escola técnica de construção civil e t c c

Rafaela Gualhiarelo tgi ii i unicep i são carlos novembro, 2022

Rafaela Gualhiarelo tgi ii i unicep i são carlos novembro, 2022
Primeiramente agradeço a minha família, em especial aos meu pais Ângelo e Maria, que sempre estiveram ao meu lado me incentivando e me apoiando, sem eles nada disso seria possível. Agradeço também as pessoas que se fizeram presente durante esse processo de formação. Em especial a Giovanna que foi minha companheira nesse processo. A todas atribuo uma importância para construção de quem sou hoje. Agradeço aos meus amigos e ao meu namorado Gabriel, que sempre estiveram ao meu lado.
Agradeço também a todos os professores que estiveram compartilhando essa jornada comigo, em especial a minha orientadora Adriana Freyberger que me acompanha desde o início do desenvolvimento do projeto e sempre esteve disposta a me auxiliar e ajudar no que fosse preciso.
"Capacitar-se, essa é a melhor forma de alcançar seus resultados com maestria..."
O presente trabalho final de TGI II de graduação tem como tema a proposta de um projeto arquitetônico institucional, a Escola Técnica voltada para construção civil, localizado no bairro Santa Felícia, na cidade de São Carlos, São Paulo. O intuito é criar um espaço voltado para qualificação e requalificação técnica adequados com ensinamentos teóricos e práticos, sendo eles eficientes para pessoas que buscam inserção rápida no mercado de trabalho da construção civil. Sabendo que, a cidade de São Carlos é conhecida também como um polo industrial e comercial, as escolas profissionalizantes são de grande importância para economia local,
já que formam jovens especializados e prontos para oferecer a mão de obra qualificada e um desempenho melhor, consequentemente aumentando as oportunidades de empregos. A modalidade tem ganhando mais força ao longo dos anos, pois além de oferecer um ensino de qualidade ainda oferta um prazo reduzido para conclusão, o que acaba tornando-se uma escolha para a maioria dos alunos, que precisam acima de tudo, ajudar na renda familiar. Além disso, a localização do equipamento foi pensada justamente em atender a todos os jovens do bairro e de suas proximidades.
A Escola Técnica para construção civil é um projeto para cidade de São Carlos, trata-se de uma escola que fornecerá cursos técnicos para diversas modalidades e áreas voltados para construção civil. Além de ser um espaço para formação técnica de mão de obra qualificada também será um local para inclusão social. A intenção da criação do projeto, é oferecer oportunidades aos jovens e adultos mais carentes, que buscam qualificação e requalificação para inserção no mercado de trabalho.
Desde a década de 50, nota-se a modernização da economia sobre a mão de obra que é empregada e junto com o avanço da tecnologia vem sendo introduzidas no setor industrial. Junto com essa ampla modernização que vem ocorrendo durante os anos nesse setor, é ocasionado também a falta de mão de obra qualificada, para determinadas áreas dos segmentos.
O ensino técnico veio como solução para formar trabalhadores capacitados para inserção no mercado de trabalho, de forma rápida e eficiente.
Em vista do problema citado acima, a inserção do equipamento público ganha relevância pois trata-se de uma escola técnica voltada para o ramo da construção civil, e que através da arquitetura escolar vai poder oferecer capacitação de qualidade para que os mesmos possam destacarem-se no mercado de trabalho e consequentemente serem melhor remunerados em seus ramos de atuação. Além da oportunidade de inclusão social e convivência com outros
indivíduos. A escola técnica mostra acima de tudo, as vantagens para empresas contratarem mão de obra qualificada para o próprio desenvolvimento e crescimento.
Assim, a proposta a ser desenvolvida nessa etapa do trabalho final de TGI I de Arquitetura e Urbanismo, será a implantação de uma escola técnica profissionalizante para o ramo da construção civil (ETCC) na cidade de São Carlos, São Paulo. Será ofertado programas e cursos adequados condizentes ao tema, dispondo de cursos teóricos e práticos para uma melhor formação e capacitação.
Dessa forma será possível responder as necessidades da cidade e da região em relação a comércio e indústria dentro dessa área, podendo ser pensado e criado inclusive alguma iniciativa municipal e com parceria com diversas empresas para vagas de empregos. Nós próximos capítulos serão aprofundados o tema e os dados para escolha e criação desse projeto.
Figura : Curso de Pedreiros, 1955.
Fonte: SENAI PR (Centro de Memória do Sistema Fiep), 2022.
O ensino técnico mostrou-se de grande importância para o crescimento das cidades, e consequentemente do país. O ensino vem auxiliando na formação da mão de obra qualificada para diversas faixas etárias. No Brasil, na época do presidente Getúlio Vargas, as escolas técnicas se mostraram fundamentais para o crescimento do país, em meados dos anos de 1930 e 1956.
Após a segunda guerra mundial (1939) o Brasil não estava conseguindo mais importar mão de obra de alguns países envolvidos na guerra, porém em contrapartida começou a exportar uma quantidade maior de matéria prima, necessitando dessa forma de mais mão de obra. Além desse cenário, na mesma época, ocorreu a migração do campo para cidade e devido a essa mudança, Getúlio Vargas adotou a política de industrialização.
Figura : Oficina de Serraria , s.d.
Fonte: SENAI PR (Centro de Memória do Sistema Fiep), 2022.
O primeiro passo para fazer valer a formação técnica profissional ao nível secundário foi no ano de 1942, com a criação das escolas Industriais e técnicas, que em 1959, foram transfor-
-madas em autoquias e denominadas Escolas Técnicas Federais (MEC, 2008).
Nesse período também, foram criados as primeiras instituições, hoje conhecidas por integrarem o sistema S de Ensino - SENAI, SENAC, SESC, SESI, SENAR, SENAT, SESCOOP E SEBRAE ¹ - ambas escolas com intuito de capacitar profissionais para industrias e comércios.
1 SENAI: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial;
SENAC: Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial;
SESC: Serviço Social de Comércio; SESI: Serviço Social da Industria;
SENAR: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural;
SENAT: Serviço Nacional de Transporte; SESCOOP: Serviço Nacional de Apoio ao Cooperativismo;
SEBRAE: Serviço Nacional de Apoio a pequena média empresa
Ambas as escolas profissionalizantes são até hoje muito conhecidas no Brasil, mas, embora tenham um convênio com governo, elas não são gratuitas, o que dificulta a matricula dos jovens e adultos de baixa renda. No ano de 2007 foi instituído o programa Brasil Profissionalizado, com intuito de expandir as escolas profissionalizantes.
No ano de 2008, o Ministério da Educação elaborou o primeiro catalogo Nacional de Cursos técnicos (CNTC) para sistematizar a oferta de cursos profissionalizantes no Brasil. O catálogo compreende subdividiu-se em 13 Eixos Tecnológicos, separados por núcleos e suas similaridades, e que hoje, estruturam o ensino profissional e técnico de nível médio.
Campo do estudo voltado para transporte e construção civil. Nesse sentido, busca soluções de tecnologia para gestão de obras, topografia, saneamento, tráfego, entre outros. Também estão nos eixos do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. (SCHUSTER, 2021)
FONTE: MEC/SETEC 2014
920.299
GRÁFICO: MATRÍCULAS NO PRONATEC, 2011-2014
7.285.727
5.500.487
2.645.530
por exemplo, o acesso a escola técnica e profissionalizante pelo público carente tornou-se mais acessível. E é possível afirmar esse crescimento analisando o aumento das matriculas sendo realizadas no programa PRONATEC entre os anos de 2011 e 2014, conforme mostra o gráfico abaixo, baseado nas informações disponibilizadas pelo MEC (2014): Modificado pelo autor
Outro programa da rede pública que foi fundado recentemente, em 2019, foi o "Novos Caminhos", que foi descrita pelo ministro da Educação Abraham Weintraub (2019) como a "a maior revolução na área de ensino do país nos últimos 20 anos" (WEINTRAUB, 2019).
O programa também tem como intuito abrir novas oportunidades de cursos profissionais e tecnológicos, e segundo o portal MEC (2019) o objetivo do programa é também aumentar em 80% o número de matrículas, aumentando de 1,9 milhão para 3,4 milhões até 2023. (MEC, 2019).
É de suma importância que o governo continue ampliando as redes de escolas profissionalizantes gratuitas e que pensem cada vez mais em projetos a serem alocados em bairros periféricos, descentralizando as escolas nas cidades, dessa forma, promovendo a facilidade do acesso e consequentemente aumentando as oportunidades ao público de baixa renda, que muitas vezes não tem condição de pagar mensalidade ou de pagar o transportes de locomoção.
Historicamente, em nosso país, as políticas educacionais não favoreceram que alunos das classes trabalhadoras realizassem um percurso educacional capaz de garantir o direito à conclusão da educação básica com formação integral [ ] Assim, ao longo dos anos, a desigualdade e a exclusão social foram se ampliando no Brasil, resultando daí grande contingente da população que vive em situação de pobreza, que não concluiu a trajetória escolar e nem possui formação profissional qualificada. Esse processo histórico de produção de desigualdades sociais gestou um sistema educacional marcado pela inculcação ideológica e evasão escolar. Nesse sentido, a educação geral e profissional destinada aos trabalhadores caracteriza-se, desde as origens, pela insuficiência de recursos, terminalidade em níveis elementares da escolarização, configuração de currículos e modelos educacionais de adestramento para o trabalho, limitados ao mínimo necessário à funcionalidade requerida pelo movimento de acumulação do capital, delineando os contornos da dualidade estrutural [...]. (Shiroma; Lima Filho, 2011, p. 727-728)
1909
Decreto 7.566 que cria as 19 Escolas de Aprendizes Artificies
1937 A nova constituição Brasileira passa a tratar sobre o ensino técnico, profissional e industrial 1942 Criação SENAI
1946 Criação do SENAC, SESC e SESI
1996 A Lei de Diretrizes e Bases tem um capítulo próprio para educação profissional
1927
Projeto Fidélis Reis torna obrigatório oferecer ensino profissional no Brasil.
1961
Primeira Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional
1997
Decreto 2.208 regulamenta a educação profissional e cria PROEP. (Programa de expansão de Educação Profissional
2004 Decreto
5.154 permite a integração entre o ensino técnico de nível médio e ensino médio
2006 Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com Educação de jovens e adultos. Catálogo Nacional de Cursos superiores de tecnologia
2011 Criação do Programa
PRONATEC
2019 Criação do Programa Novos Caminhos
2005
A expansão da educação profissional passa a ser preferencialm ente feita em parceria com Estados, Municípios, Distrito federal, setor produtivo e ONG's
2008
Criação de Institutos Federais de Educação e Ciência da Tecnologia e Criação do Catálogo Nacional de Cursos técnoloógicos
2014
A rede Federal possui 562 unidades em atividade no Brasil
Fonte: Ministério da Educação, 2014.
Através das alterações da Lei n° 11.741/2008, foi regulamentado o ensino técnico de nível médio e educação profissional e tecnologia. O Título V, Capítulo III, Art. 39 ao 42 determina a integração de todos os níveis e modalidades da educação nacional a partir do Eixos Tecnológicos que são dispostos no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Além disso, a legislação define que seja fornecido também, pelas escolas escolas profissionalizantes e tecnológias, cursos abertos a comunidade, independente da escolaridade do aluno
Art. 39. A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades e educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia.
Art. 40. A educação profissional será desenvolvida em articulação com o
ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho. (BRASIL, 2008)
Art. 41. O conhecimento adquirido na educação profissional e tecnológica, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos.
Art. 42. As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de escolaridade.
De acordo com as leis brasileiras, todos os cidadãos devem ter a oportunidade de acesso a educação profissional. E para além de formar jovens e adultos, a educação técnica dever ser usada como instrumento de formação de cidadãos que possam contribuir para a sociedade
Atualmente, existem três modalidades de cursos técnicos profissionalizantes, sendo eles: Curso técnico integrado, Curso técnico subsequente e Curso técnico concomitante/externo. Como descrito pelo PRAVALER (2021) caracterizam-se da seguinte forma:
Nessa modalidade o estudante consegue cursar o técnico/profissionalizante junto com os dois últimos do ensino médio. Isso é intencional para que o individuo saia formado tanto do com ensino médio concluído como também com qualificação profissional para inserir no mercado de trabalho.
A modalidade fica disponível para quem ainda cursa o ensino médio mas não quiser realizar a matrícula de forma integrada, então fica disponível para cursar o técnico e profissionalizante em horários contrários a aula.
A modalidade fica disponível para quem já concluiu o ensino médio.
O gráfico elaborado pelo Deed/Inep (2020) com base nos dados do Censo Educação Básica, entre os anos de 2016 e 2020, mostra as demandas escolhidas pelos alunos por cada modalidade de curso técnico disponível (CENSO, 2020). Atualmente a maior procura é pela modalidade do curso Integrado, onde os alunos já estão a procurar de qualificação enquanto ainda estão cursando o ensino médio, visto que dessa forma, eles podem atuar no merca
-do de trabalho de forma mais rápida e ampla, durante o processo podem procurar por estágios remunerados e assim que concluírem os cursos ter a efetivação ou irem em busca de uma nova oportunidade. Seguido temos maior procura na opção de Subsequente e Concomitante. No geral, analisando as informações, até o ano de 2020 e desconsiderando os dois últimos anos, por conta da pandemia, observa-se um aumento pelo procura de qualificação.
NÚMERO DE MATRÍCULAS NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - BRASIL2016 - 2020 2.500.000 2.000.000 1.500.000 1.000.000 500.000
2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Básica, 2020
Analisando os dados informados nos gráficos baseados no Censo da Educação no Brasil (2020) é possível concluir que a demanda aumenta a cada ano que passa, principalmente por jovens com idade de até 30 anos, sendo em sua maioria o público feminino.
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Básica, 2020.
Modificado pelo autor
A cidade de São Carlos, destaca seus valores acadêmicos e tecnológicos, sendo conhecida como a cidade da tecnologia, além de ser reconhecida pelo seu polo industrial e comercial, que segundo a ACISC(2018), concentra cerca de 977 indústrias e 1055 comércios. Cada vez mais os empregadores vêm optando pela contratação de profissionais com qualificações.
Isso mostra como a educação profissionalizante vem se mostrando em alta e é isso que tem despertado o interesse dos empreendedores em investir nesse segmento”, avalia Décio Marchi, diretor executivo da Via Certa." (MARCHI, 2020).
Na cidade, já existem algumas escolas profissionalizantes que complementam o ensino básico como: SENAI, SENAC, SESI (sistema S) e Centro Paula Souza, além de outras instituições não governamentais, como o CEFA (1998), que também tem o intuito de oferecer cursos profissionalizantes e encaminha-
-mento para o mundo do trabalho. Entendendo a importância dessa modalidade e o crescimento que ela vem enfrentando, o presente equipamento vem para somar com a rede municipal de educação profissional já existente, oferecendo mais um polo educacional apto a formação jovens profissionais para o atuação no ramo da construção civil, visando dessa forma conseguir atender as vagas disponíveis pelas industrias e comércio da cidade. Entende-se como parte do processo de formação dar a eles a oportunidade de inclusão e construção social, contudo fazendo eles exercerem seu papel de cidadão. Uma consequência positiva da inserção desse equipamento institucional, é oferecer a oportunidade de uma melhor renda, proporcionando assim uma melhor qualidade de vida, como mostram pesquisas realizadas pelo PNAD (2007) e analisadas abaixo:
Os dados mostram que ter tido uma educação profissional significava uma diferença importante de renda, sobretudo para as pessoas de menos educação. Para os que não concluíram o antigo primário, o aumento da renda, considerando todos os salários, poderia oscilar de 20% a 70%. A vantagem só se reduziria, chegando a ser negativa, para os que tinham educação superior.
(SCHWARTZMAN, MOURA, 2009)
O gráfico abaixo analisa a relação de anos de estudos e o aumento da renda através da educação profissional. Percebe-se que através das escolas técnicas, que oferecem formação em um menor período de tempo é possível obter um aumento de renda relativamente maior.
90.0% 80.0%
70.0% 50.0% 60.0%
Anos de estudo - 10.0% 0.0% 10.0% 20.0% 30.0% 40.0%
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Fonte: PNAD ,2007 Modificado pelo autor
Figura: Projeto Mão na Massa, patrocinado pela Petrobras, prepara mulheres para trabalharem na construção civil, 2021.
A construção civil está presente desde a pré- história, através dos empilhamentos de pedras no estilo Dólmen. Ela sempre se fez presente, mesmo que inicialmente de forma intuitiva. Os materiais aos poucos foram sendo entendidos pela sociedade, em relação ao metal, trabalho em pedra, tijolos, madeira e barro foram dando formas as primeiras "edificações"as cavernas. Assim o mundo vive em constante expansão e evolução até hoje, foram criados novos materiais e aperfeiçoados novas práticas e técnicas nesse ramo fazendo com que a construção civil seja uma área de destaque, visto que ela da forma física aos projetos.
Seguindo o mundo tecnológico em que vivemos, fez-se necessário que a segmento acompanhe esses avanços, tanto nas formas, conceitos, materiais e sustentabilidade, assim como nas técnicas. E como consequência, fez-se necessário a qualificação específica para cada segmento da construção civil.
A escolha da temática, Escola técnica para construção civil, foi feita a partir de dados que mostram a importância dessa área para comunidade, é um ramo que tem uma crescente procura por jovens e adultos que que se interessam pelo mercado. Hoje, a construção civil esta entre as profissões que mais empregam no país, e as empresas do ramo, estão procurando cada vez mais profissionais capacitados, formados e aptos para contratação.
Além de trabalhar em empresas, hoje a formação técnica em cursos voltados para construção civil, auxilia também na independência para que possam ter sua própria remuneração até mesmo que de forma independente, podendo montar seu própria empresa.
A construção civil continua em papel de destaque por suas realizações, ela auxilia no PIB e ajuda com a inclusão social, sendo de grande importância para sociedade como um todo.
O equipamento tem como propósito formar jovens competentes, conscientes, responsáveis e com elevado sentido ético, com intuito deles conseguirem sempre estimulo em busca de uma melhor qualidade de vida na sociedade onde estão inseridos. Além de trazer benefícios sociais para o bairro e para a cidade, oferecendo uma diversidade de cursos e oficinas voltados para construção civil, auxiliando dessa forma também ao combate a pobreza, visto que, esta sendo proposto um equipamento público em que a questão socioeconômica não interfira na inserção desses indivíduos ao meio acadêmico e que as oportunidades estão disponíveis para diversas faixas etárias e de rendas. Outrossim, o equipamento também promoverá além da formação de competências profissionais, uma inclusão social e construção social, ajudado eles a exercerem seu papel de cidadão na comunidade. A capacitação não se resume apenas
em cursos profissionalizantes, mas também em processos que serão levados para toda vida, que agregam na vida do indivíduo.
A escola será aberta para todas as faixas etárias, porém, como nas redondezas tem alocadas duas escolas estaduais de ensino médio, prevê-se um maior número de matrículas por jovens. Sendo assim, o equipamento mostra-se de grande importância, visto que é nessa idade que os indivíduos costumam se descobrir em relação as suas profissões.
São Carlos fica no interior do estado de São Paulo, e abriga cerca de 256.915 habitantes, segundo o IBGE , 2021. A cidade é conhecida como "Capital Nacional da Tecnologia", graças as grandes industrias e comércios que hoje fazem parte do município. A economia é fundamentada a partir das atividades industriais e agropecuárias.
A cidade também é popular pelo polo educacional, tendo instaladas as maiores faculdades do Brasil. Esse é um dos motivos inclusive do grande fluxo de migração de pessoas para São Carlos, que muitas vezes ultrapassam até mesmo o tempo da duração do curso, pois os estudantes acabam criando vínculos e desenvolvendo laços aqui na cidade. Conta também com a instalação de dois centros de desenvolvimento técnico da Embrapa.
Além disso, a cidade também ganha fama e se torna conhecida como "a cidade do clima", o que se tornou inclusive um evento anual. Motivo disso são suas mudanças climáticas, tempo seco e ameno.
É oferecido também para a população um centro comercial, diversas praças para lazer e algumas estruturas de parques urbanos.
CRIANÇAS 0 a 5 ANOS ADOLESCENTES 6 a 15 ANOS
ADOLESCENTES 0 a 5 ANOS + JOVENS 16 a 29 ANOS JOVENS 16 a 29 ANOS
CRIANÇAS 0 a 5 ANOS + ADOLESCENTES 6 a 15 ANOS + JOVENS 16 a 29 ANOS IDOSOS 60 ANOS OU MAIS
Figura: Mapa de São Carlos, Google Heart, 2022. Modificado pelo autor.
Figura: Mapa de São Carlos, Google Heart, 2022. Modificado pelo autor.
As justificativas para escolha desta região foi dada a partir da análise macro da área, juntamente com todas as estatísticas. O bairro ao longo dos anos vem recebendo algumas internveções da prefeitura de São Carlos, recebendo drenagem e terraplanagem melhorar as condições para os moradores, mas ainda continua carente de certos equipamentos públicos. Atualmente, o Jardim Santa Felícia é um bairro com grande densidade populacional e tem um maior número de jovens, que corresponde ao público alvo que será atendido pelo equipamento proposto. Também é uma área com predominância residencial que conta com uma diversidade de tipologias, e considerada de baixa renda, ganhando entre 2 a 5 SM. Também tem em seu entorno comércios diversos. Além disso, é uma região com poucos equipamentos institucionais e que não é atendida de maneira tão eficiente.
Ao redor da área escolhida, tem proximidades com a UFS da Santa
Angelina, a Escola Atília Margarido Prado, USP Campus II, supermercado Toninho.
A partir dos estudos levantados, a implantação do equipamento no bairro se faz viavél e necessária.
CENTRO COMUNITÁRIO - CRAS (C REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA
1 - Santa Felícia -Centro comunitário Astolpho d ONGS
1- Projetando o futuro 2- Associação Formiga Verde CRAS SANTA FELICIA - Centro Comunitário As 2 a 5 SM
JOVENS - 16 a 29 ANOS
Poucas opções de linhas e frequência regular n Aumento da espera nos demais horários.
Mapa informações gerais | FONTE: montado pelo grupo matéria de PRÉ TGI - 2021
Pelos levantamentos realizados, percebe-se que haviam vários terrenos possíveis de intervenção, mas, de acordo com o tipo de equipamento institucional que estava pré definido e com as informações coletadas e o público alvo que será atendido, conclui-se que o local mais indicado para inserção do ETCC é um terreno já institucional, que hoje encontra-se vazio, localizado no bairro Santa Felícia, nas proximidades encontra-se equipamentos educacionais e de saúde, além de uma variedade de comércios. O terreno está inserido em uma área de Ocupação Induzida , como mostra o mapa de Zoneamento da Macrozona urbana e das zonas possíveis de urbanização do Plano Diretor da cidade de São Carlos (2016).
Parágrafo único. Caracterizase pela disponibilidade de infraestrutura instalada, porém contando com um sistema viário fragmentado e deficitário
em algumas regiões.
Nesta zona localizam-se diversos vazios urbanos dispersos, passíveis de parcelamento ou edificação.Art. 20. São diretrizes para a Zona 2 – Ocupação Induzida:
I promover a ocupação dos vazios urbanos existentes, aproveitando a infraestrutura local e promovendo a função social da cidade e da propriedade;
II – promover o maior aproveitamento da terra urbana com o aumento na densidade construtiva e populacional;
III – promover a melhoria na mobilidade urbana;
IV – qualificar e utilizar a infraestrutura existente;
V – consolidar a centralidade dos bairros existentes na
região;
VI – manter as áreas verdes significativas;
VII – garantir a diversidade de usos e a compatibilização dos mesmos com o uso residencial.
Art. 21. Os Coeficientes
Urbanísticos para a Zona 2 Ocupação Induzida são:
I – CO = 70%
II – CP = 15%
III – CA = 1,4 para uso residencial unifamiliar;
IV – CAB = 2,0
V – CAM = 3,5 (BRASIL, 2016)
Como informado anteriormente o bairro tem predominância residencial e dispõe de alguns terrenos vazios, como o do local escolhido para implantação do projeto. O acesso ao terreno é facilitado devido a proximidade com a Av. João Dagnone onde passam transportes coletivos, e que inclusive, dispõe um ponto de ônibus no terreno, que será mantido e revitalizado, e a rua Francisco Possa, onde tem maior fluxo de carros. No entorno mais imediato, o local fica entre terrenos vazios e uma face voltada para uma rua de residências. Á área escolhida possui 2857,30 m², que comporta o programa de necessidades proposto.
Figura: Mapa de São Carlos, Google Heart, 2022. Modificado pelo autor.
Uma dos motivos pela qual foi feita a escolha do terreno é a fácil localização e acesso que ele proporciona. O local escolhido possibilita uma ampla visão do equipamento, já que em seu entorno imediato não possui altas construções, isso torna possível a visualização das quatro faces do projeto,
Figura: Mapa de São Carlos, Google Heart, 2022. Modificado pelo autor.
O Centro Paula Souza é uma das instituições responsáveis pelo ensino técnico no estado de São Paulo. O projeto escolhido para análise situa-se na cidade de São Paulo no bairro da luz e foi projetado em uma área central, próximo ao centro histórico, com intuito de facilitar o acesso e assim atender um número maior de pessoas, além de
implantar uma melhoria para seu entorno. O projeto contempla uma área construída de 29490 m². O projeto é composto por três prédios que são subdivididos em dois conjuntos: Escola técnica e um edifício sede.
Arquitetos: Pedro Taddei Arquitetos Associados
Ano : 2013
Local: São Paulo
Figura: Escola Centro Paula SouzalFonte: GOOGLE MAPS, 2022
R. Whashington Luiz
Av. Cásper Libero
Av. Ipiranga
R. Timbiras
Fonte: ARCHDALY,2022
Modificado pelo autor
Figura: Mapa São Paulo e entorno - sem escalal
Figura: Implantação terreno e entorno - sem escala
PLANTA PRIMEIRO PAV - SEM ESCALA PLANTA SUBSOLO - SEM ESCALA
Fonte: ARCHDAILY, 2022 Modificado pelo autor
APOIO (1) JARDIM (2) ESTACIONAMENTO (3) ÁREA TÉCNICA (4)
RESERVATÓRIO(5)
ACESSOS PRINCIPAIS ACESSOS COMUNS ACESSOS POR ESCADAS E/ OU RAMPAS
RECEPÇÃO (1)
HALL DE EXIBIÇÃO (2) ÁREA COMUM (3) FRATERNIDADE (4) SALA DE JANTAR (5) SALA (6) CAFETERIA (7) HALL DE ENTRADA (8) AUDITÓRIO (9) JARDIM (10)
EDIFICIO SEDE / MUSEU
PASSARELA DE ACESSO AO LADO DA SEDE COM OS OUTROS BLOCOS
PLANTA SEGUNDO PAV. - SEM ESCALA
MUSEU (1)
BANCO (2) AMBULATÓRIO (3)
AUDITÓRIO (4)
SALA (5) LIVRARIA (6)
LAB. DE LINGUAGEM (7)
LAB. DE INFORMÁTICA (7) ÁREA COMUM (9)
PLANTA TERCEIRO PAV. - SEM ESCALA
ESCRITÓRIO (1)
QUADRA POLIESPORTIVA (2)
SALA DE CONFERÊNCIA (3) LIVRARIA (4)
LABORATÓRIO DE HOTEL (5) LABORATÓRIO DE GASTRONOMIA (5)
ACESSOS PRINCIPAIS ACESSOS COMUNS ACESSOS POR ESCADAS E/ OU RAMPAS
A área projetada incorporou no projeto final um galpão já existente na área. Hoje o projeto é subdividido em lâminas. A primeira lâmina é chamada de Sede, e é onde foi abrigado os setores da área administrativa da escola, além de ser contemplado com um musei no primeiro pavimento em nível com a rua.
Os demais prédios ficaram responsáveis por abrigar a parte didática da escola, com salas, oficinas, laboratórios, auditório, biblioteca, sala de conferência e a quadra que fica suspensa. O estacionamento ficou alocado no pavimento subterrâneo, de encontro com a área do jardim.
Nesse projeto, entende-se que a estrutura pensada e a execução foi em relação a se obter vários níveis, temos acessos aos prédios por diversos patamares e a maioria se interligam com o externo. Na parte de dentro temos conexões por passarelas e e pelo piso central.
A estrutura do prédio é de concreto armado, que por diversas vezes é visto de em sua forma pura, sem revestimento, como visto no mezanino ao lado por exemplo. Além de ser possível visualizar o concreto nos pilares mais grossos que são distribuidos pelo projeto.
Figura: Mezanino
Fonte: ARCHDAILY, 2022
Figura: Mezanino
Fonte: ARCHDAILY, 2022
Figura: Estacionamento
Fonte: ARCHDAILY, 2022
Figura: Passarela
Fonte: ARCHDAILY, 2022
Figura: Telhado estrutura metálica
Fonte: ARCHDAILY, 2022
Figura: Telhado estrutura metálica
Fonte: ARCHDAILY, 2022
A escola técnica de Pella fica localizadoa na cidade Pella, Estados Unidos. Ela tem uma área de aproximadamente 2.137m² que oferece diversas salas de aulas, oficinas e galpões para seus alunos. A escola é voltada para o sistema de aprendizagem STEM (ciência, técnologia, engenharia e informática).
Arquitetos: Neumann Monson Architects
Ano : 2015
Local: Estados Unidos
Figura: Implantação
Fonte: GOOGLEHEART, 2022 Modificado pelo autor
Fonte: GOOGLEHEART, 2022 Modificado pelo autor
Figura: Implantação com acessos Faculdade de Arquitetura
Acesso automovéis
Acesso pedestres
Fonte: ARCHDAILY, 2022 Modificado pelo autor
b a a
a
Figura: Faculdade de Arquitetura
Fonte: ARCHDAILY, 2022
Modificado pelo autor
Fonte: ARCHDAILY, 2022
Modificado pelo autor
a a b a
Figura: Faculdade de Arquitetura
Figura: Planta Faculdade de Arquitetura
Figura: Planta Faculdade de Arquitetura
Fonte: ARCHDAILY, 2022
Modificado pelo autor
PLANTA PRIMEIRO PAV. - SEM ESCALA
VESTIARIO CORREDOR ADMINISTRAÇÃO
SALA DE AULA SALA DE SUPORTE SALA DE CONFERÊNCIA
Fonte: ARCHDAILY, 2022 Modificado pelo autor
PLANTA SEGUNDO PAV. - SEM ESCALA
PROJETO LIDERE O CAMINHO + SALA DE AULA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO LOJA DE TECNOLOGIA INDUSTRIAL LOJA DE SOLDA + FABRICAÇÃO AVANÇADA CIÊNCIA DA AGRICULTURA MECÂNICO AUTOMOTIVO
Figura: Planta Faculdade de Arquitetura
Figura: Planta Faculdade de Arquitetura
Fonte: ARCHDAILY, 2022
Modificado pelo autor
PLANTA PRIMEIRO PAV. - SEM ESCALA
Fonte: ARCHDAILY, 2022
Modificado pelo autor
PLANTA SEGUNDO PAV. - SEM ESCALA
Fonte: ARCHDAILY, 2022 Modificado pelo autor
A escola técnica de Pella trabalha muito bem o uso da sua materialidade, tanto no exterior como no interior. Vidro, madeira, tijolo e blocos de concretos a vista tomam conta da fachadaa. É possível destacar que as escolhas desses materias e as fotmas que foram aplicados tiveram ligação com o conforto térmico que o prédio oferece aos seus alunos, assim como a boa ventilação e a iluminação. O interessante desse prédio é a forma modular que ele foi pensada, possível de ampliações e mudanças.
Fonte:
Uma das estratégias utilizadas para desenvolver as grades curriculares da escola técnica, foi também estudar os cursos oferecidos pelas outras escolas técnicas e universidades mais próximas, que se faz presente os temas que são voltados para construção civil, pensando em uma possibilidade de educação continuada e um constante aprendizado.
Foram analisados os programas do Senac, Etec, Unicep e USP, todos os planos desenvolvidos para a cidade de São Carlos.
Belezaria e Estética Comunicação e Marketing Desenvolvimento Social Design, Artes e Arquitetura Gastronomia e Alimentação Gestão e negócios Meio Ambiente Segurança e saúde no trabalho Moda Saúde Tecnologia da Informação Turismo e hospitalidade
Administração
Admistração - (EaD - Semipresencial) Desenvolvimento de Sistemas Eletrônica - Integrado Enfermagem Ensino médio
Ensino médio com habilitação Técnica Profissional em administração - Técnico Mecatrônica Informática para internet - integrado Secretariado - (EaD - semipresencial) Mecatrônica - integrado
USP II - SÃO CARLOS
Arquitetura e Urbanismo
Engenharia Aeronáutica
Engenharia Ambiental Engenharia Civil Engenharia de Materiais e Manufatura
Engenharia de Produção
Engenharia Elétrica - Eletrônica
Engenharia Elétrica - Automação Engenharia Mecânica
Engenharia Mecatrônica
Engenharia da Computação
Ciência de Dados - Bacharelado
Estatísica e Ciência de Dados
Matemática - Bacharelado
Matemática- Licenciatura
Matemática aplic. e computação
Sistemas de Informação - Bacharelado
Ciência da computação - Bacharelado
Ciências Exatas - Licenciatura
Física - Bacharelado
Química- Bacharelado
Enfermagem - técnico
Administração Ciências Contábeis
Arquitetura e Urbanismo Comunicação Social Direito Pedagogia
Gestão de TI Cursos correlacionados com o tema da escola técnica. Possíveis áreas de estudo continuado.
O programa de necessidades é de suma importância em um projeto, tanto para definição do espaço como também do público alvo. Os cursos que foram colocados no programa de necessidades, para compor a proposta da escola técnica, esta inserida no Eixos Tecnológicos como Infraestrutura, que é voltado para o ramo da construção civil. Analisando o projeto do Centro e Paula Souza - Santa Ifigênia - São Paulo, nota-se a divisão do programa de necessidades por blocos. Os principais setores da divisão são baseados em: setor administrativo, setor de ensino, setor de serviço e com espaços de convívio interligando os blocos. Abaixo temos a tabela de setorização, seguida da metragem individual e total de cada ambiente.
Analisando o tema estudado, foi definido os cursos que serão oferecidos na escola técnica, voltados para construção cívil.
O programa de necessidades para escola técnica de construção civil exige algumas características específicas para os galpões e salas de aulas. Para isso, foi necessário pesquisar ambientes escolares ou não, para melhor atender as demandas desse projeto.
sala de aulas 1.
As salas de aulas serão flexíveis. As salas seguirão a conformação padrão permitindo de até 24 alunos, com fileiras dispostas no modelo tradicional seguindo em direção ao quadro negro. Ao mesmo tempo que permitindo um carteira individual, será possível diferentes disposições para que sejam formados grupos de estudos/discussões. Além disso, será fornecido também mobiliários flexíveis de fácil manuseio, para uma melhor adaptação da sala para cada matéria. Será fornecido um local de armazenagem de material para que os
alunos possam guardar seus pertences pessoais e material que não estiver em uso. Para que o ambiente seja agradável, serão dispostas grandes janelas, que irão fornecer visual com o exterior, ventilação e iluminação natural. Ao todo serão 03 salas de aula nesse formato.
Os galpões serão usados como uma espécie de laboratório, porém com uma proporção maior e pé direito alto. Será projetado 2 galpões e cada um comporta até 40 pessoas. Além da dimensão ser maior ele irá fornecer equipamentos e maquinários para que os alunos possam usufruir das aulas práticas. Serão oferecidas paredes para testes da aula de pintura, parte para práticas de assentamento de piso/azulejo, maquinários gerais. Fornecerá um isolamento acústico para que não atrapalhe as outras salas.
Para apresentações dos alunos, palestras e atividades culturais para a comunidade. O auditório tem capacidade atender 62 pessoas. Para suporte aos convidados temos a sala de apoio a iluminação, projeção e audição.
Fornecerá ao alunos e moradores da região, um acervo de livros relacionados com os cursos que serão oferecidos. Disponibilizará também de área de estudo, armários para guardar pertences pessoais e também um balcão de recepção compartilhado, para formalização do cadastro.
As salas destinadas as oficinas práticas terão como finalidade oferecer os cursos práticos mais leves, que são possíveis de execução dentro do bloco sem interferir nos demais ambientes próximos, como por exemplo oficinas de reparos, elétrica básica e avançada, manuseio de materiais.
Para o partido arquitetônico foi considerado os estudos e levantamentos da área e do seu entorno imediato. Assim, como foi considerado o objetivo e tema proposto para o equipamento institucional, sendo uma escola técnica voltada para o ramo da construção civil. O projeto foi pensando de forma a completar o entorno, visto que hoje é uma bairro com predominância residencial e em sua maioria sendo edifícios de até um pavimento, por esse motivo o prédio escolar foi pensando em uma construção de dois pavimentos para uma melhor visibilidade. Foram adotados medidas para oferecer uma boa iluminação, ventilação e conforto aos estudantes desse equipamento.
O intuito da inserção desse projeto é para além da formação profissional, é para dar a oportunidade aos jovens de uma melhoria em sua própria vida pessoal. Visto que, através dos cursos oferecidos eles poderão aperfeiçoar a mão de obra para obter dessa forma uma melhor rentabilidade através do seu trabalho.
As primeiras ideias surgiram a partir das formas retangulares, blocos de diversos tamanhos que seriam setorizados de acordo com cada funcionalidade. Foram feitos vários desenhos, tipologias e a partir de vários estudos de caso, croquis, maquete topográfica, cortes e visitas ao terreno, foi possível desenvolver o projeto de acordo com as necessidades demandadas pelo prédio institucional e que atendesse de forma ampla a
A partir da primeira parte do projeto desenvolvida, foram necessárias algumas alterações para melhorias do equipamento. Em relação as formas, permaneceu como principal as plantas dos blocos exceção da que foi alternativa melhor iluminação pavimento acessos entre os blocos.
Figura 5: Desenvolvimento projeto TGI II, corte, autora Rafaela.
Figura 4: D implantação,
Figura 6: Desenvolvimento projeto TGI II, circulação autora Rafaela.
Dessa forma, chegou-se ao projeto apresentado aqui hoje. Para que fosse possível a alocação do prédio no terreno foram realizados pequenas intervenções nas curvas de níveis, para facilitar a circulação e acessos. A forma final apresenta 3 subdivisões de setores disponibilizados em 4 blocos. Sendo dispostos da seguinte forma; blocos térreos: setor administrativo/serviços, a biblioteca, o auditório, os laborátorios de informática, a lanchonete e os galpões. Primeiro pavimento com áreas de estares e setor educacional.
ÁREA TOTAL: 2857,30 m²
que devido a dimensão do terreno tornase um decline muito suave e que não dificulta o acesso e a locomoção
CURVA DE NÍVEL ATUAL SEM ESCALA
Para o projeto, adpatei algumas curvas de níveis para melhor alocar os prédios no terreno e melhor a circulação externa.
O terreno possui uma área total de 2.857,30m.
Área do terreno: 2857.30m²
Área de projeção ou de sombra: 2258,22 m²
Área permeável: 558 m²
Área total da construção: 1932,08m²
Taxa de ocupação: 79%
Taxa de permeabilidade: 19,25%
ACESSOS 1° PAV. SEM ESCALA
SERVIÇOS ADMINISTRATIVO CIRCULAÇÃO VERTICAL ÁREA DE ESTAR
ACESSO PÚBLICO ACESSO SEMI-PÚBLICO ACESSO PRIVADO
Para o sistema estrutural foi escolhido alvenaria estrutural. Os volumes serão compostos por blocos de concreto de vedação sem acabamento, em sua forma pura.
Os pilares aparentes são de concreto armado com dimensão de 40x40 cm.
No pavimento térreo as vigas externas são vigas de transição, com dimensão de 60x15 cm.
As demais, do primeiro pavimento são dimensionadas com 40x20 Vão máximo usado entre as vigas são de 6 m. As vigas de transição foram usadas para distribuir o peso dos pilares do primeiro pavimento.
VIGAS DE TRANSIÇÃO
VIGAS 40X15 cm
PAREDE EM T
CANALETA DE PORTA
GRAUTE
CANALETA VERGA
CANALETA CONTRA VERGA
AMARRAÇÃO PAREDE EM L
DETALHE ALVENARIA ESTRUTURAL DO PROJETO - PAV. TÉRREO ADM. SEM ESCALA
Imagem : Maquete 3D -ETCC - DETALHE VIGA
COMO FOI ESCOLHIDO DEIXAR A ESTRUTURA DAS VIGAS E PILARES EXTERNOS APARENTES, FOI PROPOSTO A INTEGRAÇÃO DOS PILARES NOS MOBILIÁRIOS E AS ATRIBUIDO FUNÇÃO DE SUPORTE DE ILUMINAÇÃO PARA AS VIGAS.
Imagem : Maquete 3D -ETCC - DETALHE PILAR
Para composição do projeto foi escolhido a estrutura metálica para o telhado de todas as lâminas. Além de atender ao porte do projeto, essa essa estrutura otimiza o tempo de construção e tem uma ótima funcionalidade.
Para os blocos B1, B2 foram utilizados telha metálica termoacústica com inclinação de 15%, para os galpões inclinação de 20%, o material é conhecido também como telha sanduiche, devido a eficiência que esse modelo oferece. O mesmo material foi escolhido também para o ecoponto, feito de container, com uma inclinação menor sendo de 5 %.
Na questão de montagem ela é tão eficiente quanto a comum, com manutenção simplificada. Como na escola será projeto galpões, onde serão usados máquinas e será realizado atividades com barulho, essa foi uma solução para amenizar o impacto sonoro.
Figura : Telha metálica sanduiche em perspectiva e corte
Para passarela foi escolhido a estrutura metálica, que possibilita uma rápida e fácil execução. Além da facilidade de criação de design, ela também é mais resistente e leve ao mesmo tempo, dessa forma alivia as cargas para fundação. A cor amarela já havia sido escolhida como parte dos detalhes do projeto, e se esten-
-deu na composição da paleta da passarela, que se tornou um marco visual no edifício. Ademais, ela serve para integrar os ambientes em suas extremidades proporcionado luz natural e possibilitando uma ventilação cruzada entre os blocos.
O auditório também foi construído em alvenaria estrutural, visto que os blocos de concreto também são ótimos em isolamento acústico, possuindo uma densidade maior do que os blocos cerâmicos.
Para a cobertura do auditório foi escolhido os painéis perfurados, absorventes acústicos, em forma de painéis amadeirados para compor o design.
Como comentado, o projeto tem todas as fachadas expostas ao entorno, já que nas proximidades imediatas não existem edifícios maiores do que o equipamento proposto, o que o deixa exposto diretamente, sem nenhuma projeção de sombra.
A primeira solução proposta foi pensar o edifício criando o primeiro pavimento 0,70 cm maior em todas as faces em relação ao pavimento térreo, gerando um beiral.
Essa solução foi utilizada nos dois blocos, exceto nos galpões, criando dessa forma um recuo que produz sombra aos pedestres.
Na imagem abaixo é possível comparar a projeção de sombra que o equipamento produz em relação aos edifícios na parte inferior já existentes, além dessa solução, que foi o recuo do pavimento térreo, também foi feito um trabalho com a vegetação externa par auxiliar na produção de sombra e melhoria da condição do conforto térmico.
A fachada do edifício foi proposta voltada para o noroeste (Av. João Dagnone), e para amenizar a insolação foram propostos os brises móveis verticais e o pergolado em cima da porta de acesso principal ao administrativo. Para a fachada norte foram propostos brises móveis horizontais.
Para os corredores internos dos blocos no primeiro pavimento, também foram propostos brises para amenizar o impacto da insolação.
Para a fachada norte interna do bloco do primeiro pavimento(lado esquerdo na foto ao lado), foram propostos brises verticais móveis de alumínio, que podem ser adaptados na melhor posição de acordo com o posicionamento do sol. Eles também possibilitam a entrada de luz e também contribui para eficiência energética, podendo reduzir o gasto de energia.
Para a fachada sul interna (lado direito na foto ao lado) foi proposto uma abertura com brises verticais fixo de alumínio com espaçamentos maiores, fixados diretamente na viga, para possibilitar maior entrada de iluminação natural e ventilação.
CNTC. Catálogo Nacional de Cursos Técnico. 2016, site Portal MEC. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com docman&view=download&alias=77451-cnct-3a-edicao-pdf1&category slug=novembro 2017 pdf&Itemid=30192 >. Acesso em: 23 maio, 2022.
BRASIL. Lei n. 12.513, de 26 de outubro de 2011. Institui o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2011. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/ ato2011-2014/2011/lei/l12513.htm > . Acesso em: 08 dez. 2021.
WEINTRAUB, Abraham. Sessão da Comissão de Educação da Câmara dos deputados. 2019, site Portal MEC. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/novos caminhos >. Acesso em: 05 dez. 2021.
MEC. Sessão da Comissão de Educação da Câmara dos deputados. 2019, site Portal MEC. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/novos caminhos >. Acesso em: 05 dez. 2021.
SHIROMA, E. O. Lima Filho, D. L. Trabalho docente na educação profissional e tecnológica e no PROEJA. Educação & Sociedade, Campinas, 2011, v.32, n 116, pg. 725 a 743. Disponível em: < http://www.cedes.unicamp.br >. Acesso em: 04 dez. 2021.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Linha do tempo do Ensino Profissionalizante no Brasil. 2014, site Portal MEC. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/centenario/linha.pdf > . Acesso em: 23 de maio, 2022.
BRASIL. Lei n. 11.741, de 2008. Da Educação Profissional e Tecnológica. Brasília, DF, 2008. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/leis/l9394.htm >. Acesso em: 08 dez. 2021.
PRAVALER. Técnico integrado, subsequente, ou concomitante quais as diferenças? 2021, site PRAVALER. Disponível em < https://www.pravaler.com.br/tecnico integrado subsequente ou concomitante quais as diferencas/ >. Acesso em: 08 dez. 2021
MEC Relatório educação para todos no Brasil 2000 2015 Brasília, 2014, site Portal MEC Disponível em: < https://www.nepedeees.ufscar.br/navegacao lateral/textos/232699por.pdf> Acesso em: 05 dez. 2021.
CENSO. Censo educação básica, cap. 1.1.6 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL. 2020. Disponível em: < https://download.inep.gov.br/publicacoes/institucionais/estatisticas e indicadores/resumo tecnico censo escolar 2020.pdf >. Acesso em: 04 dez. 2021.
ACISC. ACISC informa quantidade de empresas em São Carlos. 2018, site ACIDADEON. Disponível em: < https://www.acidadeon.com/saocarlos/economia/NOT,0,0,1342104,acisc+informa+quantidade+de+empresas+em +sao+carlos.aspx >. Acesso em: 04 dez. 2021.
MARCHI, Décio. Procura por cursos profissionalizantes aumentam em 50% durante pandemia. 2020, site Via Certa. Disponível em: < https://www.segs.com.br/educacao/250547 procura por cursos profissionalizantes%02aumenta em 50 durante pandemia > Acesso em: 05 dez. 2021
SCHWARTZMAN, Simon. MOURA, Castro. Ensino, formação profissional e questão da mão de obra. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciências, 2009. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ensaio/a/B8Kb6jfXqvCrfrfpWWr8Wsm/?lang=pt > Acesso em: 05 dez. 2021.
PLANO DIRETOR. Projeto de Lei do Plano Diretor encaminhado à Câmara Municipal. 2016. Disponível em: < http://www.saocarlos.sp.gov.br/index.php/habitacao morar/166049 plano diretor estrategico.html > Acesso em: 05 dez. 2021
CENTRO PAULA SOUZA. Spadoni AA + Pedro Taddei Arquitetos Associados. 2015, ArchDaily Brasil. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/769776/paula-souza-center-spadoni-aa-plus-pedro-taddeiarquitetos-associados > Acesso em: 05 dez. 2021
ESCOLA PROFISSIONALIZANTE GEBZE. Norm Mimarlik. 2016, ArchDaily Brasil. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/796534/escola profissionalizante gebze norm mimarlik > Acesso em: 05 dez. 2021
IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA. 2010. Disponível em:< https://censo2010.ibge.gov.br/sinopseporsetores/?nivel=st > Acesso em: 05 dez. 2021
BRASIL. Lei 18.053. SEÇÃO III DA ZONA 2 OCUPAÇÃO INDUZIDA. Brasília, DF. 2016, art. 19, 20 e 21. Disponível em: < https://www.saocarlosoficial.com.br/diariooficial/001/DO 28122016 HNGB66.pdf > Acesso em: 05 dez. 2021
KOWALTOWSKI, Doris. O futuro é agora: Os conceitos de arquitetura escolar e a necessidade de adaptação dos espaços físicos tradicionais. Reportagem de Is Cool App, 2018. Disponível em: < https://iscoolapp.blog/os conceitos de arquitetura escolar e a necessidade de adaptacao dos espacos fisicos-tradicionais/ > Acesso em: 05 dez. 2021