06 - A Figueira Estéril

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Tema: (D. T. N. 97-108; 580-588; P. J. 212-218) Nesta oportunidade estudaremos a parábola da figueira estéril. Somos informados pelo espírito de profecia que esta seria uma parábola – ação (D. T. N. 582). A fim de compreender esta parábola, será necessário o estudo de outras três passagens: Mat.3:2, 7-12 e outra em Luc. 13:1-9. Vamos pesquisar certo dentro de nossa parábola.

A Mensagem de João o Batista 1.

Em Isaias 61:3 o plano de Deus para Seu povo era comparado a uma árvore

frutífera. “A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do SENHOR, para que ele seja glorificado.” 2.

Que símbolo empregou João para falar do Israel de hoje? Mat. 3:10 “E também

agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.” 3.

Mat. 3:7-9 “E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao

seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; E não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão.” Quem estava presente a pregação de João? Nota: A mensagem de João era comunicada a uma nação que professava grande piedade e vindicavam o especial favor de Deus. Eles eram semelhantes a uma árvore frondosa, cheia de folhas, porém sem frutos! 4.

João reeprendeu a nação judaica por ser ela semelhante a árvores sem frutos (Mat.

3:8). Nota: “Não por seu nome, mas por seus frutos, é determinado o valor de uma árvore. Se o fruto é sem valor, o Igreja Adventista do 7º Dia Rua Gravataí, 422 Pq. Flamingo – Catanduva - SP

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nome não pode salvar a árvore da destruição. João declarou aos judeus que sua aceitação diante de Deus era decidida por seu caráter e vida. A declaração de nada valia.” D. T. N. 107 5.

João encorajou o povo judeu a produzir frutos cheios de arrependimentos (Mat.

3:8). Nota: O chamado de João ao arrependimento foi uma grande surpresa aos líderes da religião judaica. A final de contas, não eram eles filhos de Abraão? Não eram guardadores da lei de Davi? Não guardavam o Sábado e devolviam o Dízimo? Do que eles não eram arrependidos? 6.

Havia outro grupo de pessoas quando Jesus pregou. Essas pessoas perguntavam o

que deveriam fazer. Luc. 3:10,12,14 “E a multidão o interrogava, dizendo: Que faremos, pois? E chegaram também uns publicanos, para serem batizados, e disseram-lhe: Mestre, que devemos fazer? E uns soldados o interrogaram também, dizendo: E nós que faremos? E ele lhes disse: A ninguém trateis mal nem defraudeis, e contentai-vos com o vosso soldo.” Nota: Contou João Batista aos líderes religiosos judeus que Deus poderia produzir filhos a Abraão das pedras. “Como chamara a Abraão dentre um povo gentio, assim poderia chamar outros a Seu serviço. O coração destes poderia parecer agora tão morto como as pedras do deserto, mas o Espírito de Deus o poderia vivificar para fazer Sua vontade, e receber o cumprimento da promessa” D. T. N. 107. Os judeus consideravam os gentios e os publicanos como cães e porcos. 7.

João pediu que o povo compartilhasse suas roupas e seu alimento. Aos

publicanos que não pedissem mais do que era imposto ao povo e aos soldados que não defraudassem ninguém. Nota: Todas essas exortações dadas ao povo tinham que ver com a relação interpessoal. Este é o fruto o qual Deus esperou que Seu povo produzisse. Descrito em Gálatas 5. 8.

A mensagem de João era um juízo. Ele advertiu que todas as árvores que não

produzem frutos serão cortadas e lançadas no fogo. Ele advertiu que este processo de juízo seria executado por Jesus: “Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no Igreja Adventista do 7º Dia Rua Gravataí, 422 Pq. Flamingo – Catanduva - SP

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celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará.” Nota: A cronologia da mensagem de João é muito importante. Ele começou sua pregação seis meses antes de Cristo começar Seu ministério terrestre.

A Parábola de Lucas 13 1.

A quem era endereçada essa mensagem? Aos galileus que sacrificavam. (Luc.

2.

A vinha representa o que na parábola? O povo de Deus “Agora, pois, ó

13:1)

moradores de Jerusalém, e homens de Judá, julgai, vos peço, entre mim e a minha vinha. Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? Por que, esperando eu que desse uvas boas, veio a dar uvas bravas?” Isa. 5:3,4 3.

O proprietário da vinha representa quem? “O proprietário e o vinhateiro

têm o mesmo interesse na figueira. Assim o Pai e o Filho eram um no amor ao povo escolhido. Cristo dizia aos ouvintes que lhes seriam dadas maiores oportunidades. Todo meio que o amor de Deus podia sugerir, seria empregado para tornarem-se árvores de justiça, e produzirem frutos para bênção do mundo.” P. J. 216 4.

Quem é o vinhateiro? “O proprietário e o vinhateiro têm o mesmo interesse

na figueira. Assim o Pai e o Filho eram um no amor ao povo escolhido.” P. J. 216 5.

A quem representa a figueira? “A geração à qual o Salvador tinha vindo, era

representada pela figueira na vinha do Senhor, dentro do círculo de Seus cuidados e bênçãos especiais.” P. J. 214 Nota: “Israel era um estorvo à terra. Toda a sua existência era uma maldição, pois ocupava na vinha o lugar que uma árvore frutífera poderia preencher. Roubava o mundo das bênçãos que Deus intencionava dar. Os israelitas mal representavam Deus aos povos. Não eram somente inúteis, mas decididamente um embaraço. Sua vida religiosa iludia em alto grau, e em vez de salvação acarretava ruína.” (P. J. 215) E. White acrescenta: “A maldição da figueira foi uma parábola viva. Aquela árvore estéril, ostentando sua pretensiosa folhagem ao próprio rosto de Cristo, era um símbolo da nação judaica. O Salvador desejava Igreja Adventista do 7º Dia Rua Gravataí, 422 Pq. Flamingo – Catanduva - SP

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tornar claras aos Seus discípulos a causa e a certeza da condenação de Israel.” D. T. N. 582

6.

A figueira, obviamente, tinha folhas. Ao olhar o exterior aparentava estar

saudável. Porém, não tinha frutos (Luc. 13:6). Nota: A nação judaica era alta em coisas do aspecto exterior. Eles dizimavam, “observavam” o Sábado, jejuavam, praticavam a reforma de saúde, etc., mas suas vidas estavam desprovidas de práticas piedosas. Podemos dizer que eles estavam bem por fora, mas por dentro estavam podres. Isto é visto em Mat. 23:23-28 ( Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas. Condutores cegos! que coais um mosquito e engolis um camelo. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de iniqüidade. Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.) 7.

Jesus chamou aquela geração a fazer uma mudança ou então iriam perecer (Luc.

13:1-3) 8.

Muitos estudiosos concordam que esta parábola teve ocorrência na vida de Jesus

quando contava com cerca de dois anos e meio de ministério. Isto significa que havia se passado três anos desde que João tinha começado a pregar. Isto explicaria porque o proprietário da vinha procurava frutos por quantos anos? “E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho. Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente?” Luc. 13:7 9.

O que disse o vinhateiro? “E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este

ano, até que eu a escave e a esterque.”Luc. 13:8. Nota: Durante o último ano de Seu ministério, Jesus dedicou especial atenção à nação judaica na esperança de que ela se arrependesse e desse frutos.

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10.

A parábola de Lucas 13:1-9 finaliza em suspense: “E, se der fruto, ficará e, se

não, depois a mandarás cortar.” Por que não sabemos se a esta altura deu ou não frutos? Nota: “Jesus não disse, na parábola, qual seria o resultado do trabalho do jardineiro. Neste ponto, interrompeu a história. A conclusão dependia da geração que Lhe ouvia as palavras. À mesma foi dada a severa advertência: "Se não, depois a mandarás cortar." Dependia deles se estas palavras irrevogáveis seriam pronunciadas. O dia da vingança estava próximo. Pelas calamidades sobrevindas a Israel, o proprietário da vinha advertia-os misericordiosamente da aniquilação da árvore estéril.” P. J. 216

A Figueira 1.

Na terça-feira antes de Sua morte Jesus avista a figueira. “E, avistando uma

figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente.” Nota: A figueira, primeiro produz frutos e depois vêm as folhas anunciando que a árvore teve frutos. Em outras palavras, se ela tinha folhas deveria ter também frutos! “uma árvore parecia adiantada a todas as demais. Estava já coberta de folhas. A natureza da figueira é que, antes de se abrirem as folhas, apareça o fruto. Portanto, essa árvore cheia de folhagem era uma promessa de bem desenvolvidos frutos. Sua aparência, porém, era enganosa. Depois de procurar entre os ramos, dos mais baixos aos mais altos, Jesus "não achou senão folhas". Era uma massa de pretensiosa folhagem, nada mais.” D. T. N. 582 2.

Havia outras figueiras no pomar esta ocasião, mas elas não tinham folhas e

representavam os gentios. “Todas as árvores do figueiral se achavam destituídas de fruto; as que não ostentavam folhas, no entanto, não suscitavam esperanças, não causando assim decepção. Essas árvores representavam os gentios”. D. T. N. 583 Nota: “Essas árvores representavam os gentios. Eram tão destituídos de piedade como os judeus; mas não tinham professado servir a Deus. Não mostravam vangloriosas pretensões de bondade. Eram cegos às obras e caminhos divinos. Para eles não chegara ainda o tempo dos figos.” 3.

Jesus amaldiçoou a figueira com as seguintes palavras: “Nunca mais nasça

fruto de ti! E a figueira secou imediatamente.” Luc. 21:19. 4.

No próximo dia quando Jesus e Seus discípulos passaram pelo local daquela

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figueira, o que havia acontecido? “E os discípulos, vendo isto, maravilharam-se, dizendo: Como secou imediatamente a figueira?” Mat. 21:20; “E eles, passando pela manhã, viram que a figueira se tinha secado desde as raízes.” Mar. 11:20 Nota: Se a figueira representa a nação judaica e a árvore secou até as raízes, significa que o plano de Deus para a nação judaica estava finalizado. Então o reestabelecimento da nação judaica em 1948, não foi profética, por mais que tenha sido significativo!! E. White solenemente adverte: “O coração que não atende às instâncias divinas se endurece até tornar-se insensível à influência do Espírito Santo.” P. J. 218 5.

Esta advertência dada a nação judaica não somente se aplica a ela: “Esta

advertência é também dirigida a nós que vivemos nesta geração.” P. J. 216 “A advertência é para todos os tempos. O ato de Cristo em amaldiçoar a árvore que Seu próprio poder criara, fica como aviso para todas as igrejas e todos os cristãos.” D. T. N. 584 Nota: É altamente sugestivo que cada participante dos encontros de oração reveja a mensagem de Cristo a igreja de Laodiceia, pois ela está repetindo esta história do antigo Israel! 6.

O que representa a fome de Jesus? “Jesus Se aproximara da figueira com fome,

em busca de alimento. Assim chegou Ele a Israel, ansioso de neles encontrar os frutos da justiça. Prodigalizara-lhes Seus dons, a fim de que dessem frutos para benefício do mundo.” D. T. N. 583 7.

Por que a nação judaica trouxe ruina sobre si? “Mas o amor para com Deus e os

homens foi eclipsado pelo orgulho e a presunção. Trouxeram ruína sobre si mesmos, por se recusarem a servir aos outros.” D. T. N. 583

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__________________________________________________________________ Este estudo faz parte de uma série de estudos do Pr. Stephen Bohr, onde foi traduzido do inglês para o português, para que mais pessoas que não tem facilidade de entender o idioma original possam ler, aprender e viver estas mensagens. Espero que sirva de grande inspiração para todos

Traduzido por: Richard Graciano Rodrigues Igreja Adventista do 7º dia de Gopoúva Guarulhos, São Paulo - Brasil Original: http://www.secretsunsealed.org

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