REQUALIFICAÇÃO ÁS MARGENS DO CÓRREGO IPIRANGA
REQUALIFICAÇÃO URBANA ÁS MARGENS DO CÓRREGO IPIRANGA CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO RAISSA ESGOLMIN ORIENTADORA MARIA CRISTINA MOTTA ARQUITETURA E URBANISMO
AGRADECIMENTOS Agradeço à minha família por toda a força que me deram em momentos de dificuldade no processo deste TFG. Minha mãe Ligia, pelo incentivo e exemplo em toda minha jornada desta faculdade, ao meu pai Elder, por todo carinho e apoio durante todos os dias, principalmente nas madrugadas e meu irmão, Arthur por estar sempre torcendo por mim. As amigas que a faculdade me presenteou, principalmente Bruna, Sarah e Fernanda, pelo companheirismo e paciência ao longo destes 05 trabalhosos anos. A minha orientadora, Maria Cristina Motta, pela confiança, parceirismo e atenção em todo o processo deste TFG. E a do
todos meu
que estiveram presentes e crescimento dentro desta
incentivangraduação. Obrigada.
"O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se par te deste até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: procurar e reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço" Italo Calvino, Cidades Invisíveis.
Capítulo 01
Capítulo 02
1.1 Introdução 1.2 Conceituação 1.3 Estudos de Casos
2.1 Contextualização 2.2 Diagnóstico 2.3 Projeto
Introdução
Projeto Urbano
SUMÁRIO Capítulo 03 Projeto Arquitetônico
3.1 Contextualização 3.2 Projeto
Bibliografia
CAPÍTULO 01
INTRODUÇÃO
O Trabalho Final de Graduação a seguir, pertence à um projeto urbano. Por conta da falta de planejamento correto da drenagem urbana das cidades ao longo dos anos, a população está sendo diretamente afetada com enchentes e alagamentos, e um destes locais são as margens do Córrego Ipiranga. O tema propõe desenvolver um projeto de requalificação as margens do Córrego do Ipiranga, encontrando soluções de drenagem urbana para os alagamentos ocorridos no local, retirando a população do envoltório de uma zona de vulnerabilidade social e territorial. O projeto de requalificação contará com a participação da população residente para evitar o processo de gentrificação na área e principalmente, trazer maior qualidade de vida para o local junto de Habitações Sociais , comércio e instituições.
INTRODUÇÃO
REQUALIFICAÇÃO Segundo Moura (2006), tem como maior objetivo melhorar a qualidade de vida da população em uma área vulnerável e esquecida pela cidade, desenvolvendo recuperação de infraestrutura no local. Com isso, deve-se haver um incentivo de medidas sociais, culturas e econômicas, como atrativo ao local, para movimentação e geração de rendas aos comércios e serviços a sua volta.
Para a autora Tanscheit (2017), com a requalificação de áreas urbanas, desempenham papeis importantes em prol do meio ambiente e da saúde da população. As diferentes formas de intervenção urbana podem alterar positivamente em espaços públicos com objetivo de tratar questões sociais, reativar a economia local, melhorando o aspecto esteticamente.
Continuamente com o mesmo pensamento, Sotratti (2014), compartilha que a requalificação urbana tem a proposta de revalorizar locais contemplando suas origens. Com isso, ainda deve-se incluir as soluções para exclusões sociais, pensando tanto na qualidade de vida em ambientes sadios e revalorizados, como movimentar a economia do local para geração de empregos e rendas à comunidade.
A Requalificação Urbana efim, é conceituada como uma gradativa inclusão social tanto de uma população marginal quanto de locais desvalorizados e irregulares. Requalificar tende a humanizar e solucionar o sistema de exclusão de áreas das cidades atuais, qualificando locais degradados e esquecidos pelo governo e pela população, retomando sua identidade, além de movimentar a economia e renda do local.
URBANA
Requalificação melhoria
Urbana
da
construção
qualidade e
é,
sobretudo,
de
recuperação
um
instrumento
vida
da
população,
de
equipamentos
e
para
a
promovendo
a
infraestruturas
e a valorização do espaço público com medidas de incentivo social
e
acessibilidade
econômico,
através
de ou
melhorias
urbanas,
de
centralidade
(MOURA, 2006)
CONCEITUAÇÃO
Segundo Kaztman (2001, p.173), esta sociedade excluída vivenciam um isolamento social, a partir da conjunção de dois elementos, além da própria segregação: a precariedade e instabilidade do mercado de trabalho e a existência de carências espacialmente diferenciadas relativas aos vários serviços oferecidos à população. Ela é resultado de uma conjuntura de condições e/ou características, em várias dimensões que, acionadas em conjunto ou mes
mo de maneira individual, podem tornar-se elementos capazes de aumentar a capacidade de resposta as estr uturais que afetam as condições de bem-estar. Cunha (2016), refere-se a vulnerabilidade com dois caráteres conjuntos, sendo eles característicos tanto à indivíduos, comunidades e famílias, como referente a localidade e ao meio social ao qual estão inseridos. A vulnerabilidade pode seguir estes dois âmbitos, juntos ou individualmente, porém mostra que não está associada apenas a questão social, mas também à localidades e territórios ao quais trazem vulnerabilidade e risco às comunidades residentes. Para Chambers (1989), existem três elementos impor tantes sobre a vulnerabilidade social: a exposição da população a cer-
VULNERABILIDADE
O autor Kaztman (2000), considera que a vulnerabilidade social seria resultante de um atraso e falta de sincronia entre os requerimentos de acesso às estruturas de oportunidades oferecidas pelo mercado, pelo Estado e pela sociedade, além dos ativos dos domicílios que permitiriam aproveitar estas oportunidades.
Conclui-se assim que a vulnerabilidade social está atrelada a situação de riscos, estresses e falta de bem-estar que comunidades, famílias e indivíduos estão inseridos, por conta de âmbitos socioeconômicos, faltas de oportunidades igualitárias, instabilidade do mercado, descuido e esquecimento do Estado, além de inseridos à ter ritórios e ter renos inadequados e sem infraestr utura.
SOCIAL
tos riscos, a dificuldade na capacidade de enfrentá-los e a potencialidade de que estes tragam consequências impor tantes para os afetados.
Um dos consensos sobre o conceito de vulnerabilidade social é de que o mesmo apresenta um caráter multifacetado, abrangendo várias dimensões, a partir das quais é possível identificar situações de vulnerabilidade dos indivíduos, famílias ou comunidades. Tais dimensões dizem respeito a elementos ligados tanto às características próprias dos indivíduos ou famílias, como seus bens e características sóciodemográficas, quanto àquelas relativas ao meio social onde esses estão inseridos.
(Cunha, 2016 p.01) CONCEITUAÇÃO
Para Tanscheit (2019) muitas vezes projetos de requalificações liderados por governos em parceria de público-privado, esquecem da participação da sociedade, não atendendo suas necessidades e acabam afastando a comunidade local, dando espaço a população rica. Sendo deste feito, vem a crítica comum as intervenções não pensadas na habitação local, apresentando processos de gentrificação, sendo empreendimento construídos sem qualquer conexão com a realidade local. Ainda, Tanscheit (2019), fala que novos modelos de transformações urbanas devem reconhecer que a mudança não pode mais ser responsabilidade de um único ator, organização, instituição ou setor. A mudança precisa de coalizões e movimentos de múltiplos atores, tanto do lado da demanda quanto da oferta, da inovação e da intervenção.
GENTRI
A ideia de qualificar um espaço público ao melhorar ambientes que unam pessoas não deveria gerar desconfianças ou temores. Porém, experiências específicas de locais que viram o custo de vida aumentar muito após a sua requalificação vêm gerando contradições. Afinal, a nova vilã chamada gentrificação. Já o termo gentrificação foi cunhado em 1964 pela socióloga britânica Ruth Glass para descrever o fluxo de pessoas da classe média que deslocou moradores de classe baixa de bairros urbanos. (TANSCHEIT,2019)
No artigo de Quintanilha e Portella (2016), as autoras compartilham dos mesmos pensamentos, cujo sem a participação pública dos habitantes de uma região que sofrerá uma intervenção urbana, o projeto se voltara contra a comunidade de origem do local, dando ênfase ao processo de gentrificação. As autoras discutem a falta de participação da comunidade portuária nas discussões do poder públicos, referente a intervenção urbana no bairro. Sabem que sem esta participação, com a requalificação do local, trazendo vitalidade e sendo um porto de uso frequente, irá expulsar os
IFICAÇÃO moradores vez de
residentes da incrementá-los
região, em ao projeto.
Projetos de renovação da área estão sendo discutidos pelo poder público, mas muitas vezes a falta de métodos participativos que promovam discussões entre a população local e os projetistas torna-se um empecilho para o sucesso dessas iniciativas. A oficina desenvolvida para o estudo aqui apresentado caracteriza-se por uma das primeiras iniciativas na direção de diminuir esse obstáculo e entender melhor as necessidades dos moradores locais e contrapô-las com as propostas de renovação urbana, a fim de se alcançar um projeto participativo, onde a gentrificação não se volte contra a comunidade de origem do bairro. Espera-se que os resultados e discussões sejam inspiradores para novas formas de concepção de projeto e participação popular. (PORTELLA, QUINTANILHA, et al., 2016)
Por fim, Zachariasen (2006), liga o processo de gentrificação à fenômenos culturais e econômicos, não sendo uma mudança apenas social, mas uma mudança física, pensados apenas em mercados imobiliários e fundiários.
A gentrificação é um fenômeno ao mesmo tempo físico, econômico, social e cultural. Ela implica não apenas uma mudança social, mas também uma mudança física do estoque de moradias na escala de bairros; enfim, uma mudança econômica sobre os mercados fundiário e imobiliário. É esta combinação de mudanças sociais, físicas e econômicas que distingue a gentrificação como um processo ou conjunto de processos específicos.
(ZACHARIASEN, 2006)
CONCEITUAÇÃO
URBANIZAÇÃO DO COMPLEXO CANTINHO DO CÉU
Projeto desenvolvido pelo escritório Boldarini Arquitetura e Urbanismo, em 2008, no Complexo Cantinho do Céu – São Paulo, Brasil, tem como prioridade assegurar qualidade da água da Represa Billings, evitando também o assoreamento dele e qualificando a vida dos moradores residentes do complexo. O projeto utiliza de soluções que valorizaram o lazer nos espaços desocupados, dando maior funcionalidade a região.
O projeto foi escolhido como estudo de casos, pois os Arquitetos tiveram de remover as construções residentes as margens da represa, principalmente pelo risco as quais as pessoas viviam expostas por conta de alagamentos e assim desenvolveram um Parque as margens da represa, promovendo a integração da população com a água, no qual se tornará um ato fundamental ao meu projeto, desapropriando lotes vulneráveis por estarem em zonas de várzea assim como na Avenida Teresa Cristina, Ipiranga.
Foi também trabalhado novas condições de mobilidade diante das estruturas viárias existentes para reconexão dos loteamentos entre si com a malha viária de seu entorno, por isso novas vielas e ruas, com escadarias para melhores acessos e conexão com entorno, cujo na região do Ipiranga a ser trabalhada, haverá abertura e alargamentos de ruas para maior conexão da Avenida do Estado à Avenida Dom Pedro I, não deixando a Av. Teresa Cristina se sobrecarregar para a interligação do Ipiranga à Vila Prudente, Mooca e Centro. E a intervenção compõe-se o de um conjunto de áreas destinadas à preservação, com fachadas tratadas de painéis, em cores integrados ao parque, com a finalidade de compor uma paisagem com o ambiente natural e construído. Ou seja, integrando seu entorno existente, preservando-o e restaurando-o para integrá-lo junto ao projeto.
ESTUDOS DE CASO
BONFIM – OPERAÇÃO URBANA TIETÊ II
Projeto criado em Osasco, trouxe aos seus moradores uma identidade, a ser construída através dos espaços de convivência coletiva, e da incorporação do Rio Tietê como um elemento integrador, gerando uma Centralidade Regional, que converge múltiplos usos sustentados pela oferta de diferentes modalidades de transporte.
O projeto do Vigliecca trouxe uma visão mais ampla de como usar a Operação Urbana junto da identidade de seu projeto. A integração do Rio Tietê, também foi uma das grandes influencias que este projeto trouxe. E principalmente, seu desenho urbano, inspirou de diversas formas a reconstituir um novo espaço mais integrado e pensado no pedestre.
A renovação da área prevê o aumento de densidade e reaproveitamento de galpões, edifícios e terrenos vagos ou subutilizados, de forma a aproveitar a infraestrutura de transporte público existente no local, facilitando e minimizando o número de deslocamentos regionais e dentro da própria área de intervenção, inclusive com a combinação de diferentes modalidades de transporte. A área da OUC localiza-se entre grandes eixos viários e ferroviários, e está próxima à área central do município, considerada pólo regional da Região Metropolitana de São Paulo. ESTUDOS DE CASO
PLANO URBANÍSTICO PARQUE DOM PEDRO II O escritório UNA desenvolveu o projeto Parque Dom Pedro II, localizado no Centro de São Paulo. Este projeto esteve lado a lado em meus passos ao desenvolver a Requalificação no Córrego do Ipiranga. Os projetos tratam de uma mesma temática, em locais relativamente próximos e de significado histórico e com desenhos expressivos. O projeto faz uma integração direta do rio tamanduateí com o pedestre, o desenvolvem algumas arquiteturas pela necessidade da área, buscam soluções de drenagem para a região e a maior qualidade de vida para os residentes e usufruintes do local. O projeto também busca uma melhoria em acessos relativos a mobilidade do local, uma vez que esta região se torna bem movimentada de ônibus e carros. Desenvolvem também travessias para pedestres acima do Rio Tamanduateí, deixando ele de ser uma barreira física.
ESTUDOS DE CASO
CAPÍTULO 02
DEFINIÇÃO DO RECORTE URBANO
Mapa retirado do Geosampa e modificações de autoria prória
O levantamento a seguir foi feito no bairro do Ipiranga, em São Paulo. CONTEXTUALIZAÇÃO
Mais no Distrito
precisamente, do Ipiranga.
M
Mapa retirado do Geosampa e modificações de autoria prória
CONTEXTUALIZAÇÃO
CONTEXTUALIZAÇÃO BAIRRO DO IPIRANGA
O bairro do Ipiranga, esteve assim como o país, em constante evolução, desde a chegada dos portugueses em nossas terras. Desde os primeiros registros de nosso país em cartas coloniais, o Ipiranga já havia sendo citado, por ter se tornado uma rota da Cidade de São Paulo para o Porto de Santos. O Córrego do Ipiranga já havia sua funcionalidade e importância, conhecido como o Caminho do Mar. Ao longo dos anos, com a importância histórica do grito da Independência às margens do Córrego, houve a construção da ferrovia acompanhando a Estrada de Ferro São Paulo, percurso de Santos a Jundiaí, no qual o bairro foi deixando de ser um vasto vazio de fazendas ao longo do córrego, para um bairro operário, considerado um dos mais industrializados da cidade. Junto da importante construção da ferrovia, vieram marcos históricos como o Museu do Ipiranga, em 1895 e o Monumento do Ipiranga, em 1922, hoje tombados e preservados, atraindo na época a população rica da cidade. O bairro teve sua ascensão, porém ao longo dos anos os polos industriais de São Paulo começaram a migrar para o interior da cidade, pela possibilidade de terrenos maiores por valores mais baixos, fazendo com que algumas partes do bairro, antes concentrada de indústrias e galpões, fossem abandonadas e deterioradas, tornando-as em áreas vulneráveis, e residentes ao seu redor colocados em situação desprotegida de segurança e abandono. Junto das tantas mudanças que a região sofreu, uma de suas principais foi a canalização e retificação do Córrego Ipiranga, em 1942, através do Plano de Avenidas do Prestes Maia.
HISTÓRICO
CONTEXTUALIZAÇÃO
Junto dos problemas migratórios, também houve uma grande deterioração aos rios e córregos de São Paulo, por conta de suas canalizações e retificações, e construções irregulares a suas margens, sendo um deles, o Córrego do Ipiranga. O Córrego Ipiranga começou a relatar enchentes e alagamentos, por não obter estrutura e largura o suficiente para suportar a vasta abundância de água, em épocas de chuva, causando em suas margens uma vulnerabilidade social e estrutural para os moradores da área. Na figura 01 relata a situação do Córrego e suas margens na Av. Teresa Cristina, na figura 02 vemos uma das travessas da Teresa Cristina, Rua Jorge Moreira inundada e a figura 03, Rua Cipriano Barata degradada após a enchente, todas devido a enchentes ocorridas em épocas de grandes chuvas.
TOPOGRAFIA
FIGURA 01
FIGURA 02
FIGURA 03
.D AV
AV. TER ESA CRISTINA
AV. DOM PEDRO I
AD ST OE
AV .D
R.
R IC AR D
OJ
AF ET
O
AV. NAZARÉ
O mapa representa o levantamento feito de autoria própria, das áreas alagáveis do envoltório do Córrego Ipiranga, representado junto da topografia do local, mostrando que o loteamento se tornam irregulares por estarem em área de várzea do Córrego, se tornando em uma área de risco na qual deveria ser preservada como área alagável e permeável.
PRINCIPAIS PONTOS DE ALAGAMENTO
CONTEXTUALIZAÇÃO
Mapa retirado do Geosampa e modificações de autoria prória
O bairro do Ipiranga, por ser um bairro histórico, ainda que em constante evolução, tem preservado e mantido sua identidade, com baixos gabaritos ao envoltório tombado, residências atemporais, comércios inseridos em bens tombados, preservando e respeitando as áreas envoltórias tombadas pela CONPRESP ,CONDEPHAAT, e IPHAN.
PATRIMÔNIO HISTÓRICO
No mapa apresentado, pode-se ver as área envoltórias do bem tombado Museu do Ipiranga e Monumento da Independência, tombadas pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico e Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo, e seus bens tombados.
.D AV
AV. TER ESA CRISTINA
AV. DOM PEDRO I
AD ST OE
AV .D
R.
R IC AR D
OJ
AF ET
O
AV. NAZARÉ
BENS TOMBADOS ÁREA ENVOLTÓRIA TOMBADA IPHAAN ÁREA ENVOLTÓRIA TOMBADA CONDEPHAAT
Mapa retirado do Geosampa e modificações de autoria prória
O Transporte Coletivo da região, prioriza a ligação deste território com a de outros bairros, tanto o ônibus quanto o metrô. Esta é uma das explicações do porque as viagens de modo individual, principalmente a pé, são mais altas do que o modo coletivo .
MOBILIDADE
Ainda que o bairro seja priorizado por duas estações de Metrô, Sacomã e Alto do Ipiranga, junto do Terminal de Ônibus Sacomã, as interligações de ônibus pelo bairro deixam a desejar, principalmente na Avenida Teresa Cristina, na qual é uma Avenida primordial para a ligação da Av. Ricardo Jafet - Rod. Imigrantes, com a Av. do Estado. Esta ligação, mais precisamente falando, conecta o Suldeste - Caminho ao Litoral, com a Zona Leste e Zona do ACB.
Notasse também que por todo o distrito, são apenas pequenas áreas que presenciam ciclofaixas. A região presencia uma extensão do Fura Fila na qual passa pelo Terminal Sacomã - Terminal de Ônibus e de Metrô linha verde. Temos outro Terminal ao longo do distrito que se encontra ao lado do Clube Atlético Ypiranga, Estação CAY. Podemos analisar fisicamente que o bairro tem fluxo grande de veículos particulares e os mesmos lugares com um fluxo abundante de carros, são os mesmos que encontram linhas exclusivas de Ônibus, ou seja, ruas e avenidas primordiais para ligações do Ipiranga com outros bairros.
.D AV
AV. TER ESA CRISTINA
AV. DOM PEDRO I
AD ST OE
AV .D
R.
R IC AR D
OJ
AF ET
O
R. TABOR
S RUA DOS PATRIOTA
R. SILVA BUENO
R. BOM PASTOR
AV. NAZARÉ
TERMINAIS DE ÔNIBUS R. GENTIL DE MOU
RA
CICLOFAIXA LINHA VERDE METRÔ FAIXAS DE ÔNIBUS TRÊM MAIOR FLUXO DE VEÍCULOS MAIOR FLUXO DE PEDESTRES Mapa retirado do Geosampa e modificações de autoria prória
Em análise feita pela Subprefeitura do Ipiranga, foi descrito que 20% da população do bairro reside a mais de 1km de um equipamento de esporte, porém todos eles são privados, não atendendendo assim o índice da população do bairro. Referente aos equipamentos de Educação, o bairro é composto por 190 equipamentos , sendo bem servida de Escolas Técnicas. Porém as escolas tem sido esquecidas pelo governo e atualmente se apresentam degradadas, inibindo do conforto e infraestrutura aos alunos e funcionários que a utilizam. Os equipamentos de Saúde se totalizam em 37 equipamentos que funcionam, porém encontram-se sempre com alta demanda e lotados. EQUIPAMENTOS PÚBLICOS
E por fim, os Equipamentos de Cultura do bairro são recheados de marcos históricos, com algumas Bibliotecas Públicas .
.D AV
AV. TER ESA CRISTINA
AV. DOM PEDRO I
AD ST OE
AV .D
R.
R IC AR D
OJ
AF ET
O
R. TABOR
S RUA DOS PATRIOTA
R. SILVA BUENO
R. BOM PASTOR
AV. NAZARÉ
ECOPONTO EQUIPAMENTO EDUCACIONAL PÚBLICO R. GENTIL DE MOU
RA
EQUIPAMENTO ESPORTIVO PÚBLICO EQUIPAMENTO CULTURAL PÚBLICO EQUIPAMENTO DE SAÚDE PÚBLICO
Mapa retirado do Geosampa e modificações de autoria prória
Diante das informações colhidas, esta área tem se deteriorado ao longo do tempo, por questões de enchentes e alagamentos com ocupações irregulares e vias importantes de fundo de vale em áreas de várzea, junto de abandono de grandes indústrias e galpões ao seu redor e falta de restauro à identidade e memória que o bairro do Ipiranga tem. Estas questões, pelo esquecimento do governo e mal cuidado da população, demostram deterioradas colocando a área em vulnerabilidade estrutural e social.
VULNERABILIDADE SOCIAL
.D AV
AV. TER ESA CRISTINA
AV. DOM PEDRO I
AD ST OE
AV .D
R.
R IC AR D
OJ
AF ET
O
R. TABOR
S RUA DOS PATRIOTA
R. SILVA BUENO
R. BOM PASTOR
AV. NAZARÉ R. GENTIL DE MOU
RA
VULNERABILIDADE BAIXA À MUITO BAIXA VULNERABILIDADE MÉDIA
Mapa retirado do Geosampa e modificações de autoria prória
De acordo com o Plano Diretor Estratégico de 2014, Lei nº 16.050, a área analisada está situada no mapa de Zoneamento, como ZM, propícia a um coeficiente de aproveitamento 2, ZEIS-3 com índice de aproveitamento 4 E ZC com índice de aproveitamento 2, delimitando o gabarito de altura de 28metros para ZM e ZC, e ZEIS-3 gabarito liberado. Porém o Art.12 do PDE de 2014, Lei nº 16.050, - A Macroárea de Estruturação Metropolitana é composta por três setores, sendo um deles o Setor Orla Ferroviária e Fluvial, contendo o setor Arco do Tamanduateí. Esta lei vigente propõe uma série de instrumentos de transformação urbana que permitirão o desenvolvimento da área do Arco do Tamanduateí. ZONA DE CENTRALIDADE AC CLUBE CAY ZONA MISTA ZEIS-3
LEGISLAÇÃO - PLANO DIRETOR
SETOR MOOCA
E um destes instrumentos é a Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí, Projeto de Lei nº 723/2015.
SETOR IPIRANGA
OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA BAIRROS DO TAMANDUATEÍ SETOR MOOCA SETOR IPIRANGA
LEGISLAÇÃO - OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA BAIRROS DO IPIRANGA
Os pontos da O.U.C.B.T. na qual serão usados são as transformações estruturais orientadas para o maior aproveitamento da terra urbana com o aumento nas densidades construtiva e demográfica e implantação de novas atividades econômicas, as margens do Córrego Ipiranga, na qual será implantado o Parque Foz do Ipiranga, são colocados os coeficientes de aproveitamento de 6; recuperação da qualidade dos sistemas ambientais existentes, mais precisamente do Córrego Ipiranga; manutenção da população moradora, inclusive através da promoção da urbanização e regularização fundiária de assentamentos precários e irregulares ocupados pela população de baixa renda; produção
OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA BAIRROS DO TAMANDUATEÍ
de HIS nos loteamentos ZEIS-3; redefinição dos parâmetros de uso e ocupação do solo; inimização dos problemas das áreas com riscos geológico-geotécnicos e de inundações e solos contaminados, acompanhada da prevenção do surgimento de novas situações de vulnerabilidade, desenvolvendo o Parque Foz do Ipiranga; recuperação, preservação e proteção de imóveis relacionados ao patrimônio industrial e ferroviário, bem como locais de referência da memória operária e mecanismos de garantia de preservação dos imóveis e espaços urbanos de especial valor histórico, cultural, arquitetônico, paisagístico e ambiental, protegidos por tombamento ou lei.
Fonte: Gestão Urbana
Fonte: Gestão Urbana
Analisando como um todo, a área recortada foi escolhida por ter diversos problemas diagnosticado. Primeiramente, e principalmente seu problema com alagamento do Córrego do Ipiranga, esta região está sempre em épocas de chuva exposta à enchentes, prejudicando casas e famíias, comércios, loteamentos que foram construídos irregularmente em área de várzea. Ao longo do Córrego, se extende a conhecida Av. Teresa Cristina. Ela quem faz a ligação da Av. Ricardo Jafet, mais precisamente com a Rodovia dos Imigrantes - caminho direto para litoral de São Paulo e Porto de Santos, com a Zona Leste e o ABC de São Paulo. Por ventura esta Avenida , por conta das enchentes se tornou um local altamente vulnerável, de risco DIAGNÓSTICO
e sem qualquer qualidade urbana. A Avenida não apresente algum mobiliário urbano, com pouca iluminação e apenas uma travessia para cruzar o córrego. Por tais motivos, em uma pesquisa estabelecida, foi diagnosticado como uma Avenida de pouco acesso aos pedestres, por ser considerada violenta e sem funcionalidade. Sem algum ponto de ônibus, apenas como uma passagem para ônibus e veículos particulares, não apresenta ciclofaixa e seu leito carroçável muito degradado com buracos e desníveis. Ela pertence atualmente à Zona de Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí, ao qual tem uma proposta para a Avenida e Córrego, transformando em uma Parque Linear, com aberturas de piscinão para conter a água.
Na Operação Urbana, consta também abertura e alargamento de algumas ruas. O Plano Diretor também estabeleceu diversos loteamentos nesta região, como ZEIS-3, Zona Especial de Interesse Social 03, nos quais são imóveis subutilizados, encortiçados, em áreas com toda infraestrutura. O recorte, por fim, foi aplicado entre a Av. do Estado ao Norte, Rua Tabor ao Sul, Avenida Teresa Cristina ao Leste e à Oeste.
MÉDIA VULNERABILIDADE SOCIAL OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA BAIRROS DO TAMANDUATEÍ PRINCIPAIS PONTOS DE ALAGAMENTO ZEIS-3 LIGAÇÃO RICARDO JAFET/ROD. IMIGRANTES À ZONA LESTE/CENTRO Mapa retirado do Geosampa e modificações de autoria prória
PROJETO URBANO PROJETO URBANO
DEMOLIÇÃO
A demolição foi pensada em tentar ao menos impactar a vida dos residentes do local, por isso grande parte do que será demolido são indústrias abandonadas e degradadas e loteamentos residenciais e comerciais que são irregulares por estarem em área de várzea. Foi considerado também a demolição da Avenida Teresa Cristina, principalmente da via de volta, sentido leste, pois ela será aberta depois das quadras de acordo com o projeto de requalificação. Todas as familias e residentes que terão suas casas demolidas, estarão inclusos dentro dos direitos de apropriação nas HIS que foram projetadas para evitar o processo de gentrificação na área e sim ocorrer o processo de inclusão.
Imagens
retiradas
do
Maps
PROJETO URBANO
01.Parque Foz do Ipiranga - O.U.C.B.T 02.Abertura de nova via de volta da Av. Teresa Cristina respeitando APA de 15metros 03.Alargamento da via existente de ida da Av. Teresa Cristina para 10 m 04.Abertura de 02 piscinões ao longo do Córrego Ipiranga com arquibancadas acessíveis para pedestre 05.Travessia existente na Av. do Estado, transformada em passagem para pedestres e ciclovia 06.Abertura de nova Travessia na Av. do Estado, para acompanhamento da novo cruzamento Av. Teresa Cristina – O.U.C.B.T 07.Abertura
de
espelho
d’água
08.Por toda a extensão da da Av. Teresa Cristina, foram IMPLANTAÇÃO GERAL - DIRETRIZES URBANÍSTICAS
criados çadas
Canteiros Pluviais e calde piso permeável.
09. Criação de ciclofaixa por toda o alinhamento do Córrego, e junto em suas laterais biovaletas sendo barreiras protetoras físicas. 10.Ruas paralelas, Rua Jorge e Moreira, Rua General Eugênio de Melo e Rua Dr. Ricardo Daunt, foram alargadas para 8metros, sendo via de mão dupla, com biovaletas e percorrendo como travessias acima do Córrego. 11.Transformação do final da Cipriano Barata em extensão final da Av. Teresa Cristina 12. com
Habitações Térreos
Sociais Comerciais.
13. Área para Instituição - Equipamento Público resignado de acordo com necessidades da área.
EDIFÍCIOS COMERCIAIS HABITAÇÕES SOCIAIS CENTRO ESPORTIVO
11
06
ÁREAS VERDES CICLOFAIXA CÓRREGO IPIRANGA/RIO TAMANDUATEÍ
01 01 03
12
04
05 08 04
01
10
09
10
10
03
13 12
12
08
12
12 12
02 07
10
10
10
PROJETO URBANO
IMPLANTAÇÃO DO TÉRREO
PROJETO URBANO
A nova proposta de Habitações Sociais ao longo da Av. Teresa Cristina, foi decorrida através dos diversos lotes colocados como ZEIS-3 pelo Plano Diretor de São Paulo. Junto dele, tiveram as novas leis de zoneamento impostas pela Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí, que estipulou para esta área um Coeficiente de Aproveitamento de 6. Para não interferir na área de envoltório tombado do Museu do Ipiranga, o projeto desenvolveu os gabaritos destes HIS de forma crescente, sendo prédios mais baixos no ínicio da Avenida e mais alto no final. Assim o estudo de projeção de sombras, não interfere diretamente no bem tombado mesmo seguindo seu coeficiente de aproveitamento. DIAGRAMA PROJETO
DIAGRAMAS
AD
OE STA D
O
CRI AVENIDA TERESA
STINA
AV EN ID
STINA CRI AVENIDA TERESA
STINA
R. DR. RICARDO DAUNT
CRI AVENIDA TERESA
O térreo do projeto consta diversas alterações do que já existe. A principal alteração foi a abertura da via de volta, via leste, da Avenida Teresa Cristin. De acordo com o projeto da Operação Urbana Consorciada, visavam alargar vielas existentes e algumas delas abrir para tornar-se ruas. O projeto de Requalificação Urbana aproveitou então estas aberturas de rua transpassando a via leste da avenida. A abertura da Avenida após as quadras fez com que aproximasse os HIS com o Córrego e o Parque. Ruas paralelas, Rua Jorge e Moreira, Rua General Eugênio de Melo e Rua Dr. Ricardo Daunt, foram alargadas para 8metros, sendo via de mão dupla, com biovaletas e percorrendo como travessias acima do Córrego. Ao longo dos novos desenhos de quadras , também foi desenvolvido um novo desenho de térreo, facilitando passagens e fruição do pedestre.
R. GEN EUGENIO DE MELO
A OREIR RGE M R. JO
DIAGRAMA PROJETO
DIAGRAMA SITUAÇÃO ATUAL
PROJETO URBANO
No Projeto Urbano, o Córrego do Ipiranga ganhou dois novos pisinões para contenção de água, ajudando no alagamento da área. Ambos os pisinões são implantados com arquibancadas para acesso do pedestre, assim em épocas de seca, o pedestre terá maior contato com a água. A abertura propõe uma maior conectividade dos Córregos e Rios com a cidade de São Paulo, deixando elas de ser barreiras e limites para o pedestre. Foi também projetado um pequeno espelho d’água entre dois edificíos, para desenho de térreo e qualidade de vida ao comércio da área, existente e projetada. O espelho d’água também trará benefícios em casos de enchentes e alagamentos. DIAGRAMA PROJETO
DIAGRAMAS
DIAGRAMA SITUAÇÃO ATUAL
As áreas verdes do local ganharam seu espaço. Junto do projeto de Parque Foz do Ipiranga, os térreos públicos dos edifícios foram projetados com uma área verde abundante , não só pela qualidade de vida dos moradores e dos comerciantes da área, como também para respeitar a área de várzea pertencente ao Córrego do Ipiranga, permeabilizar 15metros de várzea Córrego.
DIAGRAMA PROJETO
DIAGRAMA SITUAÇÃO ATUAL
PROJETO URBANO
Os veículos públicos por sua vez, também ganharam seu espaço. O projeto consolidou uma faixa exclusiva de ônibus no perscurso de ida e volta da Avenida Teresa Cristina, incluindo também paradas de ônibus e pontos de ônibus a cada 200metros. Estas faixas de ônibus já existente na Rua Tabor, dariam continuidade na Avenida Teresa Cristina, conectando também com as faixas já existentes na Avenida do Estado.
DIAGRAMA PROJETO
DIAGRAMAS
DIAGRAMA SITUAÇÃO ATUAL
Os veículos particulares, ainda que já tivessem seu espaço garantido na avenida e em todo seu arredor, ganharam travessias sob o Córrego do Ipiranga, trazendo funcionalidade e facilidade em questões de retornos e transposição de ruas paralelas.
DIAGRAMA PROJETO
DIAGRAMA SITUAÇÃO ATUAL
PROJETO URBANO
Todo o distrito do Ipiranga sofre com a falta de ciclofaixas, ainda com a maior intensidade de ciclista nesta nova fase que estamos passando. O projeto implanta ciclofaixas por toda sua extensão, principalmente ao longo do Córrego do Ipiranga, onde ela percorre junto de biovaletas para sua proteção. Foi implantada também nas travessias criadas e ao longo das ruas paralelas que cruzam a Avenida. Mesmo não estando dentro do recorte do projeto, a ciclofaixa tem a proposta de percorrer pela maior parte das ruas de seu entorno, facilitando sua chegada até a Estação CAY do Expresso Tiradentes (Fura-Fila). Foi implantada dentro do projeto um biciletário, na entrada da Av. Teresa Cristina com a Av. do Estado. DIAGRAMA PROJETO
DIAGRAMAS
DIAGRAMA SITUAÇÃO ATUAL
A fruição do pedestres foi bem complementar na criação das novas travessias acima do Córrego do Ipiranga, sendo elas uma extensão das ruas paralelas já existentes. Foi implantado também um desenho de piso nas novas quadras , para designação de fruição do pedestre.
DIAGRAMA PROJETO
DIAGRAMA SITUAÇÃO ATUAL
PROJETO URBANO
HAB. SOCIAL 01
MONUMENTO DA INDEPENDÊNCIA
HAB. SOCIAL 02
R. TABOR TR. MANUEL FARIA CORREA
CORTES
CENTRO ESPORTIVO R. PEDRO DE MAGALHÃES
PISCINÃO
R. JORGE MOREIRA
HAB. SOCIAL 07
HAB. SOCIAL 05
HAB. SOCIAL 06
FURA FILA R. AGOSTINHO GOMES
AV. TERESA CRISTINA PISCINÃO
AV. TERESA CRISTINA
HAB. SOCIAL 05
HAB. SOCIAL 04
HAB. SOCIAL 03
PARQUE FOZ DO IPIRANGA
FURA FILA COMÉRCIO
R. GEN. EUGÊNIO DE MELO
R. DR. RICARDO DAUNT
PARQUE FOZ DO IPIRANGA
COMÉRCIO
AV. DO ESTADO
RIO TAMANDUATEÍ
PISCINÃO
PROJETO URBANO
Vista do Fura-Fila para รกrea do Projeto.
PROJETO URBANO
Vista da face norte do Projeto.
PROJETO URBANO
HABITAÇÕES SOCIAIS
TÉRREO COMERCIAL
HABITAÇÕES SOCIAIS
TÉRREO COMERCIAL
D C
I O
A G R N C E I
A T
U
M A
A L
PROJETO URBANO
HIS
QUADRA
CA:6 CA:23.069 A: 1 1 A N D
EDIFÍCIOS
01
HIS
TO: 0,70 TO: 3.894 2.048M² A R E S
01
QUADRA
02
CA:6 TO: 0,70 CA:39.996 TO: 6.666 A: 5.095M² 1 1 A N D A R E S
02
HIS
QUADRA
04
CA:6 TO: 0,70 CA:49.723 TO: 8.287 A: 3244M² 1 5 A N D A R E S
04
HIS
QUADRA
05
CA:6 TO: 0,70 CA:50.639 TO: 8.502 A: 2.048M² 1 6 A N D A R E S
05
HIS
QUADRA
06
CA:6 TO: 0,70 CA:114.718 TO: 19.119 A: 6.160M² 1 7 A N D A R E S
06
HIS
QUADRA
07
CA:6 TO: 0,70 CA:28.224 TO: 4.704 A: 2.496M² 1 7 A N D A R E S
PROJETO URBANO
A problemática de enchentes sempre é motivo para que um projeto urbano pense nas diversas resoluções que sejam harmoniozas e inovadoras para uma região que tem sofrido com ela. Com isso, nesta Requalificação Urbana às Margens do Córrego do Ipiranga, foi pensado em 04 diferentes resoluções, que trabalhando juntas irão promover um conforto para os moradores e usufruintes da área, junto de uma maior qualidade de vida. Ao longo do córrego foram abertos dois piscinões para retenção de água, em épocas de chuvas intensas. Em épocas de secas, esses piscinões podem ser usados pelos pedestres, promovendo uma interação dos mesmos com a água. Com a abertura e alargamentos da Avenida Teresa Cristina, foi implantado que sua calçadas fossem desenvolvidas junto do projeto Climate Tile, um piso permeável desenvolvido em Copenhagen. Junto deste piso permeável, as calçadas da Avenida foram projetadas junto de Canteiros Pluviais, para retenção e absorção d’água em épocas de chuva. DRENAGEM URBANA
E por fim mas não menos importante, são as biovaletas. Elas foram implantadas ao longo das calçadas das 03 ruas que cruzam a Avenida Teresa Cristina e se tornam travessias. Além destas ruas, as biovaletas também foram implantadas junto da nova implantação da ciclofaixa que percorre o segmento do Córrego do Ipiranga. Estas biovaletas, além de ajudarem na absorção d’águas de chuva e do Córrego quando inundado, protegem as ciclofaixas da Avenida, não deixando o ciclista exposto aos veículos que passam e do Córrego.
01 02
PISCINÃO 01 E 02 CANTEIRO PLUVIAL E PISO DRENANTE BIOVALETAS BIOVALETAS CICLOFAIXA
PROJETO URBANO
DRENAGEM URBANA
C A N T E I R O S P L U V I A I S
PISO PERMEÁVEL CLIMATE TILE
ABERTURA NO MEIO FIO CAMADAS DE TERRA
AV. TERESA CRISTINA
ADUBO AREIA COM PÓ DE PEDRA BRITA
3m
2,5m
3,5m
0,5m
6m
PROJETO URBANO
DRENAGEM URBANA
B
I
O
V
A
L
E
T
A
S
ABERTURA NO MEIO FIO CAMADAS DE VEGETAÇÃO
TRAV. JORGE E MOREIRA
ADUBO SOLO COM BIORETENÇÃO BASE DE CASCALHO
3m
1m
4m
4m
1m
3m
PROJETO URBANO
DRENAGEM URBANA
B
I
O
V
A
L
E
T
A
S
COM CICLOFAIXA
CAMADAS DE VEGETAÇÃO ADUBO SOLO COM BIORETENÇÃO
AV. TERESA CRISTINA
BASE DE CASCALHO CANALETA PERFURADA
1m
2m
1m
6m
PROJETO URBANO
P 01
I
DRENAGEM URBANA
S
C
I
N
Ã
O
02
PROJETO URBANO
CAPÍTULO 03
PROJETO ARQUITET
CENTRO ESPORTIVO
TÔNICO
QUADRAS
CONTEXTUALIZAÇÃO
A decisão de desenvolver um projeto de Centro Esportivo na Quadra 03, designada pelo projeto urbano, foi tanto pela demolição de algumas quadras esportivas existentes no recorte e principalmente, pela deteriorização e privatização destas quadras as quais jovens e adolescentes se submetem para praticar o esporte.
Imagens
retiradas
do
Maps
PROJETO ARQUITETÔNICO
Imagem da fachada oeste do Centro Esportivo. Entrada principal para o pedestre. PROJETO ARQUITETÔNICO
Fachada
leste
do
Centro
PROJETO ARQUITETÔNICO
Esportivo.
AV. TE
RES
AC
RIS
R. JO
EIRA R O M RGE
TINA
AV. TERESA CRISTINA
IMPLANTAÇÃO
O
PROGRAMA DE NECESSIDADES SUBSOLO:
VESTIÁRIOS: 100M² EXAME MÉDICO: 30M² ENFERMARIA: 30M² SALA FUNCIONÁRIOS: 35M² FISIOTERAPIA/NUTRICIONISTA: 35M² ALMOXARIFADO: 15M² SALA EQUIPAMENTOS: 35M² CASA DE MÁQUINAS: 35M² PISCINA SEMI-OLÍMPICA: 16X25 - 400M²
1º PAVIMENTO
ACADEMIA: 250M² SALAS MULTIFUNCIONAIS: 25M² X 12 SALA GINÁSTICA OLÍMPICA/RÍTMICA: 250M² VESTIÁRIOS: 100M²
TÉRREO:
RECEPÇÃO: 48M² LANCHONETE: 75M² PISTA SKATE: 234M² ARQUIBANCADAS: 90M²
2º PAVIMENTO:
QUADRAS POLIESPORTIVAS: 25X18 - 450M² X2 VESTIÁRIOS: 100M²
MEZANINO:
CAFÉ: 72M² ARQUIBANCADAS: 75M²X2
PROJETO ARQUITETÔNICO
04
03
08
01
02
09
06
04
01 02 03 04 05 06 07 08 09
EXAME MÉDICO ENFERMARIA SALA FUNCIONÁRIOS VESTIÁRIOS FISIOTERAPIA/NUTRICIONISTA ALMOXARIFADO EQUIPAMENTOS CASA DE MÁQUINAS PISCINA SEMI OLÍMPLICA
05
07
SUBSOLO
04 02
03
01
01 02 03 04
RECEPÇÃO LANCHONETE ARQUIBANCADA PISTA SKATE
TÉRREO
PROJETO ARQUITETÔNICO
02
02
02
04
02
02
02
01
03
02
01 02 03 04
ACADEMIA SALAS MULTIUSO SALA GINÁSTICA OLÍMPICA/RITMICA VESTIÁRIOS
02
02
04
02
02
02
1º PAVIMENTO
02
01
01
02
01 QUADRAS POLIESPORTIVAS 02 VESTIÁRIOS
2º PAVIMENTO
PROJETO ARQUITETÔNICO
01
01
01 CAFÉ/LANCHONETE
PROJETO ARQUITETÔNICO
MEZANINO
QUADRA POLIESPORTIVA
750
740,2
AV. TERESA CRISTINA
737,8
730,6
PISCINÃO
727 723,4
CORTE A-A
CORTES
750
VEDAÇÃO DE PLACA TRANSLÚCIDA
CÓRREGO IPIRANGA
740,2 737,8
AV. TERESA CRISTINA
730,6 727 723,4
CORTE B-B
PROJETO ARQUITETÔNICO
DIAGRAMA VENTILAÇÃO
DIAGRAMAS
DIAGRAMA VEDAÇÕES
FACHADA LESTE/OESTE PROTEGIDA POR CHAPA TRANSLÚCIDA DE POLICARBONATO
FACHADA NORTE E SUL VEDADA POR ALVENARIA COM ACABAMENTO PLA-
PROJETO ARQUITETÔNICO
DIAGRAMA FRUIÇÃO PÚBLICA
DIAGRAMAS
DIAGRAMA ESTRUTURAL TRELIÇA ESPACIAL TIRANTES PARA RAMPAS NÚCLEO RAMPAS ATIRANTADAS
PILARES METÁLICOS
TRELIÇAS METÁLICAS
VIGAS METÁLICAS
PROJETO ARQUITETÔNICO
PROJETO ARQUITETÔNICO
BIBLIOGRAFIA
BARRILARI, Leo. Alagamento Avenida Teresa Cristina. Gazeta Press, São Paulo, 16 de fevereiro de 2011. Disponível em: <https://www. gazetapress.com/busca/fotos/?q=alagamento+ipiranga> Acesso em 28 de fevereiro de 2020. “Miguel Couto / Cité Arquitetura” 07 Mar 2019. ArchDaily Brasil. < https://www.archdaily.com.br/br/911758/miguel-couto-cite-arquitetura > Acesso em 6 mai 2020. “Renovação urbana da fábrica de tratores de Tianjin / Archiland” 29 de maio de 2020. ArchDaily. < https://www.archdaily.com/940352/urban-renovation-of-tianjin-tractor-factory-archiland > Acesso em 6 de junho de 2020. SÃO PAULO. Prefeitura de São Paulo. Secretaria da Cultura. Arquivos Históricos. Monografias de História dos Bairros de São Paulo: Ipiranga, 2019. Disponível em: < https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/arquivo_historico/publicacoes/index.php?p=8313 >. Acesso em: 27 fev. 2020 SÃO PAULO. Projeto de Lei nº 723/2015. Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí. São Paulo. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/estruturacao-territorial/operacoes-urbanas/oucbt/arquivos/>. Acesso em 06 mai. 2020. SÃO PAULO. Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014. Política de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo. Prefeitura da Cidade de São Paulo, São Paulo, 2014. Disponível em < https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/PDE-Suplemento-DOC/PDE_SUPLEMENTO-DOC.pdf.> Acesso em 06 mai. 2020. “Urbanização do Complexo Cantinho do Ceú” 07 Mar 2019. ArchDaily Brasil. < https://www.archdaily.com.br/br/01-157760/urbanizacao-do-complexo-cantinho-do-ceu-slash-boldarini-arquitetura-e-urbanismo > Acesso em 6 mai 2020. “Bonfim Tiete II Projeto” . Vigliecca & Associados. <http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/bonfim-tiete-ii-masterplan> Acesso oem 10 abr. 2020. “Parque Dom Pedro II”. UNA BV Projetos. <http://unabv.com.br/projetos-urbanos/plano-urbanistico-parque-dom-pedro-ii/>
RAISSA ESGOLMIN