Imaginando a sociologia no cotidiano - 212
AUTORES Aline Bueno Carvalho Ana Carolina Santos de Souza Andréa Fechner Santos Artur Moraes Bitencourt Bárbara Fröhlich Freitas Bettina Bettio Chaves Bruno Beranger Bier Ferreira Caroline dos Santos Gonçalves Clara Flor Basso Eduardo Gutheil Wagner Eduardo Martins Soares
Felipe Daniel Schmidt Madeira Silveira Isabela Canarim Pio da Silva Cardozo João Pedro Pinto Marques Júlia Parmagnani Omizzolo Lorenzo Bello Lucas Simões Cibulski Luisa Dutra Machado Manuela Petenuzzo Mendes Matheus de Oliveira Pinheiro Milena Camargo Guterres Milena Emilia Dalberti Nathalia de Freitas Klippel Pedro Silva Ramos
ORGANIZADOR Rafael Barros – Professor de Sociologia
Porto Alegre, julho de 2014.
Rayssa Brito de Souza Renata Ceccom Bottega Roberto Jornada Piovesani Rodrigo Potrich Lucho Ubirajara Bueno Parada Junior Venâncio Cardoso Costa Vítor Gonçalves Londero Vitória da Silva Lopes Ygor Kern Queiroz Yuri Felippetto da Rocha
Apresentação
A imaginação sociológica é um conceito criado por C. Wright Mills que ousa conjugar uma análise micro e macrossocial no campo da sociologia. Na medida em que as trajetórias de vida e as conjunturas políticas são aproximadas, a vida torna-se o solo epistemológico e curricular para as aulas de Sociologia no Ensino Médio. Olhar a vida cotidiana buscando encontrar outras coisas para além daquelas já conhecidas é mirar o novo, o diferente, o que precisa ser refletido, para aí sim ser tornado parte de cada um de nós. A imaginação sociológica nos provoca este movimento de sair de si com o desejo de retornar a olhar-se com outros olhos. Agora, se desafie a imaginar a sociologia no nosso dia-a-dia com a turma 212. Boa leitura!
Uma aula de Sociologia na turma 212 GRUPO: Aline; Ana Carolina; Andréa; Artur; Bárbara; Bettina; Bruno; Caroline; Clara; Eduardo; Eduardo; Felipe; Isabela; João Pedro; Júlia; Lorenzo; Lucas; Luisa; Manuela; Matheus; Milena Guterres; Milena Dalberti; Nathalia; Pedro; Rayssa; Renata; Roberto; Rodrigo; Ubirajara; Venâncio; Vítor Gonçalves; Vitória; Ygor; Yuri; Rafael Barros.
SITUAÇÃO SOCIAL
IMAGINANDO DE FORMA SOCIOLÓGICA •
Microssociologia: Pessoas reunidas em um espaço de escolarização com diferentes desejos e expectativas. Cada um pode contribuir na construção de sentidos para as suas experiências educacionais na medida em que contribuem com a aula.
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Macrossociologia: Existem relações de poder que organizam a aula de acordo com as dinâmicas de fala: quem fala ou quem ouve enquanto o professor fala.
IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA CLÁSSICA •
Durkheim: a vida em turma é uma forma de manter a sociedade coesa, pois cada um realiza uma ação: enquanto o professor ensina, todos os estudantes aprendem.
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Marx: enquanto o proletariado estuda em escolas públicas, a burguesia paga por uma educação diferenciada.
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Weber: a turma é uma produção da racionalização da Modernidade, pois ela objetiva o aumento de produção de conhecimentos dos estudantes com o menor número de profissionais da educação.
REFERÊNCIAS RIBEIRO, Florbela; VIEIRA, Priscila. Sociologia – Módulo 1 – S 1 e S 2. São Paulo: Ed FTD, 2014.
Ir ao shopping GRUPO: Aline Carvalho, Ana Carolina, Ygor e Milena Dalberti TURMA: 212
SITUAÇÃO SOCIAL
IMAGINANDO DE FORMA SOCIOLÓGICA
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O Shopping Center é um dos lugares mais frequentados de uma cidade, e tem como característica o comércio, que passa da compra e venda, onde se cria um ambiente de imagens e símbolos que se associam aos bens, para torná-los atraentes e fazer com que as pessoas acreditem que são realmente necessários. Isso caracterizase a sociedade capitalista, que através do consumo descobre a grande armadilha para aumentar os lucros dos donos das empresas.
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Os Shoppings foram construídos com a intenção de passar segurança, facilidade de encontrar tudo no mesmo lugar e ideia de modernidade, visto como um lugar de comércio e lazer.
IMAGINANDO DE FORMA SOCIOLÓGICA
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Como em todos os países onde a desigualdade social e econômica é mais visível, a violência aparece como um complexo fenômeno , que acentua a degradação do espaço público e encaminha as camadas privilegiadas da população para lugares mais “protegidos”, como os shoppings.A cidadania parte do principio de que na vida em sociedade, todos tem direito.
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Pessoas com grande e médio poder aquisitivo frequentam shoppings, inclusive pessoas menos favorecidas e de baixo poder aquisitivo, como o caso dos funcionários que deixam uma parte de seu salário no ambiente de trabalho.
IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA CLÁSSICA Na visão de Karl Marx,as mercadorias seriam vista de caráter misterioso.Primeiramente porque as mercadorias escondem nelas o trabalho humano, o que significa que o sapato ou bolsa que compramos carregam todas as relações sociais que se estabelecem no trabalho.Outra razão é que as pessoas trocam mercadorias e nessa troca tornam-se elas mesmas mercadorias sem saber. O Shopping Center é o local mágico da troca de mercadorias. Tudo se converte em mercadoria, mesmo que alguém.
IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA CLÁSSICA Entretanto, Weber diria que os shoppings são uma ação social, pelo fato de ser fruto da organização de um grupo de indivíduos, realizando ações de sentidos e objetivos orientados por este grupo, tendo significado para a realização.Acreditando que a sociedade era dividida em diferentes esferas sociais, podemos destacar a econômica, política e cultural. Dizendo que à um objetivo para a existência de shoppings, sendo eles políticos pelo fato de atribuir poder e votos, econômico por atribuir renda e trabalho, sendo diretamente o comércio, e cultural pelo fato de todos esses componentes serem ligados diretamente com o público, se tornando grande destaque nas relações sociais.
IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA CLÁSSICA Para Durkheim, o normal seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele. E, para um consenso, era necessário a solidariedade e a participação no trabalho coletivo. Em um shopping, as lojas trabalham todas no mesmo local, porém, trabalham independentes. Logo, se exercita a divisão do trabalho, pois cada negócio trabalha com diferentes tipos de comércio (alimentação, entretenimento, vestuário...). Porém, não se exercita a solidariedade, pois não há uma comunicação (conexão) entre essas lojas. Para ele, todo esse processo de capitalismo em que vivia na época, aumentaria a divisão do trabalho social e também da solidariedade, fazendo com que os problemas e conflitos tivessem fim (o que não acontece)
Ir a um museu GRUPO: Andréa, Bettina, Matheus, Nathalia e Vítor
TURMA: 212
SITUAÇÃO SOCIAL
IMAGINANDO DE FORMA SOCIOLÓGICA •
Numa perspectiva microssociológica, os museus são um ambiente de aprendizagem, um lugar para levar a família em um fim de semana.
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Já na perspectiva macrossociológica, os museus representam importantes feitos e personagens da história, como as guerras e os responsáveis por elas.
IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA CLÁSSICA •
Para Weber, o museu é um lugar para interpretarmos a ação de outras pessoas através do tempo.
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Para Karl Marx, o museu é um lugar para determinarmos o valor material que cada artefato histórico.
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Para Durkheim, o museu é um lugar que procura explicar as consequências dos atos de cada indivíduo para a sociedade como um todo.
REFERÊNCIAS • MOODLE
Rezar GRUPO: Vit贸ria Lopes, Renata Botega, Felipe Daniel e Pedro Ramos TURMA: 212
SITUAÇÃO SOCIAL
IMAGINANDO DE FORMA SOCIOLÓGICA •
Pelo ponto de vista microssosciológico, há uma porção de pontos de vistas para se observar. Entre eles, o motivo pelo qual se reza, a pessoa reza sozinha? Ela está em casa, ou em algum templo religioso? São pontos de vista a serem adotados para uma análise mais completa.
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Já pelo lado macrossociológico, uma prece pode significar ainda mais. Por exemplo, no Brasil, uma pessoa jovem numa igreja abre espaço para uma pergunta: Ela decidiu por ser católica, ou foi influenciada por uma população predominante dessa religião?
IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA CLÁSSICA Durkheim pensou, entre outras coisas, que Rezar era um exemplo simples de algo que ele apelidou de consciência coletiva, que nada mais é do que um padrão que surgiu nas sociedades em geral. Isso pode ser explicado em dois simples tópicos: •Todos devemos ir a Igreja para rezar. •Devemos acreditar em deus para que não nos aconteça nada após a morte Então, por esse ponto de vista, podemos pensar que o ato de Rezar, é uma consciência coletiva, proveniente da crença de que é errado não rezar.
IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA CLÁSSICA Já Weber, tinha pra si que Rezar não era algo tão importante, e ainda acrescentava que os protestantes se deram bem na vida pois não acreditavam que apenas Rezar e realizar Rituais garantiria um lugar no céu.
Marx por fim, conseguiu reparar um acontecimento fascinante sobre o ato de rezar e adorar. Como isso normalmente está ligado a um símbolo, ele criou uma ligação entre isso e a sua obra sobre o capital, criando uma breve teoria de que em breve, toda essa adoração estaria ligada a bens materiais. Esse fenômeno foi nomeado por ele de fetichismo.
REFERÊNCIAS •
http://pt.slideshare.net/gustavocuin/durkheim-e-a-conscincia-coletiva , acesso em 20/06
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http://www.infoescola.com/sociologia/max-weber-maximilian-weber/, acesso em 20/06
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http://www.infoescola.com/filosofia/o-fetichismo-da-mercadoria-na-obra-de , acesso em 20/06
Ir a uma festa GRUPO: Eduardo Wagner, Lorenzo Bello, Roberto Piovesani, Bruno Bier, Jo達o Pinto TURMA: 212
SITUAÇÃO SOCIAL
IMAGINANDO DE FORMA SOCIOLÓGICA •
Microssociologia o que uma pessoa pensa e diz para outras pessoas, o que faz na festa e na Macrossociológica é um movimento cultural de ir para festa. Um exemplo de Microssociologia é uma festa com poucas pessoas e que não é um grande movimento cultural. Mas um exemplo de Macrossociológica seria uma grande festa como o Carnaval e o Réveillon.
IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA CLÁSSICA •Segundo Durkheim: Nem tudo que uma pessoa faz é um fato social, para ser um fato social tem de atender a três características: generalidade, exterioridade e coercitividade. Isto é, o que as pessoas sentem, pensam ou fazem independente de suas vontades individuais, é um comportamento estabelecido pela sociedade. Não é algo que seja imposto especificamente a alguém, é algo que já estava lá antes e que continua depois e que não dá margem a escolhas.
•Marx diria que a festa é uma representação do capitalismo onde pessoas tem que pagar para se divertir e para se alimentar, e também diria que há pessoas com lugares privilegiados na festa e que todos deveriam ter direitos iguais é sentar, dançar no lugar em que desejarem.
IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA CLÁSSICA •Para Weber, o indivíduo através de suas ações é quem constrói a sociedade. São indivíduos dotados de racionalidade, que pensam, que analisam. Segundo Weber, esses indivíduos são mais importantes que a sociedade, já que são eles que “dão vida” à sociedade.
REFERÊNCIAS •IANNI, Octavio. Dialética e capitalismo – ensaio sobre o pensamento de Marx. Petrópolis: Vozes, 1982, p. 9-10. •Gianfranco Poggi. Durkheim (em inglês). Oxford: Oxford University Press, 2000. p. 1. ISBN 0198780877 •QUINTANEIRO; BARBOSA; OLIVEIRA, 2001.
Desfilar no carnaval GRUPO: Yuri Felippetto TURMA: 212
SITUAÇÃO SOCIAL Desfile de fantasia, lutando pelos direitos do povo brasileiro.
IMAGINANDO DE FORMA SOCIOLÓGICA
Desfilar no carnaval é algo muito questionado em diferentes classes sociais. Nas classes mais baixas, o desfile de carnaval é uma arte, há uma beleza no desfile, algo muito acima do que apenas a folia. O desfile representa a rua, representa a comunidade brasileira, representa a favela. Mas, há algo muito além do que aquelas pessoas desfilando para alegrar e trazer beleza ao povo que assiste. Aquelas pessoas de baixa renda dão o sangue todo dia para erguer a beleza do carnaval, mas o capital está presente até no carnaval onde é o local que mais se encontram as pessoas de baixa renda. Aquelas pessoas que lutam para ter as suas fantasias, para ter os seus instrumentos para o desfile de bateria, enquanto a classe social mais alta só admira o desfile. Os gringos apenas olham e acham bonita a nossa cultura, mas não é a cultura de todos é a cultura da comunidade é a cultura da favela brasileira. Esses que dão o sangue pelo nosso carnaval, enquanto o país Brasileiro leva os “créditos” do nosso carnaval .
IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA CLÁSSICA •
Marx: veria o desfile de carnaval como algo, “explorador” pois quem desfila ganha uma remuneração horrenda e muitas vezes pagam para esse desfile, e as pessoas na maioria dos locais pagam para assistir esse desfile. Marx iria tentar fazer com que o desfile de carnaval fosse gratuito para todos os públicos, e as pessoas que desfilam ganhassem uma remuneração boa pelo trabalho que fazem.
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Durkheim: Ele veria o desfile de carnaval de uma forma boa, pois algumas das fantasias, retratam a religião em forma da natureza, algo que Durkheim questionava muito, pois ele achava que todos somos selvagens mas só conseguimos evoluir porque aprendemos a nos socializar.
IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA CLÁSSICA
Max Weber acharia o desfile de carnaval algo normal sem exploração, pois na visão dele cada indivíduo escolhe o que quer ser, e escolhe a sua “dominação” então se a pessoa que desfila escolheu animar o povo com sua beleza e alegria, sabendo que não teria uma remuneração de qualidade, ele acharia algo certo pois ela escolheu o que queria ser, ele acredita que não existe e nem vai existir sociedade sem dominação, porque a dominação é condição de ser da sociedade.
https://www.youtube.com/watch?v=hiG2iA7Fi30
Ir a praia GRUPO: Caroline G, Clara B, Isabela, JĂşlia O, Luisa, Manuela e Ygor. TURMA: 212
SITUAÇÃO SOCIAL
IMAGINANDO DE FORMA SOCIOLÓGICA •
No ponto de vista macrossociológico, ir à praia é o que todo brasileiro gosta de fazer no verão. O sol, o mar servem para relaxar e se refrescar.
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Já do ponto de vista microssociológico as famílias realmente gostam de ir à praia nas férias para que os pais possam relaxar e descansar enquanto as crianças se divertem e fazem novos amiguinhos.
IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA CLÁSSICA • Marx: aos olhos de Marx as pessoas de diferentes classes iriam para praias diferentes. Enquanto aquele cara trabalhador se aperta com seus 5 filhos e esposa em uma van indo para o piscinão de ramos. O chefe deste está indo para Miami de jatinho.
• Weber: Já Weber pensaria no por quê das pessoas irem à praia, e a sua resposta seria: porque todo mundo vai. É realmente todo mundo vai, mas isso é por quê todo mundo vai? Ou todo mundo vai, só porque querem ir?
• Durkheim: Pensando pelo lado de Durkheim, essa ação que hoje em dia parece tão normal e comum, pode se dizer que virou hábito pelo fato de antes ser visto com maus olhos, antigamente lá pela década de 1950 a 1960 não era legal ir à praia e entrar no mar, na verdade era feio e as pessoas que tinha essa coragem não eram bem vistas pelo resto da sociedade.
REFERÊNCIAS •
SOUSA, Ariana. Sociologia: Análise Macro ou Microssociológica? Disponível em: <http://sociuslogia.blogspot.com.br/2010/04/analise-macro-oumicrossociologica.html>. Acesso em: 18 jun. 2014.
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CAMARGO, Orson. Pensadores clássicos da Sociologia. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/sociologia/pensadores-classicossociologia.htm>. Acesso em: 18 jun. 2014.
Ir a um salão de beleza GRUPO: Ubirajara Bueno Parada Junior, Rayssa Souza, Bárbara Freitas e Milena Guterres, Venâncio Costa e Lucas Simões. TURMA: 212
SITUAÇÃO SOCIAL
IMAGINANDO DE FORMA SOCIOLÓGICA •
Microssociologia: Em relação ao salão de beleza, a microssociologia funciona como uma relação de pessoas, empregado, patrão e cliente.
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Macrossociológica: Em relação ao salão de beleza, a macrossociologia atua na parte de composição, como é composto o sistema que atua na sociedade, a estrutura seria o salão de beleza.
IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA CLÁSSICA •
Marx: Marx daria sua opinião sobre o salão de beleza, como uma coisa completamente capitalista, que não só faz crescer a mais valia e a desigualdade social.
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Weber: como o um grande defensor do capitalismo, iria achar o salão de beleza um ótimo negócio para lucrar.
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Durkheim: Olharia o fato social que o salão de beleza ocasionaria na sociedade.