PARQUE URBANO DOM ANTÔNIO ZATTERA: o centro e suas áreas verdes
universidade federal de pelotas faculdade de arquitetura e urbanismo trabalho final de graduação 1 (ênfase em espaços abertos) acadêmica rafaela campelo caldieraro orientadora ana paula neto de faria 1
pelotas, 2021
RESUMO O presente trabalho reúne uma série de estudos e análise de dados para a elaboração do Trabalho Final de Graduação 1 - Ênfase em Espaços Abertos na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas (FAUrb/UFPel), fornecendo meios para o desenvolvimento do Trabalho Final de Graduação 2, próxima etapa deste projeto. A partir do material analisado, busco discutir sobre as áreas verdes de Pelotas, com foco nas da área central, entendendo suas qualificações, seus papéis para a cidade e para as regiões onde estão inseridas, seus usos e seus valores histórico-culturais, para então propor diretrizes urbanísticas para ditas áreas verdes e, por fim, um projeto paisagístico coerente à cidade para o Parque Dom Antônio Zattera. Deste modo, defino o objeto de estudo em três escalas, em ordem: cidade (Pelotas), recorte do centro (indicado nos mapas da cidade) e, enfim, o terreno escolhido para o projeto.
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Figura 1. Fonte: Valiphotos - Acervo: Pexels
AGRADECIMENTOS Aos meus pais, por sempre apoiarem minhas escolhas e celebrarem minhas conquistas, mesmo as um pouco inesperadas ao público — como foi o curso de Arquitetura e Urbanismo. Ao meu namorado, melhor amigo e colega de quarto, por estar comigo desde meu nervosismo pré-vestibular até a completude do curso que eu escolhi, sendo sempre meu porto seguro. Aos meus amigos, pelos bons momentos passados dentro e fora da universidade; pelo compartilhamento tanto de conhecimentos quanto de risadas. Aos professores da FAUrb pelos diferentes conhecimentos transmitidos, ora em teoria e ora em prática e projeto. À minha orientadora, Ana Paula Neto de Faria, por ter aceitado meu convite e ter me acompanhado tão de perto e com tanta dedicação no desenvolvimento deste trabalho.
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Figura 2. Foto: Autora.
sumário
1 introdução Apresentação Justificativa Metodologia
4 referências
2 a cidade
(6-8)
Áreas verdes de Pelotas Análise mobilidade urbana Transporte público por ônibus Diagnóstico e proposta geral de áreas verdes de Pelotas
6 7 8
5 sítio
(26-31)
Boulevard White Flowers Na Natureza Selvagem Micro Parque Comunidade de Songzhuang
27 30 32
3 aproximação - centro
(10-13) 10 11 12
Sistema viário Transporte público por ônibus Diagnóstico áreas verdes Proposta áreas verdes Proposta para áreas verdes de interesse para a cidade Referências para parques propostos Proposta para áreas verdes de interesse local Referências para praças propostas
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6 processo projetual
(36-45)
Apresentação do local Contexto histórico Levantamento geral Faces de quadra em sequências de fotos Elementos construídos Pontos de interesse Uso do solo Alturas
(15-25)
36 37 38 39 40 43 44 45
15 16 17 21 22 23 24 25
(47-55)
Conceito Observações feita in loco Programa Processo projetual Estudos Implantação Alterações na vegetação Elementos construídos a serem modificados Perspectivas
7 referências bibliográficas 4
47 48 49 50 51 52 53 54 55
1
INTRODUÇÃO Apresentação Justificativa Metodologia
6 7 8
5
APRESENTAÇÃO Em 1961, a jornalista Jane Jacobs publicou seu livro Morte e Vida das Grandes Cidades, em que destacava como o dramático aumento do tráfego de automóveis e a ideologia urbanística do modernismo - aquela que separa os usos da cidade e destaca edifícios individuais autônomos - dariam um fim ao espaço urbano e à vida na cidade, resultando em cidades sem vida, esvaziadas de pessoas. Sessenta anos depois, em 2021, sua crítica permanece coerente. A falta de espaços verdes qualificados na maioria das cidades é gritante, e o planejamento que prioriza automóveis segue criando ruas inseguras, pouco convidativas e sem vivacidade. “Cada cidade tem sua história, seus próprios pontos de referência. Não estou me referindo apenas a todos aqueles edifícios históricos que fazem parte do patrimônio de qualquer nação. Refiro-me aos lugares que pertencem à memória coletiva da cidade e que são vitais para a sua identidade - o vínculo intangível que forja um sentimento de pertencimento. Pode ser uma fábrica específica, uma velha estação de trem ou um daqueles antigos armazéns gerais com seus produtos espalhados despretensiosamente em prateleiras que rangem. Mas, uma vez que muitos desses ícones urba-
nos antes familiares se foram para sempre ou mudaram de forma irreconhecível, temos que criar novos ícones e novas atividades para trazer de volta à vida nossos espaços adormecidos da cidade. Não há nada que lisonjeie um bairro na verdade, uma comunidade inteira - mais do que o renascimento de tais espaços “perdidos”” (LERNER, 2014). “Assim como as cidades podem convidar as pessoas para uma vida na cidade, há muitos exemplos de como a renovação de um único espaço, ou mesmo a mudança no mobiliário urbano e outros detalhes podem convidar as pessoas a desenvolver um padrão de uso totalmente novo” (GEHL, 2010). Considerando o nível de urbanização em que encontram-se as cidades, muitas vezes densamente ocupadas por edifícios, nem sempre é possível simplesmente inserir novos espaços públicos ao ar livre, então resta a alternativa de renovar praças e parques existentes. O presente projeto tem como objetivo, assim, desenvolver um projeto paisagístico para o Parque Dom Antônio Zattera, além de analisar e propor diretrizes urbanísticas para as áreas verdes do centro da cidade de Pelotas. 6
Figura 3. Foto: Leah Kelley - Acervo: Pexels
JUSTIFICATIVA Da escolha do tema O direito de todos à cidade é o que norteia a escolha da temática deste projeto. Um espaço público bem qualificado garante à população não apenas lazer, como também sociabilidade, um aspecto tão importante do bem estar do ser humano. São as ruas, praças e parques que criam a memória afetiva da cidade, estimulando a sensação de pertencimento e segurança de seus moradores. Em um momento tomado pela especulação imobiliária e pelo planejamento urbano que beneficia interesses privados, parques e praças são os locais mais democráticos e acessíveis da cidade. Um projeto paisagístico é capaz de resgatar a escala humana, muitas vezes esquecida na urbana, e estimular os sentidos do usuário. Além de benéficos, espaços verdes bem qualificados são necessários visto que estão em situação de escassez na cidade. Logo, o projeto atende à uma necessidade existente.
e portanto tem muitos jovens em sua população, tornando-a extremamente ativa. Apesar de sua dimensão, Pelotas não dispõe de muitas áreas públicas de lazer. Analisando o Mapa Urbano Básico (MUB) de Pelotas, é perceptível que a soma de áreas verdes cadastradas não supre a relação de m² de área verde por habitante indicada como ideal pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU). O projeto situa-se no Parque Dom Antônio Zattera, importante área verde da cidade. O parque faz parte da área correspondente ao primeiro loteamento de Pelotas, estando então esta localidade presente na vida dos pelotenses desde o início do município - mais especificamente, surgindo em 1875 como Praça General Câmara, e em 1893 sendo rebatizado para Praça Júlio de Castilhos. Hoje, encontra-se tombado pelo IPHAN, juntamente com seus dois sanitários. Uma vez movimento e cheio de vida, abrigando em dado momento um mini zoológico e um parquinho, hoje o parque não tem caráter deDa escolha do local finido. É uma grande área verde que não tem um movimento de pessoas correspondente, ficando O sítio é localizado na cidade de Pelotas, claro que há muito potencial a ser explorado. no Rio Grande do Sul. Pelotas é uma cidade de porte médio, abriga duas grandes universidades
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Figura 4. Imagem de satélite do terreno e entorno. Fonte: imagem do Google Earth editada pela autora.
METODOLOGIA
CIDADE áreas verdes mobilidade urbana transporte público
APROXIMAÇÃO ZONA CENTRAL categorização áreas verdes sistema viário transporte público vazios urbanos
LEVANTAMENTOS PROJETO ANÁLISES
TERRENO uso de solos alturas fluxos
8
2
A CIDADE Áreas verdes de Pelotas Análise mobilidade urbana Transporte público por ônibus Diagnóstico e proposta geral de áreas verdes de Pelotas
10 11 12 13
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ÁREAS VERDES DE PELOTAS Seja andando pela cidade ou observando seus mapas, é possível perceber a escassez de áreas verdes em Pelotas, especialmente as qualificadas. O lazer da população fica, assim, dependente de espaços privados e ambientes fechados, o que se torna um problema ainda maior com a situação da pandemia, visto que a transmissão de covid-19 é atenuada em locais fechados com pouca ventilação. Não apenas são limitadas as opções de lazer ao ar livre na cidade, como os trajetos diários da população pouco oferecem em questão estética e conforto. Segundo a Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU), instituição responsável por realizar índices sobre a
qualidade de vida de moradores das cidades brasileiras, o mínimo recomendável de área verde por habitante é de 15m², enquanto Pelotas apresenta 7,71m²/hab (IBGE 2010).
Recomendado
Pelotas
15m² área verde/hab
7,71m² área verde/hab
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Representação gráfica da ligação entre qualidade de ambientes externos e atividades ao ar livre. Um aumento na qualidade do ambiente externo estimula, em especial, as atividades opcionais. O aumento no nível de atividade é, portanto, um convite a um substancial aumento das atividades sociais.
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Figura 5. Gráfico escaneado pela autora do livro Cidades Para Pessoas - Jan Gehl.
2,5
5 km
Figura 6. Áreas verdes de Pelotas. Mapa editado pela autora. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas
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ANÁLISE MOBILIDADE URBANA de Almeida, que além de suportar grande fluxo de carros e dispor de uma ciclovia em seu canteiro central, também conecta o bairro Centro ao bairro Laranjal. Sendo assim, o presente trabalho pretende propor ao Parque um projeto que propicie a ele tonar-se uma área verde atrativa para pessoas de toda a cidade, suprindo uma demanda já existente de lazer ao ar livre em Pelotas.
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O mapa a seguir foi desenvolvido objetivando analisar a hierarquia viária da cidade e compreender as relações entre as principais vias de Pelotas. Para o trabalho proposto, é essencial observar quantas e quais principais ruas chegam à região central em que encontra-se o terreno do projeto, visto que o Parque, em sua escala, atende à uma demanda de lazer ao ar livre de toda a cidade e para tanto deve ser acessível. É possível observar que o Parque Dom Antônio Zattera apresenta boa conectividade com a cidade de Pelotas - tem uma de suas fachadas na Av. Bento Gonçalves, uma das principais avenidas da cidade que cumpre importante papel na conexão intermunicipal, e uma ciclovia já concretizada em outra fachada pela Rua Andrade Neves. A Rua Doutor Amarante, ao norte do terreno, tem conexão direta com a Av. Domingos
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Figura 7. Mapa editado pela autora com base nos dados do Plano de Mobilidade Urbana (PMU-01 e MPU-04/1) disponível no GeoPelotas. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas.
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TRANSPORTE PÚBLICO POR ÔNIBUS Para a proposta de um parque para a cidade, é essencial a conectividade ao mesmo por meio do transporte público. É possível observar no mapa que a zona central e o entorno imediato do terreno são bem aparados por linhas de ônibus que se estendem até os pontos extremos da cidade.
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LEGENDA Itinerários transporte coletivo Ponto de ônibus com cobertura Ponto de ônibus sem cobertura 00
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Figura 8. Mapa editado pela autora com base no Plano de Mobilidade Urbana (PMU-05/1) disponível no GeoPelotas. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas.
DIAGNÓSTICO E PROPOSTA GERAL DE ÁREAS VERDES DE PELOTAS Analisando a distribuição e o caráter das áreas verdes de Pelotas, é sugerida aqui uma qualificação que busca integrar ditas áreas e atender melhor às demandas de cada região. É importante considerar que a cidade precisa tanto de parques e praças de maior área para atender à toda a cidade, como também necessita de pequenas áreas verdes devidamente qualificadas por dentre os bairros para servir aos moradores locais. Esse tipo de praça local, inclusive, mostrou-se o mais carente de cuidados, ora pela situação de áreas densificadas sem terrenos livres, ora por bairros com inúme-
ras pequenas áreas verdes que não passam de gramados sem qualquer infraestrutura de apoio. Para as áreas que já dispõem de terrenos livres, basta o devido tratamento aos mesmos. Já para as áreas densificadas em que não é possível encontrar espaço de inserção de novas áreas verdes, a solução pode ser buscar atender às necessidades dessa população nas grandes praças, bem conectadas, que propõem-se a atender à cidade toda. No mapa a seguir estão indicadas as necessidades observadas em cada região da cidade.
LEGENDA Área urbanizada dispondo de praças consolidadas com potencialidade de referência cultural para a cidade - caráter histórico - qualificação visando o aumento de atratividade das praças
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Potencialidade parque urbano - destaque para atividades humanas - pistas e/ou quadras esportivas - mobiliário de estar propício à interação social - apoio para eventos municipais
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Potencialidade parque natural - destaque para o elementos da natureza; água, vegetação - contemplação - atividades passivas Demanda de praças de interesse local - mobiliário de estar - iluminação adequada - playground, espaço destinado às famílias
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Figura 9. Áreas verdes de Pelotas. Mapa editado pela autora. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas
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DETALHAMENTO - CENTRO Sistema viário Transporte público por ônibus Diagnóstico áreas verdes Proposta áreas verdes Proposta para áreas verdes de interesse para a cidade Referências para parques propostos Proposta para áreas verdes de interesse local Referências para praças propostas
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A área de intervenção está situada entre uma via arterial delimitadora do contorno central (Av. Bento Gonçalves) e uma via arterial estruturante (Rua Dr. Amarante), além de contar com uma ciclovia pela Rua Andrade Neves. A Av. Bento, também, é de extrema importância ao que diz respeito a conexões intra municipais. É possível observar, também, uma ciclovia próxima à área de intervenção na Rua Quinze de Novembro que é interrompida na Av. Bento Gonçalves e poderia ser continuada até ligar-se à da Andrade Neves, criando assim uma conexão do Parque Dom Antônio Zattera até o Porto, passando ainda por duas outras praças de importância histórica para a cidade (José Bonifácio e Cel. Pedro Osório). A ciclovia da Av. Domingos de Almeida, também, poderia ser estendida pela R. Dr. Amarante até encontrar-se com a ciclovia existente da R. Andrade Neves, convidando os ciclistas que vêm do bairro Laranjal ao Parque Dom Antônio Zattera. Levando em consideração a dimensão da área representada no mapa, é notório principalmente a falta de ciclovias na cidade, inclusive conectando as já existentes e proporcionando um trajeto seguro entre bairros para os ciclistas.
LEGENDA Via Arterial Estruturante Contorno Central Contorno Rodoviário Urbano Ciclovia N
Figura 10. Mapa editado pela autora com base nos dados do Plano de Mobilidade Urbana (PMU-01 e MPU-04/1) disponível no site GeoPelotas. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas.
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TRANSPORTE PÚBLICO POR ÔNIBUS R. P adr e Fe
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O mapa de transporte público por ônibus foi desenvolvido buscando compreender a conectividade, especialmente, entre as principais áreas verdes analisadas. A partir do mapa é possível perceber que a área de inserção do terreno é muito bem conectada ao restante da cidade no que tange ao transporte público. Duas faces do Parque têm ruas por onde passam mais de 5 linhas diferentes de ônibus, além de pontos próximos por todos os lados, o que corrobora para seu papel de área verde para toda a cidade.
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d tr. Es Figura 11. Mapa editado pela autora com base nos dados do Plano de Mobilidade Urbana (PMU-05/1) disponível no GeoPelotas e nas linhas de ônibus do Google Maps. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas.
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DIAGNÓSTICO ÁREAS VERDES A área central de Pelotas concentra as áreas verdes históricas da cidade, levando em conta que o primeiro loteamento começou aqui. No mapa, são destacadas todas áreas verdes da área, e identificadas as praças históricas que serão descritas em seguida. É essencial para o projeto entender esse sistema de áreas verdes, visto que o Parque objetiva atender toda a cidade e, logo, deve ser projeto de acordo com tal análise para que ofereça os usos e atrativos mais coerentes para a localidade.
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4 LEGENDA
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1 Praça Coronel Pedro Osório Edmar Fetter (Largo 2 Largo do Mercado Público)
3 Praça José Bonifácio
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4 Praça Piratinino de Almeida 5 Praça Cipriano Barcelos 6 Canteiros Saldanha Marinho 7 Largo de Portugal 8 Praça Domingos Rodrigues 9 Museu Parque da Baronesa 10 Parque Dom Antônio Zattera 11 Canteiros Av. Bento Gonçalves
LEGENDA
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Figura 12. Áreas verdes de Pelotas. Mapa editado pela autora. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas
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Praças históricas Praças de bairro
1. Praça Coronel Pedro Osório
2. Praça Sete de Julho A Praça Sete de Julho, diferente das demais aqui apresentadas, é uma praça seca. Tendo como principal atrativo o Mercado Central de Pelotas, reúne pessoas no pátio interno e nas mesas da área externa do mercado. É um local de muito movimento de passagem e de lazer também. Devido sua grande área de piso livre, abriga eventos e é ocupada pela população durante protestos.
Praça mais conhecida da cidade localizada no centro histórico de Pelotas. Dispõe de oito entradas que guiam o transeunte ao centro, decorado pelo chafariz Fonte das Nereidas. A praça tem boa iluminação e mobiliário e é utilizada por diferentes faixas etárias, desde trabalhadores de passagem pelo centro até grupos de jovens reunindo-se em seus tempos livres. Algumas atividades, como a Feira do Livro, são realizadas na praça e poderiam ser realocadas para o Parque Dom Antônio Zattera, pois apresenta uma escala mais adequada com mais espaço livre.
Figura 13. Chafariz da Praça Coronel Pedro Osório. Foto: Trip Advisor.
Figura 14. Largo do Mercado. Foto: Paulo Rossi http://ecult.com.br/geral/livroconta-a-historia-do-mercado-central-de-pelotas
3. Praça José Bonifácio
4. Praça Piratinino de Almeida Praça seca fundada em 1812 que tem como atrativo a Catedral Metropolitana São Francisco de Paula. A praça e seus arredores é definida como “marco zero” da cidade, fazendo parte do primeiro setor do Conjunto Histórico de Pelotas, tombado pelo IPHAN. Imagem icônica da cidade.
Conhecida popularmente como “Praça da Caixa D’água”, abriga em seu entorno a Santa Casa de Misericórdia, o hospital mais antigo em funcionamento da cidade; a praça, a caixa dágua e o hospital estão tombados pelo IPHAN, constituindo o Setor 3 do Conjunto Histórico de Pelotas.
Figura 15. Catedral. Foto: https://bartprojects.wordpress.com/2016/05/22/ retratos-e-relatos-pelotas-satolep-rs/?fbclid=IwAR2uxzB3WbrF8JW1IRPwhNyhYjF XkH4VUURraoFF7RHUM_hErqipD2VZs84
Figura 16. Caixa d’água. Fonte: http://pelotasturismo.com.br/estudante/113
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5. Praça Cipriano Barcelos
6. Canteiros Saldanha Marinho A praça Cipriano Barcelos, seu chafariz (Chafariz dos Cupidos) e mais três edificações em seus arredores (duas residências particulares e a Escola de Belas Artes, que atualmente é propriedade da UFPel) encontram-se tombados pelo IPHAN e fazem parte do Setor 4 do Conjunto Histórico de Pelotas.
Construídos pelo Escritório de engenharia Civil e Sanitária Francisco Saturnino de Britto, são históricos para a cidade. Tem árvores de grande porte e assentos à sombra.
Figura 17. Chafariz dos Cupidos, Praça Cipriano Barcelos. Fonte: diariodamanhapelotas.com.br/site/a-promessa-nao-realizada-do-pop-center/
Figura 18. Canteiros Saldanha Marinho. Fonte: Google Street View.
8. Praça Domingos Rodrigues
7. Largo de Portugal
A praça Domingos Rodrigues localiza-se no bairro Porto e é uma das mais antigas de Pelotas - nela, originalmente, foi instalado o chafariz das “Três Meninas” em 1874. Apenas em dezembro de 1981 foi transferido para o Calçadão de Pelotas. Hoje o centro da praça, onde havia o chafariz, é apenas um espaço vazio e o restante da área não conta com mobiliário de apoio adequado. Apesar da pouca infraestrutura, fica claro seu potencial como local histórico. A praça é frequentada principalmente por alunos da UFPel que têm aulas na Cotada, prédio em frente ao terreno.
Área histórica de Pelotas, o largo é uma praça seca que tem como destaque visual o prédio da antiga estação férrea que hoje abriga o PROCON da cidade. Foi requalificado em 2020, recebendo restauração do pavimento de mosaico de pedras portuguesas e alargamento das vias.
Figura 19. Largo de Portugal.
Figura 20. Praça Domingos Rodrigues. Fonte: Google Street View.
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9. Museu Parque da Baronesa
10. Parque Dom Antônio Zattera Maior praça de Pelotas, é ponto de encontro para pessoas de toda a cidade e muito usada para passeios com pets, fim de semanas em família e esportes como corrida e skate. Conta com árvores de grande porte e portanto abriga inúmeros pássaros que podem ser ouvidos ao longo do dia. Em sua localidade, relaciona-se diretamente com os canteiros da Av. Bento (especialmente com as feiras de artesanato do fim de semana) e com o estádio Lobão da R. Padre Anchieta (em dias de jogo).
O Museu Municipal Parque da Baronesa é um dos principais pontos turísticos da cidade de Pelotas. Construído em 1863, tem grande valor histórico para a cidade, reunindo um acervo com enxovais, mobílias, bibelôs e vestuários do século XIX. Circundando a casa está uma grande área verde com assentos à sombra das inúmeras árvores do local. O parque é utilizado por famílias e amigos para confraternização. Dispõe de equipamentos como bancos e pracinha.
Figura 21. Museu da Baronesa. Foto: Divulgação Museu da Baronesa http://www. pelotasturismo.com.br/historias/145
Figura 22. Parque Dom Antônio Zattera. Foto: Autora.
11. Canteiros Av. Bento Gonçalves Hoje utilizados majoritariamente como estacionamento, os canteiros da Bento tiveram inicialmente caráter de passeio público. Parcela deles pode ser considerada histórica por fazer parte do primeiro loteamento de Pelotas. Em história mais recente, também foram utilizados para lazer pela população com a presença de food trucks. Hoje os canteiros comportam pequenos comerciantes e, aos fins de semana, feiras de artesanato.
Figura 23. Canteiros da Bento. Foto: Google Street View.
20
PROPOSTA ÁREAS VERDES Dentro da aproximação do centro, área que foi definida objetivando englobar as praças históricas do primeiro e segundo loteamento de Pelotas, a análise de áreas verdes foi feita levando em conta o papel de cada uma delas para a cidade e seu entorno. Observando seus usos e refletindo sobre suas potencialidades, entende-se que algumas praças atendem às necessidades de seu bairro e entorno imediato, enquanto outras atendem a pessoas de toda a cidade, devido a fatores como conectividade urbana e os pontos atrativos de cada local. Algumas áreas como, por exemplo, o largo do mercado, estão próximas de serviços que interessam à cidade como um todo, além de dispor de pontos de ônibus próximos, e portanto têm este potencial de atrair pessoas de todos os bairros; o que não exclui a necessidade de praças menores espalhadas em maior quantidade pela cidade para atender a uma demanda menor de pessoas cada, dispondo de equipamentos para servir os moradores locais. Nas páginas a seguir, são definidas diretrizes para a qualificação das áreas verdes, visando atingir suas maiores potencialidades, além de propostas de novas áreas verdes em vazios urbanos existentes.
LEGENDA
Praças históricas de interesse para a cidade Praças propostas de interesse para a cidade Praças históricas de interesse local Praças de interesse local
N
Figura 24. Áreas verdes de Pelotas. Mapa editado pela autora. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas
21
Praças propostas de interesse local
PROPOSTA PARA ÁREAS VERDES DE INTERESSE PARA A CIDADE PARQUE DA BARONESA • inserção de mobiliário de estar • desenvolvimento de estrutura de suporte a eventos culturais • trabalho de pisos, caminhos e vegetações rasteiras
PARQUE DOM ANTÔNIO ZATTERA • pontos de iluminação baixa e na altura do pedestre • inserção de mobiliário de estar • área destinada a eventos municipais como a feira do livro • infraestrutura de apoio para atletas (corredores, ciclistas) • tratamento de caminhos com pisos e vegetação rasteira
CANTEIROS BENTO GONÇALVES (trecho McDonald’s) • inserção de mobiliário de estar • ajuste da topografia (nivelar) • playground; área infantil
PROPOSTA PARQUE SKATE • grande pista de skate para comportar os usuários da pequena pista do parque Dom Antônio Zattera • vegetação de grande porte para sombreamento • arquibancada para plateia em campeonatos e mobiliário de estar
PROPOSTA PARQUE URBANO • estrutura de apoio à feira • pista de corrida, ciclovia, academia ao ar livre • playground; área infantil • mobiliário de estar • preservação do banhado CANTEIROS BENTO GONÇALVES (trecho parque - estádio) • inserção de mobiliário de estar • espaço para feirantes de artesanato, foodtrucks e vendedores ambulantes
LARGO DE PORTUGAL • destaque para o valor histórico da estação férrea • designação de um local apropriado para os skatistas que usam a praça
PRAÇA JOSÉ BONIFÁCIO • destaque para a catedral e seu caráter histórico e cultural • melhor iluminação
CANTEIROS SALDANHA MARINHO • inserção de grama e vegetações rasteiras
CANTEIROS BENTO GONÇALVES (trecho Berola) • inserção de mobiliário de estar • academia ao ar livre • playground
PRAÇA 20 DE SETEMBRO • pontos de iluminação na altura do pedestre • inserção de mobiliário de estar • vegetação rasteira • inserção de banco ao longo do muro da R. Mal. Floriano e pintura com grafite para o lado de dentro da praça • aumento da área de playground PRAÇA PIRATININO DE ALMEIDA • maior iluminação • inserção de mobiliário de estar • tratamento de caminhos com pisos e vegetação rasteira
PRAÇA CEL. PEDRO OSÓRIO • destaque para o valor histórico e cultural da área • pontos de iluminação de piso • vegetação rasteira • transferência de grandes eventos para áreas verdes mais espaçosas
LEGENDA N
Praças históricas de interesse para a cidade Praças propostas de interesse para a cidade 22
Figura 25. Áreas verdes de Pelotas. Mapa editado pela autora. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas
LARGO DO MERCADO • iluminação de piso
REFERÊNCIAS PARA PARQUES PROPOSTOS PROPOSTA PARQUE SKATE
PROPOSTA PARQUE URBANO
Figura 31. Parque da Gare / IDOM. Foto: Pau Iglésias. Fonte: Archdaily.
Figura 26. IAPI Skate Park, Foto: Rodrigo D. via Foursquare
Figura 27. Skatepark e Centro de Convivência La Duna / Oficina de Vinculación UNAM + Valia Wright + Eduardo Peón + Elías Group. Foto: Onnis Luque. Fonte: Archdaily.
Figura 29. Parque da Gare / IDOM. Foto: Pau Iglésias. Fonte: Archdaily.
Figura 28. IAPI Skate Park, Foto: Luiz Fabiano V. via Foursquare
Figura 30. Instalações esportivas em Sant Francesc Xavier / MCEA Arquitectura. Foto: Gonzalo Ballester Rosique.
23
Figura 32. Área coberta para feira - Parque da Gare / IDOM. Foto: Marcelo Donadussi. Fonte: Archdaily.
Figura 33. Parque da Gare / IDOM. Foto: Pau Iglésias. Fonte: Archdaily.
Figura 34. Parque da Gare / IDOM. Foto: Marcelo Donadussi. Fonte: Archdaily.
Figura 35. Área coberta - Parque Alberto Simões / IDOM. Foto: Maíra Acayaba. Fonte: Archdaily.
PROPOSTA PARA ÁREAS VERDES DE INTERESSE LOCAL PROPOSTA GERAL PARA ÁREAS VERDES NÃO ESPECIFICADAS • inserção de mobiliário de estar • iluminação adequada • trabalho de pisos/vegetação rasteira • playground (se a área permitir)
CANTEIROS BENTO GONÇALVES (trecho brigada militar) • estacionamento • bancos
CANTEIROS BENTO GONÇALVES (trecho Colégio Pelotense) • parque linear voltado à população jovem/adolescente • trabalho de pisos para criação de caminhos • inserção de árvores para sombreamento • inserção de mobiliários de estar • instalação de iluminação • quadra poliesportiva • playground
PROPOSTA PRAÇA UNIVERSITÁRIA • praça voltada ao público universitário • mobiliário de estar • espaço para vendedores de salgados, doces etc. • inserção de vegetação de médio porte • integração do muro com grafite existente ao paisagismo
PROPOSTA PRAÇA INFANTIL • área de playground, levando em conta a proximidade com a escola infantil • integração com as áreas verdes abaixo por meio de caminhos e pisos • quadra poliesportiva • aumento e consertos no playground • vegetação rasteira
LEGENDA
Praças históricas de interesse local
N
Praças de interesse local Praças propostas de interesse local
Figura 36. Áreas verdes de Pelotas. Mapa editado pela autora. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas
24
PRAÇA DOMINGOS RODRIGUES • inserção de mobiliário de estar • vegetação rasteira • plantio árvore no canteiro central
REFERÊNCIAS PARA PRAÇAS PROPOSTAS PROPOSTA PRAÇA UNIVERSITÁRIA
PROPOSTA PRAÇA INFANTIL
Figura 42. Mobiliário infantil - Boulevard White Flowers / Project Group 8 + PARK. Foto: Daniil Shvedov. Fonte: Archdaily.
Figura 37. Praça da Saudade / Natureza Urbana. Foto: Meireles Junior. Fonte: Archdaily.
Figura 38. Praça da Saudade / Natureza Urbana. Foto: Meireles Junior. Fonte: Archdaily.
Figura 39. Praça Fonte Nova / José Adrião Arquitetos. Foto: Fernando Guerra. Fonte: Archdaily.
Figura 43. Mobiliário infantil - Boulevard White Flowers / Project Group 8 + PARK. Foto: Daniil Shvedov. Fonte: Archdaily.
Figura 44. Tronco como mobiliário - Na Natureza Selvagem / Openfabric + Dmau. Foto: Daryl Mulvihill. Fonte: OpenFabric.
Figura 40. Requalificação de Praças em Catanduva / Rosa Grena Kliass Arquiteta + Barbieri + Gorski Arquitetos Associados. Foto: Ana Mello. Fonte: Archdaily.
Figura 41. Praça Huerto San Agustín / Jaramillo Van Sluys Arquitectura + Urbanismo. Foto: Sebastián Crespo. Fonte: Archdaily.
Figura 45. Bicho, Teatrinho e Fogo / Roberto Cremascoli + Nicolò Galeazzi + Ivo Poças Martins. Foto: atelier XYZ. Fonte: Archdaily.
Figura 46. Bicho, Teatrinho e Fogo / Roberto Cremascoli + Nicolò Galeazzi + Ivo Poças Martins. Foto: atelier XYZ. Fonte: Archdaily.
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4
ANÁLISE DE REFERÊNCIAS Boulevard White Flowers Na Natureza Selvagem Micro Parque Comunidade de Songzhuang
27 30 32
26
Análise referencial
BOULEVARD WHITE FLOWERS
Local: Kazan, Rússia Arquitetos: PARK, Project Group 8 Área: 170.000 m² Ano: 2018 O Boulevard White Flowers é um espaço público localizado na Rússia e pro-
jetado com participação dos moradores de seu distrito em 2018. O parque foi implantado no local de um antigo estacionamento. O conflito constante entre carros e pedestres era perigoso, pois não havia rota de pedestres entre as casas,
pontos de ônibus e a escola. O parque foi considerado relevante para análise por seu interessante traçado misto, ora orgânico e ora retilíneo, além da existência de elementos construídos, semelhante ao que há no Parque Dom Antônio
/ PROJECT GROUP 8 + PARK
Zattera. O projeto apresenta um agradável trabalho de pisos criando diferentes espaços sem a necessidade de muitos outros elementos, além de ter uma boa organização de seus diversos usos. O projeto deliberada-
mente não foi feito como uma avenida padrão. Como é um espaço público local para residentes locais, e não um parque da cidade, existem muitos cenários de uso, rotas e locais diferentes. As áreas infantis tam-
bém são boa referência porque, apesar de simples, são únicas, atrativas e trabalham com diferentes alturas. Por fim, o uso de elementos destaque como coberturas orgânicas e fontes d’água dão mais vida e tridimensionalidade ao projeto.
Figura 47. Implantação. Fonte: Landezine
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1
2 5
3
2
6
4
Figura 49. Implantação. Fonte: Landezine.
Localização das vistas 3D
3
4
1
Figura 50. Caminhos. Imagem editada pela autora. Fonte: Landezine.
Caminhos principais
Caminhos secundários
Figura 51. Implantação. Imagem editada pela autora. Fonte: Landezine.
Lazer ativo
Lazer passivo
Edificação - comércio
Edificação - restaurante
caminhos principais retilíneos ligados por caminhos internos arredondados criando desenhos com os canteiros
5
6 coberturas leves
cantos arredondados
Figura 48. Esquemas 3D disponibilizados pelo escritório. Fonte: Landezine. https://landezine-award. com/park-instead-of-parking-the-white-flowers-boulevard/
Figura 52. Vista aérea. Foto: Aquabrand. Fonte: Archdaily.
28
trabalho de pisos
Figura 53. Vista aérea. Foto: Daniil Shvedov. Fonte: Archdaily.
uso de diferentes alturas
materiais naturais (madeira)
complexo de jogos feito abstratamente para desenvolver a imaginação das crianças e não limitálas a uma maneira
colinas com túneis
Figura 54. Mobiliário infantil. Foto: Daniil Shvedov. Fonte: Archdaily.
Figura 55. Mobiliário infantil. Foto: Daniil Shvedov. Fonte: Archdaily.
uso de cores e formas orgânicas elementos de escalada
materiais naturais (lascas de madeira) Figura 56. Mobiliário infantil. Foto: Daniil Shvedov. Fonte: Archdaily.
Figura 57. Mobiliário infantil. Foto: Daniil Shvedov. Fonte: Archdaily.
29
Análise referencial
NA NATUREZA SELVAGEM / OPENFABRIC + DMAU
Local: Den Haag, Países Baixos Arquitetos: Dmau, Openfabric Área: 5100 m² Ano: 2015 Descrição dos arquitetos: “Brincar é encontrar um lugar no mundo e dar sentido a esse
mundo. Criamos uma planta que busca justapor dois mundos diferentes. O feito pelo homem e o natural. A planta tem um exterior urbano e um interior natural selvagem, cada espaço contem um tipo de jogo diferente.”
O projeto foi considerado relevante para análise pelo traçado orgânico harmonicamente justaposto às formas retilíneas das quadras esportivas. O terreno quadrado também assemelha-se à proporção do
terreno do Parque Dom Antônio Zattera. Além disso. chama atenção o uso de cor e de relevos. O playground também é criativo e lúdico, além de agradável esteticamente e portanto funciona como exemplo.
Figura 59. Esquema de processo projetual. Fonte: Archdaily.
Figura 58. Implantação. Fonte: Archdaily.
30
Figura 60. Vista explodida das camadas de piso. Fonte: Archdaily.
Figura 61. Quadra esportiva. Foto: Daryl Mulvihill. Fonte: Archdaily.
Figura 62. Brinquedo de escalada. Foto: Jacopo Gennari Feslikenian. Fonte: Archdaily.
uma grande ilha verde
fita lúdica
espaço exterior “artificial” formal
espaço interno natural informal
Figura 63. Crianças brincando. Foto: Francesco Garofalo. Fonte: Archdaily.
Figura 65. Tronco como mobiliário. Foto: Daryl Mulvihill. Fonte: OpenFabric.
Figura 64. Banco curvo. Foto: Daryl Mulvihill. Fonte: Archdaily.
31
Análise referencial
MICRO PARQUE COMUNIDADE DE SONGZHUANG / CROSSBOUNDARIES
Local: Beijing, China Arquitetos: Crossboundaries Área: 5900 m² Ano: 2021 Segundo os arquitetos: “O parque foi criado para se adequar ao
local, com uma escolha de material e vegetação, combinada com uma configuração espacial cuidadosamente projetada. O principal componente da estrutura é uma parede de tijolos cinza perfurada
com assentos integrados em áreas designadas, alternando com uma camada inferior dupla de aço Corten perfurado.” O terreno em L tem seus espaços ligados por uma pista amarela contí-
nua, criando uma série de “salas” ao ar livre que estimulam diferentes tipos de atividades sem restrições. O projeto foi escolhido para análise tanto por sua escala (semelhante ao do projeto a ser desenvol-
vido) quanto por sua grande atratividade que se dá graças ao uso de cores vibrantes, volumes cheios e vazios que criam jogos de luz e sombra e traçado dinâmico.
Figura 67. Ilustração. Fonte: Archdaily.
Figura 68. Ilustração. Fonte: Archdaily.
Figura 69. Ilustração. Fonte: Archdaily.
Figura 66. Implantação. Fonte: Archdaily.
32
Figura 70. Ilustração. Fonte: Archdaily.
uso de diferentes ângulos, dando dinamismo ao espaço e proporcionando ao usuário a sensação de descoberta durante o percurso
Figura 71. Análise dos tipos de atividades. Vista axonométrica editada pela autora. Fonte: Archdaily.
trabalho de cheios e vazios nas paredes, despertando a curiosidade do usuário e incentivando a criatividade especialmente do público infantil
Figura 72. Parede interativa. Foto: Yu Bai. Fonte: Archdaily.
desenho angular das paredes repete-se nos pisos criando caminhos interessantes
bancos perfurados evitando acúmulo de água da chuva e criando jogo de sombras
locais de descanso dentro do “labirinto” criado pelas paredes
piso amarelo destaca-se no desenho e guia o percurso
sensação de que o interior está com a luz acesa, como numa sala, devido a pintura amarela
uso de diferentes cores e texturas Figura 73. Bancos amarelos. Foto: Chaoying Yang. Fonte: Archdaily.
Figura 74. Vista de pássaro. Foto: Yu Bai. Fonte: Archdaily.
33
Figura 75. Banco perfurado. Foto: Yu Bai. Fonte: Archdaily.
Figura 76. Paredes amarelas. Foto: Chaoying Yang. Fonte: Archdaily.
contraste entre paredes amarelas e piso de concreto
espelho como elemento interativo; percepção da pessoa e sua inserção no espaço
espaço de execução simples, porém lúdico Figura 77. Criança explorando. Foto: Yu Bai. Fonte: Archdaily.
Figura 78. Parede com espelho. Foto: Yu Bai. Fonte: Archdaily.
vazios nas paredes comportam-se como molduras iluminação baixa e difusa cria ambiente agradável a noite e garante a sensação de segurança sem perturbar a fauna local (pássaros nas árvores)
Figura 80. Circulação iluminada. Foto: Yu Bai. Fonte: Archdaily.
Figura 79. Circulação iluminada. Foto: Yu Bai. Fonte: Archdaily.
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Figura 81. Planta de situação editada pela autora. Fonte: MUB - Prefeitura Municipal de Pelotas.
APRESENTAÇÃO DO LOCAL O terreno trabalhado é o Parque Dom Antônio Zattera, localizado no bairro centro da cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul. O Parque tem, segundo o MUB de Pelotas, 34.840,60m². Sendo localizado no encontro entre zona central e zona norte, é um ponto de conexão da cidade, tendo uma de suas fachadas na Av. Bento Gonçalves, via de tráfego intenso e grande importância histórica. O Parque apresenta quantidade satisfatória de vegetação de grande e médio porte no que tange à penetração de insolação e sua topografia é majoritariamente plana. Sua extensa área, boa localização e bela vegetação existente apresentam potencial para fazer deste um parque urbano de referência para a cidade de Pelotas.
Figura 83. Imagem de satélite editada pela autora evidenciando o terreno. Fonte: Google Earth
barragem três vendas
areal fragata
são gonçalo laranjal centro
porto
Figura 82. Imagem de satélite da cidade de Pelotas. Fonte: Google Earth.
36
CONTEXTO HISTÓRICO O parque surgiu em 1875 como Praça General Câmara, e em 1893 foi rebatizado para Praça Júlio de Castilhos. Lá, foi instalado o Chafariz dos Cupidos, que depois foi transferido para a Praça Cipriano Barcelos. No passado, o parque já abrigou um mini zoológico, tornando-o conhecido popularmente por “Praça dos Macacos”. Hoje, o parque encontra-se tombado pelo IPHAN, juntamente com seus dois sanitários, um conjunto de cinco residências particulares, a Igreja Luterana e o Asilo de Mendigos. No parque é onde ocorrem os eventos cívicos mais tradicionais da cidade, como os desfiles de 7 e 20 de setembro. Dom Antônio Zattera foi o quarto bispo de Pelotas, que exerceu papel fundamental na criação de escolas católicas de ensino superior na cidade. Figura 86. Primeiro loteamento de Pelotas. (GUTIERREZ, 1999)
Figura 84. Homens em frente ao banheiro da praça. Autor desconhecido. Olhares sobre Pelotas via Facebook.
Figura 85. Menina ao lado do mini zoológico na década de 1960. Foto: Arthur Victoria Silva via Facebook.
A rua onde situa-se o terreno, Av. Bento Gonçalves, inicialmente chamava-se Passeio Público, como é possível ver acima na representação do primeiro loteamento de Pelotas. Hoje, o caráter de passeio da avenida foi desconfigurado com o uso dos canteiros centrais como estacionamento, dando prioridade ao automóvel ao invés do pedestre. Ao ocupar um espaço público com estacionamento, é negado o potencial de área verde de qualidade à população e torna o parque menos convidativo. Além dos eventos específicos como os desfiles tradicionalistas, o parque já foi um local muito movimentado nos fins de semana. Era um local de encontro e lazer, com atrativos como o parquinho, vendedores ambulantes e lancherias da Av. Bento.
Figura 87. Parquinho na praça em 1995. Foto: Matheus Pereira via Facebook.
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Figura 88. Apresentação em frente ao altar da pátria. Foto: Jandir Barreto via Facebook.
Figura 89. Parquinho na praça em 1995. Foto: Matheus Pereira via Facebook.
LEVANTAMENTO GERAL 196,08
177,06
177,06
rua padre anchieta
rua andrade neves
rua dr. amarante
av. bento gonçalves
197,26
0
10
20
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Figura 90. Implantação. Fonte: autora.
38
FACES DE QUADRA EM SEQUÊNCIAS DE FOTOS
Rua Andrade Neves
Figura 91. Fotografias do terreno. Fonte: autora.
Rua Dr. Amarante
Figura 92. Fotografias do terreno. Fonte: autora.
Av. Bento Gonçalves
Figura 93. Fotografias do terreno. Fonte: autora.
Rua Padre Anchieta
Figura 94. Fotografias do terreno. Fonte: autora.
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1. Academia Pelotense de Letras
ELEMENTOS CONSTRUÍDOS
1
4
2
Figura 96. Academia Pelotense de Letras. Foto: autora.
2. Cruz
3
Figura 97. Monumento da cruz. Foto: autora.
3. Pista de skate
5 6 7
11 8
9
10 N
Figura 98. Pista de skate. Fonte: https://campeonatosdeskate.com. br/2014/09/03/aniversario-da-pista-publica-de-pelotas.html
Figura 95. Ortofoto do terreno fornecida pela Prefeitura Municipal de Pelotas.
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4. Escola Municipal Ruth Blank
5. Banheiro 1
6. Banheiro 2
Figura 99. Escola. Foto: autora.
7. Monumento à Bíblia
Figura 100. Banheiro. Foto: autora.
8. Monumento à Pátria
Figura 102. Monumento à bíblia. Foto: autora.
Figura 101. Banheiro. Foto: autora.
9. Busto Gal. Bento Gonçalves da Silva
Figura 103. Monumento à pátria. Foto: autora.
41
Figura 104. Homenagem ao Gal. Bento Gonçalves, figura histórica que nomeia a avenida em que a o parque está inserido. Foto: autora.
10. Monumento Marinha do Brasil
11. Busto Dr. Joaquim Rasgado - Homenagem ao saber e à bondade
Figura 105. Monumento Marinha do Brasil. Foto: autora.
Figura 106. Homenagem ao Dr. Joaquim Rasgado. Foto: autora.
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PONTOS DE INTERESSE
asilo de mendigos
igreja são joão
academia milenium duo
posto do guga
crossfit pelotas estádio boca do lobo clínica amor saúde
churrascaria lobão
canteiro av. bento gonçalves
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Figura 107. Ortofoto fornecida pela Prefeitura Municipal de Pelotas.
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USO DO SOLO
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No mapa observa-se o predomínio do uso comercial no entorno do terreno. A área conta com academias, restaurantes, docerias, botecos, floriculturas, lojas de móveis... O uso comercial indica a demanda por equipamentos e espaços de apoio aos diversos consumidores, reforçando a vocação do projeto como área verde para a cidade. Como uso cultural destaca-se o Estádio Boca do Lobo, fundado em 1908, sendo assim histórico para a cidade. O estádio reúne inúmeros torcedores em dias de jogo e a Churrascaria Lobão, anexada ao estádio, também lota aos fins de semana. Sendo assim, este uso impactará diretamente as decisões de projeto do Parque, especialmente na área que faceia a Rua Padre Anchieta.
LEGENDA Uso comercial Uso residencial Uso institucional Uso cultural Imóvel abandonado Imóvel desocupado (aluga-se)
Figura 108. Mapa de usos do solo. Fonte: MUB editado pela autora.
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ALTURAS Analisando o mapa, é perceptível que o terreno não é rodeado de grandes alturas; a maioria dos edifícios mais próximos estão entre 1 e 3 andares. Graças à volumetria do entorno, o Parque recebe boa insolação e não é afetado por sombras longas.
LEGENDA 1 andar 2 andares 3 andares 4 andares 6 andares
Figura 109. Mapa de alturas. Fonte: MUB editado pela autora.
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6
PROJETO: O PARQUE Conceito Observações feita in loco Programa Processo projetual Estudos Implantação Alterações na vegetação Elementos construídos a serem modificados Perspectivas
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CONCEITO O Parque Dom Antônio Zattera, hoje, apresenta-se como um local sem caráter definido, apesar de ter diferentes usos por sua extensão – todos, entretanto, afunilando-se para o intuito da interação social. Mesmo um local sem equipamentos adequados é ocupado pela população afim de jogar, conversar, caminhar, se encontrar. O conceito do projeto, assim, busca beneficiar-se do potencial social desta área verde, tendo como principal pilar as relações interpessoais e, assim, promover o encontro. Resgatar o teor de passeio público da área, juntamente dos canteiros da Av. Bento Gonçalves que tiveram esse caráter apagado pela inserção de estacionamentos. O projeto é pensando de forma a trazer para o cotidiano a vivacidade percebida nas fotos históricas de desfiles de 20 de setembro, apresentações de bandas das escolas da cidade – apropriar-se deste histórico, ressignificando para um desfile público horizontal.
desfile [resgate do passeio público]
47
OBSERVAÇÕES FEITAS IN LOCO muitas pessoas passeando e brincando com cachorro muitas famílias, pais e filhos, idosos movimento intenso no fim de semana comparado aos outros dias menos movimento pela andrade neves e pelas “costas” da praça, muito mais movimento pelo lado da bento. faltam elementos atrativos espalhados pelo terreno para evitar concentrações vs. vazios várias pessoas levando cadeiras de praia e chimarrão para ficar sentadas conversando na grama. falta mobiliário de estar crianças jogando bola - interessante pensar em um playground maior e área esportiva vários ciclistas e corredores; membros das duas academias próximas costumam correr no perímetro do parque, logo seria útil uma pista a parte com distâncias demarcadas
Figura 110. Anotações sobre imagem. Foto: autora.
domingo tem feirinha na bento com muitos artesanatos, mdf, crochê. movimento interessante de pessoas o local mais lotado é o parquinho, seguido pela quadra de futebol, demonstrando a necessidade de mais equipamentos de atração e que áreas verdes por si só não são suficientes para gerar ocupação vários vendedores ambulantes de pipoca, doces etc. que poderiam ter um local abrigado para realizar suas atividades necessária reforma nos banheiros Figura 111. Anotações sobre imagem. Foto: autora.
48
para sentar na sombra das árvores e observar a rua.
PROGRAMA A definição dos usos do programa foi feita analisando as atividades que já ocorrem ou ocorreram no parque, por meio de visitas in loco e pesquisas em páginas de Pelotas na internet. A distribuição de usos foi feita, sobretudo, visando uma ocupação igualitária do terreno. Hoje, apesar de bem arborizado por toda sua extensão, o Parque tem usos concentrados em pequenas áreas enquanto outras regiões apresentam-se como grandes vazios sem uso definido, gerando insegurança e não atingindo o potencial oferecido pelo sítio. Por esse motivo, áreas que costumam atrair muitos usuários e gerar movimento como o playground infantil e a cafeteria são inseridos na zona norte do terreno, atualmente a menos ocupada.
Assim, observando o parque que dispõe de boa vegetação mas pouca ocupação, conclui-se que espaços verdes por si só não criam vida e movimento, são necessários elementos atrativos e usos indicados. Sendo assim, o projeto é pensado de forma a entregar ao usuário atrativos por toda a extensão do parque, convidando ao passeio e à descoberta do espaço, incentivando a ocupação da área e sua utilização completa. PROGRAMA Feiras e eventos Playground infantil Lazer 3ª idade Cafeteria/lancheira
A ocupação do espaço pelos usuários se dá por vários fatores: conforto térmico e visual, presença de mobiliário de estar, caminhos bem definidos, mas, acima de tudo, por pontos atrativos. Em sua atual existência, os locais mais ocupados do Parque são o playground, onde o atrativo são os brinquedos para as crianças, a quadra esportiva, onde o atrativo é o encontro e os jogos de futebol, e as esquinas e calçadas do Parque, em especial as voltadas para a Av. Bento Gonçalves, em que o atrativo não é o Parque em si, mas o movimento em seu entorno - os usuários levam cadeiras de praia
Quadra poliesportiva Academia ao ar livre Playground adulto/adolescente Espaço pets Espaço de contemplação Corrida Banheiros N
49
PROCESSO PROJETUAL 1
definição dos caminhos principais
2
criação de curvatura nos caminhos diagonais
4
criação de cobertura com formato do piso central para comportar feiras e eventos e adição de um caminho secundário ligando os principais e repetindo as formas irregulares arredondadas
continuação da rua quinze de novembro que é interrompida pelo lote do parque
diagonais atendendo ao pedestre que queira atravessar o parque pela menor distância possível
3
delimitação de usos com polígonos irregulares arredondados e adição de uma pista de corrida pelo perímetro interno
caminho secundário permitindo acesso por pavimento a todos espaços criados
50
ESTUDOS
51
IMPLANTAÇÃO
LEGENDA rua dr. amarante
rua andrade neves
3
4 5
5,51
6
1
rua padre anchieta
2
7
1
Cobertura para feiras e eventos
2
Playground infantil
3
Lazer 3ª idade
4
Cafeteria/lancheira
5
Quadra poliesportiva
6
Academia ao ar livre
7
Playground adulto/adolescente
8
Espaço pets
9
Espaço de contemplação
10
Banheiros
9 8
7,51
10 10
Faixas de segurança elevadas
0,15
Alinhamento dos desenhos dos canteiros
0,15
av. bento gonçalves
Fechamento da passagem de veículos entre canteiros na Quinze de Novembro para melhor utilização do canteiro central N 0
52
10
20
rua padre anchieta
rua andrade neves
av. bento gonçalves
rua quinze de de novembro
0,00 0,15
ALTERAÇÕES NA VEGETAÇÃO
LEGENDA Vegetação existente a manter Vegetação existente a remover/realocar Vegetação a inserir
0,00
0,15
N 0
53
10
20
ELEMENTOS CONSTRUÍDOS A SEREM MODIFICADOS Academia Pelotense de Letras
Escola Municipal Ruth Blank
Pintura da edificação e adição de spots de iluminação. Utilização do local para realização de oficinas e aulas de arte, escrita etc. preenchendo as lacunas dentro da programação da Academia, evitando que o prédio fique fechado por grandes períodos de tempo (como é o caso atualmente) e incentivando a cultura, algo tão prezado pelo povo pelotense.
rua dr. amarante
r u a p ad r e a n c h i e t a
Remoção da pista e transferência das atividades para o Parque Skate proposto anteriormente (Capítulo 3, “Proposta para áreas verdes de interesse para a cidade”) no terreno ocioso localizado na Av. Bento Gonçalves, a apenas 6 quadras de distância do Parque Dom Antônio Zattera, em frente ao Colégio Pelotense (lotes 1715, 1763, 1769, 338 e 348 de acordo com o MUB). Entende-se que as atividades de skateboarding seriam melhor comportadas em uma área como a proposta: um terreno de grande porte, bem localizado no que tange à proximidade do centro e de linhas de ônibus, e com pouca ou quase nenhuma vegetação de grande porte, permitindo a construção de pistas espaçosas e com formatos criativos sem a interferências de elementos pré-existentes. A pista existente no Parque já passou por inúmeras reformas, pois claramente não está atendendo adequadamente ao seu público alvo. Sendo assim, avalia-se como mais benéfico entregar à população um projeto de qualidade e de escala adequada em outro lote do que continuar fazendo pequenas mudanças dentro de um parque que não apresenta a área livre necessária para o projeto.
rua andrade neves
Pista de Skate
av. bento gonçalves
0
54
10
Redesignação do uso da edificação para uma lancheria/cafeteria. Ainda que a escola já esteja estabelecida neste local, entende-se que as demandas básicas da cidade, como as de educação, devem ser atendidas pela prefeitura dentro da malha urbana de Pelotas, e é inadequado o uso de porção de uma área verde para este fim. Justifica-se uma mudança desta magnitude visto que propõe-se um novo projeto para todo o Parque, e não há porque persistir em um erro de gestão. Existem, no entorno imediato, alternativas para abrigar a escola, como parte do Asilo de Mendigos ou mesmo o lote 48 na Av. Domingos de Almeida que encontra-se vazio. A inserção da escola em nada contribui para a segurança e atratividade do Parque, pondo que é uma edificação cercada que gera uma fachada cega em seus fundos, onde hoje há o playground infantil. Os horários de movimento na escola são limitados, então por estendidos períodos de tempo esta é uma edificação ociosa no Parque, apresentando-se apenas como barreira visual. A utilização do local para fins gastronômicos incitará movimento e permitirá que o prédio seja mais permeável visualmente, contribuindo para a sensação de segurança do usuário, com a utilização de grandes portas de vidro e a retirada da cerca que hoje é necessária por causa das crianças. Não obstante, este estabelecimento pode manter-se aberto por períodos maiores do que a escola, como nos fins de semana (dias em que o Parque é mais procurado pelos pelotenses). Pretende-se também reduzir a edificação, removendo os acréscimos que foram sendo construídos no prédio original. A manutenção da parte original da edificação justifica-se pela qualidade arquitetônica da mesma e por ser uma edificação representativa da arquitetura gaúcha da década de 1960-70. 20
N
PERSPECTIVAS Parque visto do canteiro da Av. Bento Gonçalves.
55
PERSPECTIVAS Caminho principal ornado por palmeiras visto pela Av. Bento Gonçalves.
56
PERSPECTIVAS Esquina Av. Bento Gonçalves e Rua Andrade Neves.
57
PERSPECTIVAS Caminho principal ornado por palmeiras visto pela Rua Dr. Amarante.
58
PERSPECTIVAS Espaço pets – local cercado para soltar cachorros da coleira para correrem em segurança.
59
PERSPECTIVAS Caminhos principais convergindo na área coberta.
60
PERSPECTIVAS Início da pista de corrida em frente ao Altar da Pátria.
61
PERSPECTIVAS Playground infantil.
62
PERSPECTIVAS Vista do pedestre sob a cobertura de madeira.
63
PERSPECTIVAS Playground adulto/adolescente.
64
PERSPECTIVAS Encontro entre caminho principal e pista de corrida.
65
PERSPECTIVAS Quadra poliesportiva.
66
PERSPECTIVAS Local de encontro e espera em frente à quadra poliesportiva.
67
PERSPECTIVAS Playground infantil.
68
PERSPECTIVAS Caminho principal passando pela academia ao ar livre e quadra poliesportiva visualizando a cobertura.
69
PERSPECTIVAS Caminho secundário sinuoso passando entre as árvores na área de vegetação mais densa.
70
PERSPECTIVAS Academia ao ar livre.
71
VISTAS ORTOGONAIS Vista superior do Parque.
72
VISTAS ORTOGONAIS Vista superior do playground infantil.
73
VISTAS ORTOGONAIS Vista superior do playground adulto/adolescente.
74
VISTAS ORTOGONAIS Vista superior da quadra poliesportiva.
75
VISTAS ORTOGONAIS Vista superior da academia.
76
VISTAS ORTOGONAIS Vista superior do Parque.
77
BIBLIOGRAFIA GEHL, Jan. Cidades Para Pessoas. 3ª. ed. Perspectiva, 2010. LERNER, Jaime. Urban Acupunture: Celebrating Pinpricks of Change that Enrich City Life. Island Press, 2014. NEUFERT, E. Arte de projetar em arquitetura. 18. ed. São Paulo: Gustavo Gili, 2013. JACOBS, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2011. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ARBORIZAÇÃO URBANA – SBAU. Carta a Londrina e Ibiporã. Boletim Informativo, v. 3, n. 5, p. 3, 1996. GUTIERREZ, Ester J. B. Barro e sangue: mão-de-obra, arquitetura e urbanismo em Pelotas. (1777-1888). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1999. FERNANDES, Lívia Winkel. Acessibilidade em Praças e Parques: o caso do Parque Dom Antônio Zattera em Pelotas - RS. 2017. 218 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2017. PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS. Mapa Urbano Configurável | GeoPelotas. Disponível em: <https://geopelotas-pmpel. hub.arcgis.com/apps/4af66339f3254b7bacc6da4e69da98b4/ explore>. Acesso em: setembro de 2021. CIDADE DE PELOTAS. Patrimônios de Pelotas: Parque Dom Antônio Zattera. Disponível em: < http://www.pelotasturismo.com. br/historias/134 >. Acesso em: outubro de 2021. CIDADE DE PELOTAS. Patrimônios de Pelotas: Praça José Bonifácio. Disponível em: <http://www.pelotasturismo.com.br/historias/88>. Acesso em: outubro de 2021.
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LISTA DE FIGURAS Figura 1. Fonte: Valiphotos - Acervo: Pexels Figura 2. Foto: Autora. Figura 3. Foto: Leah Kelley - Acervo: Pexels Figura 4. Imagem de satélite do terreno e entorno. Fonte: imagem do Google Earth editada pela autora. Figura 5. Gráfico escaneado pela autora do livro Cidades Para Pessoas - Jan Gehl. Figura 6. Áreas verdes de Pelotas. Mapa editado pela autora. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas. Figura 7. Mapa editado pela autora com base nos dados do Plano de Mobilidade Urbana (PMU-01 e MPU-04/1) disponível no GeoPelotas. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas. Figura 8. Mapa editado pela autora com base no Plano de Mobilidade Urbana (PMU-05/1) disponível no GeoPelotas. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas. Figura 9. Áreas verdes de Pelotas. Mapa editado pela autora. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas Figura 10. Mapa editado pela autora com base nos dados do Plano de Mobilidade Urbana (PMU-01 e MPU-04/1) disponível no site GeoPelotas. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas. Figura 11. Mapa editado pela autora com base nos dados do Plano de Mobilidade Urbana (PMU-05/1) disponível no GeoPelotas e nas linhas de ônibus do Google Maps. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas. Figura 12. Áreas verdes de Pelotas. Mapa editado pela autora. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas. Figura 13. Chafariz da Praça Coronel Pedro Osório. Foto: https:// www.tripadvisor.com.br/LocationPhotoDirectLink-g775229-d4270074-i275081308-Praca_Coronel_Pedro_Osorio-Pelotas_ State_of_Rio_Grande_do_Sul.html Figura 14. Largo do Mercado. Foto: Paulo Rossi http://ecult.com. br/geral/livro-conta-a-historia-do-mercado-central-de-pelotas Figura 15. Catedral. Foto: https://bartprojects.wordpress. com/2016/05/22/retratos-e-relatos-pelotas-satolep-rs/?fbclid=-
IwAR2uxzB3WbrF8JW1IRPwhNyhYjFXkH4VUURraoFF7RHUM_hErqipD2VZs84 Figura 16. Caixa d’água. Fonte: http://pelotasturismo.com.br/estudante/113. Figura 17. Chafariz dos Cupidos, Praça Cipriano Barcelos. Fonte: diariodamanhapelotas.com.br/site/a-promessa-nao-realizada-do-pop-center/ Figura 18. Canteiros Saldanha Marinho. Fonte: Google Street View. Figura 19. Largo de Portugal. Fonte: https://www.pelotas.com.br/ noticia/requalificacao-do-largo-de-portugal-atinge-95-do-projeto Figura 20. Praça Domingos Rodrigues. Fonte: Google Street View. Figura 21. Praça Domingos Rodrigues. Fonte: Google Street View. Figura 22. Parque Dom Antônio Zattera. Foto: Autora. Figura 23. Canteiros da Bento. Foto: Google Street View. Figura 24. Áreas verdes de Pelotas. Mapa editado pela autora. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas Figura 25. Áreas verdes de Pelotas. Mapa editado pela autora. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas Figura 26. IAPI Skate Park, Foto: Rodrigo D. via Foursquare Figura 27. Skatepark e Centro de Convivência La Duna / Oficina de Vinculación UNAM + Valia Figura 28. IAPI Skate Park, Foto: Luiz Fabiano V. via Foursquare Figura 29. Parque da Gare / IDOM. Foto: Pau Iglésias. Fonte: Archdaily Figura 30. Instalações esportivas em Sant Francesc Xavier / MCEA Arquitectura. Foto: Gonzalo Ballester Rosique Figura 31-34. Parque da Gare / IDOM. Foto: Pau Iglésias. Fonte: Archdaily. Figura 35. Área coberta - Parque Alberto Simões / IDOM. Foto: Maíra Acayaba. Fonte: Archdaily Figura 36. Áreas verdes de Pelotas. Mapa editado pela autora. Fonte: MUB 2019 - Prefeitura Municipal de Pelotas Figura 37-38. Praça da Saudade / Natureza Urbana. Foto: Meireles Junior. Fonte: Archdaily. Figura 39. Praça Fonte Nova / José Adrião Arquitetos. Foto: Fernando Guerra. Fonte: Archdaily. 79
Figura 40. Requalificação de Praças em Catanduva / Rosa Grena Kliass Arquiteta + Barbieri + Gorski Arquitetos Associados. Foto: Ana Mello. Fonte: Archdaily. Figura 41. Instalações esportivas em Sant Francesc Xavier / MCEA Arquitectura. Foto: Gonzalo Ballester Rosique Figura 42-43. Mobiliário infantil - Boulevard White Flowers / Project Group 8 + PARK. Foto: Daniil Shvedov. Fonte: Archdaily. Figura 47. Implantação. Fonte: Landezine. Figura 48. Esquemas 3D disponibilizados pelo escritório. Fonte: Landezine. https://landezine-award.com/park-instead-of-parking-the-white-flowers-boulevard/ Figura 49. Implantação. Fonte: Landezine. Figura 50. Caminhos. Imagem editada pela autora. Fonte: Landezine. Figura 51. Implantação. Imagem editada pela autora. Fonte: Landezine. Figura 52. Vista aérea. Foto: Aquabrand. Fonte: Archdaily. Figura 53. Vista aérea. Foto: Daniil Shvedov. Fonte: Archdaily. Figura 54-57. Mobiliário infantil. Foto: Daniil Shvedov. Fonte: Archdaily Figura 58. Implantação. Fonte: Archdaily. Figura 59 Implantação. Fonte: Landezine. Figura 60 Vista explodida das camadas de piso. Fonte: Archdaily. Figura 61 Quadra esportiva. Foto: Daryl Mulvihill. Fonte: Archdaily. Figura 62 Brinquedo de escalada. Foto: Jacopo Gennari Feslikenian. Fonte: Archdaily. Figura 63 Crianças brincando. Foto: Francesco Garofalo. Fonte: Archdaily. Figura 64 Banco curvo. Foto: Daryl Mulvihill. Fonte: Archdaily. Figura 65 ronco como mobiliário. Foto: Daryl Mulvihill. Fonte: OpenFabric. Figura 66. Implantação. Fonte: Archdaily. Figura 67-70. Ilustração. Fonte: Archdaily. Figura 71. Análise dos tipos de atividades. Vista axonométrica editada pela autora. Fonte: Archdaily. Figura 72. Parede interativa. Foto: Yu Bai. Fonte: Archdaily. Figura 73. Parede interativa. Foto: Yu Bai. Fonte: Archdaily.
Figura 74. Vista de pássaro. Foto: Yu Bai. Fonte: Archdaily. Figura 75. Banco perfurado. Foto: Yu Bai. Fonte: Archdaily. Figura 76. Paredes amarelas. Foto: Chaoying Yang. Fonte: Archdaily. Figura 77-80. Fotos: Yu Bai. Fonte: Archdaily. Figura 81. Planta de situação editada pela autora. Fonte: MUB Prefeitura Municipal de Pelotas. Figura 82. Imagem de satélite da cidade de Pelotas. Fonte: Google Earth. Figura 83. Imagem de satélite editada pela autora evidenciando o terreno. Fonte: Google Earth. Figura 84. Homens em frente ao banheiro da praça. Autor desconhecido. Olhares sobre Pelotas via Facebook. Figura 85. Menina ao lado do mini zoológico na década de 1960. Foto: Arthur Victoria Silva via Facebook. Figura 86. Primeiro loteamento de Pelotas. (GUTIERREZ, 1999) Figura 87. Parquinho na praça em 1995. Foto: Matheus Pereira via Facebook. Figura 88. Apresentação em frente ao altar da pátria. Foto: Jandir Barreto via Facebook. Figura 89. Parquinho na praça em 1995. Foto: Matheus Pereira via Facebook. Figura 90-94. Fonte: autora. Figura 95. Ortofoto do terreno fornecida pela Prefeitura Municipal de Pelotas. Figura 96-97. Fonte: autora. Figura 98. Pista de skate. Fonte: https://campeonatosdeskate.com. br/2014/09/03/aniversario-da-pista-publica-de-pelotas.html Figura 99-106. Fonte: autora. Figura 107. Ortofoto do terreno fornecida pela Prefeitura Municipal de Pelotas. Mapa de usos do solo. Fonte: MUB editado pela autora. Figura 108. Mapa de usos do solo. Fonte: MUB editado pela autora. Figura 109. Mapa de usos do solo. Fonte: MUB editado pela autora. [Todas figuras do capítulo 6 são de autoria própria]. [Todos os ícones gráficos foram fornecidos gratuitamente pelo site Noun Project].
80
PARQUE URBANO DOM ANTÔNIO ZATTERA:
o centro e suas áreas verdes
obrigada! 81