudá-la a se despir, e vou ficar ao seu lado. Você pode fazer tanto, ou tão pouco como gostaria. Somente estou aqui para monitorar, para ter

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certeza de que não ficará ferida, e que ninguém faça nada que não queira. Essas são as únicas regras. Todo o resto vale.” Ela engoliu, fechou os olhos, em seguida, abriu-os novamente para vê-lo olhando-a. Então, ela concordou. “Tudo bem. Sim. Eu gostaria.” Ele sorriu. “Ótimo. Veja, você já está assumindo o controle de seus desejos.” Mais uma vez o olhar dela esvoaçou ao redor da sala. Para seu alívio, ninguém parecia estar dando alguma atenção. Tinha uma imagem constrangedora de todos parando o que estavam fazendo para olhá-la. Damon apontou para o homem, que fez uma pausa e acenou com a cabeça. Então, o homem tocou o ombro da mulher e a ajudou levantar. Para a surpresa de Faith, ele se inclinou para beijá-la, antes de afastá-la para longe. “Não estou me intrometendo em uma relação, estou?” Faith perguntou hesitante. Damon sacudiu a cabeça, em seguida colocou as duas mãos em seus ombros. “Vou despir você agora. Tem certeza que deseja continuar com isso?” Ah inferno, por favor, por favor, não vomite. Ela inalou profundamente pelo nariz e assentiu. Damon deixou suas mãos correrem dos ombros para o cós da saia. “Vire-se”, ele ordenou suavemente. Ela fez o que pediu, tremendo com o tom firme de sua voz. Ele sabia quanto, o ar de autoridade a excitava? Ele devia. Ele foi muito bem seu único confidente nesta empreitada, o que era estranho, considerando que eles eram estranhos virtuais. Ou talvez fossem amigos virtuais, uma vez que somente tinha falado através da internet. Um riso nervoso tremeu em sua garganta e ela engoliu de volta. Seus dedos se atrapalharam com o botão e o zíper da saia. Ele desfez ambos, e deixou cair o material em um amontoado em seus pés. Ela não olhou para baixo. Não iria olhar para baixo. Não tinha nenhum desejo de ver a si mesma em pé, de salto, roupa intima e sua camisa.

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“Vire,” ordenou. Lentamente, ela girou, o olhar lançado ao chão. Recolhendo o tecido da sua camisola de seda em seus dedos, ele puxou para cima. “Braços sobre sua cabeça”, ele afirmou. Ela obedeceu, e ele puxou sua camisa livre de seu corpo. Ela fechou os olhos e cruzou os braços sobre a pele nua tanto quanto podia. “Braços para baixo.” Mais uma vez, sua voz trêmula arrepiou em seu corpo. Lentamente, ela deixou cair os braços até que ficou na frente dele, vestindo apenas calcinha e sutiã. “Abra os olhos. Olhe para mim,” disse Damon. Ela deixou um olho aberto depois o outro. Atrás de Damon, o homem com a palmatória ficava olhando para ela, interesse escurecendo em seus olhos castanhos. “Você é uma mulher bonita, Faith. Abrace isso. Não tenha vergonha.” Puxou as tiras do sutiã, até que caiu para baixo dos ombros. Aproximou dela e alcançou ao lado para desfazer o fecho. Cedo demais, o sutiã caiu, e sua reação imediata foi cobrir com as mãos. Mas Damon agarrou seus pulsos com as mãos. “Não.” A palavra a deixou com os joelhos trêmulos, à espera do resto. “Deslize fora de seus sapatos,” disse ele calmamente. Ela tirou-os para fora, e chutou com seu pé. Suas mãos deslizavam por seus lados para seus quadris, onde os dedos escavavam a borda de sua calcinha rendada. Devagar e metodicamente, ele avançou até que também caiu no chão. Oh Deus, ela estava nua. Seria possível ruborizar o corpo inteiro? Porque se sentia em brasa da cabeça aos pés, e apostou que sua pele tinha que estar corada. 122


As mãos de Damon voltaram ao seu quadril. Seus dedos tocaram sua pele levemente à medida que subia aos seios. Ele acariciou os montículos carnudos, e esfregou o polegar sobre os mamilos, até que endureceu os botões enrugados. Combinava com o calor líquido entre suas pernas, e mais do que qualquer coisa que queria, era deslizar os dedos em seu clitóris, para que pudesse aliviar a dor ardente. Ele estendeu sua mão, em seguida, virou-se para o homem de pé atrás dele. “Ela é toda sua, Brent.” Faith engoliu em seco e esperou pelo comando do homem. Os olhos de Brent estreitaram quando a estudou. Ela sentiu seu olhar em partes de seu corpo que já estavam arrepiadas e pulsantes. “Vem a mim,” disse ele. Caminhou para frente com passos vacilantes. Ele apontou para o mesmo equipamento que a última mulher ficou transversalmente. “Barriga para baixo, os braços sobre o outro lado, as pernas alinhadas com as pernas do banquinho.” Ela mordeu o lábio, mas obedeceu, avançando para encaixar a barriga na almofada de couro quente. Ela se inclinou para frente, e depois sentiu as mãos de Damon em suas costas, quando a ajudou em sua posição. “Se em algum momento você quiser parar, é só dizer”, disse Damon perto de seu ouvido. “Vou estar aqui.” Outra mão, mas uma desconhecida, acariciou a sua bunda. A pura qualidade proibida de tocar um estranho era tão intima quanto emocionante. Apesar de suas pernas tremerem, como se fosse gelatinosa, o toque de Brent falhou em atear fogo a seus sentidos. Sem aviso, a palmatória conheceu a carne de seu traseiro em uma picada sonora. Ela pulou. Assustou-a. Em seguida, franziu o cenho. Enquanto não tinha previsto um golpe, forte, de arder, o tapinha leve em sua bunda, tinha sido apenas isso. Um tapinha.

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A palmatória caiu novamente, desta vez sobre a outra face, como tinha feito com a outra mulher. Sua testa franziu. Isso era tudo o que havia para ele? Suas terminações nervosas estavam pegando fogo com antecipação. Ela queria, não precisava de algo, embora não sabia ao certo o quê. Um pouco mais de pressão, mais rude. Não estes leves tapinhas no bumbum, que estava recebendo. Outro golpe caiu, e as lágrimas de decepção picaram em seus olhos. Levantou a cabeça, preparada para dizer a Damon fazer Brent parar, quando o seu olhar fixou na entrada do outro lado da sala. Um suspiro escapou-lhe, o que não tinha nada a ver com o golpe que bateu em sua parte traseira. Parado na entrada, o olhar solidamente trancado nela, estava Gray.

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C D apítulo

ezessete

Gray estava na porta de braços cruzados e, uma expressão feroz no rosto. Que diabos estava fazendo aqui? Mortificação caiu em Faith enquanto continuava a olhar para ela, a tensão fluía dele em ondas. Mas então ela balançou a cabeça. Não, não tinha nada para se envergonhar. Não sabia o que diabos, ele estava fazendo aqui, e não se importava. Olhou desafiadoramente para ele, determinada a não recuar na vergonha. Sua cabeça baixou lentamente, e fechou os olhos apertados em decepção quando outro toque pousou em seu traseiro. Não era real. Nada disso era real. Uma lágrima escorreu e caiu no chão sob seus pés. Era evidente que tudo isso era para o show, um espetáculo mais para o observador do que para o participante. Ou talvez apenas não estivesse funcionando por ela. Ela se sentiu tão perto, à beira de algo. Sua pele se arrepiou com a necessidade. Sentia-se nervosa, inquieta, e já tinha o suficiente. Mais uma vez, ela levantou a cabeça e abriu a boca para interromper todo o processo. Sua boca continuou a abrir quando viu Gray de pé, um metro longe, os olhos brilhando com a promessa. Promessa do quê? Brent recuou, em seguida, virou para Gray. Fora do canto dos olhos, ela viu os dois homens medirem um ao outro. Então Gray virou a cabeça para Damon. “Posso?” Ele perguntou quando fez um gesto em direção à palmatória na mão de Brent. Damon balançou a cabeça com firmeza. “Absolutamente não.”

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“Pergunte a ela” disse Gray em uma voz metálica. “Pergunte se ela quer.” Seus olhos azuis acariciaram seu rosto, desafiando-a. Deus, ele queria espancá-la? Seu corpo formigava para vida, e seu sangue rugia como um rio caudaloso em suas veias. Engoliu em seco, tentando respirar em torno de sua língua pesada. Damon olhou entre ela e Gray, sua expressão em questionamento. “Faith? É algo que você queira? Ele não é um membro daqui. Será escoltado para fora. Tudo que tem a fazer é dizer a palavra.” Ela lambeu os lábios secos, tentando desesperadamente trabalhar a coragem de ir até onde ousou. Lentamente, balançou a cabeça. “Não, Faith, tenho que ouvi-la. Você me diz o que quer,” Damon insistiu. “Sim,” sussurrou. “Sim,” disse ela em voz alta. “Por favor.” Sua voz falhou, e relaxou o pescoço por um momento, a força de segurar sua cabeça, era desconfortável. Estava louca. Isso cimentava. Mas Brent não estava fazendo isso por ela. Na verdade, estava excitado no visual que havia experimentado, assim como Brent a tocou, ela tinha ido tão sem graça, como a Coca-Cola do dia anterior. A ideia de Gray tocá-la, de ser o único a dominar... Ela estremeceu e sentiu uma onda de umidade entre as pernas. Uma mão firme se colocou no queixo e o segurou, e dirigiu seu olhar para cima. Ela encontrou os olhos cinzentos e pestanejou enquanto olhava para ela. “Você pode tomar isto, Faith?” Ele lançou o desafio agora. Seus olhos se estreitaram. “Não jogue,” disse ele baixinho. “Vou te levar onde queira ir, mas você tem que estar disposta a chegar lá.” Ele olhou-a por mais uns longos segundos, antes de deixá-la deslizar o queixo de sua mão. Ela inclinou a cabeça para o lado para olhar quando ele se virou para Damon.

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“Amarre as mãos dela.” Ele direcionou. Ela engoliu em surpresa e começou a protestar, mas mordeu a língua. Não, isso era o que queria. E sabia que Damon pararia se ouvisse um rangido. Damon amarrou um pulso na perna do banquinho com uma tira de couro. Em seguida, amarrou a outra. “E os tornozelos”, disse Gray. Ela fechou os olhos, se desfazendo com a antecipação de quase dois tornozelos sendo amarrados às pernas de madeira. Senhor, mas sentiu-se vulnerável. Mãos e pés atados, traseiro no ar, a vagina exposta para o mundo ver. E isso mexeu com ela, como nada nunca tinha mexido. Ela ouviu seus passos, enquanto se movimentasse para trás dela. Um dedo se arrastou abaixo no vinco de seu traseiro, e parou um pouco acima de sua entrada. Toque-me. Oh, por favor, me toque. Mas ele não fez. Ele puxou a mão dele e, em seguida a palmatória conheceu o ardor da carne. Seu corpo balançava para frente, e seus olhos se abriram em estado de choque. “Espere por isto”, ele murmurou por trás dela. A queimadura irradiava a partir de suas nádegas, e logo foi substituído por um brilho nebuloso que sangrava em seu corpo. Antes que tivesse tempo para processar a sensação, ele entregou um golpe pungente. Seus olhos se fecharam, e ela relaxou a cabeça. Um gemido escapou com o calor que fervia sobre sua pele. Novamente, a madeira bateu. Um lado. Então o outro. Logo seu corpo estava repleto do que poderia somente descrever como uma luz difusa, irritável, eufórica. Gray batia a palmatória estrategicamente, nunca atingindo o mesmo local duas vezes. Ela se esforçou contra suas amarras, quase chorando com a necessidade de conseguir a sua liberação. Queria mais, ansiava por mais, e ainda não tinha certeza de que poderia segurar mais. O que estava acontecendo com ela?

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Dez? Uma dúzia? Ela perdeu a conta. Então, nada. Fez-se silêncio. O ar frio tomou conta de seu traseiro em chamas. Ela soltou um gemido baixo. “Por favor”, ela sussurrou. Ele se inclinou sobre ela. Podia sentir a camisa contra os ombros. “O que você quer, Faith?” Ele sussurrou em seu ouvido. “Diga-me o que quer.” “Eu quero gozar,” disse ofegante. Seus dedos encontraram sua vagina. Logo que tocou seu clitóris, ela gozou como um rojão. Sua cabeça arqueou, e ela gritou quando a explosão a sacudiu ao seu núcleo. Ele continuou a massagem e manipulação de seu clitóris, até que gritou para ele parar. Ela desabou, com seus músculos tensos, deitada sobre o banco como um macarrão, mole demais. Suavemente suas mãos foram desatadas, e ela virou os olhos para ver Damon a sua frente, seu olhar questionando. “Você está bem?” Perguntou ele. Ela assentiu com a cabeça, incapaz de fazer mais do que isso. Gray colocou as mãos em seus ombros e puxou-a para ficar ao lado dele. Quando teve a coragem suficiente de olhá-lo nos olhos, viu uma mistura de desejo, confusão e raiva em seus olhos. “Se vista,” ele murmurou. Damon deu a roupa para ela, e ela puxou a saia e blusa, não se incomodando com o sutiã. “Ela vai para casa,” Gray jogou a palmatória na direção de Damon. Damon levantou uma sobrancelha enquanto olhava para a confirmação de Faith. Ela reprimiu um sorriso. Então se inclinou e o beijou na bochecha. “Obrigado”, ela sussurrou. “Acho que encontrei exatamente o que queria.” 128


C D apítulo

ezoito

Gray a puxou do quarto para o corredor escuro. Assim que estavam longe de olhos observadores, ele a empurrou contra a parede, forçando as mãos sobre sua cabeça. Seus lábios encontraram os dela em uma frenética pressa. Seu corpo, ainda trêmulo de seu orgasmo explosivo, quase dobrou. Ele baixou os braços e então moveu suas mãos para à cintura, em seguida, até seus seios. “Queria tocá-los,” disse com voz rouca. “Queria tocá-lo em toda parte.” Ele empurrou sua camisa até que suas mãos encontraram os seios dela. Ele os puxou, acariciou com os polegares entre os picos sensíveis. Então abaixou a cabeça e sugou um dos mamilos em sua boca. Seus joelhos dobraram. Ela agarrou os ombros dele, envolvendo as mãos em volta de seu pescoço, e o apertou para ela. O ar se fundiu em torno dela. Claros, brilhos cintilantes pareciam suspensos no ar. Cada terminação nervosa ainda estava sobrecarregada de sua liberação anterior, e sua boca em seus mamilos enviou uma excitação infernal através de seu sistema. Sua mão escorregou de seu corpo para a barra da saia, e a puxou, descobrindo as coxas, em seguida, a vagina. Ele se amamentou do mamilo, em seguida, moveu a cabeça para o outro, trabalhando sua boca ritmicamente. Abriu-lhe as coxas com a mão, então deslizou os dedos em suas dobras molhadas. Ela gemeu na dupla sensação de seus dedos em sua vagina e sua boca em seu seio. Ele soltou o

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mamilo, e olhou nos olhos dela quando deslizou dois dedos profundamente em sua abertura. Seu polegar encontrou seu clitóris, e ele acariciou. “Goze para mim”, ele rosnou. “Dê-me mais um.” Enquanto os dedos trabalhavam profundamente, um estremecimento incontrolável rolou sobre seu corpo. Tudo começou no fundo de sua virilha e irradiava para fora. Ele apertou, até que a sentiu perto de estourar. E então ela gozou. Quando gritou, ele baixou a cabeça para o pescoço dela, beijando e mordendo a pele em seu ouvido. Prendeu-a com seu braço livre, enquanto a outra mão deslizou dentro e fora de sua vagina. Ela fechou os olhos contra a súbita explosão de prazer. Foi demais, e não o suficiente tudo ao mesmo tempo. “Oh, Deus”, ela ofegou. Agarrava-se desesperadamente a ele quando chegava a forte tempestade de seu orgasmo. Ele a beijou, apaixonadamente, selvagem, levando tudo que tinha, e oferecendo um retorno da experiência sexual mais intoxicante de sua vida. Quando o tremor diminuiu, retirou a mão de entre suas pernas, ela gemeu baixinho. Lentamente, colocou-a abaixo, até que seus pés estavam solidamente plantados no chão. O olhar dela piscou para sua virilha. Nas sombras do corredor, não poderia ver o volume coberto no jeans escuro, mas tinha sentido há pouco. Ela baixou as mãos e o cobriu. Gray ficou rígido contra ela. “Mostre-me como te agradar”, disse ela baixinho. Ele hesitou e depois colocou a mão no ombro dela. Empurrou para baixo, de joelhos, enquanto alcançava a braguilha com a outra mão. Ele abriu o botão e o zíper. Como a calça abriu, alcançou e puxou seu pênis. Outro movimento do líquido do desejo ardia em suas veias. Sua mão emaranhou em seus cabelos, enquanto cobria a parte de trás do pescoço dela. Com a outra mão, guiou seu pênis à sua boca. “Tome profundamente,” respondeu asperamente. Ela abriu a boca e o deixou deslizar entre seus lábios.

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“Oh, sim, assim,” disse ele com um gemido. Ele avançou para frente, empurrando a cabeça dela contra a parede. Sua mão deixou a cabeça dela, e ele colocou as duas mãos acima dela, apoiando-se nela. Faith provou-o, curiosamente, querendo absorver seu sabor, sua essência, tudo o que fez dele o macho poderoso. Ela gostava da textura mais áspera do seu pênis, e a suavidade aveludada da cabeça quando se esfregou contra a língua mais e mais. Lá no corredor, para que todos pudessem ver quando passassem, fodeu sua boca contra a parede. Ela estava tão alta, que nunca poderia descer a partir disso. Foi inebriante, estimulante de uma maneira que nunca tinha experimentado. Ele mergulhou mais fundo, e ela forçou a garganta para relaxar em torno dele. Seus quadris trabalharam para frente e para trás, e ela deslizou as mãos em torno de sua forte musculatura do traseiro. Mais uma vez ele estendeu a mão, os dedos enrolados no cabelo dela, segurando-a quando a fodeu em longos cursos. Então tomou sua cabeça entre as mãos. “Engula”, ele disse. “Tome tudo.” Ela fechou os olhos quando ele inchou maior em sua boca. Seus impulsos se tornaram mais urgentes, mais curtos e mais rápidos. Então deslizou profundamente e manteve contra ela, suas pernas e nádegas sob suas mãos. O primeiro pulso quente atingiu a traseira de sua garganta e ela engoliu rapidamente para evitar asfixia. Ele recuou em seguida, novamente, enquanto impulsionou para frente, enchendo sua boca com seu almíscar. Suas mãos relaxaram contra sua cabeça, mas ele continuou acariciando seus cabelos enquanto balançava para frente e para trás em sua boca. Havia tanta força em seus movimentos, ainda que ecoasse tanta doçura. Era uma viciante combinação.

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Com a aparente relutância, ele afastou-se dela, seu pênis semi-ereto caindo de sua boca. Enfiou-se de volta em suas calças e a abotoou. Ajoelhou-se ali, muito atordoado, muito fora de si para ficar de pé. Ela não tinha certeza se tinha a força de qualquer maneira. Ele estendeu a mão, enrolou-as as debaixo dos braços dela, e a puxou para cima. “É hora de sair daqui”, disse rispidamente. Ele colocou um braço em volta de sua cintura e começou a levá-la para as escadas. Quando ela olhou para trás para baixo no corredor, viu Damon de pé na soleira da porta para a sala grande. Há quanto tempo ele estava lá? Tinha visto o interlúdio inteiro? Estranhamente não sentia pânico sobre o pensamento. Gray a empurrou escada abaixo, passando os quartos sociais e saiu pela porta que levava ao pequeno estacionamento. Uma lufada de ar úmido bateu em seu rosto, chupando o fôlego de seus pulmões. Não que tivesse muito a perder. Quando pisou na calçada, percebeu que não tinha pegado seus sapatos. Ela parou e abafou uma risadinha. Gray parou e atirou-lhe um olhar para os lados. “Algo errado?” Ela olhou curiosamente para ele. Ele parecia tão... Puto. Tão fora de si. “Os meus sapatos,” disse ela. “Deixei lá. Preciso voltar para pegar.” “Você não vai voltar lá”, ele disse. Ela abriu a boca para protestar, mas ele a silenciou com um olhar. “Eu vou te comprar outro par. Você não vai voltar.” Uma parte dela queria dizer-lhe que se lixasse, mas outra parte, a parte, cautelosa inteligente de si, a alertou para não empurrar mais agora. Ele a puxou para frente de novo, a mão em seu cotovelo. Guiou-a entre seu carro e seu caminhão, mas em vez de abrir a porta, abriu o lado do passageiro de seu caminhão. “Entre,” falou.

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“Mas o meu carro!” “Vou buscá-lo para você depois,” disse ele. “Entre. Vou te levar pra casa.” Ela olhou para ele por um longo momento antes de suspirar. Com um rosnado de resignação, ela subiu, e ele fechou a porta atrás dela. Sentou-se no escuro, olhando para frente até que ele deu a volta e abriu a porta do lado do condutor. Caiu ao lado dela e enfiou a chave na ignição. Ela o olhou de seu assento, mas ele nunca olhou para ela. Dirigiu por toda a longa estrada, o olhar fechado na frente dele. “Quer dizer-me o que foi tudo isso?” Ela perguntou, quando eles voltaram para a estrada. Ela ouviu algo que soou como um grunhido. Recusando-se a deixar que o silêncio continuasse, ela se virou em seu assento para enfrentá-lo. “Não foi nada”, ele murmurou. Seu rosto torceu com incredulidade. “Nada?” Ela olhou para ele em choque. “Ainda posso sentir as marcas em meu traseiro, sentir seus dedos em minha vagina. Ainda posso provar você na minha boca.” Ele se virou para ela, os olhos arregalados de surpresa. “Não seja rude, Faith. Isso não combina com você.” “Por que você apareceu aqui, Gray? Como soube que eu estaria aqui? Porque não acredito em coincidências.” Ele olhou pelo para-brisa, sua mandíbula apertada. “Gray”? “Eu vi seu calendário”, ele murmurou. “Isso não explica por que apareceu, porque entrou, porque você.” 133


“Ok, Faith, entendo o ponto. Realmente, eu entendo. Podemos simplesmente abandonálo?” Ela chupou suas bochechas até que seus lábios franziram. Então, com um aceno de cabeça, virou de costas para ele e olhou para fora da janela. O tráfego passou em um borrão. O brilho distante do horizonte de Houston refletia sua janela, e banhava a noite com um brilho iridescente. E se ela tivesse imaginado a coisa toda? Porque agora tudo parecia o produto de um excesso de sonhos vívidos. Sonhos bons, só para saber. Realmente, realmente bons sonhos. Infelizmente para ela, o homem por trás desses sonhos estava tratando-a como seu pior pesadelo. O que diabos aconteceu lá atrás? E qual diabos era o problema de Gray? Ele agiu com ciúmes, mas ela não era nada para ele. Um beijo roubado não concedia uma licença para espancar sua bunda. Mesmo que ela amasse cada minuto. “Você precisa de ajuda,” ela murmurou. O sério tipo, deite-em-um-divã-de-umpsiquiatra. Ela apertou a testa no vidro quente e fechou os olhos. Como a coisa tinha ficado tão fodida? Ela não podia nem culpar Gray. Ele realmente salvou o que seria um exercício de completa decepção. Por que ela reagiu com ele e não Brent? Porque tinha sido real com Gray. Não uma pretensão. Não um show para excitar mais o espectador do que o participante. Brent tinha apenas brincado com ela. Dada a sua a aparência de uma posição dominante. Gray? Ele era uma história completamente diferente. Uma história fascinante e sedutora. Uma que queria assistir a desdobrar. Uma que queria ter a experiência em desdobrar. 134


Ela não sabia o que diabos havia de errado com ele, mas tinha aprendido muito esta noite. Ou seja, estava procurando pelo que estava bem debaixo do seu nariz. Seu nome era Gray. E ele era mais do que capaz de alimentar a mais escura fantasia dela, os mais secretos desejos. Quando eles puxaram para dentro do estacionamento do complexo de apartamentos, Faith não se moveu imediatamente para abrir sua porta. Gray abriu e deu a volta para abri-la para ela, mas ainda assim, ela ficou sentada lá. “Faith”, disse ele, segurando sua mão. “É hora de você ir para casa.” Seu peito deu um empurrão quando ela soltou uma risada seca. Então virou seu olhar sobre ele. “Você só vai ignorar o que aconteceu?” Ela desceu e ficou de igual para igual com ele, esticando seu pescoço para olhar em seus olhos. “Gray, não apenas partilhamos um beijo, compartilhamos mais para você se afastar.” Ele virou a cabeça para cima para olhar o céu, com o rosto desenhado apertado. “Foi muito mais do que isso, e você está fingindo que não aconteceu?” Ele abaixou a cabeça novamente, mas não olhou nos olhos dela. “Preciso ir buscar o seu carro,” disse ele. “Você vai para dentro. Vejo você amanhã.” “Como é que você vai pegar meu carro?” Ela perguntou, irritada. “Faith, por favor. Basta ir para dentro.” Ela ergueu as mãos e saiu em direção a sua porta. O que quer que fosse que estivesseem seu traseiro, não ia ser desalojado hoje à noite. Mas dane-se, amanhã iria falar com ela. Ela enfiou a chave na fechadura e empurrou a porta. Uma mão tocou seu ombro quando começou a ir para dentro Ela se virou para ver Gray de pé lá. Uma onda de esperança cresceu dentro dela. “Eu preciso das chaves,” ele disse simplesmente. 135


Com uma careta, jogou as chaves em seu peito e, sem esperar por ele toma-las, ela virou e o deixou parado na porta. Bateu a porta atrรกs dela, furiosa todo o tempo. Ela apertou seus braรงos ao redor de sua cintura e se dirigiu para o banheiro. Agora um longo banho quente era a primeira ordem a fazer. Pensar sobre sua fodida noite poderia vir mais tarde.

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C D apítulo

ezenove

Gray foi até o apartamento de Micah, tentando ganhar o controle de suas emoções violentas. Não poderia mesmo começar a explicar o que tinha acontecido no maldito clube de sexo. Que demônio o possuiu para cruzar a linha com Faith, ele não sabia. Tudo o que sabia era que ela tinha incendiado os seus sentidos de uma maneira que nenhuma outra mulher já fez. Nunca teria imaginado que teria respondido tão ferozmente. Devia ensinar-lhe uma lição. Para provar a ela que ter o traseiro espancado não era o que queria. Deus sabia que não tinha respondido as bofetadas do aspirante a Dom. Ele encolheu-se quando se lembrou, o quão duro marcou sua bunda depois que entrou no jogo. Ele gemeu quando seu pênis apertou mais uma vez. Esperava que ela odiasse, que pedisse para parar, e então poderia dizer para tirar o traseiro fora do lugar, e nunca mais voltar. Em vez disso, ela reagiu descontroladamente, querendo mais. E quando a tocou... Jesus. Ela gozou imediatamente, os doces sucos de sua vagina inundando sua mão. Ele não queria pensar nas implicações disso. Bateu à porta de Micah, sabendo que iria ter uma reclamação novamente por perturbálo. Alguns minutos depois, Micah abriu a porta, com uma expressão resignada no rosto. Para a surpresa de Gray, Micah estava vestido. “Então, você achou Faith?” Micah exigiu. “Sim, ela está em casa.” Gray se mexeu, e colocou as duas mãos nos bolsos. “Olha, sei que estou provavelmente interrompendo novamente, mas preciso de você para ir até o maldito clube de sexo comigo, e conduzir o carro de Faith de volta para ela. Trouxe-a para casa comigo.”

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“Você não atrapalhou nada,” disse Micah. “Enviei-a para casa depois que você veio pela primeira vez.” Gray levantou uma sobrancelha, em surpresa. “Pensar em Faith na Casa foi uma espécie de humor assassino,” Micah murmurou. “Deixe-me pegar minha carteira, e vou com você.” Gray inclinou a cabeça e caminhou de volta para seu caminhão. Humor assassino? Ao ver Faith dobrada com a bunda no ar, não teve a intenção de matar. Em vez disso, tinha acionado cada uma de suas fantasias mais escuras. Micah chegou alguns segundos depois e deslizou para o lado do passageiro. Gray foi no sentido inverso, e eles saíram em silêncio. Não durou muito tempo. “Você vai me dizer o que aconteceu?” Gray olhou para frente, os dedos brancos contra o volante. “Não.” Micah resmungou. “Vamos lá irmão. Vou descobrir depois de qualquer maneira.” Gray olhou para ele. “Imagino que se Faith quisesse que você soubesse sobre o seu negócio, teria confiado em você.” Micah voltou seu olhar. “Não me lembro de ela confiar em você, Sr. Homem das cavernas.” Gray suspirou. Porra, ele tinha um ponto, tanto quanto lhe doía a admiti-lo. “Olha, cara, só preciso saber se há alguém cuja bunda eu precise ir chutar. Ela está bem?” Alguma da irritação de Gray diminuiu com a preocupação que ouviu na voz de Micah. “Ela está bem”, disse Gray. “Eu entrei antes que qualquer coisa realmente acontecesse.” Micah balançou a cabeça.

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“Não sei o que aconteceu com essa menina. A Casa não é um lugar que teria esperado que ela sequer soubesse, muito menos visitasse.” Gray estava começando a pensar em quanto Micah ou qualquer um dos outros caras de Malone, incluindo Pop, sabiam sobre ela. Ela era uma contradição, isso era, com certeza. O rosto de um anjo, doce, inocente, suave e tão feminina. Mas ela tinha um corpo que iria tentar um homem para o pecado. Não era isso o que todos os homens queriam? Uma mulher bonita, recatada em público, e selvagem no sexo em particular? Ele não iria especular sobre o que os outros queriam, mas ele sabia que o cenário certamente funcionava para ele. “Você está muito calmo, homem,” Micah falou. “O que aconteceu esta noite?” “Não estou totalmente certo,” disse Gray honestamente. Silêncio se estendeu entre eles novamente. Gray pegou Micah olhando para ele de vez em quando. Era apenas uma questão de tempo antes, que como Pop, Micah começasse a de modo sutil (ou não tão sutil) bisbilhotar. “Então, qual é entre você e Faith?” Micah perguntou casualmente, embora Gray ouvisse o interesse em sua voz. Gray apertou os dentes em seguida, soltou um suspiro ao seu redor. “Não há nada entre nós.” “Mentira.” Gray olhou de soslaio para ele e franziu o cenho. “Olha, cara, tenho certeza que você já conseguiu o 'discurso' de Pop. Ele dá a todos onde diz respeito a Faith. Não espere começar a partir de mim. Faith é uma garota crescida. Pop, bem, gosto do velhote, mas ele a trata como um pedaço de vidro. Ele é protetor demais, e compreendo, dada a merda que ela passou em sua vida, mas é dura. Muito mais do que Pop pode dar-lhe crédito. Embora não sou louco por ela brincar em um lugar como A Casa, tenho certeza que ela é muito capaz de escolher o cara com quem se envolve.”

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“Obrigado pelo seu apoio”, disse Gray secamente. Micah encolheu os ombros. “Eu só queria saber, isso é tudo. A Faith... bem, ela é quente. A melhor garota, você não vai encontrar outra. Acho que você seria uma maldita bicha se não estivesse atraído por ela, pelo menos em algum nível.” “Podemos parar com toda a merda melosa?” Gray murmurou. “Você parece uma maldita mulher.” Micah riu. “Ei, só queria saber se você tinha tomado posse de Faith, porque se não está interessado nela, eu poderia chama-la para sair.” “Sobre o meu fodido cadáver,” Gray rosnou. Assim que as palavras saíram de sua boca, ele sabia que tinha sido usado. Micah se curvou rindo, olhou para Gray, em seguida, dissolveu-se em riso novamente. “Foda-se você e o cavalo que montei em diante.” “Você não adora quando uma mulher consegue torcer tudo em nós?” Micah disse ao redor de uma bolha de risada. Gray fechou os olhos momentaneamente, enquanto podia fugir, e foram em direção estrada abaixo. Era uma fodida bagunça. E então, não estava com disposição para as brincadeiras desagradáveis de Micah. Graças a Deus que era sexta-feira. Olhou para o relógio. Ou manhã de sábado. Não teria que enfrentar Faith até segunda-feira. Mas, mesmo assim, não sabia ao certo como o inferno iria olhá-la nos olhos. “Estou tão ferrado”, ele murmurou. Ao lado dele Micah riu. Gray lançou-o outro olhar sujo, mas Micah olhou-o inocente, com uma expressão orgulhosa no rosto. “Certeza que não quer me dizer o que aconteceu lá dentro?” Micah perguntou.

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“Bastardo idiota.” “Não se pode culpar um cara por tentar,” disse Micah com um encolher de ombros. “Acho que é muito ruim não ter escolhido ir para A Casa esta noite.” “Sim, isso teria ido realmente muito bem”, disse Gray com azedume. “Tenho certeza que Faith teria ficado realmente feliz de te ver lá.” Micah sorriu maldosamente. “Não mais feliz do que imagino que ela ficou em te ver.” “Cale-se”, resmungou Gray. “Deixe isso morrer. Somente vou ter a esperança de que Faith não tenha mais vontade de recriar tudo do que eu tenho.”

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C V apítulo

inte

Que tipo de mulher estranha, distorcida, fazia dela, quando se levantou na manhã seguinte, com o fato de que podia sentir o leve ardor no traseiro, a deixava toda tremente por dentro? Faith pulou da cama e flexionou os músculos experimentalmente quando se levantou e espreguiçou. Um formigamento quente zumbiu no meio de suas pernas da memória da noite anterior. Gray comandando seu corpo, fazendo-a gozar. Lembrou-se de cada golpe no traseiro, como se sentiu, o equilíbrio entre a dor e o delicioso prazer. Mas mais do que isso, e algo que estava começando a perceber, era que sua reação não foi apenas aos estímulos, mas a Gray. Caso contrário, Brent teria sido capaz de fazêla gozar tão rapidamente. Ela bocejou e marchou ao banheiro, onde ligou o chuveiro, a todo vapor e escaldante. Dez minutos depois, saiu do banheiro, toalha na cabeça e vestindo uma camiseta e shorts. Como estava à toa em sua cozinha, ela pensou no dilema mais premente: Gray. Se vivesse até os cem anos, nunca iria entender os homens. As mulheres deviam ser os enigmas, mas os homens? Raça de idiotas, bastardos, todos eles. Uma mulher com TPM não tinha nada de um homem. Enquanto as mulheres podiam ficar hormonais uma vez por mês, os homens sofriam sua própria marca de TPM em uma base diária. Ele a queria. Podia ver em seus olhos, em sua linguagem corporal. Ele praticamente gritou a posse. E a fez tremer só de pensar em toda a testosterona fluindo por trás desses grandes músculos. 142


Então qual era seu problema? Por que a empurrou longe como se ela fosse a cria do Satanás, logo depois que foram para casa? Ela se serviu de um copo de suco de laranja e foi para a sala, onde sentou no sofá. Ela olhou para o controle remoto da TV por três segundos inteiros, antes de torcer os lábios e redirecionar seu olhar. Não estava de bom humor para a televisão. O que estava com vontade de fazer era dormir e meditar. Descobrir esta coisa entre ela e Gray. Sua diretiva para ficar longe de A Casa, devia tê-la chateado, mas ela deu de ombros. Ele estava certo. E ela não tinha intenção de jamais voltar. Por que quando tinha encontrado exatamente o que queria, e não era nada que A Casa oferecia? Não, estava certa de que sabia exatamente o que queria agora. Aconteceu de estar com vontade de um macho de um metro e noventa, ranzinza. Um homem que estava morrendo de vontade de provar novamente. Tomar em sua boca. Em seu corpo. Arrepios passaram sobre seus braços e ela fechou os olhos para saborear a lembrança de suas mãos sobre seu corpo, os dedos entre suas pernas. Finalmente. Finalmente encontrou um homem que era forte. Forte. Sem remorsos. Um homem que não pedia. Quem teve o que queria. Agora ela somente tinha que descobrir como prendê-lo. Começou quando bateram em sua porta. Ela inclinou-se às pressas para colocar seu copo na mesa de café e balançou a seus pés. No caminho até a porta, ela se viu segurando a respiração, esperando que fosse Gray. Mas quando abriu, não era Gray ali. Era Damon. Damon do clube de sexo. Ele sorriu e ergueu a mão, onde as tiras dos sapatos dela pendiam de seus dedos. “Achei que você poderia querer isso de volta,” disse ele. Ela corou, e então balbuciou e, finalmente, cerrou os lábios e orou por uma bigorna gigante cair do céu e esmagá-lo onde estava.

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“Posso entrar?”, Perguntou ele. “Não.” horrorizada que tinha dito em voz alta, ela limpou sua garganta. “Eu quero dizer sim. Sim, claro.” Ela recuou e abriu mais a porta. Ela o levou para sua sala de estar. “Deseja algo para beber? Suco ou água?” Ele balançou a cabeça. “Não, eu não tenho tempo.” Ela afundou-se no sofá, enquanto sentava numa poltrona diagonal para ele. Faith esperou, sem saber que o inferno dizer, ou como instigar uma conversa normal. O que poderia dizer, afinal? Gostou do show? Me viu chupar Gray no corredor, depois que apanhei na bunda? Um brilho vermelho-quente escoou em seu rosto, e ela olhou para baixo. Ele largou os seus sapatos no chão, e o som a fez olhar para cima novamente. “Eu só queria ter certeza que estava tudo certo”, disse baixinho. O olhar dela ergueu para os olhos dele, e viu ali uma preocupação genuína. Ela relaxou um pouco e deu-lhe um sorriso hesitante. “Isso foi doce de você, Damon, mas você não precisa se preocupar comigo. Ou vir até aqui para trazer meus sapatos. Apesar de amar esses sapatos.” Ela deu-lhes um olhar de saudade, grata por ter de volta. Damon riu. “Era o mínimo que podia fazer. De alguma forma não acho que a noite passada foi como você pensava que seria. Certamente não de acordo com seu plano.” Ela se mexeu em seu assento e torceu os dedos juntos em seu colo. “Não, não acho que foi”, ela concordou. Então olhou diretamente em seus olhos castanhos. “Mas estou feliz que aconteceu dessa forma. Mostrou-me... mostrou-me um monte.” Ela se recusou a ser mais específica, mas ele pareceu entender. Ele balançou a cabeça. “Acho que sabia disso. Mas tinha que ter certeza.”

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Ela olhou de novo, abaixo em seus dedos. “Você... você olhou na noite passada?” Não tinha certeza de por que ainda queria saber, que demônios a levou a perguntar. Espiou ele pelo canto dos olhos, e viu os cantos da boca dele virarem ligeiramente para cima. “Olhar é o que faço”, disse ele calmamente. “É o meu trabalho garantir que ninguém saia ferido.” “E o que você achou?” Perguntou ela, inclinando a cabeça em um ângulo para olhar mais diretamente a ele. Ele a olhou pensativo por um instante. “É óbvio que ele não era um estranho para você. Sabia do que você mais precisava, mesmo quando nem você ainda sabia. Você reagiu a ele quando Brent a deixou fria.” Ela inalou surpresa. Ele sorriu gentilmente. “Faith, eu vejo um monte de gente no auge da paixão. Você obviamente não estava. Estava, obviamente, frustrada e decepcionada. Se o homem misterioso não tivesse entrado, eu estava preparado para parar as coisas. Era evidente que não era a experiência que você esperava ou desejava.” Ela sorriu com tristeza. “Será que você vai ofender se eu lhe dizer, que nunca vou voltar lá?” Ele riu. “Não. Se eu tivesse que adivinhar, você teria um homem muito zangado para tratar, se colocasse os pés de volta ao clube.” Ela pigarreou baixinho, mas sabia que Damon estava certo. Gray poderia explodir se ela arriscasse voltar ao clube. Por outro lado, se reagiu como fez a primeira vez... 145


Um tremor delicioso percorreu seu corpo com o pensamento. Damon levantou-se, alisando as mãos por suas calças perfeitamente ajustadas. Observou sua aparência pela primeira vez desde que chegou inesperadamente à sua porta. Ele se parecia com o dinheiro. Era o epítome do refinamento. Aparentemente não era apenas um ato que mostrou durante seu trabalho no clube. “Deveria estar indo,” disse ele. “Queria trazer-lhe os sapatos e ver como estava após sua experiência na noite passada.” Ela também se levantou e sorriu. “Obrigada, Damon. Eu aprecio isso.” “Mantenha-me informado, ok? Deixe-me saber como vai a sua procura por você.” “Uh, bem, bem, com certeza. Tenho o seu e-mail.” Ele se inclinou, e beijou sua bochecha. Então foi para a porta, deixando-a ali se sentindo um pouco confusa. Ela suspirou quando fechou a porta atrás dele. Então, caiu para trás no sofá e soltou a respiração como um balão flácido. Por que não podia estar atraída por Damon? Ele parecia suficientemente aberto para as coisas que queria. Inferno, ele mesmo a viu chupar outro homem, e por algum motivo inexplicável, não a ruborizou. E gostou de uma forma estranha. Quem sabia se não era uma maníaca sexual dentro do armário? Ok, não maníaca. Um exibição em público não a levaria ao status de ninfomaníaca. O que foi surpreendente para ela e a sua reação para os vários cenários que testemunhou na noite passada. Ela viu coisas que por certo, deveria horrorizar uma garota como ela. Em vez disso, ela assistiu maravilhada, um novo despertar amanhecendo dentro dela. Mas. O proverbial surgiu. Não tinha certeza se queria experimentá-los de modo clinicamente. Como uma exposição em um show de horrores. 146


O clube, embora muito esclarecedor, não foi o que realmente queria. O que queria era ser tomada em uma viagem semelhante, mas queria que a viagem fosse real. Não mostrar uma falsa audiência. E ela queria um homem que iria cuidar de cada necessidade sua. Um homem como Gray. Não importava quantos círculos girasse dentro, sempre acabava de volta para o ponto central de todas as suas lutas: Gray. Parecia claro para ela que Gray tomaria conta em tantos níveis. O único problema era que ele não parecia concordar. Estava lutando demais contra sua atração por ela, maldição. Por quê? Isso ela não sabia. Mas de repente tornou-se muito determinada a descobrir.

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C V U apítulo

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Descobrir provou ser mais frustrante do que tinha imaginado. Se Faith estava determinada, então, Gray estava ainda mais. Determinado a evitá-la, isso que era. Ela tinha ido até seu apartamento não muito depois da visita de Damon. Ele não atendeu a porta, mesmo que sabia muito bem que estava em casa. Covarde. Mais tarde, ela tinha ido ao Cattleman’s quando sabia que ele estaria se reunindo com Micah e os outros. Assim que ela chegou, Gray tinha batido em retirada, resmungando algo sobre uma entrevista que tinha esquecido. E Micah tinha olhado fixamente para ela, sondando o suficiente para que não tivesse nenhuma dúvida de que ele sabia, pelo menos, algumas das coisas que ela tinha feito. Inferno. Pelo menos agora ela sabia como Gray teve seu carro de volta ao seu apartamento. Pelo menos ele não pediu a Connor para ir com ele. Ela teria que matá-lo sobre isso. Faith acabou ficando e tomando algumas bebidas com Nathan, Connor e Micah, já que ficaria bastante suspeito se partisse após Gray sair. Então, ela andava como se não tivesse vindo à procura de Gray. E Micah a tinha olhado à noite toda como se estivesse tentando arrancar cada um dos seus segredos fora de sua cabeça. Até o momento, ela acabou deixando, não conseguia sair rápido o suficiente.

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O domingo foi o mesmo. Foi cedo ao apartamento de Gray. Ele não respondeu a porta. O que foi muito bobo, e foi realmente ralar em seu último nervo. Ela o viu sair no início da tarde, e sentiu-se tentada a segui-lo até que pensou que toparia com ele em algum momento. Ela o pegaria no trabalho na manhã seguinte. Ele não podia evitá-la para sempre. Segunda de manhã se assegurou de que estaria no escritório cedo. O café foi feito, donuts foram empilhados, e esperou a aparição de Gray. Ele entrou com Micah e nunca se encontrou com seu olhar. Micah estava mais do que feliz por pegar uma xícara de café e outras coisas com a boca cheia de uma rosquinha. Mas Gray se retirou para seu escritório, deixando-a com Micah. Com uma desculpa definida nos lábios, ela derramou um copo de café para Gray, pegou um donut e se dirigiu para o seu escritório. Se a trancou Deus a ajudasse, ia arrombar a porta. Não estava trancada, mas ainda era difícil abrir a porta com suas mãos cheias. Quando ela deu uma cotovelada, Gray olhou por cima de sua mesa. “Que diabos você está tentando fazer, se queimar?” Exclamou enquanto se apressava em torno para tomar o café de seus dedos vacilantes. Ela jogou a rosquinha em sua mesa, e nivelou um olhar para ele. “Estava sendo gentil. Amigável. Você sabe, sociável. Algo que não posso dizer de você.” Engoliu em seco e emitiu um suspiro cansado. “Olha, Faith, é melhor... é melhor se a gente simplesmente esquecer o que aconteceu na sexta-feira a noite. Não posso nem começar a dizer o quanto estou triste por pisar sobre a linha.” Ela estreitou os olhos e colocou uma mão no quadril. “Bem, eu não estou.” Ele piscou em confusão.

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“Você não o quê?” “Não me arrependo,” disse com os dentes cerrados. Plantou as palmas das mãos sobre a mesa e inclinou-se até que estavam olho no olho. “Você fingir que não aconteceu não significa que seja verdade. Foi o que aconteceu, Gray, e quero falar mais do que simplesmente esquecer. Não posso esquecer.” Ele colocou o queixo em sua mão. “Faith, deixa ir. Por favor. Nada de bom pode vir de nós remoendo isso. Queria ensinála uma lição. Não gosto da ideia de você estar lá dentro. É uma menina doce. Gosto muito de você. Espero como o inferno que nunca volte. Você não devia gostar disso.” Seu pescoço queimou até sua cabeça ameaçar transbordar e explodir. Doce menina. Ensinar uma lição. Eu gosto muito de você. Que diabos era toda essa besteira? Ela tentou falar, mas nada saiu. Foi honesta, Deus, estava muito chateada para formular uma pergunta coerente, ou até mesmo uma frase incoerente. Finalmente, ergueu as mãos e deu uma boa risada antes que saiu correndo de seu escritório. Pelo tempo que deixou para trás, estava em ponto de ebulição. Micah fez uma fuga rápida, uma vez que viu seu olhar. Garoto esperto. Uma vez que ele estava fora, ela fez algo que raramente fazia. Fechou a porta de seu escritório, um sinal claro para ninguém entrar. Podia contar em uma mão às vezes que recorreu a medidas tão drásticas, desde que veio trabalhar para Pop. Agora, certamente era necessário. Ela jogou os donuts na lixeira e despejou o café pelo ralo, não importava que os outros não a tivessem irritado. Mas eles sofreriam a ira dela tal como Gray. Quando estava farta de xingar, fracassou em sua cadeira giratória e virou o seu olhar até o teto. Precisava de umas férias. Uma pausa. Alguma coisa. Entre o telefonema da mãe, a sua incursão em um clube de sexo, e Gray deixando-a louca, ela estava pronta para os de ternos brancos virem com uma camisa de força, Eu me amo, e levá-la para uma cela acolchoada.

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Fugir não era algo que nunca tinha tentado fazer. Toda a sua vida, tinha fugido, mesmo quando fugir significava apoiar uma mãe incompetente e seus muitos vícios. Não, Faith não era uma desistente. Ela tinha muito trabalho ético enraizado nela. O mais próximo que chegou a fugir, foi quando sua mãe teve uma overdose e Pop e Connor haviam chegado e, a arrastaram casa com eles. Mas agora? Ficar longe da loucura que se tornou sua vida, nas passadas poucas semanas foi muito atraente. Talvez devesse falar com Pop para tirar umas férias. Sabia que ia conceder-lhe num piscar de olhos porque nunca tinha tirado. “Pare de exagerar,” ela murmurou. Férias soava muito bem. Definitivamente teria que considerar isso. Um toque soou cauteloso em sua porta, e olhou naquela direção, querendo saber quem foi o idiota corajoso que arriscou a sua ira. Nathan enfiou a cabeça na porta e olhou interrogativamente para ela. “Bom dia. Faith só queria ver se você estava bem.” “TPM”, disse ela, sabendo que era a única coisa garantida para fazer. Estava certa. Não conseguia sair rápido o suficiente. Riu quando fechou a porta em menos de um segundo. Os homens eram medrosos assim.

“Então que diabos você fez para deixar Faith irritada? Além de aparecer em sua noite de prazer hedonista,” Micah disse assim que ele e Gray entraram no caminhão de Micah a caminho de um trabalho. Micah abriu o porta-luvas e arrastou fora um maço de cigarros. Ele balançou seu isqueiro quando saia do estacionamento, em seguida, respirou profundamente, fechando os olhos brevemente. “Suponho que você não deixou ainda,” Gray observou. Micah abriu a janela e ligou a chave.

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“Vai responder a minha pergunta?” Ele perguntou, ignorando a declaração de Gray. Gray suspirou. “Estou evitando-a, e, aparentemente, isso a deixa irritada.” “Não posso imaginar por que,” Micah disse secamente. “É o melhor.” Micah deu uma longa tragada em seu cigarro, e olhou melancolicamente na ponta incandescente. “Essa maldita coisa vai me matar, mas passei muitos anos fumando no trabalho. Difícil como o inferno largar o vício.” “Por que você largaria?” Gray perguntou curiosamente. “O trabalho ou os cigarros?” Micah brincou. Gray riu. A expressão de Micah virou séria. “Só tive o suficiente.” Por um momento, Gray poderia jurar que leu uma profunda tristeza na expressão de Micah. Micah jogou o cigarro pela janela e imediatamente estendeu a mão para o outro. Seus dedos tremiam enquanto puxava outro. Gray percebeu que havia muito mais do que “teve o suficiente”, mas não se sentiu confortavelmente curioso, e Micah não parecia disposto a oferecer mais explicações. Eles foram em silêncio por vários minutos antes de Micah jogar o cigarro para fora da janela, e olhar de volta a Gray. “Você não pode evitá-la para sempre, sabe. Ela merece mais, de qualquer maneira.” Gray não respondeu, mas então o que poderia dizer?

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Faith suspirou quando ouviu uma batida na porta de seu escritório. Quando ela não respondeu, a porta se abriu, e Nathan enfiou a cabeça provisoriamente. “É seguro entrar?” Perguntou ele. “Você vai embora se eu disser não?” “Uh, não, preciso de um favor,” disse ele, dando-lhe um sorriso encantador. “Ou você é muito corajoso ou muito estúpido,” ela murmurou. Seu sorriso ficou maior quando ele se empurrou mais para dentro da sala. “Minha mãe sempre disse que eu era seu filho mais brilhante.” “Seus irmãos são particularmente estúpidos?”, ela perguntou secamente. Ele adotou um olhar ferido e apertou o peito. Ele caminhou mais e se largou em uma cadeira em frente de sua mesa, ainda segurando seu peito como se ela tivesse infligido um golpe mortal. “Qual é o favor?” Ela perguntou em resignação. Para sua surpresa, seu rosto escureceu. Ela levantou uma sobrancelha, intrigada com a reação dele. “Eu, uh, me perguntei se você ia comigo para furar minha orelha”, ele murmurou. Sua boca abriu, e o riso borbulhou em sua garganta. “Você vai fazer? Sério?” Ele mexeu-se, e esfregou a orelha esquerda. “Sim, acho que sim. Mas realmente não sei aonde ir. Bem, não é o lugar onde me sentiria como um idiota de qualquer maneira.” “Conheço o lugar ideal,” ela disse quando pegou o telefone. “Posso te levar onde corto o meu cabelo e deixar Julie furar sua orelha. As meninas vão te amar.” “Meninas” Ele animou-se visivelmente. Ela riu. “Sim, este é um lugar feminino.” Definitivamente, ele parecia interessado, mas depois fez uma careta.

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“Você não vai dizer a ninguém para onde estamos indo, não é?” Ela deu uma risadinha. “Você me deve um favor, mas não, não vou contar a ninguém. Talvez possa pegar algumas sessões de bronzeamento de forma que sua cabeça fique igual ao resto do seu corpo.” Deixou seu olhar vagar, apreciando seus braços bronzeados. Então se aproximou e passou a mão sobre sua cabeça calva. Ele franziu o cenho. “Você não vai me virar em alguma mariquinha metrossexual.” Faith sacudiu os ombros com alegria. “Pereça o pensamento. Pena que você não está na experiência de Spa. Julie também oferece massagem.” “Massagem?” “Sim, mas tem que ficar nu.” Ela mordeu os lábios para sufocar o riso. “Existem outras mulheres nuas lá?” Perguntou ele. Ela perdeu a batalha e riu. “Você fica nua quando vai?” Nathan perguntou, como se a ideia tivesse acabado de acontecer a ele. Ela bufou. “Como se fosse te contar.” “Vamos Faith. Dê uma pista.” Ela sorriu. “Quer que eu chame Julie e peça o pacote completo?” Ele olhou desconfiado para ela. “Eu não estou tão certo sobre isso. Poderia ter meu pênis revogado pela Liga dos homens viris, se alguma vez esta merda saísse.” Faith revirou os olhos.

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“Não seja maricas. Quem vai saber? Você poderia fazer pior do que ter uma linda mulher por meia hora.” “Linda?” “Mude sua mente?”, Ela brincou. “E você jura que não vai falar uma palavra sobre isso para ninguém.” Ela ergueu dois dedos. “Juro.”

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C V D apítulo

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Ela tinha pensado nisso a noite inteira. Já havia atingido enquanto sentou-se no Spa à espera de Nathan, e uma vez que a ideia tinha se apresentado, não tinha sido capaz de empurrá-la para fora de sua mente. Tinha desdobrado em detalhes precisos, junto com sua confiança presunçosa, que apenas teve que trabalhar. Era perfeito. Então, aqui se sentou, no dia seguinte, à espera de todos saírem do escritório para que pudesse se esgueirar ao escritório de Pop e pegar a cópia da chave do apartamento de Gray. Claro, Connor escolheu hoje para sediar uma reunião do cliente na sala de conferências principal. Ela olhou para o relógio, sabendo que tinha tempo limitado, se ia ficar no apartamento de Gray, antes de ele terminar, ou até voltar de seu local de trabalho atual. Deu um suspiro de alívio enorme quando ouviu o murmúrio de vozes no corredor. Poucos segundos mais tarde, Connor e os três clientes que se reuniu, caminhavam por seu escritório. Ela sentou-se, e remexeu na cadeira até ouvir o retorno de Connor. “Oi,” ele disse quando enfiou a cabeça na porta dela. “Você não tem que ficar.” Ela abriu um grande sorriso. “Oh, não há problema. Tenho algumas coisas para terminar. Estou planejando sair em poucos minutos.” “Quer que eu espere?” Ele ofereceu. “Não, vá em frente. Nathan e Micah estão esperando por você no Cattleman's.” “Vejo você amanhã, então,” disse ele antes de sair. Ela esperou até que tivesse certeza que tinha ido embora e, em seguida, correu de volta ao escritório do pai. Remexeu na gaveta da 156


escrivaninha onde guardava todas as chaves, até que viu uma marcada com o apartamento de Gray. Triunfante, pegou e voltou para seu escritório para recolher a bolsa. Ela pegou seu celular em seu caminho para fora, e discou o número de Micah. “Ei coisa doce,” disse Micah, quando atendeu ao telefone. “Você está com Nathan?”, Perguntou ela. “Sim, por quê?” “Não deixe que saiba que sou eu,” ela se apressou a dizer. Ele fez uma pausa. Seu tom ficou sério. “O que está acontecendo?” “Preciso de um favor,” disse ela. “Não faça nenhuma pergunta.” “Uh, tudo bem.” “Você pode deixar Nathan, e me encontrar no apartamento de Gray agora?” “Vou mais rápido que puder,” disse ele. Ela suspirou de alívio. “Obrigado. Vejo você em breve.” Ela fechou o telefone, grata de não ter feito perguntas. Não que não tivesse muitas quando a visse, mas pelo menos não tinha deixado na frente de Nathan. Ela dirigiu direto para casa e estacionou em seu lugar. Olhou cautelosamente para baixo o lugar vazio de Gray no estacionamento, e esperava que ficasse preso no trabalho por mais meia hora, como era suposto. Sentou em seu carro, rufando seus dedos no volante até que viu Micah parar, e ocupar uma vaga poucos lugares abaixo. Com a chave de Gray na mão, saiu do carro e correu para Micah. “Ei, boneca, o que está acontecendo?” Perguntou quando se aproximou. Sua testa estava enrugada de preocupação. Ela agarrou sua mão e o puxou para a porta de Gray.

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“Vou dizer quando chegamos dentro do apartamento.” “Oooh, invadindo e entrando. Você sabe como se divertir, garota.” Ela riu. Levantou a chave quando chegou à porta. “Não é invasão de domicílio, se você tem uma chave.” “Furtiva. Ainda melhor.” Ela puxou a alça da bolsa por cima do ombro enquanto inseriu a chave na fechadura. Segundos depois, ela e Micah deslizaram para o interior escuro, e Micah fechou e trancou a porta atrás deles. “Ok cara de boneca, estamos dentro Agora você vai me dizer o que estou arriscando para uma cela de prisão?” Engoliu nervosamente e mexia com a tira da bolsa. “Quero que você... amarre-me na cama de Gray. Nua.” Ela ficou tensa, esperando a resposta de Micah. Ela não teve de esperar muito tempo. Sua boca se abriu. “Uou. Espere um segundo. Você quer que eu faça o que?” “Você me ouviu”, ela murmurou. “Oh, Menino.” Ele enfiou a mão pelo cabelo na testa, e empurrou para trás até que seus dedos estavam enfiados em desregrados. “Faith, querida, tem certeza que sabe o que você está fazendo?” Ela olhou o relógio enquanto o pânico subia por sua espinha dorsal. “Olha, Micah, você pode jogar de psiquiatra de poltrona, enquanto está me amarrando na cama? Estou correndo contra o tempo. Ele vai estar em casa logo, e prefiro que ele não o encontre aqui.” “Isso faz dois de nós”, Micah murmurou. Ele suspirou. “Mostre o caminho.” Ela se dirigiu para o corredor e parou na porta aberta para seu quarto. Quando olhou para dentro, ficou aliviada que a cama era do mesmo modelo que a dela. Tinha estado certa na 158


esperança de que Pop tinha do mesmo modo, os apartamentos mobiliados. Se Gray não tivesse grade de cabeceira, teria que fazer um improviso. Ela fez um gesto para Micah e se virou para encará-lo. “Sei que isso é esquisito, mas não poderia pedir a Nathan. Ele é muito parecido com um irmão, você sabe, como Connor. Mas você... você pelo menos olha para mim como eu sou uma mulher e não uma irmãzinha.” Ele arqueou uma sobrancelha. Ela lhe deu um olhar de oh, por favor. “Vejo você examinando minha bunda,” disse ela. “É bom saber que pelo menos um dos meus amigos homens me acha, ou pelo menos a minha bunda, atraente.” Ele riu. “Bem, acho que a recompensa desse empreendimento está começando em vê-la nua. Posso marcar pelo menos uma fantasia da minha lista.” Ela riu quando puxou sua bolsa do ombro e pegou a corda que tinha comprado a noite anterior. Empurrou a Micah, e ele desenrolou enquanto ela começava a deslizar sua roupa fora. “Você sabe”, disse ele. “Se está querendo chamar a atenção desse cara, que estou supondo que é a razão por trás de tudo isso, posso pensar em medidas menos drásticas do que amarrar-se à sua cama.” As mãos dela pararam quando alcançou ao redor para o fecho do seu sutiã. “Aqui, deixe-me ajudar,” ele ofereceu. Seus dedos tocaram nas costas quando soltou os ganchos, e ela segurou as taças sobre os seios com o braço. Ela andou até a cama, ainda vestida com sua roupa interior. “Diga-me uma coisa, Micah. Se você entrasse no seu quarto e encontrasse uma mulher nua, amarrada a sua cama, o que você pensaria?” “Que tinha sido um menino muito bom em uma vida passada?” Ela balançou a cabeça.

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“Meu ponto é, uma mulher excitada, nua, oferecendo-se a um homem é um sinal claro. É dele para fazer o que quer. Ele está no controle.” Seus olhos conectaram por um longo momento, e ela viu excitação, uma centelha pura, primitiva do sexo masculino. Sim, ele entendeu do que estava falando. “O que aconteceu em A Casa, Faith?” Ele perguntou baixinho. “O que você estava procurando lá?” Ela estremeceu com a intensidade de seu olhar. Então subiu na cama, deixando cair o sutiã no chão. Sentiu o olhar dele, e se sentiu estranha e vulnerável. Respirando fundo, estendeu a mão para a calcinha e deslizou para baixo em suas pernas. Olhou para cima para ver Micah de pé sobre ela, a corda nas mãos. Havia um fogo estranho em seus olhos, como se a visse pela primeira vez. “O que aconteceu na Casa?” Ele repetiu. O comando era forte em sua voz. Isso provocou uma sensação inebriante, e a consciência eriçou sobre sua pele. “Fui à procura de algo,” sussurrou. “Algo que queria. Achei Gray.” Micah pegou uma de suas mãos, e puxou o braço acima da cabeça. Ele enrolou a corda em volta do pulso e amarrou-a na cabeceira da cama. “E o que é que você quer?” Sua voz, suave amanteigada, deslizava sobre seu corpo, removendo a vulnerabilidade desajeitada, e deixando vaga excitação em seu lugar. Ela lambeu seus lábios enquanto ele caminhava em volta da cama para tomar o seu outro braço. “Estou esperando” disse enquanto segurava a outra mão. “Controle,” disse ela simplesmente. “A dominação do homem.” Ela ouviu Micah em sua respiração. Em silêncio, deslizou a mão até sua perna, até que um comprimento do laço da corda se envolveu em seu tornozelo. “Você me surpreende, Faith”, finalmente disse quando se mudou para a outra perna.

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Ele puxou delicadamente até que suas pernas estavam completamente separadas. Sua vagina estava exposta, e ela fechou os olhos em constrangimento. Ele ia ver como ela estava excitada. “Faith, olhe para mim”, ordenou. Ela abriu os olhos enquanto ele caminhava ao lado da cama. Ela podia ver a protuberância contra seu jeans. Dedos, suaves como pluma, dançavam em sua barriga, em seguida, em direção aos seios. Seu toque a deixou por apenas um momento, antes de pegar seu montículo macio na palma da mão, e correr o polegar em seu mamilo túrgido. Ela estremeceu e arqueou o corpo. O que diabos havia de errado com ela? “Não tinha ideia de que você queria um homem dominante,” ele murmurou. “Um homem ficaria louco por ter uma doce submissão.” Ela olhou impotente para ele, confusa, excitada e curiosa sobre a promessa que viu refletida em seus olhos escuros. Ele abaixou-se, inclinou-se sobre ela até que sua boca pairou sobre a sua barriga. Então ele pressionou seus lábios para seu umbigo e passou a língua eroticamente em torno do recuo. Tremores percorreram seu corpo, até que colidiu com o pescoço. “Você não tem que ficar aqui”, disse ele. Ele deixou sua mão passear até seu abdômen, até a pele da ponta dos dedos roçarem o ninho de cachos entre suas pernas. “Você poderia vir para casa comigo. Posso dar-lhe o que quiser, Faith.” Seus dedos deslizaram em sua umidade, e ela gritou quando um choque de prazer surpreendido ecoou através de sua virilha. Ela foi tentada. Assim, a tentação de tomar o caminho fácil. Gray estava evitando-a. Este homem não estava. Micah quis, parecia entender o que ela queria. E, embora sua mente estivesse muito confusa, seu corpo não parecia ter quaisquer reservas quanto a aceitar oferta de Micah. 161


Mas Gray a chamava. Em mais do que apenas num nível sexual. Se fosse somente sexo, então sim, ela poderia esquecer esse plano maluco e ir para casa com Micah agora. Mas era mais do que isso. Ela foi atraída para Gray em um nível emocional que não entendia muito bem. O dedo de Micah rolou preguiçosamente em torno de seu clitóris. Sentia-se bem. O corpo respondeu, mas não podia concordar apenas para a liberação física, que iria encontrar. “Não posso,” sussurrou. “Talvez Gray vá me jogar fora do seu apartamento. Talvez não vá querer o que estou oferecendo, e talvez não possa me dar o que preciso. Mas tenho que descobrir.” Micah se dobrou e puxou o mamilo na boca enquanto seus dedos encontraram seu ponto doce. Ela ia gozar. Revirou os quadris, querendo, precisando de libertação da tensão, impossível nervosa. Assim quando se aproximava da ruptura, ele se afastou, deixando-a na dor da necessidade. Então moveu os lábios contra os dela, e a beijou suavemente. “Se jogá-la fora de seu apartamento, ele é um idiota.” Ele tocou a bochecha dela com o dedo quando procurou controlar sua respiração irregular. “Espero que encontre o que queira,” disse ele. “Mas se você não conseguir, sabe onde me encontrar.” Sem olhar para trás, ele saiu do quarto.

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Gray deixou o canteiro de obras, bem quando o dia acabou e poderia retirar-se para seu apartamento. Onde havia nenhuma chance de ver Faith. Ela o estava deixando louco. Metade do tempo podia sentir seu cheiro, e ela não estava a meio metro dele. Imagens dela amarrada, sobre o banquinho sendo chicoteada, sua bunda convidativa no ar, o assombrava. Homem, aquela posição o tentou em tantos modos. Podia foder sua vagina ou seu traseiro. Ambos estavam abertos e acessíveis. Poderia bater em sua bochecha nua, até que corasse com um rubor rosado. Poderia imaginar uma dúzia de cenários que o colocasse no comando, mas não estava indo para lá. Realmente não queria ser o maldito brinquedo de alguma mulher. Ele parou em sua garagem, e notou que ambos Faith e Micah estavam em casa. Ele saiu indo em direção a porta, pronto para um banho quente e uma cerveja gelada. Deixou-se dentro e jogou a chave no bar. Enquanto se dirigia para o corredor, os cabelos em sua nuca ficaram de pé. Ele colocou a mão na nuca, e esfregava quando entrou no quarto. Quando olhou para cima e viu Faith deitada em sua cama, condenadamente tropeçou em seus pés. Amarrada. Presa a sua cama. Que porra era essa? Ela olhou para ele com os olhos semi-abertos. Sua expressão era uma mistura de nervosismo e excitação. Naquele momento, cada grama única de sentimento foi encaminhado para sua virilha. Seu pênis inchou contra seu jeans, até ter certeza de que teria um futuro problema de atrito.

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Finalmente, ele arrumou os pés, e se aproximou, empurrando as mãos nos bolsos, em uma tentativa de disfarçar a protuberância pesada entre as pernas. “O que você está fazendo aqui?” Perguntou, em seguida, sentiu-se um completo idiota para perguntar o que tinha que ser a mais óbvia questão do ano. As mulheres não apenas ficavam nuas e amarravam-se a cama de um homem sem uma boa ideia do que queriam ganhar da situação. Ela molhou os lábios, a ponta rosa de sua língua arremessando para fora. Ele quase gemeu quando lembrou aquela língua no seu pênis, seus lábios doces em torno de sua carne e como ela sentiu quando saiu de sua garganta. Ele tirou as mãos dos bolsos e flexionou os dedos para trás. Ele quis tocá-la. Sentir o gosto. Que se foda. Mais do que tudo, queria tirar seu jeans e mergulhar em seu corpo, e alma. Perder-se em seu calor líquido. Ele curvou os dedos em suas mãos para controlar a agitação. “Toque-me”, ela sussurrou. “Por favor.” Ela olhou suplicante para ele, seu lábio inferior cheio e inchado, como se ela fosse mordê-lo. Parecia como se alguém tivesse devastado sua boca. Isso o lembrou de como fazia quando o fodeu com a boca contra a parede no clube de sexo. Ela parecia absolutamente adorável. Ele afundou-se na cama ao lado dela e inclinou-se para tocar seus lábios contra os dela. Ela encontrou seu avanço, faminta, aberta, aceitando, convidando-o ainda mais. A língua dele varria a dela, e engoliu seu gosto doce em seu peito. Ele estendeu a mão para ela, reunindo a mão na curva de seu quadril, ele aprofundou seu beijo. Não houve respiração. Seus pulmões gritavam por oxigênio, mas não podia se afastar do seu toque derretido.

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Um toque, uma carícia, como os dedos dançaram sobre sua pele, até seu corpo sentir a ondulação suave de seu seio. Ele tirou sua boca longe dela, e ambos estavam sem fôlego, pedindo ar. Sua boca inclinou sobre a dela Além disso, beber profundamente de sua essência. Seus lábios deslizaram para o canto da boca, e então a beijou uma linha para baixo da sua mandíbula, suas respirações próximas, rajadas erráticas. O lóbulo da orelha pequena carnuda foi tentada a sugar. Sugou-a entre os dentes. Ela gemeu e se torceu inquietamente embaixo dele. Lambeu, depois rodou a língua ao redor, dentro de seu ouvido. Sentiu-a tremer contra ele, e viu os tremores frios subindo, e enrugando a pele dela. Perseguiu uma linha daqueles arrepios por todo o caminho até seus seios. Por um longo momento, ele simplesmente olhou para os picos coral. Seus mamilos eram perfeitos. Não muito aguçados. Macio, aveludado e redondo. Ele queria prová-los. Queria muito. Lambeu um, deixando sua língua grossa sobre a ponta de seda. Ela se encolheu, e se virou para o outro, dobrando para ele como se fosse uma iguaria maravilhosa. Então beliscou, passando o nó com os dentes, aplicando suficiente pressão para que ela sentisse a picada de dor. Ela fez um som de profunda satisfação, e ele sorriu contra sua carne. Ele acariciou a pele macia de sua barriga, em seguida, moveu-se abaixo para provocar e torcer os cachos soltos de sua vagina. Mergulhou em suas dobras, espalhando a carne úmida com seus dedos. Com o dedo médio, empurrou e rolou seu clitóris. Doce suspiro sussurrou-lhe dos lábios. Delicados, como ela. Era um som para inspirar a valorização do sexo masculino. Ele queria dar-lhe mais prazer só para poder ouvir os ruídos apreciativos que ela fez. Ele deslizou seu dedo menor, circulando sua entrada, marcando um caminho em torno do exterior, provocando, insinuando uma promessa ainda não cumprida. Ela resistia contra ele, um gemido de contentamento borbulhando de seu peito. Em resposta, mergulhou seu dedo dentro dela, e quase explodiu na cama. Gemeu quando suas paredes interiores convulsionaram e apertaram seu dedo. Empurrou apertou-lhe, tão apertado. Seda quente. Ele fechou os olhos enquanto imaginava em torno de seu pênis.

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“Não, ainda não”, ela choramingou. Ele abriu os olhos para olhá-la. Sua cabeça foi jogada para trás, os cabelos cor de mel, derramados sobre o travesseiro. Os músculos nas pernas e virilha tremiam em espasmos. Estava perto de seu orgasmo. Por que queria parar? “Eu quero,” ela ofegou. “Quero você batendo em mim, como fez na outra noite. Quero me amarrando e assumindo o controle. Em seguida...” Ele nunca a deixou acabar. Levantou-se bruscamente, colocando pelo menos um pé de distância entre eles. Uma onda de irritação foi ao rosto dele. Ela olhou em confusão, com os olhos ardendo brilhantemente com a necessidade não satisfeita. “O que há de errado?” Perguntou. “Por que você parou?” Ele jurou em voz baixa, chutando sua bunda daqui para o reino, por ser sugado para este jogo. “Deixe-me adivinhar. Tem todo um cenário elaborado. Primeiro me quer brincando com você. Batendo. Já trabalhou um pouco. Ser como mestre e seu escravo. Então quer que bata em sua bunda e a foda sem sentido.” Ela estremeceu em sua crueza, mas ele não poupou nenhuma culpa por ser tão careta. Lentamente, ela balançou a cabeça. “Isso é tão ruim?” Ela sussurrou. “Quero dizer, se não me quer, é só dizer. Eu pensei... Eu pensei que nós tivéssemos uma química.” Química? Inferno, eles tinham bastante energia sexual para suprir toda a maior área de Houston com o poder. Ele esfregou a mão sobre a cabeça e tentou arduamente manter seu olhar dei ficar fixo nas pontas de seus seios, ou abaixá-lo para os cachos loiros de sua vagina. Podia ver uma dica de sua carne rosa entre suas pernas, e isso fez com que quisesse colocar a língua sobre as dobras, saboreando ela. 166


“Faith, o que você pensa que você quer...” Ele começou delicadamente quanto podia. “Acho que está enganando a si mesma.” Suas bochechas mancharam de vermelho, e ele poderia dizer que a irritou. “Não me trate,” disse ela. “Não me diga o que é que eu quero ou não quero.” Ele levantou a mão. “Deixe-me terminar. Deixe-me ver se eu entendo isso direito. Você quer se submeter a um homem. Quer um homem para dominá-la. Isso é o que a viagem para A Casa, e estava tudo sobre você permitir um completo estranho bater em sua bunda. Em público.” Ela corou e desviou o olhar. “Faith, olha para mim.” Ela virou seu olhar para ele. “Estou certo? Você quer abrir mão do controle para um homem?” Lentamente, ela balançou a cabeça. “Mas não é isso que você está fazendo,” ressaltou. Sua testa franziu. “O que você quer dizer?” “Por mais que você diz que quer o controle de um homem, você se agarra a qualquer vestígio de controlar a si mesma.” Ele gesticulou para seu corpo em seus braços e pernas amarrados. “Você definiu a cena exatamente como imaginou. Escreveu o papel, o meu papel, e decidiu como tudo se desenrola. Tem todos os detalhes trabalhados em sua mente. Está em completo controle. Ninguém mais. Sou apenas um fantoche em uma corda pendurada à espera de você mandar ao comando e para você dizer o que fazer.” Sua boca se abriu em choque. Suas pupilas se arregalaram. “Não trabalho dessa maneira, Faith”, ele disse suavemente. “Eu disse o que queria. Uma mulher que estaria deixando-me tomar o controle. Nada sobre esse cenário está me fazendo nada, mas o que lhe permite ditar como é, quando estamos juntos.”

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Ele estendeu a mão e soltou suas pernas. Em seguida, libertou as mãos. Afastou-se da cama e olhou para ela. “Vou tomar um banho. Tem sido um longo dia.” Faith observou-o sair, seu mundo inteiro girou sobre seu eixo. Lentamente, balançou as pernas para o lado da cama e se levantou para recolher suas roupas. Não se preocupou com seu sutiã e calcinha, puxou sua calça jeans e camisa, em seguida, sentou-se na cama em silêncio atordoado. Seu corpo doía do constante estado de excitação, em primeiro lugar instigado por Micah, e levada um passo adiante por Gray. Mas não tinha encontrado sua conclusão. Mas as palavras de Gray tinham definitivamente a trazido do seu orgasmo iminente. Como não podia ter visto isso antes? Ele estava exatamente certo. Almejava o domínio de um homem. Queria um homem para cuidar dela, mas escrevia todos os aspectos do seu desempenho. Ela tinha uma ideia detalhada de como queria tudo. Porra, se tinha preferência, que lhe fornecesse uma lista de cada e única coisa que queria que fizesse a ela. Ela baixou o rosto em suas mãos. Oh Deus, que idiota era. Não queria uma posição dominante no homem. Exatamente o oposto. Ela tinha sido tratada como um fantoche sem sentido. Mas isso não era realmente o que queria, não era? Não, definitivamente não. Na verdade o que queria era um homem que a ensinasse. Alguém que podia alcançar dentro dela, e puxar para fora suas fantasias, suas necessidades e fornecer para ela. Emocionalmente e fisicamente. E mesmo quando em busca de um fantoche sem sentido, tinha sido um fracasso. Ela passou mais tempo em insinuações do que tinha direito, a sair e dizer o que queria. Era de se admirar que fosse um caso de frustração sexual? Que bagunça havia feito das coisas. Queria ir para casa e ter um bom choro. Havia encontrado o homem perfeito, um homem que queria as mesmas coisas que ela, mas tinha ido 168


sobre isso completamente errado. Agora ele pensava que ela era uma idiota que não tinha a menor ideia do que queria e pior, pensava que ela estava jogando de maneira estúpida. Tinha, obviamente, ficado lá se debatendo por mais tempo do que pensava, porque a próxima coisa que sabia, era Gray colocando uma mão no ombro dela. Ela olhou para cima para vê-lo ali de pé, uma toalha na cintura. “Você está bem?”, Ele perguntou baixinho. Ela deixou sua mão cair para os lados dela, e desviou o olhar. “Você estava certo. Nem sequer percebi o que estava fazendo, mas está certo. Estava orquestrando a coisa toda. É o que fiz em todos meus relacionamentos. É alguma surpresa que estou tão fodida?” Ele sentou ao lado dela, segurando a toalha com uma mão. “Você não está fodida, Faith. E não há nada de errado em você querer orquestrar suas fantasias sexuais. Apenas sugeri que o que você acha que quer, e o que você realmente quer, podem ser duas coisas diferentes. Talvez precise considerar que pode ser melhor em uma situação onde está no comando e controlar a situação.” Ela soltou um suspiro de frustração. “Mas é justamente isso, Gray. Não é isso que quero. Sei que sou toda bagunçada, mas o que quero é um homem forte. Alguém que não tenha medo de acelerar e tomar o comando, como você colocou. Quero, não, preciso, o homem que vou estar envolvida. Quero... Quero alguém que terá de cuidar de mim, que estimará o meu presente de submissão. Talvez isso soa terrivelmente antiquado, mas estou cansada de procurar por algo que obviamente não existe.” “Talvez andasse tudo errado, mas isso não muda o que quero. Eu sei o que quero. Eu só não descobri como proceder para obter isso ainda.” Ela parou, subitamente possuída com a necessidade de sair o inferno fora de lá. Afinal, tinha feito uma grande idiota o suficiente de si mesma por um dia. Talvez fosse chorar no ombro de Micah. Ou talvez fosse para casa tentar esquecer este dia que nunca aconteceu.

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Ela por acaso olhou para ele, e encontrou seu olhar em choque fraco. Havia uma estranha expressão em seus olhos como se estivesse tentando decifrar suas palavras. O que não seria surpresa para ela, desde que fez uma sujeira de tudo o mais. “Sinto muito”, ela sussurrou. “Na verdade, vou.” Ela se dirigiu para a porta, apenas ansiosa para estar tão longe de qualquer descoberta mais possível. “Faith, espere,” chamou, mas ela não parou. Ela pegou o ritmo e correu para fora da porta.

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C V Q apítulo

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uatro

Gray assistiu-a ir, a frustração impotente apreendendo sua garganta. Se estivesse completamente errado? Ela parecia tão perdida e confusa, e então tinha falado com tanta convicção sobre o que queria. Assumiu que estava jogando jogos de sexo. Querendo Aquela pequena emoção depravada, sem o véu de realismo. Mas quando a ouvia derramar seu coração para fora, começou a ficar mais convencido de que julgou mal a ela. Poderia ser possível que havia encontrado uma mulher que queria as mesmas coisas que ele, de um relacionamento? Ela parecia instável, um pouco insegura, como se estivesse apenas estendendo suas asas e se preparando para voar no espaço aéreo demarcado. E ele atirou nela. Que confusão. Não podia se dar ao luxo de se envolver com ela, pelo menos não até que toda a situação com Samuels e sua mãe estivesse resolvida. Estava usando-a, que em essência, era o que tinha acusado dela de fazer a ele. Estremeceu com a hipocrisia. Pela primeira vez em sua vida, sentiu uma dúvida real sobre uma mulher. Precisava voltar à perspectiva. Lembre-se porque estava aqui, em primeiro lugar. Uma chamada para Mick deve fazer exatamente isso. Precisava de uma atualização no caso de qualquer maneira, porque com certeza não tinha estado alto em sua mente nos últimos dias. Ele se levantou da cama e deixou a toalha cair no chão. Caminhou até sua cômoda. Vasculhou a cueca, jeans e uma camisa. Poucos segundos depois, ligou para o número de Mick e esperou pela resposta. “Tem alguma novidade para mim?” Mick perguntou sem preâmbulos. 171


“Estava esperando que você tivesse um pouco para mim,” disse Gray. “Além da conversa telefônica, eu vim com nada. Sua mãe não ligou de volta desde então.” Mick resmungou. “O último relato que tive foi aquela em que eles foram vistos em Huntsville. Isso foi vários dias atrás, então tenho certeza que estão viajando até agora.” “Como você está recebendo os relatórios, Mick? É o departamento de investigação de Samuels agora?” Silêncio registrou no final de Mick. “O que você está insinuando, filho?” Gray piscou, surpreso. “Não sabia que estava insinuando alguma coisa. Queria saber se o departamento tinha chegado ao redor e focado em Samuels ou não. Qual é a última em sua investigação?” Mick fez um som de nojo. “Ratos bastardos, muitos deles.” “Talvez devesse ligar e ver que o progresso que tem sido feito,” disse Gray. “Quase nada,” Mick disse rapidamente. “Você deveria estar de licença. Se sentem seu cheiro por lá, descobrirão que é armação. Tenho um contato lá, um velho amigo meu que está me mantendo informado do que está acontecendo. Ou não acontecendo, como é o caso.” Gray deu de ombros. “Bem, não estou chegando com muito mais sobre o meu também. Enquanto estou convencido de que a mãe de Faith está com aquele pedaço inútil de merda, não tenho certeza que é o mesmo pedaço de merda que matou Alex. Estou operando com pouco ou nenhum conhecimento por aqui.”

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“Você está me fazendo um favor,” disse Mick breve. “Isso é tudo que precisa saber. Sei que o filho da puta atirou no meu filho. Se tivesse deixado o inquérito a Billings, ainda estaria urinando no vento tentando chegar a um suspeito.” Gray mordeu o interior da bochecha. Sabia que as emoções de Mick eram primarias, mas sua atitude de não ralar algo em Gray, dizia que estava de bom humor agora. Especialmente desde que ele era o único aqui que perseguia sua cauda em torno de sua bunda. O que pedia a questão, porque ele estava aqui embaixo perseguindo um palpite? Mick não lhe dera nada de muito substantivo, mas Gray lhe devia, e Alex foi o seu parceiro. Se Mick estava certo sobre quem matou Alex, e o departamento não estava fazendo merda nenhuma sobre isso, então muito bem, Gray não ia recuar. “Olha, meu filho.” A voz de Mick tornou-se mais bajuladora. “Eu sei que isto não é fácil para você, lá adulando uma saia, que provavelmente é tão inútil quanto sua mãe. Eu sei que você está ansioso para estar de volta no trabalho. Basta dar um pouco mais de tempo. Meu instinto me diz Samuels está indo para aí. Sombreie a filha por mais poucos dias. Se não encontrar nada, então pode voltar pra casa e esquecer tudo sobre ele.” Gray apertou os dentes juntos. Não ia defender Faith de Mick, porque só enviaria ao homem mais velho em uma emoção. “Vou mantê-lo”, disse brevemente. “Obrigado, meu filho,” disse Mick, mas Gray não estava se sentindo tão caridoso em direção ao cara. Não sabia se o uso do carinho era sua maneira sutil de manipulação com Gray. Desligou mais irritado do que nunca. Abraçou a volta de seu pescoço e esfregou no músculo tenso. Que diabos ia fazer? Já não tinha muita fé na razão, que estava aqui. Se nada mais, ele poderia ficar por aqui e ver isso terminar, ou pelo menos ver se a mãe de Faith fazia uma aparência com o namorado caloteiro. 173


Então poderia voltar ao seu trabalho, colocando a memória de Alex para descansar, e esperando aliviar um pouco da dor de Mick. E talvez a sua própria. Um estranho aperto no peito e uma onda de tristeza o pegaram de surpresa. Parecia que nada recentemente tinha saído certo. Não tinha sido capaz de salvar seu parceiro, e tinha acabado de foder uma bela mulher. Sim, a vida era muito boa.

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inco

Nos últimos três dias, Faith foi mais sexualmente aventureira do que tinha sido em sua vida inteira. Também fez uma completa idiota de si mesma na frente dos homens, mais do que com quem tinha dormido. Que foi muito triste quando acrescentou isso em sua cabeça. Ela afundou na banheira e olhou para as unhas dos pés pintadas. Mas nem mesmo o brilhante, alegre rosa conseguiu pegá-la em ânimo. As palavras de Gray agitaram mais e mais em sua cabeça, um rosário interminável de quão estúpida tinha sido. Agora que colocou para fora, parecia tão claro. Sua ideia de um homem que toma o controle tinha sido entregando-o uma lista de atividades a realizar. Teria sido melhor contratar um garoto de programa e dar-lhe um roteiro. Mas em meio a seu lamento, um só pensamento se formava e pegou. Com o homem certo, não teria que dar as direções, e o simples fato que nunca tinha estado com o homem certo. Isso era óbvio. Ela respondeu da frustração da única maneira que viu como. Mas Gray recusou-se a seu controle sutil. Era um homem acostumado a fazer as coisas à sua maneira. Teria sido perfeito para ela, se não tivesse conseguido convencê-lo em uma crítica constante de jogos. Ficou mais confusa do que nunca. Seu olhar deslizou para o telefone sem fio que tinha levado para o banheiro com ela. Tinha duas opções. Poderia chamar Micah, mas tinha certeza que ia responder com um convite, e não estava preparada para isso. Ou poderia chamar Damon e obter a sua opinião. Ele parecia estar aberto o suficiente, e se sentiu à vontade para falar com ele. 175


Após um momento de hesitação, ela pegou o telefone e ligou para o número privado que Damon tinha dado a ela. Na segunda chamada, ele atendeu. “Damon, é Faith. Espero não o ter pegado em um momento ruim.” “Claro que não,” disse ele calorosamente. “O que posso fazer por você?” Ela hesitou por um segundo tempo. “Eu preciso falar com você. Existe alguma maneira de nós podermos ir a um bar? Quero dizer, se não estiver ocupado,” se apressou a dizer. “Vou mandar meu motorista pegar você,” disse ele. “Motorista? Eu posso só encontrar você.” “Não é um problema. Vou mandar o motorista em uma hora? Será que dá tempo suficiente? Conheço um grande lugar na cidade, onde podemos estar seguro do isolamento.” “Sim”, ela disse, finalmente. “Uma hora está bem.” “Ótimo. Vejo você depois.” Ela deixou o telefone deslizar entre seus dedos. Então se ergueu para fora da banheira para se secar. Um motorista? Quem diabos mandaria um motorista? Parecia positivamente decadente. Será que a posição de gerente do clube pagava bem, ou ter um motorista era apenas uma vantagem no trabalho? Ele disse isolado e na cidade. Isso, juntamente com o pouco sobre o motorista, teve a pensando em algo um pouco mais elegante do que jeans e tênis. Exatamente uma hora depois, ela foi atender a porta. Havia escolhido uma capa elegante preta com correias, e usava salto “sexy”, altíssimo que Damon tinha devolvido para ela poucos dias antes. Arrumou seus cabelos artisticamente sobre sua cabeça, e escolheu brincos de diamante com uma simples lágrima. Ela conferiu seu batom no espelho antes de abrir a porta. Foi recebida por um grande homem em um terno de aparência sombria. Ele usava cores escuras, apesar de ter passado bem passado das nove horas. “Senhorita Malone?” “Sim, sou eu,” disse ela com um sorriso hesitante.

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Voltou o sorriso dela e ofereceu-lhe o braço. “Sr. Roche gostaria que se juntasse a ele. Vou estar conduzindo você ao seu destino.” Seus olhos arregalaram quando viu o carro que tinha chegado. Talvez estivesse esperando uma limusine, mas vendo um Bentley8 o pânico bateu nela. Quem diabos tinha um Bentley à sua disposição? Os clubes de sexo eram tão lucrativos assim? O motorista a ajudou no banco de trás, em seguida, fechou a porta atrás dela. Ela afundou-se no macio couro e fechou os olhos em apreço. Enquanto se afastavam, olhou para fora da janela colorida do caminhão de Gray. Emitiu um suspiro triste e voltou sua atenção para o interior do carro. O som suave de uma melodia clássica encheu o ar. Virou a cabeça para olhar pela janela novamente, apreciando as luzes da cidade. Trinta minutos depois, o Bentley puxou até um toldo, onde um porteiro abriu a porta do carro e estendeu a mão para ajudá-la. “Por aqui, senhorita Malone”, disse ele. Ela arqueou as sobrancelhas, surpresa e impressionada com toda a pompa. Estava mais intrigada do que nunca sobre o status de Damon como gerente de um clube de sexo. Ela foi levada a um restaurante, escurecido intimamente, onde foi prontamente entregue ao maítre, que se curvou e beijou a mão dela. Ele segurou ofereceu o braço, e a levou para dentro. O mobiliário gritava em exclusividade. Desejou que tivesse prestado mais atenção quando no caminho, embora duvidasse que reconhece o nome de qualquer maneira. O único lugar onde costumava ir regularmente era Cattleman’s, e não era exclusivo. Para sua surpresa, o maítre a escoltou passando uma área de jantar comum e entrou num salão menor, privado, nos fundos do restaurante. Quando entraram, Damon se levantou 8

São alguns dos carros mais luxuosos disponíveis no mercado. 177


da mesa pequena do outro lado da sala e sorriu. Ele estendeu a mão para a mão dela, em seguida, acenou para o maítre. “Isso é tudo Phillip.” Phillip sorriu e acenou, partindo do salão. Damon puxou uma cadeira da mesa e gesticulou para ela sentar. Então, circulou em volta e sentou em sua própria cadeira. Estendeu a mão e afrouxou a gravata, em seguida, começou a desabotoar as abotoaduras em sua camisa de mangas compridas. “Espero que não se importe que fique mais confortável”, disse ele. “Não,” ela murmurou. Ele colocou seu braço de volta na mesa e encontrou o olhar dela. “Você está linda.” Ela se mexeu desconfortavelmente na cadeira. Por alguma razão, ela sentiu que o Damon que falou com ela, era diferente daquele que se reuniu na Casa, não era esse mesmo homem que agora sentava perto. E agora se sentia tola por chamar, e pedindo-lhe para falar com ela. “O que você gostaria de beber?” Perguntou ele. “Eles têm uma excelente seleção de vinho, ou se preferir, algo mais forte.” Ela suspirou. “Eu não suponho que você pode obter uma cerveja aqui.” A última coisa que precisava era de álcool. Sua cabeça estava abafada o suficiente sem a adição de licor à mistura. Ele riu, perfeitos dentes brancos retos, e piscando. “Cerveja de raiz. Eu vivo para servir.” Ele gesticulou para o garçom que Faith não tinha visto em pé no canto. Quando o jovem caminhou para o lado de Damon, Damon pediu, e Faith não estava familiarizada com a garrafa da melhor cerveja de raiz.

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Ela riu enquanto o garçom nem mesmo piscou um olho. “Sou perdidamente desajeitada,” disse ela por meio de desculpa a Damon. “Você é maravilhosa,” disse com um sorriso. “Você está com fome, afinal?” Ela balançou a cabeça, sabendo que seu estômago não iria tolerar alimentos, depois da turbulência de hoje. O silêncio constrangedor caiu entre eles, e Faith mexeu com seu guardanapo na mesa para cobrir sua inquietação. O garçom retornou tendo suas bebidas, ela pegou com gratidão no vidro frio. Enquanto o garçom se afastava, Damon fixou com seu olhar. “Agora, o que está incomodando você?” Perguntou ele. Ela tomou um gole de sua cerveja em seguida, colocou o copo com um suspiro. “Primeiro você tem que me dizer como um homem que eu pensava ser um simples gerente de clube, acabou se tornando o Sr. GQ9.” Ele deu um sorriso irônico. “Não acredito que disse ser um simples gerente do clube.” “Não, não acho que fez,” admitiu. “O Bentley pode ter sido um pouco exagerado, embora.” Ele riu e tomou outro gole de seu vinho. “Ok, admito, estava tentando impressioná-la. Funcionou?” Ela encolheu os ombros. “Acho que estou mais confusa do que impressionada, mas depois parece que estou numa maré de confusão ultimamente.” O brilho divertido em seus olhos desapareceu e foi substituído por uma preocupação genuína. Inclinou-se sobre a mesa, e pôs a mão em cima dela. “Se há algo que possa fazer para ajudar, Faith, eu vou.” 9

Revista americana para homens que trata de uma variedade de assuntos (saúde, carreira, artes, moda, etc) 179


Ela lentamente retirou a mão e colocou no colo. “Admito, havia coisas que queria discutir com você, um assunto que achei que você poderia ter uma experiência considerável, mas agora...” “Agora, o quê?” Ele perguntou. Ela se contorceu na cadeira. “Agora, me pergunto o quanto do seu papel como 'Gerente' da casa é apenas um jogo, como todo o resto. Estou tendo um tempo difícil para descobrir o que é real e o que não é.” “Ah.” “O que significa isso?” Ela perguntou, frustrada pelo olhar aparentemente entendedor sobre o seu rosto. Ele sentou-se e respirou fundo. “Faith, eu sou dono de A Casa. Assim, minha posição de gerente ou proprietário, é certamente legítima. A Casa é minha fuga. É um lugar onde posso ir, onde sou livre para ser eu mesmo, ou desfrutar de uma vida diferente.” “Então, é um hobby?”, Perguntou ela. Ele deu-lhe um olhar inquiridor. “Posso sentir sua raiva e frustração. Agora você se sente traída, mentida, enganada.” As sobrancelhas dela subiram. Sim, acertou uma na cabeça. Na verdade, se sentia mais como se tivesse ficado presa em alguma terra de fantasia sem fim, onde todos estavam lendo um desses roteiros que Gray reclamou. “Admiro você, Faith. Realmente admiro.” “Hein?” “Você sabe o que quer, e não está disposta a se contentar com menos, e está disposta a cometer erros enquanto busca.” Ela riu. Não podia evitar. Sabia o que queria? Ela desejou. Tornaria as coisas muito mais fáceis.

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Balançou a cabeça, quando ele falou. “Você pode estar confusa agora, mas sabe lá dentro no fundo, o que quer. Simplesmente não sabe como obtê-lo. É por isso que veio para A Casa. Não é porque não sabe o que queria, mas simplesmente não sabia onde encontrá-lo.” “Ou como ir sobre ele,” disse ela sombriamente. “Quem foi o cara?” Damon perguntou curiosamente. “O que apareceu em A Casa parecendo que queria rasgar Brent membro a membro.” Faith olhou para baixo e fez uma careta. “O nome dele é Gray.” “Ele parecia saber muito sobre você”, ele disse simplesmente. Ela suspirou. “Acho que me entende muito bem.” “Qual o significado?” “É uma longa história. Uma história longa, muito confusa.” “Tenho a noite toda”, disse ele preguiçosamente. Ela hesitou por um momento, e então derramou toda a história, começando com seu rompimento com John e seu encontro posterior com Gray, primeiro no A Casa, e, em seguida, em seu apartamento. “E o triste é que ele está certo”, disse ela quando tinha acabado. Damon deu um olhar pensativo enquanto encheu sua taça de vinho. “Esperava que talvez você pudesse dar algumas dicas. Estou jogando? A mesma coisa que desprezei tanto sobre a minha experiência na Casa? Estou querendo algo que simplesmente não existe fora do papel, e fantasias elaboradas?” Ele se inclinou e tocou seu rosto.

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“Não penso assim de forma alguma. Acho que, como disse antes, você é uma mulher que sabe muito bem o que quer. Simplesmente não sabe como fazê-lo, nem encontrou o homem certo, um homem que não terá que tomar uma direção, sugestões ou roteiros.” “Eu sou pervertida?” “Não. Você é uma mulher que a maioria dos homens sonha em ter. Eu incluído. Passo muito tempo na Casa, e parte dele é porque também estou pesquisando. Por que, nem tenho certeza, mas sei que vai além dos jogos inofensivos, feitos à porta fechada. Não invejo nenhum dos meus fregueses em seus excessos sexuais. Estou muito empenhado em dar-lhes um ambiente seguro para jogar suas mais loucas fantasias.” “O que você quer?”, Perguntou delicadamente. Ele sorriu e abanou a cabeça. “Iria chocá-la.” Ela levantou uma sobrancelha. “Se ter você assistindo enquanto eu chupava outro homem não me choca, não vejo porque qualquer coisa que você tem a dizer, deve.” Ele engasgou com o vinho e puxou um guardanapo para cobrir sua boca. Levou um minuto para descobrir que ele estava rindo. “Você é tão refrescante, Faith. Não consigo entender você. Você tem o rubor mais feminino, ainda está muito fechada.” “Bem? Você vai me dizer que tipo de mulher está procurando?” Damon estudou-a por um momento e depois colocou o guardanapo de volta na mesa. “Você e minha mulher de sonhos, dividem muitas qualidades, acho. Mas gostaria de levar as coisas adiante.” Ela se inclinou para frente. “Ah, agora você me tem intrigada.” Ele sorriu.

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“Quero uma mulher que é totalmente submissa. Acho que em alguns círculos, ela pode ser considerada uma escrava.” Os olhos de Faith se arregalaram. “Escrava?” “Disse que em alguns círculos,” disse ele secamente. “Você vê, as pessoas são muito presa a rótulos. Quero uma mulher totalmente dedicada a mim e minhas necessidades. Em troca, ia cuidar dela e dar cada fodida necessidade. Mas gostaria de estar no controle.” “Mas isso é o que quero”, disse ela baixinho. Ele balançou a cabeça. “Eu sei. Triste, não é? Aqui estamos nós, um homem e uma mulher, ambos querem as mesmas coisas, e contudo, não são atraídas um pelo outro.” Ela começou a protestar, mas ele sorriu. “Vamos lá, você sabe que é verdade. Sim, você respondeu ao meu toque. Mas quando Gray entrou em cena, bem, foi outra história.” Não havia muito que pudesse dizer com isso. “Então, você acha que com base no que lhe disse, não tenho chance com Gray? Quero dizer, ele soa exatamente como você. Ele quer uma mulher submissa, sem jogos, etc. Como posso mostrar a ele que a coisa é real?” Damon balançou a cabeça. “Não sei o que te dizer, Faith. Parece-me que está lutando contra sua própria atração por você. Ora, não sei. Se você demonstrou interesse em mim, teria lhe colocado um colar e amarrado a minha cama em dois segundos.” Calor zumbiu acima de sua coluna e subiu em seu rosto. “Gosta dessa imagem, não é?”, Ele brincou.

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“Idiota”, ela murmurou. “Droga, por que tenho de ficar fisgada nele? Porque ele faz isso para mim, e ninguém mais? Você sabe, desde que comecei a perseguir toda esta coisa de querer um homem para cuidar de mim, tive mais ofertas do que já tive na vida?” “Os homens amam uma mulher submissa”, Damon disse simplesmente. “Mesmo quando eles dizem que não. Não há algo sobre uma mulher bonita, com aparência suave que lhes protegem, e cuidam deles, que inspira um homem para a grandeza.” “Parece que há um monte de espaço para o abuso desse poder, no entanto,” ela observou. Damon assentiu. “Isso não existe. Se mais homens agissem de forma responsável, então, mais mulheres, não se importariam em permiti-lhes um papel de liderança.” “Oh meu Deus! Não posso acreditar que você disse isso. Isso é o que eu disse! Disse a Gray, na semana passada. Que se mais homens não abdicassem da sua responsabilidade, as mulheres estariam mais dispostas a deixá-los ser o chefe da casa.” Damon sorriu e, novamente, amaldiçoou o fato de Gray estar dominado seus pensamentos e desejos. Aqui, novamente, estava um homem disposto a mostrar-lhe as coisas que ela queria. E novamente, poderia ir embora depois de passar tanto tempo procurando um homem em primeiro lugar. Foi o suficiente para fazê-la uivar de frustração. “Eu preciso de férias,” disse ela. “Preciso de tempo para descobrir que diabos vou fazer com minha vida.” Ele pegou a mão dela na sua, e esfregou os dedos sobre a palma da mão. “Tenho uma casa de praia. Podia dar-lhe a chave. Você poderia passar alguns dias lá, ter algum tempo para si mesmo. Ninguém iria incomodá-la.” Ela o estudou, tentada a tomar sua oferta. Poucos dias na praia parecia o céu. E iria impedi-la de ter de ver Gray até que tivesse fortalecido.

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“Vai ter o meu motorista para levá-la no Bentley”, ele falou com um sorriso travesso. Ela riu. “Ok, negócio fechado. Damon, eu não sei como lhe agradecer.” “Não me agradeça. Tenho um motivo.” “Ah?” Ele sorriu. “Sim, se as coisas não dão certo entre você e Gray, eu estou esperando você vir para mim.” Um arrepio quente rolou sobre seus braços, enquanto seus dedos continuavam a acariciar sua palma. “Vou manter isso em mente”, disse ela. E estava falando sério. Se Damon desse meia chance, poderia encontrar que eram compatíveis. “Quando você gostaria de ir?” Perguntou ele. “Fale a hora, e vou ter o meu motorista buscando-a.” Ela olhou o relógio. “Honestamente, não tenho nenhum desejo de ir para casa ainda, então você está preso, me entretendo por um tempo. E se o seu motorista não estiver muito cansado, poderia simplesmente correr pra casa mais tarde e esperar por mim para fazer uma mala. Posso sempre dormir quando chegar lá.” Damon Sorriu. “Bom, isso está resolvido. Agora, posso pegar um pouco mais de cerveja de raiz?”

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C V S apítulo

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Gray passou uma noite agitada discutindo consigo mesmo. Nas primeiras horas da manhã, desistiu da ideia do sono e sentou em sua cozinha com uma xícara de cafeína líquida. E se tivesse fodido qualquer chance que teve com Faith? E justamente quando foi que realmente começou a pensar na ideia de um relacionamento com ela? Relacionamento? Tinha que estar fora de sua maldita mente. Primeiro foi o fato de que estava mentindo para ela e a usando. Era um meio para um fim. Então havia o fato de que sua vida, o pouco que tinha, estava em Dallas. Engraçado que não tinha dado muita atenção à sua carreira desde que chegou a Houston, mas o fato é que era um policial muito bom. Não há nenhuma razão que não possa ir se desculpar. Diga-lhe a verdade. É uma mulher inteligente. Não tem nada a ver com sua mãe de qualquer jeito. Saia dando desculpas. Quer a mesma coisa que você. Ao colocar desse modo, parecia perfeitamente simples. Simplesmente lhe diria a verdade sobre por que estava aqui. Então, esperaria que cooperasse. Poderia investigar o envolvimento de Samuels na morte de Alex, e então talvez ele e Faith pudessem explorar a atração entre eles. Atração. Inferno. A palavra não fazia justiça a esta química entre eles. Mick cagaria um tijolo, mas teria que lidar. Não era sua bunda aqui na linha, era a de Gray. Enquanto a justiça fosse feita, não deveria importar nem um pouco com Mick quando ela surgisse.

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Agora que acabou convencendo a si mesmo, estava ansioso para chegar ao trabalho e descobrir como iria consertar as coisas com Faith. Ele sinceramente não sabia como iria reagir. Mas não estava disposto a assumir a decepção maior. Não quando queria muito explorar uma relação sem qualquer bagagem. Havia aquela maldita palavra outra vez. Mas se fosse honesto, sabia que queria algo diferente de uma foda casual. E o tipo de relacionamento, que ela disse que queria era exatamente o que ele queria também, e assumiu que nunca encontraria. Pegou as chaves e saiu com seu caminhão, se sentindo mais leve do que tinha há algum tempo. Ele olhou abaixo para ver que o carro de Faith ainda estava estacionado, o que achava estranho, considerando que geralmente ela chegava antes de todos no escritório. Uma rápida olhada em seu relógio lhe disse que ele ia mais cedo que o habitual, no entanto. Brevemente pensou em ir a seu apartamento para falar com ela, mas era provável que estivesse se aprontando, e não queria uma emboscada. Ele apenas esperaria até que pudesse ficar sozinho com ela no escritório. Quando chegou ao escritório, encontrou Pop e Connor lá. Pop olhou para cima quando Gray caminhou por seu escritório, em seguida, gritou para ele parar. Gray parou e enfiou a cabeça na porta. “O que foi?” “Faith não virá esta manhã,” Pop disse. “Connor e eu estamos saindo em um lance, e Micah e Nathan não estarão aqui até mais tarde. Você pode classificar a correspondência, e ficar por aqui por um telefonema que estou esperando? Tenho que estar de volta em torno das dez para uma chamada em conferência com um cliente importante, então poderia usar a ajuda ao redor do escritório.” Gray piscou surpreso. “Faith não está vindo?” 187


“Sim, eu sei, ninguém sabe onde está uma maldita, além dela,” Pop resmungou. “Ela sabe onde está tudo. Vai ser um dia de cão sem ela hoje.” “Ela está bem?” Gray perguntou, meio com medo da resposta. Se a tivesse irritado? Essa foi uma estupida pergunta. É claro que ele a aborreceu, mas foi por isso que não estava, ou era algo completamente independente? Pop encolheu os ombros. “Disse que não vinha trabalhar. Ela não faz isso o suficiente para eu questionar-lhe uma vez que ela faça.” Gray fez uma careta e disse: “Claro, posso começar com a correspondência e ficar por aqui. Não é um problema.” “Obrigado. Estou esperando um telefonema de Sherman Winston. Quando ele chamar, transfira para o meu celular. Eu originalmente planejava ficar aqui, mas esse lance surgiu, e preciso lidar com isso.” Gray acenou e seguiu para seu gabinete. Adivinhou que Faith teve o suficiente de merda sobre ela. Não que fosse culpá-la. Teria que rastejar para tê-la, e só depois que contasse a verdade de por que estava aqui. As nove, o carteiro trouxe as correspondências, e colocou na mesa de Faith. Gray agradeceu, em seguida, pegou um punhado de envelopes e começou a ordenar verificando a partir da outra correspondência. Estava no meio da pilha quando se deparou com um envelope endereçado a Faith Martin. Ele franziu a testa enquanto tomou o nome rabiscado e endereço. Não havia endereço do remetente, e obviamente não era sobre negócios. Faith Martin? Martin era o sobrenome da mãe de Faith. Ninguém que tivesse qualquer relação com Faith teria a chamado assim, mas Malone. 188


O cabelo no pescoço dele levantou-se. Não poupando um pingo de culpa por abrir sua carta, aliviou uma abertura no canto, e cortou o topo. Não queria manchar o selo, em caso de DNA poder ser tomado. Ele teve o cuidado de só tratar os cantos do papel que ele abriu. Seu olhar se lançou ao longo da quase letra ilegível, e enquanto o leu, raiva quente vermelha, subia sobre ele. Dê-nos o dinheiro, sua puta. Seu velho tem um monte pelo que ouvi, e aposto que estaria disposto a participar com um pouco para evitar a sua linda filha de ser ferida. Podemos fazer isso da forma mais fácil, ou podemos fazer da maneira mais difícil. De qualquer maneira, vamos acabar com o dinheiro. Sua escolha. Gray enfiou o papel de volta no envelope, em seguida, dobrou-a e empurrou-o no bolso. O maldito bastardo tinha acabado de ameaçar Faith. Ele tinha que chegar a seu apartamento imediatamente. Certificar-se que estava bem, e que não estava sozinha. Não havia tempo como o presente para ter seu momento venha-a-Jesus.

Faith se recostou no assento de couro e observou preguiçosamente o cenário voar em um borrão. Foi uma bela manhã. Já quente, mas o sol brilhava, e quantos mais saíram de Houston, mais azul o céu se tornava. Eles percorreram Galveston a oeste. O tráfego e o número de casas diminuíram à medida que se distanciavam mais da ilha. Finalmente, puxaram para uma casa grande na praia, a casa ocupava pelo menos um trecho de milhas da costa. Ela saiu e respirou o ar salgado. Era perfeito. Teria privacidade total. Ninguém para se intrometer. Era o paraíso. O motorista, que se identificou como Sam, levou a mala para dois lances da escada para a frente da porta, e a abriu para ela. Colocou a bagagem no interior da porta, em seguida, pegou no bolso um cartão. “Aqui está o meu número. Se você precisar de algo, é só me ligar.”

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Ela pegou de sua mão e sorriu. “Obrigado, Sam. Realmente aprecio isso.” Sam assentiu e desceu as escadas de volta para o Bentley, deixando-a sozinha na casa espaçosa. Atravessou a sala para o deque atrás, e pisou fora das portas de vidro deslizantes. A brisa pegou seus cabelos e atirou na cabeça. O som suave das ondas acalmou seu nervo preocupado. Levantou os ombros relaxados, em seguida, os soltou com um suspiro enorme. A cadeira do gramado acenou, e ela não pôde resistir em afundar nela. Apoiou os pés para cima e contemplou sobre as águas do golfo coradas. Lembrando que precisava chamar Pop e lhe dar uma explicação melhor de por que não vinha trabalhar, pegou ao redor em seu bolso o celular, e esperou que tivesse sinal para fora distante de Galveston. “Por que você está chamando no celular?” Pop perguntou quando ele respondeu. Ela sorriu. “Porque não estou em casa.” “Tudo bem? Achei que você estava doente. Você não parece doente, mas não soa bem também.” “Estou bem”, ela conseguiu dizer com uma voz razoável. “Eu só preciso... preciso de Férias, Pop. Espero que você não se importe que pegue alguns dias. Sei que deveria ter planejado com antecedência, mas—”. Ele cortou antes que pudesse aprofundar mais em sua explicação. “Você não precisa justificar um período de Férias para mim, garota,” disse rispidamente. “Você merece uma, e vai tirar. Não quero ver você aqui por uma semana pelo menos.” “Você tem certeza?” Perguntou ela, embora já se comprometesse a fazer isso. “Vamos administrar muito bem por aqui. O café não vai valer nada, mas vamos conseguir.”

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Ela riu. “Obrigada Pop. Você é o melhor.” “Apenas tome cuidado. Não tem sido você mesma ultimamente.” “Eu te amo”, disse ela baixinho. “Eu também te amo, menina.”

Gray deixou o escritório e arrancou do estacionamento, como se estivesse indo para um incêndio. Precisava chamar Mick e dizer-lhe que as coisas haviam intensificado, e que Samuels estava mais seguramente em Houston ou perto, mas primeiro, tinha que se ajeitar com Faith. Ele viu o carro ainda no estacionamento. Correu até a porta e bateu alto. Quando não obteve resposta, bateu novamente. “Faith, é Gray. Abra a porta. É importante.” Mais uma vez esperou, mas não obteve resposta. Dor apertou seu peito. O carro dela estava aqui. Por que não atendia a porta? Bateu mais uma vez no caso dela estar no chuveiro e esperou vários segundos. Então fez o que qualquer outro tira faria na sua situação. Chutou a porta para dentro. Ela abriu e atingiu a parede oposta com um estrondo. Entrou correndo, desejando como o inferno que tivesse trazido sua arma. Seu apartamento estava escuro. Nem uma única luz estava acesa. O único som que se ouvia era o zumbido da geladeira. Correu pelo apartamento, procurando em cada quarto, mas estavam vazios. O pânico cresceu no seu estômago, deixando-o com um sentimento de náusea. Onde diabos ela estava? Samuels já a tinha chegado a ela? Correu de volta para o seu caminhão e tirou seu telefone celular. Chamou Mick no caminho de volta para o escritório. Esperava Pop ou Connor 191


pudessem dizer uma razão perfeitamente sã para o carro de Faith estar em seu apartamento, e ela não estar lá. Quando Mick atendeu, Gray rapidamente falou da carta que tinha interceptado. Mick respirou forte. “Ele está ai. Sabia que o filho da puta não seria capaz de resistir a bater na filha até por dinheiro. Esta é uma oportunidade perfeita, Gray. Podemos usá-la como isca, atrair Samuels, e pregar sua bunda na parede.” “Ei, espere um minuto, maldição, Mick. Nós não vamos usar a Faith como isca. Use sua cabeça. É uma inocente vítima aqui. De jeito nenhum vou colocá-la em perigo.” “Use sua maldita cabeça,” Mick rosnou. “Ela é nossa melhor chance de pegar este bastardo. Não deve nem pensar duas vezes. Sabe que é uma boa ideia.” Gray engoliu a resposta, irritado. Respirou fundo e tentou manter a calma. “Mick, você está trabalhado. Precisa se acalmar e pensar racionalmente sobre o assunto. De jeito nenhum pegar Samuels vale a pena colocar uma mulher inocente em perigo.” “Está pensando com seu maldito pênis,” Mick disse furiosamente. “Não vou envolver Faith nisso”, Gray gritou. “Acho que é melhor que eu vá para Pop e diga-lhe tudo. Obter a ajuda dele. Ele tem uma filha para proteger, e nós temos um assassino para capturar. Podemos trazer as autoridades locais e fazer isso pela forma correta.” Uma série de maldições irrompeu sobre a linha. Gray rangeu os dentes e contou até dez. “Estou certo, e você sabe disso, Mick. Não posso acreditar que você até mesmo considerou usar Faith. Você perdeu toda a perspectiva. Acho que deveria se afastar e deixar que eu cuide disso.” O silêncio caiu sobre a linha. “Não, não, você está certo, claro. Faça o que precisa fazer. Vou descer ai. Posso estar lá em cinco horas. Ligo-te quando chegar.”

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Gray começou a dizer que não era necessário, e realmente preferível que Mick ficasse em Dallas, mas Mick já havia desligado. Gray mordeu uma maldição, e atirou o telefone no seu lugar. Ele ferrou tudo. Mick estava bem sobre a borda, e Gray deveria ter visto isso antes. Nunca deveria ter deixado Mick convencê-lo a fazer isto. Mas uma voz dentro de sua cabeça lembrou-lhe que se Mick não lhe pediu que viesse, Faith ainda estaria em perigo. Um perigo que ninguém iria saber se Gray não estivesse aqui. Se pudesse encontrá-la antes que Samuels, se ele não já a tivesse, então poderia fazer as coisas direito. E fazia questão de ter certeza que estava segura. Quando chegou ao escritório, seguiu pelo corredor até a porta de Pop. Abriu a porta e encontrou-se com os olhares irritados de Pop, Connor e Nathan. “Onde está a Faith?” Gray exigiu quando caminhou dentro, e Pop rapidamente apertou o botão de voz e pegou o fone. Em seguida, cobriu o bocal com a mão e olhou para Gray. “Esta é uma chamada importante,” Pop retrucou. Gray colocou as mãos na mesa de Pop, ignorando Nathan e Connor, e se inclinou em direção a Pop. “Faith pode estar em um monte de perigo. Você sabe onde ela está?” “Vou ter que voltar para você”, Pop disse um pouco antes de ele desligar o telefone. Connor e Nathan dispararam para mais perto de Pop, que se levantou. “O que você está falando, meu filho?” Pop exigiu. “Acabei de falar com a Faith um tempo atrás. Ela parecia bem o suficiente.” Gray quase murchou em alivio. Ele caiu em uma cadeira próxima e soprou sua respiração em um profundo suspiro. “Preciso saber onde ela está.” Connor cruzou os braços sobre o peito e olhou ameaçadoramente para Gray. “Não vejo que seja da sua conta onde está, mas com certeza gostaria de saber por que você pensa que é.”

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“Quero voltar para a parte onde acha que ela está em perigo,” Pop interrompeu. Em resposta, Gray arrancou a carta que abriu e atirou-a sobre a mesa. “Cuidado,” disse ele, quando Pop a pegou. “Isso é prova.” Pop fez uma careta, mas deslizou cuidadosamente o papel para fora do envelope e abriu-a devagar. Seu cenho se aprofundou enquanto lia, e Nathan, e Connor olharam por cima do ombro para que pudessem ver também. “Que diabos?” Disse Nathan. A mão de Pop tremia enquanto colocava a carta de volta para baixo. “O que sabe sobre isso, e onde a pegou?” ele perguntou a Gray. Gray torceu os lábios e balançou a cabeça sabendo que teria que falar toda a história. “A mãe de Faith a chamou pedindo dinheiro,” disse ele, após decidir começar com a mais pertinente da informação. Ele começaria sua decepção em um minuto. “Porra” Jurou Connor. “Sabia que algo a estava incomodando.” “Mas o que a mãe tem a ver com isso?” Nathan perguntou. “Você acha que é ela” Gray sacudiu a cabeça. “Célia está com um homem que é suspeito de assassinar o meu parceiro,” disse ele suavemente. Três pares de olhos perfuraram buracos em seu crânio. “Tenho um sensação que não vou gostar do que estou a ouvir,” Pop disse em um grunhido próximo. “Não, você provavelmente não vai,” disse Gray. “Vim aqui, como um favor para o pai do meu parceiro. Alex, o meu parceiro, foi morto no cumprimento do dever. O inquérito não ia a lugar nenhum, e havia um monte de dedos apontando, a maioria delas dirigida ao meu parceiro.”

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“Mick fez algumas investigação por conta própria e veio com Eric Samuels, um homem que passou a ter alguma ligação direta com a mãe de Faith, antes do assassinato. Então os dois desapareceram.” “Isso não explica por que você veio para cá”, Nathan destacou. Gray encontrou o olhar de Nathan, então olhou para Pop. “A investigação de Mick também achou o fato de que Celia Martin gostava de se apoiar em Faith no dinheiro quando estava em apuros.” “Isso é verdade,” Pop murmurou. “Maldita puta. Deveria saber melhor do que pensar que ela ia sair da vida de Faith de forma permanente.” “Então você veio aqui para se aproximar da Faith, na esperança de Celia ligar,” disse Connor em um perigoso tom baixo. Gray chupou sua respiração e deu o último passo. “Mick arranjou para eu conseguir um emprego aqui através de um conhecido mútuo de seu Pop. Coloquei escutas no escritório de Faith e no telefone da casa, e esperei sua mãe chamar. Ela realmente chamou no primeiro dia que conheci Faith, mas não tinha colocado o grampo no lugar ainda.” “Filho da puta,” Connor fervilhava. “E você não pensou em dizer-nos nada disso?” “Você está usando ela,” Nathan observou calmamente. “Sabia que algo estranho estava acontecendo entre vocês dois. O quão perto você chegou dela nesta pequena investigação de vocês?” Connor deu um passo ameaçador, Pop colocou o braço para fora para parar ele. “Agora não, maldição. Quero ouvir o resto.” Gray permaneceu encarando o desafio tácito de Connor. “Poucos dias depois dessa primeira conversa telefônica, ela chamou novamente, e encontrei Faith em seu escritório extremamente chateada. Mais tarde, quando escutei a reprodução, podia ouvir Samuels no fundo fazendo declarações ameaçadoras para a mãe de 195


Faith. Mick me deu um relatório que ele e Celia tinham sido vistos em Huntsville, então pensamos que poderiam estar vindo para cá.” Pop soltou um palavrão. “Esta manhã encontrei isto no correio,” disse Gray, apontando para a carta sobre a mesa. “O bastardo está aqui, e é por isso que temos de encontrar Faith e mantê-la segura.” Connor cerrou os punhos ao seu lado e os músculos de seu pescoço incharam flexionados. “Ela não estaria, em qualquer perigo se você tivesse sido honesto com a gente desde o início. É meio difícil de protegê-la quando estamos mantidos no escuro, porra.” Pop pegou o celular e digitou um número com os dedos trêmulos. Ele enfiou o telefone na sua orelha e levantou-se, impaciente. Poucos segundos depois, mordeu outra maldição antes de fechar o telefone, e deixa-lo cair sobre a mesa. “Caiu no maldito correio de voz.” “Você não sabe onde ela está?” Gray perguntou, incrédulo. “Não, não sei muito bem onde está. Ela ligou e disse que precisava de Férias. Disse a ela para tomar uma. Nem sequer pensei em perguntar onde estava. Não achei que era importante no momento.” Pop afundou em sua cadeira e esfregou a mão no cabelo dele. “Preciso de um minuto para pensar.” “Você tem quaisquer contatos com o Departamento de polícia de Houston?” Gray perguntou. “Nós precisamos ter Faith em observação no apartamento. Talvez até mesmo criar um chamariz. Se Samuels está assistindo, provavelmente vai ir para lá. Faith tem uma rotina que normalmente não se afasta.” “Sim, você sabe que não iria,” disse Nathan com um grunhido. “Poderíamos montar uma armadilha para o babaca”, disse Connor. “Parece que ele está malditamente desesperado.” 196


“Era o meu pensamento,” disse Gray. “Nós precisamos encontrar Faith, dizer a ela o que está acontecendo e colocá-la em algum lugar seguro.” Pop sacudiu a cabeça. “Não.” Gray, Connor e Nathan todos olharam para ele com surpresa. Pop os fitou em turnos. “Não quero que saiba sobre nada disso.” Gray balançou a cabeça em confusão. “Como você fará para esconder dela? Ela precisa saber.” “Dê-me um maldito minuto para pensar,” Pop rosnou. Colocou a testa nas mãos e olhou para baixo por um longo momento. “Tenho um plano,” disse Gray lentamente, franzindo a testa, enquanto deu mais atenção à ideia formando em sua cabeça. “Talvez você devesse lidar com isso,” Connor disse acidamente. “Eu não sou louco também sobre seus planos até agora.” Pop levantou a mão. “Eu não estou muito feliz com qualquer um, mas agora, o mais importante é ter certeza de que Faith está segura. Todo o resto pode esperar.” Gray pigarreou e continuou desconfortavelmente. “Não posso estar envolvido nisso, não oficialmente, quero dizer. Nós descobrimos onde Faith está, e eu vou para ela. Manter um olho nela, até que isso seja resolvido. Você pode coordenar com a polícia de Houston aqui e trabalhar uma maneira de pegar Samuels. Talvez até mesmo ir com um chamariz, como mencionamos anteriormente. Vou deixar Faith saber o que está acontecendo, e você pode manter-nos informados sobre o seu progresso.” Novamente Pop sacudiu a cabeça. “Eu não quero que ela saiba sobre isso.”

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“Ela tem que saber”, disse Gray. “Não há nenhuma maneira de evitar isso dela.” “Não me diga o que porra vai ou não vai dizer à minha filha,” disse Pop em uma explosão de raiva. Seus lábios apertaram, e parecia estar tentando recuperar o controle de seu temperamento. “Olha, Faith é a menina mais doce que eu conheço. Mesmo com tudo que sua mãe fez, iria quebrar o coração dela, saber que mãe estava envolvida em algo assim. Não posso deixar isso acontecer com ela novamente. Ela já sofreu muitas vezes por essa cadela.” “Você não pode protegê-la de tudo”, argumentou Gray. Pop olhou diretamente nos olhos dele, e ergueu um dedo. “Vou protegê-la de tudo que puder. Não há nenhuma necessidade para que saiba. Está em Férias. Eu disse a ela para tomar uma semana. Nós vamos descobrir onde está, e então você pode ir, e ter certeza que ela permanece estável e segura.” “Não gosto disso”, Connor interrompido. “Não o quero perto dela.” Pop levantou a mão. “Não estou mais feliz sobre essa maldita bagunça que você, Connor, mas Gray está certo. Ele não pode estar envolvido nisso, e preciso de você e Nathan e Micah aqui se nós vamos pegar esse filho da puta. Alguém tem que certificar-se que Faith permaneça segura.” Olhou Gray de cima abaixo. “Posso contar com você para fazer isso?” “Não gosto de mentir para ela”, disse ele com os dentes cerrados. “Não sobre algo assim.” “Mas mentiu para ela sobre todo o resto,”, Nathan apontou com uma carranca. Os dedos de Gray enrolaram em punhos. “Fiz o que tinha que fazer para encontrar o homem responsável por assassinar um policial. Aquele desgraçado matou o meu parceiro. Tinha a responsabilidade de fazer o que 198


fosse necessário para trazê-lo para a justiça. Não gostava de enganar qualquer um de vocês, e não quero mentir para Faith mais do que eu já tenho. Eu...” “Você o quê?” Connor exigiu. Ele ignorou Connor e olhou Pop nos olhos. “Eu me importo com sua filha. Tentei o meu melhor para não fazer. Tentei ficar longe dela. Sou a razão, dela tirar essas malditas férias. A incomodava, e agora é tempo para fazer a coisa certa. Não posso fazer isso direito, se estou preso mentindo para ela um pouco mais.” Pop nem mesmo recuou. Ele encontrou o olhar de Gray com um olhar firme. “Você pode fazer o certo quando o bastardo que está ameaçando ela estiver atrás das grades. Não há nenhum sentido em perturbá-la desnecessariamente. Sua mãe já lhe causou dor suficiente. Se ela sabe o que sua tola mãe fez, você não será capaz de mantê-la longe daqui. Vai se preocupar que Celia está em apuros. Poderia ser dias antes de pegar esse cara. Não há sentido em tê-la preocupada o tempo todo.” “Não gosto disso”, disse Gray. “Não sou tão louco por isso também”, Connor murmurou. Gray notou o olhar de soslaio que Connor jogou para Pop. “Ela não é uma criança,” Gray assinalou. “Você não parece ter quaisquer problemas em manter a verdade dela quando convinha a sua finalidade,” Pop disse, levantando a ira em sua voz novamente. Gray olhou para o teto em frustração. Eles estavam perdendo muito tempo precioso em uma ridícula partida. Ele precisava encontrar Faith e ter certeza que estava protegida. Voltou seu olhar para Pop. “Olhe, quando cheguei aqui, não tinha ideia se Faith era inocente ou não. Como eu ia saber? Por tudo que eu soube, ela estava completamente ciente da situação de sua mãe. Não conhecia Faith. Tive que tratá-la como qualquer outro suspeito potencial. Agora sei que não está envolvida, e não gosto de mentir para ela mais do que já fiz.”

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“E eu não quero que ela se machuque,” Pop disse calmamente. “Ela é minha filha. Eu a amo. Se posso manter o conhecimento de que sua mãe estava disposta a permitir que seu último namorado prejudicasse a própria filha por dinheiro, então por Deus que vou.” Gray fechou os olhos. “Tudo bem. Entendi.” Que situação impossível. Sua mente correu para encontrar uma maneira de fazer tudo funcionar. Como deveria apenas aparecer, nas férias de Faith por acidente, e agir como se não tivesse um motivo para estar lá? Duvidava que ela ficaria muito feliz em vê-lo. Ele imaginou ser capaz de se acertar com ela, mas ao invés estaria indo para ela com mais mentira. Mas tudo teria que ser real. Teria que mostrar a ela que era real. E real, era sua atração por ela, sua necessidade para ver se tinha alguma chance no tipo de relacionamento que ambos queriam. Será que poderia fazer aquilo a razão real para persegui-la? Essa parte não seria uma mentira. Queria acertar as coisas entre eles. Somente agora, teria que percorrer um estranho caminho para convencê-la. Inferno.

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C V S apítulo

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O edifício comercial assemelhava-se à reunião mensal da equipe da SWAT apenas uma hora depois. Policiais, amigos de Pop, entraram no escritório Malone, e o zumbido de uma dúzia de diferentes conversas reverberou por toda a construção. Em meio ao caos Micah caminhou cautelosamente, uma expressão de espanto em seu rosto. “Que diabos está acontecendo?” Ele perguntou da porta do escritório de Pop. Todos os quatro homens viraram, seus telefones celulares nos ouvidos. Pop colocou o seu de lado. “Você sabe onde Faith está?” perguntou ele. Um olhar peculiar cruzou o rosto de Micah. “Ah, por que você pergunta? O que está acontecendo?” Gray se levantou e caminhou até onde estava Micah. “Se você sabe onde ela está, me diga. Está em um monte de perigo.” Micah olhou afiado. Ele baixou a voz para somente Gray ouvir. “Está na casa de praia de Damon.” “Quem diabos é Damon?” Gray rosnou. “Ele é o gerente de A Casa, o cara que pôs Faith na visita. Você provavelmente o viu quando foi buscá-la.” “Sim, eu vi ele” Gray rosnou. Que diabos ela estava fazendo com o cara do clube do sexo? “Ela está sozinha,” disse Micah como se estivesse lendo os pensamentos de Gray.

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“Você se importaria se os dois partilhassem com o resto de nós?” Connor exigiu. “Micah, se você sabe onde Faith está, então é melhor dizer.” “Sei onde ela está. Agora quem vai me dizer por que nosso escritório parece uma reunião do sindicato de policiais, e o que isso tem a ver com Faith estar em perigo?” Gray rapidamente relatou a história a Micah. Micah franziu o cenho e olhou para Gray. “Então, todo este tempo você estava brincando ao redor?” Gray suspirou. “Tinha um trabalho a fazer, cara. Você era um policial. Você entende.” Uma sombra maçante cruzou os olhos de Micah. “Sim, eu entendo.” A comoção no corredor tinha todos eles olhando para cima. Poucos segundos depois, Mick chegou esbravejando e passando por diversos policiais. Ele não tinha se barbeado em pelo menos uma semana, e parecia o inferno. “Nossa, Mick, o que você está fazendo aqui?” Gray exigiu. “Onde mais estaria?” Ele entrou. “Agora me diga o que está acontecendo.” Gray suspirou. “Não posso estar envolvido nisso, Mick, e nem você pode. Vou lhe dar a chave do meu apartamento. Pode ir ficar lá. A polícia irá notificá-lo quando a prisão for feita.” “Inferno O que você diz! E onde diabos você está indo?” “Estou indo certificar-me que Faith permaneça fora de perigo”, disse uniformemente. “Esperamos que isso tudo acabe rapidamente.” “Está indo embora?” Mick perguntou, incrédulo. “Vai deixar algum pedaço de traseiro intimidá-lo de pegar o assassino de seu parceiro-irmão?” Em um borrão, Connor voou passando sobre Gray e empurrou Mick contra a parede, a mão torcida na camisa do Mick. 202


“Ouça-me, seu filho da puta. Essa é a minha irmã de quem está falando. Por que você não faz o que Gray disse e cai fora daqui.” Pop andou a passos largos e puxou Connor afastado. Embora parecesse mais calmo do que Connor, seus olhos brilhavam com raiva. “Cai fora, meu filho. Eu e Mr. Winslow aqui, teremos uma pequena conversa. E então vai tirar seu traseiro fora do meu escritório.” Virou-se para Gray. “Você precisa começar a sair daqui. Você devia proteger a minha filha.” Gray começou a pegar em torno de seu bolso uma chave para seu apartamento, mas Pop agitou a cabeça. “Vou ter o cuidado de certificar que o Sr. Winslow tenha um lugar para ficar. Você se concentra em seu trabalho, e nós fazemos o nosso. Estarei chamando e avisando como as coisas estão indo, e quando é seguro voltar para casa.” Gray assentiu com a cabeça, e voltou para Micah. “Preciso que você me diga onde é.” Micah saiu na frente, com Gray e pegou um bloco de papel e uma caneta, e anotou um endereço. Arrancou o pedaço de papel e entregou a Gray. “Só seguir abaixo pelo paredão Boulevard fora da cidade. Você não pode perder. No momento que achar que vai sair do outro lado do fim da ilha, você está lá.” “Obrigado,” disse Gray. “Olha, mantenha-me informado ok? Você não estava aqui nesta manhã, e os caras estão muito chateados por isso. Não os culpo, mas precisam ser mantidos no laço, e Pop está convencido de que Faith não sabe nada do que está acontecendo. Se eu tivesse que adivinhar, ele não vai estar ligando muito.” Micah assentiu. “Vai fazer, cara. Deixe-me saber se você precisar de alguma coisa.”

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Ao momento que Gray chegou à casa de praia, estava perto do pôr-do-sol. Ele puxou para o círculo pavimentado e conduziu e estacionou fora do degrau que levava até a porta da frente. Quando saiu, olhou as sacolas que tinha embalado, mas decidiu esperar para trazê-los mais tarde. Ele correu até a escada e bateu na porta. Uma sensação de Déja vu10 passou sobre ele, quando recordou fazer a exata mesma dança em seu apartamento naquela manhã. Desta vez, quando ela não respondeu, não perdeu tempo deixando-se certificar que estava tudo bem. Entrou na sala espaçosa e olhou a decoração masculina. Definitivamente, um solteiro. Não tinha o toque de uma mulher em nada. Questionou brevemente se Damon tinha planejado se juntar a Faith aqui, e fez uma careta com o pensamento. Quando seu olhar iluminou sobre as portas francesas que conduziam para fora da sala, ele viu um braço sobre o lado de uma espreguiçadeira. A mão de Faith pendia escorando no chão. Apressou-se, e quando chegou perto o suficiente, podia ver que estava enrolada, dormindo. Discretamente, para não acordá-la, saiu, fechando os olhos em alivio, quando a brisa do golfo soprou sobre seu rosto. Mas, como seu olhar baixou para a forma de Faith dormindo, sua apreciação só cresceu. Ela estava linda. Uma mão pendurada na espreguiçadeira, à outra enrolada debaixo de seu queixo. Seu peito subia e descia suavemente com cada respiração, e a brisa levantou os fios de seu cabelo louro e soprou em torno de seu rosto. Todo o caminho até aqui, se convenceu de que lhe diria a verdade não importasse o que Pop queria. Mas agora que olhou para ela, tão frágil e inocente, compreendeu porque Pop queria protegê-la.

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Sensação interna de uma pessoa que sente já ter passado por uma determinada experiência do presente 204


Inferno, ele queria protegê-la. Envolvê-la em algodão e ter certeza que nada nunca a magoaria. Queria ser cuidada, e que homem não iria querer? Ela era doce, suave e delicada em todos os lugares certos. Enquanto ficava olhando para ela, se mexeu e moveu-se incansavelmente na espreguiçadeira. Seus olhos se abriram. Ela piscou quando olhou para ele, e então seus olhos se arregalaram de surpresa. “Gray”, ela perguntou, sonolenta. “O que está fazendo aqui?” Ele inclinou-se e correu o dedo pelo braço dela. “Espero que não tenha deitado aqui o dia todo. Você iria queimar.” “Fiquei na sombra a maior parte do dia” ela murmurou. “O que você está fazendo aqui? Como sabia onde eu estava?” Ela mudou e se sentou na cadeira e continuou a olhá-lo com olhos sonolentos. “Queria falar com você”, ele disse simplesmente. Sua expressão era de descrença. “Sei que agi como um idiota,” disse ele. “O fato é, Faith, você me prendeu em um laço.” Ajoelhou-se sobre o deque de madeira, deslocando seu peso para aliviar o desconforto nos joelhos. Ela colocou um dedo sobre os lábios suaves e ele ficou chocado ao silêncio. “Vamos entrar para conversar”, disse ela. Ele se levantou e estendeu a mão para ajudá-la. Os cabelos, despenteados por sua sesta, sopravam na brisa, e ele estendeu a mão para prender uma mecha, incapaz de resistir a tocar as tranças de seda. Ela se virou e caminhou para dentro, deixando-o segui-la. Ele assistiu o balanço suave de seus quadris, e imaginou-se entre suas coxas, as mãos enroladas em torno dos seus quadris, empurrando para dentro dela. Sua garganta se apertou, e engoliu contra a sensação desconfortável. Quando ela entrou na casa, se virou e olhou por cima do ombro a ele. “Você vem?” 205


Gray caminhou para frente, o nó crescendo um pouco mais no estômago, com o pensamento de no que estava prestes a embarcar. Ele estava continuando, não terminando, sua corrente de decepção, e estava olhando para iniciar um mergulho em relação aquelas mentiras. O ar interior mais frio acariciava sobre seu rosto quando ele entrou. Faith caminhou descalça para a cozinha e abriu a geladeira. “Quer algo para beber?” Perguntou ela. “Há cerveja, vinho e suco.” Ele balançou a cabeça e disse: “Não, estou bem.” Ela serviu-se de um copo de suco, em seguida, caminhou de volta para a sala onde ele estava. “Então, o que você quer falar comigo?” Ele observou o tremor ligeiro dos lábios dela, algo que ela tentou disfarçar, levantando o copo à sua boca. Estava nervosa. Inferno, então não era só ele, mas não queria que ela se sentisse incomodada com ele. Estendeu a mão e colocou-a sob seu cotovelo. “Vamos sentar.” Ela o olhou com olhos preocupados, como se temendo o que diria. Não era possível evitar, ele se inclinou, e pegou a parte de trás do pescoço com a mão e puxou-a para ele. O copo de vidro prensou em seu estômago, entre eles quando capturou seus lábios com os dele. Engoliu o som sussurrante de prazer surpreso que escapou de sua boca. Ele provou a picante laranja em sua língua, absorveu o seu sabor e saboreou com cada passada de sua língua ao longo da dela. Quando se afastou, seu olhar desfocado conheceu sua confusão, descrita no fundo dos olhos. Sua boca, agora inchada de seu beijo, tentou novamente. Mais tarde, ele disse a si mesmo. Ele beijaria cada centímetro de sua pele.

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Empurrou-a para trás até as pernas juntarem-se à beira do sofá. Então se sentou com ela. Optou pela posição, se moveu alguns passos para trás e começou a andar, incapaz de controlar a energia que fluia ansiosa por meio dele. “Eu cometi um erro em empurrar você para longe” disse ele. Seus olhos verdes se arregalaram. Ela colocou o copo sobre a mesa, em seguida, cruzou as mãos no colo, agarrando os dedos até que as pontas estavam brancas. Parou de andar e olhou diretamente para ela. “Quero o que você deseja, Faith. Você, na minha cama, nos meus braços, no meu caminho.” Cor surgiu em seu rosto enquanto ela reagiu à sua declaração contundente. Ele foi até ela, ajoelhado a sua frente. Juntou as mãos em seus dedos e levantou a seus lábios. “Eu não sou fácil, Faith. Vou pressioná-la. Vou à procura de coisas que você não pode ter certeza que pode dar. Se fizermos isso, vou dar tudo de mim. Em troca, vou valorizar seu presente. Vou ver todas as suas necessidades. Cuidarei de você.” Uma chama lenta começou a queimar em seus olhos enquanto ela o estudava. “Você quer isto?” Ela perguntou com voz rouca. “Você me quer? Isso não é um jogo? Algum papel que você acha que quero que jogue?” Ele colocou o queixo em sua mão e olhou em seus olhos. “Não há jogos. Você está fora por uma semana. Como você vê, também estou fora. Essa é a oportunidade perfeita para nós explorarmos essa relação.” Seu queixo tremia em sua mão. Ele esfregou o dedo sobre os lábios aveludados, antes que se levantasse e começasse a andar novamente. “Há algumas coisas que você precisa compreender, Faith. Se fizermos isso, vou estar em completo e absoluto controle. Não há palavras seguras, sem encenação, não há livros “Estilo de vida” para ler. Isso é tudo besteira. Eu nunca vivi por qualquer regras de outras pessoas, e, 207


certamente, não um bando de fanáticos do estilo de vida, que estão sempre emitindo o que as pessoas devem ou não fazer, de acordo com sua lista de orientações.” “Se não é isso que está esperando, então você precisa sair agora. Você pode esquecer qualquer coisa que já leu ou experimentou, porque o que vai exigir de você não tem nenhuma semelhança com o que um monte de jogadores fazem em jogos de sexo.” Ele fez uma pausa para deixar suas palavras caírem dentro Então andou para frente novamente, mais uma vez, ajoelhada em frente a ela. Enroscou a mão no cabelo dela, entrelaçando os fios em seus dedos enquanto acariciava seu couro cabeludo. “Você vai ser minha. Minha. Vai dar seu tudo para mim e, em troca, eu vou dar-lhe mais do que você pode imaginar. Vou cuidar de você, o prazer que você quer, fornecerei para você.” “Uau”, disse ela após uma respiração instável. “Isso é um sim?” Ele perguntou enquanto acariciava os cabelos. Lentamente ela deslizou as mãos até seu peito e pescoço. Seus dedos se enroscaram em sua nuca, e ela cavou os dedos em seus cabelos. “Sim”, ela sussurrou. Ele cuidadosamente desembaraçou as mãos do seu cabelo, em seguida, tocou o rosto dela com os dedos. Els sopraram levemente sobre o seu rosto, e ele apertou seus lábios contra os dela. Quando se afastou, os dois estavam respirando pesadamente, embora o beijo houvesse sido calmo. Ele deslizou seus dedos sobre seus ombros e seus braços, desfrutando a sensação de sua pele na dele. “Vamos sair para Galveston. Ir para um lugar agradável para comer. Quando voltarmos, podemos começar tudo de novo, novamente.” Ela passou a mão sobre sua boca nervosa e assentiu. “Tudo bem”, disse ela com voz rouca.

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C V O apítulo

inte e

ito

Faith tomou um banho e se vestiu apressadamente. Seu estômago estava uma bagunça, e não tinha certeza se ia ser capaz de comer alguma coisa. Ela enxugou os cabelos longos escovados, então deixou cair solto sobre os ombros. Ela sabia que Gray gostava dessa maneira. Minha. Sua declaração ainda ecoava em sua mente, e enviou-lhe faíscas em suas partes femininas cada vez que ela a retratou em seu rosto quando ele disse isso. Decidiu sobre uma calça jeans e uma blusa de manga curta rosa, vestiu-se e procurou um par de saltos. Deu-se uma última olhada no espelho, e então entrou na sala onde Gray esperava. Ele estava de pé pelas portas francesas, os polegares enganchados nos bolsos. Seus olhos azuis despertaram em apreciação quando deixou o seu olhar vagar sobre ela. “Você está linda”, disse ele. Ela sorriu. “Estou pronta, se você estiver.” Pegou as chaves do bolso, em seguida, caminhou em direção à porta. Quando a alcançou, estendeu a mão. Ela deslizou sua pequena mão na muito maior dele, e seus dedos enrolaram em torno dos dele. Juntos, eles saíram de seu caminhão, e como tinha feito à noite na casa, ele abriu a porta do passageiro. Durante o passeio até Galveston, eles ficaram em silêncio, mas Gray enfiou a mão na sua, e esfregou o polegar sobre os nós dos dedos. 209


Ela sentiu o conforto no gesto íntimo. A deixou menos nervosa. Como não era um encontro como outro qualquer. Assim que esse pensamento cruzou sua mente, ela quase riu. Nada parecido com qualquer outro encontro. Este era o que estava procurando, esperando, querendo. Não há muita pressão. “Frutos do Mar parece bom?” Gray perguntou, quebrando o silêncio. Ela assentiu com a cabeça. Ele desacelerou e virou à esquerda, em seguida, diminuiu em um estacionamento local. Então, apertou sua mão, e olhou em seus olhos. Sorriu timidamente com a aprovação que viu refletida em seu olhar. Ele se inclinou sobre o assento e beijou-a, quente, macio, não agressivo. Então se afastou e saiu do caminhão. Quando entraram, Gray falou baixinho para a anfitriã, que lhe deu um rápido sorriso e acenou com a cabeça. Seu olhar dela passou dele à Faith, e ela sorriu novamente. Então recolheu dois menus e apontou para segui-la. “O que lhe disse?” Faith sussurrou enquanto andava atrás da garçonete. “Só que nós queríamos alguma privacidade.” E com certeza, a anfitriã acertou, pois deu uma cabine de canto em direção à parte de trás do restaurante. O mais próximo que as pessoas estavam, pelo menos, seis mesas de distância. Quando sentaram, um garçom apareceu para anotar os pedidos das bebidas. Poucos segundos depois, ficaram finalmente sozinhos. Gray inclinou sobre a mesa e os dedos entrelaçaram com os dela. “Nós temos... bem, passei muito tempo evitando-a. As coisas têm sido uma loucura entre nós, mudou muito rápido. Quero apenas retardar as coisas para hoje à noite para que possamos aprender mais um sobre o outro.” Um brilho contente aqueceu seu peito. 210


“Eu gostaria,” ela disse suavemente. “Não sei muito sobre você. Apenas o que Pop me disse. Você é um policial. Vive em Dallas. Perdeu o seu parceiro no início deste ano, e está fazendo uma pausa para ordenar as coisas. Eu gostaria de saber mais.” Ele parecia um pouco envergonhado, como se tivesse sido dela que esperava a informação voluntária sobre si mesma em primeiro lugar. “Quando foi seu último relacionamento?” Perguntou ela. Sua boca virou para baixo em uma careta. “Relacionamento? Não tenho certeza se iria chamar sexo de relacionamento.” Ela arqueou uma sobrancelha. “O que você chama, então?” “Sexo”, disse ele sem rodeios. “E é isso que eu sou para você? Apenas sexo?” Perguntou delicadamente. Ele olhou-a por um longo momento. “Não. E foi isso o que me assustou. Por que a coloquei a distância, e tentei como o inferno ficar longe de você.” “Por que os homens enlouquecem tanto sobre a ideia de uma mulher, sendo mais do que sexo?” Ela perguntou, curiosa. “Tornou-se positivamente um clichê. A sua mãe nunca te abraçou, ou algo assim?” Seus olhos se arregalaram de surpresa, e então ele riu. “Não, eu não posso culpar a minha mãe por meus problemas com relacionamentos. Eu não a conhecia bem o suficiente para ela me colocar contra ou a favor da população feminina.” Ela esperou que ele falasse mais, não sabendo qual parte daquela declaração, queria atacar primeiro. Ele soltou suas mãos e se recostou na cadeira. Ergueu o copo aos lábios e tomou um longo gole antes de colocá-lo de volta. “Meus problemas com relações, resultam da minha frustração por não encontrar o que quero.”

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“Parece que temos isso em comum”, disse ela. Ele balançou a cabeça. “Vi em você coisas que me atraíram. Vi uma mulher que imaginava ser um ajuste perfeito, mas o velho ditado muito bom para ser verdade continuava chegando à mente.” “Espero não decepcioná-lo”, disse ela ironicamente. “Somente posso ser eu mesma. Assim como você não quer um roteiro, eu também não”. “Não ia querer que você mudasse Faith. Gosto de você do jeito que você é. Mesmo que não dê certo.” “Mas você não sabe nada sobre mim”, Faith ressaltou. Ele balançou a cabeça em discordância. “Sei que você é linda. Fiel. Inteligente. Feminina. Sabe exatamente o que você quer, e não vai se contentar com menos. Você não tem medo de se entregar a um homem.” Ele inclinou-se novamente, prendendo-a com seu olhar sério. “Há dois tipos de mulheres que eu nunca poderia me envolver.” Ela inclinou a cabeça para o lado com curiosidade flagrante. O funcionamento interno da mente de um homem... Bem aquilo definitivamente valia o preço do ingresso. “Uma mulher que faz jogos. Jogos mentais, jogos sexuais, o que for. Gosto de uma mulher que seja honesta, não que se esconda atrás de uma máscara. O segundo é uma mulher que não é suficientemente forte para se render.” Isso lhe rendeu outro cenho levantado. Ela também se inclinou para frente, sua curiosidade crescente. “Eu não quero uma mulher que se envolva para ser um fantoche estúpido, mais do que eu quero me tornar um. É preciso uma mulher muito especial para se submeter a um homem, mas ainda manter tudo o que faz dela forte e única. Sua própria pessoa.” “Você pensou muito,” ela meditou. Ele deu de ombros.

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“É o que eu quero.” “E o que diz fora do quarto?” Perguntou ela. “Será que o seu controle se estende a todos os aspectos do relacionamento? Deduzi que os jogadores do jogo que você mencionou, são aquelas mulheres que só querem o bom sexo, depravado, duro e depois saem do papel assim que saem do quarto.” Ele olhou fixamente para ela, sua única expressão de seriedade absoluta. “Não tenho nenhum desejo de ser um tirano. Só sei de mim. Sou um maníaco por controle. Me sinto confortável quando estou tomando as decisões. Quando você compara isso com o tipo de mulher que sou mais facilmente atraído—uma mulher suave, feminina que posso proteger e cuidar—então suponho que quero uma relação que abrange tudo isso, onde eu controlo tudo, dentro e fora da cama. Isso alarma você?” Ela sorriu. “Não. Torna-me fraca admitir que quero um homem que pode cuidar de mim?” Um brilho de satisfação brilhava nos olhos dele. Gray olhou-a com a promessa refletida em todas as facetas de seu rosto. “Acho que você é provavelmente uma das mulheres mais fortes que já conheci Faith.” Faith sentia-se aquecida pelo elogio e admiração em sua voz. E teria que ser uma tola cega para não ver o desejo nos olhos dele. Toda vez que a olhava, era como se estivesse a despindo de sua roupa, polegada por polegada. Ela esperou sempre por um homem olhá-la assim. Como se ela fosse a única mulher no mundo. Não, não se sentia fraca. No momento, se sentiu muito poderosa. Foram interrompidos quando o garçom trouxe a comida. Eles relaxaram e começaram a comer. De vez em quando, Gray ofereceu-lhe uma garfada de seu prato, e parecia gostar de alimentá-la. 213


Quando já tinha o bastante, o garçom pegou os pratos e saiu da cabine, mas ainda assim, eles permaneceram na mesa. Faith estava nervosa sobre o retorno à casa de praia. Não um nervosismo ruim. Ainda estava insegura de esperar, mas ficou aliviada que não teria que fazer os movimentos. Isso foi claramente dito que era território de Gray. Eles conversaram sobre coisas inócuas. Gray disse a ela sobre crescer em um bairro infestado de crime, e como isso o influenciou a se tornar um policial. Contou sobre seu parceiro e Mick, sua figura pseudo-paterna. Já suspeitava que Gray fosse um tipo de cara muito preto-ebranco, e depois de ouvi-lo falar sobre seu trabalho, justiça e a morte de seu parceiro, estava mais convencida de que ele não era de ver qualquer tom em gradações intermediárias. Tudo estava certo ou errado. Gray fez sinal para o garçom reabastecer as suas bebidas. Então, considerava Faith atentamente enquanto bebericava. “Quando você foi para o clube de sexo...” Ela estremeceu com a descrição. Parecia tão espalhafatoso. “A Casa”, ela corrigiu. Ele deu de ombros. “Quando você entrou em A Casa, o que queria que acontecesse?” “Acho que é óbvio”, disse ela. “Você viu o que aconteceu.” “Estava ali apenas há alguns minutos”, disse ele. “Você obviamente tinha estado lá por um tempo. O que você viu a interessou?” Seu rosto aqueceu. “Algumas coisas,” admitiu ela. Ele levantou uma sobrancelha. “Quais?” Ela olhou para baixo por um momento. 214


“Foi em parte chocante. Quer dizer, já assisti filmes pornôs, mas nunca tinha visto ou experimentado algo assim em pessoa.” “Elas excitaram você?” Perguntou ele. Ela assentiu com a cabeça lentamente. “Muito.” “Algumas mais do que outras?” Novamente ela concordou. “Quais são as partes que você gostou?” Ele pressionou. Sua língua estava grossa na boca dela. Seus lábios se separaram quando ela trabalhou para superar sua falta de jeito. “Quando cheguei lá, nas salas de baixo, havia uma mulher sentada entre dois homens. Sua atenção estava voltada exclusivamente para ela. Era óbvio que ambos a queriam. Eu estava com ciúmes dela.” Ele a olhou, com grande interesse em sua expressão. “Vá em frente.” “Então, quando fomos lá em cima, haviam dois homens. Nunca tinha visto dois homens fazendo sexo, nem mesmo em um filme. Foi chocante, mas estava tão paralisada que não podia desviar o olhar. Foi uma das mais cenas eróticas que lembro de ter visto. E então havia uma mulher que estava fazendo sexo com dois homens. Em um momento, eu quis tanto ser ela.” “Ter dois homens intriga você?” Gray perguntou. Ela corou. “Não fique envergonhada. Você se surpreenderia ao saber que um monte de homens fantasia sobre o compartilhamento de sua mulher com outro homem?” Ela inclinou a cabeça, intrigada com a sua declaração. “Sério? Você fantasia?” Ele deu de ombros.

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“Há algo de primitivo, para não mencionar erótico e excitante, sobre permitir que outro homem possuir o que é meu, para preencher mais de um dos orifícios de uma mulher. Simultaneamente.” Seu rosto ficou ainda mais quente. “Você ficou excitada com isso,” observou. “Que mulher não ficaria?” Ela desabafou. “O que mais você viu na casa?” “A surra.” “Você gostou.” Ela se moveu em sua cadeira. “Não foi tanto a surra. Foi o controle dele sobre a outra mulher. Sua autoridade. Era tão escuro e sexy. Começou um desejo em mim que me fez sentir como se estivesse virando minha a pele de dentro para fora.” “No entanto, quando você tomou o lugar dela, a palmada não fez nada por você”, ele disse calmamente. Ela balançou a cabeça. “Como você sabia?” Ele sorriu gentilmente. “Era óbvio. Podia ver o seu desapontamento e sua frustração. Você precisava mais do que ele estava lhe dando.” “Sim”, ela sussurrou. “Não era real, e eu sabia disso.” Ele se inclinou para frente, alcançando seu queixo, e colocando-o na mão. Seus olhares se encontraram e prenderam. “Isso vai ser real, Faith. Eu não jogo.” Ela estremeceu delicadamente enquanto a rendida promessa deslizava roucamente sobre seu corpo.

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“Eu sei.” Eles sentaram em silêncio por um tempo, bebendo suas bebidas. Faith relaxou e soltou alguns dos seus nervos. A noite tinha sido perfeita. A ideia de que eles tinham uma semana inteira para explorar um ao outro, lhe deu um arrepio. Ela não podia esperar por descobrir Gray verdadeiramente, o homem que poderia dar a ela tudo o que sonhava. Em um ponto, Gray baixou seu drinque, e olhou-a novamente. Ela podia sentir a próxima pergunta. Olhou curiosamente para ele. “Você está em controle de natalidade?” Ele perguntou sem rodeios. “Sim”, ela disse calmamente. “Minha última relação sexual foi há seis meses” disse ele. “Eu fiz um exame físico desde então. E há o fato de que nunca não usei um preservativo, quando tive relações sexuais com uma mulher.” Ela mudou um pouco desconfortável. “Bem, o meu último exame foi alguns meses atrás. O cara que eu estava vendo, até recentemente, fiz exames de sangue antes de dormir com ele. Mas nós também usamos camisinha.” Gray assentiu. “Minha pergunta é, como você se sente sobre nós não usarmos?” Uma série de imagens coloridas passou por sua cabeça. A ideia de tomar Gray em seu corpo, pele com pele, foi extremamente excitante. “Você nunca não usou um preservativo?” Perguntou ela. “Não. E se você preferir, terei os resultados da minha última bateria de testes de sangue por fax até amanhã de manhã. Não sou uma adolescente excitado disposto a dizer qualquer coisa para entrar em suas calças.” Ela sorriu.

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“Acredito em você. E a coisa é, eu adoraria não ter que mexer com o preservativo.” Franziu seu nariz. “Sem uma boa quantidade de lubrificante, eles são extremamente desconfortável para mim. Mas eu tenho que ser honesta. A última vez que fiz sexo foi bem de quando eu e você nos conhecemos pela primeira vez. Nós usamos preservativos. Estamos ambos limpos, mas você merece saber a situação em que está se metendo”, ela disse claramente. “Eu quero muito sentir cada centímetro de sua vagina deliciosa,” disse ele numa voz rouca. Um tremor incontrolável rolou sobre seu corpo. Gray olhou para seu relógio, e ela sabia que o jantar tinha acabado. Tantas coisas borbulhavam. Desejo. Excitação. Curiosidade. Medo. Suas mãos tremiam quando ela as colocou juntas em seu colo. “Você está pronta?” Ele perguntou baixinho. Ela assentiu e ficou de pé quando ele saiu de seu assento. Colocou a mão em suas costas e a guiou para fora do restaurante. A quente brisa salgada bateu neles, logo que saíram. Ao longe, misturados com os sons do tráfego de passagem, a música suave do oceano enchia a noite. “Vamos voltar”, disse Gray perto de seu ouvido. Ela assentiu com a cabeça, e subiu no caminhão.

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C V N apítulo

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Quando voltaram para a casa de praia, Gray colocou suas chaves sobre a mesa e observou como Faith caminhava para as portas francesas, e olhava para fora. Estava nervosa. Sua linguagem corporal gritando incerteza. Andou calmamente até o banheiro, deixando-a por um momento. Ajoelhou-se pela enorme banheira e virou o ralo para fechar. Depois ligou a água do banho, e correu os dedos debaixo da torneira para testar a temperatura. Quando estava satisfeito com o calor, levantou e caminhou de volta para a sala. Estava onde a tinha deixado. Andou atrás dela, e deslizou as mãos sobre os ombros. Acariciando seu cabelo para o lado, abaixou a cabeça e apertou os lábios em seu pescoço. Faith estremeceu debaixo dele, e um suspiro escapou de seus lábios macios. Ergueu o olhar e olhou para a lua crescente. Estava quase cheia e refletida na água distante. Foi uma noite perfeita. “Vamos ao banheiro,” ele murmurou contra seu ouvido. “Estou preparando-lhe um banho.” Ela virou em seus braços, e suas mãos deslizaram até a cintura. “Isso soa celestial”, disse ela. Enfiou os dedos na cintura da frente da sua calça, e a puxou para ele. Ele desabotoou o botão, em seguida, abaixou o zíper e começou a empurrar o jeans sobre seus quadris.

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Quando as calças finalmente caíram por suas pernas, ele curvou os dedos em volta dos quadris e aliviou as palmas das mãos para cima, acariciando a linha suave de sua figura curvilínea. Sua camisa levantou com os braços, avançando o caminho até seu corpo. “Levante os braços”, disse ele. Quando ela concordou, Gray puxou gentilmente a camisa sobre a cabeça dela, e a atirou de lado. Ela saiu do jeans, puxando as pernas da calça com um pé, e depois o outro. Ele olhou para a renda da roupa interior feminina. Sutiã e calcinha lilás combinando. Transparente. Bonito como ela. Colocou as mãos em seus ombros, em seguida, lentamente puxou as alças, deslizando-as sobre a curva de seu ombro, até que caiu dos braços. Soltou a fivela e deixou cair o sutiã à distância. Os globos dos seios pálidos brilharam à luz distante da lua. Não resistiu tocar seus mamilos. Rolou entre seus dedos, puxando de leve nos pontos duros. Ele deixou cair às mãos da cintura, até que encontrou o cós da calcinha. Enfiando os dedos dentro, até que acariciou os minúsculos cachos entre as pernas dela, puxou até que o laço deslizou por seus quadris. Quando o pedacinho de material caiu no chão, Faith ficou nua diante dele, seu corpo iluminado no brilho luminoso da lua. Ela parecia uma deusa. Toda sua. “Minha”, ele rosnou. Leve tremor frio dançava sobre a pele dela, levantando os pelos dos seus braços. Gray alisou suas mãos pelos braços dela, para aliviar o formigamento. Sabendo que a banheira estaria provavelmente cheia até agora, se abaixou e pegou-a em seus braços, provocando um surpreendido suspiro nela. Silenciou-a com um beijo e começou a descer o corredor para o banheiro. A banheira estava cheia, então a abaixou na água fervente, em seguida, estendeu a mão para fechar a torneira.

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Faith deitou a cabeça contra a lateral da banheira e soltou um som de satisfação, quando a água quente rodou sobre seu corpo. Ao lado da jacuzzi, Gray ajoelhou-se e pegou um frasco de xampu. “Vire-se para que possa lavar seu cabelo”, falou. Ela se reposicionou na banheira quadrada para que suas costas estivessem para Gray. Ele empurrou-a para que ficasse espaço adequado entre seu corpo e o lado, e em seguida, mergulhou um pequeno balde de gelo na água. Ele derramou a água sobre o cabelo dela, até que estava molhado, então se inclinou de volta para ela mais uma vez. Ela ouviu o ruído do frasco do xampu sendo aberto, e depois ele mergulhou as mãos em seu cabelo. Esfregou e massageou, trabalhando até obter espuma. Ele era gentil, e seus dedos trabalhavam mais de cada centímetro de seu couro cabeludo até seus olhos viravam em sua cabeça, às sensações requintadas. Ela fechou os olhos e entregouse à magia do seu toque. Por longos minutos, Gray esfregou e acariciou sua cabeça, até que tinha certeza que iria cair em um prazer de coma induzido. Finalmente, ele a empurrou para frente e começou a lavar o sabão de seu cabelo. Quando isso terminou, ele cutucou seu ombro, e murmurou para ela voltar à sua posição original. Ela corou um pouco quando seus mamilos espiaram acima da superfície da água. Seus olhos fixaram em seu corpo, e ela encontrou-se na esperança de que suas mãos viajariam pelo mesmo caminho. Ele pegou a o frasco de sabonete liquido, e, em vez de utilizar uma das esponjas empilhadas ao lado da banheira, espirrou o líquido em sua mão. Então alcançou com a outra mão, para deixar a água descer. Esperou que a água esvaziasse, expondo mais de seu corpo. Quando o peito de Faith estava nu, ele acariciou suavemente os seios, esfregando levemente e fazendo espuma. Gray pegou um primeiro, e depois o outro, esfregando o polegar em cada mamilo enrugado, por sua vez. À medida que a água ficou ainda mais baixa, ele massageava a pele de 221


sua barriga, amassando levemente. Quando sua mão voltou para seus seios, ela gemeu e arqueou as costas. Seu dedo traçou círculos em todo o mamilo tenso, depois sacudiu levemente nos pontos. Cada pontada enviou um raio de conscientização diretamente a sua vagina. Ela se encolheu na água. Suas pernas se abriram, e a água quente rodou entre suas dobras, sussurrando sobre seu clitóris. Logo, os cachos loiros no V de suas pernas apareceram. Ele encheu sua mão com o sabonete e, lentamente, suavemente, acariciou o montículo macio entre suas pernas. Seu dedo encontrou o pacote de nervos sensíveis, e dedilhou com leve precisão. Ela abriu as pernas mais amplamente. “Por favor”, ela sussurrou. “Oh, por favor.” Seu dedo caminhou abaixo, até que circulou sua abertura. A ponta violou sua entrada, empurrando dentro de sua vagina. Ela ofegou levemente enquanto seu corpo apertava, e uma dor insuportável começou bem fundo dentro de sua pélvis. “Esta noite é para você”, ele sussurrou. “Tudo por você.” Com essas palavras, o polegar encontrou seu clitóris enquanto seus dedos afundaram mais profundamente em sua vagina. Seus quadris levantaram, ela convulsionou. Ela mordeu os lábios, enquanto as palavras, “Não pare” saíram gritando para a superfície. Felizmente ele não parou. Seu dedo médio acariciava a parede de sua vagina, enquanto o polegar massageava seu pulsante botão. Em seguida, ele empurrou para dentro, encontrando seu ponto G. Seu mundo explodiu em um caleidoscópio de cores e sensações. Sua explosão veio num orgasmo com a velocidade de um trem de carga. As palmas das mãos apoiadas no fundo liso da banheira, e teria escorregado se ele não tivesse segurado a parte de trás de seu pescoço com a outra mão. 222


Passaram vários segundos, antes de se tornar ciente do seu redor novamente. Estava deitada contra a banheira, ofegando enquanto o mundo voltava gradualmente. Ela virou lentamente o olhar para vê-lo olhando-a com olhos brilhantes. Olhos que gritavam posse. Olhos que apostaram sua alegação com cada facada. Estremeceu levemente, seus músculos uma poça de geleia. Ele ergueu-a nos braços, e levou-a para o chuveiro, onde lavou o sabão remanescente de seu corpo. Então a enxugou cuidadosamente da cabeça aos pés, seu toque suave, mas imponente. Puxou-a para o quarto, onde pegou um roupão do armário. Ele a ajudou vestir, em seguida, amarrou na frente. Deixou por um momento enquanto tirava sua camisa úmida. Quando voltou, ele recolheu as mãos. “Vamos sair e sentar no deque. Vou escovar seu cabelo para você.” Ela andou atrás dele com as pernas trêmulas. O resquício do orgasmo a deixou tão fraca como um gatinho. Tudo o que ela realmente queria fazer era enroscar-se em seus braços, e deixá-lo abraçá-la. Ele abriu as portas francesas e colocou a mão em suas costas para guiá-la para fora. O ar do mar morno puxava seu cabelo ainda úmido. Ela fechou os olhos e respirou fundo, inalando a brisa picante. Era uma noite linda. Gray sentou-se na espreguiçadeira, em seguida, puxou-a para baixo na frente dele. Estendeu-a entre suas pernas, e por um momento, ela inclinou-se contra seu peito, a cabeça descansando debaixo de seu queixo. Ela saboreou o contato íntimo, gostava de ser aninhada contra seu corpo grande. O corpo dela cantarolou, doce desejo fluindo por suas veias. Neste momento, tudo parecia tão certo. Como se nada pudesse estragar um momento tão perfeito. A lua brilhante no céu lançou uma luz brilhante sobre as águas calmas da baía. Como uma folha de vidro, a água não foi perturbada por tanto como uma ondulação. Pequenas ondas na costa banhavam e lançavam uma cascata de espuma sobre a areia molhada.

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A mão de Gray se emaranhou em seus cabelos, separando com os dedos e puxando para baixo. Ele alcançou em torno dela para pegar a escova em seu colo, e deixou sua mão demorar perto do cinto atado de seu robe, como se contemplasse desamarrá-lo. Lentamente, provocadoramente, retirou a mão. Ela gemeu baixinho quando ele começou a escovar seus cabelos, agora secos. Como ele continuou suas escovadas para baixo, Gray enrolou as pontas em sua mão, e as deixou deslizar sobre seus dedos. Cada um provocando outro ronronar de prazer dela. “Você tem cabelos tão bonitos,” disse ele. “Combina perfeitamente. Vibrante. Macios. Suaves.” Ela virou a cabeça para ele, e o olhou por cima do ombro. “Estou tentada a cada vez para cortar tudo fora.” Suas mãos silenciaram. “Você não faria isso.” Ela encolheu os ombros. “Posso ser um pé no saco, às vezes.” “Não posso esperar para vê-lo espalhado sobre a cama, enquanto estou deslizando meu pau entre suas coxas”, disse ele roucamente. Seu clitóris pulsou, e os mamilos endureceram, enviando arrepios de prazer golpeando através de seu corpo. “Imaginei você em cima de mim, meu pênis enterrado tão profundamente dentro de você. Está debruçada sobre mim, seu cabelo como uma cortina sobre o meu peito. Então enrolo as duas mãos nas suas costas, e a seguro enquanto você cavalga comigo.” Ela prendeu a respiração e fechou os olhos quando imaginou a cena que ele retratou. Continuou seus movimentos suaves com a escova, cada embalo mais profundo em sua semiconsciência. 224


“Mas o meu favorito?” Ele sussurrou perto de seu ouvido. “É você de quatro, com minhas mãos embrulhadas em todo seu cabelo, mantendo sua cabeça para trás, enquanto te fodo por trás.” Seria possível ter um orgasmo, simplesmente de conversa erótica, e o cabelo sendo escovado? Ela não sabia, mas queria descobrir. Ele ficou em silêncio, e mais uma vez, o único som que se ouvia era o som distante do mar. Ela relaxou contra Gray, enquanto ele alternava enfiando os dedos pelos cabelos, e deslizando as cerdas da escova com os fios longos. Inclinou-se mais para trás, virando o queixo para cima e fechando os olhos. Sussurrados sons de prazer, escaparam com cada respiração. Não podia lembrar de estar tão contente. Não podia se lembrar de ter um homem tão focado nela. Era emocionante, gratificante e um pouco assustador, tudo embrulhado em um. “Por que você nunca fala sobre sua mãe?” Perguntou ele. Ela enrijeceu e amaldiçoou o fato de que tinha pensado que nada poderia estragar esse momento. “Eu não gosto de falar sobre ela.” A escova mudou os cabelos, as cerdas arranhando levemente em suas costas. Ele ficou em silêncio por um momento, enquanto continuou a atenção. Seus ombros caíram. Pensou que não era justo. Ela fez perguntas pessoais. Se eles estavam indo ter qualquer tipo de relacionamento, deveria ser honesta. Mesmo que o pensamento dele conhecendo sua infância, e sua mãe, lhe dava urticária. “Isso não foi justo,” disse ela em voz baixa. “Sinto muito. Eu odeio falar sobre ela.” “Entendo”, disse ele. “É uma história tão longa.” “Temos toda a noite,” Gray disse simplesmente. A aceitação calma em sua voz reforçou seu espírito. Não estava pressionando por mais do que queria dar. O que só a fez querer dar, no entanto. Ele largou a escova no chão, mas 225


continuou a brincar com seus cabelos. Logo ele trabalhou os dedos, até que massageava seu couro cabeludo. “Mmmm. Você continua fazendo isso, e eu digo o que quiser,” disse ela. Ele riu, mas continuou a amassar. Trabalhou até a nuca e depois sobre os ombros. Faith suspirou em felicidade pura. “Pop não é o meu verdadeiro pai. Espere, isso não é verdade. Ele é muito meu verdadeiro pai, o único que já conheci. Mas ele não é meu pai biológico.” Se ela achava que Gray ficaria surpreso, ele não mostrou. Continuou a sua massagem relaxante, e relaxou seus músculos tensos. Não disse nada, não reagiu, apenas esperou que ela continuasse. “Minha mãe... não sei bem ao certo como descrevê-la. Ela viveu sua vida inteira com a cabeça na lua. Más decisões são como uma segunda natureza para ela. Ela é impulsiva e imprudente, e simplesmente não quer aceitar as consequências de suas ações.” “Parece um monte de pessoas que conheço,” disse ele secamente. Ela assentiu com a cabeça. “Desde a mais tenra idade, eu era o suporte emocional em nossa família. Naquela época, eu não entendia que nossa relação era muito diferente de outras relações mãe-filha. Estava apenas a tentar ser a melhor filha que podia. “Quando não tinha comida em casa, fazia serviços estranhos, era babá dos vizinhos, então teríamos o dinheiro para comer. Lembro-me de ficar segurando a cabeça dela, enquanto vomitou as tripas depois de uma noite de bebedeira. Claro, não percebi onde todo o nosso dinheiro estava indo.” Gray fez um som de nojo. “Cristo Faith. Quantos anos você tinha?” Ela encolheu os ombros. “Nove, dez, realmente não lembro.”

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Suas mãos apertaram seus ombros, e esfregaram, tornando mais suave, como se ele entendesse a dificuldade em falar sobre sua mãe. “Quando tinha quatorze anos, ela conheceu e casou com Pop. Estava tão animada. Amei Pop à primeira vista. Ele era gentil comigo. Aceitou-me como sua filha. Eu tinha uma queda gigante por Connor. Que menina de quatorze anos de idade não teria? Ele tinha vinte e quatro anos, recém-saído do exército, e foi bom para mim. Não me tratou como um incômodo. Pela primeira vez, realmente pensei que tinha pousado no tipo de família que eu queria.” “O que aconteceu?” Faith suspirou. A memória daquela noite ainda tinha poder sobre ela. Tinha sido o pior sentimento da sua jovem vida. Pior do que a decepção de sua mãe havia atirado em seu caminho. “Ela teve um ataque de nervos no meio da noite e saiu. Fiquei arrasada. Não queria sair. Até perguntei se poderia ficar. Ela me fez ir com ela, e eu sabia que era porque não tinha mais ninguém para cuidar dela. Isso me deixava puta. Pop era tão bom para ela. Teria cuidado dela se ela tivesse deixado. Mas como todo o resto, ela ferrou com tudo. Não permitia que alguma coisa boa pudesse acontecer para nós.” Suas mãos caíram sobre seus ombros, e os dedos acariciaram sua pele. Ele se inclinou para frente e pressionou um beijo no pescoço dela. “Onde você foi? O que você fez?” Lágrimas picaram suas pálpebras. “Voltamos para a nossa velha vida. Mudando a cada poucos meses, quando chegamos a ser despejados. Ir de volta à escola não era uma opção. Estava muito ocupada tentando alimentar-nos, e manter um teto sobre nossas cabeças.” Gray amaldiçoou. “Um ano depois, ela começou a usar drogas. Não fiquei surpresa. Eu tive que esconder o dinheiro, ou ela teria usado tudo o que tinha para as drogas. Eu a odiava. Queria deixá-la.”

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“Por que não fez?” “Eu era jovem. Assustada. Não tinha para onde ir. Ninguém que pudesse contar. E, no centro de tudo, ela ainda era minha mãe. Não podia deixá-la, porque sabia que ela não sobreviveria sem mim.” Gray envolveu seus braços em volta dela, e a puxou até que ela estava apertada contra seu peito. Ele reclinou até que estivessem novamente encostados olhando para o céu noturno. Ela fechou os olhos e saboreou a força em seus braços. O conforto e aceitação. A compreensão. “O que aconteceu?”, Perguntou ele. Ela sabia que ele quis dizer, como foi parar aqui, com Pop, longe de sua mãe. Seus lábios tremeram na memória daquela noite. “Quando tinha vinte anos, estava trabalhando em dois empregos, então não estava muito ao redor para tomar conta dela. Eu comprava comida, pagava as contas e nunca dava dinheiro. Pensei que fazendo isso, ela não teria uma forma de pagar as drogas. Subestimei quão longe ela iria, para conseguir o que queria. “Quando cheguei em casa do meu segundo emprego, achei-a desmaiada na sala do nosso apartamento minúsculo. Ela não estava respirando. Liguei para o 911, e fiz o CPR11 tanto quanto me lembrava. Quando a ambulância chegou lá, eles foram capazes de reanimá-la e levála a um hospital.” “Lembro-me de estar sentada na sala de espera do hospital, me sentindo culpada porque não tinha certeza se queria que ela sobrevivesse ou não.” Ela estremeceu, tentando apagar a culpa que ainda sentia. “Que coisa horrível é isso? Desejando que sua própria mãe morresse.” 11

Cardiopulmonary resuscitation – Ressuscitação cardiopulmonar (CPR) é um procedimento de emergência que é tentada em um esforço para devolver a vida a uma pessoa em parada cardíaca. É indicado para aqueles que não respondem sem respiração ou suspiros. Pode ser tentado dentro e fora de um hospital. 228


Gray apertou os braços em torno dela. “Não é horrível. É humano.” “Eles acharam o número de telefone de Pop em sua bolsa e ligaram para ele. Quando ele e Connor apareceram, eu gritei e pulei sobre os ombros de papai. Connor me levou para um hotel, e ficou comigo, enquanto Pop resolvia as coisas com minha mãe. Ele a colocou em reabilitação, e o que mais nem tenho certeza. Na época, não me importei. Estava muito aliviada por não ter tido que lidar com isso sozinha. Ele e Connor me levaram de volta para Houston com eles, disseram que eu era parte de sua família. Pop me deu uma palestra sobre a rígida reabilitação de minha mãe, e disse-me que lavasse as mãos.” Ela se mexeu contra Gray, virando um pouco para que seu rosto repousasse sobre o ombro dele. Ele olhou-a, seus olhos suaves com simpatia. “Você tem alguma ideia de quanto alivio senti, de ter alguém para dizer que estava bem me levar para fora do meu relacionamento com minha mãe? Parece bobo, mas eu precisava de alguém para me dizer que estava tudo bem, que eu não era uma má pessoa.” Gray inclinou a cabeça e tocou um dedo em seu queixo. “A maioria das pessoas não teriam feito tudo o que você fez por ela.” “Quando Pop me disse que queria me adotar... Lembro-me de olhar para ele, tão atordoada. Então eu explodi em lágrimas e chorei um rio. Ele pensou que eu estava chateada, mas foi a coisa mais maravilhosa que alguém tinha feito por mim. Pela primeira vez, senti que realmente pertencia. Ele e Connor eram minha família. Aqui estava eu, vinte anos de idade, e me senti como uma criança novamente.” Gray beijou sua testa e tocou os dedos em sua bochecha, correndo linhas invisíveis nas suas maçãs do rosto, até seu ouvido. “Então você está com Pop desde então?” Ela assentiu com a cabeça ligeiramente, sem querer bater a mão em seu rosto. 229


“Ele mudou-me para um de seus apartamentos, deu-me um emprego na Malone e Filhos, e me deu um sermão sobre nunca permitir que minha mãe volte para minha vida.” “Mas ela está ligando”, ele disse calmamente. Ela ficou tensa, mas Gray continuou acariciando seu rosto, e Faith gradualmente relaxou. “Sim. Ela ligou novamente, na mesma rotina. Ela quer dinheiro. Em sua defesa, sempre vêm através dela, mesmo depois que Pop disse para nunca dar-lhe qualquer coisa. Ele disse uma vez que se você der a um cachorro uma esmola, nunca te deixara sozinha. Ele estava certo. Só que desta vez me recusei a ajudá-la.” Ela baixou a voz e olhou para longe. Ele tocou a bochecha que ela agora mostrava, enquanto olhava em direção ao oceano. “Ela está em apuros, e tudo que quero é que ela vá embora. Tentei ignorá-la. Não contei a Pop sobre os telefonemas, e se ele soubesse, ficaria magoado e irritado, por isso não tinha dito a ele. Mas não quero sobrecarrega-lo com meus problemas. Ele tem feito o suficiente por mim. Sabia que era hora de desenhar a minha linha na areia. Só que desta vez acho que ela realmente precisa de ajuda.” “Você não pode consertar a vida dela,” Gray disse suavemente. “Pop está certo. Se você continuar socorrendo-a dos problemas, ela nunca vai ir embora. E a coisa é, vocês nunca poderão ficar juntas. Então onde é que você se colocou? Sempre em uma posição de ser a muleta dela.” Ela assentiu com a cabeça. “Eu sei. Continuo me dizendo isso, mas depois volto para o fato de que é minha mãe. Se você não tem ninguém mais no mundo, deveria pelo menos ter a sua mãe, não é?” “Você não tem ninguém”, Gray ressaltou. “Você tem Pop, Connor, Nathan, Micah... você me tem.” 230


Um brilho quente iluminado floresceu dentro dela. Ele inchou no peito, expandindo-se até que englobava sua alma. Estava certo. Não estava sozinha. Olhou para ele, um brilho de lágrimas nas linhas do rosto. Gray virou o corpo dela, até que a enrolou ao lado em seu colo, em seguida, levantou a mão para seu rosto. “Deveria ter dito a Pop sobre as chamadas. Percebo isso agora. Mas uma parte de mim, ainda está com medo de balançar o barco e causar quaisquer problemas. Não quero que Pop se arrependa alguma vez de ter me adotado. Ele deu muito para mim.” “Você já parou para pensar em quanto você deu a ele?” Gray perguntou. Faith o olhou, perplexa. “Não, eu—” “Ele te adora, Faith. Inferno, todos eles adoram. Connor, Micah e Nathan. Nunca pense que você não contribuiu para essa relação. Você não é um caso de caridade. É tão importante para eles, como são para você.” “Conhece muito, não é?”, Ela perguntou com um leve sorriso. “É óbvio. No tempo que estive aqui, foi fácil perceber o quanto você significa para eles. São todos muito protetores de você.” Suas palavras aqueceram o seu coração. “Obrigado por dizer isso. Precisava ouvir isso. Estava tão estressada sobre as chamadas de telefone, e me preocupando se tomei a decisão certa.” Ele a silenciou com o dedo. “Não se preocupar mais. Esta semana é para nós. Além disso, quem sabe? Talvez no momento que voltemos às coisas estejam resolvidas.” Sua declaração enigmática parecia ser reconfortante, foi positiva, e se permitiu agarrar na confiança que ouviu em sua voz. “Você me faz esquecer as minhas preocupações” Faith confessou. 231


“Ótimo. Quero que o nosso tempo junto seja sem estresse. Quero tirar a sua infelicidade. Eu quero que você brilhe. Para mim.” Ela enrolou as mãos em seus ombros e apertou o rosto na curva do pescoço de Gray. Seu pulso bateu contra a testa dela. “Você está pronta para eu levá-la para dentro?” Ele murmurou. Ah, mas ela amou o jeito que ele disse isso. Assentiu com a cabeça. Soltou de sua volta, e manobrou seu caminho para fora da espreguiçadeira. Então se inclinou, e ergueu-a em seus braços. Ele levou-a para dentro e caminhou para o quarto. Uma vez lá dentro, baixou a cama king-size. “Estou indo tomar um banho,” disse ele. “Quero você nua na cama quando eu voltar.” Seu estômago deu uma cambalhota completa, viu o desejo cru em seus olhos. Ele olhoua outra vez antes de virar e caminhar até o banheiro. Gray ligou o chuveiro e imediatamente desabotoou o jeans. Ele ia sofrer de permanente câimbra em seu pau, porque o tinha duro toda à noite, e sua calça jeans tão apertada tinha cortado através dele, o que o deixou em um estado de dor. Quando puxou sua calça abaixo, sua ereção ficou livre, e ele sentiu um alívio imediato. Como diabos iria sobreviver a noite, estava além dele. Com certeza, não iria para a cama com uma ereção do tamanho do Texas. Quando entrou no chuveiro, agarrou seu pênis duro em sua mão, e trabalhou para cima e para baixo em uma tentativa de aliviar a dor. A água quente regava por seu corpo enquanto trabalhava o prepúcio para trás, e em cima da cabeça inchada. Ele fechou os olhos e virou o rosto para o jato da água, quando sentiu suas bolas recolher e apertar. Seu orgasmo levantou em sua virilha. O aperto em torno de seu eixo jorrou em espessura, e deu dois empurrões mais. Um jato de sêmen surgiu da ponta e foi rapidamente levado pelas águas até as gotas de água. Ele abaixou a cabeça e sugou um bocado de ar, seu pulso batia em sua têmpora. 232


Continuou a acariciar seu pau que ia amolecendo, até que finalmente as ondas de prazer diminuíram. Rapidamente ensaboou seu corpo, e se enxaguou. Então saiu do chuveiro e pegou uma toalha. Depois que se secou, vestiu uma cueca limpa, e caminhou de volta para o quarto. Quando viu Faith deitada na cama, o cabelo derramado sobre o travesseiro, assim como em suas fantasias, seus corpo nu iluminado pelo brilho da volta da cabeceira, seu pênis endureceu de novo. Ele amaldiçoou sob sua respiração. Tanto para seu plano de dar alivio a si mesmo, da implacável dor, que ela criou dentro dele. Caminhou até a cama e subiu ao seu lado. Faith o olhou, seus lindos olhos brilhando com desejo, mas mais do que isso, seu olhar transmitia confiança. Estendeu a mão para ela, puxando-a em seus braços. Então estendeu a mão para os lençóis, e puxou sobre seus corpos. Gray sabia que Faith esperava que fizesse amor com ela esta noite, mas também sabia o quanto era importante não apressar as coisas. Amanhã seria em breve o suficiente para começar seu relacionamento sexual. Hoje foi tudo sobre como encontrar o seu nível de conforto, e desenvolver confiança entre eles. Sentia-se como um maldito hipócrita por colocar tanta importância na confiança, quando ele estava enganando-a a cada volta. Mas neste seu relacionamento, ele não seria nada, além de honesto. Tinha a esperança de que no final, isso fosse o suficiente. Enfiou a cabeça dela debaixo de seu queixo, e a abraçou, apreciando a sensação da carne na carne. “Vamos dormir”, ele disse suavemente. “Temos todo o tempo do mundo.” O corpo dela tremia contra o seu, e então ele sentiu a tensão deixá-la quando seu corpo derreteu no dele. Ele beijou o topo de sua cabeça, então alcançou atrás de si, para desligar a lâmpada.

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C T apítulo

rinta

Gray abriu os olhos e sedosos cabelos loiros fizeram cócegas no seu nariz. Ele piscou, e puxou a cabeça um pouco para fora. Faith estava firmemente aconchegada em seu peito, sua cabeça ainda enfiada debaixo de seu queixo. Seus cabelos estavam agrupados sobre o travesseiro ao lado de seu rosto, e podia sentir o fraco cheiro do perfume do xampu que usou para lavar o cabelo dela. O quarto ainda estava escuro, e levantou seu pulso para olhar o relógio. Não era obscenamente cedo. Deveria clarear em breve. Cuidando para não acordá-la, soltou-se do abraço dela, e saiu para fora da cama. Ele precisava fazer uma chamada telefônica, e essa parecia uma excelente oportunidade. Ele pegou sua calça jeans do chão ao pé da cama, e tirou o telefone celular do bolso. Em seguida, saiu do quarto. Abriu o telefone e discou o número de Mick, quando abriu as portas francesas, e entrou no ar da manhã. “Onde diabos você está?” Mick exigiu. “Bom dia para você também”, disse Gray, já irritado pelo tom de Mick. “Bom dia, minha bunda. Você devia estar aqui, ajudando a pegar o assassino de Alex, não aí fora brincando com a garota.” “Mick, não comece,” Gray o advertiu. “Liguei para ver que infernos estava acontecendo. Você pode não gostar de como nós decidimos fazer as coisas, mas isso é uma maldita pena. Você está reagindo emocionalmente, e se tivesse sua maldita cabeça no lugar, saberia que estou certo.” 234


“Nós. Desde quando isso se tornou nós. Não consigo entender por que você trouxe Malone e sua equipe. Sua única preocupação será a filha. Ele não vai dar uma merda a Samuels, que matou meu filho.” “Assim como a sua única preocupação é por seu próprio interesse,” disse Gray em silêncio. “Faith é uma vítima inocente, Mick. Não vou permitir que seja usada, mais do que já foi. Se isso o irrita, é uma fodida pena.” “Nunca imaginei que você iria se vender,” Mick disse duramente. “Nunca pensei que você viraria as costas para Alex desse jeito.” “Pare Mick. Pare de tentar me torturar. Você fez esta merda desde o começo, e eu o deixei fazer. Deixei jogar um jogo duplo, e é culpa minha. Se Samuels fizer um movimento para Faith, Pop e os outros irão pegá-lo. Isso deve ser tudo que lhe diz respeito. Pela lei. Não haverá brechas legais para ele cair fora.” Uma longa pausa seguiu, o único som era a dura respiração de Mick. Finalmente Mick quebrou o silêncio. “Se você não vai me ajudar a pegar o assassino de Alex, vou fazer isso sozinho. Não vou ficar parado e observá-lo fugir. Não quando estamos tão perto.” “Mick, pare de falar e se acalme,” disse Gray, exasperado. “Mick. Mick?” Porra, ele desligou. Gray fechou o telefone, e amaldiçoou longo e duro. Mick estava perdendo a cabeça. Ele estava devorado pela tristeza e raiva para pensar racionalmente. Precisava colocar seu traseiro de volta a Dallas, mas Gray sabia que não havia nenhuma possibilidade de isso acontecer. Abriu o telefone de volta, e teclou o número de Micah. Balançou a cabeça e tentou explodir a sua raiva, enquanto esperava Micah atender. Por todas as falhas de Mick, Gray sabia que era um bom homem. “Ei, cara”, disse Gray, quando Micah respondeu. “Ei,” Micah retornou.

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“Qual é a última? Qualquer palavra sobre Samuels?” “Não, nada ainda. Os policiais têm uma dublê para substituir Faith. Ela vai ficar no apartamento de Faith, e estará indo para o escritório, como ela faz.” Gray suspirou. Era provavelmente muito cedo, mas a carta lhe disse que Samuels estava perto. Mesmo que ainda não estive em Houston, logo estaria. Mais do que nunca, estava feliz de Faith estar fora de lá, onde poderia mantê-la segura. Não tinha um bom pressentimento sobre qualquer coisa. De Mick, Samuels, ou da mãe dela. Faith iria se machucar, se não fisicamente, certamente, emocionalmente. Novamente, foi atingido no rosto com a razão atrás de Pop querendo manter tudo escondido dela. Embora discordasse veementemente, não estava tão certo agora, que Pop não estava correto. “Olha amigo, tenho que correr. As coisas estão um pouco esquisitas por aqui. Nathan, Connor e eu estamos mantendo um olho fora do apartamento. Temos alguém vigiando, mas não queria assustar Samuels, e deixar que soubesse que estamos em cima dele. Faith deve deixar seu apartamento, em poucos minutos, e é a minha vez de segui-la para o escritório.” “Ok, homem, mantenha-me informado, ok?” “Vou fazer. Apenas deixe Faith segura e feliz.” Gray riu. “Eu vou fazer o meu melhor.” Ele escorregou para dentro e foi em busca de um pedaço de papel e uma caneta. Após deixar uma nota para a Faith, recuou para o quarto. Olhou para seu rosto adormecido por um longo tempo, estudando-a, quão bela e tranquila, parecia. Incapaz de resistir inclinou-se, e arrastou um dedo por seu rosto. Ela se mexeu e se inclinou em seu toque, mas não acordou. Afastou-se com relutância dela em seguida, e deixou a nota sobre o travesseiro ao lado de sua cabeça. 236


Quando Faith acordou, Gray não estava mais ao lado dela. A brilhante luz solar cintilava através da janela, e ela apertou os olhos contra a claridade. Quando seu olhar caiu sobre o travesseiro de Gray, viu uma única folha de papel apoiada contra ele. Pegou e viu o rabisco quase indecifrável de Gray. Quando acordar, venha para a cozinha. Vou ter o café da manhã pronto. Não vista nada. Ela deixou o papel cair de volta na cama, e sentiu o início de um encorpado rubor que vinha em seu rosto. Nua. Se fosse honesta, não tinha ideia do que esperar. Ele conseguiu mantêla fora de equilíbrio, até agora. Em vez de fazer sexo, passou toda a noite anterior dando atenção. Nunca se sentira tão mimada e cuidada em sua vida. “Não seja uma covarde,” murmurou quando saiu da cama. Ela caminhou até o banheiro e rapidamente correu uma escova no cabelo. Não precisou de muito. Gray tinha escovado até que brilhasse. Agora, caía em suas costas em ondas suaves. Olhou-se no espelho. A mulher que encarou a fascinava. Havia uma suavidade sobre ela. Um brilho feliz, radiante que se refletia em seus olhos, e sorria. Respirou profundamente e saiu do banheiro. Quando se aproximou da cozinha, seu pulso estava acelerado, e uma cócega nervosa começava a rolar em seu estômago. Ele estava de pé junto ao bar, segurando uma frigideira com uma mão enquanto colocava ovos num prato. Quando olhou para cima e fez contato visual, seu primeiro instinto foi o de cobrir-se. Parou a vários metros de distância, e engoliu o nó da garganta. Ele colocou a frigideira para baixo, e limpou as mãos sobre um pano de prato. Então deu a volta ao bar, seu olhar percorrendo de cima a baixo, por seu corpo nu. Como a distância entre eles diminuiu, seus braços subiram para cobrir os seios. “Bom dia,” Ele murmurou enquanto se inclinou para beijá-la. Suas mãos circularam seus pulsos, e os puxou para os lados. “Não se esconda. Você é muito bonita para isso. Quero olhar para você.” 237


A satisfação espelhou em seu rosto enquanto corava. Por que gostava dela, ela nunca saberia. Parecia um pouco bobo para uma mulher adulta corar, tanto quanto ela. “Venha, senta, e vamos comer,” disse quando a puxou em direção ao bar. Ela o seguiu, seu pensamento em confusão. Ela sentou-se, e Gray empurrou um prato à frente dela. Bacon, ovos e torradas. E um copo alto de suco de laranja. Sentou-se diante dela, e olhou para seus lindos olhos azuis. Estava vestido, o que o colocava em uma grande vantagem em sua mente. Camiseta e calças jeans, mas estava descalço, e por alguma razão, descobriu que era sexy. Era difícil se concentrar em comer quando não tinha ideia do que esperar, ou o que iria acontecer. Ele dificilmente caía no papel do macho dominante. Muito pelo contrário, na verdade. Ele havia deixado claro que esperava que as coisas seguissem do seu jeito. O que não esperava, entretanto, era que seu jeito fosse gastar toda a atenção sobre ela. Pensou na grande bagunça quando ele a olhou. Gray largou o garfo. “Faith, é só perguntar. Posso ver um milhão de perguntas rodando em sua cabeça.” Ela sorriu tristemente e colocou o garfo para baixo também. “Acho que não sei o que esperar. Quero dizer, estou um pouco confusa. Está me deixando louca.” Levantou uma sobrancelha e olhou fixamente para ela. “Esperava que tivesse de ajoelhar? Ter que pedir permissão para falar? Você espera que batesse em você antes de fodê-la?” Ela estremeceu com a crueldade de sua descrição, mas também sabia que estava parcialmente certo. Um pouco constrangida, abaixou a cabeça e assentiu. Ouviu-o suspirar. Quando olhou de volta, ele estava balançando a cabeça. “Faith, não sou um imbecil. Não vou te tratar como um pedaço de lixo. Nunca. Você não precisa nunca pedir permissão para falar, pelo amor de Deus. Ajoelhar é apenas idiota. Há 238


muitas maneiras de mostrar sua submissão e respeito por mim, e para devolvê-lo tão bem. Nada disso inclui humilhação ou maus-tratos.” Um espinho quente espalhou por seu rosto, e seus olhos fixaram dentro dos dela. Falou com sinceridade, e ficou claro o quis dizer cada palavra. “Sem dúvida, haverá momentos em que a pressionarei,” continuou ele. “Nós dois temos fantasias. Gosto de bater tanto quanto o próximo cara, e espero que você faça o que digo, mas isto não é um jogo. Não posso forçar o bastante.” “Não sou seu pai. Não tenho nenhum desejo de ser colocado nesse papel. Nós dois somos adultos, o petulante jogo mestre/escravo aborrece-me até às lágrimas. O pequeno ato falso de desobediência para que o senhor castigue a pequena escrava travessa — é ridículo. Se e quando bater em você, vai ser porque gosto de ver minha marca em seu traseiro, e porque você vai gostar. Não é porque me desobedeceu. Você é uma adulta com mente própria.” Seu estômago apertou, sua vagina pressionou, e os mamilos endureceram ao ponto de estarem dolorosamente duros. Ela tinha que abrir a boca e se forçar a respirar. “Mais alguma pergunta?” Ele perguntou calmamente. Ela balançou a cabeça e tentou impedir suas pernas de tremerem. O canto de sua boca transformou-se em um puro sorriso de agradecimento masculino. Um brilho cintilou predatoriamente em seus olhos enquanto olhava a forma de seu corpo. “Ótimo. Agora, ontem foi tudo sobre você. Hoje? É tudo sobre mim.”

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C T U apítulo

rinta e

m

Faith engoliu em seco, depois engoliu novamente. Nunca quis outro homem tanto quanto queria Gray. Nunca. Ela queria seu toque. Sua boca. Seu pênis. Cada centímetro dele. Sua comida foi esquecida. Não que houvesse provado, de qualquer maneira. “Já terminou?” Perguntou ele. Ela assentiu, sem confiar-se a falar. Ele se levantou e recolheu os pratos. “Vá à frente para a sala de estar, e pegue um lugar no sofá. Estarei logo lá, assim que lavar os pratos.” Faith levantou vacilante, mas fugiu para a sala. Precisava de tanto tempo quanto possível para se reagrupar, antes que ele acabasse. Quando chegou ao sofá, afundou no couro macio, e cobriu tanto de si mesma quanto podia, se curvando para frente. Se fosse corajosa, se abriria em uma pose provocante, brincaria de sedutora. Mas a verdade era que estava nervosa como o inferno. Ouviu o estrondo de pratos, tudo ficou quieto. A antecipação lambeu sua espinha dorsal. Ela olhou para cima e o viu parado na porta olhando-a. Enrolou os dedos até que as unhas cravaram-se suas palmas, quando começou a vir em sua direção. Ele parou a um pé de distância, os polegares enganchados nos bolsos da calça jeans.

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A força irradiava dele. Um calor sensual que fez seus nervos apertarem na antecipação. Com o lento, metódico movimento, alcançou a braguilha, e soltou o botão. Faith assistiu, maravilhada, enquanto ele abaixava o zíper. Gray enfiou a mão direita na calça, e puxou seu pênis. Seus olhos se arregalaram em apreço. Antes, no corredor escuro de A Casa, só foi capaz de sentir e saborear. Agora podia ver o membro, grosso, corado, se projetando para fora, de um ninho de cabelos castanhos claros. Sua mão agarrou a base, e a cabeça larga foi dirigida a sua boca. Ela lambeu os lábios. A respiração dele escapou em um assovio. “Você tem a boca mais sexy”, disse ele. Estendendo a mão para ela com a outra, e enrolou em torno da parte de trás do seu pescoço. Então a puxou para frente enquanto posicionou seu pênis em sua boca. “Abra para mim”, falou asperamente. Faith separou os lábios, e ele deslizou para dentro. Ela fechou os olhos enquanto processava o bombardeio de sensações. Era grosso em sua boca, macio em sua língua e rígido nos lábios. Ele empurrou profundamente, roubando sua respiração. Moveu a mão de seu pênis, e a enfiou através de seu cabelo, até que encontrou a outra mão na base do seu crânio. Segurou-a no lugar quando enfiou mais fundo. A cabeça acariciava a parte traseira de sua garganta, e ela inalou profundamente pelas narinas. “Engula,” ele ordenou. “Engula quando empurrar e relaxe a mandíbula. Tome-o profundamente.” Ela fez o que pediu, e em seu próximo impulso, se esforçou para frente, deslizando mais profundo para engolir. Ele empurrou profundamente. Seus dedos se enroscaram em seu couro cabeludo.

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Finalmente, ele se retirou, e, em seguida, soltou sua cabeça. Segurou seu pênis novamente, quando pairou perto dos lábios dela. “Lamba,” disse ele com voz rouca. Ela passou a língua em torno da coroa acetinada, e rodou na pequena abertura na ponta. Gray gemeu, e ela sorriu de satisfação. “Feliz com você, não é?” Respondeu quando circundou a cabeça com a língua, parando para uma atenção especial na abertura exposta quando enfiou no prepúcio. “Chupe”, ele rosnou. Separou os lábios e persuadiu a ponta na boca. Chupou levemente enquanto ele segurava ainda na frente dela. “Agora, tome-o profundamente.” Ela abriu a boca mais larga, e o sugou para dentro. “P-poooorra,” ele disse ofegante. Gray colocou a mão em cima da cabeça dela, e agarrou seu pênis com a outra. “Fique quieta,” disse com voz rouca. Ele começou a masturbar seu pênis com movimentos rápidos de vai-e-vem. Ela fechou os olhos e descontraiu, permitindo-lhe assumir. Um leve jorro atingiu a traseira de sua boca, assim que seus movimentos tornaram-se mais frenéticos. Ele tirou da sua boca, e um jato quente de esperma espirrou em seus seios. Ela abriu os olhos para vê-lo com a cabeça jogada para trás, um olhar de pura agonia no rosto. Sua mão puxou sobre seu pênis quando dirigiu o líquido em seu peito. O cremoso fluído deslizou sobre seus seios e mais baixo para sua barriga. Quando abriu os olhos, eles brilhavam de satisfação. Seu olhar a acariciou de cima a baixo, no mesmo no caminho que seu gozo tinha caído. Gray estendeu um dedo, e esfregou a parte de baixo do seu peito, no mamilo, onde recolheu uma gota que tinha seguido para baixo. 242


Então, segurou seu dedo sobre os lábios dela. Ele cutucou a boca até ela abrir, manchando com o sêmen, seus lábios e então sobre sua língua. “Lamba até limpar,” disse ele com voz rouca. Ela provou a leve, almiscarada essência dele, chupou o dedo até que ele aliviou novamente. Gray se afastou. Seu corpo doía e tremia. Ela queria seu toque. Necessitava gozar. Ficou mais excitada agora do que tinha estado a noite passada, quando a levou gentilmente ao orgasmo. “Eu amo o jeito como você está,” disse ele. “Sexy como o inferno com o meu sêmen todo sobre você.” Seus olhos brilhavam com o poder masculino, um homem confiante de seu controle. E se fosse honesta, a ideia dele dando-lhe sua marca, era uma emoção deliciosa. Parecia bobo dito em voz alta, que foi o porque de permitir o pensamento ficar calado. Ele estendeu a mão para ela, e ela a alcançou, permitindo que a ajudasse levantar. Seu olhar baixou uma última vez na trilha de esperma abaixo do seu peito, antes que a puxasse para o banheiro. Uma vez lá, ele ligou o chuveiro, e depois que a água tinha aquecido, puxou-a com ele. Inclinou sua cabeça e capturou seus lábios com os dele. Sua boca se moveu sobre a dela duramente enquanto a água escorria sobre ambos. Suas mãos pegaram seus cotovelos, e ele deslizou lentamente os braços até que agarrou seus ombros. Não para dominá-la, mas para subjugar seus sentidos. Seu beijo era suave, mas ela o sentiu em todas as nuances de sua alma. Não havia mais ninguém. Nada mais do que ele e ela. E como a fazia sentir. Deslizou os braços ao redor de sua cintura, e espalmou as mãos sobre seu peito musculoso, quando os lábios dele se moveram de sua boca, para a mandíbula e, em seguida seu pescoço. 243


Seu pênis pressionou em sua barriga. Ela recuou um pouco e deslizou uma mão entre eles, querendo tocá-lo, acariciá-lo, mas ele agarrou seu pulso e parou seu progresso. “Ainda não,” ele murmurou. “Se me tocar, não vai durar.” Ela olhou para seu rosto, absorvendo a maneira como olhava para ela, como se fosse a única mulher que já importasse para ele. Ficou paralisada pela emoção que viu lá. Enviou uma série de borboletas voando do seu estômago para sua garganta. “Adoro a forma como olha para mim”, disse ele, ao pegar o sabão. Ela inclinou a cabeça para o lado. “Como estou olhando para você?” Seus olhos azuis brilhavam quando fixou em seu olhar. “Como se eu fosse o todo-poderoso. Como se fosse o único homem. Caso você olhasse para outro homem assim, eu o mataria.” Suas bochechas apertaram, e ela sorriu. “Estava pensando que amava o jeito que você olhava para mim.” Ele arqueou uma sobrancelha. “E como é isso?” “Como se eu fosse bonita,” ela sussurrou. “Como se fosse a única mulher que já afetou você desse jeito. Como se estivesse em uma sala cheia de outras mulheres, mas você somente me vê.” “Tudo isso é verdade”, disse ele enquanto caminhava ainda mais para ela. Ele começou a ensaboar seu corpo, seu toque alternando entre firme e suave. Quando terminou, ela lutou para tirar o sabonete dele, apesar de seus protestos, começou a ensaboar seu corpo grande. Quando seus dedos deslizaram sobre cada músculo liso, ela ficou maravilhada com a perfeição de seu físico. Nem um centímetro de carne sobrando pontuava seu corpo. 244


Ela traçou as linhas dos músculos, em seguida, seguiu o caminho da linha dos pelos do peito, abaixo para seu umbigo. “Cuidado,” ele rosnou, quando sua mão mergulhou mais abaixo. Ela riu, e saltou quando ele bateu em sua bunda. “Se você estiver acabado com a brincadeira, vamos sair daqui,” disse ele quando alcançou o registro para desligar a água. Eles secaram-se juntos, embora ele teve a maior parte do trabalho. Quando acabou, jogou a toalha de lado e deu um tapa de brincadeira em seu traseiro. “No quarto. Em cima da cama.” Ela não perdeu tempo. Virou e saiu correndo do banheiro e se arrastou até a cama para esperar. Passou um instante depois, e ficou observando enquanto se apoiava sobre o cotovelo. Suas pernas estavam um pouco separadas, e seu pênis semi-ereto. Em uma palavra, ele parecia perfeito. Magnífico. Duro. Feroz. Como um predador. Todo homem. Todo dela. Caminhou lentamente até a cama onde estava deitada. Colocou a mão em sua perna, e a deixou deslizar sobre a curva de seu quadril. Com um empurrão firme, deitou-a de costas. Ele caiu na cama enquanto engatinhava no colchão com ela. Pairava sobre ela, olhando para baixo com o seu olhar intenso. Abaixou a cabeça e beijou sua barriga. “Esperei o tempo suficiente para te provar,” disse ele enquanto recuou o corpo do dela. Agarrando seus quadris, ele deslizou as mãos em torno de suas nádegas, até que cobriu os globos com suas mãos. Então trabalhou as mãos para baixo, até que segurou a parte traseira de suas coxas. Girou suas mãos, até que ficou sobre suas pernas, a centímetros de sua vagina. Então lentamente separou suas coxas.

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Ele empurrou para fora, e depois para cima, forçando seus joelhos a dobrar. Ela fechou os olhos e cavou seus dedos no lençol a seu lado. Sua boca estava tão perto de seu clitóris. Se ele apenas respirasse sobre ela, teria gozado. Ela doía, pulsava. Cada parte do seu corpo vibrou como um diamante brilhando em quatorze direções. Com um dedo, ele abriu suas dobras. Então, acrescentou outro dedo enquanto a separava. “Tão bonita,” murmurou. “Rosa e feminina. Macia. Aposto que você tem um gosto tão doce quanto parece.” Ela estremeceu e arqueou os quadris, querendo mais, querendo ele. Então, ele a lambeu. Ela abriu os olhos e sacudiu a cabeça para cima, conforme sua língua batia através de sua entrada e ao seu clitóris. Cada músculo em seu corpo enrijeceu, então convulsionaram, como se seu cérebro já não tivesse qualquer controle sobre seus movimentos. “Mmm, eu estava certo. Você tem um sabor delicioso,” ele falou. “Oh Deus”, ela ofegou. Ele a lambeu novamente, e Faith cerrou os dentes, quando um raio de prazer abalou seu núcleo. Precisava de mais, apenas um pouco mais duro. Mas ele pareceu perceber o quão perto estava, e apenas quanto seria necessário para enviá-la ao longo da borda, e conteve-se. Provocando de leve, ele lambeu e mordiscou ao longo de sua carne tenra. Ela gemia e se torcia inquieta abaixo dele. Gray levantou a cabeça para olhá-la. “Posso ver que vou ter que amarrá-la se tiver alguma esperança de mantê-la parada.” Ah, ele sabia o efeito que a declaração teria nela. Podia ver o brilho em seus olhos presunçosos, quando seus mamilos enrugaram, e um arrepio correu em seu corpo. 246


Ele abaixou a cabeça novamente e delicadamente sugou o clitóris em sua boca. Ela tentou não se mexer. Deus, ela tentou. Mas quando começou a chupar ritmicamente, perdeu todo o controle. Arqueou contra ele e ficou chocada ao ouvir suas próprias suplicas. Ela havia aberto sua boca? Estava perto. Tão perto. Precisava... Ele soltou o sensível botão, e lambeu o caminho abaixo, até que parou com a língua em sua entrada. Ela se dobrou de volta na cama, quando sua urgência diminuiu seu orgasmo. Tudo muito cedo, começou a montar de novo, enquanto ele lambia sua abertura. A tensão começou a aumentar em sua virilha. Sua pélvis apertou. Seu estômago flexionou. Suas mãos fecharam em punhos, recolhendo os lençóis com eles. Apertou os olhos fechados, enquanto a língua acariciava e conhecia as regiões mais sensíveis, mais e mais. Quase... Quase. Ele levantou a cabeça, e ela gritou de frustração quando ele deixou-a suspensa ali. Um toque. Era tudo o que precisava. Sua mão foi automaticamente para sua vagina, precisando de algo para catapulta-la por cima. Mas Gray segurou a mão dela e riu baixinho. “Ah, não Faith. Ainda não. Isto é sobre mim, lembra? E eu estou me divertindo muito.” Ela suspirou de frustração. Ele beijou a pele de sua pélvis, um pouco acima do ninho de cachos loiros. De lá, beijou uma linha seguindo para sua barriga, até posicionar seu corpo entre suas pernas de separadas. Ainda sem pressa, ele se inclinou e passou a língua preguiçosamente em torno de um mamilo, em seguida, virou-se para o outro, e deu-lhe igual atenção. Faith cantarolava de contentamento. Gostava de ter os seus mamilos estimulados. Seus dentes roçaram o sensível ponto e, em seguida, beliscou mais duro, fazendo-a gritar com uma explosão de prazer que rompeu-se em sua barriga. Chupou a ponta em sua boca, e trabalhou para frente e para trás, puxando-a com os dentes em seguida, acalmando com um toque de sua língua.

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Ele capturou o outro mamilo entre seus dedos, enquanto continuava a chupar. Puxou no bico duramente, e então beliscou entre o polegar e o dedo médio. Depois rolou e puxou novamente. Ela estava ofegando quando sua boca finalmente deixou seus seios, e subiu para capturar sua boca. Faith sentiu seu pênis grosso entre suas pernas, enquanto a beijava com uma intensidade que beirava a violência. Chupou direto da respiração de seus pulmões. Ela queimava. Ardia. Nunca tinha experimentado paixão tão volátil. Sua vagina apertou sua ereção, e não importava o quanto ela se movesse e arqueasse, não conseguia a posição para que pudesse tomá-lo dentro de seu corpo. Ele a beijou nos lábios, nas bochechas, nos olhos, em seu pescoço. Mordiscou suas orelhas em turnos, e depois afundou os dentes na curva do seu pescoço, e ela soltou um gemido. Estava desesperada por ele. Em fogo. Fora de controle. E ainda, ele era gentil, feroz, controlador e dominante. Era uma combinação que nunca tinha experimentado. Finalmente, finalmente, ele alcançou entre ambos, e posicionou seu pênis em sua abertura. Ele apoiou-se em um cotovelo e olhou-a, seus olhos inundados de coisas que ela não poderia começar a descrever. A cabeça violou sua abertura, e ela fechou os olhos, quando ele começou colocar a si mesmo em seu corpo. Lentamente. Reverente quase. Ele era grosso. Duro. Estendeu-a até que perguntou o quanto poderia tomar. E ainda assim ele continuou. Lágrimas escorriam por seu rosto, enquanto ele pacientemente tomava seu tempo, arqueando seus quadris para frente. Puxando-a para a parte superior do corpo em seus braços, embalando-a quando finalmente parou profundo em sua vagina. “Você é tão apertada,” ele sussurrou. “Encaixa como uma luva. Feita para mim. Só para mim.”

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Ele deu beijos carinhosos em sua orelha, até o queixo, e sobre os lábios. Sua boca deslizou por seu pescoço, sugando e lambendo em pontos onde pulsava. Ela colocou os braços ao redor dele, os dedos espalhados por seus músculos. Seus quadris empurraram para frente, retirando-se apenas para deslizar novamente. Como podia ser tão absolutamente gentil, e ainda ter tanto poder de comando? Parecia inexplicável para ela, e ainda com cada golpe, a cada toque, carícia, beijo, ele a fez se sentir querida, protegida, amada. Gray colocou seus antebraços em ambos os lados da cabeça dela, enquanto segurava seu peso fora de seu corpo. Encaixaram como duas peças de montar. Ficou alojado firmemente entre suas pernas, e acariciou seu rosto com os dedos, alisando e afastando os fios úmidos de seu cabelo. Ele o olhou, seus olhos parecendo absorver todas as suas facetas. Havia uma estranha mistura de ternura e posse em sua expressão. Ela chegou até seu rosto, e ele fechou os olhos quando os dedos acariciaram sua face. Quando os abriu novamente, a necessidade brilhava, clara, implacável. Ele flexionou os quadris, conduzindo-se mais profundo. “Enrole suas pernas em volta de mim”, disse ele. Faith enganchou seus tornozelos em torno da cintura dele, e ele deslizou as mãos pelo corpo dela para seu traseiro. Empurrou mais duro. Seus quadris pressionando no dorso das coxas enquanto trabalhava mais profundamente. Fechou os olhos como se estivesse em doce agonia. Seu orgasmo se escondia. Ela estava à margem de um furacão de construção lenta. Foi até o pico, até a borda tantas vezes, e foi afastada. Agora, não seria negada. Pegou o ritmo, e a batida de carne que enchia o quarto. Enrolou as mãos ao redor de seu pescoço, entrelaçando os dedos juntos em sua nuca. Segurando por sua preciosa vida.

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“Por favor, não pare”, ela sussurrou. “Não, amor, não desta vez,” disse ele. “Vamos. Vou te segurar. Tenho você.” Suas palavras a enviaram para o orgasmo. Seu coração deu uma guinada na ternura do momento. Seu corpo explodiu em milhões de direções diferentes. Pela primeira vez, seu coração e sua mente estavam em harmonia com seu corpo. Nunca se sentiu tão completa. Tão, satisfeita. Tão cheia. Tão convencida de que este era o lugar onde deveria estar. Gotas de lágrimas escorriam por seu rosto, enquanto cada músculo em seu corpo apertava insuportavelmente. E, finalmente, sua libertação a inundou, relaxando a tensão. Ela flutuou, leve, embalada em seus braços. Tornou-se consciente dele beijando sua orelha e murmurando palavras suaves. Então, ficou tenso contra ela. Começou a empurrar impaciente dentro dela, como se não pudesse ir tão profundo o bastante, rápido o suficiente. Sussurrou seu nome exatamente quando desabou sobre seu corpo. Juntou-se a ela, amando a sensação de seu peso, sua pulsação contra o peito. Por um longo momento, ficou lá, respirando ofegante em seu ouvido. Em seguida, ele apoiou-se, e a beijou demoradamente. “Não te machuquei, não é,” perguntou rispidamente, quando se afastou. Ela sorriu e acariciou o queixo duro com a mão. “Você foi perfeito.” “Lá vem você me olhando daquele jeito.” Flexionou seus quadris, deslizando o pênis ainda duro contra as paredes de sua vagina. Ele saiu fora dela, deslizando fora de seu corpo em uma corrida quente de fluido. “Deixe-me pegar uma toalha,” disse ele. “Fique aqui.” Ela observou enquanto ele caminhava nu para o banheiro. Havia tanta confiança em seus passos. Nenhuma arrogância. Nenhuma falsa arrogância. Bastava ver o andar de um homem, para saber que era extremamente confiante. 250


Fechou os olhos e reviveu o amor que acabaram de fazer. Seu corpo estava saciado. Um fulgor morno, sonolento, a rodeava. Contentamento. Prazer. A cama afundou de novo, e ele gentilmente abriu suas pernas, e apertou a toalha contra sua carne ainda trêmula. Abriu seus olhos, para vê-lo olhando para ela. Ele jogou a toalha de lado e subiu ao seu lado. “Eu amo a aparência de uma mulher bem satisfeita,” murmurou enquanto a puxou em seus braços. “Não há emoção maior para um homem, do que saber que ele é o responsável por colocar esse tipo de olhar no rosto de uma mulher.” Faith aconchegou em seu peito, e desejou como o inferno, que pudesse ronronar como um gato. Ele colocou os braços ao redor dela, e posicionou sua cabeça em seus ombros. Sua mão alisava suas costas, até que cobriu seu traseiro possessivamente. “Durma um pouco”, ele sussurrou. Ela bocejou, muito disposta a seguir o conselho. Enquanto era afastada pelo sono, ele dobrou uma perna por cima dela, e ela mal registrou que não havia uma parte do seu corpo, que ele não estivesse enrolado de alguma maneira. Ela dormiu com um sorriso no rosto.

251


C T D apítulo

rinta e

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No mundo nebuloso entre adormecida e acordada, Faith pairou contente e letárgica. Mãos quentes deslizavam sobre seu peito, e, agarrando seus ombros. Abriu os olhos quando foi virada de barriga para baixo, e seu rosto encontrou o travesseiro. Suas duas mãos foram puxadas atrás dela, até que se encontraram na parte baixa de suas costas. Gray as segurou em uma mão, e então ela sentiu a aspereza da corda enrolando seus pulsos. Seu coração bateu contra o colchão, e sua respiração vinha em jorros superficiais, quando lutou contra o processo que estava acontecendo. Ela puxou o pulso esquerdo, experimentalmente, mas a corda estava bem apertada. Virou seu rosto para o travesseiro e tentou relaxar, mas a emoção mexia em suas veias mantendo-a tensa com a antecipação. Mãos firmes acariciaram e massagearam suas nádegas. Suas pernas foram separadas, e expostas. Sua bunda, sua vagina. E estava impotente contra o que ele queria fazer. Fechou os olhos, e arfou, conforme uma descarga de adrenalina que nunca havia experimentado, caiu através de seu corpo. Onde ele ia tomá-la? Sua vagina? Seu traseiro? Apenas a ideia de ele tomá-la tão primitivamente, a teve deslizando precariamente perto da liberação. Sua pergunta foi respondida quando ele a ergueu o suficiente para que escorregasse em sua vagina tremente. Ela gemeu quando Gray se apertou dentro dela, enchendo-a com cada centímetro com seu pênis, em sua passagem apertada. 252


Inclinando sobre ela, ele colocou as mãos em cada lado de sua cabeça. Seu corpo cobriu o dela, enquanto seus quadris arqueados na bunda dela. A barriga apertada de Gray roçou suas mãos atadas, enquanto trabalhava seu pênis adiante em seu corpo. Sua boca roçou seu ouvido. “Diga-me, Faith, alguém já fodeu seu cu?” Ele sussurrou. “Serei o seu primeiro?” Arrepios tomaram conta dela. “Sim”, ela ofegou. “Sim, o quê?” “Você será o primeiro”, disse ela em voz baixa. Seus quadris balançaram para frente, lançando duramente e urgente nela. Ele fez um som de satisfação, enquanto mordiscava sua orelha. “Você quer que foda seu cu?” ele perguntou. “Será que a ideia de algo tão impertinente e proibido te excita?” “Sim”, ela gemeu. “Sim!” “Você quer que a desamarre?” Perguntou ele. “Ou quer que a foda como está? Desamparada. Incapaz de se mover. À mercê de onde quero te levar.” Suas palavras eróticas deslizaram sobre ela, apertando cada terminação nervosa em seu rastro. Seu quadril acalmou quando esperou por sua resposta. Sentia-se cheia, apertada. Quanto mais apertado ele se sentiria em seu traseiro? Gray recolheu seus cabelos na mão, e deu um leve puxão. “Responda à pergunta:” ele dirigiu. “Quero que me foda como estou,” ela sussurrou. Seu aperto soltou, mas sua mão ficou no cabelo dela, acariciando suas costas, quando recomeçou os lentos, mesurados impulsos. Então ele se retirou.

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A cama afundou quando ele se inclinou, e Faith ouviu um som de algo respingando. Lubrificante? Dedos abriram as bochechas de seu traseiro, então sentiu o choque frio do gel escorregadio. Gray empurrou um dedo sobre a abertura, em seguida, lentamente, inseriu a ponta. Ela gemeu com a sensação, enquanto ele trabalhou preguiçosamente o dedo dentro e fora. Um dedo, e sentiu como se a tivesse enchido com seu pênis inteiro, através da pequena abertura. Ele retirou, acrescentando mais lubrificante e, em seguida, inseriu dois dedos. Estendeu o canal apertado, preparando-a para o que estava por vir. Ela enrolou os dedos em suas palmas, e ficou tensa quando ele tirou os dedos. Ele estendeu suas pernas mais abertamente, e se inclinou sobre ela. Seu braço acariciava sobre suas nádegas, que alcançou entre suas pernas, para posicionar seu pênis. Gray deslizou entre suas bochechas, e então levou as duas mãos, e separou as bochechas. A cabeça pressionou contra o anel de músculo, e enrijeceu instintivamente contra a invasão. Gray gemeu quando ela apertou a ponta de seu pênis, mas não desistiu. Seus dedos cavaram em suas nádegas, separando-a mais enquanto empurrou para dentro dela. Ele inclinou para frente, forçando seu pênis mais profundo. “Relaxe”, ele murmurou. “Vai doer. Mas eu vou fazer você se sentir tão bem. Deixe-me entrar, querida. Tome tudo de mim.” As palavras sensuais escorreram sobre ela como mel quente, e ela desejou relaxar. Tão logo ele sentiu sua rendição, bombeou a frente, empurrando-se ao máximo. Ela pulou para cima, a mordida de dor inquietante. Se contorceu, mordeu o lábio como cacos de insuportável prazer seguiam de perto, nos calcanhares da dor nervosa. “Faith, amor, você tem que parar,” Ele gemeu. “Fique quieta, ou vou gozar. Você está me matando.” 254


Ele bateu em seu traseiro levemente, para reforçar seu apelo angustiado, e ela acalmou, sugando o ar profundamente, enquanto lutava contra a força crescente dentro dela. Gray agarrou os quadris dela com ambas as mãos, e se retirou parcialmente. Ele parou ali, e ela podia senti-lo tremendo. “Você tem alguma ideia de como parece gostosa com sua bunda sexy enrolada no meu pênis?” Ele empurrou para frente novamente, e ela engasgou com a sensação. “Nem sequer parece que é possível, você tomar tudo de mim. Você está esticada, tão apertada em volta de mim. Uma foda incrível.” Ele levantou um pouco para subir os joelhos, e levantou os quadris dela com ele. Então empurrou. “Lindo,” ele murmurou. Antes que ela pudesse pedir para que não parasse, ele a virou para cima, e ela lutou para se posicionar sobre as mãos atadas. Pela primeira vez desde que acordou, olhou-o nos olhos. Ela estremeceu ao ver a posse tão claramente delineada. Abriu as pernas separadas, e as empurrou de volta contra seu peito, até que seu traseiro estava claramente acessível novamente. Deslizou a mão sobre sua vagina, e tocou seu clitóris, assim que empurrou seu pênis profundamente em seu canal aberto. Ela gritou. “Se solte da dor,” disse ele numa voz rouca. “Abrace o prazer. Agarre isso.” Ele esfregou o polegar, e brincou com seu clitóris. Em seguida, trabalhou com o dedo menor, e o arrastou para a vagina. Faith arqueou contra ele, querendo que se movesse, impulsionasse. Mas ele se segurou ainda contra ela, enterrado tão profundamente quanto poderia ir. “Por favor”, implorou. Ele retirou-se lentamente e, em seguida, empurrou para frente. Fechou os olhos, e cerrou sua mandíbula apertada, quando parecia que lutava pelo controle.

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“Não posso ir devagar,” disse ele. Se enterrou para frente, enquanto seu dedo esfregava seu clitóris. “Oh, Deus, Faith.” Gray começou a empurrar, batendo seus quadris contra o traseiro dela. Umidade inundou sua vagina enquanto seu orgasmo construía e soprava fora de controle. Não houve um acúmulo lento para uma grande explosão, em vez, houveram várias explosões, uma após a outra. Cada uma foi espremida dela em uma mistura de dor, e prazer. Tudo misturado e rodando juntos, até que estava inconsciente em seu êxtase. Então quando se enterrou uma última vez, e ela sentiu a corrida quente de sua liberação no fundo de seu corpo, perdeu toda a aparência de tempo e lugar. Ela gritou enquanto seu corpo voou pedaços. Ele continuou a pressionar contra ela, até que finalmente parou. Inclinou-se contra ela por um longo momento, enquanto seu pênis pulava e convulsionava para o último de sua libertação. Então saiu fora de seu corpo com um pop suave. Ela sentiu a lâmina quente da sua semente derramando sobre a sua carne ardente quando ele a deixou. Com mãos suaves, virou-a para seu lado. Ela dobrou as pernas, até que os joelhos estavam dobrados em seu estômago. Seus músculos doíam, e ela tremia dos pés à cabeça. Mas se sentia mais viva do que já tinha sentido antes. Animada, exausta, e completamente satisfeita. Ele inclinou-se, e a beijou antes de deslizar da cama. Ela fechou os olhos, exausta demais para fazer nada mais do que ficar lá e esperar por ele voltar. Em poucos segundos, ele puxou a corda de seus pulsos. Quando suas mãos estavam livres caíram, rolou-a sobre suas costas, e se pegou em seus braços. Ele a tirou da cama, e beijou o topo de sua cabeça, enquanto caminhou em direção ao banheiro. A água ainda estava escorrendo quando a baixou na banheira. Ela suspirou, satisfeita, enquanto a quente água batia em seu corpo. Ele se ajoelhou ao lado da banheira e correu a mão pelo cabelo dela.

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“Você está bem?” Ela sorriu, permitindo que a pura alegria corresse através dela, para se mostrar. “Nunca estive melhor.” Seus olhos brilharam, e ela podia ver a satisfação que sua resposta havia trazido. Gray a lavou, suavemente parando a cada centímetro do seu corpo. Quando terminou, estendeu a mão e a tirou da água. Colocou-a do lado de fora da banheira, e pegou uma das toalhas grandes penduradas na prateleira. Quando passou a toalha ao seu redor, agarrou os ombros dela, e puxou-a para ele. Cutucou seu queixo com os nós dos dedos, então baixou a boca para a dela. Seu beijo foi terno e amoroso. Abanou os dedos ao longo de seu rosto enquanto aprofundou seu beijo. Ela soltou um suspiro contente, que ele engoliu, logo que escapou. “Você é tão incrivelmente doce,” murmurou ele. “Tão perfeita.” Ela aqueceu sob a sua aprovação, e deu um sorriso tímido quando ele se afastou. Ele colocou sua mão na dela, e puxou-a para fora do banheiro. Seguiu para a sala, e parou no sofá. Sem dizer uma palavra, passou um braço ao redor dela e a posicionou na ponta do sofá. Os braços eram grandes e fofos, e ela tinha que ficar na ponta dos pés quando se inclinou sobre a almofada gorda. Seus pés deixaram o chão, quando ele a inclinou, até que seu rosto descansasse contra o assento. Sua bunda estava cravada no ar, enquanto seu abdômen pressionava no braço do sofá. Ele a deixou por um momento, depois voltou e puxou as mãos atrás de suas costas como tinha feito anteriormente. Ele envolveu a corda em seus pulsos, e os amarrou juntos. Então, abriu suas as pernas de modo que sua vagina e ânus estivessem expostos, vulneráveis. “Fique assim”, ele murmurou. “Estou indo tomar uma ducha. Espero encontrá-la assim como a coloquei, quando voltar.” 257


O aviso claro em sua voz provocou arrepios de prazer sobre sua pele. Ouviu o barulho suave de seus pés, enquanto caminhou de volta pelo o piso de madeira para o banheiro. Ela ficou lá, seu corpo já vibrando com a excitação aumentada. Não achou que fosse possível ter se recuperado tão rapidamente de seu último orgasmo. Tinha sido uma força que nunca tinha experimentado. Ninguém tinha sido capaz de dar-lhe tanto, capaz de tomar tanto. Gray era o único? Sua mente, seu coração disseram que sim. Sem equívocos, sim. Seu corpo lhe disse que sim. Será que se atreveria a esperar que ela e Gray pudessem forjar um relacionamento? Ela fechou os olhos, com medo da esperança, com medo de que esta fosse uma decepção que poderia não suportar, se as coisas não fossem bem. Sentindo a sua presença mais uma vez, ela abriu os olhos para vê-lo de pé ao lado do sofá. Sua visão focou em sua mão ao seu lado, e o chicote, apoiado em sua perna. Calor inundou cada poro do seu corpo. Ele ia espancá-la. Ele estendeu o chicote para tocar seu rosto, a ponta de couro arrastando abaixo, por seu queixo. Ele seguiu uma linha pelo pescoço e ombro. Traçou sua espinha dorsal em suas costas, e ela tremeu quando ele acariciou suas nádegas. Ele deixou seu corpo, e, então, uma fração de segundo depois, ele atingiu sua bunda. Dor fervente queimou o local onde o chicote bateu, deixando-a sem fôlego. Tão logo, porém, a dor foi substituída por um calor sensual, como se radiasse sobre suas nádegas. Zumbia através de seu corpo, apertando seus mamilos e fazendo sua boceta apertar com a necessidade. Outro golpe caiu sobre sua a face, e ela se encolheu enquanto um grito de surpresa derramava de seus lábios. Mais dois desembarcaram em rápida sucessão, até que se contorcia, suspensa entre a dor e a excitação profunda. “Você gosta da dor”, disse ele.

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Ela gemia baixinho em resposta. Ela gostava. Não conseguia explicar. Com cada golpe, vinha o desconforto inicial, mas, ao mesmo tempo, cada golpe deu-lhe mais prazer do que o último. “Eu adoro ver a minha marca em você. Adoro a forma como a sua bunda fica vermelha com cada batida do couro. Adoro ver você se contorcer de dor e, em seguida, se entregar ao prazer que segue.” “Mais,” ela sussurrou. “Por favor.” Ele bateu nos globos suaves de seu traseiro de novo, mais do que antes. Ela gritou, então tremeu quando sua mão acariciou para longe a queimadura. Mais uma vez o chicote desceu, e a pressão aguda da carne encontrando o couro, estalou por toda a sala. “Mas você quer saber o que amo ainda mais?” Ele perguntou baixinho. Ela choramingou de leve. “A ideia de que depois de deixar sua bunda vermelha, vou foder você. Vou montar você, duro, enquanto sua bunda ainda arde, enquanto minha marca ainda é visível em sua pele.” Ela ia gozar. Simplesmente, por suas palavras, a surra. Ia explodir fora de controle. “Quantos mais?” Perguntou ele. “Quantos golpes você acha que deveria lhe dar, antes de meter meu pau tão profundamente em sua vagina, que você vai me provar?” “Por favor, por favor”, ela ofegou. “Eu preciso...” Ela estremeceu quando Gray a espancou. Então de novo. Oh Deus. “Uma dúzia mais? Você pode tomar isto, Faith? Devo parar?” “Não!” Ela chorou. “Por favor, não pare.” “Isso é o que eu gosto de ouvir”, ele ronronou. Ele trouxe o chicote para baixo em sua bunda, em seguida, moveu-se uma polegada em outra direção e espancou. 259


Cinco, seis, sete vezes. Perdeu a conta enquanto fogo prendia em seu traseiro. Estava perdida em um mundo de dor, e um afiado prazer eufórico. Mais duro. Cada golpe era mais duro que o anterior. Havia começado leve, e aumentou a intensidade de cada assalto. Calor insuportável floresceu, até tudo o que ela sentia era o formigamento em suas nádegas. Então parou. O chicote caiu no chão, e ele pegou sua bunda entre as mãos, abrindo-a. Antes que pudesse processar o que estava acontecendo, ele colidiu com a sua vagina. Seu corpo todo queimando, com um fogo que só ele poderia dar a ela. Ele estendeu a mão, e enrolou os dedos firmemente, em torno de suas mãos atadas. Segurou enquanto a fodeu por trás. De jeito nenhum ela poderia resistir a isso, nem um segundo a mais. Empurrada para a borda, muito antes que ele penetrou seu corpo, agora ela caiu em uma explosão cataclísmica. Ela gritou e gritou novamente enquanto ele cavalgava sem dó nela. “Goze para mim”, ordenou. Ela sentiu uma golfada úmida, e percebeu que era ela. A batida de seus quadris com a bunda dela, enchia a sala. Molhados sons eróticos que só impulsionaram mais o orgasmo já elevado. “Não posso...” ela começou, implorando por algo que nem sequer entendia ou compreendia. Seu aperto em suas mãos aumentou, e ele bombeou para frente novamente. Seu traseiro, formigando da surra do chicote, arrepiou com cada impulso. “Vamos,” disse ele delicadamente, seu tom de voz não admitia nenhuma contradição direta com o poder de seus impulsos. E ela fez. Seu estômago apertou. Sua vagina apertou e empurrou ao redor de seu pênis. Ela fechou os olhos, e apertou os lábios quando uma força terrível construiu, e se enfureceu dentro dela, pedindo para ser solta, forçando sua saída.

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Justamente quando pensou que não poderia aguentar mais um segundo de tensão insuportável, o mundo explodiu ao seu redor. A sala mudou e ficou fora de foco. O corpo dela assumiu uma vida própria, pois se abalou e tremeu. Lágrimas deslizaram sob suas pálpebras, enquanto seu corpo estourou como um elástico em pleno estiramento. Alívio. Tão doce, ardente alívio. Quando desceu lentamente de seu orgasmo, registrou-o ainda se balançando contra ela, seu pênis sondando as profundezas de sua vagina. Era quase doloroso. Estava muito tenra, muito sensível de um orgasmo tão volátil. Ele estava esticando-a, enchendo-a. Ela gemeu contra a dor dolorosa de suas atenções. Em seguida, ele retirou-se e girou seu corpo, até que seu quadril descansou sobre o braço do sofá. Ela puxou suas pernas para aliviar o desconforto da posição, enquanto ele andava ao lado do sofá. Ele dobrou os joelhos, e abaixou-se para o rosto dela. Deslizou o pênis em sua boca e manteve-se profundamente. Ele se inclinou e agarrou a parte de trás do sofá com a mão esquerda, e segurou-se no assento ao lado da cabeça com a direita. Então ele começou a bombear em sua boca. “Engula,” ele rosnou. Foi todo o aviso que chegou antes do primeiro jorro de sêmen inundar sua boca. Ele fez uma pausa para deixá-la engolir, antes de empurrar novamente, profundo, e manteve-se na parte de trás de sua garganta enquanto seu pênis pulsava mais da quente semente. Montou sua boca como montou sua vagina. Duro, implacável. Seus lábios se estenderam ao redor da base para acomodar o seu tamanho. Ele não a soltou, até que derramou cada gota por sua garganta. Devagar e com aparente relutância, se afastou, mas fez uma pausa enquanto o pênis escorregava de seus lábios e pendia uma polegada de distância. “Lambe, tudo limpo,” disse ele com voz rouca. Baixou até ela o chupar de volta em sua boca, agitando a língua em volta da cabeça.

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Ele gemeu quando ergueu os quadris para frente. Quando ela lambeu cada gota da umidade de sua pele, se afastou e ficou à sua altura máxima ao lado do sofá. Chegou por trás dela para desatar suas mãos, então, puxou-a até que estava em uma posição sentada. “Dê-me um segundo para pegar uma cueca, e já volto,” disse ele. Ela se sentou lá, o corpo tremendo, paralisado, seu traseiro ainda estava em chamas, desde a surra que lhe dera. Ele retornou apenas um minuto depois, e sentou-se na extremidade oposta do sofá. Então estendeu, e alcançou para ela. Ela foi voluntariamente para seus braços, e ele puxou-a sobre seu corpo. A posicionou de volta contra o encosto do sofá, e passou os braços em torno dela, enquanto seu rosto aninhava em seu peito. “Você é incrível,” ele sussurrou em seu cabelo. “Nunca imaginei encontrar alguém como você.” Ela sorriu e se aprofundou nos seus braços. Continuou a correr os dedos pelo cabelo dela, puxando os fios separados. “Estava errado sobre você,” continuou ele. “Tratei-te mal, e tudo porque acreditava em algo sobre você que não era verdade.” Faith levantou a cabeça para olhar nos olhos dele. Sinceridade brilhou em seus olhos azuis. E lamento. Baixou a cabeça para ele, até que seus lábios se tocaram. Beijou-o docemente, suavemente, cansada demais para colocar mais paixão no ato. Ele não pareceu se importar. Apertou-a em seus braços, e beijou-a de volta, explorando sua boca com a língua. Então se virou para que ela deslizasse as costas no sofá, e eles se enfrentaram. “Você me desgasta”, Gray confessou. “É muito jovem para mim. Não posso acompanhar.” Ela riu. “Graças a Deus você está desgastado, porque não posso mover um músculo.” 262


“Então vamos dormir”, disse ele baixinho. “Somente quero te segurar por um tempo. Vou conseguir algo para comer quando você acordar.” Seu coração inchou, e sentiu um arrepio vertiginoso quando esfregou seu rosto no dela. Nada em suas fantasias, em seus sonhos mais vívidos tinha chegado perto da realidade do amor que tinham feito. Era à combinação perfeita de forte e terna. Ela se aninhou em seu pescoço, e pressionou um beijo em sua pele quente. Aconchegouse um pouco mais apertado, e fechou os olhos, para deixá-lo fazer exatamente o que ele queria: Segurá-la.

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C T T apítulo

rinta e

rês

Gray abriu os olhos devagar, e satisfação imediata se registrou. Ele olhou abaixo para ver Faith, com a cabeça enterrada em seu peito. Seu braço direito estava dormente, mas odiava ter que se mover. Sentia-se bem em seus braços. Parecia que era o único lugar onde ela pertencia Ele beijou o topo da cabeça dela, e acariciou seus cabelos com a mão esquerda. Ela mexeu e esfregou o rosto contra seu peito. Sentiu o bocejo contra ele, e sorriu. “Quer ir nadar?” Perguntou ele. “Eu suponho que você trouxe uma roupa de banho, mas eu não me importo se for nua.” Faith levantou a cabeça e olhou para ele com sono, os olhos satisfeitos. “Eu trouxe um biquíni. Eu não quero areia e sal nas minhas partes, muito obrigado.” Ele riu. “Areia e sal nas partes seria uma tragédia, de fato. Especialmente desde que pretendo gastar muito tempo nessas partes você.” Seu rosto enrugou. “Sim, isso não seria como foder uma lixa?” Seu corpo inteiro sacudiu com o riso, e ele bateu em seu traseiro. Gray deixou a mão lá, e olhou para baixo para ver as enfraquecidas marcas vermelhas, ainda em sua parte traseira. A visão excitou-o tudo de novo. Ele se moveu até que ela estava posicionada embaixo dele no sofá. Ele esforçou-se para tirar sua cueca, e jogou-a para o lado. Então, abriu-lhe as pernas com o joelho, e estava no fundo de sua vagina em dois segundos. 264


Essa não era uma gentil sessão de amor. Sua necessidade era urgente, e queria fodê-la sem sentido. Ele agarrou seus quadris em suas mãos e montou-a árduo e profundo. Sua vagina envolveu seu pênis. Sugando mais profundamente, quente, sedosa. Tão apertada quanto seu doce traseiro havia sido, sua vagina apertou-lhe tão duramente. Suas bolas apertaram dolorosamente. Ele provocou suspiros pequenos dela cada vez que bateu para dentro. Ele correu as mãos acima por seus lados, para os braços dela, em seguida, até os pulsos. Segurando apertado, puxou as mãos acima de sua cabeça e empurrou lá enquanto dirigia profundamente e trancou-se contra ela. Ele queria gozar dentro dela. Marcando-a na forma mais primitiva que um homem pode. Queria esvaziar-se, no fundo dela, tanto quanto possível. Sua vagina aveludada espamou ao redor de seu pênis, e para sua surpresa, ela teve um orgasmo. Faith gritou, arqueando o peito para frente enquanto se segurava cativamente no sofá. O som do seu prazer empurrou-o para a borda. Ele insistiu, mais uma vez, rangeu os dentes e gozou dentro dela com o calor acolhedor. Quando sentiu o empurrão final do seu pênis, desabou sobre ela. Soltou os braços e os encolheu em torno de seu corpo, ficando perto dela. Estava segurando muito apertado. Ela provavelmente não conseguia respirar, mas naquele momento não se importava. A queria o mais próximo possível dele. Beijou sua testa e de repente queria lhe dizer mais. Queria fazer promessas, não tinha certeza de que poderia continuar, mas queria fazer mesmo assim. Como se tornou consciente de sua luta para respirar debaixo dele, empurrou-se dela. Seu pênis deslizou de seu corpo em uma corrida de fluidos. Olhou para a sua vagina, rosa e inchada do sexo que fizeram. Seus fluídos brilhavam contra sua coloração rosa, e sentiu uma profunda satisfação. Sua. Ela era sua. Ofereceu a mão para ela.

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“Vamos ir dar aquele mergulho”, disse ele. Ela deslizou a mão pequena na dele, e ele ficou impressionado com a confiança que o gesto deixava implícito. Estava tudo ali em seus olhos para ele ver. Vulnerabilidade, quando tinha o poder de feri-la, ou dar seu prazer de uma maneira que nenhum outro homem podia. Pela primeira vez, estava desconfortável com a ideia de ter total poder sobre ela. Ele ajudou-a, e a surpreendeu envolvendo os braços em volta do seu estômago e abraçando apertado. Quando deitou a cabeça sobre seu peito, ergueu os braços para abraçá-la de volta. Acariciou a mão sobre seus cabelos e beijou o topo de sua cabeça. Quando se afastou, ela o olhou, os olhos verdes brilhando de felicidade. “Me dê alguns minutos para colocar o biquíni.” Ele caminhou para o quarto com ela, e enquanto ela colocava seu biquíni, pegou a sua sunga da sua mala. Quando olhou para trás para, ela estava lutando com as alças de cima. “Permita-me,” ele ofereceu quando se mudou para onde ela estava. Ela soltou os laços, e ele amarrou-os com um nó rápido. Seu olhar vagueou abaixo, para o pequeno pedaço de pano que tampava sua bunda. Ele levantou uma sobrancelha quando se virou para encará-lo. “Não que eu esteja reclamando, mas realmente duvido que essa coisa que você chama de biquíni, irá manter a areia fora de suas partes.” Ela sorriu. “Acho que vou ter que ser muito cuidadosa.” Ele colocou o queixo em sua mão, e a beijou. Com relutância, se afastou e pegou sua mão. “Vamos lá antes de me tornar um animal completo e foder sem sentido de novo.” Ela corou, mas podia ver a chama de desejo nos olhos dela antes desviar rapidamente o olhar. 266


Saíram pelas portas francesas, e foram para o deque. O sol quente irradiava sobre eles, enquanto caminhavam, desceram a rampa de madeira que conduzia à praia. Faith olhou para a água quando seus pés bateram na areia. Hoje, a água era mais verde, e não enlameada como tinha sido o primeiro dia que chegou. Havia um brilho na água que a estava convidando. Olhou para a mão entrelaçada com a de Gray e não podia evitar a onda de felicidade que a enchia. Com um sorriso malicioso, ela se soltou de sua mão e correu em direção à água. “O último é em um ovo podre!” Ele decolou depois dela, e ela correu gritando para dentro da água. A água espirrava em todas as direções enquanto ela corria nas ondas. Faith reduziu a velocidade quando as ondas atingiram seus joelhos, mas continuou a caminhar em direção a água morna. Gray pegou-a em seus braços. Ela soltou um grito quando ele sorriu maldosamente para ela. “Posso ser um ovo podre, mas você vai ser um rato afogado.” “Você não ousaria”, ela disse. Ele arqueou uma sobrancelha sexy antes de jogá-la no ar. Ela navegou alguns metros, e caiu com um esguicho nas águas mais profundas. Sua cabeça foi abaixo, e voltou, tossindo. Então, ele estava ali, envolvendo os braços em torno dela. Puxou-a contra ele, e a beijou. Embrulhou os braços ao redor do corpo dele, e devolveu o beijo. Quando Gray se afastou, ela lançou-se nele, jogando-o por cima da onda. Ela riu quando ele a arrastou junto, e ambos caíram na água. Ela tinha a boca cheia de água salgada novamente, mas valeu a pena ver o olhar em seu rosto quando ele tinha caído. Eles riram e brincaram. Faith não conseguia se lembrar de um momento em que se sentira tão feliz e despreocupada. E Gray tinha perdido o olhar, impulsionado, intenso que tinha usado tantas vezes desde a sua chegada. Ela abrigou uma pequeníssima esperança de que foi a responsável pela expressão relaxada que ele usava agora.

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Após uma hora de natação, eles se arrastaram de volta para a praia. Ela estava toda molhada e incomodada com a areia e sal. Gray passou um braço em volta de sua cintura e beijou-a na testa. “Vamos tomar banho e tirar a areia fora, e então eu vou fazer o jantar.” Ela se aproximou e colocou o braço em volta da cintura dele, também, enquanto se dirigiam de volta para a casa de praia. Ela estremeceu quando entrou no interior com ar condicionado. Gray esfregou a mão sem seu braço, e ela correu para o banheiro. Enquanto ligou o chuveiro, tirou o biquíni e esperou a água esquentar. Então Gray gesticulou para que entrasse com ele. O vapor saiu da água aquecida, e ela suspirou de pura felicidade, quando ele puxou-a para debaixo do jato. Ele ensaboou o corpo dela com mãos delicadas, tendo o cuidado de tirar toda a areia. Ela fechou os olhos e deixou que a água derramasse sobre seu rosto, enquanto ele ensaboava a si mesmo. Poucos segundos depois, cobriu o rosto, e ela abriu os olhos para vê-lo olhando para ela. “Pronta para sair?” Perguntou ele. Ela sorriu e acenou com a cabeça. Desligou a água e saiu. Estendeu sua mão de volta para ela, e a puxou para fora ao seu lado. Mais uma vez, ele a enxugou, tomando seu tempo quando esfregou a toalha sobre o corpo dela. Quando terminou, puxou e beijou-a levemente sobre os lábios. “Você vai se vestir, e vou começar o jantar. Vamos comer lá fora, no deque.”

Enquanto Gray cozinhava, Faith sentou-se na cozinha e o fez companhia. Eles falaram sobre coisas sem importância. Riram. Conversaram. Era confortável. Sem lapsos estranhos. 268


Ele entregou-lhe os pratos e talheres, e ela saiu para o deque para colocar a mesa de pequeno porte. O sol tinha baixado, e a brisa que soprava na água, estava mais fresca agora. Faith arrumou os pratos, e voltou em direção às portas. Encontrou Gray, que estava carregando uma tigela de macarrão em uma mão, e uma garrafa de vinho na outro. “Pegue o pão no bar, se você conseguir”, disse ele. Quando retornou com a pequena cesta de pães, ele havia colocado as porções de comida nos pratos, e estava sentado na mesa esperando por ela. Ela se sentou e olhou para a maravilhosa massa cheirosa. Pegou o garfo e deu uma mordida. Derreteu em sua língua, e ela fez um som de apreciação. “Eu me sinto tão mimada,” admitiu. Gray levantou uma sobrancelha em questão. “Não fiz nada desde que cheguei aqui. Não levantei um dedo se quer.” Ele sorriu preguiçosamente, os olhos brilhantes enquanto olhava para ela. “Você está fazendo exatamente o que pedi para você fazer. Não poderia pedir por mais, e não poderia estar mais satisfeito.” O calor subiu para seu rosto. Ela engoliu em seco com o olhar feroz nos olhos dele. “Coma,” disse ele com voz rouca. Eles comeram, e a noite caiu em torno deles. Quando as estrelas surgiram no céu, a lua, agora cheia, subiu mais na água, ela tomou um gole de seu vinho e recostou-se na cadeira. Seu olhar percorreu a mesa para Gray, quando ele se levantou e começou a recolher os pratos. Quando começou a se levantar para ajudar, ele acenou de volta. “Estarei de volta em apenas um segundo. Você se senta aqui e relaxa. É uma noite linda.” Isso era. Ondas batiam ao fundo. A lua lançou seu brilho pálido sobre a praia. Os cristais da areia piscavam e brilhavam, quando a água corria acima abaixo, na costa. 269


Poucos minutos depois, Gray voltou carregando um cobertor. Ela olhou curiosamente enquanto ele se instalou em uma das espreguiçadeiras. Então, olhou para ela, e entortou seu dedo. “Venha aqui.” Ela se levantou e caminhou até ele. Ele acariciou seu colo, e fez sinal para ela se virar e sentar. Abriu suas pernas, e puxou-a para baixo na cadeira com ele. Quando se estabeleceu em seu peito, ele jogou o cobertor por cima deles, e puxou-o até seu peito. Então passou os braços por baixo, e se enrolou em torno de seu corpo, embalando-a para si. Ele segurou-a firmemente e descansou o queixo no topo de sua cabeça, enquanto os dois olhavam para a água. “Gray,” ela perguntou em voz baixa. “Sim, querida?” “Posso te perguntar uma coisa?” “Claro.” Ela hesitou, incerta de como dizer o que queria perguntar. “Isso é... isso é apenas sexo entre nós?” Seus braços se apertaram ao redor dela, e podia sentir a respiração apertando em seu peito. “Faith. Definitivamente não é só sexo.” Ela queria pressionar. Queria perguntar-lhe mais, mas contentou-se com sua resposta. Não queria afastá-lo. Então relaxou contra ele, para curtir a noite em seus braços.

270


C T Q apítulo

rinta e

uatro

Gray acordou com uma vibração zumbindo em seu bolso. Piscou desorientado, quando seu entorno entrou em foco. A pálida luz da madrugada estava mole sobre o oceano. Em seus braços, Faith suspirou e se aconchegou mais debaixo das cobertas. Eles tinham dormido a noite toda no deque. O zumbido parou, e percebeu que era seu telefone celular. Com cuidado, para que não perturbasse Faith, ele colocou a mão no bolso, e pegou seu telefone. Ele abriu o aparelho para ver quem tinha chamado. Micah. Apertou o botão de discagem para chamá-lo de volta e empurrou o telefone no ouvido. “Ei, cara”, disse Micah. “Espero não ter acordado Faith.” Gray resmungou. “Você me acordou. Não acordou Faith.” “Ah bom. Olha estou em Galveston, e estou a caminho. Só queria dar-lhe uma chamada.” Gray fez uma careta. “Está tudo bem?” “Sim, somente queria dar-lhe um relatório e ver como vocês estavam.” Gray olhou para Faith. “Isso é bom. Há algo que queria contar para você mesmo. Eu tenho uma sensação de que poderia estar interessado.” “Estou intrigado agora. Vejo você em poucos minutos.” 271


Gray fechou o telefone e o colocou ao lado da espreguiçadeira. Aconchegou-se um pouco mais a Faith em seus braços, e beijou-lhe os cabelos macios. Estava curioso para saber como ela reagiria ao que tinha planejado. Ela tinha sido tão aberta a tudo até agora. Com infinito cuidado, manobrou para fora da espreguiçadeira, em seguida, inclinou-se para pegar Faith. Levou-a para o quarto, e a deitou na cama. Ela se mexeu quando começou a despi-la, mas murmurou suavemente para ela, e ela não acordou completamente. Ele puxou as cobertas para trás, de modo que ela ficasse exposta e, em seguida pegou a corda que tinha posto de lado. Ele gentilmente puxou seus braços acima da cabeça e amarrou seus pulsos juntos. Então, tomou a ponta mais longa da corda, e estendeu-a na cabeceira da cama, enrolando várias vezes. Ciente de que ela estaria confortável, mas não seria capaz de se mover da cama, dirigiuse para o banheiro para tomar banho. Cinco minutos depois, se vestia e espiou no quarto enquanto passava. Ela ainda estava dormindo. Caminhou até a cozinha, e ligou a cafeteira. Tinha acabado de derramar a sua primeira xícara, quando uma batida soou na porta da frente. Ele caminhou para abri-la, e viu Micah pé na varanda. “Quer café?” Ele perguntou como meio de saudação. Micah seguiu para dentro. “Sim, soa bem. Estive acordado desde malditamente cedo, essa manhã.” Gray serviu-lhe uma caneca, e a deslizou ao longo do bar. Micah agarrou com as duas mãos, e tomou a bebida quente. “Então o que está acontecendo?” Gray perguntou em voz baixa. Micah olhou para ele, e então ao redor. “Faith ainda está dormindo?”

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“Sim, não vai entrar aqui, até eu ir buscá-la, assim você não terá que se preocupar com ela ouvindo.” Micah levantou uma sobrancelha. Gray riu. “Amarrei ela à cama.” Um lampejo de interesse brilhou nos olhos de Micah. Um que não passou despercebido por Gray. “Bem, até agora, o plano para pegar Samuels não tem ido muito bem”, disse Micah. “Diga-me”, disse Gray laconicamente. “Ele pegou a armadilha que colocamos no lugar. Não sei como. Ele a seguiu uma manhã, até o escritório. Pensei que ia fazer a sua jogada, mas então, nos deu um deslize.” Gray soltou um palavrão. “Já fez algum contato desde então?” Micah balançou a cabeça. “Pelo que sabemos, está no México, por agora.” “Ele seria estúpido por ficar,” disse Gray. “Ele tem que saber que estamos na cola dele.” “Esse é o meu pensamento. Você é amigo de Mick, e ele não está levando isso bem.” Gray suspirou. “Mick precisa ir de volta a Dallas, e deixar os policiais locais lidar com isso. Ele perdeu toda a perspectiva. Está louco de dor, e não consegue ver além de sua necessidade de vingança.” Micah assentiu. “De qualquer forma, queria que você soubesse o que estava acontecendo. E precisava ir embora daquele lugar por algumas horas. A tensão é muito grande. Pop está chateado. Connor está no limite. Nathan e eu estamos apenas tentando ficar fora do caminho, e deixá-los fazer suas coisas.” Gray estudou Micah por um longo momento.

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“Você pode muito bem ficar por um tempo. Tenho uma proposta, que você pode achar interessante.”

Faith bocejou e abriu os olhos. Quando tentou se virar, seus braços cruzaram em cima dela, e seguraram rápido. Ela puxou um pouco, e percebeu que suas mãos estavam amarradas à cama. Sua segunda descoberta foi que estava nua. Ela sorriu. A última coisa que recordava era de ir dormir no deque nos braços de Gray. Algum momento durante a noite, ele deve tê-la levado para a cama, despido nua, e a amarrado à cama. O que só poderia significar que ele planejava mais coisas travessas. Excitação cantarolava baixo em sua virilha. Seu estômago agitou, e os mamilos apertaram em expectativa. Será que ia espancá-la novamente? Foder seu traseiro? Gemeu baixo e torceu as pernas enquanto se lembrava do jeito que a tinha tomado, e dominado seu corpo. Possuído. Não havia um centímetro do seu corpo que ele não tinha marcado de alguma forma, e deu-lhe uma deliciosa emoção, lembrar em detalhes precisos do jeito que a fez sentir. Um som na porta a fez virar a cabeça nesse sentido. Sua boca se abriu de surpresa quando viu Micah ali. Seu olhar passou por todo seu corpo, e uma luz primitiva brilhava em seus olhos. De repente, ela se sentiu muito nua, e muito vulnerável. “Magnífico,” Micah murmurou. Ele começou a avançar, caminhando com passos lentos, medidos, como se não quisesse assustá-la. Ela não estava assustada. Isso não descrevia bem o que estava sentindo. Confusa. Mas excitada. Onde estava Gray? Sua pergunta foi respondida alguns segundos depois, quando Gray entrou, seu olhar foi até ele em questão.

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Micah parou ao pé da cama enquanto Gray se sentou na cama, ao lado de sua cabeça e se inclinou perto de seu ouvido. Alcançou até soltar a corda em seus pulsos. “Se você não quiser isso, tudo que tem a fazer, é dizer não”, ele sussurrou em seu ouvido. “Se não quiser que aconteça, vou fazê-lo sair, e vai ser apenas eu e você.” Excitação passou em suas veias, e correu por seu corpo. Ela procurou em seu rosto, por qualquer sinal do que ele estava pensando. Seu maior medo não era de fazer sexo com Micah. Se fosse honesta, a ideia era excitante. Seu medo era de como Gray iria reagir. Será que perderia qualquer chance que teve com ele, se ela consentisse em ficar com outro homem? “Está tudo bem com isso?” Ela sussurrou de volta. Ele tocou seu rosto, acariciou sua face com os dedos. “Se não estivesse bem com isso, Micah não estaria aqui. Todos nós temos fantasias. Isso só acontece de ser uma das minhas.” Ele inclinou-se, e sugou o mamilo entre os dentes, e deu uma afiada mordida. Então estendeu a mão, e puxou o restante da corda de suas mãos, e se afastou da cama. Ela olhou para Micah, que baixava seu zíper. Seu coração batia forte, e sua boca ficou seca. O olhar dela voou de volta para Gray, que a estava olhando com os olhos fervendo em fogo brando. “Faça o que ele mandar,” disse Gray em voz rouca. “Por enquanto estou te dando a ele. Você é nossa para fazermos o que quisermos.” Ela estremeceu, excitação tensa enrolou em seu estômago. Olhou de volta para Micah, que havia puxado o pênis de suas calças e caminhou até a beira da cama. Ela olhou, incapaz de arrastar o seu olhar longe do pelo escuro em sua virilha. Preto e sedoso. Sua mão estava ao redor da base e, ainda, a poucos centímetros sobravam acima da mão. Ele não era tão grosso como Gray, mas parecia maior. “Vem cá, bebê, e enrole sua boca em meu pau,” disse Micah, sua voz baixa e rouca.

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Ela ficou de quatro, e, lentamente, se arrastou até a beirada, onde ele estava. Ela estava nervosa. Quanto de iniciativa deveria tomar? Com Gray, sabia que não tinha que fazer qualquer estranha decisão, mas não tinha certeza de quão poderoso Micah era. Não teve de esperar muito para descobrir. Assim que chegou perto o suficiente, ele estendeu sua mão, e emaranhou em seus cabelos. Com uma mão em seu pênis, ele se guiou para sua boca, e enrolou seu cabelo com a outra mão, dando um puxão, até que a cabeça de seu pau deslizasse por seus lábios. Ele tirou a mão de sua ereção e arqueou seus quadris, empurrando profundamente dentro de sua boca. Enroscou ambas as mãos por seus cabelos agora, e manteve a cabeça fodendo sua boca com vigorosas estocadas. Ele gemeu de modo apreciativo, quando ela relaxou a mandíbula, e tomou-o mais profundamente. “Faith, amor, ver você nua pode ter sido uma das minhas dez fantasias, mas porra, você definitivamente cobre a lista inteira. Tenho fantasias muito vivas de todas as maneiras que gostaria de tomá-la.” Ela gemeu ao redor de seu pênis, e fechou os olhos. “Você gosta disso?” Ele murmurou enquanto acariciava a parte de trás de sua garganta. Ela assentiu com a cabeça. Ele correu mãos suaves por seu cabelo, dedilhando as mechas. E então, sem aviso, uma dor pungente disparou em seu traseiro. Ela engasgou, e Micah enviou seu pênis ainda mais fundo em sua boca. Atrás dela, Gray trouxe o chicote de novo em sua bunda, e ela pulou quando o barulho encheu o ar. “Oh merda,” Micah murmurou. “Você tem a bunda mais doce, Faith. Parece tão bonita com as marcas vermelhas.” Gray bateu novamente, e ela choramingou mesmo que a queimadura desaparecesse e a descarga de prazer irradiava sobre a pele aquecida. Ele estabeleceu um ritmo, um destinada a 276


empurrá-la até a borda de seus limites. Presa entre dois homens, ela estava perdida em seu prazer, mesmo que lhes desse prazer em retorno. Ela perdeu a conta dos golpes que choviam sobre ela, cada um mais duro que o anterior. Ela não percebia nada mais, além do pênis deslizando para dentro e fora de sua boca, e o desembarque de chicotadas em sua bunda. As mãos de Micah apertaram em seu cabelo, e ele se arrancou de sua boca. Ela arfou para recuperar o fôlego, enquanto os golpes diminuíam. “Vire-se,” Micah ordenou. Cautelosamente, ela girou, posicionando-se de quatro, com o traseiro doendo para Micah. Ela olhou acima, para ver Gray de pé na cama, o chicote ainda na mão. Olhou para ela com a aprovação escrita em seus olhos. Ela ouviu o tilintar de um invólucro. Então Micah se aproximou, e agarrou sua bunda entre as mãos, fazendo com que ela gemesse, com um tiro de prazer direto em sua vagina. Ele a estendeu, e impulsionou dentro dela. Sem preparação, sem provocação. Enfiou até as bolas profundas. Urgente. Impaciente. Ela baixou a cabeça, mas Gray tocou o chicote no seu queixo, empurrando para cima. “Olhe para mim”, ordenou. “Quero ver seus olhos enquanto ele fode você.” Ela prendeu o olhar com o dele, enquanto Micah agarrou seus quadris em suas mãos, e começou a montar em sua vagina. Era muito para ela. Cada batida de suas coxas, contra seu traseiro, enviava um espasmo de êxtase vertiginoso através de seu corpo. Seu pênis sondou profundamente, tocando seus cantos mais profundos. Só quando ela estava prestes a explodir, mais uma vez, ele puxou de seu corpo. Ela gemeu em protesto, Micah bateu em seu traseiro já dolorido. Gray se aproximou e pegou o lubrificante da cabeceira, em seguida, jogou-o sobre sua cabeça. Ela prendeu a respiração profundamente, e ela trabalhou para expulsá-lo. 277


Gray abriu a braguilha, e começou a retirar seu jeans. Enquanto ela o observava, puxou o pênis para fora, segurando-o na mão. Andou para frente e ajoelhou-se a frente dela na cama. “Eu vou foder sua boca, enquanto ele fode seu cu” disse ele. “Você pode tomá-lo, Faith? Você pode tomá-lo como fez comigo?” Ela assentiu com a cabeça em silêncio, incapaz de dizer qualquer coisa. Micah agarrou seu traseiro entre as mãos, separando as bochechas. A cabeça de seu pênis cutucou apenas a abertura, enquanto Gray cobriu seu queixo com uma mão, e apertou, a para abrir sua boca. Micah avançou, e ela soltou um grito. Ela foi rapidamente silenciada quando Gray deslizou para sua garganta. “É isso aí, bebê”, Gray murmurou. “Deus, você está linda. Você sabe que é um enorme tesão ver outro homem enterrado em sua bunda, porque eu a dei a ele?” Ela fechou os olhos quando suas palavras passaram por ela. Propriedade. Deus, a ideia de pertencer a ele, desenrolou, escuros desejos proibidos. Micah esticou, e saqueou seu traseiro, enquanto empurrava com seu pênis. Gray preencheu sua boca, dando estocadas contra a parte traseira de sua garganta, enquanto combinou a intensidade de impulsos de Micah. Micah empurrou para frente, e acalmou contra ela, seu pênis enterrado tão profundamente quanto podia ir. “Eu vou tirar esse preservativo, e gozar sobre você, bebê,” ele disse asperamente. Em seguida, retirou-se dela, e ela vacilou quando a cabeça deslizou por seu anel apertado. Gray impulsionou profundamente, em seguida, ele também tirou de sua boca. Começou a trabalhar seu pênis com a mão. O primeiro jorro caiu em seu rosto, ela sentiu uma corrente quente de esperma espirrar em seu traseiro. Correu por suas nádegas, e deslizou para dentro de seu ânus ainda aberto.

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Os dois homens gemeram enquanto dirigiam mais sêmen em seu corpo. Ela estava nervosa com a necessidade. Havia estado tão perto, e agora tremia, querendo nada mais do que terminar o que começaram. Gray estendeu a mão e limpou o gozo de seus lábios com o polegar. Ela olhou para cima para vê-lo olhando-a, um olhar feroz e possessivo em seu rosto. Ele meteu o pênis de volta dentro de suas calças, então fechou seu jeans às pressas. Atrás dela, Micah alisava gentilmente as mãos sobre seu traseiro. Ele apertou um beijo carinhoso em suas costas. Então Gray a alcançou, pegou-a como se não pesasse nada. Levou-a até o banheiro e ligou o chuveiro. Ele rapidamente se despiu, e puxou-a para o chuveiro com ele. Ele lhe deu uma lavada rápida, e então a pegou, e colocou contra a parede do chuveiro. Ele posicionou os braços debaixo de suas pernas, e a empurrou ainda mais para cima na parede, até que sua vagina estivesse ao nível de sua boca. “Não permiti que você gozasse para ele”, ele murmurou, sua respiração soprou sobre os cachos molhados. “Seus orgasmos são meus, só meus.” Ela tremeu com a posse em sua voz. Ele se aninhou entre suas dobras, e começou a lamber seu clitóris. Ela estendeu a mão para agarrar sua cabeça, gemendo, quando ele chupou o pequeno broto apertado entre os dentes. Enquanto a água espirrava sobre suas costas, ele lambeu sua entrada, lambendo e sugando como se estivesse passando fome. Suas coxas começaram a tremer incontrolavelmente enquanto as sensações se tornaram insuportáveis. Suas mãos deslizaram por suas nádegas, e apertaram, quando ele aprofundou o assalto com a sua língua. Ele lambeu, sugou, e então enfiou a língua em sua boceta. 279


Ela gritou com voz rouca, quando, finalmente, o orgasmo brilhou, quente e doloroso. Ela agarrou sua cabeça, segurando-o perto quando ele lambeu com o dilúvio de sucos de sua vagina. Ele continuou a comê-la, até que ela podia mais aguentar. Choramingou quando ele mordeu sua carne sensível, e se afastou, permitindo que ela deslizasse para baixo na parede do chuveiro. Suas pernas tremeram debaixo dela, e ele agarrou-a pela cintura para firmá-la. Ele alcançou atrás de si, para desligar a água, e então se virou para ela, sua expressão séria. Ele empurrou seu queixo para cima com o dedo. “Diga-me a verdade. Eu fui longe demais?” Nesse momento, ela percebeu que amava esse homem. Não importava o quão forte ou dominante, era, ele estava disposto a ir tão longe quanto ela estivesse confortável. Apesar de sua preocupação de que ela estivesse jogando, seu desejo ainda era a favor dela. Ela cobriu o rosto nas mãos, e puxou-o para beijá-lo. Os corpos molhados se encontraram, e ela colocou os braços ao redor dele, querendo absorvê-lo. “Você foi perfeito”, ela sussurrou. E era a verdade. Ele estava cuidando dela. Não era sobre dominância. Não tinha necessidade premente de se submeter. O que queria era um homem forte para cuidar dela, para ver o que ela precisava, para satisfazer seus desejos. O que ela tinha confundido com a submissão, era na realidade uma necessidade de se conectar a um homem tanto em nível emocional, quanto no físico. A emoção foi o que lhe faltava em seus relacionamentos anteriores. Sem isso, o sexo não estava à altura. Agora, ela percebeu por que. Lágrimas picaram suas pálpebras enquanto o abraçava apertado. Ele apertou-a, e beijou o topo de sua cabeça antes de puxá-la para fora do chuveiro com ele. Ele a enxugou, e tudo o que podia fazer era ficar ali entorpecida, oprimida pela profundidade de seus sentimentos. 280


Queria dizer a ele o quanto significava para ela, mas sabia que não era o momento. Não com Micah aqui. Não, isso seria guardado para quando estivessem os dois novamente. Enquanto isso, gostaria de ter um homem cumprindo todas as suas fantasias. Quando ele secou o resto da água de seu corpo, beijou-a, e empurrou uma mecha de cabelo úmido, atrás de sua orelha. “Observar você com Micah, foi inacreditavelmente quente. Assistir outro homem tomar o que é meu... Eu não posso sequer explicar o tesão. Pode parecer estranho para você, mas é indescritível.” “Você gosta de assistir.” Ele balançou a cabeça, os olhos brilhando com calor azul. “Eu gosto de ver você me ver”, disse ela com um leve sorriso. “Se você é estranho, acho que também sou.” Ele deslizou as mãos por suas costas, e pegou delicadamente sua bunda. “Você está dolorida?” Ela corou. “Um pouco.” Ele a beijou novamente. “Nós vamos deixar essa parte de seu corpo descansar um tempo. Esta foi sua primeira vez, e não quero machuca-la.” Seu coração derreteu apenas um pouco mais, pela preocupação em sua voz suave. “Vá para o quarto e deite na cama”, disse ele. “Acho que Micah gostaria de provar sua doce pequena boceta.” Seus joelhos tremiam quando andou em torno dele, para fazer o que disse a ela. Quando ela entrou no quarto, viu Micah deitado na cama, nu, sua mão acariciando seu pênis semi-ereto.

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Ele a olhou com olhos quentes, quando ela abriu caminho hesitante para a cama. Seu olho piscou para ela, e os cabelos escuros na altura dos ombros caíram sobre suas orelhas, ligeiramente úmidos de suor. Ela olhou nervosamente por cima do ombro, para ver onde Gray estava, e se estava vindo. Quando o viu de pé a poucos metros de distância, relaxou. “Vem cá,” Micah a chamou para a cama. Ele estendeu a mão, curvando o dedo. Ela caminhou até a beira da cama. Micah se arrastou para baixo, até que sua cabeça estava no meio da cama, e seus pés pendurados para fora. “Bebê. Suba. Eu quero provar essa boceta.” Um tremor rolou por seu corpo quando seus mamilos apertaram, e ela sentiu uma onda de umidade entre suas pernas. Subiu na cama, e ele estendeu a mão para sua cintura. Ele a ajudou montar em seu rosto, e lentamente a baixou, em sua boca esperando. Quando sua língua a tocou, ela pulou para cima. Ele apertou em torno de seus quadris, enquanto a puxou de volta para baixo. Quando a língua mergulhou entre suas dobras, e encontrou seu clitóris, ela virou a cabeça em direção a Gray. Ele estava do outro lado do quarto, e seus olhares se prenderam. Lembrando-se do que ele tinha dito sobre observá-la, ela tornou-se determinada a dar-lhe um show que ele iria gostar. Ela deslizou as mãos até sua barriga e os seios. Apertou-os com as palmas das mãos, e em seguida, rolou entre os dedos. Os olhos de Gray queimaram, e ele mudou de posição. Ela continuou a rolar seus mamilos, massageando e acariciando seus seios. Sua respiração acelerou após Micah continuou a lamber faminto nela. Ela estava perto. Deus, estava perto. Mas também lembrou o que Gray disse sobre gozar só para ele. Ela abriu a boca para falar, mas Gray já havia atravessado o quarto, a e parou ao seu lado. Ele ofereceu a mão, e ela agarrou, enquanto ele a ajudou descer de Micah. “Deite-se”, ordenou. Quando ela obedeceu, ele a empurrou em direção à outra extremidade da cama, até sua cabeça pendurar para fora da borda. Então ele rastejou até entre suas pernas e as separou. Seu 282


pênis, duro, inchado, como o aço, sondou entre suas coxas, dela e então bombeou dentro dela com um impulso impaciente. Micah se posicionou sobre sua cabeça, e inclinou a cabeça dela para baixo, até que viu seu pênis em uma posição invertida. Ele esfregou a cabeça de sua ereção nos lábios dela, e em seguida, pressionou para dentro, até que ela cedeu e abriu a boca. Ele imediatamente escorregou, e começou a foder sua boca em longos, fortes empurrões. Gray empurrou suas pernas para cima, abrindo-a mais, enquanto empurrou mais profundamente em sua vagina. Ela gemeu fundo na garganta, vibrando contra o pênis de Micah. Ele começou a foder duro em resposta. “Dentro de você, baby”, Gray soltou duramente. “Desta vez vamos gozar dentro de você. Vamos encher-lhe com o nosso gozo. Você quer isso?” Foi uma pergunta desnecessária. Ela estava torcendo e contorcendo, antecipando a sua libertação, querendo também. Foi libertador não ter que ditar, coordenar ou agir diretamente. Deram-lhe precisamente o que queria, sem ela ter que esboçar a questão em detalhe. Tudo o que tinha que fazer era deitar e sentir. Permitir-se ser cuidada. Micah estendeu a mão, e torceu-lhe o mamilo entre os dedos. Ela gemeu e se contorceu inquieta, quando patinou mais perto da borda de seu orgasmo. Gray deslizou para trás e para frente, o que causou atrito com sua maior circunferência, enviando maravilhosos cacos de prazer para sua virilha. “Goze para mim”, Gray rosnou. “Só para mim, bebê. Se solte.” Com os dois pênis pressionando nos seus limites dentro de seu corpo, algo dentro dela se partiu. Como uma tigela derramando açúcar, seu corpo cristalizou, e voou em noventa direções diferentes. Ela estremeceu e soltou enquanto os dois homens empurravam seu corpo entre si. Carne batendo contra carne, ecoou bem alto no quarto, junto com seus grunhidos pesados.

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Ela abriu a boca para gritar, só para ter Micah o silenciando, quando empurrou profundamente. Gray reuniu suas pernas sobre os braços, e puxou de volta para cumprir o seu impulso. Doeu. Foi prazer como nunca tinha conhecido. Isso doía. Foi o êxtase mais maravilhoso de sua vida. Sua boca se encheu quando Micah a alagou com sua liberação. Ela engoliu enquanto mais salpicou sua língua. Ao mesmo tempo, ela sentiu os jatos aquecidos do orgasmo de Gray, profundo em sua vagina. Eles a seguraram, eles a possuíram, eles a encheram. Ela ficou lá mole, quando desceu do seu orgasmo e os homens acima dela iam para frente e para trás, enquanto terminaram dentro dela. Micah foi o primeiro a retirar-se. Estendeu a mão, ergueu sua cabeça, e beijou sua testa. Gray lentamente deslizou para fora de sua boceta, uma inundação quente saindo após sua retirada. “Fique aí” disse Gray com a voz rouca. “Vou pegar uma toalha e limpá-la. Então você pode tirar um cochilo enquanto consigo algo para comer.” Micah sentou na cama ao lado de sua cabeça, e olhou para ela. Seus dedos trilharam seu rosto, enquanto ele afastou os cabelos de seus olhos. Ela não disse nada, mas ele também não. Não havia nada a dizer. Ela supôs que deveria parecer estranha, mas então, ele já a tinha visto nua, e a tocado intimamente. Gray voltou um pouco mais tarde, e gentilmente a limpou entre as pernas. Quando terminou, deu um tapinha no travesseiro na cabeceira da cama. “Venha bebê. Rasteje até aqui, para que eu possa coloca-la para dormir. Nós desgastamos muito você.” Ela não iria argumentar com isso. Bocejou, e moveu-se, em seguida, se enrolou e deitou a cabeça sobre o travesseiro. Gray puxou as cobertas, e então se inclinou para beijá-la.

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“Vou acordá-la um pouco mais tarde.” Ela sorriu e acenou com a cabeça, mas seus olhos já estavam fechando.

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C T C apítulo

rinta e

inco

“Você é um sortudo filho da puta” disse Micah quando os dois homens estavam na cozinha. Gray empurrou uma cerveja para Micah e assentiu. “Eu sei. Acredite, eu sei.” “Se ela não estivesse tão presa a você, juro que a arrastaria para casa, e amarraria na minha cama. Nunca a deixaria sair do meu quarto.” Gray riu. Ele podia entender esse sentimento, porque era muito como a forma que se sentia. Seu sorriso desapareceu quando lembrou o quanto a estava enganando. “O que está errado, homem?” Micah perguntou quando sentou em uma banqueta. Gray pegou uma frigideira e colocou no balcão com um estrondo. “Eu só espero que ela entenda quando eu disser a verdade de por que estou aqui.” Micah ficou em silêncio por um momento. “Acho que vai. Quer dizer, estou com você, não vi a necessidade de manter o que estava acontecendo com ela, mas também entendo o desejo de Pop para protegê-la. Quem poderia culpá-lo? Faith inspira um homem para protege-la e abrigá-la.” Gray assentiu. “Exatamente. Vim para cá determinado a contar a verdade, e foda-se o que Pop queria, mas quando cheguei aqui, simplesmente não conseguia. Eu encontrei-me disposto a fazer tudo o que pude para mantê-la longe de qualquer mal.” “Você a ama,” Micah disse calmamente. 286


Gray fez uma pausa por um momento, preparado para negá-lo. Mas não, ele não podia. Nem quando era verdade. “Sim, eu amo.” “Isso certamente complica as coisas.” Gray sacudiu a olhar para Micah. “O que você quer dizer com isso?” Micah encolheu os ombros. “Você vive em Dallas. Seu trabalho está lá. Faith vive aqui. Família é importante para ela.” Gray fitou-o por um longo momento, então olhou para longe. Ele não respondeu. Não sabia o que dizer. Parte dele estava com vergonha do fato de que desde sua chegada a Houston tinha pensado muito pouco sobre o seu trabalho, ou Alex. Ele tinha sido capaz de levantar todas as manhãs sem ter que forçar-se para fora da cama. Saudou com entusiasmo seu trabalho, não medo. E então houve Faith. “Ei, não quero ser chato,” Micah falou. “Basta dizer que você tem muito em que pensar.” “Sim”, ele disse severamente. “Parece que eu tenho.” Micah tamborilou os dedos sobre o balcão. “Olha cara, eu vou embora daqui. Vocês dois poderiam usar o tempo sozinho, acho, e preciso voltar e ver o que diabos está acontecendo.” Gray assentiu. “Dá uma ligada. Mantenha-me informado. Não quero ter Faith de volta a Houston, até que seja seguro.” 287


“Claro”, disse Micah quando se levantou. “Ei, se você quiser fazer isso de novo, me avise. A Faith... bem, não tenho que lhe dizer quão quente ela é.” Gray sorriu. “Vejo você.” Ele deu um leve aceno, quando Micah se dirigiu para a porta. Quando ouviu a porta da frente, ele olhou para a panela na frente dele. De repente, não tinha vontade de cozinhar. O que queria era falar com Faith. Dizer-lhe que a amava. Dizer a verdade sobre tudo. Olhou para o relógio e viu que apenas meia hora tinha decorrido desde que Faith tinha ido dormir. Ela estava cansada. Ele e Micah tinham sido duros com ela. Precisava de descanso. Por mais que coçasse com vontade de acordá-la, ia deixá-la dormir. Em vez disso, ele cozinhou a refeição, e a mimaria bem, quando ela acordasse. E então eles poderiam ter uma longa conversa sobre seu relacionamento.

Faith se esticou e bocejou. Seu corpo protestou com o movimento, mas ela amou cada pontada e dor. Era muito fácil lembrar como tinha chegado a essas dores. Sentou-se e deixou as pernas balançarem para fora da cama. Gray não disse se poderia se vestir ou não, mas com Micah aqui, ela não estava confortável em desfilar nua. Eles poderiam sempre despi-la mais tarde. Com um sorriso, se levantou e caminhou até a mala onde remexeu por um par de shorts e uma camisa. Ela colocou a camisa, em seguida, enfiou os pés em um par de chinelos no chão. Antes de sair do quarto, olhou sua aparência no espelho da cômoda. Em uma palavra, ela parecia amarrotada. Bem amada. Os lábios estavam inchados, e seus olhos brilhavam com suprema confiança feminina. O tipo que você só poderia começar por saber o quão bem você tinha deixado um homem satisfeito. Ela passou a mão pelo cabelo, em seguida, empurrou os cachos para trás das orelhas, antes de finalmente voltar a sair. 288


Quando entrou na sala, viu Gray em pé perto das portas francesas, olhando para a água. Ela assistiu, em silêncio, apreciando o contorno do seu corpo poderoso. Então, como se sentisse sua presença, ele se virou e a viu. Seu rosto suavizou, e seus olhos se iluminaram. A emoção subiu por sua espinha quando viu sua reação a ela. “Oi,” ele disse suavemente. “Você dormiu bem?” Ela sorriu e acenou com a cabeça. Ele estendeu os braços. “Venha aqui.” Ela foi com alegria, e fechou os olhos no prazer quando passou os braços em volta dela, e a puxou apertado contra ele. Ele acariciou os dedos pelos cabelos, e os deixou escorrer através de seus dedos. Então ele a puxou para longe. “Micah foi embora.” Ela sentiu uma onda de euforia. Por mais que gostasse da experiência erótica de ter dois homens, queria muito que fossem apenas os dois agora. “Venha sentar no sofá comigo. Quero falar com você,” ele disse calmamente enquanto a guiava em direção ao sofá. Ele se sentou com ela, e tomou um lugar a frente dela. Ele pegou sua mão, e beijou a ponta dos dedos antes de baixá-la lentamente à sua volta. Ela o olhou curiosamente. Era óbvio que queria dizer alguma coisa. Antecipação batida pesada em peito. “Faith, os últimos dias... eles foram simplesmente incríveis. Eu não tenho palavras para descrevê-los.” Ela sorriu. “Eu sei”, disse ela. “Para mim também.” Ela tomou uma respiração profunda e sabia o que era isso. Queria dizer-lhe como se sentia. Era a oportunidade perfeita. Ela olhou para baixo por um momento, recolheu a sua coragem, mas Gray cutucou seu queixo para cima com o dedo.

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“Eu ouço um mas, em algum lugar”, disse ele. Ela balançou a cabeça. “Não.” Ela o olhou diretamente nos olhos, e esperava que ele pudesse ver o amor brilhando na dela. “Gray, eu te amo.” Fogo subiu em seus olhos em sua declaração. Ele começou a falar, mas ela colocou um dedo sobre sua boca. “Deixe-me terminar. Tenho muito a dizer.” Ele balançou a cabeça, e ela deixou o dedo cair. “Eu deveria me sentir fraca. Dar o controle, da maneira que fiz, devia me fazer sentir de alguma forma, menor. Mas não. Na verdade, nunca me senti mais capacitada do que agora. Mais no controle do meu próprio destino. Talvez realmente não soubesse antes, mesmo que quisesse, mas sei agora. Eu preciso de você. Outro homem nunca foi capaz de me satisfazer. É porque não tive a conexão emocional com eles, como com você. E a confiança é tudo. Sem ela, não poderia realmente largar o controle, e enquanto o estava retendo, eu estava destinada a permanecer desapontada.” Ele juntou as mãos de novo, e levantou ambas para sua boca. Ele beijou um dedo primeiro, e depois os outros. “Você é uma mulher incrível e honesta”, disse ele numa voz trêmula. “Fraca? Eu não acho que você poderia ser fraca. O que poderia ser mais poderoso, do que admitir suas necessidades, e não ter vergonha ou medo de abraçá-las? As pessoas passam a vida inteira escondendo seu verdadeiro eu, vivendo farsas e fantasias para, nunca abraçando a realidade. Ao oferecer a sua rendição, por satisfazer suas necessidades, e desejos, você se libertou do pior tipo de escravidão. E nada é mais poderoso do que isso. Ou, mais corajoso.” Ele estendeu a mão, e tocou seu rosto com as costas do seu dedo. 290


“Eu te amo, Faith. O Senhor sabe que tentei não amar. Queria acreditar que estava jogando. Que você não poderia me dar o que eu queria. Mas você é o que quero. O que sempre vou querer.” Ela o olhou, muito sobrecarregada para fazer nada mais do que estar entorpecida em estado de choque. Fechou os olhos, e rezou para as lágrimas não virem. Mas uma escorregou pelo seu rosto. Ele a acariciou ternamente. “Abra os olhos, Faith e olhe para mim.” Ela piscou, seu rosto, um brilho cintilante, e o olhou com um resplendor engrossado de lágrimas. “Há outra coisa que precisamos conversar a respeito”, ele disse calmamente. Ela franziu o cenho para a preocupação que ouviu em sua voz. Antes que pudesse perguntar-lhe porque, a porta da frente explodiu para dentro. Gray a empurrou para o chão e, ficou de pé. “Não mova um músculo, ou o seu amigo aqui leva.” Faith procurou ao redor freneticamente por Gray, de sua posição no chão para ver um homem estranho segurando uma arma na cabeça de outro homem. Medo e desespero irradiavam do pistoleiro, e seu refém parecia irritado. Mas estranhamente destemido. Gray levantou as mãos de forma a apaziguar, mas por dentro estava xingando uma veia azul. Ao lado dele, Faith se levantou do chão. Gray agarrou seu pulso e puxou-a para trás. Sua primeira prioridade era sua segurança dela. “Eu vou dar um palpite aqui e dizer que você é Samuels?” Gray disse em uma voz calma. O atirador zombou. “Realmente importa quem eu sou?” “Importa, se você matou meu parceiro.” 291


Faith se aproximou mais das costas de Gray, o apertando com as mãos. Ele ainda tinha uma mão em seu pulso, enquanto a segurava pelas costas, e esfregava de cima e abaixo, em sua pele de forma suave. Podia sentir como ela estava assustada, e isso o irritou ainda mais. Como infernos Samuels o tinha encontrado? E por falar nisso, como Mick acabou na mistura? A ameaça de Mick sobre pegar Samuels, ele mesmo, ecoou em sua mente. Idiota iria levar todos à morte. “O que você quer?” Gray exigiu. “Como diabos você chegou até aqui?” “Eu quero a garota”, disse Samuels. Gray sentia Faith tremer contra as costas dele, e apertou a mão dela em gesto tranquilizador. “Isso não vai acontecer”, disse Gray em voz perigosamente baixa. “Deixe-a ir”, Mick disse amargamente. “Ela não importa.” “Cale a boca, Mick”, Gray rosnou. “O que você estava pensando, indo atrás de Samuels sozinho? Você está tentando nos matar?” “Fiquem quietos”, Samuels latiu. “A mãe da cadela está ansiosa para vê-la. Tenho certeza que seu velho estará disposto a desembolsar algum dinheiro, se quiser vê-la viva novamente.” Faith endureceu, e antes que pudesse puxá-la de volta, ela saiu de trás dele, e olhou para Samuels. “O que minha mãe tem a ver com isso? O que está acontecendo?” “Faith, fica atrás de mim”, disse Gray lentamente. Samuels aumentou seu aperto em volta do pescoço de Mick, e apontou a arma para Faith. “Mova-se”, ele ordenou, apontando para a esquerda com sua arma. “Mova-se, ou vou atirar em você.” Faith ficou imóvel, por medo, ou o fato de que ela estava em choque.

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“Como você sabe sobre minha mãe?” exigiu. E então o entendimento brilhou nos olhos dela. “Você é o homem que minha mãe está. Por isso estava ligando e pedindo dinheiro. Você é quem ouvi no fundo.” Virou seu olhar confuso para Gray. “Mas o que isso tem a ver com o seu parceiro?” “A usaram como isca, querida,” disse Samuels. “Pena que são tão incompetentes. Agora, mexa-se. Não tenho tempo para todo o drama.” O coração de Gray apertou no olhar confuso, doído nos olhos dw Faith. Mas mais do que isso, as coisas estavam ficando desesperada. Não poderia derrubar Samuels, e não quando estava apontando uma arma para a Faith. “O que quer dizer, me usaram como isca?”, Disse. “Eu mandei ele para Houston”, disse Mick, com o rosto vermelho, quando sua raiva explodiu. “Mick, cale a boca”, disse Gray. “Enviou-o para Houston por quê?”, Perguntou delicadamente. “Para chegar perto de você.” “Mas por quê? Eu não entendo.” Sua voz ecoou sua perplexidade. Em um flash, Samuels empurrou Mick, mandando-o tropeçando do outro lado da sala. Ele estendeu a mão, e puxou Faith para seu peito, reposicionando a arma em sua têmpora. “Agora, isso é melhor”, disse Samuels, a satisfação forrando sua voz. “Deixe-me fazer isto simples para você, querida. Só para saber quão bastardo seu amante é. O velho lá enviou o garoto-amante a Houston para agradar você, porque sabia que tinha ligação com sua mãe. E então, o garoto-amante, traz você aqui para me atrair.” Samuels olhou para Gray. “Estava planejando me pegar, você mesmo? Aposto que você não informou seus amigos em Houston. Meio que trapaceia a operação que eles estavam fazendo. O chamariz parecia com Faith. Eu provavelmente teria caído, se o velho não tivesse deixado escapar onde 293


você estava segurando ela. Mas então acho que era tudo parte do plano. Só que decidi mudar um pouco as coisas. Não sou inteiramente estúpido.” Faith parecia chocada. Dor e confusão emanavam de todas as partes do seu corpo. “É verdade?”, ela sussurrou. Gray não ia perder tempo implorando sua compreensão. Isso poderia vir depois. Agora seu foco era não deixar Samuels levá-la. Ele ignorou a pergunta, e se desligou da traição de seu olhar. “Você não vai chegar muito longe” ele disse calmamente. “Você está numa ilha, pelo amor de Deus. Como acha que vai sair com um refém?” “Da mesma forma que entrei com um,” Samuels disse com uma risada. Com o canto do olho, ele viu Mick fazer uma jogada. Gray tentou alcançá-lo, para impedir a estúpida ação, mas Mick pulou para frente, como um lunático fora de controle. Ele não se preocupava com Faith, ou se ela se machucasse, ele só viu o assassino do seu filho. Tudo aconteceu tão rapidamente. O barulho alto de um tiro. Faith gritou. Mick caiu no chão. Era a noite do tiroteio de Alex tudo de novo, e ele estava impotente para detê-lo. Outro tiro soou, e uma dor lancinante explodiu em seu braço. A última coisa que lembrou quando caiu no chão, era a expressão de medo e traição nos olhos de Faith.

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C T S apítulo

rinta e

eis

Dor. Foi à única coisa que estava ciente quando abriu os olhos, e olhou para o teto. Gray piscou, e então a memória do que aconteceu voltou com força total. Ele virou-se, ignorando a onda de agonia que explodiu em seu peito. Colocou uma mão experimental até o ombro, e olhou quando puxou de novo. Vermelho. Sangue vermelho vivo. Porra. Passou por cima de onde Mick estava caído. Rolou o homem mais velho, seu peito apertou quando viu a enorme ferida no peito dele. Sabia que antes de sentir o pulso da vítima, não iria encontrar nenhuma. Lágrimas queimaram seus olhos. Estava tão zangado. A morte de Mick foi tão inútil como a de Alex. E agora a vida de Faith estava em perigo. O quarto rodou em sua visão. Ele sentiu-se tonto e fraco com a perda de sangue. Em seu bolso, sentiu seu telefone pulsar e vibrar. Ignorando a dor lancinante que disparou através de seu corpo, ele meteu a mão no bolso para recuperar seu telefone. Abriu e empurrou para sua orelha quando caiu de volta ao chão. Micah nem sequer esperou por ele murmurar uma saudação. Começou fazendo barulho, xingando sem parar. “Devagar”, disse Gray fraco. “Que história é essa de notícia?” “Seu merda de amigo Mick entregou tudo. Você tem que sair do inferno fora daí, Gray. Ele esteve no maldito noticiário, e falou sobre a operação em funcionamento, e como você e Faith estavam escondidos.” 295


“É tarde demais”, Gray conseguiu falar roucamente. “Ele esteve aqui. Ele tem Faith. Mick está morto. Eu fui baleado. Necessito de ajuda.” “Oh Cristo. Porra. Cara, você está bem? Fale comigo. Segure a linha, enquanto chamo a maldita ambulância.” “Não vou morrer. Apenas parece. Eu acho.” Novamente Micah amaldiçoou. Gray o ouviu gritar com alguém no fundo, e, em seguida, ouviu-o dizer vagamente para o operador do 911 da situação, e do endereço da casa de praia. A voz de Micah ficou mais e mais fraca. Ele rangeu os dentes e tentou se segurar. Em algum momento, Nathan pegou o telefone, mas nada do que disse faz sentido. Foi tudo uma bagunça ilegível. “Encontrem Faith”, ele sussurrou. “Não se preocupe comigo. Você tem que encontrar a Faith.” Registrou alguém gritando seu nome, mas não era forte o suficiente para segurar o telefone ao seu ouvido por mais tempo. Caiu no chão quando a sala ficou escura, mais uma vez.

Luz cegante atravessou-lhe o globo ocular quando alguém separou suas pálpebras. Ele balançou a cabeça e bateu os olhos fechados novamente. “Vamos, filho, acorde.” Gray deixou os olhos se abrirem. “Ah, isso é melhor.” A sala entrou em foco, e Gray percebeu que estava em uma cama de hospital. Um homem que ele presumia, ser um médico, o olhou a partir de alguns metros de distância, com a prancheta na mão. Gray olhou ao redor da sala, até que viu Micah em pé no canto mais distante, o telefone no ouvido.

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“Onde está a Faith?”, Perguntou asperamente. Micah fechou o telefone e correu para a cama. “Porra, cara, você assustou o inferno fora de mim. Já era maldita hora que você acordasse.” Gray olhou entre ele e o médico. “Por quanto tempo eu estive fora?” “Um pouco mais de 24 horas”, respondeu o médico. Gray soltou um fluxo de maldições, e lutou para sair da cama. “Ei, filho, onde você acha que está indo?” O médico exigiu, e colocou a mão no peito de Gray, e empurrou-o de volta na cama. Gray olhou desesperadamente em Micah. “Faith. Onde ela está? Você já a encontrou?” A expressão de Micah era sombria quando sacudiu a cabeça. “Desculpe, cara. Nada ainda.” Gray fechou os olhos e bateu a cabeça contra o travesseiro. “Eu tenho que sair daqui. Eu tenho que encontrar ela.” O médico franziu o cenho e voltou seu olhar de desaprovação para Gray. “Você não vai a lugar nenhum hoje.” “Quão ruim está?” Gray exigiu, enquanto gesticulava em direção ao seu ombro fortemente enfaixado. “Não é tão ruim quanto poderia ser”, disse o médico em voz aplacada. “Apenas um ferimento leve. Nossa principal preocupação era a perda de sangue. Às vezes, simples feridas sangram muito.” “Se é só uma ferida da carne, então posso dar o fora daqui”, Gray rosnou. “Você precisa descansar. Poderia considerar deixar você ir amanhã, mas prefiro que fique alguns dias. Temos que vigiá-lo pela infecção.”

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“Estou partindo hoje”, disse Gray com os dentes cerrados. “Escreva-me uma receita mínima para alguns analgésicos e alguns antibióticos, e estarei pronto para ir.” “Se você sair, você terá que assinar um termo de responsabilidade.” “Eu não dou a mínima. Estou saindo daqui, com ou sem a sua permissão.” Ele olhou para Micah, esperando conseguir ajuda, mas Micah permaneceu em silêncio. O médico suspirou. “Tudo bem, mas vou colocar no registro que você está partindo, contra conselho médico estrito. Vou escrever as receitas. Certifique-se de tomar os antibióticos. Se começar a ter febre, ou sua ferida ficar vermelha e inflamada, ou inchar mais, então traga seu traseiro de volta aqui.” Gray enfiou-se em uma posição ereta e quase desmaiou quando uma onda de dor o atingiu. Ele gemeu e estendeu sua mão livre para se firmar. Micah agarrou seu braço. “Segure-se em mim, e não tente levantar rápido demais.” Entre os dois, eles conseguiram colocar Gray fora da cama. O médico voltou um momento depois e entregou um pedaço de papel com as prescrições nele. Então ele empurrou uma prancheta para Gray. Gray tomou e não se incomodou em ler. Ele sabia o que dizia. O lengalenga todo sobre o hospital não aceitar a responsabilidade se ele caísse morto no estacionamento. Sim, ele entendia. Ele rabiscou sua assinatura e empurrou de volta para o médico. Ele esperou por Micah para sair, e seguiu lentamente para trás, tentando não reconhecer o modo como o piso deslocou e balançou embaixo dele. Sentia-se como uma maldita mocinha. Pelo tempo que Micah meio o arrastou, meio o ajudou a chegar ao lobby, Gray estava suando, e tinha certeza que tinha de estar tão branco como uma folha. “Cara, eu não tenho tanta certeza que isso seja uma boa ideia”, disse Micah. “Você parece uma merda. Você vai conseguir fazer isso?” 298


“Eu tenho que encontrá-la”, disse ele, permitindo que o desespero que sentiu fluísse em sua voz. “Você já ouviu falar de alguma coisa? O que está acontecendo?” E quando saiu pela entrada da frente, a luz do sol o cegou. Ele piscou e depois balançou a cabeça. “Onde diabos estamos?” “Houston”, disse Micah brevemente. “Olha, você fique aqui. Sente-se naquele banco e não se mexa enquanto vou pegar meu caminhão. Estarei de volta em um segundo.” Gray deslizou para o banco, e tentou segurar seu estômago circulante. Para ser honesto, sentiu que ia fodidamente vomitar. Ele enxugou a testa suada com as costas da mão, e tentou não deixar ultrapassar o pânico nele. Faith. Deus, o que ela devia estar pensando? Não só estava morrendo de medo, mas pensava que ele a havia traído. Usado. Fodido. Ele tinha feito, mas não da forma como pensava. Ele fechou os olhos e tentou segurar a raiva que o consumia. Poucos minutos depois, sentiu uma mão em seu ombro, e ele olhou acima para ver Micah de pé sobre ele. Ele gemeu quando Micah o ajudou a levantar, e tanto quanto o irritou fazê-lo, ele teve que se apoiar em Micah para subir no caminhão. “Vou deixar suas receitas na farmácia no mesmo quarteirão do escritório, e volto e pego quando estiverem prontos,” disse Micah quando deslizou para o banco do motorista. “Diga-me o que está acontecendo,” disse Gray enquanto se afastava. “O que foi aquilo sobre Mick e uma história no noticiário? E Faith. Você já foi capaz de obter alguma pista? O bastardo já fez contato com Pop?” “Calma, cara. Uma pergunta de cada vez. Sinto muito por Mick, a propósito.” Gray fechou os olhos e inclinou a cabeça para trás contra o assento. “Eu quero esse filho da puta, Micah. Primeiro Alex, depois, Mick, e então agora ele tem Faith. Eu quero ele.” 299


“Eu sei, cara. Nós todos queremos agarrar ele. E nós vamos. Você tem que acreditar nisso.” “E o resto?” Gray perguntou cansado. “Mick estava chateado, que não estava sendo feito o suficiente para pegar Samuels. Palavras dele, não minhas. Então, tomou para si a tarefa de tentar tirar Samuels fora. Foi estúpido e desesperado. Não sei que porra é essa que estava pensando. Entrou em contato com uma estação de notícias local, e deu-lhes toda a história. Ele não estava pensando claramente. A entrevista foi uma bagunça. Não posso nem mesmo acreditar que eles colocaram no ar. Estava obviamente fora de sua mente. Colocou-se lá fora, e Samuels captou. Eu não sei muito mais. Nem a polícia. Estão todos esperando para falar com você. Vão ficar putos quando descobrirem que deixou o hospital antes que tiveram uma oportunidade de questioná-lo.” “Uma fodida pena”, Gray murmurou. “Porra. O que Mick estava pensando? É apenas um maldito desperdício. Como Samuels chegou a ele com tanta rapidez? E como diabos Mick sabia aonde eu estava?” Micah ficou em silêncio, e Gray virou a cabeça para olhar para ele. “Jesus, você não acha que eu a usava como isca, não é? Eu nunca disse a Mick onde Faith e eu, estávamos. Ninguém além de você e os outros sabiam.” “Não penso assim”, disse Micah após uma longa pausa. “Mas não posso lhe garantir que Pop e os outros pensam. Não temos pistas, graças ao seu amigo.” Gray fechou os olhos e bateu o punho no banco, ignorando a rajada certeira de dor que tomou conta dele. Micah parou em uma farmácia e entregou as receitas através da janela. Ele respondeu a algumas perguntas, então, pediu para Gray sua data de nascimento, antes de levantar seu vidro, e ir embora. Eles rodaram o resto do caminho em silêncio, e alguns minutos depois, Micah estacionou fora da Malone e Filhos. Gray ficou lá por um momento, armando-se para o 300


confronto que estava por vir. Ele não culpava Pop por estar com raiva. Gray tinha deixado decepcionado Faith em uma grande maneira. Micah abriu a porta. “Vamos, amigo, vou ajudá-lo a entrar Parece que você está prestes a cair.” Gray deslizou para fora do banco, fazendo uma careta quando seus pés tocaram o chão. Sentiu o tranco subir até seu peito. Como um homem velho, ele cambaleou até a entrada, e Micah foi em frente. O escritório estava um caos. Quando Gray entrou, Pop, Connor e Nathan viraram para olhar para ele. Pop começou a avançar. “Que diabos você está fazendo aqui? Você devia estar deitado no hospital.” Nathan rapidamente empurrou uma cadeira na direção de Gray, que foi bom, porque ele estava prestes a cair. Ele afundou na cadeira, grato que a sala parasse de girar pelo menos. Connor, no entanto, ficou para trás, braços cruzados, um olhar em seu rosto. “Alguma palavra?” Ouviu Micah pede. “O bastardo chamou meia hora atrás,” Pop disse severamente. Gray subiu para seus pés. A sala estava girando em um ângulo vertiginoso, e se Micah não o tivesse pego, iria cair de cara. “Jesus, cara, corta essa merda. Sente o seu traseiro,” disse Micah. “Faith. Ela está bem?” Gray exigiu quando deu respirações firmes. “Ele diz que está, mas não me deixou falar com ela,” Pop disse. “Ele quer um milhão amanhã de manhã, ou diz que vai matá-la.” As lágrimas que estava tentando segurar, inundaram os olhos dele. Gray fechou os olhos e tentou como o inferno colocar controle sobre a raiva e a tristeza assaltando sua cabeça como uma locomotiva. Quando os abriu, viu a raiva nos olhos de Pop, mas nenhuma condenação. “Não a traí,” Gray resmungou ao redor do nó em sua garganta. “Eu a amo.”

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Pop suspirou e colocou uma mão em seu ombro. “Eu sei. Você não deveria estar aqui. Precisa voltar ao hospital, ou, pelo menos, ir para casa. Vamos cuidar de tudo. Vamos recuperá-la.” Gray sacudiu a cabeça violentamente. “Ela está lá fora. Assustada. Sozinha. Ela pensa que eu a traí. De jeito nenhum vou para a cama até que ela esteja segura.” Ele olhou para além do Pop para onde Nathan e Connor se levantaram. “Aquele desgraçado matou o meu parceiro, e agora está morto Mick. Eu não vou deixalo levar Faith de mim.” Ele viu uma aceitação relutante nos olhos de Connor. Micah tocou-lhe no ombro. “Homem, há dois policiais de Galveston aqui para falar com você. Eles querem questionar-lhe sobre o que rolou na casa de praia.” “Eu gostaria de ouvir, também,” Pop falou. “Se vou pegar minha filha de volta, preciso saber tudo que posso sobre esse idiota.”

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C T S apítulo

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Faith tornou-se ciente de alguém sacudindo seu ombro. Tentou abrir os olhos, mas doía muito. “Faith, Faith, amor, você tem que acordar.” O urgente sussurro áspero a despertou, e ela ergueu os olhos. Piscou quando viu sua mãe olhando para ela. “Mamãe?” “Shhh”, disse Celia Martin, colocando um dedo trêmulo nos lábios. “Ele estará de volta a qualquer momento. Você tem que ficar quieta.” Faith tentou ordenar seus pensamentos confusos, mas estava tendo dificuldade para se concentrar. Quando tentou mover seus braços, descobriu que não podia nem mesmo senti-los. O mesmo com as pernas. “O que aconteceu?” Ela sussurrou. “Eu preciso te soltar. Não se mova, ok?” Faith balançou a cabeça e estremeceu, quando outro parafuso excruciante de dor apertou seu crânio. Como Celia se atrapalhou com o nós em seus pulsos, Faith fechou os olhos e tentou remontar tudo o que tinha acontecido. Uma dor no peito cresceu, horrível e negro quando ela se lembrou dos tiros. Ela viu Mick cair, e em seguida, Gray. Traição. Luto. Confusão. Nada fazia sentido. Lágrimas quentes escorreram de seus olhos. Em seguida, a corda em torno de seus pulsos soltou, e pequenos milhares de agulhas que a atacaram, quando o sangue começou a fluir novamente. Ela gemeu em agonia e, novamente, Celia a soltou às pressas. 303


Poucos minutos depois, suas pernas estavam livres, mas ela estava ali, incapaz de se mover. Celia puxou os braços, e a forçou em uma posição sentada. “Ouça-me, querida, você tem que sair daqui. Ele é louco. Vai matá-la se receber o dinheiro ou não.” O medo austero na voz de sua mãe, a despertou de sua letargia. “Você me ouviu, Faith? Você tem que ir agora. Não vai te deixar aqui sozinha por muito tempo. Vou ajuda-la no caminho de volta, e então você vai ter que correr para pedir ajuda. Vou parar ele quando puder.” “Você não pode ficar aqui” sussurrou Faith. “Você tem que vir comigo.” Célia fez um som de impaciência. “Ele não vai me matar. Ele precisa de mim. Mas você tem que ir. Eu não tenho tempo para discutir com você. Venha.” A urgência de sua mãe incentivou Faith a entrar em ação. Ela se levantou e balançou a dor atirando por sua espinha. Ele bateu nela? Ela tinha que pensar muito. O tempo após a casa de praia era um grande borrão. Lembrou-se lutando, tentando escapar. Então, ele a golpeou na cabeça com a coronha da arma. Ela levantou a mão para sua cabeça, e seus dedos saíram pegajosos, com sangue. Celia a puxou para fora da sala escura. Onde estavam? Parecia uma espécie de armazém vago. Sua mãe parou na porta, em seguida, puxou Faith na grande área aberta. O concreto bruto desgastou seus pés descalços, quando tropeçou para trás em sua mãe. Quando chegaram à volta, Celia abriu uma porta e empurrou Faith na noite. “O corredor leva para uma rua. Você tem que ir. Ele estará aqui a qualquer minuto. Eu amo você.” Com isso, ela fechou a porta, deixando Faith sozinha e tremendo de frio no corredor úmido.

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Ela apertou seu braço ao seu redor, e encaminhou-se para uma rua distante. Tonta, e desorientada na dor, ela começou a correr, a memória de seu captor atirando em Mick e Gray em sua memória. Ele iria matá-la. Daquilo, ela não tinha dúvida. Seus pés bateram no cimento quebrado do beco estreito. Lixo, comida estragada, e Deus sabe mais o que achatando sob seus pés. Ela tropeçou enquanto se aproximava do final e foi alastrando. Ela gritou apesar de seus melhores esforços para não fazer, mas a dor apunhalou seu corpo enquanto caía no asfalto. Em desespero, ela se arrastou para cima e começou a correr novamente. Quando chegou ao fim, correu para a rua e olhou para a esquerda e direita. Deus, estava vazio. Nenhum carro, nenhuma outra luz das que se alinhavam na rua. Era uma antiga parte da cidade, e as empresas que podiam estar localizadas na rua há muito tempo, havia fechado para o dia. Ela escolheu um rumo e correu. Sua respiração saía da garganta em rajadas dolorosas. Seu entorno desfocou, e passou com estonteante enjoo. Era como se alguém tivesse enfiado uma faca na parte de trás de sua cabeça. Uma quadra. Duas. Ela continuou até que temia desmaiar. Quando passou cerca de três quadras, tropeçou novamente e caiu, as mãos voando para amortecer a queda. Ela aterrissou de rosto no duro asfalto quebrado. As lágrimas correram de seus olhos enquanto tentava recuperar o fôlego. A dor lhe deixou imóvel. Não podia forçar-se a levantar. Esforçou seus joelhos, e olhou para suas esfoladas, palmas sangrando. Quando olhou para trás, foi cegada por uma luz brilhante. Ela levantou o braço em uma proteção medida para proteger os olhos enquanto tentava fugir. “Senhora, senhora, você está bem?” Ela se esforçou para ver quem estava falando com ela. A luz mudou, e ela podia ver o contorno de um homem andando a caminho dela. Ela gemeu, e jogou-se o resto do caminho para levantar, disposta a correr por sua vida.

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“Polícia de Houston. Estou aqui para oferecer ajuda.” Ela congelou, em seguida, olhou para baixo, e pela primeira vez viu o que ele estava vendo. Suas roupas estavam rasgadas e sangrando. Seu cabelo caía em torno de seu rosto em desordem. Quando ele se aproximou, brilhou a luz para baixo, e para mais longe dela. Sua expressão era guardada, mas a olhava com preocupação. “Minha senhora, está machucada? Precisa de uma ambulância?” Sua voz era suave e reconfortante, como se estivesse com medo que ela fosse correr. Sua mão tocou seu ombro, e um tremor correu por ela. Ele acendeu a luz no rosto dela, e novamente, ela se encolheu longe do olhar dele. “Minha senhora, você é Faith Malone?” Não havia emoção em sua voz. “S-sim.” Sua voz falhou e ela tentou novamente. “Sim, sou Faith Malone.” “Nós estivemos procurando por você. Deus todo-poderoso, como você escapou?” Sua voz estava toda-negócios agora, e ele pegou o microfone do rádio. Ela ouviu quando ele chamou animadamente de sua posição, e solicitou uma ambulância. Então ele voltou sua atenção de volta para ela. “Senhora, você pode me dizer o que aconteceu? Como veio parar aqui?” “Ele está lá,” ela resmungou. O policial se virou, puxando sua arma. “Em um armazém”, disse ela. “Nós estávamos em um armazém. A poucos quarteirões atrás. Minha mãe... ela me ajudou a escapar. Você tem que voltar por ela. Ela está em perigo. Ele a está segurando também. Ela me ajudou.” Quando ela terminou, começou a afundar com exaustão. O policial pegou-a antes que desmaiasse de volta na rua. “Calma”, ele murmurou. “Você vai ficar bem agora. Uma ambulância está a caminho.” 306


Enquanto ele a abraçou, passou o rádio para retransmitir o que Faith lhe contara sobre o armazém e sua mãe. O resto era um borrão. Estava consciente de seus braços em volta dela, e as palavras reconfortantes que ele murmurou, mas não muito mais que isso. Ela fechou os olhos, querendo fugir de sua realidade, mesmo que por pouco tempo. Ela ouviu o som distante de sirenes, e, em seguida, não ouviu mais nada.

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C T O apítulo

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Gray lutou contra o efeito dos analgésicos que tomara. Eles entorpeciam a dor, mas o deixavam sonolento como o inferno. Levantou-se, ignorando a agonia renovada do movimento causado. Caminhou além dos limites do pequeno escritório, a ponto de ficar louco de preocupação. Quando o telefone celular de Pop tocou, todos eles saltaram. Pop atendeu e o colocou na orelha. Gray, Micah, Connor e Nathan pararam e inclinaram-se juntos. “Onde?” Ouviu Pop perguntar. Então, “Graças a Deus. Nós estaremos lá.”. Pop fechou o telefone e fechou os olhos. Suas mãos tremiam quando baixou o aparelho. “Encontraram-na”, relatou. “Estão levando-a para o hospital agora.” Gray explodiu em frente. “Hospital? Ela está ferida? Onde a acharam? Samuels foi preso?” Pop levantou a mão. “Calma, meu filho. Sei que você está preocupado. Nós todos estamos. Não sei muito. Não foi explicado. Um policial de plantão a encontrou no distrito dos armazéns. Aparentemente, foi capaz de fugir de Samuels, e estava correndo. Está ferida. Não sei o quão ruim. O informante disse que o policial ficou com ela até que a ambulância chegasse, e que Faith lhes forneceu informações sobre Samuels e seu paradeiro. Isso é tudo que tenho.” “Vamos então”, disse Gray em voz tensa. “Eu preciso vê-la.” Pop assentiu. “Vou levá-lo.”

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Gray estava na porta do quarto de Faith, incapaz de tirar o olhar dela. Ela estava dormindo na cama de hospital, seu rosto tão frágil. Sua testa estava enrugada, mesmo em seu sono, e ele se preocupava sobre o pesadelo que enfrentava em seus sonhos. Uma bandagem grande enfeitava sua cabeça, e usava menores em suas mãos e joelhos. Até os pés estavam enfaixados. Uma mão o agarrou no ombro, confortando, e ele olhou para trás para ver de Pop de pé. “O que o médico disse?” Gray perguntou numa voz cansada. “O bastardo bateu na cabeça dela com a coronha de uma pistola. Ela tem uma concussão. Mas por outro lado, está ilesa. Os cortes e arranhões que sofreu foram de sua fuga. O médico diz que quer vê-la durante a noite, e se estiver bem, pode ir para casa amanhã.” Gray fechou os olhos quando um doce alívio derramou sobre ele. “Graças a Deus”, ele sussurrou. “Meu filho, você precisa descansar um pouco. Você não está fazendo bem a ninguém aqui. Você pode vê-la amanhã.” Gray sacudiu a cabeça. “Não vou deixá-la. Não posso.” “Você tem duas escolhas, filho. Você pode levar sua bunda para casa e descansar um pouco sozinho, ou vou ter aqueles meninos carregando você fora daqui à força.” Ele fez um gesto com o polegar por cima do ombro para onde Nathan, Connor e Micah estavam no corredor. “A escolha é sua.” Gray amaldiçoado longo e duro sob sua respiração. “Duvido que ela vá mesmo acordar,” Pop disse. “Deram-lhe algo para a dor, e bem, ela nunca foi capaz de lidar com isso. Inferno, uma vez ela foi ao dentista, e ele receitou um analgésico suave. Ela ficou apagada por doze horas seguidas.” Micah caminhou até onde Pop estava.

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“Vamos, Gray. Vou te levar para casa. Voltaremos pela manhã para que você possa vêla.” Gray suspirou em derrota. “Dê-me um minuto.” Ele se virou e caminhou para a cama de Faith, e a olhou por um longo momento. Estendeu a mão livre, e passou seus dedos suavemente sobre seu rosto. “Sinto muito”, ele sussurrou. “Eu te amo.” Ele inclinou, e apertou seus lábios contra os dela, inalando o seu doce perfume. “Eu vou estar de volta amanhã. Juro.” Relutantemente, ele virou-se e marchou em direção à porta onde Micah esperava. Ele olhou de Pop a Connor, que tinham se movido para dentro da porta. “Alguém vai ficar com ela? Não quero que fique sozinha.” Pop assentiu. “Nós estaremos aqui. Vá descansar um pouco. Vai fazer a ela bem melhor, quando puder manter a cabeça erguida.” Gray o olhou direto no olho. “Eu amo sua filha. Quero que você saiba disso.” A expressão de Pop suavizou. “Eu sei que você ama.” Gray voltou-se, e lentamente, dolorosamente fez seu caminho pelo corredor. Micah o alcançou. “Você pode dormir na minha casa hoje à noite. Não deve ficar sozinho com seus ferimentos.” Gray assentiu, cansado demais para discutir. “Eu não estava lá fora, quando chegou à notícia. Eles pegaram Samuels?” “Sim, eles pegaram”, disse Micah severamente. “Quero matar o filho da puta.”

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“Sim, eu também”, disse Micah. “E sua mãe?” Gray perguntou. “Pop disse algo sobre ela ajudando na fuga de Faith.” “Última vez que ouvi, eles estavam interrogando-a. Não sei se eles decidiram que ela participou ou não.” Gray assentiu. “Não importa o que aconteça, só vai perturbar Faith no final.” “Sim, é uma porcaria.” Eles saíram pela saída de emergência, e foram em direção ao caminhão de Micah. Faltavam somente algumas horas até o amanhecer, e ele precisava de vinte e quatro horas de sono. Quando entrou, ele encostou-se no assento e fechou os olhos. Micah entrou e ligou o motor. Colocou-o em sentido de ré, mas não voltou. Gray olhou para vê-lo olhando-o. “O quê?” Micah fez uma pausa. “O que você vai fazer, homem? Quero dizer sobre o seu trabalho? Você vai voltar agora que está tudo acabado?” Gray ficou tenso. Acabado. O homem que havia matado Alex, Mick e ferido Faith estava sob custódia. Para todos os efeitos práticos, seu tempo aqui acabara. Tinha um tempo até que sua licença oficial acabasse. Um mês atrás, ele teria dito que não tinha razão para ficar. Mas agora não tinha absolutamente nada para fazer em Dallas. “Não posso voltar”, disse ele, a decisão foi à primeira coisa que lhe tinha feito sentir-se bem em dois dias. Micah assentiu. “Esperava que fosse dizer isso. Faith é uma boa mulher. Você se encaixa bem aqui. Poderíamos usá-lo numa base permanente.” 311


“Eu não tenho tanta certeza se Pop vai se sentir dessa forma”, disse Gray. “Mas trabalhando para ele, ou fazendo outra coisa, não posso deixar Faith.” “Eu o ouço. Vai dar um jeito.” Gray esperava que sim. Ainda tinha que enfrentar Faith. Estava muito grato por ela estar viva e bem, e tinha a oportunidade de fazê-la ver o quanto a amava.

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C T N apítulo

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Faith acordou sentindo como se tivesse a boca cheia de algodão. Ela piscou, tentando lembrar onde estava, mas estava escuro. Estava realmente começando a odiar o escuro. AUm gemido conseguiu sair de sua garganta quando se mexeu, tentando se orientar. “Faith, você está bem?” Connor perguntou. “Luz”, falou asperamente. “Ligue a luz, por favor.” Ela ouviu ao redor no escuro, e então uma luz suave inundou o quarto. Ela estremeceu e piscou, cobrindo os olhos com a mão. A cama afundou, e quando moveu o braço, viu Connor inclinando-se sobre ela, preocupação gravada em seu rosto. “Como está querida?” Ela lambeu os lábios e ponderou aquela questão por um tempo. “Eu acho que estou bem. Connor... Gray está... Ele está morto?” Ela perguntou com medo. “Oh Deus, querida, não, não. Ele está bem. Nós o mandamos para casa, porque ele levou um tiro no ombro, e saiu correndo como um louco. Deixou o hospital contra o conselho médico, e tem estado geralmente levantando um inferno.” Ela caiu na cama em alívio. “Eu o vi cair. Aquele homem atirou nele. Pensei que estava morto.” Uma lágrima deslizou por sua bochecha, e ela fechou os olhos para a memória horrível. Connor pôs a mão sobre sua testa. “Não se preocupe, Faith. Ele está bem. Estou mais preocupado com você.” 313


Tanta coisa havia acontecido. Mesmo sem a lesão na cabeça, sua cabeça estaria girando. “Que diabos a luz está fazendo acesa?” Pop exigiu da porta. Ela olhou para cima para vê-lo segurando duas xícaras de café. Ele parecia cansado e abatido. Preocupação tinha esculpido linhas profundas em seu rosto, e ela se sentia terrível que tivesse sido a causa do mesmo. Isso a atingiu como uma tonelada de tijolos. Tudo o que tinha acontecido, tinha sido por sua causa. Ela fechou os olhos, e naquele momento desejou que pudesse ir dormir e acordar em outro lugar. A mão dura de Pop enrolou na dela. Ela abriu os olhos cheios de lágrimas ao vê-lo ao lado da cama. “Você assustou dez anos fora de mim, garota”, disse rispidamente. “E não sei o que está atualmente atravessando essa bela cabeça, mas garanto a você que não vou gostar, ou concordar com isso.” “Tudo está uma bagunça,” ela sussurrou. “Eu só quero ir para casa.” “E você,” Pop disse gentilmente enquanto esfregava a mão dela. “O médico disse que se você estiver indo bem, pode ir para casa hoje. Eu acho que ele estará por perto para vê-la um pouco.” “Posso arranjar-lhe alguma coisa?” Connor falou. “Água,” ela resmungou. Ele apressou-se a despejar um copo de água e, em seguida, segurou-o nos lábios para que pudesse beber. “Gray estava aqui para vê-la ontem à noite, mas o fiz ir para casa,” Pop disse. “Esse garoto estava com muita dor. Ele ainda deveria estar no hospital.” Faith fechou os olhos. “Não quero falar sobre ele agora.” “Faith, querida...”

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“Por favor”, ela sussurrou. “Pop, deixe isso,” Connor disse com firmeza. “Ela precisa descansar e ficar melhor.” Pop suspirou e acenou com a cabeça. Uma batida soou na porta. Quando ninguém entrou imediatamente, Pop franziu a testa e caminhou para a porta. Ele voltou um momento depois, uma expressão peculiar no rosto. “Quem era?”, Perguntou ela. Ele limpou a garganta. “É sua mãe, Faith. Ela está aqui para vê-la. Ela perguntou se você se importaria se ela entrasse por um minuto.” Seu coração apertou, enchendo seu peito de pavor. “Você não precisa fazer nada que não queira,” Pop disse suavemente. Lágrimas encheram seus olhos de novo, em seguida, escorregaram por sua face. Um soluço ficou preso na garganta. Era muito ruim, quando a mera menção de sua mãe a reduzia à lágrimas? Connor pegou sua mão e apertou. “Não deixe ela te chatear, Faith. Se quiser que ela vá embora, vou fazer isso acontecer. Não tem que vê-la se não quiser.” “Deixe-a entrar,” ela disse cansada. Connor apertou sua mão novamente. “Estarei bem aqui, querida.” Pop voltou para a porta e abriu. Poucos segundos depois, Celia Martin entrou hesitante. Ela parou a alguns metros da cama, antes de finalmente se aproximar. Pela primeira vez, Faith deu uma boa olhada na mãe que não tinha visto em três anos. O tempo não tinha sido bom para ela. Ela parecia cansada, desgastada, velha. Nada da mulher vibrante e jovem, que Faith lembrava, de sua infância. Ela tinha os arrependimentos de uma vida refletida em seus olhos sem brilho.

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Faith esperou, sem saber o que dizer. Obrigado? Por resgatá-la de uma situação que Celia foi responsável? Ela engoliu contra a raiva crescente, e cerrou os dentes, até que mandíbula doesse. Connor acariciou seus dedos repetidamente, ao longo de suas mãos, e ela enrolou os dedos ao redor dele, segurando por sua vida. Celia olhou para Pop e Connor em primeiro lugar. “Eu sempre serei grata a vocês por tudo que fizeram a Faith. Estou feliz que você tenha a quem recorrer.” Faith mordeu o lábio para não chorar mais. Celia aproximou-se de Faith, e parecia que ela também estava lutando para não chorar. “Eu estraguei tudo, bebê. Mas isso não é nada novo. Eu só queria passar por aqui e dizer como estou arrependida. E, para agradecer pelo que você disse para a polícia. Eles não vão apresentar queixa contra mim, enquanto eu testemunhe contra Eric.” “Estou contente,” Faith sussurrou. “Eu esperava... Eu esperava que talvez nós pudéssemos nos encontrar algum dia. Talvez quando estiver melhor.” Faith ficou tensa, e mais uma vez, Connor acariciou seu polegar sobre a sua mão em um esforço para acalmá-la. “Me d-desculpe. Apenas não posso fazer isso agora,” disse Faith. O nó em sua garganta ficou tão grande, que era difícil para respirar ao redor. Mais lágrimas caíram por seu rosto, e ela as amaldiçoou. “Eu preciso que você vá embora.” Era difícil manter a mágoa fora de sua voz. Seu senso absoluto de traição. No momento, ela se sentiu deixada, por todos que amava. Fechou os olhos, virou o rosto no travesseiro, enquanto os soluços subiam em sua garganta. “Isso é o suficiente” Pop disse laconicamente. “Ela teve o suficiente.” “Claro que sim. Sinto muito,” disse Celia. “Eu vou agora.”

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“Shhh, querida, não chore”, disse Connor quando colocou o cabelo atrás de sua orelha. “Isso só vai fazer sua cabeça doer mais.” “Quero ir para casa”, disse ela em uma voz abafada. “Vou conversar com o médico, e ver o que ele diz,” Pop disse suavemente. Quando foi embora, ela só chorou mais. Graças a Deus eles não eram barulhentos, tragados soluços, porque teria rachado sua aberta. Em vez disso, silenciosos rios de lágrimas corriam pelo seu rosto. Mais e mais rápido. Como uma ruptura na barragem. Connor sentou em cima da cama, ao lado dela e a pegou em seus braços. Ele não disse nada, apenas a abraçou enquanto ela chorava e, ocasionalmente, deixava cair um beijo no alto de sua cabeça. Poucos minutos depois, Pop entrou, e em seu encalço veio o médico. O médico franziu o cenho quando deu um bom olhar para ela. “Seu pai me disse que você está pronta para ser liberada, mas hesito em manda-la pra casa, quando está visivelmente abalada. Tem alguma dor?” Ela balançou a cabeça, quase se encolhendo com o esforço. “Eu só quero ir para casa”, ela sussurrou. “Ela vai voltar para casa com a gente,” Pop interrompeu. “E direto para a cama. Não vai levantar um dedo. Tem a minha garantia pessoal.” “Bem, sua tomografia voltou normal, e salvo pelo galo em sua cabeça, seus ferimentos são leves. Vou concordar em dar alta, mas se sua condição agravar, se sentir-se enjoada, ou vomitar, ou diminuir seu nível de consciência, eu a quero de volta aqui o mais rápido possível.” Pop assentiu. “Vamos tomar conta dela. Você tem a minha palavra.” “Tudo bem, então. Vou dar ordens à enfermeira sobre sua alta. Alguém deve estar para aqui em pouco tempo para mandá-la para casa.” “Obrigado, Doutor”, Pop disse.

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Depois que o médico saiu, Pop caminhou para o lado dela, e afagou seu braço. “Nós vamos levá-la para casa.” Ela assentiu com a cabeça, mas uma sensação pesada caiu sobre seu peito. Tentou realmente duro não se concentrar em Gray, mas agora que a questão de sua mãe tinha sido abordada, ele era tudo o que restava. Quão covarde soou, ela simplesmente não tinha forças para enfrentá-lo agora.

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C Q apítulo

uarenta

Gray acordou com um sobressalto. Sol brilhou pela janela, acertando-o nos olhos. O que disse que tinha dormido inteiramente tarde demais. Ele rolou, e seu corpo gritou em protesto. Quando bateu o ombro ferido, o fôlego o deixou em um suspiro. Ignorando os protestos do seu corpo, empurrou-se para fora da cama e tropeçou para recuperar o relógio que tinha tirado na noite anterior. Dez e meia, foda. Saiu do quarto com um estrondo e quase tropeçou em seus sapatos no corredor. Curvando, e quase caindo com o esforço, ele pegou os sapatos e caminhou para a sala. “Então o morto despertou”, disse Micah de onde estava largado no sofá. “Você devia ter muito bem me acordado de manhã”, Gray rosnou. Micah levantou uma sobrancelha. “É necessário o sono, e Faith não ia a lugar nenhum.” “Exceto que preciso vê-la”, Gray rebateu. “Tenho muito que explicar.” Micah encolheu os ombros. “Assim que você colocar os sapatos, nós vamos.” Gray se sentou e puxou os sapatos. Em seguida, empurrou-se de pé novamente e olhou de maneira expectativa em Micah. “Ok, homem, ok, estou indo”, disse Micah quando se levantou do sofá. “Você deveria ter alguém olhar para o ombro, enquanto estamos no hospital. Verifique se o seu braço não vai apodrecer e cair, ou algo assim.” Gray olhou para ele.

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“Estou tomando antibióticos. Vai ficar tudo bem.” Eles saíram do apartamento, e subiram no caminhão de Micah. “Você já ouviu algo de Pop esta manhã?” Gray perguntou enquanto eles iam embora. “Você sabe como ela está?” “Não... Nada ainda. Ela provavelmente ainda está dormindo.” Gray suspirou, impaciente. Não vê-la, tocá-la, segurá-la, o estava deixando louco. Deveria ter ficado com ela lá. Acalmá-la quando doesse. Confortá-la quando estivesse com medo. Rasgou suas malditas entranhas, que algum policial a tivesse encontrado na rua, meio com medo, e meio correndo por sua vida. “Pare de bater-se por isso,” Micah murmurou. “Não vai mudar nada.” Gray apertou os lábios e não disse nada. Vinte minutos depois, Mica parou para o estacionamento do hospital. “Vou deixá-lo na frente, e estacionar. Encontro você no quarto de Faith.” Gray inclinou a cabeça, e Micah parou na entrada e saída de pacientes, e ele saiu do caminhão, tentando manter a dor num nível mínimo. Ele não tinha tomado nenhum analgésico esta manhã, porque queria falar com Faith com a cabeça limpa. As portas automáticas abriram, e Gray entrou. Ele parou quando viu Faith através do lobby, saindo de cadeira de rodas empurrada por uma enfermeira. Connor deu um passo para o lado dela, passou um braço ao seu redor, e colocou-a contra ele quando foram para frente. O coração de Gray disparou. Porra. Ela estava tendo alta, e nunca tinha sido sequer vê-la. Ele deixou-a sozinha a durante toda a maldita noite. Correu para frente tão rápido quanto pôde, sem ter uma queda livre. Quando estava a poucos metros de distância, Faith olhou para cima e o viu. Ele parou quando viu a enxurrada de dor encher seus olhos. Seu peito quase desabou dentro dele. “Faith”, começou.

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Seus lábios tremiam e lágrimas encheram seus olhos bonitos. Ele fechou a distância entre eles, e pegou a mão dela. Encolheu quando ela puxou para longe, e segurou-a com a outra. “Querida, você está bem? Deus, me desculpe, não estar aqui. Acabei de acordar.” “Está tudo bem”, disse ela com a voz entrecortada. “Pop e Connor ficaram comigo.” Ela desviou o olhar, mas ele viu uma lágrima trilhando pelo seu rosto. “Faith, bebê, olhe para mim”, disse ele. Mas ela recusou-se e fechou os olhos. “Este não é um bom momento”, disse Connor uniformemente. “Ela já teve o bastante por hoje. Precisa chegar em casa e descansar.” Ele começou a avançar, mas Gray não poderia deixá-la ir assim. “Faith, eu te amo. Isso é tudo que malditamente importa. Nada mais.” Ela virou o olhar sobre ele, e todo o ar foi sugado direto para fora de seu peito pela dor que viu ali. Ela abriu a boca, mas fechou-a com a mesma rapidez. Podia vê-la recuar, em si mesma. Seus ombros cederam, e podia ver a fadiga total drapejada sobre ela, como um manto. Connor abraçou-a apertado em torno dela, como se temesse que ela pudesse ruir. Mas foi Gray, que foi desintegrou-se. Connor apertou os lábios, e passou Faith por ele. Gray voltouse para vê-la caminhar lentamente fora da entrada do hospital, onde Pop tinha parado seu SUV ao redor. Micah caminhou até ele, e então parou na frente da Faith. Ele se curvou e beijou a bochecha dela. “Como está você, boneca?” Gray não ouviu a resposta dela, mas viu a reação de Micah. Preocupação estreitou seus olhos, e ele a alcançou para tocar seu rosto. “Você vai para casa, e descansar um pouco. Deixe Pop e Connor cuidar de você por um tempo.”

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Quando Connor ajudou Faith a subir no SUV de Pop, Micah aproximou-se de Gray, um olhar de simpatia no rosto. “Estou fodido”, disse Gray em voz baixa. “Deveria ter lhe contado a verdade. Se tivesse, dito, nada disso seria ter acontecido. Ela estaria em meus braços, na minha cama, segura.” Micah balançou a cabeça. “Você não pode pensar assim, homem. Dê-lhe um ou dois dias. Deixe-a descer de todo o tumulto emocional.” “Eu não posso deixá-la ir”, disse Gray simplesmente. “Não quando finalmente a encontrei.”

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C Q apítulo

uarenta e

U

m

Faith aceitou a mão de Damon quando a ajudou a sair do carro. Ela fechou os olhos e permitiu que a brisa do mar lavasse suavemente sobre seu rosto. O sol batia sobre ela, aquecendo sua pele, mas ainda sentia frio no interior. “Eu não gosto de deixá-la aqui sozinha, Faith”, disse Damon, a preocupação evidente em sua voz. Ela suspirou. Pop e Connor não tinham estado feliz, com ela querendo sair tão cedo depois de sua estadia no hospital, mas precisava desesperadamente de algum tempo longe de tudo. Tinha que pensar. Verificar seus pensamentos. Fazer algo diferente, de apenas ficar deitada, enquanto Pop e Connor ficavam cuidando dela. “Vou ficar bem, Damon. Você é tão doce por fazer isso por mim.” Ele inseriu a chave na fechadura da porta da frente, em seguida, abriu a porta. “Você sabe que tudo que precisa fazer é pedir. Se estiver em meu poder, pode ter certeza que vou fazê-lo.” Ele caminhou na frente dela, e deixou sua mala cair no saguão. A casa de praia que tinha, estava enrolada em fita policial e seria isolada para a investigação nos próximos meses. Quando Faith tinha chamado, na necessidade de uma fuga, ele alugou uma casa de praia semelhante à de Galveston. Uma parte dela se sentiu mal por tirar proveito de sua generosidade, sabendo muito bem que ela não poderia retornar. Mas ele ofereceu-lhe sua amizade, e amizade era algo que estava atualmente precisando. 323


“Já contratei alguém para vir olhar você duas vezes por dia”, disse Damon. Ele levantou a mão quando ela teria protestado. “Suas refeições serão entregues. Não quero que você force a si mesma. Precisa descansar e se recuperar. Se existir alguma coisa que precisar, qualquer coisa, pegue o telefone e liga para mim.” “Obrigado”, disse ela baixinho. Ele se inclinou e beijou sua testa. “Só quero ver você sorrir de novo.” Ela obedeceu, e deu-lhe o melhor que conseguiu disfarçar. “Eu só preciso de alguns dias para pensar. Arrumar algumas coisas na minha cabeça. Pop me disse tudo o que aconteceu, mas é difícil de processar. Só queria que todos, não estivessem tão determinados a me manter na obscuridade.” Ele cobriu seu rosto, e esfregou seu polegar em um movimento suave sobre a pele. “Você não pode culpá-los por querer protegê-la, Faith. Eu teria feito o mesmo.” Ela entrou em seus braços e o abraçou apertado. “Eu gostaria...” “Sim, eu sei”, ele disse enquanto se afastava. Sorriu a ela, e apertou seus narizes juntos. “Eu vou embora e deixá-la sozinha. Ligue-me se precisar de alguma coisa.” Ela assentiu com a cabeça, e viu quando ele saiu pela porta da frente. Quando estava sozinha, encontrou o sofá e afundou em gratidão abaixo nas almofadas. O que ela realmente queria fazer era tomar um analgésico e dormir por doze horas. Mas isso era covarde, e não resolveria nada. Um cochilo regular soou muito bom, no entanto. Não se preocupando em se mover do sofá, ela se enrolou em uma almofada e fechou os olhos. Uma lágrima deslizou por sua bochecha, e fechou seus olhos apertados.

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De tudo o que tinha acontecido, o papel que tinha a maior dificuldade em conciliar, eram seus sentimentos por Gray. Ela o amava. Ou o que achava que era ele. Mas como poderia ter certeza? A ideia de que tinha se apaixonado por uma fantasia, a encheu de desespero. Ela nunca se sentiu tão sozinha em sua vida inteira. Não podia correr da situação para sempre. Sabia disso. Mas precisava de tempo, precisava estar menos emocional, quando finalmente enfrentasse Gray, e a verdade do que estava entre eles.

Gray amaldiçoou, quando pegou ainda outro semáforo no paredão Boulevard. Sua mão livre estava enrolada firmemente em torno do volante, enquanto esperou pacientemente até que ficasse verde novamente. Sua outra mão repousava em seu colo. Ele rasgou os curativos pesados fora de seu ombro, libertando o braço, apesar das advertências médicas. Ainda estava doendo como o inferno, por isso manteve um pequeno curativo sobre os pontos, mas era o suficiente. Não podia sair por aí com um braço. Depois de passar um par de dias frustrante tentando ver Faith, ele estava pronto para colocar o punho através de uma parede. E então, quando tinha voltado a Pop, com nenhuma intenção de levar um não como resposta, soube que ela se foi. Nas horas que se seguiram, sentiu como se fosse descascar fora de sua pele, e virar de dentro para fora. O desamparo que sentiu foi tão grande, por não ser capaz de falar com ela, para ver por si mesmo como ela estava— Estava prestes a enviá-lo sobre a borda. Não que precisasse de muito no momento. Quando descobriu onde ela tinha ido, e como tinha chegado lá, suas esperanças haviam caído. Ele sabia muito bem que Damon Roche estava interessado em Faith, e que se ela lhe desse o menor incentivo, ele seria todo seu. O sol estava se pondo no horizonte quando ele parou na calçada da casa de praia. Ele saiu e andou tão rápido quanto podia subir as escadas até a porta da frente. Ele se debateu por 325


um momento sobre bater, mas ignorou o desejo. O pior que podia fazer era dizer para ele se foder. Ele tentou a maçaneta, e a encontrou destrancada, então abriu a porta e entrou. Quando entrou na sala, seu olhar caiu sobre o sofá onde estava dormindo. Sua boca ficou seca. Seu coração bateu um pouco mais rápido, e cerrou os punhos ao seu lado. Moveu-se em silêncio, e caiu de joelhos ao lado do sofá enquanto bebia em sua aparência. Ela parecia incrivelmente frágil, como se precisasse de cuidadosa manipulação. Ele quase teve medo de tocá-la. Quase. Incapaz de resistir a suavidade de seu rosto, arrastou um dedo por seu queixo, para o canto da boca, em seguida, aliviou-o sobre os lábios de veludo. Um surto doloroso percorreu seu peito quando viu manchas de lágrimas no rosto dela. Ele se inclinou e beijou o local. Ela se mexeu debaixo dele, e seus olhos se abriram. “Gray”, ela sussurrou. “Sim, querida, sou eu.” Sombras caíram sobre seus olhos, e podia sentir a sua retirada. Como se estivesse roubando-se contra ele. Chegou muito próximo de partir seu coração. Não querendo lhe retirar ainda mais, ele alcançou-a, e a puxou delicadamente em seus braços. A abraçou, absorvendo o fato de que estava a salvo, e viva. Sentia-se frágil e, oh, tão preciosa em seus braços. “Eu não poderia suportar perder você”, ele disse, sua voz capturando a emoção. “Estes últimos dias têm sido um inferno, quando tudo que queria fazer é te abraçar, te tocar, te dizer o quanto amo você.” Ela ficou dura contra ele. Então puxou um pouco para fora, até que seus olhares se encontraram.

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“Eu precisava de algum tempo para pensar” disse ela calmamente. Ele estendeu a mão para colocar seu rosto nela. “Faith, eu não a usei como isca. Não estabeleci o nosso momento, na casa de praia para atrair Samuels. Eu nunca faria isso com você.” Ela colocou um dedo sobre seus lábios. “Eu sei, Gray. Pop me contou o que aconteceu. Entendo. Ele me disse que pediu para não me falar sobre o perigo potencial que eu estava. Ele se sente terrível.” Suas sobrancelhas juntaram em confusão. “Então por que... Eu não entendo. Se você sabe...” Ele parou e começou mais uma vez. “Por que você está chateada?” Ele finalmente colocou para fora. Profunda tristeza encheu seus olhos. Seu coração parou em seu estômago. Deus, ele faria qualquer coisa para levar essa tristeza embora. Ela olhou para longe, enquanto uma lágrima escorria pelo rosto. Ele estendeu a mão e acariciou. “Oh, querida, não chore. Diga-me o que está errado para que possa corrigi-lo.” Ela olhou para ele. “Você não pode.” Ela tomou uma respiração profunda, estremecendo. “Gray, entendo porque você fez o que fez. Eu não estou zangada. Aceito que você não veio para a casa de praia a fim de chamar o assassino de seu parceiro. O que não posso aceitar é o fato de que nada do que aconteceu foi real. Eu não posso viver com o fato de que você só me deu o que sabia que eu queria, para chegar perto de mim, e obter informações, e então, em última análise, para me proteger. Você estava tão certo que eu estava jogando, e só queria uma fantasia, mas o que estava fazendo, se não fornecer uma fachada para mim?” “Faith, oh meu Deus”. Ela balançou a cabeça. 327


“Não, deixe-me terminar. Eu quero você. Deus, eu quero você. Mas só se for real. Eu não posso viver com o fato de que encontrei exatamente o que quero e preciso tanto, se é um ato conjunto. Eu não quero se não for real.” Ele emoldurou seu rosto com as duas mãos, em urgência, na necessidade de fazê-la ouvir, seu coração, que tudo consome. “Ouça-me, Faith. E ouça bem. Eu amo você. Você. Não alguma ideia do que sempre quis. Não alguma fantasia que acho que preciso dar-lhe. Eu amo você. Você. Você. “Deus Todo-Poderoso, nunca foi um jogo. Nunca. Não poderia ter sido mais real para mim. Eu odiava ter de mentir a você. Estava determinado a lhe dizer a verdade, apesar de Pop querer que ficasse em silêncio. Mas quando cheguei aqui, e você parecia tão vulnerável, tudo que conseguia pensar, era em protegê-la. Eu não queria que você se machucasse. Nunca. E paguei por isso. Paguei muito caro.” “Eu te amo, bebê. Eu te amo demais, e isso dói. Eu sofro. Nunca amei tanto outra pessoa, quanto eu amo você. Quero você. Mas quero tudo. Amor, casamento, sua rendição completa e absoluta. Vou passar o resto da minha vida cuidando de você, e nunca dando outra razão para não confiar em mim. Se você apenas me oferecer àquela confiança novamente.” “Eu preciso de você, Faith.” Ela parecia chocada quando olhou para ele. Havia muita emoção refletida em seus olhos arregalados. Amor. Medo. Confiança. Incerteza. Ele encontrou-se prendendo a respiração enquanto esperava sua resposta. Uma eternidade se passou antes que ela lentamente assentisse. “Oh, sim,” ela disse suavemente. “Eu vou te dar a minha confiança. E o meu amor.” Ela se jogou em seus braços. Ele a apertou forte e enterrou o rosto em seu cabelo. Seus dedos passaram por sobre a bandagem na base de seu crânio, e ele fechou os olhos. “E sobre o seu trabalho?” Ela perguntou, sua voz abafada pelo seu peito. 328


Ele gentilmente a puxou para longe, e tocou seu rosto, incapaz de manter suas mãos longe dela. “Tenho que ir de volta a Dallas, e cuidar de algumas coisas. Participar do funeral de Mick... e dar o aviso ao departamento. Mas então estou voltando. Não há nada para mim lá. Pop quer que eu fique, e trabalhe para ele aqui.” A alegria irradiava de seu rosto. Ela sorriu e, pela primeira vez em dias, o sol brilhou em seu coração. “Eu te amo, Faith. Preciso de você. Nunca haverá outra mulher que completa a outra metade da minha alma do jeito que você faz.” “Eu também te amo”, disse ela. “Ninguém nunca vai me entender do modo que você faz.” Ele se inclinou para beijá-la. Levemente, com reverência, seus lábios se tocaram. “Podemos ir para casa agora?” Perguntou ele. “Eu quero você comigo, ao meu lado, me tocando, na minha cama.” Ela sorriu. “Sim, me leve pra casa.”

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