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COLABORADORES Rafael Tedesko Robson Jack Santana Rodrigo Moczanski
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SUMÁRIO
Capa Frutiger
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Usos Da Tipografia Frutiger
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Adrian Frutiger
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Tipo Frutiger
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Capa Gould Old Style
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Usos da Tipografia Gould Old Style
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Frederic W. Goldy
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Tipo Gould Old Style
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ADRIAN FRUTIGER [1928] Filho de um tecelão, Frutiger sempre foi apaixonado por escultura. Seu pai era contra a incursão de seu filho no mundo das artes e Adrian, numa espécie de ato rebelde, criava tipos de letras diferentes indo contra a escrita tradicional europeia daquele tempo. Por conta de seu grande talento, foi incentivado a estudar artes gráficas por seus professores. Seu amor pela escultura influenciou muitas de suas fontes. Frutiger tem uma carreira que passa desde o desenvolvimento dos tipos em metais quentes até a era do desenho digital. Algumas das fontes de Frutiger são hoje verdadeiros clássicos do século XX: a Univers, a Frutiger, a Vectora, a Glipha, etc. Adrian Frutiger é considerado um dos expoentes da tipografia dita moderna, mais precisamente, da tipografia suíça do pós-guerra, aquela que conseguiu pôr em prática a visionária proposta dos adeptos da neue typographie: a letra universal, apropriada para todos os fins, em todos os sítios e para todas as culturas. FRUTIGER
e descendentes são muito proeminentes, e as aberturas são largas para distinguir facilmente as letras umas das outras. Devido à complexidade e a importância da informação que estava sendo passada, a Frutiger é uma fonte sem serifa com traços humanistas que trazem clareza e legibilidade ao material no qual é empregada. USOS A Frutiger pode ser encontrada na identidade corporativa da Raytheon, o Serviço Nacional de Saúde na Inglaterra, Telefónica O2, a Marinha Real Britânica, a London School of Economic and Political Sciences, a Canadian Broadcasting Corporation - CBC, o conservador Partido do Canadá, o Banco Bradesco no Brasil, pelas Forças Armadas Finlandesas e nos sinais de trânsito na Suíça. A fonte também tem sido usado em toda a rede de transportes públicos em Oslo, na Noruega desde os anos 1980, além do metro de Buenos Aires e nos trens urbanos de São Paulo - CTPM. Também marca presença nos logotipos de websites famosos como o Dropbox, Flickr e Techcrunch. Em 2008, foi eleita a quinta fonte mais bem vendida pela fundação Linotype.
Em 1968, Frutiger foi convidado a projetar o sistema de comunicação visual do Aeroporto Internacional Charles de Gaulle de Orly, em Paris, que precisava de uma novo e moderno sistema sinalético, que acompanhasse a arquitetura arrojada d o edifício. A fonte que usou neste sistema foi totalmente projetada para a ocasião, embora tenha sido inspirada nos desenhos da Univers. Originalmente chamada Roissy, pela localização do aeroporto, a tipografia foi concluída em 1975 e aplicada ao local no mesmo ano. A fonte resultante foi adaptada para a comercialização e passou a ser conhecida como Frutiger. É uma tipografia sans-serif, limpa, robusta e altamente legível. Apesar de ter sido projetada inicialmente para uso como sinalização aeroportuária, a Frutiger tem uma qualidade universal que a torna adequada para as mais variadas aplicações. Frutiger desenhou cada peso à mão, sempre pensando em como as formas seriam se fossem cortadas ou entalhadas em metal ou pedra. Devido a este cuidado extra, que dota a fonte com um toque de humanidade, o typeface permanece novo e atraente até hoje. Os ascendentes
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FREDERIC W. GOUDY [1865 - 1947] Tipógrafo americano autodidata, considerado um dos mais prolíficos criadores de tipos, já que desenhou cerca de 124 tipos de letras, embora já contasse com 30 anos quando desenhou o seu primeiro typeface de qualidade . Entre suas criações mais conhecidas estão a Copperplate Gothic e Goudy Old Style. Em 1933, o New Yorker o descreveu como “o glorificador do alfabeto”. O número de fontes projetadas Goudy varia de acordo com o estudo, mas podemos determinar entre 116 e 124 tipos.A maioria eram os tipos de publicidade, mas também projetou fontes para texto. Muitos de seus desenhos eram variações de modelos históricos. Embora atualmente Frederic W. Goudy seja um tipógrafo de renome, para alguns colegas contemporâneos de profissão, interessado em reproduzir modelos históricos com fidelidade total, sua obra sofreu com a falta de gosto. Stanley Morison, autor da Times New Roman, esforçou-se para produzir tipo que fossem dotados de “a virtude de não parecer que tinha sido projetados por ninguém em particular. Mr. Goudy, por exemplo, criou um século de tipos de aspecto peculiar... “
nunca passou de moda. Esta tipografia, com curvas pronunciadas e traços finos, adiciona um toque mais humano a qualquer documento que pareça demasiado austero quando composto noutro Tipo. A graciosidade das suas formas tornam-no visualmente muito apelativo, ao mesmo tempo que as suas curtas descendentes permitem o uso de um entrelinhamento apertado e consequentemente maior número de linhas por página. A Goudy Old Style é considerada umas das tipografias serifadas mais legíveis e de fácil leitura para uso em impressões.
USOS Diversas instituições e universidade fazem uso da Goudy Old Style em sua identidade. As características sérias e elegantes da tipografia combinam perfeitamente com os princípios da educação e formação. Podemos encontrar a Goudy Old Style na Universidade de Emory de Atlanta, Universidade de Northwestern, em Ilinois, Universidade Nacional da Colômbia, além da Cidade do México. Além destas, revistas como a Harpers e a Mother & Child fazem uso da Goudy em suas marcas, imprimindo classe à suas marcas.
GOUDY OLD STYLE A criação mais conhecida de Frederic W. Goudy é a fonte Goudy Old Style, que se tornou um clássico da época.Também conhecido simplesmente como Goudy, é uma fonte com serifa clássica criada para a American Type Founders (ATF) em 1915, sendo sua vigésima quinta criação. Suficientemente flexível para ser usado em texto e fora dele, o Goudy Old Style é um dos clássicos da ATF, muitas vezes usado em publicidade e embalagem. As características que o distinguem são os pontos em forma de diamante nas letras “i”, “j” e nos sinais de pontuação; a orelha da letra “g” voltada para cima; e a base das letras “E” e “L”. Alguns anos mais tarde, como resposta a enorme popularidade do Cooper Black, a Lanston Monotype encarregou Goudy de desenhar variantes mais espessas do Goudy Old Style. Elegante, todavia ousado, o Goudy Old Style
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