primavera “No início, faça o imprescindível. Depois o possível. De repente, estará fazendo o impossível” Revista do Centro de Jardinagem e Arte Floral do Paraná
São Francisco de Assis
Ano 05 - NO 19 - CEJARTE - SETEMBRO/OUTUBRO/NOVEMBRO 2014
ecial p s e o ediçã
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distribuição gratuita
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arte & jardim
INFORMAÇÕES E FICHA DE INSCRIÇÃO DO EVENTO NA PÁGINA 54 DESTA EDIÇÃO D’ O REGADOR
A revista O Regador é uma publicação trimestral, produzida por iniciativa do Centro de Jardinagem e Arte Floral do Paraná, entidade de Utilidade Pública Municipal, conforme a Lei 26/91 de 10/04/1991 e Estadual, Lei 9.615 de 05/06/1991. A publicação é aberta a todos que desejem colaborar e os artigos são de inteira responsabilidade dos seus autores.
edi tori al [ setem bro . outubro . novem bro 2014 ]
Equipe editorial Regina Moreira Rodrigues, Raquel Moraes, Juliana Moraes Redação Raquel Moraes, Juliana Moraes Revisão Raquel Moraes Coordenação de comunicação Raquel Moraes Direção de Arte Tiago Cúnico Volpato e Raquel Moraes diagramação Tiago Cúnico Volpato colaboração Marilda Gnatta Dalcuche, Vânia Meira Machado, André Possoli, Toni Backes, Raul Cânovas Fotografias Raquel Moraes, Regina Moreira Rodrigues, Marilda Gnatta Dalcuche, Shutterstock, Nelci Kaletka, Gabriela Pizzetti Agradecimentos Marilda Gnatta Dalcuche, Vânia Meira Machado, Gabriela Pizzetti, Toni Backes, Raul Cânovas impressão Gráfica Capital Fontes bibliográficas Enciclopédia Ilustrada 1001 – Plantas e Flores, Valério Romahn, Editora Europa, 2008; Encyclopèdie dês Fleurs ET Plantes de Jardin, Sélection Du Reader’s Digest, 1982; Savoir Tout Faire au Jardin, Sélection Du Reader’s Digest, 1983; Enciclopédia Ilustrada: 2200 Plantas e Flores. Volume 3 – Flores e Folhagens Herbáceas, Valério Romahn, Editora Europa, 2007; Dicionário das Plantas Úteis do Brasil, M. Pio Corrêa, Ministério da Agricultura, 1984; Guia Rural Abril; Biblioteca Natureza Life – As Plantas, 1971 Foto CAPA Magnólia por Gabriela Pizzetti
d i r e to r i a
(eleita - 2010/2014)
CEJARTE Presidente: Regina Moreira Rodrigues Vice-Presidente: Lourencita B. Boscardin Diretoria Administrativa
Primeira Diretora: Vânia Meira Machado Segunda Diretora: Jussara Maria Saade Teixeira Diretoria Financeira
Primeira Diretora: Karen Cartaxo Sprenger Segunda Diretora: Leyla Pedroso Diretoria Técnica Primeira Diretora: Marilda Dalcuche Segunda Diretora: Marisa Iwersen Diretoria Social Primeira Diretora: Maria Luiza Ribeiro Amatuzzi Segunda Diretora: Tais Ferronato Diretoria Cultural Primeira Diretora: Nelly de Mattos Mehl Segunda Diretora: Eliane Siebenrok
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essa edição, temos muito que comemorar. O Regador existe como informativo do Centro de Jardinagem e Arte Floral do Paraná desde o mês de abril de 1991. Foram 18 anos em formato de boletim, totalizando 81 edições e 5 anos em formato de revista, com 19 edições publicadas. Portanto, são 100 edições d’O Regador para se comemorar! E por que “O Regador”? Quando em reunião de diretoria do CEJARTE aprovávamos um nome para o nosso boletim, a então sócia Patrícia Amarante Teixeira de Freitas sugeriu “O Regador” e o porquê desse nome. O regador, ferramenta de jardinagem, espalha água para que as plantas vivam bem. O Regador, revista de jardinagem, espalha conhecimento para que as pessoas possam ter suas plantas e seus jardins mais belos e saudáveis. Acreditamos, até hoje, que não poderia haver nome melhor para o veículo de comunicação entre nossas sócias, os amigos de jardinagem e qualquer pessoa que por curiosidade leia a nossa revista. Nesse momento, em que comemoramos 100 edições ininterruptas d’O Regador, 23 anos de geração de conhecimento dedicado à jardinagem, compartilhamos com você a nossa alegria com a colaboração do amigo e profissional Toni Backes e seu Paisagismo Regenerativo. Além disso, o também amigo e paisagista brasileiro Raul Cânovas nos presenteia com seu artigo a respeito dos jardins japoneses, enriquecendo ainda mais nossa publicação. Somam-se a eles os artigos das nossas cejarteanas Marilda Dalcuche e Vânia Machado, representando muito bem nosso Centro de Jardinagem e Arte Floral do Paraná. Agradecemos a todos que de alguma forma contribuíram para a construção desse material e especialmente ao amigo leitor. Boa leitura! Regina moreira rodrigues Presidente do cejarte
Diretoria de Eventos e Turismo
Primeira Diretora: Marisa Mathias Gorski Segunda Diretora: Dirce Marques Mira
Rua Marciano Dombeck, 106 |Curitiba-PR CEP 80240-640 41 3244.6165 3274.3166 cejarte@yahoo.com.br revistaoregador@gmail.com
http://facebook.com/cejartecuritiba Blog: http://cejartecuritiba.blogspot.com
sumário
setembro . outubro . novembro
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14
22
36
e ainda
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Dicas de jardinagem Flores Cejarteanas
reportagens 06
ARTE E JARDIM
14
hundertwasser
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QUADROS VIVOS
20
jardins japoneses
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Horta
26
pomar
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Orquídeas
Os jardins trazem vida à arte O “cem águas” Inovação no campo da jardinagem
O jardim japonês através dos séculos
Mês a mês
Abacaxi Dúvidas frequentes
32
flores e plantas
36
técnicas de jardinagem
44
PROGRAMAÇão do cejarte
Plantas repelentes
Combinando plantas
Próximas reuniões e passeios realizados
O QUE VOCÊ VÊ.
anúncio outubro rosa OQUEA GENTE VÊ. Ver além, enxergar o panorama completo. Quando se trata de saúde, isto requer um cuidado ainda maior. Por isso o CEDAV faz de cada exame um compromisso com a excelência, o que só é possível graças a investimentos em estrutura, tecnologias e, principalmente, ao constante aprimoramento de profissionais altamente capacitados e comprometidos.
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA • TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA M A M O G R A F I A D I G I TA L • D E N S I TO M E T R I A Ó S S E A ECOGRAFIA • RADIOLOGIA DIGITAL • DOPPLER COLORIDO ECOCARDIOGRAFIA • PUNÇÕES E BIÓPSIAS • LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS • ANATOMIA PATOLÓGICA
Diretor Técnico Médico: Dr. Ricardo Ferreira | CRM-PR: 13114
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ARTE
e jardim ARTE, INSPIRAÇÃO MÁXIMA na CRIAÇÃO do PAISAGISMO - os jardins trazem vida à arte-
por Eng. Agr. Toni Backes e Arq. Gabriela Pizzetti
INTRODUÇão “A arte no jardim inicia com nossa percepção sobre qualquer ser vivo. Você já parou para observar a estrutura de uma flor? De qualquer formato, cor, tamanho?! Sua composição é milimetricamente projetada para sua função primordial: crescer e se multiplicar... Sim! Ela é perfeita dentro do mundo a que se propôs nascer. Além disso, é peça importante do funcionamento do Planeta. Sua arte está em existir de forma
tão singela, sutil e funcional. E na simbiose com o ecossistema... a arte de se relacionar! Nesse sentido, podemos achar que a arte se inicia naturalmente, sem intervenções humanas, na simples (e complexa) arquitetura de uma flor! Observe uma flor... Um broto, suas pétalas, seu miolo, cores e aromas... e inicie o despertar da mente para suas criações artísticas!” Gabriela Pizzetti
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conceituação da arte no paisagismo “A arte é a contemplação, é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que a natureza também tem alma.” Auguste Rodin É imprescindível que um projeto de paisagismo, por se tratar de uma criação artística, obedeça às regras de harmonia das formas e cores, determinadas pela seleção acertada das espécies de plantas. Tão importante quanto o equilíbrio das formas é a combinação das cores predominantes nas espécies de plantas que compõem um jardim. Uma perfeita sintonia entre o colorido do jardim com a paisagem adjacente resulta em agradável harmonia visual.
Cada sociedade desenvolve características estético-plásticas próprias, surgindo os estilos locais inspirados em experiências anteriores. Atualmente devido a mescla de materiais e a grande influência de valores culturais de uma sociedade sobre a outra, temos jardins cosmopolitas, que poderiam tanto ser realizados no Brasil, nos EUA ou na Europa. O caráter pode ser o mesmo, a composição também, mas deveria ter elementos próprios de cada lugar como vegetação e relevo.
artes visuais “Paisagismo é único, como forma de arte, comparado aos demais, pois possui um caráter dinâmico e alguns componentes estão sempre em mutação. Observação: O treinamento visual é fundamental para a apreciação dos elementos isoladamente e em suas associações. Percepção: baseada em experiências pessoais que podem ser reforçadas, atenuadas e que podem ser repetidas a outros através de recursos visuais no uso dos materiais. Percepção requer olhar e reconhecer.” William R. Nelson
Abaixo exemplos de como alguns trabalhos podem inspirar nossos projetos:
Gardens for the future (COOPER e TAYLOR, 2000)
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Monumento Sicredi Pra莽a das Flores, Nova Petr贸polis, RS (BACKES, 2002) Gardens for the future (COOPER e TAYLOR, 2000)
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percepções “Jardinagem e culinária são atividades artísticas em que utilizamos os cinco sentidos do ser humano de uma forma plena.”
Monumento Sicredi Praça das Flores, Nova Petrópolis, RS (BACKES, 2002)
Segundo o paisagista Benedito Abbud (2008), o paisagismo é a única expressão artística em que participam os cinco sentidos do ser humano, é uma rica vivência sensorial, ao somar as mais diversas e complexas experiências perceptivas. Uma paisagem construída com plantas e árvores proporciona impressões diversas – cor, forma, aroma, textura, sabor, som - aos seus frequentadores. Além disso, ela jamais permanece a mesma. A paisagem se
altera com as estações do ano e revela ao longo do tempo aspectos que não se aprende de uma única vez. Apesar de nós usarmos todos nossos sentidos, a visão é o predominante entre todos no paisagismo. Os profissionais paisagistas devem constantemente treinar suas percepções através do olhar, seja por jardins já feitos, seja por arte antiga e moderna, seja por elementos da natureza, etc. Talvez se aplique a máxima “na vida nada se cria, tudo se copia”, mas sempre complementando que, com criatividade e experiência, tudo se adapta e assim vamos evoluindo de uma forma espiralada e ascendente.
Jardim das percepções - Nova Petrópolis, RS (BACKES, 2005)
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Jardim das percepções, Caminho da percepção - Nova Petrópolis, RS (BACKES, 2005)
forma x conteúdo “O medo do acaso e a obsessão ao controle ajudam a construir muros e jardins minimalistas estáticos.” “Estetos da Anti-estética em conluio com a Dinâmica Espiralada e Colorida da Vida.” Toni Backes Retomando a velha discussão da FORMA X CONTEÚDO, pois acho ainda bem problemática e anti-sustentável os caminhos tomados pela valorização
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excessiva da forma, em detrimento do que é vida num sentido holístico. Na arquitetura, no paisagismo, no design ou na moda, é bastante observada a ditadura da forma sobre o conteúdo. No paisagismo, os projetistas parecem mais preocupados em serem excêntricos, originais, diferentes, não em fazer jardim para as pessoas. As plantas e objetos são dispostas sobre o jardim como instalações, volumes estruturais, apenas expressam tendências estéti-
cas. O resultado é um só, temos visto jardins onde os donos apenas passam os olhos, nem se lembram que as plantas são seres vivos fotossintetizantes complexos e com consciência. (Backes, 2012) As Formas rígidas e mecânicas organizam e racionalizam, nos limitam. Na natureza o crescimento se dá por sequências progressivas e espiraladas
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PAISAGISMO ESTRUTURAL DE BIBELÔS “(...) A tremenda necessidade de nos tornarmos estetas de forma, muitas vezes, compulsiva nosso corpo, nossa casa, nossos hábitos, nossas tendências e, até, nossa genuína maneira de pensar, nos afasta, geralmente, do caminho que levará algum dia, a transformar- nos, quem sabe, em autênticos deuses e, aí sim, não apenas formosos, mas, principalmente, perfeitos, com a total plenitude de quem está, por fim, satisfeito com seu contorno e consigo mesmo.” “(...) e do jardim, como devo analisar a ética na estética de uma paisagem recriada? Sinceramente, aposto no respeito de todos os elementos que constituirão esse espaço, principalmente as plantas, que tem um modo de vida próprio a ser respeitado; Não tratá-las como bibelôs, pelo contrario, reverenciá-las já que sem elas, viver seria impossível. O jardim de alguma forma sempre apresentou a essência da vida e isto, é comum a todas as religiões e a todas as sociedades, inclusive aquelas onde a ética é, digamos, um tanto discutível.”
O artista e promotor da biodiversidade Patrick Blanc, precursor das paredes verdes biodiversas que embelezam a França e no Mundo, veste-se colorido ou fugindo do padrão preto, cinza. Pinta seu cabelo de verde para transgredir mais um pouco e também como pitadas de marketing. “Forma - Fôrma - Formol – Formato > Encaixotamento Da Vida” Educador Tião Rocha
RAUL CÂNOVAS no seu Blog: “A Ética da Estética”
INFLUÊNCIAS CULTURAIS NO PAISAGISMO MODERNO
MATERIAIS
• Vidro • Alta Tecnologia (High Tech)
• Fibra de Vidro, Fibra Ótica • Aço, Metais e Neon
FORMAS E ELEMENTOS
• Espiral • Zig-Zag • Cercas com elos de corrente • Sequência Matemática (“Fibonacci”)
• Círculo • Serpentina • Névoa Artificial
ASPECTOS ECOLÓGICOS
• Resistência a seca • Aquecimento Global • Idade da Informação • Motor de Carro • Paisagismo Desértico
• Atenção Ecológica • Conservação de Energia • Local dominante, ajustado, gerado • Arquitetura Verde – Ecológico Sustentável
ARTISTAS PAISAGISTAS
• Arq. Luis Barragan • Art. Plástico Roberto Burle Marx – Moderno • Arq. Le Corbusier – moderno • Arq. Frank Lioyd Wright
• Piet Oudolf - Pradaria • Escultor Isamu Noguchi - Japonês • Arq. Alvar Aalto • Agr. Gilles Clement
• Bauhaus – pós industrial • Cubismo • Kitsch • Minimalismo • Arte Ambiental • Arte Conceitual para tendências
• Biomorfismo • Dadaísmo • Arte da Terra • Pós Modernismo • Arte Abstrata
TENDÊNCIAS PAISAGÍSTICAS/ ARTÍSTICAS
Inspirado em: COOPER, G.; TAYLOR, G. 2000. Gardens for the future: gestures against the wild
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ROBERTO BURLE MARX e a ARTE e o JARDIM Nosso homenageado maior nestas questões é Burle Marx (1909-1994), pois nenhum paisagista soube aplicar tão bem seus dons artísticos e botânicos em inúmeros jardins.É natural que se possa identificar, com facilidade, paralelos entre pintura, escultura e jardins em sua obra. Entretanto, o artista tinha sempre presente as peculiaridades de cada uma dessas formas de manifestação e jamais desconsiderava as características e sutilezas inerentes a elas. Não poderíamos deixar de evocar esse profundo entendimento de paisagem e arte do grande mestre paisagista. José Tabacow (2004), em seu livro, cita vários pensamentos:
LUZ E CORES [...] “Em relação à minha vida de artista plástico, da mais rigorosa formação disciplinar para o desenho e a pintura, o jardim foi, uma sedimentação de circunstâncias. Foi somente o interesse de aplicar sobre a própria natureza os fundamentos da composição plástica, de acordo com o sentimento estético da minha época. Foi, em resumo, o modo que encontrei para organizar e compor o meu desenho e minha pintura, utilizando materiais menos convencionais. Em grande parte, posso explicar, pelo que houve em relação à minha geração, quando os pintores recebiam o impacto do cubismo e do abstracionismo. A justaposição dos atributos plásticos desses
movimentos estéticos aos elementos naturais constitui a atração para uma nova experiência. Decidi-se usar a topografia natural como uma superfície para a composição e os elementos da natureza encontrada – minerais, vegetais – como materiais de organização plástica, tanto quanto qualquer outro artista procura sua composição com tela, tintas e pincéis”. “Se me perguntarem qual o fator natural mais importante no traçado de um jardim teria que responder: é a luz. A luz nunca se repete. A luz se modifica nas diferentes partes do mundo; constitui o toque mestre da natureza, que estabeleça relações cromáticas no decorrer do dia.” “No Brasil, durante o verão, quando a luz é azul e brilhante, vemos florescer juntas flores de um rico amarelo quente e viole-
BIBLIOGRAFIA BACKES, T. 2012. Paisagismo para celebrar a vida: jardins como cura da paisagem e das pessoas. Porto Alegre: Paisagem do Sul. 168p. COOPER, G.; TAYLOR, G. 2000. Gardens for the future: gestures against the wild. Londres: Conran Octopus Publishing Group. 224p. RAND, H. 1994. Hundertwasser. Madrid: Taschen. 197p. TABACOW, J. 2004. Roberto Burle Marx: Arte & Paisagem. São Paulo: Nobel. 223p. ABBUD, B. 2007. Criando Paisagens. São Paulo: Senac Editora. CÂNOVAS, R. 2008. Um jardim para Sempre. São Paulo: Estação Liberdade. 12
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COMPOSIÇÃO ARTÍSTICA DE UM JARDIM tas intensos, suspensas num mar de verdes saturados, tão profundo que chega a parecer negro. No Japão, onde a luz é mais cinzenta, temos na primavera os brancos e os rosas tênues das cerejeiras e, no outono, o escarlate claro e os laranjas dos Acer palmatum, acentuados e destacados pelo escuro dos pinheiros, que em determinadas luzes, parecem azuis profundos. Nas primaveras alpinas, na Europa, quando a luz é fluida, de um puro e pálido lilás, as flores são brancas, amarelo pálido, malva ou azul intenso, aconchegadas no brilho suave do capim tenro. O importante é observar a beleza e as relações cromáticas.”
“[...] O jardim obedece a certas leis que não lhe são peculiares, mas sim inerentes a qualquer forma de manifestação de arte. São os mesmos problemas de forma e de cor, de dimensão, de tempo, de ritmo. Apenas que, em paisagismo, certas características têm importância maior que nas outras formas de arte. O tridimensionalismo, a temporalidade, a dinâmica dos seres vivos têm de ser levados em conta na composição. E as outras características têm, no jardim, sua maneira própria de participar. A cor, na natureza, não pode ter o mesmo sentido da cor na pintura. Ela depende da luz do sol, das nuvens, da chuva, das horas do dia, do luar e dos demais fatores ambientais. Eis por que posso considerar o jardim como manifestação de arte com suas próprias características, com sua personalidade.” “É preciso saber encontrar o equilíbrio. A arte do planejamento de um jardim é mui-
to - talvez a mais - complexa, exigindo compreensão de outras artes, uma disposição de aprender com a natureza. Em toda arte existe uma necessidade de ordem, mas não o tipo de ordem convencionada. Deve vir com profundidade, deve ser a base sobre a qual se constrói: é preciso selecionar, contrastar e complementar, dar ênfase à intenção onde isso for necessário. Um jardim deve ser, em suma, uma obra de arte como uma pintura, uma escultura, uma sinfonia, uma tapeçaria.” “Jardim é natureza organizada, onde a intenção do artista é pôr em evidência a beleza das cores e das formas, do ritmo, dos volumes ordenados. É estabelecer harmonias, criar contrastes, o conjunto sendo uma trama de elementos, todos indispensáveis.” “Podemos pensar numa planta como uma pincelada, ou um ponto de bordado; mas não devemos esquecer que é um ser vivo.”
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HUNDERTWASSER
o “cem águas”
Em palestra que farei no evento de outubro homenagearei um grande artista, muito inspirador em suas obras de arquitetura e paisagismo orgânico, um dos precursores do movimento moderno de telhados vivos. Quanto mais entendemos seu trabalho, seus manifestos e palestras, mais entendemos sua filosofia de trabalho intimamente ligada às forças da natureza e do cosmos. Muitos aprendizados da vida como ela realmente é e como podemos melhorá-la através da arte, da arquitetura e do uso da vegetação . Friedrich Stowasser, (15 /12/1928 — 19/02/ 2000) foi um artista austríaco de muitos talentos, mais conhecido pelo nome de Friedensreich Hundertwasser (numa criação sua se autodenomina “Friedensreich Regentag Dunkelbunt Hundertwasser”) Suas áreas de conhecimento foram a pintura e a arquitetura, sendo de grande influência na arquitetura orgânica moderna, na qual substituíu a monotonia com variedade, e o sistema de grade com as irregularidades orgânicas e não-regulamentadas.Começou seu envolvimento com manifestos, ensaios e manifestações, que depois foram seguidos por modelos de arquitetura que ele usou para ilustrar suas idéias de uma arborização do telhado, e o direito a janela, bem como a preferências por formas arquitetônicas, como as casas eye-slit, high-rise meadow, a casa em espiral ou a casa do poço. (Fonte: Wikipedia) 14
Autorretrato (1948)
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A seguir faço um apanhado de seus pensamentos e posições inspiradores baseadas no livro de RAND (2003), impressionante pela qualidade de arte e especialmente pela filosofia de trabalho brilhantemente descrita pelo autor no livro, através dos ensinamentos do artista dados em entrevistas, palestras e por seus corajosos manifestos. “Sempre há um sistema de ordem superior, com uma inteligência criativa e temos que nos adaptar a esse sistema. Somente as inteligências criativas sobreviverão. Isso significa que somos uma congregação de deuses. Esse é nosso estado normal. (...) Os homens são muito diferentes entre si, já são diferentes desde o seu nascimento. Porém todos devem e podem ser criativos. Essa é uma lei da natureza. O mendigo se converte em rei e o rei em mendigo. O importante é o que você é e como utiliza seu potencial. É teu poder criativo. É realmente fácil.”
ENSINANDO COM PLANTAS E ENTENDENDO A NATUREZA “A verdadeira proporção deste mundo se deduz olhando para cima às estrelas e olhando para baixo para superfície da terra. A erva e a vegetação da cidade devem crescer em todos os espaços horizontais; a vegetação deve crescer aonde cai a chuva e a neve; nas ruas e nos telhados. O plano horizontal é domínio da natureza e o homem não deve ultrapassar esses limites e nem se intrometer. Me refiro ao que sempre tem estado fazendo, usando territórios da natureza.”
um engano. Quando pinta na horizontal, o que faz são atos, coisas reais; porém quando pinta na vertical, as condições são inapropriadas e o que faz estará mal, porque parte de uma mentira, de uma distorção da perspectiva. A perspectiva tem um caráter egoísta que onde o que está mais perto, pareça mais importante e mais grande que aquilo que está mais longe, que parecerá menos importante.” Seus conceitos e parte de sua prática artística podem ser considerados tradicionais. Como artista e pensador ambientalista, você não se pode considerar tão moderno, desde uma perspectiva tecnológica, como a Buckminster Fuller e Paolo Soleri. “Uma das razões do meu êxito é que não luto contra os elementos. O que luta com os elementos é tonto. Há pessoas que querem seguir ativas quando chove, ou quando Eva, ou pela noite, ou quando estão doentes; porém essas são situações nas quais a natureza quer que estejamos tranqüilos. Certo arquiteto louco Buckminster Fuller) quer construir uma cúpula de cristal que cubra toda Nova Iorque. Dentro haverá luz natural noite e dia, não haverá vento, nem chuva. Porém isso é uma completa estupidez, porque alienar-se da natureza é como viver em uma nave espacial e o homem não nasce para viver em uma nave espacial.”
Bolhas nascem no adorado jardim (1975)
O pintor ambientalista não transgride as leis da natureza como faziam os surrealistas. Hundertwasser reverencia precisamente as leis universais que organizam a matéria e os seres vivos. Hundertwasser, assim como Burle Marx, não defende a ausência humana na paisagem, sim a coexistência do homem e da natureza em comunicação perfeita e equilibrada com ela. Do mesmo modo Hundertwasser não é vegetariano, porém pensa que a vida é sagrada, que pode explorar a terra, porém somente por um motivo justo; ao contrario de alguns ambientalistas, Hundertwasser pensa que a humanidade faz parte do paraíso.
ARTE DE HUNDERTWASSER “Quando um pintor estende a tela sobre a mesa, tem as condições básicas para fazer as coisas bem. Porém se ele trabalha com a tela colocado na vertical, sobre a parede, começa basicamente mal porque parte de
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TEMPO “A ajuda do tempo é muito importante na arte. Algo cresce, então não pode falhar. Somente as coisas rápidas falham. É que eles têm uma pátina, a marca da sua evolução, a marca do tempo. As árvores que crescem lentamente, são melhores que as que crescem rapidamente; a madeira é melhor, as árvores tem melhor aspecto. A criação leva tempo e a arte que não leva consigo uma evolução está destinada a desaparecer pronto. Quanto mais tempo se tarda em criar uma obra de arte, mais tempo permanecerá viva. Essa é uma regre basicamente, mas há exceções.”
FUTURO DA BELEZA As imagens e as formas da sua obra têm muitos significados complicados e cheios de refinamentos. São as cores que tem significado, as figuras que não são tão importantes. Nos meus quadros, as formas não são ricas, as cores sim. Em realidade, as formas são muito pobres. Eu não sei desenhar. Eu não sei esculpir. Não me dou bem se os quadros não têm cor. Não sei dar sombras muito bem, a luz e a sombra não são meu ponto forte. Meu ponto forte é a cor, com isso me dou bastante bem, ainda que ultimamente tenha dúvidas sobre o que faço, porque em um mundo de cores, como eu o concebo, quem sabe não é tão natural.
PARAÍSO DAS CORES Para Hundertwasser, o paraíso é multicolor e o purgatório, se existe, deve ser um mundo cinza ou monocromático. As cores paradisíacas do céu não estão unidas nem dominadas por aspectos abstratos.
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“O paraíso não consiste em cores colocadas ao azar, sim a cores que respondem a certo processo criativo. A cor é somente uma manifestação externa da riqueza e da diversidade. Quanto mais coisas diferentes há, mais rico é o mundo e mais se assemelha à ideia de paraíso: muitas coisas diferentes em convivência. Antes dos homens domesticarem as plantas e os animais e muito antes da industrialização, a terra era um verdadeiro enxame de formas variadas de vida. As sociedades primitivas viviam em meio à essa abundancia e já conheciam o que nós estamos descobrindo agora, a medida que catalogamos o mundo. Contudo, se observa uma diminuição: esse número de espécies se reduz rapidamente e a humanidade é a culpada. O paraíso terreno que encontramos se converterá finalmente em um inferno, à medida que diminui esta variedade de vidas. Já estamos no caminho, estamos cavando nossa própria cova. Um mundo de cores é sempre sinônimo de paraíso. Um mundo cinza ou monocromático é sempre sinônimo de purgatório ou de inferno. O inferno é todo vermelho: o fogo, os rostos, o sangue ... é horrível. Igualmente horrível é um mundo todo azul. Vivendo em um inferno de vegetação, em meio a selva, onde tudo é sempre verde, a pessoa fica louca. Há um inferno verde, um inferno azul, um inferno vermelho, um inferno preto, um inferno cinza. O das cidades é cinza. O estranho é que os arquitetos seguem construído em cinza. A diversidade de cores traz uma melhora, traz o paraíso.”
CLEAN, MONOCULTURA E MONOCROMÁTICA (REFLEXOS SOBRE ARQUITETURA) “O mal da cor na arquitetura, é que sempre é monocromático. Na nossa arquitetura existe a monocultura e as monoculturas são sempre ruins. (Monocultura é a produção em cadeia, bosques aonde se planta uma única espécie, a monocultura está nos nossos produtos pré-fabricados). Imaginamos que existe um homem, talvez o prefeito de uma cidade, a quem os fabricantes de tintas levam um catálogo de cores e pode escolher todos os tipos de rosa. Se pintará toda a quadra de rosa, por decisão de um homem que não tem ideia. Esse rosa se tornará cinza, dez anos depois de confusão, e a chuva o lavará. Por parte do edifício que está ao sol, a cor se apagará mesmo que na parte de sombra, permanecerá. Na parte onde chove, também vai mudar. Por estranho que pareça, esse edifício melhorará com o tempo, ainda que as pessoas não o admitam, pensará que está sujo. Quando há um edifício pintado de uma determinada cor e alguma parte da fachada se danifica, não se conserta só aquela parte, pintam todo o edifício. Por um pequeno defeito, se pinta todo o edifício novamente. Não estão contentes se algo se desvia do monocultivo, da uniformidade de um edifí-
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cio que destrói a unidade estéril, a unidade mortal. Eu me alegraria; o destacaria e o pintaria de outra cor, por exemplo vermelho, como se tivesse uma buraco na camisa. Não perco tempo e energia tentando encontrar exatamente a mesma cor para arrumar, nem chamo um especialista para restaurar de tal maneira que não se perceba onde estava o buraco. É uma bobagem. Ao contrário, devia se alegrar do defeito porque é um presente da natureza. Nos enriquece, não nos empobrece; se tiveres que fazer um remendo numa camisa azul, o faça amarelo. É o normal.” Hundertwasser acreditava que a arquitetura era sua meta e pintava quando não o permitiam trabalhar com arquitetura. “Assim, sonhava em pequena escala o que me deixavam fazer em grande escala. Sonhava que os quadros eram modelos e esquemas de coisas maiores.”
ANÕES DE JARDIM “As pessoas gostam de colocar anões de jardim dentro de seus jardins sob as plantas e pequenas árvores, sob as flores em uma espécie de pequena colina, e colocam algo junto à elas, as vezes um animalzinho, um coelho ou outras esculturas de sagas e velhos contos de fadas. É como um altar. É muito parecido ao canto onde algumas pessoas têm um crucifixo, com Jesus pregado ou mesmo como no Oriente onde eles têm Buda. Mas nesse caso é no jardim. Mas nem todo mundo o tem, somente alguns. Quando lhes é perguntado porque o tem, não sabem responder a pergunta. Só dizem, “Ah, porque gosto, porque meu pai tinha, ou porque é dele.” Minha teoria é de que o anão de jardim é o espírito de deus, o deus de tempos muito antigos que foi destruído, destruído que sabe, por nosso monoteísmo. Simboliza
a má consciência do homem para com a natureza. Quando a gente acredita que tem tratado mal a natureza põe esse anão para desculpar-se. É pequeno porque a erva é pequena e as flores são pequenas, e é menor para poder falar melhor com os caracóis, os animais e as plantas. Já não os conhecemos. Porém sempre, está ali embaixo do sol e da chuva. Ele é o símbolo dos contos de fadas. As pessoas não podem viver sem sonhos. Sonha o sonho que as pessoas, ás vezes, não têm tempo de sonhar. Os arquitetos os odeiam. Para um arquiteto racional, o pior inimigo é o anão de jardim. Quando se vê um arquiteto, do estilo de Le Corbusier ou da Bauhaus como Mies van der Rohe, o pior que se pode fazer, a pior ofensa, é colocar um anão de jardim na mesa. Como se combate aos vampiros com alhos e um crucifixo, aos arquitetos se combate com um anão de jardim.” Bibliografia: RAND, Harry. Hundertwasser. Köln: Tascshen, 2003.
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quadros vivos OR
quadros vivos pelas paredes
Conheça um pouco mais sobre os Quadros Vivos, inovação no campo da jardinagem que ganha cada vez mais espaço nos projetos de decoração mundo afora
pesquisa por André Possoli
Incluir plantas na decoração já não se resume apenas aos vasos dentro de casa. Tecnologia e criatividade geram alternativas como as já conhecidas paredes verdes e agora os cada dia mais comuns Quadros Vivos. Emoldurados como obras de arte, eles trazem sofisticação e modernidade à decoração de diferentes espaços. Alguns modelos disponíveis no mercado possuem sistema de irrigação automatizado, programado de acordo com as plantas e a região onde estão instalados. A estrutura pode ser movida facilmente e, por estar instalada em paredes e muros, não ocupa espaço no chão ou sobre o mobiliário, assim como não requer reformas na parede para sua implantação. Além disso, não é necessário esperar que as plantas cresçam para que se tenha uma peça bonita, já que eles são montados com plantas já adultas, sozinhas ou combinadas com outras espécies. Conheça alguns trabalhos e inspire-se!
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jardins japoneses OR
jardins japoneses O JARDIM JAPONÊS ATRAVÉS DOS SÉCULOS
por Raul Cânovas
Herdados da China os jardins são introduzidos no arquipélago japonês, especialmente na ilha de Honshu, onde fica a atual capital Tóquio, mas só começam a se tornar populares na antiga capital Heian-kyõ (atual Kyoto) onde são projetados seguindo a tradição xintoísta, cujos preceitos religiosos e espirituais estão enraizados nos séculos anteriores da era cristã. Inicialmente se inspiraram na paisagem natural, reproduzindo montanhas e rios com pedras e lagos, sempre acompanhados de cascatas e peixes coloridos. Com a introdução do budismo no século VI os jardins começam a fazer parte do cotidiano das pessoas, tanto nos palácios como nos templos e nas casas mais simples, conservando sempre as características místicas vinculadas com a natureza. Passam os anos e no século XIII um grupo de monges chineses trazem consigo uma nova forma de budismo, conhecido como “Zen” que poderíamos traduzir como “meditação”. Este estilo 20
prescinde da água e quase que completamente de plantas, resumindo-se às pedras, musgos e seixos. O mais famoso deles é o Ryoan-ji um espaço destinado a meditação, de líneas refinadas, concebido pelo Mestre Soami (1472 - 1525) pintor, poeta e jardineiro a serviço do shogun Ashikaga Yoshimasa, ele construiu também o Daisei-in, reprodução em miniatura de uma paisagem bucólica e o jardim do Pavilhão de Prata (Ginkaku-ji). Um predecessor dele, Muso Soseki (1275 - 1351) monge budista, poeta, calígrafo e designer de jardins, deixou sua marca nos jardins de Tenryu-ji e Koke-dera em Kyoto, hoje Patrimônios Mundiais da UNESCO. A arte da paisagem construída atravessa os tempos de modo inalterável, junto com a música, a cerâmica, a pintura clássica representada pelo sumi-ê e o ukiyo-e, a caligrafia, o teatro kabuki, a ikebana, o origami, a cerimônia do chá, a culinária e o modo de vestir
com os longos kimonos. Sempre respeitando profundamente as tradições de uma sociedade conservadora. Isto é reafirmado em 1871 quando uma lei foi promulgada para preservar antigos jardins privados, como o Kenroku-em e o Murin-um, transformando-os em parques públicos. Mas as transformações culturais acontecem de modo inexorável no século XX, provocadas pelo expansionismo territorial e as duas Grandes Guerras mundiais. O Japão deixa de ser um país agrário e feudal, isolado do Ocidente, para paulatinamente transformar-se em uma potência industrial e capitalista no cenário internacional. Os hábitos da população mudam influenciados por Ocidente e a arquitetura da paisagem sente a necessidade de adequar se às circunstâncias sem, no entanto, perder a essência que caracterizou sempre o design nipônico. O notável paisagista Mirei Shigemori (1896–1975)
jardins japoneses OR
vislumbrou um novo jardim, moderno, simples e impecável, mas conservando as virtudes que os jardins antigos ofereciam para uma meditação contemplativa. A inspiração sofre, sem dúvida, interferências das tendências americanas e européias, sem por isso perder o gosto refinado que caracteriza um design apoiado na sustentabilidade e na interculturalidade. São dele os jardins do templo budista de Tofuku-ji, em Kyoto, o Jardim das pedras do castelo de Kishiwada e o Sumiyoshi Park, em Osaka. Neles, Shigemori, rompe com o naturalismo e retoma a abstração dos jardins secos de maneira inovadora. Outros paisagistas importantes do século XX: Yoshikuni Araki (1921-1997), realizou jardins na Tailândia, Coréia do Sul, EUA, Áustria, Alemanha, Cuba, além de outras grandes obras no Japão; Koichi Kawana (1930-1990) Lecionou
na Universidade da Califórnia e projetou vários parques públicos nos Estados Unidos; Nagao Sakurai (1896-1973) vários jardins notáveis nos Estados Unidos; Takeo Shiota (1881-1943) vários projetos nos Estados Unidos, inclusive os jardins da cobertura do antigo Astor Hotel, que funcionou até 1967, na Times Square, Manhattan; Takeo Uesugi (1940 - ) autor, entre outros, do James Irvine Garden, em Los Angeles; Isamu Noguchi (1904 - 1988), escultor, designer de mobiliário e paisagista. Realizou jardins na França, USA, Honolulu, e outros no Japão, como o Moerenuma Park, em Sapporo. Nas últimas décadas surgiram outros expoentes, como Tadao Ando, um arquiteto autodidata que enfatizando os vazios representa a beleza com simplicidade; isto lhe valeu o Prémio Pritzker em 1995 pela sua obra, onde os espaços verdes tem uma importância fun-
damental como complemento das edificações. Na atualidade o Japão possui profissionais de destaque, como: Hoichi Kurisu, Hirofumi Suga, Hidetoshi eShunsuke Furuie, Yoshiharu Shimura, Kenzo Yamakoshi, Koshi Ohashi, Hiko Mitani, Norikazu Kondo, Takeshi Matsuo, Takeshi Mita, Gen Kumagai, Kouhei Nobuhara e Tsutomu Kasai, conhecido aqui no Brasil por ter projetado os jardins do Solo Sagrado em São Paulo, entre outros. Eles seguem um estilo próprio e, apesar das relações intensas com os Estados Unidos, não assimilaram o American Way, mas se reinventaram, copiando fórmulas americanas, porém fieis a suas tradições milenares. O Japão do karaokê, da dança altamente energética que é o yosakoi, das histórias em quadrinhos conhecidas como mangá e dos seriados e filmes tokusatsu de super-heróis é bem diferente daquele de 60 anos atrás, no período de pós-guerra. Mas continua cultivando uma magia peculiar.
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horta mĂŞs a mĂŞs
horta OR
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horta OR
Nesta e nas próximas edições d’O Regador, apresentamos ao leitor alguns dos trabalhos a serem realizados na horta nas quatro estações, garantindo, assim, hortaliças frescas o ano inteiro! Para recomendar o que deve ser feito em casa mês, levamos em consideração as médias climáticas. Porém, como podem variar um pouco cada ano, é importante que o leitor adapte todas as informações às condições do momento, aproveitando-se as informações para organizar seu trabalho. Separamos algumas das variedades de hortaliças mais populares entre nós e que são bastante adaptadas ao nosso meio ambiente. Começamos com os meses de Primavera!
SETEMBRO Neste mês começa a primavera e, com alguns dias de sol a mais, é hora de preparar os canteiros, mudar plantas de vaso a fazer novas plantações. Os trabalhos serão maiores, principalmente se a horta estiver sendo iniciada e se os preparativos do inverno não tiverem sido feitos. Semeia-se em lugar fechado (sementeira): aipo, alface, alho-poró, berinjela, beterraba redonda, cebola, chicória, couve, couve-flor, funcho, pimentão, repolho, ruibarbo e tomate Semeia-se no solo nativo: abóbora, abobrinha, agrião (mais rapidamente por mudas enraizadas), alface crespa americana, almeirão, aspargo, acelga, cebolinha, cenoura, chicória amarga, espinafre, feijão, jiló, melancia, melão, mostarda, nabos francês e japonês, pepino, quiabo, rabanete, rúcula e salsa. Planta-se: batata-doce, cará, mandioca, raiz forte, ruibarbo e aspargo (estes por meio de rizomas). E ainda o alho, usando os dentes mais fortes do “bulbo” adulto. Multiplicam-se todas as ervas de condimento, por sementes ou por divisão de touceiras grandes, replantando apenas as mudas ou rebentos mais novos. Colhe-se: abobrinha, agrião, aipo, alface repolhuda, alface romana, almeirão, alho-poró precoce, berinjela, beterraba, cebola, cebolinha, cenoura, chicória lisa (escarola), couve, couve-flor, ervilha, espinafre, feijão, funcho, jiló, mostarda, nabo, pepino, pimenta,
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horta OR
rabanete, repolho, rúcula, salsa, tomate, chuchu, batata-doce e mandioca. Trabalhos do mês: para evitar problemas, adubar as plantas em pleno desenvolvimento e combater doenças e pragas que possam aparecer com inseticidas naturais ou com a utilização de plantas repelentes (veja o artigo Plantas repelentes na página 32).
OUTUBRO As condições favoráveis do mês de setembro geralmente se mantêm em outubro. Precisamos aproveitar todos os momentos disponíveis para terminar os trabalhos de semeadura já iniciados, principalmente das plantas que preferem o calor. Não devemos, entretanto, semear hortaliças oriundas de zonas frias, tais como ervilha, nabo-francês, couve-flor e etc. Deve-se substituir variedades de cultura de inverno por outras que aguentam temperaturas altas do nosso verão, como indicamos a seguir. Semeia-se em lugar fechado (sementeira): aipo, rábano, alface repolhuda, alface romana, alho-poró, berinjela, beterraba redonda, chicória (escarola), couves tronchudas, couve-rábano, couve-brócolis, funcho, pimentão, repolho, ruibarbo, tomate, salsa. Semeia-se no solo nativo: abóbora, abobrinha, alcachofra, alface, alho-poró, almeirão, acelga, cebola, cebolinha, cenoura, aspargo, feijão, jiló, melancia, melão, mostarda, nabo japonês, pepino, quiabo, rabanete, rúcula, salsa, espinafre (melhor por meio de mudas de culturas já existentes). Planta-se: chuchu (já brotado), batata-doce, mandioca, cará, raiz forte, aspargo (rizomas), ruibarbo (por divisão de plantas fortes), alcachofra (por rebentos dos pés), alho (por dentes do bulbo).
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Colhe-se: abobrinha, agrião, aipo, rábano, alface, almeirão, acelga, uma ou outra berinjela, beterraba redonda, cebola, cenoura, chicória (escarola), couves, ervilha, aspargo, feijão verde, funcho, jiló, mostardas, nabos, pepino, pimenta, pimentão (precoce), rabanete, repolho, rúcula, ruibarbo, salsa, salsão, tomate, chuchu, batata doce, mandioca e morangos. Trabalhos do mês: transplantam-se as mudas já prontas, resultantes das sementeiras de agosto e setembro. Pode-se aproveitar o espaço livre entre as fileiras dos canteiros para culturas intercaladas de ciclo vegetativo curto, que serão colhidos antes que a cultura principal necessite do canteiro inteiro. Regar sempre, de preferência pela manhã ou no início da tarde, pois quando o sol está muito forte, geralmente ao meio dia, a água evapora antes de descer às camadas de terra exploradas pelas raízes absorventes. Manter sempre a superfície limpa e fofa para que a água, o calor e o ar possam penetrar no solo.
NOVEMBRO Neste mês já terminou a época propícia para a semeadura da maioria das hortaliças. As sementeiras feitas desde agosto até o fim de outubro podem fornecer um grande número de mudas, tanto que podemos, praticamente, prescindir de novas sementeiras, com exceção de algumas, como couve, rábano e rabanete, que devem ser renovadas em pequenos intervalos para obter-se produtos frescos. Em parte, podemos evitar estas repetições periódicas, semeando simultaneamente as variedades de produção normal e outras de produção precoce ou tardia. Procedendo desta forma, tornamo-nos independentes das chuvas pesadas que começam a aparecer, geralmente, no fim de dezembro. Isto, porém, onde as condições climáticas forem favoráveis.
Semeia-se em lugar fechado (sementeira): alface romana, escarola, alho-poró, berinjela, pimentão, repolho branco, repolho crespo e tomate. Semeia-se no solo nativo: abóbora, abobrinha, acelga, almeirão, cenoura, alcachofra, espinafre, feijão, mostarda, quiabo, pepino, rabanete, ruibarbo, rúcula e salsa. Planta-se: batata doce, cará, mandioca e couve-manteiga (por rebentos). Colhe-se: abóbora, abobrinha, agrião, aipo, alcachofra, alface, escarola, alho-poró, acelga, berinjela, beterraba, cenoura, couve, espinafre, feijão verde, funcho, jiló, melancia, melão, mostarda, nabo, pimentão, pimenta, pepino, quiabo, rabanete, repolho, rúcula, salsa, salsão, tomate e chuchu.
Trabalhos do mês: transplantam-se as mudas em condições de serem transferidas para os canteiros, aproveitando os dias em que o solo esteja suficientemente enxuto para que a terra não grude demais nas raízes, formando em seguida invólucros compactos, que raízes jovens podem não perfurar. Auxiliar no crescimento das hortaliças por meio de leves adubações suplementares, utilizando de preferência, sempre adubos orgânicos. Proteger as sementeiras contra as chuvas pesadas, para impedir que as enxurradas arrastem as sementes ou carreguem a terra. Mãos à horta!
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pomar OR
conheça o
ABACAXI
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Dizem que o abacaxi é o rei dos frutos: já vem coroado pela natureza. De sabor agridoce, perfume forte e inconfundível, o abacaxi é originário da América Central e México.
Espécie de fácil dispersão e cultivo, chegou à África, China, Java, Índia e Filipinas, onde se propagou com facilidade e rapidez, sendo muito bem aproveitada nos últimos séculos.
Os indígenas dessas regiões o denominaram nana, que significa “cheiroso”, e essa foi a expressão que deu origem ao nome científico Ananas comosus. Já em muitos países de língua espanhola, é conhecido como piña, uma referência à semelhança do fruto com as pinhas do pinheiro europeu. O nome no Brasil, abacaxi, deriva da denominação indígena guarani iukati, que também faz referência ao perfume característico do fruto.
Através do tempo e com o avanço dos estudos científicos, descobriu-se que o abacaxi não é apenas uma fruta inteira, mas centenas de pequenos frutos aglomerados em torno de um eixo central. Cada “olho” ou “escama” da casca do abacaxi é um fruto que cresceu a partir de uma flor.
Quando essa exótica fruta chegou à Europa, levada das américas, passou a ser consumida como iguaria entre reis, rainhas e membros da nobreza. A partir do século XVII, iniciou-se o cultivo de abacaxis em estufas na região, especialmente preparadas para recriar as condições tropicais ideais.
Plantação de abacaxis
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais, perdendo apenas para Tailândia, Filipinas e China. As plantações em nosso país concentram-se no Nordeste, Triângulo Mineiro e São Paulo. Porém, apesar de possuir uma maior área de plantio, as técnicas utilizadas por aqui ainda não nos permitem atingir o alto rendimento dos países asiáticos.
O fruto pode ser consumido em estado natural e também na elaboração de sucos, drinques, doces, aperitivos, xaropes e remédios, sendo seu uso muito benéfico à saúde pela presença de uma substância chamada bromelina em sua composição. Graças às propriedades desta substância, o abacaxi pode auxiliar no bom funcionamento imunológico, facilitar a digestão e melhorar a função intestinal. Cada 100 g do fruto contém apenas 52 kcal. Por essa razão, ele é comumente incluído em dietas que visam baixo consumo calórico, além de ser diurético. Só é contraindicado em casos de gastrite, úlceras ou refluxo gástrico, devido ao seu alto grau de acidez. A casca do abacaxi possui tantos nutrientes quanto sua polpa. Portanto, não a desperdice e utilize também a casca no preparo de chás e sucos!
Fruto
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ORquídeas OR
Polinização
nas orquídeas por Marilda Gnatta Dalcuche
Abelhas, vespas, mariposas, borboletas, besouros, até pássaros e morcegos são alguns dos polinizadores de orquídeas. Depois de alguns dias do início da floração, normalmente quando a flor começa a exalar o seu aroma, o polinizador é atraído. Porém, nem sempre o aroma é o fator que o atrai. Podem ser as cores ou até a textura formada por pelos responsáveis por atrair o polinizador específico para aquela flor. O labelo tem papel importante nesta questão, pelas cores e forma, muitas vezes parecendo uma pista de pouso para os insetos. Na natureza, o objetivo principal é a reprodução e cada orquídea está adaptada para este fim.
Algumas orquídeas não produzem néctar, apenas perfume. Abelhas visitam as flores para recolher este perfume, que acredita-se ser usado por elas para atrair o macho. Parece até um jogo de sedução. A orquídea Angraecum sesquipedale, originária de Madagascar, produz néctar em tubos extremamente longos na base dos labelos, com até 35 cm de comprimento, de modo que somente a mariposa Xanthopan morganii predicta, popularmente conhecida como Mariposa Esfinge, com “trombas” igualmente longas, pode alcançá-lo. Com o objetivo de sugar até a última gota do néctar, a mariposa encosta sua cabeça, fazendo com que as polí-
Angraecum sesquipedale e a mariposa Xanthopan morganii predicta (Fonte: trilhadodinossauro.blogspot.com.br)
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neas (grãos de pólen agrupados de dois a oito massas) sejam aderidas em si. Ao visitar outra flor, a mariposa irá depositar as políneas, ocorrendo a polinização. Orquídeas do gênero Ophrys, apresentam a cor e a forma do labelo, formado por cerdas, que se assemelham a fêmeas de uma certa espécie de abelhas. Essas flores exalam fragrâncias similares às das fêmeas do polinizador, de forma que o macho, atraído pelo aroma e pela sua forma, copula com esta por engano, levando consigo as políneas, que depositará na próxima flor que visitar. Assim sendo, as fragrâncias exaladas pela flor
Ophrys apifera, com forma e cores semelhantes a uma espécie de fêmea de abelha (Fonte: www.panoramio.com)
orquídeas OR
merecem uma atenção devido à sua importância: são sinais químicos que aproximam os insetos das flores. Existem inúmeros outros exemplos de estratégias de polinização entre as orquídeas. Uma vez atraído, o polinizador encosta no estigma (órgão feminino) com a parte superior do corpo, ficando aderido nele a substância viscosa. Ao se retirar da flor, as políneas (do órgão masculino) aderem àquela substância e o polinizador leva então as políneas para outra flor. Quando a fecundação acontece, isto é, quando os núcleos dos pólens encontram os óvulos, a flor murcha, o ovário da planta logo começa a inchar e transforma-se na cápsula de sementes.
Dependendo do gênero, uma cápsula pode levar de 3 meses a 1 ano para amadurecer. Na fase madura, a cápsula rompe-se e milhares de sementes são liberadas. A semente da orquídea é minúscula e não possui nutrientes para a sua germinação. Por muito tempo as mudas foram obtidas ao se espalhar as sementes na base do pé da planta mãe, local onde germinavam. Foi descoberto que existe uma relação entre as sementes e o fungo micorriza presente nas raízes das orquídeas. O fungo fornece os açúcares que são os alimentos para as sementes germinarem e se desenvolverem. Mas o percentual de êxito no meio natural é muito pequeno.
Cientistas descobriram um meio de cultura artificial, que colocado em um frasco esterilizado e as sementes ali depositadas, faz com que elas germinem e cresçam, atingindo 90% de êxito. É possível a obtenção de características desejáveis, como flores grandes, intensificação da cor, durabilidade e resistência das flores, itens valorizados na comercialização. Muito mais do que buscar um padrão de beleza nos cruzamentos entre as orquídeas, ao se colocar as sementes em um meio de cultura artificial pode-se evitar a extinção de espécies.
Laeliocattleya Mini purple - Nota-se na flor, a coluna envolvida pelo labelo.
Coluna
Labelo
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ORquídeas OR A antera, onde estão as políneas, e o estigma
A coluna e a antera onde ficam as políneas
Coluna
Antera
Polínea (corpo amarelo) aderida ao estigma (cavidade viscosa)
Polínea (corpo amarelo) sendo colocada no estigma
Antera
Polínea
Estigma
Planta grávida após polinização
Polínea
Estigma Ovário
Cápsula de sementes
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Cápsula madura libera milhares de sementes (pó branco)
GRAVE O NOME
Este é o nome científico da sua orquídea: Dendrobium nobile Popularmente conhecida como “Olho de boneca”.
flores & plantas OR
plantas
repelentes
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flores & plantas OR
cravo-de-defunto, cravo-da-índia (Tagetes erecta L.) Eficaz contra: nematóides (vermes que podem atacar as plantas e proliferar doenças) Originário do México e introduzido no Brasil há muito tempo, se aclimatou tão bem que tornou-se espontânea em algumas regiões. O nome popular cravo-de-defunto deve-se ao fato de ser bastante cultivado em cemitérios. É uma herbácea anual, que atinge até 80 cm de altura. Multiplica-se através de sementes em qualquer tipo de solo, podendo ser plantada durante o ano todo.
gerânio
hortelã-pimenta
(Geranium maculatum L.)
(Mentha piperita L.)
Eficaz contra: insetos em geral, inclusive pulgões.
Eficaz contra: formigas
Pequeno arbusto cultivado em vasos e canteiros, apreciado pela beleza de suas flores e pelas folhas decorativas, por vezes perfumadas. Originário da Europa, Oriente e América do Norte, mas muito cultivado no Brasil. Multiplica-se por estacas de galhos cortados na primavera, são plantados inicialmente em vasos e depois devem ser transplantados para os canteiros ou vasos maiores.
Existem cerca de 30 espécies do gênero Mentha, diferindo muito entre si, mas a maioria tem em comum o forte e agradável aroma refrescante. A Mentha piperita é uma das espécies mais utilizadas, pois dentre todas é a preferida para condimentos, chás e aromatizantes, já que tem aroma acentuado devido a maior concentração de mentol. Desde o século XVII a hortelã é largamente cultivada e consumida na Inglaterra, seu habitat de origem. São de fácil cultivo, multiplicando-se pela divisão de touceiras. Embora possam ser plantados em qualquer época do ano, o melhor momento é a primavera ou o outono. A terra deve ser rica em matéria orgânica, bem drenada e úmida. 33
flores & plantas OR
gergelim (Sesamum indicum L.) Eficaz contra: Formiga saúva O gergelim é tido como uma das primeiras plantas utilizadas pelo homem. Alguns especialistas acreditam ser originário da Índia, existindo provas de que em 1600 antes de Cristo já era utilizado na alimentação. Outros acreditam ser originário da África e, neste caso, seriam os escravos os responsáveis pela propagação da espécie no continente americano. No Brasil, foi introduzido pelos portugueses, entretanto, apesar de encontrar por aqui clima propicio, só é cultivado esporadicamente. O consumo mundial de sementes de gergelim é enorme, sendo ele produzido principalmente pelos países asiáticos. O gergelim se reproduz facilmente por meio de sementes, que devem ser plantadas na primavera. É uma planta de clima quente, mas não muito úmido, se desenvolve melhor quando cultivado em solos férteis, enxutos e principalmente bem trabalhados. Deve-se evitar terrenos muito argilosos ou compactos.
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capuchinha (Tropaeolum majus L.) Eficaz contra: pulgões Nativa da América do Sul, é bastante cultivada para fins ornamentais e muito apreciada pela sua beleza. A planta é uma herbácea, trepadeira, que pode chegar até cinco metros de comprimento. É adaptável a qualquer tipo de clima, perfeita para ser cultivada em vasos, jardins ou parapeitos. Desenvolve-se melhor quando semeada na primavera e multiplica-se quase sempre espontaneamente através de sementes ou por divisão de mudas retiradas das plantas adultas.
TĂŠcnicas de jardinagem OR
combinando 36
plantas
Técnicas de jardinagem OR
Nem sempre é fácil escolhermos em que cantinho do jardim ficará melhor colocada aquela planta da qual tanto gostamos na floricultura ou que ganhamos num vaso como presente. Saber do que a espécie precisa e valorizar a estética do seu jardim são duas tarefas desafiadoras, mas que podem ser bem executadas se prestarmos atenção a alguns fatores importantes antes de escolhermos “na sorte” o lugar definitivo para o plantio. Veja como fazer!
Condições físicas importantes Elementos que compõem o terreno, como plantas nativas, posição da casa, postes, tubulações de água, fiação elétrica. Luminosidade Sol pleno: mínimo de 6 horas diárias de sol direto Meia sombra: muita luz indireta, mas nada de sol direto entre 10h e 17h. Sombra: apenas luz indireta por cerca de 3 horas diárias. Solo Terra preta ou marrom (rica em matéria orgânica) Terra vermelha (argilosa, de fácil compactação) Terra amarela (contém areia) pH clima
DICA Considerando estes fatores físicos, procure agrupar num mesmo canteiro plantas que tenham necessidades semelhantes de cultivo.
COR, FORMA E TEXTURA Em termos de cores, lembre-se de utilizar cores mais contrastantes para canteiros visualizados de mais longe e combinações mais sutis para os canteiros mais próximos. Devemos observar, também, os formatos e cores das folhas das árvores, sua altura e formato da copa. Utilize texturas variadas e experimente justaposições contrastantes.
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Técnicas de jardinagem OR
DICAS DOS MESTRES PARA COMPOR O JARDIM Crie ritmo combinando plantas altas e baixas, espécies arredondadas com outras mais angulares ou de cores diferentes. Planeje a disposição das plantas para criar áreas bem definidas ao longo do ano todo. Faça com que seu jardim reflita a mudança das estações com cores e flores. Use espécies com diversos períodos de floração ao longo do ano. Lembre-se de ter uma espécie florida na data de aniversário dos moradores da casa. Quebre simetrias desde que a área não tenha estilo formal ou geométrico. Escolha formas e cores interessantes para árvores e arbustos isolados e os coloque em um canto, com destaque ao lado de uma entrada ou de uma área proeminente do jardim. Escolha formas e cores interessantes para árvores e arbustos isolados e os coloque em um canto, com destaque ao lado de uma entrada ou de uma área proeminente do jardim. Opte por um jardim com diversidade de espécies. Você evitará pragas e doenças. Escolha uma planta principal para cada estação e cada área do jardim. Faça desenhos sinuosos. Para aproveitar ao máximo a paisagem, organize os elementos em torno de um ponto de vista do qual você possa apreciá-la. Use massa de cor. Todos os elementos devem ser distribuídos em escala. Faça a distribuição das plantas de acordo com o porte. Não obstrua a perspectiva no meio da área verde. Para fundir o jardim com a paisagem, inclua elementos como árvores de pequeno porte e arbustos. Use espécies que floresçam em épocas diferentes do ano e que apresentem outros atrativos como ser perfumada e atrair beija-flores e borboletas. Aproveite a vista de uma janela. Aproveite plantas que nasceram espontaneamente no jardim. Ladeie o caminho com plantas aromáticas como lavanda, tomilho ou alecrim. “Lagos são sempre um símbolo de paz e relaxamento. O som da fonte cria uma bela atmosfera no jardim”. (Pere Planells) Bancos de jardim devem ficar cercados de vegetação. Faça uso de condutores adequados para as trepadeiras. Pedras naturais são ótimos complementos para pátios. As plantas ajudam a integrar muros e paredes ao jardim Capriche nas forrações Surpreenda utilizando espécies incomuns, mudas das amigas, cantinhos aconchegantes
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Técnicas de jardinagem OR
Um jardim como toda grande obra tem seu tempo. Cultive a paciência e aprecie a evolução do seu trabalho!
Rua Brasilino Moura, 827 - Ahú - Curitiba / PR - 80540-340 Tel. (41) 3026-4006 / Fax. (41) 3252-9887 / contato@mistergorski.com.br
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DICAS E TRUQUES OR
Dicas
Ger창nios
de jardinagem 40
DICAS E TRUQUES OR
Flor-de-maio
Nessa edição d’O Regador gostaríamos de responder algumas dúvidas dos nossos leitores. Veja as respostas para algumas das dúvidas mais comuns dos jardineiros e nos envie também a sua! Meus gerânios estão com muitas folhas, porém não florescem. Qual o motivo? Provavelmente houve adubação excessiva dos produtos ricos em nitrogênio. Deixe de adubá-los por uns 30 dias e, após esse período, aplique um produto rico em fósforo, coo a farinha de osso, por exemplo. Por que as ervas daninhas prejudicam as plantas? O prejuízo é dado exclusivamente pela competição dos nutrientes do solo e luminosidade.
Minha flor-de-maio não tem florescido mais. O que pode estar ocorrendo? Se as condições de cultivo continuam as mesmas de quando ela floresceu, sua planta pode estar pedindo por adubação. Realize-a duas vezes ao ano, em março e outubro. Você pode utilizar farinha de osso e torta de mamona ou NPK 8-10-10. O que é húmus? É o produto da decomposição parcial de restos vegetais, que se forma naturalmente na superfície do solo de florestas e matas. A estes restos vegetais juntam-se também, em menor escala, restos de origem animal. (falar sobre húmus de minhoca na matéria Lixeira Verde) Ervas daninhas
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DICAS E TRUQUES OR
Brincos-de-princesa
Meus brincos-de-princesa estão bonitos, mas sua floração é muito escassa. Por quê? Se é apenas esse o problema apresentado pelas fúcsias, provavelmente há falta de nutrientes no solo. Use NPK 10-10-10 na proporção de 10 gramas para cada 2 litros de água. Na época da floração, adube a cada duas semanas. No outono e inverno, reduza as regas e adube a cada dois meses.
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O que são adubos orgânicos e por que são tão recomendados para as nossas plantas? Os adubos orgânicos são fertilizantes compostos por substâncias provenientes da decomposição de matéria de origem vegetal ou animal. Esses compostos apresentam concentração balanceada de macro e micronutrientes, permitindo uma adubação mais equilibrada do que a presente nos
adubos sintéticos. A torta de mamona, o húmus, a farinha de osso, de peixe e de sangue, a cinza de madeira, os estercos em geral e o chamado composto orgânico são alguns exemplos do que podemos utilizar quanto a esse tipo de adubação.
DICAS E TRUQUES OR
Minhas samambaias começaram a ficar com as raízes muito superficiais e não estão crescendo mais. Qual o problema? Caso o vaso não esteja pequeno para elas, devem estar precisando de uma boa adubação! Atualmente estão disponíveis no mercado adubos específicos para samambaias, muito facilmente encontrados. Experimente! Minhas violetas-africanas crescem bem, mas produzem pouquíssimas flores. Por quê? Violetas-africanas precisam de luz solar indireta e temperaturas entre 18 e 23ºC. Também necessitam de solo úmido, porém não encharcado. Coloque-as sobre um pratinho com pedregulho e água. Se as suas estão sob essas condições de cultivo, o problema pode ser falta de fósforo na terra. Experimente incorporar farinha de osso à terra do vaso. Samambaia
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programação OR
programação
e eventos CEJARTE - SETEMBRO / OUTUBRO / NOVEMBRO 2014
O CEJARTE fica na rua Mariano Dombeck, 106 - Seminário
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tel. 41 . 3274 3166
informações / cejarte@yahoo.com.br
programação OR
/reuniões setembro
outubro
novembro
DIA 03. quarta-feira Jardins da Inglaterra Palestrante: Vânia Meira Machado Local: Sede do CEJARTE
DIA 02. quarta-feira Projeto Paisagismo sócias Apresentação dos trabalhos Local: Sede do CEJARTE
DIA 05. quarta-feira Projeto Paisagismo sócias Apresentação dos Trabalhos Local: Sede do CEJARTE
DIA 10. quarta-feira De onde vem a sua comida – os sistemas de produção de alimentos Palestrante: Karen Sprenger Local: Sede do CEJARTE
DIA 09. quarta-feira Sobrevivência Urbana Palestrante: Luércio Turra (Grupo Tigre) Local: Sede do CEJARTE
DIA 12. quarta-feira Flores Comestíveis Palestrante: Louis Wellens Local: Sede do CEJARTE
DIA 17. quarta-feira Água Palestrante: Rosangela M. Bassi Local: Sede do CEJARTE DIA 24. quarta-feira Calendário verde - Dicas de primavera Palestrante: Equipe do Cejarte Local: Sede do CEJARTE
DIA 16. quarta-feira Abelhas nativas e africanas Palestrante: Álvaro Tadeu Munhoz Local: Apiários Unimel DIA 23. quarta-feira Rosa do Deserto “Adenium obesum” Palestrante: Ana Livia Maoski Local: Sede do CEJARTE
DIA 19. quarta-feira Calendário verde - Dicas de Verão Palestrante: Equipe do Cejarte Local: Sede do CEJARTE DIA 26. quarta-feira Encerramento Local:
DIA 30. quarta-feira Plantas para atrair abelhas Palestrante: Equipe do Cejarte Local: Sede do CEJARTE
/cursos Confira nas próximas páginas os cursos que serão oferecidos pelo CEJARTE no segundo semestre de 2014. Solicite ficha de inscrição com formas de pagamento, programa e cronograma das atividades pelo e-mail cejarte@yahoo.com.br ou pelo telefone (41) 3244-6165. Os cursos acontecerão com no mínimo dez e no máximo vinte alunos.
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programação OR
/cursos CURSO DE JARDINAGEM E PAISAGISMO Data: 12 de agosto a 30 de setembro de 2014 Horário: Turma A - terça-feira – 14:00h às 17:30h Turma B - terça-feira – 18:00h às 21:00h Local: CEJARTE - Rua Marciano Dombeck, 106 - Seminário Valor: R$ 400,00 (quatrocentos reais)
Curso Varanda, Quintais e mais...
Hortas e Pomares em pequenos e grandes espaços Data: 07 de outubro a 25 de novembro de 2014 Horário: Turma A - terça-feira – 14:00h às 17:30h Turma B - terça-feira – 18:00h às 21:00h Local: CEJARTE - Rua Marciano Dombeck, 106 - Seminário Valor: R$ 400,00 (quatrocentos reais)
Curso de Arranjo Floral - Doméstico Data: Turma A: 07 e 14 de agosto de 2014 Turma B: 02 e 09 de outubro de 2014 Horário: quinta-feira – 14:00h às 17:30h Local: CEJARTE - Rua Marciano Dombeck, 106 - Seminário Valor: R$ 100,00 (quatrocentos reais)
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programação OR
/cursos Curso de Vasos e Floreiras Data: Turma A: 04 e 11 de setembro de 2014 Turma B: 06 e 13 de novembro de 2014 Horário: quinta-feira – 14:00h às 17:30h Local: CEJARTE - Rua Marciano Dombeck, 106 - Seminário Valor: R$ 100,00 (cem reais)
Curso de Orquídeas Data: 16 e 23 de outubro de 2014 Horário: quinta-feira – 14:00h às 17:30h Local: CEJARTE - Rua Marciano Dombeck, 106 - Seminário Valor: R$ 100,00 (cem reais)
Curso de Arranjo para Natal Data: 20 e 27 de novembro de 2014 Horário: quinta-feira – 14:00h às 17:30h Local: CEJARTE - Rua Marciano Dombeck, 106 - Seminário Valor: R$ 100,00 (quatrocentos reais)
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programação OR
/passeios realizados MORRETES Passeio realizado durante as férias do CEJARTE fotos por Nelci Kaletka
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programação OR
/passeios realizados MORRETES Passeio realizado durante as férias do CEJARTE fotos por Nelci Kaletka
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/curso de jardinagem Aula de poda Aulas realizadas ao longo do mês de julho de 2014
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/evento primeiro sucoencontro paranaense Evento realizado pela floricultura Canteiro Fertil em Curitiba/PR
flores cejarteanas OR
FLORES
Cejarteanas
Caliandra Calliandra twedii
Mais uma das plantas que embelezam o jardim do CEJARTE. Nesta edição apresentamos a caliandra vermelha, também conhecida como esponjinha-vermelha, mandararé, caliandra, esponjinha-sangue ou esponjinha, uma planta nativa do Brasil.
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programação OR
INTRODUÇÃO o 1.evento Há, no trabalho do paisagista um misto de artesão e de artista .
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Há, no trabalho do paisagista um misto de artesão e de artista. Deve conhecer ou desunir, aproveitar ouqualidades evitar as do qualidades doeuque material q oentra viv lavivo irecomposição. taque m od sedadilauq sa rat Deve conhecer para para sabersaber unir ouunir desunir, aproveitar ou evitar as material vivo na Cada desenvolve características estético-plásticas próprias, surgindo os estilos locais inspirados em experiências entra na sociedade composição. anteriores. Cada sociedade desenvolve características estético-plásticas próprias, surgindo siacosol estilos soltise locais so odnigrus ,sairpórp s
inspirados em experiências anteriores. O caráter e a composição assemelham-se, mas os elementos próprios de cada lugar imprimem uma nova arte. O caráter e a composição assemelham-se, mas os elementos próprios de cada lugar amuimprimem memirpmiuma ragul adac ed soirpórp O arte. Paisagismo traz vida a arte. Com este conceito surgiu o tema desta edição: Arte & Jardim. nova Você é nosso convidado para este encontro nassurgiu atividades do desta Festival da Primavera Frühlingsfest 10eatr19 O Paisagismo traz vida a arte. Com esteinserido conceito o tema edição: Arte & –Jardim. .midrde aJ & A :ode ãçide atsed outubro numa das cidades mais belas e bem cuidadas do país. Você é nosso convidado para este encontro inserido nas atividades do Festival – ada revaPrimavera mirP ad la–vtiseF od sedadivtia Frühlingsfest de 10 a 19 de outubro numa das cidades mais belas e bem cuidadas do país. .síap od sadadiuc m
Kérria japônica – Rosa do Japão
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“A arte no jardim inicia com nossa percepção na forma de qualquer ser vivo. .oviv res reuql Você já parou para observar a estrutura de uma flor? De qualquer formato, cor, tamanho?! !?ohnamat ,roc ,otamrof reu Sua composição é milimetricamente projetada para sua função primordial: crescer ...racilpeitse lum multiplicar... es e recserc :laidromirp oãç a National Gallery, em Londres, colocou do lado de fora umadisso, de suas mais importante preciosas obras “Um do mundo a que se propôs nascer. Além é peça otnem ado nofuncionamento ide cnarte uf od etnCampo atropmde i açep é ,ossi Sim!Em Ela2012 é perfeita dentro Trigo com Ciprestes (1889)”. Para reproduzir o famoso quadro de Van Gogh, foram usadas mais de 8.000 plantas, de 25 espédo Planeta. Sua arte está em existir de forma tão singela, sutil e funcional. E na simbiose ...acom metsoisecossistema... soce o moc esoibmis an E .lanoi cies diferentes, formando essa incrível parede viva. Um belo exemplo da conexão entre arte e paisagismo. a arte de se relacionar! Nesse sentido, podemos achar que a arte se inicia naturalmente, sem intervenções an ,sanahumanas, muh seõçnna evretni mes ,etnem simples (e complexa) arquitetura de uma flor! Observe uma flor... Um broto, suas pétalas, seu miolo, cores e aromas... e inicie oetdespertar nem ad rada trep mente sed o eicini e ...samora para suas criações artísticas! Quantas inspirações paisagísticas podemos ter só aguçando essas percepções.” ”.seõçpecrep sass
programação OR
programação
Programação
17.10 (sexta)
18.10 (sábado)
19.10 (domingo)
Encontro Técnico
Oficinas Técnicas
Raul Cânovas
Allan Lopes
A arte no jardim japonês: da antiguidade ao mundo contemporâneo
Maria Ivone dos Santos
O jardim através dos tempos
A mente criativa e os padrões da natureza Prosa de jardim:
da teoria da arte ao paisagismo de Gilles Clement
Roberto Araújo
Gustaff Winters
Ricardo Marinho A arte de Burle-Marx
Regina Rodrigues
Raul Cânovas
Contos e lendas da história da arte contadas através do paisagismo
A composição paisagística: a arte da harmonização
Alice Iwamoto
Luz, o essencial é invisível aos olhos: das artes à influência no paisagismo
Clara Brandão
Alimentação Regenerativa
O Jardim Arte
Eduardo Gonçalves
Sessão de Arte
Toni Backes
Arte&Jardim: uma experiência em Inhotim
Allan Lopes
Despertar da mente criativa
Alice Iwamoto
Vivência com a iluminação
Arte, sustentabilidade e paisagismo: de Hundertwasser a Gilles Clement * as Oficinas Técnicas ocorrerão das 9h às 12h
*CREDENCIAMENTO: às 14h de sexta-feira (17/10)
valores
especiais até 30 de setembro
consulte descontos especiais para grupos e estudantes
encontro técnico
R$ 490,00
oficina
R$ 150,00
total
R$ 640,00
*Descontos especiais: Alunos e ex-alunos do curso técnico em paisagismo da escola Bom Pastor, ou curso modular da escola Perau do Encanto; Grupos; Estudantes (em paisagismo, ou afins); Professores; Jardineiros e empregados de Floriculturas.
inscrições A ficha de inscrição pode ser preenchida no blog www.paisagismoregenerativo2014.blogspot.com.br, ou preencha e destaque a página 56 da revista.
pagamentos Pagamento à vista:
Pagamento parcelado:
Depósito Bancário BANCO DO BRASIL Agencia:1102-9 ContaCorrente:18530-2 CNPJ: 02.447.693/0001-90 – CONSULTORIA TONI BACKES S/C LTDA
Via PagSeguro Para pagar acesse www.paisagismoregenerativo2014.blogspot.com.br/p/valores-e-inscricoes OBS.: Por esse sistema, não é possível efetuar os descontos.
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FICHA DE INSCRIÇÃO Nome: Data de Nascimento: Endereço: Cidade: Telefone: E-mail:
CEP:
Palestras (Sexta e Sábado) 17 e 18 de Outubro Encontro Técnico Paisagismo Regenerativo – Arte & Jardim Oficinas Técnicas (Domingo) 19 de Outubro Alimentação Regenerativa - Clara Brandão Contos e lendas da história da arte contadas através do Paisagismo – Raul Cânovas Despertar da Mente Criativa - Allan Lopes Vivência com a iluminação – Alice Iwamoto
Como ficou sabendo do evento (se tiver coloque mais de uma opção): Jornal Revista Facebook Floriculturas Cartazes Amigos Mail Outros: Portador de necessidades especiais: Não Sim, qual? Possui alguma restrição alimentar? Participou de alguma edição? Qual? O que achou?
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www.facebook.com/paisagismo.regenerativo I 54 3281.3619
Primavera (www.novapetropolis.com.br/festivaldaprimavera/), que acontece de 10 Coberta em Nova Petrópolis, cidade conhecida por Jardim da Serra Gaúcha. programação OR 7. LOCAL
O Encontro acontece no Centro de Eventos do município, localizado a 1 km
excursões de outros estados Nova Petrópolis – RS. Conhecida como cidade “Jardim da Serra Gaúcha”. As bela
jardins bem cuidados e a Floricultura Úrsula, conferem ao Encontro um toque especial. Faça como algumas pessoas de Florianópolis, São Paulo e Curitiba e organize seu grupo e consiga um bom desconto na insConheçam mais sobre no site: www.novapetropolis.rs.gov.br (mapa detal crição e outras vantagens. www.novapetropolis.rs.gov.br/localizacao) Para participantes de outros estados, sugerimos visitar a exposição de Arte e Jardins no Festival da Primavera (www.novapetropolis.com.br/festivaldaprimavera/), que acontece de 10 a 19 de Outubro na Rua Coberta em Nova Petrópolis, cidade conhecida por Jardim da Serra Gaúcha. CIDADE
local O Encontro acontece no Centro de Eventos do município, localizado a 1 km do centro da cidade de Nova Petrópolis – RS. Conhecida como cidade “Jardim da Serra Gaúcha”. As belas paisagens naturais, os jardins bem cuidados e a Floricultura Úrsula, conferem ao Encontro um toque paisagístico ainda mais especial. Conheçam mais sobre no site: www.novapetropolis.rs.gov.br (mapa detalhado da cidade no link: www.novapetropolis.rs.gov.br/localizacao)
DISTÂNCIA
Gramado
35 km
Caxias do Sul
35 km
Porto Alegre
90 km
Bento Gonçalves
90 km
São Paulo
1.109 km
Rio de Janeiro
1.553 km
Belo Horizonte
1.712 km
Recife
3.779 km
Buenos Aires
1.506 km
Santiago (Chile)
2.850 km
Montevidéu
1.203 km
Florianópolis
440 km
Curitiba
630 km
www.facebook.com/paisagismo.regenerativo I 54 3281.
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COMO SE TORNAR SÓCIA DO CEJARTE Tornar-se sócia do CEJARTE é muito simples. Na Revista O Regador você encontra a programação do CEJARTE, matérias, entrevistas e muito mais. Gostou? Então entre em contato com a nossa secretaria e compareça a uma de nossas reuniões. Elas acontecem às quartas-feiras, sendo realizadas nesses dias palestras sobre jardinagem e paisagismo, cursos, passeios, confraternizações, entre outras atividades. Para mais informações: (41) 3244-6165 (13:00-18:00) ou pelo e-mail cejarte@yahoo.com.br A sede do Cejarte fica na Rua Marciano Dombeck, 106 Seminário – Curitiba – PR *Vindo pela Av. Iguaçu, vire a direita uma rua antes da Av. Presidente Artur da S. Bernardes.
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CEJARTE: CENTRO DE JARDINAGEM E ARTE FLORAL DO PARANÁ Rua Marciano Dombeck, 106 | Seminário | Curitiba-PR - 80240-640 Fone: (41) 3244-6165 cejarte@yahoo.com.br
DEPÓSITO BANCÁRIO Faça depósito bancário de R$ 40,00 Banco Caixa Econômica Federal - AG 2937 - C/C 198-2 CEJARTE - Centro de Jardinagem e Arte Floral do Paraná Válido para 4 edições.
Envie o comprovante de depósito anexo a ficha de assinatura para Rua Marciano Dombeck, 106 | Seminário | Curitiba-PR - CEP 80240-640
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co Médico: Dr. Ricardo Ferreira | CRM-PR: 13114