Fazenda Urbana

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FAZEND URB

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RAFAELA YANI MARQUES MARTINS

A

FAZEND URB

NA Projeto de diplomação Orientado por Simone Jardim

UNICEUB 2019



Uma estrutura hibrida para a cidade!



SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................ 7 1. TEMA ............................................................ 10 1.1 O QUE É? ........................................ 11 1.2 DESDE QUANDO? ....................... 12 1.3 PORQUE? ....................................... 13 2. REFERÊNCIAS ............................................ 16 2.1 Pavilhão Slow Food .................... 20 2.2 Pavilhão da Espanha................... 22 2.3 BeGreen ........................................ 24 2.4 AeroFarm ...................................... 26 3. SÍTIO ............................................................ 30 3.1 LOCALIZAÇÃO ............................. 31 3.2 TERRENO ...................................... 36 3.3 NORMATIVAS .............................. 39 4. PROJETO .................................................... 42 4.1 CONCEITO .................................... 43 4.2 PARTIDO ....................................... 46 4.3 ANÁLISE DE CONDIC. .............. 47 4.4 Prog. de necessidades ............. 49

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INTRODUÇÃO As cidades estão cada vez mais povoadas e densas, a população deve acompanhar o ritmo do crescimento com novas tecnologias, novas formas de pensar e se adequar as necessidades que vão surgindo. Com esse crescimento populacional nas cidades, surge também a necessidade cada vez maior de aprimorar o abastecimento de alimentos nos centros urbanos e ainda gerar o mínimo de impacto ambiental possível. Então, surge o questionamento sobre a Agricultura Tradicional, o impacto ambiental que ela causa e a eficiência que ela possui. A partir desse contexto, surge pensamentos, estudos e concretização de projeto das chamadas Fazendas Urbanas que é a reinvenção da forma de cultivar alimentos. O objetivo desse trabalho é desenvolver o projeto arquitetônico de uma Fazenda Urbana com espaços de cultivo de alimentos, comercialização dos produtos e ensino sobre agricultura urbana para a conscientização da população.

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TEMA

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1.1 O QUE É? 1.2 DESDE QUANDO? 1.3 PORQUE?


1.1 O QUE É? Fazenda Urbana, também chamada de Agricultura Urbana, é a produção agrícola nas cidades. Industria que produz, processa e comercializa alimentos em meio urbano. Sua característica é o cultivo de plantas alimentícias e de animais dentro ou próximas dos centros urbanos em níveis comerciais e de produção em larga escala, diferente de hortas comunitárias que tem baixa produção. A agricultura urbana se difere da agricultura rural por estar integrada ao sistema econômico e social da cidade interagindo com o ecossistema urbano. A integração da população com a produção de alimentos na zona urbana ocorre pelo fato do individuo ser tanto produtor quanto consumidor. Porém, a agriculta urbana não se sustenta sozinha pois sua produção não é suficiente para suprir todas as necessidades de alimentação da população de uma cidade. Hoje a agricultura rural ainda se faz necessária para o sustento da alimentação da população.

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O plantio no meio urbano geralmente é realizado em estufas de produção onde a plantação é protegida em ambiente controlado. As estufas podem ocupar tanto terrenos inutilizados quanto topo de edifícios e fachadas.

Segundo, MOUGEOT (2000:5), o conceito de agricultura urbana é: “(...) a praticada dentro (intra-urbana) ou na periferia (periurbana) dos centros urbanos (sejam eles pequenas localidades, cidades ou até megalópoles), onde cultiva, produz, cria, processa e distribui uma variedade de produtos alimentícios e não alimentícios, (re)utiliza largamente os recursos humanos e materiais e os produtos e serviços encontrados dentro e em torno da área urbana, e, por sua vez, oferece recursos humanos e materiais, produtos e serviços para essa mesma área urbana.”


1.2 DESDE QUANDO? Com a evolução industrial e o consumo desenfreado de recursos naturais, principalmente após a segunda guerra mundial, os impactos que o homem gera no meio ambiente tem sido cada vez maiores e cada vez mais a natureza demonstra os problemas disso. Tal assunto ganhou força nos últimos 50 anos em pesquisas e conferências ambientais internacionais para tentar reverter essa situação. Foi quando começou um desenvolvimento maior da “consciência ecológica”. Com todo o contexto de impacto ambiental gerado pelo homem, foram criadas conferencias ambientais como Estocolmo 1972, ECO-92, Rio+10, Rio+20, entre outras, com o intuito de pensar mais no meio ambiente e minimizar os impactos gerados. Com o surgimento desses estudos ambientais, cada vez mais o mundo se preocupa com o meio ambiente, seu futuro e a conscientização de todas as pessoas aumentam a cada dia. Hoje em dia as pessoas procuram saber sobre os impactos que elas causam ao meio ambientes, como elas podem minimiza-los, de onde vem os produtos que consomem, entre outras coisas.

A agricultura sustentável e a segurança alimentar é um dos pontos abordados nessas conferências. A agricultura tradicional é responsável por muitos problemas associados ao consumo de água, poluição, desmatamento, espaço físico gasto para essa atividade, desperdício de alimentos, agrotóxicos, entre outras coisas. Com o intuito de minimizar o impacto ambiental que a agricultura gera, surgiram estudos sobre novas formas de plantio e desenvolvimento dessa atividade.

As fazendas verticais começaram a ser estudadas em 1990 pelo professor Dickson Despommier na Universidade de Columbia (NY) com a preocupação de reduzir os impactos ambientais e o consumo de recursos naturais. A ideia começou a ser executada no âmbito comercial em 2010 por países de economia desenvolvida e até então, não para de crescer junto com a transição do plantio para o meio urbano em ambiente controlado.

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1.3 PORQUE? A agricultura urbana tem como objetivo reduzir o consumo de recursos naturais e o impacto ambiental que a agricultura convencional gera. O plantio nas cidades trás muitos benefícios tanto para questões socioambientais quanto para a saúde da população. A Agricultura Urbana é valorizada por fatores econômicos e pela emergência ecológica dos tempos atuais, além de contribuir com o aproveitamento de espaços ociosos nas

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cidades para o benefício da sociedade e do indivíduo. Na tabela 1 é apresentado comparações entre Agricultura Tradicional e Agricultura Urbana sobre aspectos de relevância ao tema.


Tabela 1: Agricultura Convencional

Espaço Físico/Desmatamento

Desperdício de alimentos

Logística e transporte de alimentos

Água

Agricultura Urbana

É preciso muito espaço físico para o cultivo de plantações, além de ser responsável por muitos É possível ser realizada em pouco desmatamentos. O espaço mundial utilizado para espaço pois pode ser verticalizado. plantações equivale ao tamanho da América do sul. (Despommier) Cerca de 30% da produção mundial de alimentos é desperdiçada. Frutas e verduras são responsáveis Cerca de 1% de desperdício, pois o por 45% do desperdício. 54% do desperdício se da consumo é mais rápido. nas fases iniciais da plantação e no transporte dos (Despommier) alimentos. (FAO) O alimento é produzido e Grandes distancias são percorridas para transportar comercializado no local. Não há os alimentos do campo para as cidades, gerando necessidade de grande logística de assim alto consumo energético e grande produção transporte gerando menos poluição e de CO². perda de alimentos. São usados sistemas de produção Dados comprovam que 70% do consumo mundial onde a água é reutilizada em um de água potável é destinado a agricultura sistema de circuito fechado convencional. (FAO,1998) diminuindo drasticamente o desperdício de água.

Acessibilidade a alimentos saudáveis

Com o alto número de perda e com a distancia O produto é comprado diretamente entre o alimento e o consumidor, o produto fica do fabricante e quase não tem perda, mais caro e menos acessível. logo fica mais em conta e acessível.

Agrotóxicos

Com a produção no campo, é muito difícil não haver Não possui uso de agrotóxicos, pois o pragas e são usados agrotóxicos e pesticidas para local de produção é controlado em combater as pragas. estufa.

Flexibilidade Climática e solo

A plantação rural depende do clima, estações O clima e o solo não interferem na climáticas e tipo de solo onde é inserida. plantação em ambiente controlado.

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REFERÊNCIA

2

1.1 PAVILHÃO SLOW FOOD 1.2 PAVILHÃO DA ESPANHA

1.3 BEGREEN 1.4 AEROFARM



Obras de referência – Plástica; Ocupação; Estrutura As Exposições Mundiais são eventos internacionais que ocorrem de tempos em tempos em diferentes países, como em um circuito mundial de exposições, e englobam assuntos de importância mundial da época, da humanidade, divulgação da ciência, técnica, arte e cultura. Na exposição, cada pais projeta um pavilhão que aborde o tema proposto e mostre referências e desenvolvimentos do pais. A Expo Milão 2015 foi uma das exposições desse circuito mundial que foi realizada em Milão, Itália e ocorreu do dia 1° de maio de 2015 à 31 de outubro de 2015 com a participação de 96 pavilhões de diversos países. O tema tratado na Expo Milão 2015 foi "Feeding the planet, energy

for life" (Alimentar o planeta, energia para a vida). Um assunto de extrema urgência mundial pois as cidades estão cada vez maiores, em contrapartida, a fome e a destruição ambiental também. Com isso, na Expo Milão 2015 os países tentaram mostrar soluções para esses problemas e inovações para a produção de alimentos saudáveis que respeite o planeta além de mostrarem também a cultura e culinária de cada pais. As obras de referência arquitetônica para o projeto foram pavilhões da Expo Milão 2015 que utilizaram bastante, materiais renováveis em suas estruturas, espações de integração e ensino para conscientização.

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2.1 Expo Milão 2015: Pavilhão Slow Food / Herzog & de Meuron Arquitetos responsáveis: Jacques Herzog, Pierre de Meuron, Andreas Fries Localização: Milão, Itália Área: 1.170m² Ano do projeto: 2015

Justificativa: O Pavilhão Slow Food é um dos projetos de referencia para este projeto de pesquisa da fazenda urbana por sua estrutura, forma arquitetônica e disposição das edificações. Análise: “Exibindo o trabalho da organização Slow Food, de Carlo Petrini, o pavilhão promove a visão da organização de proporcionar acesso a "alimentos bons, limpos e justos". Implantado em um terreno triangular no limite leste do bulevar central da Expo, o pavilhão utiliza uma configuração triangular de mesas para evocar o que Herzog & de Meuron descreve como "uma atmosfera de refeitório e mercado". O pavilhão tripartido é subdividido em um teatro, um espaço de exposição e uma área de degustação, com cada programa ocupando um espaço compacto de menos de 455 m². (...)” archdaily.

“(...) Nós projetamos três barracos, estruturas de madeira arcaicas, quase primitivas que definem o espaço triangular de um pátio interior ou mercado. (...)” - Herzog & de Meuron A utilização da madeira, que é um material renovável, e a disposição das edificação que permitem a circulação das pessoas de forma fluida sem criar barreiras são aspectos de referências no projeto. FIGURA 1: Planta baixa Pavilhão Slow Food

Fonte: Archdaily

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FIGURA 2: Corte Esquemático Pavilhão da Espanha

2.2 Pavilhão da Espanha na Expo Milão 2015 Arquitetos: b720 Arquitectos Localização: Milão, Itália Área: 2341.0 m² Ano do projeto: 2015

Fonte: Archdaily

Justificativa: O Pavilhão da Espanha por ter uma forma de estufa criativa que utiliza ritmo estrutural, matérias renováveis e reciclados se tornou uma das referencias de para o projeto de pesquisa da fazenda urbana. Análise: “O escritório b720 arquitetos, de Barcelona, projetou um pavilhão inspirado em uma estufa para representar a Espanha na Expo Milão 2015. Simbolizando a fusão entre tradição e inovação na gastronomia espanhola, a estrutura em pórtico será dividida em duas partes, unidas pela repetição das formas.

De um lado, a estrutura de madeira em forma de galpão representará a tradição gastronômica do país. Uma série de espaços externos serão pontuados por programas com revestimentos diversos. O outro lado, um espaço fechado revestido de aço inoxidável, representará a inovação na gastronomia espanhola. Feito a partir de materiais reciclados e naturais, "pavilhão ecológico" será composto por uma série de pórticos de madeira de 1,50 metros, unidos por uma sequência de volumes prismáticos de madeira laminada. Entre esses pórticos, painéis de policarbonato atuam como coberturas que protegem as áreas externas das intempéries. (...)” - archdaily.

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2.3 BeGreen A BeGreen é a primeira fazenda urbana da América Latina. Está situada em Belo horizonte, Brasil e tem como objetivo agregar uma vida saudável no dia a dia das pessoas trazendo a origem dos alimentos para o cotidiano. Além de se preocuparem com a agricultura sustentável e a pegada ecológica que são responsáveis. O empreendimento foi um dos projetos referencia para o projeto de pesquisa da fazenda urbana devido o conceito e o espaço físico. O conceito sustentável da empresa visa a diminuição do desperdício de alimentos, água, energia, buscar incrementar alimentos saudáveis na vida de todas as pessoas e impactar a comunidade com essas ações. Outra referencia da empresa foi o espaço físico e o sistema de cultivo. A BeGreen conta com área de estufa para a produção de alimentos, lanchonete,

áreas de convivência, ensino sobre o tema, loja para vender os produtos cultivados e de pequenos produtores além, de distribuírem os alimentos para mercados e restaurantes locais. No sistema de plantação da BeGreen é utilizada a aquaponia que é a criação de peixes para o cultivo da horta. Essa solução diminui significativamente a utilização da água na plantação e fornece os nutrientes necessários para a colheita. A Fazenda Urbana BeGreen produz mensalmente cerca de 45.000 unidades de hortaliças, rúcula, agrião, salsinha, entre outros em uma área total 1500 m² de estufa.

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2.4 AeroFarm EUA A AeroFarm, com aproximadamente 6400m², é uma das maiores empresas de agricultura indoor do mundo. Devido as tecnologias adotadas, junto à aeroponia e ambiente interno totalmente controlado, o empreendimento não necessita do sol (devido luzes de LED) e do solo para o cultivo de plantações. A AeroFarm possui a maior fazenda vertical coberta do mundo que fica em Newark, Nova Jersey e possui mais oito fazendas verticais ao redor do mundo. A AeroFarm criou um modelo de torre de plantação em módulos, o que torna capaz de expandir a plantação tanto verticalmente quando horizontalmente, de acordo com a demanda. A aeroponia, sistema de plantação da AeroFarm, é a técnica de plantação onde as raízes das plantas ficam suspensas, em contato direto com o ar e recebem água e nutrientes por ele também em um sistema que borrifa água. Como os nutrientes e a agua vão diretamente para as raízes e o local onde as plantas estão inseridas ficam com umidade, o desperdício e uso de agua no sistema aeroponico é menor.

(...) A AeroFarm usa 95% menos água do que a agricultura de campo e desenvolveu um sistema de circulação de água em circuito fechado que reutiliza a água para as nossas plantas. Imagine o impacto se até 10% de nossos produtos fossem cultivados dessa maneira. – Aerofarm O empreendimento foi um dos projetos referencia para o projeto de pesquisa da fazenda urbana devido a verticalização das plantações. O que é um ponto positivo para o tema já que assim, há liberação do solo e otimização do espaço. “(...) 25% das terras do mundo estão agora altamente degradadas, com erosão do solo, degradação da água e perda de biodiversidade. Terra arável é um recurso precioso e como a saúde do solo esgota, o mesmo acontece com a nutrição dos nossos alimentos. AeroFarms usa menos de 1% da terra requerida pelo cultivo convencional. Isso significa que somos mais de 390 vezes mais produtivos por metro quadrado em relação à agricultura tradicional, assegurando ao mesmo tempo que nossas plantas obtenham todos os macro e micronutrientes de que necessitam durante todo o ano.” – Aerofarm

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SÍTIO

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1.1 LOCALIZAÇÃO 1.2 TERRENO

1.3 NORMATIVAS


3.1 LOCALIZAÇÃO – ÁGUAS CLARAS

O projeto da Fazenda Urbana será desenvolvido no território do Distrito Federal que reúne 30 Regiões Administrativas (RA). As RA’s são subdivisões territoriais e tem como objetivo a descentralização do poder. O terreno do projeto esta situado na RA XX - Águas Claras (figura 4). Águas Claras é uma região nova do Distrito Federal e se encontra a 19km do plano piloto. Devido a altos preços de imóveis no Plano Piloto, Águas Claras tem se tronado uma alternativa para casais recém casados e pessoas que procuram o primeiro imóvel.

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Com isso, a RA tem tido um dos mais altos crescimento populacionais do Distrito Federal. (CODEPLAN). Dados comprovam que Águas Claras cresceu, em média, 7,8% ao ano desde 2013 (PDAD 2016). O gráfico 1 mostra a diferença de população em Águas Claras nos anos de 2013 e 2016. O mapa X mostra a população estimada, em cada região do DF, em 2015. Pesquisas do PDAD apontaram que a população de Águas Claras no ano de 2018 era de 161.184 pessoas.


Brasil

Gráfico 1 – População Urbana – Águas Claras – Distrito Federal – 2013/2016

Distrito Federal

População

200000 150000 100000 50000

118.864

148.940

161.184

2016

2018

0 2013

Ano RA XX

2013

2016

2018

Águas Claras

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Por Águas Claras ser um polo comercial devido sua localização e densidade, o comércio gastronômico no local também cresce muito. Como o intuito do projeto da fazenda urbana é atingir o público local, é importante que o lugar tenha um comércio ativo para que possa desfrutar dos benefícios da fazenda urbana.

“A localização estratégica de Águas Claras, na confluência de Taguatinga, Guará e Park Way, além da proximidade ao Plano Piloto, contribuíram para que se transformasse em um dos principais polos comerciais do DF, com diversidade e qualidade de serviços, o que lhe confere autonomia em relação ao Plano Piloto. Considerando que é uma das mais recentes áreas urbanas implantadas no Distrito Federal e que não está totalmente construída, apresenta crescimento populacional acelerado, com significativo contingente de jovens famílias de classe média.” - (PDAD 2018)

Além da alta densidade e o comércio ativo de Águas Claras, a morfologia e diretrizes urbanísticas da cidade também proporcionam que as pessoas caminhem bastante. Com comércios no térreo, podium nos edifícios, cidade compacta, Águas Claras favorece o caminhar das pessoas se comparado com outras cidades de DF onde o uso de veículos é bastante significativo. Como um dos intuitos da Fazenda Urbana é interferir localmente, esses aspectos passam a ser de extrema importância.

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Av. das castanheiras

Rua IpĂŞ Amarelo

Rua 7 Norte

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3.2 TERRENO O terreno do projeto está situado em ÁGUAS CLARAS, rua 07 norte, lote 02. Os acessos para Águas Claras podem ser feitos pela DF-085 (EPTG) ou pela DF-075 (EPNB). Elas dão acesso para a EPVP e a DF001, pistas que também levam a Águas Claras. As ruas que circundam o terreno são, Av. das castanheiras, Boulevard Norte, Rua 7 Norte, Rua Ipê Amarelo e também fica próximo a linha do metrô.

LEGENDA EPTG

DF-001

EPVP

LINHA METRÔ

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Este terreno foi escolhido por questões de parâmetros urbanísticos e por ser um lugar central de diversas atividades como comércio, escola, biblioteca, praça e residências. Por o local concentrar diversos tipos de atividades a praça, que se encontra no local, recebe bastante circulação de pessoas e há um fluxo constante de pedestres que cruzam o terreno.

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3.3 Normativas

PARÂMETROS: LUOS: CSII 2 Área Terreno: 3600m2 Coeficiente de Aproveitamento terreno: 2160m2 Altura Máxima: 26,00m Taxa de Ocupação Máxima: 60% 1687m² Taxa de Permeabilidade Mínima: 30% Afastamentos Obrigatórios: 1,5 m para vão com aberturas 3,0 m para vão com aberturas de permanência Subsolo: permitido Galeria: não Figura 4

FONTE: Cartilha LUOS

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V - UOS CSII - Comercial, Prestação de Serviços, Institucional e Industrial, onde são permitidos, simultaneamente ou não, os usos comercial, prestação de serviços, institucional e industrial, sendo proibido o uso residencial, e que apresenta 3 subcategorias:

subsolo situados abaixo do perfil natural do terreno.

b) CSII 2 - localiza-se em áreas de maior acessibilidade dos núcleos urbanos, em vias de atividades, centros e subcentros;

I - fachada com percentual de permeabilidade física ou visual de no mínimo 50% nas UOS:

Art. 42. É vedado a fachada cega localizada no nível da circulação dos pedestres voltada para o logradouro público, nas UOS RE 3, CSII 2, CSII 3, CSIIR 2, CSIIR 3 e CSIIR 2 NO. SEÇÃO VII DOS SUBSOLOS Art. 21. É considerado como subsolo qualquer pavimento da edificação situado abaixo do pavimento térreo. Art. 22. O uso e a ocupação do subsolo em lotes ou projeções é definido como:

Art. 34. A fachada da edificação na divisa com logradouro público no pavimento localizado no nível da circulação de pedestres deve ter o seguinte tratamento:

a) CSIIR 2 NO e CSII 2; CAPÍTULO II DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR Art. 54. A utilização do potencial construtivo exercido acima do coeficiente de aproveitamento básico até o limite estabelecido pelo coeficiente de aproveitamento máximo para a unidade imobiliária no Anexo III é autorizada mediante contrapartida definida no instrumento jurídico de Outorga Onerosa do Direito de Construir - Odir.

III - permitido - tipo 2. § 2º No subsolo permitido - tipo 2, devem ser obedecidos os parâmetros de uso e ocupação do lote ou da projeção, excetuado o atendimento da taxa de ocupação e os afastamentos mínimos nos trechos de

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PROJETO

4

1.1 CONCEITO 1.2 PARTIDO 1.3 ANÁLISE DAS CONDICIONANTES 4.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES E ESTIMATIVA DE ÁREAS 4.5 PLANTAS


4.1 CONCEITO: SUSTENTABILIDADE Sustentabilidade. “Conceito que, relacionando aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais, busca suprir as necessidades do presente sem afetar as gerações futuras.” – Dicionário “Sustentabilidade é um conceito relacionado ao desenvolvimento sustentável, ou seja, formado por um conjunto de ideias, estratégias e demais atitudes ecologicamente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente diversas.” – Significados Logo, sustentabilidade é sustentado por três pilares principais, ambiental, econômico e social que tem como objetivo garantir a sobrevivência de recursos naturais no planeta. Sustentabilidade Ambiental:

“Sustentabilidade ambiental e ecológica é a manutenção do meio ambiente do planeta Terra, mantendo a qualidade de vida e os ecossistemas em harmonia com as pessoas.” – Significados

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Sustentabilidade Econômica: “Busca garantir o desenvolvimento econômico levando em consideração estratégias que não provoquem impactos ambientais ou que diminuam a qualidade de vida das pessoas em sociedade.” – Significados Sustentabilidade Social: “A sustentabilidade social é o conceito que descreve o conjunto de medidas estabelecidas para promover o equilíbrio e o bem-estar da sociedade, através de várias iniciativas que têm como objetivo ajudar membros da sociedade que enfrentam condições desfavoráveis.” – Significados O projeto tem um conceito sustentável por buscar promover os três pilares da sustentabilidade e por o tema estar diretamente relacionado com o desenvolvimento e redução da utilização de recursos naturais.


Sustentabilidade

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4.2 PARTIDO Com o conceito de sustentabilidade é sustentado por três pilares, logo o partido do projeto é a forma geométrica triangular, onde cada vértice representa um pilar da sustentabilidade e a área que será representada no projeto. O triangulo será representado nas formas arquitetônicas e na composição dos espaços.

Social (Ensino)

Ambiental

Econômico

(Plantação)

(Comércio)

O projeto buscará promover os três pilares de sustentabilidade, para isso terá como objetivo no âmbito ambiental promover a capitação de águas pluviais, redução de lixo, reciclagem, coleta seletiva, reuso de recursos naturais, além de proporcionar melhoria em todos os aspectos que a fazenda urbana proporciona, com relação a desperdícios de alimentos, emissão de gases não utilização de agrotóxicos entre outras coisas. O âmbito social pretende oferecer condições de trabalho, incentivo a programas sociais gratuitos, inclusão social, saúde e nutrição. No âmbito econômico a utilização de energias renováveis e o incentivo a pequenos produtores locais.

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4.3 ANÁLISE DE CONDICIONANTES

LEGENDA

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Terreno

Sol Nascente

Ventos Predominante

Ponto mais alto

Fluxo de Pedestres

Sol Poente

Ventos Úmido

Ponto mais baixo


Pensando no partido arquitetônico triangular para atender os três pilares da sustentabilidade e as três atividades propostas, o estudo começou com a disposição das três bolhas de atividades a do ensino, plantação e comércio.

A fachada frontal do terreno está voltada para o sul. Com isso, os ventos predominantes vem pela lateral direita do lote (leste) e sofrem um pouco de barreira dos edifícios a volta. Já os ventos unidos que vem do noroeste são livres de barreiras.

O estudo começou com a implantação das atividades obedecendo as curvas de nível.

Devido a localização da Praça Coruja o terreno recebe bastante insolação durante todo o dia pois a praça não causa sombreamento no lote. Os edifícios ao redor causam pouco sombreamento apenas no início da manhã e no final da tarde.

• A plantação foi alocada na maior curva de nível, foi pensada também nessa localização por questões solares e sombreamento dos edifícios vizinhos. • O comércio encontrasse na segunda maior curva de nível e por poder proporcionar formas arquitetônicas que priorizem a ventilação predominante que vem da fachada leste.

O terreno tem 3600m² com 60m x 60m e tem um declive com relação a fachada frontal de aproximadamente 5 metros do início ao fim do lote.

• No ensino serão pensadas atividades para exposições, palestras, feiras, etc. Logo, será um espaço além de tudo de integração com a praça existente.

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4.4 Programa de necessidades e estimativa de áreas Plantação

Comércio

Ensino

• Estufa ................................................. 1204,79m²

• Mercado ..................................... 342,27m²

• Anfiteatro .........................109,12m²

• Depósito ................................................ 51,93m²

• Lanchonete ................................ 221,85m²

• Banheiro Fem. ................. 15,37m²

• Área de carga e descarga ................. 10,20m²

• Banheiro Mas. ................... 9,60m²

• Elevador e escada ............................... 18,57m²

• Banheiro PNE. ................... 4,14m²

• Administração ...................................... 62,07m²

• Garagem ............................................. 989,50m² • Tanques .................................................. 97,75m² • Casa de Maquinas ............................... 30,41m²

• Banheiro Fem. ...................................... 13,52m² • Banheiro Mas. ....................................... 13,52m² • Banheiro PNE. ........................................ 4,38m² • Área de Funcionários ........................ 34,40m² • Copa ......................................................... 3,82m²

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4.5 PLANTAS 48


1/5 PLANTA DE SITUAÇÃO


2/5 PLANTA DE LOCAÇÃO/ COBERTURA


3/5

7

PLANTA BAIXA TÉRREO

1

2

6 3

5 4 LEGENDA: 1.

CARGA E DESCARGA

2.

DEPÓSITO

3.

ESTUFA

4.

MERCADO

5.

PRAÇA

6.

LANCHONETE

7.

ANFITEATRO


4/5 PLANTA BAIXA 1º PAVIMENTO

11 8

9

10

LEGENDA:

8. ADMINISTRAÇÃO 9. MEZANINO ESTUFA 10. MEZANINO MERCADO 11. VARANDA LANCHONETE


5/5

14

15 13

PLANTA BAIXA

16

SUBSOLO

17

12 LEGENDA:

12. GARAGEM 13. TANQUES 14. CASA DE MÁQUINAS

15. ÁREA DE FUNCIONÁRIOS 16. BANHEIROS

17. DEPÓSITO



ESTUFA DE PRODUÇÃO

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MERCADO / LANCHONETE

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TABELA DE ÁREAS

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ÁREA DO TERRENO

3600 m²

CA BÁSICO CA MÁXIMO

2160,00 m² 7200,00 m²

CA PROJETADO

2415,69

TO PERMITIDO MÁXIMA TO PROJETADO

2160,00 m² 1685,62 m²

60% 46%

TP MÍNIMA ÁREA PERMEÁVEL TP PROJETADO

1080,00 m² 1276,69 m²

30%

35%


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Referências http://conexaoplaneta.com.br/blog/be-green-conceito-de-fazenda-urbana-ganha-impulso-em-belo-horizonte/ http://www.fao.org/3/a-i7251o.pdf (uso água) https://periodicos.ufsm.br/reget/article/viewFile/5625/3595 (uso água)

FAO. Água na agricultura. Roma, Relatório técnico, 1998, 18 p. https://www.youtube.com/watch?v=XIdP00u2KRA http://cleberalex.com/wp-content/uploads/2018/10/Doc-189.pdf

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