Manual de produção gráfica - Rafael Leme Camargo (Organizador)

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Manual de Produção Gráfica

Rafael Leme Camargo (Organizador)



Manual de Produção Gráfica



Manual de Produção Gráfica

Organizador

Rafael Leme Camargo



Sumário

Introdução: papel, escrita e cor 7 Etapas da produção 11 Máquinas Planas e Rotativas 11 Meio-tom e traço 12 Tipos de pontos 12 Ganho de ponto 12 Máximas, mínimas e meias-tintas 12 Fotolito 13 CTP 13 Lineatura 14 Reticulagem 14 Matrizes e seus elementos 15 Processos de impressão 19 Calcografia 19 Flexografia 21 Impressão digital 25 Impressão U.V. 25 Litografia 26 Offset 28 Plotter Eletrostática 30 Rotogravura 31 Router 32 Serigrafia 33 Tampografia 34 Termografia 36 Tipografia 37 Xilogravura 37 Acabamento 39 Refilagem 39 Dobradura 39 Vincagem 39 Cortes (com uso de faca) 40 Encadernação 40 Impressões Adicionais 41 Vernizes 42 Efeitos sobre o papel 42


Check-list de uma boa impressão Exemplos de aplicações Referências bibliográficas

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Introdução: papel, escrita e cor

O papiro é uma planta, da família das cyperaceas, muito comum nas margens de rios da África. As folhas são longas e fibrosas, um pouco semelhantes às folhas de cana-de-açúcar. Ela foi usado pela primeira vez em 4.000 a.C. e se transformou na maior exportação do Egito Antigo e se tornou um suporte para a escrita. No Egito Antigo, o papiro era encontrado nas margens do rio Nilo. Foi muito utilizado pelos egípcios para diversos propósitos. Cortavam-se fitas finíssimas da parte branca interna da haste da planta, que eram depois sobrepostas, cruzadas e pisadas – as folhas assim obtidas formavam uma longa fita que se podia enrolar. Este papel (papiro) era utilizado pelos escribas egípcios para escreverem textos e registrarem as contas do império. Vários rolos de papiro, contando a vida dos faraós, foram encontrados pelos arqueólogos nas pirâmides egípcias. O papiro tinha outras funções no Egito Antigo. Os artesãos utilizavam a planta para a fabricação de cestos, redes e até mesmo pequenas embarcações (através da formação de feixes). Era também utilizado como alimento pelas pessoas mais pobres e também para alimentar o gado. A escrita egípcia é composta por símbolos divisíveis de fonogramas e ideogramas. As palavras foram escritas de forma estandardizada, a maior parte das vezes com fonogramas seguidos de ideogramas. Os sinais dispunham-se na vertical, da direita para a esquerda. Durante milhares de anos, cada sinal representava um objeto: havia partes do corpo humano, plantas, animais, edifícios, barcos, utensílios de trabalho, profissões, armas. Com o tempo, esses desenhos foram substituídos por figuras mais simplificadas ou por símbolos gráficos. A escrita estava reservada apenas para alguns pequenos grupos. A escrita era feita através dos hieróglifos. Até chegar aos sistemas alfabéticos atualmente utilizados, passou por um longo processo de evolução, com inúmeras mudanças e transformações. Essa evolução foi marcada pelo surgimento do sistema de escrita ideográfica, que foi gradualmente conduzido para o fonetismo, sistema onde as palavras passaram a ser decompostas em unidades sonoras. A escrita alfabética foi difundida com a criação do alfabeto fenício, constituído por vinte e dois signos que permitiam


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Manual de Produção Gráfica escrever qualquer palavra. Adotado pelos gregos, esse alfabeto foi aperfeiçoado e ampliado passando a ser composto por vinte e quatro letras, divididas em vogais e consoantes. A partir do alfabeto grego surgiram outros, como o gótico, o etrusco e, finalmente o latino, que com a expansão do Império Romano e o domínio do mundo ocidental, se impôs em todas as suas colônias. As formas da letra do alfabeto latino mudou e evolui através dos séculos, e elas serviram de base para a criação dos futuros tipos utilizados para a produção de livros. A trajetória da tipografia na Europa revestiu os tipos com os traços característicos da cultura de cada país e do movimento histórico em que foram produzidos. Esse é o patrimônio que herdamos, e voltar os olhos para o passado ajuda a compreender a produção e o uso de fontes tipográficas hoje. Durante a Idade Média, apenas poucas pessoas possuíam a Bíblia ou livros de qualquer tipo. Os monges copiavam textos a mão, em folhas de papiro ou pergaminhos feitos de peles de animais. O custo destes materiais e a remuneração do tempo utilizado pelos copistas estavam muito além das posses do homem comum, mesmo que quando o livro que determinada pessoa quisesse ler estaria ao seu alcance. Não havia muitas pessoas que conseguiam ler a própria língua, e muitos livros – incluindo-se a Bíblia – estavam disponíveis apenas em latim, língua que um número menor de pessoas compreendia. O povo comum confiava no sacerdote local e nos desenhos ou nas imagens da igreja para obter informação sobre a Bíblia. O sacerdote local, com frequência, tinha pouco ou nenhum treinamento de latim, e o seu conhecimento da Bíblia era bastante precário. Embora os estudiosos debatessem sobre as escrituras e escrevessem comentários, seus pensamentos dificilmente chegavam até o cristão comum. Uma das maiores mudanças do século XV teve enorme impacto sobre essa situação. Na década de 1440, João Gutenberg experimentou a impressão com tipos móveis de metal. Ao montar um livro com tipos de chumbo, ele podia fazer muitas cópias a um custo muito inferior ao de um texto copiado à mão. Em 1456, Gutenberg – ou um grupo da qual ele fazia parte – imprimiu duzentas cópias da Vulgata, a Bíblia latina, revisada por Jerônimo. O homem comum não podia ainda compreender a Palavra de Deus, mas esse foi o primeiro passo de uma enorme revolução. Conforme liam, homens e mulheres comuns começaram a se sentir parte do maravilhoso mundo da Bíblia. O ensinamento da Bíblia em casa tornou-se possível. Lentamente a barreira entre o pastor e o membro da igreja foi destruída. Em vez de se preocupar com o pensamento “O que tenho que confessar ao sacerdote?”, o crente podia perguntar: “Será que a minha vida está de acordo com a palavra de Deus?”.


Introdução Lutero descreveu a imprensa como “o ato de graça mais alto de Deus, com o qual a causa do evangelho foi impulsionada para frente”. Lutero compreendeu, ao contrário de Gutenberg, que o livro produzido em massa, ao colocar a Palavra de Deus na mesa de cada cozinha, tornava cada cristão seu próprio teólogo – pode-se inclusive dizer que seu próprio sacerdote ou, melhor ainda, do ponto de vista de Lutero, seu próprio papa. Na luta entre a unidade e a diversidade de crença religiosa, a imprensa favoreceu esta última, e podemos supor que essa possibilidade jamais ocorreu a Gutenberg. A composição manual de tipos é o mais antigo sistema de composição tipográfica e foi o único a existir até o final do século XIX. Na sua essência, é o que foi utilizado por Gutenberg na produção da Bíblia de 42 linhas, em 1455 na cidade de Mainz, na Alemanha. Durante algum tempo, os impressores de Mainz guardaram segredo sobre as técnicas de Gutenberg, mas em 1483, quando Martinho Lutero nasceu, todos os grandes países da Europa já tinham pelo menos uma máquina de impressão. No espaço de cinquenta anos, desde a primeira impressão da Bíblia de Gutenberg, os impressores já haviam ultrapassado a quantidade de material que os monges produziram em vários séculos. O impacto visual causado por um impresso está diretamente relacionado ao papel. Além do aspecto visual, deve ser considerada a racionalização do material e o custo para viabilização de projetos gráficos.

Tipos de papel

Acetinado – melhor impressão de tipos e ilustração. Apergaminhado – qualidade superior, imita o pergaminho. Bouffant – leve, fofo e áspero, utilizado para impressões de livros. Bristol - cartão de boa qualidade, utilizado para cartões de visita, convites, etc. Bíblia - ou também papel-da-india, opaco, extremamente fino e resistente, utilizado em bíblias e obras muito grandes para diminuir o volume. Super Bond – semelhante ao apergaminhado, produzido em azul, verde, rosa, canário e outro. Usado para escrita, envelopes, segunda via de talão e encartes. Couchê gessado – papel brilhante muito próprio para impressão de textos, apesar de ser muito lúcido e incomodar a visão. Couchê mate – ou couchê fosco, um pouco mais barato que o comum e com menos brilho, facilitando a leitura. Couchê monolúcido – possui acabamento gessado em apenas uma das faces, com a outra fosca. Utilizando em cartazes. Offset – junto com o couchê é o mais utilizado, texturas fosca, uso freqüente em livros.

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Manual de Produção Gráfica Monolúcidos – liso em apenas uma das faces, muito utilizados em cartazes e em folhetos de uma só face. Jornal - papel de baixa qualidade, deve ser usado em apenas rotativas de jornal. Imprensa – é um papel jornal melhorado, apresenta alguns problemas na impressão em policromia, mais utilizado em folhetos de baixíssimo custo. Kraft – muito resistente, usado para embrulhos e sacos (exemplo: embalagem de Sucrilhos). Verge – textura fosca com uma trama formada por pequenos sulcos, branco ou cores pastéis. Causa sobriedade e diferenciação ao projeto, mas é muito utilizado. H.D. (Heavy Duty) – possui certo grau de resistência à tração. Utilizado para embrulhos, confetes, serpentinas, etc. Seda – papel macio utilizado em guardanapos e revestimento de produtos durante o empacotamento. Papel-da-China – fabricado com a casca do bambu, aspecto sujo, mas macio e brilhante, usado em tiragem de gravuras. Papel japonês – ou papel-de-arroz, branco ou pouco amarelado, sedoso, espesso, transparente, frágil, utilizado em gravuras. Pergaminho – faz lembrar o pergaminho, frequentemente utilizado para capas de volumes. “Papel Moeda” - É uma amálgama de papéis diferentes. Ou seja, são papéis diferentes que são combinadas para fazer um só (neste caso, para fazer o papel usado no dinheiro).


Etapas da produção

A produção de um impresso envolve, de forma geral, quatro etapas, independentemente do processo gráfico utilizado Projetação: É a etapa que ocorre na empresa ou no escritório do designer. Anteriormente em papel, os originais eram chamados de artes-finais, hoje, são os arquivos gerados no computador (arte-finalizado = pronto para gerar as matrizes para a impressão). Na aprovação do trabalho pelo cliente devem ser considerados e mostrados o método de impressão, tipo de papel, acabamentos e formatos. Anteriormente, no briefing, devem ser apresentados ao cliente, a ideia (solução), os custos e o prazo de execução. Os layouts são desenvolvidos basicamente em três diferentes famílias de softwares: Editoração eletrônica: grandes volumes de textos e fotos (Adobe InDesign). Vetoriais: pequenos textos, desenhos, fotos (CorelDRAW, Adobe Illustrator). Tratamento de imagens digitais: predomínio de fotos, fotomontagens (Adobe Photoshop). Pré-impressão: É a etapa que ocorre no birô de pré-impressão. Tende a ser gradativamente eliminada devido ao abandono do uso de fotolitos e da digitalização e tratamento de imagens de alta resolução (agora ocorre na etapa de projetação). Impressão: Inicia-se com a produção da matriz e termina com a impressão da tiragem determinada, incluindo a prova de contrato. O produto gráfico impresso está pronto para a etapa de acabamento. Acabamento: Pode ser dentro ou fora da gráfica, dependendo do porte da empresa. Inclui dobras, refiles, cortes especiais, revestimentos, vernizes, relevos, encadernação etc.

Máquinas Planas e Rotativas Máquina plana: Impressora cujo papel fica disposto sobre uma base plana, entrando na máquina em folhas soltas. Máquina rotativa: Impressora cujo papel fica disposto em cilindros (bobinas) e todo o processo é rotativo e, portanto, muito mais rápido.

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Meio-tom e traço Meio-tom: é comum não vermos algumas formas “preenchidas” por cores chapadas, mas sim por cores repletas de meios-tons. No entanto, não é tão simples reproduzir esses meio-tons num impresso. Para que isso seja possível, é preciso decompor estes meio-tons em pequenos pontos que, variando de tamanho e cor, misturam-se em nossa visão. Se observarmos com uma lente de aumento (conta-fios) uma imagem impressa – por exemplo, uma foto em uma revista, livro ou jornal, notaremos que ela é composta por uma sucessão de centenas de milhares de pequenos pontos, variando em ângulo, tamanho e forma. Essa “rede” de elementos geométricos é responsável pela composição das cores e dos degradês da imagem e é chamada retícula. Traço: quando não há meio-tom, temos uma impressão a traço. O traço é a propriedade de todo elemento impresso que é formado por uma única tinta uniforme, sem variações e, portanto, por uma única cor chapada.

Tipos de pontos Os pontos que formam a imagem reticulada podem ser de diferentes formas. As mais comuns são quadradas, elípticas e redondas. A escolha do formato dos pontos também tem consequências na reprodução correta das tonalidades. Determinado na etapa da pré-impressão, sob orientação do próprio designer, do produtor gráfico ou do cliente. Pontos quadrados: formam retículas mais comuns, reproduzindo os meios-tons de maneira satisfatória. Pontos elípticos: reproduzem melhor os meios-tons da pele clara ou morena (revistas mais sofisticadas e livros de arte).

Ganho de ponto Um dos principais cuidados que o uso das retículas requer é com o efeito conhecido como ganho de ponto, que é a variação da forma dos pontos nos elementos impressos, com o aumento de seu tamanho (perdas de detalhes, escurecimento das imagens, degradês que se inviabilizam, textos ilegíveis etc.).

Máximas, mínimas e meias-tintas As retículas são divididas em três grandes áreas, de acordo com a densidade dos pontos:


Etapas da produção Áreas máximas (ou sombras): 75 a 100% da área do suporte, maior quantidade de pontos, mais escuras ou mais carregadas de tinta. Escuras, com mais tinta (forte amarelo, por exemplo). Áreas de mínimas (altas-luzes): não mais que 25% da área do suporte, ausência ou pequena quantidade de pontos, tons mais claros. Meias-tintas: entre 25 e 75% da área do suporte, intermediárias entre máximas e mínimas (meios-tons).

Fotolito O fotolito é sempre formado por áreas pretas (para impedir ao máximo a passagem da luz) e outras vazadas (transparentes, para permitir a passagem). É preciso um fotolito para cada uma das tintas utilizadas no impresso, assim como também é necessária uma matriz para cada uma delas. O fotolito tem apenas essa função de “máscara” para a gravação da matriz, podendo em tese ser descartado após esta etapa. No entanto, ele geralmente é preservado para uma eventual gravação de nova matriz em caso de produção de uma tiragem posterior daquele impresso. O fotolito está sendo gradativamente substituído por processos informatizados de gravação de matrizes. Até o início dos anos 90, os fotolitos eram produzidos por sistema fotográfico. Hoje, eles são gerados eletronicamente, diretamente do arquivo de computador que contém o layout, produzido por um equipamento denominado imagesetter, cuja definição mais simples é a que se trata de uma “impressora” a laser que sensibiliza filme ou papel fotográfico em alta resolução. Essa impressora vai transformar esses dados do arquivo em um arquivo de pontos e dar a saída desse material em um filme (o fotolito). Daí, o filme vai para uma reveladora, da qual sai pronto para a impressão de provas e, se aprovadas, para a produção da matriz de impressão, já na gráfica.

CTP O fotolito está sendo substituído, de forma gradual, por processos informatizados de gravação de matrizes: os sistemas CTP (ComputerTo-Plate). Produzem as matrizes utilizando feixes de laser, a partir dos dados enviados diretamente pelo arquivo de computador fornecido pelo designer. Atualmente, estão disponíveis três tipos de tecnologias CTP: Chapas Convencionais, Tecnologia Violeta e tecnologia térmica. Tecnologia térmica: sem produtos químicos realiza a exposição digital a partir do princípio da “foto-polimerização”. Depois de o laser ter formado a imagem da impressão, à mesma não se vê alterada nem afetada por nenhum processo químico.

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Lineatura A resolução de uma imagem no computador é definida pela unidade DPI ou PPI. Todavia, nos fotolitos ou nas matrizes de impressão, a resolução depende ainda de uma outra propriedade: a LPI (lines per inch ou linhas por polegadas/2,54cm): é o número de linhas presentes numa unidade linear. Ela se refere à freqüência dos pontos que formam a retícula: quanto maior a lineatura utilizada, menores os pontos e bem mais simulados serão os meio-tons, dando maior a definição da imagem. A relação entre DPI/PPI e LPI é de 2:1. Isso significa que a resolução de imagem em DPI/PPI deve sempre ser o dobro da LPI. Assim, se um projeto gráfico será fotolitado em 133 LPI, a resolução mínima das imagens deverá ser de 266 DPI (ou 300 DPI ou PPI arredondando). A lineatura depende da impressão a ser feita (offset, serigrafia, rotogravura, flexografia, etc) e de seu suporte (papel, plástico, lata, etc). A combinação de impressão X suporte é o que determina a lineatura a ser usada. Quanto mais poroso o suporte (papel jornal, por exemplo) maior a capacidade de tinta no ponto de retícula. Se não houver uma combinação perfeita pode-se entupir o papel, criando um borrão, o ganho de ponto. A princípio quanto maior a lineatura melhor a qualidade obtida na reprodução da imagem porque ela parecerá mais nítida e bem definida. No entanto, lineaturas muito altas são difíceis de serem impressas. Os pontos de retícula sofrem alterações de formato na fase de confecção das matrizes e também no momento da transferência da tinta na impressão. Jornais = 1/3 maiores que o tamanho original do ponto. Para oferecer a ilusão de cor em tom contínuo, as linhas de pontos formadas por cada tinta da quadricromia devem estar dispostas em um ângulo específico para que não confunda o olho humano. Para obter maiores resultados, as retículas são posicionadas de modo que os pontos formem um padrão simétrico, chamado de roseta, que o olho funde em uma cor de tons contínuos. Foi então que a linguagem Post Script definiu uma inclinação padrão para as retículas de CMYK: CYAN a 15º YELLOW a 0º ou 90º MAGENTA a 75º BLACK a 45º


Etapas da produção

Reticulagem

A reticulagem é feita quando se dá saída ao arquivo da página. Um feixe de laser extremamente fino é responsável por “desenhar”, ponto por ponto, a retícula que vai compor a imagem a ser impressa. Existem diferentes tipos de retícula que podem ser usados em artes gráficas. A reticulagem pode ser em amplitude modulada (AM) também chamada de retícula “convencional” ou em frequência modulada, ou retícula estocástica (FM). Retícula AM: na retícula AM os pontos estão alinhados regularmente formando uma estrutura de distribuição uniforme. Os pontos variam em tamanho e forma para gerar as tonalidades. Retícula FM: diferentemente do processo convencional, no qual os pontos obedecem à ângulos predeterminados de acordo com a cor, a retícula estocástica distribuiu os pontos aleatoriamente, por meio de sofisticados algarismos. Seus pontos são microscópicos, variando de 7 a 40 milésimos de milímetros. Por suas próprias características, a retícula FM tem sido empregada na produção de impresso que exigem alta qualidade. Apesar de poder ser aplicada em qualquer tipo de impresso, as embalagens têm sido as maiores beneficiadas, como também itens da indústria cosmética, catálogos de pisos, reproduções têxteis. A principal vantagem da estocástica ou FM (sigla para Frequency Modulated) está relacionada à sobreposição de cores, com a eliminação do indesejável moiré provocado pela retícula convencional ou AM (Amplitude Modification). Moiré (pronuncia-se “muarê”) é uma expressão francesa que denomina a luminosidade variável e ondulada.

Matrizes e seus elementos As matrizes podem ser físicas (nos processos mecânicos) ou virtuais (nos processos digitais e em alguns híbridos). As matrizes físicas recebem nomes diversos de acordo com o processo: chapa (offset), cilindro ou forma (rotogravura), tela (serigrafia), borracha (flexografia), rama e clichê (tipografia). O fato de haver mais de uma lâmina ou mais de uma página na mesma matriz significa que esta matriz precisa ter alguns elementos que facilitem a operação durante e após a impressão, visando à qualidade do produto gráfico final. Esses elementos devem constar já na arte-final, sendo responsabilidade do designer.

Marcas de impressão

São elementos gráficos que precisam constar da matriz e que serão impressos na folha para auxiliar a impressão e o acabamento, sendo desprezados na finalização. Há três marcas fundamentais: as marcas de corte, as marcas de dobra e as marcas de registro.

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Manual de Produção Gráfica Marcas de corte: indicadas por traços uniformes, situadas nos quatro cantos da arte-final, determinam as dimensões finais do impresso. Indicam o corte e o refile dos impressos na fase de acabamento. Marcas de dobra: semelhantes às marcas de corte, porém tracejadas, indicadas fora da margem de corte, indicam a localização das dobras que o impresso terá. Marcas de registro: Elementos com círculos para orientar o gráfico quanto ao registro das tintas de cores diferentes. Também indicam o eventual excesso (ou falta) de carregamento de alguma tinta, evidenciado pela definição da impressão dos fios finos que estão vazados sobre os círculos a traço. Barra de controle: trata-se de uma estreita impressão padronizada, fundamental para que o gráfico possa avaliar a qualidade do trabalho durante o andamento da impressão. Os números vazados ou sobrepostos aos retângulos, além de indicarem a porcentagem do respectivo meio-tom, ajudam o gráfico a equilibrar o carregamento da tinta na máquina. Sangramentos: são justamente o cuidado necessário para que os elementos gráficos que ficarão nas bordas do papel fiquem efetivamente sangrados. São excessos de impressão (no mínimo 3mm) que ultrapassam os limites do formato final do impresso estabelecidos pelas marcas de corte. Faca de corte – Indicação do local onde se deve aplicar o corte especial dentro da área da arte-final, sem prejudicar o restante do material. Formato de fábrica: é a folha de papel tal como é adquirida de fabricantes e distribuidores. Formato de entrada em máquina: o formato de entrada é aquele obtido após o pré-corte (para máquina de porte menor, comum em gráficas pequenas e médias). Margens laterais da folha: é o primeiro elemento que tem de ser considerado na matriz e, portanto, no aproveitamento do papel para a impressão. Cada máquina exige uma margem mínima determinada. Margem da pinça: Em vários modelos de impressoras a alimentação do papel é feita por um equipamento, a pinça. Esta peça amassa, marca ou mesmo suja ou rasga o papel, e por isso é preciso desprezar a área da folha onde ela atua. Área de impressão: é a área do papel onde efetivamente pode se dar a impressão, subtraindo-se do formato de entrada em máquina, as margens laterais, a margem da pinça e a área das barras de controle. Caderno: quando se trata de um impresso paginado, um livro, uma revista etc., cada uma das folhas impressas é dobrada de acordo com o número e formato das páginas que contém e então três de seus


Etapas da produção lados são refilados, para que as páginas possam ser abertas. Imposição de páginas: é a organização das páginas (fotolitos ou eletronicamente) para a montagem da matriz. Formato aberto/formato fechado: mesmo que venha a receber dobras, qualquer projeto é impresso aberto, e não dobrado. Para as dimensões que o impresso possui sem estar dobrado dá-se o nome de formato aberto e dobrado, o formato fechado.

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Processos de impressão

Calcografia A calcografia, também conhecida como talho doce, considerada um processo precursor da rotogravura, é uma das principais tecnologias de impressão de títulos fiduciários no mundo. Seu princípio de funcionamento inclui procedimentos típicos de offset, flexografia e, claro, rotogravura. Trata-​se de um processo direto de reprodução gráfica, com máquinas alimentadas a folha ou bobina, que utiliza como forma de impressão uma chapa revestida com metais, cuja imagem gravada é encavográfica (áreas de impressão em baixo-​relevo). Imprime-​se sobre suportes flexíveis ou semirrígidos, com tintas pastosas de secagem por óxido-​ polimerização e penetração. Uma característica peculiar da calcografia é a existência de uma única forma para todas as cores, as quais são impressas simultaneamente, de modo similar ao dry offset. Para explicar melhor o processo, vamos compará-​lo às tecnologias de impressão mais conhecidas. Assim como na impressão offset, as tintas usadas na calcografia são pastosas e, portanto, são necessários rolos distribuidores para se obter uma tintagem uniforme. A tinta estratificada pelos rolos distribuidores é transferida para cilindros entintadores, nos quais as zonas que deverão receber tinta estão em relevo. Esse cilindro pode ser constituído de um revestimento de PVC ou possuir, colada sobre sua superfície, uma chapa de letterpress. A ilustração representa o cilindro porta-​chapa recebendo tinta dos entintadores magenta e cyan. Como a tinta calcográfica é pastosa, ela deve ser aquecida entre 40° e 50°C para garantir o preenchimento e posterior saída dos grafismos da forma de impressão. A chapa calcográfica, ao ser entintada, recebe tinta tanto no interior dos sulcos (grafismos) como em sua superfície (contragrafismo). Antes da impressão é necessário que a tinta do contragrafismo seja retirada. Essa limpeza pode ser feita de duas maneiras: atrito do cilindro porta-chapa contra uma manta de tecido ou contra um cilindro revestido com uma fina camada de borracha, ambos embebidos em uma solução de limpeza. Nas duas alternativas, tanto a manta quanto o cilindro devem girar

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Manual de Produção Gráfica em sentido inverso ao porta-​chapas, permitindo dessa maneira a limpeza das áreas de contragrafismo e a manutenção da tinta somente no interior dos alvéolos. Após a limpeza, ocorre a impressão, sob pressões muito elevadas, da ordem de até 10.000 N/cm. Devido a essa pressão e às elevadas profundidades dos grafismos entalhados na forma calcográfica — que podem chegar a 600 µm —, as imagens impressas produzidas por esse processo adquirem um relevo característico. Também é possível a reprodução de “imagens latentes”, a partir de sofisticadas técnicas de gravação. Esse é o caso, por exemplo, na sigla CNH nas carteiras nacionais de habilitação, que pode ser vista sob determinado ângulo. Cerca de 60% da tinta aplicada sobre a chapa calcográfica não é aproveitada no processo de impressão, pois é misturada à solução limpadora ou absorvida pelo pano na limpeza do contragrafismo. Para minimizar essa perda pode-​ se usar um cilindro de pré-​ limpeza. Esse dispositivo permite o recolhimento de parte da tinta aplicada no contra​grafismo antes de sua mistura com a solução limpadora. Porém, essa solução só é possível em uma única cor e quando sua localização na chapa permite tal recuperação. Uma vez recuperada, essa tinta deve ser reutilizada o mais rapidamente possível, pois, em função das altas temperaturas a que é submetida, perde pouco a pouco suas características e resistências. Como todos os processos de impressão, a calcografia também possui variáveis que exigem monitoramento e controle durante a produção, como: Temperatura da tinta: Quanto menor a temperatura da tinta, mais difícil sua entrada e saída dos sulcos da chapa calcográfica, exigindo maior pressão de impressão. Contudo, temperaturas muito altas podem reduzir demasiadamente a viscosidade da tinta, causando, por exemplo, o aumento na espessura das linhas. Saturação da solução de limpeza: A solução deve periodicamente ser trocada, pois sua saturação interfere diretamente na eficiência da limpeza, acarretando problemas como a impressão do contragrafismo. No Brasil a calcografia é bastante utilizada para fins artísticos, com adoção de técnicas manuais de gravação de formas e reprodução gráfica. Já em escala industrial, o sistema é empregado na produção de impressos de segurança, como selos cartoriais, selos de bebidas e cédulas, entre outros. Neste último segmento, a adoção de técnicas manuais de gravação e reprodução são coisas do passado. Equipamentos de última geração permitem a gravação de formas com alto nível de detalhamento, enquanto as impressoras possuem os mais modernos dispositivos de ajustes e controles do processo.


Processos de impressão

Flexografia Nenhum processo de impressão pode traduzir melhor a inventividade do homem do que a impressão flexográfica. A princípio, tão técnica quanto um mero carimbo de borracha manual e, nos dias atuais, crescendo vertiginosamente de 2% a 3,5% ao ano, no mundo todo. A origem do processo flexográfico de impressão tem sido exaustivamente discutida, com pouco efeito, de fato. Sabe-se apenas que a flexografia é um amadurecimento do processo de impressão anilina, manual e rudimentar. Um tipógrafo chamado Sperling aprimorou, em meados de 1800, o processo de impressão anilina, com a utilização de clichês de borracha vulcanizada empregados numa máquina impressora bastante primária, para a impressão de papéis para embalagens. O fabricante Ostdeutschen Gummiwerken teve sua fábrica tomada pelas chamas, em 1935, e dessa máquina não restou sequer uma ilustração. A esta altura, surgem as primeiras controvérsias. Os ingleses têm documentos comprobatórios de que a origem do processo flexográfico data do final do século XIX, pela Sociedade Comercial Bibby, Barons Sons Ltd. Os registros históricos, no entanto, apontam para uma versão primitiva da impressão flexográfica, no ano de 1860, nos Estados Unidos. O desenvolvimento propriamente dito da flexografia tal como a conhecemos hoje data do início do século XX, por parte dos fabricantes de máquinas Holweg, Windmoller & Holscher, Fischer & Krecke dentre outros. No início dos anos 20, uma empresa americana combinou a primeira máquina impressora flexográfica com uma máquina de produção de sacos de papel de fundo quadrado, obtendo assim o primeiro módulo conjugado em linha da história das embalagens. As tintas desenvolveram-se por fim, em meados dos anos 50, assumindo o pigmento como elemento corante e agregando valor às exigências técnicas dos produtos impressos. No fim do mesmo decênio, a flexografia conheceu aquele que revolucionaria de uma vez toda a sua história: o fotopolímero.

Evolução e confusão

Jamais esqueçamos que a flexografia é bisneta do carimbo de borracha. E traz consigo seu maior defeito genético: o squash (esmagamento) de impressão, um halo indesejável nos contornos dos grafismos, provenientes da pressão de impressão. Em outras palavras, um clichê compressível que, ao ser pressionado sobre o papel, impele a tinta para as extremidades (bordas) dos grafismos em relevo da fôrma de impressão, em

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Manual de Produção Gráfica virtude das diferenças de compressibilidade da fôrma e resiliência do suporte a ser impresso. A tecnologia incumbiu-se de suplantar essa deficiência através de paliativos extremamente eficientes, como fitas adesivas acolchoadas, controles acurados de pressão entre rolos e clichês fotopolímeros com características especiais.

A força da flexografia

A possibilidade de variar a repetição do módulo da imagem, mudando o diâmetro do cilindro porta-clichês e da fôrma de impressão é uma vantagem relevante. Permite à flexografia uma boa competitividade em nichos específicos como embalagens, produtos com papel cartão e papelão ondulado, nos quais a necessidade de repetições variáveis é premente. Outra virtude não menos importante é a flexibilidade para imprimir os mais variados suportes, de durezas e superfícies diferentes, bastando somente adequar a dureza da fôrma relevográfica ao suporte a ser impresso. Indubitavelmente, o anilox, cilindro reticulado responsável por distribuir uniformemente a película de tinta sobre a fôrma de impressão é a chave do processo flexográfico. Uma faca de dois gumes que, ao mesmo tempo em que permite um controle exato da película de filme da tinta, requer uma série de cuidados processuais e atenção entre a relação da lineatura do anilox com a lineatura do clichê. A utilização de tintas líquidas altamente secativas, a base de água, solvente ou curadas por luz UV permite a produção em altas velocidades, com excelente repetibilidade, aliada, é claro, a um controle de processos eficiente e abrangente. Façamos menção ainda à flexibilidade do processo e das máquinas impressoras para incorporar sistemas de acabamento inline, como a formatura de sacos e sacolas, caixas, acabamento editorial, revestimentos, laminação, dentre muitos outros. A flexografia lidera o mercado no que toca à versatilidade em agregar operações de conversão e inline finishing.

Os contras da flexografia

Além do problema de squash citado anteriormente, temos a tendência da indústria em utilizar o mesmo cilindro anilox para todo o tipo de trabalho a ser impresso. Esse hábito infeliz faznos crer que o anilox deverá apresentar uma ótima cobertura de tinta e uma boa gama de densidades sobre os mais variados suportes, duros ou macios, regulares e irregulares, absorventes e nãoabsorventes, o que na prática quase nunca acontece. O custo elevado de insumos flexográficos também limita os usuários desse processo. Afinal, um clichê de fotopolímero ou um sleeve efetivamente bons, cilindros anilox e seus custos de limpeza


Processos de impressão e manutenção, lâminas raspadoras do conjunto encapsulado e fitas-dupla-face tecnicamente recomendadas resultam num valor considerável, no custo final do produto. Atualmente, todos os processos de impressão permitem a adoção de fluxos de trabalho digitais, o que amortiza em parte o custo de obtenção das fôrmas de impressão. O mito de que os cilindros de rotogravura eram muito mais dispendiosos que as chapas de fotopolímero já foi em muito superado. Em alguns casos, o cilindro de rotogravura é muito mais barato que o clichê flexográfico. Porém, somando-se os prós e contras da flexografia, o processo é extremamente viável economicamente, em nichos específicos de mercado, como a impressão de rótulos e etiquetas (narrow web) e embalagens (wide web). A impressão de produtos editoriais também é possível, muito embora ainda tenha sido pouco explorada em nosso país.

Retículas para flexografia

A diferença gradual das inclinações de retículas entre cores deve ser de no mínimo 30 graus. Um valor inferior a esse certamente resultaria no moiré, padrão gerado a partir da interferência entre dois ou mais padrões diferentes sobrepostos. Como opção, a retícula de freqüência modulada (FM Screen ou estocástica) poderia ser aplicada à imagem digital, evitando o moiré através da distribuição aparentemente randômica dos pontos de retícula. Infelizmente, a retícula estocástica não se comporta bem no processo flexográfico, ocasionando entupimento nas áreas de máximas e meios-tons. Retículas híbridas vêm minimizar o moiré e proporcionar uma imagem de alta qualidade, com a mescla das retículas convencional (nas áreas de máxima e meio-tom) e estocástica nas áreas de mínimas ou altas luzes. O ângulo da retícula do cilindro anilox também deve ser considerado. Inicialmente, as gráficas adotavam uma inclinação de 45 graus esse valor foi substituído por 60 graus, com uma configuração de inclinações geralmente assim empregada: Amarelo, 82,5º Magenta, 67º Cyan, 7,5º Preto, 37,5º A relação entre a lineatura do cilindro anilox em relação à lineatura dos clichês é de quatro a cinco vezes maior do primeiro em relação ao último, em função do tipo de ponto utilizado.

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Manual de Produção Gráfica

CtP para flexografia

Uma tecnologia polêmica em todos os campos de utilização, o CtP para flexografia é uma realidade, mas com restrições. Poderíamos resumir essas restrições em custo. Infelizmente, a realidade do nosso país é voltada exclusivamente para o segmento de offset. Rotogravura e flexografia têm investimentos relevantes em equipamentos, mas deixam a desejar muito em investimento técnico (treinamento, atualização das informações, etc.). Calibrados como imagesetters, os sistemas CtP são, na maioria das vezes, inadequados para o perfil da flexografia, apresentando o default da impressão offset. Os dispositivos de medição das densidades em chapas flexográficas ainda deixam muito a desejar, tanto em velocidade quanto em exatidão. Felizmente, softwares de calibração e compensação têm contornado o problema, adequando as densidades das fôrmas aos resultados impressos de fato.

Prospecção

É cansativo ouvir há mais de 10 anos as previsões de crescimento da flexografia no Brasil e no mundo. Dissertar sobre o potencial do processo de impressão flexográfico é cair na obviedade. O crescimento da flexografia é uma constante. Os sistemas CtP certamente se desenvolverão ainda mais, tanto no que toca ao equipamento quanto às chapas de fotopolímero e dispositivos de medição e controle. O avanço será acompanhado simultaneamente pelos softwares de calibração e gerenciamento. Novos conceitos de processamento e revelação de chapas isentos de solventes e VOCs (componentes tóxicos liberados na atmosfera) também permanecerão e, certamente, o enfoque será tão ou maior que o processo digital. O controle cada vez mais acurado da pressão de impressão e performance da forma durante a impressão alia-se ao desenvolvimento de sleeves especiais e máquinas impressoras sem engrenagens. As máquinas impressoras flexográficas de outrora há muito deixaram a simplicidade de operação e agregaram novos módulos diferenciados, como serigrafia rotativa, laminação a frio e a quente e lenticular graphics. Não importa quem foi de fato o inventor da flexografia. Quem quer que tenha sido e também quem não o tenha, todos devem estar certamente satisfeitos com os resultados atuais e com as boas previsões da flexografia, que cresce surpreendentemente, num mercado tão competitivo e num contexto econômico tão difícil.


Processos de impressão

Impressão digital Em produção gráfica, a impressão digital é um método de impressão no qual a imagem é gerada partir da entrada de dados digitais direto do computador para a impressora de produção. O conceito de Impressão Digital é amplo e vem se modificando ao longo do tempo. Pode-se considerar qualquer equipamento que registre sobre papel, ou outro suporte, as informações recebidas de um computador na forma de dados digitais sem que haja necessidade de gravar qualquer tipo de matriz para transferência dessas informações. Foi no início da década de 90 que se começou a falar de impressão digital. A digitalização do processo de pré-impressão criou a possibilidade única de produção dentro da rede, integrando todas as fases da cadeia gráfica. Mas para implantar a tecnologia digital em uma empresa é preciso mais do que investimento em tecnologia. É imprescindível criar novos conceitos de parceria com fornecedores e clientes. Segundo pesquisas na área, a demanda por impressão digital no mundo cresceu em média cinco vezes mais rápido do que a média do mercado gráfico em geral. O mercado brasileiro percebe um leve aumento na busca por serviços gráficos digitais, o que mostra que ainda há muito o que conhecer e divulgar sobre esta ferramenta. “No mercado brasileiro a demanda continua baixa, muitos clientes ainda não se deram conta das vantagens e dos benefícios que a impressão digital pode oferecer.

Impressão U.V. Dentre esses avanços, a tecnologia UV, usada atualmente pela Print4me, tem ganhado cada vez mais destaque no mercado de serigrafia e impressão digital. Também conhecida como Cura UV, essa forma de impressão tem trazido diversas vantagens, incluindo a revolução das habituais tecnologias utilizadas. A mudança se dá a partir da utilização de uma máquina de impressão diferenciada, a curadora UV. Ela é munida com tintas específicas, adequadas ao processo, além de contar com uma fonte de luz UV (ultravioleta) e com a utilização de tintas especiais. A lista de benefícios, quando comparada aos procedimentos de impressão habituais, é inúmera. A agilidade de impressão e secagem das peças já é um ponto positivo para a agilidade no recebimento do seu produto. Além disso, a tecnologia UV ainda propiciou a impressão em superfícies diversas, antes impossibilitadas. Por isso, hoje é possível ter as suas fotos em capas para celulares, ímãs de

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Manual de Produção Gráfica geladeira, quadros, dentre outros diversos produtos, com muita qualidade e excelente resolução. Há ainda questões como a durabilidade da impressão, consideravelmente superiores, redução nas comuns distorções das peças, como costuma ocorrer em outras opções, cores mais brilhantes e intensas, materiais impermeáveis e que não rasgam ou amassam com facilidade. Uma outra vantagem em optar por produtos que utilizam dessa tecnologia está diretamente relacionada aos cuidados com o meio ambiente. Isso porque a cura UV não leva solventes voláteis prejudiciais também à saúde, minimiza o retrabalho – que exige impressões diversas que serão descartadas após o ponto ideal de impressão. Nesse sentido, ela também favorece o meio ambiente devido a ausência de emissão dos compostos orgânicos, também conhecido como VOCs. Para completar, o processo exige um consumo de energia bastante inferior aos modelos padrão. Ponto para o meio ambiente mais uma vez! Devido a possibilidade de imprimir múltiplas camadas, a utilização da cura UV propicia a criação de texturas, volume, imagens em relevo e até mesmo de caracteres em braile. A tecnologia UV chegou ao mercado serigráfico e de impressão digital no ano de 2001. Desde então, e facilmente identificável os motivos de ela ser a melhor do mundo. Afinal, ela beneficia o fornecedor, os clientes e o meio ambiente, cada um de uma forma. E você, já conhecia essa tecnologia e todos os benefícios dela? Em sua próxima impressão, confira essa questão e se certifique de fazer bem a todos os envolvidos: principalmente a você e ao meio ambiente!

Litografia A litografia é uma técnica de impressão que utiliza uma pedra calcária de grão muito fino e baseia-se na repulsão entre a água e as substâncias gordurosas. Termo de origem grega formada por lithos (pedra) e graphein (escrever). O termo foi criado pelo professor Mitterer em 1805, em Munique. A litografia foi inventada pelo checo Aloysius Senefelder (1771-1834). Coube a Alois Senefelder o mérito de ter equacionado e sistematizado os princípios básicos da impressão a partir da pedra. Foi em 1796 em Munique, que Senefelder, autor de teatro de sucesso discutível, na procura de meios de impressão para seus textos e partituras, uma vez que não encontrava entusiasmo por parte dos editores, acabou por inventar um processo químico que permitia


Processos de impressão uma impressão econômica e menos morosa que os procedimentos gráficos da época. A invenção abriu novos caminhos para a produção artística, significando também um enorme passo na evolução da impressão de caráter comercial. Ao contrário das outras técnicas da gravura, a litografia é planográfica, ou seja, o desenho é feito através da gordura aplicada sobre a superfície da matriz, e não através de fendas e sulcos na matriz, como na xilogravura e na gravura em metal. A Litografia é um método de impressão a partir de imagem desenhada sobre base, em geral de calcário especial, conhecida como “pedra litográfica”. Após desenho feito com materiais gordurosos (lápis, bastão, pasta etc.), a pedra é tratada com soluções químicas e água que fixam as áreas oleosas do desenho sobre a superfície. A impressão da imagem é obtida por meio de uma prensa litográfica que desliza sobre o papel. A flexibilidade do processo litográfico permite resultados diversos em função dos materiais empregados: em lugar da pedra, cada vez mais são usadas chapas de plástico ou metal, em particular de zinco. O desenho, por sua vez, altera sua fisionomia de acordo com o uso de pena, lápis ou pincel. Testes de cor, texturas, graus de luminosidade e transparência conferem às litografias distintos aspectos. De extensa aplicação na indústria como processo gráfico - por meio do offset -, a litografia é testada por artistas de diferentes épocas. Francisco de Goya (1746-1828) emprega a litografia no período final de sua vida quando realiza, entre outros, a série Touros em Bordéus. Thédore Géricault (1791-1824), Eugène Delacroix (1798-1863) e Honoré Daumier (1808-1879) são outros exímios na técnica. Daumier, particularmente, executa a litogravura na maior parte de sua obra - calcula-se mais de 4.000 -, sobretudo em seus cartuns políticos e charges sociais. Edvard Munch (1863-1944), por sua vez, reproduz uma série de pinturas de sua própria autoria, como a famosa tela O Grito, que passa à litografia, em 1895, e Melancolia, 1896. A litografia em cores mobiliza o interesse de artistas franceses como Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901), Pierre Bonnard (1867-1947) e Édouard Vuillard (1868-1940), influenciados de perto pelo sucesso das xilogravuras japonesas. Na Inglaterra é possível lembrar as estampas simbolistas de William Blake (1757-1827) e as imagens de James Whistler (1834-1903). Litografia é um processo de gravação química, ou seja, o que grava a pedra é a gordura e não o pigmento. Vejamos os passos: 1. Granitar a pedra (calcária, que veio da Bavária) – é preciso adquirir a textura desejada, ou muito polida ou mais áspera... Granitase com grãos de variados tipos, mais grossos, mais finos e por aí vai.

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Manual de Produção Gráfica 2. Feito o desenho, passa-se a goma arábica, espalhando-a uniformemente por toda a pedra com um pano tipo perfex. Ela não pode acumular em pontos da pedra, é preciso que fique bem espalhada. Ela serve para proteger as placas gravadas durante o processo de transferência da imagem, impedindo que a tinta preencha os espaços que se pretende deixar brancos. 3. Derrama-se querosene em cima da pedra, para retirar o pigmento do material usado para o desenho (lápis ou tinta), pois o que importa é a gordura que ficou na pedra e não o pigmento, portanto a cor do pigmento não importa nada, apenas para uma melhor visualização da imagem que está sendo gravada. A imagem gravada desaparecerá por completo. 4. Hora de imprimir: a impressão é feita com tinta offset, então estica-se a tinta com um rolo grande de couro em uma base de vidro limpo. Com uma espoja, se umedece a pedra – ela precisa estar úmida para a água repelir a tinta (gordurosa) e ela só “pegar” onde tem gordura. Quando der a primeira passada com o rolo de tinta, a imagem voltará a aparecer. 5. Impressões: as primeiras sairão fracas, pois a gordura precisa ficar repleta de tinta, assim, as impressões posteriores sairão mais fortes.

Offset Sistema de impressão indireta que se baseia no princípio de que água e gordura não se misturam. Utiliza como suporte todos os tipos de papéis e alguns plásticos flexíveis. As máquinas offset podem ser planas ou rotativas. As planas rodam folha por folha, oferecendo melhor qualidade; ideal para impressão de cartazes, folders, livros, panfletos, folhetos. Já as rotativas, utilizam papel em bobina; ideal para trabalhos de grande tiragem como jornais e revistas. O offset é o principal processo de impressão desde a segunda metade do século 20, garantindo boa qualidade para médias e grandes tiragens e praticamente em qualquer tipo de papel e alguns tipos de plástico (especialmente o poliestireno). Processo planográfico, originário da litografia, ele faz uma impressão indireta: há um elemento intermediário entre a matriz e o papel, que é chamado de blanqueta. A imagem que está na matriz (que é metálica e é simplesmente chamada de chapa) é transferida para um cilindro coberto com borracha (a blanqueta) e, daí, para o papel. Em resumo: a matriz imprime a blanqueta e esta imprime o papel. O termo offset vem da expressão offset litography- que, ao pé da letra, significa litografia fora-do-lugar, fazendo menção


Processos de impressão justamente à impressão indireta (na litografia, a impressão era direta, com o papel tendo contato com a matriz). Na segunda metade dos anos 1990, o offset passou a contar com um aperfeiçoamento fundamental: as máquinas dotadas de sistemas CTP (computer-to-press), que permitem a entrada dos dados de arquivos digitais diretamente na impressora, onde é feita a gravação das chapas e dispensando fotolitos. Apesar de pouco adequado, esta modalidade do processo tem sido chamada de offset digital. Há seis elementos básicos no mecanismo do offset: a chapa, a blanqueta, o suporte (seja papel ou outro), o cilindro de pressão (que pressiona o papel contra a blanqueta), a tinta e a água. O princípio da impressão é a repulsão entre a água e a gordura, que não se misturam. Por isso a matriz é plana: não é preciso relevo algum para que a tinta (que é gordurosa) se aloje nas áreas cravadas com as imagens que devem ser impressas, pois a umidade - que se aloja nas demais áreas - impede que ela se espalhe e “borre” estas imagens. Logicamente, é preciso regular a impressora para que as quantidades de tinta e de água sejam adequadas para que o mecanismo funcione devidamente. Entintada, a chapa imprime a imagem na blanqueta e esta a transfere para o papel. A transferência é garantida porque o papel é pressionado contra a blanqueta graças ao cilindro de pressão. A blanqueta é o grande segredo da qualidade da impressão obtida: a imagem impressa no papel fica mais nítida porque a blanqueta trata de conter excessos de tinta; a chapa tem uma durabilidade maior porque seu contato direto é com a superfície mais flexível da borracha; finalmente, o papel resiste bem ao processo porque não tem contato direto nem com a umidade nem com a maior quantidade de tinta da chapa (por ser viscosa, a tinta tenderia a fazer o papel aderir à chapa, rasgando-o). Embora possibilite uma excelente qualidade de impressão, o mecanismo como um todo é em realidade frágil. Ele é instável: são necessários reajustes frequentes durante a impressão, para manter níveis adequados de tinta e umidade, tanto para evitar falhas e borrões quanto para manter a maior uniformidade possível nos tons das cores ao longo da tiragem. Há ainda outros “perigos”. O excesso de carregamento da tinta, já citado anteriormente, leva à decalcagem: a imagem impressa numa folha mancha ou cola o verso da folha seguinte pelo excesso de tinta, que, como observado, é viscosa. O excesso de umidade, por sua vez, poderá atrasar a secagem dos impressos (especialmente em nosso clima, que é naturalmente úmido). Retirar o material da gráfica sem que ele esteja devidamente seco é garantia de decalcagem e, consequentemente, de perda da tiragem. Um bom operador e um bom acompanhamento gráfico,

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Manual de Produção Gráfica todavia, têm como evitar estes problemas. Offset Digital: Semelhante ao offset, esse processo possui duas características básicas. Primeiro, imprimi sem a utilização de água; segundo, utiliza uma espécie de platesetters embutida no maquinário (entrada digital de dados – direto do computador para a impressora offset) – sistema conhecido como CTP - computer-to-press. A utilização do termo Offset Digital é discutível; alguns profissionais utilizam o termo offset seco. O importante, entretanto, é que a tecnologia impede problemas de registro, impede a variação das tonalidades das cores no decorrer das tiragens e mantém a relação custo x benefício: quanto maior a tiragem, menor o custo unitário. Offset Seco: A impressão offset seco não utiliza um mecanismo umedecedor. A área de contragrafismo da chapa é feita de uma borracha de silicone, que repele a tinta sem precisar de água. Como não é necessário obter o equilíbrio correto entre água e tinta, esse método requer menos tempo de preparação. Há baixo ganho de ponto e o processo é menos agressivo ao meio ambiente, uma vez que não há o uso e descarte de produtos químicos na solução umedecedora. Entretanto, na ausência da água, a temperatura da tinta nos rolos precisa ser mantida a um nível baixo, o que exige tintas especiais e ajuste de impressora. O uso do offset seco deve crescer com o desenvolvimento da tecnologia e o reconhecimento de suas vantagens ao meio ambiente.

Plotter Eletrostática Cruzamento entre plotters e impressoras a laser. Imprime desenhos em grandes dimensões, com elevada qualidade e rigor (como por exemplo: mapas cartográficos, projetos de engenharia e grafismo). Seu uso se dá em empenas, letreiros, backlights, faixas, banners, displays, ou outros impressos de grandes formatos. Para iniciar a impressão o papel passa por dois processos: O primeiro é tornando-se condutor de eletricidade, de forma a permitir a dissipação das cargas eletroestáticas que ocorrerão durante a impressão. O segundo é feito um revestimento a base de óxido de zinco e outros elementos químicos, de forma a torna-lo fotossensível. Passo a passo : 1. O papel é exposto a luzes com diferentes comprimentos de onda; 2. Esta exposição marca o papel com a imagem a ser impressa, com cargas eletroestáticas; 3. O tonner é adicionado ao papel, aderindo a essas áreas carregadas, e então é fixado por efeito térmico. Pontos positivos: Alta qualidade em impressos de grande porte.


Processos de impressão Imprime em diversos formatos e tamanhos (chapas de metal, plástico, papelão, etc). Pontos negativos: A máquina é cara e grande, ocupando muito espaço.

Rotogravura A rotogravura, descendente do processo de calcografia, é um sistema de impressão voltado ao mercado editorial e de embalagens flexíveis e cartonadas, que utiliza um cilindro encavográfico (baixo relevo) e tinta liquida de rápida secagem. O cilindro, responsável por transferir o grafismo para o substrato, fica dentro do tinteiro e recolhe a tinta que penetra nos alvéolos. Depois a racle, uma lâmina de aço, retira o excesso de tinta permitindo a impressão. As máquinas de rotogravura possuem alta velocidade e por isso são utilizadas para materiais que necessitam de agilidade de produção e altas tiragens. A matriz de rotogravura é construída para ser colocada na máquina. O cilindro possui um eixo de ferro ou aço, podendo ser oco ou maciço, dependendo do tamanho. São realizadas várias deposições de metais por meio da galvanoplastia, que é a deposição de metal através de eletrólise, em superfície previamente preparada. No caso da rotogravura, a galvanoplastia é realizada com um banho que contém substâncias químicas do metal a ser depositado e a aplicação de uma corrente elétrica no cilindro. Os elementos possuem polarização inversa promovendo a deposição. O primeiro banho de deposição é de níquel que servirá de liga, porque o cobre que é o próximo metal a ser depositado, não adere ao aço. O próximo banho é de cobre que será realizado em duas etapas. A primeira será do cobre base que resultará no diâmetro do cilindro. O cobre base tem espessura aproximada de 1mm. Após essa deposição é realizada a aplicação de um produto separador e começa a deposição do segundo banho de cobre que formará a camisa e que receberá a gravação do grafismo em baixo relevo. O cobre camisa tem espessura em torno de 200 micrômetros. Um polimento deve ser aplicado nessa fase do processo. A usinagem por meio de ponta de diamante ou videa, determina o paralelismo do cilindro. A retífica por sua vez, utiliza rebolos (lixas) que retiram as imperfeições resultantes da usinagem. A gravação pode ser convencional, por meio de exposição luminosa, uso de fotolito e gravação com produtos químicos corrosivos, ou gravação com feixes de laser ou ainda

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Manual de Produção Gráfica eletromecânica, mais comum no mercado. Neste processo um cabeçote com 3 pontas de diamante faz a perfuração dos alvéolos no cobre camisa recebendo informações de um RIP (Raster Image Processor) que codifica o grafismo em impulsos elétricos acionando o movimento do cabeçote. Na rotogravura as angulações de retículas são diferentes dos demais sistemas de impressão. Nenhuma cor pode ficar em 90 graus devido ao atrito da racle sobre as paredes dos alvéolos no cilindro. Portanto as angulações respeitam a diferença de 30 graus, posicionando-se entre 30 e 60 graus. A angulação das cores são determinadas pela velocidade da gravação do cilindro. Como a ponta de diamante é contundente, a velocidade altera a posição do ponto. A marcação é dada pelo ponto central do alvéolo. O último banho é de cromo que aumenta a durabilidade e a resistência do cilindro ao atrito da racle durante o processo de impressão. As tintas de rotogravura são líquidas, a base de solvente na maioria das vezes acetato de etila e álcool etílico. A secagem, muito rápida, é por volatização, ou seja, evaporação do solvente, o que possibilita alta velocidade no momento da impressão. As máquinas de rotogravura são sempre rotativas (alimentadas por bobinas), em formato de torres e possuem grande velocidade de impressão, em torno de 200 a 500 giros por hora, voltado para grandes tiragens.

Router Surgiu na década de 50 apenas como NC, e incorporado pelas indústrias como incentivo do governo dos EUA. É mais conhecido como um tipo de corte do que de impressão. Feita atualmente com uma máquina Router CNC, faz cortes em materiais semirrígidos. CNC é a sigla para Controle Numérico Computadorizado, e diz respeito ao controle das máquinas por meio de programação computadorizada. É a versão mais avançada do NC (comando numérico), que diferente do CNC, não necessitava de um computador, pois era feito com fitas ou cartões perfurados. O nome Router em inglês refere-se às Tupias. Essas máquinas tem configuração de pórtico móvel, onde a ferramenta de corte se movimenta ao longo dos eixos X/Y/Z. O Router CNC é um equipamento que possui 3 eixos, sendo o controle desses eixos feito através de um computador. Para receber o comando é necessário gerar o código G, o qual é transformado nos movimentos da máquina. O programa precisa das informações sobre: material,


Processos de impressão corte, avanço dos eixos (X/Y) e passo vertical (Z). Os materiais podem ser: MDF, madeira, compensados, ACM (alumínio composto), plásticos, acrílico, PVC expandido, PS (poliestireno), PP (polipropileno), PEAD (polietileno ou alta densidade).

Serigrafia Serigrafia tem suas origens em estampas e gravuras da dinastia, por volta de 960 e 1.279 dC. Mais tarde, no século XV, os japoneses passaram a utilizá-la para transferir desenhos à tecidos de seda. Este processo chegou no Ocidente no final do século XVIII, mas só foi comercialmente utilizado no século XX, quando a malha de seda tornou-se mais acessível, possibilitando seu uso de forma lucrativa. Foram os europeus que utilizaram o processo de serigrafia pela primeira vez para impressão em papel de parede, feito de linho, seda e outros tecidos finos. Com a expansão do mercado, a técnica tornou-se mais refinada e hoje é considerada uma tecnologia industrial valiosa. Andy Warhol é considerado a primeira pessoa a popularizar a serigrafia como silk-creen. Serigrafia, também conhecido como silk-screen ou impressão a tela, é um processo de impressão à base de estêncil na qual a tinta é forçada através de um crivo fino para o substrato abaixo dela. As telas foram feitas originalmente de seda e, por este motivo, o nome de origem grega - seri (seda) e gráfia (escrever ou desenhar). A palavra serigrafia pode ser usada como sinônimo de silk-creen, mas é muitas vezes utilizada para impressão de itens de produção em massa como camisetas, cartazes e canecas. Hoje, as telas são desenvolvidas em poliéster ou nylon, finamente tecidas. Esta é uma técnica de impressão muito versátil e permite obter uma grande variedade de resultados. Os tons sutis com características de aquarela, por exemplo, bem como reproduzir a densidade e riqueza de cores da pintura a óleo. O processo de impressão consiste em vazar a tinta – pela pressão de um rodo ou puxador – através da tela previamente preparada. A tela (matriz serigráfica) é esticada em um bastidor (quadro) de madeira, alumínio ou aço. A matriz é gravada pelo processo de fotossensibilidade, onde é preparada com uma emulsão fotossensível e colocada sobre um fotolito e, posteriormente, sobre uma mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta pela trama do tecido. Os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito

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Manual de Produção Gráfica atingindo a emulsão) são impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão fotossensível exposta a luz. Para cada cor de impressão é utilizada uma matriz, resultando em um impresso com grande densidade de cor, saturação e textura. Impressos serigráficos são obras originais e não podem ser considerados reprodução. Embora existam máquinas serigráficas automatizadas, o processo manual ainda é muito utilizado, principalmente por empresas de pequeno e médio porte. Por este motivo, os profissionais gráficos, assim como artistas plásticos que utilizam esta técnica para impressão de projetos, a consideram como uma técnica que não permite reprodução, e sim a impressão de cópias sempre originais. Os principais países que utilizam a técnica de silk-screen são os Estados Unidos, o México e a Índia, de acordo com o site americano Serigraph. Recursos técnicos, assim como químicos e capacitação profissional como especialistas e engenheiros de tinta, são especialmente importantes para apoiar e assegurar que as especificações exigidas para o projeto sejam cumpridas. Os designers têm a função de auxiliar os clientes no desenvolvimento de layouts de alto impacto e soluções específicas para a impressão em serigrafia e, com isso, dar vida a produtos e marcas e permite trabalhar com grossas camadas de tinta e possui a maior tela de impressão do mundo.

Tampografia A tampografia é um processo de impressão indireta, ou seja, a tinta não é aplicada diretamente ao suporte (produto), mas sim transferida para uma superfície intermediária que será responsável pela aplicação da tinta no suporte. É considerado ainda um sistema encavográfico, o que significa que a forma de impressão, onde o grafismo a ser reproduzido é gravado, está em baixo relevo. Nesse sistema, a tinta é depositada sobre a forma e um tipo de lâmina retira o excesso para que ela se mantenha somente nas áreas gravadas. Esse processo é mais preciso e possui maior definição, ótimo para imprimir em superfícies cilíndricas, curvas ou até planas, regulares/irregulares. A máquina para tampografia imprime em qualquer objeto, inclusive superfícies irregulares, basta trocar o dispositivo/berço (que é utilizado para apoiar a peça e garantir que ela não se mova no momento da impressão), apresentando então uma versatilidade de uso. Ela realiza impressão nos mais diversos materiais, o que muda


Processos de impressão é a tinta. Conseguimos um excelente resultado de aderência nos mais variados tipos de materiais como: todos os tipos de plástico, borracha, vidro, superfície pintada, metal, madeira, couro, tecido, porcelana, entre outros. É possível imprimir logotipos com mais de uma cor, existem máquinas de tampografia que imprimem em um único ciclo de impressão de uma até três cores. Basta imprimir em uma peça que tenha ponto de registro, ou seja, tenha alguma referência que possa ser utilizada para casar as cores. O mesmo tampão de tampografia pode fazer diversas impressões diferente em canetas, chaveiros por exemplo. Já para peças maiores como canecas, squeeze é preciso de um tampão maior. A durabilidade de um tampão para tampografia varia de acordo com os cuidados do operador e dos padrões de qualidade que são exigidos na impressão. A tinta que está no baixo relevo da forma é então transferida para o suporte por meio de um tampão de silicone. Por ser feito de um material muito macio e flexível, o tampão é capaz de retirar a tinta que está no baixo relevo e aplicá-​la uniformemente sobre a superfície a ser impressa. A distribuição da tinta durante o processo de impressão pode ocorrer de duas formas, dependendo do tipo de tinteiro da máquina. No sistema aberto, a tinta é distribuída por meio de espátulas que a empurram de um reservatório aberto para a superfície do clichê, retornando à posição original eliminando qualquer vestígio que possa permanecer nas áreas de contragrafismo. Dessa maneira, a tinta que será transferida para o tampão é somente aquela que permanece no baixo relevo (grafismo). Já no sistema fechado, a tinta é transportada para a superfície do clichê por meio de um reservatório fechado de tinta. A retirada do seu excesso é feita pela própria borda do reservatório, normalmente confeccionado em cerâmica, material apropriado para garantir a durabilidade dos clichês. Assim como no sistema aberto, a tinta que foi depositada nas áreas de baixo relevo do clichê é aplicada à peça por meio do tampão.

Materiais:

Tampão; Clichê de Nylon; Clichê de Aço; Tintas tampográficas; Diluentes e solventes.

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Manual de Produção Gráfica Atualmente existem duas formas de gravação de clichês, o sistema digital e o convencional. No sistema digital utilizamos equipamentos de gravação a laser em metal, já no convencional utilizamos o filme (fotolito) para gravar os clichês. O fotolito é um filme que será utilizado para a revelação do clichê. Caso a impressão desejada tenha mais de uma cor, deve-se determinar com precisão o registro das cores na imagem. Sugere-se que o fotolito tenha sempre o contorno do clichê demarcado, isto garante um perfeito posicionamento. A gravação do clichê é feita por processo fotoquímico, sua profundidade de gravação varia de 18 a 30 mícron. A nitidez da impressão diminui à medida que a profundidade aumenta.

Termografia A impressão termográfica é uma técnica de impressão fantástica que é comumente usada em materiais impressos que exigem relevo com uma aparência natural. É frequentemente usado em convites de casamento, papel timbrado, cartões de visita, papel de embrulho, embalagens e também pode ser usado para imprimir texto em braile. A termografia é conseguida ainda hoje através de métodos tradicionais de impressão, juntamente com máquinas de termografia. Por alguma razão caiu em desuso, mas dentro das técnicas de gravação continua a ser dos efeitos gráficos mais vistosos e comparativamente, económicos. A impressão termográfica tem 3 fases: Primeira fase do processo: aplicação de um pó de gravação, feito a partir de resinas de plástico, com o substrato (normalmente papel). As áreas selecionadas para a impressão em relevo são impressas com tintas de secagem lenta que não contêm secadores ou endurecedores para que permaneçam molhadas durante a aplicação de pó. Esta tinta é seca e endurecida depois durante o processo de aquecimento. Segunda parte do processo: um sistema de vácuo remove o excesso de pó de áreas sem tinta do substrato. Terceira secção do processo: consiste em transformar o produto através de um forno radiante, onde é exposto a temperaturas de 900 a 1300 graus Fahrenheit. Através da condução do papel, a temperatura aumenta rapidamente e o pó começa a derreter. Quando o processo é ajustado corretamente, a tinta derretida solidifica e o produto esfria.


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Tipografia O sistema tipográfico de impressão é o que mais se aproxima da prensa criada por Gutenberg em 1440, pois consiste na montagem de uma matriz em alto relevo. A qual é banhada de tinta por um sistema de distribuição entre vários rolos. A tinta é posta no tinteiro, que por sua vez banha o rolo principal. Este irriga outros dois rolos menores colocados em um trilho. Quando a prensa com a matriz levanta, o trilho desliza por debaixo dela, e os rolos lhe transferem a tinta. Quando esta abaixa, carimba o papel corrente efetuando a impressão. A impressão apresenta determinadas características que facilmente se identificam, tais como: Relevo na impressão, devido ao método de impressão ser direto; Algum escorrimento nas pontas ou nos filetes mais finos; Falta de degrades, comuns no processo de impressão offset.

Xilogravura A xilogravura significa gravura em madeira. É uma antiga técnica, de origem chinesa, em que o artesão utiliza um pedaço de madeira para entalhar um desenho, deixando em relevo a parte que pretende fazer a reprodução. Em seguida, utiliza tinta para pintar a parte em relevo do desenho. Na fase final, é utilizado um tipo de prensa para exercer pressão e revelar a imagem no papel ou outro suporte. Um detalhe importante é que o desenho sai ao contrário do que foi talhado, o que exige um maior trabalho ao artesão. Existem dois tipos de xilogravura: a xilogravura de fio e a xilografia de topo que se distinguem através da forma como se corta a árvore. Na xilogravura de fio (também conhecida como madeira à veia ou madeira deitada) a árvore é cortada no sentido do crescimento, longitudinal; na xilografia de topo (ou madeira em pé) a árvore é cortada no sentido transversal ao tronco. A xilogravura é muito popular na região Nordeste do Brasil, onde estão os mais populares xilogravadores (ou xilógrafos) brasileiros. A xilogravura era frequentemente utilizada para ilustração de textos de literatura de cordel. Alguns cordelistas eram também xilogravadores, como por exemplo, o pernambucano J. Borges (José Francisco Borges). A xilogravura também tem sido gravada em peças de azulejo, reproduzindo desenhos de menor dimensão. Esta é uma das técnicas que o artesão pernambucano Severino Borges, tem utilizado em seus trabalhos. Pode-se descrever a xilogravura como uma espécie de carimbo.


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Manual de Produção Gráfica Em seu processo, uma gravura é entalhada na madeira com auxílio de objeto cortante e, na sequência, utiliza-se um rolo de borracha embebida em tinta, que penetra somente nas partes onde está a gravura (entalhe). Então, a parte em que fica a gravura é colocada em contato com a superfície a ser ilustrada. Após alguns minutos, retira-se a madeira, que deixa a imagem impregnada no local. Esta técnica é também chamada de impressão em alto relevo e pode ser feita à base de linóleo (linoleogravura) ou qualquer superfície plana.


Acabamento

O acabamento possui algumas operações básicas (refile, dobraduras, encadernação) e outras específicas. Nem sempre ele é feito na própria gráfica, sendo necessária a terceirização.

Refilagem O refile são cortes no papel necessários para a finalização do impresso. Por ser uma etapa básica e invariavelmente necessária, o refile sequer é mencionado no item “acabamento”. Pode ter quatro funções, de acordo com a etapa no qual ocorre. Logo após a saída da impressora é utilizado para: Eliminar as margens e marcas de impressão na folha de entrada de máquina; Em lâminas soltas, para separar diversas unidades impressas (corte linear); Em impressos paginados, para “abrir” os cadernos após eles serem formados pela dobradura da folha de entrada; Definir o formato definitivo do impresso, já na etapa final do acabamento. No caso de impressos paginados, é aplicado o refile trilateral: as páginas são refiladas simultaneamente nos seus três lados, igualando toda a tiragem. Para isso, é utilizada uma guilhotina própria, denominada guilhotina trilateral.

Dobradura Na determinação do número de dobras, é preciso levar em conta a gramatura do papel utilizado e o equipamento usado pela gráfica (dobras complexas). As dobras mais comuns são as paralelas (viradas para o mesmo lado), as sanfonadas (viradas para lados diferentes, alternadamente) e as cruzadas (uma dobra sobrepõe a outra, ortogonalmente).

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Vincagem O vinco é um sulco aplicado ao papel para facilitar seu manuseio ou a realização de dobras. No primeiro caso, ele é utilizado em capas de brochuras com lombada quadrada, localizado próximo à lombada, permitindo a abertura da capa sem forçar o papel. No segundo caso, é usado em papéis de maior gramatura, principalmente quando a localização da dobra é transversal à direção das fibras. O vinco é produzido num equipamento próprio, com uso de uma lâmina arredondada de aço que pressiona o papel.

Cortes (com uso de faca) Embora o refile seja um corte, este termo é utilizado para aqueles que necessitam de lâminas específicas (não podem ser produzidos nas guilhotinas comuns). Muito adotado na confecção de embalagens para a geração de abas. O corte com facas é um recurso expressivo para a valorização de projetos gráficos, inclusive com a inserção de formas vazadas no papel. Trata-se de um acabamento caro devido a fabricação de uma lâmina de aço com o formato desejado, que é fixada sobre um suporte de madeira: a faca de corte. A lâmina atua por pressão sobre o conjunto de impressos, realizando o corte desejado simultaneamente sobre várias unidades.

Encadernação Em geral é a última etapa do acabamento de impressos paginados. Pode ser classificada em cinco tipos: Canoa (ou dobra-e-grampo, ou encadernação a cavalo): é a forma mais simples, rápida e barata para a confecção de brochuras. Os cadernos são encaixados uns dentro dos outros, sendo reunidos por grampos na dobra dos formatos abertos. Lombada quadrada (ou brochura sem costura): Utilizando adesivo térmico (hot melt), dá uma aparência um pouco mais sofisticada, por criar uma lombada. O processo é em geral aplicado em equipamento com uma fresa que faz pequenas incisões no dorso da publicação, nas quais penetra a cola derretida. Na lombada quadrada são eliminadas as dobras do formato aberto, ficando as folhas soltas. Quando o papel utilizado no miolo é mais encorpado, é comum a aplicação de vinco na capa, em torno de 5mm de distância da lombada. Muito utilizada em revistas mensais


Acabamento e adequada para volumes entre 40 e 200 páginas com pouco manuseio (rompimento do adesivo, “quebra” da publicação). Com costura e cola: As folhas de cada caderno são unidas por costuras na dobra do formato aberto e só então os cadernos são reunidos, lado a lado, com o uso da cola. Mais resistente (manuseio) e de custo maior, adequada para impressos com mais de 200 páginas (múltiplos de quatro), que exijam apresentação mais nobre. Com tela: de maior custo e o mais resistente de todos, esse tipo de encadernação inclui, além da costura, a aplicação de uma tela para reunir todos os cadernos, juntamente com a cola. Usado em edições de luxo e em volumes grandes destinados a intenso manuseio (dicionários, bíblias etc.). Número de páginas múltiplo de quatro. Mecânica: Relativamente barata, consiste na reunião das páginas pelo encaixe dessas em acessórios plásticos ou metálicos por meio de furos. É o caso dos espirais, wire-o, grampo pasta-arquivo, pasta arquivo etc. No layout é preciso prever uma margem interna maior, para que as áreas impressas não sejam perfuradas.

Impressões Adicionais Certos recursos utilizados como elementos adicionais de acabamento são, em realidade, processos de impressão. Custo alto e efeito marcante no layout, em determinados elementos, valorizando o conjunto. Alguns desses processos convertidos em elementos de acabamento são: Gravação a quente (hot stamping): Processo relevográfico que consegue obter efeito semelhante ao de uma impressão em metal (ouro, prata e outras tonalidades), tanto em relação à coloração quanto ao brilho e à textura. Tem como matriz (apenas traço) um clichê que é pressionado contra o suporte em altas temperaturas. A tinta utilizada – em forma de fitas ou folhas de celofane – se liquefaz com o calor, aderindo por pressão ao papel ou outro suporte, como o couro. Não é recomendável o uso de elementos visuais muito detalhados ou letras serifadas em corpos inferiores a nove pontos, devido à baixa definição obtida. Relevo Americano (termografia, relevo tipográfico): Impressão tipográfica cujo resultado produz uma textura espessa, com efeito tátil. Esse resultado é obtido imediatamente após a impressão comum, pela adição de pó resinado à tinta úmida. Em seguida, o impresso é submetido a efeito térmico, em estufa, resultando na dilatação da resina misturada à tinta. Seu custo não é baixo. Plastificação: Seu principal objetivo é o aumento de durabilidade

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Manual de Produção Gráfica do impresso (daí o uso em capas). É aplicado, por calor e pressão, um filme, em geral de polietileno. Não recomenda-se a aplicação em papéis abaixo de 120g/m2 (enrugamento), impressão de tintas metálicas e papéis ásperos com grandes áreas chapadas. Laminação fosca: Recurso com o objetivo e efeito semelhante ao da plastificação, porém com maior aderência. A laminação fosca tem sido largamente utilizada por propiciar um acabamento discreto, resistente, elegante e de baixo custo (BOPP). Tende a diminuir a vivacidade das cores e a prejudicar a definição de elementos pequenos e detalhados (como letras abaixo de corpo 8).

Vernizes A aplicação de verniz pode ter como objetivo efeitos gráficos (criação ou destaque de elementos do layout), valorização do impresso (proporcionada pelo brilho, a lisura e avivamento das cores), à abrasão (rasura) etc. Verniz de máquina (verniz offset): É o mais barato e consiste numa impressão adicional realizada com matriz semelhante à usada na impressão das tintas. Barato, simples e rápido, tende ao amarelamento e baixa resistência à abrasão. Verniz U.V.: Necessita de equipamento apropriado, com matriz específica em nylonprint (de alto custo) e estufa de luz ultravioleta. É um recurso muito utilizado sobreposto apenas a alguns elementos gráficos impresso sobre papel fosco, dando-lhes destaque, ou mesmo como uma forma de impressão sobe fundo homogêneo, “criando” a imagem apenas pelo brilho e textura do verniz e pela cor da tinta. Este recurso é denominado verniz localizado, verniz de reserva ou verniz em reserva.

Efeitos sobre o papel Impressão em relevo: Obtido pela pressão de uma matriz e um contramolde que moldam o papel, é utilizado para dar destaque a elementos impressos do layout. Relevo seco: Recurso idêntico à impressão em relevo, porém sem o uso de impressões. A imagem é formada apenas pelo relevo obtido por pressão da matriz e contramolde. Gofragem: Forma de dotar o papel liso de fábrica com texturas específicas, por meio de sua prensagem por duas calandras, sendo uma delas com a textura desejada. Serrilhado: Pequenos cortes na folha de papel ajustados e utilizados para a produção de itens destacáveis (canhotos, cartões-


Acabamento resposta etc.) e também como etapa preliminar para dobraduras em papéis de alta gramatura. Produzidos em equipamentos próprios. Picotes: Também utilizados para itens destacáveis. O picote consiste numa perfuração do papel de maneira que os pequeninos furos, lado a lado, formem uma linha. Seu destacamento costuma ser mais eficaz do que o serrilhado. Produzidos em equipamentos próprios.

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Check-list de uma boa impressão

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Não utilize cores RGB, use sempre CMYK ou cores especiais. Salve sempre suas imagens/fotos em TIF. Salve gráficos e vetores em EPS. Confira a resolução. Para impressão offset o ideal é 300 dpi. Envie o arquivo final para gráfica em TIF, EPS ou PDF. Procure não enviar em arquivo aberto. Cuide para não escrever muito perto das bordas. Faça uma área de proteção (5 mm). Lembre-se de sangrar seus arquivos (5 mm). Indique com linhas (de 3 mm) as marcas de corte. Indique com linhas tracejadas (de 3 mm) o local das dobras. Antes de iniciar o trabalho pense no tipo de papel que irá usar e consulte o fornecedor gráfico para saber se as características do mesmo são compatíveis com o seu trabalho. Antes de iniciar o trabalho confira a tabela de aproveitamento de papel (de acordo com a gráfica que irá imprimir) e tente adequar seu trabalho a este formato. Peça para o cliente fazer uma correção detalhada do material final a ser impresso. Isso diminui a porcentagem de erros e diminui sua parcela de culpa no caso de algum erro. Envie sempre prova do seu trabalho com as últimas modificações e de preferência no tamanho 1:1. Envie todas as fontes usadas com suas devidas famílias (ex. bold, itálica, etc.). Envie somente os arquivos que devem ser impressos. Não mande arquivos com páginas em branco ou com páginas que não devem ser impressas. Elimine todos os objetos que estiverem fora da página ou que não devam ser impressos. Deixe e-mail ou telefone de contato com a gráfica. Anote qualquer observação que for necessária no seu trabalho, tais como: camada para silk, número de cores, cores especiais, corte especial, etc. Simplifique seus arquivos, evite usar blends, lentes, transparências, patterns, máscaras, etc. Caso utilize alguns destes efeitos, converta-os em vetor. Evite rotacionar ou mudar o tamanho das imagens nos

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programas de ilustração ou de paginação, faça isso nos próprios programas de edição de imagem (ex. Photoshop). Não amplie suas imagens, escaneie de novo caso você precise em um formato maior, quando você amplia elas na verdade está perdendo resolução e com isso qualidade. Marcando as opções bold e/ou itálico para fontes pode funcionar para a tela ou impressão em baixa resolução mais quando a impressão for em alta resolução pode não funcionar, você deve ter certeza de que tem a fonte que quer usar e sua respectiva família. (ex. usar Helvetica e Helvetica Bold funciona pois existe esta fonte correspondente, agora usar Futura Black e depois selecionar a opção Bold não irá funcionar pois não existe a fonte Futura Black Bold, neste caso você deve usar a fonte Futura Extra Black). Isso também resolve-se transformando as fontes em curvas. Caso o trabalho requeira alguma faca especial, procure não colocar nada muito perto da margem de corte. Indique o formato das facas especiais com uma cor pura (magenta, ciano ou amarelo). Evite o preto neste caso. Lembre-se que a faca de corte é feita com uma lâmina torcida no formato solicitado. Portanto, enquanto mais simples menor o custo e as chances de erro. Indique os locais de verniz localizado com 100% de uma cor pura em uma página separada. Especifique bem que aquela página é referente a aplicação de verniz e deixe claro a que página ela deve ser aplicada. Depois do trabalho impresso você (e seu cliente) tem o direito de ter de volta o fotolito e a faca de corte. Você pagou por eles e pode querer utilizar no futuro. Nem todas as gráficas trabalham da mesma maneira com todos os materiais. Por isso, a cada novo trabalho procure fazer orçamentos em outras gráficas. As vezes uma gráfica que trabalha bem e barato com corte especial não consegue reproduzir com precisão as cores. Pesquise sempre. Ao realizar um trabalho impresso pense no processo inteiro, desde a sua criação, envio de arquivo, impressão, distribuição, local de distribuição, manuseio e descarte. A preocupação com o processo é a principal característica de uma arte-final bem realizada.


Exemplos de aplicações

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Figura 01 Impressão Flexográfica

Figura 02 Impressão U.V.

Figura 03 Impressão Litográfica


Exemplos de aplicações

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Figura 04 Impressão Offset

Figura 05 Impressão Rotográfica

Figura 06 Impressão Serigráfica


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Manual de Produção Gráfica

Figura 07 Impressão Tampográfica

Figura 08 Impressão Termográfica

Figura 09 Processo de impressão Tipográfica


Exemplos de aplicações

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Figura 10 Impressão Tipográfica

Figura 11 Processo de impressão Xilográfica

Figura 12 Impressão Tipográfica


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Manual de Produção Gráfica

Figura 13 Impressão em Plotter

Figura 14 Impressão em Router

Figura 15 Impressão Calcográfica


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Referências bibliográficas

CRAIG, JAMES. Produção gráfica. São Paulo, Mosaico, 1987. VILLAS-BOAS, ANDRÉ. Produção gráfica para designers. Rio de Janeiro: 2AB, 2008. SILVA, CLAUDIO. Produção gráfica: novas tecnologias. São Paulo: Editora Pancrom, 2008. NETO, MARIO. Produção gráfica II. São Paulo, Global, 1997. OLIVEIRA, MARINA. Produção gráfica para designers. 2AB, Rio de Janeiro, 2000. ROTH, OTAVIO. O que é papel? São Paulo: Brasiliense, 1983. Revistas: Tecnologia Gráfica 54,00 6ed., ABIGRAF, Publish.


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Este livro foi diagramado com a fonte Minion Pro para o corpo de texto, a fonte Lato para títulos, subtítulos e legendas e a fonte Code para o título da capa. O papel da capa é o Couchê 300g/m². O papel do miolo é o Offset 90g/m². Impressão e acabamentos feitos pela gráfica In Press.


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