LCIP - LSS - Patrícia Santos e Rafaela Rocha

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Licenciatura em Serviço Social Laboratório de Competências e Identidade Profissional

I. II.

Normas Internacionais Movimentos Associativos

27 de maio de 2015

Docente: Helena Almeida Discentes: Patrícia Santos, nº2014232033 Rafaela Rocha, nº2014216218


Ă?ndice

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Introdução No âmbito da unidade curricular de Laboratório de Competências e Identidade Profissional, lecionada pela docente Helena Almeida à turma de 1º ano da Licenciatura em Serviço Social da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, foi-nos proposta a realização de um trabalho de pesquisa. Por consenso do grupo, os assuntos selecionados para abordar estão subordinados a dois grandes temas: Normas Internacionais e Movimentos Associativos. Assim, neste escrito abordamos os Standars para o Trabalho Social com Adolescentes e o Centro de Pesquisa e Estudos Sociais. Relativamente ao primeiro tema, Standars para o Trabalho Social com Adolescentes, são expostos os standars que devem ser utilizados pelos assistentes sociais aquando da sua intervenção junto dos adolescentes. Este primeiro tópico teve por base uma pesquisa realizada pela National Association of Social Worker que pretende estabelecer padrões e normas que pautem e orientem estes profissionais no trabalho que elaboram conjuntamente com os adolescentes. No que diz respeito ao segundo tema, Centro de Pesquisa e Estudos Socias, é apresentado o centro de investigação, a sua missão e os seus objetivos, são enumeradas as suas as áreas de estudo e as linhas de investigação que segue, é explicada a sua organização interna e o modo de funcionamento, são divulgadas as suas parcerias e os serviços que oferece e é divulgada a sua principal publicação científica, a revista Campus Social.

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I. Normas Internacionais Standards para o Trabalho Social com Adolescentes O presente trabalho teve por fonte de referência o artigo do ano de 2003 da National Association of Social Worker, que corresponde à maior organização profissional de assistentes sociais que têm como objetivo que o trabalho desenvolvido por estes profissionais com adolescentes seja pautado por uma mobilização eficiente de competências, conhecimentos e valores (National Association of Social Worker, 2003). O artigo pretende estabelecer padrões, que definam e descrevam práticas profissionais no trabalho social com adolescentes, servindo como linhas orientadoras para os assistentes sociais, nas mais variadas situações com que se deparam, de forma, a que estes profissionais possam tornar os adolescentes em futuros adultos responsáveis e saudáveis (National Association of Social Worker, 2003). Outro dos objetivos apresentados é o atendimento das necessidades dos jovens de forma eficiente, para tal é fundamental ao assistente social realizar uma análise de todos os sistemas em que o adolescente interage, quer a nível individual, familiar e/ou comunitário, de forma a concentrar esforços com vista à promoção do bem-estar e prevenir futuros problemas para o jovem (National Association of Social Worker, 2003). Do ponto de vista estrutural do artigo, encontram-se presentes no documento treze partes distintas, que correspondem à introdução, seguida dos onze standards que devem pautar o trabalho do assistente social: conhecimento do desenvolvimento do adolescente, avaliação, conhecimento da dinâmica familiar, competências culturais, empowerment dos adolescentes, entendimento das necessidades dos adolescentes, consulta multidisciplinar, confidencialidade, ambiente de trabalho, advocacia e por último as políticas aplicadas no trabalho social (National Association of Social Worker, 2003). Na parte introdutória, o artigo aborda a adolescência como uma etapa de grande importância no desenvolvimento do ser humano e que corresponde a um período entre a infância e a idade adulta. Desta forma, este período é caracterizado 4


por uma fase de grandes mudanças de carácter biológico, psicológico e social bem como desafios aos quais o jovem terá de se adaptar e ajustar. Nesta fase, o individuo inicia uma exploração quer individual, quer do mundo a seu redor, criando e construído simultaneamente, um pensamento crítico e a sua independência. É no mundo a seu redor que se dá a criação de inter-relações com a família, comunidades e o meio-ambiente que vão ser fundamentais para que o desenvolvimento ocorra de forma saudável, proporcionado ao jovem um ambiente seguro e de apoio, afastado de qualquer tipo de violências, riscos físicos, mentais e emocionais, por forma ao adolescente ter oportunidade de estabelecer laços e conexões significativas. Neste marco do desenvolvimento humano, é importante a realização de atividades que demonstrem ao jovem quais as suas capacidades, talentos e habilidades para que o mesmo se sinta valorizado (National Association of Social Worker, 2003). Os ambientes inclusivos são assim bastante favoráveis e essenciais para que os jovens se sintam incentivados e se valorizem e para que os restantes elementos que os rodeiam os aceitem com naturalidade (National Association of Social Worker, 2003). As experiências realizadas neste período transitório vão ser marcantes e podem afetar drasticamente o bem-estar e a saúde do adolescente. A exclusão de jovens com graves problemas de saúde mental ou física, de jovens que vivem em famílias de acolhimento, de LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais), entre outros, leva a que estes apresentem mais predisposição para o consumo de substância proibidas, para a prática de atividades criminosas e atividades sexuais desprotegidas e oara o desenvolvimentos de doenças mentais que colocam em causa esse mesmo bem-estar (National Association of Social Worker, 2003). Desta forma, o papel do assistente social deve de ser o de compreender os jovens de forma a conseguir ajudar os adolescentes a obterem um estado de bemestar e saúde. Os assistentes sociais devem fornecer serviços tidos como essenciais nos ambientes, comunidades e sistemas sociais. Em suma, cabe ao assistente social atender às necessidades sentidas, ter conhecimento e compreender o processo de desenvolvimento que o jovem traçou (National Association of Social Worker, 2003). Relativamente aos standards, o standard número um corresponde ao conhecimento do desenvolvimento do adolescente. Neste parâmetro, o assistente 5


social deve ter conhecimento do crescimento e comportamento do jovem, incluindo os diferentes estágios de desenvolvimento, as suas necessidades, motivações, sentimentos e atividades, deve também deter conhecimentos acerca do papel da adolescência no crescimento físico, emocional e sexual do adolescente, saber qual a importância da independência, perceber de que forma se processou a educação transmitida ao longo do processo de desenvolvimento do adolescente e quais os principais obstáculos/dificuldades encontrados ao longo da sua vida escolar, analisar as oportunidades oferecidas ao adolescente e se o mesmo estabeleceu relações abertas e significativas com a família, colegas e com pessoas que sejam modelos de comportamento, por exemplo, os professores (National Association of Social Worker, 2003). O standard número dois aborda o processo avaliativo, em que os assistentes sociais devem mobilizar competências para avaliar os serviços e os recursos que a comunidade e as instituições sociais colocam ao dispor dos adolescentes e das suas famílias e defender e incentivar o desenvolvimento de recursos que sejam necessários. Desta forma, para que o processo avaliativo seja realizado de forma eficiente é necessário ao profissional deter conhecimentos relativos a história e ao desenvolvimento do serviço social, às teorias, princípios e métodos do trabalho social, saber planear e fazer uma supervisão e pesquisa rigorosa, entender o tipo de interrelações que o adolescente estabelece com a família, o grupo, o bairro, a comunidade e com os sistemas sociais, perceber quais os fatores políticos e económicos que afetam os adolescentes e a dinâmica da sua família e comunidade e por fim deter conhecimentos multidisciplinares nas áreas da psicologia, ciências sociais e ciências jurídicas (National Association of Social Worker, 2003). O standard número três é relativo ao conhecimento da dinâmica familiar. Indica que o assistente social deve aperceber-se da dinâmica e da forma com a família do adolescente interage e se organiza (National Association of Social Worker, 2003). Segundo, a NAWS (2003) a família corresponde a um conjunto de dois ou mais elementos que assumem obrigações, funções e responsabilidades uns com os outros de forma a criarem uma vida familiar saudável. Neste campo, a atuação do profissional deve ter em conta se a dinâmica familiar é tradicional ou não, qual o papel e 6


compreensão da família face as mudanças físicas, psicológicas e emocionais do adolescente e as respostas apresentadas às suas necessidades, qual o impacto das políticas económicas, sociais e culturais no seio da vida familiar e por fim compreender a mudança de papéis parentais e a diversidade entre os mesmos (National Association of Social Worker, 2003). O standard número quatro é o das competências culturais. este standar salienta a importância dos assistentes socias demonstrarem espírito de competência e abertura face à comunidade. O facto de a população ser cada vez mais diversificada, leva a que haja a necessidade de se contribuir para a construção da valorização das diferentes culturas, de forma a combater o racismo, o etnocentrismo, a discriminação e a homofobia. Os profissionais devem reconhecer devidamente as diferenças culturais que a sociedade atravessa e que podem constituir obstáculos a um desenvolvimento saudável e defender os jovens de qualquer tipo de discriminação (National Association of Social Worker, 2003). No empowerment dos adolescentes, que corresponde ao standard número cinco, refere-se a necessidade dos assistentes sociais ajudarem e fomentarem nos adolescentes o empowerment, de forma a garantir a participação dos mesmos de forma dinâmica nas decisões sobre serviços e programas que tenham sido projetados tendo em conta as suas necessidades. Para que tal aconteça, os assistentes sociais deve incentivar os jovens e as suas famílias para participarem ativamente no processo de planeamento dos serviços, desenvolver nos adolescentes capacidades de liderança, defender a participação dos adolescentes em conselhos e comissões permitindo-lhes desenvolver as suas habilidades e melhorar os serviços existentes e, se necessário, planear serviços tidos como necessários (National Association of Social Worker, 2003). Neste trabalho de empowerment é fundamental o trabalho conjunto com os adolescentes e respetivas famílias, no sentido de que os mesmos assumam responsabilidades e garantam que os serviços planeados são efetivamente utilizados (National Association of Social Worker, 2003). No entendimento das necessidades do adolescente, ou seja, no standard número seis, o assistente social deve promover soluções que visem a resolução das necessidades sentidas pelo adolescente e encontrar recursos. Os profissionais que 7


trabalham com adolescentes devem reforçar a sua proteção e atenção pois muitos fatores são negligenciados e ignorados. Ao longo do trabalho desenvolvido com os adolescentes é necessário compreender as tarefas mais adequadas a cada faixa etária da adolescência bem como entender as fases emocionais pelo qual o jovem passa. O assistente social deve assegurar que existem políticas e programas de ajuste e alteração face às necessidades sentidas por parte do adolescente nos diferentes contextos (em especial para com aqueles que tem incapacidades físicas ou mentais), oferecer oportunidades de discussão para apreciar a singularidade das diferentes culturas, encorajar os jovens no sentido de melhorarem a sua prestação académica e assiduidade e criar oportunidades para identificar e abordar assuntos de comportamentos de risco em fóruns abertos à comunidade (National Association of Social Worker, 2003). No standard número sete, da consulta multidisciplinar, os assistentes sociais devem de participar e fornecer serviços para os adolescentes, através da delineação de planos mais concisos e apropriados elaborados em conjunto com os adolescentes, com a sua família e consultando outros indivíduos, profissionais e organizações, mas mantendo e cumprido sempre o dever da confidencialidade. Deste modo, a ação dos profissionais deve incluir a avaliação conjunta dos problemas dos jovens, das necessidades dos serviços e intervenções, da avaliação a nível individual dos progressos realizados pelo adolescente, quais as suas falhas e alternativas e envolver quer os adolescentes quer as famílias nos planos delineados para a assistência aos mesmos (National Association of Social Worker, 2003). A confidencialidade, no standard número oito, aponta que os assistentes sociais devem manter salvaguardadas as informações reveladas pelos seus clientes de forma a manter a privacidade dos mesmos. O respeito pelo cliente como pessoa e o seu direito à privacidade constitui uma das normas do serviço social, pois o facto de haver confidencialidade permite estabelecer uma melhor relação entre o assistente social e o cliente, porém existem circunstâncias em que esta confidencialidade poderá ser quebrada. Estas circunstâncias incluem suspeita de abuso ou negligência, que exige que as autoridades competentes sejam notificadas, ou suspeitas de perigo para os jovens e para outros (National Association of Social Worker, 2003).

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O standard número nove corresponde ao ambiente de trabalho em que os assistentes socias devem de assumir um papel ativo e participativo no seu ambiente de trabalho, contribuindo assim para a qualidade e melhoria do mesmo, respeitando também as políticas e práticas instituídas. No trabalho desenvolvido com os jovens devem cumprir a missão e as expectativas criadas pela organização na qual prestam funções, bem como operar mudanças construtivas para que haja uma resposta eficaz às necessidades sentidas e demonstradas pelos jovens, devem demonstrar espírito de colaboração para com os colegas de trabalho partilhando conhecimentos e aptidões e, caso seja necessário, proceder a mudanças das políticas e práticas que não satisfaçam as necessidades sentidas (National Association of Social Worker, 2003). A advocacia é o elemento que constitui o standard número dez, compreende-se neste parâmetro a necessidade do assistente social defender o seu adolescente de forma a haver uma maior compreensão e atenção para com as necessidades apresentadas e para que haja um processo de alterações dos recursos e políticas consideradas ineficientes. Neste parâmetro, deve-se deslocar recursos e fundos eficientes para a resposta a situações de emergência de curto e longo prazo, oferecer oportunidade aos jovens para participar na conceção e implementação dos serviço, demonstrar proteção e responsabilidade para com o cliente e organizações e, por fim, defender políticas de carácter local, distrital e nacional que incentivem e apoiem a população (National Association of Social Worker, 2003). Finalmente, o standard número onze que diz respeito às políticas aplicadas no trabalho social, que devem ter como objetivo o estabelecimento de ambientes, políticas, procedimentos e orientações necessárias às práticas utilizadas no trabalho com jovens. O administrador deve proporcionar um ambiente benéfico aos seus funcionários e garantir que as necessidades dos jovens e famílias são resolvidas eficientemente. As políticas e procedimentos adotados devem incluir políticas e profissionais diversificados que permitam a construção de uma equipa diversificada, s construção de políticas e procedimentos operacionais para lidar com questões específicas e avaliações dos programas e oportunidades de participação nos programas desenvolvidos (National Association of Social Worker, 2003).

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II. Movimentos Associativos 3. Centros de Investigação Centro de Pesquisa e Estudos Sociais De modo a conhecer minuciosamente o Centro de Pesquisa e Estudos Sociais (CPES),

consultei o site próprio deste centro de investigação ( http://cpes.ulusofona.pt/) onde recolhi informação sobre a criação do centro, a sua capacitação, as temáticas que abordam, as problemáticas em que se debruçam e a sua publicação científica, a revista Campus Social. Esta webpage tem como função difundir o âmbito, a missão e os objetivos do centro de investigação, apresentar os grupos de pesquisa em que desenvolve os seus trabalhos, enumerar a sua organização interna e o seu modo de funcionamento, divulgar os serviços que oferece e as suas parcerias e partilhar a sua publicação científica principal, a revista Campus Social. A página de web é composta por treze sub-páginas divididas por oito tópicos, são eles: “Início”; “CPES”; “Grupos I&D”; “Investigadores”; “Produção Científica”; “Eventos”; “Informações” e “Notícias”. Na página inicial, ou seja, no tópico “Início” é feita uma breve apresentação do centro; em “CPES” há uma descrição mais rigorosa enumerando os grupos de investigação, os objetivos e o modo e funcionamento de organização interna; no tema “Grupos I&D” é feita uma descrição pormenorizada dos dois grupos de pesquisa em que se divide o centro; em “Investigadores” apresentam-se os investigadores integrados e associados do centro, o grupo de pesquisa que integram e uma breve apresentação do seu percurso académico; na divisória “Produção Científica” temos acesso a todos os documentos já elaborados pelo CPES, desde teses, livros, artigos, relatórios, entre outros; em “Eventos”, tal como o nome indica, dá-se destaque aos eventos que o CPES organiza ou colabora; no separador “Informações” encontramos os contactos do centro e, por fim, em “Notícias” divulgam-se eventos de interesse para a comunidade.

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O Centro de Pesquisa e Estudos Sociais é uma unidade recém-criada dentro da Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração, na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (Grupo Lusófona, 2015). O CPES resultou de uma combinação de grupos de pesquisa existentes. Com esta integração, o CPES ficou capacitado para não só acompanhar os projetos de pesquisa desenvolvidos e em curso nas áreas de sociologia, história, turismo e trabalho social, como também ampliar o seu campo de pesquisa para os domínios da economia, da gestão e da administração (Grupo Lusófona, 2015). São objetivos específicos do CPES: 1) Promover e estimular a produção de conhecimento científico no contexto dos grupos de pesquisa (atuais ou futuros) através da promoção e execução de projetos de investigação específicos e, quando possível e apropriado, para promover estudos interdisciplinares; 2) Promover e estimular a investigação no âmbito de parcerias tanto com outros centros de pesquisa como com organizações e instituições, públicas e privadas, que servem fundamentalmente para testar as práticas que podem resultar das recomendações dos estudos; 3) Promover e incentivar a difusão do conhecimento científico através da realização de seminários e workshops, edição de publicações, publicação de artigos em revistas científicas e da participação em conferências nacionais e internacionais; 4) Promover e incentivar a implementação de ações direcionadas pelo serviço comunitário; 5) Promover e incentivar a complementaridade entre a investigação e a formação nos diferentes níveis e áreas de ensino existentes; 6) Promover e incentivar a cooperação científica a nível nacional e internacional com outros centros de investigação e universidades, nacionais e estrangeiras, através da parceria já existente ou estabelecer protocolos (Grupo Lusófona, 2015). A missão do CPES centra-se na produção e difusão do conhecimento científico nas áreas das ciências sociais e humanas (sociologia, turismo, serviço social, economia,

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gestão e administração) com a finalidade de contribuir para uma melhor leitura e análise dos fenómenos humanos e sociais, bem como para resolver os problemas que a sociedade enfrenta hoje (Grupo Lusófona, 2015). Mais especificamente, a missão da CPES baseia-se principalmente na promoção e coordenação das atividades de investigação, divulgação de conhecimentos, apoio à formação avançada e serviço comunitário em áreas emergentes relacionadas com as transformações, as assimetrias e as estratégias em contextos globalizados através da análise de identidades, de alternativas e de opções para o desenvolvimento, a gestão e a organização dos territórios, comunidades e organizações (Grupo Lusófona, 2015). Com isto em mente e sempre à vista de alcançar a excelência, o CPES fez parcerias estratégicas com organizações e instituições públicas e privadas que procuram promover e aumentar os seus conhecimentos e competências através da formação e da investigação nas áreas científicas mobilizadas para estudar e aprofundar as questões em consideração nos dois grupos de pesquisa: (1) - Diversidade, Inclusão Social e Desenvolvimento; (2) - Inovação e sustentabilidade na Administração e Gestão das Organizações e no Turismo (Grupo Lusófona, 2015). Os resultados da pesquisa realizada no quadro dos dois grupos de pesquisa contribuem de forma relevante não só para o aumento do conhecimento científico nos domínios nucleares do CPES (sociologia, história, turismo, serviço social, economia, gestão e administração), mas também para a compreensão de fenómenos e problemáticas sociais relacionadas com transformações e assimetrias que afetam as comunidades e territórios em Portugal, no espaço da lusofonia e em regiões europeias e internacionais (Grupo Lusófona, 2015). Estes resultados contribuem também de forma significativa para a conceção e implementação de estratégias de desenvolvimento local e regional adequadas aos contextos sociais globalizados. Dentro desta linha de orientação, cada um dos grupos de pesquisa analisa diferentes áreas temáticas de estudo de acordo com os objetivos da unidade, e os interesses dos investigadores, os quais para além da pesquisa

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exercem a docência e enquadram "outros investigadores" no processo de formação avançada (Grupo Lusófona, 2015). A natureza interdisciplinar dos dois grupos de pesquisa, as diferentes formações académicas dos investigadores, a ligação a vários programas de mestrado e de doutoramento (sociologia, turismo, serviço social, economia, gestão e administração) e as parcerias com centros de investigação nacionais e internacionais e outras

instituições

fornecem

as

condições

necessárias

para

promover

a

competitividade internacional do CPES (Grupo Lusófona, 2015). Para além dos 18 investigadores integrados, a unidade conta com 16 "outros investigadores" (Grupo Lusófona, 2015). O CPES está organizado em quatro órgãos: -

Plenário de Investigadores (PI): composto por todos os investigadores enquadrados pelos grupos de pesquisa e reúne regularmente duas vezes por ano para avaliar os planos e relatórios anuais de atividades;

-

Comité Científico de Investigação (CCI): composto por todos os membros integrados, reúne trimestralmente para analisar e avaliar questões científicas relevantes dos projetos propostos pelos grupos de pesquisa.

-

Conselho de Direção (CD) composto por três membros integrados sendo dois deles os coordenadores dos grupos de pesquisa;

-

Comité de Conselho Executivo (CCE): reúne-se mensalmente para tratar de assuntos de gestão corrente do CPES (Grupo Lusófona, 2015). O Comité do Conselho Executivo é composto por investigadores e especialistas

nacionais e internacionais especialmente convidados para o efeito pelo Comité Científico de Investigação de acordo com o seguinte perfil: -

60% são investigadores que trabalham nos domínios científicos do CPES (25% portugueses, 20% europeus e 15% de países lusófonos);

-

40% são profissionais que trabalham nos domínios relacionados com os objetivos do CPES e/ou nas áreas de estudo (15% ONG, 15% das empresas, e 10% da Administração Pública) (Grupo Lusófona, 2015). 13


O CPES está integrado em redes e desenvolve atividades no quadro de acordos formalizados com instituições de natureza diversa, tais como: -

ACIDI - Alto Comissariado para à Imigração e Diálogo Intercultural;

-

Câmara Municipal da Amadora;

-

CEDEI - Centro de Estudos de Economia Internacional;

-

IED - Instituto de Estudos para o Desenvolvimento;

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Centro de Estudos Sociais de Coimbra;

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Santa Casa da Misericórdia de Lisboa;

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PNED - Programa Nacional de Ética no Desporto;

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Universidade de Salvador da Baia – Brasil;

-

FFLCH/USP - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Univ S Paulo – Brasil;

-

CASES - Cooperativa António Sérgio da Economia Social;

-

ANIMAR - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local (Grupo Lusófona, 2015).

A relação entre pesquisa e ensino e aplicação do conhecimento é uma das orientações estratégicas do CPES. Assim, para além da participação dos investigadores na formação avançada de escolas e faculdades a que pertencem, o CPES promove a integração de estudantes de mestrado, doutorado e grupos de pesquisa de pósdoutoramento. Além disso, uma estratégia para promover estágios de investigação, nomeadamente no âmbito da sua parceria vai oferecer cursos de curta duração, seminários e workshops abertos à comunidade (Grupo Lusófona, 2015). O CPES conta com uma revista científica, chamada Campus Social, da Unidade de Ciências Sociais Aplicadas e da Unidade de Ciência, Tecnologia e Sociedade, financiadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior (Políticas Editoriais, 2004). Campus Social é órgão de difusão científica da Associação dos Cientistas Sociais do Espaço Lusófono (ACSEL). Propõe-se estudar as sociedades na perspetiva 14


epistemológica de sociologia, história, ciência política, demografia, geografia, urbanismo, serviço social, museologia, estudos europeus,

e demais ciências

genericamente designadas como ciências sociais e humanas (Políticas Editoriais, 2004). A publicação da Campus Social é anual, havendo algumas edições especiais. Para além da edição online e com livre acesso, existe uma edição impressa limitada para distribuição entre os autores e instituições colaboradoras (Políticas Editoriais, 2004). Esta revista representa um campus sempre aberto ao diálogo com todas as ciências sociais nas suas vertentes de aplicabilidade teórica e prática para chegarmos a compreender melhor e ajudar a resolver os problemas que afetam o quotidiano e o bem-estar das sociedades (Políticas Editoriais, 2004). A Campus Social procura identificar, analisar e partilhar, com todos os outros interessados, uma "outra" esperança e "utopias", como modos alternativos de ser e de funcionar, para que não sejam todos eles absorvidos e subordinados a uma única cultura e lógica "universal" de desenvolvimento favorável à uma globalização unilateral (Políticas Editoriais, 2004). Para assegurar os objetivos da Campus Social, o seu corpo redatorial incorpora investigadores das instituições científicas associadas ao projeto da ACSEL, sob a coordenação de um diretor-editorial que representa a direção da associação (Políticas Editoriais, 2004. Para além destas atribuições de responsabilidade administrativa, procurando garantir a qualidade científica da revista a todos os níveis, há uma Comissão Científica de Acompanhamento de que fazem parte cientistas sociais de reconhecido mérito, nacionais e internacionais, de forma a cobrir as várias áreas das ciências sociais e humanas. Qualquer um destes conselheiros assume a responsabilidade de se pronunciar perante o diretor-editorial sobre a qualidade científica dos conteúdos ou sobre outros aspetos técnicos da revista em geral (Políticas Editoriais, 2004).

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Conclusão Concluída assim a pesquisa e o tratamento de texto do trabalho, avaliámo-lo de forma positiva, quer a nível do desenvolvimento de capacidades pessoais, como também a nível da aquisição de novos conhecimentos relevantes, e até cruciais, para a nossa vida académica e futura vida profissional Ficamos a conhecer as exigências e as competências chave de trabalhar com adolescentes, a importância de possuir conhecimentos multidisciplinares e a relevância de ter um excelente e aprofundado conhecimento de caso e de realizar a análise e a avaliação em conjunto com o adolescente em causa para que aconteça uma intervenção eficaz. Com este trabalho ficamos também a par de um outro ramo possível para uma carreira profissional: a investigação. Entendemos melhor esta saída conhecendo o seu modo de funcionamento e os seus objetivos enquanto centro de investigação. Com esta área temos a possibilidade de apostar numa carreira internacional, através das parcerias que se criam, e de reconhecimento, devido aos trabalhos que se desenvolvem que têm em vista a intervenção comunitária para uma melhoria da sociedade.

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Bibliografia Social Worker, N. A. (2003). Standards for the Practice of Social Work with Adolescents. Grupo Lusófona. (2015). CPES. Retirado de http://cpes.ulusofona.pt/. Retirado de http://cesss.fch.lisboa.ucp.pt/pt/revista-locus-social.html Grupo

Lusófona.

(2015).

Apresentação.

Retirado

de

http://cpes.ulusofona.pt/cpes-apresentacao/presentation-pt.html Políticas

Editoriais.

(2004).

Retirado

de

http://revistas.ulusofona.pt/index.php/campussocial/about/editorialPolicies

Texto convertido pelo conversor da Porto Editora, respeitando o Acordo Ortográfico de 1990.

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