ESCAPE - Microarquitetura Mutualistas

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Microarquiteturas mutualistas de lazer e descanso

ES CA P E TCC , 2020. 2

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Catálogo com propostas





Trabalho de Conclusão de Curso - 2020. 2

Rafael dos Santos Moura Matricula 0031856 Tipografia Brixsan Trabalho Final de Graduação apresentado a faculdade de Arquiteura e Urbanismo do Instituto Federal de Minas Gerais campus Santa Luzia sob Orientação da Prof. Simone Cortezão para a o obtenção do título de Arquiteto e Urbanista. Belo Horizonte, 2021.


sumário


08 10 16 22 26 76 78

Microarquiteturas mutualistas de lazer e descanso

INTRODUÇÃO A CIDADE A ROTINA DA VIDA URBANA ARQUITETURA PARASITA OU MUTUALISTA BARRO PRETO E CENTRO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

catálogo 36 42 48 54 60 66 72

Microarquiteturas mutualistas de lazer e descanso ESCAPE 01 ESCAPE 02 ESCAPE 03 ESCAPE 04 ESCAPE 05 ESCAPE 06 ESCAPE 07


TCC 2020.2

Int duç

1. Introdução

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CATÁLOGO

Microarquiteturas Mutualistas de lazer e descanso

Microarquiteturas Mutualistas de lazer e descanso

A motivação para essa pesquisa surgiu a partir das experiências vivenciadas nas cidades, observações e questionamentos internos sobre mim, sobre a sociedade e do que é oferecido como espaço que qualifique a permanência urbana. Com o aumento da urbanização, o fluxo de pessoas nas grandes cidades só aumentou. Desde 2010, pela primeira vez, mais da metade da população mundial passou a viver em cidades. Em 2014, o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) já apontava 54% de população urbana no mundo. Atualmente, de acordo com um centro de estudos urbanos dos Estados Unidos, o Demographia¹,

56% de pessoas já vivem em cidades e, em 2050, estima-se que esse número representará 2/3 da população mundial viverá em cidades. Com esse desenvolvimento urbano e o aumento populacional, as grandes cidades ficaram conhecidas como um cenário fértil para as oportunidades de trabalho e estudos. No entanto, esse ambiente também pode se tornar muito estressante com o passar dos dias. As extensas jornadas de trabalho, os longos deslocamentos, falta de tempo, a rotina e o barulho são exemplos de atividades que a maioria dos frequentadores dos centros urbanos vivenciam. Em excesso e repetidamente, essas atividades podem deixar-nos esgotados e, com


ro ção ESCAPE

o passar do tempo, o ritmo puxado se reflete em estresse e cansaço (físico e psicológico). Podemos,então, fazer uma associação com a nossa vida, com o nosso dia-a-dia e identificar a necessidade de praticar atividades para alívio das pressões inerentes a qualquer ser humano. Realizar atividades que nos proporcionem alívio e prazer, além de reservar um tempo para si, ajuda a amenizar frequentes situações de pressão, trazendo a sensação de relaxamento mental e físico. Pensando em todo esse contexto, este trabalho sugere microarquiteturas que sejam a interface entre o ser humano e a cidade contemporânea e também

um modo de pensar melhorias para as cidades. Intervenções em espaços públicos que causem impactos positivos, atendam novas necessidades dos usuários e melhore a qualidade de vida. Posteriormente, foi desenvolvido, no âmbito do trabalho final de graduação, a criação de um catálogo com sete propostas de microarquiteturas mutualistas de descanso, abordando lazer, ludicidade e a interação social. A intenção é inserir essas propostas localizadas nos bairros Barro Preto e Centro,em Belo Horizonte - Minas Gerais, mas que possam ser usadas em diversos lugares, a fim de trazer pontos de parada no meio desse fluxo, possibilitando o escape e mudança de rotina, mesmo que momentânea, dos usufruintes desses centros urbanos.

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1. Um centro de estudos urbanos nos Estados Unidos que analisa as áreas urbanas mais populosas, com maior superfície e mais densas do mundo.


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A

2. Cidade

CATÁLOGO

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Microarquiteturas Mutualistas de lazer e descanso

A cidade contemporânea constitui, hoje mais do que nunca, o espaço símbolo da mobilidade (ABASCAL, 2015). Crescentes fluxos de pessoas, veículos, informações, mercadorias, redes de comunicação, e etc., mostram movimentação que nunca cessa. Não se trata somente de um agrupamento de arquitetura, urbanidades e sociabilidades, mas sim de um organismo vivo que permeia por um certo território. Ela concentra populações e funciona como pólo de atração econômica e cultural, se expandindo a cada momento, em todas as atividades. O artigo “Saúde urbana: A cidade é uma estranha senhora, que hoje sorri e amanhã te devora”

desenvolvido por Waleska Teixeira Caiaffa et al também oferece uma visão sobre a conformação das cidades contemporâneas e seus impactos sobre o bem-estar:

[...] o viver na cidade pode ser benéfico, conhecido como a “vantagem do urbano”, ou pode ser nocivo, conhecido como a “penalidade do urbano”. Independente das vantagens e desvantagens, a cidade contemporânea reforça a ideia de que seus moradores estão constantemente sendo afetados por sua dinâmica. (CAIAFFA et al, 2008).

Em pesquisa realizada pela International Stress Management Association Brasil (ISMA-BR), entidade internacional dedicada à


ci da de ESCAPE

prevenção e estudo do estresse, aponta que 62% dos brasileiros sofre com a falta de tempo devido à sobrecarga e ao excesso de tarefas no dia a dia. Outro estudo conduzido pela entidade conclui que 30% dos profissionais no país já desenvolveram a ‘Síndrome de Burnout’, um esgotamento físico e mental que pode causar problemas cardíacos, depressão, transtornos do sono e ansiedade, cuja causa está intimamente ligada à vida profissional. O que essa pesquisa constata é muito importante, justamente porque mostra uma desvantagem urbana, o quanto a rotina do dia a dia pode proporcionar o desenvolvimento de doenças físicas e emocionais, além de nos levar a

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pensar como a psicologia do espaço pode influenciar no comportamento humano. Considerando que viver na cidade inclui ocupar espaços com atributos não só físicos, mas sociais, políticos e culturais, estas vantagens e desvantagens de um centro urbano “perfeito’’ não deve ser observadas unicamente sob a ótica da saúde pública, afirmada pelos autores do artigo, na ideia de que:

[...] O estudo da saúde urbana envolve diversas e múltiplas disciplinas, com seus respectivos campos e métodos específicos. Métodos epidemiológicos têm sido empregados, ocasionalmente em concerto com outras disciplinas, no sentido de iluminar questões na investigação da saúde urbana, guiando, potencialmente, intervenções.(CAIAFFA et al, 2008).

Da mesma forma, aparece a

1. Um centro de estudos urbanos nos Estados Unidos que analisa as áreas urbanas mais populosas, com maior superfície e mais densas do mundo. 2. Informação retirada do site Globo Ciência. Disponível em <http:// redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/2012/07/ falta-de-tempo-e-o-principal-causador-de-estresse-entre-os-brasileiros.html>. Acesso em 03 de outubro de 2020.


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Figura 01. Shibuya Crossing, fotógrafo J. C. Greenway. Fonte: Pinterest, 2020. Figura 02. Belo Horizonte, fotógrafo Daniel Monteiro. Fonte: https://unsplash. com/s/photos/belo-horizonte.

arquitetura e o urbanismo, que podem ser considerados uma das atividades que influenciam no comportamento de seus usuários e suas interrelações com os espaços onde a vida humana transcorre. A localização, escala e proporção, assim como os materiais e suas texturas, são características espaciais que emitem informações para nossos sentidos, afetando a maneira como nos relacionamos com o espaço, produzindo um sem-fim de sensações e reações. Independente de quais sejam as sensações que elas nos provocam, não se pode negar que as características dos espaços em que vivemos, desempenham um papel fundamental na maneira como as pessoas se sentem e como

elas se relacionam com o espaço. No dia a dia de muitos habitantes e transeuntes das cidades não há uma real interação e sim só a passagem pela mesma. Geralmente, a interação ocorre em espaços públicos, praças, pontos de ônibus, pátios, calçadões e etc. Os espaços públicos para o homem é um lugar de interação, descompressão e percepção, e para a cidade são espaços ordenadores e capazes de contrapor locais que se voltam cada vez mais para si e menos para a cidade. Espaços estes que se transformam e se moldam devido às condições da sociedade e devido as diversas formas de se utilizar os espaços. Assim, a ideia de interface, justamente com o design ambien-



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2. Cidade

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CATÁLOGO

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Microarquiteturas Mutualistas de lazer e descanso

tal, pode e deve fazer com que a interação física habitante-cidade ganhe força, onde esses habitantes usufruem do espaço público de forma agradável e segura. Por tudo isso, acredita-se que seja relevante investigar, sob o olhar da arquitetura e do urbanismo, essa interação, podendo ser atingida através do contato com microarquiteturas inseridas no tecido urbano. Nesse contexto, podemos também justificar a ideia de crescimento parasita dessas propostas, uma vez que a localidade escolhida, situada no bairro Barro Preto e Centro, em Belo Horizonte/MG, está em constante urbanização e fluxo constante de pessoas que traba-

lham, estudam ou passeiam pela cidade e a falta de espaços livres e de diversão pública. Além disso, o conceito também tem a intenção de ressignificar, provocar e de funcionar como simbioses urbanas que beneficiam positivamente ambas as partes (cidade e usuário) tal qual na biologia, e consequentemente apresentar um potencial transformador. 3. É um termo que descreve a convivência de dois ou mais organismos que não estão intimamente relacionados na filogenia (relação de parentesco entre espécies), ou seja, que não pertencem à mesma espécie. Figura 03. Redesigning Detroit: A New Vision for an Iconic Site’ Competition Entry / H Architecture Fonte: https://www.h-architecture.com/Portfolio/REDESIGNING-DETROIT.



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3. Rotina da vida urbana

CATÁLOGO

Microarquiteturas Mutualistas de lazer e descanso

Microarquiteturas Mutualistas de lazer e descanso

A rot vida u

Atualmente, como descrito no tópico acima e podemos perceber, as cidades ainda possuem vários aspectos atrativos, como: maior oferta de trabalho; melhores condições de renda e de vida; rápido e fácil acesso a produtos, bens de consumo e serviços, como escolas e hospitais; além de uma maior interação cultural. E em busca por essas possibilidades, o crescimento populacional e físico fazem desses espaços grandes centros urbanos. No entanto, a vida nesses centros urbanos, principalmente nas metrópoles, pode ser um incômodo, principalmente para aqueles que migram em busca de novas oportunidades. Áreas urbanizadas e polo de possibilidades, este ambien-

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te pode se tornar estressante com o passar dos dias. Desde o momento da saída de seu lar ao momento de chegada, você passa por diversas escolhas para não se atrapalhar e chegar a determinado local. Sobre esse contexto, o que poderia ser feito para melhorar a qualidade de vida nas cidades contemporâneas? Devemos pensar todas as cidades como um repositório de experiências, “um ambiente caótico dos cruzamentos, redes, articulações, misturas de tempos e pessoas, mas também pela configuração do seu tecido’’ (RAMOS,ANA RITA, 2014, p. 59). Um local em constante movimentação e conflito. Para o arquiteto Brendow


ina da urbana ESCAPE

Butinhol em seu trabalho final de G graduação, intitulado Deprecidade escreve que:

“A cidade é fruto dos processos e dos laços desenvolvidos por seus usuários e, em contrapartida, seus usuários são moldados de acordo com os processos que a própria cidade os impõe.” (BUTINHOL, 2019, p. 5).

Essas imposições são vistas como novas oportunidades e de crescimento pessoal e profissional por apresentar os melhores benefícios de acesso a serviço, economia e trabalho. Mas, ao mesmo tempo, desde a origem do escape do campo, criou-se, dentro das grandes cidades, um contingente populacional deslocado em diversas maneiras

– espacial, social, econômica e psicológica. As pessoas de baixa renda são cada vez mais forçadas a morar distantes desses centros urbanos por causa dos autos preços imobiliários e quem mora nesses espaços também são bombardeados por assaltos, falta de privacidade, barulhos e entre outras coisas.

Figura 04. Belo Horizonte, fotógrafo Daniel Monteiro. Fonte: https://unsplash. com/s/photos/belo-horizonte.

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3. Rotina da vida urbana

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ESCAPE

São inúmeros fatores que podem ocasionar doenças psicológicas e físicas, mas a cidade pode sim ajudar nesse desgaste mental. O fluxo de pessoas e veículos no trânsito, transporte público lotado e atrasado, grandes distâncias para chegar ao trabalho ou a outro destino ao qual precise se dirigir, fluxo constante de pessoas em estações ou pontos de ônibus e poluição sonora, congestionamento são alguns fatores de estresse ocasionados pela cidade. Essas situações rotineiras trazem a sensação de desconforto em relação ao espaço urbano, decorrente do tipo de cenário com o qual se é obrigado a conviver. As pessoas não gostam de ficar espe-

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rando horas no ponto ou dentro de um ônibus, ou ter que sair horas mais cedo para não chegar atrasada e, se tudo der certo, chegar muito adiantada. Atualmente, percebe-se uma separação tão grande entre o habitante e sua cidade, que está se tornando um espaço de desprezo e fazendo com que muitos tenham a vontade de voltar para áreas mais isoladas e rurais por trazer a sensação de calmaria, descanso e relaxamento inerente a todo ser humano. Para isso é pensado o caminho projetual de criação de bolhas de descompressão e que funcionem como espaço de lazer e interação, independente de classe social, gênero ou faixa etária. Momentos de descanso, lazer e alegria em meio a esse caos que pode ser a vida urbana.

Figura 05. Infografico sobre como a rotina urbana afeta a saúde das pessoas. Autoria própria. Figura 06. Imagem 1, fotógrafo Alan Schaller. Fonte: Pinterest,2020.



As propostas de microarquiteturas de descanso e lazer entram como elementos escapatórios que trarão benefícios mútuos para a cidade e seus usuários, produzindo sensações agradáveis, pertencimento, interação e uma nova relação, a fim de atualizar a cidade com as necessidades de seus habitantes e intervir em suas barreiras estabelecidas, como a rotina frenética das cidades.


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Ar q u paras

4. Arquiteura Parasita ou Mutualista

CATÁLOGO

Microarquiteturas Mutualistas de lazer e descanso

Microarquiteturas Mutualistas de lazer e descanso

Hoje em dia, é comum usar o termo de arquitetura parasita para nomear qualquer intervenção anexada, fixada, presa ou acoplada a elementos já existentes, que se utiliza dele de uma forma inerente. A cidade contemporânea com sua falta de espaços livre e suas regras – algumas sutis, outras bem agressivas – que regem como as pessoas devem viver suas vidas. Elas dizem como não invadir o espaço alheio, como não bloquear o espaço da calçada, como priorizar o parcelamento do solo para quem tem mais dinheiro, como dar mais espaço aos veículos antes de pedestres e ciclistas, entre outros. A arquitetura parasita traz uma nova perspectiva para as cidades. É um

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jeito inovador e criativo de vivenciar essas e outras experiências. É um tipo de intervenção – fixa ou temporária – que muda as formas construídas existentes. Para entender sobre a arquitetura parasita é necessário o estudo do termo parasita e seu significado. Há diversas formas de interação entre seres vivos na biologia, entre elas o comensalismo, o parasitismo e o mutualismo. o comensalismo é uma relação ecológica na qual apenas um indivíduo se beneficia, não gerando prejuízo para a outra espécie envolvida. Essas vantagens podem ser: proteção (habitação), transporte (meio de locomoção) e nutrição.


iteura sita ESCAPE

Um pássaro que vive na cavidade de • uma árvore é um exemplo. o parasita são seres vivos que retiram de outros organismos os recursos necessários para a sua sobrevivência. Nessa relação, um dos lados se beneficia, enquanto que o outro se prejudica de alguma • forma. Um exemplo é a pulga no cachorro, na qual a pulga (parasita) retira do cachorro (hospedeiro) os nutrientes necessários para sua sobrevivência. Já o mutualismo, indivíduos de espécies diferentes interagem e ambos se beneficiam. Sendo a forma mais positiva das relação ecológicas. Nessa relação, um orga- • nismo normalmente é menor que o outro. A exemplos, temos:

os polinizadores e as flores, a abelha consegue alimento enquanto a flor consegue ser polinizada através dos grãos de pólen de outra flor presos ao corpo da abelha. Ou seja, a abelha se alimenta e a flor se poliniza, o Bubulcus ibis, mais conhecido como Garça-vaqueira , espécie originária do continente africano que praticamente colonizou todo o território brasileiro, recebe esse nome devido ao seu comportamento de alimentar dos carrapatos encontrados na pele de mamíferos. Em troca, os mamíferos se livram dos indesejados carrapatos. A associação entre o peixe palhaço e as anêmonas também é um tipo de mutualismo. As anêmonas

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ou mutu

4. Arquiteura Parasita ou Mutualista

CATÁLOGO

Microarquiteturas Mutualistas de lazer e descanso

Microarquiteturas Mutualistas de lazer e descanso

possuem células urticantes que afastam os predadores. Porém, o peixe-palhaço possui resistência a estas células e vive entre as anêmonas. Com isso, ele mantém-se a salvo de seus inimigos naturais e para as anêmonas o Peixe-Palhaço atrai outros peixes para que os tentáculos da anêmona piquem o peixe, o deixe paralisado e possa comê-lo. Depois de estudar e entender sobre o conceito de arquitetura parasita, a palavra parasita é utilizada devido à estreita relação entre duas estruturas que, muitas vezes, têm origens e finalidade diversas e podem ser contrastantes, mesmo funcionando como um todo.

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Entretanto, essa designação pode causar estranheza. Será que essa é a palavra apropriada para descrever as relações de proximidade entre a arquitetura, cidade e seus usuários? Nas inúmeras formas e desenhos que a arquitetura parasita pode ter, ela, muitas vezes irá procurar ser uma arquitetura mutualista, onde ambas as partes se beneficiam. A arquitetura se trata de pessoas e criação: sua essência não abraça a destruição nem busca prejudicar o outro lado. Essas intervenções são implementadas como ferramenta arquitetônica para contribuir para uma escala urbana maior, criando um tipo específico de convivência entre o novo e o existente. Não só


ESCAPE

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ualista chamam a atenção para a falta de espaço livre nas grandes cidades, como propõem uma forma nova de pensar a cidade, de achar espaços livres, menos óbvios ou menos célebres, para novas intervenções/ construções. E se tratando de regiões tão densamente povoadas, essa é uma excelente solução urbana. Claro que elas podem surgir apenas como uma proposição artística, mas, de todo modo, já provoca a reflexão, diversidade, integração e mudanças na cidade e no âmbito das propostas na rotina dos transeuntes.

+ Abelha

Flor

+ Peixe Palhaço

Anêmonas

+ Garça-vaqueira

Elefante

+ ete escapes

Cidade


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5. Barro Preto e Centro

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CATÁLOGO

Microarquiteturas Mutualistas de lazer e descanso

Microarquiteturas Mutualistas de lazer e descanso

Belo Horizonte

Minas Gerais

Local das propostas Fórum Governador Milton Campos Parque Municipal Américo Renné Praça Sete de Setembro Hospital Felício Rocho Praça Raul Soares Av. Amazonas Barro Preto Centro


ESCAPE

Centro e Barro Preto

A área escolhida para a intervenção do projeto foram o Barro Preto e Centro em Belo Horizonte/MG. A escolha desse espaço deve-se ao fato de ser uma área urbanizada, adensada; por ter uma variedade de serviços e comércio (uma vez que a base da economia local é a prestação de serviços) com fluxo constante de veículos e pessoas, incluindo a alta confluência, às vezes causando um trânsito caótico; por conter locais muitas vezes considerados inseguros, ou locais sem movimentação, dependendo do horário; e por apresentar poucos espaços públicos de lazer e divertimento. O que concentra a ideia de pessoas com acúmulo de atividades, preocupações e estresses devido ao trabalho,

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estudo, rotina e, consequentemente, o esgotamento físico e psicológico. Os bairros Barro Preto e Centro está localizado na região centro-sul de Belo Horizonte, com uma população de mais de 17 mil habitantes, além de uma área com mais 110,7 hectares. Como já mencionado, por se tratar de uma área central, há uma predominância de edificações comerciais e de serviços, se destacando no cenário urbanístico os pontos referenciais da capital: o Hospital Felício Rocho; o Fórum Governador Milton Campos; a Praça Raul Soares, Praça Sete de Setembro, Parque Municipal Américo Renné e entre outros

Figura 07. Mapa de localização de propostas. Autoria própria.


N

1.

2.

3.


5. 4.

6. 7.


catálogo


Microarquiteturas mutualistas de lazer e descanso

São sete propostas de intervenções de descanso mental e físico, abordando lazer, ludicidade e a interação social. A intenção é inserir microarquiteturas mutualistas simples com materiais impermeáveis e de fácil manutenção ao longo da cidade em locais de constante fluxo de pessoas e veículos, a fim de trazer pontos de parada, possibilitando o escape e mudança de rotina, mesmo que momentânea.





Escape

01

Escape


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6. Microarquiteturas mutualistas de lazer e descanso

TCC 2020.2 CATÁLOGO

01

ESCAPE

Escape 01 é um escorregador de plástico implementado no guarda corpo da rampa que liga a passarela da estação de metrô Carlos Prates à avenida Barbacena. A intenção dessa proposta é que o fluxo constante de pessoas que utilizam o metrô, em vez de fazer a volta completa da rampa passarela, possam escorregar para

cortar esse caminho e, durante o uso dessa intervenção, possam ter um momento de diversão. Cuidados e conservação dessa propostas seria da Prefeitura de Belo Horizonte, e foi pensando no material de plástico para facilitar a conservação dessa microarquitetura, já que um material resistente a intempéries.

Ficha técnica

Peças

1. Cobertura 2. Entrada 3. Escorregador 4. Corrimão

Vista frontal

Vista lateral

5. Pedais

Cor

Amarelo

Material

Plástico com reforço de fibra de vidro

Para mais informações @ar2m. projetos

Perspectiva


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ESCAPE 1.

2. 4.

3. 4.

Medidas Laterais

5.

Medidas Posterior

A. Fixação da proposta: Parafusamento da entrada do escorregador na rampa e presa ao corrimão do guarda corpo.

A.

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Escape

02

Escape


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6. Microarquiteturas mutualistas de lazer e descanso

TCC 2020.2 CATÁLOGO

02

ESCAPE

Localizado no jardim externo do Hospital Felício Rocho, foi percebido que as pessoas têm o hábito de esperar pacientes e consultas sentadas nesse espaço, além de ficar proximo a uma banca de jornal e uma frota de táxis. O escape 2 é um banco acoplado sobre a grade de proteção desse jardim e tem como objetivo dar descanso

para quem está aguardando, seja atendimento/ paciente ou os motoristas de táxis. Sua conservação e cuidados ficaria a cargo do hospital, onde há possibilidade de ser emprestado aos usuários ou já ficarem fixos para que pessoas possam sentar, deitar, ler livros e etc. enquanto aguardam.

Ficha técnica

Peças

1. Encaixes 2. Encosto 3. Braço triangular 4. Assento 5. Apoio

Cor

Verde

Material

Plástico com reforço de fibra de vidro

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Vista frontal

Vista lateral

Posterior

Perspectiva


43

ESCAPE

B. Fixação da proposta com um suporte de encaixe entre os vãos da cerca do jardim.

B.

1.

2.

Medidas Frontal

3.

4.

5.

Medidas Lateral Para mais informações @ar2m. projetos





Escape

03

Escape


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6. Microarquiteturas mutualistas de lazer e descanso

TCC 2020.2 CATÁLOGO

03

ESCAPE

O escape 03 está localizado na fachada da escola Estadual Caetano Azeredo, com passeios largos e próximo ao Forúm Lafayette, Ministério Público e outros serviços. São peças de plásticos que se encaixam em pilares metálicos perfurados que foram parafusados nas fachadas e no piso. Módulos que, de acordo

com a disposição podem se tornar expositores e uma mesa de ping pong. Foi pensado como fuga da correria do trabalho, principalmente dos funcionário públicos, e pode funcionar como atividade para os alunos da escola. A responsabilidade de guarda das peças,seria da escola, podendo ser exposto para uso em horários determinados.

Ficha técnica

Peças

1. Tubo retangular de aço perfurado 2. Peça de plástico 1 3. Peça de plastico2 4. Dobradiças

Produtos Expositor Mesa de ping pong fechada Mesa de ping pong aberta

Cor

Azul claro

Material

1. Aço metalon 10 x 10 cm, perfurado em circulos de raio de 2 cm e espaçados em 2 cm. 2 , 3 e 4. Plástico Plástico com reforço de fibra de vidro.

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Possibilidades


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ESCAPE

C. Fixação parafusada nas extremidades superior e inferior do tubo de aço na fachada.

D. Fixação de peças de plástico com encaixes em forma de pinos de 10 cm.

E. Fixação de 4 dobradiças sendo 2 de cada lado sobre as peças de plástico 1 e 2.

D. E.

C.

1.

2.

3. Medidas lateral e frontal

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Escape

04

Escape


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6. Microarquiteturas mutualistas de lazer e descanso

TCC 2020.2 CATÁLOGO

04

ESCAPE

Escape 04 é uma estrutura de redes suspensas sobre plantas aromáticas. O canteiro da rotatória localizada na Avenida Paraná é utilizado de forma significante como local de leitura e espera pelos frequentadores. Rodeada por lojas, lanchonetes, bares e o Mercado Central, esta área apresenta intensa movimentação de pedestres,

o que justifica a implantação da proposta neste lugar. A propostas possui uma estrutura de aço que dá apoio a redes que suportam um único corpo sentado. Para compor o espaço é proposto embaixo dessa microarquitetura o cultivo de plantas perfumadas como, erva doce, hortelã, erva-cidreira e funcho, a fim de proporcionar um espaço perfumados, calmo e e relaxante.

Ficha técnica

Peças

1. Estrutura de Aço 2. Redes

Cor

Roxo

Material

1. Tubo de aço metalon circular de raio de 5 cm 2. Rede de corda de 40 x 40 cm.

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Vista frontal

Vista lateral direita

Vista lateral esquerda

Perspectiva


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ESCAPE

1.

Medida frontal

2.

Medida Lateral

F. Fixação nas extremidade das estrutura parafusada no canteiro.

F.

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Escape



Escape

05

Escape


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6. Microarquiteturas mutualistas de lazer e descanso

TCC 2020.2 CATÁLOGO

05

ESCAPE

A microarquitetura proposta como escape 05 é um banco modular feito de plástico e acoplado à escadaria do Santuário de São José no Centro. Um espaço com bastante fluxo de pessoas e até muito utilizado pelos usuários do Centro como lugar de parada. Portanto a microarqui-

tetura entraria como uma intervenção de descanso, onde as pessoas possam sentar ou socializar enquanto descansam debaixo da sombra de grandes árvores que envolvem a escadaria. Sua conservação e cuidados ficaria a cargo do Santuário e exposto em horários de funcionamento da mesma.

Ficha técnica

Peças

1. Deitar 2. Sentar 3. Encostar

Cor

Azul escuro

Material

Plástico com reforço de fibra de vidro

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Vista frontal

Vista lateral esquerda

Vista lateral direita

Perspectiva


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ESCAPE

1.

3.

Medida frontal

2.

Medida Lateral

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Escape

06

Escape


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6. Microarquiteturas mutualistas de lazer e descanso

TCC 2020.2 CATÁLOGO

06

ESCAPE

Escape 06 é um balanço debaixo do viaduto Santa Tereza, no Centro. Um espaço pouco utilizado, serve de dormitório para algumas pessoas em situação de rua e nenhum atrativo espacial. A microarquitetura estará parafusada nas vigas de sustentação do viaduto com ma-

teriais simples e de fácil manutenção. Sua conservação e cuidados ficaria a cargo da prefeitura de Belo Horizonte e seriam usados pelos transeuntes dessa cidade. Um espaço com cor e alegria para ser utilizado a qualquer horário, em um espaço antes não explorado.

Ficha técnica

Peças

1. Cobertura de plástico 2. Esturtura de Aço 3. Corda 4. Assento

Cor

Rosa

Material

1 e 4. Plástico com reforço de fibra de vidro 2. Aço Metalon 10 x 10 cm 3. Corda

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Vista frontal

Vista lateral

Perspectiva


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ESCAPE

G.

G. Fixação das estruturas: Parafusada nas duas extremidas nas vigas do viaduto.

1.

2.

Medida frontal

3.

4.

Medida Lateral Para mais informações @ar2m. projetos





Escape

06

Escape


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6. Microarquiteturas mutualistas de lazer e descanso

TCC 2020.2 CATÁLOGO

07

ESCAPE

Localizado no anfiteatro próximo ao museu Inimá de Paula, museu da Moda e a faculdade de direito da UFMG, a microarquitetura proposta como escape 07 é um cinema ao ar livre feito de estrutura de aço e revestido por uma resina impermeável. Anexada ao anfiteatro como um braço que sustenta a tela e o projetor, o espaço

pode surgir como um novo elemento de exposição de filmes, vídeos ou documentários para os usuários dos museus e da faculdade ou de pessoas que passarem por ali. Sua conservação e cuidados ficaria a cargo da prefeitura de Belo Horizonte, mas os videos expostos seriam agendados pelo Museu Inimá de Paula e o cronograma seria divulgado por redes sociais.

Ficha técnica

Peças

1. Estrutura de Aço 2. Suporte para projetor 3. Chapas de acrilico A 4. Chapas de acrilico B 5. Chapas de acrilico C 6. Chapas de acrilico D 7. Chapas de acrilico E

Vista frontal

Vista lateral direita

8. Tela

Cor Material

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Laranja

Vista lateral esquerda

1 e 2. Aço metalon 10 x 10 cm 4. Chapas de acrilico A = 20 x 20 x 30 cm Chapas de acrilico B = 20 x 40 cm Chapas de acrilico C = 20 x 20 x 30 cm Chapas de acrilico D = 10 x 40 cm Chapas de acrilico E = 30 x 30 x 40 cm Chapas de acrilico tela = 70 x 120 cm

Perspectiva


73

ESCAPE

2. 6. 4.

1.

5. 7.

8. 3.

H. Fixação de estrutura de Aço: Parafusada nas laterais dos degraus do anfiteatro.

Medida frontal

I. Fixação de estrutura de Aço: Parafusada no chão.

Medida Lateral

H.

I.

Para mais informações @ar2m. projetos




TCC 2020.2

Consid

7. Considerações finais

CATÁLOGO

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Microarquiteturas Mutualistas de lazer e descanso

Microarquiteturas Mutualistas de lazer e descanso

A presente revista buscou levantar dados e informações capazes de defender a importância de criar microarquiteturas de descanso dentro das cidades, apresentando estudos sobre a cidade, a vida urbana e rotina dos cidadãos, compreendendo suas especificidades e a magnitude do desgaste vivido por estas pessoas. Foram, ainda, apresentadas pesquisas bibliográficas para entender o princípio desta demanda, obras análogas que mostram como os espaços em que as pessoas vivem influenciam diretamente em suas vidas. De acordo com análises e estudo da região do Barro Preto e Centro, qualificou e entendeu a área como um centro urbano movimentado e frenético,

além da presença de diversos espaços para implantação da proposta. Sendo assim, diante de toda bagagem teórica, percebeu-se que, ao contemplarmos a cidade, atrelando à vivência desses usuários, devemos fortificar a cidade como palco de manifestações e necessidades coletivas, abertos para novos caminhos imaginativos e, consequentemente, projetuais. Por meio dessa consequência, nasceu o entusiasmo por um novo viés da arquitetura: a arquitetura parasita/mutualista, que vem de forma transgressora e procura romper barreiras tanto físicas, quanto mentalmente dos espaços. Por fim, acredita-se que a cidade pode sim acarretar esses


derações Finais ESCAPE

estresses diários e a Arquitetura e o Urbanismo possam ser uma alternativa de processo, questionamentos e ação dentro da cidade.

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Referê biblio

8. Referência bibliográfica

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Microarquiteturas Mutualistas de lazer e descanso

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9. Propostas

CATÁLOGO

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A tendência do que não escapa é explodir.

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