Itinerário da Saúde Mental
Guia de equipamentos para profissionais da Rede de Atenção
Psicossocial
Psicossocial
Clarice A. S. Santos
Enzo Moura Tavares
Isabela Sanchez Ortali
João Vitor Vicente Medeiros
Letícia Meirelles Ruocco
Lucas Pereira Shiramizo
Rafaela Coelho de Moraes Pitombo
Renata Franceschi Guedes
Supervisão: Pedro Henrique Marinho
Professora responsável: Maria Cecília Roth
Trabalho da disciplina: Pressupostos para a prática do psicólogo na área da saúde
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são a porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS) e oferecem serviços que englobam a Atenção Primária, contribuindo para o aumento da qualidade de vida, promoção da saúde e para a redução dos encaminhamentos aos hospitais, além de consultas com médicos e enfermeiros, oficinas de planejamento familiar, grupos educativos e de atividades físicas, orientação sobre alimentação saudável e outros.
As consultas são agendadas para acompanhamentos de doenças crônicas, puericultura, pré-natal, saúde da mulher e do homem, atendimento à pessoa idosa nas Salas dos Idosos, além de vacinação em geral.
A UBS é um equipamento que visa a prevenção de doenças, ou seja, não é um local de atendimento emergencial. O equipamento pode ofertar atendimento médico inicial, orientações e tratamentos básicos, o atendimento é abrangente, acessível e baseado na comunidade, pode atender de 80% a 90% das necessidades de saúde de um indivíduo ao longo de sua vida.
Qualquer um! A UBS, normalmente, está aberta de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, basta ir com o documento de identificação pessoal, cartão nacional do SUS e, se possível, comprovante de residência.
O encaminhamento à UBS pode ser feito por outros equipamentos da rede SUS, solicitando que o usuário faça um acompanhamento na Unidade, ou pegue prescrição para algum medicamento, por exemplo. Entretanto, caso não haja passagem em nenhum equipamento, não é necessário encaminhamento para começar um acompanhamento no equipamento.
Unidades Básicas de Saúde (UBS) são locais onde você pode receber atendimentos básicos e gratuitos em Psicologia, Pediatria, Ginecologia, Clínica Geral, Enfermagem e Odontologia. Os principais serviços oferecidos pelas UBS são consultas médicas, inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico, encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica.
A Assistência Médica Ambulatorial (AMA) tem como função o atendimento não agendado de pessoas com doenças ou agravos de baixa e média complexidade nas áreas de clínica médica, pediatria e cirurgia geral ou ginecologia, ou seja, é um equipamento de Atenção Secundária. O objetivo é ampliar o acesso de pacientes que necessitam de atendimento imediato, racionalizar, organizar e estabelecer o fluxo de pacientes para as UBS, Ambulatórios de Especialidades e Hospitais. Há três categorias de AMA - Tradicional: atendimento de segunda-feira a sábado, das 7h às 19h; Hospitalares: integradas a hospitais, funcionam 24 horas; Especialidades: prestam atendimento secundário complementar à saúde e oferecem apoio e retaguarda às Unidades Básicas de Saúde (UBS) da região e às AMAS tradicionais.
O AMA é utilizado por pessoas que necessitem de um atendimento imediato. Quadros como resfriados, febres, alergias, pressão alta e pequenos ferimentos que necessitam de sutura são alguns exemplos de situações que podem ser atendidas nas AMAs. Realiza, também, administração de medicamentos, suturas, drenagem de abscessos e Raio-X. As AMAs Especialidades, porém, atende com agendamento e ampliam o acesso da população à consultas e exames diagnósticos para atendimento a pacientes com agravos crônicos em especialidades como cardiologia, endocrinologia, ortopedia, urologia, reumatologia, vascular, dentre outras.
O encaminhamento é feito pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ou pela própria pessoa que necessita de cuidados.
Inalação, curativos, cauterização, retirada de pontos e medicação, além de exames de Raio-X e Eletrocardiograma.Também são ofertados exames como eletrocardiograma, teste ergométrico, holter, monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) e ultrassonografia, além de procedimentos como inalação, hidratação intravenosa e curativos.
As Unidade de Pronto Atendimento (UPA) fazem parte da Rede de Atenção às Urgências. São unidades que operam 24h e realizam atendimentos de saúde de complexidade intermediária. Sua equipe é multiprofissional (clínica médica, pediatria, ortopedia, enfermeiros e técnicos de enfermagem e, em algumas unidades, odontologia) e atende as demandas específicas de cada região. Na unidade é realizado o atendimento resolutivo em pacientes não-graves e o primeiro atendimento com estabilização, avaliação e encaminhamento dos pacientes graves para unidades de referência.
São atendidas situações como parada cardiorrespiratória, AVC (Acidente Vascular Cerebral ou derrame), infarto e dores no peito, febre acima de 39°C, falta de ar ou dificuldade para respirar, crises convulsivas, vômitos ou diarreias persistentes e com sangue, cólicas renais, elevação de pressão arterial, picada ou mordida de animais venenosos, intoxicações, acidentes automobilísticos, alergias severas, ferimento por arma branca, queimaduras, dores de cabeça intensas, dores agudas, tentativas de suicidio e fraturas ou torções.
O encaminhamento é feito pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ou pela própria pessoa que necessita de cuidados.
O atendimento deve ser resolutivo para a maioria das ocasiões. Em pacientes não-graves é realizado o atendimento médico, alguns exames de emergência (laboratoriais, eletrocardiograma e raio-x), e medicação, quando necessário o paciente pode permanecer em leito de observação por até 24h, sendo encaminhado para outro serviço após esse período. Já para pacientes graves, onde são necessários cuidados de alta complexidade, é feito o atendimento inicial para a estabilização do quadro, o equipamento comporta leitos de UTI de emergência, onde o paciente permanece por até 24h sendo feita a transferência segura para o hospital adequado depois desse tempo.
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são equipamentos que oferecem serviços de saúde pública abertos para a comunidade. Os CAPS devem ter papel estratégico na articulação da RAPS (Rede de Atenção Psicossocial), tanto no que se refere à atenção direta visando à promoção da vida comunitária e da autonomia dos usuários, quanto na ordenação do cuidado dos sujeitos em sofrimento psíquico, trabalhando em conjunto com a rede de serviços com ênfase na Atenção Primária, articulando e ativando os recursos existentes em outras redes, assim como nos territórios. Consiste em um dispositivo estratégico para a superação do modelo asilar, no contexto da reforma psiquiátrica, e para a criação de um novo lugar social para as pessoas com a experiência de sofrimento.
Atende pessoas de todas as faixas etárias que apresentam intenso sofrimento psíquico decorrente do uso de álcool e outras drogas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida.
Uma equipe diversificada, composta por médicos psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e terapeutas ocupacionais, trabalha em conjunto para atender às necessidades de saúde mental das pessoas. Esses serviços estão disponíveis na região e são especialmente focados em ajudar em situações difíceis ou no processo de reabilitação psicossocial.
Todos os CAPS trabalham em regime de porta aberta, isto é, sem necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento, oferecendo acolhimento e tratamento multiprofissional aos usuários. O usuário que procura o CAPS é acolhido e participa da elaboração de um Projeto Terapêutico Singular (PTS) específico para as suas necessidades e demandas. O encaminhamento deve ser feito de acordo com das demandas de saúde mental de cada sujeito, considerando que o equipamento do CAPS é dividido entre os níveis de complexidade (I, II e III) e o público alvo de suas atividades (Adulto, Infanto-Juvenil e Álcool e Drogas). Cabe mencionar que o CAPS é destinado a pessoas com sintomas e questões graves, outras demandas são destinadas a outros equipamentos, como a UBS.
As ações dos CAPS são realizadas em coletivos, em grupos ou individualmente, destinadas aos usuários, suas famílias e comunidades, e podem acontecer no espaço do CAPS e/ou nos territórios, nos contextos reais de vida das pessoas. Os PTSs acompanham o usuário em sua história, cultura, projetos e vida cotidiana, ultrapassando, necessariamente, o espaço do próprio serviço, implicando as redes de suporte social e os saberes e recursos dos territórios. As ações realizadas pelos profissionais dos CAPS estão previstas na Portaria SAS/MS n.854/2012 (Brasil, 2012) e descritas, conforme esta portaria, no SIGTAP DATASUS.
CAPS I: Localizado em municípios ou regiões de saúde com população acima de 15 mil habitantes.
CAPS II: Localizado em municípios ou regiões de saúde com população acima de 70 mil habitantes.
CAPS III: Proporciona serviços de atenção contínua, com funcionamento 24 horas, incluindo feriados e finais de semana, ofertando retaguarda clínica e acolhimento noturno a outros serviços de saúde mental, inclusive CAPSad, possuindo até 05 (cinco) leitos para acolhimento noturno. Localizado em municípios ou regiões de saúde com população acima de 150 mil habitantes.
O CAPS Infanto-Juvenil atende crianças e adolescentes que apresentam prioritariamente intenso sofrimento psíquico decorrente de problemas mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso decorrente de álcool e outras drogas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida.
O CAPS Álcool e Drogas atende pessoas de todas as faixas etárias que apresentam intenso sofrimento psíquico decorrente do uso de álcool e outras drogas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida.
As Unidades de Acolhimento (UAs) representam residências transitórias destinadas a indivíduos que enfrentam dificuldades decorrentes do consumo de substâncias como álcool e drogas, e que estão sendo acompanhados pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Essas pessoas encontram-se em situações de vulnerabilidade social e/ou familiar, necessitando de apoio terapêutico e protetivo.
Existem unidades destinadas a pessoas maiores de 18 anos, nomeadas Unidade de Acolhimento Adulto (UAA) e outras voltadas para crianças e adolescentes entre 10 a 18 anos, nomeadas Unidade de Acolhimento InfantoJuvenil (UAIJ).
A entrada em uma Unidade de Acolhimento para Adultos (UAA) ou em uma Unidade de Acolhimento para Infantojuvenis (UAIJ) é determinada pelo Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas ou pelo Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil ao qual a Unidade está ligada. É responsabilidade do CAPS-AD em questão decidir quais indivíduos serão acolhidos, acompanhar sua estadia na Unidade, monitorar seu progresso no tratamento e tomar a decisão sobre quando encerrar seu tempo de permanência na UAA ou UAIJ.
As UAs oferecem cuidados de saúde contínuos, operando 24 horas por dia, em um ambiente residencial integrado à comunidade. O cuidado é personalizado, seguindo um plano terapêutico único acordado entre o usuário, o CAPS responsável e a equipe da UA
O Programa Operação Trabalho (POT) é um programa social que oferece atenção especial ao trabalhador desempregado, visando estimulá-lo a busca de ocupação e a se reinserir no mercado de trabalho.
Pessoas maiores de 18 anos que moram na cidade de São Paulo por no mínimo dois anos e que estão desempregadas a mais de quatro meses ou com renda familiar de até meio salário mínimo por pessoa da família, e que não recebem benefícios como seguro-desemprego, FGTS, entre outros.
Utilizar os canais eletrônicos ou presenciais para solicitar o serviço:
Eletrônico: Portal de Atendimento SP156
Presencial: Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo (Cate)
O Centro POT inclui salas para aulas teóricas, um laboratório de informática, oficinas focadas no desenvolvimento socioemocional, uma cozinha experimental para a prática de preparação de alimentos doces e salgados, além de orientação em segurança alimentar. Para proporcionar um ambiente acolhedor aos beneficiários, também oferece salas para atendimento individual e uma brinquedoteca.
O Centro serve como ponto central para os participantes realizarem suas atividades diárias de trabalho, conforme o horário estipulado pelo projeto. As sessões de formação para qualificação profissional ocorrem semanalmente ao longo do período em que os beneficiários participam do programa.
Os Centros Especializados em Reabilitação (CER) são unidades de referência no Sistema Único de Saúde (SUS) dedicadas à reabilitação de pessoas com deficiências físicas, intelectuais, auditivas, visuais e múltiplas e questões de linguagem e comunicação. As vagas de primeira vez dos profissionais devem estar na agenda regulada sistema SIGA para Avaliação
Multiprofissional em Reabilitação nas especialidades “Especialista em Reabilitação Física”, “Especialista em Reabilitação Intelectual/Desenvolvimento”; “Especialista em Reabilitação Auditiva” e “Especialista em Reabilitação Visual”.
Pessoas com deficiência física, incluindo aquelas com quadros neurológicos, pós-operatórios ortopédicos e fraturas recentes, necessitam de avaliação e reabilitação por uma equipe multiprofissional composta por fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, assistentes sociais, médicos e enfermeiros. Esses pacientes podem precisar de órteses, próteses ou meios auxiliares de locomoção e de suporte contínuo do CER para cuidados especializados e orientação.
Pessoas com deficiência intelectual, alterações cognitivas, de linguagem ou TEA, recém-nascidos de alto risco e aqueles que se beneficiam da estratégia acompanhante da pessoa com deficiência (APD) necessitam de reabilitação por uma equipe multiprofissional composta por fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, assistentes sociais e médicos neurologistas. Além disso, indivíduos em reabilitação na atenção básica (AB) que precisam de suporte específico do CER para a continuidade do cuidado recebem avaliação especializada, orientação e apoio APD.
Pessoas com suspeita/confirmação de baixa visão ou cegueira que precisam de intervenção multiprofissional em reabilitação visual (avaliação, terapias, recursos ópticos e acompanhamento) e que precisam de treino de orientação e mobilidade.
Pessoas com suspeita/confirmação de deficiência auditiva que precisam de intervenção multiprofissional (diagnóstico, seleção e fornecimento de aparelho auditivo, terapia fonoaudiológica e acompanhamento) e em reabilitação na AB que precisam de suporte e intervenção multiprofissional especializada.
O acesso ao CER é regionalizado e ocorre, preferencialmente, a partir do encaminhamento da UBS ou do CAPS mais próximo à residência do usuário para avaliação multiprofissional em reabilitação.
O CER oferece atendimento especializado e multidisciplinar, contando com uma equipe composta por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, médicos e outros profissionais. Os CERs são equipados para atender às diversas necessidades de reabilitação, promovendo a inclusão e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. São realizadas avaliações multidisciplinares, diagnósticos precisos, intervenções terapêuticas como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicologia, além do acompanhamento contínuo dos pacientes. Os CERs também fornecem dispositivos assistivos como próteses, órteses, aparelhos auditivos e visuais, e tecnologias assistivas. Além disso, promovem a reabilitação profissional, a inclusão social e realizam ações educativas e preventivas para melhorar a qualidade de vida e a autonomia dos pacientes.
Serviço de Residência Terapêutica (SRT) são moradias que acolhem pessoas portadoras de transtornos mentais crônicos com necessidade de cuidados de longa permanência. O serviço surgiu para atender a demanda de suporte aos egressos de internações psiquiátricas e de hospitais de custódia que não possuem suporte financeiro, social e/ou familiar. Atualmente, o número de usuários por moradia varia entre 1 a 8. O objetivo das SRT é a reabilitação psicossocial por meio da inserção do usuário na rede de serviços, organizações e relações sociais da comunidade. Para isso, conta-se com um suporte de caráter interdisciplinar sensível às demandas e necessidades singulares de cada morador.
Os usuários do serviço são todos aqueles que são portadores de transtornos mentais, egressos de internação psiquiátrica em hospitais cadastrados no SIH/SUS; de Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, em conformidade com decisão judicial (Juízo de Execução Penal). Assim como aqueles em acompanhamento nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), para as quais o problema da moradia é identificado, por sua equipe de referência, como especialmente estratégico no seu projeto terapêutico ou em caso de moradores de rua com transtornos mentais severos, quando inseridos em projetos terapêuticos especiais acompanhados nos CAPS.
A Área Técnica de Saúde Mental da Secretaria Municipal da Saúde é responsável por gerir a entrada de usuários nos serviços. As solicitações de vagas para SRT se dão por medida judicial individual ou por meio indicação de pessoas egressas de Hospital Psiquiátrico e/ou Hospital de Custódia, ou vagas solicitadas pela Rede de Atenção Psicossocial do Município, de acordo com o que está estabelecido na Portaria no. 106 de 2000.
O serviço se propõe a montar estratégias que permitam aos moradores estabelecerem vínculos de confiança com os profissionais e com a proposta; Prover um ou mais profissionais de referência para cada morador; Estabelecer um Projeto Terapêutico Singular para cada usuario; Respeitar à noção de “casa” de cada um dos moradores, permitindo que aflorem hábitos e formas de ocupar o espaço próprios dos habitantes; Concentrar-se em abordar na casa questões ligadas ao morar; Respeitar à individualidade e singularidade deve prevalecer em relação às ações junto ao grupo; Estabelecer a contratualidade – a parte de cada um, discórdias, disputas de espaço, namoro, barulhos, festas, crenças, etc; Suporte requerido: o acompanhamento terapêutico (AT). À medida que o usuário ganha autonomia, em vez de dispensar o suporte, passa a requerer modos mais refinados e complexos de acompanhamento.
Os Centros de Convivência e Cooperativa (CECCO) são serviços que trabalham em articulação com os demais equipamentos da rede de saúde considerando os desafios e potenciais dos territórios no qual estão inseridos. Realizam ações de promoção à saúde mediadas por meio da convivência com intuito de propiciar o encontro das diferenças, a desconstrução de estigmas e a produção da autonomia.
O CECCO está aberto à população em geral, da forma mais ampla e inclusiva possível: pessoas com sofrimento psíquico, que vivenciam problemas com álcool e outras drogas, pessoas com deficiência, pessoas em situação de vulnerabilidade, pessoas em situação de rua, idosos, adultos, crianças e quem mais puder se beneficiar de uma proposta de cuidado integral e voltada às suas necessidades.
Quem quiser conhecer não há necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento.
A maioria dos CECCOs está localizada em parques públicos, centros esportivos e espaços comunitários. A equipe multidisciplinar que atua no serviço desenvolve atividades prioritariamente coletivas: grupos e oficinas das mais diversas linguagens, práticas integrativas e complementares (PICS), promove a interação com o meio ambiente, ações de economia solidária, ações de apropriação do território, celebrações e festividades. O CECCO ainda, se necessário, realiza visitas domiciliares e participa das reuniões de matriciamento com as UBS e outros equipamentos de atenção psicossocial.
O Serviço Integrado de Acolhida Terapêutica (SIAT) faz parte do Programa Redenção e tem como objetivo prestar acolhimento e atendimento a indivíduos que fazem uso abusivo de substâncias psicoativas e estão em situação de vulnerabilidade. Oferece acolhimento, moradia e alimentação aliado ao Projeto Terapêutico Singular (PTS). É dividido entre a SIAT I Abordagem, SIAT II Acolhimento Temporário e SIAT III Tratamento e Profissionalização.
Indivíduos que realizam o uso abusivo de substâncias em cena de uso aberto
Indivíduos que realizam o uso abusivo de substâncias psicoativas
O acesso é por meio da busca ativa da equipe nas cenas de uso
O usuário pode procurar sozinho ou ser encaminhado pela SIAT I
Indivíduos que realizam o uso abusivo de substâncias psicoativas
O acesso ao serviço é feito através do SIAT II, CREAS ou CAPS
No serviço são criadas estratégias para aproximar os usuários em situação de vulnerabilidade aos serviços de saúde e políticas públicas, realizam o mapeamento da concentração de usuários no território, a busca ativa deles e promovem o encaminhamento ao SIAT II e outros serviços
Promove acolhimento temporário de curto prazo coletivo (pernoite), alimentação e espaço para higiene. Oferece aos usuários serviços e tratamentos de saúde, redução de danos, serviços de assistência social e atividades de sociabilidade e lazer. Encaminham os usuários para outros serviços da rede e ajudam a elaborar o Projeto Terapêutico Singular (PTS).
Promove acolhimento terapêutico de médio prazo (até 2 anos) de forma coletiva ou familiar, também podem aceitar animais (sob algumas regras). Realizam atividades de redução de danos, lazer, esporte e cultura, além disso, disponibilizam cursos de qualificação profissional. O serviço auxilia na elaboração do Projeto Terapêutico Singular (PTS) e acompanha o tratamento de saúde e psicossocial dos usuários.
O hospital dia pode ser tanto um local específico quanto um serviço dentro de grandes hospitais, como equipamento faz parte da Rede de Atenção Especializada. Ele consiste na assistência intermediária entre a internação e o atendimento ambulatorial, para realização de procedimentos clínicos, cirúrgico, diagnósticos e terapêuticos, que requeiram a permanência do paciente na Unidade por um período máximo de 12 horas. Duas frentes comumente encontradas nesse serviço são serviços destinados à saúde mental e a realização de procedimentos cirúrgicos de baixa e média complexidade. Cada estabelecimento oferta uma grade de especialidades específica e conforme as necessidades de saúde da região.
Qualquer usuário do SUS encaminhado para este serviço, os Hospitais dia encontram-se em funcionamento por no mínimo 12 horas de segunda a sexta-feira, há algumas unidades que funcionam 24 horas e outras que ampliam seu horário de atendimento conforme a necessidade regional.
Os usuários que utilizam o Hospital-Dia foram encaminhados prioritariamente pelas UBS, mediante solicitação prévia. Todos os agendamentos devem ter sido realizados através do Sistema integrado de Gestão da Assistência à Saúde do MSP (SIGA – Saúde/SP).
ESPECIALIDADES MÉDICAS: Em média são ofertados 15 tipos diferentes por exemplo: cardiologia,, urologia, ginecológica, entre outros.
ESPECIALIDADES NÃO MÉDICAS: a oferta de consultas com especialidades não médicas a depender da demanda regional e da própria unidade, os profissionais se dividem nas seguintes categorias profissionais: serviço social, farmácia, psicologia, nutrição, fonoaudiologia e fisioterapia.
EXAMES: Em média são ofertados 10 tipos diferentes, por exemplo: endoscopia, colonoscopia, mamografia, entre outros.
CIRURGIAS-DIA: As cirurgias-dia são procedimentos eletivos e realizados no centro cirúrgico neste mesmo estabelecimento. O Paciente tem alta no mesmo dia que realiza o procedimento. São exemplos de cirurgia-dia: cirurgia geral, cirurgia vascular; ortopedia; Proctologia. Outros tratamentos cirúrgicos de baixa complexidade como cisto, unha encravada, quelóide também são realizados neste estabelecimento.
Os hospitais são postos de atendimento de alta complexidade para casos que exijam tratamentos e equipamentos especializados. Nos Hospitais Gerais podem dispor de serviço de Urgência/Emergência. Devem dispor também de Serviço de Apoio Diagnóstico Terapêutico de média complexidade (O SADT consiste numa modalidade de prestação para a realização de exames complementares no cuidado da atenção básica e especializada. Assim, seu objetivo é ajudar no diagnóstico correto dos pacientes).
Qualquer usuário do sistema único de Saúde, que tenha sido encaminhado a partir de alguma urgência/emergência e/ou tratamento específico. Os hospitais funcionam 24 horas em todos os dias da semana, porém alguns setores podem funcionar em horários diferenciados
O encaminhamento se dá a partir de emergências ou do encaminhamento de algum outro serviço da rede pública.
Hospital geral é um equipamento destinado a prestar assistência sanitária a doentes, nas quatros especialidades básicas, sendo elas : clínica médica, clínica cirúrgica, clínica gineco-obstétrica e clínica pediátrica.
Alguns dos serviços mais recorrentes são: Atendimento de Urgências e Emergências, Cirurgias, acompanhamento cirúrgico, internação, exames mais complexos e exames de imagem .
Os serviços de alta complexidade do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) atendem famílias/indivíduos em situação de abandono, ameaça ou violação de direitos e estejam afastados temporariamente de seu núcleo familiar, com os vínculos familiares rompidos ou fragilizados. Os serviços de acolhimento são realizados em distintas modalidades, voltadas a públicos específicos.
Esses serviços são estruturados para proporcionar acolhimento adequado e proteção em contextos variados de vulnerabilidade social, garantindo suporte e assistência necessários para cada grupo.
Todas as pessoas que necessitarem de proteção integral, por se encontrarem em situação de risco pessoal e social, desabrigados, que estejam em situação de abandono ou de rua, migração, afastadas do convívio familiar ou comunitário em decorrência de situações de violência, negligência, maus-tratos, abuso, exploração sexual ou outras formas de violência.
O acesso aos serviços de acolhimento no âmbito do SUAS pode se dar por encaminhamento de agentes do serviço especializado em abordagem social, pelas equipes dos CREAS e de demais serviços socioassistenciais, de outras políticas públicas ou por demanda espontânea, a depender do público.
Nos casos de crianças e adolescentes, o encaminhamento será mediante determinação judicial ou por requisição do Conselho Tutelar, sendo necessária comunicação ao Sistema de Justiça.
Em se tratando de pessoas idosas, pessoas com deficiência ou mulheres em situação de violência, o encaminhamento pode ser por requisição da rede de atendimento de políticas públicas setoriais, dos CREAS e de demais serviços socioassistenciais, bem como pelo Ministério Público ou Poder Judiciário.
Os serviços de acolhimento são moradias temporárias e excepcionais. No entanto, para determinadas pessoas, poderão permanecer nos acolhimentos de forma permanente. Este serviço é gratuito para o cidadão.
O Serviço de Proteção Social à Criança e Adolescente Vítimas de Violência (SPVV) tem o objetivo de identificar o fenômeno da violência e os riscos decorrentes para prevenir o agravamento da situação e promover a interrupção do ciclo de violência, possibilitando a superação da situação de violação de direitos, a reparação da violência vivida, o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, a potencialização da autonomia e o resgate da dignidade. O serviço realiza o atendimento especializado às crianças e aos adolescentes vítimas de violência física, psicológica, negligência, abuso ou exploração sexual, bem como aos seus familiares e, quando possível, ao agressor, proporcionando-lhes condições para o fortalecimento da autoestima, superação da situação de violação de direitos e reparação da violência vivida.
Crianças e adolescentes de 0 a 17 anos e 11 meses, de ambos os sexos, vítimas de violência física, psicológica, negligência, abuso e exploração sexual e suas famílias.
O encaminhamento é feito pelo CREAS, CRAS, Poder Judiciário, Conselhos Tutelares.
O Serviço de Proteção Social à Criança e Adolescente Vítimas de Violência (SPVV) oferece atendimento psicossocial, acompanhamento contínuo e orientação jurídica às vítimas e suas famílias, além de articular com a rede de proteção e facilitar o acesso a programas sociais. Desenvolve ações educativas e preventivas para sensibilizar a comunidade sobre direitos e prevenção da violência, e promove campanhas e atividades educativas. O SPVV também providencia acolhimento em abrigos quando necessário, encaminhando para serviços especializados de saúde e trabalha para a reintegração familiar e social das vítimas, oferecendo suporte para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários.
UBS Eng. Trindade: Av. Gabriela Mistral, 1168
UBS Vila Esperança - Dr. Cássio Bittencourt Filho: R. Alvinópolis, 1350
UBS Emilio Santiago de Oliveira: R. Coremu, 163
UBS Vila Granada: R. Madalena Júlia, 60
AMA Maurice Pate: R. Frei Germano, 50
AMA/UBS Integrada Vila Silvia: R. Belém Santos, 222
UBS Eng. Goulart Dr. José Pires: Rua Augusto Correa Leite, 538
AMA/UBS Integrada Cangaíba - Doutor Carlos Gentille de Mello: Av. Cangaíba, 3722
UBS Jd. São Francisco: Rua Juriti-Piranga, 195
AMA/UBS Integrada Chácara Cruzeiro do Sul: R. Mercedes Lopes, 989
UBS Vila Aricanduva: R. Antônio Lindoro da Silva, 284
UBS Vila Matilde: Av. Marcondes de Brito, 1304
UBS Vila Guilhermina: R. João Marchiori, 59
UBS Jd. Maringá: R. Muaná, 214
AMA Alexandre Zaio: Rua Alves Maldonado, 128
ARTUR ALVIM
UBS Jd. São Nicolau: R. Brook Taylor, 30
UBS AE Carvalho: R. Japani, 7
UBS Pq. Arthur Alvim: Rua Henrique Jacobs, 269
UBS Antonio Pires F Villa Lobo: R. Coelho de Castro, 2-62
UBS Padre José de Anchieta: Av. Sylvio Torres, 313
AMA/UBS Padre Manoel da Nóbrega: Av. Padre Francisco de Toledo, 545
AMA Jd. Nordeste: R. Nicoló Tartáglia, 45
OUTROS DISTRITOS ADMINISTRATIVOS
UPA Carrão - Masataka Ota: Av. Conselheiro Carrão, 2893
UPA Tatuapé: Av. Celso Garcia, 4974
UPA Ermelino Matarazzo: R. Miguel Novais, 113
CAPS Adulto (III) Vila Matilde: R. Atuaí, 383
CAPS IJ (III) Penha: R. Maria Carlota, 631
CAPS AD (III) Penha: R. Evans, 729
Centro POT Redenção Penha – R. Maria das Dores, 78
Centro POT Redenção Ermelino Matarazzo – R. Saivá, 59
CER III Penha: Praça Nossa Sra. da Penha, 55
CER III Ermelino Matarazzo - R. antônio carlos lamego, 54
SIAT III Penha - Av. Cel Rodovalho, 275 - Penha
Hospital Dia Penha: Praça Nossa Sra. da Penha, 55
SPSCAVV Instituto Vida São Paulo: R. Manuel Gadelho, 44
CAPS AD (II) Cangaíba: R. Zumbi, 258 - Vila Mesquita
CEO II Penha: R. Dr. Edgar García Viêira, 130
CER Pq. Artur Alvim: R. Henrique Jacobs, 269
CECCO Padre Manoel da Nóbrega: R. Irmão Nicolau da Fonseca, 33