Pré TCC - Rafael Stramosk - Feira livre central de Chapecó - UCEFF

Page 1

RAFAEL STRAMOSK

Feira Livre Central

Chapecรณ

por Rafael S tramosk ^

PRร -TCC ARQUITETURA E URBANISMO

NOVEMBRO 2019



TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Curso de Arquitetura e Urbanismo Unidade Central de Educação Fai Faculdades - UCEFF

FEIRA CENTRAL DE PRODUTOS COLONIAIS E AGROECOLÓGICOS DE CHAPECÓ - SC

Rafael Stramosk

Desenvolvimento de pré projeto para uma nova proposta de feira central de produtos coloniais e agroecológicos de Chapecó, SC desenvolvido na disciplina de pré trabalho de conclusão de curso com orientação do professor César Pagano Galli.

Chapecó - SC Novembro/2019


Feira Livre Central Chapecรณ

el Stramosk

por Rafa


RESUMO DO PROJETO social. Seu desenvolvimento se dá a partir da coleta de dados acerca do tema, utilizando métodos de pesquisa indutivo exploratório, como a revisão bibliográfica; estudo de casos, e com a visita in loco das feiras em Chapecó. O trabalho tem início com o entendimento da importância da feira para cidade, a temática produtos orgânicos na feira, bem como seus impactos na vida social e urbana. Considerando ainda que a feira pode ser incluída na rota turística, e por fim, tem em vista o objetivo de um espaço dinamizador na cidade, capaz de integrar cidade-usuário, fortalecer os pequenos produtores familiares, e promovendo saúde pública aos consumidores.

Imagem: ilustração feira. Fonte: freepik.com, 2019.

01 02 03 -

INTRODUÇÃO............................................................................07 ASPECTOS RELATIVOS A TEMÁTICA...............................12 ASPECTOS RELATIVOS AO DESENVOLVIMENTO DO PROJETO...............................28

04 05 -

ESTUDO DE CASO...................................................................29

06 07 08 -

DIRETRIZES PROJETUAIS.......................................................56

RELAÇÃO ENTRE PROGRAMA SÍTIO E TECIDO URBANO....................................................41

CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................73 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................74

FEIRA DE PRODUTOS COLONIAIS E AGROECOLÓGICOS DO CENTRO DE CHAPECÓ

xxxxxA feira-livre é um espaço que compõe a estrutura urbana desde o princípio da vida humana nas cidades, e proporcionam não só o comercio de alimentos, mas uma troca social, o diálogo, o encontro, além de representar a cultura local com produtos típicos da região. Este trabalho formula o anteprojeto da feira de produtos coloniais e agroecológicos de Chapecó – SC, com o objetivo de cria um espaço urbano para o ponto já marcado em memoria popular. Conceber um equipamento integrador entre as pessoas, a cultura local e a cidade, através de uma arquitetura que propicie atividades relacionadas, buscando o desenvolvimento ambiental, cultural, econômico e


Você é aquilo que o seu alimento comeu Dr. Lair Ribeiro


01

INTRODUÇÃO xxxxxA agricultura brasileira está cada vez mais dependente dos agrotóxicos e fertilizantes químicos. Se constata que nos últimos dez anos o mercado mundial de agrotóxicos teve um crescimento de 93%, porém no Brasil o crescimento foi 190%. Com isso, em 2013, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e passou a ser o líder no mercado mundial de agrotóxicos (CARNEIRO et al, 2013; ANVISA, 2012). Devido a grandiosidade das indústrias do mercado oposto, a agricultura orgânica (agricultura sem agrotóxicos) esta ligada a uma abordagem ineficiente para produção de alimentos de forma controversa. No entanto, produtos orgânicos são um segmento de mercado em rápido crescimento no contexto global. Essa cadeia é ainda na grande maioria representada pela agricultura familiar. Representam importantes fontes de geração de renda e de qualidade alimentar e nutricional, tanto para os agricultores quanto para os consumidores que se abastecem direta-mente nas feiras. As populações urbanas devem saber que sua qualidade de vida está ligada diretamente ao modelo agrícola consumido (CANCELIER; CAMPOS; BERTOLLO, 2005). Chapecó não está longe dessa realidade. Conhecida como polo agroindustrial, apresenta-se como uma das mais competitivas nesse mercado. Assim como a demanda mundial por produtos orgânicos tem aumentado, a cidade acompanha essa estatística. Conta hoje como 10 feiras-livre, porém com estruturas inadequadas. Desvalorizando não apenas os produtores locais, como também os consumidores (SEDEMA,2015).

07

Tomando como partido todas estas questões. A presente pesquisa tem por objetivo desenvolver um anteprojeto para Feira Central de Produtos Coloniais e Agroecológicos de Chapecó levando em conta a relação íntima existente entre cidade, comércio e sociedade. A mesma será estruturada para compreender a temática, através de levantamento de dados, pesquisa quanto aos aspectos de normas e legislação de funcionamento, pesquisa de referência em estudos de caso de tema similares e criação de pro-grama de necessidade conforme perfil. A presente pesquisa justifica-se principalmente, devido a desconformidade de estrutura física e a desvalorização de feirantes da atual feiralivre municipal. O método utilizado na pesquisa contempla o indutivo exploratório, composto por três elementos fundamentais sendo: observação de dados, busca de relações entre pesquisas e a síntese geral das relações encontradas (CERVO; BERVIAN,1978).


Imagem: ilustração de feiras. Fonte: freepik.com, 2019.

PROBLEMA DE PESQUISA ‘’Como valorizar o consumo de produtos orgânicos locais?’’

A

cidade de Chapecó atualmente conta com a atividade de 101 boxes distribuídos em 10 pontos de feiras livres. Envolvendo indiretamente 150 famílias, movimenta mensalmente em torno de 550 mil reais. Sendo que a maior em porte e demanda é conhecida como Feira Central, localizada na esquina das ruas Clevelândia e rua Rui Barbosa (SEDEMA , 2015). O grande problema está na Feira Central que atualmente não supre sua demanda de maneira adequada, a estrutura está inadequada aos usuários e feirantes, em condições impróprias. Entre algumas das deficiências não atende NBR9050, falta banheiros masculino e feminino além do P.C.D., não está na rota turística da cidade, possui estrutura antiga e frequência de funcionamento de apenas dois dias semanais. Além disso, não há outros comércios relacionados atuando em conjunto, ocorre a desvalorização dos produtores locais e desmotiva a busca da sociedade por produtos orgânicos.

08


Imagem: fazenda. Fonte: freepik.com, 2019.

JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA SOCIAL

E

m 2003, a organização americana Project for Public Spaces - PPS, em português, projeto para espaços públicos, desenvolveu uma pesquisa sobre os impactos das feiras nas comunidades. De acordo com a PPS, as feiras conectam as economias rurais e urbanas, aumentam o acesso a alimentos frescos e saudáveis, garantindo o fluxo de renda local, propor-cionando oportunidades de baixo risco para pequenos produtores. A pesquisa ainda demonstra que as feiras públicas também podem proporcionar uma melhora no sistema alimentar local, contribuindo ainda com o abastecimento local (PPS, 2003). Ainda segundo a PPS, as feiras podem constituir um papel fundamental para combater as doenças relacionadas aos hábitos alimentares e ressalta que são locais de reunião pública, troca de informações e aprendizado. Por fim podem intervir

09

nas cidades como atividades sociais e econômicas (PPS, 2003). As feiras-livres marcam início em 1990 no município de Chapecó (SEDEMA, 2015). São quase 30 anos de crescimento das famílias de produtores locais. Nesse contexto é de suma importância o desenvolvi-mento de estudo e anteprojeto para proposta de uma nova Feira Central de Chapecó.


Imagem: ilustração ervilhas. Fonte: freepik.com, 2019.

10


OBJETIVOS OBJETIVO GERAL xxxxxElaborar pesquisa para desenvolvimento de anteprojeto de uma feira central de produtos coloniais e agroecológicos de Chapecó – SC.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS xxxxxLevantar dados para compreender as temáticas: produtos orgânicos, feira-livre e histórico. xxxxxPesquisar todos os aspectos de normas e legislação de funcionamento que interferem no projeto. xxxxxPesquisar referências projetuais com tema semelhante e levantar sua espacialidade e funcionalidade. xxxxxAnalisar e identificar relação urbana e legislação (código de obras) do sítio feira livre central, para fundamentação ideal de nova proposta. xxxxxConstruir proposta de diretrizes projetuais, programa de necessidades, constituindo pré-dimensionamento, organograma, fluxograma, setorização em conformidade com a legislação e com as condicionantes urbanas do entorno.

11


FEIRA-LIVRE A FEIRA-LIVRE

ASPECTOS RELATIVOS A TEMÁTICA

02

A feira livre é uma das formas mais antigas de comercialização de produtos. Na história são inúmeras situações que podem ser compreendidas, mostrando como assumiram além da função comercial, um papel cultural, religioso e até mesmo festivo (LAJE, 2016). As primeiras feiras tiveram início no universo comercial do século XI, na Idade Média. Nesse período houve um desenvolvimento notável das técnicas de produção na agricultura e por consequência a produção cresceu além do necessário para o consumo. O excedente de produção passa então a ser utilizado como moeda de troca, surgindo uma forma de comércio. (PACHECO; NETO; FERREIRA, 2017).

Imagem: clipart. Fonte: freepik.com, 2019.

‘’As duas formas clássicas, a praça aberta ou bazar coberto, e a rua de barracas ou lojas, possivelmente já tinham encontrando sua configuração urbana por volta de 2000 a.C. [...]’’ (PIRENNE,1973, p. 36). No século XVI esse comércio se desenvolveu ainda mais, devido aos manifestos deixados pelas cruzadas na Europa, estas criavam entrepostos comerciais que por sua vez deram origem aos povoados e, finalmente, às cidades (PRIM,1996). As feiras eram centros de intercâmbio, reuniam uma diversidade de produtos e homens de diferentes partes. Os que produziam precisavam de outros tipos de mercadorias para satisfazerem suas necessidades, assim começaram a criar e buscar espaços que promovessem trocas. Esses locais eram denominados feiras e inicialmente cumpriam apenas essa função (PIRENNE, 1973).

12


No Brasil, as feiras livres foram marcadas pelo período colonial, sendo desempenhadas e migradas pelos colonizadores portugueses. Esse eventual surgimento se deu entre o século XVII e XVII durante a expansão demográfica, onde posteriormente expandiram-se por todo o território realizando importantes papéis no abastecimento e formação de novas cidades (RADOMSKY, 2006). As feiras livres sobrevivem em meio a área urbana de muitas cidades brasileiras, dentre elas a maior feira livre do Brasil e da América Latina se chama “Ver-o-Peso'', que ocorre desde de o século XVII, na cidade de Belém no Pará (BUANAIN, 2006). Silva, 2018, p. 26 enfatiza que ‘’várias cidades se emanciparam em decorrência do vigor de suas feiras livres, única forma de comércio na história urbana brasileira que deu origem às cidades ’’.

Imagem: feiras históricas. Fonte: freepik.com, 2019.

''O comércio, entendido como uma função urbana na qual as mercadorias são trocadas, tem sua origem ligada à própria história da humanidade. Surgiu e se desenvolveu a partir do momento em que passou a existir um excedente de produção, fruto do desenvolvimento das forças produtivas, que levou ao sistema de trocas” (CABRAL, 2004, p.43).

FEIRA-LIVRE conceitos A palavra feira deriva do latim feria, tem como significado dia santo, ou feriado. É uma união de feirantes (produtores locais) que expõem seus produtos e disponibilizam seus serviços em um espaço público para os consumidores, representados pela população local, regional e turistas (OFFER, 1997).

13

“A feira se projeta como um espaço de resistência cultural, em detrimento das relações interpessoais e burocratizadas que o moderno ritmo da vida impõe às cidades. ” (JESUS, 1991, p. 31).


Os pequenos produtores podem vender sua produção na feira, continuam através dela sua autonomia já existente na unidade de produção, ao mesmo tempo em que a feira cultiva circunstâncias sociais da prática de trocas mercantis (SARDÁ; FERRAREZZO, 2018). “Vender a própria produção e realizar o valor monetário do trabalho é expressão da autonomia camponesa”(SARDÁ; FERRAREZZO, 2018, p. 91). Assim a feira-livre pode ser vista como um espaço de motivação da honra do agricultor, devido a sociabilidade e confiança gerados. A feira vai muito além da troca econômica, nela se cria confiança,

lealdade e respeito mútuo. A confiança se desenvolve através da continua “troca”, que geram relações pessoais entre produtores e consumidores, ainda que alguns consumidores comprem eventual-mente, a maior parte são consumi-dores fiéis, adotam a atividade como um ritual (KARAM; ZOLDAN, 2003). Todo esse conjunto de propriedades e singularidades, denominam que as feiras são caracterizadas por serem espaços de venda informal, desta forma geram oportunidades aos agricultores familiares de sua região, espaços para comer-cialização direta com o público que a frequenta. Nesse sentido, deve-se entender a feira livre como um negócio.

“Esse coleguismo, esse encontro nosso com o cliente, entre nós colega de feira, é um fator para o ser humano. Sei lá. Eu acho que não consigo mais não fazer feira. Sente falta. No início, a gente até que ia meio obrigado, porque, tá louco, ir lá, vender. Hoje é uma coisa quase que necessária. Nós imaginava uma coisa do pessoal lá da cidade, não é, né“ (FERRARI, 2011, p. 152).

Imagem: feiras históricas. Fonte: freepik.com, 2019.

14


FEIRA-LIVRE HISTÓRICO Chapecó A feira de produtos coloniais e agroecológicos é uma tradição em Chapecó e tem uma força histórica. Em 1990, oito famílias de agricultores locais deram início no mercado cadeia curta, venda direta ao consumido (SEDEMA, 2015). Sendo que, Chapecó possuía uma população estimada de 183 mil habitantes (IBGE, 2010). Essa primeira feira ocorria por

Imagem: feira-livre ao lado do estádio municipal no ano de 1991. Fonte: SEDEMA, 2019.

15

meio de bancas móveis e era contemplada na calçada da Rua Índio Condá, ao lado do estádio de futebol da equipe Chapecoense. Em 1991 surgiu o primeiro estatuto da Associação dos feirantes - APROFEC, com auxílio de técnicos da prefeitura e da Epagri (FERRARI, 2011).


Foi inspirada nessa pequena feira, com apenas oito feirantes, que em 1997 a iniciativa se institucionalizou no município através da elaboração de um Programa de Feiras Agroecológicas em que foram criados espaços adequados para que os pequenos produtores familiares pudessem vender seus produtos diretamente aos consumidores. Assim, em 1998, o programa de feiras-livres ganhou o nome de Feira de Produtos Coloniais e Agroecológicos. Em 21 de fevereiro de 1998 foi inaugurado o novo espaço para funcionamento da feira livre no centro, em substituição ao espaço localizado no Estádio Índio Condá. A construção da área foi realizada através do poder público municipal em parceria com os agricultores, construída através de mutirão pelos pró-

prios produtores (CANCELIER; CAMPOS; BERTOLLO, 2005). Os consumidores da feira foram aumentando gradativamente, e por consequência as famílias de agricultores também aumen-taram. Deste modo, em 1999, houve demanda para a abertura de outros pontos de feiras nos bairros. Foram então implantados pontos com menor estrutura nos bairros São Cristóvão, Bela Vista, Santo Antônio, Passo dos Fortes, Maria Gorretti, Jardim América, Calçadão e Unochapecó. Em 2004 mais dois pontos de feira foram implantados no bairro Cristo Rei e Colatto, beneficiando assim direta e indiretamente cerca de 250 famílias de agricultores (FERRARI, 2011).

FEIRA-LIVRE ATUAL Chapecó As feiras na cidade de Chapecó fazem parte do cotidiano de grande parte da população semanalmente, oferecendo para seus visitantes, diversos produtos agroecológicos e orgânicos. Atualmente existem 101 boxes distribuídos em dez pontos de feiralivres preenchidos por 64 feirantes, envolvendo diretamente 150 famílias e em torno de 200 indiretamente.

16

Dentre estes, o ponto central e o do calçadão correspondem aos de maior estrutura e demanda. O movimento econômico mensal estimado gira em torno de R$ 550 mil (SEDEMA, 2015).


No relato informal de um agricultor feirante: “Acontece muitas vezes, vem um amigo, parente, consumidor da feira lá do Rio de Janeiro. Oh! Tem a feira. Vem ali e faz aquela compra significativa, prá levar prá São Paulo, prá Rio. A gente não tá vendendo só para o pessoal aqui de Chapecó, se faz muita venda prá fora, prá longe” (FERRARI, 2011 p. 66). Através de conversas informais com os próprios feirantes, foi possível detectar que a grande maioria os feirantes, não possuem um box adequado ao seu tipo de venda, de forma improvisada por conta da pequena metragem de alguns boxes, acabam desta forma não oferecendo condições adequadas de trabalho ( informação verbal)¹. No entanto, a procura por produtos vindos diretamente do interior por serem produtos frescos, ecológicos, e orgânicos é de grande

Imagem: feira-livre calçadão, Chapecó. Fonte: SEDEMA, 2019.

aceitação da comunidade chapecoense, sendo já uma tradição consolidada da população que movimenta cerca de 6 milhões de reais por ano (SEDEMA, 2015). Os principais produtos comercializados são hortaliças, frutas, cereais, grãos, leite e derivados, ovos, mel, carne e derivados, ervas medicinais, artesanato, flores, plantas ornamentais, pães e derivados de farinha de trigo e milho, peixes e produtos de cultivo locais. A feira central ainda conta com uma pequena cafeteria. O funcionamento de cada feira é de dois dias sendo um dia da semana intercalado entre elas e todas funcionando no sábado (CANCELIER; CAMPOS; BERTOLLO 2005).

Imagem: feira-livre centro terminal, Chapecó. Fonte: SEDEMA, 2019.

¹ Conversa informal com feirantes, em Feira Central de produtos coloniais e agroecológicos de Chapecó, SC, em outubro 2019.

17


PONTOS DE FEIRA EM CHAPECÓ Atualmente existem10 pontos de feiras, com as respectivas datas e horários de funcionamento (CHAPECÓ, 2019): 1

CENTRO: quartas e sábados, das 7hs às 12hs. Esquina das Ruas Clevelândia e Rua Barbosa;

2

CALÇADÃO: terças das 7h30 às 13hs e sábados das 7hs às 12hs. Esquinas das Ruas Fernando Machado e Benjamin Constant;

3

PARQUE DAS PALMEIRAS: quartas das 6hs às 11hs e sábados das 7hs às 11h. Anexo à Unidade de Saúde;

4 5

EFAPI: quartas das 14hs às 18hs e sábados das 7hs às 11h30. Rua Beija Flor, em frente ao Mercado Alberti; PRESIDENTE MÉDICI: terças das 15hs às 19hs e sábados das 7hs às 11h45. Anexo à praça;

6

SÃO CRISTÓVÃO: quartas das 7hs às 12hs e sábados das 7hs às 10h30. Em frente ao Posto Catarina;

7

BELA VISTA: sábados, das 6h30 às 9h30. Anexo à Praça do Bela Vista, em frente à Niju;

8

CRISTO REI: sábados, das 6h30 às 10hs. Esquina da Rua Pomerode com a Faxinal dos Guedes;

9

UFFS REITORIA: quinta-feira, das 16h00 às 20h30. Anexo ao Campus;

10 CONDOMÍNIO BEM VIVER: sextas, das 17hs às 20hs. No Condomínio.

Imagem: Feira Central de produtos coloniais e agroecológicos de Chapecó, 2019. Fonte: https://www.chapeco.sc.gov.br Acesso em: 2019.

18


MAPA DAS FEIRAS EM CHAPECÓ xxxxxNo mapa de localização das feiras em Chapecó estão identificados os dez pontos de feira que atualmente funcionam na cidade. É possível identificar que alguns bairros não são atendidos efetivamente por uma feira local. N

Acesso: SC 480

FEIRA CENTRAL

8

7

Acesso: SC 283 GUATAMBU

5 6

4

2 3

9

1

Acesso: SC 283 SEARA

LEGENDA AV. GETÚLIO D. VARGAS ACESSO: SC480 ÁREA DE INTERVENÇÃO

10

LOTE DE INTERVENÇÃO ACESSO: SC 480 SEARA

Acesso: SC 157

ACESSO: SC157 Acesso: SC 480 RIO GRANDE DO SUL

NÚCLEO CENTRAL DA CIDADE ACESSO: SC283 GUATAMBU

250 0

Mapa: localização das feiras em Chapecó. Fonte: desenvolvido pelo autor, 2019.

19

1000 500

2000


AGRICULTURA FAMILIAR xxxxxAgricultura familiar inclui as atividades agrícolas de base familiar, a mesma está ligada a várias áreas do desenvolvimento rural. É um meio de organizar a produção agrícola, que é gerenciada e operada por uma família da qual depende predominantemente do trabalho familiar. Atualmente a agricultura, tem produzido efeitos

econômicos, sociais e ambientais negativos, deste modo surge a necessidade de repensar a prática, enfatizando cada vez mais a importância de novas formas de produção agrícola, e novas relações entre o homem e a natureza (GIDDENS, 1991; LEFF, 2009 e 2010; SACHS, 2004).

xxxxxA agricultura familiar, atualmente está cada vez mais consistente e vem solidificando sua importância no meio social. É uma das formas mais presentes de agricultura em todo mundo, tanto nos países em desenvolvimento quanto nos desenvolvidos. Envolve um amplo aspecto de tamanhos e tipos de fazendas, variando de propriedades muito grandes cultivadas por um ou dois membros da família, com o uso de máquinas, até pequenas propriedades, administradas igualmente por membros da família (CANCELIER; CAMPOS; BERTOLLO, 2005; FERRARI, 2011). xxxxxEssas propriedades familiares pequenas, são as mais numerosas, globalmente, existem 500 milhões de pequenas propriedades familiares, sendo 290 milhões na China e na Índia, responsáveis por fornecer 56% dos alimentos no mundo (PPS, 2003). A agricultura familiar é no Brasil responsável por 80% de todo meio rural, corresponde a 7 de cada 10 empregos no campo e por aproximadamente 40% da produção agrícola. A maioria dos alimentos que chegam até a mesa do brasileiro vem de pequenas propriedades familiares (LEFF, 2010; PLEIN; FILIPPI, 2011; DE PAULA; KAMIMURA; SILVA, 2014).

Imagem: ilustração agricultores. Fonte: freepik.com, 2019.

‘’A agricultura familiar é de extrema importância para o desenvolvimento econômico do Brasil’’ (PADUA; SCHLINDWEIN; GOMES, 2013, p. 226).

20


xxxxxNo estado de Santa Catarina a agricultura familiar não só é predominante como faz parte da cultura entre diversas cidades do estado, de 183.065 estabelecimentos existentes mais de 168 mil foram classificados como de agricultura familiar, sendo assim 87% do total. Dessa forma em termos de área, Santa Catarina tem o maior percentual de agricultura familiar do país, sendo 82.140 mil unidades somente na região do Oeste catarinense (EPAGRI-CEPA, 2014). O município de Chapecó possui área territorial total de 624,3 km², sendo 113,24 km² de perímetro urbano e 512,36 km² de perímetro rural. Em 2014 a população somava um total de 202.760 habitantes, sendo 93% urbana e 7% rural. Outras cidades no estado apresentam características semelhantes. A estrutura fundiária do município é

Imagem: clipart. Fonte: Freepik.com, (2019).

21

formada por agricultores familiares de pequenas propriedades, do total de 1.837 estabelecimentos rurais, 92% são pequenas propriedades onde a organização produtiva segue as características de agricultura familiar (FERRARI, 2011). Com a expansão de consumidores preocupados em relação ao consumo de alimentos saudáveis e aos problemas de segurança alimentar, a qualidade passa a ser uma condição importante, dessa forma a agricultura familiar frente às mudanças no padrão de consumo pode se apresentar em vantagem, por consequência inverte-se a lógica anterior e o consumo passa a comandar a produção (ABRAMOVAY, 1998; WILLER, 2010).


O QUE É AGRICULTURA ORGÂNICA? xxxxxA agricultura orgânica é uma técnica que envolve a criação de animais e o cultivo de plantas forma natural. Esse processo envolve apenas o uso de materiais biológicos, substâncias sintéticas são evitadas visando manter a fertilidade do solo e o equilíbrio ecológico, minimizando a poluição e o desperdício. Desta mesma forma, a agricultura orgânica é um método agrícola que envolve o cultivo e manejo sem uso de fertilizantes e pesticidas sintéticos. Além disso, não são permitidos organismos geneticamente

modificados (OLTRAMARI; ZOLDAN; ALTMANN, 2002). xxxxxA prática da agricultura orgânica baseia-se em princípios agrícolas ecologicamente equilibrados, como rotação de culturas, adubo verde, resíduos orgânicos, controle biológico de pragas, aditivos minerais e rochas, a mesma faz uso de pesticidas e fertilizantes se forem considerados naturais e reprova o uso de vários fertilizantes e pesticidas petroquímicos (KARAM, 2015).

A Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica - IFOAM criada em 1972, criou uma definição de agricultura orgânica mundial sendo: “A agricultura orgânica é um sistema de produção que sustenta a saúde de solos, ecossistemas e pessoas. Baseia-se em processos ecológicos, biodiversidade e ciclos adaptados às condições locais, e não no uso de insumo com efeitos adversos. A agricultura orgânica combina tradição, inovação e ciência para beneficiar o ambiente compartilhado e promover relacionamentos justos e uma boa qualidade de vida para todos os envolvidos[...]” (IFOAM, 2010).

xxxxxA globalização de informações, contribui para disseminar informações e melhora os níveis educacionais, consequentemente crescem os cuidados dos consumidores com nutrição e saúde e, por sua vez, aumentam-se as exigências por alimentos de melhor qualidade. Assim é relatado um aumento global significativo na rejeição ao uso de agrotóxicos para produção de alimentos, dessa maneira a produção e comércio dos orgânicos ganha espaço (DE PAULA; KAMIMURA; SILVA, 2014).

Imagem: clipart. Fonte: Freepik.com, (2019).

22


Imagem: ilustração agricultor. Fonte: Freepik.com, (2019).

xxxxxO crescente aumento do consumo mundial de produtos orgânicos e a evolução na produção entre diversos países, confirmam essas tendências. Entre 1999 e 2008 a área de produção orgânica no mundo triplicou. A receita global de alimentos e bebidas orgânicas passou de US$ 15 bilhões em 1999 para US$ 51 bilhões em 2008 (IFOAM, 2010). xxxxxAinda conforme dados atuais esse crescimento triplicado continua, em 2018 os orgânicos no mundo movimentaram US$ 105 bilhões (ECOVIA INTELLIGENCE, 2019). xxxxxO Brasil tem acompanhando as

estatísticas do mercado global, em 2010 contava com apenas 5.400 estabelecimentos agrícolas orgânicos, já em 2018 o registro de unidades certificadas triplicou, saltando para 22 mil. Ainda em 2018 o mercado nacional faturou R$ 4 bilhões, resultado 20% maior do que o registrado em 2017. Dentro desse mercado nacional, Santa Catarina atualmente registra, em torno de mil unidades com certificação orgânica, porém absorve 87% de sua produção para consumo no próprio estado (MAPA, 2018).

“A maior consciência acerca da problemática ambiental deverá exercer pressão para que o “mundo” repense a maneira como os alimentos estão sendo produzidos” (FERREIRA, 2011, p. 37).

Imagem: ilustração horta. Fonte: Freepik.com, (2019).

23


AGRICULTURA ORGÂNICA

LISTA DE PAÍSES COM MAIORES ÁREAS EM HECTARES DESTINADAS PARA AGRICULTURA ORGÂNICA

Ilustração: Números produção no Brasil Fonte: editado pelo autor. Mapa, 2019.

NÚMERO DE UNIDADES DE PRODUÇÃO ORGÂNICA NO BRASIL

22.064 20.050 15.590 13.232 13.482 11.063 10.064 8.064 5.406

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

Ilustração: Números produção no Brasil Fonte: editado pelo autor. Mapa, 2019.

24


CERTIFICAÇÃO E LEGISLAÇÃO NACIONAL RELACIONADAS LEGISLAÇÃO

CERTIFICAÇÃO ORGÂNICA

XXXXXA legislação responsável pela regulamentação da produção, do armazenamento, da rotulagem, do transporte, da certificação, da comercialização e da fiscalização dos produtos é a Lei 10. 831. O governo brasileiro regulamentou através do Diário Oficial da União os novos critérios para o funcionamento de todo o sistema de produção orgânica, desde a propriedade rural até o ponto de venda (BRASIL, 2003).

DECRETO XXXXXAs regras estão expressas no Decreto nº 6323 de 27 de dezembro de 2007. O decreto para o Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica, é composto pelo Ministério da Agricultura, órgãos de fiscalização dos estados e organismos de avaliação da conformidade orgânica. Neste, os agricultores familiares recebem autorização para o comércio direto ao consumidor, desde que os mesmos tenham cadastro junto ao órgão fiscalizador (BRASIL, 2007).

XXXXXUm produto natural não significa ser necessariamente um produto orgânico. No Brasil, a diferença se apresenta através da certificação. É ela quem fornece ao consumidor a garantia de que produtos identificados como “orgânicos” tenham sido produzidos, de fato nos padrões da agricultura orgânica. A certificação apresenta-se através de selo afixado ou impresso no rótulo ou na embalagem do produto. No Brasil, as certificadoras autorizadas por atuar devem estar credenciadas através do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2019).

Imagem: Selo Brasil orgânico. Fonte: www.organicobrasil.com.br (2019).

25


FEIRA

Imagem: ilustração ervilhas. Fonte: freepik.com, 2019.

26


O QUE SE LEVA DA FEIRA? MELHOR NUTRIÇÃO

PREÇOS ACESSÍVEIS

xxxxxEm comparação com alimentos cultivados convencionalmente, os alimentos orgânicos são muito mais ricos em nutrientes. O valor nutricional de um item alimentar é determinado pelo seu conteúdo mineral e vitamínico. A agricultura orgânica melhora os nutrientes do solo, que são repassados às plantas e animais (KARAM, 2015).

xxxxxHá um grande equívoco de que os alimentos orgânicos são relativamente caros. A verdade é que eles podem ser mais baratos pois são adquiridos diretamente com os produtores, não exigem a aplicação de pesticidas, inseticidas e herbicidas caros (PPS, 2003).

SAÚDE xxxxxOs alimentos orgânicos não contêm nenhum produto químico. Isso ocorre porque os agricultores orgânicos não usam produtos químicos em nenhum estágio do processo de produção. Os agricultores orgânicos usam técnicas agrícolas naturais que não prejudicam os seres humanos e o meio ambiente (VAGULA; ROQUE, 2018).

ALIMENTOS ORGÂNICOS xxxxxA agricultura orgânica não utiliza produtos químicos venenosos, pesticidas e herbicidas. Estudos revelam que grande parte da população é alimentada com substâncias tóxicas, usadas na agricultura convencional, vítimas de doenças como o câncer (KARAM, 2015).

PRODUTOS CERTIFICADOS xxxxxPara que qualquer produto seja qualificado como alimento orgânico, ele deve ser submetido a verificações de qualidade e processo de criação rigorosamente investigado (MAPA, 2019).

SABOR xxxxxA qualidade dos alimentos também é determinada pelo seu sabor. Alimentos orgânicos muitas vezes têm um sabor melhor do que outros alimentos. Em frutas e vegetais cultivados organicamente o teor de açúcar proporciona um sabor extra (MIOR, 2005).

PRODUTOS ECOLOGICAMENTE CORRETOS xxxxxNas fazendas comerciais, os produtos químicos aplicados se infiltram no solo e o contaminam as fontes de água próximas. A vida vegetal, os animais e os seres humanos são todos afetados por esse fenômeno. Tendo em vista que a agricultura orgânica não utiliza esses produtos químicos o ambiente permanece protegido (MIOR, 2005).

MAIOR VIDA ÚTIL xxxxxAs plantas orgânicas têm maior integridade estrutural e metabólica em sua estrutura celular do que as culturas convencionais. Assim permitindo o armazenamento de alimentos orgânicos durante mais tempo. (VAGULA; ROQUE, 2018). Imagem: Foto Frutas. Fonte: Freepik.com, (2019).

27


TEMAS RELACIONADOS WORKSHOP - OFICINAS

XXXXXA sala para oficinas é um local com toda a infraestrutura necessária para o preparo e cozimento de alimentos. É uma sala destinada a aula prática ou teórica, constituída principalmente com uma bancada, forno e fogão. Além disso, por um grande espelho acima da bancada para facilitar assim a compreensão e visão dos alunos a respeito da aula. O intuito é promover mini work shops para a comunidade e feirantes nas mais diversas áreas de conhecimento. Além disso, proporciona ao feirante a oportunidade de também compartilhar conhecimento, isso possibilita além da troca de conhecimento e expediências a socialização entre os participantes (PINELI et al., 2015).

ASPECTOS RELATIVOS AO DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

03

METODOLOGIA xxxxxA pesquisa foi desenvolvida com base de método indutivo. Este método é aquele que parte de análises singulares a partir destas, indutivamente, chega-se a conclusões plurais. Ao contrário da dedução parte da experiência sensível dos dados. Desta forma serão realizados estudos para entender a teoria, e a ideia de alguns autores sobre feira-livre, mercado públicos e orgânicos. Captura de fotos e conversas informais, como entrevistas não estruturas serão realizadas in loco (MARCONI; LAKATOS, 2003). xxxxxA pesquisa exploratória conta com visitas in loco. Para levantamento de dados, capturas de fotos, conversas informais, diretrizes e análise e desenvolvimento de mapas da cidade e

28

do entorno, bem como entrevista não estruturadas. É caracterizada quando se tem o objetivo final determinado, proporciona a familiarização com o tema abordado obtendo diferentes percepções dentro de um planejamento flexível (CERVO; BERVIAN, 1978). xxxxxOs estudos de casos serão abordados com base no livro Temas de c ompos i ç ã o d e Pa us e e Cl a rk. A metodologia proposta, determina uma busca focalizada em identificar elementos formais de disposição e representação gráfica.


Iimagen: volumetria Mercado Municipal Ponte de Lima e mercado Público de Lages-SC. Fonte: ARCHDAILY, 2014.

ESTUDOS DE CASO

29

04

PROJETO 01: MERCADO PÚBLICO LAGES - SC

PROJETO 02: MERCADO MUNICIPAL PONTO DE LIMA


PROJETO 01: MERCADO PÚBLICO LAGES - SC Primeiro Lugar no Concurso para a Requalificação do Mercado de Lasges-SC

xxxxxO estudo de caso a seguir, trata sobre a proposta que ficou em primeiro lugar no concurso nacional para a requalificação do Mercado Público da cidade de Lages, em Santa Catarina, promovido pelo IAB- SC. O projeto foi desenvolvido pelos escritórios Zulian Broering e Zanatta Figuueiredo atualmente encontra-se em processo de execução. xxxxxA escolha para análise deste projeto foi motivada pela organização e distribuição do programa de necessidade e principalmente por explorar o equipamento como um espaço de urbanidade, aberto para a cidade, com a criação de uma praça central, além disso com a abertura de vãos como continuidade do espaço publico, o mercado deixa de possuir poucos acessos modestos e conecta-se a cidade, aspectos estes que se assemelham ao que será proposto no projeto da feira central de Chapecó, Santa Catarina.

FICHA TÉCNICA Escritórios: Zulian Broering e Zanatta Figueiredo. Ano: 2014 Cidade: Lages-SC Status: Em andamento. Tipo de Projeto: Comercial/Patrimônio. Materialidade: Concreto Aparente, Alvenaria Maciça, Vidro, Metal. Estrutura: Metálica. Implantação no Terreno: Intervenção em edificação existente. Área total construída: 3693m²

CONCEITO E PARTIDO O Mercado Público em Lages teve início em uma praça. A equipe buscou manter a edificação em art-déco praticamente intacta, marcando as intervenções com cores e materialidade contemporânea, assim o projeto partiu do resgate dessa forma fundamentada no contexto contemporâneo (ARCHDAILY, 2014).

Imagem: volumetria Mercado Público Lages Fonte: ARCHDAILY, 2014.

30


xxxxxTendo em vista que o usuário desse espaço nem sempre busca apenas o consumo, mas também os eventos gerados espontaneamente nesse ambiente, os autores buscam em seu conceito ressaltar que desde sua origem, o uso de um mercado necessita de permeabilidade e continuidade do espaço público para realizar de maneira qualitativa as suas trocas, eventos, funcionalidade e sociabilidade, além de proporcionar espacialidades dignas e que incentivem o usuário à longa permanência, assim a solução encontrada pela equipe foi um equilíbrio entre uso/não-enfrentamento urbano e valorização da edificação histórica (ARCHDAILY, 2014).

DESCRIÇÃO GERAL E SETORES xxxxxA nova edificação articula os espaços e as peças do conjunto e organiza o setor de serviços do projeto, com docas, entradas e saídas de alimentos, estacionamentos, circulações verticais, instalações sanitárias e boxes de frios. Com atividades voltadas para a rua, bares, lanchonetes, serviços e exposições podem funcionar independente do mercado.

Acesso Público Veículos

Acesso Público Pedestre

LEGENDA Boxes feirantes Atividades culturais Circulação vertical Praça aberta Serviços Sanitários Comercial ELÂN N

ELÂN N

Circulação hor.

1º PAV.

xxxxxO largo em frente manteve o calçamento histórico da rua, buscando privilegiar o pedestre. Foi criado uma alameda arborizada com a implantação de bancos e árvores. As feiras itinerantes visam criar durante esses eventos um espaço largo-mercado único e contínuo.

Imagem: Plantas, implantação, volumetria Mercado Público Lages Fonte: ARCHDAILY, 2014.

ELÂN N

31


TEMAS DE COMPOSIÇÃO MÉTODO PAUSE & CLARK xxxxxAlguns aspectos considerados importantes foram utilizados para analisar o estudo da obra, com base nos temas de composição de Pause e Clark, que propõem a análise de diversos aspectos relevantes para o entendimento do partido arquitetônico adotado em um projeto.

ILUMINAÇÃO NATURAL xxxxxA iluminação natural se faz presente em todo o conjunto, visando diminuição do gasto energético e qualidade ambiental. Toda a cobertura foi mantida e revitalizada, com trocas das peças junto às calhas perimetrais por telhas translúcidas que iluminam de forma cênica o interior através de um rasgo no forro em alumínio zincado vazado. COBERTURA COM DOMOS DE VIDRO

CIRCULAÇÃO E USO xxxxxO projeto conta com uma configuração predominantemente linear, se conecta diretamente com o passeio público, possuindo vários acessos a feira através da abertura de vãos como continuidade do espaço público. A implantação tira o melhor proveito do espaço restante e libera um respiro central que recupera a visualidade para a antiga fachada perdida do mercado. O pátio aberto abriga um espaço de lazer e conecta os dois setores da feira.desníveis de 3m entre a esquina e extremidade das duas fachadas Norte e Oeste.

ELÂN N

ELÂN N

Imagem: plantas, volumes e corte croqui Mercado Público Lages Fonte: ARCHDAILY, 2014.

32


ESTRUTURA

ESTRUTURA METÁLICA

xxxxxDe acordo com o partido do projeto, um dos itens almejados é a performance estrutural. Para tal, o bloco anexo a antiga edificação foi composto por pórticos sequenciais de pilares metálicos tubulares com treliças e tirantes metálicos nas laterais que vencem os vãos formando uma cortina de proteção. Essa estrutura cria uma amplitude espacial para o setor que compõe as bancas do mercado. Uma ampla permeabilidade visual e a livre circulação entre o pavilhão antigo e o novo bloco anexo. Além disso esta cobertura é formada por domos de vidro protegendo contra intemperes e proporcionando iluminação natural.

MASSA xxxxxA nova cobertura metálica retangular torna-se a massa principal da edificação, sendo ela um novo elemento marcante de ampliação e imponência. A antiga estrutura se configura como a massa secundária de forma mais sútil. Assim unidas as duas formam o conjunto completo.A nova cobertura metálica retangular torna-se a massa principal da edificação, sendo ela um novo elemento marcante de ampliação e imponência. A antiga estrutura se configura como a massa secundária de forma mais sútil. Assim unidas as duas formam o conjunto completo.

MASSA PRINCIPAL MASSA SECUNDÁRIA

Imagem: volumetria Mercado Público Lages Fonte: ARCHDAILY, 2014.

33


ANÁLISE xxxxxO projeto do mercado público de Lages traz como ponto positivo a forma de sua disposição dos ambientes que busca a integração dos espaços. Além disso, a conexão com o passeio público e a rua incentivam a relação urbana com feirantes. No entanto, a grande estrutura de massa primária apesar de robusta tende a tornar o espaço para feirantes muito exposto a possíveis intempéries como chuvas e ventos podendo intervir no funcionamento para os feirantes e público em geral.

CORTE

CORTE

Imagem: fachada, corte e croqui Mercado Público Lages Fonte: ARCHDAILY, 2014.

34


PROJETO 02: MERCADO MUNICIPAL PONTE DE LIMA - PORTUGAL xxxxxO estudo de caso a seguir, trata sobre o Mercado Municipal Ponte de Lima situado na cidade Ponte de Lima, a beira do Rio Lima em Portugal. O projeto foi executado de 1998 a 2002. xxxxxEste apresenta aspectos projetuais que instigaram o estudo, tais como as soluções adotadas para a remodelação do edifício existente, aumentando o número de estabelecimentos comerciais. Através de uma construção prática e funcional, adaptável à temas, ocasiões e públicos diversos, com múltiplos acessos e fluxos constante traz um conceito de correlação com o projeto para feira de Chapecó.

FICHA TÉCNICA Escritórios: Guedes Cruz Arquitectos. Ano de construção: 1927. Ano de reforma: 1998-2002. Cidade: Ponte de Lima, Portugal. Tipo de edificação: Comercial/Patrimônio. Materialidade: Pedra (existente), Alvenaria, Vidro, Metal, Madeira, Cobre. Estrutura: Metálica. Implantação no Terreno: Intervenção em edificação existente . Área total: 4998m²

CONCEITO E PARTIDO XXXXXQuando o Mercado Municipal Ponte de Lima foi construído em 1927, gerou discussões públicas a respeito de sua localização no centro da cidade e 70 anos depois, ainda se pode ver o impacto da relação de dominação estabelecida entre sua alta base em pedra e o centro da cidade (ARCHDAILY, 2014).

iImagen: volumetria Mercado Municipal Ponte de Lima. Fonte: ARCHDAILY, 2014.

35


xxxxxO projeto de recuperação do mercado envolveu a remodelação do edifício existente, aumentando a área comercial, contudo mantendo elementos antigos resistindo bem às periódicas inundações do Rio Lima. Os materiais estruturais e de revestimento expõem a diferença entre o existente e o novo. Os elementos antigos, em alvenaria tradicional mantém seu comprometimento com o terreno. Por outro lado, os elementos recentes de madeira, cobre ou vidro geram leveza e transparência, trazendo luz e vida a praça central do antigo mercado (ARCHDAILY, 2014).

DESCRIÇÃO GERAL E SETORES xxxxxA construção original possuía duas alas e três torres. O projeto de recuperação do mercado envolveu a remodelação do edifício existente, aumentando o número de estabelecimentos comerciais e incluindo a construção de um estacionamento subterrâneo para 100 veículos. Isso implicou na demolição das alas leste e sul, que foram substituídas por uma nova com dois pavimentos, no pavimento térreo, se encontram lojas e a praça e no pavimento superior, há um espaço com mais lojas. O mercado possui três entradas principais para pedestres e três para veículos no subsolo.

2º PAVIMENTO TÉRREO

ELÂN N

Acesso Público Pedestre

Acesso Público Veículos

LEGENDA Praça do Mercado Comercial/Lojas Circulação Vertical Circulação Horizontal

iImagen: volumetria Mercado Municipal Ponte de Lima. Fonte: ARCHDAILY, 2014.

36


TEMAS DE COMPOSIÇÃO MÉTODO PAUSE & CLARK

ILUMINAÇÃO NATURAL xxxxxA principal iluminação natural ocorre através do uso de estrutura metálica e vidro na cobertura da praça central, permitindo a entrada de uma ampla iluminação indireta além de transmitir leveza a edificação.

INCIDÊNCIA SOLAR VESPERTINO

INCIDÊNCIA SOLAR MATUTINO

REPETITIVO E SINGULAR xxxxÉ possível observar a repetição de elementos no corte. As torres são elementos dominantes nas fachadas norte e oeste. Além disso, as estruturas metálicas expostas na fachada leste se repetem simetricamente.

Imagem: fotos e cortes Mercado Municipal Ponte de Lima. Fonte: ARCHDAILY, 2014.

37


SIMETRIA E EQUILÍBRIO xxxxxA edificação antiga possui alguns elementos simétricos, na parte de reforma mais moderna também é possível visualizar elementos simétricos mesmo em diferentes aspectos. SIMETRIA ENTRE VOLUMES FORMAS

FACHADA SIMETRICA

ESTRUTURA xxxA A estrutura do projeto é pontuada por elementos metálicos que sustentam as vigas em madeira da cobertura em vidro na praça central. O piso em pedra original foi mantido visando resistir às eventuais inundações do Rio Lima.

Imagem: fotos e cortes Mercado Municipal Ponte de Lima. Fonte: ARCHDAILY, 2014.

38


ANÁLISE xxxxxO projeto do mercado municipal Ponte de Lima traz como ponto positivo a integração do antigo com o novo, visando a exposição a possíveis intemperes como chuvas e cheias. A expansão proporcionou um aumento quantitativo no público e na área comercial. Uma medida provisória foi realizada posteriormente com uma estrutura de painéis metálicos na cobertura do pátio central ampliando a área para feirantes não permanentes. Este projeto assim como o anterior, traz um aspecto de portas abertas para seu entorno, com vários acessos diretamente para o passeio púbico, da mesma forma prevista para o anteprojeto da Feira de Chapecó.

Imagem: foto Mercado Municipal Ponte de Lima. Fonte: ARCHDAILY, 2014.

39


Mapa área em Chapecó - SC Fonte: Google Eart,2019 (adaptado pelo autor)

Esta etapa traz importantes diretrizes para embasar a escolha do terreno e a realização do anteprojeto arquitetônico. Abordando análises urbanas da área de intervenção, as relações com o entorno onde está inserido o terreno,

40

assim como a infraestrutura urbana e as condicionantes físicas. Também será abordado a delimitação do público alvo, o programa de necessidades e o desenvolvimento da proposta inicial do projeto.


05

RELAÇÃO ENTRE PROGRAMA, SÍTIO E TECIDO URBANO


CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA LOCALIZAÇÃO

O terreno escolhido para a inserção do projeto está localizado no Oeste de Santa Catarina, no município de Chapecó. Está inserido no bairro Centro da cidade, situa-se em uma área urbana central, próximo aos principais acessos de entrada e saída da cidade, sua localização favorece uma proposta de

intervenção qualificada, pois atende uma vasta gama de bairros e está próximo as principais referências de Chapecó, como a Catedral Santo Antônio, Camelódromos, Praça Coronel Bertaso, Arena Condá, Terminal Rodoviário e colégio Marista.

BRASIL CHAPECÓ

SC

Localização Chapecó - SC de Chapecó SC autor (2019). Fonte:Localização Google Maps. Adaptado- pelo Fonte: Google Maps. adaptado pelo autor ,2019.

42


INSERÇÃO URBANA CHAPECÓ - SC A área de estudo delimitada foi de um raio de 400 metros em torno do terreno estudado. O mesmo está localizado no bairro Centro de Chapecó, SC, na quadra 58, lote 65; 65A; 67/69, com um total de 3600m², atualmente existe uma edificação em um dos lotes aonde contempla-se a feira atual. O lote

65 possui ainda uma pequena estrutura de uso da CASAN. Os lotes encontram-se em uma topografia pouco acentuada, com a exploração dos 3 lotes se condensa um terreno de esquina, possibilitando acesso pelas duas ruas principais ao norte com a rua Rui Clevelândia e oeste rua Rui Barbosa. Acesso: SC 480

N

N

LOTE DE INTERVENÇÃO

0

50

100

150

200m

Acesso: SC 283 GUATAMBU

Acesso: SC 283 SEARA

LEGENDA AV. GETÚLIO D. VARGAS ACESSO: SC480 ÁREA DE INTERVENÇÃO LOTE DE INTERVENÇÃO ACESSO: SC 480 SEARA Acesso: SC 157

ACESSO: SC157 NÚCLEO CENTRAL DA CIDADE

Acesso: SC 480 RIO GRANDE DO SUL

ACESSO: SC283 GUATAMBU

250 0

1000 500

2000

Mapa: Localização do terreno e acessos - SC Fonte: Prefeitura de Chapecó. Adaptado pelo autor (2019).

43


ÁREA DE ESTUDO - QUADRA - LOTES

local que apresenta grande demanda porém com características de estrutura incoerente, seria propício uma nova proposta de equipamento. Para melhor compreensão da dinâmica deste terreno e da área em que está inserido, foram diagramados mapas, que serão apresentados e contextualizados a seguir.

Com base no que foi abordado no tema da pesquisa quanto a história, funcionamento e necessidades da Feira Central do município, a escolha do terreno vem principalmente por já estar marcado na memória popular da cidade, devido a celebração atual da mesma. Além disso, a Feira Central é um equipamento que possibilita a requalificação do espaço urbano, assim um

LEGENDA ÁREA DE INTERVENÇÃO

N

40m 20 m

30 m

LOTE 65 ÁREA: 600m²

LOTE:67/69 ÁREA: 2400m²

30m

LOTE 65A ÁREA: 600m²

QUADRA: 58

10

Mapa: Terreno de intervenção. Fonte: Prefeitura de Chapecó. Adaptado pelo autor (2019).

44

20

40

80


USO DO SOLO

Devido ao terreno estar localizado na região central da cidade, na área em estudo encontram-se diversas atividades. Predomina principalmente edificações de uso misto e comercial. Caracteriza-se por um grande fluxo de veículos, devido a proximidade entre o camelódromo, a Catedral Santo Antônio, a Arena Condá, o Terminal Rodoviário e o colégio Marista.

LEGENDA USO COMERCIAL

ÁREA DE INTERVENÇÃO

USO RESIDENCIAL

INSTITUCIONAL / MUNICIPAL

USO MISTO

N

Mapa: Área de estudo, uso do solo. Fonte: Prefeitura de Chapecó. Adaptado pelo autor, (2019).

0

45

50

100

150

200m


VERTICALIDADE GABARITO ÁREA DE ESTUDO

É possível observar uma grande quantidade de edifícios de dois à cinco pavimentos e também muitos acima de cinco, porém a maior parte das edificações são caracterizadas por até dois pavimentos, assim alguns campos de configuração horizontal ficam inseridos entre grandes edifícios.

LEGENDA ATÉ DOIS PAVIMENTOS

ACIMA DE CINCO

DOIS A CINCO PAVIMENTOS

ÁREA DE INTERVENÇÃO

N

Mapa: Área de estudo, gabarito. Fonte: Prefeitura de Chapecó. Adaptado pelo autor, (2019).

0

46

50

100

150

200m


FIGURA FUNDO DENSIDADE ÁREA DE ESTUDO

Através do mapa figura fundo da área de estudo, é possível observar que apesar de haver alguns vazios nos lotes, há um grande adensamento, variando entre diversos formatos e dimensões, sendo caracterizada por uma densidade de grande porte devido a predominância de uso comercial e alguns edifícios.

LEGENDA ÁREA DE INTERVENÇÃO EDIFICAÇÕES

N

Mapa: Área de estudo, figura fundo. Fonte: Prefeitura de Chapecó. Adaptado pelo autor, (2019).

0

47

50

100

150

200m


SISTEMA VIÁRIO

O terreno de estudo tem como vias de acessos a rua Clevelândia e a rua Rui Barbosa, ambas as ruas se caracterizam como vias arteriais, levando em consideração que a fachada norte do terreno está em uma parte aonde a Rua Rui Barbosa altera para uma via local. Próximo ao terreno esta a Rua Marechal Floriano Peixoto como via coletora principal e ainda a Avenida Nereu Ramos como via arterial que da acesso a Rua Clevelândia, tornando-se uma das vias de principal relação entre a cidade e o terreno. Existe ainda uma ligação com a rua Condá, sendo uma via coletora principal da qual da acesso a Arena Condá. LEGENDA VIA ARTERIAL

LOCAL

COLETORA PRINCIPAL

ÁREA DE INTERVENÇÃO

N

Mapa: Área de estudo, sistema viário. Fonte: Prefeitura de Chapecó. Adaptado pelo autor, (2019).

0

48

50

100

150

200m


INFRAESTRUTURA URBANA

A infraestrutura urbana presente na área de intervenção e nas proximidades da mesma são relativamente boas. Conforme mostra o mapa abaixo focado na quadra do terreno em estudo as calçadas apresentam acessibilidade e seguem o padrão estabelecido pelo plano diretor da cidade. Todas as vias nessa área são asfaltadas, além de contarem com canteiros centrais e algumas com vegetação. Destaca-se mais detalhes da área no mapa de infraestrutura abaixo.

LEGENDA ÁREA DE INTERVENÇÃO

LIXEIRAS

PAV. ASFÁLTICA

ÁREA CASAN

CANTEIROS CENTRAIS

LOTES

REDE ELÉTRICA

RÓTULA

CALÇADAS PADRÃO

BOCA DE LOBO

REDE DE ESGOTO

N DIA ELÂN CLEV

I CUR TIBA

10 20

Mapa: Área de estudo, infraestrutura urbana. Fonte: Prefeitura de Chapecó. Adaptado pelo autor, (2019).

49

40

80


CONDICIONANTES LEGAIS

Visando atender às normas urbanas exigidas a nível municipal através do Plano Diretor de Chapecó, Lei nº 541, de novembro de 2014, que dispões sobre o Uso e Ocupação do solo. De acordo com

a mesma, o terreno de intervenção encontra-se no zoneamento Área Urbana Central - AUC. Os índices e parâmetros permitidos para a AUC são:

Unidade Territorial

Coeficiente de Aproveitamento Básico

Taxa de Ocupação

Recuo (m)

Número de pavimentos

Taxa de Permeabilidade (%)

Área Urbana Central - AUC

9

Base Torre 90 60

0 metros

Conforme CA

5%

Tabela de parâmetros urbanístico da área de intervenção Fonte: Plano Diretor de Chapecó, Anexo III - A. Adaptado pelo autor da pesquisa, (2019)

N

LEGENDA ÁREA DE INTERVENÇÃO ÁREA URBANA CENTRAL - AUC ÁREA ESPECIAL DE INTERESSE INST. - AEIT APP 15m CURSO D’ÁGUA

CENTRO

CURSO D’ÁGUA CANAL FECHADO SISTEMA VIÁRIO

SANTA MARIA

0

Mapa: Área de estudo, legislação. Fonte: Prefeitura de Chapecó. Adaptado pelo autor, (2019).

50

50

100

150

200m


conforme mostra no mapa: área de estudo, curso d’água. A tabela a seguir apresenta a elaboração dos cálculos de acordo com o terreno e índices AUC.

Segundo os parâmetros exigidos para o terreno em estudo, e considerando que devido o limite de APP, será possível edificar apenas no lote 67/69

Unidade Territorial

Área do terreno (m²)

Coeficiente de Aproveitamento Básico

Área urbana central - AUC

3600m²

32.400m²

Taxa de Ocupação Base 3240m²

Torre 2160m²

Recuo (m)

Números de pavimentos

Taxa de Permeabilidade (%)

0 metros

Conforme CA

180m²

Tabela de calculo dos parâmetros urbanístico da área de intervenção. Fonte:Plano Diretor de Chapecó, Anexo III - A. Adaptado pelo autor da pesquisa,2019.

DETALHES DA APP xxxxxEste mapa apresenta o detalhe do curso d’água, o qual esta identificado como canalizado (canal fechado). Conforme o art. do Novo Código Florestal Brasileiro (Lei nº12.651 de 25 de Maio de 2012), enquadra-se como APP 15m., não sendo permitido qualquer edificação no raio de 15 metros.

N

DD ELÂN

40

15

30m

Soma de áreas dos lotes 65 65A,67/69: 3600m² LEGENDA

0

CANAL FECHADO LARGURA APP

ÁREA EDIFICÁVEL

Mapa: Área de estudo, curso d´água. Fonte: Prefeitura de Chapecó. Adaptado pelo autor, (2019).

51

15

LOTE:67/69 ÁREA: 2400m²

5

30m

LOTE 65A ÁREA: 600m²

ÁREA EDIFICÁVEL: 1700m²

15

LOTE 65 ÁREA: 600m² m

30

Área permitida edificar: Lote 67/69 - 1700m² Área de APP no lote 67/69: 700m²

QUADRA: 58

10

10 10

10

20

50m


EIXOS VISUAIS DO TERRENO PONTOS IN LOCO xxxxxConforme foto 01 é possível identificar o atual lote de esquina, em uso pela subestação da CASAN, assim como na foto 07. Através das fotos 01 e 02 fica visível o desnível entre a esquina e

as duas fachadas norte e oeste. xxxxxA foto 02 mostra a fachada norte por onde acontece o acesso principal da feira.

1

2

Fotos: Vistas terreno. Fonte: Autor da pesquisa, (2019).

LEGENDA ÁREA DE INTERVENÇÃO 3

ÁREA CASAN

VEGETAÇÃO

CURSO D’ÁGUA

EIXOS VISUAIS

CANTEIROS CENTRAIS

2

N

ELÂN

D

1

3

7

6

5 4

QUADRA: 58

0

10

Mapa: Área de estudo, eixos visuais terreno. Fonte: Prefeitura de Chapecó. Adaptado pelo autor, (2019).

20

52

50m


4

3

Nas vistas 03, 04, 05 e 06 é possível identificar as edificações do entorno visual. Na foto 03 a fachada norte e na 04 a oeste. Ainda na vista 05 e 06 identifica-se a atual estrutura da feira, a vegetação e o

canal identificado como fechado não sendo dessa forma identificado qualquer exposição in loco. Na vista 07 identificase a fachada oeste na rua rui Barbosa e ainda a edificação de 6 pavimentos em limite com o terreno ao sul.

5

6

7

Fotos: Vistas terreno. Fonte: Autor da pesquisa, (2019).

53


CONDICIONANTES FÍSICAS

xxxxxNeste mapa podemos observar a análise das condicionantes do terreno, o mesmo possui uma grande figueira que esta localizada no lote de esquina (cotado no mapa abaixo), devido ao uso atual da feira o mesmo não possui outros tipos de vegetação, também conta com 3 árvores no canteiro central na fachada norte. xxxxxOs ventos predominantes são principalmente da região Nordeste e Sudeste, no local existem poucos edificações de grande porte, apenas um edifício ao sul, assim alterando relativamente o fluxo dos ventos no terreno.

xxxxxQuanto ao clima, o terreno possui boa insolação durante todo o dia, isso porque no seu entorno encontram-se vazios urbanos e edificações que não interferem na insolação. xxxxxNo lote de esquina existe uma subestação da CASAN, indicada no mapa. xxxxxAlém disso, outra condicionante é a existência de um curso de água canalizada, sendo que sua APP - Área de Preservação Permanente, se enquadra no art. do Novo Código Florestal Brasileiro (Lei nº12.651 de 25 de Maio de 2012) considerando um raio de 15m para curso fechado.

LEGENDA ÁREA DE INTERVENÇÃO

EV 40m

ÁREA CASAN VEGETAÇÃO

15m

DIREÇÃO VENTOS 15m

30m

CANTEIROS CENTRAL

5m

30m

CURSO D’ÁGUA

VENTOS NORDESTE

10m 10m

1 0m

SOL POENTE

30m

RÓTULA

N DIA ELÂN

SOL NASCENTE

INCIDÊNCIA SOLAR VENTOS SUDESTE

PAV. ASFÁLTICA 0

LOTES

10

20

Mapa: Área de estudo, condicionantes fisísicas. Fonte: Prefeitura de Chapecó. Adaptado pelo autor, (2019), Estudo sola/ventos: www.sunearthtools.com (2019) .

54

50m


TOPOGRAFIA - CORTES TERRENO 670 669 668

667

666

665 664 663 662

661 N

LEGENDA 660

SISTEMA VIÁRIO

ÁREA DE INTERVENÇÃO

660

B

670 669 668 667 666

A

A

OSA

CURVA DE NÍVEL

B BAR RUI RUA

QUADRAS

661 662

665 B

663 664 665 666

665 666

666

666

0

10 20

40

80m

RUA RUI BARBOSA

662 661 660

CORTE A - A 662 661 660

CLEVELÂNDIA

CORTE B - B

5

10

15

30m

Considerando os desníveis do terreno, em relação a Avenida Getúlio Vargas, na qual esta no nível 673m, ocorre um declive de 7m em relação a esquina do terreno (Rua Clevelândia com Rua Rui Barbosa), como representado nos cortes AA e BB é possível identificar os desníveis de 3m entre a esquina e a extremidade das duas fachadas norte e oeste. Mapa: Área de estudo, topografia e cortes. Fonte: Prefeitura de Chapecó. Adaptado pelo autor, (2019).

55


06

DIRETRIZES PROJETUAIS

56


PERFIL E DEMANDA PÚBLICO ALVO A proposta do anteprojeto arquitetônico da Feira de produtos agrogeológicos central de Chapecó - SC, tem como objetivo atender a crescente demanda de consumidores que buscam a feira, bem como incentivar e estruturar os agricultores feirantes. Estima-se dobrar sua capacidade, e ainda suprir alguns problemas de estrutura que afetam consumidores e comerciantes, para possibilitar uma melhor comercialização estimulando o desenvolvimento da economia no setor. Segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Rural de Meio Ambiente – SEDEMA, a estrutura fundiária do município é constituída essencialmente por agricultores familiares com pequenas propriedades. Do total de 1.837 estabelecimentos rurais, 92% deles são pequenas propriedades com característica de agricultura familiar. Sobre esses dados, segundo o setor de agricultura e desenvolvimento da Prefeitura Municipal de Chapecó, há uma necessidade em busca de alternativas para que pequenos

Imagem: Farmer clipart. Fonte: Freepik.com, (2019).

57

agricultores familiares possam tornar suas atividades viáveis economicamente, tendo a feira como possibilidade principal de comercializarem seus produtos (SEDEMA, 2015). Dentre os 10 pontos de feira da cidade que envolvem indiretamente 200 famílias, mais de 24 dependem da feira central para comercializarem sua produção. Nesse contexto, é de suma importância atender aos agricultores familiares comerciantes da feira, com o propósito de uma oportunidade de renda além de, atender a demanda dos consumidores urbanos que movimentam cerca de 6 milhões por ano SEDEMA (2015). Além disso, a proposta da feira objetiva atender aos consumidores e usuários dos espaços públicos em uma abrangência regional, vindo a promover e disseminar a cultura local através deste equipamento, uma vez que nenhum dos municípios vizinhos da região extremo oeste contempla um equipamento deste porte e função.


PROGRAMA DE NECESSIDADES O programa de necessidades e o pré-dimencionamento foram desenvolvidos a partir de análises levantadas através do referencial teórico, dos estudos de caso e análise do público alvo.

LAZER E CULTURA

ÁREA COMERCIAL Bancas

Playground

Bancas especiais

Sala workshop/ Oficinas

Cafeteria

Espaço cultural

Área de mesas

Praça externa/Espaço de convivência

INFRAESTRUTURA

Horta comunitária de chás

SERVIÇOS

Sanitários públicos Copa/Estar feirantes

Estacionamento

D.M.L.

Bicicletário

Carga/Descarga

Espaço foodtruck

Depósitos feirante

Imagem: Clipart Public Market. Fonte: http://clipart-library.com, (2019).

58


P R É DIMENSIONAMENTO

COMERCIAL

ÁREA EDIFICADA

Ambientes

Quant.

Descrição

Bancas normais

35

Box destinado para venda de produtos tradicionais

Bancas especiais

5

Cafeteria

1

Espaço para venda de lanches prontos e café.

Área de mesas

1

Espaço com mesas e cadeiras - 85 lug.

Equipamentos

Quant.

Área

Total

Público/ 2-3 func. Funcionários

20m²

700m²

Público/ Box destinado para venda Expositores, balcão caixa 2-3 func. maq. suco/cana, frizzer hor. Funcionários de sucos, peixes.

25m²

125m²

Público/ Balcão atendimento, estufa 2-5 func. Funcionários alim., cozinha simples.

40m²

40m²

110m²

110m²

Expositores, balcão caixa

20 mesas de 4 lug. , cadeiras

Usuários

Público

-

TOTAL m² + 30% Paredes

SERVIÇOS Ambientes

1267m²

EXTERNO - ÁREA NÃO EDIFICADA

Quant.

Descrição

Equipamentos

Usuários

Quant.

Área

Total

Estacionamento

01

Vagas: 50 veículos, 2 PCD, 2 idoso, 10 motos.

-

Público

-

-

750m²

Bicicletário

01

Vagas para 15 bicicletas

Fixa bike

Público

-

-

9m²

Espaço foodtruck

01

2 vagas para foodtruck de alimentação saúdaveis

Postes de iluminação

Funcionários

-

30m²

30m²

TOTAL

LAZER E CULTURA Ambientes Sala Workshop/ Oficina

ÁREA EDIFICADA

Quant. 1

789m²

Descrição Sala para realizar oficinas, com bancada e fogão.

Equipamentos

Usuários

Quant.

Área

Total

Cadeiras, mesas, bancada, fogão, geladeira

Público/ Feirantes

10/15 usuários

40m²

40m²

TOTAL m² + 30% Paredes

Pré-dimencionamento Fonte: Desenvolvido pelo autor, (2019).

59

52 m²


LAZER E CULTURA Ambientes

EXTERNO - ÁREA NÃO EDIFICADA

Quant.

Descrição

Equipamentos

Usuários

Quant.

Área

Total

Público

-

20m²

20m²

Playground

1

Pequeno playground externo.

Balanço, bancos, mob. para crianças

Espaço cultural

1

Pequeno espaço para exposições, apresentações

Bancos fixos, expositores de artes fixos

Público

-

36m²

36m²

Praça externa

1

Espaço ao ar livre com vegetação e mob. urbano.

Bancos fixos, mesas fixa, iluminação, lixeiras.

Público

-

900m²

900m²

Horta de chás comunitária

01

Horta apenas de chás comunitária

-

Público

-

5m²

5m²

TOTAL

INFRAESTRUTURA Ambientes

Quant.

Sanitários público

2

Copa/Estar feirantes

961m²

ÁREA EDIFICADA

Descrição

Equipamentos

Usuários

Quant.

Área

Total

Sanitários masculinos e femininos, PCD.

Sanitários, mictórios, lavatórios.

Público/ Feirantes

-

35m²

70m²

01

Pequena cozinha com estar para feirantes

Cozinha, geladeira, mesa, cadeira, sofás

Feirantes

-

20m²

20m²

D.M.L.

01

Depósito material limpeza

Tanque, armários

Funcionários/ Feirantes

-

6m²

6m²

Carga e descarga

01

Carga e descarga de mercadorias

-

Funcionários/ Feirantes

-

25m²

25m²

Depósito feirantes

01

Depósito de materiais para feirantes

Armários

Feirantes

-

25m²

25m²

Circulação bancas/Hall

01

Circulação entre bancas espaço conexão bancas

-

Público

-

100m²

100m²

TOTAL m² + 30% Paredes

289,8 m²

ÁREA TOTAL EDIFICADA

ÁREA

SETOR Comercial

1267 m²

Serviços

- m² 52 m²

Lazer e Cultura Edificado

290 m²

Infraestrutura TOTAL Pré-dimencionamento Fonte: Desenvolvido pelo autor, (2019).

60

1609 m²


FLUXOGRAMA ORGANOGRAMA Rua Clevelândia Acesso público pedestre

Hall circulação bancas Bancas

Playground

Bicicletário

Sanitários públicos

Cafeteria

Área de mesas

Espaço foodtruck Rua Rui Barbosa

CIRCULAÇÃO RESTRITA SERVIÇO

Horta de chás

CIRCULAÇÃO EXTERNA

Praça externa

CIRCULAÇÃO BANCAS - PÚBLICO

Bancas especiais

Espaço cultural

Copa/Estar feirantes Depósito feirantes

DML

Sanitários públicos Sala workshop/ Oficina

Estacionamento Acesso público veículos

Carga/Descarga Acesso serviço

LEGENDA ORGANOGRAMA

LEGENDA CIRCULAÇÃO

INFRAESTTRUTURA

CIRCULAÇÃO PÚBLICO INTERNA

LAZER E CULTURA

CIRCULAÇÃO PÚBLICO EXTERNA

ÁREA COMERCIAL

CIRCULAÇÃO RESTRITA PARA FEIRANTES E FUNCIONÁRIOS

SERVIÇOS Fluxograma/Organograma Fonte: Desenvolvido pelo autor, (2019).

61


CONCEITO

O conceito arquitetônico do anteprojeto para feira central de Chapecó visa a conexão, com intuito de incentivar o desenvolvimento da agricultura familiar, potencializar o comércio local e conectar a economia rural à urbana. Ao mesmo tempo busca conceber espaços públicos, promovendo relações sociais e culturais, proporcionando diversas atividades tanto em seu interior como no seu entorno. A feira deverá se abrir para a cidade. Possui também a premissa que o equipamento de feira funcione como um catalisador do espaço público, incentivando o consumo por alimentos de melhor qualidade e origem local.

AGRICULTURA FAMILIAR SOCIABILIDADE URBANA

POPULAÇÃO URBANA COMÉRCIO LOCAL

SAÚDE NUTRICIONAL

PARTIDO Partindo do conceito de conexão, a proposta parte de uma arquitetura de estrutura moderna porém com corpo, forma e características de antigo celeiro de fazenda, aonde celebra-se a interação entre público e tradicionais bancas dos feirantes. Com premissa de conectar a rua com equipamento, propõe ‘’portas’’ para calçada, além do uso do lote de esquina como praça de acesso para pedestres, propondo um isolamento e inibindo visualmente a pequena subestação da CASAN. A diversidade de usos acontece não só na edificação da feira, mas também no entorno que se estabelece junto ao estacionamento, ao espaço para foodtruck e a praça aberta.

62


RELAÇÃO URBANA xxxxxConforme já abordado, segundo entrevistas informais realizadas com feirantes e consumidores, confirma-se uma diversificação no público que frequenta a feira central. Assim, a feira central atende moradores de diversos bairros, incluindo aqueles que

contemplam uma pequena feira. xxxxxAtravés do mapa de relação urbana, é possível verificar a conexão entre a feira central, o terminal urbano e o núcleo do comércio. Essa proximidade dos equipamento promove ainda mais visitantes para o equipamento feira. Acesso: SC 480

N

Público do Terminal urbano e Núcleo central em contato com a Feira

Acesso: SC 283 GUATAMBU

Acesso: SC 283 SEARA

LEGENDA ÁV. GETÚLIO D. VARGAS

Áreas atendidas diretamente Feira Central

ACESSO: SC480 ÁREA DE INTERVENÇÃO LOTE DE INTERVENÇÃO ACESSO: SC 480 SEARA ACESSO: SC157 NÚCLEO CENTRAL DA CIDADE ACESSO: SC283 GUATAMBU

Acesso: SC 157

PONTOS DE FEIRA TERMINAL URBANO CENTRAL

Acesso: SC 480 RIO GRANDE DO SUL

ALTA DENSIDADE DEMOGRÁFICA

250 0

Mapa: Relação urbana com a cidade. Fonte: IBGE-Censo demográfico 2000. Desenvolvido pelo autor, (2019).

63

1000 500

2000


ESTUDO DE MANCHAS xxxxxO estudo de mancha foi elaborado a fim de resolver todos os setores e relação com ruas e entorno. Neste mapa esta destacado a forma inicial da edificação e os demais setores externos. Conforme à área permitida edificar, por conta da APP, o projeto propõe uma relação direta entre passeio público (pedestres) e o centro da feira (bancas e circulação). O projeto busca ser convidativo, atribuindo uma relação direta com seu entorno. xxxxxA principal fachada (norte) e o acesso de pedestres estão na Rua Clevelândia. O lote de esquina se torna uma praça aberta, com um segundo acesso para pedestres. xxxxxAo Sul fica previsto a área de estacionamento, com acesso para veículos pela Rua Rui Barbosa, sendo que 80% está locado sobre APP.

VENTOS NORDESTE

LEGENDA ACESSOS

EV

N DIA ELÂN

Acesso Público Pedestre

Acesso Público Veículos

SOL POENTE

SOL NASCENTE

Acesso carga/ descarga

0

10

20

50m

VENTOS SUDESTE

ESTACIONAMENTO

LEGENDA SETORES

APP

ÁREA EDIFICAÇÃO

CIRCULAÇÃO PEDESTRE EXTERNA

ESTACIONAMENTO

SUBESTAÇÃO CASAN

Mapa: Estudo de proposta área edificada. Fonte: desenvolvido pelo autor, (2019).

64

EQUIPAMENTOS EXTERNOS ÁREA PERMEÁVEL GRAMA/JARDIM


Imagem: imagem modelo fachada. Fonte: Freepik.com, (2019).

Imagem ilustrativa da fachada norte: fachada principal do projeto, prevê acesso para pedestres às bancas da feira, voltada diretamente para rua Clevelândia acompanhando seu desnível. A mesma forma se repete sobreposta à subestação da CASAN, ocultando visualmente a estrutura original.

N

SA

CA

Ponto do equipamento urbano de lixeiras realocados para o lado oposto da Rua Clevelândia,evitando intervir no acesso principal de pedestres.

Um vazio no meio faz uma quebra na forma, gera uma ligação com o estacionamento e a áreas externas, concebe um espaço de convívio aberto em meio as bancas da feira. Relacionando a circulação interna com a externa.

Representação: módulo de sobreposição para subestação CASAN.

Imagem: modelo Pátio de convívio. Fonte: Freepik.com, (2019).

Mapa: perspectiva isométrica. Fonte: desenvolvido pelo autor, (2019).

N

ELVÂN

Terreno de esquina atualmente fechado é i n t e g ra d o a o projeto,com a implantação de uma praça aberta ao público com acesso para a feira.

Á re a e d i f i c a d a c o m recuo de 2m ao limite do terreno.

Área de carga/descarga isolada ao leste, na extremidade do pátio de estacionamento para reduzir conflito com fluxo de público.

Fechamento com gradis para impedir acesso quando não ha funcionamento da feira.

LEGENDA ACESSOS 0

Implantação do estacionamento em área não permitida edificar (APP), o uso de paver intervalados mantém como área permeável. Acesso pela rua Rui Barbosa, possível por ambos os sentidos da via, conforme a interrupção do canteiro central existente.

10

20

50m

Acesso Público Pedestre Mapa: Estudo de proposta área edificada. Fonte: desenvolvido pelo autor, (2019).

65

Acesso Público Veículos


SOLUÇÕES PROJETUAIS AR QUENTE VENTOS NORDESTE

SOL MANHÃ

Prevê aberturas na cobertura, para uma troca de calor natural, permitindo o ar quente ser eliminado.

VENTOS NORDESTE

VENTILAÇÃO natural cruzada favorável aos ventos predominantes e posicionamento. Permitindo uma boa circulação interna e troca de ar naturalmente, o que torna o ambiente mais agradável aos usuários e mantem uma temperatura adequada para hortaliças e demais alimentos. A maior incidência solar da parte da manha (período de funcionamento da feira) atinge sul e leste, incidindo sobre áreas favoráveis como a praça externa central, horta, espaço cultural, playgroud e área de mesas atribuindo uma iluminação natural.

ESQUEMA DE FLUXOS Conforme o conceito apresentado, a prioridade é a conexão entre o equipamento feira com o entorno, a rua, o bairro, a cidade, entre os ambientes. Além disso, entre feirantes e consumidores e a própria comunidade tornando a feira um ponto de encontro e troca de saberes. É possível verificar essa interação no esquema de fluxos interno e externo, e sua dinâmica entre os ambientes e acessos ao equipamento .

N

ELVÂN

LEGENDA ACESSOS

Acesso Público Pedestre

Acesso Público Veículos

Acesso Restrito Pedestre

LEGENDA CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO PÚBLICO INTERNA - PEDESTRE

SOL NASCENTE

SOL POENTE

CIRCULAÇÃO PÚBLICO EXTERNA - PEDESTRE CIRCULAÇÃO RESTRITA PARA FEIRANTES E FUNCIONÁRIOS CIRCULAÇÃO PÚBLICO - VEÍCULOS

0

Mapa: Estudo de proposta. Fonte: desenvolvido pelo autor, (2019).

65

10

20

50m


SETORES CIRCULAÇÃO INTERNA Dimensionada para cumprir além da circulação espaços de convivência entre público e feirantes. Promove o acesso principal para pedestre, liga o passeio público com bancas e demais setores da edificação.

COMERCIAL Locado nas extremidades da edificação de modo a promover maior circulação e gerar mais interação entre os usuários, além de promover o comércio em todas as bancas. A cafeteria e a área de mesas foram locadas em pontos estratégicos e de fácil acesso tanto do passeio público quanto de outros setores como praça externa e estacionamento.

N

DIA ELÂN

EV

CIRCULAÇÃO EXTERNA A circulação externa relaciona todos os setores: estacionamento com equipamentos externos e circulação interna. Ainda promove um segundo acesso público na esquina do lote.

CIRCULAÇÃO RESTRITA Para uso de funcionários e feirantes, interliga setores de infraestrutura como carga/descarga a uma boa parte das bancas.

SOL POENTE

SOL NASCENTE

0

SERVIÇOS O estacionamento ficou isolado ao fundo do lote, usando uma pequena parte da fachada oeste, em local não permitido edificar devido APP. Não interfere no funcionamento dos demais setores, porém promove o acesso direto ao núcleo da feira e ao setor de carga/descarga isoladamente.

10

LAZER E CULTURA A proposta foi concentrar essas atividades no centro da edificação, levando o público para dentro da feira e assim promovendo maior interação e convívio durante a sua celebração. A sala de workshop foi locada de modo a possuir acesso direto ao estacionamento, permitindo uso em horários distintos da feira.

20

50m

INFRAESTRUTURA Este setor esta reunido em um ponto isolado dos demais, minimizando assim o contato com outros setores. Locado em ponto menos privilegiado da edificação, afastado dos principais acessos e pontos visuais da fachada, considerando que boa parte do seu uso ocorre em momentos específicos como abertura e enceramento. Entre os dois sanitários públicos, um foi locado em um ponto central para uso geral, já o segundo de forma mais isolada visando atender principalmente feirantes (sendo ambos públicos).

LEGENDA CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO PÚBLICO INTERNA

LEGENDA SETORES

SUBESTAÇÃO CASAN

CIRCULAÇÃO PÚBLICO EXTERNA

INFRAESTRUTURA

ÁREA COMERCIAL

CIRCULAÇÃO RESTRITA PARA FEIRANTES E FUNCIONÁRIOS

LAZER E CULTURA

SERVIÇOS

Mapa: Estudo de proposta setores. Fonte: desenvolvido pelo autor, (2019).

67


PROGRAMA DE ATIVIDADES Estrutura p/ isolamento Sub. CASAN

Bancas

Bancas Circulação serviço bancas

Área de mesas

Praça Externa

N

ELÂN

DIA

EV

Circulação Bancas Cafeteria Sanitários públicos Deck Praça externa Playground Horta de chás

Estacionamento veículos/ Bicicletários

LEGENDA ACESSOS

Espaço cultural Acesso Público Pedestre

Sanitários públicos

Acesso Público Veículos

Sala de workshop/ oficina

Espaço Foodtruck

Acesso Restrito Pedestre

Mapa: Estudo de proposta. Fonte: desenvolvido pelo autor, (2019).

0

68

10

20

Carga/descarga Depósito Feirantes Copa/Estar Feirantes D.M.L.

50m


Feira Livre Central

VOLUMETRIA

Chapecó

PARTIDO ARQUITETÔNICO xxxxxCom base nas plantas e esquemas de estudo de manchas foi realizada a pré volumetria, demonstrando a relação entre o terreno, a edificação e seu entorno. Na pré volumetria é possível notar também o desnível das ruas Clevelândia e Rui Barbosa em relação ao lote.

Módulo de sobreposição para subestação CASAN.

N

SA

CA

Rua Clevelândia

Rua Rui Barbosa

Acesso secundário praça Imagem: volumetria. Fonte: desenvolvido pelo autor, (2019).

69


Fechamento laterais em painéis eps isotérmico

Fachada norte em estrutura metálica com vidro

Aberturas laterais

Estrutura Metálica com fechamentos laterais em painéis eps isotérico.

Aço

Cobertura com telha isotérmica

EPS poliestireno expandido

Painéis eps isotérico para fechamento das laterais.

Imagem: volumetria Estrutura, isopainel Fonte: ARCHDAILY. Adaptado pelo autor, 2019.

70


Terminal RodoviĂĄrio

Catedral Santo AntĂ´nio

Imagem: volumetria. Fonte: desenvolvido pelo autor, (2019).

71


Feira

Imagem: volumetria. Fonte: desenvolvido pelo autor, (2019).

Arena Condรก

72


CONSIDERAÇÕES FINAIS

xxxxxAo fim dessa etapa de trabalho, observou-se o conhecimento necessário para desenvolvimento do tema. Estruturação de uma proposta preliminar que atendesse à demanda estando embasada nos conceitos abordados. xxxxxA proposta de feira apresentada consiste da intenção de incentivar o desenvolvimento da agricultura familiar, fomentar o comércio local e conectar a economia rural à urbana, por consequência ampliar o consumo de alimentos de maior qualidade e orgânicos. Além disso, teve por objetivo contemplar espaços públicos de relações sociais e culturais. xxxxxAs diretrizes abordadas sobre os aspectos históricos da Feira, entorno e condições de funcionamento foram importantes para a elaboração da proposta arquitetônica, e sobre isso criou-se uma nova proposta de configuração sobre o desafio de um terreno em meio a faixa de APP. xxxxxApós estudos e análises sobre o tema, pretende-se que a proposta estabelecida de uma nova Feira Central favoreça a sociedade, proporcione qualidade de vida, lazer, cultura e economia ao município de Chapecó - SC . xxxxxAs considerações, as limitações, as potencialidades e as demais descobertas referentes às condicionantes que constituem o processo arquitetônico serão todas elas retomadas na etapa de trabalho posterior trabalho de conclusão de curso II .

Imagem: Clipart Public Market. Fonte: http://clipart-library.com, (2019).

73


REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS ABRAMOVAY, R. Agricultura familiar e serviço público: novos desafios para a extensão rural. Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, n. 1, p. 137-157, jan. 1998. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Seminário de mercado de agrotóxico e regulação, Brasília, 2012. Disponível e m : < h t t p : / / p o r t a l . a n v i s a . g o v . b r / r e s u l t a d o - d e busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column1&p_p_col_count=1&_10 1_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_content&_101_assetEntryId=2665456&_101_type=content&_101_groupId=2 19201&_101_urlTitle=seminario-volta-a-discutir-mercado-de-agrotoxicos-em-2012&inheritRedirect=true>. Acesso em: 15 ago. 2019. ARCHDAILY. Mercado público de Lages. 2014. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/755352/primeiro-lugar-noconcurso-para-a-requalificacao-do-mercado-publico-de-lages-sc-zulian-broering-plus-zanatta-figueiredo>. Acesso em: 9 nov. 2019. ARCHDAILY. Mercado municipal Ponte de Lima. 2014. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/601468/mercadomunicipal-ponte-de-lima-slash-guedes-cruz-arquitectos>. Acesso em: 9 nov. 2019. BRASIL. Decreto-lei n 6323, de 27 de dezembro de 2007. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 27 dez. 2007. Seção 1, p. 12. _______. Decreto-lei n 10.831, de 24 de dezembro de 2003. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 dez. 2003. Seção 1, p. 8. BUAINAIN, A. M. Agricultura familiar, agroecologia e desenvolvimento sustentável: questões para debate. v. 1, 1 ed. Brasília: IICA. nov. 2006. CABRAL, L. Espaço e ruralidade num contexto de desenvolvimento voltado à agricultura familiar. 2004. 267 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004. CANCELIER, J. W.; CAMPOS, N. J.; BERTOLLO, V. L. Agricultura familiar: Possibilidades e estratégias de reprodução; O caso de Chapecó – SC. III Simpósio Nacional de Geografia Agrária – II Simpósio Internacional de Geografia Agrária Jornada Presidente Prudente, 11 nov. 2005. CARNEIRO, F. F. et. al. Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde. Agrotóxicos, Segurança Alimentar e Nutricional e Saúde. Rio de Janeiro: ABRASCO, 2013. CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica: para uso dos estudantes universitários. 2. ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1978. CHAPECÓ (Município). Prefeitura Municipal. Plano de Desenvolvimento Rural. Chapecó: [s. n.], 2015. 244 p. _________ (Município). Prefeitura Municipal. 2019. Disponível em: www.chapeco.sc.gov.br Acesso em: 11 out. 2019. DE PAULA, M. M.; KAMIMURA, Q. P.; SILVA, J. L. G. Mercados institucionais na agricultura familiar: dificuldades e desafios. Revista de Política Agrícola. n. 1, 2014. ECOVIA INTELLIGENCE. The Global Market For Organic Food & Drink: Trends & Future Outlook (4º Relatório Global), Abr. 2019. Disponível em: < https://www.ecoviaint.com/global-organic-food-market-trends-outlook/>. Acesso em: 21 set. 2019. EPAGI/CEPA. Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina. Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina. v 1. Florianópolis, SC: editado pela Epagri/Cepa, 2014-2016. Disponível em: <http://cepa.epagri.sc.gov.br>. Acesso em: 19 set. 2019. FERRARI, D. L. Cadeias agroalimentares curtas: a construção social de mercados de qualidade pelos agricultores familiares em Santa Catarina. 2011. 347 f. Tese (Doutorado) - Curso de Ciências Econômicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011. FERREIRA, A. R. A. C. O movimento Slow Food The Slow Food Movement. 2011. (Monografia). Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação, Universidade de Porto, Porto, Portugal. Disponível em: <https://repositorioaberto.up.pt/bitstream/10216/54666/4/132873_09116TCD116>. Acesso em: 20 set. 2019. GIDDENS, A. As consequências da modernidade. São Paulo: UNESP, 1991. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica. Censo Agropecuário. 2010. Disponível em: <https://censo2010.ibge.gov.br/noticias-censo.html?busca=1&id=1&idnoticia=1466&t=agricultura-familiar-ocupava-84-4estabelecimentos-agropecuarios&view=noticia>. Acesso em: 11 out. 2019. IFOAM. International Federation of Organic Agriculture Movements. 2010. Disponível em: <http://www.ifoam.org/growing_organic/definitions /doa/index.htm>. Acesso em: 11 nov. 2019.

74 ‘’Deus não precisa receber, mais os homens precisam doar’’ Robert Kiyosaki


KARAM, F. Não coma veneno. Agrotóxicos e alimentação saudável. Salve seu futuro. Você pode evitar a Doença de Alzhimer. 2. ed. Ampl. Florianópolis: Insular, 2015. KARAM, K. F.; ZOLDAN, P. Comercialização e consumo de produtos agroecológicos. Florianópolis: Instituto Cepa/SC, 2003. p. 4051. LAGE, M. O mercado orgânico de BH: um estudo de caso das feiras orgânicas municipais. 2016. (Mestrado) – Pós-graduação em agricultura orgânica PPGAO, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016. LEFF E. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. 7 ed. São Paulo: Petrop Vozes, 2009. _______. Discursos sustentáveis. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2010. MACONI, M.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2003. MAPA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 2018. Disponível em: < http://www.agricultura.gov.br/noticias/mercado-brasileiro-de-organicos-fatura-r-4-bilhoes>. Acesso em: 21 set. 2019. _____. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Abr. 2019. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/noticias/em-sete-anos-triplica-o-numero-deprodutoresorganicos-cadastrados-no-mapa/>. Acesso em: 21 set. 2019. _____. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 2019. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/noticias/cresce-percentual-de-organicos-nas-compras-do-programa-de-aquisicao-dealimentos>. Acesso em: 21 set. 2019. MIOR, L. C. Agricultores familiares, agroindustriais e redes de desenvolvimento rural. 1 ed. Chapecó: Argos, 2005. OFFER, A. Between the gift and the market: the economy ofregard. Economic History Review, Oxford, v. 50, n. 3, p. 450–476, 1997. OLTRAMARI, A. C.; ZOLDAN, P.; ALTMANN, R. Agricultura orgânica em Santa Catarina. Florianópolis: Instituto Cepa/SC, 2002. PACHECO, M. E. C.; NETO, A. F.; FERREIRA, L. A. S. Sociologia Rural Urbana. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017. PADUA, J. B.; SCHLINDWEIN, M. M.; GOMES, E. P. Agricultura familiar e produção orgânica: uma análise comparativa considerando os dados dos censos de 1996 e 2006. Campo Grande: Interações, v. 14, n. 2, p. 225-235, jul./dez. 2013. PINELI, L. L. O. et al. Oficinas culinárias: uma estratégia de educação nutricional sob a perspectiva do pró-saúde. v. 1, 9 ed. Brasília: Tempus Actas de Saúde Coletiva, mar. 2015. PIRENNE, H. As Cidades da Idade Média. v. 51. São Paulo: Europa-América, 1973. PLEIN, C.; FILIPPI, E. E. Capitalismo, agricultura familiar e mercados. Revista Desenvolvimento Regional. v. 16, n. 3, 2011. PPS. Project for Public Space, Inc. Public markets as a vehicle for social integration and upward mobility. Nova York, set. 2003. Disponível em: <pps.org/article/the-benefits-of-public-markets>. Acesso em: 11 out. 2019. JESUS, G. M. O lugar da feira livre nas grandes cidades capitalistas: conflitos, mudanças e persistências. (Dissertação) 1991. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestrado em Geografia apud SILVA D. O. A feira livre de cruz das almas: dinâmica espacial, planejamento e gestão municipal. 2018. Cruz das Almas/BA: UFRB 136 p. PRIM, L. F. Agricultura de grupo e o projeto camponês: avanços e limites da construção da cidadania. O movimento da cooperação agrícola no Oeste catarinense. 1996. 155 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia Política) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1996. RADOMSKY, G. W. Redes sociais de reciprocidade e de trabalho: as bases histórico sociais do desenvolvimento na Serra Gaúcha. 2006. 207 f. Tese (Dissertação de Mestrado em Desenvolvimento Rural) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2006. SACHS, I. Desenvolvimento includente, sustentável e sustentado. 1 ed. Rio de Janeiro: Garamond, 2004 SARDÁ, F, A, H; FERRAREZZO, E, M; Controle de Qualidade de Produtos Vegetais e animais. Londrina: Ed. E Dist. Educacional S.A., 2018. SEDEMA. Secretária do Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente. Plano de Desenvolvimento Rural. Art. 31 do Plano Diretor de Chapecó. 2015. Disponível em: <https://www.chapeco.sc.gov.br/conteudo/36/desenvolvimento-rural-e-meio-ambiente>. Acesso em: 17 set. 2019. SILVA D. O. A feira livre de Cruz das Almas: Dinâmica espacial, planejamento e gestão municipal. 2018. Cruz das Almas/BA: UFRB 136 p. VAGULA, M. J.; ROQUE, A. M. T; Alimentação e a qualidade de vida. Londrina: Ed. e Dist. Educacional S.A., 2018. WILLER, H. Organic Agriculture Worldwide: The main results of the FiBL-IFOAM Survey. Biofach Congress, Nürnberg, 2010.

75 ‘’Quanto mais a sociedade se distancia da verdade, mais ela odeia aquele que a revelam’’ George Owell


Feira Livre Central Chapecรณ

ARQUITETURA E URBANISMO

RAFAEL STRAMOSK

2019


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.