projeto urbano santo amaro: arquitetura multifuncional
“No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz.” (Ayrton Senna)
PROJETO URBANO SANTO AMARO arquitetura multifuncional
Raphaela Rodrigues Pereira Trabalho apresentado à banca examinadora da Fundação Armando Alvares Penteado como requisito para a obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo
Orientação: Professora Elisabete França Professor FAAP: Eduardo Gurian Convidado Externo: Carlos Leite
São Paulo 2020
AGRADECIMENTOS À minha mãe Rose, meus avós Sônia e José, minhas maiores inspirações, que me deram apoio, me incentivaram nas horas difíceis, de desânimo, raiva a cansaço, e principalmente por todo o amor e apoio incondicional que me deram desde o início do curso até hoje, nunca medindo esforços para que eu chegasse até esta etapa e minha vida. À minha orientadora, Elisabete França, pela sua dedicação, paciência e disponibilidade em me orientar, e, principalmente, por toda a leveza com que possibilitou o andamento do trabalho neste ano atípico, e por acreditar no meu potencial sempre me incentivando ir além. À todos os professores que me acompanharam desde o início, por toda paciência e empenho que tiveram durante essa jornada e que me transformaram como pessoa, obrigada por todo conteúdo passado, e ensinamentos que levarei para a vida. Aos amigos Graziella Pavoni, pelas noites em claro que passamos juntas, Gustavo Amaral pelos desabafos e conselhos e Fernanda Reis por todas as risadas quando tudo parecia dar errado. A minha coragem de ir cada vez mais longe, e nunca desistir, mesmo quando tudo parecia que não daria certo, e por sempre ter procurado uma forma de solucionar os problemas, e recomeçar, com a certeza de que tudo valerá a pena.
RESUMO O presente trabalho tem como tema o desenvolvimento de um plano urbano para a região de Santo Amaro, localizado na zona sul do município de São Paulo, em uma área de aproximadamente 20ha, atualmente ocupada pelas instalações do que viria a ser o Shopping Nova 25, e a antiga concessionária da Renault. O objetivo inicial do projeto é apresentar melhores condições urbanas para a área, e priorizar a mobilidade ativa, desencorajando o uso do automóvel individual. Com a criação de novas quadras, que abrigam diversos usos, são oferecidas condições que permitem e incentivam a circulação de pessoas durante todo o tempo, criando uma área movimentada 24 horas por dia. As novas quadras surgem a partir do prolongamento de traçados viários existentes, dando continuidade à malha urbana, criando um tecido mais permeável. Segundo Montgomery (1998) um tecido urbano permeável gera mais vida nas ruas, trazendo atividades para a quadra e pátios internos. A área foi dividida em três setores principais, com programas de uso misto, mas de forma que fosse atribuído um foco programático diferente a cada um deles, fazendo com que cada setor tenha uma identidade única, mas que ao mesmo tempo se relacione com todos os outros. A partir destas questões apresentadas, são propostos novos parâmetros de ocupação com base, principalmente, em uma hierarquia viária clara, onde o pedestre é o protagonista, e o automóvel é apenas figurante.
Palavras-chave: plano urbano - masterplan - paisagismo - inovação - tecnologia - Santo Amaro
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO Introdução e Justificativa Objetivos Metodologia Adotada
21 23 24
parte i - a cidade como conhecemos
1 2
3 4
CONCEITUAÇÃO O que é um edifício corporativo? Categorias A Chegada do Mixed Use
28 30 36
CONTEXTUALIZAÇÃO Século XX: Centro da Cidade 1950 a 1980: Expansão do Centro 1970 a 2000: Reestruturação Urbana Século XXI: Os Edifícios Inteligentes Escritórios Comtemporâneos em SP
42 52 64 86 98
5
LEVANTAMENTOS Panorama Geral da Cidade Análise dos Edifícios das Áreas Estudadas
104 105
ESTUDOS DE CASO Central London Saint Giles The Shard London Bridge Ceramiqué - Maastricht Linked Hybrid Outras Referências
112 114 116 118 120
LOCAL DE PROJETO Localização Geográfica Premissas Justificativa Diagnóstico do Local Síntese do Diagnóstico Zoneamento Vigente PIU Arco Jurubatuba
128 129 130 132 143 144 146
parte ii - a cidade que idealizamos
6
PROPOSTA
7
ESRATÉGIAS PROJETUAIS
8
Apresentação O Processo de Projeto Diretrizes de Implantação Processo Criativo
Proposta Hierarquia Viária Parâmetros de Ocupação
155 157 158 160
173 174 188
Premissas Evolução da Forma Plantas Cortes Perspectivas
252 253 255 271 277
CONSIDERAÇÕES FINAIS
307
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
309
LISTAS
O PROJETO URBANO Memorial Existente x Proposto Diagramas Tabela de Áreas Insolação Implantação e Usos Cortes, Elevações e Perspectivas Blocos
9
O EDIFÍCIO
203 204 206 208 210 213 212 236
Lista de Figuras Lista de Gráficos Lista de Mapas Lista de Tabelas
315 317 319 321
ANEXOS Anexo 01 Anexo 02
325 341
prefácio Embora as pandemias tenham sido um flagelo trágico em nossas cidades, estas também induziram a arquitetura e o planejamento urbano a evoluir. No século XIV, a peste bubônica afligiu a Europa e matou, pelo menos, um terço da população; consequentemente, levou a drásticas melhorias urbanas evidentes no período do Renascimento. Os habitantes das cidades passaram a se preocupar com questões de higiene e, assim, limparam os alojamentos até então esquálidos e apertados, desenvolveram instalações de quarentena destinadas aos enfermos, abriram espaços públicos com maiores dimensões e melhor ordenamento, além de valorizar aqueles profissionais com conhecimentos especializados, desde pesquisadores aos arquitetos. Da mesma forma, o século XVIII foi assombrado pela febre amarela; subsequentemente, o século XX foi marcado pelos surtos de cólera e varíola. Ambas ocorrências catalisaram inovações urbanas vigentes até os dias atuais: construção de avenidas largas, preocupação com saneamento básico, instalações hidráulicas internas às edificações, além do mapeamento das doenças e a redução da aglomeração populacional por meio do espraiamento da zona urbana. O século XX também fora marcado por doenças que assolaram as cidades, como a tuberculose, a febre tifoide, a poliomielite e a gripe espanhola, sendo esta última comparada ao momento que vivenciamos no ano de 2020. Os acontecimentos estimularam
o planejamento urbano, a urbanização dos assentamentos informais, as reformas em prédios públicos, a gestão de resíduos e, em maior escala, o desenvolvimento do Movimento Modernista veio carregado de ideais minimalistas com enfoque na concepção de espaços arejados, zoneamento urbano marcado pela segmentação dos usos - separando residências e instalações industriais em áreas pela cidade por exemplo -, indução ao uso de superfícies mais limpas e estímulo à preocupação com o asseio bem como a ênfase às vantagens desempenhadas pela iluminação e ventilação natural. Assim como em momentos anteriores, é evidente que o COVID-19 terá - e já está tendo - um efeito igualmente profundo no mundo construído. As noções acerca do estado de normalidade foram afetadas e aqueles que vivem nas grandes cidades assumiram uma nova forma de se relacionar entre si e com o espaço a sua volta, evidenciando as emergências de transformações. Este processo de mudanças vem afetando diversas áreas do cotidiano das pessoas, principalmente no que se refere à forma de trabalho e estudo. No momento do desenvolvimento deste trabalho, a população paulistana se encontra em medidas de isolamento; portanto, aqueles cujas atividades se restringem ao uso do computador, eletrônicos gadgets e afins, adaptaram-se para dentro das residências de cada empregado/estudante, trazendo à tona a adaptação do lar às atividades relativas ao lado profissional de cada um. Este movimento evidencia a capacidade adaptativa da arquitetura
dentro da escala da residência, onde espaços, até então utilizados para desempenhar funções corriqueiras, estão sendo utilizados como mesas de escritórios, salas de reuniões e funções afins. E, para o período pós isolamento, os espaços destinados ao uso corporativo estão sendo repensados – tanto aqueles já concebidos como os que ainda serão – para que se enquadrem no “novo normal”. Ainda não há comprovação científica, mas nota-se que a individualidade – traduzida na conjuntura atual como isolamento – será fator colocado como essencial para esse novo contexto, já que o adensamento dos espaços são indevidos e estimulam a propagação viral. Além desse aspecto, muitos outros foram colocados como essenciais, como a necessidade de incremento no uso da iluminação e ventilação natural, estímulo à construção de edifícios saudáveis, além de medidas que envolvem a escala urbana, como uma melhor e maior distribuição dos espaços públicos, que além de serem importantes na manutenção de ilhas de calor e de drenagem urbana, são espaços de convivência ao ar livre. De acordo com a Pesquisa Rede Nossa São Paulo, feita no início do ano, em cidades onde essas áreas não estão bem distribuídas, os espaços disponíveis acabam saturados, impedindo a ocupação com as distâncias de segurança. E também quanto aos incentivos ao comércio local, aproveitando o uso misto para isso, reduzindo distâncias percorridas, e incentivando a mobilidade ativa nos deslocamentos. Assim como o nosso entorno, considero importante ressaltar
que este trabalho também passou por grande alteração, já que se iniciou inserido no mundo pré-COVID-19. A alteração de seu escopo se coloca como uma singela maneira de estimular que outras pesquisas sejam feitas nesse mesmo sentido; além de evidenciar o papel crucial desempenhado pela arquitetura e pelo urbanismo tanto na resposta à pandemia como na organização dos espaços quando de ocorrências futuras das ocorrências futuras.
APRESENTAÇÃO
introdução O presente trabalho tem como pano de fundo a cidade de São Paulo, cuja arquitetura e urbanismo refletem a função econômica nacional desempenhada. São Paulo apresenta o maior Produto Interno Bruto (PIB) dentre os demais municípios brasileiros, o décimo maior do mundo e, de acordo com projeções será o sexto maior em 2025 . De acordo com informações disponíveis na Plataforma DataViva , as atividades econômicas aqui desenvolvidas apresentam alta diversidade, evidenciando que os papéis econômicos são diversos e vão desde ações referentes à administração do setor público como àquelas atreladas às empresas multinacionais. Apesar das diversas transformações ocorridas, o município não perdeu o título de polo econômico e financeiro do país, enquadrando-se, inclusive, como polo econômico mundial, dividindo espaço com Beijing e Triângulo do Texas , como pode ser observado na Figura 01. Figura 01: PIB anual de São Paulo e das 10 regiões mais ricas do mundo. Fonte: Revista e Pesquisa FAPESP (2019)
A cidade de São Paulo possui diferentes centros econômicos, cada um com suas características próprias, no entanto todos possuem algo em comum, os edifícios comerciais, sejam eles formados por pequenos escritórios, até grandes lajes corporativas. Esta modalidade de edificação se destina ao exercício de atividades específicas e relativas ao oferecimento de bens e serviços com o objetivo de suprir determinada demanda do mercado, sendo que esta pode ser individual ou coletiva, cuja variabilidade está em consonância com as empresas que abriga e com as relações estabelecidas entre elas (ALY, 2000). Veronezi et al. (2005) ressalta que, assim como os edifícios destinados à moradia e educação, os edifícios corporativos distinguem-se do restante em decorrência de suas especificidades quanto à localização, concepção arquitetônica, materialidade, funcionalidade, dentre outros aspectos; além de refletirem processos que relacionam a economia e a construção do espaço urbano. Assim, mediante a complexidade e a importância do tema, o presente trabalho se destina à compreensão da função desempenhada pelos edifícios corporativos ao longo dos anos, bem como ao entendimento da concretização das mudanças econômicas e sociais pela qual o Brasil está passando no desenho dos futuros edifícios e espaços, bem como na adequação dos existentes. Mas antes de pensar no edifício em si, é importante entender 21
Disponível em: https:// www.saopaulo.sp.gov.br/ ultimas-noticias/economia/. Acesso em: 07 jun. 2020. 1
Disponível em: http:// dataviva.info/pt/. Acesso em: 7 jun. 2020. 2
Disponível em: https:// revistapesquisa.fapesp.br/ sao-paulo-entre-os-polos-economicos-mundiais/. Acesso em: 7 jun. 2020. 3
como funciona o espaço onde ele estará inserido. Deste modo, justifica-se iniciar a proposta através de um projeto urbano para a região de Santo Amaro, localizado na zona sul do município de São Paulo, em uma área de aproximadamente 20ha, atualmente ocupada pelas instalações do que viria a ser o Shopping Nova 25, e a antiga concessionária da Renault. O objetivo inicial do projeto é apresentar melhores condições urbanas para a área, e priorizar a mobilidade ativa, desencorajando o uso do automóvel individual. Com a criação de novas quadras, que abrigam diversos usos, são oferecidas condições que permitem e incentivam a circulação de pessoas durante todo o tempo, criando uma área movimentada 24 horas por dia. Estas quadras surgem a partir do prolongamento de traçados viários existentes, dando continuidade à malha urbana, criando um tecido mais permeável. Segundo Montgomery (1998) um tecido urbano permeável gera mais vida nas ruas, trazendo atividades para a quadra e pátios internos. A área foi dividida em três setores principais, com programas de uso misto, mas de forma que fosse atribuído um foco programático diferente a cada um deles, fazendo com que cada setor tenha uma identidade única, mas que ao mesmo tempo se relacione com todos os outros. A partir destas questões apresentadas, são propostos novos parâmetros de ocupação com base, principalmente, em uma hierarquia viária clara, onde o pedestre é o protagonista, e o automóvel é apenas figurante. Elaboração Própria (2020)
22
OBJETIVOS
ESTUDAR
ENTENDER
ANALISAR
PROPOR
a evolução urbana da cidade de São Paulo, tendo como foco os modos de produção de edifícios corporativos
o que é um edifício corporativo, e como ocorreu a evolução das tipologias ao longo do tempo com a chegada do conceito ‘Mixed Use’
a área proposta, como funciona seu entorno, seus principais fluxos, a mobilidade, quais os principais modais de transporte, e acessos
um plano de ocupação da área que seja adequado à situação atual, e estimule a retomada da vida pública através da ocupação dos espaços livres, de forma segura
23
Metodologia adotada ESCOLHA DO TEMA 1.
LEITURA E PESQUISA DE REFERÊNCIAS
2.
ORGANIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
3.
ESCOLHA DO LOCAL
4.
ANÁLISE DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
5.
ESTUDO DO HISTÓRICO
6.
DEFINIÇÃO DO PROGRAMA
7.
MAQUETE ELETRÔNICA DO ENTORNO
8.
FLUXOGRAMAS E ORGANOGRAMAS
9.
PLANO DE MASSAS
10.
PRIMEIRAS PROPOSTAS 11. ESPACIAIS
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
12.
DETALHAMENTO DO PROJETO
APRESENTAÇÃO FINAL 24
PARTE I A CIDADE COMO CONHECEMOS
1 CONCEITUAÇÃO
O QUE É UM EDIFÍCIO CORPORATIVO? Para a definição de edifício corporativo, cabe compreender, a princípio o entendimento teórico a respeito dos escritórios. Conforme classificado por Santos (2004), o escritório, geralmente, é uma área delimitada em que os funcionários de uma organização realizam trabalhos administrativo de apoio e realização de tarefas para alcance de metas de determinada organização. A espacialização dos edifícios destinados aos escritórios, em grande parte de seus exemplares, evidencia a organização interna do trabalho, sendo que empresas com forte caráter de hierarquização possuem espaços marcados pela segmentação e separação entre diferentes níveis de subordinação.
Para que haja melhor compreensão da temática do presente trabalho, cabe realizar breve levantamento histórico a respeito. Nos estudos de Fialho (2007), os escritórios da antiguidade clássica costumavam fazer parte de complexos de palácios ou de grandes templos. A partir da Alta Idade Média (1000–1300), observou-se o surgimento da chancelaria medieval, local onde a maioria das cartas do governo eram escritas e as leis eram copiadas na administração dos reinos. Com o crescimento das organizações no século XVIII, foram construídos os primeiros espaços de escritórios criados para esse fim. Com a intensificação da Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX, os setores bancário, ferroviário, de varejo, petróleo e telegrafia cresceram exponencialmente, exigindo muitos funcionários e, como resultado, mais espaços para execução das atividades administrativas. O estudo de tempo e movimento, pioneiro na fabricação por Taylor (1856-1915), levou ao “Modern Efficiency Desk” - em 1915, marcados pelo térreo com ocupação e fabris e mezanino com ocupações de escritórios. No entanto, em meados do século XX, tornou-se evidente que o escritório eficiente exigia discrição no controle da privacidade e, gradualmente, o sistema de organização evoluiu até alcançar os edifícios estritamente corporativos, onde se organizam os escritórios unicamente (FIALHO, 2007).
Segundo Aly (2000), os edifícios corporativos correspondem ao conjunto fisicamente distribuído e organizado para o exercício de atividades específicas e oferecimento de bens e serviços com o objetivo de suprir determinada demanda do mercado. A edificação corporativa pode ser individual ou coletiva, variando conforme o número de empresas componentes e da relação estabelecida entre elas. Assim como os escritórios, os edifícios corporativos refletem as premissas existentes nas empresas e são fundamentais para a identificação destas perante o mercado consumidor, acionistas, funcionários e afins. Ou seja, a identidade corporativa se constrói tanto pela filosofia organizacional como pela forma como a empresa se posiciona perante a sociedade, inclusive, pela forma como se expõe. Portanto, os edifícios corporativos podem ser compreendidos como um fenômeno arquitetônico e de design: variando de um escritório pequeno a edifícios dedicados inteiramente a mesma empresa (ALY, 2000).
28
Figura 02: Galleria degli Uffizi Um dos primeiros registros escritos relacionados à arquitetura dos edifícios de escritórios aparece em uma correspondência de Giorgo Vasari, na qual ele descreve a encomenda feita pelos Medici de Florença para a Galleria degli Uffizi, um edifício destinado a treze magistrados civis de sua cidade. (FUJYOKA, 1996) Fonte: Trip Advisor. Florence: by foot, bus or taxi
29
categorias Disponível em: https:// www.comprandoemorando.com/2017/09/ as-3-classes-de-edificios-de-escritorio.html. Acesso em: 20 mar. 2020 4
Disponível em: https:// www.realestate.br/site/ conteudo/pagina/1,45+O-SISTEMA-DE-CLASSIFICACAO-DA-QUALIDADE. html. Acesso em: 25 mar. 2020. 5
Tradução livre: Liderança em Energia e Design Ambiental. 6
Segundo informações encontradas em sites eletrônicos4 e 5 e ratificadas em Veronezi, Lima Júnior e Alencar (2001), os edifícios corporativos podem ser encontrados em diversas configurações, com diferentes formas, tamanhos e preceitos de organização. Mesmo que muitos setores favoreçam cada vez mais as plantas abertas destinadas a escritórios flexíveis, há inúmeros modelos capazes de suprir demandas bastante específicas. Sabe-se, de acordo com Veronezi et al. (2001) que as edificações corporativas são passíveis de classificação, sendo que estas variam em demasia ao redor do mundo. Como pode ser observado na Tabela 01, as classificações são delimitadas pelas empresas e instituições de grande porte que tratam de questões atinentes à construção de empreendimentos corporativos e estas variam, sendo algumas mais restritivas e outras mais abrangentes. Além disso, considerou-se de suma importância explicitar o sistema utilizado para classificação dos edifícios corporativos comumente utilizados a partir da Tabela 02.
Em todos os casos, a classificação do edifício corporativo é aplicada independentemente da dimensão deste, sendo que a padronização se baseia na avaliação do edifício em sua formatação geral, e não apenas nas questões relativas ao tamanho propriamente dito. Grande parte das edificações existentes no Brasil podem ser classificados em três patamares distintos, classe A, classe B ou classe C, sendo este o modelo utilizado para exemplificação no presente trabalho por caracterizar as edificações de maneira mais genérica, propiciando um melhor entendimento acerca dos critérios utilizados de forma geral. Tabela 02: Sistema utilizado para classificação dos edifícios corporativos. Fonte: Veronezi, Lima Júnior e Alencar (2001)
Tabela 01: Classificações utilizadas por empresas e instituições atuantes na construção civil Fonte: Veronezi, Lima Júnior e Alencar (2001) Bolsa de imóveis de São Paulo
BOMA internacional
Brazil Realty
Mercado Nacional
AA, A, B, C
Não se Aplica
AAA, AA, A, B, C
A, B, C
A+, A, B, C
A, B, C
AA, A, B, C
A, B, C
Mercado Internacional
Não se Aplica
A, B, C
Não se Aplica
A, B, C
A, B, C e A+, A, B, C
A, B, C
A, B, C
Não se Aplica
Empresa / Associação
CB Richard Elis Colliers International
Crushman & Walkefield Semco
Jones Lang LaSalle Tishman Speyer Método
Classificação Utilizada
30
Apesar da abrangência, esse sistema de classificação está longe de ser uma ciência exata, já que não há padrões ou parâmetros de referência em todos os setores do mercado sobre o que faz um edifício pertencer a uma classe ou outra. Importante ressaltar que a distinção entre as classes varia, principalmente, em conformidade com o público para o qual a edificação fora construída como sua localização (VERONEZI; LIMA JÚNIOR; ALENCAR, 2001).
Veronezi et al. (2001) colocam que a maioria dos edifícios corporativos pertencentes à classe B são propriedades antigas que ainda oferecem comodidades confiáveis e serviços de gerenciamento para os seus usuários. Geralmente, atraem inquilinos como empresas em estágio inicial que procuram espaço para escritórios pequenos. Estes podem encontrar escritórios da classe B em áreas privilegiadas, mas desfrutam de locações mais baratas do que em um prédio da classe A, já que apresentam menor número de comodidades e serviços.
Os autores também destacam que os fatores comuns que determinam a classe em que um edifício se enquadra são: idade do edifício, localização, contexto histórico, manutenção, modalidade de tecnologia da informação utilizada na infraestrutura do edifício, funcionalidade, além das certificações para construções sustentáveis, como o Leadership in Energy and Environmental Design3 (LEED). A classificação das edificações corporativas não é imutável, sendo que uma propriedade pode oscilar entre as camadas de classificação com base nas tendências ou alterações do mercado.
Os prédios de escritórios da classe C tendem a ser propriedades de classe B com menos serviços destinados às empresas inquilinas, como a inexistência de serviços de recepção e serviços de manutenção apenas basilares. Existem muito poucos edifícios de escritórios de classe C no mercado na cidade de São Paulo, já que houve uma explosão de empreendimentos corporativos em diversos pontos do município bem como em sua região metropolitana. Pode-se notar que muitos edifícios da classe C passam por reformas, retrofits e são convertidos em unidades residenciais (VERONEZI; LIMA JÚNIOR; ALENCAR, 2001).
Os edifícios da classe A são aqueles com melhores condições internas e externas, como grandes dimensões, localizados em áreas privilegiadas dentro da cidade, dentre outros pontos que vêm a propiciar mais conforto para aqueles que fazem uso do espaço. Estes encontram-se disponíveis em diversas configurações de edifícios como aqueles antigos, históricos e em novas construções, as quais, geralmente, oferecem melhores condições de localização, infraestrutura técnica de primeira linha e uma variedade de serviços aos inquilinos, como equipe especializada de manutenção. Os edifícios de classe A apresentam os maiores preços de aluguel e atraem empresas com orçamentos condizentes (VERONEZI, 2001). 31
Elaboração Própria (2020)
32
A CLASSIFICAÇÃO BUILDINGS A Buildings, empresa voltada para o estudo do mercado de empreendimentos de escritórios e galpões industriais/logísticos, atua no setor corporativo desde 2005, e após anos de estudo, consolidou em 2014, a Classificação Buildings para edifícios de escritórios, que surgiu com a necessidade de elaborar indicadores ainda mais precisos sobre o mercado em questão. (BUILDINGS, 2014).
Tabela 03: Sistema Utilizado para Classificação dos Edifícios Tipo Corporate Fonte: Buildings (2014)
CLASSIFICAÇÃO BUILDINGS PARA TORRES CORPORATE TAMANHO MÉDIO DOS CONJUNTOS > = 1000 m²
CLASSIFICAÇÃO MACRO
A
CLASSIFICAÇÃO FINA
AAA
B
AA
C
A
BB
B
C
CRITÉRIOS OBJETIVOS
De acordo com a empresa, a atual prática do mercado acaba por dificultar o trabalho dos profissionais que têm que fazer comparações entre dados colocados de formas diferentes, e o modelo proposto é feito de maneira totalmente imparcial, focando na simplificação das comparações entre diferentes empreendimentos.
LAJE
>= 1.500
>= 1.000
>= 500
>= 500
>= 250
N/A
ÁREA LOCÁVEL TOTAL (EMPREENDIMENTO)
>=20.000
>= 10.000
>= 5.000
>= 500
>= 250
N/A
<= 20 ANOS
IDADE (ENTREGA / RETROFIT)
<= 40 ANOS
N/A
CRITÉRIOS SUBJETIVOS
Hoje o mercado é muito mais detalhado do que há 20 anos, e com isso veio a necessidade de houvesse uma classificação que não só dividisse os empreendimentos em classe A, classe B ou classe C. Um edifício classificado como classe A, está inserido em um grupo muito amplo de características, dessa forma viu-se a necessidade de subdividir esses grupos principais em grupos menores que fossem agrupados de acordo com características semelhantes. Além disso, a Buildings notou a importância de categorizar os dois tipos de torre: corporate e office.
SOMATÓRIA DAS NOTAS
> = 13
> = 11
>=8
>=5
>=5
>=3
PADRÃO DAS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
DE 1 A 5
DE 1 A 5
DE 1 A 5
DE 1 A 5
DE 1 A 5
DE 1 A 5
IMAGEM CORPORATIVA
DE 1 A 5
DE 1 A 5
DE 1 A 5
DE 1 A 5
DE 1 A 5
DE 1 A 5
PADRÃO DA OCUPAÇÃO
DE 1 A 5
DE 1 A 5
DE 1 A 5
DE 1 A 5
DE 1 A 5
DE 1 A 5
Tabela 04: Sistema Utilizado para Classificação dos Edifícios Tipo Office Fonte: Buildings (2014)
CLASSIFICAÇÃO BUILDINGS PARA TORRES OFFICE TAMANHO MÉDIO DOS CONJUNTOS < 1000 m²
CLASSIFICAÇÃO MACRO CLASSIFICAÇÃO FINA
A AA
A
B
C
B
C
CRITÉRIOS OBJETIVOS
De acordo com as tabelas apresentadas (Tabelas 03 e 04), a divisão inicialmente se dá em relação ao tipo de edifício:
LAJE
>= 1.000
>= 500
>= 250
N/A
ÁREA LOCÁVEL TOTAL (EMPREENDIMENTO)
>= 10.000
>= 5.000
>= 2.500
N/A
<= 40 ANOS
N/A
<= 20 ANOS
IDADE (ENTREGA / RETROFIT)
CRITÉRIOS SUBJETIVOS
- Corporate: com conjuntos maiores de 100 m2 - Office: conjuntos abaixo de 100 m2
33
SOMATÓRIA DAS NOTAS
> = 11
>=8
>=5
>=3
PADRÃO DAS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
DE 1 A 5
DE 1 A 5
DE 1 A 5
DE 1 A 5
IMAGEM CORPORATIVA
DE 1 A 5
DE 1 A 5
DE 1 A 5
DE 1 A 5
PADRÃO DA OCUPAÇÃO
DE 1 A 5
DE 1 A 5
DE 1 A 5
DE 1 A 5
CRITÉRIOS SUBJETIVOS
No segundo nível, os empreendimentos são classificados nos grupos macro, classe A, classe B e classe C e, abaixo disso a classificação fina, ou seja, subdivisão com mais detalhes a respeito de cada classe. Verticalmente, o empreendimento precisa estar de acordo com todos os critérios colocados para ser categorizado de forma correta. (BUILDINGS, 2014)
Os critérios objetivos são importantes para o resultado final. Contudo, levar em conta outros critérios é fundamental para realizar uma classificação real. Como exemplo, podemos citar um empreendimento que tende à metragem para ser um AAA, mas que não foi projetado para receber os melhores sistemas internos, como elevadores, arcondicionado, etc. (BUILDINGS, 2014)
CRITÉRIOS OBJETIVOS
Dessa forma, a classificação Buildings conta com os critérios subjetivos que são pontuados por um comitê, onde o grupo avalia 3 áreas: o padrão das especificações técnicas, a imagem corporativa e o padrão de ocupação. Sendo elas:
A primeira parte da Tabela 03 classifica os edifícios usando critérios objetivos como o tamanho dos conjuntos, tamanho da laje, área locável total do empreendimento e a idade, ressaltando que, caso tenha sido feito um retrofit, a idade do edifício é ajustada.
- Especificações técnicas: sistema de ar-condicionado, elevadores, sistema de catracas, segurança, etc.
Já em relação a classificação fina, os critérios objetivos apresentam algumas particularidades, uma delas é a respeito da classe C, em ambas categorias corporate e office é a base da classificação, e não é possível chegar a uma definição baseando-se nas metragens e na idade da construção, e para isso usa-se os critérios subjetivos para classificar.
- Imagem corporativa: tudo o que pode ser entendido como valor agregado para quem ocupa, no que diz respeito, até mesmo, à imagem institucional, é levado em conta. A fachada, a altura do pé-direito da recepção e o destaque de mercado fazem parte da avaliação.
A outra é exclusiva das torres office. Nos empreendimentos corporate, a classificação macro divide-se em 3 subcategorias, e no office só existem duas subdivisões, não existindo os AAA ou triple A. E quanto a classificação macro B, a mesma não é subdividida.
- Padrão de ocupação: julgado do ponto de vista corporativo. Para a avaliação, são analisados o perfil do ocupante e o impacto que ele gera no empreendimento. A avaliação do comitê consiste na média da somatória dos votos para cada um dos quesitos, notas essas que vão de 1 a 5. 34
Figura Martinelli
03:
Edifício
Construção no centro de SP, do ano de 1929, classificado como categoria Corporate C
Figura 04 : Pátio Victor Malzoni
Figura 03: Edifício Martinelli Fonte: Viagem e Turismo
Figura 04: Pátio Victor Malzoni Fonte: Cimento Itambé
E a partir dessa média é possível enquadrar o empreendimento à classificação. Na classificação Buildings, a localização não é levada em conta, uma vez que a partir das características do edifício é possível que existam torres AAA em um lugar diferenciado, bem como uma torre B em um local predominantemente classe A. Os edifícios listados no Anexo 01, mostrados ao longo do desenvolvimento da cidade no capítulo a seguir, e usados para a construção do Capítulo 4, foram classificados a partir da Classificação Buildings.
35
Edifício construído em 2012, no Itaim, bairro nobre da cidade, é classificado em categoria AAA conhecida também como triple A, para se ter uma ideia a construção conta com um total de 23 elevadores, para atender 18 pavimentos.
A CHEGADA DO MIXED USE Sabe-se que, de acordo com Lobato (2009), a expressão mixed-use - tradução livre: uso misto - é usada para conceitos distintos relacionados à arquitetura e urbanismo. No sentido de zoneamento de uso misto ou planejamento de uso misto, é aquele que se refere ao desenvolvimento urbano, e delimita que determinada zona será ocupada por usos residenciais, comerciais, culturais, institucionais ou de entretenimento, onde as funções são, até certo ponto, fisicamente e funcionalmente integradas. O desenvolvimento de uso misto pode ser aplicado em novos projetos imobiliários em cidades como também pode ser aplicado a um único edifício, tema do presente trabalho.
ferentes demandas ao longo do ciclo de vida, como casas para família maiores e menores; distâncias reduzidas entre as residências, comércios e locais de trabalho, locais de trabalho, empresas de varejo e outras comodidades e destinos; acesso facilitado a mercadorias do cotidiano; expansão mais compacta da área urbana; sinergia no uso da terra; construção do caráter de bairro mais fortificado; senso de pertencimento e identidade de comunidade mais aguçado; e, por fim, amenização dos problemas atrelados ao uso do transporte individual, com a redução dos problemas relativos ao trânsito e redução da emissão de gases poluentes.
No sentido arquitetônico, os edifícios ou complexos de uso misto referem-se ao desenvolvimento de edificações ou conjunto de edificações que comportem mais de uma função e uso. Via de regra, segundo Lobato (2009), as funções mais compatíveis são residenciais e comerciais ou corporativas e comerciais, sendo que o Brasil apresenta diversos exemplares. Um dos primeiros foi o edifício Martinelli, 1929, mesmo que na época o conceito de mixed-use não fosse conhecido, foi pioneiro no seu programa de uso coletivo abrigando tanto escritórios e comércio quanto apartamentos e lazer. Outro exemplo, o responsável por introduzir o conceito de Mixed Use Project no país, é o Brascan Century Plaza, um conjunto de três edifícios projetado pelo Escritório Konigsberger & Vannucchi em 2002. Motoda (2004) ressalta que esses modelos de empreendimentos possuem diversos benefícios como maior variedade e densidade de moradias; moradias mais acessíveis em decorrência de seus menores tamanhos e preços; moradias que contemplem diElaboração Própria (2020)
36
Figura 06: Brascan Century Plaza Fonte: SKK Engenharia
Responsável pela inserção do conceito ‘Mixed Use Project’ no Brasil. Possui uma torre de escritórios, um hotel, uma torre com lajes corporativas, um cinema com 6 salas, e uma praça central com diversos restaurantes que conecta todo o complexo.
37
2 CONTEXTUALIZAÇÃO
...Sampaio Moreira A compreensão da trajetória de concepção das edificações corporativas em São Paulo funde-se com o historicismo relativo à própria cidade, sendo esta fundada em 1554. A passagem entre os séculos XIX e XX foi marcada pelo grande crescimento populacional e, consequentemente urbano, sendo que foi nessa época em que os edifícios corporativos passaram a surgir tanto por investimentos internos como externos (HORSCHUTZ, 2007).
torre faria lima
... Citicorp Citibank
O presente capítulo mostrará a ocupação da cidade de São Paulo a partir da evolução dos edifícios de escritórios, com base em levantamentos de 112 edifícios que traçam o caminho percorrido a partir da região central, nos bairros da República e Sé, no início do século XX, partindo em direção à avenida Paulista na década de 1950, e então seguindo para os bairros do Itaim e Pinheiros entre 1980 e 2000, e finalmente mostrando os novos ‘edifícios inteligentes’ que estão marcando a paisagem de Santo Amaro.
berrini 500...
...fiesp Paddock II...
E um pouco do cenário atual, com o aparecimento dos coworkings e qual o impacto que esse fenômeno está gerando. Elaboração Própria (2020)
40
ez towers...
... atium i
...jatoba
...new century nfinity Tower...
...mercantil finada Edificio Ronaldo Sampaio Ferreira...
41
...edifício mapfre
SÉCULO XX: CENTRO DA CIDADE DE SÃO PAULO Cushman (2004) afirma que quatro foram os principais fatores que fizeram com que, em 1865, São Paulo se tornasse nacionalmente um grande polo econômico, sendo eles:
ção dos escritórios. Com isso, a região central passou a ser ocupada pelo uso comercial e de serviços, os quais, com o passar do tempo, prosseguiu paralelamente ao eixo de crescimento das residências de alto padrão. A princípio, os escritórios organizavam-se de forma desarticulada e sem planejamento por meio da ocupação de edifícios sem características espaciais e arquitetônicas específicas para as atividades, sendo muitos deles com padrões similares aos residenciais. A necessidade de edifícios corporativos alavancou-se a partir da década de 20, principalmente, devido à chegada de empresas estrangeiras, grande parte americanas e vinculadas à importação e exportação (SOMEKH, 1994).
1
a construção das ferrovias a partir de 1865, como por exemplo a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí;
2
a instalação de iluminação pública a gás a partir de 1872;
3
Como marco dos edifícios corporativos em São Paulo, pode-se citar a construção do edifício Guinle em 1912 locado nas proximidades da praça da Sé. (Figuras 07 e 08). Este possui oito andares, estrutura de concreto armado e, na época, foi considerado o primeiro edifício arranha-céu do Brasil (BORGES, 1999). Já em 1924, foi construído o Edifício Sampaio Moreira (Figura 09), locado na Rua Líbero Badaró, com treze andares, porão e ático. Devido aos seus 50 meMapa 01: Região Central tros de altura, muitos autores consideram Elaboração Própria (2020) o Sampaio Moreira (Figura 10) como o primeiro arranha céu da cidade de São Paulo (HOMEM, 1984). Ambas edificações abrigavam uso comercial no térreo e escritórios nos andares superiores.
a instalação da empresa Light, responsável pela geração, distribuição, comercialização e soluções de energia elétrica;
4
alta produção cafeeira tornando-se referência nacional e internacional. Todos esses fatores convergiram para o forte desenvolvimento industrial em São Paulo gerando atração de investimentos, crescimento populacional e alteração na forma como as cidades eram erguidas a partir, por exemplo, da construção de edificações diferenciadas para abrigo de escritórios. Homem (1984) ressalta que nessa fase da história de São Paulo, a região central da cidade desempenhou papel crucial, já que se localizava na intersecção das principais vias estruturais de mobilidade gerando alto fluxo de pessoas e, consequentemente, estimulando a escolha desta localidade como ponto para constru42
A crise econômica mundial da década de 1920, resultou em grandes dificuldades para a inserção de novos elementos construtivos na construção civil brasileira o que induziu o desenvolvimento de técnicas nacionais. Assim, houve o incremento da indústria do cimento e do aço, com destaque para a Usina de Volta Redonda, atual Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) com a produção de minério de ferro. Segundo Somekh (1994), dois outros marcos importantes guiaram a história dos edifícios corporativos em São Paulo: em 1929, o primeiro código de obras, o Código Arthur Saboya, responsável pela divisão da cidade de acordo com os usos predominantes; e em 1930, o Plano de Avenidas, projeto urbano de grande porte abarcando toda a cidade e considerando o papel desempenhado por esta perante a economia nacional. Assim, o período entre 1930 e 1960 foi marcado pela construção de diversos edifícios corporativos de grande porte em São Paulo, os quais refletiam as mudanças nas formas de organização e filosofia empresarial e cuja materialidade era caracterizada, principalmente, pelo uso do concreto armado (CUSHMAN, 2004). Diversos nomes marcam essa fase, como o Edifício Martinelli -1929 (Figura 11), Edifício CBI Esplanada - 1946 (Figura 12), Edifício Altino Arantes 1947 (Figura 13), Edifício Conde Prates - 1956 (Figura 14) e Edifício Barão de Iguape - 1956 (Figura 15).
43
Figura 07: Edifício Guinle - 1912 Fonte: SP City
Figura 09: Edifício Sampaio Moreira - 1924 Fonte: Arquivo Arq
Figura 08: Edifício Guinle - 2019 Fonte: SP City
Figura 10: Sampaio Moreira - 2019 Fonte: São Paulo Estadão
Figura 11: Edifício Martinelli
Figura 12: Edifício CBI Esplanada
Fonte: Jornal Mais Notícias
Fonte: Wikipedia
44
Figura 13: Edifício
Fonte:
o Barão de Iguape
: Veja SP
Figura 14: Edifício Conde Prates
Figura 15: Edifício Altino Arantes
Fonte: Wikipedia
Fonte: Wikipedia
45
CBI Esplanada
1946
EDIFÍCIO MARTINELLI
1929
1924
A EVOLUÇÃO DOS EDIFÍCIOS NO CENTRO Sampaio Moreira
Cristiano Stockler das Neves
Giuseppe e Ítalo Martinelli
Lucjan Korngold
9 pavimentos tipo 1 elevador 1 escada de emergência
32 pavimentos tipo 15 elevadores 3 escadas de emergência
33 pavimentos tipo 12 elevadores 1 escada de emergência
Corporate C 13 unidades
Corporate C 32 unidades
Corporate C 186 unidades
É considerado o protótipo dos arranha-céus de São Paulo, marcando a paisagem da região central da cidade pela sua altura inusitada, se comparada aos edifícios existentes que possuíam no máximo quatro pavimentos.
Foi o pioneiro em relação ao uso misto. Seu programa reunia escritórios, comércio, apartamentos e áreas de lazer. Atualmente abriga funções da administração pública da cidade.
Primeiro arranha-céu construído no Vale do Anhangabaú. Na época de sua construção chegou a ser considerada a maior estrutura em concreto armado do mundo. Ainda mantém suas características originais.
46
1947
EDIFÍCIO BarÃo de Iguape
1956
Edificio São João
1955
Edifício Altino Arantes
Camargo e Mesquita
Serviço de Engenharia do BB
SOM e Giancarlo Gasperini
33 pavimentos tipo 7 elevadores 1 escada de emergência
23 pavimentos tipo 3 elevadores 1 escada de emergência
30 pavimentos tipo 4 elevadores 1 escada de emergência
atualmente é museu
Corporate BB 23 unidades
Corporate C 32 unidades
Durante duas décadas foi considerado o prédio mais alto do país. Sua altura proporciona perspectivas impressionantes, com um raio de visão de 360°. Sua construção demorou oito anos para ser finalizada.
Com seus 143 metros de altura é um dos edifícios mais altos da cidade. Por suas dimensões e localização, pode ser avistado de diversos pontos da cidade. Sua estrutura perimetral em concreto funciona como proteção da incidência de raios solares.
Parte da fase de consolidação da arquitetura moderna da cidade de São Paulo. Possui traços bastante similares aos de grandes construções dos Estados Unidos, já que a principal inspiração para os arquitetos da época foram as modernas torres norte-americanas.
47
Edifício ItÁlia
Banco de Boston
1961
1956
1956
Edifício Conde Prates
Giancarlo Palanti
Franz Heep
Assumpção Construção S&A
36 pavimentos tipo 9 elevadores 1 escada de emergência
45 pavimentos tipo 19 elevadores 1 escada de emergência
21 pavimentos tipo 5 elevadores 1 escada de emergência
Corporate C 144 unidades
Corporate C 32 unidades
atualmente é uma universidade
Segundo Fialho (2007) é um dos edifícios comerciais de maior majestosidade de toda São Paulo. Sua fachada em pele de vidro e linhas horizontais confere amplitude e luminosidade ao seu interior.
É o segundo maior prédio em altura da cidade e um dos maiores do Brasil. Sua construção foi permitida pelas autoridades municipais apenas por se localizar em um dos pontos focais de São Paulo.
O projeto do edifício foi aprovado antes da vigência da Lei 52617, o que lhe confere ainda características que vinham conformando a fisionomia de São Paulo à época: construção para cima e para baixo do solo e aspecto externo de torre escalonada.
48
Edifício Andraus
Mercantil Finasa Lei 5621 de 4 de julho de 1957. Estabelece coeficiente de aproveitamento de lotes, densidade demográfica, área mínima de lote por habitação e área mínima de espaços livres, e dá outras providências.
1973
1962
7
Nicolau Paál, Rene Andraus e Majer Botkowski 29 pavimentos tipo 5 elevadores 2 escadas de emergência Corporate C 58 unidades Originalmente, seu nome seria Edifício 50, por ser o quinquagésimo a ser erguido pela Construtora Ocian. Em 1972 foi atingido por um grande incêndio, causado pela sobrecarga do sistema elétrico no segundo pavimento.
Sem Informação 30 pavimentos tipo 9 elevadores 1 escada de emergência Office C 360 unidades Está localizado onde outrora estava o Palacete Prates I, antiga sede da Prefeitura de São Paulo e da Câmara Municipal.
49
MAPA de localização - CENTRO
10
3
8
50
1 - Edifício Sampaio Moreira 2 - Edifício Martinelli 3 - Edifício CBI Esplanada 4 - Edifício Altino Arantes 5 - Edifício São João 6 - Edifício Barão de Iguape 7 - Edifício Conde Prates 8 - Edifício Itália 9 - Edifício Banco de Boston 10- Edifício Andradus 11 - Edifício Marcantil Finasa
5
3 9
2 11
4
1 7 6 0
51
60
120
180 m
1950 A 1980: EXPANSÃO DO CENTRO Segundo Cushman (2004), entre os anos 50 e 60, o centro passou por forte expansão atingindo a região entre a praça Ramos de Azevedo e a atual estação República, onde havia forte concentração de edifícios corporativos. Esse processo de ocupação da região por escritórios foi intensificado com o Elevado Costa e Silva e a Avenida Prestes Maia. Importante ressaltar que até esse período os layouts dos edifícios corporativos eram marcados pela segmentação dos espaços de acordo com a hierarquia existente nas empresas, cujo conforto e privacidade aumentava em conformidade com o cargo ocupado.
núcleos compostos por escada e elevadores;
3
modulação das plantas,
4
fachadas diversificadas;
5
além da organização interna dos andares que propiciou maior flexibilidade às organizações empresariais.
A localização das edificações de uso corporativo tomou um novo rumo a partir de 1960, período no qual a avenida Paulista assumiu o papel de segundo área com centralização de escritórios, grande parte ocupados por sedes empresariais de grande porte. O edifício pioneiro para o processo de ocupação da Paulista foi o Conjunto Nacional (Figura 15), construído em 1955 com 25 pavimentos ocupados por diversos usos: residencial, comercial e de serviços (SAMPAIO, 2003).
Pode-se destacar edificações como o Parque avenida -1965 (Figura 16) e Torre FIESP-CIESP- SESI (Figura 17). Pugliese (2005) afirma que a década de 70 foi marcada pelo chamado milagre brasileiro, época de significativo crescimento econômico, importante estratégia de manutenção da ditadura militar brasileira, gerando como uma de suas externalidades o declínio no valor imobiliário do centro da cidade e a consequente evasão de empresas e bancos para outras áreas de São Paulo. O novo modelo econômico apoiou a expansão de empresas nacionais e multinacionais
Outros exemplares de edifícios corporativos foram construído na avenida Paulista, conforme destaca Sampaio (2003), sendo que estes trouxeram diversas inovações para a arquitetura paulistana como:
1
2
uso de pavimentos tipos com planta livre e pilares peri-
metrais;
52
Mapa 02: avenida Paulista Elaboração Própria (2020)
que passaram a construir suas sedes administrativas nas grandes metrópoles brasileiras, inclusive São Paulo. Nessa época, houve a difusão do modelo de escritórios norte-americano em que grandes áreas são destinadas aos departamentos individuais e estes se organizam apenas por meio do mobiliário. Nesse modelo, apenas os líderes ocupam seus postos em salas individualizadas, cuja localização evidencia a hierarquia estabelecida internamente. Como exemplos do novo modelo de edificação, pode-se citar os seguintes: IBM Tutoia - 1974 (Figura 19) localizado na avenida 23 de Maio; Tribunal de Contas do Município de São Paulo - 1971 (Figura 20); Condomínio Edifício Parque Iguatemi - 1971 (Figura 21) na avenida Brigadeiro Faria Lima; Edifício Citicorp Center - 1986 (Figura 22), na avenida Paulista; Funcef Center - 1977 (Figura 23), também na Paulista, entre outros. Os exemplares aqui relacionados evidenciam a saída das empresas da região central da cidade e a expansão para outras regiões, inicialmente para a avenida Paulista e, posteriormente, outras localidades até então não compreendidas como pólos de negócios. Além da localização, as novas construções eram marcadas pela inovação tecnológica, bem como inovação em sua materialidade, organização interna, tipo de estruturas e de acabamentos (PUGLIESE, 2005).
53
Figura 16: Conjunto Nacional Fonte: Veja SP
Figura 17: Parque avenida
Fonte: Flicker Hanne Therkildsen
Figura 18: Torre FIESP Fonte: Wikipedia
Figura 19: IBM Tutoia
Figura 20: Tribunal de Contas do Município de SP
Fonte: Glass Door
Fonte: Jovem Pam
54
Figura 21: Edifíci
Fonte: Bols
io Parque Iguatemi
sa de Imóveis
Figura 22: Edifício Citicorp Center
Figura 23: Funcef Center
Fonte: Aflalo & Gasperini
Fonte: Web Escritórios
55
Edíficio Sul Americano
FIESP CIESP SESI
1969
1966
1957
A EVOLUÇÃO DOS EDIFÍCIOS Na av. paulista Conjunto Nacional
David Libeskind
Escritório Técnico Rino Levi
Escritório Técnico Rino Levi
26 pavimentos tipo 15 elevadores 2 escadas de emergência
20 pavimentos tipo 6 elevadores 1 escada de emergência
17 pavimentos tipo 6 elevadores 1 escada de emergência
Corporate C / Office C 707 unidades
Corporate C 40 unidades
Corporate C 17 unidades
Um dos primeiros empreendimentos multifuncionais implantados na cidade de São Paulo - precursor dos futuros shoppings centers. Mistura dos usos residencial, comercial, serviços e lazer e amplo estacionamento com 800 vagas.
Composto por duas lâminas, uma vertical e outra horizontal, sua solução estrutural permitiu que os dois volumes fossem realçados. É considerado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas como o edifício mais eficiente em consumo elétrico de energia da avenida Paulista.
Destacando-se por sua monumentalidade, o edifício trapezoidal recebe fechamento externo de um quebra sol em forma de grelha que unifica o volume. Em 1998, passou por uma reformulação no seu térreo, para a implantação do Centro Cultural, projeto de Paulo Mendes da Rocha.
56
Edifício Pedro Biagi
1975
Edifício Parque avenida
1973
1973
Edifício Asahi
Paulo Casé e Luis Aciolli
Aflalo & Gasperini
Mauricio Kogan e Luis Mattos
22 pavimentos tipo 5 elevadores 1 escada de emergência
23 pavimentos tipo 6 elevadores 3 escadas de emergência
18 pavimentos tipo 4 elevadores 2 escadas de emergência
Corporate C 44 unidades
Corporate C 46 unidades
Corporate C 18 unidades
O partido do edifício foi uma grande novidade para sua época. Grandes salões utilizados como escritórios, que não fossem comprometidos com os sistemas de circulação vertical, que ficam em um bloco separado.
Primeiro edifício do escritório projetado para a Avenida Paulista. Seu partido é parecido com o edifício da IBM Tutoia; nos andares inferiores estão localizados os serviços com plantas mais largas e os pavimentos tipo vão diminuindo gradativamente de tamanho.
Dois pilares modulados de concreto aparente ressaltam sua verticalidade, e na cobertura, os pilares terminam em arcos vazados. Foi restaurado para abrigar o Centro Cultural Coreano.
57
Citicorp - Citibank
1986
Cetenco Plaza
1980
1980
Sede do Banco Sudameris
Aflalo & Gasperini
Ricardo Sievers e Rubens Carneiro
Aflalo & Gasperini
8 pavimentos tipo 6 elevadores 1 escada de emergência
25 pavimentos tipo 16 elevadores 4 escada de emergência
19 pavimentos tipo 8 elevadores 1 escada de emergência
Corporate B 8 unidades
Corporate C e Corporate A 200 unidades
Corporate BB 19 unidades
A estrutura é formada por duas grelhas laterais feitas em concreto aparente, suspensas acima do amplo saguão do pavimento térreo através de uma transição estrutural. Funcionam como elemento principal da estrutura.
Construído em um momento em que a cidade de São Paulo vivenciava uma mudança importante no deslocamento de atividades econômicas entre regiões distintas da cidade (Centro para a avenida Paulista).
Considerado um dos primeiros edifícios ‘inteligentes’ do Brasil, procurou romper com compromisso entre forma do edifício e o formato do lote, criando novas frentes em função do entorno existente. Foi alvo de muitas críticas por ‘fugir dos padrões’, considerados belos.
58
Edifício Parque Paulista
1996
Edifício Delta Plaza
1993
1991
Parque Cultural Paulista
Escritório Técnico Júlio Neves
Botti Rubin Arquitetos Ass.
Botti Rubin Arquitetos Ass.
20 pavimentos tipo 8 elevadores 2 escadas de emergência
18 pavimentos tipo 4 elevadores 2 escadas de emergência
20 pavimentos tipo 10 elevadores 2 escadas de emergência
Corporate BB 40 unidades
Corporate BB 36 unidades
Corporate BB 40 unidades
O edifício está localizado no quintal da Casa das Rosas. Com projeto paisagístico de Burle Marx, a passagem entre a casa e o edifício é aberta. O vidro espelhado reflete a Paulista à sua volta e, ao mesmo tempo que contempla, também reflete a Casa das Rosas.
Com localização privilegiada, de esquina e duas frentes extensas, a volumetria implantada tem orientação atípica em relação às propostas similares construídas nas imediações e organiza-se a partir da diagonal do terreno voltada para as ruas.
A solução estrutural levou em conta a necessidade de obter, por razões de viabilidade econômica, dezessete pavimentos-tipo, sem ultrapassar o gabarito máximo. Ao invés do sistema convencional foram usadas lajes e vigas de concreto armado protendido.
59
2003
Edifício Maria Santos
2004
Edificio Santa Catarina
2004
Torre CYK
Kogan, Villar e Associados
Ruy Othake
Aflalo & Gasperini
19 pavimentos tipo 11 elevadores 2 escadas de emergência
16 pavimentos tipo 11 elevadores 2 escadas de emergência
14 pavimentos tipo 6 elevadores 2 escadas de emergência
Corporate A 38 unidades
Corporate AA 29 unidades
Corporate B 28 unidades
Uma das últimas áreas livres disponíveis para construção na avenida Paulista, um lote irregular de 4.700 metros quadrados de área, mais de seis metros de declive e duas frentes. A linguagem das fachadas é definida pelo desenho.
O edifício utiliza a volumetria e o coroamento como elementos para destacar-se no entorno. Foi construído em uma época em que a Berrini estava em ascensão e o Santa Catarina trouxe de volta a atenção para a avenida Paulista.
De acordo com Fialho (2007) a relação maciço curvo de pedra x bloco prismático regular de vidro prolonga-se na face externa, e pelo interior do pavimento de acesso. Nos demais pisos, internamente, a divisão de usos é definida de forma regular e pragmática.
Augusta Corporate
2018
2018
Grande Ufficiale Evaristo Comolatti
Botti Rubin Arquitetos Ass.
Aflalo & Gasperini
11 pavimentos tipo 6 elevadores 2 escadas de emergência
17 pavimentos tipo 5 elevadores 1 escada de emergência
Corporate A 22 unidades
Corporate A 17 unidades
Construído acima de áreas técnicas do Metrô (Linha Amarela), exigiu uma fundação bastante complexa. As estacas foram locadas de modo a não interferir nas edificações do Metrô, impossibilitando alinhar os pilares com a fundação.
O partido do projeto explora a sobreposição de quatro volumes desalinhados, particularizados pela marcação dos perfis da caixilharia sobre os corpos de vidro, determinando uma linguagem ora horizontal ora vertical.
61
MAPA de localização - AV. PAULISTA
6 8
2
17
4
1 3
13
62
9
1 - Conjunto Nacional 2 - Edifício Sul-Americano 3 - FIESP 4 - Edifício Asahi 5 - Edifício Pedro Biagi 6 - Edifício FUNCEF Center 7 - Sede do Banco Sudameris 8 - Edifício Ounirvest
12
9 - Citicorp / Citibank 10 - Edifício Parque Cultural Paulista
11
7
11 - Centro Empresarial G. V.
5
12 - Edifício Delta Plaza 13 - Edifício Parque Paulista 14 - Torre CYK
15
14
15 - Edifício Santa Catarina 16 - Edifício Maria Santos
10
17 - Grande Ufficiale Evaristo Comolatti
16
0
63
72
144
216 m
1970 A 2000: REESTRUTURAÇÃO URBANA A década de 70 foi marcada pela ocupação das zonas sul e oeste para o uso residencial. Outras regiões, como as avenidas Faria Lima, Luiz Carlos Berrini e Vila Olímpia passaram a receber edifícios corporativos. Essa ocupação veio como consequência dos aspectos citados no tópico anterior, em que houve a busca por novas localidades para a expansão dos escritórios (ALEIXO, 2005).
2
retirada do núcleo central com transição das torres de elevadores e escadas para os perímetros das plantas;
3
Horschutz (2007) informa que foi estabelecida uma série de sedes de empresas de grande porte, boa parte dessas seguindo o modelo office park, em que grandes terrenos com preços mais baixos do que aqueles encontrados nas áreas centrais, foram ocupados. Dentre os edifícios que seguiram a nova tendência de reestruturação urbana, pode-se citar o Edifício Aron Birmann 8 (1989); o Centro Administrativo Pfizer (1998); além de diversas edificações projetadas pelo arquiteto Carlos Bratke que passaram a ocupar a região da Berrini, Faria Lima e Paulista.
A avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini possui hoje cerca de 62 edifícios de escritórios projetados pelo arquiteto Carlos Bratke, entre eles, o Edifício Oswaldo Bratke (Figura 24), o Edifício Baronesa de Saint Steve (Figura 25), e o Edifício Morumbi Plaza (Figura 26) (HORSCHUTZ, 2007).
Os edifícios desenvolvidos por Bratke, conhecido também como ‘arquiteto da Berrini’, apresentam alto grau de flexibilidade, tendência já iniciada ao final da década de 60, marcados por ambientes mais propícios para as possíveis transformações empresariais e tecnológicas. As principais características das edificações são:
Mapa 03: Berrini
Elaboração Própria (2020)
As principais características das edificações são:
1
favorecer a liberação de espaços internos dos pilares.
plantas livres;
64
Com o passar do tempo, outras regiões passaram a ser ocupadas e, a partir de 1990, segundo Lores (2017), os edifícios corporativos poderiam ser divididos em dois grupos:
1
o primeiro destinado às edificações de médio e grande porte cujo projeto, método construtivo e materialidade refletia o entendimento de profissionais brasileiros acerca do movimento modernista, como os edifícios do Unibanco Eusébio Matoso - 1974 (Figura 27) e o Faria Lima Tower - 1994 (Figura 28)
2
o segundo formado pelas edificações de grande porte com características espaciais e arquitetônicas importadas de outras nações e projetados por grandes escritórios brasileiros e norte-americanos como os edifícios Bank of Boston - 1991 (Figura 29), Birmann 21-1997 (Figura 30), JK Financial Center - 2001 (Figura 31) Dessa forma, pode-se afirmar, assim como Pugliese (2005), que a década de 90 marcou a história dos edifícios corporativos em decorrência da dicotomia estabelecida entre a arquitetura comercial brasileira, a arquitetura comercial estrangeira e o movimento modernista, sendo que as grandes preocupações existentes em todas as vertentes eram aquelas relativas ao controle das condições ambientais externas, por meio de revestimentos de fachada eficazes e técnicas construtivas adequadas; delimitação da relação entre público e privado, em decorrência do uso públicos dos embasamentos; e a distribuição dos núcleos de serviços, elevadores e escadas para as zonas perimetrais da planta de forma a propiciar um melhor aproveitamento interno.
65
Figura 24: Edifício Oswaldo Bratke Fonte: Mapio.net
Figura 26: Edifício Morumbi Plaza Fonte: Busca CBRE
Figura 25: Baronesa de Saint Steve Fonte: Web Escritorios
Figura 27: Unibanco Eusébio Matoso
Figura 28: Faria Lima Tower
Fonte: https://www.flickr.com/photos/rodrigo_ono/2173456880/sizes/k/
Fonte: https://julioneves.com.br/larche
66
Figura 29: B
Fonte: https://www.som.com/project
Bank of Boston
ts/bankboston_corporate_headquarters
Figura 30: Birmann 21
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Birmann_21#/media/Ficheiro:BIRMANN_21.JPG
67
Figura 31: JK Financial Center
Fonte: https://www.ccpsa.com.br/pb/2019/08/07/
Centro Empresarial Mário Garnero
1981
1971
1974
A EVOLUÇÃO DOS EDIFÍCIOS No itaim e em pinheiros Edificio Parque lguatemi Edificio Nações Unidas
Aflalo & Gasperini
Salvador Candia
Sem Informação
18 pavimentos tipo 6 elevadores 2 escadas de emergência
22 pavimentos tipo 6 elevadores 1 escada de emergência
19 pavimentos tipo 8 elevadores 4 escadas de emergência
Corporate C 30 unidades
Corporate C 22 unidades
Corporate BB 91 unidades
Devido à proximidade com o lençol freático, e por estar construído em um terreno rochoso, o edifício não possui subsolo. Está em uma localização muito valorizada, com boa infraestrutura em seu entorno. É bem atendido pelo transporte coletivo e por serviços em geral.
Inicialmente o projeto possuiria uma galeria comercial no térreo, mas após o Unibanco ocupar o edifício de forma integral, essa galeria foi deixada de lado. Uma marca importante são os brises que variam de acordo com a fachada onde estão.
Um exemplo de sustentabilidade, possui sistema de energia solar, que produz energia limpa, renovável e sustentável. As torres são capazes de atender diferentes necessidades, e até possui estrutura para intercomunicação entre os andares.
68
Terra Brasilis
Condomlnio São Luis
1989
1987
1987
Nucleo Empresarial Faria Lima
Roberto Candusso
Konigsberger e Vannucchi
Marcelo Frageli
23 pavimentos tipo 7 elevadores 2 escadaa de emergência
17 pavimentos tipo 3 elevadores 1 escada de emergência
14 pavimentos tipo 20 elevadores 8 escadas de emergência
Corporate BB 46 unidades
Office B 85 unidades
Corporate BB 57 unidades
Problemas no mercado imobiliário forçaram as obras a serem paradas após a execução das fundações e do subsolo. Dez anos depois, o arquiteto propôs uma solução que aproveitasse as instalações já construídas, e compatibilizasse a estrutura de forma que se adequou ao novo projeto.
Um edifício com forte influência pós-moderna, que marcou muito sua época. Suas cores contrastavam com os edifícios próximos em cores neutras. Diferente dos edifícios com pavimentos corridos, o Terra Brasilis foi dividido em escritórios, assim como os prédios típicos do centro.
Um bloco de 14 pavimentos com 2 subsolos, coroado por um terraço jardim. O edifício foi dividido em quatro blocos, cada um formado por um grande salão, um módulo de serviço técnico e circulação vertical e outro módulo com saguão, 4 elevadores e escada de emergência.
69
Atrium II
1994
Bank Boston
1991
1990
Atrium I
Aflalo & Gasperini
SOM - adapt: Júlio Neves
Aflalo & Gasperini
13 pavimentos tipo 4 elevadores 2 escadas de emergência
25 pavimentos tipo 16 elevadores 3 escadas de emergência
11 pavimentos tipo 3 elevadores 2 escadas de emergência
Corporate BB 26 unidades
SEM INFORMAÇÃO
Corporate B 21 unidades
Com planta em forma de U, é constituído por duas lâminas ligadas através de um núcleo de circulação vertical. Esse conjunto forma um átrio central fechado por uma cobertura de vidro, e na parte frontal se encontra uma grelha de concreto que termina em um espelho d’água.
As linhas curvas suavizam a ortogonalidade da fachada, que junto com as inovações tecnológicas e um belo paisagismo se tornam os diferenciais do edifício. O Bank Boston é um prédio com estilo tipicamente internacional e com enorme impacto visual.
O conceito do projeto era manter as mesmas características tipológicas da família, mas com o desafio de ter a disposição um terreno limitado. E para atingir o objetivo, foi necessário eliminar o átrio central para aumentar a área construída.
70
Os Bandeirantes
Atrium III
1996
1994
1995
Faria Lima Tower
Julio Neves
Aflalo & Gasperini
Aflalo & Gasperini
15 pavimentos tipo 7 elevadores 2 escadas de emergência
11 pavimentos tipo 4 elevadores 2 escadas de emergência
11 pavimentos tipo 3 elevadores 2 escadas de emergência
Corporate BB 16 unidades
Corporate B 22 unidades
Corporate BB 22 unidades
O edifício foi projetado para atender às necessidades de bancos de investimentos, de modo a acomodar empresas com as mais variadas demandas de tecnologia e infraestrutura.
Os acessos de pedestres são marcados por marquises metálicas; uma leva até a agência bancária no térreo e a outra leva ao corpo de escritórios. O salão que liga a recepção ao hall de elevadores é separado da área verde por uma grande placa curva revestida de granito vermelho.
A volumetria é formada por um prisma de vidro apoiado em uma lâmina em alvenaria com frisos horizontais de um lado, e do outro a grelha de concreto. No térreo encontra-se uma entrada com pé-direito de dez metros, mantendo a escala humana do ambiente.
71
WTC São Paulo
Centro Empresarial Nações Unidas
1999
1996
1996
Edificio Plaza Centenário
Carlos Bratke
Aflalo & Gasperini
Botti Rubin Arquitetos Ass.
32 pavimentos tipo 12 elevadores 3 escadas de emergência
20 pavimentos tipo 18 elevadores 2 escadas de emergência
36 / 44 pavimentos tipo 23 elevadores 4 escadas de emergência
Corporate BB 64 unidades
Corporate BB 66 unidades
Corporate BB 186 unidades
Sua localização junto à Marginal Pinheiros cria uma situação urbana diferente dos outros edifícios da Berrini, que servem como pano de fundo, da mesma forma que a várzea do rio cria um vazio e acentua seu caráter monumental.
O projeto nasceu de uma malha 10 x 10 metros, distribuída por todo o terreno. Embora a solução estética esteja alinhada à tradição paulista, onde a estrutura é protagonista na resolução formal do edifício, no WTC fica clara uma contraposição entre a estrutura interna e a pele externa..
A linguagem adotada é fortemente marcada pela grelha nas fachadas, diferenciada pelas empenas laterais chanfradas. Uma praça coberta com estrutura espacial metálica e fechamentos de vidro é a responsável por integrar os três prédios.
72
Edifício Berrini 500
JK Financial Center
2001
1999
2000
Millennium Office Park
Botti Rubin Arquitetos Ass.
Ruy Othake
SOM - Collaço e Monteiro
5 pavimentos tipo 12 elevadores 8 escadas de emergência
17 pavimentos tipo 13 elevadores 3 escadas de emergência
15 pavimentos tipo 6 elevadores 2 escadas de emergência
Corporate A 40 unidades
Corporate A 34 unidades
Corporate A 30 unidades
Quatro prédios independentes que são integrados pelo uso da mesma linguagem arquitetônica formam o Millenium Office Park. Os edifícios se diferenciam pelas plantas, dois deles possuem núcleo central e outros dois tem o núcleo de circulação alinhado na lateral.
No final de 2018, o edifício passou por um processo de retrofit substancial, ganhando um lobby modernizado, elevadores exclusivos para as garagens e um novo auditório. A entrada de veículos passou por modificações, para otimizar a circulação dos veículos.
O edifício foi implantado em diagonal no lote, e é composto de dois volumes retangulares que se interceptam virados para o Parque Ibirapuera. A fachada principal é revestida por vidros e granito. Uma faixa horizontal destaca o térreo, contrapondo o traçado vertical predominante.
73
2001
Brascan Century Plaza
2002
Edifício Mapfre
2002
Instituto Tomie Othake
Ruy Othake
Sem Informação
Konigsberger e Vannucchi
26 pavimentos tipo 6 elevadores 2 escadaa de emergência
20 pavimentos tipo 5 elevadores 1 escada de emergência
15 / 24 pavimentos tipo 25 elevadores 3 escadas de emergência
Corporate A 312 unidades
Corporate A 40 unidades
Corporate BB / Office A 444 unidades
O edifico é formado por duas torres de escritórios e um espaço cultural que une salas de exposições e de reuniões, ateliês, livraria, teatro e auditório. A base do edifício, com 25 metros de altura, abriga o Instituto Tomie Ohtake.
Com seu padrão corporativo de ocupação, é predominantemente ocupado por empresas do setor de Seguros e Previdência Privada, e já foi uma das sedes do Grupo Mapfre, que hoje está em outro endereço.
Responsável por introduzir no Brasil o conceito de “Mixed Use Project”, o conjunto de três edifícios reúne em um único espaço flats hoteleiros, conjuntos comerciais, lajes corporativas, centro de convenções, centro comercial, praça de alimentação e seis salas de cinemas.
74
New Century
Atrium VI
2004
2002
2002
Edifcio Ronaldo Sampaio Ferreira
Carlos Bratke
Aflalo & Gasperini
Aflalo & Gasperini
15 pavimentos tipo 5 elevadores 2 escadas de emergência
18 pavimentos tipo 6 elevadores 2 escadas de emergência
19 pavimentos tipo 6 elevadores 2 escadas de emergência
Corporate A 30 unidades
Corporate A 36 unidades
Corporate A 38 unidades
Os planos inclinados da fachada principal reforçam intenção de acentuar os recuos. A partir do 11° pavimento, a fachada inclina-se, formando a projeção de quatro metros que se reflete em pequena variação na largura das lajes, que passam de 761para 847 metros quadrados.
Construído com peças pré-moldadas; estrutura, fechamentos e acabamentos chegaram na obra já prontos. Nas fachadas, as faixas horizontais de vidro espelhado das janelas se alternam com fechamentos de peças de concreto revestidas de granito.
É o sexto edifício da série Atrium. Sua volumetria triangular é determinada pela forma do terreno, que está localizado na junção de três ruas. O térreo aberto traz amplitude visual e permite a circulação de pessoas entre as três vias.
75
Edificios Plaza I e II
2004
Edificio Minneapolis
2004
2004
Continental Square
Aflalo & Gasperini
Isay Wenfeld e Marcio Kogan
Botti Rubin Arquitetos Ass.
16 pavimentos tipo 14 elevadores 2 escadas de emergência
12 pavimentos tipo 3 elevadores 2 escadas de emergência
16 pavimentos tipo 11 elevadores 2 escadas de emergência
Corporate AA 64 unidades
Corporate B 26 unidades
Corporate A 64 unidades
O conjunto foi implantado de forma que as duas edificações ficam em extremos opostos do lote, dando espaço para o prolongamento da praça que dá acesso à rua interna. Esses dois volumes se ligam através de uma marquise de aço e vidro.
Metade dos pilares do saguão é estrutural, inclusive os da extremidade que seguem até o último pavimento. As lajes ultrapassam os fechamentos de vidro, e formam beirais que atuam como brises que sombreiam as fachadas.
Vizinho do CENU, a ideia era que os prédios fossem integrados ao centro. Apesar de possuírem tratamentos diferentes nas fachadas, a linguagem arquitetônica busca trazer uma ligação que pode ser percebida nas faixas horizontais e no uso dos mesmos materiais.
76
E Tower
2005
Centro Empresarial JDA
2005
2005
Atrium VII
Aflalo & Gasperini
Carlos Bratke
Aflalo & Gasperini
14 pavimentos tipo 3 elevadores 2 escadas de emergência
19 pavimentos tipo 5 elevadores 2 escadas de emergência
35 pavimentos tipo 17 elevadores 2 escadas de emergência
Corporate B 28 unidades
Corporate A 38 unidades
Corporate AA 52 unidades
A grelha é um elemento estético marcante, que além de reforçar a identidade da família Atrium atua como anteparo no bloqueio da insolação na fachada norte. Funciona como um filtro da paisagem externa, sem se interpor às vistas emolduradas pelos elementos vazados.
A volumetria é a combinação de duas formas geométricas: um cilindro e um prisma retangular. A estrutura se concentra em oito pilares organizados no encontro das formas, isentando as quinas da presença de estrutura, consideradas o ponto mais nobre dos escritórios.
O prédio chama a atenção de quem passa por ali, principalmente por seus 148 metros de altura. Ser uma torre alta foi uma das exigências do cliente, e essa medida foi definida pelo corredor de tráfego de helicópteros da Marginal.
77
Paddock II
2006
Vila Olimpia Corporate Plaza
2006
2005
Paddock I
Sérgio Assumpção
Aflalo & Gasperini
Sérgio Assumpção
12 pavimentos tipo 3 elevadores 1 escada de emergência
20 pavimentos tipo 6 elevadores 2 escadas de emergência
13 pavimentos tipo 3 elevadores 2 escadas de emergência
Corporate B 24 unidades
Corporate A 40 unidades
Corporate B 22 unidades
O corpo do edifício é marcado por um balanço de 6,5 metros de cada lado, que é possibilitado por sua estrutura centralizada. Foi empregada a pele de vidro na fachada que é marcada por faixas de laminado azul refletivo e laminado opaco na frente das lajes.
Diferente da maioria dos empreendimentos desse tipo, o escritório propôs a construção de sacadas na lateral de todos os andares. Uma característica que já se tornou marca do escritório é o uso das grelhas, que dessa vez, aplicadas nas sacadas, integram o interior com o exterior.
Tanto o Paddock I quanto o II, foram projetados para ocupar lotes pequenos, entre os últimos que ainda restavam na rua Hungria, com vistas para a marginal Pinheiros. Possuem semelhanças no desenho arquitetônico, com seus andares escalonados, terraços e fachadas envidraçadas.
78
icon Faria Lima
Landmark Nações Unidas
2009
2007
2007
Eldorado Business Tower
Aflalo & Gasperini
Aflalo & Gasperini
Botti Rubin Arquitetos Ass.
32 pavimentos tipo 29 elevadores 6 escadas de emergência
16 pavimentos tipo 6 elevadores 2 escadas de emergência
14 pavimentos tipo 12 elevadores 3 escadas de emergência
Corporate AAA 47 unidades
Corporate A 32 unidades
Office AA 252 unidades
Está no terreno do Shopping Eldorado, e isso foi a principal inspiração para o projeto. Com planta livre, o edifício atende às necessidades de ocupação de diferentes empresas, e todos os pavimentos possuem vistas abertas, já que o edifício se sobrepõe às construções vizinhas.
A arquitetura contemporânea integrada aos recursos tecnológicos de infraestrutura predial mais modernos que estavam disponíveis no mercado na época, foram a combinação perfeita para fazer com que o edifício se tornasse um verdadeiro ícone triple A na cidade.
A horizontalidade do bloco é uma das características que chama a atenção na paisagem, por se contrapor com o seu entorno com formas mais altas.
79
Edifício Cidade Jardim
Atrium IX
2010
2009
2009
Complexo JK - Torre Santander
Arquitectonica
Aflalo & Gasperini
Aflalo & Gasperini
28 pavimentos tipo 21 elevadores 2 escadas de emergência
10 pavimentos tipo 10 elevadores 2 escadas de emergência
13 pavimentos tipo 4 elevadores 2 escadas de emergência
Corporate AAA 28 unidades
Corporate AA 20 unidades
Corporate A 25 unidades
A edificação foi dividida em quatro partes. O recuo e a mudança de tom dos vidros entre elas levam a percepção de serem quatro torres interligadas pela face interna, e esse recorte na fachada, segundo Fort-Brescia, acentua as linhas verticais
A volumetria é definida por elementos horizontais e verticais, e sua pouca altura e grande horizontalidade trazem uma escala diferente com relação a cidade.
Assim como os outros exemplares da família, segue o conceito de destacar os grandes átrios que se estendem ao longo dos espaços públicos e as grelhas estruturais com tratamentos semelhantes.
80
Brookfield Malzoni
2012
Eco Berrini
2011
2010
Jatoba Green Building
Aflalo & Gasperini
Aflalo & Gasperini
Botti Rubin Arquitetos Ass.
9 pavimentos tipo 7 elevadores 2 escadas de emergência
32 pavimentos tipo 16 elevadores 2 escadas de emergência
18 pavimentos tipo 23 elevadores 7 escadas de emergência
Corporate A 41 unidades
Corporate AA 64 unidades
Corporate AAA 71 unidades
As fachadas foram pensadas a partir da orientação solar; as voltadas para leste e oeste foram fechadas com vidro branco leitoso e vidro transparente, já as voltadas para norte, foram revestidas com vidro incolor e brises horizontais, garantindo entrada de luz e ventilação natural.
O projeto busca explorar a maior ocupação possível dentro do lote, com uma planta de núcleo central e duas de suas fachadas suavemente curvas, garantindo uma visualização ampla da paisagem urbana.
Um marco da avenida Faria Lima com seu vão livre de 40 metros de largura, a 30 metros do chão. No terreno existe uma casa do século XVIII, que ditou as regras do projeto, já que o design foi pensado de forma a respeitar o raio de dez metros livres exigido em todas as direções.
81
lnfinity Tower
Vila Olimpia Corporate
2013
2012
2012
E.Office Design Berrini
Aflalo & Gasperini
Aflalo & Gasperini
Escritório Técnico Júlio Neves
25 pavimentos tipo 7 elevadors 2 escadas de emergência
18 pavimentos tipo 8 elevadores 2 escadas de emergência
12 pavimentos tipo 16 elevadores 4 escadas de emergência
Office A 300 unidades
Corporate AAA 21 unidades
Corporate AAA 96 unidades
Com seus amplos terraços, o edifício passa a imagem de ser um prédio residencial, no entanto é estritamente comercial. Mas apesar das sacadas, um outro detalhe em especial chama a atenção, um recorte na fachada dedicado ao jardim, com uma árvore central.
Considerado um ícone arquitetônico por sua forma arrojada, sua volumetria relembra a forma de uma escuna, em movimento no oceano. Pode-se comparar as ‘velas’ com o sistema de peles de vidro que revestem os pavimentos, e os espelhos d’água no térreo fazem alusão ao mar.
O Vila Olimpia Corporate está localizado em um dos polos de maior desenvolvimento da cidade, e conta com toda a infraestrutura de serviços que a região oferece. Sua forma é marcada pelas duas imponentes torres unidas pela praça central.
82
TEOEMP – Largo da Batata
São Paulo Corporate Towers
2016
2015
2015
FL 4300
Aflalo & Gasperini
Aflalo & Gasperini
Aflalo & Gasperini
15 pavimentos tipo 6 elevadores 2 escadas de emergência
13 pavimentos tipo 6 elevadores 2 escadas de emergência
27 pavimentos tipo 44 elevadores 4 escadas de emergência
Corporate AA / Office A 191 unidades
Corporate A 26 unidades
Corporate AAA 63 unidades
Um conjunto de uso misto, formado por três torres organizadas em forma de U. O espaço resultante da implantação formou uma praça densamente arborizada criada para dar continuidade à praça do empreendimento existente em frente ao terreno.
Está inserido em um ponto estratégico da cidade: além de ser ponto de convergência de grandes avenidas, o Largo da Batata é muito bem servido de transporte público. O partido do projeto foi o seu lote único, e possui uma fachada contínua de diferentes tipos de vidro.
Vizinhos do Parque do Povo, os edifícios têm a vista livre para o eixo do Rio Pinheiros e podem ser vistos em todos os seus ângulos, e sua forma cria uma composição dinâmica na paisagem. O projeto paisagístico foi feito todo em torno das árvores nativas que foram preservadas.
83
27
55 30
MAPA de localização - itaim
5
10 46
53
43 34
13
36 8 37 7
14
5
11
49
15
1
59
42 21
4 48 3
41
45 2 84
44
39
57
16 - Berrini Trade Center
31 - Edifício Berrini 1681
46 - Icon Faria Lima
2 - Edifício Nções Unidas
17 - Edifício Plaza Centenário
32 - Atrium VI
47 - Landmark Nações Unidas
3 - Edifício Monumento
18 - WTC São Paulo
33 - Continental Square
48 - Complexo JK Santander
34- Edifício Minneapolis
49 - Edifício Cidade Jardim
4 - Centro Empresarial Mario Garnero 19 - EdifícioMetropolitan
33
56
2
1 - Edifício Parque Iguatemi
32 40
5 - Núcleo Empresarial Faria Lima
20 - Centro EmpresarialNações Unidas 35 - Plaza I e II
50 - Atrium IX
6 - Edifício Terra Braslis
21 - Millenium Office Park
36 - Plaza JK
51 - Jatobá Green Building
7 - Condomínio São Luís
22 - EdifícioBerrini 500
37 - Atrium VII
52 - Eco Berrini
8 - Atrium I
23 - Olympic Tower
38 - Centro Empresarial J.D.A.
53 - Brookfield Malzoni
9 - Bank Boston
24 - JK Financial Center
39 - E Tower
54 - E. Office Design Berrini
10- Edifício Nações Unidas II
25 - Instituto Tomie Othake
40 - Edifício Boulvard Sul
55 - Infinity Tower
11 - Atrium II
26 - Edifício Mapfre
41 - Paddock I
56 - Vila Olimpia Corporate
12 - Torre Nações Unidas
27 - EdifícioSpazio Doro
42 - Vila Olimpia Corporate Plaza 57 - FL 4300
13 - Faria Lima Tower
28 - Brascan Century Plaza
43 - Faria Lima Square
14 - EdifícioOs Bandeirantes
29 - Edifício Ronaldo Sampaio Ferreira 44 - Paddock II
15 - Atrium III
30 - New Century
22
45 - Eldorado Business Tower 0
58 - TEOEMP - Largo da Batata 59 - SP Corporate 80
51 29 6
38
23
31 52
16
26
35 10
54
12 17
18
47
20 85
9
160
240 m
SÉCULO XXI: OS EDIFÍCIOS INTELIGENTES Falar sobre contemporaneidade não é temática tão simples, já que esta se constrói de maneira dinâmica e, portanto, não pode ser concebida como algo consolidado. De qualquer forma, no que diz respeito à construção das edificações corporativas em São Paulo no cenário atual, pode-se notar que, a partir dos anos 2000, esta se fez de forma peculiar às anteriores com destaque para as novas linguagens nas construções e exigências tecnológicas colocadas (HORSCHUTZ, 2007).
Com o passar do tempo, devido à escassez de terrenos livres e com preços cada vez mais elevados, a tendência foi que a ocupação do solo por edifícios corporativos seguisse em direção às regiões sudoeste e sul de São Paulo, onde ainda existe uma grande quantidade de área disponível, fazendo com que a Av. Dr. Chucri Zaidan se tornasse um novo polo econômico que abriga edifícios de grande porte, como, por exemplo, EZ Tower (Figura 34), Urbanity (Figura 35), WT Morumbi (Figura 36), Morumbi Corporate (Figura 37) e Rochaverá (Figura 38).
Segundo Horschutz, em 2007, os principais exemplares para a fase contemporânea podiam ser encontrados, principalmente, na avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini e na Marginal Pinheiros, sendo que o edifício mais emblemático na época em que a tese foi escrita era a sede do Bank Boston (Figura 32). Este possui nitidamente o estilo arquitetônico considerado contemporâneo, cuja materialidade distinta pode ser percebida desde sua implantação até acabamentos da fachada. Há uma série de publicações acadêmicas que consideram esta como a referência para as edificações contemporâneas.
Muitas das edificações com uso corporativo passam a incorporar questões relativas à preocupação com o meio ambiente acompanhando a tendência que se iniciou no norte da Europa. Esses são os chamados edifícios inteligentes, os quais possuem tecnologias bastante atuais capazes de propiciar facilidade na operação predial e climatização por meio de controle automáticos tanto gerais quanto individuais (HORSCHUTZ, 2007). Tal preocupação Mapa 04: Região Sul que se observa muito no mercadoimoElaboração Própria (2020) biliário de alto padrão fez com que a busca pelos green buildings fosse cada vez maior, e a busca pelas certificações se tornou uma importante ferramenta de marketing e promoção dos grandes escritórios. Como não existe um siste-
Outro edifício emblemático à época corresponde à sede da Vivo (Figura 33), localizado também na mesma avenida. Ambos os projetos citados possuem como características notórias a adequação perante às necessidades das empresas em questão, melhor aproveitamento do terreno e do espaço interno, fachada preponderante perante a avenida e flexibilidade para as mudanças necessárias. O grande ponto que distingue as edificações correspondem à organização interna, sendo que o edifício da Vivo faz uso do core central como norteador da espacialização dos usos internos (CUSHMAN, 2004). 86
ma brasileiro para esse tipo de classificação, são adotados no país sistemas de certificação internacionais, como por exemplo LEED e ACQUA. De acordo com Marcondes (2010), essas inovações apresentadas nas novas construções se referem à:
1
aperfeiçoamento dos equipamentos (mais eficientes, e de menor consumo);
2 3
escolha mais criteriosa dos materiais;
sustentabilidade – a maior parte dos edifícios inteligentes possuem um sistema próprio de gerenciamento de água, resíduos e energia.;*
Figura 32: Edifício Bank Boston
Fonte: CENU, BankBoston & CIA Vistos da Ponte do Morumbi
4
Figura 33: Sede da Vivo
tecnologias inovadoras para produção de energia limpa;
Fonte: Capital News
*Como exemplo, cita-se o Parque da Cidade, do escritório Aflalo & Gasperini, que possui um sistema de coleta de resíduos pioneiro no país (mas muito usado fora dele), feito através de dutos coletores a vácuo, dispostos ao longo do complexo. Estas edificações também possuem a capacidade de promover a adequação perante as tecnologias que estão sendo desenvolvidas nos dias atuais bem como às possíveis necessidades futuras dos usuários. Esta vertente marcada pela possibilidade de adequação e preocupação com questões ambientais - através da chamada arquitetura bioclimática - se mostra bastante fortificada e, conforme Horschutz (2007), permanecerá evidente nas novas construções com uso corporativo.
87
Figura 34: EZ Towers
Figura 35: Urbanity
Fonte: Smart SLG
Fonte: Aflalo & Gasperini
88
Figura 36:
Fonte: Aflalo
WT Morumbi
o & Gasperini
Figura 37: Morumbi Corporate
Figura 38: Rochaverá
Fonte: Aflalo & Gasperini
Fonte: Aflalo & Gasperini
89
Rochavera TorreS A E B
2008
Morumbi Office Tower
1993
1977
CENESP
João Henrique Rocha
Multiplan
Aflalo & Gasperini
8 pavimentos tipo 40 elevadores 20 escadas de emergência
16 pavimentos tipo 8 elevadores 2 escadas de emergência
16 pavimentos tipo 22 elevadores 6 escadas de emergência
Corporate C 204 unidades
Corporate BB 64 unidades
Corporate AAA 128 unidades
A proposta foi inovadora pela inovação das tecnologias que foi utilizada, o primeiro empreendimento brasileiro construído sob o conceito de Intelligent Building. Um empreendimento inédito na América Latina e o terceiro centro empresarial do mundo.
Na época de sua construção foi um marco, por suas características de edifício inteligente com automação predial e pelo requinte do projeto. O projeto paisagístico conta com a assinatura de Burle Marx, e antecipou o sucesso comercial que o eixo Berrini-Chucri Zaidan viria a ter.
Um terreno com três frentes, e uma localização privilegiada no eixo Berrini – Chucri Zaidan, o conjunto de edifícios de escritórios definitivamente marca sua presença na região.
90
Rochavera Torre C
2012
Morumbi Business Center
2012
2010
Rochavera Torre D
Aflalo & Gasperini
Aflalo & Gasperini
Aflalo & Gasperini
8 pavimentos tipo 5 elevadores 1 escadas de emergência
12 pavimentos tipo 5 elevadores 2 escadas de emergência
30 pavimentos tipo 10 elevadores 2 escadas de emergência
Corporate AAA 8 unidades
Corporate A 24 unidades
Corporate AAA 120 unidades
Os quatro edifícios foram dispostos nas diagonais do terreno, criando uma praça central, e outras três praças adjacentes junto às vias públicas, o que delimita os espaços semipúblicos, todos abertos para a cidade, sem gradis.
Os princípios desse projeto foram eficiência energética, respeito ao meio ambiente e presença no contexto urbano, que resultaram em uma arquitetura sóbria e equilibrada composta por duas grandes placas de pedras sobrepostas por outras de vidro.
O complexo possui sistema próprio de cogeração de energia elétrica, capaz de atender a 100% da carga de forma ininterrupta.
91
EZ Towers
2014
Nações 17007
2013
2013
Morumbi Corporate
Aflalo & Gasperini
Botti Rubin Arquitetos Ass.
Carlos Ott
26 / 18 pavimentos tipo 26 elevadores 4 escadas de emergência
28 pavimentos tipo 20 elevadores 1 escadas de emergência
26 pavimentos tipo 30 elevadores 4 escadas de emergência
Corporate AAA / Corporate AA 176 unidades
Corporate AAA 30 unidades
Corporate AAA 57 unidades
As duas torres estão integradas entre si, e também com o entorno a sua volta. O conjunto é aberto para a cidade, sem a presença de gradis e muros, com calçadas largas e convidativas e espaços semipúblicos que levam em consideração a posição dos edifícios vizinhos.
O complexo possui uma galeria externa que está disponível tanto aos usuários do complexo como a população do entorno. O 17007 Nações foi projetado para ser um ícone urbano e uma referência no uso de tecnologias eficientes.
A fachada foi um dos principais desafios do projeto devido as diversas curvas positivas e negativas, o que faz com que cada pavimento tenha uma geometria diferente. Um dos diferenciais do conjunto são os 43 elevadores interligados ao sistema do controle de acesso.
92
Parque da Cidade - torre tarumã
WT Morumbi
2016
2015
2015
Parque da Cidade - Torre Sucupira
Aflalo & Gasperini
Aflalo & Gasperini
Aflalo & Gasperini
24 pavimentos tipo 16 elevadores 2 escadas de emergência
36 pavimentos tipo 6 elevadores 2 escadas de emergência
34 pavimentos tipo 15 elevadores 8 escadas de emergência
Corporate AAA 48 unidades
Office A 612 unidades
Corporate AAA unidades
A linguagem arquitetônica do conjunto é caracterizada por angulações no coroamento dos edifícios. Os blocos possuem alturas variadas e quando justapostos geram linhas ascendentes e descendentes no skyline da cidade, reforçando a identidade do conjunto.
Os edifícios comerciais estão locados entre o parque e a via expressa da Marginal, no eixo leste/oeste, com as fachadas voltadas para as faces norte e sul, o que garante a iluminação natural e menor incidência de calor, além de favorecer as vistas distantes.
O conjunto é formado por duas torres iguais invertidas, que são ligadas no térreo e em quatro pavimentos através de pontes, formando um único edifício. A implantação privilegiou as fachadas maiores com menos ganho de calor, virando as fachadas menores para o leste e oeste.
93
2017
Parque da Cidade - Torre Aroeira
2020
Parque da Cidade - Jequitibá
2018
Urbanity
Aflalo & Gasperini
Aflalo & Gasperini
Aflalo & Gasperini
25 pavimentos tipo 6 elevadores 6 escadas de emergência
26 pavimentos tipo 12 elevadores 4 escadas de emergência
23 pavimentos tipo
Corporate AA / Office B unidades
Corporate AAA unidades
Corporate AAA
O projeto de uso misto é composto por dois edifícios, um corporativo com maior presença junto à Marginal, e um residencial recuado 50 metros em relação a via, onde um embasamento de salas comerciais faz a conexão entre eles.
O projeto do Parque da Cidade faz parte da revitalização de uma área degradada da cidade, que vem se transformando em um novo eixo comercial na cidade de São Paulo, o eixo Berrini-Chucri Zaidan.
A implantação foi definida a partir de um grande vazio, que seria o parque, na diagonal, que faz a conexão de todo o projeto, e tem como proposta a integração entre os espaços externos privativos e públicos.
94
EM CONSTRUÇÃO
Parque da Cidade - Torre Jatobá
2021
2021
Parque da Cidade - Torre Paineira
Aflalo & Gasperini
Aflalo & Gasperini
20 pavimentos tipo
17 pavimentos tipo
EM CONSTRUÇÃO
EM CONSTRUÇÃO
Corporate AAA
Corporate AAA
Para otimizar o processo construtivo são usadas lajes alveolares e sistemas pré-moldados, que serão entregues prontos no canteiro de obras para reduzir o efetivo de mão de obra. As fachadas serão feitas com painéis pré-moldados, sistema unitizado de caixilhos e vidros.
O paisagismo foi desenhado de forma a considerar a orientação das correntes de ar e o sombreamento projetado pelas torres e pelas árvores para minimizar as ilhas de calor, formar barreiras acústicas e favorecer a retenção de águas pluviais. 95
MAPA de localização - santo amaro 2 10
6 4
8
5
3
12 18 7
13
11
17 16
15
14
96
1 - CENESP 2 - Morumbi Office Tower 3 - Rochaverá Torre A 4 - Rochaverá Torre B 5 - Rochaverá Torre D 6 - Morumbi Business Center 7 - Rochaverá Torre C 8 - Morumbi Corporate 9 - Nações 17007 10 - EZ Towers 11- Parque da Cidade - Sucupira 12 - Parque da Cidade - Tarumã 13 - WT Morumbi 14 - Urbanity 15 - Parque da Cidade - Jequitibá
1
16 - Parque da Cidade - Aroeira
9
17 - Parque da Cidade - Paineira 18 - Parque da Cidade - Jatobá
0
97
72
144
216 m
ESCRITÓRIOS CONTEMPORÂNEOS EM SÃO PAULO O presente trabalho é realizado com o pano de fundo do pós recessão econômica do país, principalmente, no setor da construção civil, fazendo com que ainda não haja a retomada dos investimentos efetivamente na área dentro do Brasil. Houve, ao longo dos quatro últimos anos, a estagnação da economia com perdas acumuladas e com postergação dos investimentos, já que o cenário interno e externo ainda se mostram desfavoráveis.
casa própria dentro da política de expansão da economia. O setor da construção civil e, consequentemente, o setor imobiliário foi o que mais encolheu nos últimos anos, fazendo com que houvesse um forte número de desemprego na área. O Gráfico 01 abaixo evidencia a alta quantidade de funcionários que foram demitidos - cerca de 1,17 milhão de pessoas - entre os anos de 2014 e 2018.
De acordo com o SindusCon, Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo 8 , o ano de 2018 seria caracterizado pela projeção de crescimento do PIB específico da Construção Civil em 0,5%. Mas, ao invés disso, houve a retração de mais 0,5% no PIB da construção civil, enquanto o índice geral cresceu em 1,4%.
De acordo com Pinto (2017), a crise econômica iniciada no Gráfico 01: Número de funcionários demitidos entre 2014 e 2018 Fonte dados: SindusCon (2018)
São vários possíveis e prováveis motivos que levaram o Brasil a uma crise econômica, um sendo a falta de investimentos em infraestrutura, fazendo o Brasil perder a competitividade dentro e fora do país, pois a política vem prejudicando todos os setores como educação, saúde, economia, entre outros. Vale lembrar da quantidade de escândalos na política, fazendo com que políticos perdessem a credibilidade mesmo que bem intencionados e sem poder contar com o apoio de nenhum setor econômico (ALANA, 2016).
Autoria Própria
ano de 2015 é evidenciada com nitidez através da redução do PIB em 3,8%; queda brusca do investimento em 14,1% equivalente a R$ 75.000.000.000,00, com ênfase ao setor público; aumento do índice de desemprego, queda dos índices de rentabilidade de grande quantidade dos setores de produção. A única exceção que pode ser citada foi o setor bancário-financeiro.
O cenário anterior ao período da crise econômica, que se iniciou em 2015, foi marcado por um forte crescimento no mercado imobiliário gerado, majoritariamente, pelo contexto estável mundial e nacional da economia e por incentivos ao pequeno credor com baixas taxas para a compra da 98
O desenvolvimento e a estabilização da economia, assim como a redução das taxas de juros nos últimos anos facilitam o acesso de uma grande parcela da ao crédito imobiliário. O fato do percentual deste crédito ainda ser pequeno em relação ao PIB do Brasil (cerca de quatro por cento) [...] A redução das taxas de juros e uma política de incentivo ao crédito imobiliário aumentam a capacidade de compra dos pequenos investidores e tornaram o investimento em imóveis mais atraentes para quem deseja aumentar seu patrimônio financeiro. Em paralelo, a redução do desemprego e a estabilidade da economia, no período mencionado, proporcionaram a confiança necessária para a compra de imóveis e outros investimentos de longo prazo (UQBAR, 2016).
Apesar da onda positivista acerca da melhoria da economia brasileira a partir de 2019, esta não ocorreu e os dados sobre o desemprego permanecem em constante crescimento. No 1o trimestre deste ano, o desemprego cresceu em 14 dos 27 estados brasileiros quando comparado ao trimestre anteriores, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE)9. A característica principal desta modalidade econômica é a facilitação ao acesso a bens e serviços tanto para a demanda quanto para a oferta através de plataformas digitais, por exemplo.
A expansão da economia colaborativa é um fenômeno generalizado a ponto de afetar todas as vertentes econômicas. O crescente número de atividades envolvendo práticas de compartilhamento está moldando as cidades, e até áreas rurais também estão experimentando alguns dos efeitos transformadores da economia compartilhada (DAVIDSON, 2016). Com isso, o fenômeno do coworking é geralmente analisado no debate sobre economia compartilhada, pois envolve tanto “o acesso de ativos físicos compartilhados (escritório, infraestrutura, lanchonete, etc.) quanto o compartilhamento de ativos intangíveis, como informação, conhecimento, etc.” (BOUNCKEN; REUSCHL, 2016, p. 6). Alguns autores afirmam que os coworkings refletem a abordagem em rede, de base coletiva, da ideia de fonte aberta traduzida no espaço físico (LANGE, 2011); enquanto outros afirmam que o coworking pode ser associado à economia compartilhada, uma vez que este último também se caracteriza pela possibilidade de acessar recursos subutilizados e ativos físicos com o objetivo de maximizar a utilização do “excedente” ou “ocioso” relativo à capacidade de produção desses ativos (FÓRUM ECONÔMICO, 2017). Os coworkings podem ser, geralmente, definidos como “locais de trabalho compartilhados, utilizados por diferentes tipos de profissionais do conhecimento, em sua 99
Gráfico 01: Número de Funcionários demitidos entre 2014 e 2018 1,17 milhão de vagas com carteira assinada foram eliminadas pelo setor na comparação ente o fim de 2013 e de 2018, segndo dados do Caged.
Disponível em: https:// sindus consp.com.br/. Acesso em: 25 mar. 2020. 8
Disponível em: https:// g1.globo.com/economia/noticia/2019/05/16/ desemprego-cresce-em-14-das-27-unidades-da-federacao-no-1o-trimestre-diz-ibge.ghtml. Acesso em: 25 mar. 2020. 9
maioria freelancers e donos de seus próprios negócios, trabalhando em vários graus de especialização no vasto domínio da indústria de conhecimento” (GANDINI, 2015, p. 194).
Gráfico 02: Relação entre escala de pesquisa do Google e as cidades Fonte: Deskmag (2015)
Em termos práticos, os coworkings são escritórios espaciais abertos equipados com mesas e conexões de internet - e muitas vezes também salas de reunião, espaços de escritórios privados e outras salas equipadas - que são alugados para freelancers, profissionais, start-ups ou microempresas. Como já citado anteriormente, a busca pelo coworking cresceu exponencialmente nos últimos anos em todo o mundo, sendo que isto pode ser mensurado a partir, por exemplo, da análise das estatísticas liberadas pelo Google Trends, responsável pelo maior portal de pesquisas mundial, o Google. Com os valores, pode-se notar que entre o ano de 2007 e 2015 houve um forte aumento no pesquisa pelo termo coworking, sendo que este cresceu 100 pontos numa escala de 0 a 100 ao longo do período citado (Gráfico 02). Fost (2008) e Leforestier (2009) afirmam que este modelo de organização é capaz de suprir as demandas de novos ingressantes no empreendedorismo que não desejam ou que não possuem condição financeira e experiência acumulada para administrar a estrutura física de um escritório. Além disso, o coworking pode ser útil em casos de empresas itinerantes, empresas que precisam manter funcionários em cidades ou países distantes das filiais, dentre outros casos.
tivos. Assim, cabe ressaltar que as edificações onde se instalam os coworkings possuem infraestrutura completa, ambiente moderno e oferecimento de diversos serviços secundários de apoio para os seus membros, sendo este bem mais completo do que a primeira opção. Os principais usuário dessa tipologia de espaço são os funcionários que se encontram remotos das unidades físicas de suas empresas, freelancers, empreendedores e empresários (BARBOSA, 2012).
Apesar desta modalidade de empreendimento corporativo possuir características bastante peculiares, o trato das novas espacialidades geradas pelo coworking é essencial para que se compreenda a nova tendência de organização dos edifícios corpora100
O HOMEOFFICE EM 2020 O termo home office, antes ligado a profissionais liberais que atuavam de forma independente, também é conhecido por SOHO (Small Office and Home Office), profissionais que podem atuar nas mais diversas áreas do mercado, podendo ser terceirizados ou até mesmo contratados pelas organizações por um período. Algumas empresas possuem esse método de trabalho para alguns funcionários CLT, ou porque eles não podem estar no escritório ou porque sua presença não é primordial.
mento significativo na adoção desta forma de trabalho em decorrência dos benefícios gerados. Estima-se que para o Brasil, haja de 25-30% da força de trabalho realizando os ofícios relativos ao trabalho em suas casas por dias escalonados ao longo da semana. Sabe-se que a demanda por flexibilidade a respeito do local de trabalho já é tratada há décadas em decorrência das possibilidades oriundas dos avanços técnicos e tecnológicos. Antes da crise pandêmica, pesquisas evidenciavam que 80% dos funcionários ansiavam trabalhar em casa, pelo menos, parte do tempo. Mais de um terço aceitaria uma redução no pagamento em troca da opção, inclusive. Embora a experiência de trabalhar em casa durante a crise possa não ter sido ideal para famílias inteiras abrigadas em locais de pequena dimensão ou pouco adaptadas, estas novas circunstâncias foram capazes de evidenciar o potencial existente no teletrabalho.
Uma empresa com sua matriz em São Paulo por exemplo, mas que tem todo um braço operacional espalhado pelo Brasil, pode contar com profissionais espalhados por todo o território nacional que ajudem a monitorar, supervisionar e coordenar as atividades nas unidades regionais, geralmente, chamadas de filiais. Além disso, as empresas também entendem que um funcionário trabalhando de casa pode render mais, pois em seu ambiente doméstico acabam por manterem mais foco (MURTA, 2018).
Apesar dos inúmeros pontos positivos, uma das maiores limitações do trabalho remoto é a confiança em relação aos subordinados, já que as restrições impostas por possíveis formalidades existentes no espaço corporativo trazem a sensação, muitas vezes errônea, de melhor desempenho. Tradicionalmente, o gerenciamento é feito por meio da contagem de tempo que os funcionários passam em seus assentos, em vez de resultados práticos. Especialistas em gestão vêm exaltando a necessidade de gerenciar por resultados há mais de quatro décadas, sendo que o presente momento tem oferecido para os gerentes, por exemplo, a possibilidade de compreender os benefícios do trabalho a distância, já que o controle da produtividade será mensurado pelos produtos entregues e
Esse tipo de trabalho tem crescido e vem sendo muito utilizado devido a globalização da economia e o aumento da terceirização do serviço, o que acaba mudando o perfil do emprego, principalmente no período pandêmico que marcou a história mundial (LUNA, 2020). Acredita-se com base em tendências históricas, que aqueles que já trabalhavam remotamente antes da pandemia aumentarão a frequência desta prática mesmo depois de serem autorizados a retornar aos seus escritórios. Já para aqueles que eram novos no trabalho remoto até este período, acredita-se que haverá um au-
101
não mais por indicativos falhos. Esse novo cenário tem auxiliado, inclusive, aos gestores, já que a constante preocupação pela produtividade alheia pode ser reduzida e dar espaço para investimento de tempo em novos projetos. Além disso, todos os profissionais, independente do nível hierárquico, poderão desfrutar dos benefícios de não se submeter ao trânsito diário, estar longe de entes queridos, interrupções no trabalho, etc. Ademais, deve-se retomar que o principal motivador dos programas de trabalho em casa tem sido a possibilidade de economia de dinheiro. Os líderes organizacionais, afim de cortar custos, descobriram que podiam produzir mais com menos imóveis, sendo que, desde antes da pandemia, estudos de ocupação mostraram o quão ineficiente o espaço de escritório era, principalmente, por conta da subutilização. Assim, diante destes diversos argumentos, sabe-se que há uma forte tendência pela adoção do modelo do teletrabalho, conhecido comumente como home office, sendo que, os receios e empecilhos colocados em momentos anteriores, foram superados parcialmente perante à imposição de implantação desta nova modalidade de organização do trabalho.
102
3 LEVANTAMENTOS
PANORAMA GERAL DA CIDADE Os gráficos a seguir, mostram como os edifícios de escritórios da cidade de São Paulo eram subdivididos no ano de 2014, e como os metros quadrados locáveis estavam distribuídos em cada subdivisão.
Gráfico 03: Edifícios Corporate Subdivididos em SP no ano de 2014
Gráfico 05: m2 por Subdivisão Corporate em SP no ano de 2014
Gráfico 04: Edifícios Office Subdivididos em SP no ano de 2014
Gráfico 06: m2 por Subdivisão Office em SP no ano de 2014
Fonte: Revista Buildings n° 7 (2014)
Fonte: Revista Buildings n° 7 (2014)
Fonte: Revista Buildings n° 7 (2014)
Autoria Própria
Autoria Própria
Fonte: Revista Buildings n° 7 (2014)
104
Autoria Própria
Autoria Própria
ANÁLISE DOS EDIFÍCIOS DAS ÁREAS ESTUDADAS Com base nos edifícios catalogados no Capítulo 02, algumas questões foram analisadas para entender como o mercado imobiliário vem se comportando, e qual tipo de empreendimento está em maior desenvolvimento na cidade.
Sampaio Moreira...1924 Sul Americano...1966 Parque Iguatemi...1971
Martinelli...1929
Terra Brasilis...1986 FIESP...1969 Italia...1956 E Tower...2005
Plaza Centenário...1996 WT Morumbi...2016 Urbanity...2017 Elaboração Própria (2020)
105
EVOLUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
Gráfico 08: Edíficios Construídos ao Longo das Décadas
Gráfico 09: Distribuição dos Edifícios pelas Áreas Estudadas
Autoria Própria
Autoria Própria
106
OCUPAÇÃO
Gráfico 10: Índice de Ocupação dos Edifícios Analisados
Gráfico 11: Taxa de Ocupação dos Edifícios Analisados
Autoria Própria
Autoria Própria
107
SUBDIVISÃO
Gráfico 12: Distribuição dos Edifícios Corporate pelas Áreas Analisadas
Gráfico 13: Distribuição dos Edifícios Office pelas Áreas Analisadas
Autoria Própria
Autoria Própria
108
Dentro do panorama analisado, e devido ao histórico apresentado, é nítida a concentração dos edifícios na região do Itaim, devido ao grande crescimento econômico da cidade, que fez com que a busca por novas áreas fosse além da avenida Paulista. Mas ao comparar a quantidade de empreendimetos por categorias (verificar Anexo 01), percebe-se que nos últimos 12 anos, dos 10 edifícios corporativos que foram construídos na região de Santo Amaro, 10 são classificados como tiple A, e 4 estão em construção, e deverão ser entregues nos próximos 2 anos. E no mesmo período, na região do Itaim, apenas 7, dos 16 empreendimentos analisados são considerados tiple A. Os dados apresentads solidificam a afirmação a respeito da avenida Chucri Zaidan ter se consolidado como um importante polo comercial da cidade, sendo endereço de diversas empresas globais, tendendo a se expandir cada vez mais, e tendo áreas disponíveis para tal.
109
4 ESTUDOS DE CASO e referências
O Central Saint Giles Court, projeto do Escritório Renzo Piano, tem como proposta transformar a quadra, originalmente ocupada por um único edifício, em um complexo de uso misto comtemplando escritórios, restaurantes, comércios e residências.
CENTRAL SAINT GILES COURT autor: RENZO PIANO local: LONDRES / INGLATERRA ano: 2010 área terreno: 3.100 M2 ÁREA construídA: 46.400 M2 coeficiente aproveitamento: 14,96
REFERÊNCIA EM:
O local de inserção do projeto está inserido em uma complexa malha urbana, que comtempla tanto ruas medievais quanto prédios modernos e quarteirões tradicionais já consolidados. Os arquitetos tiveram que levar algumas considerações importantes do entorno na elaboração do projeto, como o gabarito de altura, já que o projeto resultante foi um conjunto de volumes com gabarito reduzido para compor com edifícios do entorno.
1. CONEXÃO COM ENTORNO 2. MATERIALIDADE 3.USO MISTO
O elemento principal do complexo é o pátio central com aproximadamente 2.000 m2, que pode ser consideradoponto de partida do projeto, já que é o responsável por conectar os diferentes usos existentes, e também age como conciliador da vida no entorno, já que suas passagens se estendem por através da construção até a rua.
tipo projeto: USO MISTO STATUS: CONSTRUÍDO 1.
2.
Figura 38: Saint Giles - Conexões Autoria Própria (2020)
3.
Figura 39: Saint Giles - Fachadas Autoria Própria (2020)
112
Figura 40: Saint Giles - Usos Autoria Própria (2020)
No térreo estão concentrados os programas de usos públicos como comércios e restaurantes, criando uma nova atração na cidade. As fachadas de vidro ajudam nessa permeabilidade, já que criam uma transparência convidativa, e atraem o público sedento por novidades para explorar as atividades que ali se encontram. As instalações hidráulicas estão em um núcleo no centro dos edifícios, liberando as laterais, possibilitando essa interação com o exterior não só no pavimento térreo, mas em outros pontos também. Os blocos foram dispostos independentes entre si, e o menor deles é onde está o uso residencial, com 109 apartamentos, distribuídos em 14 pavimentos. A outra parte do conjunto, que possui um formato de “U”, abraça convidativamente o pátio central e dispõe de uma área de 39.000 m2 de escritórios distribuídos em 10 pavimentos com plantas livres que se adaptam às necessidades de cada usuário. Os jardins de inverno nos pavimentos servem como ambientes de transição entre o interior e o exterior por serem revestidos com vidro. Os principais materiais usados para revestimento foram cerâmica, aço e vidro. E cada fachada do complexo é única em altura, orientação, cor e na relação com a luz natural, já que o escritório produziu diversos módulos cerâmicos para que essa variedade pudesse ser criada. No entanto as fachadas internas são todas em um tom de cinza claro, porque devido a ser um ambiente mais fechado, é importante que a incidência de luz solar seja maior nos escritórios (MANGIOCCA, 2017).
113
Com seus 310 m de altura, o The Shard London Bridge é o maior arranha-céu da Inglaterra, e um dos cinco maiores da Europa.
THE SHARD LONDON BRIDGE autor: RENZO PIANO local: LONDRES / INGLATERRA ano: 2012 área terreno: SEM INFORMAÇÃO ÁREA construída: 126.712 M2 tipo projeto: USO MISTO STATUS: CONSTRUÍDO 1.
REFERÊNCIA EM:
Os seus 72 pavimentos com usos destinados ao público, mais os 15 de acesso restrito, reúnem habitações, escritórios, restaurantes, um hotel e um mirante, sendo distribuídos da seguinte maneira:
1. FLUXOS GERADOS 2. MARCO VISUAL E OBSERVATÓRIO URBANO 3. CONEXÃO COM MOBILIDADE
2.
Figura 47: The Shard - Fluxos Autoria Própria (2020)
•
2o - 28o pavtos: Escritórios
•
29o - 30o pavtos: Praça
•
31o - 33o pavtos: Restaurantes
•
34o - 52o pavtos: Hotel 5 Estrelas Shangri-La
•
53o - 65o pavtos: Habitações
•
68o - 72o pavtos: Mirante
3.
Figura 48: The Shard - Visuais Autoria Própria (2020)
114
Figura 49: The Shard - Ligação Metrô Autoria Própria (2020)
O projeto foi uma resposta à visão urbana do prefeito londrino, Ken Livingstone, e à sua política de fomentar o desenvolvimento de alta densidade nos principais modos de transporte em Londres. Com apenas 48 vagas para automóveis, o The Shard foi construído pensando em evitar o uso de transportes individuais. Esse tipo de extensão urbana sustentável está baseado na proximidade do transporte público (localizado a apenas dois minutos da estação de metrô London Bridge), desencorajando o uso do automóvel e ajudando a reduzir o tráfego na cidade. A combinação de usos residencial, escritórios e comércio, resulta em um edifício que está em uso 24 horas por dia. A forma esbelta e piramidal da torre determinou-se por sua idoneidade para essa mistura: grandes pavimentos na parte inferior para escritórios, restaurantes, espaços públicos, um hotel localizado no meio e apartamentos privativos na parte superior do edifício. As junções entre as fachadas são abertas, criando sacadas com jardins de inverno que podem ser usadas tanto como locais para reunião ou áreas de convivência. Segundo Renzo Piano esses espaços oferecem uma ligação importante com o ambiente externo, quesito que muitas vezes é esquecido em edifícios corporativos fechados (JOUR ARCHITECTURE, Acesso em 23 abril 2020). O mirante no topo do edifício e a praça no meio do mesmo permite que se aproveite a vista de 360o de Londres. 115
Com o fim da indústria de cerâmica em Maastricht, foi oferecido um terreno de 23 hectares à Prefeitura, que convidou o arquiteto holandês Jo Coenen para a concepção do novo Plano Urbano de Maastricht Ceramiqué.
ceramiqué - maastricht autor: jo coenen local: maastricht / países baixos ano: 1987 - 1998 área terreno: 23 ha ÁREA construída: SEM INFORMAÇÃO
Junto a arquitetos de renome como Álvaro Siza, Luigi Snozzi, Aldo Rossi, entre outros, o objetivo era a concepção de um desenho urbano e arquitetônico de qualidade com usos diversos, que dividiam-se em:
REFERÊNCIA EM: 1. EIXOS 2. SETORIZAÇÃO 3. PARQUE LINEAR
tipo projeto: plano urbano STATUS: CONSTRUÍDO 1.
•
1.600 unidades residenciais (90 para baixa renda)
•
70.000m2 - escritórios e instituições
•
5.000m2 - lojas, serviços e restaurantes
•
20.000m2 - hotéis
•
20.000m2 - funções culturais e/ou públicas
•
4.400 vagas de estacionamento subterrâneo
2.
Figura 56: Ceramiqué - Eixos Autoria Própria (2020)
3.
Figura 57: Ceramiqué - Setorização Autoria Própria (2020)
116
Figura 58: Ceramiqué - Parque Linear Autoria Própria (2020)
3 elementos base: 1o - HABITAÇÕES: É importante lembrar que a diferença entre as classes sociais na Holanda é brutalmente menor do que no Brasil, assim como a diferença de renda. Céramique desde o começo era voltado para as pessoas mais velhas, com maior poder aquisitivo, que não encontravam no centro habitações adequadas. No entanto, com o passar do tempo, o bairro passou a ser atrativo para os mais novos, tendo muitas de suas residências compradas por jovens casais com dupla-renda. Ou seja, as pessoas passaram a pagar mais para morar em um bairro com mais qualidades e atrativos. 2o - ESCRITÓRIOS E SERVIÇOS 3o - FUNÇÕES CULTURAIS O desenho urbano tinha como conceito recriar as situações presentes na cidade histórica, que fazem parte da cultura e da história dos cidadãos de Maastricht. A cidade antiga se caracteriza por três grandes praças com lojas, restaurantes e edifícios públicos que servem de pontos de encontro dos moradores.Tendo eles como referência, Jo Coenen pensou em caracterizar a nova Céramique com grandes praças, sempre com importantes prédios públicos.
117
O projeto de Steven Holl buscou ir contra os empreendimentos privatizados em ascensão na China, através da criação de espaços públicos convidativos e abertos de todos os lados. O conjunto de nove edifícios conectados é composto pelo seguinte programa:
LINKED HYBRID autor: STEVEN HOLL architects local: pequim / china ano: 2009 área terreno: SEM INFORMAÇÃO ÁREA construídA: 220.000 M2
REFERÊNCIA EM:
•
660 unidades residenciais
•
áreas verdes
2. DISTRIBUIÇÃO DO PROGRAMA
•
hotel
•
cinemateca
3. CORES
•
zonas comerciais - lojas, serviços e restaurantes
•
creche
•
escola Montessori
•
aprox. 2000 vagas de estacionamento subterrâneo
1. CONEXÕES
tipo projeto: USO MISTO STATUS: CONSTRUÍDO 1.
2.
Figura 65: Linked Hybrid- Conexões Autoria Própria (2020)
3.
Figura 66: Linked Hybrid - Programa Autoria Própria (2020)
118
Figura 67: Linked Hybrid - Cores Autoria Própria (2020)
Um grande complexo formado por nove edifícios, e um deles destinado exclusivamente ao hotel, o projeto busca incentivar e promover as relações através dos espaços públicos, assim como as próprias passagens pelo projeto que fazem do Linked Hybrid uma “cidade aberta dentro da cidade”. Existem diversas passagens no nível térreo abertas a todos (tanto visitantes quanto residentes), que criam micro urbanismos locais que são ativados principalmente pelos comércios que se encontram ao redor do grande lago central. A concepção do projeto se originou do processo de urbanização da China, que procurou fomentar o espaço público a partir da criação de espaços livres abertos. A combinação dos usos é dada principalmente através das pontes que ligam as torres na altura do 18° andar e formam um anel de circulação pública, com piscina, sala de ginástica, café, uma galeria, auditório, biblioteca, bares e restaurantes. O acesso a esses andares é feito através de elevadores expressos exclusivos para essa função, enquanto os residentes usam elevadores privativos. A parte inferior das pontes e das partes em balanço são revestidas com placas coloridas que chamam a atenção, assim como os batentes das janelas, que já é uma marca de Holl. E de acordo com o site do escritório, essas cores foram distribuídas de forma aleatória, e de acordo com o arquiteto as cores foram determinadas com base nas cores encontradas em templos budistas antigos. 119
OUTRAS REFERÊNCIAS
SEDE DA UBTECH
autor: BKL ARCHITECTURE local: Shenzhen, China ano: 2018-2019 área: 71.360 m2 O edifício é constituído por escritórios, dormitórios, varejo e instalações de pesquisa e desenvolvimento. A forma evoluiu de um prisma dividido em 5 partes principais, onde os pavimentos foram recuados de maneira a formar um jardim panorâmico em 3 deles. Dois blocos foram rotacionados para intercalar os jardins.
Figura 74: Sede Ubtech - Entrada Autoria Própria (2020)
Figura 75: Sede Ubtech Autoria Própria (2020)
Figura 76: Sede Ubtech - Evolução Autoria Própria (2020)
120
vivo Headquarters autor: NBBJ local: Shenzhen, China ano: 2020 área: 97.000 m2 Nova sede da empresa de Telefonia Vivo, o edifício terá uma moldura de vidro em espiral que segue do pavimento térreo até o nível superior. Esse recorte cria espaços verdes ao longo de cada andar, que refletem os ecossistemas nativos da cidade, os diferentes níveis apresentam tipos diferentes de árvores e arbustos, passando do solo da floresta e para o topo da montanha.
Figura 79: Vivo Headquartes - Áreas Verdes Autoria Própria (2020)
Figura 80: Vivo Headquartes - Aberturas Autoria Própria (2020)
121
OUTRAS REFERÊNCIAS
MINNEAPOLIS MIXED-USE PROJECT
autor: BKL ARCHITECTURE local: MINNEAPOLIS, EUA ano: 2015-2016 área: 104.190 m2 Descrição do escritório: Um edifício de 52 andares mescla hotel, residências e escritórios. A distinção dos usos é feita a partir do tratamento da fachada, onde cada uso foi disposto em um bloco diferente, empilhados, e compartilham um hall central e espaços comuns como piscina, sauna, academia etc. O edifício é formado por quatro blocos, dispostos da seguinte forma: - 20 andares que acomodam 334 apartamentos para aluguel; - 13 andares destinados a escritórios; - 9 andares com 225 quartos de hotel; - 6 andares destinados ao térreo e áreas comuns compartilhadas.
Figura 83: Minneapolis Mixed-Use Project - Forma Autoria Própria (2020)
122
Torre SBF autor: Hans Hollein & Christoph Monschein local: Shenzhen, China ano: 2018 área: 80.500 m2 De autoria do vencedor do Pritker de 1985, o prédio foi concebido para constrastar com qualquer outro edifício nos arredores. O projeto foi feito com base em esboços feitos por Hollein, em Chicago, de como seriam os arranha-céus do futuro, e se tornou um marco dominante no skyline da cidade chinesa, e ocupa uma posição importante dentro da malha urbana no qual está inserido.
Figura 86: Torre SBF - Planos Autoria Própria (2020)
Sua volumetria se iniciou a partir de um prisma simples, de base 45 x 45 metros, dividido em 8 partes. Esses novos blocos foram agrupados em dois novos tipos, sendo 4 deles formados por 6 pavimentos idênticos que seguem a base quadrada inicial, os chamados boxlevels; e o outro conjunto sendo altamente complexo, com cada pavimento sendo diferente do outro. Os recuos e balanços se alternam ao longo da fachada, e possuem diversos espaços para jardins, sendo chamados de skygarden levels. Os principais materiais usados foram pedra, madeira, vidro e metal.
Figura 87: Torre SBF - Volumetria Autoria Própria (2020)
123
OUTRAS REFERÊNCIAS
STACHEK
autor: levs architecten local: Yekaterinburg, russia ano: 2018 área: 65.000 m2 O projeto habitacional Stachek está localizado em um antigo bairro da classe trabalhadora de Elmash, próximo do antigo bairro industrial de Uralsmash , que vem se transformando em um modermo distrito comercial com diversas funções culturais. A fachada dos edifícios é formada por um fundo neutro branco, que serve como pano de fundo para as janelas e varandas posicionadas de forma aleatória, que junto com alguns recortes e molduras em cores marrom escura trazem um caráter escultórico para o conjunto.
124
VIDNOYE autor: levs architecten local: MOSCOW, russia ano: 2015 área: 180.000 m2 O plano urbano de Vidnoye é composto por seis blocos que se organizam ao redor de um pátio central com espaços de lazer para os moradores. Os prédios variam em altura e tratamento da fachada, variação essa que traz todo um charme para o projeto que contrasta com os conjuntos de edifícios anônimos das proximidades, e responde à uma procura crescente desse tipo de ambiente no país.
125
5 local de projeto
LOCALIZAÇÃo A área escolhida para intervenção, possui aproximadamente 20 hectares, e está localizada no distrito de Santo Amaro, zona sul do município de São Paulo. A região é conhecida por um acelerado crescimento imobiliário, que vem aumentando cada vez mais, principalmente após a expansão do eixo Berrini - Chucri Zaidan, com o surgimento de novos empreendimentos corporativos.
20 ha Brasil > Estado > Município > Distrito > Área Elaboração Própria (2020)
128
PREMISSAS PARA A ESCOLHA DO LOCAL FÁCIL ACESSO
CONDIÇÕES FAVORÁVEIS DE INSOLAÇÃO E VENTILAÇÃO
PROXIMIDADE COM EQUIPAMENTOS URBANOS
CENTRALIDADE E INTENSIDADE DE FLUXOS
NENHUMA / POUCA ÁREA A DESAPROPRIAR
LOCAL COM POTENCIAL A SER EXPLORADO
ENTORNO MULTIFUNCIONAL 129
justificativa da escolha da área O local escolhido para intervenção é onde atualmente estão construídas as instalações do que seria o empreendimento conhecido como Shopping Nova 25. A escolha se deu devido ao abando no qual a área se encontra, e devido ao imenso potencial que possui, mas que está sendo completamente ignorado. Em 2006, o Grupo Savoy lançou a proposta de um novo empreendimento comercial em Santo Amaro, que seria a segunda casa dos comerciantes da 25 de março, já que a demanda de comércio estava crescendo cada vez mais. Tal empreendimento seria composto por duas alas, Ala A com 100.000 m2, onde seria construída a primeira fase do projeto, e a Ala B, com 110.000 m2 que inicialmente serviria como canteiro de obras, e posteriormente, se houvesse necessidade, serviria como área possível para expansão. A localização escolhida é servida por um amplo sistema viário, está próxima de uma das principais avenidas da cidade, - avenida das Nações Unidas - além da facilidade de acesso de veículos individuais, o transporte público atende bem a região. Destaca-se o Terminal de Ônibus Santo Amaro, as estações da CPTM Socorro e Santo Amaro, e a estação Santo Amaro do Metrô. Localização da área Google Earth
130
2012
Em 2007 dava-se início às obras para a construção do Shopping Nova 25, que seria baseado no comércio existente na região da 25 de Março no centro da cidade. A promessa era que em 2009 seria inaugurado.
Já em 2012, com obras quase concluídas, pode-se observar o canteiro de obras ao lado direito, que também era parte considerada para possível expansão. Com algumas paradas e problemas na justiça, as obras voltaram ao seu curso
2019
2007
evolução
Em 2019, vemos as obras terminadas. Durante esse tempo, a empresa teve alguns problemas na justiça, e possivelmente com orçamento, o que impossibilitou a abertura do empreendimento, fazendo com o que o mesmo esteja abandonado nos dias atuais. 131
equipamentos próximos No mapa ao lado, foram identificados os principais equipamentos públicos localizados dentro das distâncias de 500, 1000 e 1500 metros, e colaboram diretamente com o funcionamento do projeto, sendo eles bibliotecas, escolas, creches, universidades, clubes entre outros.
1
Centro Cultural Santo Amaro
1
SESC Santo Amaro
1
EMEFM Professor Lineu Prestes
2
Casa de Cultura Manoel Cardoso
2
Clube Municipal Joerg Bruder
2
EE Professor Alberto Conte
3
Biblioteca Municipal Belmonte
3
São Paulo Golf Club
3
EE Maria Petronila Limeira dos Milagres
4
Casa Amarela
4
CDC Brasimet -Parentes Unidos
4
EE Paulo Eiró
5
SESC Santo Amaro
5
CDC Campo do Anhanguera
5
EMEF Carlos de Andrade Rizzini
1
Unimed Hall
6
CDC Jurubatuba
6
EMEF Professor Laerte Ramos Carvalho
2
Expo Transamérica
7
CDC Maria Felizarda da Silva
7
EMEF Professor Almeida Junior
3
Teatro Alpha
8
CDC Estrela do Campo Grande
8
EE Dom Duarte Leopoldo e Silva
4
Teatro Paulo Eiró
1
SENAC Largo Treze
9
EE Professor Bolivar de Almeira Serra
1
Mais Shopping
2
Escola SENAI Suiço Brasileira
1
Centro Universitário SENAC
2
Shopping Boa Vista
3
ETEC Takashi Morita
2
Universidade Cruzeiro do Sul
3
Shopping Fiesta
4
Escola SENAI Ary Torres
3
UNIFESP - Campus Santo Amaro
1
Delegacia do Idoso
1
CEI Santo Amaro
4
Uninove
2
Subprefeitura Santo Amaro
2
EMEI Santo Amaro
5
EAD Laureate SP - Largo Treze
1
UBS Santo Amaro
3
CEI Mamãe Santamarense
6
Estácio Santo Amaro
2
Hospital Sta. Casa - Santo Amro
4
EMEI Carlos Drumond de Andrade
7
UNISA
3
Hospital Regional Sul
5
CEI Águas Marinhas II
8
Faculdade Sumaré
132
1 1
8
2
1 2
2
4 1
1 1
1 3
3
4 1
4 4 1
3
2 2 3 4 2 5
2 7 6
5 2
3 2
3
RAIO = 500m
RAIO = 1000m
RAIO = 1500m
2
5
3 4
3 5 4
5 6
1 7 8 9
133
0
200
400
600 m
Autor:
Raphaela Rodrigues
Fonte:
SMUL, GEOINFO, GOOGLE MAPS
6
7 8
MOBILIDADE FLUXOS E PRINCIPAIS VIAS
A área está próxima a uma das principais vias da cidade, a Marginal Pinheiros, que conecta a Zona Sul de São Paulo com toda a cidade e municípios da região, Zona Leste, Rodovia Presidente Dutra, Guarulhos, entre outros. A avenida Adolfo Pinheiro faz a ligação da área com os bairros de Moema, Itaim, Vila Olímpia e Jardins na Região Oeste, e a avenida M’Boi Mirim, que liga a região ao extremo sul, até os municípios de Embu-Guaçu e Parelheiros. Já a Washington Luís, prolongamento em sentido oposto à anterior, se conectará com a Av. 23 de Maio, e também com outras regiões da cidade. Atualmente existem duas ruas que atuam como vias de saída do bairro, são elas, a Basílio Luz, via de sentido único, que não possui grande fluxo de veículos, e a Benedito Fernandes com duplo sentido, que atua tanto como entrada quanto saída. Após esta análise foi possível identificar a existência de fluxos que são interrompidos pela área de projeto, e que podem ser reestabelecidos, até por questões dimensionais, já que apenas duas quadras concentram uma área de aproximadamente 20 hectares. Novas vias, tanto para veículos, quanto restritas ao uso de pedestres, serão propostas. Além da facilidade de acesso de veículos individuais, o transporte público atende bem a região. Destacam-se os terminais de ônibus Santo Amaro e Guido Calói, as estações Socorro e Santo Amaro da CPTM, e as estações Santo Amaro e Largo 13, linha Lilás do Metrô. 134
Fluxos interrompidos Vias de saída do bairro Via de pouco fluxo Via de médio fluxo Via de maior fluxo 1
Estação CPTM - Santo Amaro
2
Estação CPTM - Socorro
1
Estação Metrô Linha Lilás - Santo Amaro
2
Estação Metrô Linha Lilás - Largo 13
1
Terminal Guido Caloi
2
Terminal Santo Amaro
Marginal Pinheiros - Norte Conecta a área com toda a cidade de SP, municípios, e outros estados
avenida Adolfo Pinheiro Faz a ligação com os bairros de Moema, Vila Olímpia, Itaim e Jardins.
2 1
2
1 1
Estrada do M’Boi Mirim Faz a conexão do bairro com o extremo sul. Conecta aos municípios de Embu-Guaçu e Parelheiros.
avenida Washington Luís Conecta a região com a avenida 23 de Maio, que faz a ligação Norte-Sul na cidade.
2
Marginal Pinheiros - Sul Conecta com avenida Interlagos e o bairro de mesmo nome, onde está o autódromo, e também ao extremo sul do município
0
135
200
400
600 m
Autor:
Raphaela Rodrigues
Fonte:
SMUL, GEOINFO, GOOGLE MAPS
GABARITO DE ALTURA As edificações do entorno são predominantemente de gabarito baixo, a maioria de dois pavimentos. E na parte sul e oeste não existem edificações a interferir nas visuais criadas, o que permite mais flexibilidade com a arquitetura a ser criada, e a possibilidade de projetar um marco visual para a cidade. No entanto as intervenções devem ser realizadas com muito cuidado, de forma a não descaracterizar o caráter horizontal da região. Sendo assim a área mais indicada para verticalizar é a região mais próxima do Rio, portanto mais afastada das construções existentes, o que permite a criação de uma transição entre as alturas.
LEGENDA:
0
100
200
300 m
Autor:
Raphaela Rodrigues
Fonte:
SMUL, METRO, CPTM, GEOINFO
136
Ferrovia Massa D’água Lote Vago 2 Pavimentos 3 a 6 Pavimentos 7 a 10 Pavimentos 11 a 15 Pavimentos 16 a 20 Pavimentos 21 a 25 Pavimentos Área de Projeto
USO predominante DO SOLO O entorno é uma região multifuncional, com diversos usos que vão desde residencial, até indústrias e armazéns, o que por si só já colabora com a vida urbana intensa que é uma das propostas do trabalho.
LEGENDA: Ferrovia Massa D’água Residencial horiz. médio/alto padrão Residencial vert. médio/alto padrão Comércio e Seriços Residencial, Indústrias e Armazéns Residencial, Comércio e Seriços Equipamentos Públicos Sem Predminância Área de Projeto
0
100
200
300 m
Autor:
Raphaela Rodrigues
Fonte:
SMUL, METRO, CPTM, GEOINFO
137
áreas verdes A área é coberta por vegetação, compondo uma massa significativa dentro do terreno de projeto, que pode ser aproveitada para servir como um bosque para o bairro já que atualmente é um fundo de lote, provavelmente usado como cota ambiental. Se bem aproveitada, será importante no sombreamento e conforto térmico já que está localizado ao norte, de onde vem a maior incidência solar.
LEGENDA:
0
100
200
300 m
Autor:
Raphaela Rodrigues
Fonte:
SMUL, METRO, CPTM, GEOINFO
138
Ferrovia Massa D’água Quadras Viárias Edificações Massa Vegetal Existente Área de Projeto
cheios e vazios É possível identificar duas malhas urbanas de diferentes configurações. A primeira na lateral superior esquerda é uma malha com caráter mais regular e lotes pequenos e organizados. Já a outra delas no lado direito é uma malha irregular com lotes maiores e um pouco mais densa que a anterior. A área de intervenção pode ser classificada como um grande vazio que faz a conexão entre essas duas malhas.
LEGENDA: Ferrovia Massa D’água Área construída Área não construída Possibilidades de conexão Área de Projeto
0
100
200
300 m
Autor:
Raphaela Rodrigues
Fonte:
SMUL, METRO, CPTM, GEOINFO
139
ÁREA INUNDÁVEL A área de estudo está inserida na bacia do Rio Pinheiros, e faz parte da Área de Contribuição Direta de Escoamento Difuso Poli/Maria Joaquina. Pela proximidade com o rio, há o perigo eminente de enchentes, então deve-se analisar bem se é viável a implantação de subsolos destinados a vagas, visto a situação que ocorreu no início do ano de 2020 mcom as chuvas torrenciais que caíram sobre a cidade, paralisando a mesma quase que totalmente. No entanto, a partir das análises dos dados é possível verificar que a área não está inserida dentro do perímetro de alagamento.
LEGENDA:
0
100
200
300 m
Autor:
Raphaela Rodrigues
Fonte:
SMUL, METRO, CPTM, GEOINFO
140
Ferrovia Massa D’água Quadras Viárias Área Inundável Área de Projeto
SISTEMA VIÁRIO Além da facilidade de acesso de veículos individuais, o transporte público atende bem a região. Destaca-se o Terminal de Ônibus Santo Amaro, as estações Socorro e Santo Amaro da CPTM, e as estações Santo Amaro e Largo 13 do Metrô.
LEGENDA: Ferrovia Massa D’água Quadras Viárias Via Local Via Coletora Via Arterial Estação CPTM Estação Metrô Terminal de Ônibus Ciclovia Área de Projeto
0
200
400
600 m
Autor:
Raphaela Rodrigues
Fonte:
SMUL, METRO, CPTM, GEOINFO
141
CONDICIONANTES FÍSICAS Como característica da cidade de São Paulo, o clima predominante é o subtropical úmido, e tem como particularidade a variação constante de temperatura. Especialmente na área onde será implantado o projeto, a umidade é maior devido à proximidade com o rio Pinheiros. A topografia da área é praticamente plana em toda sua extensão, tendo um desnível máximo de três metros, dificultando a criação de vistas diferentes a partir desse quesito. Os ventos predominantes vêm principalmente do Sudeste e a utilização disso como estratégia de projeto, será importante no conforto ambiental. LEGENDA:
0
100
200
300 m
Autor:
Raphaela Rodrigues
Fonte:
SMUL, METRO, CPTM, GEOINFO
142
Área Alagável Ferrovia Edificações Existentes Áreas Verdes Existentes Massa d’água - Rio Pinheiros Solstício de Inverno Equinócio Solstício de Verão Ventos Predominantes Área de Projeto Curvas de Nível (1m) Caimento da Topografia
SÍNTESE GABARITO DE ALTURA USO DO SOLO ÁREAS VERDES CHEIOS E VAZIOS ÁREA INUNDÁVEL SISTEMA VIÁRIO CONDICIONANTES BIOCLIMÁTICAS
POTENCIALIDADES
FRAGILIDADES
1. gabarito predominantemente baixo, não há edificações que interrompam as visuais a serem criadas
1. as intervenções devem ser pensadas com muito cuidado, de forma a não descaracterizar o caráter horizontal da região.
2. projetar um marco visual para a cidade 1. quadras com usos diversificados 2. pouca concentração de equipamentos no entorno imediato
1. a área e o entorno são bem servidos de vegetação 2. aproveitar e integrar a vegetação existente
1. área é um grande vazio que faz a conexão entre as malhas. 2. uma das poucas áreas livres nas imediações
1. a área não está inserida nos limites da área inundável
1. proximidade a uma das principais vias da cidade
1. áreas comerciais e de serviços podem gerar tráfego intenso em horários específicos
1. o projeto deve tentar ao máximo se adequar em torno das massas vegetais existentes
1. duas malhas urbanas: uma com lotes pequenos e organizados, outra irregular, com lotes maiores e densa
1. analisar se é viável a implantação de subsolos para garagens
1. o contexto prioriza o automóvel ao pedestre
2. conexão com todas as regiões
2. em horários específicos as vias próximas ficam congestionadas
1. topografia plana
1. topografia plana
2. vegetação existente
2. vegetação existente
3. insolação
3. proximidade ao rio 143
zoneamento vigente A área está inserida em uma Zona de Centralidade. De acordo com o Plano Diretor Estratégico da cidade de São Paulo (PDE), são classificadas como: “porções do território localizadas fora dos eixos de estruturação da transformação urbana destinadas à promoção de atividades típicas de áreas centrais ou de subcentros regionais ou de bairros, em que se pretende promover majoritariamente os usos não residenciais, com densidades construtiva e demográfica médias e promover a qualificação paisagística e dos espaços públicos”. LEGENDA:
0
100
200
300 m
Autor:
Raphaela Rodrigues
Fonte:
SMUL, METRO, CPTM, GEOINFO
144
Massa d’água - Rio Pinheiros Ferrovia ZC - Zona de Centralidade ZDE 2 ZEIS 1 ZEIS 3 ZEM ZEMP ZEPAM ZEU_u ZEUP_u ZM_u ZPI_I Área de Projeto
Cálculo dos índices PARÂMETROS DE OCUPAÇÃO EXCETO COTA AMBIENTAL Coeficiente de Aproveitamento ZONA
ZC
Taxa de Ocupação Máxima
C.A. mínimo
C.A. básico
C.A. máximo
T.O. para lotes até 500 m2
T.O. para lotes igual ou superior a 500 m2
0,3
1
2
0,85
0,7
Recuos Mínimos (m) Gabarito de altura máxima (m)
Cota parte máxima de terreno por unidade (m2)
Fundos e Laterais Frente
28
5
Altura da edificação menor ou igual a 10m
Altura da edificação superior a 10m
não se aplica
3
não se aplica
Fonte: Gestão Urbana
área máxima de projeção
140.000 m2
área mínima permeável
30.000 m2
área máxima construída permitida
400.000 m2
145
Projeto de Intervenção Urbana arco jurubatuba Como apresentado na nota técnica sobre o PIU Arco Jurubatuba10, sua implantação busca definir estratégias e técnicas que promovam a transformação urbana, amparada na renovação da infraestrutura, no desenvolvimento econômico e na valorização do solo urbano. Áreas de Transformação: áreas com alta probabilidade de transformação, caracterizados pela presença de espaços produtivos e de infraestrutura ociosos ou extensivos, que já não cumprem suas funções plenamente e que poderiam ser renovados ou compactados. Áreas de Qualificação: os parâmetros do zoneamento atual foram mantidos. Haverá certo adensamento, porém moderado, uma vez que as possibilidades de transformação desses territórios não são tão altas, mas em contrapartida, o processo de urbanização pode qualificar o espaço. LEGENDA:
0
100
200
300 m
Autor:
Raphaela Rodrigues
Fonte:
SMUL, METRO, CPTM, GEOINFO
146
Massa d’água - Rio Pinheiros Ferrovia Áreas Verdes Área de Transformação - T1 Área de Transformação - T2 Área de Qualificação - Q2 Área de Qualificação - Q3 Área de Projeto
Cálculo dos índices PARÂMETROS DE OCUPAÇÃO EXCETO COTA AMBIENTAL Tipo de Área
C.A. máximo
Gabarito de altura máxima (metros)
Cota Parte
Área de Transformação - T1
4
não se aplica
20
Área de Transformação - T2
4
48
20
2
48
não se aplica
Transformação
Perímetro de Adesão
Qualificação
Área de Qualificação - Q2 Fonte: Gestão Urbana
T1 - Área de Transformação 1
T2 - Área de Transformação 2
Área
40.000 m2
Área
60.000 m2
Área
100.000 m2
área máxima a ser construída
160.000 m2
área máxima a ser construída
240.000 m2
área máxima a ser construída
200.000 m2
número máximo de pavimentos
não se aplica
número máximo de pavimentos
16 pavtos
número máximo de pavimentos
16 pavtos
Nota Técnica emitida em fevereiro de 2018 a respeito do Projeto De Intervenção Urbana Arco Jurubatuba PIU ACJ 10
Q2 - Área de Qualificação 2
área máxima construída permitida 147
600.000 m2
PARTE II A CIDADE QUE IDEALIZAMOS
6 PROPOSTA
APRESENTAÇÃO Considerando a situação experimentada durante a pandemia do COVID-19, ficou clara a necessidade de ampliar os espaços públicos na cidade, de forma a evitar a saturação dos mesmos, fazendo com que todos possam se apropriar deles de maneira segura.
variedade de públicos, já que não devem criar um sentimento de exclusão em determinados grupos, e sim de acolhimento e pertencimento em todos eles.
Para que esses espaços não sejam subutilizados, os usos devem ser distribuídos de acordo com o local e as demandas de onde estão inseridos, fazendo com que tenham lugar fundamental no projeto, formando uma malha urbana permeável e flexível. Através de construções de alturas distintas deve-se atingir um equilíbrio entre os espaços vazios e as edificações. Lojas, bares, restaurantes e outros comércios locais no nível térreo fazem com que o movimento e a circulação de pessoas sejam constantes, mantendo os espaços vivos, e criando relações do usuário com o local onde está inserido.
Acesso físico: trata diretamente de como o espaço se apresenta ao público.
3
Para Montgomery (1998), esse acesso se divide em duas frentes, o acesso ao local, que pode ser feito de carro, transporte público ou até mesmo a pé, e a permeabilidade do espaço. Sendo este segundo de grande importância, já que as pessoas tendem a estar menos dispostas a andar longas distancias. Segundo seu ponto de vista um tecido permeável gera mais vida nas ruas, trazendo movimento para dentro das quadras. Em Morte e Vida das Grandes Cidades (1961), Jane Jacobs também defendeu a importância de um tecido permeável vivo.
Em Carr et al. (1992, p. 138) são identificadas três formas de acessos aos espaços, sendo elas:
A partir das questões apresentadas, foi desenvolvida uma proposta de desenho urbano que tem como foco o projeto de espaços públicos de qualidade. Novas quadras foram desenhadas a partir de uma malha viária existente, e o uso misto é o principal responsável por trazer diversidade de usos e ocupantes para o novo local que surge na cidade!
1
Acesso visual: a possibilidade de ver através de um ambiente tem dois papéis determinantes, dar a oportunidade de decidir se o local é confortável, acolhedor e seguro e, também serve como transição entre o espaço público e o espaço privado.
2
Você agora entrará no Projeto Urbano Santo Amaro, conhecendo todas as suas etapas de projeto, desde as primeiras ideias fundamentais para sua concepção, os primeiros ensaios, até a formalização das estratégias utilizadas e finalmente sua espacialização, finalizando com o desenvolvimento de um dos blocos
Acesso simbólico: diz respeito ao lado psicológico. Por exemplo, se tem um determinado grupo “suspeito” em um local, automaticamente isso tende a alterar o modo que outras pessoas irão ocupar o espaço, ou a presença de uma loja específica, que tende a atrair um público específico. Pensar nessa questão é importante na concepção de espaços que procuram atrair uma grande
Vamos lá! 155
O PROCESSO DE PROJETO DIRETRIZES ADOTADAS 1.
Estimular o convívio social com a utilização de espaços e áreas verdes como parques e praças
4.
Atrativos voltados a todos os tipos de públicos e pessoas, movimento 24h por dia
2.
3.
Espaços intermediários na transição de áreas de diferentes usos (público x privado)
O conforto ambiental deve ser garantido por meio da ventilação natural e insolação, para evitar desconforto
5.
6.
Usar os espaços abertos como possíveis galerias de arte ao ar livre, criando percursos que conduzam o caminhar
Gestão sustentável de águas, reísduos e energia
157
diretrizes de implantação
PROPOSTA PARA O ENTORNO: USOS E SISTEMA VIÁRIO
Prolongamento da rua Professor Clementino Pinho, dando continuidade ao traçado urbano, e trazendo permeabilidade para a quadra
Prolongamento da rua Angelo Herrera, dando continuidade ao traçado urbano, e trazendo permeabilidade para a quadra
Alargamento da rua Brasílio Luz, via de trânsito local de saída do bairro, que atualmente conta com uma faixa de rolamento, transformando-a em uma via de mão dupla
Aproveitar a proximidade com a estação da CPTM para criar uma nova praça de saíd a com atrativos aos usuários. 158
As entradas para o estacionamento do supermercado Sam’s Club podem ser prolongadas e transformadas em novas vias que trarão continuidade ao traçado urbano
Eixos de circulação, dando prioridade para o pedestre
Aproveitar a vegetação existente para propor um parque àpara a comunidade
Possível interligação do projeto com a área de lazer do Clube Municipal de Santo Amaro. Área de maior ligação com o bairro, pode ser transformada em um setor de equipamentos públicos, como UBS, creche, centro de acolhimento, biblioteca
Implantar os escritórios mais próximos da avenida. Devido a não proximidade com as construções do entorno, podem ter um gabarito mais alto, oferenco belas visões observatório urbano
Entrada para o subsolo. Pontos específicos para a captura de automóveis, com espaços reservados para bicicletas, vestiários e armários. NÃO devem ser alocadas na Marginal 159
PROPOSTA 01
0
100
200 m
Elaboração Própria (2020)
160
A Proposta 01 consistiu em criar 2 setores principais. O primeiro deles, onde estariam os esdifícios de uso comercial voltados para a Marginal Pinheiros. O segundo, é o que está mais próximo do bairro, e onde estão os edifícios residenciais mais baixos. A diferença de altura entre eles é decorrente da orientação solar, quanto mais posicionados ao Norte, mais baixos, para não interferirem na insolação dos demais. Essa questão foi abordada tanto nos residenciais qanto nos corporativos. Outro fator que influenciou no gabarito proposto foi a relação que se criaria com as edificações existentes, que não são altas, dessa forma, quanto mais longe do existente, mais alto seria, funcionando como um marco visual e observatório urbano. Dois edifícios garagem seriam implantados em pontos estratégicos para captura de automóveis, e a proposta de que adquiram um novo uso quando não forem mais necessários. Para incentivar a circulação de diversos públicos, os térreos de todas as edificações possuem comércio, fazendo com que seja um lugar com movimento em todas as horas do dia.
PONTOS POSITIVOS 1. Variação de altura nos blocos residenciais ajuda na boa insolação; 2. Áreas verdes integradas, e parque na borda oeste isolando do contado direto com a via expressa; 3. paisagem.
Contemplação
da
PONTOS NEGATIVOS 1. Blocos isolados; 2. Um grande requisito dos novos empreendimentos são as vagas para veículos individuais, que não são supridas com as 800 sugeridas pelos edifícios garagem. Necessidade de mais vagas. 161
PROPOSTA 02
0
100
200 m
Elaboração Própria (2020)
162
A Proposta 02 tem o mesmo objetivo da anterior, porém sua organização espacial difere quanto aos blocos. Com base nos estudos de planos e projetos de uso misto internacionais, a grande maioria é organizada a partir de uma quadra central, e o programa se desenvolve em torno dela. O gbarito das edificações nessa proposta foi mais baixo, e os usos foram distribuídos ao longo da área, o que faz com que as pessoas tenham que se deslocar mais de um ponto a outro, gerando mais fluxos, consequentemente trazendo mais movimento. Há possibilidade de integração com o Clube Municipal de Santo Amaro para criar uma área de lazer para toda a comunidade. E novamente, a ideia dos edifícios corporativos voltados para o Rio permanecem, devido a possibilidade de oferecer belas vistas para o consumidor. Os patios centrais geram conexões entre todas as áreas.
PONTOS POSITIVOS 1. Eixos de circulação, que trazem permeabilidade nas quadras; 2. Praças / pátios centrais que criam áreas semi-púbicas de convivência; 3.Insolação. PONTOS NEGATIVOS 1. Necessidade de desmatar parte da vegetação existente; 2. Falta de espaço para veículos. 163
PROPOSTA 03
0
100
200 m
Elaboração Própria (2020)
164
Uma área disponível de 100.000 m2 para distribuir diversos tipos de programas. Assim como a proposta, o entorno é uma região multifuncional, com diversos usos que vão desde residencial, até indústrias e armazéns, o que por si só já colabora com a vida urbana intensa. Seguindo a ideia do parque linear da Proposta 01, como existe uma grande massa vegetal nas porçoes leste e oeste, para que não seja necessário a retirada dessas espécies, serão propostos um bosque que poderá se conectar com o clube municipal na parte de trás, e um paruqe na parte da frente do complexo que servirá de plano de
fundo para os escritórios e restaurantes no topo das torres. Devido a proximidade com diversas faculdades é importante uma área que abrigue os estudantes, já que muitos deles vêm de outras cidades para estudar em São Paulo.
PONTOS POSITIVOS 1. Preservação da vegetação existente; 2. Conexões e espaços públicos; 3.Insolação. PONTOS NEGATIVOS 1. Pouca diversidade de usos; 2. Usos separados; 3.A área disponível não foi aproveitada por inteiro. 165
PROPOSTA FINAL
0
100
200 m
Elaboração Própria (2020)
166
Apostando nos pontos positivos apontados nas propostas anteriores, como quadras organizadas em torno de um pátio central que funciona como orientador organizacional, gabaritos mais baixos favorecendo a orientação solar, criação de eixos de circulação internos às quadras, e locação dos edifícios mais altos destinados prioritariamente à função de escritórios próximos da Marginal Pinheiros, a proposta apresentada tem como objetivo principal tratar do pedestre como protagonista, a partir da criação de espaços públicos atrativos, calçadas adequadas e seguras favorecendo o caminhar, e propondo que o automóvel seja deixado de lado. Apesar da proposta defender a mobilidade ativa, é importante oferecer vagas de estacionamento, afinal a cidade de São Paulo ainda gira em torno do automóvel individual, então para isso, são propostas em torno de 1.500 vagas que estarão locadas nos subsolos, que tem seus acessos feitos pelas ruas que são classificadas como coletoras.
PONTOS POSITIVOS 1. Alta diversidade de usos 2. Observatórios urbanos 3. Terraços são utilizados PONTOS NEGATIVOS 1. Concentração de usos próximos 2. Necessidade de subsolo para vagas
167
168
PROGRAMA DE NECESSIDADES UMA CIDADE FUNCIONAL
HABITAÇÃO
BUSINESS
COMÉRCIO
CONVIVÊNCIA
RESIDÊNCIAS UNIFAMILIARES
ESCRITÓRIOS
COMÉRCIOS
PRAÇAS ÁREAS CENTRAIS VERDES
RESIDÊNCIA ESTUDANTIL
LAJES CORPORATIVAS
LOJAS
GALERIAS AO AR HORTAS LIVRE
HOTEL
COWORKINGS
RESTAURANTES
CAFÉS
169
7 estratégias projetuais
PROPOSTA 1
Conectar as principais vias à escala local através de um sistema viário claro e de espaços públicos A fim de trazer vantagens para o bairro, é crucial que se tenha uma estrutura clara e reconhecível dos espaços públicos para conectar às grandes vias de escala regional ao nível local. Essas redes de conexão devem formar um tecido urbano permeável e fácil de ler, que conecta, qualifica, organiza e enfatiza as diferentes hierarquias.
espaços públicos Diferentes tipologias
espaços semi-públicos
2 Criar uma área integrada com a cidade As redes de conexão - a rua, os espaços públicos e os meios de transporte – resultam na ligação entre os diferentes bairros. O que garantirá a integração no tecido urbano, dos locais mais afastados aos locais mais próximos e possibilitará a participação da área na estrutura geral da cidade
Espaços diversos que atendem diferentes necessidades
Diversificação dos espaços semi-públicos
3 Diversificar usos, tipologias e espaços públicos Para criar um ambiente que responda às necessidades de diversos tipos de usuários, uma grande variedade de espaços públicos será proposta, utilizando-se de lojas locais, bares temáticos e espaços de convivência.
residencias
escritórios
comércios
lojas locais
serviços
ateliês
restaurantes
fast food
bares temáticos
bares
cafés
reidencias etudantis
cultura
saúde
praças
creche
4
Incentivar a mobilidade ativa e desencorajar o automóvel individual
biblioteca
173
esporte
Alta diversidade de usos
HIERARQUIA VIÁRIA PROPOSTA via
sa via
s
vias coletora
s oc ai
lha
sl
s
pa
rti
sc ol
ai
om
da
s
vias locais
lo
ca
is
/
int
er
via
or as et
oc
via
rte
sa
ria
s
s
rte
ria
ria
s
rte
sl
as
sc
via
sa oras
olet vias c
ru
via
via
na
s
mpartilhadas
vias co
Partiu-se da ideia de ‘criar’ uma hierarquia clara no sistema viário, onde as vias são classificadas de acordo com a conectividade que exercem na escala na qual estão inseridas. São classificadas em: Nível 1 - Vias Arteriais: representam as vias de grandes fluxos como a Marginal Pinheiros, que é responsável por conectar a área com a cidade (escala regional). Nível 2 - Vias Coletoras: são as ruas que fazem a conexão entre duas vias de maior fluxo (escala distrital). Nível 3 - Ruas do Bairro: vias que tem como principal objetivo fazer a transição em relação a escala regional para a escala local (escala do bairro). Nível 4 - Ruas Compartilhadas: vias que trazem um novo sentido para uso da rua, através da eliminação de elementos que causam a segregação entre os tipos de usuários como: velocidades, tipos de transporte e locais de trânsito, promovendo espaços verdadeiramente compartilhados. Caracterizadas principalmente por ter um nível contínuo que não prioriza o tráfego de veículos Nível 5 - Ruas Internas: Percursos internos nas quadras. Cada nível hierárquico tem demandas especificas, no entanto, para que o sistema funcione é necessário que em cada um deles seja considerado o desempenho dos outros. 174
Vias Arteriais Vias Coletoras Ruas do Bairro Ruas Compartilhadas Ruas Locais / Internas Propostas 0
50
100
150 m
Autor:
Raphaela Rodrigues
Fonte:
SMUL, GEOINFO
175
ESTRATÉGIAS PROJETUAIS PARA VIAS ARTERIAIS
1
Incentivar o uso de atividades diversas no térreo, fazendo com que a área tenha fluxos durante todas as horas do dia, com públicos de diferentes tipos e necessidades, através da criação de praças e espaços de usos coletivos de qualidade
2
Promover a conectividade e continuidade física da quadra com as outras quadras próximas
3 Locar edifícios altos mais próximos da Marginal,
com a possibilidade de oferecer belas vistas, e também devido à orientação solar, de modo a não atrapalhar na insolação natural das outras edificações do entorno
As vias arteriais são as principais linhas de conexão entre os distritos, mas muitas vezes acabam funcionando como barreiras urbanas. Isso acontece principalmente por duas razões, de um lado tem-se os vazios que são criados entre as extremidades, interrompendo toda uma continuidade do tecido urbano, e do outro, por causa do forte caráter de transporte, tanto individual quanto coletivo, que está presente nessas vias. Na Marginal Pinheiros, há um uso predominante do automóvel individual. Além disso, a pouca quantidade de atividades que ocorrem ao longo dessas vias, faz com que elas funcionem como “corredores”.
4
Usar de incentivos de zoneamento para atrair investimento nos espaços públicos em conjunto com a combinação de diferentes usos na quadra A área dialoga tanto com o transporte público, quanto com os veículos individuais, dessa forma a mescla de usos é mais que bem-vinda. Uma quadra com a maior parte do uso voltada para escritórios de pequeno, médio e grande porte, pode estar ligada a outras funções como residências, comércios e lazer. As intervenções têm como objetivo principal criar um tecido urbano permeável e ativo através da construção de novos edifícios, e praças para uso coletivo.
A estratégia pensada para as vias arteriais (Marginal Pinheiros), é fazer com que deixe de ser apenas uma via de passagem, trazendo usos diversos que atraiam diferentes públicos, com diferentes necessidades. Para atingir a estratégia proposta, foram pensados em quatro diretrizes principais, sendo elas: 176
Edifícios Existentes Novos Edifícios Mais de 10 pavtos Fachada ativa Via em Análise 0
50
100
150 m
Autor:
Raphaela Rodrigues
Fonte:
SMUL, GEOINFO
177
ESTRATÉGIAS PROJETUAIS PARA VIAS coletoras
1
Propor espaços que suportem atividades e fluxos intensos durante 24 horas, fazendo com que sempre haja circulação de usuários, e que se conectem com as outras quadras próximas
2
Criar tipologias diferentes de edifícios para diversificar a forma urbana da
3
Usar de incentivos de zoneamento para atrair investimento nos espaços públicos em conjunto com a combinação de diferentes usos na quadra As vias coletoras são as que estão diretamente conectadas com as arteriais, e exercem muitas vezes, o papel principal de distribuidoras de fluxos.
Todas as vias coletoras propostas têm como principal objetivo servirem como vias de saída e/ou entrada para o bairro de Santo Amaro. São as vias ideais para locar as entradas para os subsolos, estão conectadas com as vias principais, porém com fluxo menor. Edificações mais baixas, residências, escritórios, comércios locais, bares, restaurantes e praças de são alguns meios de criar uma quadra permeável e ativa 24 horas.
A estratégia a ser seguida para as vias coletoras é semelhante à que foi proposta para as vias arteriais, pensando na criação de um ambiente que atraia a diversidade de público durante as 24 horas do dia, e para atingir esse objetivo propôs-se as seguintes diretrizes:
178
Edifícios Existentes Novos Edifícios Mais de 10 pavtos Fachada ativa Via em Análise 0
50
100
150 m
Autor:
Raphaela Rodrigues
Fonte:
SMUL, GEOINFO
179
ESTRATÉGIAS PROJETUAIS PARA VIAS locais
1
Conectar o bairro à novos equipamentos públicos que serão necessários devido à quantidade de moradores que irão habitar a área
2
Incentivar a diversidade de usos, garantindo a permanência e circulação dos usuários durante todas as horas do dia
3
Aproveitar a vegetação existente para criar novas praças As vias locais são importantes para o funcionamento e circulação interna do bairro, e devem ter importantes funções sociais e de integração.
As intervenções no ambiente construído têm como objetivo principal a diversificação da vida dos ambientes.
Para atingir tal propósito, três diretrizes principais foram propostas:
180
Edifícios Existentes Novos Edifícios Mais de 10 pavtos Fachada ativa Via em Análise 0
50
100
150 m
Autor:
Raphaela Rodrigues
Fonte:
SMUL, GEOINFO
181
ESTRATÉGIAS PROJETUAIS PARA ruas compartilhadas
1
Utilizar de mobiliários urbanos como bancos, postes, obras de arte, vasos, árvores, espelhos d’água, entre outros para proporcionar a definição dos espaços sem precisar que limites físicos sejam impostos
2
Incentivar o comércio local, oferecendo diversos tipos de atividades em todos os horários pra diversificar os fluxos
3
Manter uma faixa para circulação de veículos que pode ser demarcada pela variação de piso As ruas compartilhadas são denominadas assim quando são removidas as delimitações formais entre os espaços dos pedestres, ciclistas e veículos, fazendo com que todos compartilhem o mesmo espaço com respeito mútuo.
As áreas dos edifícios devem ser estendidas ao ar livre, e os pedestres são o principal protagonista na rua, podendo usar de todos os espaços para circular. A diversificação de usos é importante para a manutenção dos espaços públicos, não devendo se restringir apenas a usos comerciais no térreo e residenciais em outros pavimentos. Escritórios, residências estudantis, bares, serviços, galerias também são atrativos importantes para manter o sistema em funcionamento.
A estratégia para as vias compartilhadas é fazer com que possuam atividades intensas tanto durante a noite quanto durante o dia, e que os usuários sejam diversificados. Algumas diretrizes foram listadas a fim de atingir a proposta:
182
Edifícios Existentes Novos Edifícios Mais de 10 pavtos Fachada ativa Via em Análise 0
50
100
150 m
Autor:
Raphaela Rodrigues
Fonte:
SMUL, GEOINFO
183
ESTRATÉGIAS PROJETUAIS PARA ruas internas
1
Incentivar o uso dos espaços públicos por toda a comunidade, conectando os espaços dentro e fora das quadras
2
Evitar uso exclusivamente residencial, fazendo com que a mescla dos usos torne o local pulsante durante a maior parte do dia possível
3
Promover espaços semi públicos que sejam de uso exclusivo dos residentes dos blocos As ruas internas são aquelas que permeiam as quadras, e são exclusivamente de uso de pedestres.
Através de construções baixas, procura-se atingir um equilíbrio entre os espaços vazios e as edificações. As lojas, bares, restaurantes e outros comércios locais no nível térreo fazem com que o movimento e a circulação de pessoas sejam constantes, mantendo os espaços vivos, e criando relações do usuário com o local onde está inserido.
A estratégia adotada para essas vias é fazer com que sejam locais ativos, que estimulem a vida social. Para atingir o ideal proposto, três diretrizes importantes devem ser seguidas pra êxito no objetivo:
184
Edifícios Existentes Novos Edifícios Mais de 10 pavtos Fachada ativa Via em Análise 0
50
100
150 m
Autor:
Raphaela Rodrigues
Fonte:
SMUL, GEOINFO
185
SÍNTESE
diretrizes propostas usuários principais
via
rte
via
sa
ria s
sa
ria
via sa rte
conexões
vias coletoras rte
ria
via sa rte
ria s
vias arteriais is
is
s
vias arteriais
vias coletora
1 - Incentivar o uso de atividades diversas no térreo
1 - Propor espaços que suportem atividades e fluxos intensos
2 - Promover a continuidade física da quadra com o entorno
2 - Criar tipologias diferentes de edifícios
3 - Locar edifícios altos mais próximos da Marginal
3 - Incentivos de zoneamento para atrair investimentos
1 - Conect
2 - Incentivar a 3 - Aproveitar
- residentes da quadra
- residentes de bairros vizinhos
- residentes da quadra
- residentes de bairros vizinhos
- residentes d
- residentes do bairro
- pessoas de passagem
- residentes do bairro
- pessoas de passagem
- residentes
- visitantes
- residentes de outras regiões
- visitantes
- visitan
usos principais escritórios
usos secundários caráter dos espaços públicos
bares
comércios
fast food
residencias
praças
ateliês
cafés
- áreas de convivência e permanência (mobiliários, restaurantes, bares) - espaços integrados com a escala local - estações de trem e metrô nas proximidades - fachadas ativas
tipologias
restaurantes
residencias
ateliês
escritórios
bares temáticos
comércios
bares
serviços
restaurantes
praças
dia
- espaços integrados com a escala local
c
cafés
- áreas de co (mobiliários
- áreas de convivência e permanência (mobiliários, restaurantes, bares)
noite
cultura
noite
dia
- espaços
- trans
- acessos das edifições pelas praças internas
- fachadas ativas
- hoteis
- tipologias de escritórios
- tipologias de escritórios
- tipologias residenciais
- equipament
- lajes corporativas
- gabarito alto/médio/baixo
- habitações estudantis
- gabarito médio/baixo
- gabarito mé
186
- fachadas
vias locais
ru
as s
s vias coletora
lha
oc
rti
da
s
ca
is
/
int
er
na
s
s
ilhada vias compart
vias locais
tar o bairro à novos equipamentos públicos
lo
via sl
pa
ai s
om
ol
ai
as
sc
et or
oc
via sc
sl
ria s
ruas internas
via
via
via sa rte
vias compartilhadas
1 - Utilizar de mobiliários urbanos na definição dos espaços
1 - Incentivar o uso dos espaços públicos por toda a comunidade
a diversidade de usos, garantindo a circulação
2 - Incentivar o comércio local, e usos diferentes
2 - Evitar uso exclusivamente residencial
a vegetação existente para criar novas praças
3 - Manter uma faixa para circulação de veículos
3 - Promover espaços semi públicos de uso exclusivo dos residentes
da quadra
- residentes de bairros vizinhos
- residentes da quadra
do bairro
ntes
creche
biblioteca
saúde
restaurantes
praças
residencias
onvivência e permanência s, restaurantes, bares)
s culturais próximos
sição de escalas
tos públicos
édio/baixo
- visitantes
- visitantes
escritórios
s ativas
- residentes da quadra
- residentes do bairro
residencias escritórios
ateliês
cafés
comércios lojas locais
praças
restaurantes
bares
bares temáticos
- acessos das edifições pelas praças internas
- espaços integrados - transição de escalas - fachadas ativas - tipologias residenciais - comércios locais
comércios
escritórios
ateliês
serviços
praças
lojas locais
bares temáticos
- áreas de convivência e permanência (mobiliários, restaurantes, bares)
- áreas de convivência e permanência (mobiliários, restaurantes, bares)
dia
residencias
noite
dia
- acessos das edifições pelas vias - áreas de descanso - gabarito médio/baixo
187
- pátios internos
dia
-áres reservadas para residentes - fachadas ativas - tipologias residenciais - escritórios de pequeno porte
- acessos das edifições direto pela via - gabarito baixo - hoteis
PARÂMETROS DE OCUPAÇÃO VIAS COLETORAS EDIFÍCIO GABARITO mínimo: 3 pavtos (12m)
máximo: 15 pavtos (50m)
RECUOS devido ao tipo de desenho proposto, não serão exigidos afastamentos mínimos
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
CALÇADAS faixa livre: mínimo 4m com sinalização tátil faixa de acesso: mínimo 3m, deve ser coberta, com no mínimo 5m de altura, e pode ter mobiliário urbano - bancos, lixeiras.
29.10
5.00
fachada ativa contínua, com interrupções a cada 50/60m para conectar os espaços internos e externos da quadra, (podem ser cobertas ou não), largura mínima de 6m
VIA
4.00
FACHADAS
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
faixa de serviço: mínimo 2 m
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
faixa de ajardinamento contínua: mínimo 2 m pode ser interrompida para a colocação de mobiliário urbano e entrada/ saída de veículos
3.00
4.00
2.00
2.30
6.50
2.30
2.00
4.00
3.00
faixa de acesso
faixa livre
faixa verde
faixa serviço
leito carroçável
faixa serviço
faixa verde
faixa livre
faixa de acesso
via de mão dupla faixas de pedestres elevadas
0 PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
188
4
8
12 m
1 - Fachada Ativa Contínua 2 - Faixa livre com mínimo de 4 m 3 - Faixa de acesso coberta 4 - Interrupções a cada 50/60m ligando à parte interna das quadras 5 - Faixa de ajardinamento e arborização 6 - Mobiliário urbano 7 - Iluminação 8 - Faixas de pedestres elevadas 7 4 6 5 3
1
8
10 9
2 189
9 - Via de mão dupla 10 - Entrada/Saída para os subsolos | Espaços reservados para carga e descarga
PARÂMETROS DE OCUPAÇÃO VIAS LOCAIS EDIFÍCIO GABARITO mínimo: 2 pavtos (7 m)
máximo: 12 pavtos (36 m)
RECUOS devido ao tipo de desenho proposto, não serão exigidos afastamentos mínimos
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
CALÇADAS faixa livre: mínimo 3m com sinalização tátil faixa de acesso: mínimo 2m, pode ou não ser coberta, com ou sem arborização, mobiliários urbanos - bancos, lixeiras.
quando se tratar de equipamentos urbanos não se aplica fachada ativa
17.87
4.00
fachada ativa contínua, com interrupções a cada 50/60m gerando a conexão entre os espaços internos e externos da quadra, (podem ser cobertas ou não), largura mínima de 6m
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
FACHADAS
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
faixa de serviço: mínimo 1 m
VIA 2.00
via de mão única
faixa de acesso
3.00 faixa livre
1.30 faixa serv
3.30 leito carroçável
1.30 faixa serv
3.00 faixa livre
2.00 faixa de acesso
áreas de estacionamento faixas de pedestres elevadas
0 PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
190
4
8
12 m
10
1 - Fachada Ativa Contínua 2 - Faixa livre com mínimo de 3 m 3 - Faixa de acesso
11
4- Mobiliário urbano 5 - Parklets 6 - Faixas de pedestres elevadas 7 - Via de mão única 8 - Faixa de estacionamento 9 - Iluminação pública 9
10
10 - Acessos ao interior da quadra 11 - Praças Internas Rebaixadas
8 1 3 4 2
6
5
7 191
PARÂMETROS DE OCUPAÇÃO VIAS COMPARTILHADAS EDIFÍCIO GABARITO mínimo: 3 pavtos (12m)
máximo: 15 pavtos (50m)
RECUOS devido ao tipo de desenho proposto, não serão exigidos afastamentos mínimos
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
CALÇADAS | VIAS não há a distinção entre os espaços de pedestres e de veículos, os pisos devem ser nivelados, reforçando a prioridade do pedestre na rua
pisos permeáveis, jardins de chuva e árvores como estratégias de infraestrutura verde
4.00
5.00
20.10
FACHADAS fachada ativa áreas estendidas para o ar livre
0
192
4
8
12 m
3.40
1.80
faixa para veículos
faixa livre para circulação
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
mobiliários urbanos posicionados a fim de diferenciar os espaços (quando possível, considerar uma faixa de 1,8m de largura para atender os parâmetros de acessibilidade universal)
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
faixa livre destinada a veículos de carga/descarga e emergência - deve ser feita alteração no tipo ou padrão do pavimento para diferenciação
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
faixas táteis de alerta em todas as entradas do espaço
1 - Travessias Elevadas nos Cruzamentos 2 - Sinalização clara 3 - Faixa livre para Veículos (principalmente emergência) 4 - Espaço para Carga e Descarga 5 - Iluminação 6 - Faixa de 1,80m de trajeto contínuo 11
7 - Alteração no tipo de pavimento 8 - Parklets 9 - Árvores
10
2
1
10 - Mobiliário urbano como limitador dos espaços
4
8
6
3 7
5
9
193
11 - Integração dos espaços internos e externos
194
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
vias coletoras
4.00
5.00
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
0.50
6.00
0.50
11.30 3.00 faixa de acesso
11.30
4.00
2.00
2.30
faixa livre
faixa verde
faixa serviço
6.50
2.30
2.00
leito carroçável
faixa serviço
faixa verde
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
29.10
195
4.00
3.00
faixa livre
faixa de acesso 0
3
6
9m
196
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
vias LOCAIS
4.00
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
17.87
6.00
0.50
0.50 6.30 3.00 faixa livre
1.30 faixa serv
3.30 leito carroçável
1.30 faixa serv
3.00 faixa livre
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
2.00 faixa de acesso
6.30
197
2.00 faixa de acesso 0
3
6
9m
198
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
vias compartilhadas
4.00 CÉU
20.08 3.40
1.80
faixa para veículos
faixa livre para circulação 0
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
5.00
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
20.10
199
3
6
9m
8 O Projeto URBANO
memorial Com base nas estratégias apresentadas no capítulo anterior, foi desenvolvido o novo plano de ocupação para a área.
Uma tendência que está chegando nos empreendimentos brasileiros agora, mas que já vem sendo muito usada fora, é o aproveitamento das coberturas como áreas de convivência de uso dos residentes, liberando os espaços térreos para outros usos como o comercial por exemplo, e o interior do edifício para locar mais unidades, dessa forma acrescenta-se mais uma categoria de espaços de convivência no projeto, os semi-privados, que são aqueles reservados exclusivamente aos residentes do bloco.
Após a identificação dos principais equipamentos urbanos do entorno, uma constatação é a necessidade de uma escola de ensino infantil mais perto da área, principalmente devido a nova demanda de habitantes que a região abrigará, assim como uma nova Unidade Básica de Saúde. Com base em referências estudadas, foi proposta a divisão da área em três setores principais, com programas de uso misto, mas de forma que fosse atribuído um foco programático diferente a cada um deles, fazendo com que cada setor tenha uma identidade única, mas que ao mesmo tempo se relacione com todos os outros.
Essas coberturas são propostas em diversos edifícios, inclusive, nas residencias estudantis, a conexão com essas áreas se dá através de uma passarela que conecta um prédio a outro.
O intuito foi criar um projeto que não fizesse com que o bairro perdesse sua característica horizontal de forma abrupta, simplesmente implantando edifícios altos, que impactassem no sombreamento e na ventilação das construções existentes, e sim criar uma graduação entre as alturas. Como a área próxima da Marginal Pinheiros é afastada de qualquer construção existente, foi o local escolhido para locar as edificações mais altas sem que fosse prejudicial, e liberando o espaço intermediário para criar essa gradação de alturas.
Seja bem-vindo ao PROJETO URBANO SANTO AMARO!
-Raphaela Rodrigues
Outro motivo pela escolha de locar as torres mais altas próximas da Marginal é a possibilidade de ser um lugar que possibilita oferecer belas vistas, razão esta também que foram locados rooftops nas coberturas dos prédios altos, e um mirante que conecta duas torres. 203
situação EXISTENTE 0 Autor:
204
40
80
120 m
Raphaela Rodrigues
situação PROPOSTA 0 Autor:
205
40
80
120 m
Raphaela Rodrigues
ocupação ACESSOS
- acessos reservados aos residentes dos blocos pelas áreas internas - núcleo de circulação com elevadores e escadas
- acessos aos espaços comerciais no pavimento térreo feitos tanto pela parte interna da quadra, quanto pela parte voltada para a rua - pé direito de 5 m - diversas tipologias que podem ser combinadas para atender às necessidades de usos
- mobilidade ativa - as entradas e saídas para os subsolos não interferem nas calçadas - a prioridade é do pedestre
hierarquia viária
1 - incentivar o uso de atividades diversas no térreo 2 - promover a continuidade física da quadra com o entorno 3 - locar edifícios altos mais próximos da Marginal
VIAS COLETORAS 1 - propor espaços que suportem atividades e fluxos intensos 2 - criar tipologias diferentes de edifícios 3 - incentivos de zoneamento para atrair investimentos
via
s ai lha
oc
as or
rti
sc
s
as
om
pa
ol
ai
via
rte sa via VIAS ARTERIAIS
ru
sc
et
oc
sa
ria
s
s
rte
ria
ria
s
rte
sa
via
sl
da
s
vias locais
vi
s
- marquises que protegem os pedestres das condições do clima, possuem uma altura mais baixa do que os espaços internos, e geram maior conforto para os transeuntes - restaurantes, bares e cafés podem usar esse espaço como uma extensão do ambiente interno
via
via
as coletoras
letora
o vias c
PASSEIOS
sl
- edifícios alinhados no limite do lote - fachadas contínuas - comércios e serviços no térreo - interrupções a cada 50/60 m para conectar área interna x externa
SUBSOLOS
VIAS LOCAIS
RUAS COMPARTILHADAS
1 - conectar o bairro a novos equipamentos públicos 2 - incentivar a diversidade de usos, garantindo a circulação 3 - aproveitar a vegetação existente para criar novas praças
206
1 - utilizar de mobiliários urbanos na definição dos espaços 2 - incentivar o comércio local e outros usos 3 - manter uma faixa para circulação de veículos
lo
ca
is
/
int
er
via
ORGANIZAÇÃO
vias
as compartilhad
RUAS INTERNAS 1 - incentivar o uso dos espaços públicos por toda a comunidade 2 - evitar uso exclusivamente residencial 3 - promover espaços semi públicos de uso exclusivo dos residentes nos terraços dos edifícios
na
s
gabarito 1 3 4 5 6 7 8 13 14 15 16 17 18 19 22 25
uso do solo
pavimento pavimentos pavimentos pavimentos pavimentos pavimentos pavimentos pavimentos pavimentos pavimentos pavimentos pavimentos pavimentos pavimentos pavimentos pavimentos
Esportes Res. Artística Cto. Profissionalizante Cto. de Acolhimento Creche UBS Bliblioteca / Tecnologia Res. Estudantil Residencial Studios Escritórios Lajes Corporativas Comércio | Serviços Rooftop Hotel Passarela
setorização
cheios e vazios
Residensial
Novas Construções Espaços Semi-Públicos Espaços Públicos
Funções Públicas Business
207
tabela de áreas ESPORTES
7.500 m2
1,33%
RESIDÊNCIA ARTÍSTICA
12.600 m2
2,23% 71.700 m2
EQUIPAMENTOS
ESCOLA DE PROFISSÕES
8.000 m2
1,42%
CENTRO DE ACOLHIMENTO
5.300 m2
0,94%
CRECHE
4.000 m2
0,71%
UBS
3.600 m2
0,64%
BIBLIOTECA / TECNOLOGIA 20.000 m2
12,70%
3,54%
HABITAÇÃO ESTUDANTIL
28.750 m2
5,09%
RESIDENCIAL
180.775 m
32,03%
STUDIOS
29.100 m2
5,16%
238.625 m2 HABIITAÇÃO
2
208
42,3%
OFFICE
57.100 m2
10,12%
161.000 m2
LAJES CORPORTIVAS
103.900 m2
18,41%
28,52%
COMÉRCIO
59.950 m2
10,62%
ROOFTOP
5.325 m
0,94%
HOTEL
27.850 m2
4,93%
BUSINESS
93.125 m2 COMERCIO SERVIÇOS
2
16,5%
ESPAÇOS PÚBLICOS
57.450 m2
ÁREAS VERDES
16.350 m2
ÁREAS LIVRES
ÁREA CONSTRUÍDA TOTAL 564.450 m2
209
ÁREA TOTAL
182.200 m2
C.A. MÉDIO
3,10
insolação N O
22.06
S
L Ventos predominantes 210
22.12
a0 Ru
Bloco III
Rua 02
Rua 02
Rua 04
Bloco II
3
Rua Brasílio Luz
Rua 04
Bloco I
Bloco IV
a0 Ru
Bloco VI
Rua 01
3
Rua 01
Rua Brasílio Luz
Rua 01
IMPLANTAÇÃO Bloco VII
Bloco V 211
0 Autor:
50
100
150 m
Raphaela Rodrigues
CORTE transversal 1 - EXISTENTE
212
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
213
0
25
50 m
CORTE transversal 1 - PROPOSTO
214
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
215
0
25
50 m
CORTE transversal 2 - EXISTENTE
216
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
217
0
25
50 m
CORTE transversal 2 - PROPOSTO
218
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
219
0
25
50 m
CORTE longitudinal 1 - EXISTENTE
220
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
221
0
25
50 m
CORTE longitudinal 1 - PROPOSTO
222
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
223
0
25
50 m
CORTE longitudinal 2 - EXISTENTE
224
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
225
0
25
50 m
CORTE longitudinal 2 - PROPOSTO
226
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
227
0
25
50 m
ELEVAÇão conjunto 01
228
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
229
0
25
50 m
ELEVAÇão conjunto 02
230
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
231
0
25
50 m
ELEVAÇão conjunto 3
232
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
233
0
25
50 m
ELEVAÇão conjunto 04
234
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
235
0
25
50 m
BLOCO I
0 Autor:
236
15
30
45 m
Raphaela Rodrigues
ÁREAS E COEFICIENTES - BLOCO I RESIDENCIAL
29.175 m2
31,83%
ÁREA CONSTRUÍDA
91.650 m2
STUDIOS
3.500 m
3,82%
ÁREA QUADRA
30.000 m2
ESTUDANTIL
22.750 m2
24,82%
ÁREA PROJEÇÃO
12.000 m2
OFICCE
13.200 m2
14,40%
ÁREAS PERMEÁVEIS*
8.300 m2
RES. ART
12.600 m2
13,75%
C.A.
3,1
11,37%
T.O.
0,4
2
T.P.
0,3
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION COMERCIO
ESPAÇOS PÚBLICOS
2
10.425 m2
12.300 m
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
237
0
10
20 m
BLOCO II
0 Autor:
238
15
30
45 m
Raphaela Rodrigues
ÁREAS E COEFICIENTES - BLOCO II RESIDENCIAL
21.175 m2
27,03%
ÁREA CONSTRUÍDA
78.325 m2
STUDIOS
18.400 m
23,49%
ÁREA QUADRA
34.500 m2
CENTRO ESPORTIVO
7.500 m2
9,58%
ÁREA PROJEÇÃO
12.950 m2
HOTEL
9.000 m2
11,49%
ÁREAS PERMEÁVEIS*
9.000 m2
COMERCIO
11.450 m2
14,62%
C.A.
2,3
OFICCE
10.800 m2
13,79%
T.O.
0,4
2
T.P.
0,3
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
ESPAÇOS PÚBLICOS
2
12.800 m
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
239
0
10
20 m
BLOCO III
0 Autor:
240
15
30
45 m
Raphaela Rodrigues
ÁREAS E COEFICIENTES - BLOCO III RESIDENCIAL
10.450 m2
22,77%
ÁREA CONSTRUÍDA
45.900 m2
OFFICE
2
3.800 m
8,28%
ÁREA QUADRA
23.600 m2
COMERCIO
4.050 m2
0,00%
ÁREA PROJEÇÃO
28.050 m2
CRECHE
4.000 m2
8,71%
ÁREAS PERMEÁVEIS*
6.250 m2
BIBLIOTECA / TECNOLOGIA
20.000 m2
43,57%
C.A.
1,9
7,84%
T.O.
1,2
T.P.
0,0
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
UBS
ESPAÇOS PÚBLICOS
3.600 m2 6.600 m
2
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
241
0
10
20 m
BLOCO IV
0 Autor:
242
15
30
45 m
Raphaela Rodrigues
ÁREAS E COEFICIENTES - BLOCO IV RESIDENCIAL
14.250 m2
30,61%
ÁREA CONSTRUÍDA
46.550 m2
STUDIOS
7.200 m
2
15,47%
ÁREA QUADRA
24.900 m2
ESTUDANTIL
6.000 m2
12,89%
ÁREA PROJEÇÃO
8.100 m2
COMERCIO
6.600 m2
14,18%
ÁREAS PERMEÁVEIS*
7.600 m2
CENTRO PROFISSIONALIZANTE
8.000 m2
17,19%
C.A.
1,9
CENTRO DE ACOLHIMENTO
4.500 m2
9,67%
T.O.
0,3
T.P.
0,3
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
ESPAÇOS PÚBLICOS
7.300 m
2
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
243
0
10
20 m
BLOCO V
0 Autor:
244
15
30
45 m
Raphaela Rodrigues
ÁREAS E COEFICIENTES - BLOCO V RESIDENCIAL
20.050 m2
17,87%
ÁREA CONSTRUÍDA
112.200 m2
OFICCE
16.100 m
14,35%
ÁREA QUADRA
27.600 m2
LAJES CORPORATIVAS
54.725 m2
48,77%
ÁREA TÉRREO
10.550 m2
HOTEL
9.125 m2
8,13%
ÁREAS PERMEÁVEIS*
7.000 m2
ROOFTOP
1.750 m2
1,56%
C.A.
4,1
COMERCIO
10.450 m2
9,31%
T.O.
0,4
T.P.
0,3
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
ESPAÇOS PÚBLICOS
2
9.550 m
2
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
245
0
10
20 m
9 O EDIFÍCIO
premissas
252
EVOLUÇÃO DA FORMA
03
03
03
02
01
PROPOSTA 01
02
01
01
PROPOSTA 02
PROPOSTA 03
02
01
PROPOSTA 04 01 - Auditório 02 - Escritórios 03 - Residencial
253
implantação
0
255
10
20 m
pavto térreo
1
1 - acesso subsolo 2- circulação comercial 3 - hall comercial
6
4 - circulação residencial
6
5 - hall residencial 6 - lojas 7 - praça de alimentação
9
3
2
9
9
9
9
5
4
8 - sanitários 9 - restaurantes
7
8 6
6
8 6
6 6 0
257
6
12 m
PAVTO CORPORATIVO 1 - depósito 2- almoxarifado 3 - espera 4 - reunião
1
2
3
4
5
6
5 - financeiro 6 - diretoria 7 - maquetaria 8 - sanitários 9 - vestiários
11
10 - copa 11 - área de trabalho 12 - varanda
8
8
9
9
7
10 12
0
259
0
10
6
20 m
12 m
Elaboração autoral (2020)
ÁREA COMUM 1 - academia
4
2 - lavanderia
5
3 - café
6
6
4 - piscina 5 - solário / deck
8
6 - vestiários piscina 7 - sanitários / vestiários
9
academia 8 - praça central
2
9 - espelho d’água
8
3
7 7 1
0
261
6
12 m
Elaboração autoral (2020)
pavto tipo 01 1 - unidade 50 m2 2 - unidade 100 m2 3 - unidade 110 m2
2
1
1
2 5
4 - unidade 120 m
2
5 - jardins internos
5
3
1
2
1
4
1
5
0
263
6
12 m
Elaboração autoral (2020)
pavto tipo 02 1 - unidade 50 m2 2 - unidade 100 m2 3 - unidade 110 m2
2
4 - unidade 120 m
5 - jardins internos
1
1
2
3
2
1 1 1
3
1 1 1 1 1
1
3 0
265
6
12 m
COBERTURA
0
267
6
12 m
DISTRIBUIÇÃO do programa 10,00
D
E
10,00
F
10,00
A
B
C
D
E
F
A
dep. almox.
reunião
espera
financeiro
diretoria
110 m²
2
100 m²
50 m² 50 m²
100 m²
2
10,00
S
S
3
F
50 m² 50 m² 50 m² 50 m² 50 m² 50 m²
sanit
50 m² 80 m²
maquetaria I
vest
4
0 10,5
copa 0 10,5 0 10,5
100 m²
100 m²
JJ
I
4
50 m² JJ
50 m²
KK
50 m²
I 4
5
II S
3
0 10,0
10,00
E
50 m²
II
S
0 10,5
D
50 m²
recepção
vest
C
2
II 3
B
1
DW REF.
10,00
1
REF. DW
C
10,00
REF. DW DW REF.
B
10,00
REF. DW DW REF.
A 1
50 m²
120 m²
LL
12 unidades / pavto 9 pavtos 108 unid.
LL
MM
50 m²
KK
50 m²
JJ
KK
15 unidades / pavto 9 pavtos 135 unid.
MM
NN
A = 1800 m2 x 9 pavtos
50 m²
LL
MM
NN
50 m²
50 m²
NN
A = 1000 m2 x 9 pavtos
A = 900 m2 x 9 pavtos
area unid.
unid./pav
total
area unid.
unid./pav
total
area unid.
unid./pav
total
1800 m2
1 unid.
9 unid.
120 m2
1 unid.
9 unid.
50 m2
15 unid.
135 unid.
50 m2
5 unid.
45 unid.
110 m2
1 unid.
9 unid.
100 m2
4 unid.
36 unid.
80 m
1 unid.
9 unid.
2
A = 16.200 m2
A = 9.000 m2
A = 8.100 m2
A = 16.200 m2 A = 17.100 m2 269
COMERCIAL RESIDENCIAL 216 U.H.
CORTE AA
271
0
12
24 m
CORTE BB
273
0
12
24 m
ELEVAÇÃO 01
275
0
12
24 m
ELEVAÇÃO 02
277
0
12
24 m
275
283
284
285
287
289
290
291
293
295
297
298
299
301
303
305
considerações finais As propostas apresentadas neste trabalho devem ser vistas como parte de um estudo de como aproveitar e maximizar o potencial de uma área que está em completo desuso. A partir da leitura territorial ficaram claras potencialidades da área que deveriam ser aproveitadas, como a proximidade com o transporte público, o que trouxe a possibilidade de criar um bairro mais vivo. Então a partir das estratégias propostas para ocupação foi possível definir um desenho de cidade que oferecesse diversas combinações de usos, gerando mais qualidade urbana para o local. Grande parte das cidades do mundo giram em torno do automóvel, com vias de fluxo rápido, grandes espaços destinados à estacionamentos, e longas distancias a serem percorridas, no entanto, acredito que a partir do manejo correto da Arquitetura e do Urbanismo podemos sim ter uma cidade diferente, que tenha como protagonista o pedestre. A ideia de mesclar usos não só na mesma quadra, como em todo um bairro, faz com que o local se torne pulsante 24 horas por dia, e com isso aqueles espaços que outrora estavam obsoletos, passam a ter o seu valor, as ruas passam a ser menos perigosas, as pessoas passam a se conhecer mais, e ao andar em uma rua movimentada, automaticamente nos sentimos mais seguros. Após a conclusão deste trabalho, ficou clara uma necessidade em se aproveitar mais os espaços como um todo ao invés de focar sempre no edifício isolado. Não tem como pensar o edifício, sem pensar no entorno, e nas consequências a longo prazo que aquele projeto poderá trazer.
“Arquitetura e Urbanismo dependem um do outro, não tem como pensar em Urbanismo, sem pensar na Arquitetura, nem vice-versa.”
307
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Artigos ALVES, Caio Zarino Jorge. A Formação do Complexo Corporativo Metropolitano de São Paulo Baseado na Distribuição das Sedes dos Bancos de Investimento (1966-2013). GEOUSP: Espaço e Tempo (Online), [s.l.], v. 22, n. 1, p. 096-114, 19 jun. 2018. Universidade de São Paulo, Agencia USP de Gestão da Informação Acadêmica (AGUIA). http://dx.doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2018.119331. BOUNCKEN, Ricarda B.; REUSCHL, Andreas J. Coworking-Spaces: how a phenomenon of the sharing economy builds a novel trend for the workplace and for entrepreneurship. Review Of Managerial Science, [s.l.], v. 12, n. 1, p. 317-334, 22 set. 2016. Springer Science and Business Media LLC. http://dx.doi.org/10.1007/s11846-016-0215-y. MONTGOMERY, John. Making a City: urbanity, vitality and urban design. Journal Of Urban Design, Londres, v. 3, n. 1, p. 93-116, fev. 1998. Informa UK Limited. http://dx.doi.org/10.1080/13574809808724418. WHEELER, Stephen M.. Response to Nico Larco’s Sustainable Urban Design Framework. Journal Of Urban Design, Londres, v. 21, n. 1, p. 47-49, 18 dez. 2015. Informa UK Limited. http://dx.doi.org/10.1080/13574809.2016.1114381.
Livros BORGES, Eduardo Fares. São Paulo e a Origem dos Arranha-Céus. São Paulo: Rg Editores, 1999. 141 p. BRATKE, Arquiteto Carlos. Cadernos Brasileiros de Arquitetura: Carlos Bratke. [s. L.]: Projeto, 1985. 122 p. CARMONA, Matthew; HEATH, Tim; OC, Taner; TIESDELL, Steve. Public Places - Urban Spaces: The Dimensions of Urban Design. Oxford: Architectural Press, 2003. 322 p. CHAGAS, Carolina. São Paulo Vertical. São Paulo: Cushman Wakefield Semco, 2004. 131 p.
309
GEHL, Jan. Cidades para Pessoas. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2015. 280 p. GEHL, Jan. Life Between Buildings: Using Public Space. 6. ed. Washington: Island Press, 2011. 216 p. HOMEM, Maria Cecília Naclério. O Prédio Martinelli: A Ascensão do Imigrante e a Verticalização de São Paulo. São Paulo: Projeto, 1984. 176 p. JACOBS, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidades. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2014. 532 p. LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando O. R. Eficiência Energética na Arquitetura. 3. ed. Rio de Janeiro: Eletrobras/Procel, 2014. 382 p. LORES, Raul Juste. São Paulo nas Alturas. São Paulo: Três Estrelas, 2017. 340 p. NACTO. Global Street Design Guide. Washington: Island Press, 2016. 442 p. NACTO. Guia Global de Desenho de Ruas. São Paulo: Senac São Paulo, 2018. 398 p. NACTO. Transit Street Design Guide. Washington: Island Press, 2016. 260 p. NACTO. Urban Street Design Guide. Washington: Island Press, 2013. 192 p. PER, Aurora Fernández; ARPA, Javier. The Public Chance: Nuevos Paisajes Urbanos = New Urban Landscapes. [s. L.]: A+t Ediciones, 2008. 419 p. PUGLIESE, Maria Helena. Carlos Bratke: Arquitetura. [s. L.]: Companhia Editora Nacional, 2005. 141 p. RIO, Vicente del. Introdução ao Desenho Urbano: no processo de planejamento. São Paulo: Pini, 1990. 198 p. SOMEKH, Nadia. A Cidade Vertical e o Urbanismo Modernizador. 2. ed. São Paulo: Editora Mackenzie, 2014. 248 p.
Monografias DEVITTE, Felipe Pistori. Edificio Corporativo: prolongamento da avenida dr. chucri zaidan. 2011. 107 f. TCC (Graduação) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. MACHADO, Amanda Eris Delecrode. Edifício de Uso Misto: uma conexão entre a rua augusta e a rua frei caneca. 2017. 71 f. TCC (Graduação)
- Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Paulista, São Paulo, 2017. MANGIOCCA, Giovanna Fernandes. Quadra Aberta: uma proposta para a região do mercado de pinheiros. 2017. 87 f. TCC (Graduação) Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2017. RIQUINO, Caroline Maderic. Projeto Urbano: ensaios sobre forma, programa e vida urbana na metrópole. 2016. 108 f. TCC (Graduação) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, 2016.
Dissertações ALEIXO, Cynthia Augusta Poleto. Edifícios e Galerias Comerciais: arquitetura e comércio na cidade de São Paulo, anos 50 e 60. 2005. 283 f. Tese (Doutorado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Escola de Engenharia de SÃo Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2005. ALY, José Augusto Fernandes. Discussão Acerca do Papel Urbano dos Edifícios: estudos e propostas para áreas em renovação. 2000. 171 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000. HORSCHUTZ, Alessandra Maria Cerqueira Lima. Ocupação de Edifícios de Escritórios Corporativos em São Paulo: o caso do ibm tutóia. 2007. 255 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2007. LIU, Ana Wansul. Diretrizes para Projetos de Edifícios de Escritórios. 2010. 249 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. LOBATO, Maurílio Lima. Considerações Sobre o Espaço Público e Edifícios Modernos de Uso Misto no Centro de São Paulo. 2009. 143 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. MACEDO, Elisa. Conceito de Densidade Urbana Aplicada no Processo Aqua de Certificação Ambiental. 2014. 112 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. MOTODA, Mauro. Empreendimentos de Uso Misto: os hoteis e a interação urbanística. 2004. 131 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. SAMPAIO, Rita de Cássia Soares. Desenho, Organização e Tecnologia dos Escritórios. 2003. 240 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2003.
311
UNGUREANU, Georgiana Manuela. A Revitalized Kop van Zuid. 2010. 150 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Urbanismo, Universidade Técnica de Delft, Delft, 2010. VERONEZI, Ana Beatriz Poli. Sistema de Certificação da Qualidade de Edifícios de Escritórios no Brasil. 2004. 165 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.
Teses ALY, José Augusto Fernandes. Arquiteturas da Cidade: conexões e lugar. 2010. 201 f. Tese (Doutorado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. FIALHO, Roberto Novelli. Edifícios de Escritórios na Cidade de São Paulo. 2007. 357 f. Tese (Doutorado) - Curso de Arquitetura, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. MARCONDES, Mônica Pereira. Soluções Projetuais de Fachadas para Edifícios de Escritórios com Ventilação Natural em São Paulo. 2010. 261 f. Tese (Doutorado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.
Sites ALANA, Amanda. O Atual Cenário da Crise Econômica Brasileira. 2016. Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/o-atual-cenario-da-crise-economica-brasileira. Acesso em: 30 mar. 2020. BACOCCINA, Denize. Como Será o Futuro de Bares e Restaurantes Pós-Pandemia? 2020. Disponível em: https://avidanocentro.com.br/ cidades/futuro-de-bares-e-restaurantes-pos-pandemia-10-tendencias/. Acesso em: 20 maio 2020. BHARGAVA, Rohit. 10 Futuristic Ideas Becoming Reality Faster Because Of COVID-19. 2020. Disponível em: https://www.rohitbhargava. com/2020/03/10-futuristic-ideas-becoming-reality-faster-because-of-covid-19.html. Acesso em: 20 maio 2020. BORGES, Gabriella Paula; BORGES, Lara Freire. Referencias Projetuais - Central Saint Giles. 2010. Disponível em: http://paredesescamoteaveis.blogspot.com/2010/11/blog-post.html. Acesso em: 15 mar. 2020. BREVES, Lívia. Casa Pós-Coronavírus: volta dos halls, minhocário, menos objetos e ambientes verdes. volta dos halls, minhocário, menos objetos e ambientes verdes. 2020. Disponível em: https://oglobo.globo.com/ela/decoracao/casa-pos-coronavirus-volta-dos-halls-minhocario-menos-objetos. Acesso em: 20 maio 2020.
CALLIARI, Mauro. Mobilidade, Desigualdade, Meio Ambiente: como manter esses temas na pauta pós-pandemia e promover mudanças na cidade?. como manter esses temas na pauta pós-pandemia e promover mudanças na cidade?. 2020. Disponível em: https://avidanocentro. com.br/cidades/mudancas-na-cidade-pos-coronavirus/. Acesso em: 20 maio 2020. CONTEÚDO, Editora. Chucri Zaidan será o que foi a Luís Carlos Berrini nos anos 1990/2000. 2017. Disponível em: https://www.jll.com.br/pt/ tendencias-insights/cidades/chucri-zaidan-e-o-eixo-de-crescimento-corporativo-em-São-paulo. Acesso em: 05 fev. 2020. ENGELBRECHT, Tatiana. Pequenas Gentilezas, Grandes Transformações. 2017. Disponível em: http://www.huma.net.br/arquitetura-e-cidade/ pequenas-gentilezas-grandes-transformacoes/. Acesso em: 15 mar. 2020. FRANKEL, Alexandre. Coliving: uma mudança na maneira de pensar o ter, o morar e o viver. 2020. Disponível em: https://neofeed.com.br/ blog/home/coliving-uma-mudanca-na-maneira-de-pensar-o-ter-o-morar-e-o-viver/. Acesso em: 20 maio 2020. GANDINI, Alessandro. The Rise of Coworking Spaces: a literature review. A literature review. 2015. Disponível em: http://www.ephemerajournal. org/contribution/rise-coworking-spaces-literature-review. Acesso em: 20 mar. 2020. MELO, Clayton. Como o Coronavírus Vai Mudar Nossas Vidas:: dez tendências para o mundo pós-pandemia. dez tendências para o mundo pós-pandemia. 2020. Disponível em: https://brasil.elpais.com/opiniao/2020-04-13/como-o-coronavirus-vai-mudar-nossas-vidas-dez-tendencias-para-o-mundo-pos-pandemia.html. Acesso em: 20 maio 2020. MOSCHELLA, Alexandre. Região da Chucri Zaidan Deve Virar o Principal Polo Comercial de Alto Padrão de São Paulo. 2011. Disponível em: https://exame.com/revista-exame/a-nova-faria-lima/. Acesso em: 05 fev. 2020. PIANO, Fondazione Renzo. Central St.Giles Court. Disponível em: https://www.fondazionerenzopiano.org/en/project/central-st-giles-court/. Acesso em: 15 mar. 2020. PIANO, Fondazione Renzo. The Shard - London Bridge Tower. Disponível em: https://www.fondazionerenzopiano.org/en/project/the-shard-london-bridge-tower/. Acesso em: 15 mar. 2020. ROLNIK, Raquel. Pandemia e o Futuro das Cidades. 2020. Disponível em: http://www.labcidade.fau.usp.br/pandemia-e-o-futuro-das-cidades/. Acesso em: 20 maio 2020. SPIESS, Wans. Caminhos para Cidades mais Humanas e Sustentáveis. 2020. Disponível em: https://avidanocentro.com.br/blogs/cidades-mais-humanas-e-sustentaveis/. Acesso em: 20 maio 2020.
313
SPIESS, Wans; NUNES, Ana Carolina; FERNANDES, Kelly. Mobilidade a Pé em Tempos de Pandemia. 2020. Disponível em: https://avidanocentro.com.br/blogs/mobilidade-a-pe-em-tempos-de-pandemia/. Acesso em: 20 maio 2020. YOSHIDA, Ernesto; PADILLA, Ivan; FILIPPE, Marina; BOMFIM, Murilo; FLACH, Natália. O Novo Mundo Pós-Pandemia. 2020. Disponível em: https://exame.com/revista-exame/um-novo-mundo/. Acesso em: 20 maio 2020.
LISTA DE FIGURAS Figura 1 - PIB anual de São Paulo e das 10 regiões mais ricas do mundo. Figura 2- Galleria Degli Uffizi Figura 3 - Edifício Martinelli Figura 4 - Pátio Victor Malzoni Figura 5 - Brascan Century Plaza Figura 6 - Edifício Guinle - 1912 Figura 7 - Edifício Guinle - 2019 Figura 8 - Edifício Sampaio Moreira - 1924 Figura 9 - Edifício Sampaio Moreira - 2019 Figura 10 - Edifício Martinelli -1929 Figura 11 - Edifício CBI Esplanada - 1946 Figura 12 - Edifício Barão de Iguape - 1956 Figura 13 - Edifício Conde Prates - 1956 Figura 14 - Edifício Altino Arantes 1947 Figura 15 - Conjunto Nacional Figura 16 - Parque Avenida
Figura 17 - Torre FIESP Figura 18 - IBM Tutóia Figura 19 - Tribunal de Contas do Município de SP Figura 20 - Edifício Parque Iguatemi Figura 21 - Edifício Citicorp Center Figura 22 - Funcef Center Figura 23 - Edifício Oswaldo Bratke Figura 24 - Baronesa de Saint Steve Figura 25 - Edifício Morumbi Plaza Figura 26 - Unibanco Eusébio Matoso Figura 27 - Faria Lima Tower Figura 28 - Bank of Boston Figura 29 - Birmann 21 Figura 30 - JK Financial Center Figura 31 - Edifício Bank Boston Figura 32 - Sede da Vivo Figura 33 - EZ Towers
315
Figura 34 - Urbanity
Figura 54 - The Shard Tower Bridge
Figura 35 - WT Morumbi
Figura 55 - The Shard Tower Bridge
Figura 36 - Morumbi Corporate
Figura 56 - Ceramiqué: Eixos
Figura 37 - Rochaverá
Figura 57 - Ceramiqué: Setorização
Figura 38 - Saint Giles: Conexões
Figura 58 - Ceramiqué: Parque Linear
Figura 39 - Saint Giles: Fachadas
Figura 59 - Maastricht Ceramiqué
Figura 40 - Saint Giles: Usos
Figura 60 - Maastricht Ceramiqué
Figura 41 - Central Saint Giles
Figura 61 - Maastricht Ceramiqué
Figura 42 - Central Saint Giles
Figura 62 - Maastricht Ceramiqué
Figura 43 - Central Saint Giles
Figura 63 - Maastricht Ceramiqué
Figura 44 - Central Saint Giles
Figura 64 - Maastricht Ceramiqué
Figura 45 - Central Saint Giles
Figura 65 - Linked Hybrid: Conexões
Figura 46 - Central Saint Giles
Figura 66 - Linked Hybrid: Programa
Figura 47 - The Shard: Fluxos
Figura 67 - Linked Hybrid: Cores
Figura 48 - The Shard: Visuais
Figura 68 - Linked Hybrid
Figura 49 - The Shard: Ligação Metrô
Figura 69 - Linked Hybrid
Figura 50 - The Shard Tower Bridge
Figura 70 - Linked Hybrid
Figura 51 - The Shard Tower Bridge
Figura 71 - Linked Hybrid
Figura 52 - The Shard Tower Bridge
Figura 72 - Linked Hybrid
Figura 53 - The Shard Tower Bridge
Figura 73 - Linked Hybrid
LISTA DE gráficos Gráfico 1 - Número de funcionários demitidos entre 2014 e 2018 Gráfico 2 - Relação entre Escala de Pesquisa do Google e as Cidades Gráfico 3 - Edifícios Corporate Subdivididos em SP no ano de 2014 Gráfico 4 - Edifícios Office Subdivididos em SP no ano de 2014 Gráfico 5 - m2 por Subdivisão Corporate em SP no ano de 2014 Gráfico 6 - m2 por Subdivisão Office em SP no ano de 2014 Gráfico 7 - Distribuição dos Edifícios pelas Áreas Estudadas Gráfico 8 - Edifícios Construídos ao Longo das Décadas Gráfico 9 - Índice de Ocupação dos Edifícios Analisados Gráfico 10 -T axa de Ocupação dos Edifícios Analisados Gráfico 11 - Distribuição dos Edifícios Corporate pelas Áreas Analisadas Gráfico 12 - Distribuição dos Edifícios Office pelas Áreas Analisadas
317
LISTA DE mapas Mapa 1 - Região Central: Sé e República
Mapa 18 - Áreas Verdes
Mapa 2 - Localização dos Edifícios Estudados - Região Central
Mapa 19 - Cheios e Vazios
Mapa 3 - Avenida Paulista: Bela Vista e Consolação
Mapa 20 - Área Inundável
Mapa 4 - Localização dos Edifícios Estudados - Avenida Paulista
Mapa 21 - Sistema Viário
Mapa 5 - Berrini: Pinheiros e Itaim
Mapa 22 - Condicionantes Físicas
Mapa 6 - Localização dos Edifícios Estudados - Berrini
Mapa 23 - Mapa Zoneamento
Mapa 7 – Região Sul: Santo Amaro
Mapa 24 - Mapa PIU Arco Jurubatuba
Mapa 8 - Localização dos Edifícios Estudados - Santo Amaro Mapa 9 - Brasil > São Paulo > Santo Amaro Mapa 10 - Localização da Área Mapa 11 - Evolução: Ano 2007 Mapa 12 - Evolução: Ano 2012 Mapa 13 - Evolução: Ano 2019 Mapa 14 - Equipamentos Próximos Mapa 15 - Vias Próximas e Fluxos Mapa 16 - Gabarito de Altura Mapa 17 - Uso Predominante do Solo
319
LISTA DE tabelas Tabela 1 - Classificações utilizadas por empresas e instituições atuantes na construção civil Tabela 2 - Sistema utilizado para classificação dos edifícios corporativos Tabela 3 - Sistema Utilizado para Classificação dos Edifícios Tipo Corporate Tabela 4 - Sistema Utilizado para Classificação dos Edifícios Tipo Corporate Tabela 5 - Parâmetros de Ocupação em ZC Tabela 6 - Índices Máximos Permitidos Tabela 7 - Parâmetros de Ocupação no PIU Arco Jurubatuba Tabela 8 - Índices Máximos Permitidos
321
ANEXOS Anexo 01 - Edifícios de Escritórios em São Paulo em Ordem Cronológica Anexo 02 - Linha do Tempo - Edifícios em Ordem Cronológica
323
ANEXO 01 - Edifícios de Escritórios em São Paulo em Ordem Cronológica
325
º
º
º
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
327
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
329
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
331
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
333
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
335
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
337
²
²
²
²
²
²
²
²
²
339
Anexo 02 - Linha do Tempo - Edifícios em Ordem Cronológica
341
1947 Edifício Altino Arantes Camargo e Mesquita
1929
1956
Edifício Martinelli Giuseppe e Ítalo Martinelli
1924 Edifício Sampaio Moreira Cristiano Stockler das Neves
Edifício Barão de Iguape SOM e Giancarlo Gasperini
1955 1946 CBI Esplanada Lucjan Korngold
Edificio São João Serviço de Engenharia do BB
1956 Edifício Conde Prates Giancarlo Palanti
s
DATA Edifício Itália AUTOR
1966 Edíficio Sul Americano Escritório Técnico Rino Levi 1961 Banco de Boston Assumpção Engenharia e Construção S&A
1969 FIESP CIESP SESI Escritório Técnico Rino Levi
1957 Conjunto Nacional David Libeskind
1962 343 Edifício Andraus Nicolau Paál, Rene Andraus e Majer Botkowski
1973 Edifício Asahi Paulo Casé, Luis Aciolli e L. A. Rangel
1974 Edificio Nações Unidas Salvador Candia
1975 Edifício Pedro Biagi Mauricio Kogan e Luis Andrade Mattos Dias
1974 1971 Edificio Parque lguatemi Aflalo & Gasperini
1973 Mercantil Finasa -
Edificio Sede da IBM Aflalo & Gasperini
1976 Edificio Monumen -
nto
1981 Centro Empresarial Mário Garnero -
1977 CENESP João Henrique Rocha
1977 345 Funcef Center Ruy Othake
1987
1986
Nucleo Empresarial Faria Lima Roberto Candusso
Terra Brasilis Konigsberger e Vannucchi
1990 Atrium I Aflalo & Gasperini
1989 1984 Edifício Ourinvest -
1986 Citicorp - Citibank Aflalo & Gasperini
Condomlnio São Luis Marcelo Frageli
1 Bank o SOM-adapta
Parque Cultural Paulista Júlio Neves
1991 of Boston ação: Júlio Neves
1994
1993 Edifício Delta Plaza Botti Rubin Arquitetos Associados
1991
Atrium II Aflalo & Gasperini
1994 Faria Lima Tower Julio Neves
1992 Edifício Nações Unidas III -
1993
Morumbi Office347 Tower Multiplan
1996
1996 1995
Edificio Plaza Centenário Carlos Bratke
Berrini Trade Center -
Os Bandeirantes Aflalo & Gasperini
1996 1994 Torre Nações Unidas Aflalo & Gasperini
1996 Atrium III Aflalo & Gasperini
Edifício Parque Paulista Botti Rubin Arquitetos Associados 1996 WTC São Paulo Aflalo & Gasperini
2001 1997
JK Financial Center SOM
2000 Edifício Berrini 500 Botti Rubin Arquitetos Associados
Edificio Metropolitan JHSF Incorporações
2001 Projeto Agua Branca Aflalo & Gasperini
1999 Centro Empresarial Nações Unidas Botti Rubin Arquitetos Associados
2000
Olympic Tower 349 Carlos Bratke
2002
2003
Edifício Mapfre -
Brascan Century Plaza Konigsberger e Vannucchi
2003
Edifcio Ronaldo Sam Carlos Bra
2003 2001 Instituto Tomie Othake
2002 Edifício Spazio D’oro -
Torre CYK Kogan, Villar e Associados
2004
3
mpaio Ferreira atke
Atrium VI Aflalo & Gasperini
2004 Edificio Berrini 1681 -
2004 Edifício Maria Santos Aflalo & Gasperini
2004 2003 New Century Aflalo & Gasperini
Continental Square Aflalo & Gasperini
2004 Edificio Minneapolis Isay Wenfeld e Marcio Kogan
351
2005 E Tower Aflalo & Gasperini
2005 2004
Atrium VII Aflalo & Gasperini
Edificios Plaza I e II Botti Rubin Arquitetos Associados
2005 2004 Edificio Santa Catarina Ruy Othake
2004 Plaza JK Escritório Técnico Júlio Neves
Centro Empresarial JDA Carlos Bratke
2005 Edifício Boulev Aflalo & Gas
vard Sul sperini
2007 Eldorado Business Tower Aflalo & Gasperini
2005
2006 Paddock II Sérgio Assumpção
Paddock I Sérgio Assumpção
2006 Faria Lima Square -
2006 Vila Olimpia Corporate Plaza Aflalo & Gasperini
353
2007 lcon Faria Lima Aflalo & Gasperini
2005 E Tower Aflalo & Gasperini
2005 2004
Atrium VII Aflalo & Gasperini
Edificios Plaza I e II Botti Rubin Arquitetos Associados
2005 2004 Edificio Santa Catarina Ruy Othake
2004 Plaza JK Escritório Técnico Júlio Neves
Centro Empresarial JDA Carlos Bratke
2005 Edifício Boulev Aflalo & Gas
vard Sul sperini
2007 Eldorado Business Tower Aflalo & Gasperini
2005
2006 Paddock II Sérgio Assumpção
Paddock I Sérgio Assumpção
2006 Faria Lima Square -
2006 Vila Olimpia Corporate Plaza Aflalo & Gasperini
355
2007 lcon Faria Lima Aflalo & Gasperini
2009 Complexo JK - Torre Santander Aflalo & Gasperini
2009
20
Edifício Cidade Jardim Aflalo & Gasperini
Jatoba Gre Aflalo & G
2010 2008 Rochavera Torres A e B Aflalo & Gasperini
2009 Landmark Nações Unidas Botti Rubin Arquitetos Associados
Atrium IX Aflalo & Gasperini
2012 E.Office Design Berrini Aflalo & Gasperini
010
een Building Gasperini
2011 Eco Berrini Aflalo & Gasperini
2010 Rochavera Torre D Aflalo & Gasperini
2012 Brookfield Malzoni Botti Rubin Arquitetos Associados
357
2012 lnfinity Tower Aflalo & Gasperini
2012 Rochavera Torre C Aflalo & Gasperini
2013 Nações 17007 Aflalo & Gasperini
2013 2012 Morumbi Business Center Aflalo & Gasperini
2013 Morumbi Corporate Aflalo & Gasperini
Paddock III Aflalo & Gasperini
2013 Vila Olimpia Corporate Aflalo & Gasperini
2014 Grande Ufficiale Evaristo Comolatti Botti Rubin Arquitetos Associados
2015 FL 4300 Aflalo & Gasperini
2014 EZ Towers Carlos Ott
359
2016 São Paulo Corporate Towers Aflalo & Gasperini
2017 Urbanity Aflalo & Gasperini
2018 2015 TEOEMP – Largo da Batata Aflalo & Gasperini
2016 WT Morumbi Aflalo & Gasperini
Augusta Corporate Aflalo & Gasperini
2018 Parque da Cidade Aflalo & Gasperini
2020 Edifício Multifuncional RRP Raphaela Rodrigues
361