Desabafo

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Desabafo By: Melzinha Ribeiro Prólogo Sabe, eu acho que cheguei a um ponto critico da minha vida, nada mais me inspira, os ânimos e festa se acabaram, nem mais meu estilo de vida eu consigo suportar, as vezes eu me estresso comigo mesma por ser assim, sabe meio dramática, meio maluquinha. O amor já não tem sentido, pois quem eu amo não me ama, ou pelo menos é isso que eu acho e não o que ele diz,.... Quer saber eu já nem sei o que pensar sobre ele. Sabe ele demonstra com as atitudes que ta super afim, diz que me ama, que sente minha falta... ele me conhece tanto que sabe tudo sobre mim, quando estou feliz ou triste, sabe o que dizer e o por que de me encontrar assim. Mas a menor declaração de amor da minha parte, ele se esquiva, se eu digo que ele é parte fundamental e indispensável da minha vida ele diz que eu sou sua melhor amiga, quando eu digo que o amo, ele diz que não pode me dar o que eu peço naquele momento... Sabe ele me enche de falsas esperanças. Se nos somos tão complicadas assim sendo o sexo frágil, eu acho que deveria haver uma reparação, pois quem se diz forte pelo menos tem que saber o que quer, e a maioria dos homens não sabem, apesar de haver alguns que mesmo sendo idiotas... Valem muito a pena de ajudar a se resolver. Mas no meu caso, desconfio que nem a ajuda divina pode me ajudar por que me apaixonei pelo cara mais popular da escola e faço desse pequeno e estranho comentário, um prólogo, pra você entenderem o que é sofrer loucamente de amor, e não ganhar quase nada em troca... A não ser um sorriso meigo e disperso pelo ar, que você nem mesmo sabe se é pra você, mas mesmo assim fingir que é, e ganha o dia. Às vezes o amor platônico é uma faca de dois gumes onde de um lado esta o sofrimento e do outro a certeza de que esse amor forte será pra sempre impossível e mesmo sendo sonho você se confirmará pensando que ele não te fará sofrer ainda mais como tantas outras. Mas como o ditado diz, o feitiço vira contra o feiticeiro... O mundo dá voltas... Escolha o que preferir afinal são tantos... Mas só que importa é que eu posso me desapaixonar (eu acho), e ele que nem me nota pode no fundo me amar. Pense na gente como melhores amigos desde agora, ou melhor, como o psiquiatra e o louco... Já ta vendo que eu sou desastrada, sempre começando com o pé errado... Podemos ser o diário e o escritor em que eu descaradamente revelarei minha vida e meus amores a você... Se você tiver alguma opinião ou conselho pode comentar, mas deixo bem claro que a vida e minha e sou eu quem vou viver... Mas você como meu melhor amigo desde agora, precisa entender que apesar das qualidades, o ser humano também é construído de defeitos. Mas como o assunto não é você e sim eu, comece a ser ouvinte da dramática e louca história de minha vida de adolescente. Primeiro as apresentações, eu me chamo Samara e você? Cap. I — Era uma vez...


Como toda boa história, esta deve começar pelo inicio... Se é que me entende!? Isso ta longe de ser um conto de fadas por isso despreze o “Era uma vez...” Você sabe 16 anos... Começo do Ensino Médio ou Colegial, como você preferir chamar. Minha família... Não queira nem saber! Meu pai é um empresário excêntrico, rico... Mas mesmo assim longe de sua sanidade mental perfeita; Minha mãe uma completa perua metida a adolescente patricinha, aquele tipo que você quase não reconhece quando acorda, por que a cada dia o rosto dela muda; Meu irmão mais velho é um egocêntrico super-popular (e melhor amigo do meu carinha em questão), daquele tipo metrossexual (roupas de marca, cremes, e passa mais tempo no espelho do que uma mulher perfeccionista). E você se pergunta onde essa garota se encaixa? Bom digamos que, eu sou a única de juízo perfeito da família. Nossa... Falando assim vocês vão pensar que eu sou uma CDF maluca e mal amada... Mas não, eu tenho tudo que eu quero: carro, roupas da moda... E tudo que você possa imaginar; Também não sua uma mocreia, pelo contrário sou branca, cabelos pretos e olhos azuis, e até que eu me acho bem bonitinha, sem exageros. Dia 13 de Fevereiro, uma segunda-feira, que cá entre nós tava com cara de sextafeira de tão macabro que parecia; me arrumei, pois este seria o dia em que tudo começa. Para descer é preciso passar pelo quarto do meu irmão, que acredite... Estava de cueca na frente do espelho se passando cremes e, mas cremes: — Cara, como você é sexy... Se você não fosse eu, eu agarraria você e só Deus sabe o que seria capaz com tamanha perfeição diante de meus olhos. É eu falei... Você não viu a metade, eu que agüento todos os dias ainda não me acostumei. Sinceramente isso não é comportamento de família normal. Chegando a sala de jantar, onde agente também toma café, meu pai já havia saído pro trabalho e minha mãe... Bom ela quase me cegou com seu modelito, nada fashion: Uma blusa rosa Pink gritante, acompanhadas de um short curtíssimo balonê verde apaga luz, pedrarias e ouros e que não faltavam em seus braços e no pescoço, parecia até comercial de joalheria... Quando eu falei perua eu realmente não estava brincando. Eu apesar de rica sou mais simples, não gosto de esbanjar ostentação, apesar de gostar de ter dinheiro (que facilita muitas coisas), eu prefiro ser normal e me misturar para que não gostem de mim pelo dinheiro e sim pelo que sou, por isso mantenho esse fato em segredo o que é meio difícil já que meu irmão, que estuda no mesmo colégio, não facilita em nada as coisas pra mim. Ou melhor, nos tratamos como completos desconhecidos e o fato de termos sobrenomes iguais não faz com que as pessoas notem que somos irmãos, ou melhor, as pessoas não me notam, por que eu não tenho nada extraordinário pra lhes mostrar. Bem eu tenho uma melhor amiga desde o jardim de infância, o nome dela é Julia, essa sim é uma tremenda CDF, eu acho que por isso que eu gosto tanto dela, ela ao precisa de estereótipos ela vê o que a pessoa realmente é! Bom primeiro dia é primeiro dia, nossa mãe insistiu para levar agente, de limusine... Milhares de pessoas pararam na calçada para olhar quem iria descer, o que pra mim não foi novidade. Julia já estava na calçada me esperando, e simplesmente, as pessoas nem notaram quando eu desci e caminhei para dentro da escola acompanhada dela.


— Sam, que bom que agente ai estudar de novo juntas! — Eu tinha certeza disso, o que me preocupa e quanto idiotas mais vão estudar com agente! — Eu soube que seu irmão vai estudar com agente?! — É, ele costumava estudar a tarde, mas a mamãe fez eu aturar essa boneca de manhã... — Credo, não fala assim! Eu acho ele tão gatinho... — Você e a escola inteira né, Julia! Cara por um momento eu pensei que você fosse diferente. — Ta bom, foi só um comentário. Sentamos em nossas carteiras, o professor já estava em sala, o dia prometia ser uma chatice só, começamos com química, mas foi ai que me surpreendi. Aquele deus adentrou a sala com uma mochila nas costas, uma camiseta preta que destacava as curvas de seu lindo corpo branco, aqueles olhos verdes a fitarem a classe e quando pararão nos meus senti um arrepio subir a minha espinha eu não sabia o que era aquilo, por que logo com aquele novato. — Classe este é William de Bernard, ele veio da escola João Junior de Medeiros, uma das melhores e, eu espero que ele possa ensinar algo a vocês que só querem saber de brincar. — Podem me chamar apenas de Will, e eu espero que meu convívio no Ribeiro Sousa, seja proveitoso, pra mim e pra vocês! — Pode se sentar do lado de Paolo Renaud (Meu irmão idiota). Não se passou nem 20 minutos e os bilhetes das lideres de torcida começaram a infectar a sala, por sorte minha eu interceptei um: — “ Will, hein...! rsrsrsrs!!!!! OBQET (Olha a bundinha que ele tem), talvez se iguale a do Paolo, que perdição meninas...., vamos ter que agarrar, esse GL (gato lindinho), ele vai ter que ser nosso!” Meu Deus essas meninas são muito atiradas mal o menino põe os pés na escola e elas já estão tramando com qual delas ele vai ficar... Que horror. Ele e Paolo se transformaram em maiores amigos, eu acho que no fundo eles usavam os mesmos cremes por isso tanto assunto em comum, por que não acho que meu irmão tenha assuntos muito intelectuais. A musiquinha do interfone começou a tocar, nossa diretora adorava interromper as aulas pra dar avisos inúteis, ela dizia que isso fazia parte da interação escolar, dá pra acreditar. — Senhorita Samara Renaud e senhor William de Bernard compareçam na diretoria após o termino da aula de Química. Ta eu gostei do jeito que nossos nomes ficaram juntos, claro achei ele o maior gatinho e não um idiota como os outros, ele tinha algo de diferente... Mas logo no primeiro dia ir pra diretoria, isso não era bom sinal. A campainha do intervalo tocou. — Você é Samara Renaud?! — É ... é eu... Sou eu sim! — Will, onde você vai?! — Na diretoria Paolo... A diretora chamou!


— Já viu que conheceu a minha irmã! — Ela é sua irmã... Puxa! Eu bem achei esquisito pelo sobrenome, mas vocês não se parece em nada. — Eu sei, eu herdei a beleza da família! — Claro que não, eu iria dizer que ela herdou a beleza da família. Todos rimos, mas eu não posso esconder que o comentário dele me deixou completamente vermelha. — Vamos Sam, posso te chamar de Sam, não posso?! — Claro, se você me deixar te chamar de Will? — Eu até prefiro, eu não gosto muito do meu nome, soa muito formal por que é homenagem do meu bisavô que morreu na década de 80. Cheguei ao nosso destino, eu preferia que o corredor fosse, mas extenso assim poderíamos conversar mais! — Que bom que os senhores vieram rápido. Creio que o Professor Alfredo, tenha feito às apresentações a turma. — Sim diretora (respondemos juntos). — Nesse caso, Senhorita Samara, como um das nossas mais antigas e ilustres estudantes, foi escolhida pelo conselho para mostrar a escola ao senhor William. — Perdão senhora, eu acho que não entendi!? — Você passará todos os dias depois das aulas mostrando as nossas dependências ao senhor William para que ele se intere e se sinta bem na Ribeiro Sousa! — Claro! Não foi bem isso que eu quis dizer, foi mais pra “Que merda diretora, a senhora ta louca ou quer que as lideres de torcida me matem no próximo beco escuro em que passar”, mas eu resolvi deixar pra lá! A Ribeiro Sousa é a segunda maior escola do estado, tendo dormitórios e até mesmo um campus de faculdade dentro de sua propriedade, ela perde apenas para a escola anterior a João Junior de Medeiros. Eu teria muito trabalho, mas essa seria a oportunidade perfeita pra me aproximar do gatinho. Quem sabe ele também goste da idéia de passar um mês inteiro saindo comigo pelas dependências vazias da escola. Cap. II — A excursão O dia estava sendo péssimo, se alguém soubesse que eu iria passar duas horas inteiras com William às garotas da torcida iriam me matar, no rank de garotos escolhidos para o rei do baile Will, que não tinha passado ainda duas horas dentro da sala de aula, já estava sendo cotado como favorito, as garotas da escola estavam loucas por eles, já tinha até o jornal querendo agendar uma matéria de capa com ele. Será que aquele garoto, que é perfeito eu admito, nasceu com a bunda virada pra lua? Ele desbancou o meu irmão, que tinha o reinado da beleza desde a 4ª serie, em menos de 1 dia. Sinal tocou, eu não posso te dizer nem que aulas tivemos por que eu não estava dentro da sala de aula, quer dizer... eu estava sim na sala... Mas meu pensamento estava na excursão que iria fazer com William depois da aula. — Ei... Ei, Sam!


— O que.. O que aconteceu Julia? — O gatinho do William está vindo pra cá! — Aí meu Deus, to ferrada! — Por que, aposto que ele nem vai te notar!? — A diretora me elegeu como guia turístico dele! — O que!! Eu não acredito... Cara, você tem sorte demais! — Isso até as lideres de torcida me surrarem, você diz! — E eu acho?! E melhor agente parar ele ta se aproximando. — Sam, já podemos ir ou você prefere começar amanhã?! — Não por mim tudo bem... Vamos! — Eu posso ver o seu horário! — Claro... Deixa ver... Aqui achei! — Nossa! — Algo errado? — Você só tem as mesmas aulas que eu e meu irmão! — Bom já que vocês são as únicas pessoas que eu conheço até agora! — Não por muito tempo... — O que você disse?! — Nada... Bom chegamos ao laboratório de ciências e do lado é o laboratório de informática, seguido da biblioteca, que é uma das maiores perdendo apenas pra a da sua antiga escola. — Eu sei eu li o folheto. — Que bom pelo menos eu não vou dar uma de guia de museu, eu vou só te ensinar os caminhos então, certo? — Como quiser, por mim preferia não perder meu tempo e ir pra casa, eu aposto que depois de umas semanas eu já estaria por dentro de tudo! — Eu também, mas são ordens da diretora fazer o que?! — Então vamos continuar. Eu mostrei todas as salas do itinerário dele. O que iria facilitar sua vida, mas se eu quisesse era só acompanhar ele por que tínhamos todas as aulas junto, parecia mais que armação do destino. Achei que a quadra de esportes seria o local perfeito pra encerrar o dia. — Aqui é a quadra e nos fundos, através daquela porta, fica a piscina e do lado os banheiros. — Obrigado! — Por hoje é só, ta ficando tarde e eu não posso me atrasar demais pro almoço! A propósito que horas são? —2:30hs — O que?! Minha mãe vai me matar. Meu irmão já deve ta em casa e com certeza ele não limpou minha barra... — Calma, se você quiser eu te levo em casa e aproveito pra falar com o Paolo. — Obrigado. — Tudo bem, mas eu não vou fazer isso todo dia, por isso não se acostuma. — Claro, minha casa fica perto. E só dobrar o final da esquina. — Você mora na Vicente Fernandes? — Sim, casa nº520. Por quê? — Eu acabei de me mudar pra casa 840.


— Você vai ser meu vizinho então? — Sim, só que você mora no começo da rua e eu no fim e fica a uma boa distância de uma casa pra outra. — Bom chegamos! —Sam, por que você demorou. Mamãe estava ligando pro cirurgião pra consertar as rugas que você causou. — Não se preocupa Paolo, a diretora pediu pra ela me mostra a escola, por isso ela vai chegar mais tarde esses dias. — E você veio deixar ela, Will? — Sim e não. Eu acabei de me mudar pra casa no final da rua. — Cara que legal, podemos nos visitar o tempo todo! — Obrigado Will, por você ter vindo me deixar. Você não quer entrar um pouco? — E entra ai, Will.Vamos lá pro meu quarto. Eu tenho u espelho do tamanho da parede. — Tudo bem, mas não posso demorar minha mãe esta me esperando pra almoçar e já está tarde. Mal entramos em casa e minha histérica e perua mãe, desceu as escadas com o rosto coberto por uma máscara verde, e um Ruy de cetim mais estampado do que qualquer coisa na face da terra. — Sammmmmmmmmmmmmm!!!!!!!!!!!! — Mãe!? O que faz assim? Temos visitas! — O desculpe rapaz! Mas voltando ao assunto, onde você estava garotinha? Você não tem idéia da dor de cabeça que causou, sorte sua que seu pai foi viajar para Itália. — Senhora não discuta com a Sam. Ela só estava me mostrando à escola a pedido da diretora. — E quem é você rapaz!? — Mãe esse é William de Bernard! — Prazer em conhecê-lo, mas nunca ouvi o sobrenome de sua família. — Eu acabo de me mudar senhora! — Querido não me chame de senhora, eu tenho apenas 28 anos. Chame-me Shirley. — Claro! Shirley. Os dois garotos subiram e eu acompanhei-os até a porta do quarto de Paolo e segui para o meu no fim do corredor. Mas o que me impressionei foi o fato de minha mãe ter mentido a idade. Tudo bem que com as plásticas e os preenchimentos não dá pra notar que ela tem 40. Mas dizer que tem 28 é sacanagem. Troquei de roupa e vesti um vestidinho de cetim preto, marrarei os meus cabelos e me deitei um pouco, acho até que cochilei, sem olhar as horas descia as escadas pra almoçar, provavelmente sozinha. Mas ao chegar na sala de jantar, que surpresa tive. Will estava sentado na mesa, começando a almoçar e meu irmão ao seu lado conversando. Quando eu cheguei na entrada ele me olhou meio que boquiaberto, que vergonha eu tive dele me ver naquelas roupas. Cap. III — O almoço Mamãe havia me obrigado a almoçar com eles naquelas roupas. Soltei meus cabelos, assim causaria menos vergonha, pelo menos pra mim.


Nós almoçamos a maior parte em silêncio, e eles não paravam de discutir regras de videogame, afinal essa é a matéria chave do meu irmão, depois de estética é claro, por que as matérias normais ele só leva bomba..rsrs! — Sam leva o Will até a porta. — Por que você não faz isso Paolo? — E que eu combinei de sair com uma gatinha, e eu to atrasado e ainda vou me arrumar. Hein maninha, faz esse favorzinho pro seu irmão. Eu sei o que você não sabe o que é um encontro oficialmente, mas alivia aqui pro teu maninho. — Eu o que Paolo... — Eu sabia que iria entender... Não seja mal educada, lembre que ele aqui é visita! Imbecil, mal me deu a “missão impossível” e foi logo tirando o dele da reta sorte dele que conseguiu fugir de mim subindo as escadas. —Onde está o Paolo, Sam? Ótimo a hora da verdade chegou, eu não queria admitir, mas ao olhar naqueles olhos era como se todo o meu corpo queimasse, e mesmo que eu não quisesse parecer atirada a roupa em que estava não me permitia isso, maldita hora em que fui vestir uma camisola de cetim preta. — Ah! Will... Paolo subiu estar ocupado por que vai sair com uma garota! — Ah, sim! — Cá entre nós ele não tem muita experiência, a verdade é que ele morre de medo de se aproximar de alguma garota! Caímos aos risos, esse seria o preço que o idiota do meu irmão pagaria por ter me metido nessa roubada. — Relaxa Sam, todos os garotos já foram assim um dia. Depois acostuma e fica fácil! — E fácil pra você então?! — É sim, é meio difícil falar isso pra uma garota, mas eu tive muita experiência no meu antigo colégio. — Desculpe, perguntei só pra te conhecer melhor, mas se não quiser pode deixar de responder minhas perguntas idiotas. — Não são idiotas e só que... — E só que... Vamos pode falar... Eu acho que nada do que você disser possa me magoar ou talvez até já tenha sido dito. — Desculpe, mas é que quando converso com você eu sinto como se já nos conhecêssemos e quando falamos e como você entendesse e pudesse responder a todos os meus preceitos. — Nossa, eu acho que isso foi profundo... Obrigado! — Eu tenho que ir, mas não quero deixar uma má impressão... Eu só disse o que eu sinto, e você precisa saber que você sempre será a minha maior e melhor “amiga”! Eu odiei ele ter usado a palavra amiga, eu estava incontestavelmente apaixonada por ele e ele me chamando de amiguinha, só falta agora ele dizer que quer que eu seja sua irmã postiça. O que na altura do campeonato não seria novidade. Ele foi embora, e ao trancar a porta imaginei como seria dar um beijo de despedida naquela boca, que pra mim não fazia parte do plano mortal.


Sei lá eu sei que isso é infantilidade, afinal a era dos príncipes encantados acabou... Só o que vemos por ai são um bocado de imbecis que querem agarrar as garotas pra se vangloriar pros amigos, muitas vezes eles nem se lembram do nosso nome quando vamos falar com eles no dia seguinte... Mas fazer o que agente não vive sem eles, não é verdade?! Por mais defeitos que eles tenham nós os amamos. Mas o que ele quis dizer com “eu tive muita experiência no meu antigo colégio”, será que no fundo ele é como meu irmão, apenas um conquistador barato. Cap. IV — A revelação Na escola outro dia normal eu que eu... Samara Renaud, não seria o centro das atenções. O que pra mim era mais do que perfeito poderia observar sem ninguém notar, o gatinho mais legal e charmoso da escola William de Bernard. Mas algo estava errado, quer dizer eu já sabia que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde, mas não com tantas e nem esperava esta reação dele. Ta bom eu vou dizer o que eu vi. Will estava conversando com todas as lideres de torcida, até mesmo as já comprometidas e estava como se fosse o galo do galinheiro... Isso mesmo ele flertava com todas como se aquilo fosse o natural de todos os dias. Eu que pensei que ele era diferente, mas ele é pelo menos por fora. — Will posso falar com você!? — Eu não sabia que você era amigo de extraterrestres, gostoso? — Ela é minha amiga sim, mas você pode até ser algo mais?! — Escute Isabela, você pode ser a chefe das lideres de torcida, mas essa sua mascara não esconde o que você carrega de horrível em seu coração! — Sua nojenta, o que você disse! — Calma, meninas! Vou falar com a Samara e depois eu volto a ser completamente de vocês! — Seja rápido Will, não estou a fim de dividir homem ainda mais com coisas horrendas feito ela. — Claro Bella, só vai levar um minuto. Eu estava chocada com a forma que ele estava se comportando, era como se ele tivesse duas personalidades. Me chamou de Samara e não de Sam com esta acostumado e ainda mais chamou aquela vadia de Bella, depois de só ter conversado 5 minutos com ela. Sinceramente ninguém conhece mais ninguém nesse mundo. — Tudo bem pode falar, por que teve que me atrapalhar com as meninas. Eu estava começando a me enturmar?! — O quê?! Acredite Will, você não vai querer conhecer essas ai, você viu como elas me trataram. — Foi só com você Sam, por que comigo elas estavam sendo bem amáveis... Bem amáveis! — Você não é Will. Por que esta me tratando assim, onde esta toda aquela amabilidade e doçura. — Você que me idealizou demais, você é minha amiga, sim! Mais uma razão pra não se meter nos meus assuntos. E assim que eu sou, e é com elas que eu gosto de ficar. Agente se vê depois da aula depois quando todo mundo for embora. — Pode ficar me esperando hoje, você vai passear sozinho.


Estava indignada nunca pensei que ele seria desse jeito. Ele mudou da água pro vinho, do dia pra noite. Nem me beneficiar de ele me considerar sua melhor amiga, serviu. Onde esta aquele Will por quem me apaixonei? Passei semanas sem falar com Will, mas os boatos rolavam soltos pela escola, ele e Isabella estariam de caso segundo as fofocas e que ela estava dividindo ele somente com sua melhores amigas, até fiquei com um pouco de pena de Will esta servindo de escravo sexual para aquelas lideres mal amadas. Ta bom! Eu fiquei mesmo foi com ciúmes. Mas o que me surpreendeu foi no final de Junho, quando estávamos prestes a entrar de férias. Will me puxou pelo braço e trancou a porta da sala de aula, todos já haviam ido embora só nós dois estávamos na escola. — Eu fiquei com saudades dos nossos passeios. E você não terminou de me mostrar a escola inteira? — Não se preocupe, vou pedir pra diretora pra Isabella me substituir, por que não estou em condições de olhar pra essa sua cara de impostor. — Me desculpe por ter te tratado assim, é que você não entende que eu sou homem e eu preciso passar meu tempo. — Então por que não desperdiça o seu tempo comigo em vez de dá-lo aquela oferecida da Isabella? — Sam, deixe disso, você sabe o por quê?! — Não sei não! Pode me dizer, vamos! — Você é minha melhor amiga, em um mês parece que agente se conhece a vida toda, eu me sinto livre pra te contar qualquer coisa que eu sinto ou que eu faça durante o dia, você me conhece melhor do que qualquer um na face da terra, mesmo assim aos meus olhos você parece como um garoto, como um homem, por isso eu achei que entenderia a forma como te tratei. Ta bom eu tive que engolir esse eu te olho ou eu gosto de ti como homem. Mas depois de sofrer com a perda da nossa amizade, os nossos passeios e alem do mais vê-lo nos braços daquela vaca que é a Isabella eu não iria suportar por isso eu resolvi continuar sendo seu “amigO”. — Obrigado pela forma que me ver, pelo carinho que você me dar, mas eu não sou garoto e sou sensível, mas de agora em diante eu tentarei te entender e não mais te atrapalhar. Você é um garoto e como tal eu te digo “vá e divirta-se iludindo aquelas lideres mal amada!” O abraço dele foi um pouco perturbador eu não sabia o quão perto ele poderia ficar sem eu agarrá-lo e revelar todo aquele meu amor platônico. — Obrigado Sam. Vamos embora juntos então... Estava com muitas saudades do meu amigo afeminado. — Claro cara! Tamo ai pra isso, NE! — Muito boa, mas eu prefiro a voz de mulher e seu jeito normal de falar, assim você me assusta! — Tudo bem, vamos pra casa! Cap. V — Sofrer sozinho, assistindo a felicidade do outro. A partir daquele momento decidi que era melhor ficar cega para os erros de Will. Mesmo que todos os dias eu chorasse, poderia ver todos os dias aquele lindo sorriso e compartilhar pequenos instantes que pra mim eram imprescindíveis.


Certa vez o vi se agarrando com Isabella na frente do seu armário, e ela fez questão de mostrar que satisfazia ele até demais, outra vez ele me disse que ela o havia liberado pra sair com a melhor amiga dela Amber, e assim suscetivelmente, até ele ser o mascote do time das lideres de torcida. Ele e o meu irmão passaram a andar cada vez mais juntos, afinal ele também fazia parte do zoológico. Meu coração se despedaçava, eu sofria calada e sozinha, assistindo a felicidade de Will, mas esse sofrimento era o que me fazia sustentar esse meu irônico amor platônico. Em menos de três messes, Will já havia saído com cada garota que fosse alguém dentro da escola, os rapazes o admiravam e ele já era o favorito para o príncipe do baile da primavera. Resumindo ele era tão popular que se tornava inatingível. Nossas conversas pararam de ser na escola e se resumiram a curtos períodos de tempo no jardim de nossas casa, ora na dele, ora na minha. Mas mesmo assim eu o amava. — E ai, senhor príncipe, já escolheu quem vai ser a mula que te acompanhara nessa festa da falsidade, onde todos só querem mostrar as roupas novas e caras que possuem. — Olha e eu que pensei que baile fosse apenas um baile, e não um ritual de macumba como esta descrevendo. — No geral, pra mim ele é visto dessa forma. A maioria das pessoas da escola me odeia, me despreza e são terrivelmente loucas pra que eu morra ou suma da face da terra. — E a outra parte, quer dizer a minoria? — Esses preferem me esquecer e pensar que eu não estou ali, pra que os populares não descontem a raiva que tem de mim em cima deles. — Nossa! Você é a inimiga nº1 do país inteiro, não? — Do país não, só de 99,8% da escola. — Então você pode se considerar a princesa do baile de primavera, com tantas pessoas que te “adoram” não vai ser problema ganhar. — Will, deixe de bobagens. E mais fácil eu ser eleita como o novo sacrifício humano do que a princesa do baile. — Faremos uma aposta então?! — Você e seus joguinhos. Vamos ver qual a idiotice dessa vez?! — Se eu ganhar a coroa, eu dou ela a você, com uma condição? — Tava bom demais pra ser verdade! Qual a condição? — Que você quebre a barreira do mundo e se torne o que você nasceu pra ser. — Isso quer dizer que você quer me ver sendo saco de pancadas da sua namoradinha e as amigas dela?! — Não sua idiota! Eu quero que você se torne a garota mais popular e maravilhosa do colégio! — E se todas as apostas estiverem erradas e você perder. O que eu ganharei com isso? — Deixa eu ver... Posso ser seu escravo durante um mês, fazendo todas as suas vontades. — Feito!


Eu não poderia recusar e ele sabia disso. Ter ele durante um mês inteirinho só pra mim, era mais que sonho, era tudo que eu queria desde o dia que eu coloquei os olhos nele. Desde esse dia comecei a campanha anti-Will, e Julia me ajudou muito já que ela aquela amiga de todas as horas. — Sam, ver aquele gato sendo seu escravo durante um mês, vai ser Mara! — E você não viu a lista de desejos que eu quero que ele satisfaça. O que era mentira, mas pra colocar pimenta na história eu resolvi soltar essa mentira de verdade. Faltava uma semana pro baile e em um mês de luta eu até tinha conseguido alguns adeptos. Mas parece que a vagabunda da Isabella tinha se entregue a causa também. — Olha aqui, sua CDF, metida a sabichona. Você pensa que eu não sei da aposta. — Que aposta vadia do pompom! — A que você fez com meu gostoso. Sinceramente não deixarei você ter ele como escravo! — E ele te contou o que ira acontecer se ele ganhar. — Sim, e cá entre nós eu prefiro ver você quebrar a cara tentando ser popular do que ter que dividi-lo com você. — Muito bem vadia... Vamos ver como você se sai! — Claro CDF, muita má sorte pra você! A guerra estava declarada, os preparativos já haviam começado, eu não pensava em outra coisa a não ser no baile. E faltando menos de dois dias foi que eu vim perceber que não havia comprado o principal meu vestido pro baile. Cap. VI — O vestido e o Baile. Não havia mais nem uma loja na cidade que tivesse um único vestido, eu acho que as garotas alugaram até as fantasias de Halloween da loja. Voltei pra casa exausta depois de tanto bater perna pela cidade a procura do vestido perfeito. Foi ai que me surpreendi, minha mãe estava na sala com um grande embrulho em suas mãos. —Mamãe, aconteceu algo? — Eu sei que você não comprou vestido, então resolvi te emprestar um dos meus! — Mãe eu acho que nos não nascemos com o mesmo gosto para roupas! — A vamos lá, experimente, eu juro que eu ainda nem vesti ele. Na verdade eu comprei pensando em você, mas você nunca me deu uma oportunidade para te dar. — Tudo bem! Deixa eu ver. Me surpreendi ao abrir a caixa. Apesar de ainda ser um pouco perua o vestido era lindo de morrer. Era vermelho, daqueles bem cheguei balonê com um toque de mulher independente e menina moça, do jeito que eu gostava o modelo não era chamativo, mas a cor não me agradou muito. Pensei em mandar fazer outro na costureira, mas já estava em cima da hora e não daria tempo. O baile seria manhã à noite. Eu não pude despistar a minha mãe ele fez questão de contratar o melhor esteticista da cidade pra fazer cabelo e maquiagem.


— Ei, Sam. Já se preparou pra perder a aposta. — Claro que não, Will. E se eu fosse você eu colocaria as correntes, por que você vai ser meu escravo. — Espere ai minha senhora, eu ainda não perdi e se as pesquisas estiverem corretas eu serei o grande garoto que fez o passarinho sair da gaiola. — Certo senhor maravilha! Não me diga que quando completar 21 anos você vai erradicar a fome do mundo? — Não, eu acho que essa aposta vai requerer todo o meu talento. Mas mudado de assunto o Paolo ta ai?! — La em cima se arrumando pro baile, entra! — Mas são 2 da tarde ainda! — Não vai me dizer que ainda não percebeu que ele é uma garota em crise de nervos. Ao chegar na sala o circo estava armado, minha mãe e um salão de beleza inteiro com os mais diversos equipamentos. — Nossa! É impressão minha ou 3ª guerra mundial acabou de se instalar na sala? — Duas palavras: Minha Mãe! — Sam, onde você esteve!? Estávamos te esperando? E você Will, o Paolo estranho quarto, suba rápido, não queremos homens nos atrapalhando! — Claro, Shirley! —Ótimo! Realmente nem eu mesma reconhecia a minha sala. Tava parecendo ate um salão mesmo, cadeiras, espelhos e tudo mais que você puder imaginar tinha ali. — Vem filha senta aqui. Monsieur Ricardo, cuidará de você! — Certo! Alisamento, Baby-liss, bob’s, penteado anos 60, 70, 80 e 90, coisas mais atuais como os penteados com corte de navalha, tudo foi experimentado. Já era cinco da tarde e ninguém havia decidido o que fazer. Cada cabeleleiro queria uma coisa diferente, meu couro cabeludo já estava dormente de tanto puxa e repuxa. Até que optamos por uma coisa mais simples e de um leve caimento, uma escova com reflexos vermelhos da cor do vertido e com uma franjinha de lado, maquiagem pesada nos olhos, um leve blush e um batom vermelho, mais nada chamativo apenas pra dar cor. As unhas eu quis pintar de preto combinando com a maquiagem e os sapatos de salto. Pronto agora só faltava o essencial o vestido, eram 7:30 da noite e eu nem ao menos tinha trocado de roupa. O vestido tinha exatamente o meu numero, mas no tamanho ficou curtíssimo e só o fato de ser tomara-que-caia e ainda naquela cor, já dizia que eu era a garota que mais receberia olhares, não só por estar bonita mais por ser a mais sensual e com coisas a mostra. Agora eu sei o que a minha mãe sentia quando vestia um de seus modelitos. Não bastava estar mais de meia hora atrasada ainda tive que esperar o Paolo terminar de se arrumar, eu não tinha par então era o jeito eu esperar ele já que ele tinha mais de três garotas esperando por ele. 8:00Hs, foi nesse instante que ele resolveu descer as escadas parando em cara espelho pra ver se não havia se amarrotado todo.


— Vamos! Já estamos atrasados mais de 1 hora. — A pressa é inimiga da perfeição. Falando nisso até que você ta arrumadinha. Algum motivo especial? — Hoje eu vou ser o que eu nasci pra ser! E Paolo, você sabe me dizer se Will vai com a Isabella? — Acho que sim, os dois estão namorando! — O que?! — Você não sabia porque tava ocupada demais com a sua campanha, e ele pediu ela em namoro. Dentro da limusine vinha pensando em tudo que aconteceu e o que Paolo me disse. Eu podia ser um ridícula CDF que ninguém notava, mas burra eu não sou. Ele me distraiu com essa aposta idiota enquanto tudo o que ele fazia era ganhar. Enquanto a amiguinha sem sal se tornava a popular da escola a sua namoradinha ficava sem brilho e ele poderia aproveitar mais ela, por que depois do baile as atenções estariam voltadas para mim. As lágrimas queriam sair, senti meus olhos se marejando, minha expressão de felicidade, desmoronando. Se era isso que ele queria, era isso que iria ter. Não iria acabar com seus planos. Apenas daria um jeito que eu não perdesse tudo. Chegando na porta do baile, todos olharam pra mim, confesso que fiquei assustada, nunca fui o centro das atenções. Mas por fora eu demonstrei ser uma perfeita atriz um sorriso estampado de orelha a orelha, posando pra todos os flashes. De longe avistei o meu quase namorado do mal e se atual vadia, bebendo ponche, meu irmão ficou meio ofuscado porque toda a atenção estava voltada pra mim. Todos os garotos do baile queriam dançar comigo ate mesmo os que já tinham par, mas o único que eu queria ao meu lado era único que não me queria. Por isso neguei cada pedido, um atrás do outro. Foi ao que a minha fiel escudeira chegou. Julia a única garota sem par da escola. — Julia que bom te ver amiga, não sabe o quanto preciso de você! — Sam! Que é isso garota, você ta arrasando o pessoal ta olhando pra você como cachorro com fome na frente da mercearia. — Credo! Definitivamente eu terei que te ensinar umas gírias. — Hum... Agora que ta cheia de pose não se lembra dos amigos! — Nada disso... E pra te provar, você vai ser meu par no baile. — Ta bom, já que não tenho outra escolha, mas te aviso logo que isso vai ser muito estranho. — Certo vamos logo pegar uma mesa. Pegamos uma boa mesa, no meio do salão, bem próximo da pista de dança. A festa estava um tédio, mas Julia ouviu uns boatos que me pareciam ser verdade. — Sam, você será primeira capa do jornal da escola. Ouvi o editor dizer que mesmo que você não tenha se candidatado já havia sido eleita a rainha e a garota mais bonita do baile. — Ótimo, isso é perfeito para o andar do meu plano. — E a sua aposta com o Will?


Contei tudo a ela, que me pareceu bem empenhada em me ajudar a desmascará-lo, mal sabia ela que eu queria fazer ele cair no próprio buraco em que cavou e de lá ficasse gritando meu nome perdidamente apaixonado. Will ganhou a aposta e foi eleito príncipe do baile ao lado daquela vadia da Isabella. Mas por sinal meu plano entraria em ação. Cap. VII — O plano Sábado, todos com ressaca do baile. Mas em compensação esse seria o dia em que colocaria meu plano em ação. Will não queria que eu me torna-se a mais popular, então isso o que eu faria, só não sei se ele acharia benéfico pra ele. Primeiro, fui a cidade e mudei todo o meu guarda-roupa de menina comportada, pra gostosa e arrebatadora. Comprei tudo que estava na moda, as roupas de marca, as maquiagens mais caras, bolsas de griffe, e tudo o que meu dinheiro até então não usado, agora poderia me proporcionar. O domingo foi de uma intensa preparação, eu seria o que todos queriam que eu fosse, e eu mostraria pra eles que isso não seria exatamente bom, pois e melhor ser você mesmo do que não ser ninguém, apenas um retrato que todos querem admirar, mas que não querem levar pra casa. Na segunda de manhã, acordei bem cedo pra dar tempo de chegar na hora, eu como a antiga CDF, sempre cheguei antes do horário bater, mas agora meu dever como super popular era chegar na hora que o sinal bate, assim todos prestariam atenção em mim. Eu estava com uma bolsa Chanel branca, com uma calça jeans da Seven, uma blusa da planet girls e um óculos da Chilli Beans, e uma Melissa de salto alto. Eu seria a senhora popularidade que a Isabella nunca sonhou em ser em todos esses anos de escola. A guerra estava declarada e a sorte estava do meu lado. Cheguei bem na hora do sinal, todos olharam pra mim quando passei da porta de entrada. Já podia ouvir de longe as lideres de torcida comentando as marcas que estava usando naquele momento. Os garotos fizeram fila pra levar meus cadernos até a sala, até Will que estava se agarrando com a Isabella no meio dos corredores olhou pra mim com uma cara muito, mais muito bisara. Era matemática e quando entrei na sala o professor já estava fazendo a chamada, ele é meio paranóico sabe, então começa a chamada de baixo pra cima, eu cheguei bem na hora em que fui chamada. Todos responderam que eu não estava e até o professor quando eu entrei perguntou: você é aluna nova, senhorita? Será que eu estava tão irreconhecível assim?! — Não senhor, eu sou Samara Renaud! — Ótimo! Então sente-se, no seu lugar senhorita, e tente não se atrasar mais! Caminhei até minha carteira com todos os olhares grudados nas minhas costas, mas o que me fazia ficar cada vez mais confiante foi à cara de ódio que vi estampada no rosto da Isabella, afinal era esse um dos meus objetivos: Infernizar a vida dela até ela desejar nunca ter entrado naquela escola. Pode até parecer maldade, pêra ai! “Parecer”, mas é pra ser maldade pura, afinal agüentar o que eu agüentei dela todos esses anos a ainda mais calada. A vingança iria ser doce, feito doce de leite com granulados.


— Sam, é você mesma, ou alguém ta tirando onda com a minha cara?! — Julia sua bobinha, sou eu na minha nova vida! — Eu acho que mamãe colocou 51 no meu café! Que historia é essa de nova vida? — Agora eu sou a mais popular e dito todas as regras da escola. E se eu mudei você também vai mudar! — Tá eu acho que só essa sua bolsa custa o salário de um ano inteirinho do meu pai! — Dinheiro não é preocupação, mais eu preciso de uma aliada nessa minha luta e você é a única que não olhou pro meu dinheiro e sim pra mim. Debaixo dessas roupas da moda e de todo o dinheiro há uma pessoa de verdade e você foi a única que percebeu. — Ta bom, puxa saco! Eu te ajudo com que precisar. — Ótimo, passa lá em casa depois da aula pra pegar umas roupas! — Tá bom! O dia se deu normal, a não ser que eu antes esquecida e tida como um empecilho nos corredores agora era o centro das atenções. As lideres me chamaram pra almoçar, no lugar da Isabella, que sentou com o time de futebol, já que Will recentemente tinha entrado. Eles são gatinhos eu tenho que reconhecer, mas aquela mesa seria interditada pelo Ministério da Saúde, era maior porcaria. E a cara dela não era das melhores. Will não tirava os olhos de mim, o que pra mim era o primeiro sinal de que meu plano estava dando certo. Ao fim quando fui ao meu armário deixar os livros, algo inesperado aconteceu. Um mar de cartas despencou pra fora. A maioria era dos garotos se declarando e pedindo por uma chance comigo, até parece. Mas a ultima que eu peguei pra levar pra casa me surpreendeu. Era do time de lideres de torcida. A curiosidade me pegou e eu tive que abrir aquela maldita carta ali mesmo. Cap. VIII — A Surpresa da Carta. Proposta Irrecusável! O envelope era grosso e grande, parecia que não tinha apenas uma carta, mais várias. Eu pensei que elas estivessem se organizando pra me pegar na hora da saída, mas a hora do almoço até que foi agradável, por que sem a Isabella as lideres não passavam de garotas normais e legais, mas com ela não passavam de um bando esnobe que gostava de maltratar e humilhar as pessoas. Enfim quando puxei o papel pra fora me surpreendi, era um papel imenso. Era um abaixo assinado. E o que mais me deixou animada foi o assunto sobre o que ele tratava dizia bem no inicio: _____________________________________________________________________ Abaixo Assinado — Torcida Organizada E. E. C. F. Ribeiro Sousa Assunto: Escolha de uma nova capitã. Escolhida Samara Renaud ______________________________________________________________________________________________________________________

Todas as lideres sem exceção me escolheram e assinaram, claro que o que eu tinha ali era uma cópia, a original estava com a diretora, mas estava tão feliz. Minha


primeira vitoria nessa nova vida. Eu queria emoldurar aquele abaixo assinado na porta da minha casa. Amanhã todos já saberiam que eu seria a nova lidere da torcida organizada. O que não seria difícil por que a muito tempo atrás eu era lidere e a Isabella a minha melhor amiga, até que ela me deu uma rasteira e tomou tudo o que eu havia conquistado e eu decidi que seria sempre o oposto do que ela havia se tornado. Mas agora, essa seria a prova de que o mundo dá voltas. No outro dia... Meu antigo uniforme estava todo mofado, mas uma boa roupa de ginástica iria servir, um colan rosa choque com uma calça preta bem colada, cabelo preso em um rabo de cavalo. O dia foi tão perfeito, Will não parava de me olhar, onde passava era motivo de suspiro dos homens e eu não cessava de gargalhar da cara de Isabella minha eterna oponente. 4:00 da tarde, hora do ensaio das líderes, e eu cheguei no momento mais propício, o momento em que todas as torcedoras chamaram Isabella para anunciar sua saída como lidere. — Isabella, nós achamos que seus objetivos não estão sendo voltados para o bem das lideres e mais achamos que usa o titulo de lidere para suas próprias armações. — Pera ai, Âmber! Você é minha melhor amiga e minha vice-lidere o que ta tentando me dizer. Nessa hora resolvi me aproximar, pra ter uma visão melhor do barraco. — Que você foi demitida, do cargo de lidere amiga, mas pode continuar a animar, junta com todas nós, só não vai poder mandar, nem montar coreografias, nem dizer o que somos e ficar por isso mesmo. — O quê, você tomou muito refrigerante e não ta bem das idéias, vocês nunca ganharam nem uma competição e nem montaram uma coreografia sem mim. Vocês são inúteis sem uma lidere. E não há ninguém nessa escola que possa ocupar o meu cargo, nem você Âmber. — Oi gente! Cheguei pro ensaio... — O que essa sujeitinha ta fazendo na quadra vestida desse jeito. Eu queria ver o circo pegar fogo, e nesse caso o carro dos bombeiros não iria chegar a tempo. — Ela será nossa nova lidere, e se bem me lembro ela sempre foi melhor que você. Por isso vamos começar o ensaio. — Nunca vou aceitar ordens dessa garota, sou capaz de antes disso dar uma rasteira nela! — Quer você queira ou não querida, eu sou sua chefe, eu acho que só recobrei meu lugar de direito. E eu acho que vai gostar de saber que não foi a maioria das lideres que votou em mim, mas sim todas elas. Então você não está em posição de exigir, queridinha! — Só está no cargo a dez minutos e já está se achando o máximo. Aproveite, Sam por que você não vai esquentar lugar nessa torcida. — Ai que você se engana minha querida, eu já estou nesse cargo a 24 horas e sou tão mais eficiente que você. Que já montei novas coreografias, mas para saber


posições preciso realizar testes as melhores ficaram na frente comigo, as ruins lá atrás onde ninguém possa vê-las. Que tão você ser a primeira Isabella?! — Não obrigado. Estou saindo definitivamente dessa torcida. — Boa viagem queridinha. Nessa hora o time de futebol, que meu irmão, Paolo e Will participam, entrou pra treinar as jogadas. O plano da torcida organizada deu certo. Agora ela passaria o resto da tarde e da noite afastada de Will. Já era m pequeno passo pro meu objetivo final. — Isabella, o treino começou, onde vai? — Sai da equipe Will! — Por que?! — Pergunte pra sua amiguinha! — Sam, o que você fez? — Nada ela simplesmente, não gostou da torcida ter me votado como lidere e expulso ela do cargo. — E você, não tem nada haver com essa votação? — Não. Eu fui lidere desde que nasci. Agora se ta com roupa suja pra lavar com a sua mulherzinha lave com ela, não me amole com besteiras. — Você ta muita mudada! — Só revelando o que você queria que eu fosse. — Parece um anjo por fora, mas aquela minha amiga, se transformou um demônio por dentro. — E aquele meu amigo, o cara da minha vida, se transformou no maior idiota do mundo, um cego que não vê um palmo diante do nariz. — O que quer dizer com isso? — Olhe ao seu redor, eu mando na escola, mas eu não deixei que isso interferisse no meu coração. Mas você se deixou abalar demais. — Continuo não entendendo! — Se você gosta de Isabella vá atrás dela e console-a, perde treino e corra risco de sair do time. Mas se ta com ela só por que ela é gostosa e tem um corpinho bonitinho, fique, treine e não me amole. Eu faria ele ver, que quem ele ama sou eu. E que me usar pra ficar com a Isabella foi o pior erro da sua vida. E eu já tinha a escola inteira a meu favor. Cap. IX — Decepções (Contados do ponto de Vista de Will e Sam) Will: Eu não posso ser expulso do time ainda mais por mulher. A Isabella é gostosa mais ela não merece isso. Falando nisso eu não sei nem por que eu to com ela. No fundo a Sam ta certa. Falando em Sam, onde ela está. Por que eu vejo o seu corpo, e que corpo... Pêra ai, o que eu to falando, ela é minha melhor amiga, ou era até o alienígena que falou agora pouco se instalar no seu corpo, de garota normal pra mim. Sam:


Aquele idiota... Um idiota tão bonito... Bonito que nada, eu jurei que iria matar esse amor impossível, ele não sabe ainda o que esta perdendo. Mas que papo era aquele: “Não to entendendo”, “ ainda não entendi”,ele queria o que, que eu me declarasse ou algo do tipo ou confessasse que odeio Isabella e que passei a odiar mais ainda depois que começaram a namorar. Sinceramente, por que eu fui me apaixonar logo por ele. Ele é do tipo que mais odeio, dos rostinhos bonitos que querem conquistar o mundo só com a embalagem e nenhum conteúdo. Will: Ela nunca será seu tipo, Will, então para de olhar feito bobo pra ela. Há mais aquela calça ta tão coladinha, ela tinha esse corpão o tempo todo, mas onde será que estava escondendo todo esse tempo... Não dá eu já não consigo para de olhar... Será que to me apaixonando por ela. Não eu acho que eu só to carente, por que nunca mais me encontrei com ela no balanço de casa, pra conversar sabe, desabafar, voltar a ser criança sem ninguém me olhar e criar um personagem sobre mim. Sam: Será que depois de tudo que eu fiz ele ainda não percebeu o que eu sinto. Eu desistiria de tudo que consegui dessa popularidade tão almejada por alguns, eu fui capaz de abrir mão de quem eu era simplesmente pra provar o que ele perdeu e se ele me dissesse sim eu abandonaria toda essa babação, pra voltar a ser anônima nos braços dele. Will: Melhor deixar quieto, do jeito que está com certeza sairei no lucro. Isabella é gostosa, não sei por que me queixo, apesar de quase sempre não termos nenhum assunto e eu enjoar de só ficar beijando ela, ainda posso dizer que rolo uma química. Sam me revelou ser como todas as menininhas ricas e mimadas. Sam: Ele provou pra mim que não me merece nem um pouco. Por isso vou tratar de esquecer amores impossíveis com um amor possível, paciente e bom. E já sei quem vai ser meu pretendente. Julius, capitão do time de futebol e que a algum tempo vem recebendo não de mim. Melhor da uma chance pra ele. Quem sabe?! Will: Ela trocou o jeito previsível por um mais “bomba-atomica” ou caixinha de surpresas. Pra quem parecia tão quietinha e certinha ela não passou um envelope de decepções pra mim. Agora sou obrigado a ver ela e meu capitão, andando por ai, e o pior que não posso falar nada, se não serei expulso do time. Se ela ouvisse o que eu escuto no vestiário masculino. Sam: Faz três dias que to saindo com Julius e ele me parece ser o extremo contrário de Will. Apesar de demonstrar ser bem cafajeste mais isso pouco me importa no momento eu só quero me consolar mesmo. E faz três dias que encontro bilhetinho no meu armário todos com uma única mensagem “se afaste de Julius, não é pra você!”. Cap X — O Ciúme é o melhor tempero da Relação


Eu tinha certeza que aqueles bilhetinhos tinham sido deixados por Will, mas não iria ceder as chantagens se ele pensa que eu ficarei pra sempre só apenas esperando por ele está muito enganado. Eu iria a luta, por mais que eu o amasse perdidamente de uma forma que nem eu mesma sei explicar, eu não poderia dar uma de idiota, se ele quer tem que vir buscar. Eu sabia que Julius não era pra mim, sabe ele é do tipo de cara egocêntrico que só fica com as meninas boazudas, apenas pra aparecer e demonstrar que um capitão de time é poderoso e tem que ter a gata mais poderosa da escola também. Sabe esse é o tipo de charme que não atrai nenhuma garota, mas já que eu tinha fama e beleza, iria me arriscar a ter um namorado de fachada. A semana estava boa, as minhas supostas amigas de time, estavam me dando todo o apoio, pra começar a namorar com Julius, claro elas querem, me ver pelas costas e ser chifrada com toda a escola, então me incentivavam em tudo. Eu e Will cortamos relações não nos encontrávamos nem pra ir pra casa juntos. Julius me cercava de todas as maneiras possíveis, por exemplo: Pular em cima de mim, contra a torcida, pra me agarrar e dizer eu era mais difícil de conquistar, do que um jogo de fina de campeonato. Cá entre nós essa comparação foi horrível, mas até de certa forma ele deixou bem claro que estava a fim de me conquistar. — E ai Sam, vai me dar uma chance? — Não sei? Depende... — Depende de que gatinha?! Eu faço tudo que quiser! Nesse momento Will vinha passando atrás dele, e eu não resisti a uma retaliação. — Julius, você quer namorar comigo firme ou só é mais uma curtição? —Você é a mais gata da escola Sam, você acha que eu só quero ficar. Você é especial, não sei como não notei você antes. A idéia sem graça, feia e CDF, me vieram a cabeça, mas resolvi calar pra evitar o conflito. Will havia sentado no meio do campo, era hora do descanso e todos estavam no vestiário, mas ele parecia estar ali apenas pra me confrontar, pra saber se eu era capaz de ficar com Julius na sua frente, ele tinha muita certeza de que eu o amava. Ele virou e ficou a nos fitar, sabe aquele olhar de “bode expiatório”. — Julius, então você oficializa essa conversa como um pedido de namoro?! — Claro Sam, eu já não consigo dormir, pensando nesse seu corpo, fazendo todos aqueles movimentos das lideres, tão sexy, meiga, inteligente e apaixonante. Se meu futuro estivesse certo e traçado eu queria que você fosse a minha companheira de todos os momentos. — Então se eu sou tudo isso, eu aceito ser sua namorada! — Ótimo, mas eu não quero que você ache que quero só transar com você,por isso eu estou de acordo em ir no seu tempo. Eu não acreditava que ele era tão medíocre, ele acreditava que eu estava entrando na onda dele, e que iria aceitar tudo numa boa. Mas meus planos não podiam falhar. O segredo da felicidade é não desistir de procurá-la e não desanimar na primeira vez que não encontrá-la. E eu não iria desistir de Will por, mas que ele não merecesse todo o meu amor, ele teria que me dizer na cara que não me amava pra eu poder finalmente acabar com essa fachada que patricinha super-popular.


— Julius, me beija logo! — O que?! Sam... — Se você não me agarrar, eu termino agora com você. Eu quero sentir com que intensidade você me deseja. Ele me agarrou sem esperar eu dar uma única palavra, ta que eu curti os amasos, mas ele era um verdadeiro canalha, colocou pressão, acho que ele pensou que depois daquelas declarações fajutas eu daria a ele tudo que pedisse. O intervalo acabou e quando a sineta tocou pro segundo tempo de treino, eu me desvencilhei dos braços bombados de Julius e olhei rapidamente pra trás. — Calma gatinha, não se preocupe se alguém nos verá ou não. Somos namorados, certo! — Claro... Mas eu não estava preocupada com esse horrível fato, e sim com Will, se ele ainda estaria lá, me observando com aquele olhar de cachorro que partia meu coração só de pensar. Ele havia ido embora, não ficou nem pro treino, ele havia sentido na pele o que eu sentia quando via ele com a Isabella. Se ele se sentiu tão abalado a ponto de não ficar pro treino é por que ele deve sentir nem que seja um pouco de ciúme por mim! Cap. XI — Descobrindo seus Sentimentos (Contado do ponto de vista de Will) Meu Deus avisei tanto, mas aquela idiota não me escuta mesmo. Parece que enlouqueceu, parece outra pessoa, ela mudou tudo, de seu jeito de ser e vestir até mesmo a sua personalidade. Ela não sabe o que se passa naquele vestiário masculino, Julius só quer agarração e, é tão cínico que seria capaz de tudo. Ela vai ficar com ele depois do treino foi isso o que os zagueiros estavam me confirmando, e eu vou estar lá, se ele encostar um dedo sequer sem a vontade dela, eu arrebento ele, não me interessa mais time. Eu já não consigo mais nem raciocinar de tanto que estou atolado nessa história. Ela não seria capaz de ficar com um cara daqueles, até então eu tinha certeza que era uma garota ingênua e tola, que tudo que queria era terminar a droga dos estudos e ser a oradora da classe, aquela garota que se mata de estudar pra no ultimo dia de escola, todos possam ver quem era aquela garotinha que andava no anonimato. Eu achei sinceramente, que ela fosse daquelas que se apaixonassem por qualquer um que lhe dessem bola, eu achei sinceramente que ela era perdidamente apaixonada por mim. E talvez, até por esse motivo, não dei bola pra ela, saberia que sempre, por que a decepcionasse, ela estaria ali esperando por mim. Agora a minha pequena CDF, esta ali no corpo de uma mulher deliciosa, ou melhor uma carne suculenta a ponto de ser devorada pelo tigre faminto, por que era isso que Julius era, um caçador. Ela parece estar me encarando e por mais que queira disfarçar, meus mais profundos pensamentos me dizem que não devo desviar o olhar, por isso me encontro quase instigantemente a encarar aqueles olhos, que sem aqueles óculos fundo de garrafa, me parecem um céu em manhãs calmas, de tão azuis que hoje se tornaram diante de mim.


Mas agora não são mais os olhos dela que me impressionam, mas o que os meus acabam de me revelar, ela aos beijos com Julius, logo ele um cara tão indecente. Nunca pensei que aquela garotinha, que me acompanhou e consegui a minha amizade em tão pouco tempo um dia faria isso. E o mais importante eu mesmo não sabia explicar, por que ver eles dois juntos me maltratava tanto, me doía tanto por dentro, afinal motivos concretos eu não tinha, estava ali observando apenas pra satisfazer um capricho do meu coração. Eles eram solteiros, e ele apesar de aparentar ser um cafajeste que só quer curtir, pode até está gostando dela de verdade. Mas e ela, não me conformava ao me deparar com aquela cena... Ela decepcionara meus sentimentos. E eu nada poderia fazer, nem tirar satisfações eu poderia, então por que continuar ali a observar o amasso dos dois, aquilo só faria a minha dor de cabeça aumentar. Aquele aperto no peito, a sensação de ter esquecido algo muito importante pra atrás, talvez até tenha esquecido, lá junto com eles a pouca dignidade que carregava dentro de mim. A palavra perda assolava a minha mente, será que eu: um cara comprometido e com uma namorada gostosa poderia querer mais? Afinal o amor que as meninas tanto esperam foi só um conto de fadas, uma história pra quem quer ver um relacionamento do ponto de vista mais romântico. Eu não sei o que é isso, eu nunca vi, nem o ouvi nos meus pensamentos, mais agora algo me dizia que a minha vida não tinha emoção até conhecer uma garota, ingênua e engraçada, que soube mais de mim em pouco tempo, do que eu mesmo em toda a minha vida. Eu descobri sentimentos dentro de mim, antes mesmo desconhecidos, emoções que nunca ninguém me provocará antes. Será que ela aquela dor de cabeça, aquele desejo, o aperto no coração e sensação de perda que estava sentindo poderiam ser traduzidos no amor que nunca antes conheci, ou em um ciúme de amigo exagerado? Todos já deviam saber no vestiário, não surpotaria ouvir os comentários durante e depois dos treinos, achei melhor adoecer repentinamente, pra esquecer o que aquilo me provocou. Seria obvio demais, pra ela... Afinal ela fez aquilo na minha frente, como se quisesse que eu visse que ela não era tão a fim de mim como pensei. Depois de uma pequena caminhada, cheguei em casa, e da janela do meu escuro e oriundo quarto, dava nitidamente pra observar a casa dela, tomei uma ducha bem gelada, pra afogar todas as mágoas, nunca nenhuma garota me afetará tanto. Me joguei na cama, apenas de cueca, e lá mesmo adormeci. Durante não sei quanto tempo me peguei apenas em uma grande escuridão, mas foi ai que escutei sua voz. — Will... Will... Acorda! Eu acordei, e como aquilo parecia real. Ela ali só naquele vestidinho de cetim, seus cabelos loiros desfaleciam pelos seus ombros o que me deixava ainda mais encantado. — Você está tão linda Sam! — Então me beije... Hoje eu sou sua namorada! Ela se jogou sobre o meu corpo, repousando calmamente sobre mim, fitou meus olhos e beijou a minha boca, como antes ninguém tinha me beijado, nos conversamos, nos beijamos ainda mais, e naqueles beijos tive a certeza de ela me completava, me satisfazia, me excitava e me fazia sentir a pessoa de mais sorte na face da Terra.


Eu chamava incessantemente pelo seu nome. Eu me entreguei a aqueles devaneios, algo assim não poderia ser real e ao abrir e fechar meus olhos, eu me encontrava mesmo, sobre a minha cama, com uma mulher muito bonita sobre mim. Mas não era Samara, era Isabella, empurrei-a de cima de mim, em um solavanco de susto. — O que houve Will! — O que você ta fazendo aqui Isabella? Como você entrou? — Eu pensei que você iria gostar da surpresa?! — Responda logo! — Um dos zagueiros me disse que você não ficou até o fim do treino e como eu não sou mais da equipe resolvi vir ver o que aconteceu com você. — Isso explica com que objetivo você veio, mas o fato de ter entrado na minha casa, e no meu quarto. — Sua mãe me disse que fazia horas que havia chegado e que provavelmente estaria dormindo, eu perguntei se poderia subir e ela disse que sim. Eu acho sua mãe muito liberal, mas confesso que gostei dessa atitude dela. — Minha mãe, é sua cúmplice então? — Não brigue com ela, se você me der meia hora eu faço você esquecer essa chateação toda! — Será que não ta vendo Isabella?! Eu to doente estourando de dor de cabeça e você ainda quer se aproveitar de mim. — E ela não é? Você não me quer por causa dela! — Ela quem? Do que você ta falando? — Não se faça de idiota. Me disseram que nos treinos você não tira os olhos dela! — Isso é mentira. Agora você vai dar uma de namorada ciumenta, e vou logo lhe dizendo que se for pra ser assim é melhor terminarmos. — Você vai terminar comigo pra correr atrás dela, e não vai te querer seu idiota ela aceitou o pedido do Julius. E você vai ficar chorando no sapatinho de cristal da nova cinderela da escola. Sofra, se é isso que quer! — Isso não é verdade. Não acredite em tudo que lhe contam garota! — Quando eu cheguei aqui, você estava chamando por ela, todo excitado. Meus instintos foram mais forte e mesmo você chamando por ela eu resolvi me aproveitar. E agora que explicação você vai me dar? Me sentei ao lado de Isabella na cama, e por muitos minutos pensei no que La havia me falado, talvez eu só estivesse me enganando e Sam não gostasse de mim, por isso resolvi inventar uma mentira e continuar namorando com ela mesmo assim. Mas agora que eu sabia de tudo que sentia eu não abandonaria meus sentimentos tão drasticamente. Eu investiria e sondaria Sam, até ela me confessar o que realmente quer: Se sou eu o que pretende ou só que enlouquecer meus sentimento e fazer da minha vida um completo inferno. — Isabella, eu sonhei com a Sam tentando me beijar, com aquele aparelho horrível de CDF, aquilo era um pesadelo, foi ai que você surgiu de dentro do meu armário só de calcinha e começou a bater nela, por isso que eu estava tão excitado e chamando por ela. — Tem certeza de que essa é a verdade, ou apenas o que quer que eu escute?! — Essa é a verdade, eu não me controlo perto de você, me deixa acesso até pensar, mas não quero que sai espalhando esse tipo de sonho que estou tendo pra todas as suas amigas. Vamos apenas dar um tempo e esquecer esse assunto, certo? — Tudo bem! Mas eu quero que me beije!


Eu não tive como escapar, eu beijei Isabella, imaginando que quem estivesse ali fosse Sam, e pro meu prazer, deu certo Isabella foi embora depois de algum tempo e eu tive tempo de pensar no que faria para ter Sam contra a parede. Cap. XII — Contra a parede Os amassos com Julius eram bons, mas mesmo com aquele papo de “amo você”, “eu nunca senti algo assim por alguém”, “você me deixa louco”, e principalmente “eu espero o tempo que quiser” eu sabia que aquilo era da boca pra fora. Mas mesmo assim, continuava e percebi que a reação de Will, também mudava. O que antes ele via com descaso agora passou a ser motivo de observação. Em todo lugar que eu ai sentia Will, a me perseguir, seja pelos corredores ou o pátio da escola, parece que estou sempre na mira de seus olhares vigilantes. Eu estou a ponto de desistir, não sei mais o quero. Gastei tanto tempo com desculpas bobas, para adiar todos os meus sentimentos; Vinganças sem sentido, e principalmente por pessoas que não merecem uma grama do meu esforço; Fiz planos mirabolantes pra conseguir algo que queria mais que tudo, e até agora não consegui resultado nenhum. Acho que vou me conformar, com todas as voltas que minha vida deu, desempenhar meu papel na hierarquia dessa escola, assim como antes, só que agora de uma perspectiva muito melhor, manter meus velhos amigos sem discriminar os novos, por mais tolos que pareçam às vezes. Continuar com Julius e tentar esquecer Will, que nunca passou de alguém que não reconheceu que o amor poderia estar ao seu lado. Os homens falam que nós somos difíceis de entender, mas quem é o complicado da história? Eles preferem ir atrás de um corpinho que vai dar muito tesão e se atar a uma história sem pé nem cabeça, chifrar a menina até não querer mais e partir pra mesma tática de novo e de novo. Enquanto, que nós garotas decentes, procuramos aquele cara, aquele olhar, aquele abraço, aquele beijo... Sabe... Uma paixão, aquele com você sonha. Falando assim parece até o príncipe encantado, mas eu acho que já ultrapassamos os contos de fadas... Não existe príncipe encantado, ou amor fácil, se você quer tem que lutar, e foi isso que tentei fazer até agora, lutar por amor. Eu queria amar alguém pra poder transformar os seus maiores defeitos em grandes qualidades, seus maiores medos e mentiras em sorrisos e sonhos. Lá está ele, no meio do corredor vazio. Acho que Will esta esperando Isabella, então é melhor não tentar ter a amizade dele de volta, vou passar direto sem nem sequer olhar, tentar esquecer. A escola parece tão clama e tranqüila, nem parece uma zona de guerra e conflitos. Oh, ou!!! Por que ele esta olhando pra mim? Claro né, sua idiota, talvez seja por que você é a única coisa no meio do corredor. Mas ele nunca revelou esse olhar, de desejo, meu corpo inteiro parece esquentar apenas com o olhar, minhas mãos soam frio, meu coração bate alucinadamente, será que nunca vou poder me livrar desse sentimento. — Não vai nem falar comigo? Eu sei que a popularidade muda uma pessoa, mas no seu caso não pensei que mudaria tanto!


Não posso deixar ele desconfiar que me deixa tão abalada assim, é melhor agir com desdém e orgulho. — Desculpe, não havia te visto. Você se tornou tão medíocre que nem percebi sua importância nesse corredor vazio. — Preciso falar seriamente com você! — Eu sei que você ta esperando a Isabella e eu não quero barracos. Então... Se ela quer tomar partido por algo, manda ela vir falar cara a cara e não ficar mandando garoto de recado. Certo? — Eu não to esperando a Isabella, muito menos sei onde ela está e o que ela quer. Pouco me importa agora. — Então você é tão retardado que gosta de ficar sozinho trancado na escola?! — Hãm! Garota cala a boca, você não tem noção do que diz, faz, sente, pensa, e mito menos sobre o que as pessoas fazem ou não de estranho. — Se você veio brigar então já vou indo, agora meu tempo é mais cronometrado do que de uma celebridade. Thauzinho, idiota... Estava quase saindo quando Will agarrou meu braço e me puxou de volta. — Larga meu braço garoto! Isso machuca! — Não até você escutar tudo o que tenho pra dizer, sua criança mimada! Ele me jogou contra a parede, minha cabeça bateu forte, e não podia evitar de sentir dor, ele rapidamente colocou suas mãos em volta do meu corpo, como se fosse uma barreira, caso a presa tentasse escapar. — Seu imbecil, eu bati a minha cabeça! — Olha pra mim, Sam! Agora! Eu olhei no infinito daquele verde, já não podia mais esconder meu coração batendo feito louco, muito menos a minha respiração que ficava mais forte a cada instante que sentia o cheiro de seu hálito. A proximidade era perigosa demais, não sei se poderia me controlar, minhas pernas tremiam e suavam como se não fosse mais agüentar o peso do meu corpo. — Olha pra mim, Sam. Não seja covarde... Você é responsável por isso! — Eu... Eu não entendo. Você nunca agiu assim. — Já não sei o que fazer, se ficou louco, se luto contra o mundo, ou deixo tudo como está e perco todo o meu sono, minha vontade, minha razão... E isso tudo é culpa sua! — Eu sei que atrapalhei sua vida com Isabella, mas não foi por querer... Eu... Olha se vocês terminaram, eu vou até ela e explico tudo... — Isabela não tem nada haver com isso, ela nem sabe que estou aqui com você não sabe de nada que eu pretendo fazer. Do jeito que ele estava alterado, pensei que ele ia me dar uma sura... Ou me agarrar a força ou até mesmo falar que me odeia. Será que ele já sabia de todos os meus planos, dos meus sentimentos, e agora o que vou fazer...

Cap. XIII — Sentimentos Calados vieram à tona!


Eu não sabia o que sentir, se corria dali, pelo medo que sentia; ou se pagava pra ver o fim dessa história, mas foi ele quem tomou o argumento seguinte... Parecia que minha trilha de migalhas de pão, ainda não havia sido devorada pelos corvos, quem sabe ainda haveria salvação pra todos esse amor. — Eu sei que é maluquice, mas você não sabe os sonhos esquisitos que tenho, as vontades que possuo, e o que carrego em segredo todas da vista das outras pessoas. Será que ele havia matado uma pessoa, por que as confissões dele ficavam a cada minuto mais estranhas então eu resolvi ser direta. — Will, me olhe nos olhos. Eu sei que você não seria capaz de fazer algo desse tipo se não fosse assunto muito serio. Não é verdade? — Será que você já me conhece tão bem que sabe até que atitudes tomarei. Será que você é a única pra quem posso revelar meus segredos?... Meus demônios?... E tudo que me preocupa?... Você sempre foi mais do que pensei! — Me diga, o que é tão secreto, e que te perturba tan... Não precisei nem acabar a frase, ele se resolveu por si só. O beijo rápido e cheio de desejos surgiu, impedindo todas as palavras... Quem precisava delas agora, tudo o que eu queria ouvir estava ali naquele beijo. Suas mãos, foram do meu redor a minha cintura, era inevitável, havia muita química envolvida naquele momento, havia mais coisas subtendidas, do que nas perguntas que a filosofia nunca achou resposta. Seu corpo me apertava mais e mais contra aquela parede, quase como canibais devorávamos a boca um do outro, respirar foi perdendo sentido depois daquilo, eu sentia tudo em mim queimar, como quando uma criança que se depara com uma montanha de chocolate, entrei em frenesi. Ao cessar aquele beijo, continuamos abraçados naquela parede, nossa respiração voltava com toda a intensidade, nossos rostos vermelhos, nos olhos pareciam dois imãs que não queriam se desgrudar. Seu corpo pesado sobre o meu, pensamentos insanos com aquele momento, não poderiam deixar de surgir em mim e nele também. — O que?... Por quê?... O que foi isso? — Era tudo o que você me fez sentir, e que estava entalado na minha garganta! — Mentira, você nunca me olhou... Então por que agora? Por que só agora!? — Eu não sabia que te amava, até perder... Quando te vi nos braços dele, não perdi só minha melhor amiga, ou a garota de quem gostava tanto... Perdi também, minha paz, meu sono, a minha vontade de crescer e viver! Só ai me dei conta de que te amava. — Você sempre soube que eu te amei desde o primeiro momento, desde que o seu olhar encontrou com o meu. — Sabia, mas eu achava o amor uma mentira, coisa de garotas que sonham com o príncipe encantado. Me enganei, mais e mais a cada dia, por não acreditar no que estava diante de meus olhos. — Mas agora pode ser tarde de mais, não depende mais só de nós dois. Tem Julius, Isabella a escola. Eu posso terminar a hora que eu quiser largar tudo e nada de mais acontecerá. Mas você se fizer o mesmo, Isabella não se contentará em ter perdido tudo pra mim, e fará uma guerra!


— Isabella, não fará nada. No fundo, ela já suspeita de tudo. Mas se você concordar em devolver tudo o que era dela, talvez ela não se importe de me perder. — Você nunca foi dela! Apenas não se dava conta de que seu coração já era meu! — Nossa, a humildade é um traço forte em você não?! — Seu bobo! Será que o que eu falei é mentira! — Claro que não! Assim como o fato de seu coração sempre ter sido meu também e eu nunca ter tomado ele pra mim. — Agora isso é passado, estamos juntos e teremos que resolver nossa situação. Ele me deixou em casa, e só saiu de lá depois de namorarmos bastante no meio dos jardins. À noite eu me belisquei toda, a ponto de deixar marcar roxas, eu não acreditava que estava vivendo um sonho na realidade. Meu amor platônico havia enfim acabado, e se tornava um amor mais concretizado e correspondido a cada instante. Todos os sentimentos calados vieram à tona, e com uma intensidade sem igual. Mas faltava resolver as barreiras para que pudéssemos expor esse amor tão puro a sociedade tão critica de minha cidade. Nossos pais apoiavam, tanto que Will, já comentava comigo a possibilidade para ele pedir formalmente à meus pais. Os sonhos de hoje seriam maravilhosos, tudo que me preocupava ficou pra trás, e eu não me preocupava com nada se Will estivesse ali. Cap. XIV — Alegria de uns, Tristeza de outros... Era sexta, o final de semana, férias tão esperadas. E minha vida começava a tomar o rumo certo. Eu e Will estávamos namorando a 1 semana, escondido é claro, faltava falar com as outras pessoas envolvidas. Naquele dia marquei uma reunião com as lideres de torcida, eu iria sair e repassar o meu cargo, e Will me confirmou que falaria com Isabella após o intervalo. Reunião com as líderes: — Eu convoquei essa reunião, para tratar da minha dispensa do cargo de líder da torcida, e dispensa do time. — Mas por que Sam. Nunca tivemos uma lidere tão boa, apesar de sermos um pouco diferentes, o time caminhou muito com o seu comando. — Eu sei meninas e agradeço por terem me tratado tão bem, mesmo eu não sendo a Isabella. — Ela sempre será a nossa melhor amiga e você sabe, mas ela se esqueceu do propósito de animar, por isso já não servia pro cargo que estava ocupando. — Ambêr é por isso que eu quero que fique no meu lugar, você sabe como ninguém do que esse time precisa. — Eu não posso, eu não tenho espírito de liderança, ninguém me respeitaria. Eu posso ser apenas vice-lider. — Então eu deixo você apontar, qual das lideres esta mais preparada pra esse cargo, e depois votamos, certo?! — Certo, mas antes eu preciso, conversar com uma pessoa. Você se chateia? — Não de forma alguma, nós encontramos depois da aula, então?! — Claro, eu já terei contado os votos, não precisa se preocupar. [...]


Eu já sabia, sem sombra de dúvida, quem Ambêr indicaria ao cargo. E era exatamente isso o que eu queria, tirar o meu time de campo, devolver tudo o que tirei de Isabella, e ficar apenas com meu amor. A aula começou, literatura assou como um vento, acho que o tema Romantismo, caiu como uma luva sobre o que estava sentindo naquele momento. O intervalo começou, e o anuncio pelos corredores lotados, estavam se espalhando mais rápido do que uma epidemia. O baile de inverno aconteceria no próximo final de semana, as mais histéricas ficam abismadas por que só teriam uma semana pra se aprontar. Mas o que mais me chocou dessa noticia toda foram os casais para rei e rainha do Baile: 1º William e Isabella 2º Samara e Julius Ás véspera do meu rompimento com Julius e de Will com Isabella, seriamos votados para rei e rainha do baile, que decepção ter que dançar com o outro, depois de ter terminado. Avistei Julius na mesa dos jogadores, Will não estava provavelmente já estaria a procura de Isabella, para ter a mesma conversa. Peguei ele pela mão, e levei até um canto do pátio onde ninguém poderia nos atrapalhar, claro que i time inteiro ficou curtindo com a nossa cara, com as piadinhas de sempre, tipo: “ Já tão indo, né....?” Mas isso não me abalou, ele logo ficariam sabendo que naquele canto escuro a conversa não seria só de beijos. — Julius eu te chamei aqui... — Eu sei gatinha, eu também estava com muita saudade de você! — Não é isso, eu preciso ter uma conversa muito seria com você? — Eu também iria perguntar, notei você estranha essa semana! — Então ta tudo bem pra você? Eu pensei que seria difícil... — Não me importa se você esta ou não na torcida, se você se mantiver gata desse jeito pra mim tudo bem. Eu achei até bom, assim o time não vai ficar me zuando por eu ter a mulher mais gata da escola. É, já vi que terminar com esse cara vai ser mais difícil do que eu pensei, ele só me vê como um brilhante pra mostrar pros amigos pobres que não podem ter um, ele nunca me perguntou se eu gostava de algo ou se eu odiava alguém, o importante pra ele é só ta pegando a mais popular do momento. Mas ele me deu a chave pra destrancar a porta. Se eu me mantiver bonita nada interessa, mas se eu voltar a ser feia e anônima a que será que ele fará. Espero que Will, tenha mais sorte que eu... Narração de Will: É parece que vai ser difícil, Sam esta caminhando muito devagar, isso não é coisa boa. Melhor eu ir logo procurar Isabella e resolver os problemas. Só assim poderei realizar minhas vontades e matar meus desejos. Eu ainda não consigo explicar, quando eu estou com ela tudo fica mais fácil.


Ah! Achei Isabella....Esta conversando com Âmber, mas ela tinha me dito que nunca mais seria Amia dela. — Isabella, o que esta acontecendo aqui? — Oi me amor! Ambêr me disse que nojenta deixou o cargo de lidere, e eu fui a eleita novamente, isso não é maravilhoso. — Claro, mas eu tenho uma coisa muito seria pra resolver contigo, e não é muito bom! — Pode falar Will, nada pode estragar o meu dia hoje! — Isabella, eu to gostando de outra pessoa, e eu resolvi terminar por que desde o começo nos sabemos que o que há entre nós é apenas uma atração e um desejo carnal muito forte. — Eu tive vontade de fazer varias vezes isso, e fico feliz que você tenha tomada a decisão. Tinha medo de te magoar! Posso saber quem é a felizada? — Sinto dizer Isabella, mas eu percebi que estou apaixonado por Sam e fico feliz que você não fique magoada também. — Ah! Will....Você é muito fofo, mas você já deve ter percebido que o que me interessa e a popularidade e o dinheiro, você tinha os dois messes atrás e de bagagem era um gatinho, mas agora que todo mundo já te conhece e você já não tem fama alguma, eu não me interesso por você. Boa sorte com aquela songa-monga dos infernos. — Você também vê se não cai do salto quando fizer um duplo animando... Esse seu ego ta piorando a cada dia sabia? — Claro, e eu só espero ver essa sua cara comum em cima do palco como rei do baile, afinal, eu vou ser a rainha mesmo! Isso é a única coisa que temos pra tratar, as nossas roupas tem que estar combinando afinal. — Não se preocupe já comprei o meu fraque preto, e minha gravata e cor de vinho, ou seja, se você for de palhaça eu estarei combinando com você. — Adiós então, Will! Ela cruzou o corredor saltitante, que menina mais sem noção. Eu acho que Isabella é uma daquelas garotas cotadas pra calçada da prostituição, só quer saber de dinheiro e de fama e nada de amor, pra ela tanto faz como vai ser contanto que pague bem ela faz. Era exatamente desse tipo que eu gostava? Realmente eu não me conhecia... Acho que foi pó isso que ela namorou tanto tempo com Julius, os dois são farinha do mesmo saco! Agora só resta saber como Sam foi com ele, e finalmente ficar juntos. Acho que passarei na casa dela pra namorar um pouquinho. Cap.XV — Planos e Confissões E agora como eu daria a noticia pro Will, ele não iria gostar quando soubesse que eu não consegui terminar com o idiota do Julius. Melhor eu tomar um bom banho e dormir um pouco, amanhã vou resolver como darei a noticia pra Will, ele teria que entender... Aquela água fria caindo sobre o meu corpo, aliviava os problemas que enfrentei durante o dia, por mais que eu quisesse passar a noite inteira no banho eu teria que sair e comer alguma coisa antes de dormir. Coloquei a minha camisola de sempre e desci...


Grande foi a minha surpresa quando encontrei Will, sentado de frente pra escadaria... Eu acho que ele já estava a um bom tempo me esperando. E agora como iria me desenrolar com ele. — Linda... Contei os segundos pra te ter assim, só pra mim, nos meus braços... Sem ninguém interferindo, sem se preocupar com quem esta olhando. — Nossa, Will... Assim você não me deixa respirar, me solta um pouquinho.... Você já esta esperando a muito tempo? — Isso não importa, se eu não visse você hoje era capaz de enlouquecer, precisava curtir a minha namorada ao máximo a partir de agora! Ele não me deu tempo nem de comentar nada foi fogo me beijando, e nossa! Que beijo foi aquele.... Nunca foi tão ávido comigo, sempre se manteve muito controlado, demorou até pra reconhecer que me amava, e o que era aquele Will que estava ali na minha frente, forte, sensual, decidido, apaixonado! Suas mãos me apertavam contra o seu corpo, o meu frio contra o seu quente, quase em chamas, seus dedos faziam cócegas em minhas costas, e aqueles lábios carnudos e macios contra os meus, meu corpo todo respondia ao seu toque, aqueles arrepios gélidos de prazer subindo a espinha, sua respiração ofegante descendo a minha nuca.... Ele caiu sobre o sofá, me levando junto consigo, pensei que não iria conseguir me controlar, suas mãos fazendo caricias sobre as minhas coxas, levantando pouco a pouco a minha camisola, foi ai que me lembrei de Julius e do quanto não estava sendo sincera com Will. Sabia que iria me arrepender, mas precisa contar a verdade ou então não me entregaria ao momento mais esperado de toda essa confusão. Empurrei ele, que no começo resistiu, mas depois do terceiro solavanco, sabia que eu queria parar. — Will, .... Will... Por favor, não posso! — Nada mais nos impede Sam, por que não?! Eu tenho certeza de que é você que amo! — Eu também tenho certeza! Você não me quer? — Quero, mas antes precisamos conversar sobre o que aconteceu hoje! — Claro, eu estava louco pra te contar isso, também! — Então como foi com Isabella? — Muita fácil pelo visto... Você tinha razão sobre ela é uma viazinha! .... Acredita que ela disse na minha cara que estava pensando em terminar por que eu já não era tão popular assim! — Verdade! Sempre soube que ela não prestava, mas não que já tinha descido a esse nível de vulgaridade! — Terminamos numa boa, ela disse que agora a única coisa que devíamos ter em comum era o baile, por que aquela coroa iria ser dela de qualquer maneira... Ou melhor, ela já se sente a vencedora. — Tomara que ela ganhe e se entale com ela a hora do discurso! — Seria uma boa, mas e aí... Como foi com Julius?! — ..... — Que cara é essa Sam? Pode me contar eu não vou ficar com raiva, a menos que você me diga que também esta gostando dele! — Claro que não seu bobo! Mas eu não consegui terminar. Ele não me deixava falar, e eu também não queria brigar com ninguém, então quando eu soltava uma indireta


ele desconversava, ou então entendia tudo errado... Ou seja, isso prova que ele é um verdadeiro idiota. — Conte alguma novidade! Claro que ele não iria deixar você escapar tão fácil, ele é como um cachorro no cio, irracional, mas não deixa de manter os objetivos. — Eu sei, e foi isso mesmo que ele disse que eu poderia fazer tudo, mas se eu continuasse sendo a boazona de escola ele estaria comigo... Ele só quer mais um troféu pra mostrar pros amigos. — E que troféu mais realizador esse que ele arrumou, não é?! Um que ele pode beijar e acariciar, não vejo a hora de quebrar a cara dele. — Will !!! Eu sabia que se te contasse você iria ficar chateado! — Chateado? Raivoso seria a palavra correta. Não suporto a idéia de ter que agüentar vocês dois juntos! — Isso é uma situação temporária e você sabe disso?! Eu já tenho uma solução! — E qual seria essa sua formula mágica!? — Simples ele quer um troféu reluzente e brilhante e eu vou voltar a ser o troféu mais apagado da estante! — Metáforas! Sei que você é boa em português, mas o que isso quer dizer? — Simples antes ele não me notava por que eu era a Betty “a feia” da escola, e agora que sou a gostosona ele não quer me largar. Então vou voltar a ser a CDF mal amada e a bruxa horrenda assim ele não me suportará. — Vai começar com o plano quando! — Amanhã mesmo e ele só se cessará no dia do baile! — Hmmm! — O que foi? Não vai me dizer que você também quer uma gostosona pra ficar desfilando por ai?! — Não, eu gosto de você por dentro e por fora... E depois eu sei como você é debaixo da roupa de CDF, ele não. Aposto que se ele te visse na camisolinha não deixaria você terminar nem se fosse a pessoa mais feia do mundo. — Você é um amor sabia? Começamos a nos beijar, dessa vez não foi algo tão demorado. Meus pais e meus irmãos chegaram e nós jantamos todos juntos. Depois de mais alguns amassos na frente de casa Will, foi embora. E eu me reservei em meu quarto, depois de um dia cheio de planos e confissões, a semana do baile parecia uma caixinha de surpresas, Estava louca pra ver a escola amanhã de manhã, a rainha deposta volta ao seu lugar, o astro do futebol iria ter uma surpresa assustadora, e quem sabe eu e Will finalmente alcancemos o tão sonhado final feliz. Cap. XVI — O Plano A manhã surgiu, com prenúncios de mudanças e revelações... Sabe-se lá o que esse dia aguardava, mas uma coisa era certa, aquela escola já não seria mais a mesma. Isabella estaria cada vez mais cheia de si e meu plano diabólico entraria em ação. Minhas antigas roupas a maioria foi rasgada, doada a brechós e vendidas até, pouco me restava, mas esse pouco me serviria muito bem ao longo dessa semana. E depois de tudo, o meu novo guarda-roupa poderia dar uma ajudinha extra em situações de emergência total. Quão grande seria a surpresa de Julius quando ele visse seu lindo trofeuzinho vestido assim:


Meias de cores diferentes, cabelo bagunçado, um moletom velho com uma saia verde abacate, óculos como sempre já que nunca me livrarei deles definitivamente, e pra finaliza o meu bom e velho aparelho dental móvel, esse é o quesito básico pra uma CDF e eu seguia a risca as exigências naquela época. Pra surpresa maior, mandei o motorista me deixar de limusine, fato corriqueiro, já que depois da mudança utilizava o serviço do motorista todas às manhãs. Mas o acontecimento pra dar maior impulso a essa revelação, foi o soar do sinal, nesse momento todos olharam pra porta, pra fazer o que faziam todos os dias, observar a minha vida a finco. Realmente é impressionante como as pessoas não procuram algo pra preencher o tempo vago, nesse pouco espaço de tempo, eu já fui eleita a líder de torcida da escola, candidata a rainha do baile, pedida em namoro pelo capitão do time de futebol, já tinha até fã clube, o jornal da escola publicava coisas bizarras sobre mim, como da vez em que publicaram a noticia de um leilão tendo em vista uma toalhinha que esqueci no vestiário depois do treino... Cá pra nós achei esse povo totalmente maluco, procurava só sair acompanhada de minha amiga Julia, por que vai que eles querem me seqüestrar ou abduzir, sei lá coisas do tipo! Bom, voltando ao assunto! Eles encararam como uma piadinha, meu fã clube de puxa sacos estavam a postos na calçada e quando viram eu naquela cena de filme de terror, largaram os cartazes e saíram correndo como o diabo foge da cruz, o mais engraçado de toda a cena não foi ver elas correndo, mas escutar os gritos histéricos que elas deram por todo o campus. Pronto! O plano estava em ação! Mas naquela portaria repleta de gente, faltava e estrela principal do circo: Julius. Será que a minha vida se resume em uma carreira de inúmeros fracassos, por que todos os panos que fiz ou deram errado ou não me deixaram feliz como esperava... Tá que eu curti muito os planinhos insignificantes que fiz para acabar com a vida de Isabella... Sabe como é... Sou uma menina muito malvada, mas que não guarda nenhum rancor! Depois da primeira aula observei que ele não estava ali.... Aquilo me preocupou muito, mas eu descobrirei onde ele estava, nem que seja a ultima coisa que eu faça! Na hora do intervalo em vez de merendar como todo mundo ou então jogar papo pro ar como as anoréxicas fazem nos corredores, eu foi para o estádio, afinal lá era o único lugar onde um fanático por esportes iria se esconder. E... Bingo! Ele estava lá, encestando a bola de basquete na rede, com um ar bastante pensativo. — Julius! Ele se virou todo animado, mas eu acho que o que ele veria não iria agradar muito, pelo menos eu pensei isso! — Não me digam que a rainha da escola, sentiu saudades e veio m... Ele parou boquiaberto. — O que foi! Não me diga que não gostou?! — Você esta linda, nunca esteve melhor.


— Serio eu achei que isso te incomodaria, meu guarda roupa ficou com traças e perdi todas as minhas roupas, você entende né querido! — Claro essas traças, são mesmo um horror! Mas você é rica meu bem, poderá comprar outras roupas logo, que tal irmos agora pro shopping? — Tenho um mal pressentimento sobre essa sua idéia! — Por que fofinha! Eu não me incomodo de levar suas sacolas. — Meus cartões estouraram e vou ficar sem comprar roupas durante um mês. — E o Baile? Como faremos!? — Relaxa! Eu tenho um vestido que vai ficar perfeito e olha que eu nunca usei ele antes. — Ainda bem... Temos que ganhar gracinha! Eu nunca perdi essa coroa e se perdesse seria uma humilhação. — Ah... Julius! Você só sabe falar e falar vem cá me dá um beijo eu fiquei com tantas saudades de você desde ontem e também eu fiquei preocupada por não estar em sala hoje quando cheguei. — Ah... Meu bem! Você sabe que sempre mato a aula de química e matemática, não tinha por que se preocupar. Mas vem cá, eu também tava morrendo de saudades. O beijo no começo foi bom, mas no meio deu pra sentir a repulsa dele por mim. — Arm... O que é isso? — Desculpa, esqueci de dizer que voltei a usar aparelho. — Não! Não é o aparelho é o gosto! — Ah... foi mancada minha é que lanchei um sanduíche com bife acebolado e acho que a cebola ficou toda no aparelho. Olha! — Ta bom, não precisa me mostrar, não! — Eu sabia que você entenderia esses contratempos que surgiram. — Ta bom, mas não me abraça não.... E que eu to suado, e você ta tão cheirosinha. — Obrigado lindo... Eu sabia que o antitranspirante não iria fazer falta mesmo, é que ta em falta na dispensa lá de casa. — Certo melhor eu ir pra casa então, agente se vê amanhã! — Certo, um beijinho então de despedida! — Melhor não, posso arranhar esse seu lindo aparelho. — Claro “beinhê”, agente se vê amanhã! O mais divertido não foi às ironias soltadas, foi ver a cara dele de idiota disfarçando suas reais sensações. Aquele cara era capaz de tudo pra se permanecer no topo, até vender a própria mãe como alguns dias. Mas enfim, estávamos jogados agora o mesmo jogo, ele ficou sem o seu trofeuzinho reluzente, e sua felicidade estava iria acabar muito em breve. Vamos ver como ele se sairia tendo uma namorada-monstro durante toda a semana do baile! E qual a surpresinha ele teria no baile afinal!? Fase 1 completa! Cap. XVII — A Semana do Baile A semana se seguiu sorrateira, bem devagar iria atormentar Julius, pessoas assim merecem uma lição de vê enquanto. Ele iria prender a lidar com os sentimentos das


outras pessoas, e não só usá-las pra causar inveja ou então pra se destacar no meio da multidão. Todo o dia era a mesma coisa, eu de mocréia, ele de namorado desesperado, que fica pensando onde perdeu a namorada gostosa que ele tinha antes, e qual o castigo ele mereceu pra receber um tribufu no lugar dela. Era engraçado ver toda aquela situação, mas fora isso tudo ia de vento em popa. Isabella voltou ao lugar de patricinha manda-chuva, já tinha até recuperado a maioria dos seguidores. O mais chato era ter que me encontrar as escondidas com Will, lá no vestiário masculino depois que todo mundo saia. Lá era mais fácil por que meninos são desleixados, não esquecem coisas e se esquecem, nem se preocupam de voltar pra buscá-las. Mas tarde no vestiário... — Sam, onde você tava? Esperei você uma eternidade. — Desculpa amor, mas tive que despistar Julius. Ele quer fazer uma transformação pra eu voltar ao que era antes, e eu to meio que fugindo. — Eu acho melhor cessarmos esse plano inútil. Ele parece que não vai desistir nunca! — O quê? Acho que não estou escutando, você ta desistindo de nós. — Não meu amor, eu apenas perdi a esperança de ficarmos juntos em publico, mas isso não que dizer que eu não quero mais te ver. — Entendi! Você não me ama mais. Já passou a mão e agora quer jogar fora, como um brinquedo velho. Vocês homens soa todos iguais. Eu corri para o Box do vestiário que ficava o mais distante dele. — Não Sam, eu amo você e vou amar sempre. Todo dia é o primeiro e único com você! — Mentiras! São palavras soltas ao vento apenas pra me iludir, me convencer. — Eu posso provar se quiser. Voltei-me a ele, como se quisesse desafiá-lo, mas foi tarde de mais ele veio pra cima de mim, me empurrando pra debaixo do chuveiro, só conseguia ver aquele peitoral maravilhoso que Will, tinha. — Me solte! Não esquecerei assim tão fácil. As lágrimas do meu rosto já molhavam a camiseta dele, e eu podia de longe escutar seu coração disparado. Ele me soltou um pouco, da pressão que antes fazia, olhou meus olhos marejados com aquela expressão de tesão, que me deixava de bochechas vermelhas. Segurou meu rosto entre suas grandes mãos, enxugou minhas lágrimas. — Eu te amo, sua irritadinha. E com você que quero ficar por mais que tenha provado seus beijos, toda vez é como o primeiro. Por mais que eu algum dia ama você a noite inteira, ao amanhecer ainda vou sentir um desejo incontrolável de te fazer minha. — Então por que disse que quer continuar as escondidas. Por acaso gosta de me ver com Julius. — Sabe que eu odeio aquele cara, se pudesse arrebentava ele. Mas é que já estou desesperado demais por você. Já não agüento te ver com ele, muito menos ver nos esforços irem por água abaixo. — Eu te amor é não agüento, mas...


— Shiii, .... Eu não quero saber! Ele foi se aproximado me olhando nos olhos sua respiração inebriava o meu olfato. — é necessário... Minhas frases como sempre foram interrompidas, mas ali estava diferente, sem ninguém para aparecer, sem nada a temer por que eu estava com a pessoa que eu amo. Eu senti nos seus gestos toda a sua impaciência, aquela vontade e o desejo a muito tempo contidos. Nossas coisas a muito atiradas no chão, nada nem ninguém nos impedia naquele momento. Suas mãos subiram por debaixo de meu moletom, causando arrepios, ao deslizarem suavemente por minha costas. Ele colocou uma das pernas entre as minhas, me apertando cada vez mais, não sei pelo fato de estarmos quase transando, mais o chuveiro subitamente se ligou, acho que era apenas um defeito, mas foi o suficiente para paramos o beijo. A água caia sobre os cabelos de Will, que me olhava nos olhos com aqueles profundos olhos verdes. Ele tirou a camisa sem me falar nada. Exibindo aquele físico de jogador de futebol, eu nada podia fazer, não consegui desviar o olhar daquele monumento. Sem falar nada ele puxou o meu queixo pra cima, como se deseja-se ver a minha cada de satisfação. Eu não vou enganar pra uma garota de quase 19 anos, eu esperei demais e sonhei demais com esse momento. Ele me beijou faminta de desejo, me acendendo a chama, aquela que quase foi apagada com os obstáculos, suas nãos percorreram o caminho da nuca até as minhas coxas, onde lá com um puxão me trouxe pra si, fazendo minhas pernas circundarem a sua cintura. Meu moletom já ensopado foi atirado por mim ao chão frio e branco daquele pequeno Box. Os nossos beijos se cessaram do fogo e se muniram de romance. Era visível sentir o amor, que ali nus unia. Ele descia lentamente minha nuca, aos beijos surrando meu nome, aquilo me excitava, aquela voz rouca. Mas foi ai que ele parou. Bem agora que já tinha abaixado todas as minhas defesas e estava vulnerável ao seu ataque. — Nossa!... O que foi Will, se sente bem!? — Sim, mas quase iria fazendo a maior burrada! — Por que, vamos ficar juntos apesar dos obstáculos. Então o que você receia. — Essa é uma surpresa, que estava guardando pra domingo a noite, e hoje ainda é sexta. — E que surpresa é essa. — Se é surpresa, você só vai saber na hora e no dia exatos. Já falei demais, mas o que posso fazer se esses seus olhos são muito pior do que o mais forte soro da verdade. Não consigo mentir pra você. — Não seja assim tão ruim, vamos me diga. — Não serei forte. Por isso, só verei você domingo no baile. Ele se afastou e foi até a sua mochila. — Pega vista isso, a saia não ficou tão molhado, no caminho pra casa vai enxugar. — Claro, mais e você. — Vista-se logo, não sei se vou me controlar com você aqui na minha frente só de sutiem e sainha. E como se estivesse sonhando.


Me vestimos e fomos embora, Will me deixou em casa. Ele foi o caminho inteiro com aquele peito desnudo, me provocando. Mas nesse final de semana eu estaria muito ocupada, pra pensar no Will. Afinal faltava dois dias para o baile. Cap. XVIII — Preparação Os dois dias serviram pra mim descansar, sábado e domingo seria dois longos dias e me ajudariam a bolar um plano mirabolante. No sábado de manhazinha, fui ao Brechó mais acabado de cidade, só pra você ter uma idéia o nome dele é “lixo pra uns luxo pra outros”. Bem lá eu comprei o meu vestido que estava literalmente um arraso, ninguém em são consciência vestiria aquilo, nem os estilistas mais malucos. Mas no meu caso ele era mais que perfeito. Julius passou a manhã toda me ligando e como eu não atendi, ele achou uma saída mais que perfeita me mandar mensagens de texto. Eu tava assanhando meu cabelo quando, o celular vibrando no meu bolso quase me fez infartar. “Eu comprei o seu vestido, mandei o cara da loja entregar, tenho certeza que ficara perfeito, minha rainha!” Por essa eu não esperava, cinco minutos depois o cara da loja tocou o interfone. Era um embrulho esdrúxulo, enorme e cheio de fitas, ou seja, espalhafatoso igual ao remetente. Quando eu abri a surpresa foi ainda maior, era vermelho quenga, daquele tipo cabaré, de alcinhas finíssimas, costas nuas e um decote caído acima do umbigo, nem se eu quisesse usar sutien não daria de tão ousado que era. Sinceramente eu usaria aquilo se eu fosse pro baile com o Will, para ganhar a coroa e dançar a noite toda. O meu era melhor, era verde meleca de nariz, com umas florzinhas de massa na barra, com uma gola alta que tampava tudo, o meu cabelo tava pior do que o da Amy Winnehouse quando ta de porre, maquiagem tipo Noiva Cadáver. Ou seja linda, pra quem iria me acompanhar. Já tava tudo pronto para amanhã, do cabelo a maquiagem, mas o que eu faria para passar o tempo durante todo o domingo. Simples liguei pra Julia e mandei ele alugar todos os vídeos legais que haviam na cidade, fui na dispensa e coloquei todo o estoque de sorvete na geladeira e milhares de sacos de pipocas no microondas. Eu ia comer a tarde inteira, ficar bem gorda e com a pele bem oleosa, assim não tinha como Julius gostar de mim no dia seguinte, nem tentar algo engraçadinho no final da noite. Agente assistiu de comedia a terror, aventura e drama, uns 7 filmes diferentes já era 10 da noite, quando a Julia e eu realmente começamos a nos arrumar. 11 horas a limusine para em frente de casa, do meu quarto vi Julius caminhar todo animado até a porta, quando eu abri a porta ele quase teve um troço na minha frente, a primeira reação claro foi gritar. Depois do susto ele ficou mais branco do que uma folha de papel sem pautas, por que se tivesse seriam roxas. — Sam..he..he... cadê? Cadê o vestido que mandei? — Sabe Julius não foi culpa da Sam, eu fui passar ele e ai o cetim começou a grudar no ferro. Eu acho que não ajustei a temperatura, desculpe?! — Não tem problema Júlia, esse ficou muito mas bonito, e depois meu namorado uma vez me disse que me acha linda de qualquer jeito então ele não vai se importar, né verdade?!


— Claro meu anjo, vamos então. Ao chegar no salão principal, Julius parecia querer se esconder atrás de mim, foi até bom por que assim todos teriam uma melhor visão de mim. E nunca mais iriam conseguir apagar aquela imagem da cabeça isso eu garanto. A preparação havia acabado, o jogo iria terminar. Cap. XIX — O Baile A cara de horror estampada em todos os filhinhos de papais presentes naquele celebre baile escolar, era de se rachar de tanto rir. Uma garota deixou cair ponche no vestido, quando olhou a minha maquiagem de Morticia Adams. Mas eu ainda não tinha encontrado Will. Será que ele virá com a Isabella? É bem provável afinal nenhum de nós quer dar bandeira da armação que montamos. Começamos a dançar, já passava da meia noite, e os jurados estavam mais atentos do que corujas no escuro. Os pés de Julius choravam clemência diante daquela sessão de tortura, as pisadas que dava nos pés do coitado era de dar pena. Mas ele estava bastante empenhado a ganhar, agüentaria a noite inteira e amanhã terminaria, mas hoje ele faria o mesmo teatrinho de sempre, aquele em que ele faz parte de um mundo perfeito onde coisas ruins não acontecem. No meio da dança, avistei Will e Isabella chagando na entrada do salão. Ela como sempre estava fazendo a media social, cumprimentando todo mundo; já ele pobrezinho, estava com aquela cara de “to fazendo isso contra minha vontade”. Isabella me olhava sempre com aquela cara de nojo e desdém, como quem me diz através do olhar: “— Você tentou tirar tudo de mim, mas não conseguiu e no final eu vim com seu queridinho, enquanto você veio com o palerma do Julius”, ela tinha razão, mas eu não iria baixar a cabeça, depois de tanto sacrifício que eu tive, alcançaria meus objetivos nem se fosse à última coisa que eu faria na minha vida! Duas horas da madrugada e até eu já estava cansada daquela dançaria toda, mas baile sempre é aquela coisa chata ou agente dança ou senta na mesa e se empanturra de comida a noite inteira, e como Julius não queria mais vergonha ele fazia questão de não me soltar. Eu já estava de saco cheio daquele garoto! Will permanecia com aquela cara de desmotivação, parecia um morto vivo e aquilo me partia o coração, ver ele naquele estado fazendo as coisas contra sua vontade apenas para ficarmos juntos. Parece ser um esforço besta, mas requer muito sacrifício fingir gostar de alguém que você não suporta nem a voz. Até que enfim aquela musica idiota parou e a diretora começou a fazer aquele discurso chato em que a maioria das pessoas dorme em pé, até e hora do anuncio do rei e rainha do baile. Diretora: — Estamos aqui pra prestigiar, o vigésimo baile anual de nossa amada escola. Mais um ano que se vai, as mudanças começam a surgir não só no corpo mas na mente, lembro-me do primeiro dia de aula de cada um aqui presente, dos medos e inseguranças é com orgulho que posso dizer que superamos cada obstáculo com força, garra, perseverança, inteligência.....bla..blá...blá... Gostaria de anunciar o Rei e a Rainha do baile, mas primeiro os candidatos, por favor, se dirijam ao meio do salão.


Eu não consegui para de pensar nas pessoas que estavam me olhando. Por mais que ignorasse essa idéia infantil de baile, parecia que tinha milhões de borboletas querendo sair do meu estomago. Diretora: — Mas uma dança DJ, só que agora os pares vão ser trocados para demonstrar a simpatia e a amizade entre as duplas concorrentes. Não acredito finalmente a diretora teve uma idéia que preste. Mal consegui me conter com a emoção de dançar com Will no baile da escola, apesar de não curtir muito baile muito menos valsa. Mas o que ele iria pensar de mim, assim, naquele estado... Até o gato lá de casa se espantou com meu cabelo, qual será a reação de Will? Ele estava se aproximando de mim, até mais rápido do que eu gostaria, sua mãos se ataram a minha cintura sem dizer uma única palavra. Restava a mim, a missão de quebrar o gelo. — Então... Se divertindo? — Não mais que você! — O que, não entendi?! — Vi que você não parou de dançar um segundo sequer com aquele palerma. — Até parece que eu estou me divertindo com isso. Você sabe muito bem que eu sinto um nojo enorme da parte dele. — Eu sei... Eu sei! E que me dói muito te ver passar o último baile de nossas vidas com ele e não comigo. — Mas eu te entreguei me coração, um baile se torna tão importante assim depois de tudo isso? — Não, claro que não. Você te razão. — Vamos falar de outro assunto.... Tipo como eu estou? — Ridícula, não posso negar. Podemos dizer que você é o assunto da escola inteira nesse momento e que eu como um relis mortal de beleza inferior a de todos aqui me sinto um pouco incomodado em ser o centro das atenções. (risos) — Nossa, pensei que pelo menos você encheria minha bola esta noite. — Metade foi brincadeira, mas sou sincero o que posso fazer, você conseguiu se deixar feia uma vez na sua vida. Deu muito trabalho? — Nadinha! — Discordo com essa afirmação. Deve ter tido muito trabalho pra transformar o que era indescritivelmente belo, nisto. — Obrigado. Mas eu acho que só você me acha irresistível dessa forma. — E isso não é maravilhoso. — Relaxa por debaixo dessa roupa eu sou a mesma pessoa. E no final da noite irei terminar de vez com Julius. — Então não deixa o Julius ver por debaixo dessa roupa falou. — Hummm, engraçadinho! A dança finalmente tinha acabado, mas por mim ficaria uma eternidade ali, só eu e Will. Agora era a hora da dança com seu par. Novamente voltamos um para cada lado com aquela expressão de desconsolo e infelicidade. Depois da famosa valsa em todos param pra ficar colocando defeito no jeito como você dança, os jurados se reuniram na diretoria, para gloriosamente escolher o rei e a rainha da noite. E eu esperava ansiosamente não ganhar.


Cap. XX — O fim de tudo. Diretora: O resultado esta pronto, e contado, dentro deste envelope que esta em minhas mãos, esta o resultado que todos esperam. Mas entes eu quero falar algumas palavras... Aquilo pra mim foi o fim... As borborletas do meu estomago estavam eufóricas para sair, é como você assistindo um filme emocionante, em que você esta pra desvendar a trama e ai surge os comerciais, ou então aquele programa ótimo é ai o apresentador diz: Agora os patrocinadores. E depois de horas daquele senhor chato falando você nem sabe mais o que esta acontecendo. Diretora: O tema do nosso baile é personalidade, acredito que cada um dos alunos se vestiu buscando sua identidade apesar da maioria só querer ficar bonito no anuário. Mas duas pessoas chamaram muito a minha atenção. Senhorita Samara Renaud William de Bernard. Por favor, os dois subam ao palco. Pronto mais mico estaria por vir, já não bastava tudo o que já tinha acontecido. Diretora: Vocês dois ganharam o premio de melhor roupa, e agora seus parceiros, por favor, subam, afinal você são os candidatos a Rei e Rainha do Baile. Sem mais delongas, eu vou abrir este envelope, ou o comitê estudantil me prometeu que faria um abaixo assinado me depondo do cargo de diretora. Eu olhei para Will e ele também estava me olhando. Estávamos do lado um do outro e demo-nos as mãos. Diretora: Nossa! Isso realmente é interessante, meninos e meninas, este é o primeiro ano que o casal ganha separadamente, quer dizer, um de cada par... Nem no meu tempo de estudante isso aconteceu. O rei e rainha do Baile anual da Escola Ribeiro Sousa é... Samara e William. Fiquei perplexa aconteceu justamente o que eu não queria que acontecesse. Mas depois do destino ter me dado uma rasteira tão profunda, o plano seguia de vento em polpa. Isabella desceu revoltada praguejando toda a escola por não ter votado nela. Julius ficou desconcertado, como se alguém tivesse arrancado de si todos os seus sonhos, caminhou até o microfone bem na hora da coroação e começou a falar um monte de méis verdades: — Como vocês tiveram coragem, estúpidos! Eu sou o capitão do time e mesmo assim votaram nesse fracote de merda. Gritaram lá do fundo: — Agente sabe que tu toma bomba... Seu falsário! Fio a gota d’água pra Julius. — Ah! Vocês dizem que sou falsário, mas essa garota que se dizia minha namorada, linda e encantadora por fora, é horrível por dentro. Têm bafo de alho com peixe morto, os cabelos assanhados e sabe se lá mais o que tem nesse cabelo, as roupas manchadas de gordura o aparelho sempre sujo, olha só pra ela e como ela veio fantasiada, por que isso não se pode chamar de vestido de Baile, eu fiz de tudo pra


ganhar em troca essa humilhação. Ate um quarto no hotel mais luxuoso da cidade eu reservei. Nessa hora foi o fim para Will, ele afrouxou a gravata enquanto Julius falou a última frase daquela noite: — Eu tenho nojo dessa garota. Acabou Samara, e espero sinceramente nunca mais te ver! Will arremessou o paletó e gravata e partiu pra cima de Julius, que apanhou ate que o time veio apartar a briga dos dois. Aquele momento tinha sido extasiante pra mim. Não que eu goste da desgraça dos outros, mas a última frase foi tudo o que eu queria escutar da boca de Julius durante toda aquela semana idiota. Enquanto a diretora dava a devida punição... Que obviou seria limpar o salão, afinal o ultima baile marca a separação da turma... Isso quer dizer que depois disso estaríamos livres de Julius e Isabella por muitos anos. — E uma pena ter que ficar pra limpar o baile, meu amor! — Sam, eu não vou ficar! — Como assim? E a sua punição. — Seu anjo da guarda me deu uma forcinha! — Do que é que você ta falando? Que anjo da guarda? — Julia. Ela disse que precisava de um tempo a sós com Julius. Não entendo o que ela vê nele. — Se você não entende, imagine eu que sou a melhor e única amiga dela. Mas faz tempo que ela vem me dando indiretas que eles estão se curtindo, então acho melhor deixar rolar. — Então o que você acha de nós irmos pra minha casa, namorarmos um pouco, afinal a sua deve estar completamente lotada com a festa do Paolo. — Claro! Ele pegou o carro no estacionamento e partimos direto pra a Mansão dos Bernard. Chegando lá a surpresa não poderia ser melhor a casa estava completamente deserta. Os amassos começaram no sofá, fui desabotoando a camisa de Will, deixando exposto aquele físico de Deus, o beijo Francês, cedeu espaço pros mais demorados, àquele peitoral me pressionando, suas mãos em minha cintura, esperei tanto por isso, mas precisava saber qual era a intenção dele. — Will, ... Will, calma, assim você me deixa louca. — Eu disse que tinha uma surpresa depois do baile. — E qual é? — Vamos subir?! Ele me levou pela escadaria ate um quarto completamente preparado, uma cama de casal gigantesca, ao entrar a musica começou bem lentamente, na segunda coberta do colchão havia pétalas de rosas, ele veio pra cima de mim, com aqueles beijos que ninguém consegue negar. — Will, e agora que chegamos ao fim de tudo!


— Já estou com o futuro garantido, nas empresas do meu pai, agora e só trabalhar e estudar. — Eu também já tenho uma boa saída de emprego, mas não é sobre isso, é sobre nós... E se não nos vermos mais, ou o nosso amor esfriar! Não quero que minha primeira noite seja em vão, apesar de amar muito você! — Eu também não quero. Ou você acha que estou curtindo com você como Julius fez? Fiquei calada, mas por não saber responder. Aquele momento tinha passado de muito relaxante e prazeroso, pra uma completa turbulência de tensos e duvidas. — Eu seu silêncio significa um sim pra mim! — Não! Eu quero, eu te amo, eu confio em você. — Não se engane! Você apenas duvida de minhas promessas! Ele se sentou na beirada da cama, parando a musica com o controle remoto. Eu não tinha escapatória a não ser olhar pra sua face arrasada e tentar acalmar meu coração que chorava ao ver sua expressão. — Queria que essa noite fosse especial, pensei em tudo nos mínimos detalhes, pra acabarmos assim, sem ao menos nos entendermos! — Você me ama, Will?! Me ama a ponto de tudo! Isso é um desabafo, essa é a sua hora de dizer o que esta entalado nesse seu coração. — Eu te amo, tanto que não consigo nem suportar seu olhar se desviando para outra pessoa, não iria resistir, meu coração se partiria se visse em seu olhar lágrimas derramadas por mim. Fui me aproximando dele, sem dizer uma única palavra, mas me agarrando a todas que saiam de sua boca. Certificando-me de seu olhar, tendo cada vez mais certeza da minha decisão. — Se isso é um desabafo, acho que só falei algo que você cansou de escutar. Me segurei, porque você é a única com quem conseguirei chegar até o fim, você a única que despertou esse sentimento puro e entorpecente dentro de mim. Desejo tudo em você com tanta força, que tenho medo de quebrar o que há de tão bonito entre nós. Por isso vou esperar. — Não! Já sou sua na mente e no coração. Agora quero que venha pegar a única coisa que falta pra nos unirmos. Eu te amo! Eu já estava próximo dele na cama, ele sentado e eu em pé. Minhas mãos se elevaram e se aninharam em seus cabelos negros, trazendo definitivamente seu olhar pra mim, aqueles olhos verdes, irresistíveis. Suas mãos me puxaram pela cintura em um forte abraço, sentia sua respiração em minha barriga, e então coloquei minhas pernas envoltas de sua cintura, me deixando finalmente ficar em seus braços e viver aquela paixão. Tudo isso sem desligar o nosso olhar, beijos nos incendiaram completamente, durante toda a noite, e assim foi nossa primeira noite.


Às vezes quando desabafamos sobre algo que nos incomoda, elas se resolvem. As palavras têm muita força e o destino faz com que encontramos as pessoas certas na hora certa e por que não dizer, encontrar uma grande paixão. Na manhã seguinte, todas as incertezas passaram, ao nos acordamos, horas foram gastas apenas com olhares apaixonados e o calor de nossos corpos abraçados. Realmente minha vida infeliz havia ficado pra traz e mina nova estava começando. Meu emprego de Designer me ajudava a pagar os estudos e rachar um apartamento em Nova York com Will. Nossa vida não podia ser mais feliz, esquecemos no passado os fantasmas de Julius e Isabella. Afastamos-nos de tudo e todos pra curtir melhor o nosso amor. E hoje noivos, podemos dizer que um amor platônico, ou até mesmo o ódio pode unir e ser transformar em uma linda história de amor. Foi assim com Eu e Will, e também pode ser com você! Viva a vida nas pequenas arbitrariedades que o destino lhe der, pois às vezes achamos essas pequenas coisas inúteis, mas se olhar bem de perto elas com certeza mudaram a nossa vida. Desabafe é bom pra vida e pra alma!

Fim!!!


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