UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES RAFAEL VASCONCELOS RIBEIRO - 11171102432
CENTRO ESPORTIVO COMUNITÁRIO
Mogi das Cruzes, SP 2021
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES RAFAEL VASCONCELOS RIBEIRO – 11171102432
CENTRO ESPORTIVO COMUNITÁRIO
Trabalho
de
conclusão
de
curso
apresentado para o curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes para submissão à banca avaliadora como parte dos requisitos para avaliação semestral.
Prof.º Orientador: Silvia Beatriz Zamai
Mogi das Cruzes, SP 2021
RAFAEL VASCONCELOS RIBEIRO
CENTRO ESPORTIVO COMUNITÁRIO
Trabalho
de
conclusão
de
curso
apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes para submissão à banca avaliadora como parte dos requisitos para avaliação semestral
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
______________________________ Componente da Banca – Silvia Beatriz Zamai
______________________________ Componente da Banca – Titulação, Nome, Instituição a que pertence
______________________________ Componente da Banca – Titulação, Nome, Instituição a que pertence
Dedico este trabalho primeiramente ao Arquiteto da Vida Deus. Para todos os professores que contribuíram para meu conhecimento para se chegar até aqui. E aos meus familiares por me incentivarem a não desistir.
AGRADECIMENTOS
Agradeço principalmente a mim pelo meu esforço e dedicação por ter chegado até aqui. Aos meus amigos por estarem presentes desde o início nesta jornada, e em várias situações, em especial a Paula, Suelen e Michelle que sempre se fizeram presentes. À professora Silvia Beatriz Zamai por orientar este trabalho, e a todos que passaram por todos estes semestres nos ensinando da melhor forma. Ao KFC por ter tido a oportunidade de trabalhar lá e começar a faculdade, e a todos que de alguma forma sempre estiveram presentes.
“O segredo da vida é não desistir” (Franklin Albert)
RESUMO
A proposta do centro esportivo Comunitário no distrito de Jundiapeba foi baseado na necessidade da falta de equipamentos urbanos no bairro, buscando trazer uma qualidade de vida melhor para os usuários foi pensado em uma arquitetura voltada para o desenvolvimento e inclusão social, onde o conceito proposto busca de tal forma uma conexão da comunidade para resgatar as condições de igualdade, justiça e educação. Neste trabalho para o objetivo de criar um centro esportivo comunitário, foi preciso fazer uma compreensão da origem e história do tema, bem como análise detalhada do entorno do local, estudos de caso, legislações pertinentes, esquemas estruturantes para assim se chegar em uma proposta projetual.
Palavras-Chave: Esporte, Comunitário, Lazer
ABSTRACT
The proposal of the Community sports center in the district of Jundiapeba was based on the need for a lack of urban equipment in the neighborhood, seeking to bring a better quality of life for users, it was thought of an architecture focused on development and social inclusion, where the proposed concept seeks in such a way a connection of the community to rescue the conditions of equality, justice and education. In this work for the purpose of creating a community sports center, it was necessary to make an understanding of the origin and history of the theme, as well as a detailed analysis of the surroundings of the place, case studies, pertinent legislation, structuring schemes in order to arrive at a project proposal.
Keywords: Sport, Community, Leisure
LISTA DE FIGURAS Figura 1- Mural de Beni-Hassan.................................................................................. 5 Figura 2- Estádio em Olímpia – Grécia ....................................................................... 8 Figura 3 - Centro de Atividades Esportivas Minas Gerais ........................................... 9 Figura 4 - Negros Lutando (1824) ............................................................................. 10 Figura 5 - Jogar Capoeira (1835) .............................................................................. 10 Figura 6 - James Naismith, praticando com sua esposa em 1928 ............................ 11 Figura 7 - Primeira quadra de basquete .................................................................... 11 Figura 8 - Desenho “Kemari” de Akisato Ritoh 1799 ................................................. 12 Figura 9 - Primeiro Campo Futebol Brasileiro ........................................................... 12 Figura 10 - Pintura rupestre....................................................................................... 13 Figura 11 - Equipe brasileira na piscina do Fluminense ............................................ 13 Figura 12 - Jogo entre Bulgária e Itália durante o Mundial de 1949 .......................... 14 Figura 13 - Biritiba Mirim.............................................................................................14 Figura 14 - Sindicato Mogi das Cruzes ..................................................................... 15 Figura 15 - Comunidade Eclésia Vila Brasileira ........................................................ 15 Figura 16 - Dimensões do módulo de referência....................................................... 18 Figura 17 - Dimensionamento das rampas ............................................................... 18 Figura 18 - Rampa em curva ..................................................................................... 19 Figura 19 - Patamares das rampas ........................................................................... 19 Figura 20 - Corrimão em escada e rampa ................................................................. 20 Figura 21 - Espaço para transposição de portas ....................................................... 21 Figura 22 - Medidas mínimas de um sanitário acessível ........................................... 23 Figura 23 - Medidas mínimas de um sanitário acessível em caso de reforma .......... 23 Figura 24 - Localização ............................................................................................. 30 Figura 25 - Sistema do Telhado ................................................................................ 32 Figura 26 - Parede Cortina.........................................................................................29 Figura 27 - Parede Cortina............... ......................................................................... 32 Figura 28 – Lobby....................................................................................... ...................30 Figura 29 – Ginásio.. ................................................................................................. 33 Figura 30 - Área Piscina ............................................................................................ 33 Figura 31 - Roof Composition.................................................................................... 34 Figura 32 - Subsolo ................................................................................................... 35
Figura 33 - Primeiro Pavimento ................................................................................. 36 Figura 34 - 2ª Pavimento ........................................................................................... 36 Figura 35 - 3ª Pavimento ........................................................................................... 37 Figura 36 - 4ª Pavimento ........................................................................................... 37 Figura 37 – Cortes Seção 1 e Seção 2 ..................................................................... 38 Figura 38 - Elevações Norte e Sul............................................................................. 38 Figura 39 - Diagramação ........................................................................................... 39 Figura 40 - Maquete .................................................................................................. 39 Figura 41 - Localização ............................................................................................. 41 Figura 42 - Área externa.............................................................................................39 Figura 43 - Fachada Lateral ...................................................................................... 42 Figura 44 - Piscina descoberta...................................................................................39 Figura 45 - Piscina coberta....................... ................................................................. 42 Figura 46 - Marquise ................................................................................................. 43 Figura 47 - Arquibancada .......................................................................................... 43 Figura 48 - Implantação ............................................................................................ 44 Figura 49 - Distribuição Espacial ............................................................................... 45 Figura 50 - Cortes ..................................................................................................... 46 Figura 51 - Arquibancada .......................................................................................... 46 Figura 52 - Localização ............................................................................................. 48 Figura 53 - Centro esportivo Arteixo.......................................................................... 49 Figura 54 - Externo.................................................................................................... 49 Figura 55 - Circulação ............................................................................................... 49 Figura 56 - Cobertura.................................................................................................47 Figura 57 - Arquibancada .......................................................................................... 50 Figura 58 - Térreo ..................................................................................................... 51 Figura 59 - 1ª Pavimento ........................................................................................... 51 Figura 60 - 2ª Pavimento ........................................................................................... 52 Figura 61 - Fachada .................................................................................................. 52 Figura 62 - Cortes ..................................................................................................... 53 Figura 63 - Localização ............................................................................................. 54 Figura 64 - Clube Dom Pedro 2 .................................................................................52 Figura 65 - Clube Dom Pedro 3..................................................................................55
Figura 66 - Espaço Convivência.................................................................................53 Figura 67 – Externo.................................. ................................................................. 56 Figura 68 - Clube Dom Pedro 3..................................................................................53 Figura 69 - Clube Dom Pedro 2............... .................................................................. 56 Figura 70 - Externo.................................................................................................... 57 Figura 71 - Implantação Dom Pedro II ...................................................................... 57 Figura 72 - Plantas .................................................................................................... 58 Figura 73 - Implantação Dom Pedro III ..................................................................... 59 Figura 74 - Plantas .................................................................................................... 60 Figura 75 - Circulação Dom Pedro II ......................................................................... 61 Figura 76 - Circulação Dom Pedro III ........................................................................ 62 Figura 77 - Fachada Dom Pedro II ............................................................................ 63 Figura 78 - Fachada Dom Pedro III ........................................................................... 63 Figura 79 - Corte Dom Pedro II ................................................................................. 63 Figura 80 - Corte Dom Pedro III ................................................................................ 64 Figura 81 - Localização ............................................................................................. 65 Figura 82 - Minas Tênis Náutico Clube ..................................................................... 66 Figura 83 - Piscina Coberta........................................................................................64 Figura 84 - Hall Entrada................... ......................................................................... 67 Figura 85 - Minas Tênis Náutico Clube......................................................................64 Figura 86 – Estacionamento.............................. ........................................................ 67 Figura 87 - Pavimento Subsolo ................................................................................. 68 Figura 88 - Primeiro Pavimento ................................................................................. 68 Figura 89 - Pavimento Superior................................................................................. 69 Figura 90 - Fachadas ................................................................................................ 69 Figura 91 - Cortes ..................................................................................................... 70 Figura 92 - Localização ............................................................................................. 72 Figura 93 - Centro Paralímpico Brasileiro ................................................................. 73 Figura 94 - Entrada Principal......................................................................................70 Figura 95 - Estrutura Tensionada .............................................................................. 73 Figura 96 – Quadra....................................................................................................71 Figura 97 – Quadra...................... ............................................................................. 74 Figura 98 - Centro Treinamento ................................................................................ 74 Figura 99 - Centro Paralímpico ................................................................................. 75
Figura 100 - 1ª Pavimento ......................................................................................... 76 Figura 101 - 2ª Pavimento ........................................................................................ 76 Figura 102 - 3ª Pavimento ......................................................................................... 77 Figura 103 - 4ª Pavimento ......................................................................................... 77 Figura 104 - 5ª Pavimento ......................................................................................... 78 Figura 105 - Corte AA ............................................................................................... 79 Figura 106 - Corte BB ............................................................................................... 79 Figura 107 - Prancha de zoneamento 15 Jundiapeba ............................................... 83 Figura 108 - Parâmetros Técnicos e Permissão de Uso ........................................... 84 Figura 109 - Visualização do terreno em satélite com demarcações ....................... 85 Figura 110 – Vegetação.............................................................................................82 Figura 111 - Descarte Lixo ........................................................................................ 86 Figura 112 – Rua........................................................................................................82 Figura 113 - Perspectiva Testada Frontal ................................................................. 86 Figura 114 - Testada Lateral e Fundo ....................................................................... 87 Figura 115 - Perspectiva testada lateral esquerda .................................................... 87 Figura 116 - Mapa Topográfico ................................................................................. 88 Figura 117 - Sistema Viário ....................................................................................... 89 Figura 118 - Uso e Ocupação do Solo ...................................................................... 90 Figura 119 - Gabarito de Altura ................................................................................. 91 Figura 120 - Cheios e Vazio ...................................................................................... 92 Figura 121 - Equipamentos Urbanos e Sistema de Transporte................................. 93 Figura 122 - Estudo Solar ......................................................................................... 94 Figura 123 - Organograma ........................................................................................ 98 Figura 124 - Fluxograma ........................................................................................... 99 Figura 125 - Fachada Dom Pedro III ....................................................................... 107 Figura 126 - Shopping Serra do Sul.........................................................................102 Figura 127 - Cobertura em Shed............ ................................................................. 108 Figura 128 - Centro Paralímpico ............................................................................ 108 Figura 129 - Estacionamento .................................................................................. 109 Figura 130 - Casa Salto .......................................................................................... 109 Figura 131 - Iluminação Natural .............................................................................. 110 Figura 132 - Cimento Queimado ............................................................................. 110
Figura 133 - Local para inserção..............................................................................105 Figura 134 – Ciclofaixa............................... ............................................................. 111 Figura 135 – Bueiro Inteligente................................................................................105 Figura 136 – Piso Drenante.................... ................................................................. 111 Figura 137 - Jardins de Chuva.................................................................................106 Figura 138 - Praça Inundável.................. ................................................................ 112 Figura 139 - Eco Poste ............................................................................................ 112 Figura 140 - Perspectiva ......................................................................................... 113 Figura 141 - Fachadas ............................................................................................ 114 Figura 142 - Implantação..........................................................................................115
LISTA DE TABELA Tabela 1 - Quantificação ........................................................................................... 25 Tabela 2 - Distância Máxima a ser Percorrida........................................................... 26 Tabela 3 - Análise SWOT .......................................................................................... 40 Tabela 4 - Análise SWOT .......................................................................................... 47 Tabela 5 - Análise SWOT .......................................................................................... 53 Tabela 6 - Análise SWOT .......................................................................................... 64 Tabela 7 - Análise SWOT .......................................................................................... 71 Tabela 8 - Análise SWOT .......................................................................................... 80 Tabela 9 - Agenciamento .......................................................................................... 98 Tabela 10 - Programa de Necessidade ................................................................... 100
SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1 CENTRO ESPORTIVO COMUNITÁRIO ..................................................................... 1 JUSTIFICATIVA E PROBLEMÁTICA .......................................................................... 1 OBJETIVO GERAL ..................................................................................................... 2 Objetivo específico ...................................................................................................... 2 ESTUDOS DE CASO .................................................................................................. 2 METODOLOGIA.......................................................................................................... 3 1
REVISÃO HISTÓRICA SOBRE O TEMA ...................................................... 5
1.1
REVISÃO HISTÓRICA DA TIPOLOGIA ......................................................... 8
1.1.1
Capoeira ......................................................................................................... 9
1.1.2
Basquete ...................................................................................................... 10
1.1.3
Futebol.......................................................................................................... 11
1.1.4
Natação ........................................................................................................ 12
1.1.5
Vôlei.............................................................................................................. 14
1.2
CONCEITO ESPORTE ................................................................................. 16
2
LEGISLAÇÃO .............................................................................................. 18
2.1
NORMA BRASILEIRA DE ACESSIBILIDADE (NBR 9050) .......................... 18
2.1.1
Modulo de referência .................................................................................... 18
2.1.2
Rampas ........................................................................................................ 18
2.1.3
Patamar ........................................................................................................ 19
2.1.4
Escadas ........................................................................................................ 20
2.1.5
Corrimão ....................................................................................................... 20
2.1.6
Elevador ....................................................................................................... 21
2.1.7
Corredores .................................................................................................... 21
2.1.8
Portas ........................................................................................................... 21
2.1.9
Estacionamento ............................................................................................ 22
2.1.10 Sanitários...................................................................................................... 22 2.2
CÓDIGO DE OBRAS DE MOGI DAS CRUZES ........................................... 24
2.2.1
Rampas ........................................................................................................ 24
2.2.2
Vagas ........................................................................................................... 24
2.2.3
Quantificação e dimensionamento dos estacionamentos e acessos ............ 24
2.2.4
Quadras ........................................................................................................ 25
2.3
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS NBR 9077 ............................... 25
2.3.1
Antecâmaras ................................................................................................ 26
2.3.2
Saída ............................................................................................................ 26
2.4
DECRETO Nº 12.342, DE 27 DE SETEMBRO DE 1978 ............................. 27
2.4.1
Dimensões Mínimas dos Compartimentos ................................................... 27
2.4.2
Insolação, Ventilação e Iluminação .............................................................. 27
2.4.3
Locais de Reunião - Esportivos, Recreativos, Sociais,
Culturais e Religiosos ............................................... .................................................28 3
ESTUDO DE CASO ..................................................................................... 30
3.1
BIT SPORTS CENTER ................................................................................. 30
3.1.1
Ficha Técnica ............................................................................................... 30
3.1.2
Localização ................................................................................................... 30
3.1.3
Projeto .......................................................................................................... 31
3.1.4
Conceito ....................................................................................................... 31
3.1.5
Partido Arquitetônico .................................................................................... 31
3.1.6
Composição Telhado .................................................................................... 34
3.1.7
Programa Necessidades .............................................................................. 34
3.1.8
Diagrama Circulação .................................................................................... 39
3.1.9
Volumetria física ........................................................................................... 39
3.2
CENTRO ESPORTIVO WIFAQ / GROUPE3 ARCHITECTES ..................... 40
3.2.1
Ficha Técnica ............................................................................................... 40
3.2.2
Localização ................................................................................................... 40
3.2.3
Projeto .......................................................................................................... 41
3.2.4
Conceito ....................................................................................................... 41
3.2.5
Partido Arquitetônico .................................................................................... 41
3.2.6
Programa Necessidades .............................................................................. 44
3.3
CENTRO DESPORTIVO ARTEIXO ............................................................. 47
3.3.1
Ficha Técnica ............................................................................................... 47
3.3.2
Localização ................................................................................................... 47
3.3.3
Projeto .......................................................................................................... 48
3.3.4
Conceito ....................................................................................................... 48
3.3.5
Partido Arquitetônico .................................................................................... 48
3.3.6
Programa Necessidade ................................................................................ 50
3.4
COMPLEXO CLUBES DOM PEDRO ........................................................... 54
3.4.1
Ficha Técnica ............................................................................................... 54
3.4.2
Localização ................................................................................................... 54
3.4.3
Projeto .......................................................................................................... 54
3.4.4
Conceito ....................................................................................................... 55
3.4.5
Partido Arquitetônico .................................................................................... 55
3.4.6
Programa Arquitetônico ................................................................................ 57
3.4.7
Circulação ..................................................................................................... 61
3.5
PAVILHÃO DE ESPORTES E EVENTOS DO MINAS TÊNIS CLUBE ......... 64
3.5.1
Ficha Técnica ............................................................................................... 64
3.5.2
Localização ................................................................................................... 65
3.5.3
Projeto .......................................................................................................... 65
3.5.4
Conceito ....................................................................................................... 66
3.5.5
Partido Arquitetônico .................................................................................... 66
3.5.6
Programa Arquitetônico ................................................................................ 67
3.6
CENTRO PARAOLÍMPICO BRASILEIRO .................................................... 71
3.6.1
Ficha Técnica ............................................................................................... 71
3.6.2
Localização ................................................................................................... 71
3.6.3
Projeto .......................................................................................................... 72
3.6.4
Conceito ....................................................................................................... 72
3.6.5
Partido Arquitetônico .................................................................................... 73
3.6.6
Programa Arquitetônico ................................................................................ 75
3.6.7
Volume ......................................................................................................... 78
3.6.8
Legislação .................................................................................................... 78
3.6.9
Cortes ........................................................................................................... 79
4
LOCAL ......................................................................................................... 82
4.1
HISTÓRICO .................................................................................................. 82
4.2
LEGISLAÇÃO DE ORDENAMENTO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ... 83
4.3
TERRENO .................................................................................................... 84
4.3.1
Entorno ......................................................................................................... 88
4.3.2
Topografia .................................................................................................... 88
4.4
SISTEMA VIÁRIO ......................................................................................... 89
4.5
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO .................................................................... 90
4.6
GABARITO DE ALTURA .............................................................................. 91
4.7
CHEIOS E VAZIOS ...................................................................................... 92
4.8
EQUIPAMENTOS URBANOS E SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO .. 93
4.9
ESTUDO SOLAR.......................................................................................... 94
5
PERFIL DO USUÁRIO E PÚBLICO ALVO .................................................. 96
5.1.1
Crianças ....................................................................................................... 96
5.1.2
Adolescentes ................................................................................................ 96
5.1.3
Jovens .......................................................................................................... 96
5.1.4
Adultos.......................................................................................................... 97
5.1.5
Idosos ........................................................................................................... 97
5.2
AGENCIAMENTO......................................................................................... 98
5.3
ORGANOGRAMA......................................................................................... 98
5.4
FLUXOGRAMA............................................................................................. 99
5.5
PROGRAMA DE NECESSIDADES ............................................................ 100
6
CONCEITO ................................................................................................. 107
6.1
PARTIDO ARQUITETONICO ..................................................................... 107
6.2
PARTIDO URBANÍSTICO .......................................................................... 111
7
ESTUDO DE MASSA / VOLUMETRIA ...................................................... 113
8
IMPLANTAÇÃO ......................................................................................... 115
9
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 116
10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 117
1
INTRODUÇÃO
CENTRO ESPORTIVO COMUNITÁRIO
Os centros esportivos são equipamentos urbanos que oferecem várias modalidades esportivas para a saúde e bem estar, são lugares para aprendizagem e desenvolvimento pessoal e profissional onde aprendem valores e regras visando equilibrar a aptidão física e mental que propõe a competição entre os praticantes. O esporte de lazer promove a participação de todos os setores e se preocupa com a acessibilidade e inclusão. Por isso os equipamentos são diferenciados; as tabelas de basquete maleáveis; as quadras não precisam de linhas rígidas; os espaços amplos; o acesso ilimitado; a participação generalista e a participação multipessoal. O esporte de lazer não precisa de estádios, de locais fechados, ou mesmo equipamentos de última geração que só os iniciados conseguem utilizar. O esporte de lazer exige equipamentos amplos que possam ser aproveitados por diversas faixas etárias, tipos de pessoas e jogos. Os equipamentos devem atender amplas necessidades não ficando somente "preso" a uma modalidade (DIECKERT, 1984).
Os ambientes podem ser público destinados para posse de todos usuários sem distinção de classe e privado destinado a uma pessoa física ou jurídica onde o espaço terá restrição de uso conforme as regras do proprietário, neste caso o projeto será de uso público onde está voltado para o comunitário buscando o interesse dos moradores compartilhando o mesmo espaço e assim desenvolvendo um sentimento social com a participação de todos. Os Centros Esportivos visam o desenvolvimento do bairro em que está inserindo através do processo de socialização dos participantes traz inúmeros benefícios como desenvolvimento de liderança, disciplina, melhora da concentração e humor, reduz o estresse entre outros. De acordo com o art. 217 da Constituição Federal, “é dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não formais, como direito de cada um” (BRASIL, 1988).
JUSTIFICATIVA E PROBLEMÁTICA
Jundiapeba é um distrito de Mogi das Cruzes, que carece de equipamentos públicos e de infraestrutura em determinados locais, sem contar que os moradores se
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queixam da falta de segurança, tanto na parte de violência como a de animais peçonhentos como cobras e escorpiões, onde as crianças brincam nas ruas pois é o único lugar que elas tem o que acaba sendo perigoso. O local escolhido para a implantação do projeto tem programas habitacionais como a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), o Centro Municipal de Programa Educacional (CEMPRE), porém não possui uma infraestrutura que comporte a criação de atividades e eventos para atender toda a população, possui muitas residências e escola. Neste caso a intenção do projeto é fazer um espaço comunitário que traga o esporte na vida dos jovens e crianças suprindo a falta do equipamento urbano do bairro, que irá auxiliar para o crescimento profissional e pessoal, ajudando diretamente para o progresso social no bairro.
OBJETIVO GERAL
Implementar um centro esportivo comunitário visando a inclusão social do bairro para crianças, jovens, adultos e até mesmo os idosos a fim de progredir no desenvolvimento dos usuários, condições de igualdade e justiça, educação, valores e caráter, deste modo criando uma renovação urbana privilegiando a participação do bairro junto ao esporte e causas sociais. Objetivo específico Propor o centro esportivo comunitário como um cluster sendo referência para os demais bairros poderem estar implementando o equipamento urbano, promovendo a prática de esporte para diferentes faixas etária incentivando a inclusão social.
ESTUDOS DE CASO
Para a proposta do centro esportivo comunitário em Jundiapeba, foi feito 6 estudos de caso, dentre eles 3 nacionais e 3 internacionais, pois devido a pandemia do COVID19 neste ano e pelo estado de São Paulo entrar na faze roxa não se pode
3
realizar as visitas técnicas, o que gerou medidas de distanciamento e isolamento social. Os estudos nacionais escolhidos foram: •
Complexo de clubes Dom Pedro em Campinas
•
Pavilhão de esportes e eventos do Minas tênis clube em Minas Gerais
•
Centro paralímpico brasileiro em São Paulo
Os estudos internacionais escolhidos foram: •
Bit Sports Center na China
•
Cento esportivo Wifaq em Marrocos
•
Centro desportivo Arteixo na Espanha
METODOLOGIA
Para elaboração deste trabalho foi feito pesquisas teóricas relacionados ao tema, em diversos sites, foi elaborado também estudos de casos voltado ao tema para melhor entendimento do funcionamento através das análises detalhada de cada estudo, também foi feito consulta nas leis pertinentes como o código de obras de Mogi das Cruzes, Decreto 12.342, NBR9050 e NBR9077. Foi feito o levantamento de toda área de estudo através da análise macro e micro, também foi elaborado esquemas estruturantes para se ter uma base para que o projeto aconteça e por último teve a proposta projetual.
4
CAPÍTULO 1 – REVISÃO HISTÓRICA
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1
REVISÃO HISTÓRICA SOBRE O TEMA
A prática de esporte pode se dizer que vem desde a era primitiva, quando para sobreviver precisavam lutar, caçar, correr, lançar objetos, nadar entre outros, o primeiro registro de atividade física surgiu na china datado á 4000 a.C, na modalidade ginástica. Para Duarte (2004, pg. 13) foram retratados alguns indícios sobre a origem do esporte onde em 1500 a.C., em Creta, praticava-se o pugilismo. Em 1300 a.C. a 800 a.C. já havia o jogo da pelota. No Egito nos meados de 1850 a.C, foi descoberto um mural de imagens mostrando vários movimentos de uma luta o que indicava uma prática organizada e estratégica conforme a figura 01.
Figura 1- Mural de Beni-Hassan
Imagens de lutas no Mural de Beni-Hassan. (Foto: flickr.com)
Na Irlanda ocorreram arremessos em 1830 a.C. e salto em altura em 1160 a.C. Vestígios dos primeiros esquiadores são apontados na Noruega e os primeiros remadores e pescadores na Rússia. O esporte pode se dizer que sempre surgiu em diversas culturas e vem se atualizando em diferentes contextos, onde acredita-se que a partir de 580 a.C. o esporte começou a ser considerado como profissional na qual era feito premiação em dinheiro e outros itens para os campeões, tais como prêmios de 500 dracmas e também ânforas de óleo. De acordo com Tubino (2010) a história do esporte divide-se em três períodos; esporte antigo até a primeira metade do século XIX, esporte moderno de 1820 a 1980 e o Esporte Contemporâneo. (SITE: PORTAL EDUCAÇÃO).
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De acordo com Stigger (2002) existem duas formas de pensamento para tentar explicar o surgimento do esporte o da continuidade onde se entende que a pratica de esporte está ligada em diversas culturas ao longo do tempo e a descontinuidade onde tem uma data de surgimento onde estaria ligado a história das sociedades modernas, podendo se então deduzir que essas duas formas de pensamento se completam o que enriquece o entendimento para o surgimento do esporte. Muitas dessas práticas pré-esportivas do Esporte Antigo desapareceram com o tempo. Outras se transformaram em Esportes Autótonos, que podem ser considerados “esportes puros”, isto é, esportes que continuaram a ser praticados ao longo do tempo sem receber influências de outras culturas. Quando os Esportes Autótonos permanecem como prática, mas com modificações de outras culturas, geralmente de nações colonizadoras, passam a ser chamados Esportes ou Jogos Tradicionais (TUBINO, 2010, p.21).
Segundo Delgado (2014), o desporto moderno começou tomar forma nas escolas da Inglaterra no século XVlll, onde sua criação está relacionada diretamente com a industrialização, a urbanização e o desenvolvimento da ciência, ao qual pregavam a ordem de racionalismo e competição implantando um novo formato de jogos nas escolas inglesas dando origem ao esporte, surgindo campeonatos entre as escolas e clubes e depois os conceitos de civilidade que traziam modos e maneiras de comportamentos nada mais do que regras para se seguir. Na américa do Sul, principalmente o Brasil há relatos que o primeiro esporte moderno praticado foi o turfe no estado do Rio de Janeiro onde as corridas de cavalos era organizadas pelos comerciantes ingleses, na praia de Botafogo, em 1810. Antecedendo a esse relato os povos indígenas já praticavam vários esportes como círculo flecha, canoagem, natação, corridas, entre diversos outros porem na época não consideravam como atividades esportivas pois sua utilização era por questões de sobrevivência. Em 1955 o tiro com círculo chegou ao país trazido pelo comissário de Voo da Panair do Brasil, Sr. Adolpho Porta, já na metade do século XIX até o início do século XX o remo foi considerado como um dos principais esportes do país, surgindo vários clubes no Rio de Janeiro e São Paulo, e neste mesmo período foram introduzidos modalidades como natação, basquetebol, tênis e esgrima. O Brasil que é conhecido pela sua paixão pelo esporte adotou o futebol uma prática esportiva criada pelos Ingleses no século XX, “Eles jogavam em nossas praias,
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durante as paradas dos seus navios, iam embora levavam a esfera”. (DUARTE, 2003, p. 215). O jogo consiste em dois times com 11 jogadores e um arbitro correndo atrás da bola para ver quem faz o gol. O futebol é o esporte por excelência do brasileiro. Mesmo aqueles que insistem em dizer que não gostam, que não acham graça ou que não têm time são incapazes de resistir à emoção de ver nossa seleção em campo. O futebol nos une como brasileiros, da mesma maneira que nos divide no amor a um time específico. Ele desperta paixão, alegria, decepção e tristeza. Transforma nosso “inimigo” – o torcedor do outro time – em companheiro inseparável, que torce conosco pela seleção canarinho. (MAGALHÃES, 2010, p.09)
Com o passar dos anos o futebol conquistou o coração do povo brasileiro percebendo claramente em tempos de copa, olimpíadas jogos pan-americanos, voleibol e basquete, onde as pessoas esquecem das dificuldades só para acompanhar as grandes vitórias. Resumindo segundo o site portal educação (2020), o esporte no Brasil surgiu em 1937, pela lei nº 378 de 13/03/1937, da Repartição de Ensino Física do Ministério do Ensino Cultura, que ao longo dos anos foi passando por modificações. Atualmente temos várias modalidades esportivas que segundo o ministério da saúde foram mapeadas várias áreas no Brasil onde em termos de preferência o órgão confirmou as artes marciais em alta no país e a corrida, em termos de assiduidade da pratica 43,4% são homens e 31,5% são mulheres, onde os estados que se destacou foi Brasília, Tocantins e Pará onde teve mais campeões no quesito pratica esportiva.
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1.1
REVISÃO HISTÓRICA DA TIPOLOGIA
Segundo Saba (1998), os centros e complexos esportivos, estima-se que surgiram por volta de 580 a.C., devido ao aumento das práticas esportivas na época, independente do período houve a necessidade de se ter locais adequados para a realização de atividades físicas. De acordo com Junior (2013), com o aumento da pratica da ginastica e outras atividades esportivas na Grécia Antiga veio a necessidade de se ter locais que fossem apropriados para a pratica do esporte, onde surgiu os ginásios, conforme a figura 02, lugares para os jovens poderem praticar que a princípio se limitava a uma pista de corrida e um espaço para lutas, onde os ginásios não eram utilizados só para pratica de esporte mais também para centros de instrução de educação espiritual e para as reuniões da sociedade grega, se ensinava também música, a oratória, a gramatica e a filosofia. Figura 2- Estádio em Olímpia – Grécia
Fonte: https://vivaobasquetebol.wordpress.com/2013/01/30/historia-do-esporte-os-locais-para-apratica-esportiva-na-grecia-antiga/
O local era basicamente um espaço quadrado, no qual se identificava locais destinado aos exercícios gímnicos, um espaço para guardar sacos de couro utilizados para a prática do pugilismo, local para se limpar do óleo utilizado em seus corpos para as lutas, um tanque de água para os atletas se refrescarem depois das atividades e um lugar para guardar os óleos, onde o principal local na época era os estádios onde ocorria as corridas e jogos onde eles tinham dimensões diferentes onde a mais aceita
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tinha o comprimento de 192m, um outro lugar importante era os hipódromo para as corridas de cavalos. No Brasil segundo Rachi (2008), em 1969 surgiu o complexo da universidade católica de Minas Gerais que no início era chamado de centro de atividades esportivas (CAE), em 1970 houve a ampliação do complexo, onde foi inaugurado em 1977 e teve a presença do Arcebispo Dom João Resende Costa de Belo Horizonte. Atualmente, dispõe de nove quadras poliesportivas, piscina semiolímpica aquecida e piscina infantil, pista oficial de atletismo, campo de futebol oficial, laboratório de fisiologia do exercício, laboratório de ginástica, academia de musculação, sala de dança, sala de lutas e vestiários. Figura 3 - Centro de Atividades Esportivas Minas Gerais
Fonte: https://portal.pucminas.br/noponto/materia.php?codigo=1037
Analisando a arquitetura das edificações esportivas, segundo Mascarenhas (2004), iniciou uma vertente para as disciplinas que exigem um processo de projeto feitos por profissionais especializados para a construção de ginásios e centros esportivos, onde os ambientes possam ter uma tecnologia de informação, comunicação e segurança fazendo uma transformação na paisagem urbana com a alteração da morfologia e funcionalidades territoriais. Nos Centros esportivos temos várias modalidades desportivas praticadas em diversos espaços e tempo, dentre elas podemos citar: 1.1.1 Capoeira Segundo Ramos 2020, a capoeira começa no século XVI, está relacionada com o período da escravidão, época que o Brasil era colônia de Portugal, período em que a mão de obra escrava foi muito utilizada, foi ai que os escravos para sua proteção
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devido as represarias e agressões dos colonizadores brasileiros perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção conforme a figura 04. Figura 4 - Negros Lutando (1824)
Fonte: pintura aquarela Augustus Earle
Por fim foi proibido qualquer tipo de luta pelos senhores do engenho, logo os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta, conforme figura 05, surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de dormitório para os escravos). Figura 5 - Jogar Capoeira (1835)
Pintura de Rugendas
1.1.2 Basquete De acordo com P.H Mota (2020), seu post no site história do mundo, nos conta que o basquete surgiu em 1891 pelo professor James Naismith, conforme a figura 06, onde foi encarregado de desenvolver um jogo que pudesse ser praticado dentro dos ginásios, devido aos invernos serem muitos frios impedia a prática e esportes em ambientes externos.
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Figura 6 - James Naismith, praticando com sua esposa em 1928
Fonte: Jornal The NY Times 2015
A primeira partida de basquete, conforme a figura 07, foi disputada com uma bola de futebol, que aconteceu entre professores e alunos com uma plateia de 200 pessoas, O basquete chegou no Brasil em 1896, devido ao convite do Colégio Mackenzie, em São Paulo, para o professor norte-americano Augusto Shaw para lecionar, e assim se teve início a história do basquete dentro da escola. Figura 7 - Primeira quadra de basquete
Fonte: Jornal The NY Times 2015
1.1.3 Futebol Segundo o portal educação na China no ano de 2600 a.C. surge o kemari uma invenção do sr. Yang-Tsé. o kemari era composto por oito jogadores de cada lado em um campo quadrado de 14m separado por um fio de seda amarrado em duas estacas fincadas no chão, conforme a figura 08. Os jogadores deviam passar a bola de 22 cm de diâmetro, além das estacas, com os pés, sem deixar a bola cair. A bola era preenchida com cabelos para que ficasse cheia. Pensamentos relacionam o jogo com o surgimento do futebol por se assemelharem.
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Figura 8 - Desenho “Kemari” de Akisato Ritoh 1799
Fonte: http://jojoscope.net/2018/06/22/kemari-proto-historia-do-futebol/
No Brasil segundo Dias (2014), o primeiro campo de futebol planejado para receber partidas foi em Paranapiacaba, conforme a figura 09, uma vila de origem inglesa localizada em Santo André, Inaugurado em 1894. Figura 9 - Primeiro Campo Futebol Brasileiro
Fonte: http://nilodiasreporter.blogspot.com/2014/01/ofutebol-brasileiro-comeca-por.html
1.1.4 Natação Segundo a escola de natação Amaral (2018), a cerca de 7000 anos atrás surge registros sobre a natação através das pinturas rupestres conforme a figura 10, porém não se tem uma data exata muitos acreditam que esse processo começou a partir das primeiras habitações à beira de lagos e rios, nos tempos mais remotos, pois o homem dependia disso para a sobrevivência seja na busca por alimentos ou na fuga.
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Figura 10 - Pintura rupestre
Fonte: http://tudosobrenatacao.blogspot.com/2016/04/natacao-melhora-o-desempenho-escolar.html
No Brasil, o esporte surgiu, oficialmente, em 31 de julho de 1897, com a fundação da União de Regatas Fluminense. que foi chamado mais tarde de Conselho Superior de Regatas e Federação brasileira das Sociedades de Remo. Em 1898, eles promoveram o primeiro campeonato brasileiro de 1500m. E a primeira piscina de competição conforme a figura 11, foi inaugurada em 1919, no Fluminense Futebol Clube do Rio de Janeiro. Figura 11 - Equipe brasileira na piscina do Fluminense
Fonte: https://historiadoesporte.wordpress.com/2020/04/03/aspectos-da-gripe-espanhola-e-ascompeticoes-de-polo-aquatico-no-rio-de-janeiro/#_ednref3
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1.1.5 Vôlei De acordo com o site concursos no Brasil (2021), o vôlei foi criado por William George Morgan, em 1895 que era diretor de Educação Física da Associação Cristã de Moços em Massachusetts, nos EUA. Devido a necessidade de um jogo para homens entre 40 e 50 anos que não queriam o confronto físico como o basquete foi inventado a modalidade, que no início se chamava minonette e só com o passar dos anos que o título mudou para vôlei. Conforme a figura 12, temos o primeiro Mundial Masculino de Voleibol que aconteceu em Praga, Tchecoslováquia, em 1949. Figura 12 - Jogo entre Bulgária e Itália durante o Mundial de 1949
Fonte: https://www.efdeportes.com/efd169/historia-do-voleibol-parte-1.htm
No Brasil, conforme o site concursos no Brasil (2021), se tem uma divergência da data exata do surgimento do esporte onde os registros de jogos no território tupiniquim se relacionam com o surgimento, no ano de 1915 houve uma partida de vôlei no Colégio Marista de Pernambuco; e em 1916, o jogo caiu nas graças dos rapazes da Associação Cristã de Moços em São Paulo. Os espaços destinados para a prática de esportes com o passar do tempo vem ganhando estrutura e melhoria, atualmente os locais comunitários mais especifico para a modalidade de luta geralmente usam o salão da igreja, salas de aula, salão de festa, orfanatos, áreas livres, qualquer local que tenha um espaço para poder usufruir conforme as figuras 13, 14 e 15.
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Figura 13 - Biritiba Mirim
Figura 14 - Sindicato Mogi das Cruzes
Fonte: Do autor 2020
Figura 15 - Comunidade Eclésia Vila Brasileira
Fonte: Do autor 2019
Espaços estes que geralmente não tem uma grande estrutura, porem está relacionado a arquitetura do abraço onde traz sensações de alegria e de se reconectarem uns com os outros.
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1.2
CONCEITO ESPORTE
Esporte é o conjunto dos exercícios físicos praticados com método, individualmente ou em equipe; desporte, desporto (AURELIO, 2002, p.290). Visa equilibrar a saúde e ajuda na aptidão física e mental que propõe a competição entre os praticantes, pode-se definir esporte como um fenômeno sociocultural que envolve a prática voluntária de atividade predominantemente física competitiva, com finalidade recreativa, profissional ou lazer, contribuindo para o aprimoramento físico, intelectual e psíquico de seus praticantes e espectadores. “...As atividades esportivas oferecem referências para que os indivíduos organizem a sua vida social, sendo desenvolvido, nesse convívio, um processo de socialização dos participantes dos grupos, os quais - ao viverem coletivamente - passam a compartilhar maneiras de estar no mundo, que são expressas tanto dentro quanto fora do campo de jogo” (STIGGER, 2002, p. 245).
Segundo Lopes (2016), o esporte é organização, regrado, competitivo, testa habilidades físicas e humanas onde cada um destes conceitos regra o que é e o que não é esporte, os valores tem a ver com o desenvolvimento humano, com educação, configura condições de igualdade e justiça, o ensino teórico e prático promove a transmissão de informações contribuindo para o caráter e valores dos alunos para o futuro. Fenômeno sócio-cultural, cuja prática é considerada direito de todos, e que tem no jogo o seu vínculo cultural e na competição o seu elemento essencial, o qual deve contribuir para a formação e aproximação dos seres humanos ao reforçar o desenvolvimento de valores como a moral, a ética, a solidariedade, a fraternidade e a cooperação, o que pode torná-lo um dos meios mais eficazes para a comunidade humana (TUBINO; GARRIDO; TUBINO, 2006, p. 37).
O esporte ele é um fator essencial para o equilíbrio no desenvolvimento como um todo para as pessoas, é um fenômeno sociocultural nas transições de séculos, onde a história do mundo passa pela história do esporte como uma das maiores manifestações culturais desde a antiguidade.
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CAPÍTULO 2 – DIRETRIZES E PREMISSAS
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2
2.1
LEGISLAÇÃO
NORMA BRASILEIRA DE ACESSIBILIDADE (NBR 9050)
2.1.1 Modulo de referência Segundo a NBR 9050 (2020), o modulo de referência é de 1,20m por 0,80m conforme a figura 16. Figura 16 - Dimensões do módulo de referência
Fonte: ABNT NBR 9050
2.1.2 Rampas De acordo com a NBR 9050 (2020), as rampas são superfícies de piso com declividade igual ou superior a 5 %. Para ser feito o cálculo de inclinação da rampa usa-se a seguinte equação: i= h x100 ÷ c, conforme a figura 17, onde i é a inclinação, expressa em porcentagem (%); h é a altura do desnível; c é o comprimento da projeção horizontal. Figura 17 - Dimensionamento das rampas
Fonte: ABNT NBR 9050
As rampas devem ter inclinação de acordo com os limites estabelecidos, para inclinação entre 6,25 % e 8,33 % é recomendado criar áreas de descanso nos
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patamares, a cada 50 m de percurso. Para as rampas em curva a inclinação máxima é de 8,33% e o raio mínimo de 3,00m, conforme a figura 18. Figura 18 - Rampa em curva
Fonte: ABNT NBR 9050
De acordo com o fluxo de pessoas se estabelece a largura da rampa (L) onde o mínimo recomendável para as rampas em rotas acessíveis é de 1,50m, sendo o mínimo admissível de 1,20 m, e toda rampa deve possuir corrimão para ambos os lados. 2.1.3 Patamar Para os patamares segundo a NBR 9050 (2020), devem ter dimensão longitudinal mínima de 1,20m, e entre os segmentos de rampa devem ser previstos patamares intermediários com dimensão longitudinal mínima de 1,20 m, conforme Figura 19. Figura 19 - Patamares das rampas
Fonte: ABNT NBR 9050
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2.1.4 Escadas Para ser considerada escada conforme a NBR 9050 (2020), deve possuir uma sequência de três degraus ou mais, a largura mínima para escadas em rotas acessíveis é de 1,20 m, e deve dispor de guia de balizamento, as escadas devem ter no mínimo um patamar a cada 3,20m de desnível e sempre que houver mudança de direção, a dimensão longitudinal do patamar deve ter no mínimo 1,20m e para patamares situados em mudanças de direção devem ter dimensões iguais à largura da escada. 2.1.5 Corrimão Os corrimãos conforme a NBR 9050 (2020), devem ser instalados em rampas e escadas em ambos os lados, a 0,92 m e a 0,70 m do piso, medidos da face superior até o bocel ou quina do degrau (no caso de escadas) ou do patamar, acompanhando a inclinação da rampa, conforme Figura 20. Figura 20 - Corrimão em escada e rampa
Fonte: ABNT NBR 9050
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2.1.6 Elevador Nos elevadores conforme a NBR 9050 (2020), deve haver sinalização tátil e visual informando, instrução de uso, fixada próximo à botoeira; indicação da posição para embarque e desembarque; indicação dos pavimentos atendidos nas botoeiras e batentes; dispositivo de chamada dentro do alcance manual. Em elevadores verticais ou inclinados, deve haver dispositivo de comunicação para solicitação de auxílio nos pavimentos e no equipamento. 2.1.7 Corredores Os corredores conforme a NBR 9050 (2020), devem ser dimensionados de acordo com o fluxo de pessoas, onde a dimensão mínima do corredor em edificações e equipamentos urbanos é: 0,90 m, para corredores de uso comum com extensão até 4,00 m; 1,20 m para corredores de uso comum com extensão até 10,00 m, 1,50 m para corredores com extensão superior a 10,00 m; 1,50 m para corredores de uso público; maior que 1,50 m para grandes fluxos de pessoas. 2.1.8 Portas Para utilização das portas em sequência, segundo a NBR 9050 (2020), é necessário garantir o espaço para rotação de 360°, o espaço para varredura das portas, os 0,60 m ao lado da maçaneta para permitir o alcance, a aproximação e circulação de uma pessoa em cadeira de rodas, conforme a figura 21 e o vão livre da porta deve ser maior ou igual a 0,80 m. Figura 21 - Espaço para transposição de portas
Fonte: ABNT NBR 9050
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As portas, quando abertas, devem ter um vão livre, maior ou igual a 0,80 m de largura e 2,10 m de altura conforme a NBR 9050 (2020), Em portas de duas ou mais folhas, pelo menos uma delas deve ter o vão livre maior ou igual a 0,80 m. O vão livre maior ou igual a 0,80 m deve ser garantido também no caso de portas de correr e sanfonada. Quando instaladas em locais de prática esportiva as portas devem ter vão livre maior ou igual a 1,00 m. 2.1.9 Estacionamento Todo estacionamento deve garantir conforme a NBR 9050 (2020), uma faixa de circulação de pedestre que garanta um trajeto seguro e com largura mínima de 1,20 m até o local de interesse, o percurso máximo entre a vaga e o acesso à edificação ou elevadores deve ser de no máximo 50 m. 2.1.10 Sanitários Os sanitários, banheiros e vestiários acessíveis segundo a NBR 9050 (2020), devem possuir entrada independente, de modo a possibilitar que a pessoa com deficiência possa utilizar a instalação sanitária acompanhada de uma pessoa do sexo oposto. Para locais de prática esportiva, terapêutica e demais usos recomenda-se que os vestiários acessíveis excedentes sejam instalados nos banheiros coletivos, ou seja, que as peças acessíveis, como chuveiros, bacias sanitárias, lavatórios e bancos, estejam integrados aos demais. Em estabelecimentos como shoppings, terminais de transporte, parques, clube esportivos, arenas verdes (ou estádios), locais de shows e eventos ou em outros edifícios de uso público ou coletivo, com instalações permanentes ou temporárias que, dependendo da sua especificidade ou natureza, concentrem um grande número de pessoas, independentemente de atender à quantidade mínima de 5 % de peças sanitárias acessíveis, deve também ser previsto um sanitário acessível para cada sexo junto a cada conjunto de sanitários. (ABNT NBR 9050. 2020 P.83)
Locais de esporte, lazer e turismo devem ser acessíveis, exceto os campos gramados, arenosos ou similares, segundo a NBR 9050 os vãos livres destinados a circulação de praticantes de esportes que utilizem cadeiras de rodas do tipo cambadas, devem ter no mínimo 1,00m incluindo as portas dos sanitários e vestiários.
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A figura 22 exemplifica medidas mínimas de um sanitário acessível onde recomenda-se que as bacias sanitárias, áreas de transferência e barras de apoio sejam posicionadas simetricamente opostas, já na figura 23, temos as medidas mínimas de sanitário em casos de reforma que não atendam as dimensões mínimas da figura 22. Figura 22 - Medidas mínimas de um sanitário acessível
Fonte: ABNT NBR 9050 Figura 23 - Medidas mínimas de um sanitário acessível em caso de reforma
Fonte: ABNT NBR 9050
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2.2
CÓDIGO DE OBRAS DE MOGI DAS CRUZES
A lei complementar nº 143, de 15 de janeiro de 2019 institui o Código de Obras e Edificações de Mogi das Cruzes. Fica instituído o Código de Obras e Edificações do Município de Mogi das Cruzes, que estabelece normas gerais e específicas para elaboração de projeto, execução, manutenção e utilização de obras, edificações e instalações, públicas ou privadas, e os procedimentos para o licenciamento de obras em todo o Território Municipal. (Código de Obras e Edificações. 2019. P.05).
2.2.1 Rampas As rampas deverão apresentar segundo o Código de Obras e edificações (2019), o recuo de 4,00m (quatro metros) do alinhamento dos logradouros para seu início; declividade máxima de 20% (vinte por cento) quando destinada à circulação de automóveis e utilitários; declividade máxima de 12% (doze por cento) quando destinada à circulação de caminhões e ônibus e inclinação transversal máxima de 2% (dois por cento), para qualquer tipo de circulação. 2.2.2 Vagas As vagas de estacionamento e garagens segundo o Código de Obras e edificações (2019), deverão atender às seguintes dimensões: Vagas para automóveis: 2,50mX4,80m; vaga para veículo de carga: 3,00m X 7,00m; vagas reservadas para pessoas com deficiência: 2,50m+1,20mX 5,00m; vagas para bicicletas: 0,70m X 1,85m e vagas para motos: 1,20m X 2,50m. 2.2.3 Quantificação e dimensionamento dos estacionamentos e acessos Conforme a tabela 01, temos a quantidade de vagas correspondentes as atividades do edifício e de acordo coma atividade temos o total de 1 vaga para cada 80m² de área construída.
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Tabela 1 - Quantificação
Fonte: Código de Obras e edificações de Mogi das Cruzes 2019
2.2.4 Quadras As quadras de esportes segundo o Código de Obras e edificações (2019), terão dimensões mínimas de 20,00m (vinte metros) por 30,00m (trinta metros). “Quando for prevista mais de uma quadra de esportes, pelo menos uma terá a medida indicada no caput deste artigo, sendo facultado que a(s) outra(s) possua(m) medida menor, de no mínimo 10,00m (dez metros) por 16,00m (dezesseis metros), (Código de Obras e edificações. 2019. P106).” As áreas de circulação já estão incluídas nas medidas das quadras devendo ser feito o fechamento após essa circulação.
2.3
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS NBR 9077
A NBR 9077 estabelece padrões de segurança contra incêndio, para saídas de emergências.
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2.3.1 Antecâmaras As antecâmaras, segundo a NBR 9077 (2001), devem ter comprimento mínimo de 1,80 m; pé-direito mínimo de 2,50 m; ser dotadas de porta corta-fogo na entrada, e de porta estanque à fumaça na comunicação com a caixa da escada; ser ventiladas por dutos de entrada e saída de ar, ter a abertura de entrada de ar do duto respectivo situada junto ao piso, ou, no máximo, a 15 cm deste, com área mínima de 0,84 m2 e, quando retangular, obedecendo à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões. Ter a abertura de saída de ar do duto respectivo situada junto ao teto, ou, no máximo, a 15 cm deste, com área mínima de 0,84 m2 e, quando retangular, obedecendo à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões; ter, entre as aberturas de entrada e de saída de ar, a distância vertical mínima de 2,00 m, medida eixo a eixo; ter a abertura de saída de ar situada, no máximo, a uma distância horizontal de 3,00 m, medida em planta, da porta de entrada da antecâmara, e a abertura de entrada de ar situada, no máximo, a uma distância horizontal de 3,00 m, medida em planta, da porta de entrada da escada. 2.3.2 Saída Segundo a NBR 9077 (2001), a largura mínima a ser adotada em qualquer caso, devem ser 1,10 m, correspondendo a duas unidades de passagem e 55 cm, para as ocupações em geral. A distância máxima a ser percorrida até a saída se dá através da tabela 02, os centros esportivos se encontram no grupo F; classificação Z. Tabela 2 - Distância Máxima a ser Percorrida
Fonte: NBR 9077 Saídas de emergência em edifícios 2001
De acordo com a Tabela 02, temos a classe das edificações X, Y e Z, onde as de classe X são edificações em que a propagação do fogo é fácil, a de classe Y
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quando a edificação é dotada de estrutura resistente ao fogo e a da Classe Z a propagação do fogo já é difícil podendo ter uma distância maior a ser percorrida.
2.4
DECRETO Nº 12.342, DE 27 DE SETEMBRO DE 1978
Dispõe sobre normas de promoção, preservação e recuperação da saúde no campo de competência da Secretaria de Estado da Saúde. 2.4.1 Dimensões Mínimas dos Compartimentos Segundo o Decreto 12342 (1978), os compartimentos deverão ter conformação e dimensões adequadas à função ou atividade a que se destinam, devem se atender as seguintes dimensões mínimas: •
Para salas de escritórios, comércio ou serviços: 10,00 m²;
•
Separação entre mictórios tipo cuba, 0,60 m, de eixo a eixo;
•
Vestiários: 6,00 m²;
•
circulação dos corredores quando de uso comum ou coletivo, 1,20 m;
•
Escadas quando de uso comum ou coletivo, largura de 1,20 m;
•
Pé direito em pavimentos térreos, 3,00 m, pavimentos superiores 2,70m e garagem 2,30m.
2.4.2 Insolação, Ventilação e Iluminação De acordo com o artigo 40 do Decreto 12.342 é considerado para insolação, iluminação e ventilação de quaisquer compartimentos, em prédios de um pavimento e de até 4,00 m de altura, espaços livres fechados, com áreas não inferior a 6,00 m² e dimensão mínima de 2,00 m; A área iluminante dos compartimentos segundo o Decreto 12.342 (1978) deverá corresponder, no mínimo para os locais de trabalho e nos destinados a ensino, leitura e atividades similares: 1/5 da área do piso; nos compartimentos destinados a dormir, estar, cozinhar, comer e em compartimentos sanitários: 1/8 da área do piso, com área do piso, com o mínimo de 0,60 m²; e para os demais tipos de compartimento: 1/10 de área do piso, com o mínimo de 0,60 m².
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2.4.3 Locais de Reunião - Esportivos, Recreativos, Sociais, Culturais e Religiosos Os vestiários e as instalações sanitárias, segundo o Decreto 12.342 (1978) independentes por sexo, conterão, pelo menos: •
Bacias sanitárias e lavatórios na proporção de 1 para cada 60 homens e 1 para cada 40 mulheres;
•
Mictórios na proporção de 1 para cada 60 homens;
•
Chuveiros, na proporção de 1 para cada 40 banhista.
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CAPÍTULO 3 – ESTUDOS DE CASOS
30
3
ESTUDO DE CASO
3.1
BIT SPORTS CENTER
3.1.1 Ficha Técnica •
Arquitetos: Atelier Alter Architects
•
Área: 15692 m²
•
Ano: 2019
•
Arquitetos Responsáveis: Yingfan Zhang, Xiaojun Bu
•
Equipe De Projeto: Zhenwei Li, Kai Qin, Ping Jiang, Wei Huang, Tongwei Liu, Dehu Du, Jiahe Zhang, Ran Yan, Lairong Zheng, Jiaming Mei, Lidong Song, Xiaoxiao Zhao, Jingshi Zhang, Bida Wei, Wei Xiong, Weidi Chen, Xiaoqing Guo, Xueyun Da, Bo Huang, Leilei Ma e Hui Cao.
•
Engenharia: China IPPR International Engineering Co., Ltd.
•
Paisagismo: China IPPR International Engineering Co., Ltd.
3.1.2 Localização
O centro esportivo está localizado em Liangxiang, cidade satélite de Beijing, China.
Figura 24 - Localização
Fonte: ARCHDAILY 2020 (modificado pelo autor)
31
3.1.3 Projeto
O centro esportivo Bit possui cerca de 15.692 metros quadrados de espaço atlético, inclui um estádio de basquete com 3.000 lugares, uma piscina de 10 raias, um ginásio, um espaço de artes marciais e salas para boxe, taekwondo, tênis de mesa entre outros. O BIT é uma universidade focada em ciências militares, o projeto dá continuidade ao diálogo de Leonardo Da Vinci sobre o discurso interdisciplinar entre ciência, arquitetura e arte, (ARCHDAILY 2020).
3.1.4 Conceito
Pretende construir uma “Máquina Voadora” flutuante com “parábola de trajetória” derivada de estudos da Polytechnique. Três conjuntos de “parábolas de trajetória”, traçados através do céu, são loft para obter três conjuntos de superfícies de dupla curvatura; cada conjunto de superfícies curvas forma um volume ondulado para ser o telhado do edifício; as discrepâncias entre os volumes ondulantes são seladas com parede de vidro para formar os clerestórios do edifício, o centro esportivo BIT visa um "campus aberto multidimensional" que constrói o corpo e a mente dos alunos simultaneamente e, enquanto isso, incentiva o diálogo intercolegial entre os alunos. Ao fazer isso, a arquitetura cria permeabilidade espacial nas escalas urbana e arquitetônica, por meio de planta e seção, (ARCHELLO 2021).
3.1.5 Partido Arquitetônico
Material usado: A figura 25, mostra o Sistema de telhado de metal H66, construído através de uma moldura espacial estruturalmente e coberto por um telhado com costura vertical de cima e um sistema de parede cortina de alumínio de baixo. A ondulação presente na cobertura recria a curva do terreno da Grande Muralha com uma construção moderna. O alumínio é usado sobre telhado, cantilever e fachada para dar um tom uniforme ao edifício e para responder à estética industrial.
32
Figura 25 - Sistema do Telhado
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/947317/centro-esportivo-bit-atelier-alter-architects.
O vidro é um material que está presente no centro esportivo, foi utilizado as paredes cortinas na parte externa para refletir com sensibilidade a paisagem acinzentada de Hutong, remetendo a concretude e tortuosidade da Grande Muralha, foi utilizado também o vidro
na vedação interna e nas janelas onde traz mais
iluminação para os ambientes conforme as figuras 26 e 27, a transparência também o torna um ambiente convidativo para os alunos. Figura 26 - Parede Cortina
Figura 27 - Parede Cortina
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/947317/centro-esportivo-bit-atelier-alter-architects.
O piso poliesportivo é de madeira o que traz a sensação de conforto conforme a figura 28, já logo na entrada no lobby conforme a figura 29, temos uma trama de painéis de alumínio que compõe a superfície do forro.
33
Figura 28 – Lobby
Figura 29 - Ginásio
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/947317/centro-esportivo-bit-atelier-alter-architects.
A area da pisicna do centro esportivo, mostra a estrutura do telhado toda em metal com placas e piso antiderrapante onde as cores que mais predomina é o cinza conforme a figura 30, também conseguimos ver o complexo sistema espacial da cobertura. Figura 30 - Área Piscina
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/947317/centro-esportivo-bit-atelier-alter-architects.
34
3.1.6 Composição Telhado
Conforme a figura 31 temos o esquema do telhado onde temos a trajetória da parabola, o telhado de costura vertical a estrutura do telhado e a marquise exterior e para selar a forma ondular da cobertura foi utilizado as paredes de vidro para formar os clerestórios do edifício. E a escolha do material como elemento dominante na composição da arquitetura do edifício, procura construir uma narrativa espacial que encontre sintonia na paisagem histórica e cultural na qual está inserida.
Figura 31 - Roof Composition
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/947317/centro-esportivo-bit-atelier-alter-architects.
3.1.7 Programa Necessidades
O Centro esportivo conta com quatro pavimentos, no subsolo conforme figura 32 temos a área de serviço e a piscina, já no primeiro pavimento conforme figura 33, temos o hall de entrada, o estadio basebol, area de serviço do estadio, academia, area seerviço da piscina e a sala de controle de incendio, já no segundo pavimento conforme figura 34, temos arquibancada, sala de artes marciais, sala de serviço,
35
Lobby, sala taekwondo e sala de box, no terceiro pavimento conforme figura 35, temos continuação das arquibancadas e as areas vip do ginásio, sala de serviço e sala para tênis de mesa no ultimo pavimento conforme Figura 36, temos o centro de teste, sala de pilates aerobico e teste fícico.
Figura 32 - Subsolo
Fonte: ARCHDAILY 2020 (modificado pelo autor)
Piscina
Setor Serviço
Acesso Vertical
36
Figura 33 - Primeiro Pavimento
Acesso Principal Acesso Vertical Setor Serviço Salas Quadra Convivência Arquibancada
Figura 34 - 2ª Pavimento
Fonte: ARCHDAILY 2020 (modificado pelo autor)
37
Figura 35 - 3ª Pavimento
Figura 36 - 4ª Pavimento
Acesso Vertical Setor Serviço Salas Arquibancada Quadra
Fonte: ARCHDAILY 2020 (modificado pelo autor)
38
De acordo com as figuras 37 e 38 temos os cortes de seção 1 e 2 e as fachadas norte e sul, o que nos permite ver a curvas usadas na cobertura e as paredes cortinas usadas na fachada para iluminação natural. Figura 37 – Cortes Seção 1 e Seção 2
Tênis Piscina
Ginásio Gym
mesa
Teste Tênis mesa Luta
Serviço Aulas
Lobby
Luta Serviço
Serviço
Figura 38 - Elevações Norte e Sul
Fonte: ARCHDAILY 2020 (modificado pelo autor)
Serviço
39
3.1.8 Diagrama Circulação
Na figura 39 temos o diagrama de como funciona a circulação vertical do centro esportivo Figura 39 - Diagramação
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/947317/centro-esportivo-bit-atelier-alter-architects.
3.1.9 Volumetria física
A figura 40 mostra a volumetria física do centro esportivo o que permite o estudo de como o edifício ficaria implantado no local escolhido. Figura 40 - Maquete
Fonte: https://www.theplan.it/eng/award-2020-sportleisure/a-new-education-model-bit-sports-centeratelier-alter-architects
40
Tabela 3 - Análise SWOT
Aspectos Positivos
Aspectos Negativos
A iluminação Natural traz mais produtividade e alegria, favorece na saúde. As paredes cortinas por conta da transparência elas refletem a paisagem externa e o torna o lugar convidativo. O material da cobertura escolhido contribui no custo e no tempo de execução. O Centro esportivo ele foi adequado e pensado no rigoroso inverno chinês.
Por conta de a cobertura ser de telhas metálicas com a chuva pode-se ter um barulho e atrapalhando no acústico. Na arquibancada não tem vagas para deficientes físicos. O centro possui apenas um elevador de acordo com as plantas baixas.
Aspectos Ameaças
Aspectos Oportunidades
Nas partes convexas pode-se ter um problema se os tubos de drenagem tiverem algum defeito onde pode surgir vazamentos internos.
Aumentar mais a acessibilidade do centro esportivo.
Fonte: Elaborado pelo autor 2021
3.2
CENTRO ESPORTIVO WIFAQ / GROUPE3 ARCHITECTES
3.2.1 Ficha Técnica •
Arquitetos: Groupe3 Architectes
•
Área: 7000 m²
•
Ano: 2015
•
Fabricantes: Armstrong Ceilings, Serge Ferrari, Knauf, Florim, Gerflor, Pedrali, Trend Group, Trend Windows & Doors
•
Paisagismo:Atelier Bertand Houin
3.2.2 Localização
O Centro esportivo Wifaq está localizado na cidade de Rabat em Marrocos no coração do distrito de Souissi, conforme a figura 41.
41
Figura 41 - Localização
Fonte: https://www.google.com/maps/@33.9537474,-6.8186997,15z
3.2.3 Projeto
O Centro esportivo Wifaq tem um riquíssimo patrimônio paisagístico, com uma vasta arborização logo na entrada ele nos proporciona o bem estar favorável a pratica de esporte ao ar livre, deixando o local introvertido, seu paisagismo reflete o passado agrícola dos subúrbios de Rabat, caracterizado pelas arvores frutíferas, jacarandás e arvores de porte alto, (ARCHDAILY 2018).
3.2.4 Conceito
O paisagismo proposto para o local proporciona grandes acepções, onde de um lado visa a preservação e do outro referência ao patrimônio, onde busca proporcionar junto com o centro esportivo a sensação de bem estar melhorando a qualidade de vida para os usuários, (ARCHDAILY 2018).
3.2.5 Partido Arquitetônico
Materiais utilizados Nas fachadas conforme figuras 42 e 43, foram utilizadas pedra martelada de Khenifra e lâminas de madeira tais elementos contribuem para a criação de um novo espaço contemporâneo e enraizado na sua história.
42
Figura 42 - Área externa
Figura 43 - Fachada Lateral
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/897374/centro-esportivo-wifaq-groupe3-architectes
Na área da piscina conforme a figura 44 e 45 os materiais presentes fazem com que o espaço tenha iluminação natural através das paredes cortinas onde as piscinas ficam uma do lado da outra o que prioriza a luz entre os espaços. Figura 44 - Piscina descoberta
Figura 45 - Piscina coberta
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/897374/centro-esportivo-wifaq-groupe3-architectes
A cobertura conforme figura 46 é marcada pelas telhas, com balanços nos tons branco e diferentes materiais marcado pela horizontalidade expressa no projeto.
43
Figura 46 - Marquise
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/897374/centro-esportivo-wifaq-groupe3-architectes
A arquibancada conforme a figura 47, é escavada, localizada no pátio central tem como elemento principal o concreto e piso poliesportivo. Figura 47 - Arquibancada
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/897374/centro-esportivo-wifaq-groupe3-architectes
44
3.2.6 Programa Necessidades
O projeto possui uma distribuição ampla sua entrada fica na via de circulação é um edifico térreo onde temos em seu programa conforme figura 48; estacionamento com arvores, administração, academia, piscinas coberta e descoberta, casa de clube, pavilhão desportivo, preparação física, clube infantil, playground e campos poliesportivos, onde a maior preocupação para se fazer o projeto foi de proteger as relíquias da paisagem adentando a metade do norte para preservar a qualidade da paisagem, e ao sul inserindo as quadras de tênis reabilitada escavando o solo para construir volumes altos e inserir as arquibancadas do pátio central.
Figura 48 - Implantação
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/897374/centro-esportivo-wifaq-groupe3-architectes
Na implantação conforme a figura 49 podemos ver que o centro esportivo é composto por vegetação em seus caminhos e nos cantos as arvores de porte mais alto se torna uma vedação proporcionando privacidade e bem estar para os usuários
45
Figura 49 - Distribuição Espacial
A
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/897374/centro-esportivo-wifaq-groupe3-architectes
Legenda
Referente aos cortes conforme a figura 50 e 51, temos o corte transversal e longitudinal e mais um mostrando o detalhe da arquibancada escavada.
46
Figura 50 - Cortes
Corte A
Corte B
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/897374/centro-esportivo-wifaq-groupe3-architectes
Figura 51 - Arquibancada
Fonte:https://issuu.com/mayrafrazon/docs/caminhos_ que_conectam
Corte 1
Corte 2
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/897374/centro-esportivo-wifaq-groupe3-architectes
47
Tabela 4 - Análise SWOT
Aspectos Positivos
Aspectos Negativos
Complexo sustentável com uso da Ausência de outras áreas para a vegetação onde simboliza o passado prática de esporte como lutas. agrícola da região. Setorização bem distribuída. Espaços de circulação horizontal bem amplos. Iluminação e ventilação Natural. Aspectos Ameaças
Aspectos Oportunidades
A drenagem na área das quadras pode ser um fator a se preocupar pois o tipo de piso utilizado pode atrapalhar.
Usar uma parte da área das quadras que são 10 no total para construir um espaço para outras atividades desportivas.
Fonte: Elaborado pelo autor 2021
3.3
CENTRO DESPORTIVO ARTEIXO
3.3.1 Ficha Técnica •
Arquitetos: José Ramón Garitaonaindía de Vera
•
Ano: 2011
•
Área construída: 1527 m²
•
Área do terreno: 3150 m²
•
Endereço: Avenida de Arsenio Iglesias, Arteixo Coruña Espanha
•
Tipo de projeto: Esportivo
•
Materialidade: Vidro e Madeira
•
Estrutura: Concreto
3.3.2 Localização
O Centro desportivo Arteixo está localizado conforme a figura 52, no município Arteixo Espanha na avenida Arsenio Iglesias, onde seu limite é definido pelo Rio ao leste.
48
Figura 52 - Localização
Fonte: Google Maps 2021 (modificado pelo autor)
3.3.3 Projeto
O centro Arteixo tem uma forma retangular e plana sem grandes estridências o que facilita seu funcionamento, foi optado pela estrutura de vigas de caixa no sentido longitudinal a via de forma que o norte receba a luz do norte, perfeito para os jogos e a luz do sul seria matizada através do policarbonato translúcidos nas vigas de caixa, (ARCHDAILY, 2012).
3.3.4 Conceito
Para o projeto foi pensado no arco-íris, usando painéis de madeira colorido e o teto de vidro em U, onde ao caminho do traçado temos ilusões intrínsecas que fazem o trabalho de todas as cores, (ARCHDAILY, 2012).
3.3.5 Partido Arquitetônico
Materiais O edifício conforme a Figura 53, fica em uma base de concreto que realça sua fachada, possuindo o fechamento em U-glass por toda volta sobre painéis de madeira
49
coloridos o que permite que ele seja visto durante o dia de uma forma difusa e a noite com alguns projetores indica para o público quando se tem eventos esportivos importantes. Figura 53 - Centro esportivo Arteixo
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/01-41457/centro-esportivo-arteixo-jose-ramon-garitaonaindiade-vera
A estrutura da área de serviço conforme a figura 54 e 55 é em concreto o piso é de lajes pré-fabricadas e os fechamentos de concreto com gesso acartonado. Figura 55 - Circulação
Figura 54 - Externo
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/01-41457/centro-esportivo-arteixo-jose-ramon-garitaonaindiade-vera
50
Em relação a estrutura conforme as figuras 56 e 57, foi feita por treliças paralelas sobre colunas de aço HB- 300, quanto a cobertura ela possui painéis praticáveis de concreto com 8cm espessura, e não praticáveis, terminados em folha dupla de aço e para os pisos incluindo arquibancada parquet de carvalho reciclado de 2,4 cm de espessura. Figura 56 – Cobertura
Figura 57 - Arquibancada
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/01-41457/centro-esportivo-arteixo-jose-ramon-garitaonaindiade-vera
3.3.6 Programa Necessidade
O centro esportivo possui dois acessos uma pelo hall de entrada e outro através da escada que leva até ao terraço e a parte superior da arquibancada, de acordo com programa de necessidades temos no pavimento térreo conforme figura 58 temos o setor administrativo, vestiários, enfermaria, salas multiuso, jardim, quadras e a arquibancada, já no primeiro pavimento conforme figura 59 temos o terraço e continuação da arquibancada, já no segundo pavimento conforme a figura 60 é onde fica a estrutura do edifício.
51
Figura 58 - Térreo
Hall Administração Arquibancada Vestiários Sanitário Quadras Jardim Salas Multiuso Enfermaria Acesso
Fonte: ARCHDAILY 2012 (modificado pelo autor)
Figura 59 - 1ª Pavimento
Terraço Jardim Quadra Arquibancada
Fonte: ARCHDAILY 2012 (modificado pelo autor)
52
Figura 60 - 2ª Pavimento
Estrutura Edifício
Fonte: ARCHDAILY 2012 (modificado pelo autor)
Quanto sua fachada conforme a figura 61, podemos perceber os elementos utilizados para trazer o conceito proposto onde as cores trazem uma ilusão intrínseca, notamos também a forma retangular escolhida atingi seu objeto tanto esteticamente como funcional. E nos cortes conforme a figura 62, fica evidente o sistema metálico das treliças usados para a cobertura e vencer grandes vãos.
Figura 61 - Fachada
Elevação Frontal
Elevação Lateral
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/01-41457/centro-esportivo-arteixo-jose-ramon-garitaonaindiade-vera
53
Figura 62 - Cortes
Corte Longitudinal
Corte Transversal
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/01-41457/centro-esportivo-arteixo-jose-ramon-garitaonaindiade-vera
Tabela 5 - Análise SWOT
Aspectos Positivos
Aspectos Negativos
Iluminação natural, que distribui por Ausência de outras áreas para a todo interior. prática de esporte. Técnica construtiva para vencer grandes vãos através das treliças. Ventilação Cruzada. Aspectos Ameaças Aspectos Oportunidades Por conta do local ser um lugar quente a luz que distribui por todo o edifício na hora do jogo o sol pode atrapalhar.
Podem ampliar mais o centro para compor mais atividades físicas.
Fonte: Elaborado pelo autor 2021
54
3.4
COMPLEXO CLUBES DOM PEDRO
3.4.1 Ficha Técnica •
Arquitetos: FGMF Arquitetos
•
Ano: 2016
•
Área terreno: 18,456 m²
•
Engenharia: Brasil Batistella
•
Paisagismo: Sergio Santana
•
Cidade: Campinas
•
Materiais: Concreto, Madeira e Pedra
3.4.2 Localização
O complexo de clubes dom Pedro está localizado em campinas conforme a figura 63 ao lado esquerdo fica o Dom Pedro III e ao lado direito o Dom Pedro II Figura 63 - Localização
Clube Dom Pedro III
Clube Dom Pedro II
Fonte: Google Maps 2021 (modificado pelo autor)
3.4.3 Projeto
O projeto do complexo Dom Pedro conta com dois clubes completo, com sedes, acessos, e áreas de esporte e lazer, a arquitetura busca dois projetos em um, mas
55
proporciona organização de forma independente com relação ao fluxo, espaço e dimensão, (ARCHDAILY 2020).
3.4.4 Conceito
De acordo com o arquiteto Fernando Forte os blocos se entrelaçam e hierarquizam a setorização do programa, o que possibilita a identificação de cada área à distância, além de criar uma volumetria quase que escultórica e visuais diferentes e interessantes para o usuário. Segundo Rodrigo Marcondes a intenção é criar dois projetos em um propondo identidade única, mas mantendo a independência de cada clube, (ARCHDAILY 2020).
3.4.5 Partido Arquitetônico
Materiais A topografia conforme figuras 64 e 65, tem um declive sinuoso onde contempla para a vista do edifício, foram utilizados muros de arrimo em gabião de pedra aparente, já os volumes sobre estas contenções foram em concreto.
Figura 64 - Clube Dom Pedro 2
Figura 65 - Clube Dom Pedro 3
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/953669/complexo-clubes-dom-pedro-fgmf-arquitetos
As paredes internas conforme Figuras 66 e 67, foram recuadas e revestidas com madeira preservando a volumetria, todos os volumes receberam revestimento cimentício integral nos pisos paredes e teto.
56
Figura 66 - Espaço Convivência
Figura 67 - Externo
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/953669/complexo-clubes-dom-pedro-fgmf-arquitetos
Para os Caixilhos e Esquadrias conforme as figuras 68 e 69 foi utilizado o material frame em alumínio e pele de vidro para fechamento.
Figura 68 - Clube Dom Pedro 3
Figura 69 - Clube Dom Pedro 2
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/953669/complexo-clubes-dom-pedro-fgmf-arquitetos
Na pintura conforme figura 70, foram utilizadas três variações de cinza para poder ressaltar a independia entre a função de cada espaço.
57
Figura 70 - Externo
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/953669/complexo-clubes-dom-pedro-fgmf-arquitetos
3.4.6 Programa Arquitetônico
No complexo de clube Dom Pedro II em seu programa arquitetônico conforme a figura 71 temos distribuído pela sua implantação campo de futebol, quadra de tênis, deck seco e molhado, piscina adulta e infantil, sala de ginastica, espaço gourmet, quadra poliesportiva, piscina com raia, salão de festa e churrasqueira. Figura 71 - Implantação Dom Pedro II
Legenda
Fonte: https://www.alphavilleurbanismo.com.br/residencial/alphaville-dom-pedro-2
58
A Figura 72 representa a planta do clube Dom Pedro II onde temos o salão de festa, espaço gormet, sala de ginastica, vestiários e sanitários, secretária, recepção, bar e cozinha. Figura 72 - Plantas
Fonte: ARCHDAILY 2020 (modificado pelo autor)
Legenda
59
Já no programa do clube Dom Pedro III conforme a figura 73, temos distribuído em sua implantação campo de futebol, quadra poliesportiva, piscina adulto e infantil, deck seco e molhado, playground, salão de festa, sala de ginástica, piscina com raia, bar, cozinha e sala de jogos.
Figura 73 - Implantação Dom Pedro III
Fonte: https://www.alphavilleurbanismo.com.br/residencial/alphaville-dom-pedro-3
Legenda
A figura 74, representa a planta do clube Dom Pedro III onde temos o salão de festa, cozinha, hall de acesso ao salão de jogos, vestiários e sanitários, academia, secretária, recepção e o bar.
60
Figura 74 - Plantas
Fonte: ARCHDAILY 2020 (modificado pelo autor)
Legenda
61
3.4.7 Circulação
Referente a circulação conforme as figuras 75 e 76 foi pensado tanto no interno como no externo uma vez que a topografia é em declive.
Figura 75 - Circulação Dom Pedro II
Fonte: ARCHDAILY 2020 (modificado pelo autor) Circulação Externa Acesso Principal Pedestre Circulação Vertical
62
Figura 76 - Circulação Dom Pedro III
Fonte: ARCHDAILY 2020 (modificado pelo autor)
Circulação Externa Acesso Principal Pedestre Circulação Vertical Passarela
Quanto as fachadas conforme as figuras 77 e 78 podemos perceber que os volumes se entrelaçam entre si que deixa com um partido único e forte para as duas construções quanto ao corte podemos ver como foi resolvido a questão da topografia nas figuras 79 e 80.
63
Figura 77 - Fachada Dom Pedro II
Figura 78 - Fachada Dom Pedro III
Figura 79 - Corte Dom Pedro II
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/953669/complexo-clubes-dom-pedro-fgmf-arquitetos
64
Figura 80 - Corte Dom Pedro III
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/953669/complexo-clubes-dom-pedro-fgmf-arquitetos
Tabela 6 - Análise SWOT
Aspectos Positivos
Aspectos Negativos
Iluminação natural, que distribui por todo interior. Ventilação Cruzada. Preocupação com a circulação externa onde utiliza o uso das rampas o que contribui com a acessibilidade também. Espaço com grande área permeável.
Ausência de outras áreas para a prática de esporte. Falta de Piscina coberta. Uso exclusivo para os moradores do condomínio.
Aspectos Ameaças
Aspectos Oportunidades
Em dias de chuva muitas atividades podem ficar suspensa pois as partes cobertas é somente para o clube. Disposição das quadras sentido Leste oeste causa ofuscamento.
Podem ampliar mais o centro para compor mais atividades físicas.
Fonte: Elaborado pelo autor 2021
3.5
PAVILHÃO DE ESPORTES E EVENTOS DO MINAS TÊNIS CLUBE
3.5.1 Ficha Técnica •
Arquitetos: Horizontes Arquitetura e Urbanismo
•
Área: 13419 m²
•
Ano: 2018
65
•
Cidade: Alphaville
•
Estado: Minas Gerais
•
Estrutura De Concreto: Paula Machado Engenharia e projetos (Ari de Paula Machado)
•
Estrutura Metálica: Techneaço
3.5.2 Localização
O pavilhão de esporte e eventos está localizado Av. Princesa Diana, 440 Alphaville, Nova Lima, Minas Gerais conforme a figura 81. Figura 81 - Localização
Fonte: GOOGLE MAPS 2021 (modificado pelo autor)
3.5.3 Projeto
O Minas Tênis Clube e um dos mais importantes de Minas Gerais, criado em 1998, no Alphaville lagoa dos ingleses com intenção de oferecer contato com a natureza e esportes náuticos, onde com o aumento da demanda dos sócios foi feito a ampliação e implementando mais setores, (ARCHDAILY 2018).
66
3.5.4 Conceito
A estratégia adotada para não comprometer o terreno foi de manter no pavilhão as atividades esportivas, onde ele foi desenhado com volumetria contemporânea que buscou referencias no desenho do antigo ginásio do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte já demolido, onde as cores presentes na fachada buscam uma relação entre a cor do minério de ferro predominante na região, além de fazer harmonia com as obras já construídas, (ARCHDAILY 2018).
3.5.5 Partido Arquitetônico Materiais Na fachada conforme a figura 82, foi utilizado pintura bege e placas metálicas alaranjadas, também foi usado a cor no tom de cobre. Figura 82 - Minas Tênis Náutico Clube
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/906095/pavilhao-de-esportes-e-eventos-horizontesarquitetura-e-urbanismo
A estrutura do edifício é em concreto conforme as figuras 83 e 84, na parte das piscinas aquecidas a cobertura em laje nervurada fica aparente para passar a sensação de um pé direito maior já no hall de entrada a cobertura também é em concreto aparente porem com um acabamento diferente.
67
Onde os pilares em concreto por conta da escolha da laje ficam espalhados pelo clube, podemos ver também que foram usadas esquadrias com vidro para obter-se uma iluminação natural para os ambientes internos. Figura 83 - Piscina Coberta
Figura 84 - Hall Entrada
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/906095/pavilhao-de-esportes-e-eventos-horizontesarquitetura-e-urbanismo
Conforme as figuras 85 e 86, nota-se que o piso também é em concreto e no estacionamento foi utilizado piso bloquete de concreto permeável. Figura 85 - Minas Tênis Náutico Clube
Figura 86 - Estacionamento
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/906095/pavilhao-de-esportes-e-eventos-horizontesarquitetura-e-urbanismo
3.5.6 Programa Arquitetônico
Conforme as Figuras 87, 88 e 89 temos no pavimento subsolo guardaria para barcos e depósitos, no primeiro pavimento piscinas semiolímpicas e infantil, quadras de squash, arquibancadas, lanchonete, vestiários e o bloco administrativo, no pavimento superior fica o salão de eventos, área de apoio técnico e terraço.
68
Figura 87 - Pavimento Subsolo
Fonte: ARCHDAILY 2018 (modificado pelo autor)
Figura 88 - Primeiro Pavimento
Fonte: ARCHDAILY 2018 (modificado pelo autor)
69
Figura 89 - Pavimento Superior
Fonte: ARCHDAILY 2018 (modificado pelo autor)
Quanto as fachadas conforme a figura 90, podemos perceber a estratégia de deixar uma forma harmoniosa, gerando uma volumetria impactante, mais ao mesmo tempo respeitosa. E nos cortes conforme figura 91 podemos ver o detalhe da estrutura e como foi feito sua inserção no terreno conforme a topografia.
Figura 90 - Fachadas
Elevação Lateral
70
Elevação Frontal
Figura 91 - Cortes
Corte Longitudinal
Corte Transversal
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/906095/pavilhao-de-esportes-e-eventos-horizontesarquitetura-e-urbanismo
71
Tabela 7 - Análise SWOT
Aspectos Positivos
Aspectos Negativos
Iluminação natural, que distribui por Escolha da Laje que não vence todo interior. grandes vãos, fez a utilização de Ventilação Cruzada. muitos pilares para suportar a carga. Arquibancadas com acessibilidade. Os pórticos utilizados funcionam como indicação dos acessos. Aspectos Ameaças
Aspectos Oportunidades
Devido ser um dos principais clube do Brasil onde já foi utilizado pela equipe britânica de remo nas Olimpíadas do Rio 2016, necessita de uma reforma nas outras áreas externas do clube.
Podem ampliar mais o clube para compor mais atividades físicas.
Fonte: Elaborado pelo autor 2021
3.6
CENTRO PARAOLÍMPICO BRASILEIRO
3.6.1 Ficha Técnica •
Arquitetos: L+M
•
Área: 67040 m²
•
Ano: 2016
•
Cidade: São Paulo
•
Projeto De Estrutura De Concreto: JKMF Engenheiros Associados
3.6.2 Localização
O centro de esporte Paralímpico Brasileiro conforme a figura 92, está localizado em são Paulo, possui acesso através da Rodovia dos Imigrantes e sua face leste está voltada para uma densa área verde do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, uma das maiores reservas da Mata Atlântica urbana de São Paulo.
72
Figura 92 - Localização
Fonte: Google Maps 2021 (modificada pelo autor)
3.6.3 Projeto
O projeto foi feito para ser o principal legado de estrutura dos jogos Rio 2016 para o esporte paralímpico, o complexo possui 60.529,33 m² de construção em 2 Blocos (Centro de Treinamento e Residencial Paraolímpico), além da recuperação do curso da nascente do Rio Ipiranga, em área de proteção permanente, o projeto implementara
15
modalidades
paraolímpicas,
atendendo
aos
requisitos
e
recomendações das Federações Internacionais Paraolímpicas e aos Comitês Paraolímpicos Nacionais, (ARCHDAILY 2016).
3.6.4 Conceito
O Centro de esporte segue o conceito de países potência no esporte adaptado, como Ucrânia, China e Coreia do Sul, traz uma arquitetura orgânica destacando elementos perfurados em sua fachada, através das lonas extensíveis apresenta curvas e formas variadas que buscam o conforto ambiental, (FATOR BRASIL 2014).
73
3.6.5 Partido Arquitetônico
Materiais Na fachada oeste voltada para a rodovia dos Imigrantes conforme a figura 93, foram instaladas lonas extensíveis perfuradas com formato orgânico no tom vermelho. Figura 93 - Centro Paralímpico Brasileiro
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/798670/centro-paraolimpico-brasileiro-l-plus-m
No acesso principal onde fica o bloco helicoidal conforme a figura 94, o material empregado foi em concreto pré-fabricado e estrutura metálica também foi utilizado paredes de vidro para iluminação natural e fez-se o uso do jardim vertical nas paredes para o obter conforto térmico, na figura 95 podemos ver uma estrutura tensionada em metal no tom vermelho e laje de concreto nervurada aparente.
Figura 94 - Entrada Principal
Figura 95 - Estrutura Tensionada
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/798670/centro-paraolimpico-brasileiro-l-plus-m
74
Na area das quadras a estrutura metalica foi prevista ventilação permanente cruzada e iluminação natural através de sheds na cobertura e venezianas translúcidas, conforme a figura 96 e 97
Figura 96 – Quadra
Figura 97 - Quadra
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/798670/centro-paraolimpico-brasileiro-l-plus-m
O centro conforme a figura 98, conta com uma pista de atletismo feito em estrutura metálica e arquibancada em concreto e traz como elemento o tom vermelho para integrar com os outros setores. Figura 98 - Centro Treinamento
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/798670/centro-paraolimpico-brasileiro-l-plus-m
Sobre a cobertura conforme a figura 99 foi utilizado o teto verde e placas fotovoltaicas para se obter o conforto térmico.
75
Figura 99 - Centro Paralímpico
Fonte: https://vejasp.abril.com.br/cidades/centro-paralimpico-recebe-competicao-internacional-comentrada-gratuita/
3.6.6 Programa Arquitetônico
No primeiro pavimento conforme a figura 100, está localizado as quadras de vôlei, rugby, basquete e uma quadra poliesportiva, arquibancada, temos o estacionamento, recepção, vestiários e sanitários feminino e masculino, no segundo pavimento conforme a figura 101, temos área técnica piscina, espaço para tênis de mesa, bocha adaptado, goalball, esgrima, quadra futebol de 5 e arquibancada. Conforme a figura 102, no terceiro pavimento temos as piscinas olímpica e semiolímpica, área administrativa, quadra de tênis e uma praça, no quarto pavimento conforme a figura 103, se encontra o setor administrativo da presidência, com salas de marketing, comunicação, recursos humanos, aquisições e contratos, tecnologia da informação, salas de reuniões, academia musculação e ginastica e centro de pesquisa e medicamentos, campo futebol de 7, salas de convívio, e uma escola técnica. Já quinto pavimento onde fica a cobertura conforme a figura 104, temos uma praça de eventos, uma pista de atletismo com arquibancada vestiários e sanitários.
76
Figura 100 - 1ª Pavimento
Legenda
Acesso ao Publico Acesso Privado
Fonte: ARCHDAILY 2016 (modificado pelo autor)
Figura 101 - 2ª Pavimento
Legenda
Fonte: ARCHDAILY 2016 (modificado pelo autor)
77
Figura 102 - 3ª Pavimento
Acesso ao Publico
Fonte: ARCHDAILY 2016 (modificado pelo autor)
Figura 103 - 4ª Pavimento
Legenda
Fonte: ARCHDAILY 2016 (modificado pelo autor)
78
Figura 104 - 5ª Pavimento
Legenda
Fonte: ARCHDAILY 2016 (modificado pelo autor)
3.6.7 Volume
O centro paralímpico brasileiro ele foi pensado em um equilíbrio de linhas retas e orgânicas e traz elementos que proporcionam não só a estética mais sim uma funcionalidade para o centro esportivo.
3.6.8 Legislação
O projeto foi todo adaptado para pessoas com necessidades especiais seguindo a NBR9050 que estabelece parâmetros e critérios a serem observados na hora da construção do projeto sobre as condições de acessibilidade.
79
3.6.9 Cortes
Conforme as figuras 105 e 106 temos o corte, onde podemos ver em relação a sua topografia que foi pensado para vencer um desnível de 20 metros onde todos fossem interligados através de rampas escadas e elevadores e também no corte conseguimos ver os sheds na cobertura para um melhor conforto dos usuários.
Figura 105 - Corte AA
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/798670/centro-paraolimpico-brasileiro-l-plus-m
Figura 106 - Corte BB
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/798670/centro-paraolimpico-brasileiro-l-plus-m
80
Tabela 8 - Análise SWOT
Aspectos Positivos
Aspectos Negativos
Iluminação e ventilação natural pensado para proporcionar um maior conforto. Cobertura e parede verde para reduzir o consumo de ar condicionado. Elemento na fachada serve como isolamento acústico. Uso dos sheds na cobertura das quadras para se ter ventilação cruzada. Conceito de acessibilidade empregado em todos os ambientes.
Usou uma grande verba que poderia ser evitada, para a construção do centro, que durou 4 anos para ser concluído.
Aspectos Ameaças
Aspectos Oportunidades
Locais do setor administrativo falta ventilação natural.
Oferece uma estrutura que comporte e faça ganhar reconhecimento para o país e no mundo, onde já é apontado como um dos quatros melhores locais de treinamento no planeta.
Fonte: Elaborado pelo autor 2021
81
CAPÍTULO 4 – LOCAL DA INTERVENÇÃO
82
4
4.1
LOCAL
HISTÓRICO
O Terreno escolhido está localizado em São Paulo, na Cidade de Mogi das Cruzes no distrito de Jundiapeba, de acordo com a prefeitura de Mogi das cruzes a cidade está no coração do alto tietê, onde apresenta uma população superior a 400 mil habitantes, e é uma cidade histórica, onde teve em seu território o bandeirante Braz Cubas em 1560, que rapidamente foi utilizada por outros bandeirantes e se tornando um povoado, e elevado a vila no dia primeiro de setembro de 1611, e a partir daí com a estrada que ligava a São Paulo construída pelo Gaspar Vaz, passou a transportar uma quantidade crescente de pessoas, riquezas e suprimentos, fazendo a vila crescer e se tornar uma cidade. O Distrito de Jundiapeba local escolhido para a proposta, segundo o site globo.com, teve seu nome por conta dos rios Jundiai e Taiaçupeba que corta a região, o que era um pequeno bairro com o crescimento virou um dos distritos da cidade de Mogi das Cruzes, conta com a estação de trem que exato 100 anos atrás foi criada a princípio com o nome Santo Ângelo primeiro do trecho São Paulo a Mogi das Cruzes, e foi rebatizado na década de 40 com o nome Estação Jundiapeba. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o censo de 2010 mostrava uma população total do distrito de 49 186 habitantes, e a população urbana era de 47 367 habitantes e atualmente com mais de 80 mil habitantes, sua área territorial é de 50,940km². O distrito vem sofrendo uma urbanização demográfica em razão ao surgimento de condomínios do programa minha casa minha vida (CDHU), além de outros condomínios particulares como o Real Park e com a presença de um ponto turístico de luxo que pode valorizar ainda mais a área, o complexo hoteleiro Club Med Lake Paradise, que ocupa uma área de 1.200 m² e possui campo de Golfe, quadras de tênis, quadra poliesportiva, campo de futebol e outras formas de divertimento, que por sinal foi escolhido pela seleção de futebol masculina da Bélgica como sede de treinamentos e preparação para a copa de 2014.
83
O desenvolvimento do distrito acaba atraindo mais comércios, os preços dos imóveis aumentam o que traz a valorização para o distrito no âmbito de crescimento.
4.2
LEGISLAÇÃO DE ORDENAMENTO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Para ser feito a consulta dos parâmetros estipulados pelo governo e gestão de cada município foi consultado a legislação de Uso e Ocupação do Solo (LOUS), conforme a figura 107, podemos ver em qual categoria o terreno está demarcado, deste modo temos base no controle dos empreendimentos e atividades que podem ser realizadas. Figura 107 - Prancha de zoneamento 15 Jundiapeba
Fonte: https://www.mogidascruzes.sp.gov.br/public/site/doc/201701091436555873a007cf25a.pdf, modificado pelo autor
De acordo com a lei de Ordenamento do uso e ocupação do solo o terreno se encontra em uma ZDU 2 - Zonas De Dinamização Urbana 2, que permite um uso misto de residências, comércios e serviços, com a atividade de transformação de baixo risco ambiental em vias locais e médio risco ambiental em vias coletoras e arteriais. Sobre os Parâmetros técnicos e permissão de uso, segundo o zoneamento municipal conforme a figura 108, o terreno se encontra de esquina de certo a taxa de ocupação máxima é de 50%, com coeficiente de aproveitamento básico 1 e coeficiente de aproveitamento máximo 1,5 a taxa de permeabilidade mínima é 20%, o recuo frontal mínimo de 5 metros com recuos laterais de 2 metros e recuo dos fundos de 2 metros.
84
Figura 108 - Parâmetros Técnicos e Permissão de Uso
Fonte: https://www.mogidascruzes.sp.gov.br/public/site/doc/201901171411235c40a92b01e4d.pdf, modificado pelo autor
O terreno possui uma área de 9 348,83 m², e seguindo os parâmetros estabelecidos na figura 108, a taxa de ocupação é de 4 674,21 m² em relação a projeção horizontal e a taxa de permeabilidade mínima seria de 1 869,76m².
4.3
TERRENO
O terreno da implantação do projeto localiza-se no Distrito de Jundiapeba, cidade de Mogi das Cruzes com frente para a R. Benedita Pereira Franco medindo 100,92m, do lado esquerdo de quem da rua olha para o terreno 69,87m com curva de 4,77m para a R. Augusto Regueiro, do lado direito de quem da rua olha para o terreno mede 99,88m, com curva de 4,73m para a R. José Pereira e no fundo de quem da frente olha para o terreno 52,42m, seguido com um ângulo de 90º medindo 29,94m, e mais um ângulo de 90º de 53,79m, com curva de 4,69m para a R. Tenente Manuel Alves dos Anjos, perfazendo uma área total de 9 348,83 m², através da figura 109 é possível observar a localização.
85
Figura 109 - Visualização do terreno em satélite com demarcações
A= 9348,83m²
Fonte: https://www.google.com/maps/place/Jundiapeba,+Mogi+das+Cruzes
Legenda
Conforme as figuras 110 e 111, podemos perceber que o terreno apresenta vegetação alta e até mesmo os moradores da região utilizam para descarte irregular de lixo.
86
Figura 110 – Vegetação
Figura 111 - Descarte Lixo
Fonte: Autoria própria 2021
Na circulação a rua é de paralepipedo conforme a figura 112, onde a testada frontal conta com calçada e um muro na ponta esquerda conforme a figura 113, mas sua maior parte se encontra aberto facilitando o acesso para o descarte irregular, e neste testada frontal é que temos a maior parte do ruído sonoro devido ao Cempre estar localizado na frente mais nada que chegue atrapalhar, pois devido a distância fica impercepitivel ao ouvido humano.
Figura 112 – Rua
Figura 113 - Perspectiva Testada Frontal
Fonte: Autoria própria 2021
Na figura 114, temos a perspectiva da testada lateral Direita e dos fundos, onde temos uma cerca para ambos os lados e também na lateral temos a presença de 4
87
postes em sua esquina temos uma boca de lobo para escoamento da água da chuva, que devido ao lixo ali proximo pode ocasionar em um alagamento.
Figura 114 - Testada Lateral e Fundo
Fonte: https://www.google.com/maps/@-23.5505216,46.262885,3a,75y,168.62h,86.83t/data=!3m6!1e1!3m4!1suUDl65Iah6RSjIjRTBXdSg!2e0!7i16384!8i81 92?hl=pt-BR
Já na testada lateral esquerda temos um muro e um portão, com a presença de uma boca de lobo na esquina e sobre o entorno do terreno ele fica rodeado por residencias, que predominam em maior parte no local, conforme a figura 115.
Figura 115 - Perspectiva testada lateral esquerda
Fonte: https://www.google.com/maps/@-23.5517608,46.2620513,3a,75y,324.52h,78.64t/data=!3m6!1e1!3m4!1suuOlgD9GksRAqE89MibAEQ!2e0!7i16384! 8i8192?hl=pt-BR
88
4.3.1 Entorno
Foi feito uma análise urbana do entorno do terreno, abrangendo um raio de estudo de 576m, e para um estudo mais detalhado foi utilizado também o distrito inteiro, onde foi estudado e explorado os impactos diretos e indiretos tanto positivos como negativos, para a proposta do centro esportivo comunitário.
4.3.2 Topografia
O distrito de Jundiapeba se encontra em uma variação de 739 a 742 metros em relação ao nível do mar é um local plano possuindo poucas curvas de nível conforme a figura 116, podemos perceber que a hipsometria fica praticamente em um mesmo tom tendo poucas variações onde o terreno escolhido está no nível 740 e se encontra totalmente plano o que pode ser viável em relação ao custo para projetar mais ao mesmo tempo se pensar na parte da drenagem, onde Jundiapeba ainda conta com pontos de alagamentos. Figura 116 - Mapa Topográfico
Fonte: Topographic Map 2021, modificado pelo autor Legenda Terreno Linha 11 CPTM
Av. Presidente Altino Arantes
89
4.4
SISTEMA VIÁRIO
O sistema viario de Jundiapeba conforme a figura 117, conta com vias arteriais vias coletoras e vias locais, de mão dupla (mão e contra mão), onde as ruas elas apresentam asfalto em alguns locais, paralelepido e algumas carece de infraesturutra sendo de terra, temos a presença de muitos buracos e falta de faixa para os ciclistas, e varias ruas contam com a iluminação queimada que passa a sencação de insegurança para o usuario que está no local em determinado horario da noite.
Figura 117 - Sistema Viário
Fonte: Mapstyle 2021, modificado pelo autor Legenda Via Arterial
Linha 11 CPTM
Via Coletora
Terreno
Via Local Legenda
Rio Tietê
90
4.5
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
No mapa de uso e ocupação do solo conforme a figura 118, no raio estudado de 576 metros temos a maior predominância o uso residencial, apresentando pouco uso institucional, comercial e misto para a proposta do projeto já seria um ponto positivo pois abrangeria mais o público alvo ali presente e com foco na inclusão social fazendo a conexão dos moradores ali presentes e de outros locais.
Figura 118 - Uso e Ocupação do Solo
Fonte: Google Maps 2021, modificado pelo autor Legenda Residencial
Misto
Rua José Pereira
Institucional
Terreno
Limite raio 576m
Comercial
R. Benedita Pereira Franco
91
4.6
GABARITO DE ALTURA
Referente ao gabarito de altura estudado no raio de 576 metros conforme a figura 119, temos construções com 1, 2 e 5 pavimentos onde em sua maioria o que predomina é o térreo e logo em seguida pelos edifícios CDHU, para o terreno do estudo é um ótimo ponto positivo pois dá para trabalhar a insolação solar em todas as testadas.
Figura 119 - Gabarito de Altura
Fonte: Google Maps 2021, modificado pelo autor Legenda 1 pavimento
Terreno
2 pavimentos
R. Benedita Pereira Franco
5 pavimentos
Rua José Pereira
Limite raio 576m
92
4.7
CHEIOS E VAZIOS
No mapa de cheios e vazios conforme a figura 120, podemos ver que existem muitos espaços vazios em sua maioria são terrenos que podem ser utilizados para oferecer mais infraestrutura para os moradores como moradia, cultura, educação e lazer. Figura 120 - Cheios e Vazio
Fonte: Google Maps 2021, modificado pelo autor Legenda Vazio
Terreno
Cheios
R. Benedita Pereira Franco
Arvores
Rua José Pereira
Limite raio 576m
93
4.8
EQUIPAMENTOS URBANOS E SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO
No levantamento dos equipamentos urbanos e sistema de transportes público conforme a figura 121, podemos ver que Jundiapeba carece de equipamentos urbanos, onde a maioria está voltada para educação e habitação e os de lazer e cultura fica mais para o centro da cidade. Já o transporte público temos as rotas e os pontos de ônibus marcados no mapa que são servidos pelos ônibus municipais e intermunicipais, facilitando o deslocamento também através da linha 11 da CPTM, onde foi representado no mapa a distância da estação até o local da proposta que daria 1,2km sendo um ponto positivo para o deslocamento de usuários de outros bairros próximos, e também conta com dois pontos de ônibus na outra quadra próximo ao terreno. Figura 121 - Equipamentos Urbanos e Sistema de Transporte
Fonte: Google Earth 2021, elaborado pelo autor Legenda Praça
Educacional
Saúde
Rota Ônibus
Parque
Esporte
Distrito Policial
Linha 11 CPTM
Terreno
Serviço
Habitação Interesse Social
Distância até o local da proposta 1,2km
94
4.9
ESTUDO SOLAR
Conforme a figura 122, foi feito a análise do estudo solar onde a testada frontal vai receber o sol da manhã em todas as estações do ano, na testada lateral direita que ficou voltada para o sul no verão vai receber sol apenas das 9:00 horas da manhã até meio dia agora durante o outono primavera e Inverno vai ter a maior incidência solar recebendo desde o nascer até o poente, já na testada do fundo ele vai receber o sol da tarde em todas as estações e na testada lateral esquerda a incidência solar vai ser pouca onde irá ter apenas no verão outono e primavera. O vento predominante no terreno vem do sudeste onde a testada frontal vai receber o que pode ser pensado na ventilação cruzada para o conforto térmico.
Figura 122 - Estudo Solar
Fonte: Google Maps 2021, modificado pelo autor
Legenda Solstício de verão Equinócio de outono e primavera Solstício de Inverno
Terreno Vento predominante
95
CAPÍTULO 5 – ESQUEMAS ESTRUTURANTES
96
5
PERFIL DO USUÁRIO E PÚBLICO ALVO
O centro esportivo comunitário vai atender crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos que de acordo com o gráfico 01, temos uma comparação de frequência por usuário de acordo com sua faixa etária.
Gráfico 01 – Gráfico de Uso
Fonte: Elaborado pelo Autor, abril 2021
5.1.1 Crianças As crianças que frequentaram o centro esportivo estão entre 10 e 12 anos de idade, numa margem estimada de 45% de uso uma vez que ao redor do terreno temos creches, residências e programas do governo como o CDHU. 5.1.2 Adolescentes Os adolescentes que frequentaram o centro estão numa margem estimada de uso em 75% onde a idade seria dos 13 aos 17 tal público viria das escolas do ensino fundamental e médio bem como das residências verticais e horizontais. 5.1.3 Jovens Jovens entre 18 e 24 anos de idades estariam numa margem estipulada de uso em 85% comparado aos demais seria uma margem maior uma vez que o centro vai buscar atrair jovens que estão em situação de rua, para poder fazer a inclusão social dos mesmos e assim garantir oportunidades de crescimento tanto pessoal como profissional, e também vai buscar os jovens que moram ao redor e dar continuação
97
para o público de adolescentes que entrarem para a maior idade no Brasil, e nesta mesma classificação entrariam os funcionários do centro. 5.1.4 Adultos Considerando adultos os jovens que passarem dos 24 anos, onde seria uma continuação dos usuários frequentes e moradores da região, onde estariam numa margem de uso de 65%, também entraria nesta classificação os funcionários do setor esportivo, onde a porcentagem estipulada seria justamente pela fase que chega na vida, oportuna para buscar crescimento profissional seja para trabalhar no centro, ou em outros lugares. 5.1.5 Idosos Seria os usuários dos 60 anos para cima onde buscam se manterem ativos tanto para questão de saúde como de lazer onde estariam em uma margem estimada de 40%, público este que viriam das residências ao redor do terreno.
98
5.2
AGENCIAMENTO Tabela 9 - Agenciamento
ADMINISTRAÇÃO Recepção Direção Almoxarifado Sala Administrativa Sala reunião
CONVIVENCIA Lanchonetes
ESPORTE Quadra Poliesportiva Ginásio Poliesportivo Praça de alimentação Sala de Força e resistência Sala de ginastica Salão de Eventos Sala Lutas Voltado para Piscina Semi-olímpica arrecadação Piscina Aprendizagem solidária Enfermaria
SERVIÇO Copa/ Refeitório DML Deposito Vestiário Masculino com previsão PNE Vestiário Feminino com previsão PNE Sanitário masculino Sanitário Feminino PNE Estacionamento
NOTA: O setor de serviço será incrementado nos demais setores conforme a necessidade.
Fonte: Elaborado pelo autor, abril 2021
5.3
ORGANOGRAMA Figura 123 - Organograma
Fonte: Elaborado pelo autor, abril 2021
TECNICO Manutenção Deposito lixo Medidores Casa de máquinas
99
5.4
FLUXOGRAMA Figura 124 - Fluxograma
Fonte: Elaborado pelo autor, abril 2021
100
5.5
PROGRAMA DE NECESSIDADES Tabela 10 - Programa de Necessidade
SETOR
ÁREA CONDICIONANTE MÍNIMA AMBIENTAL Total
ADMINISTRAÇÃO
POPULAÇÃO ATIVIDADE ATENDIDA
MOBILIÁRIO
recepção
Atendimento aos usuários e público externos
4
cadeiras, bancos, mural de informes e balcão de atendimento
Área mínima 10m² Pé direito 3,00m Iluminação natural 1/5 Ventilação natural 1/10
15m²
Direção
Planejar atividades, organiza as funções dos setores
2
mesa, cadeira, poltrona, armário para escritório, arquivador.
Pé direito 3,00m Iluminação natural 1/5 Ventilação 1/10
12m²
Almoxarifado
Arquivar e controlar as mercadorias, estocagem e armazenar
1
Estantes, arquivos e terminal de consulta
Área mínima 7m² Pé direito 3,00m iluminação natural 1/5 Ventilação natural 1/10
20m²
2
mesas, cadeiras, armário e arquivo
Área mínima 6m² Pé direito 3,00m Iluminação natural 1/5 Ventilação 1/10
8m²
20
mesa, cadeira, armários e poltrona
Área mínima 20m² Pé direito 3,00m Iluminação natural 1/5 Ventilação 1/10
30m²
AMBIENTE
Sala Administrativa
Sala reunião
Administração
Espaço para fazer reuniões
101
Lanchonetes
CONVIVENCIA
Praça de alimentação
Servir e preparar
Consumir alimentos
25 pessoas por lanchonete
200
balcão estufa, Pé direito 4m carrinho para Iluminação natural pegar bandeja, 1/5 ou artificial prateleiras entre Ventilação 1/2 outros mesas e cadeiras
50m²
Iluminação natural ou artificial Ventilação 1/10
1,2m² por pessoa
ESPORTE
Salão de Eventos Voltado para arrecadação solidária
Espaço para realizar eventos e receber doações
100
mesas e cadeiras
Iluminação natural ou artificial Ventilação 1/10
1,2m² por pessoa
Quadra Poliesportiva
destinadas a prática esportiva
A depender do esporte praticado
Rede, trave e cesta
dimensão 16mx27m
432,0m²
Pé direito 5,5m dimensão 16mx27m não incluso arquibancada e circulação
432,0m²
Pé direito mínimo 3,00
150m²
Ginásio Poliesportivo
destinadas a prática esportiva
100
Rede, trave, cesta e arquibancada
Sala de Força e resistência
Exercícios físicos com auxílio de equipamentos
35
aparelhos de academia
102
Sala de ginastica
Sala Lutas
ESPORTE
Piscina Semiolímpica
Exercícios aeróbicos para ganho de resistência
30
aparelhos de ginasticas
Pé direito mínimo 3,00
50m²
Prática de esporte com contato físico
25
luvas, aparadores, tatame, sacos de pancadas entre outros
Pé direito mínimo 3,00
50m²
Praticar natação
A depender da finalidade do usuário treino ou lazer
Raias de separação
dimensão 25mx20m profundidade 2m 10 raias
500m²
15
Prainha
Dimensão 6mx15m profundidade 1,5m
90m²
1
mesa, cadeira, maca,
Área mínima 10m² Pé direito mínimo 3,00
15m²
Piscina Aprendizagem Aprendizagem na natação
Enfermaria
Primeiros socorros
103
SERVIÇO
Copa/ Refeitório
Local para realizar refeições rápidas
DML
Armazenar produtos de limpeza
Deposito
Guardar Matérias
5
Área mínima 6m² mesa e Pé direito 3,00m cadeira/banqueta Iluminação natural 1/5 Ventilação 1/10
20m²
1
Armários e Prateleiras
Área mínima 4,00m² Pé direito 2,70m Iluminação natural 1/5 Ventilação 1/10
4m²
1
Armários e Prateleiras
Pé direito 3,00m Iluminação natural 1/5 Ventilação 1/10
8m²
Necessidades Vestiário Prever de Fisiológicas, Masculino com acordo com os banho e troca previsão PNE setores roupa Necessidades Vestiário Prever de Fisiológicas Feminino com acordo com os banho e troca previsão PNE setores roupa
Armários
1 Pé direito 3,00m chuveiro Iluminação natural para cada 1/8 40 banhista
Armários box chuveiro
2 Pé direito 3,00m chuveiros Iluminação natural para cada 1/8 5% peças 40 sanitárias acessíveis banhista
104
Sanitário masculino
Necessidades Fisiológicas
Prever de acordo com os setores
peças sanitárias e gabinete para cubas
prever 1 Pé direito 3,00m bacia e 1 Iluminação natural vaso 1/8 e 5% peças sanitário sanitárias para cada acessíveis 60 usuários
SERVIÇO
Sanitário Feminino
Necessidades Fisiológicas
Prever de acordo com os setores
peças sanitárias e gabinete para cubas
prever 1 bacia e 1 Pé direito 3,00m vaso Iluminação natural sanitário 1/8 para cada 40 usuários
PNE
Necessidades Fisiológicas
Prever de acordo com os setores
peças sanitárias e gabinete para cubas
Pé direito 3,00m Iluminação natural 1/8
3m²
Estacionamento
Abrigar os automóveis
________
__________
1 vaga a cada 80m² de área construída
________
105
TECNICO
Manutenção
Reparo centro esportivo
2
bancada, cadeira, armário e prateleira
Pé direito 3,00m Iluminação natural 1/5
20m²
Deposito lixo
Armazenagem dos resíduos
________
________
________
6m²
________
________
________
________
1
motor, bomba, aquecedor, filtro
________
4m²
Medidores Casa de máquinas
Elétrica e água Onde fica os motores
Fonte: Elaborado pelo autor, abril 2021
106
CAPÍTULO 6 – PROPOSTA PROJETUAL
107
6
CONCEITO
O centro esportivo comunitário irá buscar o conforto para passar para os usuários a sensação de acolhimento, satisfação e melhorando a relação do indivíduo com o espaço, desta forma incentivando para que seja utilizado cada vez mais, e proporcionando uma inclusão social de igualdade para todos. A integração irá fazer com que os ambientes se conectem e proporcione a socialização para os usuários, passando a sensação de amplitude e leveza, bem como uma arquitetura clean que preze formas simples e sutis para sua concepção. Arquitetura do abraço será primordial na concepção da forma e espaço do centro esportivo, que irá contribuir diretamente com a necessidade de ajudar as pessoas a se reconectarem e assemelhar o espaço como um lar onde devem preservar e cuidar para os próximos.
6.1
PARTIDO ARQUITETONICO
Como partido arquitetônico seguindo a linha do conceito proposto e baseado nos estudos de caso será abordado a forma simples e integração do centro esportivo Dom Pedro III onde traz material simples como concreto e madeira deixando uma arquitetura leve e clean conforme a figura 125, podemos ver como foi feita a integração dos blocos e ao mesmo tempo a escolha dos materiais para a composição sutil no resultado final. Figura 125 - Fachada Dom Pedro III
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/953669/complexo-clubes-dom-pedro-fgmf-arquitetos
108
Para o conforto será utilizado materiais que trazem essa sensação como pisos vinílicos, porcelanatos nos tons neutros, que tenham uma resistência boa como por exemplos os granitos entre outros, e para diminuir a reverberação do som será utilizado na praça de alimentação os painéis acústicos conforme a figura 126, que quando fixados no teto, absorvem o excesso de ruído. A ventilação irá ser inspirada no estudo de caso do Centro Paralímpico onde se utiliza a cobertura em sheds para se obter a ventilação cruzada e proporcionar o conforto térmico conforme a figura 127.
Figura 126 - Shopping Serra do Sul
Fonte: Galeria da Arquitetura, 2021
Figura 127 - Cobertura em Shed
Fonte: Viva Decora Pro, 2018
Ainda para a questão do conforto inspirado no Centro Paralímpico será utilizado as placas solares fotovoltaicas na cobertura para poder fazer o aquecimento da piscina conforme a figura 128. Figura 128 - Centro Paralímpico
Fonte: ARCHDAILY 2016 (modificado pelo autor)
109
Para os espaços externos será proposto também a vegetação arbórea nativa no estacionamento para proporcionar sombra e conforto térmico modelo inspirado no estudo de caso Centro Esportivo Wifaq que busca essa integração com o verde entre os espaços, conforme a figura 129. Figura 129 - Estacionamento
Fonte: https://pt.dreamstime.com/imagens-de-stock-royalty-free-lugar-de-estacionamento-sob%C3%A1rvores-planas-image7654029
O centro esportivo também irá utilizar dos elementos para contribuir na fachada, de forma que estes elementos não tenham utilidades só estéticas mais também funcionalidade conforme a figura 130, serão utilizados brises de madeira. Figura 130 - Casa Salto
Fonte: ARCHDAILY 2014
110
Para se obter uma iluminação natural será utilizado o vidro conforme a figura 131, nas fachadas a fim de contribuir para a saúde e deixar os ambientes claros, trazendo conforto para os olhos. Figura 131 - Iluminação Natural
Fonte: https://sustentavel.com.br/iluminacao-natural/
O revestimento que estará bastante presente no centro será o cimento queimado conforme a figura 132, para deixar os ambientes moderno, e pela técnica simples de aplicação, sobre as cores presentes no centro será nos tons neutros.
Figura 132 - Cimento Queimado
Fonte: https://locadoraequiloc.com.br/blog/cimento-queimado/
111
6.2
PARTIDO URBANÍSTICO
Como partido urbanístico seria proposto uma ciclofaixa, que sairia da estação de trem de Jundiapeba até o terreno, onde passaria pela Avenida Presidente Altino Arantes, até chegar na rua José pereira e de lá se estenderia até o local da proposta do centro esportivo conforme a figura 133, e para garantir proteção aos ciclista iria ser implementado um canteiro para fazer a separação da via e possibilitando uma maior segurança, conforme a figura 134. Figura 133 - Local para inserção
Figura 134 - Ciclofaixa
Estação Jundiapeba
Ciclofaixa Canteiro
Terreno Linha 11 CPTM
Fonte: Google Maps modificado pelo autor, 2021
Fonte: elaborado pelo autor, 2020
Seria utilizado também ao redor do terreno para resolver questões de alagamentos calçadas com piso drenante conforme a figura 136 e equipadas com bueiros inteligentes conforme a figura 135. Figura 135 – Bueiro Inteligente
Figura 136 – Piso Drenante
Fonte:http://iracydematos.com.br/noticias/?post=pr Fonte:http://www.padraoengenharialtda.co ojeto-dos-bueiros-inteligentes-tambem-em.br/cherry-services/pisos-drenantes/ arquivado-na-camara
112
Em relação aos alagamentos também será proposto os jardins de chuva conforme a figura 137 para reter a água e as Water Squares (Praças inundáveis), para funcionar como reservatório de água por alguns minutos durante a chuva e no restante como campo de esporte conforme a figura 138. Figura 137 - Jardins de Chuva
Figura 138 - Praça Inundável
Fonte:https://viveroverde.com/cidades/jard ins-de-chuva
Fonte:https://npa207.wordpress.com/2015/12/08/arq uitetura-e-a-nova-relacao-com-a-agua/
Nas calçadas também serão inseridos eco poste, conforme a figura 139, que transforma a energia solar em energia elétrica, não polui e reduz a emissão de carbono, onde exige pouquíssimas manutenções e não necessita de rede elétrica o que não ficaria aquele monte de fios poluindo a paisagem.
Figura 139 - Eco Poste
Fonte: https://www.neosolar.com.br/loja/poste-solar-fotovoltaico-led-120w-10-metros.html
113
7
ESTUDO DE MASSA / VOLUMETRIA Figura 140 - Perspectiva
Fonte: Elaborado pelo Autor
114 Figura 141 - Fachadas
Fonte: Elaborado pelo Autor
115
IMPLANTAÇÃO Figura 142 - Implantação
2817m²
Acesso Veículos
8
Acesso Veículos
Acesso Pedestre
Fonte: Elaborado pelo Autor
116
9
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposta do centro esportivo no distrito de Jundiapeba, busca trazer mais equipamentos urbanos para bairro promovendo uma inclusão social e integração dos usuários, onde o esporte em sim ele proporciona esses momentos além de contribuir para uma qualidade de vida melhor. E através dos estudos de caso, da legislação pertinente, da compreensão da origem e história do tema, bem como análise detalhada do entorno do local, esquemas estruturantes e a proposta projetual, ele reforça ainda mais a necessidade de se implantar o equipamento urbano, o que vai gerar uma mudança para o bairro e dos usuários com questões de valores, educação e condições de igualdade. Ao incentivar as práticas esportivas no bairro, se fomenta o desenvolvimento humano, e resgata um ponto de se recuperar a comunidade a se importar com a preservação do equipamento.
117
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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