Tema: (Parábolas 164 – 180; G. Conflito 613 – 634; Luc. 18:1-8) Lição Central e Tempo de Construção 1.
Quais são as duas lições principais que Cristo ensinou nesta parábola? “E contou-lhes
também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer.” Luc. 18:1 2.
“Cristo falara do período justamente antes de Sua segunda vinda e dos perigos que
Seus seguidores teriam que atravessar.” P. J. 164 3.
Num contexto anterior imediato a esta parábola, Cristo tinha comparado sua
segunda vinda a que dias? Luc. 17:26-37 4.
Ao concluir a parábola é feita a seguinte pergunta? “Quando porém vier o Filho do
homem, porventura achará fé na terra?”
Símbolos da Parábola 1.
O juiz na parábola representa quem? Luc. 18:7. “Cristo traça aqui um vivo contraste
entre o juiz injusto e Deus.” P. J. 165 Nota O juiz simboliza Deus, mas não pela comparação e sim pelo contraste. Acharemos em Deus e no juiz a tardança na justiça, porém por diferentes razões. 2.
Na Bíblia a mulher é empregada como símbolo do que? Ef. 5:25-27
3.
Quem é a viúva? “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de
dia e de noite, ainda que tardio para com eles?” Luc. 18:7. Nota Os estudiosos têm acrescentado que o marido desta viúva devia uma grande quantia de dinheiro a certo credor. Após sua morte o credor confiscou todas suas posses e deixou a viúva totalmente destituída. Ela não tinha filhos, não tinha lar, nem dinheiro, nem amigos. Comenta E. White: “A mulher que rogava ao juiz justiça, perdera o marido; pobre e sem amigos, não tinha meios para readquirir suas propriedades Igreja Adventista do 7º Dia Rua Gravataí, 422 Pq. Flamingo – Catanduva - SP
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arruinadas.” P. J. 165 4.
Cristo descreve o eleito como vivendo no final dos tempos em meio aos problemas e
aflições. “E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias. Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito; Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos”. Mat. 24:22-24 5.
A parábola nos diz que a mulher queria o que do juiz? “Havia também, naquela mesma
cidade, certa viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário.” Luc. 18:3 Nota: O verbo “vir” aqui é melhor traduzido por “manter-se vindo” ou “continuar vindo”. O sentido do verbo é visto no verso 5 onde o juiz diz: “Todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte, e me importune muito.” A viúva não veio uma vez e então desistiu. Ela era perseverante, persistente e insistente. Ela não estava disposta a desistir. 6.
O adversário “antidikon” na parábola representa quem? “Sede sóbrios; vigiai; porque o
diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar.” 1ª Pedro 5:8 Nota: E. White comenta: “Satanás é o grande adversário... A obra de Satanás como acusador, começou no Céu. Desde a queda do homem, esta tem sido sua obra na Terra, e sê-lo-á num sentido especial à medida que nos aproximarmos do fim da história deste mundo.” P. J. 167-169
7.
O juiz atrasou em responder os rogos da viúva. Nós estamos dizendo que “por algum
tempo não quis atendê-la.” Luc. 18:4. Semelhantemente, Deus atrasará em responder os rogos de seus eleitos: “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?” Luc. 18:7. Nota: A expressão: “ainda que tardio para com eles” é traduzido de várias maneiras. A Nova Versão Internacional Igreja Adventista do 7º Dia Rua Gravataí, 422 Pq. Flamingo – Catanduva - SP
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diz: “continuará fazendo-os esperar?” A Bíblia de Jerusalém : “mesmo quando ele atrasa para ajudálos?” A tradução Weymouth cita: “embora ele seja tardio em vingar a seu favor?” É claro que Deus atrasará em libertar seu povo! Ainda mais o contraste entre Deus e o juiz fica claro. Enquanto que o juiz caprichosamente atrasa em atender a viúva, mas o faz para que ela não o importune, Deus atende seus escolhidos porque os ama!
O Especial Cumprimento da Parábola 1.
Tal parábola se aplica a todas as pessoas em todos os tempos, em especial àquelas que
estarão vivendo no mundo em tempo de aflição. 2.
A viúva representa o povo afligido de Deus. “Os amados de Deus passarão dias
penosos, presos em correntes, retidos pelas barras da prisão, sentenciados à morte, deixados alguns aparentemente para morrer à fome nos escuros e nauseabundos calabouços. Nenhum ouvido humano lhes escutará os gemidos; mão humana alguma estará pronta para prestar-lhes auxílio.” G. C. 626 3.
O adversário representa quem? “Acusando Satanás o povo de Deus por causa de seus
pecados, o Senhor lhe permite que os prove até o último ponto. Sua confiança em Deus, sua fé e firmeza, serão severamente postas à prova.” G. C. 618 4.
Como a viúva, a fé do povo de Deus não ira vacilar a dispeito da tardança. “Sofrendo
embora a mais profunda ansiedade, terror e angústia, não cessam as suas intercessões.” G. C. 619 5.
A expressão “clamar” na parábola traduz a palavra grega boao. Esta é uma palavra
de muita intensidade a qual descreve uma pessoa gritando em intensa agonia. É usada em Atos 8:7 onde os demônios clamavam em alta voz quando os apóstolos os tiravam das pessoas. É usada também em Lucas 9:38 quando um pai clama a Cristo que expulse do filho um espírito imundo e o cure. Em Mateus 27:46 quando Jesus na cruz exclamou: “Eli, Eli, lamá sabactâni.” 6.
O seguinte parágrafo explica o porquê da tardança de Deus em socorrer seus filhos:
“Pudessem os homens ver com visão celestial e contemplariam grupos de anjos magníficos em poder, estacionados em redor daqueles que guardaram a palavra da paciência de Cristo. Com ternura compassiva, os anjos têm testemunhado sua angústia e ouvido suas orações. Estão à espera da ordem de seu Comandante para os arrancar do perigo. Mas devem ainda esperar um Igreja Adventista do 7º Dia Rua Gravataí, 422 Pq. Flamingo – Catanduva - SP
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pouco mais. O povo de Deus deve beber o cálice e ser batizado com o batismo. A própria demora, para eles tão penosa, é a melhor resposta às suas petições. Esforçando-se por esperar confiantemente que o Senhor opere, são levados a exercitar a fé, esperança e paciência, que muito pouco foram exercitadas durante sua experiência religiosa. Contudo, por amor dos escolhidos, o tempo de angústia será abreviado. "E Deus não fará justiça a Seus escolhidos, que clamam a Ele de dia e de noite...? Digo-vos que depressa lhes fará justiça." Luc. 18:7 e 8.” G. C. 630,631 7.
As orações agonizantes do povo de Deus e a tardança podem ser ilustradas com a
experiência de Jacó em Gênesis 32. Quando seu irmão está vindo para destruí-lo, Jacó derramou seu coração a Deus e lutou com Ele durante toda noite, até que ao amanhecer alcança sua resposta e tem seu nome mudado. 8.
A história de Jó também ilustra o apuro e empenho do povo de Deus no tempo de
angústia. Jó perde tudo – filhos, esposa, amigos, posses e saúde. Foi acusado por Satanás diante as cortes celestes. Pede uma explicação do porquê de seus sofrimentos. Ainda assim exclama: “Ainda que ele me mate, nele esperarei; contudo os meus caminhos defenderei diante dele.” Jó 13:15. Ao final as orações dele foram ouvidas e sua causa vindicada! 9.
A oração perseverante também está ilustrada na história da mulher Cananéia. A
despeito de Jesus ir se esquivando dela, ela audaciosamente continua vindo. Finalmente diz Jesus: “Oh mulher, grande é a tua fé!” Mat. 15:21-28 10.
O período de atraso ou tardança no tempo de angústia está descrito em Isaías 54:7,
8 : “Por um breve momento te deixei, mas com grandes misericórdias te recolherei; Com um pouco de ira escondi a minha face de ti por um momento; mas com benignidade eterna me compadecerei de ti, diz o Senhor, o teu Redentor.” A Questão sem Resposta é Respondida 1.
A parábola termina com uma questão que é deixada sem resposta. “Quando porém vier
o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” Luc. 18:8 2.
A resposta se encontra em Apocalipse 14:12: “Aqui está a paciência dos santos; aqui
estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” A questão é, o que é a fé de Jesus Cristo? Esta é a fé que Jesus teve durante suas provações! Esta fé é semelhante a quê? Igreja Adventista do 7º Dia Rua Gravataí, 422 Pq. Flamingo – Catanduva - SP
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3.
Todos os elementos desta parábola são encontrados na paixão de Jesus, no jardim e na
cruz. O adversário o torturou por toda a vida. Não tinha nada nesta Terra, nem lugar para reclinar a cabeça. Os seus o abandonaram na hora mais cruel. Sofreu e morreu. Seu Pai não veio em seu auxílio, contudo, ao final foi vindicado. 4.
A fé perseverante de Jesus está descrita em Heb. 5:7: “O qual, nos dias da sua carne,
oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia.”
Por que Atrasar? 1.
Note as razões para as provas de Jesus: “Ainda que era Filho, aprendeu a obediência,
por aquilo que padeceu.” Heb. 5:8 2.
Jó explana os benefícios das provas. “ Porém ele sabe o meu caminho; provando-me
ele, sairei como o ouro.” Jó 23:10. Isto pode ser ilustrado pelos três jovens lançados na fornalha. Quando vieram a público, seu caráter era composto de puro ouro. 3.
Ellen White explana: “sua natureza terrena deve ser consumida para que a imagem
de Cristo possa refletir-se perfeitamente.” G. C. 621 4.
O apóstolo Pedro explica as razões por que Deus permite provas. “Em que vós
grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo.” 1ª Pedro 1:6,7 (ler também Tiago 5:7,8; Heb. 10:37-39; Lucas 21:16-19) 5.
“O Senhor permite provações, para sermos purificados do mundanismo, do
egoísmo, de traços de caráter grosseiros e não semelhantes aos de Cristo.” P. J. 175 A Vida de Oração de Jesus 1. A vida de oração de Jesus está descrita em Mar. 1:35; “E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava.” Nota: Jesus não proferia orações longas em público. Sua vida de oração era definida por uma conversação tete Igreja Adventista do 7º Dia Rua Gravataí, 422 Pq. Flamingo – Catanduva - SP
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a tete com o Pai. Isto deve caracterizar nossa vida.
2.
É vital para nós aprendermos a orar antes da crise final. E. White tem citado o seguinte:
“O tempo de agonia e angústia que diante de nós está, exigirá uma fé que possa suportar o cansaço, a demora e a fome - fé que não desfaleça ainda que severamente provada. O tempo de graça é concedido a todos, a fim de se prepararem para aquela ocasião. Jacó prevaleceu porque era perseverante e decidido. Sua vitória é uma prova do poder da oração importuna. Todos os que lançarem mão das promessas de Deus, como ele o fez, e como ele forem fervorosos e perseverantes, serão bem-sucedidos como ele o foi. Os que não estão dispostos a negar o eu, a sentir verdadeira agonia perante a face de Deus, a orar longa e fervorosamente rogando-Lhe a bênção, não a obterão. Lutar com Deus - quão poucos sabem o que isto significa! Quão poucos têm buscado a Deus com contrição de alma, com intenso anelo, até que toda faculdade se encontre em sua máxima tensão! Quando ondas de desespero que linguagem alguma pode exprimir assoberbam os que fazem suas súplicas, quão poucos se apegam com fé inquebrantável às promessas de Deus! Os que agora exercem pouca fé, correm maior perigo de cair sob o poder dos enganos de Satanás, e do decreto que violentará a consciência. E mesmo resistindo à prova, serão, imersos em uma agonia e aflição mais profundas no tempo de angústia, porque nunca adquiriram o hábito de confiar em Deus. As lições da fé as quais negligenciaram, serão obrigados a aprender sob a pressão terrível do desânimo. Devemos familiarizar-nos agora com Deus, provando as Suas promessas. Os anjos registram toda oração fervorosa e sincera. Devemos de preferência dispensar as satisfações egoístas a negligenciar a comunhão com Deus. A maior pobreza, a máxima abnegação, tendo Sua aprovação, é melhor do que as riquezas, honras, comodidades e amizade, sem Ele. Devemos tomar tempo para orar. Se consentirmos que a mente se absorva com os interesses mundanos, o Senhor talvez nos dê esse tempo removendo nossos ídolos, sejam estes o ouro, sejam casas ou terras férteis.” 3. Permita-nos lembrar sempre que “A oração move o braço do Onipotente.” P. J. 172
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____________________________________________________________________ Este estudo faz parte de uma série de estudos do Pr. Stephen Bohr, onde foi traduzido do inglês para o português, para que mais pessoas que não tem facilidade de entender o idioma original possam ler, aprender e viver estas mensagens. Espero que sirva de grande inspiração para todos
Traduzido por: Richard Graciano Rodrigues Igreja Adventista do 7º dia de Gopoúva Guarulhos, São Paulo - Brasil Original: http://www.secretsunsealed.org
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