Revista
Matéria-Prima chega à 15ª edição sob o signo da celebração. Obviamente, celebramos todos os momentos de 2012, mas dezembro, o décimo e último mês do ano no Calendário Gregoriano, é sempre instigante. Querendo ou não, rendemo-nos à cultura do “balanço” anual, das promessas de mudança, das previsões para o ano vindouro, das simpatias. Segundo Mônica Bergamo, consultora astrológica do Zastros (http://www.zastros.com.br/), no horóscopo ocidental, 2013 é o ano de Saturno que, “além de reconhecimento, nos devolve bases firmes, de durabilidade”, e exige “arregaçar as mangas e espantar qualquer sinal de ‘vou deixar para mais tarde’”. No horóscopo chinês, é o ano regido pelo signo da Serpente, um símbolo de boa sorte na China e que “trará amor e sabedoria, mas pede calma, reflexão e planejamento”. Acreditando ou não na ação dos astros, é certo que arregaçar as mangas e “não deixar para amanhã o que pode fazer hoje” é receita infalível para consolidar conquistas e materializar sonhos. É com essa fé que, ao findar o ano, remetemo-nos as nossas memórias do dia a dia. Temos procurado trilhar esse caminho, evidenciando os valores de Alagoas, oferecendo nossa contribuição para que nossa gente se olhe no espelho e eleve sua autoestima ao se perceber detentora de patrimônios culturais materiais e imateriais de extrema grandeza. Com esse intuito, trouxemos o professor José Romero Nobre de Carvalho, falando sobre a relevância da família na educação, e o professor Paulo Ferreira Gato desvelando mais um capítulo da história de Alagoas; e brindamos à longevidade produtiva, ao compartilhar com nossos leitores o 80º aniversário do desembargador José Agnaldo Souza e informações sobre a IV Noite em Mumbai, evento que celebra o aniversário da colunista Jacira Leão, bastante prestigiado desde a primeira edição. Gente que faz bem feito, a exemplo dos médicos Cláudia Souza Leão e João Teixeira, recebe nossa homenagem na coluna Aplausos. Na crônica Amizade, o desembargador James Magalhães de Medeiros discorre sobre as benesses desse sentimento/ação que faz tanto bem, em qualquer idade e momento da vida. Ressaltamos também, nesta edição, a importância da capacidade empreendedora no atendimento em saúde, com a reinauguração do Cenefron, transformado em Hospital Vida. As tendências e alternativas do mundo da moda foram devidamente capturadas e registradas por Marcos Leão. Nesta edição, Matéria-Prima dá continuidade ao debate sobre diferentes áreas do conhecimento, que são de interesse público, como saúde (odontologia, oftalmologia e psicologia), religião, gastronomia, arquitetura, tecnologia/Internet e beleza. Ah, sim, Wal Leão mostra, em sua coluna, que nem só de futebol vive o universo esportivo, sobretudo o amador, onde se encontram grandes e anônimos talentos. O espaço do colunismo social é garantido pela presença de nomes como Romeu de Loureiro, Jacira Leão, Fátima Vasconcelos, Liliane Leão, Haroldo Marques, Fabiana Chaves, Jussara Mota e dá boas-vindas a Marcos Leão, estreando nesse segmento. Belo Horizonte, a bela capital das Alterosas, é tema da nossa Editoria de Turismo, assinada por Fernando Soares. A Editoria de Cultura registra a chegada do tão esperado planetário, na cidade de Arapiraca; a sempre bem cuidada coluna Poetando, da escritora Isvânia Marques alia-se à crônica “Sem registro”; e o espetáculo Baião de Dois, uma produção do Instituto Maria Augusta, protagonizado pelo Coretfal (Coral do Instituto Federal de Alagoas), aplaudida de pé pelo público que assistiu às apresentações no teatro Deodoro e Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. A crônica das jovens colaboradoras Ludmila Monteiro e Rafaela Albuquerque, acadêmicas de jornalismo, e as indicações de filmes, CD´s e livros, engrossam nosso caldo cultural. É nesse clima que ensejamos um natal feliz – menos de consumo de coisas novas, e mais de reflexão sobre o advento de boas-novas – e brindamos a 2013 que se anuncia. Que seja um ano pródigo de alternativas de trabalho; de inclusão; de aceitação das diferenças; de compromisso dos políticos eleitos com os cidadãos; de investimento rela em saúde e segurança; de apoio à arte/cultura de Alagoas pelo poder público, iniciativa privada e da sociedade, compreendendo que não há desenvolvimento verdadeiro sem a participação desse segmento. Terminamos repetindo o pensamento da astróloga Mônica Bergamo: “A colheita é certa, mas ocorre na medida do esforço do plantio”.
Edição 13 | Maceió-Alagoas
EDITORA CHEFE Gal Monteiro - MTB 693/AL PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Raphael Pereira 082 9953.6070 REVISÃO Professora Isvânia Marques 082 8888.8970 DIRETORA EXECUTIVA Jacira Leão Barbosa 082 9981.3192 DIRETOR FINANCEIRO Fernando Soares 082 9341.0846 DIRETOR DE MARKETING Wal Leão 082 9641.0419 PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO Poligraf Circulação personalizada, via mala direta. Tiragem 5.000 exemplares A revista não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados MATÉRIA-PRIMA é uma publicação da JL Barbosa Eventos Publicidade e Editora de Revistas e Jornais. CNPJ: 02.328.622/0001-79 Tel: 82 3034.0476 / 9981.3192 / 9341.0846 WWW.JACIRALEAO.COM.BR
Alagoas não para de crescer e de atrair novos investimentos. Agora foi a vez da Avianca adicionar à sua cartela de serviços voos regulares para Maceió, saindo de São Paulo, Brasília e do Rio de Janeiro. Uma notícia que traz novas oportunidades para o turismo, para os novos negócios e, também, para todos os alagoanos.
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História – Paulo Ferreira Gato Saúde – Dra. Danielle T. Azevedo Saúde – Dr. João Marcelo Lira Saúde – Mariana Dória Saúde – Fátima Vasconcelos Gastronomia – Wanderson Medeiros Sociedade –Romeu de Loureiro Maceió Sociedade –Jacira Leão - Maceió Sociedade –Fátima Vasconcelos Maceió Sociedade - Liliane Leão - Arapiraca Sociedade –Haroldo Marques Arapiraca Sociedade - Jussara Mota - Brasília Sociedade –Fabiana Chaves – Aracaju Aplausos – Dra. Cláudia Souza Leão Aplausos - Dr. João Teixeira Religião – Nossa Senhora Aparecida Festas & Festas – IV Noite em Mumbai Festas & Festas – Aniversário – Des. José Agnaldo Festas & Festas – Inauguração – Hospital Vida Crônicas – Des. James Magalhães de Medeiros Crônicas – Dr. José Romero Nobre de Carvalho Crônicas – Gal Monteiro Crônicas – A Mulher da Capa Preta Crônicas – Isvânia Marques Crônicas – Antologia – APALCA Poetando Tecnologia – Tágore Cavalcante Turismo – Fernando Soares Beleza – Julinho do Carmo Beleza – Mariana Rocha Beleza – Felipe Mendonça Arquitetura – Paulo Góes Filmes, Livros e Músicas – Raphael Araujo Estilo – Marcos Leão Moda – Marcos Leão Esportes – Wal Leão Opinião – Fabiana Borges Perfil – Aline Monteiro
História
por Paulo Ferreira Gato
Breve biografia de um dos maiores escritores alagoanos e um dos mais reconhecidos e admirados no Brasil e internacionalmente.
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e o Mestre Graça, como era conhecido entre seus amigos e admiradores, tivesse escrito apenas Vidas Secas, Caetés, Angústia e São Bernardo, já estaria bem à frente de muitos romancistas e contistas bastante cotados aqui no Brasil. Quem leu suas obras por completo e viveu lá em Palmeira dos Índios durante anos, e conviveu com pessoas da envergadura moral e intelectual de Valdemar Lima, Luiz Torres, Jofre Soares (que participou do filme “Vidas secas”) e tantos parentes próximos dele, sabe muito bem do prestígio que Graciliano emprestou àquela terra que ele tanto amou. Eu mesmo, entre 1948 e 1952, fui aluno de uma sua irmã, professora Vanda Ramos, no Grupo Escolar Almeida Cavalcante. Dona Vanda praticava, com muito amor e dedicação, um ensino público do qual, hoje em dia, não resta mais nem lembrança. Nasceu Graciliano Ramos no dia 27 de outubro de 1892, na cidade de Quebrangulo, agreste de Alagoas; em 1894, a família muda-se para Buíque(PE), onde o escritor tem contato com as primeiras {8} | MatériaPrima. Edição 15
letras. Ele era o primogênito dos dezesseis filhos que teriam seus pais, Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos. Em 1904, retornam ao Estado de Alagoas, indo morar em Viçosa, onde ele cria um jornalzinho dedicado às crianças, o “Dilúculo”. Logo depois redige o jornal “Echo Viçosense”, que tinha entre seus redatores seu mentor intelectual, Mário Venâncio, que veio a suicidar-se em fevereiro de 1906; e o “Echo” deixou de circular. Naquela tenra idade já escrevia sonetos para uma revista carioca “Malho”; em 1909, passa a colaborar com o “Jornal de Alagoas”, de Maceió, publicando sonetos e elaborando trabalhos em prosa, todos com vários pseudônimos. Em outubro de 1910, muda-se para Palmeira dos Índios, onde passa a residir. Mas, continua colaborando com a imprensa “Correio de Maceió”. Esta criatura fabulosa que foi Graciliano Ramos nasceu com o dom da escrita. Quando a gente pesquisa o que sobre ele escreveram Raquel de Queiroz, Ferreira Gullar, Fernando Morais, e outros tantos intelectuais brasileiros da maior enverga-
dura, é que se percebe quanto tem sido importante para nós alagoanos e brasileiros a presença dessa figura inconfundível do Mestre Graça.
“Se o Mestre Graça, como era conhecido entre seus amigos e admiradores, tivesse escrito apenas Vidas Secas, Caetés, Angústia e São Bernardo, já estaria bem à frente de muitos romancistas e contistas bastante cotados aqui no Brasil.” De outra parte, enquanto vimos até agora um lado inegavelmente fabuloso de Graciliano Ramos, necessitamos de conhecer outros fatos não muito consentâneos com sua estrutura moral. Lembremos que ele perdeu a primeira esposa Maria Augusta Ramos, em 1920, com quem se casara em 1915, deixando-lhe quatro filhos menores. Em 1927, é eleito prefeito de Palmeira dos Índios, tendo tomado posse em 1928. Resolve escrever um relatório dos trabalhos executados durante
“Nasceu Graciliano Ramos no dia 27 de outubro de 1892, na cidade de Quebrangulo.” esse ano, no município; no exercício da função de prefeito, durante o ano de 1929, elabora um novo relatório que é remetido ao Governador do Estado, Álvaro Paes, em 1930. Estes relatórios são de tal forma “sui generis”, na maneira invulgar da sua elaboração que, mesmo hoje quem os lê com atenção e percuciência, não pode deixar de manter um sorriso nos lábios, face à simplicidade da apresentação do mesmos. Em 1932 muda-se para Maceió, onde é nomeado diretor da Imprensa Oficial, e casa-se com Heloísa Medeiros. Logo depois demite-se do cargo de diretor da Imprensa Oficial e retorna a Palmeira dos Índios, onde funda uma escola na sacristia da igreja Matriz de Nossa Senhora do Amparo, com a devida permissão do vigário Monsenhor Macedo, sacerdote à moda antiqüíssima - para quem com ele conviveu; e, o mais curioso nisto tudo é que Graciliano era ateu convicto, e assim mesmo, amicíssimo de Mons. Macedo. Em 1926, falece seu pai, em Palmeira dos Índios. É bom que se diga que o romance “São Bernardo” é publicado nessa época difícil de sua vida e fora escrito nos intervalos de suas aulas na escolinha da sacristia. Há muitas obras dele publicadas na década de 30; inclusive algumas que ele escreveu na prisão, para onde foi levado, junto com outros amigos, tidos como comunistas (que à época eram qualificados como “as bestas-feras do apocalipse). Memórias do cárcere conta muito sobre esse período angustiante de sua vida e da de muitos companheiros seus. Há muito ainda sobre o nosso estimado, admirado e inesquecível escritor, romancista, contista e, principalmente, um exemplo sem paralelo como administrador público- prefeito de uma cidade do interior de Alagoas (de nossa querida Palmeira dos Índios), hoje tão descaracterizada em decorrência das últimas administrações.(Voltarei sobre este assunto em outras oportunidades). Mestre Graça, como você nos faz tanta falta! Que Deus proteja e abençoe onde quer que você esteja. Amém.
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Saúde
por Danielle Torres Azevedo
Importância da intervenção precoce
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papel da Odontopediatria é acompanhar a criança desde o início, realizando orientações quanto à importância do aleitamento materno, alimentação de transição e cuidados com as estruturas orofaciais (dentes, gengiva, arcadas dentárias, ossos e músculos da face) prevenindo, diagnosticando e tratando as possíveis alterações já na dentição decídua (de leite), evitando o surgimento de problemas na dentição permanente. As alterações do desenvolvimento facial da criança são tratadas pela Ortopedia Funcional dos Maxilares, que é a especialidade da Odontologia que permite tratar qualquer desvio do encaixe entre os dentes (oclusão) permitindo o correto desenvolvimento da futura dentição e, consequentemente, da face. Esta alteração pode se instalar precocemente, já que a maioria das alterações do sistema mastigatório tem origem no primeiro ano de vida, na fase em que nascem ou irrompem os primeiros dentes. O tratamento precoce das alterações de oclusão é realizado por meio da orientação mastigatória, e, também de diversos tipos de aparelhos (aparelhos ortopédicos
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funcionais). Quais são as principais causas desses desvios de oclusão? Hábitos, como chupar dedo, chupeta, bico, deglutir incorretamente e respirar pela boca são comuns em crianças e resultam em crescimento anormal da face, mandíbula pouco desenvolvida e dentes tortos. Se os maus hábitos não forem tratados em tempo hábil, serão prejudiciais ao desenvolvimento facial e dental da criança. Qual a função dos aparelhos funcionais na criança? Estes aparelhos têm por funções primordiais: promover exercícios suaves para os maxilares e músculos da face, redirecionando seu posicionamento; reeducar a língua para a posição correta permitindo uma deglutição normal; incentivar a respiração correta pelo nariz, promovendo um correto crescimento dos maxilares e melhorando a saúde geral da criança. Qual o melhor momento para começar o tratamento da criança? A Ortopedia Funcional dos Maxilares representa, hoje, a possibilidade de se intervir a partir dos 3 anos de idade. Aos
6 anos, 80% do crescimento facial já está concluído. Dessa forma, a intervenção tem que ser precoce. Qual a importância de se intervir precocemente? Quanto mais cedo se intervir, melhor e mais rápido serão os resultados. O tratamento precoce propicia o correto desenvolvimento da face, reduz a necessidade de tratamento com aparelhos ortodônticos, extração de dentes ou cirurgia ortognática (cirurgia para melhorar estética e função da face adulta). O tratamento com estes aparelhos é doloroso para a criança? Não. Além disso, os aparelhos são removíveis e de fácil higienização. O tratamento ortopédico funcional também pode ser utilizado em adultos? Sim, este tratamento atua direta e precisamente na dinâmica mandibular, muscular, facial e óssea para atender às exigências do remodelamento ósseo, presente também no adulto, embora com menos intensidade. Em adultos, a Ortopedia Funcional apresenta bons resultados no tratamento do bruxismo, ronco, apnéia do sono e alterações na articulação têmporo-mandibular (dor e disfunção).
Saúde
por João Marcelo Lyra
Uma nova fronteira
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Cirurgia Oftalmológica por laser é uma das mais importantes contribuições para a oftalmologia nos últimos tempos. O laser pode ser usado em várias partes do olho e tem ajudado a tratar diversas doenças oculares. O que é Cirurgia Refrativa a Laser? É um procedimento que utiliza tecnologia a laser para corrigir miopia, hipermetropia, astigmatismo e, em alguns casos, a presbiopia (vista cansada). Este equipamento conhecido como Excimer Laser torna a cirurgia mais precisa, reprodutível e segura. Este procedimento pode ser realizado de maneira personalizada? Sim. Os equipamentos de Excimer Laser mais modernos, incluindo o aparelho que existe em Maceió, utilizam a tecnologia chamada de frentes de onda (wavefront). O wavefront capta dados com intuito de identificar as imperfeições do olho que podem interferir na qualidade de visão noturna. A partir desta análise, este aparelho tranfere os dados do olho para o laser de maneira individualizada, permitindo um tratamento mais preciso. Outro componente importante é o rastreador
ocular responsável por acompanhar em tempo real cada um dos pulsos de laser, desde o momento que é gerado até o preciso local da correção na córnea (camada externa do olho). Como deve ser o planejamento cirúrgico? Antes de pensamos em qualquer possibilidade de tratamento, devemos realizar uma minuciosa avaliação pré-operatória por meio da realização de exames complementares específicos. Para tal, dispomos de equipamentos como a tomografia computadorizada de segmento anterior, a análise da resistência da córnea e equipamentos muito sensíveis que medem pequenas irregularidades da superfície ocular. De posse destes resultados, e depois de uma análise criteriosa, poderemos planejar o procedimento e decidir qual a melhor conduta. Outro fator que corrobora para o sucesso do procedimento é o treinamento constante da equipe e a segurança total na esterilização e limpeza do centro cirúrgico. Como é realizado o procedimento? O procedimento é realizado com anestesia tópica (colírio), na primeira camada do olho (córnea) e sem necessidade
de sutura (pontos). O tempo de exposição ao laser é de – aproximadamente trinta segundos e a cirurgia tem duração média de 8 minutos. Em que casos a cirurgia refrativa pode ser indicada? A cirurgia é indicada para pessoas a partir dos 18 anos, quando é esperada a estabilização do grau. Além disso, a córnea deverá ter espessura, regularidade e resistência dentro dos padrões da normalidade. O tratamento cirúrgico a laser corrige até quantos graus? A quantidade de dioptrias (graus) vai depender dos exames complementares como a tomografia e análise da resistência da córnea. Em geral, pode ser corrigido entre 1 a 8 graus de miopia, e até cerca de 6 graus de astigmatismo. A novidade destes últimos anos é a possibilidade de correção da hipermetropia. Nos casos mais avançados (entre 9 e 18 graus de miopia), podemos lançar mão de uma técnica diferente: a lente fácica. Esta lente é feita de um material fino e flexível e é implantada no olho por meio de uma incisão minimamente invasiva (cerca de 2 mm). MatériaPrima. Edição 15 | {11}
Saúde
por Mariana Dória
Nesse primeiro momento iremos falar um pouquinho sobre o líquido mais importante para todos os seres vivos: a água.
Q
ue a água é essencial para nossa vida, todos sabemos... mas, por que ela é tão importante??? A água é um dos elementos mais abundantes da Terra; ela constitui cerca de 60% do nosso corpo e esse percentual se acentua ainda mais no cérebro. É usada para lavar, tomar banho, cozinhar alimentos, ingerir e matar a sede, hidratar nosso corpo e desempenhar várias funções vitais. A água é fundamental para o auxílio no transporte de gases, nutrientes e produtos dos metabolitos celulares, lubrifica os tecidos e possui importância nos processos digestivos, respiratórios e excretores. Auxilia na eliminação de toxinas por meio do suor e da urina, facilitando a absorção de vitaminas hidrossolúveis como a vitamina C. Controla – ainda - a elasticidade e maciez da pele, sendo constituída das secreções líquidas do corpo, como a lágrima, a saliva e os sucos gástricos. A quantidade de água existente nos seres humanos é variável de acordo com sexo, idade, quantidade de tecido adipo{14} | MatériaPrima. Edição 15
so e nível de atividade física. As mulheres têm menos água se comparadas aos homens, pois possuem maior quantidade de tecido adiposo. No caso dos atletas, a água se encontra em maior quantidade no seu organismo do que naqueles que não são atletas; o mesmo acontece com os idosos... Nestes, a quantidade de água diminui bastante. Nestes casos, onde são menores as quantidades de água, indica-se que seja ingerida uma quantidade bem maior para que se mantenham suas funções nutricionais. Parte dos alimentos também é constituída por água (uns mais e outros menos), variando de acordo com a natureza do alimento. As frutas, assim como os demais vegetais, são os alimentos mais
ricos em água. A indicação de consumo de água é muito variável, não há uma regra de indicação de consumo, embora o ideal para um adulto saudável é que sejam consumidos - em média – 2l de água ao dia, ou seja, uma média de 8 copos de 250ml. Isso não significa que não possa ser consumida uma maior quantidade, pois é muito difícil retermos tamanha quantidade de líquidos a ponto de nos fazer mal, uma vez que a água é facilmente expelida na urina e na transpiração. Não é difícil beber água... basta lembrar de beber ao acordar, 30 minutos antes ou após as refeições, e antes de dormir. Cuide de sua saúde através dos alimentos! Afinal, somos o que comemos!!!
Saúde
por Fátima Vasconcelos
Apesar de “venerados” por quem já experimentou, os tratamentos anti-idade estão proibidos pelo Conselho Federal de Medicina, mas medida gera polêmica entre usuários e classe médica
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ara o Conselho Federal de Medicina (CFM), é inócuo consumir vitaminas em cápsulas sob o pretexto de se manter com aparência jovial. Por isso, recomenda que a venda só seja liberada no país se não tiver função antienvelhecimento, como afirma o diretor da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rubens de Fraga. Desde o último dia 19/10/2012, o CFM proibiu terapias anti-idade com vitaminas, hormônios e antioxidantes, sob o risco de cassação do registro do profissional que fizer essa indicação. Em 2010, havia sido vetado o uso do anestésico Procaína e de vitaminas antioxidantes em megadoses. Desta vez, foram incluídos os hormônios e as substâncias químicas EDTA e DHEA. Se houver deficiência no organismo, como no caso de uma mulher durante a menopausa, o médico {16} | MatériaPrima. Edição 15
deve sugerir a reposição hormonal. Mas superdoses para pessoas normais não têm evidências científicas de que funcionam, explicou o médico.
“A reposição de hormônio de crescimento não está recomendada como intervenção antienvelhecimento, pelo alto risco de reações adversas, como o efeito mitogênico em tumores.” Fraga diz que o CFM chegou a essa conclusão após uma extensa revisão de estudos científicos. Segundo ele, o Brasil é o único país do mundo a ter esse tipo de regulamentação. Além de não rejuvenescerem, hormônios em excesso podem causar vários problemas de saúde. Altas doses de hormônio do crescimento (GH), por exemplo, podem causar diabetes,
pressão alta e tumores. Mas há um segmento de médicos que defendem o uso da reposição hormonal e colágeno como condição para melhorar a aparência, mantendo-a mais jovem. Esses alegam, entre outras coisas, que os pacientes são submetidos a exames preventivos contínuos a fim de rastrear precocemente algum sinal de câncer. Argumentam ainda que a doença só se desenvolve quando o indivíduo já traz a predisposição em sua carga genética, ou seja, eles teriam a patologia independentemente da reposição hormonal. A testosterona, por exemplo, segundo testes científicos, pode provocar o crescimento das mamas e infertilidade em homens, e queda de cabelo, voz grave, desregulação do ciclo menstrual e aumento de pelos em mulheres. Em ambos os sexos, pode dar problemas cardíacos, no fígado e nos rins, hipertensão, acne e
agressividade.Se um homem tiver falta de testosterona, vai poder repor. Mas não há evidências de que essa terapia evite que ele envelheça nem existe uma medicina antienvelhecimento. Isso incide, inclusive, na ética médica, afirma Fraga, lembrando tratar-se de iludir os clientes, gerando falsa expectativa.
COLÁGENO Na obsessão pelo rejuvenescimento, muita gente toma inclusive cápsulas de colágeno, mas nada está provado quanto à sua eficiência. A substância é usada por muitas mulheres para melhorar a pele, os cabelos e as unhas, e não é citada especificamente na resolução do CFM.
“O fato é que envelhecer faz parte do ciclo da vida e não há medicamento ou porção mágica capaz de retardá-lo ou preveni-lo.” Vale a pena usar o protetor solar diariamente, fazer atividade física, evitar fumo, álcool e outras drogas. A dermatologista Elisete Crocco diz que o colágeno não previne o envelhecimento, mas pode ser um colaborador para mulheres acima dos 30 anos. Os resultados não são específicos para uma parte do corpo, porque o uso é oral e o corpo metaboliza o produto. Alguns resultados podem aparecer em três a quatro meses. O colágeno não é muito eficaz para o que se propõe. O que mais faz diferença na pele é induzir algum processo de descamação, como laser e radiofrequência, pois aí a pele reage produzindo colágeno, afirma Elisete. De acordo com a médica, as cápsulas em geral são polivitamínicos, ou seja, não contêm apenas colágeno, mas também substâncias como pantenol, biotina e vitaminas A, B, C e D que podem potencializar a ação.
ALIMENTAÇÃO É MAIS EFICAZ Cápsulas que contêm outros compostos, como licopeno e selênio, também
estão liberadas para reposição, desde que comprovada a necessidade, ressalta a dermatologista Márcia Purceli. Segundo ela, o que realmente ajuda a melhorar a pele é manter uma boa alimentação. Isso porque a aparência de uma pessoa aos 40 anos será um reflexo do que ela comeu aos 20. Por isso, uma dieta rica em frutas e verduras na infância auxilia no combate aos radicais livres e às rugas no futuro. O ideal é consumir cinco porções de frutas, segundo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). O fato é que envelhecer faz parte do ciclo da vida e não há medicamento ou porção mágica capaz de retardá-lo ou preveni-lo. Mas vale a pena se esforçar para chegar à velhice num bom estado fisiológico, por meios naturais. Por isso, o CFM orienta que a preocupação deve ser com a qualidade de vida, não com a estética prioritariamente. Fazer exercício físico e treinar inclusive os neurônios é que deve ser o foco da população. O estímulo de novos conhecimentos, como fazer um curso de informática,
por exemplo, ou outro novo aprendizado, vai forçar as células nervosas a entrarem em ação continuamente. Assim, evita-se falha de memória e estimula-se o rejuvenescimento desse grupo de células, os neurônios.
“O que mais faz diferença na pele é induzir algum processo de descamação, como laser e radiofrequência, pois aí a pele reage produzindo colágeno, afirma Elisete. ” O CFM condena o uso de substâncias com fins estéticos: hormônios, procaína, megadoses de vitaminas antioxidantes e etilenodiaminotetracético (EDTA). A Resolução 1.999/2012 foi publicada ontem no Diário Oficial da União e está em pleno vigor. O conselho não tem estatísticas sobre o uso indiscriminado dos produtos no Brasil. “A partir da resolução, vamos colher dados e analisá-los. O Código de Ética Médica, lançado em 2010, já tratava da questão”, informou o conselheiro Rubens de Fraga, diretor da Sociedade MatériaPrima. Edição 15 | {17}
Brasileira de Geriatria e Gerontologia, lembrando que os médicos que descumprirem as novas regras poderão sofrer penalidades que vão da advertência à cassação do registro. A resolução só permite a reposição de deficiências hormonais e de outros elementos em casos de necessidade comprovada.
“A reposição de hormônio de crescimento não está recomendada como intervenção antienvelhecimento, pelo alto risco de reações adversas, como o efeito mitogênico em tumores. ” A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) aplaudiu a resolução e, em nota, informou que a proibição protegerá a população de danos à saúde que vão do aumento da toxicidade no organismo aos casos de câncer. “Com o tempo, há uma redução natural de hormônios. A reposição funciona como anabolizante, aumenta a proliferação de células e também a possibilidade de contrair câncer”, {18} | MatériaPrima. Edição 15
disse o geriatra. Para ele, não há receita melhor do que o exercício físico, alimentação equilibrada, bebida com moderação e eliminação do cigarro. “O maior fator de rejuvenescimento que existe chama-se atividade física”, ressalta Edgar. Entre os hormônios mais prejudiciais à saúde (veja o quadro) estão os de crescimento, DHEA (dehidroepiandrosterona), testosterona e terapia de reposição hormonal (TRH) estrogênica pós-menopausa. A reposição de hormônio de crescimento não está recomendada como intervenção antienvelhecimento, pelo alto risco de reações adversas, como o efeito mitogênico em tumores. Já a reposição de DHEA (dehidroepiandrosterona) não está recomendada como intervenção antienvelhecimento, pelo alto risco de reações adversas e a testesterona, cuja produção cai após a quarta década de vida, mas raramente evolui para o hipogonadismo grave, caso em que está indicada a reposição hormonal. O diagnóstico de hipogonadismo grave só deve ser feito na presença de sin-
tomatologia específica para deficiência de testosterona, como redução de libido, disfunção erétil, sarcopenia com redução da força muscular, osteoporose, desconforto mamário e outros. Nos idosos, o benefício da reposição é bastante questionável e os riscos são evidentes, como o crescimento benigno ou maligno da próstata, a policitemia, hepatotoxidade, apneia do sono e maior risco cardiovascular. No caso da reposição da TRH estrogênica, é apropriada para tratamento dos sintomas vasomotores da menopausa, mas está contraindicada para prevenção de doenças crônicas. O uso deve ser por tempo limitado (duração máxima de cinco anos) e iniciado logo após a menopausa. Os efeitos maléficos da TRH combinada (estrógeno+progestógeno) superam significamente os benefícios da terapia. A presença de fagachos é um preditor de pior prognóstico cardiovascular. Portanto, cautela! Converse um médico da sua confiança antes de tomar qualquer decisão.
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Gastronomia
por Wanderson Medeiros contato@wmedeiros.com.br
Alex Atala convida Wanderson Medeiros. Projeto apresenta nova cozinha nordestina do chef alagoano no restaurante Dalva e Dito
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chef Wanderson Medeiros foi convidado para cozinhar no restaurante Dalva e Dito (SP) do aclamado chef Alex Atala. O evento aconteceu de 22 a 27 de outubro, em São Paulo, tanto no período do almoço quanto no jantar, com valores de R$80,00 e R$110,00 respectivamente. O projeto propôs o intercâmbio gastronômico entre os chefs para divulgar a culinária brasileira e incentivar a troca de experiências. “É sempre o que levamos de mais importante de eventos como este: conhecer outras cozinhas e pessoas, e sua forma de encarar os ingredientes acaba enriquecendo nossa própria maneira de trabalhar.”, explica Wanderson Medeiros, que participa de diversos eventos ao longo do ano. Para os menus, Wanderson criou uma seleção de pratos que exemplificam sua cozinha e a evolução que ela tem tido desde 2005, quando lançou sua primeira receita “gourmet” da chamada Nova Cozinha Nordestina. “O sorvete de rapadura foi um marco na minha vida e na do Picuí. Até hoje é uma das sobremesas mais vendidas no restaurante.”, conta o Chef. Os pastéis da Dona Inácia, fabricados um por um (até hoje) pela mãe do chef, ganharam uma nova apresentação para o evento em São Paulo. Agora, são servidos na cuscuzeira de barro e defumados na frente do cliente. O magret de sol é outra inovação
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do chef que faz constantes variações com sua técnica de cura de carne, receita herdada do bisavô de Wanderson, vindo da tradicional região de Picuí, interior da Paraíba, já famosa por sua carne de sol bovina. Não poderia faltar a tradicional carne de sol do Picuí, o prato que deu fama ao restaurante, aberto por seus pais em 1989, em Maceió, Alagoas. Diferente da carne de sol que se come em muitos lugares, a do Picuí é suculenta, macia e muito saborosa, ressaltando suas características, especialmente pelas técnicas utilizadas por Wanderson em sua preparação, como o cozimento à baixa temperatura pelo mé-
todo de Sous Vide. Figuraram, ainda, no menu do restaurante Dalva e Dito importantes ingredientes da cultura culinária alagoana, como o Sururu, molusco típico da região, que foi servido acompanhado de surubim grelhado - outro ícone local. Outro prato que chamou a atenção foi o Coalho em Chamas, onde o chef doura um cubo de queijo de coalho na manteiga-de-garrafa e depois flamba à mesa com licor de laranja.”Esse prato mostra bem como podemos utilizar os ingredientes nordestinos em preparações leves, sofisticadas e muito bonitas.”, explica.
Coluna Social Maceió por Romeu de Loureiro emsociedade@gazetweb.com
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Coluna Social Maceió por Jacira Leão
colunajessica@hotmail.com
ENCONTRO DE GERAÇÕES Grande festa aconteceu em Arapiraca no dia 10 de novembro, no Clube dos Fumicultores. Referimo-nos ao “Encontro de Gerações” que congregou arapiraquense de nascimento das gerações 60 e 70, participantes dos grandes eventos realizados naquelas décadas e movidos pelos sucessos musicais de então. Entre as atrações, brilharam naquela noite: Dirá Lino, Alma de Borracha e Nelsinho Silveira e Banda.
PRESENÇAS Entre os presentes, pudemos anotar: Eraldo Magalhães, Maurício Fernandes, Olga Soares, José Firmino, Goretinha Barros, Adaylton Reys, Zé Leão, Valdemir Brandão, Zé Cordeiro, Zé Américo, Lula Santana, Lula Mendes, Bira Almeida, Chuço Vida, Béu Mendes, Jacira Leão, Zelina Teles, Geraldo Lima, José Ferreira Hora, Tereza Nelma e Socorro Medeiros, entre muitas outras personalidades.
Ioninha e sua mãe Dione Omena Paranhos já distribuem o convite para o casamento da “bela” com Nuno Rangel, que acontecerá no dia 29.12, no sítio Ingazeira.
HOTÉIS Todos os maiores hotéis da nossa capital preparam réveillons. Destaque para O réveillon do Maceió Mar Hotel, que colocará em prática um grande evento, tendo a Banda Tropical Dance e a ceia pra lá de especial como suas atrações. De “quebra”, uma visão privilegiada do show pirotécnico que acontece na orla da Ponta Verde.
ABSOLUTO
Os belos noivos de novembro: os médicos Delane Henrique e Manuela Rocha
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Consagrado como uma das festas de réveillons mais exclusivas e elegantes do Brasil, além de reunir o maior número de gente bonita por m², o Réveillon Absoluto tem Ivete Sangalo como sua atração principal, além de Cannibal, Afarra, Hands Up e DJ Peixe. Este ano, o Abssoluto faz prévia no dia 30 de dezembro, com um dos mais famosos DJs do mundo, o Fat Boy Slin. Este já tocou no Réveillon da Praia de Copacabana, no Rio Janeiro.
CASAMENTO Obed/Maria do Carmo dos Santos Lessa e Manoel Sales Luiz (in memorian) / Jacira Dionísio Bernardes Sales convidaram para o casamento de seus filhos Dayse e David, respectivamente, evento que aconteceu no dia 01.12.2012, às 08h30., tendo como cenário a Paróquia de São Pedro Apóstolo, onde foi realizada a cerimônia religiosa, e a Unique, onde os noivos e seus genitores recepcionaram seus convidados. O casal Renato e Tereza Nelma Soares foi um dos padrinhos.
CASAMENTO No dia 20 de outubro, uma linda cerimônia realizada na Igreja do Jardim do Horto e uma grande recepção, que tiveram como cenário a Renaissence, marcaram o casamento de Laís e Leonardo, filhos de José Hélio/Iara de Souza Leão e Raimundo/ Sheila Hannequim Demétrio Martins.
VERT Tendo como Diretora de Marketing a dinâmica Andréa Drosley, a Vert Rouge continua movimentada e oferecendo, para ambos os sexos, várias opções de roupas e complementos. Atende qualquer cliente, desde os adeptos de trajes convencionais até os mais sofisticados e exigentes. Qualquer contacto ou informação, ligue (082) 3327-5191. Com esta foto do meu neto Túlio Pontes Leão, o mais novo rebento de Fernanda e Wal Leão, desejo um Feliz Natal a todos os alagoanos. (Foto: Isabella Figueira)
NOVO Albert Suruagy é o novo empresário do Damásio de Jesus, franquia de grande conceito, dirigida para a preparação de nossos jovens nos diversos concursos em nossa capital. Um detalhe: a Damásio de Jesus é também destaque no quesito OAB. São inúmeros os jovens advogados, alunos daquele curso, incluídos na relação de aprovados anualmente.
ENLACE Carlos Verilson Lopes Torres e Maria Isabel Carvalho, juntamente com Olga Bicalho de Oliveira foram os perfeitos anfitriões do casamento de seus filhos, Isabella e Hélcio, evento que aconteceu, em altíssimo estilo, na quinta-feira, dia 15 de novembro, tendo o Armazém Uzina como palco.
FEIJOADA
Os elegantes - Verilson e Gil Torres - no casamento de Isabelle e Hélio OliveiraJúnior
O colunista social Haroldo Marques, de Arapiraca, pilotou no último dia 02 de dezembro mais uma “Feijoada by Harold”. O evento tem como cenário o excelente Restaurante Labareda’s Grill, naquela cidade, e foi animado por João Felipe, Banda Xatrez e Os cobras. Prestigiadíssimo!!! MatériaPrima. Edição 15 | {25}
CELEBRATION Segundo seus idealizadores, o Réveillon Celebration será a maior festa “all exclusive do Brasil”. Realizado na Praia da Jatiúca, o reveillon chega para marcar época em Maceió, considerada, em 2013, como a Capital dos Réveillons. Com previsão de reunir mais de 6500 convidados, o evento tem como atrações a Banda Asa de Águia, bandas locais e 6 DJs na Tenda Eletrônica.
VIDA Na noite do dia 23 de novembro, foi realizada a cerimônia de inauguração do Hospital Vida (ex-Cenefrom) dos empresários e médicos Drs. Miguel Arcanjo Barbosa e João Cubas. Na manhã do dia 20, no Radson Hotel, os empresários já haviam oferecido um café da manhã aos jornalistas e colunistas da nossa capital, onde foram transmitidos o histórico e as características, inclusive dimensões do empreendimento e serviços oferecidos.
No casamento de Isabelle Torres e Hélcio Oliveira Júnior, os elegantérrimos João, Aninha e Sônia Sampaio
SWING BAKANA Depois de cinco anos de ausência no cenário musical alagoano, a Banda Swing Bakana retorna com força total. No dia 19 de outubro, em Arapiraca, deu o “pontapé” inicial de uma série de shows, inclusive em estados vizinhos.
Na sua posse, o Des. Paulo Lima e a Chefe do Cerimonial do TJ-AL, Kátia Albuquerque
- Coronel Frederico Pinto Sampaio e sua esposa Roberta
A bela Teresa Nelma Porto Soares (Teca), no casamento de David e Dayse Lessa {26} | MatériaPrima. Edição 15
Tenente-Coronel Aldemir José Cardoso Nunes e sua esposa Ilma; ele Chefe da 20ª CSM.
FESTA O colunista Marquinhos Leão, querido por gregos, troianos e alagoanos estará festejando seu aniversário no próximo dia 20.12.2012. Aproveita a oportunidade para realizar, também, a sua confraternização natalina. O local escolhido não poderia ser melhor: a Finger – Móveis Planejados, localizada na Avenida Álvaro Calheiros. Vamos lá!!!
BREVE Os “tops” oftalmologistas Mário e Elvira Ribeiro
Os empresários Sérgio Luiz Boff e José Pizzolato Boff, de Caxias do Sul (RS) , adoraram Alagoas e resolveram fixar residência na paradisíaca praia da Barra de São Miguel. Lá investiram na Life Beer, a barraca de praia mais bonita da cidade, e uniram o útil ao agradável: estão adorando a cidade, desfrutando de uma excelente qualidade de vida e ganhando dinheiro. Isso é bom, não?
MEDALHA O colunista social Paulo Gargioni recebeu a Medalha do Mérito Farroupilha, em Porto Alegre (RS). A honraria foi prestada pela Assembleia Legislativa daquele estado, tendo em conta seus 46 anos de colunismo completados este ano e dedicados à sociedade gaúcha e brasileira. A elegante socialite Geny Borella Toledo
As elegantes Deusa e Bárbara Farias
Solange Lages Chalita, em noite de longos e ternos escuros
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Bruna e Laura Amaral, na festa de Martha Medeiros.
O médico oftalmologista Joaquim Arquimínio e sua esposa Paula Normande Arquimínio
A foto-artista Jô Carnaúba, uma das mais badaladas aniversariantes de outubro
A intelectual e imortal Isvânia Marques com a e internacional Sônia Bezerra Brito (filha de Bezerra e Silva / Patrono da APALCA)
Leonardo e Adelaide Marques, num casamento chic.
José Carlos e Leda Lira Maranhão, num encontro social vip
Sempre presentes em nossos mais destacados acontecimentos social: Coronel Albérico e Geneildes Carvalho Oliveira
Os noivos David Salles e Dayse Lessa casaram-se com bela recepção na Unique
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Na festa do Troféu Laureados das Alagoas, Linaldo Albuquerque Filho, Kátia Albuqerque e o filho do casal.
Desembargadores Sebastião Costa e Klever Loureiro com suas esposas Maria do Carmo Costa e Silvana Loureiro
Os noivos Victor e Camila Marques.
Já casados, Hélcio Oliveira Júnior e Isabelle Torres
Daniel e Ana Rosa Quintella num recente encontro social
Os empresários de turismo Cícero e Miriam Canuto
Em noite de longos e ternos escuros, os colunistas Romeu de Loureiro e Jacira Leão MatériaPrima. Edição 15 | {29}
TRANSFORME A SUA FORMATURA EM SONHO. A GENTE TEM VÁRIOS MODELOS DELE.
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Coluna Social Maceió por Fátima Vasconcelos
fatimavasconcelos.vasconcelos@gmail.com
CRECHE-ESCOLA Até 2016, o Brasil tem a obrigação de oferecer educação às crianças de 4 e 5 anos, como manda a lei de 2009. Antes, era a partir dos 7 anos, mas um relatório recente do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revelou que, apesar da obrigatoriedade, 1.419.981 não encontraram vagas. Para absorver esse segmento de estudantes, o país terá que construir 6 mil creches até 2014.
AL 101-SUL Segundo declaração do próprio engenheiro Mateus Dalfre, da Construtora Ferreira Guedes, responsável pela duplicação da AL 101-Sul, até setembro foram compensados apenas 3 hectares de mangue, dos 9 exigidos no Estudo de Impacto Ambiental da obra. Ele alegou indisponibilidade de espaço para o replantio, já que existe muita área de propriedade privada, cujos donos apresentam resistência. A Secretaria do Patrimônio da União está analisando a possibilidade de desapropriação para viabilizar o trabalho. Tudo bem. Mas isso deveria ter sido visto e resolvido antes mesmo de se colocar máquinas abrindo estrada, não é mesmo?
FERA A estudante Layane Rayelly da Silva Barbosa, 16 anos, do 2º ano do Ensino Médio da Escola Padre Aurélio Gois, de Junqueiro, ganhou em 1º lugar num concurso nacional de redação instituído pelo Senado. Disputou com 2.200 alunos de todo o país. Parabéns!
Gláucio e Zélia Barros Cavalcanti com a filha Larissa, que brevemente concluirá graduação em Medicina.
DESENVOLVIMENTO Alagoas já é o 11º Estado mais populoso do Brasil, com 3.165.472 habitantes. Somente em Maceió são 953.393 pessoas. Dos 102 municípios, mais da metade (62 precisamente) já possuem população superior a 50 mil habitantes; entretanto, faltam-lhes distribuição de renda, oportunidade de acesso à educação, saúde, moradia digna, segurança e demais políticas públicas. Nesse caso, crescimento não significa desenvolvimento...
FLEX
Rosiana Beltrão ladeada entre o presidente da Codern, Pedro Terceiro, e o Ministro dos Portos, Leônidas Cristino. {32} | MatériaPrima. Edição 15
O Ministério Público esbravejou que é proibido colocar nome de pessoas vivas em prédios públicos, e isso visa (entre outras coisas), coibir homenagens descabidas (bajulas) aos parentes dos políticos e aos seus patrocinadores. Faz sentido. Mas existem casos de violação à lei que são bem mais danosos à cidadania e para os quais o MP parece fechar os olhos... Deve ser porque mexer com outros tipos de irregularidade dá mais trabalho. Por que não tomam providências, por exemplo, contra o nepotismo? Todo município tem- pelo menos - um promotor de justiça e todos eles sabem que o tesoureiro dos cofres públicos é familiar bem próximo do(a) prefeito(a), sem falar no chefe do gabinete e nos outros cargos da primeira linha do poder. Este é apenas um dos milhares de exemplos que nos saltam aos olhos; mas, quem ganha para fiscalizar a lei... silencia.
Time de peso da medicina alagoana em recente comemoração: Alceu Pimentel, Fernando Pedrosa, Ednaldo Holanda, Francine Leite, Cláudia Toledo e Hélvio Chagas.
CARA DE PAU Quem acessa a lista de servidores públicos no portal da transparência só falta cair duro com os “Vips” da cidade que recebem altos salários do poder público (graciosamente). O dinheiro fácil ajuda alavancar os negócios particulares e os beneficiados posam de empresários bem-sucedidos. Como seriam eles sem a “mamata”? Enquanto isso, mesmo tendo nível superior, mestrado e doutorado, os servidores que pegam no batente amargam migalhas. Até quem tem por ofício construir a boa imagem do governo, maximizando as ações sociais, como é o caso dos jornalistas, recebem menos do que o salário mínimo da categoria (o piso). E olhe que tem secretário “cara de pau” que exige horário integral - como se o vencimento do assessor fosse equiparado ao dele. Nisso os fiscais da lei não mexem. Agora mexam!
MAIS VAGAS Desafio maior será colocar na sala de aula os 1.539.811 adolescentes entre 15 e 17 anos. Nessa faixa, existe resistência, mesmo que haja vaga sobrando. Para educar toda a população infanto-juvenil brasileira, o relatório sugere a ampliação do investimento no setor da ordem de 10% do PIB (Produto Interno Bruto). Nada demais. É só o que já prevê o Plano Nacional de Educação (PNE), que está se arrastando há um tempão no Congresso Nacional.
Os primos Dani e Flavinha Vasconcellos entrando para o time dos teens.
CENA Na saída do banco, vi o sofrimento de um portador de deficiência física que, após 40 minutos de espera no sol quente, não teve condições de entrar no ônibus, simplesmente porque o motorista “esqueceu” de pegar a chave do elevador do cadeirante. Com fome, hora de pique, o cidadão teve que aguardar (sabe Deus mais quanto tempo...) para arriscar se o próximo coletivo poderia ou não levá-lo ao destino desejado. Pode? MatériaPrima. Edição 15 | {33}
Coluna Social Arapiraca por Liliane Márcia Leão Dias lilianemarcia@hotmail.com
Dia 18 de outubro foi comemorado o Dia do Médico; por isso, aproveitamos este espaço para prestar homenagem a alguns médicos arapiraquenses que, no exercício da sua profissão, de alguma forma marcaram (e marcam) a vida de muitas pessoas, de muitas famílias, com histórias de abnegação, dedicação e amor à profissão. Parabéns a todos os médicos e, em especial, aos de Arapiraca!
“A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.” Carlos Drummond de Andrade
Doutor Carlos Lima e Carlos Lima Júnior, pai e filho a serviço da Medicina.
Doutor Washington Oliveira e sua esposa Marta, grande profissional e muito querido pelos pacientes que exaltam a sua humanidade no atendimento.
Doutor Yvens Fernandes, neurologista arapiraquense radicado em Campinas – SP, orgulho dos pais (saudoso Dr. José Fernandes e Profª Yedda Fernandes). {34} | MatériaPrima. Edição 15
Doutor Marcelo Herman Valeriano, otorrinolaringologista, exerce a profissão no Rio de Janeiro. Proporcionou muitas alegrias ao saudoso pai, Professor Miguel Valeriano. Nesta foto, ao lado da mãe (dona Laurinete) e da irmã (Fátima Valeriano Lins).
Dr. Levi Nicácio, orgulhoso da filha: Drª Daise Nicácio. Doutor Alexsandro Lima, ao lado da esposa Roberta, cirurgião oncologista radicado em São Paulo – SP, onde exerce com muita competência a profissão no Hospital A.C. Camargo.
Doutor Maxuel Nogueira, ginecologista e obstetra, referência para a cidade de Arapiraca e toda a região, já exerceu a função de Secretário Municipal de Saúde.
Dr. Valfrido Leão de Melo Neto, mestre em Psiquiatria e professor da Universidade Federal de Alagoas- UFAL.
Os médicos Dra. Giva e Dr. Lenildo Amorim, orgulhosos da filha, Dra. Vanessa Amorim.
Dr. Celso com a esposa Kristine e o filhão, em momento de lazer; é um médico muito querido na cidade, principalmente por cuidar da saúde dos atletas do ASA.
Drª Fabiana Leão exerce a Medicina na Europa, radicada em Milão, Itália.
Drª Flávia Leão, mestre em Nefrologia Pediátrica, exerce a profissão em São Paulo - UNIFESP/EPM. MatériaPrima. Edição 15 | {35}
Coluna Social Arapirca por Aroldo Marques
harold_marques@hotmail.com
2º Prêmio Homens de Sucesso foi uma noite inesquecível, onde importantes profissionais que compõem a sociedade arapiraquense e alagoana foram celebrados com o belíssimo Troféu Social Grand Monde, no dia 13 de Setembro de 2012, na requintada casa de festa Levino´s Hall. A casa recebeu a decoração de Dyogo Brito ( Flor de Marocas), tendo como tema central “Os Girassóis da Russia”, nas cores amarelo/dourado e o azul profundo que compuseram o clima masculino da festa. O evento “Prêmio Homens de Sucesso” foi marcado por momentos inesquecíveis, que tiveram como atrações: Elaine Kundera, Andrea Moraes e João Felipe, além da participação especial do melhor humorista do Brasil, Marlon Rossy... Para ficarmos antenados com o que há de tendência para o mundo masculino no tocante à moda, houve um desfile da Express da Cris For Men... O Buffet foi assinado por San Martin. Meus cumprimentos aos homenageados e agradecimentos aos colaboradores que fizeram da celebração mais uma conquista no âmbito social, com a assinatura de Aroldo Marques em seus 25 anos de colunismo social.
Dr. José Moacir Teófilo e Bia Correia rebendo troféu
Olga Alves Vital e seu esposo Dr. Cristiano Alves Vital
Francisco Lessa, Wolney Rocha e Polyanna Barbosa Rocha
Rose Carrel, Rosilene Cavalcante e Adailton de França Reis
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Adoniran Guerra e Rose Carrel
Rosete Silva, Karla e Dr. José César
Petrucia Brito, Dyogo Brito e Rose Carrel
Aroldo Marques entrega troféu ao colunista Romeu de Loureiro
Jorge Correia, Bia Correia, André Felipe e esposa
André Fon recebe troféu das mãos de Bia Correia
Francisco Lessa, André e Isaura ( CEF/Arapiraca)
Bia Correia, Felipe Ramalho
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Coluna Social Brasília por Jussara Motta jussaramota@gmail.com
INVESTIMENTO
LIVRO
A Ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais acompanhou a Presidenta da República na solenidade de lançamento do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres Naturais, que prevê o investimento de R$ 18,8 bilhões em ações articuladas de prevenção e redução do tempo de resposta a ocorrências.
Foi lançado o livro “A revelação”, de Murilo Badaró. Várias autoridades prestigiaram o evento. Ele é economista, ambientalista e empresário nascido em Belo Horizonte.
MUNICÍPIOS Mais de 3,5 mil municípios com população de até 50 mil habitantes receberão uma máquina de retroescavadeira e outros 1.330 serão selecionados para receber motoniveladoras.
PALESTRA Aconteceu uma palestra técnica sobre o Sistema de Gestão de Convênios, Contratos de Repasse e Termos de Parceria (Siconv), gerenciado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
Murilo Badaró no lançamento do livro “A Revelação” em Brasília.
Convidados na posse do Dr. Severinho Rodrigues do TRT.
SARAU 51º Sarau da Câmara dos Deputados homenageou Luiz Rocha. Em clima de festa de São João, grandes nomes da música regional participaram do evento. Entre elas, as duplas: Zé Mulato e Cassiano, Vanderley e Valtecy, Diego e Gustavo, além das apresentações individuais de Teófilo Fernandes e da cantora Lúcia de Maria, acompanhada pelo violonista Agilson Alcântara. {38} | MatériaPrima. Edição 15
Consuelo Wassita, Jussara Motta, Dulce Tannure, Alba Rejane e Maria Olivia no lançamento do livro “A Revelação” .
Ana Lúcia, Jussara Motta, Ana Maria, Siham, Valéria Mazo e Dulce Tanure
PAC MOBILIDADE MÉDIAS CIDADES
CULTURA
A Presidenta da República, Dilma Rousseff, participou, do lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Médias Cidades, no Palácio do Planalto. O encontro contou com a participação dos representantes de 75 municípios, de 18 estados brasileiros, que poderão ser beneficiados pela iniciativa. De acordo com o Ministério das Cidades, serão liberados R$ 7 bilhões, oriundos do Governo Federal, para investimento em municípios com população entre 250 mil e 700.
A Embaixada da Índia e Tantri Arte convidaram para o Concerto de um dos maiores músicos indianos, o mestre da flauta Pandit Hariprasad Chaurasia e seu grupo, que realizaram apresentação única e inédita em Brasília no Teatro Oi Brasília.
PAC EQUIPAMENTOS A presidenta Dilma Rousseff anunciou, em Brasília, um pacote de compras governamentais para estimular a economia e, assim, garantir o crescimento do Brasil. Denominado PAC Equipamentos - Programa de Compras Governamentais, essa ação conta com valor total de investimento de R$ 8,43 bilhões.
CONSTRUÇÃO Com objetivo de garantir o acesso à prática esportiva e de lazer a crianças e jovens em escolas públicas, o Governo Federal anunciou os municípios selecionados para receberem recursos Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para construção e cobertura de quadras esportivas.
Jussara Motta, Pedro, Alexandra, Gabriela e Larissa no aniversário da Maria Fernanda Motta.
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Coluna Social Aracaju por Fabiana Chavves fabi_chavves@yahoo.com.br
TIM TIM ESPECIAL Parabenizamos a professora e radialista mineira, Sondes Pessoa(MG), que celebrou o seu niver no dia 21 de outubro, em sua residência, ao lado de familiares, onde foi servido os mais deliciosos pratos e iguarias da Gastronomia Mineira, em clima de muita paz e alegria, que é dessa forma que a jovem senhora conduz a sua vida. Os anos passam, mas seu brilho próprio, sua jovialidade e sua energia contagiante estão sempre presentes no seu dia a dia. Sondes é um exemplo de mulher guerreira e de atitudes a serem seguidas. Parabéns!
O FOTÓGRAFO E VICE-PRESIDENTE DA ABIME NORDESTE É HOMENAGEADO Na noite do dia 29 de setembro, no Clube Real Madrid de Atletismo, em Guanhães- Minas Gerais, o vice-presidente da ABIME NE (Associação Brasileira de Imprensa de Mídia Eletrônica do Nordeste), Ubajara Pessoa, que é considerado um dos melhores fotógrafos do Brasil, no requesito Noivas, recebeu pela 17ª vez consecutiva, o Prêmio Destaque Empresarial & Profissional 2012. A noite foi prestigiada por autoridades, imprensa e pela sociedade mineira. Ubajara é mineiro, com 25 anos de experiência no mercado, vem a cada dia conquistando legião de fãs no país, pelo seu profissionalismo, carisma e seu jeito especial de tratar a sua clientela. Recentemente de férias pelo Nordeste, apaixonou-se, e resolveu abrir uma filial do seu Studio, que já é uma griffe no Sudeste do país. Este é um dos seus projetos para o ano de 2013.Tudo que a tecnologia oferece em torno da fotografia, o conceituado profissional já teve a oportunidade de confeccionar artesanalmente. Para Ubajara, a fotografia não é um mistério, mas “feeling”, um dom dado por Deus.“Minha experiência me deixa muito à vontade para garantir e dar certeza de registros e momentos inesquecíveis da vida”, afirma Ubajara. Merecidamente, parabéns!
Sondes e seu querido esposo, Newton Pessoa
LANÇAMENTO A Folic lança a campanha de verão inspirada no paradigma contemporâneo, trazendo para a moda o debate sobre a era tecnológica, em contraponto ao ideal de vida simples e bucólico. A estética está incrível com fotos superpoéticas e tendências fortes da estação. Confira!
Ubajara ao lado da sua amada, esta colunista, recebendo das mãos do casal, os empresários João Geraldo e Rosimeire Siqueira, o seu valioso certificado.
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ABIME BRASIL REALIZOU ENCONTRO EM BONITO E JARDIM (MS) I
ABIME BRASIL REALIZOU ENCONTRO EM BONITO E JARDIM (MS) II
A Associação Brasileira de Imprensa de Mídia Eletrônica (ABIME BRASIL) realizou de 19 a 21 de novembro no Centro de Convenções de Bonito, um encontro nacional para solidificar a classe de profissionais que se especializaram no setor. O Encontro faz parte de um processo que atinge todo o Brasil dividindo a entidade em Capítulos Estaduais, sendo que no Capítulo MS, região Sudoeste, o evento está programado para acontecer nos municípios de Bonito e Jardim (MS), com a presença de grandes nomes da mídia eletrônica nacional. Durante o encontro, houve a posse do colunista social Paulo Abílio como presidente da Regional Sudoeste da ABIME Mato Grosso do Sul.
Na programação foram visitados os principais atrativos turísticos de Bonito, tais como: Gruta do Lago Azul, Cachoeiras, Passeio de Bote, Balneário Municipal de Jardim e visita ao Buraco das Araras. Apoio: Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio de Bonito; Prefeitura Municipal de Jardim (MS) e Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. Hotéis Parceiros: Marruá Hotel ; Zagaia Eco Resort ; Hotel Águas de Bonito e Hotel Pirá Miúna. O vice-presidente da ABIME Brasil, Edinho Neves, e demais associados, além do presidente da ABIME- Mato Grosso do Sul, não mediram esforços para realização desse grande evento. Marquei presença, divulgando tudo e todos!
Mais do que uma opção de hospedagem extremamente confortável, o Zagaia Bonito Eco Resort proporciona a seus hóspedes experiências marcantes envolvendo gastronomia, ecologia, aventura e esporte. È lá que estaremos hospedados.
RÉVEILLON NA CANTINA
Bonito faz jus ao nome. Beleza é o que não falta, seja na riqueza da natureza, presente na fauna e na flora, como nos recursos naturais. Seus rios de água cristalina, piscinas naturais, cavernas e cachoeiras formam um cenário ímpar e dificil de esquecer.
Para brindar a chegada de 2013, nada melhor do que uma refeição em grande estilo. E se for no restaurante é ainda melhor! Seja por estar em viagem, inovar ou simplesmente sair de casa. Pensando nisso, a Cantina D’Itália abrirá na noite da virada com bufê especial de entradas e opções de pratos principais. Bem localizada e ainda com uma área externa espetacular – o Deck - a Cantina D’Itália também é a opção certa para quem quer apreciar a queima de fogos da orla de Atalaia, em Aracaju. A festa gastronômica da virada começa às 22h. Reservas e informações pelo telefone 3243-3184.
TRIVELA ARACAJU Depois de algum tempo distante do território sergipano, a Trivela da banda Asa de Águia (foto) ancorou, no dia 10 de novembro, na praça de eventos da orla de Atalaia. Além do axé music de Durval Lelys, a festa contou também com o forró da banda Garota Safada e a música eletrônica com famosos Djs. A folia, promovida localmente pelo Augustu’s, teve início às 16h com a abertura dos portões e reuniu sergipanos e turistas dos estados vizinhos. Com formato inusitado, o projeto da Trivela trouxe um minitrio com painéis luminosos de led e elevador que colocou o artista a dois metros de altura.
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VITÓRIA Registrando na nossa coluna o sorriso do futuro prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), após vitória no primeiro turno. Descansar? Nem pensar. Já começou a traçar a sua administração para cumprir todo o programa apresentado ao eleitorado. Desejamos boa sorte ao vitorioso prefeito, e que ele realmente consiga cumprir todas as suas promessas que foram depositadas através do seu eleitorado nas urnas. O momento agora é saber escolher e selecionar as pessoas certas que vão ajudá-lo a administrar a nossa capital. Parabéns, prefeito!
O BOTICÁRIO PATROCINA O ARACAJU FASHION SQUARE O Boticário é um dos patrocinadores da 5ª edição do Aracaju Fashion Square e promete repetir o sucesso da sua participação no São Paulo Fashion Week (SPFW) com um lounge totalmente aberto ao público, assinado pela sua linha de maquiagem premium Make B.. No espaço, os visitantes poderão conhecer a nova coleção Miami Sunset, inspirada no clima, nas cores e nas festas sofisticadas da cidade para a criação da coleção primavera-verão; além de fazer looks com maquiadores credenciados da marca.
MOSTRA MODA IMPRENSA 2012 BY ÉDIPO OLIVEIRA Para brindar a chegada de 2013, nada melhor do que uma refeição em grande estilo. E se for no restaurante é ainda melhor. Seja por estar em viagem, inovar ou simplesmente sair de casa. Pensando nisso, a Cantina D’Itália abrirá na noite da virada com bufê especial de entradas e opções de pratos principais. Bem localizada e ainda com uma área externa espetacular – o Deck - a Cantina D’Itália também é a opção certa para quem quer apreciar a queima de fogos da orla de Atalaia, em Aracaju. A festa gastronômica da virada começa às 22h. Reservas e informações pelo telefone 3243-3184.
SHOES A marca de sapatos e acessórios City Shoes trouxe para a sua coleção de verão uma linha de sapatos, sapatilhas e sandálias de borracha. Destaque da temporada para a gladiadora com spikes. Confira na foto o lindo modelo da nova coleção da City Shoes!
VERÃO 2013 DA ARAMIS A grife desembarcou em terras africanas para desvendar a savana e suas belas paisagens, que foram inspiração para nova coleção. No coração da savana sul-africana, em meio a belas paisagens a Aramis Menswear apresenta o verão 2013. Na mística reserva “Sabi Sabi Private Game Reserve”, a Aramis deixou-se envolver com a cultura africana e mistura étnica do lugar, que inspirou a nova coleção. Entre elementos exóticos e animais selvagens o modelo internacional Stephen Walker, (foto), queridinho das semanas de moda de Milão, que tem em seu portfólio trabalhos para renomadas marcas como D&G e Armani, foi o escolhido para a nova campanha da grife Aramis. Stephen posou para as lentes do fotógrafo Eduardo Rezende, um dos mais requisitado no mundo da moda internacional, o styling ficou por conta do talentoso Raphael Mendonça e cabelo e maquiagem de Jayme Vasconcelos. {42} | MatériaPrima. Edição 15
Sociedade
por Fernando Soares
sfs_soares@yahoo.com.br
Dra. Cláudia Araújo de Souza Leão Lages
Prof. João Teixeira Cavalcante Neto MatériaPrima. Edição 15 | {43}
Dra. Cláudia Araújo de Souza Leão Lages
A maceioense Cláudia Lages é de um dinamismo a toda prova. Em 1998, foi graduada pela Escola de Medicina, da Universidade Federal de Alagoas – UFAL. Querendo especializar-se em Ginecologia e Obstetrícia, Cláudia seguiu para Minas Gerais, onde fez Residência Médica nessas áreas, na Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. Em 2002, especializou-se em Mastologia pelo IBCC – Instituto Brasileiro de Controle de Câncer - São Paulo (SP). Em 2001, obteve o título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pelo FEBRASGO – Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Já em 2002, tornou-se especialista em Mastologia {44} | MatériaPrima. Edição 15
pela Sociedade Brasileira de Mastologia. Em 2003, passou a ser sócia titular da Sociedade Brasileira de Mastologia e eleita membro do Departamento de Cirurgia da Mama daquela sociedade. Além de exercer suas funções junto ao Governo do Estado de Alagoas e à Prefeitura Municipal de Maceió, Dra. Cláudia Lages trabalha no Hospital Memorial Arthur Ramos e no Hospital do Açúcar. Muito dedicada à Medicina, Dra. Cláudia Lages – apesar de ser muito jovem – possui uma grande clientela, mercê de seu acompanhamento constante, da sua atenção e dedicação integral aos seus clientes. Por outro lado, sua necessidade de aprender cada vez mais faz com que
procure frequentar novos cursos e congressos onde possa adquirir novos conhecimentos. A arte da medicina é uma combinação de conhecimento, intuição e julgamento. Assim, a Medicina é uma arte que não tem mais fim. A Mastologia, por sua vez, é responsável pela saúde da maioria da população feminina, e não apenas uma especialidade voltada para o tratamento do câncer de mama. Por seu trabalho e por uma vida dedicada integralmente à humanidade, Dra. Cláudia Lages merece o nosso respeito, ao tempo em que – pela passagem do Dia do Médico – prestamo-lhe também nossas sinceras homenagens.
Prof. João Teixeira Cavalcante Neto
É Engenheiro Civil, formado pela Escola de Engenharia da Universidade Federal de Alagoas – UFAL. Tem especialização em Gerenciamento na Construção Civil, em 1994, pela Escola de Engenharia da Universidade Federal da Paraíba –UFPB. Participou do Programa de Formação de Consultores de Empresas de Pequeno Porte – Foco, pela Universidade de São Paulo (USP), em 1996; do MPA, em Gestão Financeira e Controladoria, pela Fundação Getúlio Vargas, em 2005; do Curso de Indicadores de Qualidade e Produtividade na Indústria de Constru-
ção Civil, em Recife, 1995; e do Curso para Instrutor do Programa SEBRAE de Qualidade Total para as Micro e Pequenas Empresa, em Maceió, 1993. Entre as atividades desenvolvidas, citamos: consultor do SEBRAE, no período de 1992 a 1996; diretor comercial, administrativo e financeiro da Contrato Engenharia; diretor do Sindicato da Indústria de Construção Civil do Estado de Alagoas – Sinduscon-AL, no período de 2000 a 2006; presidente da Comissão de Materiais e Tecnologia – COMAT , do Sinduscon-AL, de 1998 a 2006; membro da Comissão de Materiais e Tecnologia
da Câmara Brasileira da Indústria da Construção – COMAT/CBIC, de 2000 a 2006; e professor do Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Alagoas – CTEC/UFAL – Departamento da Construção Civil e Transportes (SST). Por todas as funções desempenhadas e por suas qualidades pessoais, não podemos deixar de aplaudir o Dr. João Teixeira Cavalcante Neto, inclusive, por sua jovialidade, constituindo-se num exemplo a ser seguido pela mais nova geração de engenheiros alagoanos. Portanto, é para ele que dirigimos os nossos mais calorosos aplausos. Parabéns!!! MatériaPrima. Edição 15 | {45}
Religião
A
história de Nossa Senhora Aparecida tem início em 1717, quando, na Vila de Guaratinguetá, chegou a notícia que o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida, e Portugal, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais passaria pela vila com destino à cidade de Vila Rica. Os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves foram, então, convocados pela Câmara para providenciar a aquisição de deliciosos peixes do Rio Paraíba para um banquete que seria oferecido àquela autoridade. Depois de muitas tentativas sem êxito, dirigiram-se para o Porto Itaguaçu. João Alves lançou a rede e pescou o corpo de uma imagem desprovida de cabeça. Lançou a rede, novamente, e apanhou a cabeça de imagem. Da terceira tentativa em diante, os peixes chegaram abundantemente para os humildes pescadores. Durante os quinze anos seguidos, a imagem ficou em poder da família de Felipe Pedroso, que a levou para casa, local onde a vizinhança se reunia para rezar. Muitas graças foram alcançadas e a notícia começou a se espalhar. A devoção {48} | MatériaPrima. Edição 15
crescia a cada dia e os milagres se sucediam. A fama dos poderes milagrosos de Nossa Senhora começou a atingir todo o Brasil. Era grande o número de fiéis vindos das demais regiões do País em busca de milagres para a cura de seus males. A família construiu um oratório que logo se tornou pequeno e, em 1734, o vigário de Guaratinguetá construiu uma capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública no dia 26.07.1745. Devido ao incremento significativo de fiéis, em 1834 foi iniciada a construção de um novo templo, a atual Basílica Velha, ainda hoje existente em Aparecida. Em 1894, chega à Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação de Missionários Redentoristas para trabalhar no atendimento aos romeiros que vinham àquela cidade em busca de “Nossa Senhora Aparecida das Águas”. Em 8 de setembro de 1904, a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi solenemente coroada por Dom José Camargo Barros e a Igreja recebeu o título de Basílica Menor. Vinte anos depois (17.09.1928), a vila que se
formara em volta do Morro dos Coqueiros recebeu o título de cidade, tornando-se município do Estado de São Paulo. Em 1929, Nossa Senhora foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial, por determinação do Papa Pio XI. Em 1955, no dia 11 de novembro, inicia-se a construção de uma nova Basílica devido ao aumento sempre crescente de romeiros. Em 1980, ainda em construção, a Basílica foi solenemente consagrada pelo Papa João Paulo II e, em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou a Basílica de Aparecida como “Maior Santuário Mariano do Mundo”. A difusão do culto à Nossa Senhora Aparecida é algo extraordinário. No Brasil, são várias as cidades, vilas, povoados, bairros, paróquias e capelas que receberam essa denominação. São inúmeras as Aparecidas, nome de batismo de várias crianças do sexo feminino; inúmeros, também, os milagres e graças recebidas. Na verdade, a Virgem Morena se caracteriza pela brasilidade da sua cor e pelas características especiais do surgimento de seu culto.
Festas & Festas por Jacira Leão
colunajessica@hotmail.com
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Festas & Festas por Jacira Leão
colunajessica@hotmail.com
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Festas & Festas por Gigi Accioly
Em um ambiente cuidadosamente decorado, foi inaugurado, no dia 23 de novembro, no bairro de Ponta Verde, o HOSPITAL VIDA
A
solenidade de inauguração do Hospital Vida contou com a presença de autoridades e figuras importantes da sociedade. Entre ruídos de taças, os convidados comentavam sobre a infraestrutura do hospital, que é referência no Nordeste. Sob a direção dos médicos nefrologistas, Miguel Arcanjo Barbosa e João Cubas, o mais novo hospital do Estado está equipado com uma moderníssima UTI com 10 leitos, centro cirúrgico de grande complexidade, serviço de hemodinâmica, enfermaria com 24 leitos, além do setor de nefrologia que atende a 3.800 hemodiálises por mês, além do serviço de radiologia, com tomografia computadorizada, mamografia e radiologia digital.
Os doutores: Alexandre Toledo, Ednaldo Vasconcelos e Miguel Arcanjo Barbosa, no momento da inauguração. {62} | MatériaPrima. Edição 15
Dr. Alan Barbosa, Alexandre Toledo (Secretário Estadual da Saúde de Alagoas) e Ednaldo Vasconcelos (Secretário Adjunto da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió).
Dr. João Cubas com seus filhos Augusto e Maria Eduarda, e sua mãe Ester Cubas.
A felicidade de Eliane Acerb Barbosa, ao lado dos filhos, Andrei (e) e Erick (d).
O casal Branca Rosa e Arnaldo Calheiros
Dr. Miguel Arcanjo Barbosa, Dr. José Wanderley, Dr. João Cubas, Andrei Barbosa, Eliane Acerb e Ester Cubas, na solenidade
Drs. Miguel Arcanjo Barbosa e João Cubas descerram a placa inaugural
O secretário da saúde de Alagoas, Alexandre Toledo, o presidente do CRM/AL, Fernando Pedrosa, o secretário adjunto da saúde de Maceió, Ednaldo Vasconcelos, Dr. José Wanderley e o provedor da Santa Casa de Maceió, Humberto Gomes de Melo
Luís Fernando Vasconcelos e Júlio Barbosa
Dr. Miguel Arcanjo Barbosa e o Secretário Adjunto da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió, Ednaldo Vasconcelos
Dr. Miguel Arcanjo Barbosa, sua senhora Eliane Acerb e seus filhos Andrei(e) e Erick(d)
Dr. João Cubas e Dr. Miguel Arcanjo Barbosa MatériaPrima. Edição 15 | {63}
Crônicas
por Des. James Magalhães
A
lguém viu, registrou e passou para as gerações futuras a inscrição inserida num pórtico de uma quinta, datada do século II, dizendo: “O mundo inteiro oferece uma casa aos homens que amam a amizade: a Terra”. Sabe-se que a palavra amizade tem sua origem no latim – amicus, que significa a relação afetiva entre duas pessoas, sem qualquer característica romântico-sexual, mas de vital importância à espécie humana, principalmente. A legenda traz como mensagem de fundo o amor que deve existir entre os habitantes da mãe-terra, o amor capaz de sacrificar a própria vida pelos amigos, conforme fora pregado por Jesus: “Nenhum amor pode ser maior que este, o de sacrificar a própria vida por seus amigos.” É o que observamos em nosso dia a dia, ou seja, a cada instante estamos a maltratar a natureza que nos é dada pela mãe-terra como nossa casa, de graça, sem nada cobrar. Mas a mãe-terra nos ama tanto que nos permite continuar sendo seus habitantes. Assim, a partir do ensinamento divino e da concordância da natureza, somos todos levados a uma vida alegre, embasada no diálogo, na interação, na amizade. Não fomos criados para o isolamento, para a escuridão. Temos o dever de nos comunicar e de nos entender para sermos felizes. Sabemos que não é fácil a nossa convivência, mas também {64} | MatériaPrima. Edição 15
não é impossível. Precisamos ter e preservar a amizade, para termos uma vida plena de amor e alegria. O grande filósofo grego, Aristóteles, diante dessa realidade, dissera, em sua famosa obra, Ética a Nicómaco: “Sem amigos ninguém escolheria viver, ainda que houvesse outros bens”. Portanto, amizade é bem inventariável, pois é sentimento pessoal e personalíssimo, que não pode ser passado adiante. Fazer e conservar amizade são fundamentais para o nosso viver bem, mesmo sabendo dos dissabores e das decepções que podemos vivenciar em nosso ego, principalmente quando a pessoa que elegemos como amigo apresenta comportamento totalmente divorciado da amizade, como: deslealdade, desconfiança e
total ausência de amor, além de outros. Como cristãos, não podemos viver no inferno da solidão. Temos, sim, que vencer o avesso da ética, perdoando e amando, sempre, se assim for necessário. O exercício do sentimento da amizade nos fortalece e encoraja para uma vida social, familiar e funcional mais humana e fraterna. Com certeza não podemos viver, escrever e cantar como Roberto Carlos, quando diz:”... amigo, você é o mais certo da horas incertas”. Todavia, não podemos desanimar, pois “a amizade é uma virtude, e é a coisa mais necessária à vida”, segundo nos ensina e conforta Aristóteles, em sua obra já referida. Finalizo, conclamando a todos a ir em frente, pois cada um de nós compõe a sua história.
Crônicas
por José Romero Nobre de Carvalho jose.carvalho@sebsa.com.br
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L
ogo no início de agosto, num domingo, eu e minha família decidimos almoçar em um restaurante na Barra Nova. Gostamos dali, à beira da lagoa, onde se tem um bom serviço e uma música deliciosa. Chegamos e logo fomos instalados bem próximos à orla lagunar, onde as crianças puderam brincar, remexendo a areia para encontrar filhotes de caranguejos, enquanto eu e minha mulher deliciosamente curtíamos aquele momento, fazendo planos e compartilhando ideias. O movimento de clientes saindo e chegando era bem intenso e chamou-me atenção a aproximação de uma família que chegava. Eram muitos! Ali eu vi três gerações chegando e – interessantemente - muito juntos. Apoiavam os avós com carinho e muito cuidado. Havia adolescentes que cuidadosamente conduziam o avô, que me pareceu ser cego. A avó, também amparada, puxava o pequeno cortejo em direção à mesa. Acomodados e atendidos, a família me chamava a atenção e muito. Não por outra coisa, mas pela união, afeto e cordialidade entre eles. O tempo ia passando e entre a atenção dispensada aos meus e à deliciosa conversa com a esposa, mesmo que disfarçasse, o meu olhar era atraído para a família. Foi em um olhar desses que pude testemunhar uma cena de carinho que quero compartilhar, por nos fazer pensar e refletir: o pai dos adolescentes abraçava e carinhosamente apoiava a cabeça no ombro de um filho ainda adolescente. Esse jovem visivelmente recebia o afeto com alegria e retribuía com os braços depositados no ombro do pai. Que cena terna e linda! Um exemplo de amor e sem essa história de “pagar mico”. Uma troca de carinho entre pai e filho.
“Escrevo este ensaio com objetivo único de convidá-los a ter domingos em família. Mas não só isso. ” Esse quadro ainda foi ilustrado com a cena de duas adolescentes que se posicionaram para fotos que certamente seriam postadas em rede social com a legenda: “Domingo feliz em família”, ou
algo parecido. Que beleza! Só não senti inveja, no sentido mais puro, porque também estava com a minha família e também trocávamos carinho. Que maravilha! Como é bom o amor em família. Como nos consolida como pessoa e como nos dá segurança. Entre um pedido e outro, um petisco e uma música, o ambiente daquela família me provocou uma inevitável reflexão: no mundo de hoje, estamos negligenciando o amor à família. Entendam... Amamos nossos filhos e esposa/marido, mas estamos sem tempo para eles. Mesmo no domingo, os compromissos sociais, o futebol, o cinema no Shopping, o encontro com amigos e tantos outros pequenos prazeres estão nos tirando de nosso convívio familiar. O domingo não está sendo reservado à família e precisa estar! Quando é que as nossas crianças irão sentir-se acolhidas e seguras? Quando irão trocar afeto com os pais? Durante a semana é trabalho, escola, tarefas escolares, reuniões de trabalho, academia, banco etc. O
domingo é para a família. Vamos eleger isso! Mas não pensem que estamos descobrindo a fórmula mágica, pois sempre foi assim. Não se lembram? Eu não esqueço dos meus domingos em família. Havia espaço para tios e primos. Meu pai colocava música, petiscava antes do almoço e eu ia à padaria comprar a coca-cola família. Era minha missão. Escutávamos música (Luiz Gonzaga – meu pai era um pernambucano apaixonado!) e, no final da tarde, já quase à noite, íamos à Missa na paróquia. Escrevo este ensaio com objetivo único de convidá-los a ter domingos em família. Mas não só isso. Aproveitem esses momentos para realizar, principalmente com os filhos, trocas afetivas que certamente impactarão a vida deles e trarão para vocês uma felicidade enorme. Amem os seus filhos e digam isso a eles. Tenho certeza de que tamanha segurança transforma essas crianças e adolescentes em adultos felizes e futuros pais de família. Estamos Juntos! MatériaPrima. Edição 15 | {67}
Crônicas
por Gal Monteiro galmonteirofenix@gmail.com
Depois de colocar em pauta o Velho Chico, no espetáculo Retrato Cantado São do São Francisco (2008), o Coretfal retorna ao palco com Baião de Dois, um tributo ao centenário de Gonzagão, explorando outras linguagens artísticas, mas com o mesmo olhar apaixonado sobre os Nordestes dos Brasis. Baião de Dois, já de início, sugere alguma forma de plural. Dois pode, muito bem, ser o sinônimo de mais, muito mais de tudo que os sentidos têm permissão para capturar. Escolhemos, por isso, resgatar memórias: individuais, coletivas, passadas, presentes, futuras. Sim, porque a cada revelação, o presente se torna passado; o futuro vem correndo saber do que se trata; e o passado fica ali, permeando nossas incursões pelo tempo/espaço da arte nossa de cada dia”. É dessa forma que a maestrina Fátima Menezes, regente do Coretfal (Coral do Instituto Federal de Alagoas), define o novo espetáculo do grupo que estreou no dia 21 de novembro, no projeto Teatro Deodoro é o maior barato. O espetáculo lítero-musical é um tributo ao centenário de Luiz Gonzaga, produzido pelo IMAM – Instituto Maria Augusta Monteiro e lotou o teatro Deodoro tanta na estreia, quanto na apresentação do dia 29, no mesmo palco, e na edição de encerramento de 2012 do projeto Concerto aos Domingos, do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. O público, visivelmente emocionado, aplaudiu de pé e pediu bis. A fanpage do grupo, no Facebook, foi tomada por comentários generosos. Só para citar alguns: o arquite{68} | MatériaPrima. Edição 15
to Tom Ferreira disse: “Eu estive lá e pude ver um espetáculo de primeira qualidade feito por alagoanos para o mundo. A obra de Luiz Gonzaga cantada, contada e perpassada por depoimentos pessoais e muita emoção, com uma banda afiada e arretada, mais o Xameguinho do Acordeom. Isso é mais um espetáculo com o selo de qualidade do Coretfal!”. O músico Júnior Bocão celebrou assim: “uma noite emocionante, tocante! Que felicidade ter vivenciado esta noite! Que orgulho. Parabéns a todos!”. O professor e radilista Givaldo Kleber exclamou: “Foi lindo demais!”. O diretor de programas da TVE, Herivaldo Ataíde, pontuou: “foi um dos melhores espetáculo deste ano recheado de bons trabalhos. Parabéns a toda a equipe do Coretfal”. A empresária Gianna Perrelli explodiu: “meu testemunho? Maravilhoso, espetáculo alagoano! Depoimentos emocionantes e verdadeiros num roteiro surpreendente. Afinal estávamos falando da alma do nosso nordeste e de como ele, Luiz Gonzaga, assim o descreveu. Parabéns a todos!”. A justa homenagem do grupo – hoje com 37 anos de atividade na música coral, reunindo várias gerações de cantores – ratifica a antiga admiração pelo Rei do Baião, já expressa no repertório de
espetáculos anteriores: Canto por todos os cantos (1998), Ecos – Brasil 500 anos (2000) e Retrato Cantado do São Francisco (2008). Portanto, ao se engajar nas celebrações do centenário de Gonzagão, o Coretfal reafirma o foco na MPB e no folclore nordestino que o caracteriza na cena musical alagoana. Baião de Dois conta com a parceria do IFAL – Instituto Federal de Alagoas e tem apoio cultural da Secretaria de Estado da Cultura, Sesi, Sebrae, Instituto Cultural Bloco Pinto da Madrugada, Bodega do Sertão, Bona Sorte e IZP – Instituto Zumbi dos Palmares, sem os quais tornar-se-ia impossível produzi-lo, na forma respeitosa e cuidadosa como foi apresentado ao público. O espetáculo foi gestado por quase um ano, de forma colaborativa e dialógica, envolvendo diretamente cada integrante do coro desde a pré-produção onde se insere pesquisa bibliográfica; palestras de profissionais da área de música sobre a trajetória e musicografia do homenageado; e viagem monitorada à cidade de Exu, sertão de Pernambuco, onde foram realizadas entrevistas com personagens ligados a Luiz Gonzaga e visitas a lugares emblemáticos na vida e obra desse ilustre nativo. “A partir dessas experiências enriquecedoras, o grupo constituiu a equipe
de trabalho com quem elaborou o roteiro do espetáculo; definiu repertório, figurino e identidade visual; elaborou textos; e realizou leituras dramáticas das letras”, assegura Fátima Menezes. Baião de Dois tem direção e roteiro de René Guerra; direção musical e regência de Fátima Menezes; direção de arte, iluminação e cenografia de Eris Maximiano (Ideia Concreta Arte Design); preparação corporal e coreografia de Isabelle Rocha; figurino de Mari Jatobá; maquiagem de Alex Cerqueira. A preparação vocal está sob a responsabilidade do trio Bruno Sandes, Felipe Oliveira e Jackson Ferreira; o projeto gráfico e animação são assinados por Silvano Almeida (Promarka), as ilustrações ficaram sob os cuidados de Paulo Caldas e os créditos da fotografia de divulgação vão para Gian Gadotti. A assessoria de comunicação ficou por nossa conta. Em cena, 32 cantores e os músicos Xameguinho (sanfona), Ebenézer Bernardes Correia Silva (violino), Gama Júnior (percussão e flauta transversal), Mestre Gama (pífano), Roberi Rei (percussão), Rodrigo Cardoso (violão) e Danillo Tenório (baixo), propondo, por meio do canto coral – aliado à dança, teatro, poesia, projeções, indumentárias peculiares, depoimentos e outras linguagens artísticas – evidenciar o trabalho de um artista que mostrou ao Brasil um Nordeste até então desconhecido. O repertório inclui músicas de autoria de Luiz Gonzaga e parceiros, como Légua Tirana e Assum Preto (Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga), além de outras que remetem a gêneros musicais e textos poéticos que marcam a presença do Nordeste no universo cultural brasileiro. Xaxados, xotes, forrós, maracatus, lundus, toadas e baiões serão apresentados na forma de canto coral, com coreografias e cenários que destacam a importância desses ritmos na formação da Música Popular Brasileira. “O gesto coreográfico é um dos pontos marcantes da montagem, corroborando a tradição artística do grupo que tem como característica, entre outras, a comunicação também através da expressão corporal”, afirma Isabelle Rocha.
BAIÃO DE DOIS:
DIVERSIDADE E SINGELEZA O Nordeste é região de muitas facetas que guardam em seu movimento interno, diferentes países e linguagens, mas há quem o enxergue como massa geo-política-cultural homogênea. Ledo engano: é justamente a pluralidade melódica, rítmica e harmônica das composições; a densidade da poesia, dos sabores, cheiros e texturas; o jeito singular do fazer à mão; a música dos sotaques; a multiplicidade de feições e maneiras de convivência que o distinguem enquanto cidadania marcada pela diversidade. Há um Nordeste que se esgueira nas matas; outro entocado no sertão; mais um mergulhado no azul-turquesa do litoral e no leito de rios e lagoas que ensopam a terra e imprimem seu distintivo no modo de ser de seus viventes. Existe um Nordeste que nasce, trabalha, vive e morre no interior. E há o que se expõe na urbanidade e contracena com a novidade, transformando-a e transformando-se. É dessa liga que o Nordeste é feito. Pois bem, no 13 de dezembro de 1912 nasceu, lá em Exu, um menino cuja sanfona e garganta forte e afiada trouxeram tudo isso à tona. 100 anos depois, o fole ainda resfolega, ainda ronca. Luiz Gonzaga do Nascimento está por aqui e por aí, mais que divulgando, traduzindo o Nordeste em todos os seus possíveis dialetos. O espetáculo é calcado no movi-
mento cultural dialético suscitado por Gonzagão que, tendo origem em um povoado distante dos grandes centros, findou aportando em casas de espetáculo internacionais, constituindo-se entendimento transcontinental. Todos os muros haviam sido transpostos pela singeleza e genialidade singulares de sua música com parceiros da estirpe de Humberto Teixeira e José Dantas, por exemplo. E as coisas se mantêm assim, a despeito da ausência material desses artistas; a despeito da passagem do tempo. Na opinião de Eris Maximiano, “o título do espetáculo, Baião de Dois, remete à variedade de motivos e valores – alguns desses, presentes na obra de Gonzagão, outros, depreendidos pelos realizadores, a partir de observações e vivências nativas que agregam saberes aos sentidos primitivos”. Motivos, na verdade, não faltam para justificá-lo. O baião – como se sabe, gênero musical, dança, reunião festiva e, posteriormente, música homônima (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira, 1946) – é também um dos pratos mais saborosos e tradicionais da culinária nordestina que reúne o feijão e o arroz, considerados complementares nos cânones da nutrição e ingredientes imprescindíveis nas mesas brasileiras. Evoca, também, o diverso e a convivência harmônica de cores opostas – o branco e o preto – e lembra que baião é dançado, preferencialmente, a dois: “se o baião é bom sozinho, que dirá baião de dois”. A música de Gonzaga e TeixeiMatériaPrima. Edição 15 | {69}
ra convida para a degustação desse prato cheio de sustança, que originalmente alimentava os vaqueiros cearenses em suas empreitadas – é também um mote cheio de bem-humorada malícia, na alusão à dança que se dança agarradinho, nos bailes, forrós e feiras nordestinas. No entanto, não se pode reduzir a obra de Gonzagão à condição de regional, como sinônimo de segmento, separação. Ela é, na verdade, uma experiência prazerosa de universalização. Portanto, Baião de Dois é uma história poético-musical que une quadrantes; que fala de encontros; ratifica a veia artística do Nordeste, exibindo a enorme influência desse sanfoneiro-mor sobre várias gerações de artistas de todo o país. Para René Guerra, “essa identidade traz no seu destino o ´Sertão` como marca. O que não sabíamos era que existia o Sertão de dentro, aquele Sertão emocional, que nos ligava a todos, independente de ter nascido nordestino. O baião foi o ritmo mais pop que a cultura brasileira já produziu. Essa genialidade vem da imagem do ´Vaqueiro do Cangaço`, criada por Luiz Gonzaga. Baião de Dois – a partir de uma estética contemporânea que integra diferentes elementos humanos, artísticos e tecnológicos – busca encontrar o momento em que o ritmo nasceu, juntando várias características daquele que, até então, era chamado de homem nortista, transformando-o em homem Nordestino com ‘N’ maiúsculo”.
MEMÓRIAS NAS ONDAS DO RÁDIO A relevância do rádio na divulgação da obra de Gonzaga e parceiros, Brasil afora, é outra referência significativa, na construção de Baião de Dois. Numa época em que a comunicação telefônica era incipiente, o transporte terrestre ainda extremamente precário a internet não era sequer projeto, o rádio reinava absoluto como canal de disseminação de notícias, valores, costumes e, de modo emblemático, do trabalho de artistas a quem transformou, gradativamente, em celebridades. “Um traço de melancolia, de {70} | MatériaPrima. Edição 15
vazio infinito e de saudade nos conectou ao baião, que invadiu as casas, propagado pelo rádio”, diz René Guerra. É desse tempo, a participação do jovem Luiz Gonzaga no programa Calouros em Desfile, da rádio Tupi, apresentado por Ary Barroso, onde tira nota máxima e conquista o primeiro lugar com a música “Vira e Mexe”. Algum tempo depois, migra para a rádio Transmissora, onde trabalha com Zé do Norte, no programa A Hora Sertaneja. É também esse veículo, por intermédio do então radialista Paulo Gracindo, da Rádio Nacional, que torna público o apelido “Lua”, invenção de Dino Sete Cordas por conta do rosto arredondado de Gonzaga. Outro episódio bizarro, que teve o veículo como porta-voz, foi o boato que Carlos Imperial espalhou afirmando que os Beatles teriam gravado Asa Branca. As emissoras de rádio de Pernambuco também foram bastante eficientes na divulgação do baião e de Luiz “Lua” Gonzaga. O rádio, como motor de tantas lembranças, é também o fio condutor da característica que melhor anuncia as intenções de Baião de Dois: o entrelaçamento entre a trajetória musical de Gonzagão e as reminiscências pessoais de cada integrante do Coretal. A concepção do espetáculo está baseada em um processo onde todos os participantes construíram e externaram, para todo o grupo, memórias vivenciadas ou herdadas que tivessem alguma relação com Luiz Gonzaga, com o baião e/ou com o entorno desses ícones. Baião de Dois é, portanto, um espetáculo de celebração da memória como elemento fundamental da encenação. “O nome sugere, já de início, alguma forma de plural, de coisas que os sentidos nem têm permissão para capturar. Escolhemos, por isso, resgatar memórias: individuais, coletivas, passadas, presentes, futuras. A cada revelação, o presente se torna passado; o futuro vem correndo saber do que se trata; e o passado fica ali, permeando nossas incursões pelo tempo/espaço, um jeito de fortalecer laços de ternura e elementos das identidades culturais desse Nordeste multiforme, multilíngue, mul-
tiamoroso. Um baião de muitos”, filosofa Fátima Menezes. Segundo René, “essa imagem é evocada no espaço privado da encenação e nos liga a todos em uma homenagem a nossa ancestralidade”. E Gonzagão, esse jovem centenário, ratifica: “Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão, as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor. Que foi honesto, criou filhos, amou a vida. Que viveu feliz por ver seu nome reconhecido por outros poetas, como Gonzaguinha, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Alceu Valença. Gostaria que lembrassem que sou filho de Januário e dona Santana”. Em Baião de Dois, ele é lembrado exatamente assim, pela força de suas memórias que viraram poesia e música e nos legaram 627 músicas em 266 discos. E, como diz René Guerra: “no final desta jornada, nos reencontramos todos no finalzinho da tarde, papeando na cozinha com o olhar cheio de gratidão e amizade, para o cuscuz e o café da noite, ao som que vocês já sabem de quem”. Essa mesa, simbolicamente posta por René Guerra, deve seguir alimentando muita gente, Brasil e mundo afora, e saciando a sede de fazer justiça à obra desse gênio e aos nordestes. Uns nordestes, diga-se de passagem, muito mais citados pelas mazelas políticas e catástrofes (não tão naturais assim), que pelo lirismo e poesia que tem a mesma idade da região, nascida já cantando e recitando versos, a despeito dos contrastes e desmandos coronelistas que ainda têm eco nas práticas políticas contemporâneas. “Depois da estreia, cabe-nos a missão, não menos difícil de batalhar por recursos para a circulação do espetáculo. Queremos mostrar Baião de Dois ao Brasil e ao mundo. O mais longe que pudermos ir. Mas principalmente, queremos agradecer e oferecer à cidade de Exu os frutos do nosso trabalho que teve a cidade como uma das fontes de inspiração, tanto por ser a terra natal de Gonzagão, como por continuar cultivando o amor pelo filho de Januário e Santana”, diz Fátima Menezes. Assim seja!
Crônicas
por Ludmila Monteiro e Rafaela Albuquerque
Fantasmas milagreiros, ladrões de criança e assombrações que pulam carnaval temperam a história e cultura da Maceió sobrenatural
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oincidência ou não, sempre tem acidente quando o bloco sai à meia-noite”. Vaneci da Costa Silva, 32 anos, faz a declaração com a firmeza de quem testemunha um fato concreto. Há quem encontre razões para contra-argumentar que, em plena sexta-feira de carnaval, é de se esperar que haja delitos no trânsito, incitados pelos excessos da festa, e que o caso do último carnaval, em que um motorista embriagado atropelou 18 foliões, iria acontecer mais cedo ou mais tarde, considerando-se o horário, local e período do ano. Vaneci admite que sim, é de se esperar, mas repete o mantra outra vez, com o mesmo tom seguro na voz: “coincidência ou não, o fato é que aconteceu bem perto daqui”. Perto do Cemitério Nossa Senhora da Piedade, onde se encontra o túmulo de Carolina de Sampaio Marques, túmulo diante do qual Vaneci e sua irmã, Vanúsia, de 20 anos, se encontravam naquele dia de Finados – o túmulo da personagem que dá o nome ao bloco de carnaval a que ela se refere, a ‘Mulher da Capa Preta’. {72} | MatériaPrima. Edição 15
“Que foi verdade, foi, o pessoal mais antigo conta.”, ela fala. “É caso verídico, mas é de muito tempo atrás”. Difícil encontrar em Maceió quem não tenha ouvido ao menos uma versão da história. Carolina de Sampaio Marques, ao que consta, morreu aos 52 anos, sem nunca ter casado, pois muito nova contraiu tuberculose, o que a impedia de sair de casa para ir aos bailes frequentados pelas moças solteiras das primeiras décadas do século passado. Segundo os relatos, alguns anos depois de sua morte, no entanto, um jovem rapaz conheceu uma bela moça num desses bailes, com quem dançou até o momento em que ela insistiu em partir, admitindo ter saído de casa contra a vontade dos pais por estar adoentada. O rapaz tentou convencê-la a deixar que ele a acompanhasse até em casa e, após muita insistência, a moça consentiu. Como estava frio e a jovem aparentava estar doente, ele lhe emprestou a capa preta que trazia. Despediram-se, com a promessa de que ele voltaria no dia seguinte para buscar a capa. Bem cedo no
outro dia, o rapaz seguiu até a casa da família dela, que vivia no bairro do Prado. Ao chegar, perguntou à senhora que o atendeu à porta sobre a moça e a capa, chamando-a pelo nome que ela dissera na noite anterior e causando, sem intenção alguma, grande consternação. Carolina havia vivido naquela casa, sim, mas falecera anos antes, quando já não lembrava a jovem que ele encontrara no baile. Aturdido, o rapaz recusou-se a acreditar de início, julgando ser algum tipo de peça que lhe pregavam, então a família aceitou acompanhá-lo ao cemitério de Nossa Senhora da Piedade, onde a moça estava enterrada. Ao chegarem ao local, para grande surpresa de todos, encontraram sobre o túmulo a capa preta, que o jovem vira pela última vez nos ombros da moça morta. Essa é, provavelmente, a história de assombração mais conhecida da cidade, a que, entre bloco de carnaval e pedidos feitos em dia de Finados, teve maior repercussão. Ainda assim, a moça da capa preta não é o único ‘fantasma’ de Maceió, cidade que, a des-
peito do sol e do mar que lhe dão a fama de paraíso das águas, abriga, entre a orla marítima e a lagunar, outras curiosas e assustadoras histórias sobrenaturais. Afinal, cresce a cidade, crescem as necessidades dos vivos e dos... mortos.
hoje, moram na Casa dos Pobres, o menino teria cumprido sua promessa. ‘Beatificado’, ao menos pelos católicos mais antigos da cidade, Petrúcio atrai, todos os anos, muitos devotos e curiosos até seu pequeno mausoléu no Cemitério de São José, decorado com ex-votos e placas indicando ‘graças alcançadas’. Funcionário do Piedade há 15 anos, o coveiro José Américo inicialmente disse não ter muitos casos sobrenaturais a relatar. Em seguida, dispara com este: “Em um sepultamento que fiz há alguns anos. Eu empurrei o caixão dentro da gaveta do túmulo, e ele voltou. Empurrei mais uma vez, e ele voltou de novo. Houve uma comoção geral: as pessoas pensaram que o defunto estava vivo, mas quando retiramos o caixão da sepultura para arrumar, vimos que ele estava grudado na tampa do caixão”, conta. E José Américo cita também o caso de um colega: “Ele disse que viu um homem de branco, sentado em um túmulo atrás da igreja, fumando um cigarro”; mas se apressa em emendar: “Eu mesmo estava ao lado dele e não vi nada”.
ZONA ESPIRITUALMENTE CARREGADA Consta que o primeiro cemitério do bairro do Prado foi criado para se enterrar as vítimas da varíola. Hoje, no bairro, ficam os dois maiores cemitérios da região. O de Nossa Senhora da Piedade, fundado por volta de 1860, é o local de sepultamento de muitos membros das mais tradicionais famílias alagoanas, muitos dos nomes nas lápides reconhecíveis em ruas, avenidas e instituições públicas e privadas de Maceió, como, por exemplo, Sebastião da Hora e Jayme de Altavila. Já o de São José, conhecido como ‘Cemitério do Caju’, também é datado do século 19, é local de descanso dos mortos da população mais pobre da cidade. Há quem diga que, com os dois cemitérios e, de quebra, o Instituto Médico Legal, o bairro do Prado seja parte da zona mais ‘espiritualmente carregada’ da cidade de Maceió. Certamente sua organização e geografia, com praças, construções e estações frequentadas por gente mais velha e supersticiosa, são propícias para a criação de histórias que aproximam as pessoas da decadência da morte e dos mistérios do além. Exemplo claro é o da própria história da Moça da Capa Preta. Seu túmulo no cemitério da Piedade é o mais visitado em época de Finados, seja pelos curiosos, seja pelos devotos, como Milton da Silva. O estudante do curso de Química da Universidade Federal de Alagoas conta que muitos têm o hábito de limpar o túmulo de Carolina e ali deixarem velas e flores: “Teve gente que já fez pedido aqui e aconteceu. É como se ela fosse um espírito de luz”.
HISTÓRIAS DE DEVOÇÃO Bairro antigo, cujas ruas e construções lembram cidades do interior alago-
MENINA DAS FLORES
ano, com vizinhos de porta conversando na calçada ou jogando dominó, o Prado parece fazer surgirem, de fato, sedutoras histórias de mortos como a de Petrúcio Correia, o ‘Menino Petrúcio’. Falecido em 1938, aos 11 anos, de tuberculose (ou febre tifoide, segundo algumas fontes), o garoto residia na Casa dos Pobres, asilo para idosos existente até hoje e que, na época, abrigava também famílias necessitadas. Ao que se diz, Petrúcio era muito religioso e obediente e teria dito à mãe, em seu leito de morte, que queria ir para o Céu, de onde poderia ajudá-la e também ao asilo. De acordo com os que, ainda
De Petrúcio e Carolina, restam apenas detalhes enterrados no tempo, mantidos na memória dos mais velhos, e a devoção. Outros espectros menos ilustres não tiveram a mesma sorte e os pormenores de suas histórias se perderam no tempo. É o caso da ‘Menina das Flores’, que a professora Lana Tôrres, 52 anos, acredita ter desaparecido de vez nas histórias populares. “Eu escutei esse caso na mesma época que soube de Carolina; inclusive, é uma história do mesmo cemitério, mas não lembro os detalhes. E acho que ninguém mais se lembra”, conta. É possível talvez uma associação entre a história da ‘Menina das Flores’ e a lenda que circula e deu o nome ao bairro de Santa Amélia, às margens da Lagoa Mundaú. Diz-se que a menina Amélia, que viveu na segunda metade do século 19, era filha do dono de uma vacaria na região chamada Chã da Jaqueira e costumava brincar naquela região, à época, MatériaPrima. Edição 15 | {73}
cercada por matas onde era muito fácil se perder. Um dia, em uma de suas andanças entre as árvores, teria sido estuprada e morta por um dos trabalhadores do pai dela. Quando os pais deram pela falta da menina, teriam iniciado uma busca pelos arredores. Diz-se que a polícia esperava encontrar o corpo de Amélia guiando-se pelo odor do cadáver em decomposição, mas o que havia nas matas onde a busca estava sendo feita era um cheiro doce, de flores, tão intenso que chegava a deixar tontos os que buscavam a menina. Quando Amélia foi enfim encontrada, numa clareira, seu corpo não estava decomposto, tampouco exalava mau cheiro, e a menina estava parcialmente oculta pelas folhas das árvores. Seus pais, então, teriam construído um oratório no local onde ela foi descoberta, dedicado à santa de mesmo nome da garota. Os moradores da região acreditam que Amélia, tal como o Menino Petrúcio e Carolina de Sampaio Marques, faz milagres e concede graças. A capelinha erguida em sua homenagem recebe visitas até hoje, mais de 100 anos após o suposto ocorrido.
ASSOMBRAÇÕES ESQUECIDAS Tanto quanto os folguedos, o folclore e demais peculiaridades, as histórias de fantasmas fazem parte da cultura local. E as relações entre vivos e mortos, imateriais que sejam, acabam por representar, a seu modo, certa ‘convivência’. Não há sociedade, como diz Gilberto Freyre, no prefácio do seu livro Assombrações do Recife Velho, em que esteja ausente a preocupação dos vivos com os mortos. Talvez por angustiar-se ante a morte, ou por não compreendê-la por completo, o homem sente, ao passo que a teme, uma natural atração por ela, e tece, por isso, histórias que afirmem ou fomentem a crença no post-mortem. Maceió não escapa deste padrão. Talvez em seu passado não figurem revoluções como as que marcaram o Recife de Gilberto Freyre. Quem sabe, por explorar {74} | MatériaPrima. Edição 15
e exportar a obviedade da imagem diurna do trópico, seus fantasmas tenham-se diluído na memória dos mais antigos. No entanto, a história que ronda a cidade e seus engenhos e armazéns, casarios e sobrados, vielas e avenidas permanece viva, à espera apenas de ouvintes que lhe dêem continuidade. São histórias que, de tanto passarem de boca em boca, perderam-se nos detalhes. Que, de tão antigas, não contam com o testemunho de um ser vivo sequer a respeito de sua gênese. Histórias como a de Carolina de Sampaio Marques que, embora seja a mais conhecida das lendas urbanas da cidade, tem a companhia de uma coleção de inventivos e soturnos ‘causos’, mistérios da quase desconhecida Maceió assombrada.
ENTRE MAR E LAGOA Não é incomum que a paisagem natural de uma região sirva de inspiração para que nasçam lendas, histórias contadas por quem cresceu tendo, ao seu redor, um determinado cenário. Exemplo fácil no Nordeste é o conto difundido na região do Vale do São Francisco, do Nego d’Água, criatura metade homem e metade anfíbia, que afunda os barcos e afoga pescadores exceto quando espantado por uma carranca ou acalmado com uma garrafa de cachaça. É talvez um retrato da relação de longa data entre os ribeirinhos e o rio que, como todo o resto da natureza, pode ser fonte ou ocaso da vida. Maceió, terra sobre o alagadiço, também carrega inúmeras histórias entre mar e lagoa. Suas praias são cenários de contos estranhos, como aquele que narra a crença de que a Cruz das Almas (daí, a razão para o nome curioso do lugar) teria sido um antigo cemitério de índios onde um casal apaixonado de tribos rivais foi sepultado, após ter sido sacrificado... os nossos Romeu e Julieta indígenas. Há também os contos de pescadores da Praia da Sereia, sobre o canto que diziam ouvir ao saírem para o mar, o que os teria levado a construir a estátua branca que dá nome à praia e homenageia Iemanjá, marca da herança africana naquelas terras.
Contudo, talvez a mais antiga história seja a que se contava na Levada, das Árvores Encantadas. Da época em que a região da Lagoa Mundaú ainda era mata, quando pescadores e caçadores podiam, de súbito, encontrarem-se perdidos. Lana Tôrres conta que as árvores “encantadas” surgiam “à beira da lagoa e em caminhos desertos” e lhes indicavam o caminho de casa.
LIÇÕES DE SUSTO Seja como uma forma de tecer lições de moral para crianças, para que elas não andem sozinhas por determinados locais, ou pelo sádico prazer de assustar, muitas das histórias urbanas discorrem sobre personagens não tão benevolentes quanto os espíritos milagreiros que criaram fama em alguns dos bairros de Maceió. Sem origem precisa, a lenda do Papa-Figo é um deles, famoso inclusive em todo o Nordeste, com diferentes abordagens, todas elas com o mesmo elemento perturbador... Contam os mais velhos que o Papa-Figo era um homem estranho que se aproximava das crianças mentirosas, as atraía com brinquedos e presentes e as sequestrava para comer-lhes o fígado. Outras versões difundidas em larga escala por Maceió dizem que o homem era acometido de uma doença deformatória, cujo único ‘remédio’ seria ingerir fígados de crianças. Muitas histórias mesclam o Papa-Figo com o Velho do Saco e o Homem do Carro Preto, que ‘sequestravam’ as crianças mal-comportadas ou desobedientes. Não se sabe ao certo se a lenda do Papa-Figo tem algum fundamento ou não passa de uma história do imaginário popular. Para os pequenos maceioenses de algumas décadas atrás, a perspectiva da existência de tais monstros era assustadora. Eram baixos índices de criminalidade e urbanização e raras as famílias que possuíam televisão, o que tornava a rua um irresistível atrativo – talvez a única opção – para as brincadeiras e folguedos. Quando escurecia, o desejo dos pais era de manter os filhos em casa, longe dos estra-
nhos da rua. Muito mais para assegurar a paz de espírito dos adultos do que para evitar imaginárias ameaças à segurança das crianças, que acabavam perdendo o sossego com os pesadelos mais assustadores. Com o tempo, poucos ‘corajosos’ renovavam a fome por brincadeiras na rua, ansiosos por ‘aventuras’ envolvendo os próprios personagens das histórias que continuaram a ser repetidas, saltando da fértil imaginação popular. “Se eu tinha medo? Quem é que não tinha?”, recorda a jornalista Gal Monteiro, que residiu no Prado, da infância até os primeiros anos da idade adulta. “Todo mundo falava do Papa Figo. Era um homem que tinha uma doença que deixava suas orelhas grandes e morava no Recife. Diziam que a única cura para essa doença era comer fígado de criança”. Gal reforça a mescla entre as lendas: “Eu não podia ver um homem com um saco nas costas, que corria pra dentro de casa. Como era muito comum que os mendigos levassem sacos às costas, isso acontecia muito. E minha mãe também não me deixava ir sozinha ao colégio, por medo de um tal homem do carro preto”.
BASEADO EM FATOS REAIS Pode-se dizer que as histórias mais eficazes para despertar o medo em seus ouvintes são aquelas que vêm acrescidas do fatídico ‘baseado em fatos reais’. Uma dessas histórias famosas ocorreu no bairro do Bom Parto, verídica, asseguram os moradores. Foi o caso do padre sem cabeça. Encravado entre o Farol e a Lagoa Mundaú, o Bom Parto é um dos menores – e mais populares – bairros da capital alagoana. Conta-se que a peculiar nomenclatura ‘Gruta do Padre’, um prolongamento do bairro, deve-se à lenda de um padre que se encontrava às escondidas com uma mulher casada, caso do qual todos os moradores dos arredores teriam conhecimento, exceto, é claro, o marido traído. Quando este teria descoberto a traição, assassinou o religioso e fincou sua cabeça numa estaca, no exato local que hoje leva o curioso nome. As pessoas que passavam pelo lugar, reza a lenda, ouviam
gritos de dor e avistavam o fantasma do padre decapitado debaixo de uma árvore. Nem o assassinato nem as aparições foram comprovados, e a maioria dos moradores de hoje parecem não levar muita fé no caso. Não são todos os fantasmas que são acompanhados dos horrores de uma morte violenta; alguns podem ser, aliás, espíritos ‘brincantes’. No bairro da Ponta Grossa, há uma praça famosa por ter sido sempre palco para festas de rua, principalmente de carnaval. Ela é chamada de Praça Moleque Namorador, em homenagem ao famoso carnavalesco que animou as festas do bairro até falecer, em 1949.
Armando Veríssimo Ribeiro era alagoano de São Luiz do Quitunde. Trabalhava como jornaleiro, mas era apaixonado pelo carnaval e uma presença certa no largo que deu origem à praça batizada com seu apelido. O Moleque Namorador venceu vários concursos de passista até morrer de tuberculose no fim dos anos 1940, tornando-se a partir de então patrono da praça erguida nos anos 1960, onde foram encravadas uma placa e uma escultura em sua homenagem. Foi essa a obra simbólica que deu origem a mais uma lenda da Maceió das assombrações, segundo Lana Tôrres: “Eu sei que ele dançava, que ele gostava muito de carnaval. Depois que ele morreu, colocaram uma placa da prefeitura no centro da praça, e diziam que era ali que ele aparecia. Ficava tudo iluminado e não ficava ninguém dos blocos ali, porque algumas pessoas diziam que estavam vendo o Moleque dançar.” Como a praça era, e ainda é, uma parada obrigatória para muitos blocos de carnaval, foi fácil para a história se espalhar pela região. Diferente de muitas outras lendas, inspiradas em acontecimentos violentos e tristes, essa eterniza, por meio do sobrenatural, um personagem alegre e as tradições culturais que o envolve. Se Armando Ribeiro era parte da cultura e história da cidade quando vivo, por que não continuar sendo depois de morto? O mesmo vale para muitos outros fantasmas e espíritos maceioenses; todos eles um reflexo e um retrato de um momento da sociedade. E se houver aqueles que desprezam as histórias ‘sobrenaturais’, é bom informá-los de que, se esperam com isso reprimir os mistérios da Maceió assombrada, eles estão lutando uma batalha perdida. As pessoas precisam de algum mistério na vida e, enquanto houver gente, também haverá histórias inexplicáveis pela razão e alimentadas pelo simples desejo de se imaginar algo mais. Há algo de curioso, inesperado e belo, mesmo no trágico, mesmo nos mortos. E, provavelmente, nosso ‘paraíso das águas’ não ficaria completo sem essa pequena sombra de mistério.
Crônicas
por Isvânia Marques isvaniamarques@hotmail.com
Era madrugada. O silêncio caminhava pelas ruas ao lado do vento frio. Eles testemunhavam os vigilantes de prédios a cochilar em seus postos de serviços; corpos estendidos pelas calçadas e bancos de praça, fazendo o seu pernoite costumeiro, enquanto a sorte não lhes mudava o destino e lhes enchia de esperanças. Emudeciam, invejosos, diante dos sussurros de amantes que fruíam o prazer em parceria da noite já amadurecida por suas experiências, corrompida em seu cenário propício à marginalidade. E a madrugada comia a noite. E entregava-se ao silêncio, nua e fresca. O mar parecia calmo e cúmplice. As ondas não faziam barulho; apenas uma sinfonia harmoniosa embalava suas águas e as convertia em espumas brancas prorrogadas pela areia iluminada pela lua, regente da orquestra que comandava a natureza. Um só transeunte circulava as imediações, àquela alvorada: a insônia. E eis {76} | MatériaPrima. Edição 15
que ela me descobriu em meu quarto, inquieta e em busca do repouso noturno que titubeava em me encontrar. Ali, naquele instante, o pensamento percorreu a estrada da fantasia; deliciou-se com a inspiração momentânea que invadiu o meu raciocínio sonolento. E as palavras dançavam para mim numa coreografia excitante, exclusiva, frenética. E eu, meio tonta, não sabia mais distinguir a realidade da ficção, extasiada diante da magia que inundara o meu espírito. Ameaçou-me, por alguns momentos, a vontade de ir à sala, pegar a caneta e o papel para repassar-lhe todas as ideias que fervilhavam meu juízo. Mas a preguiça não consentiu. A indolência, fiel companheira dos hostis aos estudos, apoderou-se de mim, amarrando-me os braços e as pernas, impedindo-me de qualquer movimento. Tentei guardar em minha memória algumas palavras que me vieram à tona naquele instante. E, durante o duelo travado entre as ideias e a escrita, o cansaço
venceu a batalha e o torpor me levou à decadência de um pobre mortal, condicionado pela inércia devastadora dos acomodados em sua desgraça. O sono surgiu, indevidamente, transformando-me em sua refém. Ao acordar, uma nova luta me aguardava: a tentativa de lembrar daquela circunstância, quando o entendimento iluminado me tomou por inteiro. Inútil. Esqueci que a minha memória é fraca e, agora, cansada por ter guardado tanta informação, já não trabalha como antes. Ao contrário. Castra-me, algumas vezes, da chance de produzir. E a frustração me fez sentir burlada na minha incompetência de registrar o inusitado, e de aprender que o texto é o resultado de um momento solene. Único. Esse foi, com certeza, um dos poucos momentos em que lastimo o que não fiz... (Texto retirado do livro “Enfim sós... eu e a crônica”).
Av. Alvaro Otacilio 4515 - Galeria Passeio JatiĂşca
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Crônicas
por Marcos Davi Melo Sócio Honorário da APALCA - Academia Palmeirense de Letras (Crônica divulgada no jornal “Gazeta de Alagoas”, em 17/11/2012)
O
professor da rede pública, Edmilson Silva, um vigoroso cadeirante, estava elegantíssimo, vestindo passeio completo, a postos lá no fundo do íngreme e superlotado auditório da Casa de Graciliano Ramos em Palmeira dos Índios, museu que é dedicado ao Mestre Graça e que tem ainda vários degraus que dificultam a circulação dos presentes. Mesmo assim, quando o terceiro lugar em prosa foi anunciado o contemplando, ele voou em sua cadeira até a mesa que presidia os trabalhos, sem ligar para os obstáculos, sob o aplauso e o delírio da plateia que lotava o recinto. A entrega desse e de outros prêmios ocorreu sexta- feira da semana passada, na Academia Palmeirense de Letras e Artes (APALCA), e encerrava mais um ano de produtivos trabalhos, com a premiação de estudantes e professores do município que participaram do V Concurso Literário “Profa Rosinha {78} | MatériaPrima. Edição 15
Pimentel”. Presente com meu filho Marcos Virgílio, pude observar como, enfrentando todo tipo de dificuldades, mas com muita dedicação e tenacidade, se consegue - em uma época dessas, quando as escolas se veem ameaçadoramente envolvidas por drogas e violência -, motivar e mobilizar a comunidade escolar para algo tão especial e tão distante das mazelas de nosso tempo, como a literatura. A cada premiação que se fazia, fosse a prosa ou poesia, a plateia entrava em êxtase: palmas; gritos; sob vibração febril, torcidas organizadas por professores e por estudantes. Não imaginava poder existir em época tão dura e difícil como essa, em qualquer lugar do mundo, tamanho espaço para a literatura, principalmente em uma cidade pequena como Palmeira. A professora Isvânia Marques e seus confrades da APALCA, com sua envolvente paixão pela literatura, em muito honram o
nome e a memória do seu patrono maior, o Mestre Graça, que mesmo não sendo em vida um aficionado declarado de academias, era em seu aparente retraimento e secura, um homem movido por sincero e delicado afeto. Não por outra razão declarava: “Comovo-me em excesso, por natureza e por ofício. Acho medonho alguém viver sem paixões”. Com Marcos Virgílio, cedinho voltei no outro dia para Maceió, mas não sem antes passar por recantos e lugares que marcaram a minha infância e fazem parte da minha mais preciosa memória afetiva. Absolutamente convicto que Mestre Graça, caso pudesse estar presente, sentir-se-ia plenamente agraciado com as atividades que ora se desenvolvem na Casa que lhe é dedicada. Os devotados membros da APALCA conseguem provar que a literatura é tão importante para o espírito quanto a atividade física o é para o corpo.
Poetando
por Isvânia Marques isvaniamarques@hotmail.com
CONFLITOS DA ALMA Isvânia Marques Travo a batalha com o tempo Que alucina a minha existência Envolvendo-se na chaminé da história Que esbarra no vai e vem frenético Delírio de minhas pálidas manhãs
Travo a batalha com a notícia repassada Pelas telas coloridas Ou nas páginas sangrentas do jornal Lacrimejando meus olhos incrédulos E sujando de sangue minhas mãos trêmulas
Travo a batalha com a violência que repousa Em ambientes finos e abastados E habita os lares desvalidos Lotados de animais ganindo de medo Mergulhados no deboche de sua sobrevivência
Travo a batalha com a natureza Que cansou de silenciar seus mistérios E grita com fúria desesperada A fadiga de sua luta e de seus anseios No futuro sem esperança de ser amada
Por fim, entrego-me ao cansaço frustrante Que atesta o meu fracasso consciente Diante da realidade cruel e instigante A evaporar os sonhos e a doçura das lembranças, Subordinada ao esquecimento dos mártires.
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INSIGHT Espero agora Que a ilusão Jamais preencha Meu coração Tentava ver Não conseguia O sentimento Me impedia Não quero mais Essa ilusão Doeu profundo No coração Sair de mim Foi ruim demais Amor assim Não quero mais Somente quero Em cativeiro O amor que tenho Por mim primeiro
Valéria Batalha
SENHOR DO TEMPO Elisabeth Carvalho Nascimento As paredes enormes, grossas e o branco mediterrâneo papéis de mil cores desenhos uma afetação pesada e morna O corrimão eterno de ar solene degraus gastos resíduos do rangir nos passos uma geração Quadros empoeirados natureza-morta molduras guardando no amarelado passe partout o vago olhar míope de uma existência Rosas vermelhas de plástico vasos de craquelada louça mesa de refeições seculares A cadeira de balanço de uma vovó do passado esquecida sobre o carcomido tapete Mil feitios de biscuit e o tempo contado na marca da ausência dos vinhos e licores do armário na marca clareada na parede escurecida dos retratos retirados nas teias de aranha que vão dos móveis aos móveis dos móveis ao teto dos móveis ao chão na marca da presença das traças no pano do quebra-luz A cristaleira mundo transparente de vitrais povoado de cisnes porcelanas esquecidas cristais de tantas luzes E a claridade etérea da telha de vidro numa réstia oblíqua penetra na sala na memória empoeirada atingindo a solidão de tantos anos do meu chalé interior.
MINHA POESIA Edson Marques Minha poesia não quer se impor Não almeja ser bonita Não deseja ser grande Não espera elogios Não sonha com aplausos Não anseia alegrias. Minha poesia é um sangramento na alma Que flui torrencialmente. Minha poesia é o dissabor É a dor. Minha poesia é a queimadura profunda na derme. Minha poesia não quer ser dinâmica nem inerte Ela chora Ela grita Ela canta Canções tristes em noites turvas de inverno.
PARA NÃO SER JULGADO ANTES DA CORES DA LÁPIDE NO TÚMULO
Oscar Calixto
Não desejo mudar o mundo, Mas tenho dado a minha contribuição para fazê-lo diferente. Não desejo parecer absurdo, Mas intrigante é como as ideias são absorvidas de maneiras diferentes. Nem sempre sou agudo, Tênue, Profundo. O que desejo é apenas evitar que outros sofram A mesma dor que um dia me fez eunuco. MatériaPrima. Edição 15 | {83}
Tecnologia
por Tágore Cavalcante tahgore@outlook.com
Três games para iOS que você deveria conhecer!
1. Tiny Wings ($0.99): é um jogo bastante simples e encantador. A sua missão é levar o personagem, que tem asas bem curtas, o mais longe possível, antes que a noite alcance você (no melhor estilo carpe diem). Para ajudá-lo, você terá que utilizar dos recursos disponíveis no belo cenário do jogo: elevações que lhe darão impulso e pequenas bolinhas azuis que lhe jogam para cima. Tente também recolher as moedas douradas, cada uma vale 3 pontos. Ir o mais alto possível (tocar as nuvens) lhe darão pontos extras também. Os comandos não poderiam ser mais básicos: toque na tela com seu dedo sempre que o pássaro estiver descendo um vale, isso faz com que ele fique mais pesado e pare de bater as asas, aumentando a velocidade nas descidas e diminuindo nas subidas. Outro ponto que merece destaque é a trilha sonora. É envolvente, calma, e passa uma sensação de tranquilidade ao jogador. Mas tenha cuidado! Não se deixe levar pelo belo cenário (com ótimos efeitos gráficos) e pela “musiquinha”. O jogo pode parecer meio infantil, mas apresenta evolução no nível de dificuldade muito interessante. {84} | MatériaPrima. Edição 15
2. Jetpack Joyride (FREE): Se me pedissem pra resumir esse joguinho em apenas uma palavra, essa seria VICIANTE! O jogo possuí inúmeras características que o tornam fácil de ser jogado, mas que exige certa habilidade, além de uma trilha sonora envolvente e muito bem elaborada. O objetivo é bastante simples: ir o mais longe possível, tendo como único obstáculo você mesmo. O personagem utiliza um jetpack (mochila a jato) que é acionada quando a tela é tocada, fazendo-o levantar voo. Ao soltar, ele é desligado e o personagem volta ao chão. No caminho encontrará vários obstáculos como mísseis e raios-laser. Para ajudar, há vários itens especiais, como veículos que dão a você maior rapidez de locomoção. Há também as moedas que lhe ajudam a comprar vários adereços úteis que melhoram seu desempenho. Quando morre, há um minigame em forma de caça-níqueis, no qual você pode ganhar prêmios que lhe ajudem naquela partida mesmo (como uma vida a mais ou bombas que jogam você metros à frente) ou na próxima (como impulso inicial) além de moedas extras. Há também as missões que lhe rendem títulos.
3. Spirit HD ($0.99): é aquele tipo de jogo que consegue prendê-lo por horas a fio. À primeira vista os comandos podem parecer complicados (e realmente são). Mas nada que alguns minutos de treino na tela do seu Idevice não resolvam. No jogo, você comanda um espírito que interage num plano com retas na horizontal e na vertical. Basicamente, seu objetivo é engolir, através da criação de buracos negros, os mais variados objetos, desde formas geométricas até monstrinhos esquisitos. Para criar os sugadores de matéria, é só deslizar rapidamente o dedo na tela, criando uma figura completa (um objeto curvilíneo, um círculo). Se der certo, o buraco negro será criado e puxará todo objeto que chegue perto. Você tem apenas três vidas. Qualquer contato com um inimigo fará o espírito explodir. O Jogo tem três modos: o Classic, com uma quantidade limitada de criaturas, é o mais fácil. No modo Extreme, a situação muda completamente, você sofrerá muito para conseguir fazer pontuações elevadas. Já o terceiro, Pulse, difere dos outros. A ideia aqui é levar os adversários até a pequenas bolinhas que ativam buracos negros.
Turismo
por Fernando Soares sfs_soares@yahoo.com.br
De pequeno arraial à capital do estado de Minas Gerais e metrópole nacional: Belo Horizonte
O
s ideais de evolução e dinamismo implantados com a república brasileira fizeram com que os mineiros vislumbrassem um futuro de maior destaque a para a capital do seu grande e rico estado. Por outro lado a mudança da capital já figurava entre as atitudes que seriam tomadas com a Inconfidência Mineira, caso tivesse sido vitoriosa. HISTÓRICO DA REGIÃO - O primeiro habitante da região de Curral D’El Rei foi o bandeirante João Leite da Silva Ortiz que, em 1701, chegou a Serra de Conganhas e graças ao clima ameno, terras férteis, fundou a Fazendo do Cercado, dedicando-se à agricultura e criação de gado.. Pouco a pouco um pequeno arraial foi se formando junto a fazenda, graças ao sucesso da agricultura e no trânsito de tropeiros que pó ali passavam. Como prova com crecimento do arraial, ocorreu, em 1750 a confirmação por Carta Régia da Freguesia Eclesiástica do Curral D’El Rei, sendo erguida a Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem. No final do século XIX, Paraúna, Vila Rica, Juiz de Fo{88} | MatériaPrima. Edição 15
ral, Várzea do Marçal, Barbacena e Curral D’El Rei concorriam ao posto de capital de Minas. Depois de longos e calorosos debates na assembléia mineira ficou acertado – em 17 de dezembro de 1893 - que o local mais adequado para a construção da nova capital seria o Curral D’El Rei e seu entorno, região já habitada desde o século XVIII. ORIGEM - A capital, inicialmente denominada de Cidade de Minas, foi inaugurada em 12 de dezembro de 1897, por Bias Fortes, governador do Estado (1894/1898), e foi construída, graças a uma concepção urbanística concebida pelo arquiteto paraense Aarão Reis. No projeto, o arquiteto procurou separar os setores urbanos e suburbanos, do rural, por uma grande avenida, a Avenida Contorno. Grandes e largas avenidas, quarteirões simétricos e um grande parque central constavam no projeto que procurava mostrar uma cidade moderna a exemplo de Washington e lembrasse Paris colocando a jovem capital mineira entre as grandes cidades do mundo.No entan-
to, a realidade foi maior que o sonho e a cidade cresceu mais do que o esperado, ultrapassando a Avenida Contorno e se estendendo pela área rural.
O PLANEJAMENTO - Uma cidade ordenada, funcionando como um organismo saudável esse era o objetivo dos engenheiros e técnicos que idealizaram Belo Horizonte. O projeto criado pela Comissão Construtora foi finalizado em maio de 1895. No centro, o traçado geométrico e regular estabelecia um padrão de ruas retas, formando uma espécie de quadriculado. Mais largas, as avenidas seriam dispostas em sentido diagonal. Esta área receberia toda a estrutura urbana de transportes, educação, saneamento e assistência médica. Abrigaria, também, os edifícios públicos estaduais, federais e municipais. Ali também deveriam se instalar os estabelecimentos comerciais. Seu limite era a Avenida do Contorno, que naquela época se chamava de 17 de dezembro. A região suburbana, formada por ruas irregulares, deveria ser ocupada mais tarde e não recebeu de imediato a infra-estrutura urbana. A área rural seria composta por cinco colônias agrícolas com inúmeras chácaras e funcionaria como um cinturão verde, abastecendo a cidade com produtos hortifrutigranjeiros. A DENOMINAÇÃO - Em 1906, os mineiros inspirados no belo horizonte dos seus sonhos e no local onde esta-
va localizada a capital pediram ao então governador, João Pinheiro da Silva, que mudasse a denominação da capital para Belo Horizonte. PRIMEIROS ANOS - Nas duas primeiras décadas deste século, Belo Horizonte viveu, alternadamente, períodos de crise e surtos de desenvolvimento. As fases de maior crescimento corresponderam aos anos de 1905, 1912-13 e 1917-19. Aos poucos, pequenas fábricas começaram a funcionar na cidade, ampliou-se o fornecimento de energia elétrica, retomaram-se as obras inacabadas, expandiram-se as linhas de bonde, criaram-se praças, jardins e a cidade ganha uma bonita arborização. ANOS 20 - Os anos vinte marcam uma época romântica da história da capital. Entre passeios de bonde e sessões de cinema, entre conversas nos cafés e o footing, a vida seguia alegre. Belo Horizonte era a “Cidade-Jardim”, onde o verde das árvores saltava das ruas e invadia as casas, tomando quintais e pomares. Nesse período, a capital viu nascer, também, a geração de escritores modernistas que iria se destacar no cenário nacional. Carlos Drumond de Andrade, Cyro dos Anjos, Luís Vaz, Alberto Campos, Pedro Nava, Emílio Moura, Milton Campos, João Alphonsus, Abgar Renault e Belmiro Braga,
reunidos no Bar do Ponto, no Trianon ou na Confeitaria Estrela, eram rapazes inquietos que mudaram o panorama da literatura mineira e brasileira. No campo das artes e da cultura, a cidade experimentou um grande desenvolvimento. Enquanto o Teatro Municipal vivia seus anos de glória, novas salas de cinema eram inauguradas como os cines Pathê, Glória, Odeon e Avenida. Em 1926, o maestro Francisco Nunes fundou o Conservatório Mineiro de Música. No ano seguinte, era criada a Universidade de Minas Gerais. Em 1929, fundou-se Automóvel Clube, ponto de encontro da elite belo-horizontina. ANOS 30 - Essa onda de progresso continuou ao longo da década de 30. Na periferia, surgiram novos bairros. Cresceram nessa época Lourdes, Barreiro, Nova Suíça, Gameleira, Renascença, Sagrada Família e Parque Riachuelo. Na arquitetura, surgiram novidades: o primeiro edifício de dez andares e um novo estilo de fachadas. A Revolução de 3 de outubro de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder, também marcou a história da cidade. Como consequência da política de modernização da economia implantada por Vargas, as bases para o desenvolvimento industrial da cidade foram lançadas, criando-se a zona industrial de Belo Horizonte.
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ANOS QUARENTA - NASCE UMA METRÓPOLE - Os anos quarenta trazem a modernidade e dão um ar de metrópole a Belo Horizonte. Nessa época, a capital ganhou várias indústrias, abandonando seu perfil de cidade administrativa. O impulso para isso foi dado pela criação de um Parque Industrial, em 1941. O setor de serviços também começou a crescer com o fortalecimento do comércio. O centro da cidade tornou-se, então, uma área valorizada, principalmente para a construção de edifícios, e passou a sofrer a especulação imobiliária. O grande responsável pela transformação de Belo Horizonte foi o prefeito Juscelino Kubitschek. Com o objetivo de renovar a capital, promovendo um surto de desenvolvimento e modernização, JK realizou diversas obras que projetaram internacionalmente o nome da cidade. A mais importante delas foi o Complexo Arquitetônico da Pampulha inaugurado em 1943. Desenhado pelo jovem arquiteto Oscar Niemeyer, o complexo era formado por quatro obras principais a Igreja de São Francisco de Assis, a Casa do Baile, o Cassino e o Iate Golf Club instaladas às margens da lagoa artificial. Com suas linhas originais e modernas, Oscar Niemeyer fez da Pampulha um dos maiores exemplos da arquitetura modernista brasileira. Em 1941, também com {90} | MatériaPrima. Edição 15
projeto de Oscar Niemeyer foi iniciada a construção do Palácio das Artes, grande obra da nossa moderna arquitetura. Um pouco mais tarde, já no final da década, um outro marco na arquitetura da capital seria inaugurado: o Edifício Acaiaca, na Avenida Afonso Pena. Com sua fachada de linhas retas e sóbrias, onde se destacavam as faces de dois índios, o Acaiaca era o maior e mais moderno prédio de Belo Horizonte, com os elevadores mais velozes da cidade. Nessa época, ainda aconteceu a construção do Teatro Francisco Nunes (1949), no Parque Municipal, e da primeira estação rodoviária da cidade. ANOS 50 - Se a marca dos anos 40 foi a modernização da arquitetura da cidade, os anos 50 ficariam conhecidos como a década da indústria, em razão do surto de desenvolvimento alcançado pela capital. A criação da Cemig, em 1952, e o desenvolvimento da Cidade Industrial, nas proximidades de Belo Horizonte (Contagem) são dois fatores que explicam esse crescimento. Nessa década, caracterizada pelo grande êxodo rural, a população da cidade dobra de tamanho, passando de 350 mil para 700 mil habitantes. A cidade torna-se vertical com uma série de prédios cada vez mais altos sendo construídos. É dessa época o Edifício Clemente Faria, feito para ser a sede do Banco Lavoura (atual Banco Real), na Praça Sete.
Projetados por Oscar Niemeyer, o Edifício JK, o Edifício do Bemge, o prédio do Colégio Estadual Milton Campos (atual Estadual Central), o Edifício Niemeyer e a sede da Biblioteca Pública Estadual são belos exemplares da arquitetura moderna. ANOS 60 - O crescimento econômico transformou o perfil de Belo Horizonte na década de 60. Sem respeito pela memória da cidade, o progresso avançou sobre suas ruas, demolindo casas, erguendo arranha-céus, derrubando árvores, cobrindo tudo de asfalto. Era preciso desafogar o trânsito e por este motivo muitas avenidas foram rasgadas. A descaracterização da cidade fez-se sem remorsos. Se os espaços verdes desapareciam, se a beleza das antigas construções era transformada em pó, apareciam, em seu lugar, modernos edifícios, sóbrios e elegantes. Os anos 60 foram marcados pelo crescimento das indústrias e das instituições financeiras. Nessa época, Belo Horizonte começou a irradiar seu crescimento e as cidades vizinhas começaram a receber muitos melhoramentos, fábricas e escolas. ANOS 70 – Nos anos 70, a cidade era o próprio retrato do caos. Com um milhão de habitantes, Belo Horizonte continuava crescendo desordenadamente. Nas regiões norte e oeste e nos municípios vizinhos, com a criação de distritos industriais e a instalação de empresas
multinacionais, a população tornou-se cada vez mais densa. Na tentativa de resolver os problemas causados pela falta de planejamento, foram tomadas várias medidas: criou-se o Plambel e instituiu a Região Metropolitana de Belo Horizonte. ANOS 80 – Na década de 80, a orientação para o crescimento da cidade estava, também voltada para a valorização da sua memória, ocasião em que vários prédios de importância histórica foram tombados. Nesta época, aconteceu o início da construção do metrô de superfície (1984/1997), a canalização do Ribeirão Arrudas, ponde fim ao grande problema de enchentes no centro da capital. Lamentavelmente, a Lagoa de Pampulha, um dos cartões postais da cidade, foi transformada em um lago praticamente morto, mercê da grande poluição. A fisionomia da cidade foi novamente alterada com a proliferação de prédios em estilo pós-modernos, graças ao grande trabalho de arquitetos liderados por Eólo Maia. Na mesma época foi inaugurado o Aeroporto de Confins, localizada a 38 km do centro da capital. ANOS 90 – A década de 90 foi marcada pela valorização dos espaços físicos da cidade, ocorrendo a aprovação da Lei Orgânica do Município (1990) e do Plano Diretor da Cidade (1996). A gestão pública se democratizou com a realização anual do Orçamento Participativo e do fortalecimento da gestão integrada para os trinta e quatro municípios que compõem a Região Metropolitana de Belo Horizonte. A administração recupera os espaços públicos, tais como a Praça da Liberdade, a Praça da Assembléia e o Parque Municipal, embelezando o centro da cidade e fazendo com que os naturais voltassem a freqüenta-los. INÍCIO DO SÉCULO XXI – Nesta primeira década do século atual a administração de Belo Horizonte tem se voltado para o setor terciário da economia. Especial ênfase vem sendo dado ao comércio, a prestação de serviços e sertores de tecnologia de ponta, com destaque para as áreas de biotecnologia e informática. Daí a implantação do Parque Tecnológico de Belo Horizonte, do Centro de
Pesquisa e Desenvolvimento do Google para a América Latina e do Centro de Convenções Expominas. Este último vem fomentando o crescimento do turismo de eventos – realização de congressos, feiras, convenções e exposições – e aumentando consideravelmente o número de hotéis/ leitos - em Belo Horizonte e sua área metropolitana- e estimulando o surgimento de novos bares, boites, restaurantes e empresas de transportes.
POLO NACIONAL DE CULTURA A cidade também vem experimentando muito sucesso no setor artístico e cultural, notadamente, devido às políticas públicas e privadas voltadas para o surgimento de novas escolas, faculdades, salas de espetáculos, cinemas, galerias de arte, lojas, fábricas do setor da moda e realização de eventos fixos de nível nacional e internacional, fazendo com que a cidade, a cada ano, se consolide como polo nacional de cultura e da moda nacional.
está na capital mineira, abrangindo 34 outros municípios, entre os quais Contagem, Betim, Nova Lima, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Ibirité, Vaspasiano e Sabará. Tal conurbação, a terceira maior do Brasil – situada logo depois da Grande São Paulo e do Grande Rio de Janeiro –, tinha 4.882.997 habitantes , atinge, hoje, mais de 6.000.000 de habitantes. Com essa população, a Grande BH é a 62ª maior do mundo e a sétima da América Latina, vindo logo depois das áreas metropolitanas da Cidade do México, São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Ayres, Bogotá e Lima.
COMO CHEGAR AEROPORTOS: - Aeroporto de Belo Horizonte – Pampulha Praça Bagatelle, 204 – Pampulha Tel: (031) 3490-2001 www.infraero.com.br - Aeroporto Internacional Tancredo Neves – Confins Rodovia – MG-10, Km 39 Tel: (031) 3689-2700 www.infraero.com.br
“A capital, inicialmente denominada de Cidade de Minas, foi inaugurada em 12 de dezembro de 1897, por Bias UTILIZANDO CARRO PRÓPRIO: Fortes, governador do Esta- Belo Horizonte está a 586 km da cidade do.” de São Paulo. A viagem mais rápida se re-
DADOS DA CIDADE Belo Horizonte é a capital do segundo mais populoso estado da federação. Localiza-se próxima ao Paralelo 19º49’01’’ sul e do meridiano 43º57’21 oeste, possui uma área de 330,95 Km², segundo ao IBGE e limita-se ao sul pelos municípios de Nova Lima e Brumadinho; ao leste por Sabará e Santa Luzia; Vaspasiano, ao norte e Ribeirão das Neves, Contagem e Ibirité, a oeste. O lime da cidade oscila entre 18ºC ,no mês mais frio, e 22ºC, no período mais quente. REGIÃO METROPOLITANA – Um intenso processo de conurbação está ocorrendo em Belo Horizonte e seu entorno, criando na chamada “Grande BH” uma grande metrópole e em cujo centro
aliza pela BR-381, a rodovia Fernão Dias, na qual serão percorridos cerca de 540 km, depois de um trecho de 13 km entre a Marginal Tietê e a rodovia Presidente Dutra. A partir da divisa dos Estados de São Paulo e Minas Gerais, a BR-381 atravessa cidades mineiras como Extrema, Cambuí, Santo Antônio do Amparo, Betim e Contagem. Do Rio de Janeiro, são 435 km até Belo Horizonte, percorridos em grande parte na BR-040, passando por cidades como Petrópolis e Juiz de Fora. O último trecho até a capital mineira, a partir de Conselheiro Lafaiete, se realiza na BR-356. RODOVIÁRIA: - Terminal Rodoviário Israel Pinheiro Praça rio Branco, s/nº - Centro Tel: (031) 3271-3000 MatériaPrima. Edição 15 | {91}
Beleza São Paulo por Julinho do Carmo
A cantora e apresentadora prepara o cabelo com escova progressiva sem formol e quimica no salão do cabeleireiro Julinho do Carmo - em SP - para testar a técnica, e aprovou
A
cantora Carla Perez decidiu provar que não tem medo de escova progressiva. A ex-integrante do É o Tchan testou uma nova técnica e aprovou. A técnica de alisamento chama-se “escova progressiva à base de algas marinhas” e é proposta pelo cabeleireiro Julinho do Carmo, do D’ Carmo Center Beauty, em Santo André - SP. Segundo ele, o segredo dessa hidratação profunda está nos polímeros de silicone, que amaciam as fibras capilares sem a intervenção de qualquer produto químico ou princípio ativo do gênero formol e amônia. Segundo o cabeleireiro, a técnica foi “testada e aprovada pela cantora Carla Perez e deixa os cabelos lisos, sedosos e brilhantes”. Ele revelou em primeira mão que a metamorfose é fruto de uma escova progressiva à base de proteínas de algas marinhas – ricas em sais minerais, que ele mesmo desenvolveu após visitar badalados salões de Nova York. “Algas marinhas são benéficas aos cabelos, pois possuem vitaminas e sais minerais, além de ser a única alga que contém a vitamina B12”, {92} | MatériaPrima. Edição 15
finaliza Julinho. Você sempre teve dúvidas em relação ao seu cabelo e nunca teve coragem de perguntar? Hoje você vai descobrir todas respostas sobre como ter o seu cabelo bem tratado e sanar todas dúvidas que a perseguia. 1. Como faço para tirar o cheiro de cigarro dos fios? R.”Os perfumes para cabelos dão uma disfarçada, mas só funcionam quando o cheiro não está muito forte. Nesse caso, o resultado da mistura dos dois aromas pode piorar as coisas”. 2. Há algum truque para abaixar os fios arrepiados? R. “Passe de três a cinco gotinhas de silicone ao longo dos fios. Se o cabelo for muito liso, diminua a quantidade para apenas duas gotas, senão ele pode ficar murcho. Outra opção é recorrer aos condicionadores sem enxágue (leave-in)”. 3. Escovar os cabelos deixa os fios mais brilhantes? R. ”Quando você escova, acaba fazendo uma massagem no couro cabelu-
do. Isso faz bem para o crescimento dos fios porque ativa a circulação sanguínea. Entretanto, não significa um ganho de brilho. E, em excesso, a escovação pode deixar o cabelo oleoso, uma vez que ela também estimula a produção de óleo”, completa. 4. Existe algum jeito de fazer o cabelo crescer mais rápido? R. Não. Aquela história de misturar anticoncepcional no xampu e outras receitas caseiras não tem comprovação científica. Agora, se o seu cabelo está maltratado e quebra com facilidade, ele vai demorar mais para crescer. Resolva esse problema com uma hidratação extra para reestruturar os fios. 5. É possível conseguir em casa uma hidratação bem-sucedida? R. Sim. Lave os cabelos com xampu, enxágüe bem e aplique uma máscara hidratante. “O segredo é separar mecha por mecha e massagear uma por uma para fazer com que o produto penetre em todos os fios”. Deixe agir por vinte minutos e retire. Não há necessidade de usar touca
térmica. 6. Tenho o couro cabeludo oleoso e as pontas secas. Como devo tratar meu cabelo? R. Você precisa equilibrá-lo. Para isso, adote produtos específicos para cabelos mistos – existem xampus, condicionadores e cremes de tratamento no mercado. Eles removem a oleosidade da raiz e hidratam as pontas dos fios. 7. Que cuidados devo ter para impedir que os fios se quebrem? R. Só penteie o cabelo molhado quando tiver usado condicionador ou creme; não torça nem esprema os fios quando secar com a toalha (enxugue com delicadeza). Se mesmo assim ele continuar quebrando, a causa pode estar na carência de nutrientes. Consulte um dermatologista, que poderá fazer um diagnóstico melhor. 8. Qual a diferença entre pomada, mousse e gel? R. O gel é usado para modelar os fios, diminuir o volume do cabelo e ainda proporcionar um efeito molhado. A pomada é indicada para dar acabamento e definir o penteado, por isso deve ser usada nos cabelos já secos. A mousse, quando aplicada nos cabelos úmidos, ajuda a modelar e dá maior volume. Quando espalhada nos cabelos secos, confere uma aparência mais leve e solta ao penteado. 9. Desde que começou a fazer regime, o cabelo de uma amiga começou a cair muito. Por quê? R. Uma alimentação pobre em vitaminas, proteínas e minerais faz com que os fios de cabelo nasçam fracos e, consequentemente, rompam com maior facilidade. Para os cabelos ficarem lindos, brilhantes e fortes, fique de olho em sua alimentação. 10. É verdade que a textura do cabelo muda na gravidez? R. Sim. Normalmente, as mulheres com cabelo crespo acabam perdendo seus cachos e os fios lisos ganham mais corpo. Isso acontece por causa do aumento de um hormônio chamado melanotrófico, responsável pela pigmentação, quantidade e textura dos fios. Quando a gestação termina, o hormônio volta às taxas nor-
mais. 11. É preciso passar o xampu duas vezes para o cabelo ficar bem limpo? R. Depende. Quem lava o cabelo menos de três vezes por semana deve, sim, reaplicar o xampu, uma vez que os fios estarão mais engordurados e com maior acúmulo de sujeira. Agora, se você lava com frequência, uma vez apenas é o suficiente. 12. É verdade que alterações emocionais podem afetar a saúde do cabelo? R. Sim. O bulbo capilar é prejudicado quando você fica deprimida ou estressada, porque, nessas situações, a quantidade de nutrientes no sangue tende a diminuir. Pode desencadear ainda outro problema: a caspa. Mas ela só aparece se você tiver predisposição genética. Por isso, controle os nervos.
13. Quanto o fio de cabelo cresce por mês e qual o comprimento máximo que ele atinge? R. O que determina o crescimento dos fios é uma boa alimentação. Em média, o cabelo cresce 1 centímetro por mês e, se não for cortado, pode chegar a 1 metro de comprimento (um fio de cabelo sadio dura cerca de oito anos). 14. O ar-condicionado danifica os fios? R. Sim. Ele deixa o ar mais seco, e isso se reflete no cabelo, que fica frágil e mais ressecado. Neutralize esse efeito protegendo os fios com silicone ou com um condicionador sem enxágue. 15. Como evitar que meu cabelo arme depois de seco? R. Isso acontece com maior frequência quando ele está maltratado, com os fios ressecados e pontas duplas. Portanto, MatériaPrima. Edição 15 | {93}
faça hidratação de quinze em quinze dias e não dispense o uso do condicionador. Além disso, prefira desembaraçá-lo enquanto estiver molhado; nunca seco, para evitar o atrito com o pente. 16. Não vivo sem fazer escova. Como proteger os fios da ação nociva do secador? R. “Antes de secar, aplique um produto que amenize o efeito da alta temperatura no cabelo, como os sprays antitérmicos. Durante a escova, não direcione o jato quente para a mesma mecha por muito tempo, evitando que o calor frite os fios”. 17. Qual a diferença entre cortar o cabelo com navalha e com tesoura? R. A navalha dá um efeito mais desfiado e ajuda a diminuir o volume. “Ela é ótima para os cortes desalinhados, meio desmanchados”. Já a tesoura é usada tanto para os cortes retos quanto para os repicados, mas sem eliminar demais o volume. 18. Para que servem os diferentes tipos de escova? R. Escovas grandes e redondas, com cerdas em toda a volta, são usadas para alisar cabelos crespos. As de diâmetro menor servem para erguer a raiz dos cabelos lisos ou crespos. As retas, com cerdas só de um lado, têm função dupla: dão movimento e ajeitam os fios sem alisá-los. “Prefira as escovas de cerdas naturais às mistas, que possuem pontas de plástico e podem deformar com o calor do secador”. 19. Ouvi dizer que pentes de plástico deixam os fios do cabelo eriçados. É verdade? R. Se seu cabelo for liso e fino, isso pode acontecer, sim. O plástico é um material que conduz eletricidade e, por isso, ao entrar em contato com os fios, provoca um atrito e faz com que eles se arrepiem. Para evitar o problema, prefira pentes de madeira. 20. Como é possível acabar com as pontas duplas? R. Para exterminá-las definitivamente, a solução é apelar para um corte. Para um efeito de emergência, você pode recorrer ao silicone, que gruda as escamas e as pontas duplas – mas isso vai durar apenas até a próxima lavagem. {94} | MatériaPrima. Edição 15
Estética
por Mariana Rocha marirochalevino@hotmail.com
Realce sua beleza e/ou camufle imperfeições
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maginem poder acordar todos os dias com as sobrancelhas, olhos e boca perfeitos. Para muitas mulheres, acordar como se tivesse acabado de sair da cadeira de um maquiador profissional deixou de ser um sonho distante. A técnica responsável por esta maravilha é chamada de dermopigmentação ou micropigmentação, popularmente conhecida como maquiagem definitiva ou permanente. Além de facilitar a vida de quem passa horas se maquiando todos os dias, a micropigmentação ainda pode corrigir imperfeições e cobrir cicatrizes. Esse recurso tornou-se um grande aliado das cirurgias plásticas e dos procedimentos que visam o rejuvenescimento, apresentando excelentes resultados para corrigir e amenizar falhas no couro cabeludo, para camuflar marcas de vitiligo quando estático, reconstruir ou melhorar o acabamento dos mamilos após cirurgia na mama, delinear a parte superior e inferior dos olhos, preencher ou refazer o formato das sobrancelhas e contornar os lábios ou corrigi-los (quando desiguais). Devido à falta de tempo decorrente de um dia a dia cada vez mais atribulado e da crescente preocupação com a beleza e aparência, a maquiagem definitiva tem ganhado força entre as opções de tratamentos estéticos existentes no mercado, principalmente pelo fato de proporcionar praticidade e beleza 24 horas. {96} | MatériaPrima. Edição 15
Olhos delineados, bocas expressivas e sobrancelhas bem desenhadas são características muito marcantes no rosto feminino e traduz a marca registrada da jovialidade. E através da dermopigmentação, a mulher jovem tem seus traços mais definidos e a mulher madura volta a ter o aspecto jovial que é perdido com o decorrer dos anos. E pasmem: os homens também estão aderindo a esta praticidade, principalmente para a correção das sobrancelhas, com ótimos resultados.
RESTRIÇÕES Herpes labial, diabetes não controlada, hipertensão não controlada, verrugas virais, pós-cirurgias plásticas recentes.
CONTRAINDICAÇÕES Problemas oculares: Para fazer nos olhos, a micropigmentação só deverá ser realizada mediante autorização de um especialista (oftalmologista); Gestante: deve aguardar o parto e o período de lactação para segurança da mãe e do bebê.
CUIDADOS PÓSPIGMENTAÇÃ No caso das sobrancelhas, não molhar até 48 horas; não tomar sol direto durante 30 dias; não frequentar sauna,
piscina ou praia/mar por 7 dias; não utilizar cremes contendo ácidos sobre o local; ter cuidados com calor de forno, secador de cabelos, vapor de panela por 7 dias; passar pomada indicada após a pigmentação; não usar maquiagem até completar cicatrização; não arrancar a casca que se forma, deixá-la cair naturalmente; não ingerir frutos do mar durante 7 dias. Apesar de ser conhecida por muitos como maquiagem definitiva, a dermopigmentação precisa de retoques periódicos para manter a tonalidade desejada. Na sobrancelha, por exemplo, o retoque deve ser feito a cada um ou dois anos. Essa manutenção irá variar dependendo dos hábitos do indivíduo, como a frequência com que se vai à piscina ou ao mar, se expõe ao sol e se faz uso de produtos à base de ácidos, explica Clara Barretto, membro da Associação Brasileira de Micropigmentação e Dermopigmentadora da Clínica Vida Bella. A falta de fiscalização e legislação vigente adequada aliadas à falta de qualificação de alguns profissionais, que se submetem a pequenos cursos com carga horária insuficiente ou de baixa qualidade, são as grandes responsáveis pelos casos malsucedidos de homens e mulheres que se submetem a esta técnica. Portanto, antes de realizar este e qualquer outro tipo de procedimento, verifique a qualificação do profissional, o material utilizado e o local em que o mesmo será realizado.
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Se tem festa tem Bello Visual ...
ão existe idade para ser feliz, muito menos acordar disposta a investir num visual diferente do dia-adia. Melhor ainda quando você encontra um salão onde se sente em casa, cercada por amigos queridos e irmãs confidentes que têm talento suficiente para cuidar da sua beleza, mas preservando o seu estilo - e o melhor, sem ter que pagar horrores pelo serviço. No Bello Visual é exatamente isso que fideliza homens e mulheres de diferentes gerações. Confira nessa mostra fotográfica alguns looks e aproveite para garantir atendimento com desconto para as festas de fim de ano. É só telefonar para Sílvia (3223-6797) e agendar para sua turma de formatura, ou grupo de convidados para casamentos e outros eventos. Os pacotes incluem penteado, maquiagem, pé e mão.
Christyne Rose e seu look casual chic, Eduarda inova apostando na simplicidade, Cristina Barros com madeixa ruiva e Roberta Almeida num chanel com pontas
Lívia em look de noite especial. A dupla Sílvia e Renata sempre na escova; Jéssica Barros e Rafaela Almeida preservam corte longo evemente desfiado. Já Ivana e Carolina amam seus fios pretos aveludados, enquanto Gabriela e Júlia apostam nas madeixas super lisas, hidratadas e com brilho.
Duda e seu mak-up com olhos bem marcados ... pronta para a balada!
A renomada dermatologista Raquel Patriota não sai de casa sem uma escovinha básica e bem natural, claro!
Beleza
por Dr. Felipe Mendonça
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cirurgia de implante mamário é um dos procedimentos cirúrgicos estéticos mais procurados atualmente no Brasil. Apesar de parecer uma intervenção cirúrgica simples requer inúmeros cuidados. O primeiro passo (e talvez o mais importante) é a escolha do profissional. Os verdadeiramente aptos são os cirurgiões plásticos membros da sociedade brasileira de cirurgia plástica, estes irão requisitar todos os exames pré-operatórios, verificar os riscos cirúrgicos de cada paciente e ainda diante de várias marcas e modelos de próteses existentes no mercado irá indicar a melhor para cada paciente.
LOCAL DO IMPLANTE DA PRÓTESE DE SILICONE O conteúdo das próteses modernas é formado de gel silicone coesivo, que impede o vazamento, mantendo o formato da mama mesmo em caso de ruptura. Todos estes avanços contribuem para um re{98} | MatériaPrima. Edição 15
sultado mais bonito, natural e seguro. Na maioria dos casos, a prótese de silicone é colocada em cima do músculo, por baixo da glândula mamária. Os implantes tanto podem ser usados como um recurso estético quanto para a reconstrução de mama. A inserção da prótese pode ser feita pela via axilar, pela aréola ou através do sulco infra-mamário (a dobra da mama), que é a localização mais comum.
PERGUNTAS FREQUENTES NO CONSULTÓRIO:
Quais os exames que toda mulher que tem silicone deve fazer? Independente da mulher possuir ou não implantes de silicone, o rastreamento do câncer de mama deve ser feito com mamografia após os 40 anos, anualmente, segundo a orientação da Sociedade Americana de Cancerologia. Nos casos de mulheres com risco aumentado para câncer de mama (exemplo: história familiar positiva de câncer de mama) pode-se associar a ultrassonografia e/ou ressonância magnética quando as mamas são densas.
Qual ou quais exames faço para avaliar a integridade do implante? O que esses exames previnem/diagnosticam? Para avaliar a integridade do implante, o exame mais indicado é a ressonância magnética. Porém, a ultrassonografia, quando realizada por um radiologista especializado em mama, tem boa sensibilidade para detectar rupturas.
“Independente da mulher possuir ou não implantes de silicone, o rastreamento do câncer de mama deve ser feito com mamografia após os 40 anos.” A mamografia tem sensibilidade alta para diagnosticar o carcinomas in situ, nos quais o tratamento oferece cura em até 100% dos casos. Esses, em grande parte dos casos, correspondem a microcalcificações na mamografia. Carcinomas invasores pequenos também podem ser diagnosticados nas mamografias antes que sejam detectados na palpação das mamas feita pelo médico ou pela própria paciente. Tumores pequenos também têm alto índice de cura. A mamografia nestes casos pode mostrar um nódulo, entretanto, um grande parte da lesões diagnosticadas na mamografia e mesmo na ultrassonografia ou ressonância magnética, correspondem a lesões benignas. Um exemplo é o fibroadenoma, que são nódulos de mama muito frequentes nas mulheres. Por isso, os exames devem ser avaliados por médicos especializados antes de se optar por uma biópsia. A prótese de silicone atrapalha a mamografia? O risco de câncer de mama aumenta com os implantes de silicone?De maneira alguma. A mamografia pode ser realizada em pacientes que tenham implantes de silicone tanto abaixo da glândula como abaixo do músculo, sem prejuízo para a prótese e nem para a visualização de lesões mamográficas. É importante, no entanto, o técnico ser informado sobre a existência do silicone. Outro dado relevante é que implante de silicone não constitui fator de
risco para desenvolvimento de câncer de mama. Se eu não trocar a prótese mamária a cada 5 anos, ela pode romper e o silicone se espalhar por todo o corpo? Não há um prazo específico para a troca e, com as próteses atuais mais resistentes e seguras, dificilmente a troca ocorrerá antes dos 15 anos. É possível usá-las indefinidamente, pelo tempo que permanecerem íntegras, mas sempre acompanhando através dos exames acima citados. Em relação ao rompimento, as próteses utilizadas no Brasil são feitas de gel coesivo (espécie de “gelatina bem consistente”). Se cortadas ou rompidas, o
conteúdo não escorre. Por isso, é importante o acompanhamento clínico regular com mastologista após a colocação das próteses. A mulher que possui implantes mamários pode amamentar? Em regra, a mulher que possui implantes mamários pode amamentar normalmente. Exceto, se a mesma já possua algum tipo de distúrbio de lactação.
“A mamografia tem sensibilidade alta para diagnosticar o carcinomas in situ, nos quais o tratamento oferece cura em até 100% dos casos.”
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Arquitetura
por Paulo José Braga Góes arq_paulogoes@yahoo.com.br
N
esta edição apresentamos a ambientação de espaços de trabalho que, além do talento do Arquiteto, tiveram a orientação abalizada do cliente, um executivo de bom gosto apurado. Ambiente espaçoso e muito elegante, com paredes recobertas por painéis de madeira ecologicamente tratada, piso em porcelanato marfim e forro em gesso branco puro.
Foto 01 - Duas poltronas giratórias, em shantung de seda na cor gelo, compõem o “recanto do diálogo”. O ambiente das decisões é formado por uma estação de trabalho, em lnhas retas, e poltronas em couro preto. Já no espaço do estar, com um maravilhoso e confortável sofá. Foto 02 - Em outro ângulo, na parede, um belo abstrato, em trípede formato, da artista plástica Célia Santos.
Foto 03 - Detalhe para a mesa tipo cálice em laca branca que suporta a escultura de uma águia em bronze, do acêrvo particular do executivo. Uma bela tela de Dhyda Lyra compõe o ambiente. Foto 04 - Espaço para as reuniões com mesa oval em madeira e uma pequena espera com duas poltronas em couro preto e mesa central em madeira e laca preta. Na parede, tela abstrata da renomada artista plástica Célia Santos.
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Loft do Ciclista Novaiorquino Artefacto Haddock Lobo, por Christina Hamoui
Foto: Edison Garcia
verticecom.com.br
sua vida, seus espaços
Ambientes Personalizados Cozinhas | Dormitórios | Salas | Escritórios | Áreas de Serviço | Banheiros 70 lojas exclusivas em todo o Brasil | 0800 702 8500 | www.evviva.com.br Evviva Maceió - AL | Farol - Av. Fernandes Lima, 396 - T (82) 3336.5707 Ponta Verde - Rua Eng. Mário Gusmão, 21 - T (82) 3327.5958
Arte/Entretenimento por Raphael Araujo rapha.araujo@outlook.com
Em cartaz: locadoras & cinemas Quatro amigas e um casamento Elenco: Kirsten Dunst, Isla Fisher, Lizzy Caplan, Rebel Wilson Direção: Leslye Headland Gênero: Comédia Romântica Duração: 87 min. Distribuidora: Imagem Filmes Classificação: 16 Anos
Três ex-populares garotas do colégio são convidadas pra serem damas de honra da menos popular garota da turma, que fica noiva de um dos solteirões mais cobiçados da cidade de Nova York. Elas decidem aceitar o convite para se divertirem um pouco com a situação, mas acabam se deparando com muito mais do que um simples casamento
Curvas da vida
Intocáveis
Gus Lobel é um veterano olheiro de baseball. Restando apenas três meses para o fim de seu contrato, ele começa a ter problemas de visão devido a um glaucoma. Escondendo a doença de todos, Gus é enviado para analisar um promissor rebatedor que pode ser a escolha de sua equipe Entretanto, ao desconfiar que há algo errado com o velho amigo, Pete Klein pede à filha dele, Mickey, que o acompanhe na viagem.
Considerado um fenômeno mundial, ´Intocáveis´ traz a história de um aristocrata que contrata um jovem para ser o seu cuidador após um acidente de parapente, o que o deixou tetraplégico. O que era para ser um período experimental, acaba virando uma grande aventura. Amizade, companheirismo e confiança são os elementos que transformam esse filme tocante e inesquecível.
Elenco: Clint Eastwood, Amy Adams, Justin Timberlake Direção: Robert Lorenz Gênero: Drama Duração: 111 min. Distribuidora: Warner Bros Classificação: 12 Anos
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Elenco: François Cluzet, Omar Sy, Audrey Fleurot Direção: Olivier Nakache, Eric Toledano Gênero: Comédia Duração: 112 min. Distribuidora: California Filmes Classificação: 14 Anos
Música das boas: os mais escutados Diogo Nogueira: ao vivo em Cuba
Diogo Nogueira invade Cuba com o samba brasileiro. Em um show memorável gravado ao vivo em Havana, ele interpreta grandes sucessos do seu repertório e da MPB que vão de Jorge Ben Jor, Chico Buarque, Gonzaguinha, Djavan, Ivan Lins a Martinho da Vila e ao imprescindível João Nogueira. Tudo isso com direito ao encontro extraordinário do samba com a salsa dos ídolos cubanos do Los Van Van na faixa “El Cuarto de Tula”. Você pode conferir uma linda mistura de musicalidade o ritmo brasileiro com a contagiante ritmo caribenho cheio de suingue e sensualidade com o samba verde e amarelo de Diogo Nogueira. Destaque para as faixas: “Verdade Chinesa”, “Madalena”, “Que Maravilha”, “Ex-Amor”, entre outras pérolas.
Redescobrir Maria Rita
Primeiro trabalho de Maria Rita interpretando a obra da mãe Elis Regina, “Redescobrir”, foi lançado no dia 6 de novembro, com tiragem de 80 mil cópias para CD e DVD, é um desdobramento dos cinco shows que a cantora fez durante o ano. Se você escutar de olhos fechados às canções do CD “Redescobrir”, há grandes chances de confundir a voz da cantora com a de sua mãe, Elis Regina, morta em 1982, aos 36 anos. No repertório, estão canções emblemáticas como Arrastão, Como Nossos Pais, Águas de Março, O Bêbado e a Equilibrista, Alô Alô Marciano, Aprendendo a Jogar, Maria Maria, Fascinação e Madalena. Com certeza um maravilhoso trabalho musical!!!
Pitanga Mallu Magalhães
Pitanga marca o recomeço de Mallu dentro do seu próprio eixo. É o terceiro álbum de estúdio da cantora e compositora brasileira. Lançado no dia 30 de setembro de 2011. É marcado pelo amadurecimento pessoal, profissional e musical de Mallu, além de sua participação nos instrumentos de bateria, piano e guitarra, nunca explorados pela cantora anteriormente. Conta com composições próprias em português e inglês e com a participação de músicos como Kassin, Mauricio Takara e Marcelo Camelo. A música “Sambinha Bom” é o ponto alto do disco e traz o frescor de uma MPB que vai além de letras tradicionais. O toque de samba de caixinha de fósforo pode ser a cara nova de Mallu, que agora caminha entre o doce e o mais maduro.
Leitura: os mais vendidos
Cinquenta Tons de Cinza E.L. James
Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja, dando início a um apaixonado e sensual caso de amor.
A Travessia William Young
A Guerra dos Tronos George R. R. Martin MatériaPrima. Edição 15 | {103}
Estilo
por Marcos Leão inside@ojornal-al.com.br
VAMOS VIAJAR? De volta aos anos 50. Em alta na moda, o shape é o queridinho da temporada. Clássica e feminina, a tendência dos vestidos anos 50 é um dos destaques do verão. Acinturada e com saia evasê, ela possui decotes, detalhes e tecidos variados, que alinham o item com as tendências atuais. Ladylike já!
M
arcos Leão lista os 12 mandamentos da temporada – da peça desejo – ao jeitinho de usar o vestido “cinquentinha”. Aqui, ele reúne as melhores propostas que surgiram nas passarelas do mundo afora. {104} | MatériaPrima. Edição 15
Poppy Delevigne
AS ESTAMPAS DA VEZ
Nada dos florais batidos de guerra, característicos da estação: as padronagens geométricas vão invadir o verão por aqui. O resultado? O top Marc Jacobs, à frente da Louis Vuitton, mandou ver na tendência como poucos, e listras e xadrez foram protagonistas de suas novas coleções. A tendência também remete à década de 1960, época em que as estampas foram hit no universo fashion. E aí, vai encarar???
O GIPSY VOLTOU Peças que remetem ao universo cigano invadiram a moda deste verão. O estilo da vez deu as caras no desfile de André Lima. O estilista, conhecido por prints mil e vestidos de festa, trouxe um pouco do universo cigano para seu verão 2013. Invista!
A GLADIADORA SE SOFISTICOU
CALIFORNIAN GIRL
Essa vai para as mais ousadas. As gladiadoras estão de volta com todo gás e de visual todo repaginado. Escarpins e sandálias da estação ganharam fivelas e aplicações em modelos superlongos, que seguem até a altura dos joelhos. O acessório ganhou visual ultrafetichista com minivestidos. Ou seja: um toque moderno. Tá?
Modinha da vez. O perfume fresh - do qual as garotas de praia tanto gostam - foi traduzido em alguns desfiles da SPFW, com direito a prints arrojadas, detalhes metalizados e cartela de cores girlie. Para aquelas que desejam aderir, não dispensar o color jeans (short ou calça), estampas florais delicadas, chapéus estilosos e tricôs levinhos. Ok? MatériaPrima. Edição 15 | {105}
DOSE DUPLA
A clássica e tradicional dupla preto e branco vai reinar absoluta na temporada quente. O duo aparece em contraponto a cores vivas e tons metálicos. Miuccia Prada foi uma das estilistas a apostar no mix, na passarela de Milão.
A DÉCADA DA VEZ
O verão 2013 revive os anos 1960 em tubinhos, saias de silhueta A, cores vivas e muitas estampas. Entre as tendências: as calças cigarretes, casaquinhos e decotes canoa brilharão nesta temporada. Aposte!
APOSTE NO METALIZADO
Dourado e prata já tinham marcado presença nas coleções da pátria tupiniquim do inverno passado e a onda dos metalizados parece que continua com ainda com pique. Para o tempo quente, marcas como Ellus apostaram na tendência, com direito aos tons metalizados de verde e azul.
DÊ VIDA A ROUPAS E ACESSÓRIOS
Ao lado dos tons pastel, as cores cítricas são um dos hits do momento. Depois de aparecer nas passarelas do Fashion Rio e São Paulo Fashion Week, rosa-choque, verde-limão, amarelo e laranja vibrantes estão invadindo as ruas da cidade e prometem “fazer” entre as lulus nordestinas. Se joga!
ESTAMPAS BRASILEIRAS
Cidades brasileiras como Salvador, Belo Horizonte e Belém surgiram em estampas de diversas coleções. Ronaldo Fraga e Forum foram algumas das grifes que investiram em temáticas nacionais, levando as ladeiras do Pelourinho, aves do Pará e drinques de caipirinha para a passarela.
SHORTS EM CENA
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O short é daquelas peças que não podem faltar no guarda-roupa de verão. Para a temporada de calor de 2013, os estilistas propõem uma modelagem mais ampla e com pegada mais esportiva. Caliente, baby!
COLETE
O colete despontou como peça-chave para o verão 2013. Estruturados e com grandes lapelas, eles surgiram nos desfiles de grifes importantes como Triton e Forum. Recado: tire urgente do closet. Tá, meu bem????
Moda
por Marcos Leão inside@ojornal-al.com.br
A tarefa delas é “adivinhar” o que você vai desejar usar a cada temporada. Aqui, as designers de acessórios revelam os hits da estação mais quente do ano
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brilho e o glamour das festas de réveillon serviram de inspiração para a Artsório - marca alagoana especializada em acessórios feitos à base de renda renascença lançar uma pocket coleção para o final de ano. São bolsas, colares, pulseiras, brincos e demais acessórios desenvolvidos especialmente para esse período do ano em que as mulheres querem se destacar e usar algo exclusivo. “Fazemos questão de tornar cada peça única, pois não criamos mais de um acessório da mesma forma. Entendemos que, hoje em dia, as mulheres estão cada vez mais exigentes e com razão, pois ninguém quer sair nas ruas e encontrar outra pessoa com a mesma roupa ou acessório”, afirmou a designer Ariana Gameleira, que, junto à sua irmã Juliana Gameleira, conduz a Artsório. Apesar de serem jovens - com idades entre 24 e 26 anos - as jovens empreendedoras Ariana e Juliana Gameleira são percussoras na confecção de acessórios feitos com renda renascença em Alagoas. Há dois anos, as duas criaram a Artsório que é especializada no segmento. “Já vimos trabalhos primorosos feitos com renascença, mas sempre voltados para a área do vestuário. Foi quando pensamos ‘Por que não apostar nos acessórios feitos com esse material’. E a ideia deu e vem dado certo. Nosso próximo passo é a consolidação no mercado nacional”, completou a designer Juliana Gameleira. As peças da pocket coleção de ano novo já podem ser vistas nas duas lojas da Artsório em Maceió, localizadas nos bairros do Farol e Ponta Verde, além da vitrine virtual no site da marca. Mais? artsorio.com.br {108} | MatériaPrima. Edição 15
Como vocês enxergam a aceitação do público com o trabalho da Artsório? Juliana: Nós trabalhamos fortemente nessa questão da comunicação para divulgar nosso trabalho. Mas desde o início vimos que as pessoas aceitaram bem os acessórios feitos com renascença e até hoje temos clientes fiéis, que estão conosco desde o início da marca. Quais são os planos para o futuro da Artsório? Juliana: Queremos realmente investir nas vendas para fora de Alagoas e até fora do Brasil. Até o janeiro do próximo ano devemos estar com nosso e-commerce funcionando normalmente, além de outros investimentos que faremos para captação de parcerias. Como vocês fazem para criar as coleções? Ariana: Antes mesmo de desenvolver alguma coleção já estamos pesquisando para sempre ficar por dentro do comportamento da moda no cenário mundial. Os tons e as formas são baseados nesses nossos estudos iniciais, além de outros fatores como a inspiração de cada coleção. De onde surgiu a vontade de abrir essa segunda loja em Maceió? Ariana: Nós temos um público bastante diversificado em Maceió. E sempre ouvimos muitas cobranças de vários clientes para abrir uma loja na parte baixa, já que a outra ficava localizada no Farol. Abrimos esse ano e já estamos tendo uma aceitação maravilhosa. MatériaPrima. Edição 15 | {109}
Esporte
por Wal Leão walzinho@hotmail.com
NO EXTERIOR
GRANDE
Na Coreia, Eninho comemora mais um gole, com sua família, festejando mais um ano de sucessos naquele país. O jogador reside na Coreia com sua esposa e filha, e recebe, anualmente, as visitas de seus pais, irmã, cunhado e sobrinho, fato que contribui emocionalmente para o seu excelente desempenho profissional.
Lúcio Maranhão, o grande artilheiro do ASA e do Brasil, em 2012. Parabéns!!!
BEACH SOCCER Depois da classificação, o 3º lugar na Copa Nordeste e a seletiva para o Campeonato Brasileiro, Alagoas fez história na modalidade. Conquistou um inédito 3º lugar no Brasileiro de Seleções, realizado no último fim de semana, na Praia de Armação, em Salvador –BA.
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FLUSÃO – CAMPEÃO 2012 O amigo Ivanilson Júnior ao lado do campeão e artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2012, Fred.
MMA Thiago Jambo Gonçalves, alagoano, lutador profissional de MMA, faixa preta de jiu-jitsu, faz parte do “team” Nogueira, equipe liderada pelos irmãos Nogueira. Thiago é um lutador promissor e tem um futuro brilhante no esporte. Boa sorte, parceiro!!!
RESPEITO Seedorf, jogador de futebol holandês, 36 anos, chegou ao Brasil provocando olhares de desconfiança. Entretanto, seu desempenho e preparo físico invejável, além de sua liderança fizeram com que ganhasse o respeito de todos botafoguenses e brasileiros.
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Opinião
por Fabiana Borges fabimab@hotmail.com
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esistir é para os fracos - é uma das frases mais mentirosas do universo. E eu entendi isso desde muito cedo - desde que a vida ou as pessoas começaram a me impor limites - direta ou indiretamente. Eu acho desistir uma das tarefas mais difíceis e bonitas dessa vida. Desistir é para os fortes! E nisso eu vejo mais poesia que correr atrás do que não se pode ter ou que escalar uma montanha imensa. Não existe nada mais doloroso e complexo que abrir mão de alguma coisa muito importante, de uma sonho, de alguém, de um desejo. Doloroso e complexo - mas depois de um tempo, você percebe que é de uma sabedoria e de um reconforto que não tem preço. Em princípio, parece um atestado de fracasso, e isso geralmente vem com dor, com mágoa, com a acidez da derrota, vem com a culpa, com a vergonha, com a memória borrada e, sobretudo, com a sensação horrorosa que é a de ter perdido muito tempo depositando a mais poderosa energia em absolutamente nada. A gente cresce acreditando em re{112} | MatériaPrima. Edição 15
compensa e merecimento, como até pouco tempo eram os finais de filmes e novelas. Mas finais de filmes e novelas também mudaram fazendo jus à vida real: o mocinho está morrendo, o bandido fica impune, os amores irrealizáveis. Porque, no final das contas, alcançar um objetivo ou ser feliz com aquilo que se quis do fundo coração nunca se tratou de prêmio e merecimento. Ou a minha vida seria outra - a sua vida seria outra. A experiência me diz que desistir é abrir a porta por onde irá passar o desejo velho e desbota-
do e por onde há de entrar o desejo novo, quem sabe repleto de possibilidades e realizações... Mais uma vez estou aqui olhando de frente pra tudo aquilo que preciso desistir; e esse momento, o momento da constatação dessa necessidade humana de abandonar o barco é crucial. Reconheço esse caminho por onde passei outras vezes - sofro, penso mais uma vez, recordo que já passei por isso com sucesso, ganho fôlego, fraquejo, entristeço, e então me lembro que a única coisa da qual não posso desistir é de desistir!
Perfil
por Jacira Leão
Empresária Aline Monteiro Empresária e industrial alagoana do segmento do leite e seus derivados. Dirige juntamente com seus pais, Adário Monteiro e Celeste Monteiro, bem como de seu irmão Aldemar Monteiro, a conhecida indústria “Leite Batalha”. Casada com Edriano Arakaki, é jovem, elegante, bonita, versátil e empreendedora com planos de expandir sua empresa lançando novos produtos no mercado. TRABALHOU MUITO NA VIDA? Tive o privilégio de crescer praticamente junto ao desenvolvimento da empresa dos meus pais, por isso, não precisei pular etapas e dei início a minha vida profissional no momento certo quando ainda cursava Administração. Assim, adicionei conhecimento a minha trajetória para chegar onde estou. QUAIS OS PRODUTOS DA SUA INDÚSTRIA? Produzimos Leite Pasteurizado e os seus derivados: Iogurte Morango, Iogurte Morango Light, Iogurte Ameixa Light, Iogurte Graviola Light, Iogurte Pêssego Light, Iogurte Natural Light, Iogurte Batvida com Probióticos, sabores Morango e Ameixa, Bebidas Lacteas (morango, ameixa, graviola), Requeijão (Tradicional e Lght), Coalhadas ( tradicional, light), Coalhada com Frutas ( Ameixa e Frutas Vermelhas), Queijo Coalho (tradicional e light), Queijo Mussarela, Queijo Prato, {114} | MatériaPrima. Edição 15
Queijo Ricota Fresca Light QUAIS OS NOVOS PRODUTOS QUE SERÃO LAÇADOS DENTRO DE UM MÊS? Divulgamos no Pró-leite os novos lançamentos para 2013: Iogurte Grego, sabores Morango, Ameixa e Mamão; Iogurte 0% Lactose, sabores Morango, Pêssego e Natural. Bebida mista, sabores Uva, Laranja com Tangerina e Guaraná com Açaí. O QUE ESPERA VOCÊ DOS NOVOS PRODUTOS QUE SERÃO LANÇADOS NO MERCADO? Uma boa aceitação, pois são produtos de tendência no mercado atual e que abrange um público que valoriza a saúde e o bem-estar. QUAL A ABRANGÊNCIA DOS PRODUTOS LEITE BATALHA NO SEGMENTO COMERCIAL NORDESTINO? Nossos produtos atendem todo nosso Estado, além de alguns municípios pernambucanos e sergipanos. E SUA EQUIPE? Tenho sorte em contar com pessoas boas e competentes, imprescindíveis para o sucesso da empresa. VOCÊ ACHA QUE A MULHER ESTÁ APTA A DIRIGIR QUALQUER EMPRESA? Lutamos muito por um mercado de trabalho com o máximo possível de igual-
dade para homens e mulheres; hoje vemos que fazemos jus a esta luta, observando tantas líderes mulheres de destaque. É possível e merecido sim, tenho inclusive um exemplo muito presente, minha Mãe. GOSTA DE VIVER? COMO É SEU DIA A DIA? Viver é um presente, uma dádiva de Deus. Agradeço todos os dias pela minha vida; dias não muito fáceis, algumas vezes bem corridos, mas dá pra honrar com os meus deveres. E A FAMÍLIA? É minha base, meu alicerce. Tenho meus pais como espelho, meus irmãos como grandes amigos e meu marido como meu maior companheiro, presente em todos os momentos. UMA PESSOA ESPECIAL? Meus pais. E O LAZER? Gosto muito de estar na companhia do meu marido, minha família e amigos reunidos em casa, na fazenda, lugares mais reservados. Também aproveito os momentos de folga para conhecer as maravilhas do nosso Estado. O QUE INCLUIRIA ENTRE AS MARAVILHAS DO MUNDO ATUAL? QUAL A FRASE QUE PODERIA SER O LEMA DA SUA VIDA? “Tudo posso nAquele que me fortalece”.