Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA Campus Uruguaiana Curso de CiĂŞncias da Natureza Disciplina: Bases MorfofisiolĂłgicas do Corpo Humano (UR6063)
Prof. Dr. Leonardo Magno Rambo
Uruguaiana, 10 de agosto de 2016
Sistemas de controle do corpo Células Menor unidade funcional do corpo humano; Temos ~100.000.000.000.000 de células (100 trilhões!!);
Cada célula é especializada para exercer determinada função; São organizadas em estruturas funcionais distintas.
Sistemas de controle do corpo Estrutura Celular Membrana Plasmática (modelo mosaico fluído)
Sistemas de controle do corpo Estrutura Celular Citoplasma – Citoesqueleto e citosol
Sistemas de controle do corpo ď‚— Estrutura Celular ď‚— Citoplasma e suas organelas - Lisossomos
Sistemas de controle do corpo Estrutura Celular Citoplasma – Peroxissomos (peroxidase)
Sistemas de controle do corpo Estrutura Celular Citoplasma – Mitocôndrias
Sistemas de controle do corpo Estrutura Celular Citoplasma – Retículo Endoplasmático (liso e rugoso)
Sistemas de controle do corpo Estrutura Celular Citoplasma – Ribossomos
Sistemas de controle do corpo Estrutura Celular Citoplasma – Complexo de Golgi
Sistemas de controle do corpo Células Estruturas Funcionais: Órgãos e tecidos
Hemácia, plaqueta, leucócito
Hepatócito
Queratinócito
Sistemas de controle do corpo Células Todas as células “vivem” essencialmente no mesmo ambiente
Fluído extracelular – Fluído que contém concentrações adequadas de íons e nutrientes, necessários à sobrevivência celular.
Extracelular Na+ ClHCO3Glicose Ácidos graxos Aminoácidos O2 CO2
Intracelular K+ Mg2+ Pi
Na+
Sistemas de controle do corpo Importância do controle homeostático dos fluídos
extracelulares Aumento na temperatura normal (~37o C) em 7o C pode levar
a um ciclo vicioso de aumento do metabolismo celular, levando à apoptose. Variações no pH normal (7.4) em 0,5 para ou para ,
podem levar o indivíduo a óbito. Alterações na concentração de íons K+ para ou para
podem causar paralisia muscular e depressão cardíaca. Ex. Injeção letal. Redução nos níveis de glicose levam à irritabilidade mental
extrema e convulsões.
Natureza dos Sistemas de Controle Exemplo Mecânico: Ar-condicionado em 22 °C
Mecanismo Fisiológico: 1 – Sensor (receptor) 2 – Centro de controle (centro de integração da resposta) 3 – Efetores (produção do efeito desejado)
Alças de Feedback Feedback negativo Mecanismos que exercem efeitos contrários em relação
aos efeitos iniciais
Regulação da concentração de CO2 Regulação da P.A. Regulação da temperatura Concentração sérica de glicose Secreção hormonal, etc.
Em geral, se algo ou excessivamente, mecanismos de
controle são ativados.
Alças de Feedback Feedback positivo (ciclo vicioso) Mecanismos que acentuam os efeitos iniciais;
Geralmente causa instabilidade e pode levar a óbito.
Sangramento: em geral, o coração bombeia 5L/min;
Com sangramento de 1 L, PA, ativa mecanismos de feedback negativo, estabilização da PA e retorno ao normal Com sangramento de 2L, PA, FC insuficiência cardíaca óbito
Alças de Feedback Feedback positivo (ciclo vicioso) Feedback positivo útil:
Coagulação: Rompimento de vaso sanguíneo – ativação de enzimas e fatores coagulantes
Parto: Contração uterina, cabeça do feto empurra o colo uterino, força mecânica estimula liberação de ocitocina, estimula mais contração.
Geração do potencial de ação: inicial de Na+, altera o potencial de membrana, entra mais Na+, Ca2+, excitabilidade, despolariza, transmite o sinal e ocorre a transmissão sináptica. A seguir, ocorre o feedback negativo, através da hiperpolarização da membrana neuronal, saída de K+ e ativação da bomba de Na+.
Alças de Feedback O feedback positivo nada mais é que uma parte de um
processo geral de feedback negativo: Coagulação: Manter o volume sanguíneo normal Despolarização: Desse modo, os neurônios podem
participar da sinalização de milhares de sistemas de feedback negativo.
2. Homeostasia 2.1. Conceitos Manutenção das condições quase constantes do meio
interno. (Guyton) Tendência permanente do organismo manter a constância do
meio interno. Estado de independência relativa do organismo em relação às oscilações do ambiente externo. (Claude Bernard)
2. Homeostasia 2.1. Conceitos Homeostasia fisiológica é sinônimo de saúde?
Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País. (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990).
O conceito de SAÚDE transcende o de homeostase fisiológica, significando que a integridade funcional dos mecanismos fisiológicos não depende apenas da sua condição biológica mas da integridade sócio-cultural do individuo.
2. Homeostasia 2.2. Contribuição dos sistemas 2.2.1. Sistema Circulatório
Responsável pelo transporte dos fluídos extracelulares pelo corpo, através da circulação sanguínea;
Esse transporte tem o objetivo de realizar a troca contínua de fluído extracelular entre a parte plasmática do sangue e o interstício;
2. Homeostasia 2.2. Contribuição dos sistemas 2.2.1. Sistema Circulatório
Poucas células estão a mais de 50 µm de algum capilar, garantindo a rápida difusão de qualquer substância dos capilares para as células em poucos segundos;
Manutenção da quase completa homogeneidade do fluído extracelular no corpo.
2. Homeostasia 2.2. Contribuição dos sistemas 2.2.2. Sistema Respiratório
O sangue que circula no corpo também flui através dos pulmões;
O O2 contido nos alvéolos é capturado pelo sangue e fornecido novamente aos tecidos;
Ocorre a troca de CO2 por O2.
2. Homeostasia 2.3. Mecanismos de homeostasia Regulação nas concentrações de CO2 e O2. Se a quantidade de O2 está baixa, a PO2 cai e a hemoglobina
libera o O2. Se a PCO2 está alta, ativa centro de controle respiratório e
aumenta a frequência e a taxa respiratória para eliminar o CO2 e normalizar a PCO2.
2. Homeostasia 2.2. Contribuição dos sistemas 2.2.3. Trato Gastrointestinal
Local de absorção de nutrientes, como carboidratos, lipídios e aminoácidos, dos alimentos para os fluídos extracelulares, para serem fornecidos aos tecidos.
2. Homeostasia 2.2. Contribuição dos sistemas 2.2.4. Fígado, rins, adipócitos e glândulas endócrinas
Interagem de maneira a converter quimicamente as substâncias absorvidas pelo trato gastrointestinal.
Glicose – glicogênio Lipídios – triacilgliceróis
Nos rins ocorre a remoção das demais substâncias desnecessárias às células e reabsorção de substâncias necessárias.
Remoção: Uréia, ácido úrico, creatinina, H2O e excesso de íons; Reabsorção: glicose, aminoácidos, íons e H2O
2. Homeostasia 2.2. Contribuição dos sistemas 2.2.5. Sistema músculo-esquelético
Movimento
Através do movimento, se garante a sobrevivência:
Situações de fome, para buscar alimento; Com frio, tremor para se aquecer; Locais perigosos e situações adversas; Fuga de predador (questão evolutiva).
2. Homeostasia 2.2. Contribuição dos sistemas 2.2.6. Sistema nervoso
Aferência sensorial: envia sinal da periferia para o SNC; SNC: Parte integrativa Eferência motora: envia o sinal do SNC para a periferia Receptores sensoriais Receptores na pele: informam quando toca algum objeto; Olhos: Informação visual do ambiente; Ouvidos: Informação auditiva; Barorreceptores; Osmoceptores.
2. Homeostasia 2.3. Mecanismos de homeostasia Sistema de barorreceptores (mecanismo de ação
rápida) PA – ativa barorreceptores enviam impulsos para o tronco cerebral desativa o centro vasomotor reduz a transmissão de impulsos excitatórios através do sistema simpático para o coração e os vasos bombeamento e dilatação dos vasos sanguíneos periféricos PA
2. Homeostasia 2.2. Contribuição dos sistemas 2.2.7. Sistema hormonal
Função: secreção de hormônios transportados na corrente sanguínea e carreados pelo fluído extracelular até os tecidos alvo.
Ex.: Hormônios da tireoide, ACTH, ADH...
Sistema complementar ao Sistema Nervoso; Interação dos sistemas
Ex.: Osmoceptores
2. Homeostasia 2.2. Contribuição dos sistemas 2.2.8. Reprodução
Relação com homeostasia da vida;
Perpetuação, sobrevivência e continuidade da espécie
3. Considerações finais O corpo humano exibe uma organização harmônica em
que todas as suas partes operam em conjunto para manter o bom funcionamento geral.