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EL MAC


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Quando entrei no curso do Senai, já esperava aprender sobre o que eu já conhecia, porém ele me possibilitou mais: fazer o que gosto, sobre o que gosto. Portanto interliguei os assuntos, e fiz o meu melhor, para interpretar com organização e perfeição o que me identifico. A revista foi criada para me possibilitar a enxergar uma nova maneira de diagramar um assunto que tenho mais conhecimento: Artes. Música, graffite, ilustração, entre outros assuntos ligados a Arte Urbana. Com conteúdo simplificado, os assuntos atingem um público que busca uma identidade única.

Raul Sanches

Editor: Raul Sanches Diretor de Arte: Raul Sanches Design: Raul Sanches

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Entrevista com El Mac


Kiefer Sutherland é a nova voz do Big Boss de Metal Gear David Hayter, a voz lendária de Snake na série Metal Gear Solid, não vai mais interpretar o papel. Isso é triste. Mas a Konami preparou alguém, digamos, à altura, para o papel. Quem melhor para viver o guerrilheiro mais famoso dos games do que Kiefer Sutherland, o agente Jack Bauer, do seriado 24 Horas? Porque é ele o novo convidado de Hideo Kojima para integrar a família, como foi revelado durante o evento online pré-E3 da empresa. Além da voz, os movimentos faciais do ator também foram capturados para dar mais naturalidade às animações do Big Boss.

Atraso de SimCity para Mac nos lembra daquilo que queríamos esquecer O bom da correria pré-E3 é que naturalmente acabamos esquecendo de algumas desgraças que vínhamos enfrentando nos últimos meses. Então, é com uma certa dose de arrependimento que eu venho aqui para avisar que SimCity para Mac atrasou de novo. Depois do lançamento vergonhoso e dos inúmeros problemas que ainda assolam

o game de simulação de cidades da EA, talvez você nem estivesse mais interessado em SimCity e até considerou o atraso inicial do jogo um sinal divino para não se meter nessas coisas. Mas cá estamos lembrando que a versão para Mac, que seria lançada em 11 de junho, só vai sair no mês de agosto, e a data exata sequer foi marcada.

Geek Informações nerds e sempre muitas novidades

Você pode clonar Tupac no JRPG de Kanye West

Sabe Kanye West, aquele (quase sempre) talentoso rapper que costuma falar algumas besteiras por aí e é o homem responsável pelo barrigão de Kim Kardashian? Decidiram fazer um JRPG futurístico sobre ele. Kanye Quest 3030 começa em janeiro de 2010 quando nosso protagonista vai levar o lixo pra fora e acaba sendo teletransportado para o ano de 3030. O objetivo é simples: levar o rapper de volta pra casa. Só que, no futuro, o sr. West deve lutar contra clones de vários grandes nomes do hip-hop, como Snoop Lion e Dr. Dre, por exemplo, que estão sendo dominados por um ditador. Por sua vez, enquanto Kanye você pode clonar Tupac Shakur, uma das lendas do gênero, pra te ajudar na missão.

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Protestar no Facebook não adianta. Para algo acontecer tem que incomodar. E isso é, sim, coisa de gente civilizada. O dinheiro pressiona de um lado, as ruas têm que pressionar de outro

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a última quinta-feira, protestos contra o aumento da passagem de ônibus e metrô (que em São Paulo subiram de R$ 3 para R$ 3,20) fecharam três das principais avenidas da cidade –Paulista, 23 de Maio e 9 de Julho. Natal, Goiânia, Porto Alegre e Rio de Janeiro também tiveram manifestações, porém, de menores proporções. Na capital paulista o ato foi chamado pelo Movimento Passe Livre, que defende a tarifa zero no transporte público e há anos faz uma série de manifestações de rua quando a tarifa aumenta. Apesar da convocação “oficial” do MPL, participaram também militantes de outros movimentos e de partidos de esquerda como o Psol e o PSTU, além de gente sem filiação ou militância fixa. Houve alguma depredação: lixeiras viradas, cabine de

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polícia tombada, foram quebrados vidros de bancas, ônibus e metrô, além de sacos de lixo incendiados no meio da rua. Boa parte da mídia e a maioria das manifestações na internet deslegitimaram o protesto por conta disso. Para eles, seria um vandalismo injustificável. Para outros tantos, é igualmente inaceitável que o trânsito seja fechado, pela manifestação que for. Não concordo com nenhum dos dois argumentos. Primeiro, esses mesmos que condenam os jovens que foram às ruas vivem bradando que a população não pode assistir impune à corrupção e demais problemas dos governos. A turma que grita “Acorda Brasil!” e outras palavras de ordem na rede vive pedindo reação popular. “Ah, mas tem formas mais civilizadas de se

fazer isso, pela internet, escrevendo aos políticos, fazendo abaixo-assinados etc”. Ã-hã. O que te parece mais eficiente? Lotar a caixa de e-mail de um assessor de quinto escalão ou fechar uma avenida num horário de pico? E desde quando grupo ou evento de Facebook muda alguma coisa? Aliás, o tal abaixo-assinado com sei lá quantas mil assinaturas contra o Renan Calheiros na presidência do Senado deu no quê mesmo? Redes sociais como o Facebook são excelentes para a troca de informação, para conectar pessoas que pensam de forma semelhante, para ajudar na organização. Mas, se a grita não sair da internet e for pra rua, de nada adianta. Nadinha.


Agenda de Shows Junho Mais uma grande banda, vinda diretamente do Maine, EUA, com sua agressividade sonora e bons 2steps.

Skate Hardcore, na pegada pouco zuera dos caras do Rotting Out. Garantia de muita diversĂŁo.

Sem data definida ainda, mas ja com TOUR confirmada pela america latina, uma banda de peso, nos da o ar da graça.

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ste é um tipo muito fácil. Ao longo dos últimos anos, não havia muitos artistas que geraram a atenção e energia mais do que Mac. É óbvio o porque: Seus murais com Retna, bem como seu trabalho solo, são ao contrário do trabalho de outro artista hoje. Sua última apresentação na Galeria FIFTY 24 SF no verão de 2009 apresentou oito rostos, 7 mulheres e 1 homem, todos os espectadores espiando por cima quase como se estivessem indo à igreja. Eles eram dinâmicos, mas assim como todo seu trabalho, algo sagrado quase acontecia. Isso parece com nossa atenção que gravitou em torno de Mac depois de ver seu retrato de Obama, a simplicidade fez isso atrativo, mas havia alguma coisa no estilo

que fez isso se destacar. Sua linha de trabalho, mão livre e a maneira que ele pode criar um ícone tem se tornado icônico. Agora, com um novo livro com Upper Playground, Alianza, com o trabalho de Mac feito com o colaborador Retna em seu longo tempo, com destaque para um show na Galeria Robert Berman em Santa Monica, o artista tem o ímpeto em um rolo contínuo. —The Citrus Report / RB Você mora em Phoenix. Sendo que você está em Arizona, você já esteve na Floresta Nacional Petricicada ou em Meteor Crater? MAC: Não, mas eu estive no lugar onde eles fazem as melhores tortilhas em Phoenix.


Você pinta lugares realmente grandes, e com Retna, você pinta realmente grandes e complexos lugares. Como vocês se organizam? MAC: Ainda querendo descobrir isso. Isso geralmente começa com uma foto. Nós dois temos um arquivo muito grande de fotos que tiramos, ou fotos de amigos, e uma vez que decidimos a imagem certa, isso se torna um fundamento que nós podemos nos jogar com tudo e brincar com isso. Eu vou me focar na minha parte, Retna vai se focar na parte dele, mas também pode ter muitas trocas de opinião e ideias sobre as partes que nós não temos certeza. Cada peça é diferente. Você é influenciado por artistas Renascentistas, Cavarggio, Tooker... Basicamente muitos nomes inebriantes. Você estuda? Você é um pintor estudioso? MAC: É, eu acho que você pode dizer isso. Eu tenho basicamente estudado arte clássica desde que eu era criança. Sempre há mais para se aprender, mais para descobrir. Eu nunca fui para uma escola de arte

então eu não vejo isso como um tipo de atividade acadêmica, é quase mais do que uma religião. Há apenas muita arte boa sendo feita no decorrer da história. Eu só posso espera que talvez qualquer dia quando eu estiver enterrado e esquecido algum garoto vai fazer o esforço de descobrir um pouco sobre o meu trabalho e ser inspirado por ele. Qual a maior diferença entre você mesmo pintar e pintar em colaboração com outro artista? Você faz os dois. MAC: Talvez interação. Um é compartilhado, experiência coorporativa enquanto a outra não é. Ambos fazendo ajuda a equilibrar meu lado introvertido e extrovertido. Qual é a maneira mais eficaz de acabar com a carne de um grafiti? MAC: Provavelmente lidando com coisas uma por uma, em pessoa, como adultos, se isso é possível, eu pessoalmente dou meu melhor para evitar problemas com as pessoas.

Vamos falar sobre o livro que você fez com a Upper Playground e a Galeria FIFTY 24 SF. O que está nele, quem, como, quando? MAC: Retna e eu nunca tivemos um livro do nosso trabalho feito antes, então este é um grande acordo para nós. Nós dois estávamos querendo fazer livros por um tempo... Mais e mais pessoas perguntaram se nós tínhamos livros, mas ambos estavam esperando pela oportunidade certa quando Upper Playground nos propôs a ideia de fazer um livro com a gente ano passado e era isso. Eu vi uma cópia e isso me pareceu realmente bom, Eu estou super feliz com isso. Ele é dividido em três secções, mostrando apenas um mix do trabalho de Retna, um pouco do meu trabalho, e então um monte de coisas colaborativas. Podíamos facilmente encher um pouco mais, mas este é um bom começo. Sua figura histórica favorita e por que? MAC: Alphonse Mucha, por sua arte incrível. por: Haroldo Gusmão

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Anonymous invade Twitter da revista Veja SÃO PAULO – O Twitter da revista Veja foi hackeado por supostos membros do Anonymous. Durante algumas horas a timeline do perfil da revista exibia mensagens como “Nem a polícia e nem a Mídia irão nos calar! #BRASIL” e “Jornalismo fascista nós não precisamos de vocês. A #LUTA CONTINUA”. O perfil já voltou ao normal. A cobertura da revista Veja dos protes-

tos em São Paulo vem sendo criticada nas redes sociais por ser abertamente desfavorável ao movimento. Em seu site, a revista criou a tag ”Marcha do Vandalismo” para se referir às demonstrações. Na cobertura da manifestação de quinta-feira, texto da revista elogiava a atuação da Polícia Militar. O Twitter da revista Veja tem 2.522.287 seguidores.

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riemos uma nova guilda de artesãos, sem as distinções de classe que erguem uma barreira de arrogância entre o artista e o artesão”, declara o arquiteto germânico Walter Adolf Gropius (1883 - 1969), quando inaugura a Bauhaus, em 1919. Criada com a fusão da Academia de Belas Artes com a Escola de Artes Aplicadas de Weimar, Alemanha, a nova escola de artes aplicadas e arquitetura traz na origem um traço destacado de seu perfil: a tentativa de articulação entre arte e artesanato. Ao ideal do artista artesão de-

fendido por Gropius soma-se a defesa da complementaridade das diferentes artes sob a égide do design e da arquitetura. O termo bauhaus - haus, “casa”, bauen, “para construir” - permite flagrar o espírito que conduz o programa da escola: a idéia de que o aprendizado e o objetivo da arte ligam-se ao fazer artístico, o que evoca uma herança medieval de reintegração das artes e ofícios. A proposta de Gropius para a Bauhaus deixa entrever a dimensão estética, social e política de seu projeto. Trata-se de for-


de edifícios projetados por Gropius são delineadas as abordagens características da Bauhaus: as pesquisas formais e as tendências construtivistas realizadas com o máximo de economia na utilização do solo e na construção; a atenção às características específicas dos diferentes materiais como madeira, vidro, metal e outros; a idéia de que a forma artística deriva de um método, ou problema, previamente definido o que leva à correspondência entre forma e função; e o recurso das novas tecnologias. Data desse período o desenvolvimento de uma série de objetos - mobiliário, tapeçaria, luminária etc. -, produzidos em larga escala, como as cadeiras e mesas de aço tubular criadas por Marcel Breuer (1902 1981) e Ludwig Mies van der Rohe (1886 - 1969) e produzidas pela Standard Möbel de Berlim e pela Thonet.

A Bauhaus atrai artistas de vanguarda de diversas nacionalidades, nem sempre afinados em termos de filiações teóricas, gerando a convivência de orientações estéticas díspares dentro da escola e redefinições no projeto ao longo de sua história. Do corpo docente fazem parte Johannes Itten (1888 - 1967), Theo van Doesburg (1883 - 1931), Wassily Kandinsky (1866 1914), Paul Klee (1879 - 1940), László Moholy-Nagy (1894 - 1946), Breuer, Hannes Meyer (1889 - 1954), Van der Rohe, Oskar Schlemmer (1888 - 1943), Joseph Albers (1888 - 1976) e outros.

mar novas gerações de artistas de acordo com um ideal de sociedade civilizada e democrática, em que não há hierarquias, mas somente funções complementares. O trabalho conjunto, na escola e na vida, possibilitaria não apenas o desenvolvimento das consciências criadoras e das habilidades manuais como também um contato efetivo com a sociedade urbano-industrial moderna e seus novos meios de produção. A ligação mais efetiva entre arte e indústria coincide com a mudança da escola para Dessau, em 1925. No complexo

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