Escola Waldorf: educação alternativa em João Pessoa

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ESCOLA WALDORF

EDUCAÇÃO ALTERNATIVA EM JOÃO PESSOA

Rafaela Monteiro Medeiros



RUDOLF STEINER

A nossa mais elevada tarefa deve ser a de formar seres humanos livres que sejam capazes de, por si mesmos, encontrar propósito e direção para suas vidas.



RAFAELA MONTEIRO MEDEIROS

ESCOLA WALDORF

EDUCAÇÃO ALTERNATIVA EM JOÃO PESSOA

Trabalho Final de Graduação apresentado como requisito para a conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba. Profa. Pós-Dra. Isabel Medero Orientadora

João Pessoa - Paraíba Outubro de 2018



RAFAELA MONTEIRO MEDEIROS

ESCOLA WALDORF

EDUCAÇÃO ALTERNATIVA EM JOÃO PESSOA Banca Examinadora:

Profa. Isabel Medero Orientadora

Prof. Dimitri Castor Examinador

Profa. Deborah Kishimoto Examinadora

João Pessoa - Paraíba Outubro de 2018


Sumário

2 REFERENCIAL TEÓRICO PROJETUAL página 22

1 INTRODUÇÃO página 12

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5

5

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PROPOSTA PROJETUAL página 46

página 68

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS página 66



1. Introdução apresentação

O PAPEL DA EDUCAÇÃO E DA ESCOLA

A educação é um processo amplo e contínuo, que tem como objetivo possibilitar aos indivíduos o alcance da plenitude de suas potencialidades ao longo da vida, e deve ser compreendida como um caminho que significará muito além da aquisição dos saberes de conteúdos e técnicas. Ela deve colaborar na formação integral desses indivíduos, contribuindo com a evolução de seus sentidos reflexivos e com a construção de uma consciência crítica, para que atuem como sujeitos participativos na sociedade e sejam, também, construtores de sua própria história. Apesar da realidade contemporânea em que a disseminação de informações e o acesso a conteúdos e saberes por outras fontes está cada vez mais acelerado e imediato, a instituição escola ainda “ [...] é o espaço fundamental de formação de cidadãos [...]“ (OLIVEIRA et al. 2013 p.13), e colaboradora nesse caminho de aprendizagem e desenvolvimento intelectual. É através de relações democráticas, afetivas e discursivas no ambiente escolar, que questões culturais, científicas, históricas, socioemocionais, podem ser abordadas em rede, trazendo a problematização como porta de acesso ao conhecimento.

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A REALIDADE DA EDUCAÇÃO DO MUNDO / A EXISTÊNCIA DOS SISTEMAS CONVENCIONAIS DE EDUCAÇÃO / PARTE DO PROBLEMA / IRRELEVÂNCIA Atualmente, as escolas espalhadas pelo mundo variam na forma de condução do processo de aprendizagem, por trabalharem com procedimentos pedagógicos baseados em filosofias diferentes. Porém, mesmo com as intensas transformações sociais, culturais e tecnológicas no mundo contemporâneo, parece que as escolas vêm resistindo a essas transformaçõe e mantendo-se estruturadas a partir de uma metodologia tradicional, onde, segundo Daher (2006), o processo de aprendizagem é sustentado pela transmissão mecânica de informações dos professores aos alunos, um processo muito mais de ensino do que de aprendizagem.

Figura 01: Calvin entediado na escola Fonte: novaescola.org.br

Essa estrutura busca visar a formação de indivíduos com habilidades semelhantes, porém negligenciando o fato de que cada criança é diferente, desvalorizando suas potencialidades e seu desenvolvimento integrado. O foco principal tem sido garantir a entrada dos estudantes em instituições de ensino superior, através de exames que testam uma variedade limitada de habilidades, a maioria acadêmicas, e a entrada deles no mercado de trabalho. Vê-se, ainda, uma cultura educacional que reprime o envolvimento e o interesse dos estudantes por seu próprio processo de Aprendizagem.

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AS PEDAGOGIAS ALTERNATIVAS / VANGUARDA / QUEBRA DE PARADIGMAS Segundo Azevedo (2002), foi no início do séc. XX, foi já na busca por quebrar os paradigmas dessa educação tradicional capitalista, que surgiram as metodologias pedagógicas, como a Pedagogia Waldorf., desenvolvida pelo filósofo Ruldof Steiner. Cerca de mais de 1000 escolas e 2000 Jardins de Infância Waldorf encontram-se espalhadas em mais de 50 países. Elas apresentam uma metodologia que busca não só o desenvolvimento intelectual da criança, como acontece nas escolas tradicionais, mas também o emocional, o psicológico, o intuitivo e a experiência concreta. (ALVARES, 2010). Steriner Criticava a educação moderna pela formação fragmentada transmitida aos alunos. Para ele, a visão materialista da modernidade tinha se incorporado à pedagogia moderna, que passara a trabalhar somente o intelecto de seus alunos, focado na compreensão intelectual e tecnológica. ALVARES, 2010 pud. WONG 1987

Nas escolas Waldorf, os estudantes são indivíduos motivados e engajados com o ato de aprender a desenvolver suas competências e habilidades cognitivas e afetivas. E como ambiente físico de ensino, essa pedagogia tem a arquitetura como elemento essencial em sua proposta.

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Figura 02: Sala de Aula Waldorf Fonte: www.soescola.com

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delimitação do problema A ARQUITETURA ESCOLAR – IMPORTÂNCIA COMO ELEMENTO PEDAGÓGICO Segundo Alvares (2010), o surgimento desses novos métodos pedagógicos ao longo dos anos repercutiu em transformações no ambiente escolar construído, trazendo consequências para a arquitetura escolar. Ela afirma, “cada pedagogia tem suas necessidades próprias de variedade de espaços, de construção de uma imagem que a identifica com seus propósitos educacionais, através de equipamentos e elementos espaciais condizentes com as atividades propostas.” (ALVAREZ, 2016. P.172) No modelo tradicional, as salas de aula das escolas reproduzem o padrão de carteiras enfileiradas, alunos sentados de frente para o quadro – com formação diretamente ligada ao padrão de ensino, além de serem vistas como único espaço de aprendizagem. Caracteriza-se por ser uma estruturação que responde, espacialmente, apenas ao modo passivo de receber e “aprender” um conteúdo universal.

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Mesmo com a existência remanescente dessa Pedagogia tradicional moderna, o movimento educacional no meio contemporâneo de intensas transformações, denominada por Gadotti (ALVARES, 2010 apud. GODOTTI, 2005) como educação pósmoderna, busca trazer uma pedagogia dinâmica e aberta, que não está restringida apenas às salas de aula. Os novos espaços escolares têm tendido cada vez mais a serem flexíveis, abertos e generosos, em busca de trabalhar com o conceito de equidade e da ideia de pertencimento, a partir de um contexto em que se busca a formação de indivíduos cooperativos, com conhecimento integral e diversificado, e que levam o aprendizado de forma natural e simples. (ALVARES, 2010)


A ARQUITETURA WALDORF COMO ELEMENTO PEDAGÓGICO Steiner, no início do séc. XX, como idealizador da Pedagogia Waldorf, já posicionava a arquitetura das edificações como um dos elementos pedagógicos de sua escola. A proposta de introduzir na vida diária das crianças a vivência com conceitos e concepções das formas, pela fabricação de objetos e percepção de espaços físicos, dá relevância às artes manuais e também à arquitetura de seus prédios. A partir dessa estreita relação estabelecida entre arquitetura e a pedagogia Waldorf, o que se observou foi o desenvolvimento, por arquitetos antroposóficos, de um “tipo arquitetônico” baseado nos escritos de Rudolf Steiner sobre os princípios de concepção da forma nas Escolas Waldorf. (ALVARES, 2010 apud. WONG, 1987). Este trabalho, dessa maneira, pretende conceber um anteprojeto arquitetônico que espacialize um programa baseado em conceitos e procedimentos da Pedagogia Waldorf. E, por ser parte da pesquisa, a pedagogia e sua soluções espaciais serão estudadas com maiores detalhes no capítulo do referencial teórico.

Figura 03: Escola Waldorf Shining Mountain Fonte: www.barrettstudio.com 15


Figura 04: Sala de aula de uma Faculdade Waldorf Fonte: www.badmin.benfeitoria.com

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universo de estudo A PEDAGOGIA WALDORF NO BRASIL / JOÃO PESSOA

No Brasil, a primeira escola Waldorf foi fundada em São Paulo, em 1959, a Escola Waldorf Rudolf Steiner. Hoje, de acordo com a Federação das escolas Waldorf do Brasil, existem mais de 70 escolas e jardins filiados e um número crescente de novas iniciativas que se espalham por todas as regiões brasileiras. No Nordeste, apenas 7 dessas instituições são reconhecidas oficialmente pela Federação, encontrada nos estados da Bahia, Ceará e Pernambuco. João Pessoa é uma cidade que apresenta atualmente uma oferta pequena de escolas com pedagogias alternativas. Apenas em 2017, chegou na capital a primeira iniciativa de Jardim de Infância da Paraíba inspirada na pedagogia Waldorf: a escola Jardim Alumiar. Ela surgiu a partir de um grupo de pais que estavam em busca de uma educação alternativa para seus filhos, pautada, especificamente, por essa proposta pedagógica. A escola foi instalada em uma residência unifamiliar, adaptada para locar as atividades escolares, na praia Ponta do Seixas, mas no começo de 2018 acabou fechando.

Essa iniciativa parece indicar o fato de que a oferta de escolas com pedagogias não tradicionais na cidade é fraca, porém necessária pra uma sociedade atual na qual é essencial "pensar fora da caixa". A partir desse contexto, a temática escolhida para esse presente trabalho se propõe a diminuir essa lacuna atual, ao trazer João Pessoa como universo de estudo para a idealização do anteprojeto arquitetônico de um Jardim de Infância e Escola Waldorf que apresente estratégias projetuais com soluções físico-espaciais que atendam os requisitos pedagógicos da escola idealizada por Rudolf Steiner. Pensa-se, também, na importância da divulgação das práticas de educação alternativa na cidade, para que a nova escola possa dialogar com a localidade em que será inserida, através da arquitetura.

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justificativa

objetivo

O cenário atual brasileiro no âmbito das instituições de educação se mostra, em maior parte, estar ainda inclinado a uma estrutura física e metodológica que remete ao modelo pedagógico de ensino em massas, mesmo em uma realidade onde as transformações sociais e a nova conjectura tecnocientífica no mundo exigem novas demandas, novas necessidades, tanto no meio físico escolar, como nos métodos de aprendizagem.

Elaborar anteprojeto de um Escola Waldorf no Bairro Jardim Oceania

Escola Waldorf em João Pessoa

objetivos específicos Investigar o “tipo arquitetônico” das Escolas Waldorf, para compreender a articulação espacial da proposta pedagógica com a arquitetura de seus edifícios;

Aprofundar estudos sobre edifícios escolares de Escolas Waldorf pelo mundo, analisando as propostas arquitetônicas e as organizações espacais;

Desenvolver um projeto arquitetônico que espacialize um programa baseado em conceitos e procedimentos da pedagogia Waldorf.

O papel da arquitetura nesse quesito é contribuir para a criação de espaços escolares não apenas funcionais, mas espaços que participam como elemento primordial no processo de aprendizagem. Estudar e propor um projeto de edifício escolar alinhado a um método pedagógico não tradicional, como a Pedagogia Waldorf, é buscar atender às transformações atuais com uma visão educacional alternativa, e inseri-la como um equipamento urbano em João Pessoa, sendo um ponto integrador e disseminador dos valores de uma comunidade que valoriza a individualidade de cada criança no ambiente escolar, e a sua formação como um ser único.

objeto

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3.

2.

Análise de projetos de referência, realizada a partir da determinação de critérios pré-definidos, com o objetivo de colaborar com as decisões e diretrizes do Anteprojeto da Escola Waldorf;

do ponto de vista do conforto ambiental, da oganização de layout e das atividades realizadas. Além desses quesitos, buscou-se compreender as necessidades dos usuários e seus rituais pedagógicos e de fluxo para nortear a eleboração de organograma/fluxograma. 4.

5.

Realização de uma leitura exploratória e analítica, por meio de uma revisão bibliográfica, tomando como base principal os trabalhos desenvolvidos pela arquiteta Sandra Alvares em sua dissertação de mestrado “Traduzindo em formas a pedagogia Waldorf” (ALVARES, 2010) e em sua tese de doutorado “Programando a Arquitetura Escolar: a relação entre Ambientes de Aprendizagem, Comportamento Humano no Ambiente Construído e Teorias Pedagógicas.” (ALVARES, 2016) O objetivo dessa leitura foi colaborar na delimitação do problema do trabalho, e no desenvolvimento do referencial teórico, onde são apresentados os conhecimentos e informações acerca da pedagogia waldorf, e de como ela irá refletir nas decisões e soluções projetuais para a concepção de uma escola baseada nessa metodologia pedagógica.

1.

etapas de trabalho e metologia

Mapeamento das principais condicionantes de projeto, como as exigências legais (normas e leis), as locais/ambientais, como o terreno, clima, ventilação, vegetação. Desenvolvimento do anteprojeto, iniciado a partir dos estudos previamente realizados nas etapas anteriores, juntamente com a definição de um conceito e partido arquitetônico baseados nas diretrizes projetuais orientadas pelas soluções espaciais que atendam aos requisitos pedagógicos da pedagogia Waldorf, como os sugeridos por ALVARES (2012, 2016) em seus trabalhos de dissertação e tese. E, em seguida, se tem a realização de estudos de implantaçao, evolução das formas, até o resultado final do anteprojeto.

Elaboração de um programa arquitetônico considerando o contexto cultural e local no qual o projeto será inserindo e tomando como partido, também, a análise das necessidades de cada ambiente

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2. Referencial Teórico Projetual antroposofia

CIÊNCIA + ARTE + ESPÍRITO Rudolf Steiner (1861-1925), filósofo austríaco, idealizou no início do século dezenove uma filosofia chamada de Antroposofia (palavra derivada do grego anthropós, homem, e sophia, sabedoria – “sabedoria do homem”1) ou Ciência Espiritual2. Em 1912, juntamente com seus seguidores, membros da Seção alemã da Sociedade Teosófica, fundou a Sociedade Antroposófica. (AZEVEDO, 2008) Seus estudos foram direcionados a partir de sua descrença a cerca da desmistificação do mundo decorrida do progresso econômico, tecnológico, da filosofia crítica e da ciência natural da era moderna, que procovou ao homem um distanciamento entre o material e o espiritual, e uma visão fragmentada e parcial da vida. Steiner buscou, então, seguir um caminho contrário à racionalidade científica, onde objetivava-se reconciliar a ciência com a religião e a arte, recuperando a alma e o espírito do ser humano, juntandoos ao corpo fisico. (ALVARES, 2010) A Antroposofia é ciência! Mas é uma ciência que ultrapassa os limites com os quais até agora esbarrou a ciência “comum”. Ela procede cientificamente pela observação, descrição e interpretação dos fatos. E é mais que uma teoria, um edifício de afirmações. Com efeito, ela admite e reconhece todas as descobertas das ciências naturais comuns, embora as complete e interprete com suas descobertas. LANZ, 2005, pg.16

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Dessa forma, a antroposofia vem a apresentar uma abordagem que reúne pensamentos científcos, artísticos e espirituais, trabalhados em unidade, visando compreender o universo e a natureza de cada indíviduo a partir de quatros membros essenciais colocados por Steiner: a organização do EU (espiritual), o astral, o etérico e o físico. De acordo com LANZ (2005), esses membros da entidade humana podem ser definidos como:

concretas e positivas em diferentes domínios do conhecimento humano: da medicina antroposófica (terapia rítmica, terapia artística, euritmia curativa, quirofonética, cantoterapia e terapia biográfica) à agricultura biodinâmica, da arquitetura antroposófica, à Pedagogia Waldorf, assim como também nas artes e nas ciências sociais. (LANZ, 2005; AZEVEDO, 2008).

O eu, sua verdadeira enteléquia, é o centro de seu ser. Ele é o indivíduo; - O corpo astral recebe os impulsos e impressões dos mundos físico e superiores. Com ele o homem reage, pensa e entra em intercâmbio com a realidade; - O corpo etérico lhe dá a vida e fornece o instrumento para o pensamento, a memória e outras faculdades. - O corpo físico, finalmente, é a base material de sua existência atual. Ele fornece a matéria para os instrumentos que permitem ao homem participaar dor do mundo físico. Lanz, 2005,

Segundo as ideias da “ciência espiritual”, a vida psíquica e individualidade de cada ser humano é valorizada, juntamente com seu aspecto corporal. A alma, o corpo e o espírito são as instâncias em constante conexão e interação entre si e entre o universo à volta de cada individuo. A partir dessa visão antroposófica, Rudolf Steiner passa a fornecer diretrizes e aplicações práticas Figura 05: Rudolf Steiner Fonte: bendedreality.com 21


ARQUITETURA ANTROPOSÓFICA “Steiner definia a arquitetura como a arte de criar espaços envolventes e fechados, com a ajuda dos vários materiais e através do significado das formas, para acolher as mais múltiplas atividades, abrangendo desde moradia até propósitos religiosos”. (ALVARES, 2010 apud. STEINER, 1999) De acordo com Alvares (2010), a arquitetura antroposófica deve ser concebida com o objetivo de evocar sentimentos e respostas, pela arte, pela experiência espacial, pela cor e pela forma, idealizados a partir da busca de uma expressão funcional.Para ela, essa arquitetura é baseada em cinco princípios, apresentados na tabela a seguir:

Figura 06: Primeiro Goetheanum Fonte:liceu-aristotelico.blogspot.com 22


PRINCÍPIO

relação harmoniosa entre a construção e sua vizinhança

paredes vivas

inserção dos elementos místicos representados geometricamente: números, proporções e símbolos

a metamoforse

conexão entre função e forma

SIGNIFICADO construções dentro de uma comunidade que apresentam uma conexão harmoniosa, com suas formas e volumes orgânicos dialogam entre si, criando uma identidade visual

paredes tratadas como um organismo vivo, que permite elevações e depressões para crescer harmoniosamente

conexão maior com o cosmo e tempos acenstrais, nas quais suas relações com o usuário revelam a essencial natureza do ente em seu símbolo

estreita relação da arquitetura antroposófica com as leis da natureza. Steiner trata dos edifícios como organismos vivos, onde cada forma se transforma em outra para ser um organismo completo em si construção organicamente desenvolvida através de um programa funcional interno, que satisfazem as atidade de seus usuários, seus aspectos físico, emocional, estético, psicológico e espiritual

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A obra mais expressiva e representativa da arquitetura antroposófica foi o primeiro Goetheanum (figuras 6 e 7), construído entre 1908 e 1925, em Dornach, Suíça. Este não existe mais, pois foi destruído em um incêndio criminoso em 1922. Através de registros da obra, observa-se a conexão entre a filosofia antroposófica à linguagem arquitetônica idealizada por Steiner. (ALVARES, 2010) Foi construído com a colaboração de diversos artistas visuais e executado com uma estrutura de madeira e concreto, fazendo parte de um complexo de dezessete edifícios projetados por Rudolf Steiner. Em 1928, foi reinaugurado o Segundo Goetheanum (figuras 8 e 9), construído no mesmo local, porém com estrutura em concreto, e que hoje é sede mundial da Sociedade Antroposófica Universal.

Figura 07: Primeiro Goetheanum Fonte: plqhq.blogspot.com 24


Figura 08 : Vista superior do segundo Goetheanu Fonte: www.letemps.ch

Figura 09: O segundo Goetheanum Fonte: liceu-aristotelico.blogspot.com 25


A PEDAGODIA WALDORF

A pedagogia Waldorf desenvolvida por Rudolf Steiner é considerada uma experiência concreta da filosofia antroposófica. Nele, a liberdade de pensamento e o desenvolvimento da criatividade são encorajadas, e o sentir, o querer e o pensar, que formam a trimembração da entidade humana, são os principais pilares da Escola Waldorf. (ALVARES, 2010 ) Além disso, a arte, o movimento, a criatividade e a iniciativa são elementos valorizados, objetivando a construção da liberdade através de uma vivência prática. Esses fazem-se presente em aulas de música, aquarela, marcenaria, trabalhos manuais, euritmia, jardinagem, culinária e, também, em disciplinas convencionais, buscando tornar o aprendizado um caminho envolvente. A grade curricular é organizada visando proporcionar uma formação integral – desenvolvimento do anímico, do energético e do espiritual –, respeitando as necessidades e particularidades de cada educando dentro de sua faixa etária. Cada aspecto do currículo apresentado ao longo dos anos escolares é trazido com base no conhecimento de como a vida interior da criança está se desdobrando. Assim, em cada estágio de desenvolvimento, são consideradas diferentes ações, de forma a impulsionar o melhor aprendizado de acordo

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com a fase em que a criança se encontra. Segundo Alvares (2010), “estas fases de desenvolvimento Steiner chamou de setênios, ou seja, a cada sete anos o ser humano finaliza um período de sua vida, até completar vinte e um anos.” O primeiro setênio (Jardim de Infância - Infantil) compreende o período em que a criança nasce, até os seus 7 anos de idade, se relacionando com o mundo através do ‘querer. Nessa fase o aprendizado ocorre através da imitação, e os educadores são vistos como instrutores chaves no papel de indivíduos influenciadores e despertadores da consciência infantil, que é manifestada pelos membros - o movimento. Dos sete aos quatorze anos as crianças encontram-se no segundo setênio (Ensino Fundamental), o ‘sentir’ é estimulado, e “a fantasia, o sentimento e a imaginação são as forças que atuam dentro da criança”. No terceiro setênio, que vai dos quatorze aos vinte e um anos, é que são despertadas as forças do intelecto, e nessa fase são apresentados conteúdos e conceitos mais abstratos e é introduzido o conceito moral, visando despertar o espírito crítico de cada indivíduo e seus crescimento no meio social. (ALVARES, 2011)


Do ponto de vista pedagógico, são trabalhados na escola o espírito criativo e os sentimentos da criança, havendo a arte como elemento marcante durante este período. Como disse Steiner "a educação Waldorf não é um sistema, mas uma arte: a arte de despertar o que realmente está dentro do ser humano. É importante salientar que os procedimentos e os ideais pedagógicos elaborados por Rudolf Steiner, ao longo do tempo, foram adquirindo novas feições, adequando-se aos locais e época em que foram implantadas, em virtude da busca por proporcionar às crianças uma vivência em sua cultura e comunidade na qual estão inseridas. (Targa, 2017)

Figura 10: Sala de aula do Jardim de Infância (primeiro stênio) da Escola Waldorf de River Valley, EUA. Fonte: rivervalleyschool.org 27


A ARQUITETURA DAS ESCOLAS WALDORF

A partir dessa visão de comunidade, as salas são organizadas e agrupadas em pequenos conjuntos que variam de acordo com a fase de desenvolvimento da criança. Jardins de Infância podem ser separados da escola principal, visando criar um mundo mais afastado das influências dos mais velhos, e as demais são agrupadas geralmente, de três em três anos, do primeiro ao décimo segundo ano, onde é comum cada um criar seu espaço em torno do coração da escola², através de jardins e espaços de convivência. (ALVARES, 2010)

Espaço externo comum à comunidade

A integração é o princípio que busca, a partir da entrada da criança no Jardim de Infância, estabelecer uma conexão com seu lar através de um ambiente escolar de atmosfera semelhantemente do ponto de vista do acolhimento, da segurança e proteção, do aconchego e também da organização e das qualidades visuais. Essa fase é vista como um processo de adaptação à esfera pública. A escola Waldorf associa esse processo de integração à necessidade e importância de passar uma clara sensação de comunidade às crianças. E s s a ideia de comunidade é representada concretamente na escola a partir de sua organização espacial, de suas formas e também pela experiência social proporcionada com amigos e docentes. (ALVARES, 2010)

Num foco de visão mais próximo, pode-se dizer que a classe representa a casa e a escola representa a comunidade que conduz as crianças, através do meio ambiente, a se sentirem num lugar familiar e confortável com seu contexto e sua prévia organização, preparandoos para a transição na ampla e abstrata ordem do mundo. (ALVARES, 2010 apud. WONG, 1987 p.53)

Segundo Rudolf Steiner, o espaço físico escolar deve atuar como um coadjuvante e mediador do processo de aprendizagem educacional. A arquitetura das escolas Waldorf é, logo, considerada um elemento pedagógico e apresenta uma linguagem própria. Alvares (2010, 2016), através de suas pesquisas, caracteriza o espaço físico escolar a partir de alguns parâmetros, como observados no quadro mais a frente, e propõe sugestões projetuais de organização do ambiente escolar Waldorf baseados nos três princípios que sustentam os objetivos holísticos da pedagogia e norteiam o seu tipo arquitetônico: a integração, a correlação e a inspiração.

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Pequenas comunidades com espaços de convívio próprios. Fonte: ALVARES, 2016 p.122(modificado)


A correlação “estabelece que o ambiente de aprendizagem tem que ser coerente com o natural desenvolvimento da criança e a experiência sensorial do ambiente deve corresponder ao conteúdo que está sendo apresentado à criança”. (Alvares, 2016. apud WONG, 1987. p.54) O formato das salas de aulas nas Escolas Waldorf apresenta uma progressão que acompanha as mudanças da organização social interna experimentada pelos alunos, começando pelas formas arredondadas e orgânicas nos Jardins de Infância, buscando representar leveza e também o gesto de unir (unidade), às formas mais firmes, alongadas, articuladas e angulares, nos anos mais avançados. Portanto, é vivenciada pela criança uma metamorfose de formas. (ALVARES, 2010)

1. Variação na forma dos ambientes

2. Variação na forma de tetos e janelas

3. Formas organizadas em alas ou ao longo de eixos retilíneos

¹ Rudolf Steiner não projetou nenhuma escola Waldorf. O “tipo arquitetônico” evidente nas edificações construídas foi desenvolvido por arquitetos antroposóficos que se basearam nos estudos do filosófo sobre a pedagogia Waldorf, as fases de desenvolvimento da criança e a concepção da forma. (ALVARES, 2010. Apud. WONG, 1987)

Fonte: ALVARES, 2016 p.122(modificado)

² O coração da escola representa o centro comunitário, lugar onde todos se encontram, e varia de acordo com a disposição dos prédios, que geralmente se organizam em torno de uma praça de convívio, e também auditório e palcos na área interna, para apresentações e festas. Dependendo da organização espacial, o paisagismo pode, também, ajudar a criar conexões e formar um comunidade integrada. “Os pequenos agrupamentos das séries dentro dos prédios distribuem-se em volta deste coração, formando gestos de abraço que nascem deste núcleo e crescem tornando-se a mais literal expressão de comunidade”. (ALVARES, 2010. Apud. WONG, 1987)

4. Organização funcional visualizadas Fonte: ALVARES, 2016 p.123(modificado)

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1.diversidade de texturas e mayteriais

3. O gesto - organização espacial sensação de seguraça

2. presença da natureza interna e externamente

Fonte: ALVARES, 2016 p.124(modificado)

O princípio da inspiração refere-se à função do ambiente físico como meio inspirador e estimulador da criatividade, do aprendizado e da iniciativa própria, ao almejar o desenvolvimento dos sentimentos, da imaginação, do espírito e do intelecto da criança, a partir da criação de uma atmosfera interior. Ele completa a caracterização dos ambientes com elementos como a forma, a intensa utilização de cor e de diferentes texturas e materiais (principalmente a madeira), e a conexão com a natureza, através da incorporação de áreas abertas e livres dentro e fora dos edifícios, onde se trabalha com terra e jardins naturais, e o aproveitamento da luz e da ventilação natural. O “gesto do abraço” é outro elemento que materializa o princípio da inspiração, ocorrendo a partir da organização espacial da escola e de componentes dos seus edifícios, buscando passar a sensação de segurança e aconchego às crianças. As formas arquitetônicas podem ser organizadas por alas de salas de aula que se fecham e que também envolvem os espaços externos à construção, e dão origem a espaços comuns à comunidade. (ALVARES, 2010)

CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO ESCOLAR

imagem da instituição escolar

adequação do espaço

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construída a partir de três conceitos: integração, correlação e inspiração.

Exposição oral e palestras, laboratório, espaço para arte, sala de projeto, sala de professores, biblioteca, refeitório, espaço para aprendizado informal, espaço para guardar pertences, espaço para esportes, espaços externos.


relações funcionais

serviços centralizados ou decentralizados

O espaço central comum a toda comunidade tem grande importância na organização espacial, uma vez que os demais ambientes são distribuidos a partir dele.

Como resposta ao princípio da integração, espaços de vivência da comunidade – anfiteatros, praças externas e internas, halls de entrada – possuem localização central no terreno ou na edificação, fácil acesso para toda a comunidade e dimensões condizentes para grandes reuniões.

Como resposta ao princípio da correlação, observou-se que as salas são organizadas em alas, formando agrupamentos de salas de aula.

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CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO ESCOLAR fluxo sequencial de pessoas

organização espacial e relações funcionais

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As alas de sala de aula são organizadas espacialmente ao longo de eixos retilínios, curvos ou circulares, delimitando espaços que dão origem aos espaços que esitmulam a vida em comunidade. Essa característica das escolas Waldorf é denominada de “gesto do abraço” que proporciona à criança a sensação de proteção e de segurança.


localização e organização das atividades

Organização: 1. Conjunto pedagógico: salas de aula, laboratórios, ateliês, biblioteca; 2. Conjunto vivência e assistência: pátio interno e externo, refeitório, anfiteatro e quadra; 3. Conjunto administrativo e apoio pedagógico: sala do professor e administração; 4. Conjunto de serviços: cozinha .

Atividades: 1. Salas de aula: exposição oral, resolução de problemas, pesquisa; 2. Administração: atividades burocráticas; 3. Pátio interno: socialização; 4. Pátio externo: socialização e pesquisa; 5. Refeitório: alimentar-se; 6. Cozinha: preparo do alimento; 7. Quadra: atividade física e socialização; 8. Laboratórios: aula prática; 9. Ateliês: aula prática; 10. Anfiteatro: cantar, dançar, dramatização; 11. Biblioteca: pesquisa, leitura, estudo, socialização.

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CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO ESCOLAR

necessidades únicas de desenpenho - usuários

Para cumprir a missão de uma formação holística, é essencial que: 1. O aluno se sinta membro de uma comunidade; assim, é improtante oferecer espaços de socialização tanto para as pequenas comunidades de sala de aula, como, também, para a comunidade escolar e local; 2. Ofereça ao aluno uma variedade de atividades pedagógicas para que ele tenha acesso ao conhecimento das diferentes áreas do conhecimento; dessa forma, é importante proporcionar uma variedade de ambientes de aprendizagem: laboratórios, anfitetros, ateliês, etc.

necessidades únicas de desenpenho - relação entre as atividades

Os espaços destinado à vida em comunidade, geralmente são locados no centro do terreno ou do edifício e conectam os demais espaços de aprendizagem.

Fonte: ALVARES, 2016 p.133 (modificado)

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Figura 11: Fachada da Escola Waldorf de Washington, EUA. Fonte: www.quinnevans.com

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refercencias de escolas waldorf Freie Waldorfschule Köln, Alemanha

Figura12: Planta Baixa

Figura 13:Praça Central Interna

Freie Waldorfschule Münster

Figura 15: Sala de aula Figura 14: Planta baixa térreo Fonte figuras 12,13,14,15: ALVARES,2010 (Adaptado)

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Rudolf Steiner Mönchengladbach

Figura16: Implantação

Figura 17: Prédio das salas de aula

Figura 18:Prédio Principal Fonte figuras 16,17,18: ALVARES,2010 (Adaptado)

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correlatos CRECHE DS A Creche D.S possui “o vento” como elemento chave do conceito projetual arquitetônico por localizar-se em uma área considerada com maior potencial de energia eólica do Japão.

Figura 19: Pátio Central Creche D.S Fonte: archdaily.com

Figura 20: Refeitório Creche D.S Fonte: archdaily.com

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Uma característica inspiradora observada através de um estudo de apreensão do projeto foi a sua organização espacial no terreno, que teve como ponto principal o desenvolvimento de um pátio verde central. Esse espaço, concretizou-se por ser o ponto de encontro de toda edificação, funcionando como ambiente de recreação, criação e conexão com a natureza. Por meio dele, o sentido de integração do projeto é materializado criando um espaço convidativo, socializador e natural.

Projeto: HIBINOSEKKEI + Youji no Shiro Localização: Ibaragi, Japão Área do terreno: 7,179.41 m2 Área de implantação: 1,710.22 m2 Área construída: 1,464.90 m2


Figura 21:Pรกtio Cental Creche D.S Fonte: archdaily.com 39


Figura 23: Pรกtio Central com vista para o refeitรณrio da Creche D.S Fonte: archdaily.com

Figura 22: Crianรงas Brincando no corerdor da Creche D.S Fonte: archdaily.com 40

Figura 24: Refeitรณrio Creche D.S Fonte: arachdaily.com


Figura 26: Elevações das fachadas da Creche D.S Fonte: archdily.com Figura 25: Planta Baixa Creche D.S - Fonte: archaily.com

A relação dos espaços com a natureza, a garantia de iluminação e ventilação natural pelas grandes abertura nas salas de aula e nas circulações, a utilização da madeira nos espaços internos da edificação e as salas de aula formalmente independentes, mas conectadas pelo pátio central e pelas relações espaciais proporcionadas por ele, são também, características de destaque do projeto. Buscou-se adotar, dentro outras características do correlato estudado, sua solução de pátio central que proporciona uma conexão entre toda edificação e garante um estado de proximidade com o entorno natural mediante. Figura 27: Crianças riscando a parede daCreche D.S Fonte: archdaily.com 41


Figura 28: Morada Infantil Fazenda CanuanĂŁ Fonte: archaily.com 42


Figura 29: Mora Infantil, Canuanã

MORADIA INFANTIL A Fazenda Canuanã, localiza-se no encontro do cerrado, pantanal e Amazônia e abriga por mais de 40 anos uma escola rural de internato mantida pela Fundação Bradesco. O projeto em estudo idealizou a criação de moradias para jovens e crianças que estiveram caracterizadas por melhorar qualidade de vida e refinar o laço entre aluno/escola buscando enfatizar a ideia de “Canuanã é minha casa” A organização do projeto fundamenta-se, na necessidade de agregar valores ao complexo e potencializar a ideia de pertencimento dos alunos a Canuanã, desmistificando a sensação de escola como espaço somente de aprendizado e transformá-la em um território com valor de lar.

Figura 30: Pátio Central da Morada Infantil

Co-criação: Escritórios de Arquitetura Rosenbaum + Aleph Zero Localização: Formoso do Araguia, TO, Brasil, 2015 Área construída: 23.344,17 m2 Premiações: Vencedor do 4o Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake Akzonobel

APCA 2017 – modalidade “Arquitetura e Urbanismo” – Obra de arquitetura no Brasil

Diante de toda uma justificativa social e cultural, foram construídos dois complexos de abrigo para as crianças, um masculino e outro feminino, com dois pátios centrais cada, unificando e direcionando a realização das atividades no local.

Fonte figuras 29,30: archdaily.com

43


Foram criados blocos em volta dos pátios centrais que potencializam a característica de unidade e relação com a natureza. Todo projeto é realizado em MLC, madeira laminada colada em módulos de 9m x 9m, proveniente de madeiras de reflorestamento intensificando o conceito de sustentabilidade empregado no projeto e tão importante no cenário atual.

Figura 31: Planta Baixa Primeiro Pavimento

Além do desenvolvimento de um pátio central, assim como a Creche D.S, o projeto da Morada Infantil de Canuanão é um importante exemplo de materialidade, pelo uso em larga escala da madeira, de formas e principalmente um exemplo teórico. Apesar de toda a simplicidade do projeto foi criada a composição de um conjunto perfeitamente integrado ao ambiente natural, apresentando uma qualidade estética indiscutível e uma estrutura certamente tecnológica. A associação das soluções técnicas e ideológicas resultou em um grande e renomado projeto que abriga uma causa social inigualável.

Figura 32: Planta Baixa Pavimento Térreo

Fonte figuras 31,32,33: archdaily.com

44

Figura 33: Cortes


Figura 35: Crianรงas brincando Figura 34: Pรกtio Central da Morada Infantil

Figura 36: Alunos nos corredores

Figura 37 : Pรกtio Central da Morada Infantil Fonte figuras 34,35,36,37: archdaily.com

45


46


3. Proposta Projetual concepção ESCOPO E PERFIL DO PROJETO Respeitando o Código de Obras da cidade, os paramêtros urbanísticos impostos pela legislação, normas técnicas consultadas, e atendendo os requisitos educacionais programáticos e espaciais da Pedagogia Waldorf, a Escola Waldorf em João Pessoa é idealizada/ projetada voltada para atender um número total de 220 alunos, do Jardim de Infância ao Ensino Fundamental II (2 a 14 anos de idade) durante turno integral.

Figura 38 : Brincadeira com argila Fonte:

A Estrutura pedagógica da Escola consiste em:

Jardim de Infância - 2 a 6 anos de idade - 4 turmas (15 alunos por turma) Ensino Fundamental I - 7 a 10 anos de idade - 4 turmas (15 alunos por turma) Ensino Fundamental II - 7 a 14 anos de idade - 4 turmas (15 alunos por turma)

Figura 39 : Sala de aula Escola Waldorf Fonte: 47


No projeto, a área destinada ao Jardim de Infância é formada por ambientes em que as crianças possam vivenciar o aprendizado a todo momento e circustância. As salas de aula permitem a realização de atividades diversas, como rodas de leitura, danças, descanso, aulas de pinturas, jogos e oficina de bonecas. Para o suporte das mesmas, estão presentes armários exclusivos para cada aluno, além de mobiliários multiproposítos adequadas ao tamanho das crianças, junto com balcao e pia, para apoio a atividades. A cozinha experimental/refeitório configurase como um espaço que permite o contato dos alunos com seu alimento. Eles sao responsaveis por produzir de forma lúdica e interativa sua propria comida, natural e saudável, também possivel de serem adquiridas na horta da Escola. Um pequeno anfiteatro coberto formado por pequenas arquibancadas é projetado para garantir às crianças um espaço recreativo voltado principalmente para suas performances e apresentações ao longo da caminhada como aluno Waldorf, onde se está sempre em contato com a arte performática. Além disso, os pátios são destinados a acolherem encontros, vivencias, apresentações, recreação e outras atividades a serem propostas. Para a área do Ensino Fundamental as 8 salas atendem até 15 alunos, e é composta por cabines exclusivas para cada aluno, armários e mobiliário de

48

estudo (mesas e cadeiras) que permitem arranjos e configurações diversificados, seja para realização de trabalhos individuais como em grupo, proporcionando dinamicidade. O Ateliê/oficina funciona como uma sala de trabalhos manuais com equipamentos especificos (artesanatos em geral, marcenaria, pintura, escultura, costura), e o laboratório comporta outros equipamentos para o trabalho com a ciência e seus experimentos. Tem-se também a sala de música, e uma Cozinha/ refeitório que tem uma proposta de funcionamento e organização semelhante ao mesmo espaço para o Jardim de Infância. Outros espaços de uso comum compoem a estrutura, o programa da escola, como a biblioteca, mais um meio projetado para impulsionar a curiosidade, a criatividade, o gosto pela aprendizagem, e a quadra esportiva e sala de teatro. Juntamente com esses ambientes de aprendizagem que configuram espacialmente as diretrizes pedagógicas da Escola Waldorf, o projeto conta com áreas de Apoio Pedagógico e Administrativo e áreas de Apoio de Manutenção, Serviços e Estrutura.


RENDER 3D

Figura 40: Vista do Anfiteatro aberto do Projeto da Escola Waldorf em JoĂŁo Pessoa. Fonte: Elaborado pela autora

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Figura 41: Visto área de área do Bairro Jardim Oceania e localização do terreno om seus limites destacados em amarelo. Fonte: Google Maps Editado ; Acesso: setembro de 2018

Figura 42: Vista do terreno. Fonte: Google Maps - Editado ; Acesso: setembro de 2018 Q 117

Q 109

R. Jos

Q 116

s evide s Ben Tavare

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Q 118

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Q 115

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO Escala gráfica

50

O TERRENO E SEU ENTORNO Com o universo de estudo definido, delimitou-se como recorte de trabalho um terreno no Bairro Jardim Oceania, em João Pessoa, Paraíba. Essa escolha foi feita em razão do seu porte e área (8.276m²), e também em razão da presença de árvores de grande porte, que poderiam ser preservadas no projeto, com o objetivo de nortear decisões projetuais que as valorizem, comporando um ambiente escolar que promove o contato com a natureza . Além disso, entende-se que a vegetação é um elemento importante para regular a insolação, assim como a temperatura das áreas edificadas, sendo um elemento essencial para o projeto. Ademais, o Jardim Oceania é um bairro residencial com diversidade sócio-econômica, e com uma infraestrutura urbana que vem evoluindo, tratando de serviços de transpote público, comércio e equipamentos urbanos.

Por formar um único quarteirão, o terreno faz limite com 4 ruas: Avenida Sebastião Interaminense, Rua José Simões Araújo, a Rua José Tavares Benevides e a Rua Josefa Pereira de Carvalho. Sua área é de 8.276m², de dimensões 84m x 99m, uma topografia com desnível suave (cerca de 60cm), onde a rua José Tavares Benevides é a de cota mais superior, e a José Simões de Araújo a de cota inferiror. A vegetação existente é sformada por algumas espécies de árvores de grande porte. Por entender que a vegetação seja um importante elemento para regular a insolação, assim como a temperatura das áreas edificadas e auxiliar como uma barreira para ruídos externos.


O lote 0084, que corresponde à quadra 116, está inserido no Setor 3 e na ZR1 (Zona Residencial 1), de acordo com o mapa de zoneamento urbano faixa A da cidade . Os indicadores urbanos da Zona Residencial 1 para edificações de uso Institucional de Bairro (IB), onde inserem-se os estabelecimentos destinados à educação, segundo o Decreto 5.900 de 2007 (pag.8) do Código de Urbanismo de João Pessoa, são:

Ocupação Máxima: 50%

Altura Máxima: não definida

Afastamentos: Frente=5m(terreno lote de quadra)

Índice de Aproveitamento: 1,5

VO1.

VO3

VO2. VO1

VO2 área=8.276m²

Terreno Marcação dos recuos Vistas / fotografias do terreno

Terreno em 3D com entorno

VO3.

Figura 43: Vistas do terreno Fonte: Acervo da autora 51


Legenda Parada de ônibus Rota de ônibus Vias de mão dupla - Vias locais Vias de mão única - Vias coletoras Via de mão dupla - Vias coletoras Terreno

Mapa de estudo das vias, fluxos, acessos.

Escala 1/7500

Mapa de uso e ocupação

Escala/7500

Em relação ao sistema viário e ao tráfico de véiculos nos limites da área do projeto, duas das vias são coletoras asfaltadas, com maior fluxo de veículos (Avenida Sebastião Interaminense e Rua José Simões Araújo), sendo as principais fontes de ruído do entorno. As outras duas viassão locais e pavimentadas, com um fluxo reduzido de veículos (Rua José Tavares Benevides e a Rua Josefa Pereira de Carvalho). Tratando de mobilidade, as duas ruas coletoras são ruas de rotas de ônibus, havendo duas paradas nas proximidades do terreno.

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Legenda Lote vazio Institucional Praça/Horta Comunitária Residencial Comércio/Serviço Em construção

No entorno do terreno, considerando aproximadamente um raio de 250m, predomina-se edifícios de uso residencial - predominando residencias unifamiliares e a multifamiliarres (pilotis + 3 a 6 pavimentos) - , seguido de comércios e serviços variados, como bares, restaurantes, supermercados e padarias. Por ser um bairro em crescimento observa-se ainda alguns lotes vazios.


Trajetória Solar Sol pela manhã Sol à tarde Ventos predominantes (sudeste) Ventos de verão (nordeste) Vegetação existente

Escala 1/2000

Estudo de Insolação e Ventilação no terreno.

João Pessoa é uma cidade litorânea com clima tropical quente úmido, que aprensenta chuvas abundantes de temperatura média de 26°C. De acordo com Silva (1999), o regime no caso de João Pessoa, de ventos predominantes corresponde durante todo o an o aos ventos do sudeste. As direções variam no quadrante sudeste entre 150° e 180° e as velocidades de 0 a 9m/s com média de 3,6m/s. Durante o verão ocorre também ventos vindo do nordeste.

53


DIRETRIZES PROJETUAIS DETERMINANTES

1. Criar espaços flexíveis, como salas de aula multipropósitos;

2. Ter a vegetação e as áreas verdes como aliadas: criação de pátios com a vegetação existente;

3. Respeitar os princípios bioclimáticos da arquitetura, buscando uma implantação que favoreça a ventilação natural e a iluminação natural nos ambientes da escola;

4. Garantir acessibilidade;

5. Inserir circulações que orientem o usuário visando a funcionalidade e a integração dos espaços no ambiente escolar;

6. Promover a interação da comunidade com o espaço escolar através de acessos exclusivos para o uso de dependências da escola em horários alternativos;

7. Adequar as áreas externas à escola, através de agenciamento e paisagismo, para o uso da comunidade, permitindo passeios e o encontro de pessoas diferentes horários;

8. Aplicar materiais e técnicas construtivas regionais e adotar formas que acomodem costumes e tradições culturais;

9. Estabelecer relações do mobiliário com os critérios pedagógicos, ergonômicos, ecológicos e tecnológicos, econômicos. Segundo Kowaltoski "O mobiliário é um elemento de apoio ao processo de ensino, e os confortos físico e psicológicos do aluno influenciam de forma direta no aprendizado" (2012, pag 53)

54


decisões programáticas SETORIZAÇÃO E LISTA RESUMO DO PROGRAMA DE NECESSIDADES ADMINISTRAÇÃO E NÚCLEO PEDAGÓGICO recepção e secretaria direção arquivo - materiais didáticos coordenação Jardim de Infância coordenação Ens. Fundamental sala de reuniões/ sala dos educadores

ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM, PERMANÊNCIA E CONVÍVIO Ensino Fundamental salas de multiuso (x 8unidades) laboratório de ciências sala de música ateliê e oficina de marcenaria cozinha experimental/refeitório pátio externo pátio interno

ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM, PERMANÊNCIA E CONVÍVIO Compartilhados horta auditório / sala euritimia biblioteca quadra esportiva e arquibancadas anfiteatro descoberto

Área 50m² 15m² 15m² 15m² 15m² 50m²

Área total 60m² 70m² 70m² 90m² ???m² 500m² 250m²

Área total 100m² 100m² 90m² 450m² 200m²

ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM, PERMANÊNCIA E CONVÍVIO Jardim de Infância sala multiuso- (x 4unidades) anfiteatro coberto cozinha experimental/refeitório pátio externo pátio interno entrada APOIO Serviços vestiário e sanitário - funcionarios sala de descanso +copa Estrutura área de carga e descarga área para coleta de lixo reservatórios bloco de sanitários Ens. Fundamental bloco de vestiários Ens. Fundamental bloco de sanitários Jardim de Infância bloco de vestiários Jardim de Infância fraldário Manutenção DML (Dépósito Material de Limpeza) depósito de móveis depósito de materiais esportivos depósito de materiais de jardinagem despensa lavanderia

Área total 60m² 60m² 80m² 500m² 250m² 40m²

Área 25m² 50m² Área 6.75m² 5m² ????m² 25m² 25m² 25m² 25m² 15m² Área 6.7m² 22m² 10m² 10 m² 9.5m² 6.7m²

55


ORGANOGRAMA / FLUXOGRAMA

ACESSO SECUNDÁRIO

Depósito materiais jardinagem

Depósito materiais esportivos

R.Josefa Pereira deCarvalho

HALL ENTRADA

Horta

Quadra Esportiva

Fraldário

CIRCULAÇÃO

Vestiários

Vestiários

Acesso externo quadra

Refeitório e Cozinha Experimental

PÁTIO

ABERTO

PÁTIO

COBERTO Jardim Infância

Salas Multiuso Coordenação

ACESSO SERVIÇO

Jardim Infância

Refeitório e Cozinha Experimental

R.José Simões Araujo

PÁTIO

Ateliê e Marcenaria Acesso externo exclusivo

Biblioteca e sala de Informática

ABERTO

Espaços de Apoio

PÁTIO

COBERTO Ens. Fund.

Laboratório Sanitários

Salão de Artes Cénicas

56

Sanitários

Salas Multiuso

Acesso ao Pav. Superior

Sanitários

Sala dos Professores e de reuniões

Salas Multiuso

HALL ENTRADA

ACESSO PRINCIAL R.José Tavares Benevides

Secretaria e Recepção Direção e Cordenação Ens. Fundamental

Arquivo e depósito de mat. didáticos


ZONEAMENTO No estudo de zoneamento foram levados em consideração premissas arquitetônicas - a análise do terreno e seu entorno (fluxos de veiculos nas ruas, as fontes de ruído e os fatores bioclimáticos), o desenvolvimento do programa de necessidade, e as diretrizes projetuais determinantes - para que pudessem agregar ao projeto os valores de integração - inspiração -, ideais para a concepção espacial de uma Escola Waldorf.

enevid

es

Para os acessos, os fluxos, a localização de cada setor, a integração entre eles e entre o ambiente exterior, configuraramse da seguinte forma:

Escala 1/2000

Rua

ra erei efa P

lho

arva

de C

Jos

Mapa de estudo de zoneamento

Apoio Adm. e núcleo pedagógico Espaços de aprendizagem permanência e convívio do Jardim de Infancia Espaços de aprendizagem permanência e convívio do Ens. Fundamental Espaços de aprendizagem permanência e convívio compartilhados Vegetação existente Acessos

57

sé Sim Rua Jo

újo e Ara ões d

Os acessos principais foram previstos nas vias de fluxo menor (Rua José Tavares Benevides e Rua Josefa Pereira de Carvalho), com o objetivo de evitar não criar problemas aos bom desempenho do tráfego , e também de promover maior segurança para os usuários da Escola. O acesso de serviço e o acesso para a área de carga e descarga previstos na Rua José Simões de Araújo, porção oeste do terreno.

ares B sé Tav Rua Jo

ACESSOS


ESTACIONAMENTOS As vagas de estacionamento fseguindo o perímetro do terreno, respeitando o pedestre, prevendo que os passeios estejam mais próximos ao projeto e os veicúlos nao atrapalhem as vistas da edificação . Para as vias de menor fluxo, as vagas seriam locadas de forma perpendicular ao perfil da rua, e nas demais, com uma angulação de 45º, com a intenção de favorecer a entrada e a saída dos veículos.

ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM, PERMANÊNCIA E CONVÍVIO O setor pedagógico dividiu-se em dois subsetores. Um do Jardim de Infância, e outro do Ensino Fundamental, locados separadamente no terreno, como orienta a Pedadogia Waldorf. Cada um desses subsetores conta com as salas de aula e outras salas de atividade referentes à cada grupo de alunos. Em ambos subsetores as salas de aula foram zoneadas para funcionarem em um único bloco, porém foi pensado térreo + 1 paviemento para o grupo do Ensino Fundamental. As salas de aula e outros espaços de maior permanêcncia foram locados em sua grande parte na porção leste do terreno, c om o objetivo de maximizar o aproveitamento da ventilação e da luz natural. Os pátios se espacializam em cada subsetor separadamente, e sao responsáveis por garantir a integração da comunidade escolar, como espaços de encontros e socialização.

58

ADMINISTRATIVO E NÚCLEO PEDAGÓGICOS Os espaços administrativos da Escola formou uma zona que foi locada próximo ao acesso escolhido como princiapal pela Rua Jóse Tavares Benevides. Estar próximo a esse acesso facilita a entrada e atendimento a usuários externos, como pais e a comunidade em geral, e também garante mair controle e segurança. A coordenação do Jardim de Infância, excepcionalmente, ficou locada mais proximo ao Jardim de Infância, para facilitar a supervisão e o contato com os alunos.

APOIOS / SERVIÇO Locado à oeste no terreno, com acesso pela rua José de Tavres Barbosa, ficaram os ambientes de serviço e apoio, em virtude da curta permanencia de pessoas nos seus espaços, não gerando problemas em relação ao desconforto técnico. Em relação aos blocos de baheiro, eles foram separados e locados próximos a cada setor.


definição e expressão do partido arquitetônico O HEXÁGONO COMO MÓDULO TRIDIMENSIONAL

Considerando os estudos anteriores, partiu-se para a definição dos traços elementares da proposta arquitetônica. A intenção pricipal para o projeto foi o de estruturar uma planta descompactada, aproveitando os setores definidos previamente, a partir de volumes/partes que se articulam de maneira formal, fugindo da imagem de um edifício de volume único. Além disso, atentou-se à ideiade criar espaços diversos ( alturas diferentes, muita luz, pouca luz, muita vegetação, pouca vegetação) para impulsionar a criatividade e a experiencia individual de cada usuário e sua liberdade em explorar e aprender a partir de elementos arquitetônicos distintos, como orienta as diretrizes da Pedagogia Waldorf. Após estudos formais, e partindo da intenção de fugir de um grid ortogonal como traçado regulador, escolheu-se trabalhar com o hexágono, forma geométrica que se ordena radialmente e que agrupado, transforma-se em um grid, um sistema de referência com diversas possibilidades de conexões. Dentre elas, uma organização espacial que delimita espaços envolventes, criando omunidades de salas de aula e ambientes que dão a sensação de segurança às crianças (a intenção do gesto).

Figura 44: Estudo formal com malha hexagonal - gesto Fonte: Elaborado pela autora

59


Rua José Tava

Rua José Simõe

res Benevides

s de Araújo

Apoio Adm. e núcleo pedagógico Espaços de aprendizagem permanência e convívio do Jardim de Infancia Espaços de aprendizagem permanência e convívio do Ens. Fundamental Espaços de aprendizagem permanência e convívio compartilhados

Rua Sebastião interaminense 5

60

10

20

Mapa de destudo em planta com zoneamento a partir do GRID HEXAGONAL

Rua Josefa Pereira de Carvalho


sistemas construtivos TIJOLO SOLO CIMENTO / TIJOLO ECOLÓGICO MODULAR O tijolo solo-cimento é um tijolo prensados em máquinais manuais ou mecânicas, feito a partir da mistura de cimento, terra e água.Seu processo de fabricação dispensa combustão, nao liberando CO2, diferente do que acontece com a fabricação dos tijolos cerâmicos tradicionais. Segundo BUSON, 2007, o tijolo "ecológicos", como também é conhecido, "É um material de construção barato, facilmente encontrado em praticamente todo o país e que não provoca danos ao meio ambiente na utilização em construções." Essas características mencionadas foram fundamentais para que esse material fosse considerado um elemento chave no projeto arquitetônico, participando esteticamente e norteando decisoes espaciais.

Seu emprego tem como propósito garantir redução da argamassa de assentamento e revestimento, rapidez na execução das paredes, a diminuição das quebras e desperdícios de material para passagem de instalações e agilidade e redução de gastos com fôrmas ao longo da obra. (BUSON, 2007)

meio tijolo canelata

tijolo canaleta

tijolo inteiro

meio tijolo Figura 45: Tipos de tijolos solo-cimento Fonte: ecolojit.com.br 61


O padrão escolhido para o projeto da escola foi o tijolo vazado de dois furos com encaixes tipo macha-fêmea, de tamanho 12.5cm x 25cm x 6.25cm (Largura x Comrpimento x Altura), havendo também a variável do tijolo canaleta e o meio tijolo. Esse possui boas propriedades termo-acústicas, devido os seus furos internos, que formam câmaras. O assentamento das paredes pode ser com cola branca ou com uma argamassa de cimento e cola, e quando finalizadas, deve-se rejuntá-las e impermeabilizá-las, caso o tijolo fique aparente. Caso não, aceita diretamente sobre ele a aplicação de reboco, pintura, gesso, etc.

Figura 46: Peças de madeira roliça de eucalipto autoclavado Fonte: ecolojit.com.br

Figura 47: Instalações hidráulica e elétrica na alvenaria de tijolo solo cimento Fonte: tijolosecologicostrindade.com.br

62

O sistema formado a partir do uso do tijolo solocimento é autoportante, pois dispensa o uso de pilares e vigas. O travamento da estrutura é feito por grautes, geralmente a cada 1m/ 1.5m de distância, e pelas cintas de amarração feitas com os tijolos canaletas. Estes também funcionam como vergas e contravergas embaixo e em cima de esquadrias, e também antes da laje de cobertura ou do piso superior, em todo o perímetro da obra. Em cantos, caso seja necessário um desbaste, os tijolos podem ser cortados com serrote. As instalações hidráuilicas e elétricas são embutidas, portanto devem estar ja previamente locadas, e interruptores e tomadas podem ser fixados diretamente nos t ijolos.


ESTUDO DE COBERTA A PARTIR DO MÓDULO HEXAGONAL A partir do estudo do hexagono como módulo tridimensional, partiu-se para a o desenvolvimento da coberta e sua coordenação modular. Definiu-se explorar a madeira roliça de eucalipto autoclavado e seus benefícios estruturais, juntamente com a telha termoacústica colonial da Isoeste para compor o módulo.

Figura 48: Fragmentação do hexágono em planta para estudo em 3D. Fonte: Elaborado pela autora

Tratando do emprego da telha termoacústica colonial da Isoeste, esse é um produto com diversos benefícios e que tem uma estética semelhante às telhas coloniais convencionais. Uma coberta com esta telha, além de garantir o isolamente termoacústico, apresenta uma economia de até 70% na estrutura de fixação, pois o madeiramento é bem reduzido; dispensa laje ou forro; tem uma instação ágial; nao necessita de manutenção e tem boa durabilidade e resistência (FONTE ISOESTE). A telhas tem comprimento que variam de 1.75cm a 7.35cm, e largura útil de 1m, e são levadas à obra já com seus cortes executados. Para esse proj eto, além da telha, foi necessário o emprego da cummeira de espigão e de tampão para finalizar a coberta. Ambos acessórios são fornecidos pelo mesmo fornecedor da telha, seguindo o mesmo padrão estético.

Figura 49: Telha termoacústica Colonial da Isoeste Fonte: Isoeste.com.br

63


Figura 50: Peças de madeira roliça de eucalipto autoclavado Fonte: www.tramasul.com.br

A presença da madeira de forma bruta e aparente no projeto foi estabelicida logo no início da concepção projetual como um condicionante importante. O objetivo foi de introduzi-la como elemento protagonista no ambiente escolar, ao permitir o contato dos usuários com um tipo de matéria bruta, fruto da natureza. A preferência pela madeira de eucalipto deu-se por ser ela ser árvore de reflorestamento, em que sua extração é realizada de forma sustentável, sendo um material ecólogico e 100% renovável, seu uso agrega beneficios ambientais, sociais e economicos, e incentiva a responsabilidade ecológica.

Com a finalidade de garantir que a dificação atenda às normas de segurança contra incendio, no caso do emprego da madeira, deve-se utilizar uma proteção passiva contra incêndio. Essa precisa receber um tratamento antichamas, que pode ser com a aplicação de um verniz antichamas, da tinta intumescente, ou da solução para madeira crua. Na coberta foram utilizadas as toras de euclipto autoclavado com bitolas variáveis, e também peças de madeira de eucalipto serrado autoclavado para acabamentos na estrutura.

Para serem empregadas no setor da construção civil, as toras de eucalipto devem passar por um tratamento autoclave, processo de imunização que substitui a seiva do tronco por conservantes químicos. Esse tratamento garante à madeira maior resistencia e maior proteção à ação de agentes químicos, físicos e biológicos ( como cupins, fungos e umidade). Figura 51: Peças de madeira roliça de eucalipto autoclavado Fonte: www.tramasul.com.br 64


REFERÊNCIA DE ESTRUTURAS HEXAGONAIS UTILIZANDO ESTRUTURA DE MADEIRA

Figura 53: Telhado hexagonal de quiosque Fonte: www.letras.mus.br

Figura 52: Telhado colonial redondo Fonte: byalacity.ru/telhado-colonial-redondo/

Figura 54: Quiosque redondo. Fonte: www.ecotrat.com.br

Figura 55: Quiosque Fonte: firepont.com 65


anteprojeto ESCOLA WALDORF

66


67


PLANTA BAIXA - ESPACIALIZAÇÃO DO PROGRAMA 88.00

ACESSO SECUNDÁRIO JARDIM DE INFÂNCIA (pedestres)

ACESSO DE VEÍCULOS AO EMBARQUE DESEMBARQUE COBERTO

RUA JOSEFA PEREIRA DE CARVALHO

Administração e Núcleo Pedagógico Apoio

ESTACIONAMENTO - MEIO FIO REBAIXADO 34

33

32

30

31

29

28

27

JARDIM

JARDIM

26

24

25

22

23

ESTACIONAMENTO

19

18

JARDIM

Espaços de aprendizagem, convivência e permanência do Jardim de Infância Espaços de aprendizagem, convivência e permanência compartilhados Espaços de aprendizagem, convivência e permanência do Ensino Fundamental

PASSEIO PÚBLICO

10.00

PASSEIO PÚBLICO 67.20

9.28 9.35

14.20

2.15

4.50

13.50

14.70

6.75

4.50

2.25

10.00 10.00

9.20 9.20

4.50

ÁRVORE EXISTENTE

10.65 10.65 10.65

JARDINEIRA

JARDIM

2.70

37

35

9.60

36

3.90

ÁRVORE EXISTENTE

ÁRVORE EXISTENTE

ÁRVORE EXISTENTE

29

ESTACIONAMENTO

34

JARDIM

7.80

7.70

14

0

43

13

10

45

0

2

7

3.45

4

MARCAÇÃO MUDANÇA DE PISO

6

7

A 2

4.05

4.10

11.65

B 2

PÁTIO COBERTO

47

A 2

3 1

ACESSO EXTERNO 46 SALA DE ARTES CÊNICAS

PROJ. BEIRAL COBERTA

12.55

JARDIM

12.50 12.50

JARDINEIRA

7

8 2.40

24.65 24.75

4.50

2.30

JARDIM

7

PISO DO PASSEIO EM EM BLOCOS INTERTRAVADOS SEXTAVADOS

22.00 22.00 22.00

PROJ. MARQUISE

2 1

3

9

JARDIM

B 2

7.60

2.1

ACESSO PRINCIPAL PEDESTRES

3

5

.30

13.45

44

2

11

ÁRVORE EXISTENTE

MURO DE COBOGÓ H=2.30m

MARCAÇÃO MUDANÇA DE PISO

4.25

ANFITEATRO ABERTO SOB ÁRVORE

MEIO FIO

4.05

6

11.70

1

42

PROJ. BEIRAL COBERTA

MARCAÇÃO MUDANÇA DE PISO

1 - Entrada 116m² 9 - WC'S Ens. Fundamental 25m² 2 - Recepção e administração 58m² 14 - Ambiente dos Funcionários 50m² 3 - Arquivo e depósito de materiais15 - Vestiário Funcionários 24m² didáticos 14m² 16 - Déposito móveis 22.70m² 4 - Direção e Coordenação Ens. 17 - Lavanderia 6.60m² Fundamental 25m² 18 - Vaga para carga e descarga 81m² 5 - Sala dos professores/reuniões 19 - Depósito de lixo 4.15m² 51.7m² 20 - DML 6.70m² 38 - Coordenação Jardim de Infância 21 - Despensa 9.40m² MARQUISE EM VISTA 17.7m² 25 - Depósito de materiais esportivosH=2.45m 7.90m² GUARDA CORPO H = 0.92 26 - Depósito de materiais de MADEIRA DE EUCALIPTO 6 - Pátio Coberto 245m² jardinagem 9.60m² 7 - Salas de aula Ens. Fundamental28 - Vestiário Jardim de Infância 200m² 24.60m² 10 - Laboratório 68.35m² 33 - WC'S Jardim de Infância 23.20m² 11 - Sala de música 51m² 40 - Caixa de gás (embaixo da fonte: Elaborado pela autora 12 - Ateliê e oficina 89m2 arquibancada) 29.80m² 8 - Sala de artes cénicas 29 - Cozinha Experimental e Refeitório 13 - Anfiteatro descoberto 200m² Jardim de Infância 76m² 27 - Quadra Esportiva 421m² 30 - Anfiteatro Coberto 52m² 39 - Biblioteca e Sala de Informática 32 - Entrada Jardim de Infância 57m² 103m² 34 - Pátio Descoberto 1220m² 31 - Horta 80m² 35 - Fraldário 16.50m² 36 - Pátio Coberto 140m² 37 - Salas Jardim de Infância 50m²

PLATAFORMAGUARDA CORPO H = 0.92 ELEVATÓRIA

i=

40

%

i=

i = 40%

ÁRVORE EXISTENTE

ZONEAMENTO - ESPACIALIZAÇÃO DO PROGRAMA

4.0

4.10

41

12

ACESSO DE VEÍCULOS À ÁREA DE EMBARQUE E DESEMBARQUE

35.45

36.20

15

ÁRVORE EXISTENTE

20 21

MEIO FIO JARDIM

PASSEIO PÚBLICO

i = 40%

4.10

17

N 100.00

81.00

39

5

4.0

MURO/PAREDE DE COBOGÓ

65.70

ÁRVORE EXISTENTE

7.80

5.20

18

16

ÁRVORE EXISTENTE

38 22

40

JARDIM

C 2

RUA JOSÉ T

10.35 1.9 0

39

99

11

29

PROJ. BEIRAL COBERTA

NEVIDES

0

2.70

38

PISOGRAMA NAS ÁREAS DE ESTACIONAMENTO

12

2.3

19

1.60

ACESSO SERVIÇO MURETA EM COBOGÓ H=1.50m

26 25

13

14.45

37

14

37

36

27 24

15

ESTACIONAMENTO

34 26m x 14m

ESTACIONAMENTO REBAIXO MEIO FIO

AVARES BE

30

28

37

ÁRVORE EXISTENTE

35

REBAIXO MEIO FIO ACESSO EXTERNO QUADRA ESPORTIVA

37

7.80

40

JARDINEIRA

C 2 PROJEÇÃO MARQUISE

17

16.00

31

9.25

33.00

Acessos

16

7.80

ARQUIBANCADA

RUA JOSÉ SIMÕ

PROJEÇÃO MARQUISE

33

32

3.70

ES ARAÚJO

DIVISÓRIA EM PEÇAS ROLIÇAS DE EUCALIPTO ASSENTADAS VERTICALMENTE

EMBARQUE/DESEMBARQUE

7.80

PROJEÇÃO COBERTA

40

%

i = 40%

10.00 10.00

ESTACIONAMENTO

20

5.00 5.00 5.00

LIMITE DO TERRENO

21

i= i=

9

40%

40

%

7

PÁTIO COBERTO

6

7 7

7

PAVIMENTO SUPERIOR

JARDINEIRA

4.50

13.65

3.45

4.50

2.20

34.50

37.20

34.45

ESTACIONAMENTO

JARDIM

ESTACIONAMENTO LIMITE DO TERRENO

1

2

3

5

4

6

7

8

9

10

JARDIM

ESTACIONAMENTO - MEIO FIO REBAIXADO 96.22

N

RUA SEBASTIÃO INTERAMINENSE PAVIMENTO TÉRREO

DADOS PROJETUAIS Nível + 8.50 TIJOLO SOLOCIMENTO Nível + 5.15 TELHA ISOESTE COLONIAL MURO DE COBOGÓ Nível + 0.50

VISTA/FACHADA RUA SEBASTIÃO INTERAMINENSE

PASSEIO Nível 0.00

Área do terreno = 8.267m² Área do pavimento térreo = 2.5698m² Área pavimento superior = 292m² Área total da construção = 2.862m² Taxa de ocupação = 32,11% índice de aproveitamento = 0.35 Área de solo permeável = 1.851,55m² (23,14%) VISTA PERSPECTIVADA DO CONJUNTO Vagas de estacionamento = 47

1.

RAFAELA MONTEIRO MEDEIROS6


FACHADAS - CORTES - PLANTA BAIXA PAISAGISMO - CIRCULAÇÕES - REVESTIMENTOS RUA JOSEFA PEREIRA DE CARVALHO

ACESSO SECUNDÁRIO

2 PAISAGISMO VISANDO O ADENSAMENTO DE VEGETAÇÃO NA FACHADA NOROESTE PARA AMENIZAÇÃO CLIMÁTICA

Nível + 6.00 Nível + 5.15

TELHA ISOESTE COLONIAL TETO VERDE TIJOLO SOLOCIMENTO

SETOR JARDIM DE INFâNCIA E QUADRA ESPORTIVA - EM PISO POLIURETANO

QUADRA ESPORTIVA RUA JOSÉ SIMÕE S ARAÚJO

VISTA/FACHADA RUA JOSÉ SIMÕES ARAÚJO

HORTA ANFITEATRO

PÁTIO ABERTO

fonte: www.blocasapre.com.br

RUA JOSÉ TA

3

VARES BEN

COZINHA/ REFEITÓRIO

Nível + 6.10 Nível + 5.15

PASSEIO PÚBLICO DE PEDESTRE - PISO EM BLOCO INTERTRAVADO SEXTAVADO 30x30x10 cm - COR NATURAL

JARDIM DE INFÂNCIA

EVIDES

Nível + 0.50

ACESSO SERVIÇOS

TELHA ISOESTE COLONIAL

SETOR FUNDAMENTAL, BIBLIOTECA, ESPAÇOS PEDAGÓGICOS E ADM - EM PISO GRANILITE

COZINHA/ REFEITÓRIO

TIJOLO SOLOCIMENTO

Nível + 1.20 Nível + 0.50

SERVIÇO

Nível + 0.00

VISTA/FACHADA RUA JOSEFA PEREIRA DE CARVALHO

BIBLIOTECA

PÁTIO ABERTO

OFICINA/ATELIÊ

fonte: http://www.granitorre.com.br

APOIO

1

ACESSO PRINCIPAL ADM. NÚCLEO PEDAGÓGICO

MÚSICA LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

CIRCULAÇÕES, ACESSOS, WC'S, VESTIÁRIOS , QUADRA ESPORTIVA, PÁTIOS COBERTOS E AMBIENTES DE APOIO E SERVIÇÕES - EM PISO FULGET

ANFITEATRO ABERTO TIJOLO SOLOCIMENTO fonte: www.itaforterevestimentos.com.br

Nível + 5.15 TELHA ISOESTE COLONIAL SALA DE ARTES CÊNICAS

ACESSO VEÍCULOS À ENTRADA PISO EM BLOCO INTERTRAVADO SEXTAVADO0x30x10 3 cm - COR TERRACOTA

ENS.FUNDAMENTAL

Nível + 0.50

JARDINS E JARDINEIRAS EM GRAMA ESMERALDA

Nível + 0.00

VISTA/FACHADA RUA JOSÉ TAVARES BENEVIDES 45°

45°

VAGAS DE ESTACIONAMENTO - PISO GRAMA (EXCETO NAS VAGAS ACESSÍVEIS)

VEGETAÇÃO MÉDEIO PORTE VISANDO DIMINUIÇÃO DA POLUIÇÃO SONORA E MELHORA NA QUALIDADE ACÚSTICA RUA SEBASTIÃO INTERAMINENSE

N

fonte: www.lajemoderna.com.br

CIRCULAÇÕES, ACESSOS E PAISAGISMO AMBIENTE DOS FUNCIONÁRIOS MURO DE COBOGÓ

VISTA ACESSO PRINCIPAL 01

VISTA ACESSO SECUNDÁRIO 02

Circulação interna coberta e acessível que conecta os espaços da edificação Acessos exclusivos para Quadra Poliesportiv e Sala de Artes Cenicas

VISTA ACESSO SERVIÇOS 03

Localizado na Rua José Bonifácio Benevides, voltada para leste, recuado 15m, criar Localizado na Rua Josefa Pereira de Carvalho, voltada para noroeste, é um acesso Localizado para na Rua José Simões de Araújo, porção oeste do terreno. Possui entrada para entre a rua e a edificação. Acesso de veiculos para embarque e desembarque seguroo grupo de estudantes do Jardim de Infâcia. a área de serviços e apoio e outra entrada com acesso para a quadra esportiva para os estudantes.

Acesso de serviço (Rua José Simões Araújo)

SALA DE ARTES CÊNICAS

Acesso exclusivo para a recepção e administração Acesso secundário da Escola (Rua Josefa Pereira de Cravalho) Acesso principal da Escola (Rua José Tavares Benevides)

VISTA EXTERNA RUA JOSÉ SIMÕES DE ARAÚJO

SALA DE REUNIÃO E DOS PROFESSORES

BLOCO DO ENSINO FUNDAMENTAL ACESSO PELA ESCADA

SALA DE MÚSICA

Primeiro Pavimento Nível + 3.80

Nível + 0.50

nivel do meio fio

PASSEIO Nível - 0.60

CORTE AA RESERVATÓRIO SUPERIOR Nível + 4.30 Primeiro Pavimento Nível + 3.80

Nível + 0.50

nivel do meio fio

PASSEIO Nível - 0.60

CORTE BB

RESERVATÓRIO SUPERIOR Nível + 4.30 TETO VERDE/ BARRILETE Nível + 3.13 Nível + 0.50 PASSEIO Nível - 0.60

nivel do meio fio 0.00

CORTE CC

VISTA DO PÁTIO INTERNO ABERTO

2.

RAFAELA MONTEIRO MEDEIROS6


PLANTA DE COBERTA - DETALHES TABELA RESERVÁTORIOS GUIA DE REBAIXAMENTO

GUIA DE REBAIXAMENTO

ACESSO SECUNDÁRIO (pedestres)

ACESSO DE VEÍCULOS AO DESEMBARQUE COBERTO

RESERVATÓRIOS SUPERIORES - 12.000 litros RESERVATÓRIO INFERIOR - 20.700 litros TOTAL - 32.700 litros

RUA JOSEFA PEREIRA DE CARVALHO

PASSEIO PÚBLICO

i=

i=

40%

40

%

40

%

i = 33%

ESTACIONAMENTO

%

JARDIM

PASSEIO PÚBLICO

GUIA DE REBAIXAMENTO

RUA JOSÉ T

10.35

TETO VERDE - EM DETALHE 01

i= i=

40

%

i= i=

40

%

% 40

40

12.50

12.55

65.70

i = 40%

4.10

i = 40%

7.80

i = 40%

B 2 PROJ. DA EDIFICAÇÃO

GUIA DE REBAIXAMENTO

22.00

%

22.00

i = 33%

40

JARDINEIRA

JARDINEIRA

2.40

24.65

40 %

40 %

A 2

i = 33%

i=

40%

i = 40%

%

i=

JARDIM

i = 40%

i=

% 40

ACESSO PRINCIPAL PEDESTRES

ISOTELHA/ISOESTE

40

obs: o sistema funciona com as águas sendo destribuidas do reservatório inferior para os demais

MEIO FIO

RUFO METÁLICO

i = 33%

i = 33%

i = 33%

i = 40%

40%

%

%

i=

3.45 11.65

4.10

i=

4.05

PROJEÇÃO RESERVATÓRIO INFERIOR 20.700L

i=

40

%

i=

A 2

40%

TELHA ISOESTE COLONIAL

40

EVIDES

i=

%

40

i=

MEIO FIO

VARES BEN

40 %

i=

40 %

%

40

RUA JOSÉ TA

40%

i=

ARAÚJO

i=

%

11.70

i=

40 %

RUA JOSEFA PEREIRA DE CARVALHO

40

7.60

i=

40 %

40%

COBERTA MODULAR HEXAGONAL EXPLODIDA Obs.: Distância entre os pilares de 4.5m de eixo a eixo

ACESSO DE VEÍCULOS À ÁREA DE DESEMBARQUE

4.25

i=

% 40

40%

COBERTA VISTA DO PAVIMENTO SUPERIOR

GUIA DE REBAIXAMENTO

i = 40%

i=

40 %

0% =4

i=

MARQUISE EM CONCRETO H= 2.95

%

i = 40%

13.45

i

i=

i = 40%

0%

i=

CAIXA D'ÁGUA CAPACIDADE - 2 x 2000 L SOB LAJE PLANA IMPERMEABILIZADA i=1%

LAJEPLANA IMPERMEABILIZADA i=1%

40

i = 40%

ÁRVORE EXISTENTE

%

i=

%

i = 40%

4 i=

40

i = 40%

i=

i=

B 2

40%

i=

40 %

40

i=

JARDIM

i = 40%

%

%

i = 40%

40

40

i = 40%

i=

i=

DETALHE DE COBERTA 01 PRANCHA 4

ÁRVORE EXISTENTE

i = 40%

0%

4 i=

i=

%

40

i=

%

40%

40%

i = 40%

i=

40

i=

i = 40%

40 %

i = 40%

i=

0%

%

i=

i = 40%

ÁRVORE EXISTENTE

i=

i=

0%

i = 40%

i = 40%

4 i=

i = 40%

36.20

4 i=

4.10

PROJ. DA EDIFICAÇÃO

40 %

4 i=

ÁRVORE EXISTENTE

%

40

ÁRVORE EXISTENTE

0%

%

7.70

i=

40

i=

ÁRVORE EXISTENTE

40 %

i = 40%

4.10

ESTACIONAMENTO

JARDIM

i=

0%

4 i=

i=

40

i=

i = 40%

5.20

i

0% =4

%

40

i = 40%

1.60

MARQUISE H=

i=

C 2

RUA JOSÉ SIMÕE S

10.50

ÁRVORE EXISTENTE

ÁRVORE EXISTENTE

JARDIM

REFERÊNCIA MARQUISE

ESTACIONAMENTO

2.35

%

i=

i=

PROJ. DA EDIFICAÇÃO

40

3.50

40

40%

%

40

NEVIDES

i = 33%

i=

0%

40%

i = 40%

i = 33%

33.00

9.25

10.70

i=

40 %

4 i=

ÁRVORE EXISTENTE

i=

3.90

40 %

AVARES BE

3.70

i=

i=

%

7.80

i

0 =4

3.90

40 %

i = 40%

i=

i = 40%

i=

% 40

DETALHE 01 -TELHADO VERDE

i = 40%

40 %

ÁRVORE EXISTENTE

JARDINEIRA

i = 40%

0%

4 i=

i = 40%

i=

40 %

i = 40%

i=

i = 40%

9.60

i=

% 40

JARDIM

i = 40%

JARDINEIRA

RUFO METÁLICO

LAJE DE CONCRETO TRELIÇADA PRÉ-MOLDADA H=30cm ENCHIMENTO EM EPS FORRO EM GESSO ACARTONADO

10.00 10.00

9.20 9.20

4.50

i = 40%

40%

2.25

i = 40%

i=

6.75

4.50

10.70

6.62

13.50

14.70

JARDINEIRA

C 2

5.00

67.20 14.20

i=

RESERVATÓRIO SUPERIOR CAPACIDADE - 3000 L SOB LAJE PLANA IMPERMEABILIZADA i=1%

SUBSTRATO MANTA GEODRENANTE

ARGAMASSA DE REGULARIZAÇÃO

PASSEIO PÚBLICO

9.28 9.35

LAJE PLANA IMPERMEABILIZADA i=1%

5.00

ESTACIONAMENTO

3.89

10.00

10.00

ES ARAÚJO

ESTACIONAMENTO

RUA JOSÉ SIMÕ

RUFO METÁLICO

ALVENARIA

PROTEÇÃO MECÂNICA MANTA ASFÁLTICA

JARDIM

MEIO FIO

RUFO EM CHAPA DE ALUMINIO COR BRANCA

4.50

24.75

2.30

4.50

13.65 37.20

3.45

4.50

2.20

34.45

JARDIM

ESTACIONAMENTO

RECORTE PARA DESENHO DA PLANTA BAIXA 1º PAVIMENTO

34.50

ESTACIONAMENTO

LIMITE DO TERRENO REBAIXO MEIO FIO

JARDIM

RUA SEBASTIÃO INTERAMINENSE

N RUA SEBASTIÃO INTERAMINENSE

N PLANTA DE IMPLANTAÇÃO E COBERTA

PLANTA DE COBERTA COM MARCAÇÃO DO EDIFÍCIO

3.

RAFAELA MONTEIRO MEDEIROS6


DETALHAMENTO ESTRUTURA DA COBERTA 4.5 2.25

1.20

.20

2.25

3.9

1.25

1.25

4.5

RUA JOSÉ TA

VARES BEN

EVIDES

RUA JOSÉ SIMÕE S ARAÚJO

RUA JOSEFA PEREIRA DE CARVALHO

DETALHE 03 - ENCONTRO DE ÁGUAS NA COBERTA RUA SEBASTIÃO INTERAMINENSE

LOCALIZAÇÃO DETALHE DE COBERTA

N

DETALHE 02- ESTRUTURA DA COBERTA

ATELIÊ E OFICINA

N

REFEITÓRIA E COZINHA EXPERIMENTAL DO ENSINO FUNDAMENTAL

DETALHE 02- ESTRUTURA DA COBERTA

fonte: www.itaforterevestimentos.com.br

fonte: www.itaforterevestimentos.com.br

DETALHE 04 - ENCONTRO DE ÁGUAS NA COBERTA

fonte: www.itaforterevestimentos.com.br

As toras ou peças roliças de eucalipto são conectadas na estrutura da coberta através de entalhes , e a colocação de barras rosqueadas com arruelas e porcas, ou barras rosqueadas e pinos metálicos. Os estalhes são crotes feitos nas toras para que elas possam ser encaixadas e fixadas nas outras peças.

VISTA DO PÁTIO INTERNO ABERTO - ENSINO FUNDAMENTAL

CONEXÕES DA MADEIRA DE EUCALIPTO NA ESTRUTURA DA COBERTA

DETALHE 05 - FIXAÇÃO DO PILAR

Encaixe do eu claipto por entalhe

4.

RAFAELA MONTEIRO MEDEIROS6


AMPLIAÇÃO SETOR ENSINO FUNDAMENTAL - ESTUDO DE LAYOUT - DETALHES CORTE DE PELE E ALVENARIA ESTRUTURAL

ESC AD

A-

SO BE

PROJ. LAJE DE COBERTA

SALA DE MÚSICA

LABORATÓRIO

WC PNE

WC FEMNINO

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

PR OJ.

PIS O

PA V

IM

EN TO

SU PE RIO R

PROJ. PISO PAVIMENTO SUPERIOR

WC MASCULINO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 PLATAFORMA ELEVATÓRIA

N LOCALIZAÇÃO DETALHE JARDIM

VISTA PÁTIO COBERTO/HALL DAS SALAS DO PAVIMENTO SUPERIOR

SALA ENS. FUNDAMENTAL LAYOUT TIPO 04

PÁTIO COBERTO

RUFO EM CHAPA DE ALUMINIO COR BRANCA

SALA ENS. FUNDAMENTAL LAYOUT TIPO 01

P2

P2 PLANTIBANDA H=.875m .85

corre ISOTELHA COLONIAL I = 33%

cor

re

ARMAÇÃO CHUMBADA E/OU FIXADA NA FUNDAÇÃO

VIGA DE MADEIRA ROLIÇA DE EUCALIPTO AUTOCLAVADO

TERÇAS DE MADEIRA ROLIÇA DE EUCALIPTO AUTOCLAVADO

cor

re

3.75

SALA ENS. FUNDAMENTAL LAYOUT TIPO 03

Figura X fonte: http://www.ecolojit.com.br

VAZIOS DOS TIJOLOS UTILIZADOS COMO FÔRMA PARA EXECUÇÃO DAS COLUNAS DE SUSTENTAÇÃO

SALA ENS. FUNDAMENTAL LAYOUT TIPO 02

PISO GRANILITE RODAPÉ EM MADEIRA

2ª FIADA

.17

.30

LAJE DE CONCRETO TRELIÇADA PRÉ-MOLDADA H=30cm PARA VÃO DE 9m COM ARMADURAS ADICIONAIS E ENCHIMENTO EM EPS

JARDIM

N

1ª FIADA

FORRO EM GESSO ACARTONADO

DETALHE 07 - COLUNA DE SUSTENTAÇÃO COM TIJOLOS SOLO-CIMENTO

AMPLIAÇÃO SALAS ENSINO FUNDAMENTAL 3.00

COLUNA DE SUSTENTAÇÃO EM TIJOLO SOLO-CIMENTO (25X25cm)

PISO CIMENTICIO

.85

.15

LAJE DE CONCRETO CONTRAPISO DE CONCRETO IMPERMEABILIZADO

.30

2.10

3.75

RADIER DE CONCRETO ATERRO

TERRENO NATURAL

3.17

3.47

DETALHE 06

.15

DETALHE 06

.85

RODAPÉ EM MADEIRA

VISTA PÁTIO COBERTO/HALL DAS SALAS DO TÉRREO CORTE EE

5.

RAFAELA MONTEIRO MEDEIROS6


AMPLIAÇÃO SETOR JARDIM DE INFÂNCIA - ESTUDO DE LAYOUT - DETALHE DE ESQUADRIAS RUA JOSEFA PEREIRA DE CARVALHO

RUA JOSÉ TA VARES BEN

EVIDES

RUA JOSÉ SIMÕE

S ARAÚJO

J1

cor re

SALA AZUL - JARDIM DE INFÂNCIA LAYOUT TIPO 01

V2

SALA AMARELA JARDIMINFÂNCIA DE LAYOUT TIPO 02

E2

PERMEABILIDAD E CONEXÃO ENTRE AS SALAS corre E1

FRALDÁRIO

RUA SEBASTIÃO INTERAMINENSE

N LOCALIZAÇÃO DETALHE

E1

PROJEÇÃO COBERTA

PÁTIO COBERTO

J1

corre GRID DA COORDENAÇÃO MODULAR E2

PÁTIO DESCOBERTO

PISO DO TIPO FULGET

E1

V3

E2

re

E1

cor

corre

VISTA EXTERNA SALAS DE AULA JARDIM DE INFÂNCIA (V1) PISO DE POLIURETANO (PU)

Obs.: É previsto a colocação de cortinas de panocoloridas nas janelas das salas de aula para que filtrem a luz e levem para o interior sua cor e textura.

SALA ROXA JARDIM INFÂNCIA DE LAYOUT TIPO 03 J1

SALA VERDE JARDIMINFÂNCIA DE LAYOUT TIPO 04

CIRCULAÇÃO

J1

DIVISÓRIA EM COBOGÓ

V1

PORTA DO SANITÁRIO

JARDIM EXTERNO

N

PÁTIO INTERNO

AMPLIAÇÃO SALAS JARDIM DE INFÂNCIA

3.30 2.30

2.30

2.70

PAREDE DE TIJOLO SOLO SOLO CIMENTO

VENEZIANA MÓVEL

2.3

2.30

VIDRO LAMINADO ACÚSTICO FIXO

1.78

3.30

PAREDE DE TIJOLO SOLO SOLO CIMENTO

BANDEIRA FIXA EM VIDRO LAMINADO ACÚSTICO

BANDEIRA DE ELEMENTO VAZADO

3.30

BANDEIRA FIXA EM VIDRO LAMINADO ACÚSTICO

1.0

1.0

1.0

VISTA INTERNA CIRCULAÇÃO - SETOR JARDIM DE INFÂNCIA (V2)

VIDRO LAMINADO ACÚSTICO

VENEZIANA FIXA

1.375

VIDRO LAMINADO FIXO ACÚSTICO FIXO

VISTA PÁTIO COBERTO E ABERTO - SETOR JARDIM DE INFÂNCIA (V3) 2.85

1.375

2.85

2.85

3.955

3.955

ESQUADRIA 01 - E1

PEITORIL DE TIJOLO SOLO SOLO CIMENTO

0.52

PARTE VAZADA EM RIPAS DE MADEIRA PARA FAVORECER A CIRCULAÇÃO DE AR

ESQUADRIA 02 - E2

JANELA 01 - J1

OBS.: As demais esquadrias do projeto seguem um padrão baseado nas esquadrias E1 e E2, e janela Elas são adaptadas de acordo com as necessidades dos ambientes e de sua locação, seja para venti iluminar, promover privacidade ou isolamento acústico.

6.

RAFAELA MONTEIRO MEDEIROS6


4. Considerações Finais Em um cenário onde as transformações sociais e o desenvolvimento tecnológico tomam conta do mundo, novas demandas surgem constantemente no ambiente escolar, demandando adequação das questões tanto físicas quanto metodológicas. Dessa forma, o desenvolvimento do projeto de um ambiente escolar diferenciado, em afinidade com um método pedagógico não tradicional, no caso a Pedagogia Waldorf, possui relevância e importância. O papel da arquitetura aqui, foi tido como primordial para criação de espaços não meramente funcionais, mas que participam como elemento primordial no processo de aprendizagem. Tendo isso em vista e a importância da educação na construção do saber muito mais que teórico e sim social, crítico e reflexivo, o presente trabalho demonstra sua coerência e importância social e educacional. Idealizando um ambiente escolar adequado aliado a métodos de ensino apropriado, torna-se possível a construção de sujeitos participativos na sociedade e construtores de suas própria historia.

68

A forma como o ambiente influencia a realização das atividade nele exercidas é clara, o que reafirma a importância do papel do arquiteto ao projetar ambientes. Diante disso, o valor da idealização da escola apresentada é muito relevante, disseminando e valorizando a individualidade de cada criança no ambiente escolar, e a sua formação como um individuo singular.

Figura 56: Sala de aula de uma Escola Waldorf. Fonte: qrxj.webcam


LINA BO BARDI

Comecemos pelas escolas: se alguma coisa deve ser feita para “reformar” os homens, a primeira coisa é “formá-los”.

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NORMA TÉCNICA Nº 004/2013 – CBMPB Classificação das Edificações quanto à Natureza da Ocupação, Altura, Carga de Incêndio e Área Construída.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, p. 162. 2015.

NORMAS TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA Nº 009/2014 – CBMPB - Controle de Materiais de Acabamento e Revestimento. NORMA TÉCNICA Nº 015/2016 – Sistema de Hidrantes e Mangotinhos. JOÃO PESSOA. Código de Urbanismo. João Pessoa: Secretaria de planejamento, 2001. JOÃO PESSOA. Código de Obras. João Pessoa: Secretaria de planejamento, 2001.



UFPB Universidade Federal da Paraíba

João Pessoa Outubro 2018


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