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Juntos fazendo fazendo hist贸ria. hist贸ria.
Editor e Diretor Administrativo Ruan Carlos Moreira ruan.carlos@impacttocm.com.br Editor e Diretor Comercial: Demétrius Alves Pereira demetrius.alves@impacttocm.com.br Departamento de Arte: Toni do Vale Rayner Egídio arte@impacttocm.com.br Fotografia: Ludmila Coelho Departamento Comercial: Carlos Junior Raul Gomes contato@impacttocm.com.br Operações: Rose P. Reis Eliana Carmini contato@impacttocm.com.br Departamento de Jornalismo Raul Mariano jornalismo.impactto@gmail.com Colaboradores: Carlos Pereira Projeto Gráfico: Fit Publicidade Ltda Tiragem: 20 Mil Exemplares Para Anunciar: (31) 3681-2067 (31) 8679-0526 Atendimento ao Leitor: (31) 3681-2067 contato@impacttocm.com.br Foto de Capa: Divulgação
Não temas, porque o que está conosco é maior do que o está com eles. II Reis 6
Verticalização, a bola da vez!
A
chamada de capa desta edição alerta sobre o início do desenvolvimento na cidade de Lagoa Santa, levantando uma questão de extrema importância para o cidadão: a verticalização. Para muitos, a cidade parece estar trabalhando em ritmo chinês, ao verificarem que o município vive a possibilidade de receber vários empreendimentos verticais. Para outros, é apenas uma fase natural que qualquer cidade em expansão vive ou viverá. Mas, o que realmente vem chamando a atenção da sociedade é saber até que ponto a verticalização é necessária. Daí surge uma pergunta: esse fenômeno é positivo ou negativo? Se pensarmos que a cidade pode se expandir de forma desordenada, sem planejamento, ficando a mercê da pressão do mercado imobiliário e futuramente se criar um caos no trânsito, saneamento básico, educação, saúde e na falta de investimento dos órgãos públicos, podemos concluir que a verticalização tende a puxar pelo lado negativo. Por outro lado, se pensarmos nos filhos de Lagoa Santa que nasceram, cresceram e hoje praticamente se veem expulsos da cidade com a possibilidade de se comprar um lote, construir e morar cada dia mais remota - devido aos altos preços dos imóveis, podemos imaginar que a verticalização poderá abrir um novo mercado de imóveis com preços mais “justos” e que caibam dentro do planejamento familiar do Lagoassantense. Além disso, a verticalização pode ser um dos fatores para o crescimento populacional se propiciar ao município investimentos públicos e privados, como a instalação de faculdades, hospitais, empresas geradoras de emprego. É possível que tais empresas ainda não tenham se interessado no município devido há um pequeno “temor” de não consegui-
Área de Circulação: Lagoa Santa | Vespasiano | Pedro Leopoldo | Santa Luzia | Belo Horizonte Aeroporto de Confins | Cidade Administrativa | Condomínios (RMBH)
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rem alavancar o empreendimento por falta de pessoas para utilizarem dos seus serviços, acabando por criar um elefante branco de alto investimento. Os questionamentos, muitas vezes, parecem ser infinitos e há anos presenciamos a discussão entre ambientalistas, moradores e autoridades sobre a viabilidade da verticalização ou não. Seja ela negativa, por causa do solo ou adensamento urbano, ou positiva, pelo alto índice de desenvolvimento que poderemos alcançar. Para sanar todas essas dúvidas e esclarecer, de uma vez por todas, esta questão, preparamos uma matéria mais que completa com todos os dados e todos os lados da história para você, leitor, entender e tirar suas próprias conclusões. Nesta mesma edição, você irá encontrar uma revista repleta de novidades e assuntos contagiantes e envolventes, como, por exemplo, a matéria sobre o Consumo de Luxo na cidade, que mostra que o comércio local vem oferecendo produtos e serviços de alto nível para os consumidores que não abrem mão da qualidade. Iremos iniciar, também nesta edição, um caderno chamado “Prefeitos do Vetor Norte” que tem como objetivo contar um pouco da trajetória política e pessoal dos homens que estão e estarão à frente das cidades integrantes do Vetor Norte. Nesta edição começamos contando um pouco da historia do ex-deputado, bancário aposentado e prefeito de Vespasiano por cinco mandatos, Carlos Murta. Além de matérias relacionadas à linha verde, saúde, cultura, bem estar e diversas outras matérias que você não pode deixar de ler. Boa leitura! Ruan Carlos
SUMÁRIO
18
Por dentro dos bastidores
20
Economia
22
Coluna Política
34
Coluna Jurídica
36
Prefeitos
48
Artigo
24
52
Coluna Bem Estar
CONSUMO DE LUXO
54
Saúde Odonto
72
Cultura
76
Você em Flash
80
Guia de Compras
12
ENTREVISTA ANTÔNIO ROBERTO
LINHA VERDE ASMA BRÔNQUICA
58
CAPA
42
64
FALE COM A REDAÇÃO C A RTA S D O L E I TO R
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Fale conosco pelo site ou ligue (31) 3681.2067 contato@revistaimpactto.com APAE Olá pessoal! Eu li a revista toda e achei muito interessante a matéria que vocês fizeram sobre a APAE . Parabéns ficou muito bacana.
Marcelo Fernandes
A excelente materia que vocês fizeram sobre a APAE ficou magnifica. Muito bem elaborada e chorei muito após ler o depoimento daquela mãe. Vocês estão de parabéns por dar visibilidade a instituições que muita das vezes passam despercebidas pelo olhar humano. Tereza Maciel
Gostaria de agradecer a revista pela matéria sobre a APAE. Quando meu marido pegou a revista no comercio e me mostrou chorei por
horas. Tenho uma filha portadora de síndrome de down e por muito tempo sofremos por ver que as pessoas a tratavam de forma diferente. Sei que ela realmente é especial, mas nunca imaginava que as pessoas poderiam evitar de se relacionar com ela por acharem que ela era contagiosa. Por isso aproveito para parabenizalos pela linda materia e dizer que os especiais tem um carinho que muitos normais jamais poderão oferecer. Obrigada. Antônia Almeida Rocha
DESENVOLVIMENTO A noticia sobre a parceria entre a prefeitura e o Estado de Minas parece que vai dar outra cara para a cidade. A construção deste novo distrito industrial po-
dera ser a solução para a falta de emprego para muitos, mas aproveito o espaço para alertar a população sobre a necessidade de instrução, pois não adianta ter emprego e não ter pessoas capacitadas para preencher estas vagas. Luciano Gravannel
Podem falar o que for, mas o governo de minas tem realmente olhado para Lagoa Santa de forma diferente do que para outras cidades. A cidade tem entrado em um patamar de desenvolvimento que dificilmente outros municípios poderão acompanhar, e isso se deve ao investimento do governo juntamente aliado há boa administração da cidade. O futuro parece ser promissor. Carlos Eduardo
ENTREVISTA A N T Ô N I O R O B E RTO
12 | IMPACTTO | EDIÇÃO 11 | 2012
“As questões ambientais são uma preocupação primordial do meu mandato e do Partido Verde, ao qual pertenço. Especificamente para a região norte, temos a preocupação que o crescimento da região, se faça de maneira sustentável, respeitando a natureza, suas matas, rios, lagoas, sobretudo em Lagoa Santa.”
RAUL MARIANO FOTOS: LUD COELHO
A
ntônio Roberto é um dos Deputados Federais mais votados em Minas Gerais. Engajado nas causas ambientais é membro ativo das comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e da Subcomissão Permanente sobre Mudanças Climáticas. Na entrevista concedida à equipe da Impactto, o Deputado fala sobre as expectativas de crescimento do Vetor Norte e a importância da cidade de Lagoa Santa nesse cenário de plena expansão. IMPACTTO - Na sua opinião, quais são os diferenciais do Vetor Norte em relação a outras regiões da Região Metropolitana de BH? DEP. ANTÔNIO ROBERTO: O intenso investimento dos governos e da iniciativa privada com a criação da linha verde, Centro Administrativo, gerando emprego e renda, oferece oportunidades para o pequeno, médio e grandes empreendedores. A proximidade com o aeroporto internacional e a existência de grandes áreas não habitadas ainda favorecem o desenvolvimento da região metropolitana de BH. IMPACTTO - Dentro desse contexto, qual é a representatividade de Lagoa Santa para você? DEP. ANTÔNIO ROBERTO: Lagoa Santa foi uma das cidades mais beneficiadas por ser localizada bem próxima ao aeroporto de Confins, da Cidade Administrativa e da linha verde. A população ganhou também com melhor mobilidade urbana para a Capital mineira, além das expectativas de ascensão citadas acima. Lagoa Santa é uma cidade que continuará colhendo os frutos deste desenvolvimento, principalmente na área turística, dada a sua beleza natural e a área histórico-cultural tendo em vista sua importância como sítio arqueológico. IMPACTTO - O Vetor Norte tem expectativas de crescer muito nos
“Com certeza a visão da nossa Presidente é o desenvolvimento cada vez maior do nosso país” próximos 5 anos. Quais são os possíveis investimentos, a nível federal, previstos para a região? DEP. ANTÔNIO ROBERTO: A melhoria na mobilidade urbana é um possível e necessário investimento por parte do Governo Federal. Temos lutado na Câmara dos Deputados e junto ao Governo para que realmente sejam implantados projetos desta natureza. IMPACTTO - Há alguma ação/ projeto ambiental na região norte, apoiado pelo Dep. Antônio Roberto? Se não, há propostas para a região? DEP. ANTÔNIO ROBERTO: As questões ambientais são uma preocupação primordial do meu mandato e do Partido Verde, ao qual pertenço. Sou membro da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, da Câmara Federal e apresentei diversos projetos de preservação e proteção ambiental para o
Brasil. Especificamente para a região norte, temos a preocupação que o crescimento da região, se faça de maneira sustentável, respeitando a natureza, suas matas, rios, lagoas, sobretudo em Lagoa Santa. IMPACTTO - Qual a sua visão sobre a instalação de indústrias poluentes nas regiões integrantes do Vetor Norte? DEP. ANTÔNIO ROBERTO: Considero prioritário a implementação de medidas que visem reduzir ou eliminar estas fontes de poluição, concretizado através de um conjunto de programas e incentivos econômicos que colocam á disposição das indústrias meios financeiros capazes de melhorar a qualidade do ambiente. IMPACTTO - Todo Estado tem como prioridade aumentar o índice de postos de trabalho, na sua visão como o governo de Minas pode alcançar este objetivo?
“Lagoa Santa é uma cidade que continuará colhendo os frutos deste desenvolvimento, principalmente na área turística” 13 | IMPACTTO | EDIÇÃO 11 | 2012
DEP. ANTÔNIO ROBERTO: Através da instalação de novas empresas, bem como incentivos para pequenas e médias empresas já existentes. IMPACTTO - Como tem sido a atuação do Deputado para conseguir investimento para o nosso Estado e em especial para nossa região? DEP. ANTÔNIO ROBERTO: A bancada mineira no Congresso Nacional tem reunido sistematicamente com representantes dos Governos e de entidades privadas para tratar de assuntos relacionados ao desenvolvimento do estado de Minas Gerais. IMPACTTO - A Presidente Dilma diminuiu a taxa de juros dos bancos públicos e no seu ultimo pronunciamento fez um apelo aos bancos privados que adotassem a mesma postura. Em sua visão, será que o Brasil esta prestes a passar por uma crise financeira ou a presidente esta criando uma forma de aumentar a circulação de dinheiro no país? DEP. ANTÔNIO ROBERTO: Com certeza a visão da nossa Presidente é o desenvolvimento cada vez maior do nosso país. Nossos juros são altíssimos, essa medida resultara numa maior circulação de dinheiro, gerando com isso mais investimentos e circulação monetária no Brasil.
IMPACTTO - Como o Deputado avalia as obras em Minas levando em consideração a Copa do Mundo? Muita coisa ainda precisa ser construída? DEP. ANTÔNIO ROBERTO: Acredito que ainda há muito a ser feito. Nossos aeroportos atualmente já estão sem estrutura adequada para atender a acrescente demanda de passageiros que, felizmente tem condições de usar um transporte mais rápido e com tarifas mais acessíveis que alguns anos atrás. Precisamos antes de 2014 estarmos preparados para o grande número de turistas que visitarão o Pais. Precisamos a tempo concluir as reformas dos estádios, ampliação dos aeroportos e da rede hoteleira, bem como capacitação de profissionais para receber estrangeiros. IMPACTTO - Como é ano Eleitoral, vários municípios poderão ter uma renovação na administração pública, e Lagoa Santa não será diferente tendo em vista que o prefeito atual não mais poderá ser candidato. Em sua visão, qual deve ser o perfil do próximo prefeito da cidade? DEP. ANTÔNIO ROBERTO: Acredito que o bom gestor municipal deve ser alguém que realmente leve a educação a sério, uma ótima proposta, por exemplo, é utilizar o modelo de “escola integrada”, que tem dado certo
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partidos políticos, em prol do melhor para o município e principalmente, uma característica inclusive já mencionada, uma pessoa capaz de ter uma boa relação com o Governo do Estado, que tem e poderá ajudar ainda mais o desenvolvimento de Lagoa Santa. IMPACTTO - Alguns especialistas em política afirmam que um prefeito deve ter um excelente relacionamento com o Governo Estadual e com os Deputados Federais e Estaduais, de forma a trazer benefícios para os municípios. O Deputado concorda com esse ponto de vista? Para o crescimento de uma região o prefeito tem que ser bem relacionado?
em outros municípios. Que valorize o esporte, com foco nos jovens que se encontram em situação de vulnerabilidade. Que priorize também a segurança pública, uma opção nesta área, seria o
investimento em programas como o “olho vivo” (Sistema de Monitoramento através de câmeras de vigilância). O próximo prefeito também deve ter competência para articular com os diversos
DEP. ANTÔNIO ROBERTO: Sim, a boa parceria de um gestor público municipal entre o parlamento e os Governos Estaduais e Federais é muito importante, tanto na articulação para liberação de recursos do orçamento dos Governos, quanto para o atendimento das principais demandas do município.
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Aniversariante de prestígio Quem comemorou seu aniversário no mês de abril foi o pré-candidato a prefeitura de Lagoa Santa, André Aparecido de Oliveira. Na ocasião, André recebeu seus familiares, amigos e algumas das mais importantes lideranças políticas do estado. Entre elas, o Vice-Governador Alberto Pinto Coelho, o Deputado Estadual e Presidente da Assembleia Legislativa Dinis Pinheiro, o Deputado Federal Rodrigo de Castro, o Prefeito de Lagoa Santa Rogério Avelar e seu Vice Juninho.
Exposítio 2012 Mais uma vez o Exposítio foi um sucesso! Nesse ano a feira trouxe para os visitantes uma vasta opção em produtos e serviços. A feira, que a cada ano se firma no calendário de eventos de Lagoa Santa, teve expositores de vários segmentos desde produtos para uso diário a serviços de tecnologia e segurança, tudo com preços e condições diferenciadas.
Antônio Roberto é o mais novo colunista da Impactto
demetrius.impactto@gmail.com
O evento do ano Aconteceu recentemente a Expô Lagoa Santa, evento já tradicional na cidade. Neste ano, a festa que durou quatro dias teve dois deles com portões abertos. Graças a uma parceria entre o empresário João Wellington, Prefeitura de Lagoa Santa e Sindicato Rural. A festa que teve shows de quatro duplas sertanejas, sendo uma por noite, também ofereceu uma emocionante competição de rodeio que por inúmeras vezes arrancou aplausos e euforia das pessoas. No balanço final do evento a Expô Lagoa Santa foi uma festa maravilhosa e muito bem organizada. Méritos para o diretor comercial da empresa João Wellington, Hélcio Denis que esteve à frente do evento na cidade. Um ponto que devemos pensar para o próximo ano é a questão do horário de término do evento, levando em consideração que muitas pessoas saem de cidades vizinhas, encontram dificuldades para estacionar, ficam horas na fila para comprar o ingresso e quando entram o evento está perto do fim e são praticamente obrigados a saírem do local. Sei de todas as burocracias e exigências que a lei faz sobre esse tipo de evento, mas penso que se Lagoa Santa realmente quer ser uma cidade turística deve agir como tal. Receber um evento desse porte para cidade é comparado ao que acontece com carnaval em Salvador (BA) e lá a festa não termina às 2 horas da manhã.
Grande obra à vista
É com muita honra que apresentamos a você, leitor, nosso novo colunista: o Deputado Federal e Consultor Comportamental Antônio Roberto. A partir da próxima edição, ele irá compartilhar conosco parte de seus conhecimentos nas áreas comportamental e psicológica, trazendo, a cada edição, um novo olhar sobre as atitudes e filosofias do ser humano moderno. 18 | IMPACTTO | EDIÇÃO 11 | 2012
Uma obra que em breve será lançada pelo Governador no Vetor Norte é o Rodoanel. O projeto prevê a duplicação de 67,5 quilômetros, em uma via de ligação do ponto Sul da BR-381 (Fernão Dias) ao ponto Norte da rodovia (saída para Vitória). Ela passa por oito municípios: Betim, Contagem, Ribeirão das Neves, Pedro Leopoldo, São José da Lapa, Vespasiano, Santa Luzia e Sabará, permitindo um fácil acesso entre os municípios sem a necessidade de utilizar o Anel Rodoviário. O custo estimado da obra é de, aproximadamente, 1 bilhão de reais.
Todos os 26 estados têm dívidas e 25 devem principalmente à União. Em Minas, você está pagando R$ 4,1 bilhões por ano e a dívida não para de crescer, pois os juros são muito altos, o que impede a realização de mais obras e ações. Só pra você ter uma ideia, R$ 1 bilhão a mais nos cofres do Estado permitiria a construção de mais 1.000 quilômetros de estradas, ou mais 37.000
casas populares, ou escolas para mais 399.000 alunos, ou mais 5.000 Unidades Básicas de Saúde. A dívida está sangrando o Estado. Renegociação já. Junte-se à Assembleia de Minas nesta luta.
Saiba mais em www.almg.gov.br
ECONOMIA
ÂNGELO COUTO
MUITO MAIS DO QUE O QUINTO
D
urante o século 18, no Brasil Colônia, pagava-se um alto tributo para Portugal sobre todo o ouro encontrado em terras brasileiras. 20% ou um quinto do metal retirado das minas e recolhido pelas casas de fundição eram enviados à matriz. Apelidado de “o quinto do ouro”, este era o terror da época. Da mesma forma que hoje “gritamos”, “esperneamos” e “chiamos”, nossos antepassados não concordavam com o tal “quinto dos infernos”, alcunha que demonstrava toda a indignação da época. Resumindo, a Coroa Portuguesa, em um dado momento, promoveu a cobrança dos impostos atrasados de uma única vez, fato conhecido como “A derrama”. Buscava-se o “ouro” dentro das casas, e o brasileiro escondia-se do fisco de toda a forma, como em imagens sacras batizadas de “santo do pau oco”, em vasos de barro, debaixo de colchões. Burlava-se do jeito que podia... e o fisco em cima! Já tínhamos um leãozinho sendo criado! Vem a revolta e a Inconfidência Mineira, ideias iluministas, etc. Tiradentes e sua brava gente brasileira acabaram pagando com a vida. Uma revolta motivada inicialmente por uma cobrança de 20% do PIB da época!
E hoje? O brasileiro paga um dos impostos mais caros do planeta! Nossa carga tributária perto dos 40% do produto interno bruto, dois quintos! E a cada dia, o cerco aperta. Os super computadores da receita substituíram os cobradores de impostos, você já levanta devendo. Abriu a torneira pra lavar as mãos, já começa pagando imposto. E é assim o dia todo. Abasteceu o carro, paga a gasolina mais cara do mundo. Fez compras no supermercado, está pagando imposto. E ainda tem o famigerado Imposto de Renda. Acertos com aquele tal leão. E pra quê? Para termos uma ótima escola, com professores muito bem remunerados, que estarão preparando de forma adequada nossos filhos para o futuro! Para termos excelentes hospitais em todos os cantinhos deste Brasil, médicos que, além da vocação, tenham salários dignos. Para termos segurança, a tranqüilidade no ir e vir, uma policia equipada e da mesma forma bem remunerada. Impostos que irão proporcionar a inclusão social. Pagamos muito para ter boas estradas, boas universidades. E o que a gente vê? Escolas, hospitais, segurança e estradas, nós não temos! Incompetência? Não! O dinheiro arrecadado nunca dá! Por quê? A corrupção que assola o país está passando dos limites, está insu-
angeloaugustocouto@gmail.com
portável. Toda semana, aliás, todo dia, a gente se depara com um fato grotesco de corrupção. Que mata, que tira dinheiro da educação, da saúde e de tantas outras necessidades básicas que a população precisa. E quem dá este mau exemplo? É quem deveria estar cuidando de seu povo. Trabalhando, criando políticas públicas para o bem comum. A verdade é outra! A grande maioria está é garantindo o seu quinhão, seus altos salários, pagos por nós, pois sabe que não vai ser punida. E de escândalo em escândalo vão surrupiando a nação. A intenção da Presidente Dilma, que acena com mão de ferro, é positiva para a população. Ainda existem homens dignos no Congresso e no Senado. Apoiá-los é nosso dever. As redes sociais já têm um papel importante neste cenário. Mas, o mais importante, é a conscientização de que o voto é nossa principal arma. O Brasil precisa urgente das reformas tão esperadas. Política, judiciária, tributária e principalmente as sociais. Se isso acontecer, já será um enorme ganho para todos nós, um avanço significativo! E se não for pedir muito: Mandar pra cadeia a corja que nos rouba diariamente na maior cara de pau! Daí, quem sabe voltamos ao patamar do “quinto do PIB”? Seria um sonho!
POLÍTICA & CIDADANIA Mauro Alessi
Violência em alta
É
impressionante como tem mudado o dia a dia de alguns lagoasantenses. Há bem pouco tempo, viver nesta cidade era estar no mundo da paz e da tranqüilidade. Muitas casas ficavam até de as portas abertas. À noite, muitos conversando nas ruas. Só que agora, em alguns bairros da cidade, principalmente na região do
“Pau Comeu” a tranqüilidade tem andado longe. O que se vê constantemente é a PM em constantes operações, moradores inseguros e com medo, tiros na madrugada, enfim, um terror para muita gente. Diante dessa gravidade à nossa porta, o que fazer? Não é fácil apresentar uma solução muito simples, mas algo tem que ser feito, pois a
mauro@mauroalessi.com.br
sensação que se tem é que os gestores municipais e estaduais estão “anestesiados”. Será que precisaremos aumentar, ainda mais, o número de homicídios, latrocínios, furtos e roubos para algo concreto ser feito?
AMJO pede socorro
E
mbora a adesão tenha sido muito pequena, A AMJO – Associação dos Moradores do Joá e adjacências realizou no dia 21 de abril uma manifestação na região da Várzea e Joá, em Lagoa Santa, para demonstrar a insatisfação e decepção com a gestão municipal quanto às promessas de calçamentos ou
asfaltamentos das já destruídas ruas dos dois bairros. O que os moradores estão reclamando é que a prefeitura tem realizado diversas obras pela cidade, principalmente de infraestrutura, mas tem se esquecido das ruas, sobretudo do Joá, que estão completamente abandonadas. A Rua Tiradentes, por exemplo, uma das
mais importantes do bairro está intransitável. A erosão abriu crateras que impossibilitam a passagem de qualquer veículo. A tristeza dos moradores é muito grande e a decepção ainda maior. Como estamos em ano eleitoral, à hora de cobrar é essa. Quem vive o problema deve sim buscar respostas em quem ajudou a eleger...
Candidatos ocultos
A
pesar da legislação eleitoral brasileira ainda não permitir pré-campanha eleitoral, a realidade é outra. Os pré-candidatos aos cargos da eleição deste ano já estão super ouriçados, principalmente os concorrentes ao legislativo municipal. Não é difícil encontrar alguns sorrindo o tempo todo, muito solíci-
tos, e outros, tirando fotos e abraçando todo mundo. Para você, querido leitor eleitor, o momento é de análise fria. Já se deve pensar em quem votar nas próximas eleições, mesmo que se mude de idéia depois. Temos que pensar em quem irá realmente nos representar e trazer, de fato, benefícios para a coletividade e não
apenas para os seus amigos e companheiros. Receber favores pessoais não resolve os problemas da cidade. Precisamos de vereadores e de prefeito e vice que amem a cidade e que queiram, realmente, tornar o nossos municípios (Lagoa Santa, Vespasiano e Pedro Leopoldo) melhores lugares para se viver. Pense nisso...
ESPECIAL LINHA VERDE
RAUL MARIANO FOTOS: LUD COELHO
São sete anos de idade e muitas mudanças na vida de muita gente. Transformações no mercado de imóveis no Vetor Norte, expansão de empresas e facilidade no ir-e-vir diário de milhares de pessoas. Apenas para se dar um exemplo, mais de 40 mil veículos são contabilizados diariamente no posto da Polícia Rodoviária situado nas proximidades do quilômetro 18. Esta é a Linha Verde que, embora tão jovem, já apresenta sinais de que, em breve, terá de passar por mudanças. 24 | IMPACTTO | EDIÇÃO 11 | 2012
C
omo pensar no destino para onde se está indo, no lugar aonde se quer chegar, sem pensar no caminho que leva até lá? Como considerar o tempo, a segurança e a facilidade de uma rota entre dois lugares, sem levar em conta a pista utilizada para esse deslocamento? Uma rodovia que interliga uma grande metrópole a várias cidades tem um papel muito mais importante do que uma simples passagem. Ela é a porta de entrada para que o potencial
tecnológico, econômico e industrial dos grandes centros urbanos chegue às cidades em desenvolvimento as faça crescer. Para ser construída, a Linha Verde demandou o trabalho de mais três mil homens, entre engenheiros, topógrafos, urbanistas, arquitetos e operários. O projeto de quase 36 quilômetros de extensão é o maior conjunto de obras viárias de Belo Horizonte e região metropolitana. E pra se ter noção real de seu tamanho algumas comparações são interessantes: com as 125 mil toneladas de concreto betuminoso utilizadas na pavimentação da Linha Verde daria pra encher cerca de 8330 caminhões com capacidade de 6m³ cada um. Esses caminhões, enfileirados, formariam uma fila de mais de 30 quilômetros. Quase a mesma distância do percurso entre Lagoa Santa e BH. Tamanho investimento justifica a quantidade de pessoas favorecidas com a obra. Mais de 3,5 milhões de usuários de mais de 60 bairros de Belo Horizonte, além de 10 municípios de região metropolitana, tiveram seu dia a dia facilitado pela construção da Linha Verde. Cláudio Lima do Nascimento, engenheiro do DER que supervisionou toda obra, conta que o número de pessoas utilizando a rodovia varia de acordo com o trecho. “Segundo uma contagem recente, feita pelo posto da Polícia Rodoviária Estadual, passam pela Linha Verde 41 mil veículos por dia. Mas se considerarmos a Cristiano Machado, perto do Anel Rodoviário, o volume é muito maior. Se considerarmos o Boulevard Arrudas, o volume cai”, afirma. Mas nem tudo são flores. A Linha Verde, que continua por toda Av. Cristiano Machado até o centro de Belo Horizonte, tem, também, seus pontos de trânsito crítico. Com o aumento do número de carros ocorrido nos últimos anos, é cada vez mais visível a necessidade de melhorias no fluxo dos horários de pico. “O que retêm o trânsito hoje são as obras nas avenidas Pedro I e Cristiano Machado e essas são vias de responsabilidade da prefeitura de BH”, explica Cláudio. “A MG-10 em si é menos problemática e até tem espaço para fazermos ampliações, caso seja necessário. Mas as ações
Cláudio Lima do Nascimento, engenheiro do DER
realmente precisam ser mais arrojadas. Nós precisamos aumentar a caixa da avenida, desapropriar mais. Alternativas às avenidas principais são muito complicadas”, acrescenta. Durante o período de desapropriação para a realização da obra, centenas de pessoas que viviam em condição irregular às margens da Linha Verde foram indenizadas ou realocadas em abrigos seguros. “Foi uma longa negociação, feita em parceria com a URBEL, que envolveu mais de 1200 processos e retirou, só da Avenida Cristiano Machado, mais de mil casas construídas em áreas de risco”, explica o engenheiro. “Vamos ter que continuar trabalhando em reformas viárias, fazendo mais interseções em dois ou três níveis, tentando diminuir o número de sinais para promover, de fato, uma via expressa. Tanto o governo do estado quanto à prefeitura estão debruçados sobre estudos de tráfego para resolver essa questão”, completa. Cogita-se a criação de vias alternativas, paralelas à Linha Verde, fazendo a ligação entre a capital e o aeroporto de Confins. Todavia, não há previsão para que as novas obras saiam do papel. “O acréscimo exponencial na frota de carros da grande BH torna, de fato, necessária a criação de caminhos alternativos à MG 10”, afirma Carlos. “Por enquanto há apenas um estudo, a nível gerencial, por parte da administração municipal e estadual”, complementa.
Usuários apontam melhorias Muita gente que sai de Lagoa Santa para Belo Horizonte diariamente sentiu na pele o lado bom e o lado não tão agradável da construção da Linha Verde. Para a administradora Ednéia Barbosa, as dificuldades do período de reformas valeram a pena.
Ednéia Barbosa
“Durante as obras tivemos dificuldades como atrasos para chegarmos ao trabalho e desvios inesperados que causaram muito stress a quem usava o transporte coletivo. Em contrapartida, hoje, com as obras concluídas o transporte se tornou mais rápido, confortável e seguro”, opina.
Dennes Bernardino
Para o engenheiro civil Dennes Bernardino, que cumpre o trajeto Lagoa Santa/ Belo Horizonte há mais de 20 anos, a Linha Verde - apesar de tardia - é responsável por 25 | IMPACTTO | EDIÇÃO 11 | 2012
grande parte do desenvolvimento da cidade. “Ainda que, não preparada e carente de uma infraestrutura adequada e sustentável fica a relevância do fato de não existir ainda uma alternativa de outra via de acesso à cidade”, conta. “Fato esse que acabou gerando, há alguns meses, um enorme engarrafamento no trevo de Lagoa Santa até ao Centro Administrativo motivado por um grave acidente acontecido no horário de final de expediente”, completa. O morador aponta ainda que a pista atual é segura, mas já está chegando a seu limite máximo. “A pista tem um bom padrão de qualidade e segurança viária, excetuando-se os desgastes prematuros dos pisos que em determinados trechos provocam um desconforto nas viagens. Mas, se comparados ao transporte metropolitano que atende Lagoa Santa é um fator de menor importância”, afirma. “Considerando a atual conjectura do país e das ditas intenções dos governos estadual e municipal para região é de se pensar e executar com urgência, uma outra linha, seja ela de qualquer cor”, conclui. Carlos Alberto Vellefort, diretor da Mecan, empresa situada às margens da Linha Verde, afirma que os impactos foram todos positivos. “A Linha Verde facilitou o acesso à empresa e a logística de distribuição dos produtos que saem da nossa fábrica também ficou mais tranquila”,
conta. “Além disso, com a valorização do Vetor Norte da capital e das cidades metropolitanas, mais indústrias, construtoras e comércios estão vindo para a região, o que aumenta a demanda por construções e, consequentemente, aquece a procura por equipamentos para obras”, acrescenta. Ainda assim, o diretor entende que melhorias são necessárias. “É preciso melhorar a pavimentação que está muito irregular; o entroncamento com as avenidas Cristiano Machado e Dom Pedro I, que geram muito congestionamento e o acesso à Cidade Administrativa precisa de ruas de acesso secundário para que a pista principal fique livre”, diz Carlos Alberto.
Carlos Alberto Vellefort
Cidade Administrativa, a beleza inesperada de Niemeyer na Linha Verde. E um ímã na atração de negócios para seu entorno. CARLOS PEREIRA
S
urpresa. Esta é a reação do passante quando vê, pela primeira vez, aquele majestoso conjunto de prédios de vidro fumê da Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves (veja texto a seguir) às margens da Linha Verde, em Vespasiano, a 18 quilômetros ao Norte de Belo Horizonte. Com suas graciosas e quase femininas linhas, aninhado em meio a uma vasta área verde e circundado por aglomerados de construções modestas o complexo desperta logo curiosidades e admiração. Esta atitude diante do inesperado se deve ao fato de que, em qualquer das direções que se circule, nada na paisagem prepara o viajante para a
presença de um conjunto tão grande de edifícios de linhas marcadamente futuristas. Se a pessoa vem do Norte, durante a viagem lhe é oferecida pela janela do veículo a vista de áreas verdes nativas e pastagens, substituídas logo por grandes e, muitas vezes descuidados conjuntos de construções. E quem segue de Belo Horizonte é brindado, durante a viagem, com um árido entorno, constituído de lojas, galpões comerciais e industriais emoldurando uma prosaica linha de metrô na Avenida Cristiano Machado. Mas não é só reações emotivas que a Cidade Administrativa causa. Sua implantação já trouxe consequências econômicas e para a qualidade devida
nas cidades próximas, notadamente no mercado imobiliário. E no comércio. Cidade viva A vastidão da área ocupada pelos cinco prédios-Minas, Gerais, Auditório JK, Palácio Tiradentes (onde o governador despacha) e Centro de Convivência - traçados por Oscar Niemeyer, escondem de quem vê de longe, um verdadeiro formigueiro humano, percebido de fora apenas ao final do expediente, quando seus 16 mil ocupantes saem em busca de condução para regressar às suas casas. Mas, embora discretamente, durante o dia o lugar é cheio de vida. De pequenos e grandes dramas, como o da secretária Maria da Silva (nome fictício), recentemente separada do marido, com três crianças para cuidar, salário curto e aluguel alto. E morrendo de medo de levar seu drama ao chefe, a quem respeita mas teme. “Segunda-feira vou falar com ele, de qualquer jeito. Vou passar o fim-der-semana treinando a conversa com meus filhos”, garante ao repórter, que lhe deseja boa-sorte. E o movimento de visitantes é intenso. Cerca de 10 mil pessoas circulam diariamente em busca de soluções para problemas individuais e coletivos. Uns vão se reunir com o governador Antônio Anastásia em pessoa. Outros têm aspirações mais modestas, e suas questões exigem apenas a atenção de uma funcionária de guichê.
É na hora do almoço que o local é mais vivo. Seus 15 pontos de alimentação ficam lotados com consumidores dos mais variados calibres. Há aqueles se satisfazendo com um pastel e acompanhado de caldo de cana e outros mais exigentes, se deliciando com, por exemplo, um pernil de cordeiro ao molho de hortelã. Enquanto atenciosos “chefs”, com seus chapéus compridos, percorrem as mesas atentos à satisfação de seus clientes. Afinal, a concorrência é brava. Esta hora é muito democrática, com graduados e subordinados dividindo animadamente os mesmos espaços. E põe democracia nisto. No dia da visita do repórter ao lugar, enquanto visitantes circulavam pelos corredores e imensos vãos livres e funcionários se dedicavam aos seus afazeres, estudantes da Universidade Estadual promoviam uma ruidosa porém pacífica, manifestação exigindo melhorias na instituição, sob os olhares atentos e descontraídos do pessoal da segurança. Mas, ao mesmo tempo, para fazer a digestão, no nono andar do Edifício Gerais, um animado grupo de casais promovia alegre bailarico, como parte de um curso de danças de salão, com o forró comendo solto. E não são raras as apresentações de bandas, formadas ou não por servidores, nos vãos livres dos prédios, sempre à hora do almoço, é claro. Um jeito descontraído e agradável de queimar calorias.
O que vem por aí... Oscar Niemeyer, o aclamado arquiteto responsável por inúmeras obras públicas importantes - como a própria Cidade Administrativa do Estado - vai presentear, mais uma vez, a Linha Verde com seu traço singular. Orçada em 75 milhões de reais, a Catedral Cristo Rei, da arquidiocese de Belo Horizonte, foi
desenhada por ele e é esperada com ansiedade por grande parte da população católica da capital e da região metropolitana. A obra gigantesca será erguida na Avenida Cristiano Machado com mais de 22 mil metros quadrados (16 mil só de área construída), 3 andares, estacionamento, espaço para realização de
eventos e capacidade para acomodar 25 mil pessoas. Certamente, a inauguração da catedral implicará em investimentos da Prefeitura de BH na melhoria do trânsito local, que é congestionado devido à existência de uma faculdade e do Hospital Risoleta Tolentino Neves nas proximidades. Isso sem falar na obra que já está em fase de conclusão dentro da Estação BHBus Vilarinho: o Shopping da Estação. A obra é o primeiro grande shopping da zona norte de Belo Horizonte e será interligado à Estação Vilarinho. Com 4 andares e 140 mil metros quadrados de área construída, a expectativa é que, por mês, transitem por lá 1,3 milhão de pessoas. O investimento no empreendimento gira entre R$ 150 e R$ 250 milhões de reais, e as classe populares (B e C), que tem renda de até 3 mil reais por mês, são o público alvo do local. Serão 220 lojas, dentre elas: Casas Bahia, Dadalto, Fast Shop, Renner, C&A, Riachuelo, Marisa, Leader, Magic Games e Lojas Americanas. Desde que as obras começaram, há 18 meses, 2 mil pessoas foram empregadas. A ex-
pectativa é que, após sua inauguração, mais 3 mil contratações sejam feitas. No final da Linha Verde, o Aeroporto Internacional Tancredo Neves também se prepara para crescer. As reformas no terminal existente chegam ao orçamento de R$ 295,2 milhões e a intenção da INFRAERO é que a capacidade operacional passe dos atuais 5,5 milhões de passageiros por dia para 8,5 milhões. A Comissão Especial de Licitação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico
de Minas Gerais (Sede) anunciou, no dia 2 de maior, o vencedor da licitação internacional para elaboração do projeto básico/executivo do segunda terminal de passageiros que tem previsão para ser construído até o final de 2013. A execução do projeto no valor de R$ 10.467.575,14 e tornará o Aeroporto, ponto de chegada da Linha Verde, ainda mais receptivo para as milhares de pessoas que, através dele, partem e chegam de todos os lugares do mundo diariamente.
TANCREDO
DIVULGAÇÃO
NO FIO DA NAVALHA, UMA VIDA QUE FEZ DIFERENÇA.
A
lâmina afiada desliza suave sobre a pele ensaboada do rosto e do pescoço do cliente enrolado no avental branco. Ele dormita ligeiramente na cadeira, em uma sonolência estimulada pelo mormaço da tarde e pelo silêncio reinante e pouco usual em um salão de barbeiro. Ouvia-se apenas o barulho resultante de um besouro lutando pela liberdade contra uma vidraça, ruídos dos motores e pneus dos raros veículos existentes naquela longínqua década de 1930 e dos passos e vozes dos transeuntes. Entretanto o cliente sentia no ar a vontade do dono do salão de dizer alguma coisa. De repente o barbeiro quebra o silêncio, enquanto, forçando docemente a cabeça do homem para atingir mais facilmente sob seu queixo, com anavalha, pergunta: - O senhor não tá se lembrando de mim não, doutor? O homem na cadeira, lutando contra o sono, avalia a figura refletida no grande espelho à sua frente e, imediatamente, sente um frio em todo o corpo. “Sim”, pensa, “está um pouco mais gordo e deixou crescer o bigode, mas é ele mesmo”. E tenta ganhar tempo. -Não, senhor, confesso que não..., diz. O barbeiro interrompe o trabalho com a navalha para limpá-la em um pano jogado sobre seus ombros e volta às perguntas: -O senhor é promotor, não é? O homem responde não gostando nada do rumo que a conversa estava tomando: -É. Fui. Mas deixei a função há algum tempo... -Ah, sei, fala o barbeiro, retomando o trabalho com a navalha no pescoço do cliente e prossegue: - O senhor me mandou pra cadeia em 1933... Três anos de xilindró... -Verdade? Responde o homem, sem saber mais o que acrescentar e já certo de que o pior ia acontecer. 30 | IMPACTTO | EDIÇÃO 11 | 2012
CARLOS PEREIRA
- É, diz o barbeiro. E eu quero dizer ao senhor que aquilo foi muito bom pra mim. Tive tempo de pensar na vida e nas besteiras feitas. Na cadeia adquiri esta profissão, frequentei aula e aprendi a ler, tirei o curso primário e , quando saí , conheci a mulher que hoje é minha esposa. Tenho três filhos já e um encomendado. Todos sadios, graças a Deus. O homem da cadeira sorriu aliviado. E aí a conversa fluiu naturalmente e abundantemente como é da natureza dos salões de barbeiro. A vida do ex-presidiário foi relatada com minúcias em conversa ouvida, agora passado o susto, prazerosamente pelo freguês. O homem da cadeira era Tancredo Neves, que contou a história a um grupo de repórteres na década de 1970, em um momento de descontração, na sede do antigo Movimento Democrático Brasileiro, partido de oposição do qual foi um dos fundadores durante o regime militar. A influência positiva que exerceu sobre a vida deste ex-presidiário pode ser emblemática, pois sua rica existência política – foi vereador, deputado estadual, deputado federal, senador, governador, ministro (o primeiro e único primeiro-ministro na fugaz experiência parlamentarista brasileira na década de 1960) deixaria profundas marcas na vida pública brasileira. Homem público hábil, paciente e conhecedor da natureza humana, tiveram atuação decisiva em vários momentos mais densos da vida nacional e, sendo homem do convívio do polêmico Getúlio Vargas, de quem foi ministro da Justiça no segundo período getulista, encerrado com o suicídio de Vargas em 1954. Foi um dos articuladores da implantação do parlamentarismo no Brasil em 1963, uma obra que aplacou as desconfianças dos militares em relação a João Goulart, permitindo
Tancredo Neves
sua posse como presidente da República e havia, na década passada, ajudado a tecer a candidatura JK à Presidência da República. Mas sua obra-prima política foi a participação, como um dos principais articuladores, se não o principal, da grande urdidura nacional, boa teia de vontades e ações que levaram à redemocratização brasileira 20 anos após o golpe militar de 1964. Dela ele sairia como o primeiro candidato civil a Presidente da República para o qual foi eleito indiretamente, como candidato de consenso. Porém, uma grande ironia da História o levaria para outras esferas antes de se empossar. Seu embirro, precedido de amplas manifestações de pesar da população, reuniu perto de dois milhões de pessoas em suas diversas fases. E aqui vale lembrar a frase de Getúlio Vargas, um pouco antes de seu suicídio quando, se dirigindo a seus aposentos no Palácio do Catete, no Rio, voltou-se para Tancredo, entregou-lhe uma caneta de ouro da marca Parker 51 ( que hoje estaria sob aguarda do ex-governador Aécio Neves, seu neto) e disse: “ Para meu amigo certo nas horas incertas”. Aliás, Tancredo foi um dos pouquíssimos políticos que foram se despedir do presidente deposto João Goulart, quando este partiu para seu exílio sem volta no Uruguai.
INFORME PUBLICITÁRIO
O Melhor da Melhor Idade
Prezando pelo conforto, segurança e bem estar para quem chega à maturidade, Solar da Lagoa inaugura espaço inovador no Estado.
Q
uem chega à maturidade quase sempre encontra pela frente a certeza que necessita de certos cuidados, mas ainda há muito o que viver. A experiência acumulada durante uma vida de trabalho e dedicação à família certamente é um tesouro sem preço que precisa ser recompensado com a oferta de carinho, atenção e bem-estar. Foi considerando esse cenário que a Congregação das Irmãs Discípulas de Jesus Cristo criou o Solar da Lagoa, um espaço idealizado para hóspedes da terceira idade que procuram conforto, saúde e bem-estar com privacidade e segurança. Localizado em Lagoa Santa, próximo a lagoa central, o Solar da Lagoa tem como objetivo ser referência
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em qualidade de vida para a maturidade em Minas Gerais. Irmã Edna, diretora da casa, explica que, além de promover a socialização, lazer, saúde, autoestima e bem-estar, os objetivos do local são gerar recursos para outras obras sociais mantidas pela congregação em todo Brasil. “Os dois objetivos principais a serem atingidos são dar qualidade de vida a essa fase da maturidade e gerar sustento para outras obras que cuidam de crianças, jovens e adultos necessitados, também mantidos por nós”, afirma. Segundo a gerente administrativa Aline Fávaro e a gerente assistencial Patrícia Costa, o espaço físico do local é de cerca de 14 mil metros quadrados sendo 4 mil construídos. Ideal para oferecer uma as-
sistência completa e diferenciada a todos os hóspedes. “Os profissionais da saúde que estão conosco são extremamente preparados e qualificados”, afirmam. “Nossa assistência de enfermagem é de 24 horas durante os sete dias da semana, com uma equipe que conta com enfermeira, geriatra, fisioterapeuta e nutricionista que prestam atendimento individualizado a todos”, completam. “Atualmente somos 22 colaboradores, incluindo as 5 irmãs de caridade da congregação que oferecem uma assistência afetiva muito grande a esses hóspedes”, acrescentam. Além do objetivo de transferir recursos para os outros projetos sociais, uma das garantias do espaço Solar da Lagoa é dar a cada residente a segurança que,
muitas vezes, eles não têm dentro do próprio lar. “Nem sempre uma pessoa que tem recursos consegue ter uma assistência adequada dentro de casa. Os filhos, muitas vezes, precisam se mudar, trabalhar, entre outros compromissos da vida e acabam não tendo tanto tempo para os pais mais velhos”, afirma Irmã Edna. “Nós temos casos de pessoas que quiseram vir morar aqui por conta própria buscando segurança e qualidade de vida”, acrescenta Aline. “Muitas vezes, a pessoa fica sozinha, já que os filhos tem que trabalhar e cumprir sua rotina. Aqui esse hóspede tem, além de todo cuidado e atenção, a contemporaneidade dos companheiros”, completa. Atividades interessantes não faltam. Na instituição, cada hóspede tem acesso a pista de caminhada, academia ao ar livre, piscina adaptada e aquecida com SPA, pomar, salão de jogos, suítes adaptadas para receber pessoas na maturidade com segurança. “Aqui nós interagimos o dia inteiro. Temos a capela, a sala de leitura, a sala de cinema profissional, sala de artes, sala de fisioterapia e Pilates, restaurante próprio pra 50 pessoas, sala de estar e, inclusive, salão de beleza”,
conta Irmã Edna. “Sem falar nos jogos que trabalham a memória e a cognição, como o bingo e o carteado”, acrescenta. A presença constante da família dos hóspedes no trabalho desenvolvido pelo Solar da Lagoa é, também, bastante evidente. “É uma parceria muito grande que temos com a família. Não há nenhum tipo de restrição para visitas e é muito interessante pra nós que os familiares estejam sempre por aqui”, afirma a gerente Patrícia. “Além disso, somos a primeira casa do Brasil a dar entrada na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) como instituição construída especificamente para
a terceira idade. Todas as outras eram apenas adaptadas”, completa. A liberdade de quem chega à terceira idade é, talvez, o ponto alto de toda essa história. E, segundo Irmã Edna, extremamente benéfica para quem se doou à família e agora quer ter sua merecida independência. “Os benefícios cognitivos, afetivos e pessoais são muito grandes por causa da partilha de experiências e do convívio amigável que temos aqui”, diz. “Pessoas de qualquer religião podem vir para cá. O respeito é total e nós lidamos muito tranquilamente com o jeito de cada um. Nosso distintivo é a alegria”, conclui.
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JURÍDICA
DIREITO DO TRABALHO
É O QUE DIZ A LEI O TRABALHO FORA DA EMPRESA E, APÓS O HORÁRIO DE EXPEDIENTE,
Dr. José Geraldo A. Esteves Advogado - OAB/MG 118.762
TEM QUE SER REMUNERADO.
C
om o advento da Lei nº 12.551 de dezembro de 2011, que alterou o artigo 6ª Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), foram equiparados os direitos dos trabalhadores que laboram a distância, com aqueles que cumprem seu expediente, normalmente, na sede da empresa. Vivemos na era da internet, em que a cada dia se torna mais comum à utilização de uma gama de aparelhos eletrônicos e tecnologias que, se por um lado facilitam a comunicação e acesso a rede mundial de computadores com suas infinitas possibilidades de exploração, por outro, nos podem ser prejudiciais. Em um mercado cada dia mais competitivo, não é raro que as pessoas tomem para si uma postura proativa, permanecendo cada vez mais conectadas. Tal atitude pode nos prejudicar, ao sobrepormos às relações de trabalho em detrimento as demais que compõe nossa vida social, fazendo com que, muitas das vezes deixemos para trás todas as outras relações que permeiam nossa vida, focados apenas no trabalho. Como se não bastasse toda a repercussão negativa que este permanente trabalho pode provocar em nosso equilíbrio físico e mental, comumente, são apenas meios contínuos de exploração da força de trabalho, não raras vezes, não remunerado. Adaptando nossa legislação aos tempos atuais, ganhou repercussão o tema do trabalho fora das sedes da empresa, após a Presidente Dilma Rousseff sancionar a mencionada lei que deu nova 34 | IMPACTTO | EDIÇÃO 11 | 2012
redação ao artigo 6ª da CLT, que passou a vigorar com a seguinte redação: Art 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos de relação de emprego. Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. O fato de ter entrado recentemente em vigor a referida lei, fatalmente, fará com que um enorme debate ainda se estenda sob o tema, com diferentes decisões nos tribunais, até que se os entendimentos sejam consolidados. Não obstante a isso, fato é que agora aqueles equipamentos eletrônicos utilizados após o termino da jornada de trabalho, (leia-se: celulares corporativos, notebooks, tablets ou qualquer outro equipamento de comunicação) que permita o comando do empregador para com o empregado, podem ser reconhecidos como jornada de trabalho ou tempo a disposição do empregado e, consequentemente, justificar condenações judiciais ao pagamento de horas extras ou a disposição, que acumuladas por longos períodos, podem representar condenações de valores significantes.
É certo que isto não significará que um simples telefonema ou mesmo um e-mail enviado após o expediente, eventualmente, garanta o direito a remuneração, entretanto para aqueles que freqüentemente são compelidos a estarem conectados ao celular coorporativo e ao seu notebook, tem agora a possibilidade de demonstrar ao Poder Judiciário que saíram do trabalho, mas o trabalho não saiu deles. E que, mesmo após encerrar sua jornada, continuam a trabalhar e, portanto, na inteligência da nova lei, devem ser devidamente remunerados. Insta salientar, entretanto, a aqueles trabalhadores que laborem em atividades externas, não estão sujeitos a controles de jornada, assim como aqueles que exerçam cargos de confiança, tais como os gerentes, com poder da mando e gestão, continuam não tendo direito as horas extras. A nova lei traz enormes avanços ao adaptar-se aos tempos atuais e, no final, todos tem a ganhar, tanto o empregador como o empregado na evolução de nossas relações interpessoais. O objetivo final é buscar, permanentemente, o equilíbrio entre trabalho, descanso e lazer. Afinal, devemos adotar as novas tecnologias como nossas aliadas e não devemos deixar que se tornem instrumento de opressão para escravizar-nos, mesmo que virtualmente, e impor obrigações a qualquer hora e custo, sacrificando o bem estar, a saúde física e mental, tudo, apenas para alcançar os objetivos da produção e lucro.
PREFEITOS DO VETOR NORTE CARLOS MURTA
Dedicação integral à administração pública 36 | IMPACTTO | EDIÇÃO 11 | 2012
Prefeito de Vespasiano pelo quarto mandato, Carlos Murta relata parte de sua trajetória política
e fala sobre suas perspectivas enquanto administrador. RAUL MARIANO
A
vida pública é uma vocação. Não há como negar. Cumprir o trajeto para se consolidar como governante não pode ser outra coisa além de uma virtude, um talento. Mas que força superior é essa que leva representantes do povo a se entregarem tão inteiramente a seu ofício, a ponto de transformarem em uma só, a vida pessoal e a vida política? Carlos Murta, prefeito de Vespasiano e ex-deputado estadual, explica. “O que me motiva é o respeito ao cargo que eu ocupo. Primeiro, eu não sou empresário, não tenho outra função. Sou apenas prefeito. Médico que é prefeito, por exemplo, não é nem médico e nem prefeito, não funciona. Acaba deixando a desejar nos dois lados. Levanto às 5 horas da manhã todos os dias, faço minha academia, e depois é a prefeitura”, conta. Filho de pais agricultores, Carlos nasceu numa família humilde, na cidade de Coronel Murta, Vale do Jequitinhonha. Se mudou para a capital ainda na sua adolescência e, antes mesmo dos 17 anos, trabalhou como office boy no Minas Caixa. Empresa da qual viria a ser gerente e chefe de mais de 10 setores. Se candidatou para o cargo de prefeito pela primeira vez aos 40 anos,
Eleição para deputado 1994
sem fazer ideia de quantas pessoas confiariam a ele seu voto. “Antes eu me candidatava sem a expectativa de vencer a eleição, mas recebi uma votação expressiva e comecei a levar o negócio a sério”, afirma Murta. Na sua segunda candidatura, em 1988, foi eleito prefeito de Vespasiano e, desde então, ganhou todas as eleições nas quais se candidatou na cidade. Em 1994, Murta foi eleito Deputado Estadual, compro-
Romeu Queiroz, Eduardo Azeredo e Carlos Murta - 1998.
vando, definitivamente, que seu nome já era referência em meio ao eleitorado. “Eu acho que é com o respeito ao cidadão, carinho e amizade que você cativa e conquista pessoas. É a respeitabilidade de saber que o cara é trabalhador, que é um cara investidor dentro do município, que se dedica ao município, ao seu povo. Eu acho que o próprio pessoal de Vespasiano traçava tudo isso e mostrava para os outros além das fronteiras do município. Eu tive 5 mil votos em BH sem colocar nenhum cartaz lá! E tive aproximadamente 3 mil votos em Santa Luzia”, diz o prefeito. Na gestão de Carlos Murta, Vespasiano se tornou um ponto chave para o atendimento médico de toda região metropolitana. Foi na cidade, por exemplo, que muitas gestantes de municípios vizinhos como Lagoa Santa, Santa Luzia, Jaboticatubas e Santana do Riacho encontraram segurança e estrutura hospitalar para terem seus filhos. “Nós entendemos aqui - principalmente a Secretária de Saúde que é uma grande defensora do SUS - que não existe diferenciação de atendimento em saúde”, afirma Murta. “Todo cidadão que chegar, seja ele do Acre, de Salvador, Amazonas ou Lagoa Santa, é 37 | IMPACTTO | EDIÇÃO 11 | 2012
atendido como se ele fosse daqui porque é direito universal. Está na constituição Brasileira e muitos administradores não respeitam essa determinação constitucional”, complementa. “Tem uma grande parte financiada pelo Governo Federal, através de repasses via Secretaria Estadual de Saúde ou diretamente do Fundo Municipal de Saúde de cada município, e este dinheiro é exatamente para atender essa demanda universal do SUS”, conclui. Mas para transformar a cidade de Vespasiano o trabalho, certamente, não foi pouco. Carlos Murta relata que, no seu primeiro mandato, as dificuldades, principalmente no âmbito da educação, foram muitas. “A dificuldade que tínhamos aqui era o acanhamento da sociedade, a falta de oportunidades que ela tinha, a falta de estrutura mínima básica para atendimento ao cidadão”, afirma o prefeito. “O município não tinha escolas para atender a demanda. Para se ter uma ideia, na sede do município tínhamos apenas uma escola municipal, chamado de ‘Forninho de Magalhães’. Era uma escola de estrutura
Acompanhando as obras
metálica, parecia mais um contêiner; que foi um projeto do Governador Magalhães Pinto”, conta. “Não tinha escola municipal aqui dentro, ou seja, o município não se preocupava com isso”, completa. Felizmente, a antiga Vespasiano hoje não passa de uma lembrança. Carlos Murta recorda que, até mesmo os serviços de saneamento básico eram precários. “Quando fui eleito prefeito pela primeira vez Vespasiano não tinha esgoto. No hospital era fossa, a casa do prefeito era fossa, a casa do gerente do ban-
Trabalho social durante seu mandato como deputado
co era fossa, a casa do padre era fossa”, conta. “Hoje não se fala em fossa mais em Vespasiano; a não ser em algumas poucas regiões que foram feitas sem planejamento, mas que estão recebendo cobertura até o final de 2012. Até o final desse ano nós alcançamos a totalidade de captação de esgoto 100% tratado. Hoje, eu acredito que estamos na casa dos 98%”, complementa o prefeito. Pelo balanço do último mandato, os resultados evidenciam que Vespasiano tem se desenvolvido como poucas cidades da região metropolitana. No final de 2011, a prefeitura tinha nada menos do que 100 obras, consideradas de porte, concluídas ou em andamento. “Eu acho que é um resultado positivo nesses dois anos de administração exatamente por isso, conseguimos chegar nesta somatória considerada grande, em obras da área de saúde, de educação, urbanismo e saneamento básico, setor que melhoramos como poucas cidades de Minas ou talvez do país”, comenta. Tamanha dedicação à administração pública rendeu a Carlos Murta inúmeros convites para candidaturas em cidades vizinhas. Um prefeito que soube lidar tão bem com o povo e, ao
mesmo tempo, com as indústrias que procuram se estabelecer em Vespasiano, só poderia despertar a atenção ao seu redor. Todavia, o prefeito garante que seu compromisso sempre foi e sempre será com o município. “Não tenho a intenção de me candidatar em outras cidades porque eu moro aqui em Vespasiano. Meu compromisso de administrar seria aqui e ir para outras cidades seria o mais puro oportunismo”, afirma Murta. “Teve uma época que eles queriam que eu trocasse o título para ser candidato em São José da Lapa, em Lagoa Santa mesmo, em vários outros lugares. Mas isso não me interessa não! Sou grato a todos, mas eu faço aqui, por que eu acho que aqui eu tenho trabalho a fazer”, conta. “A cidade me recebeu, meus filhos todos nasceram aqui, sempre morei aqui depois que me mudei para cá. Eu costumava falar que depois que eu mudei de Belo Horizonte para Vespasiano, eu nunca mais dormi uma noite em BH, isso tem 35 anos”, completa. Abertura de ruas no Conjunto Habitacional Morro Alto
De olho no futuro, Carlos Murta mantém firme sua proposta de dar continuidade ao trabalho que já tem toda a aprovação da população. “Nós não temos prioridade do ano”, informa. “É um ano político, no qual a gente trabalha mais retraído, mas estamos dando prosseguimento às obras que já foram projetadas. Trabalharemos normal, como se não fosse ano eleitoral”, completa. “Eu tenho uma diferença: não misturo o ano eleitoral com política. A política eu faço lá fora. Este ano é dar continuidade a todas as obras que já foram projetadas a partir do ano passado. Muitos projetos dependiam de liberação da justiça, de uma emissão de posse, você não tem o imóvel e desapropria, então é demorado. Mas está tudo caminhando”, garante Murta. Ciente de que, apesar de todas as visíveis melhorias, ainda há muito trabalho a fazer, Carlos Murta anseia por novas estruturas que darão ao Vetor Norte a mobilidade necessária para crescer ainda mais. “Vamos continuar essa avenida que irá até a MG 10. Já desapropriamos a primeira parte, demolimos os prédios. Nós estamos trabalhando no sentido de dar continuidade no processo jurídico para conseguirmos a emissão de posse do outro trecho e chegarmos até a rodovia”, explica. Aos 63 anos, pai de 4 filhos e esperando mais um, Carlos Murta tem o semblante de um trabalhador que abdicou da vida pessoal para se doar ao cuidado de uma cidade. Mas no seu olhar sereno é nítida a sensação de tranquilidade que só tem quem sabe o que deve ser feito para o bem da maioria. E o faz com o coração.
CAPA
VERTICALIZAÇÃO
RAUL MARIANO FOTOS: LUD COELHO
Com o desafio de crescer sem perder qualidade de vida, Lagoa Santa vive momento decisivo para seu futuro.
T
oda criança, durante a fase da puberdade, passa, inevitavelmente, por transformações que mexem com sua cabeça e seu corpo. Na maioria das vezes, esse é um período relativamente problemático, no qual o estranhamento consigo mesma e com todos ao seu redor gera atritos e dificulta as relações. A menininha bonita e sorridente começa a desenvolver sua vaidade e viver a metamorfose de se tornar mulher. Passa a se ver de outra forma diante do espelho, se preocupar com a própria beleza e entende que crescer para cima é sempre melhor do que crescer para os lados. Mas, se imaginarmos, metaforicamente, que essa garotinha é uma cidade em desenvolvimento, 42 | IMPACTTO | EDIÇÃO 11 | 2012
cujo bem estar social é a maior riqueza, escolher para onde crescer não é uma tarefa tão simples e as coisas mudam de figura. Lagoa Santa passa pelo mesmo momento que passaram, um dia, metrópoles como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. A expansão demográfica é nítida, a elevação do preço dos terrenos é assustadora e o risco de adensamento urbano desordenado é iminente. Fatores que, somados, obrigam a cidade a descobrir formas de se adequar às transformações que parecem ser inevitáveis. É preciso crescer organizadamente e, como aconteceu com as grandes capitais do país, a verticalização surge como um caminho possível, mas, ao mesmo tempo, polêmico. Sobretudo, pelo fato de a cidade ser privilegiada pela natureza e correr o risco de perder, gradativamente, parte de seu patrimônio natural, caso empreendimentos verticais sejam erguidos à revelia. As constantes alterações nas leis de uso e ocupação do solo alimentam a divergência entre opiniões. Forma-se então o debate que coloca ambientalistas de um lado, construtoras e empresários do ramo imobiliário do outro, os poderes públicos municipais no centro e a população se dividindo entre inúmeros argumentos. A discussão aterrissa num ponto aparentemente simples, mas, no fundo, bastante
complexo: capacidade de planejamento para lidar com o aumento populacional previsto para os próximos anos. Para o vereador Geraldo Corrêa, natural de Lagoa Santa, o crescimento é bem vindo se for bem planejado. “É inegável que a cidade esteja crescendo bastante, com grande destaque para empreendimentos residenciais. Um crescimento que não deve ser barrado, mas sim planejado, através da criação de áreas industriais, comerciais, da revisão de nosso Plano Diretor e da manutenção da parceria com o Governo Estadual”, afirma. Luiz Souza, morador da cidade há 10 anos, Doutor em Química e membro do Centro Internacional para o Estudo da Preservação e Restauração de Bens Culturais (Iccrom); entende que a verticalização demanda investimentos em uma infraestrutura que Lagoa Santa ainda não possui. “Em geral, verticalização significa adensamento populacional porque concentra um grande número de pessoas morando sobre uma pequena superfície. Então várias famílias vão ocupar um pequeno espaço que, se não fosse verticalizado, seria ocupado por uma ou duas famílias. Portanto, a verticalização aumenta a concentração de pessoas, o volume de carros na rua e a necessidade de serviços”, explica. “No entanto, o poder público não está dando
Lagoa central
atenção à necessidade de uma infraestrutura que deve ser pensada antes de a verticalização acontecer”, ressalta o professor. “Lagoa Santa é uma cidade que não tem sequer passeios. Nem o cidadão sem problemas de locomoção tem calçadas ideais para andar, imagine um cadeirante. O poder público não está cumprindo com a obrigação de promover condições para que a verticalização aconteça. A verticalização é hoje uma opção de crescimento, mas, com certeza, não é a mais viável”, completa. “Eu li recentemente um veículo de comunicação da cidade afirmando que a população critica demais a verticalização e não apresenta soluções, mas essas soluções devem ser contratadas pela prefeitura e pela câmara. É função do poder público fazer esses serviços de avaliação anteriores às obras”, conclui. Pensar na opção da verticalização pode gerar, na cabeça do leitor, uma indagação muito pertinente: Qual o motivo para se investir em empreendimentos verticais se Lagoa Santa ainda tem tanto Geraldo Corrêa Vereador
espaço para crescer horizontalmente? Para Arnaldo Marchesotti, analista de logística e morador nascido na cidade, a resposta é simples. “A grande necessidade de verticalização em Lagoa Santa hoje é justificada pela viabilidade econômica das construções. Hoje os terrenos são muito caros e inviabilizam a construção de uma ou duas unidades habitacionais por lote. Os empreendedores imobiliários tem a necessidade, então, de diluir essa fração em várias unidades habitacionais para que cada unidade tenha um valor percentual - dentro daquela fração - que seja rentável e viável. O problema é que isso gera adensamento”, afirma. Rogério Rodrigues, gerente de vendas da imobiliária Morada Imóveis, explica que nossa cidade está no centro das atenções dos investidores e esse é um dos pontos iniciais da questão. “Há um planejamento do governo de Minas para que essa nossa região, chamada de Vetor Norte, cresça. Lagoa Santa vai receber esses investimentos, e isso, inevitavelmente, propiciará mudanças físicas na cidade gerando demandas por moradia e mão-de-obra. Então esse é o nascedouro do negócio”, explica. “Horizontalizar é muito mais caro, porque gera gastos com mais redes de esgoto, água e iluminação. Então, se no mesmo lugar você aglomera pessoas, o custo é mais baixo, inclusive para o município”, completa. Para o Secretário de Planejamento e Meio Ambiente da cidade, Breno Salomão, a questão é escolher, conscientemente, como se quer crescer. “Quando você define pontos onde se pode ter um crescimento vertical, com a infraestrutura disponível, não há mal nenhum. E não é que a cidade toda deva passar pela verticalização. O que o município determina são algumas áreas específicas para esse tipo de empreendimento. Se formos pegar to-
dos os lotes existentes no município hoje, talvez menos de 5% sejam destinados ao crescimento vertical”, afirma o secretário. “Os pontos que estamos definindo para crescimento vertical, no nosso entendimento têm, sim, infraestrutura viária para receber as construções. As melhorias que são necessárias na malha urbana estarão sendo implementadas pelos próprios empreendimentos, por meio de medidas compensatórias”, acrescenta. “Eles apresentam relatórios de impacto de circulação e de vizinhança e só têm a obra aprovada se cumprirem as medidas. Por isso não temos preocupações com a questão da infraestrutura”, conclui. O vereador Genesco Neto aponta que a situação não é tão simples assim. “As medidas compensatórias exigidas pela prefeitura são apenas para condomínios horizontais. Ainda não há determinação para medidas compensatórios de empreendimentos verticais”, afirma. “E o que nós queremos cobrar são essas compensações, já que muitas pessoas perdem até
Genesco Neto Vereador
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Breno Salomão Secretário de Planejamento e Meio Ambiente
mesmo sua privacidade com essas construções”, completa. Entre a população as opiniões divergem. A dentista Luciene Reis, moradora de Lagoa Santa há 26 anos, entende que é preciso avaliar cautelosamente a situação. “Por ordem de prioridade nós deveríamos parar com toda e qualquer medida de ocupação de solo para planejar. Depois, estudar o que já foi feito até então e verificar se é viável ou não, do ponto de vista social e ambiental. Em seguida, precisamos avaliar o que precisamos trazer para a cidade para dar qualidade de vida ao morador que está
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chegando sem tirá-la do morador que já vive aqui”, afirma. “Não é uma questão de ser ambientalista. Ambientalistas somos todos. Em maior ou menor grau, todos nos preocupamos de alguma forma com o meio ambiente. Esse argumento de que ambientalistas querem impedir o desenvolvimento de Lagoa Santa é pequeno demais”, explica. “É lógico que crescer é vital. O problema é que a cidade não tem preparação para o adensamento causado pelas construções de prédios”, completa. Arnaldo Marchesotti pondera que a segurança jurídica é crucial nessa questão. “Eu sou contra a verticalização dentro das bacias das lagoas porque isso vai trazer um adensamento muito grande de pessoas em áreas que já não comportam o que a gente tem hoje. Mas o crescimento pode ser feito fora das áreas das bacias, dentro de uma legislação correta”, afirma. “Eu sou contra, por exemplo, a lei que autorizou o hotel na orla da lagoa. Mas como a lei autorizou, eu sou a favor da segurança jurídica, que é um grande problema dos municípios em desenvolvimento. Portanto, eu sou a favor do que foi feito dentro da legalidade vigente naquele momento”, explica. O vereador Genesco Neto avalia que o detalhe essencial a ser repensado é o fluxo urbano de um modo geral. “O que deve-
mos priorizar é a mobilidade urbana, a logística de transporte que a cidade deve ter. Caso contrário, daqui a pouco nós vamos ficar parados dentro da cidade”, afirma. “Além disso, nós não devemos apenas receber investimentos. Temos, também, que fazer investimentos na saúde pública, na educação, porque cada morador que você recebe significa um investimento a mais que deve ser feito nessas áreas”, ressalta o vereador. “Agora, o que está havendo em todo o país é uma dispersão urbana. As pessoas estão saindo dos centros para morarem em outras regiões. Em Lagoa Santa, o que está acontecendo é o contrário. A prefeitura, ao apoiar a verticalização, está tentando trazer as pessoas para morar na região central. Por quê?”, questiona.
O geólogo, Carlos Von Sperling, profundo conhecedor de áreas cársticas, conversou com a Impactto e esclareceu questões importantes, relativas ao solo de Lagoa Santa. Confira.
O solo de Lagoa Santa pode ser considerado “mais frágil” pelo fato de ser cárstico?
O HOTEL E A LAGOA: UMA LONGA TRAMA A queda de braço travada entre grupos ligados à preservação ambiental e a prefeitura municipal teve vários capítulos desde que a câmara municipal aprovou, por unanimidade, a lei 2.942, de 10/09, que alterava a lei 2.862 de 2008 e autorizava a construção de hotéis, além do aumento de 2 para 5 andares em obras na orla da lagoa central. Parte da população se manifestou contrária à obra na orla da lagoa e até o Mi-
Não. O solo, isto é, a camada superficial, não é mais frágil que o solo de outra região. Entretanto, cabe observar que o solo, nesse caso, está sendo referido, simplesmente, em área superficial. Normalmente, em áreas cársticas é de coloração vermelha. É um solo plástico que aceita compactação e todos os tratamentos necessários a um bom comportamento geotécnico. Que características o diferem de um solo comum? Não existe nenhuma característica especial para esse solo. Entretanto, o solo é apenas uma parte das camadas da Terra. A camada superficial é solo. As camadas mais profundas têm características especiais. Normalmente em áreas cársticas, tem cor amarelada
nistério Público, no vai e vem burocrático, mudou de opinião. Depois de permitir e embargar por duas vezes a continuidade das obras, o órgão autorizou a construção do hotel com a condição de que a empresa contratada cumprisse um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), visando a compensação ambiental dos prejuízos eventualmente causados à cidade. O termo, no valor de R$1.600.000,00, determina que a Promenade deva revitalizar determinado trecho da orla da lagoa, mas ao ser procurada pela Impactto, a empresa não se manifestou a respeito das medidas práticas que serão tomadas para o cumprimento desse termo. Para Janaini Keilly Brandão Silveira, Promotora de Justiça de Meio Ambiente da Comarca de Lagoa Santa, o Ministério Público cumpre a lei que foi editada pelo Poder Legislativo local dentro de sua competência constitucional. “Caso a população não esteja de acordo com determinada lei, deve ir direto aos seus representantes, os vereadores, e exigir mudança. Mas, uma vez em vigor, a lei deve ser cumprida, sob pena de instabilidade jurídica, esta sim, geradora de efeitos devastadores para a sociedade”, afirma. “Infelizmente, muito do que se divulga por pessoas que se intitulam salvadoras de algum direito são menti-
ras, visando criar pânico na sociedade e desacreditar as autoridades constituídas. Fazem de tudo para embasar suas lutas ideológicas, muitas das quais voltadas para a promoção pessoal e não para o bem coletivo”, completa. O vereador Geraldo Corrêa acredita que Lagoa Santa, devido a suas belezas naturais e público flutuante dos fins de semana, tem muito a ganhar com a construção do hotel na orla da lagoa. “Acredito que empreendimentos hoteleiros vêm de encontro com a vocação turística de nosso Município. Além do mais, não conheço melhor indústria que a de Turismo: não polui, proporciona empregos, renda, negócios e ainda aquece toda a economia da cidade, beneficiando todo o nosso comércio, sejam lojas, bares, restaurantes ou feiras”, comenta. Rogério Rodrigues, da Morada Imóveis, também entende que é possível encontrar formas de se adequar ao crescimento vertical. “Lagoa Santa tem o problema do carste e de suas lagoas, então eu acho muito importante ter essa consciência ecológica, preservar o máximo possível de áreas verdes. Mas, evidentemente, a gente vive num mundo onde as coisas acontecem. Então devemos olhar para lei e fazer o que ela determinar”. Para o gerente, outras cidades da região comprovam que é possível verticali-
zar preservando a natureza. “O parâmetro que Lagoa Santa deve ter é o de Sete Lagoas. A cidade tem várias lagoas e convive bem com o desenvolvimento. Inclusive a Lagoa Paulino, que é a principal, tem vários prédios e barzinhos ao seu redor, onde, aparentemente, não houve degradação”, completa. Para Genesco Neto, Lagoa Santa não pode, de forma alguma, ser comparada com outras cidades da região. “Cada cidade tem a sua realidade. Sete Lagoas se industrializou, Lagoa Santa não tem indústrias. Então, esse não pode ser o parâmetro. Além disso, são arrecadações totalmente diferentes”, afirma. Os protestos contra a obra da orla da lagoa diminuíram, mas o sentimento de indignação ainda persiste para quem vê o bem estar da cidade cada vez mais ameaçado. “Na bacia da lagoa o risco de se construir prédios é muito grande. Moramos em cima de uma espécie de queijo suíço, que é o nosso tipo de solo. Crescimento vertical sobre ele é praticamente uma tragédia anunciada”, observa a dentista Luciene Reis. “Enquanto cidadã, minha preocupação é evitar a morte dessa qualidade de vida que nós temos. O progresso precisa vir, mas com planejamento, principalmente em forma de educação, saúde, lazer e cultura. Prédio não é progresso. Isso é justificativa de empreendedores”, afirma.
e não possui as mesmas boas características geotécnicas da camada superior. E mais abaixo, a rocha subjacente possui características de dificuldades em função da existência de cavidade e, também, de um fluxo de água extremamente complexo.
em vários países. Há, portanto, a necessidade de um melhor conhecimento regional e local, conhecimento esse, somente possível de ser obtido em um reconhecimento geológico e hidrogeológico de toda região. Para regiões cársticas não bastam que sejam utilizadas as sondagens geotécnicas convencionais. As legislações para edificações e utilização das áreas cársticas devem ser rigorosas e elaboradas segundo uma técnica cuidadosa. Observo que há inúmeros projetos de obras de engenharia que foram insucessos causando a perda total das obras. Portanto, não é uma hipótese, é uma certeza que a construção de prédios possa causar desastre.
edificações, baseando-se unicamente no reconhecimeno convencional da engenharia civil não é suficiente. Portanto, há necessidade que as condições sejam avaliadas, não só pelas características de engenharia, mas também pelas condições sócio-ambientais, que escolherão prioritariamente soluções para as quais a engenharia possa atuar.
A hipótese de que a construção de prédios em Lagoa Santa pode acarretar desastres futuros, devido à fragilidade do solo, procede? Há exemplos no mundo inteiro de desastres e prejuízos causados por edificações em áreas cársticas. Portanto, não é uma hipótese, mas confirmação de fatos. Observo que em Minas Gerais existem várias regiões com problemas de comportamento de solo e das camadas subjacentes. Está comprovado por sondagens a existência de inúmeras cavernas no subsolo de Lagoa Santa. São problemas bem conhecidos em inúmeros locais
Na sua opinião, existem soluções de engenharia que viabilizem a construção de empreendimentos verticais na cidade? A resposta a essa pergunta deve ser claramente ampliada. A construção de
A orla da Lagoa, em especial, é um local seguro para se construir prédios? Não. A orla da lagoa é resultado de processo de abatimento, processo esse que tem um equilíbrio frágil. São conhecidas na região da borda da lagoa sondagens que indicaram cavidades. Não se excluindo também todos os demais impactos ambientais para os quais não existem medidas de compensação suficientes.
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Jerry Carlo Engenheiro
Apesar de a fragilidade do solo ser preocupação de parte da população, profissionais da área de construção afirmam que há muitos boatos e pouca comprovação a respeito desse assunto. O engenheiro civil Jerry Carlo, da Matos Engenharia, explica que não há motivo para alarde. “Nossa região é realmente especial em termos de solo. Porém, tecnicamente, qualquer obra de engenharia implica numa investigação geológica. É feita uma sondagem do terreno. Toda obra exige um estudo que determina o tipo de fundação que será feita e a forma mais segura de transmitir a carga da construção para o solo”, explica. “A gente vem fazendo estudos de fundação em Lagoa Santa há anos e nunca encontramos situação de cavernas subterrâneas. Se houver ela estará, provavelmente, a 40 metros de profundidade ou mais, e nunca um prédio transmitirá sua carga para mais de 10 metros de profundidade”, afirma o engenheiro. Demóstenes Sales, também engenheiro civil, explica que o solo da cidade é bastante específico, mas não é o maior
dos problemas. “Cerca de 90% das casas e prédios antigos de Lagoa Santa estão apoiadas sobre sapatas corridas há mais de 50 anos, um modelo antigo de fundação. As construções dos prédios e galpões do próprio PAMA-LS estão praticamente sobre a Lapa Vermelha e nunca apresentaram problemas de fissuras por recalque das fundações”, explica. “O que deve ser priorizado é o planejamento da acessibilidade e infraestrutura. Lagoa Santa é a única cidade média da região metropolitana que é cortada por uma rodovia, que é a MG-10, sobrepondo parte da Avenida Acadêmico Nilo Figueiredo e Avenida João Daher, seguindo em direção ao Campinho, nomeada de Rua Pinto Alves”, ressalta o engenheiro. “Nas cidades vizinhas como Vespasiano, Pedro Leopoldo, Santa Luzia e Nova Lima, há alternativas para que o fluxo de carros dessas rodovias seja desviado da região urbana há mais de duas décadas”, conclui. Quem viu Lagoa Santa ter suas primeiras ruas pavimentadas, receber os primeiros postes de luz elétrica e linhas telefônicas também olha para o futuro com preocupação. Nelson Candido, o Nelsinho Dentista, ex-vice prefeito, nasceu e viveu toda sua vida na cidade. Aos 72 anos de idade, vê a possibilidade de verticalização como algo desnecessário. “Não vejo nenhum motivo para incentivar a verticalização no presente momento. A não ser o motivo da ganância por dinheiro que, ultimamente, tem valido mais do que a qualidade de vida”, afirma. “Nós não temos infraestrutura viária, médico-hospitalar, sanitária ou educacional para receber o aumento populacional previsto. Sem falar no mais grave que é a possibilidade da perda irrecuperável do nosso bem estar. Lagoa Santa é privilegiada, tem um dom de Deus, e a gente está jogando isso fora”, conclui.
Efeitos Colaterais da Especulação Os filhos dos filhos de Lagoa Santa, moradores da cidade que chegaram agora à idade adulta e já pensam em ter sua própria casa, vivem o outro lado da história: não têm condição financeira de comprar um lote e construir moradia, muito menos de comprar um imóvel pronto. Tudo por causa do nível a que chegaram os preços de imóveis na cidade. “Hoje, se eu conseguir comprar uma casa no bairro Vila Fagundes é muita sorte. Os imóveis estão com preços fora da realidade. Então, prefiro até mesmo morar de favor do que me endividar a esse ponto”, afirma o cabeleireiro Ronaldo Santos, de 26 anos. Para Marcelo Matarelli, de 51 anos, também cabeleireiro, a verticalização deve ser vista, da mesma forma, como uma alternativa ao problema de déficit habitacional. “Concordo plenamente que, sem planejamento, a construção de prédios é maléfica para Lagoa Santa”, afirma. “Mas é preciso pensar que determinados empreendimentos verticais populares vão ser a saída para muitas pessoas de menor poder aquisitivo que, há tempos, buscam moradia própria e nunca encontram”, salienta Marcelo. Se o futuro guarda boas os más surpresas, não podemos prever. A única certeza é que a população pode interferir diretamente nas decisões do poder público participando ativamente como agente fiscalizador de cada ação. Acompanhar as decisões tomadas pela Câmara Municipal e exigir o máximo de estudos técnicos antes da aprovação de cada projeto relativo à ocupação do solo é dever do morador que espera por uma cidade melhor. Todo esforço feito em prol do desenvolvimento é bem vindo. Principalmente, se for para potencializar tudo que faz de Lagoa Santa a cidade mais charmosa e atraente de toda região metropolitana.
O que pensa quem vive na cidade
Nelson Cândido, dentista
“Não vejo nenhum motivo para incentivar a verticalização no presente momento.”
Luciene Reis, dentista
Arnaldo Marchesotti, analista
Rogério Rodrigues, gerente de vendas
“Enquanto cidadã, minha preocupação é evitar a morte dessa qualidade de vida que nós temos.”
“Eu sou contra a verticalização dentro das bacias das lagoas porque isso vai trazer um adensamento muito grande.”
“Há um planejamento do governo de Minas para que essa nossa região, chamada de Vetor Norte, cresça.”
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ARTIGO DEMÓSTENES SALES
ASSOREAMENTO NA LAGOA CENTRAL PARTE 3.
T
odo avanço das águas formadas por rios, lagos, mares, represas, córregos, seja permanente ou periodicamente sobre terrenos naturais, têm seus efeitos danosos. No nosso caso estamos convivendo por mais de 30 anos com os ciclos de cheia da lagoa após adquirir sua cota máxima. Nos dias com grandes correntes de vento acontecem movimentos fortes das ondas, que vão solapando silenciosamente os barrancos, e aos poucos destruindo suas testadas. Com o passar dos anos, as áreas com barrancos mais frágeis e desprotegidos são desmanchadas pelo batimento repetitivo das ondas dando lugar para as águas da lagoa. Dos 80 mil metros quadrados de área forrada com grama e braquiária na orla, uma parte significativa já está ocupada pela água. Há anos, juntamente com o Prof. Othon, alertamos sobre este problema, porém, nenhuma medida foi tomada. Locais atualmente protegidos: Defronte aos restaurantes com muro de arrimo de concreto. Após o “horto” existem dois trechos de barrancos revestidos com pedra abalroada, lembrando que na década de 1980 o local tinha muro de arrimo que desmoronou. Entre estes dois trechos, “onde existe uma moita de bambus”, foi construído como amostra um trecho com pedra empilhada de 80 cm de altura, com traçado sinuoso para melhor resistência. Infelizmente não prosseguiram. A proteção é necessária só nos locais onde o barranco está a prumo. A comunidade que diariamente caminha pela lagoa, frequenta as academias instaladas na orla e a prefeitura que faz serviços rotineiros não estão percebendo que os espaços recreativos vêm diminuindo. Já existem equipamentos das academias bem próximos do barranco.
Contato: delos@lagoasanta.com.br
vai acabar”, “Vamos proteger nossa lagoa”. Deveríamos voltar nossa atenção para o grave problema do avanço descontrolado da lagoa em direção ao passeio.
Os estudiosos dizem que a lagoa central tem milhões de anos e deduzem que, no próximo século, a área do passeio e parte da Av. Getúlio Vargas estará toda ocupada pelas águas da lagoa central, pois, em apenas 30 anos, já perdemos bom espaço da área verde que a circunda. Não poderia deixar de falar sobre a parceria do PAMA-LS com a Prefeitura, feita no último mandato do Prefeito Lindouro Avelar. Foi uma boa ideia a construção de cerca de contenção nos pés dos barrancos, com postes de madeira enfileirados, para evitar o desmoronamento dos barrancos, da Vila Militar até a Várzea. Porém, como nunca houve manutenção as madeiras fincadas foram caindo.
Até hoje ainda vemos alguns trechos isolados desta cerca. Obra de caixa elevatória de rede de esgoto (embargada) contribui para o avanço das águas em direção ao passeio. Gastamos tempo com reuniões e mais reuniões sobre o assoreamento no fundo da lagoa, sempre ouvindo “A lagoa 48 | IMPACTTO | EDIÇÃO 11 | 2012
Próxima edição: É provável que a lagoa hoje tenha um volume de água maior que há 40 anos.
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A
O MUNDO EM SUAS MÃOS
rgumentar sobre a importância de se dominar um segundo idioma nos dias atuais é subestimar a inteligência do nosso leitor. Falar outra língua é uma habilidade indispensável, não só para quem busca ascensão no mercado de trabalho, mas para toda e qualquer pessoa que quer entender e interagir culturalmente com o mundo que nos cerca. Mas não são poucos os relatos de pessoas que dedicaram anos ao estudo de outra língua e não conseguiram se tornar fluentes. Para Juliana Dutra, professora de inglês e fundadora do projeto Lynguas, os motivos do problema são simples. “O foco do aprendizado deve ser sempre na conversação, na independência das línguas. O inglês não tem a menor obrigação de corresponder ao português. É por isso que as pessoas que traduzem palavra por palavra não conseguem fluência”, explica. Com a proposta de ensinar línguas de forma personalizada, o Lynguas se diferencia de uma escola de idiomas tradicional. “ O caminho é trabalhar o ensino de idiomas com blocos de ideias, de uma forma comunicativa. É muito mais fácil dominar outros conteúdos a partir da produção oral, do que o contrário”, conta Juliana. “Por isso há pessoas que lêem e que escrevem alguma coisa em inglês, mas que não falam. Simplesmente porque a produção oral demora muito mais tempo para ser adquirida e é um processo rápido, no qual você pensa e coloca pra fora o que está pensando. Então isso tem que ser treinado”, ressalta. “Com meu método de ensino, desde o primeiro dia de aula, mesmo com entendimentos básicos, a pessoa já começa a produzir oralmente”, completa a professora. O trabalho, feito individualmente ou com grupos de, no má50 | IMPACTTO | EDIÇÃO 11 | 2012
Juliana Dutra, professora de inglês e fundadora do projeto Lynguas
ximo 6 pessoas é realizado em domicílio, onde um contato direto é estabelecido entre professora e aluno. “A proximidade com o aluno, que é o que falta na maioria das escolas, me permite perceber, exatamente, o ponto que ele precisa melhorar”, afirma Juliana. “Então o método varia de acordo com o aluno. Há o que é mais visual, outro mais auditivo, outro mais sinestésico, que aprende fazendo e precisa de anotar e fazer muitos exercícios”, salienta. E para começar a aprender outro idioma não é preciso esperar muito tempo. “É com a mesma naturalidade com que aprendemos a língua mãe que nós devemos aprender uma segunda língua”, esclarece Juliana. “Por isso, quanto mais cedo a pessoa começa o estudo, mais rápido e com mais perfeição ela aprende a idioma. O Lynguas atende todas as idades a partir do momento em que a pessoa começa a se comunicar oralmente, ou seja, a partir 2 ou 3 anos de idade”, completa. Especialista em preparação de profissionais para obtenção de cer-
tificados em inglês, Juliana é fluente, também, em Espanhol, Francês e Alemão. Além disso, a professora é detentora do CELTA (Certificate in English Language Teaching to Adults), um certificado internacional para ensino de língua para adultos que poucos professores no Brasil possuem. “Minha especialidade é a preparação de candidatos para obtenção de certificados de Cambridge, que, hoje, é referência internacional para ensino da língua inglesa”, diz. “Há muitos brasileiros tendo a oportunidade de viver ou trabalhar no exterior, conseguindo dupla nacionalidade. No entanto, para consegui-la é necessário comprovar proficiência no inglês através de certificados”, completa Juliana.
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CHEGOU O OUTONO! E AS ATIVIDADES FÍSICAS?
G
osto do Outono, porque ele é frio suficiente para refrescar o calor, e quente o suficiente para aquecer o frio. Quase todos os dias são ensolarados, as gélidas manhãs, e as noites aconchegantes. Mas o Outono tem cheiro de sono. Ainda não trás o desejo de hibernar que acompanha a estação mais fria do ano, o Inverno, mas que já deixa no ar uma vontade de deitar ao invés de levantar cedo para trabalhar ou praticar atividades físicas, ah, isso deixa. Com a queda da temperatura, algumas alterações no organismo e comportamento são observadas, como gripes, resfriados e a tão gostosa preguiça que afasta as pessoas das academias. Mas o que muitas pessoas não sabem é que a interrupção de uma atividade física, principalmente nessa estação, fragiliza o organismo, pois a pratica regular de exercícios aumenta a resistência orgânica do indivíduo. É necessário mudar esse pensamento de que atividade física só se pratica no verão. As pessoas que praticam atividade física nessa época de temperaturas mais baixas, podem ter vantagens únicas, como a melhora do apetite e do sono, alem de ser saudável e apresentar menos riscos á saúde, porque os exercícios e as
atividades físicas tornam o coração menos vulnerável a doenças. Com o clima mais frio o corpo irá queimar mais calorias para manter-se aquecido, aumentando seu próprio calor. Desta maneira, as pessoas que pretendem eliminar peso podem beneficiar-se com as mudanças fisiológicas do corpo geradas pelo frio, pois o mesmo pode potencializar os exercícios e aumentar seus efeitos. Claro que esses resultados vão depender da quantidade e da intensidade do exercício, e principalmente da alimentação. Alguns cuidados são necessários antes de fazer exercícios com as baixas temperaturas: usar roupas leves, mesmo que agora de mangas e calças compridas, ainda é o ideal, pois roupas pesadas podem abafar o corpo. O corpo em repouso leva mais tempo para atingir a temperatura ideal para a atividade física, por isso, se torna ainda mais importante se aquecer e alongar durante essa estação; assim como no verão, o corpo irá transpirar, e daí a importância da hidratação adequada, antes, durante e depois do exercício. Algumas dicas vão te ajudar a manter a rotina de exercícios nesse Outono: se você pratica atividades físicas ao ar livre, uma boa opção é trocar esse espaço pelas academias e clubes, pois no ambiente fechado há uma climatização mais pro-
pícia; por ser uma época em que inevitavelmente buscando o conforto nas comidas mais calóricas, é mais um motivo para deixar a preguiça de lado. Escolha o horário de sol mais quente, não necessariamente ao meio dia, mas um horário em que o calor dos raios estimule seus músculos ao exercício físico; ouça músicas animadas e de um repertório conhecido , que estimule você a dançar! Procure companhia, um grupo de amigos que tenha o mesmo objetivo, assim no dia que bater desânimo em um, tem o outro para estimular; O frio não pode ser uma desculpa para não praticar atividades físicas e sim um estímulo a mais, já que as temperaturas mais frescas nos castigam menos do que o calor do verão. E lembre-se, começando agora, dá para chegar ao verão bem melhor e mais em forma que o verão passado!
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SAUDE
ODONTOLOGIA
N
as diversas regiões do Brasil, as pessoas usam palavras diferentes para identificar um refresco adocicado e gaseificado - o refrigerante. Porém, não importa o nome que se use, trata-se de algo que pode provocar sérios problemas de saúde bucal. Os ácidos e outros produtos presentes nos refrigerantes, somado a falta de higiene adequada na boca, contribuem para a evolução da carie dentária e doenças gengivais. Ácidos e subprodutos acidíferos do açúcar presente nos refrigerantes desmineralizam a superfície do esmalte dental, que atuam provocando as cárie dentária e outras manifestações patológicas na cavidade bucal. Em 54 | IMPACTTO | EDIÇÃO 11 | 2012
casos extremos, o esmalte desmineralizado combinado com escovação inadequada, bruxismo (hábito de ranger os dentes) ou outros fatores pode levar à perda dental. Os problemas com esses tipos de refrigerantes estão ligados ao aumento do consumo de sódio. Eles não são liberados nas dietas porque quando o açúcar é diminuído no refrigerante aumenta o sódio para compensar o paladar, ou seja, para dar uma sensação de sabor doce ao produto. O sódio em excesso retém líquido e aumenta o peso, pode causar doenças nos rins e fígados e não são recomendados para hipertensos, pois podem elevar, ainda mais, a pressão arterial. O ideal é não tomar líquidos nas refeições, mas se o seu caso é da-
quelas pessoas que não conseguem se alimentar sem um líquido para acompanhar, opte pelos sucos de frutas cítricas (laranja, limão e etc.), que auxiliam na absorção do ferro dos alimentos. Se preferir tome água que não tem calorias, não engorda e é excelente para a saúde. BEBE-SE CADA VEZ MAIS O consumo de refrigerantes nos Estados Unidos aumentou drasticamente em todos os grupos demográficos, especialmente entre crianças e adolescentes. O problema é tão grave que autoridades de saúde como a American Academy of Pediatrics (Academia Americana de Pediatras) começou a alertar sobre os perigos.
-se somente aos fenômenos de saúde bucal, mas também sistêmicos, como taxas de glicemia, aumento de peso, somados ao consumo associado de outros alimentos açucarados com conseqüências diversas. Crianças e adolescentes não são as únicas pessoas em risco. O consumo prolongado de refrigerantes tem um efeito cumulativo no esmalte dental. Conforme as pessoas vivem mais, mais pessoas terão probabilidade de apresentar problemas. Quantas crianças em idade escolar bebem refrigerantes? Estimativas apontam que, pelo menos uma em cada cinco crianças, consome um mínimo de quatro porções por dia. Alguns adolescentes chegam a beber 12 refrigerantes por dia. Porções maiores agravam o problema. De 180 ml na década de 80, o tamanho do refrigerante aumentou para 570 ml na década de 90. PRINCIPAIS PROBLEMAS CAUSADOS PELO USO EXCESSIVO DE REFRIGERANTES:
As empresas produtoras encontram cada vez mais fórmulas mirabolantes de aumentar esse consumo, colocando embalagens com maior capacidade de armazenamento o que, com certeza, contribui para o aumento do consumo exacerbado dos refrigerantes. Infelizmente, o seu uso não está restrito a apenas uma faixa etária da população, distribuindo-se não somente entre os jovens e adolescentes, mas também entre adultos. Alguns adolescentes substituem até mesmo a ingestão da água pelo uso contínuo dos refrigerantes. Estima-se, em alguns casos, que esse número ultrapasse 10 refrigerantes diários. As conseqüências e danos são os mais diversos, não restringe-
Aqui estão as principais doenças que surgem pelo consumo excessivo de refrigerantes: doenças nos rins e fígado,problemas nos dentes, descalcificação óssea, problemas nos músculos(principalmente os a base de cola), mal hálito, acidez estomacal e agrava problemas gastrointestinais e alergias a corantes presentes nos refrigerantes (principalmente em crianças). O QUE FAZER PARA REDUZIR O CONSUMO? O desenvolvimento de novos hábitos alimentares colocando a disposição das crianças, adolescentes e adultos alimentos alternativos de prática menos danosas, sem dúvida contribuirão sobremaneira para a boa saúde bucal e geral. Sem dúvida a redução da oferta no ambiente doméstico é fator relevante para mudança dos hábitos, substituição dos mesmos pelo consumo de água, sucos 100% naturais, vivemos num país tropical onde a
oferta de frutas diversas algumas com custo mais reduzido, se distribuem durante todo o ano, o armazenamento de polpas naturais mostra-se como medida alternativa auxiliar para a mudança desse hábito do consumo dos refrigerantes, não podemos esquecer e destacar aqui que a pratica de adoçar os sucos naturais também deve ser substituída pelo uso dos adoçantes, que irá contribuir para reduzir a ação danosa sobre o esmalte dos dentes e tecidos adjacentes. A impossibilidade de em algumas situações deixar de consumir os refrigerantes, pode ser diminuída pelos bochechos com água ou enxaguatórios com flúor, uso de pastas dentais com flúor, podem ajudar em alguns casos sua ação danosa sobre a superfície dos dentes. O exame periódico que fazemos ao dentista sem dúvida irá auxiliar sobre como podemos minimizar os problemas causados pelos refrigerantes, que além de orientar o paciente sobre a higiene diária, poderá reforçar as defe-
sas orgânicas e bucais ,além da orientação geral e conscientização sobre a importância da mudança de hábitos. Crianças, adolescentes e adultos podem se beneficiar com a redução do número de refrigerantes que consomem, e também com as terapias bucais disponíveis. Eis algumas medidas que você pode tomar: • Substitua o refrigerante por bebidas diferentes: Tenha na geladeira bebidas que contenham menos açúcar e ácido, como água, leite e suco de fruta 100% natural. Ingira essas bebidas e estimule seus filhos a fazer o mesmo. • Enxágüe a boca com água: Depois de consumir um refrigerante, faça um bochecho com água para remover vestígios da bebida que possam prolongar o tempo que o esmalte fica exposto aos ácidos. •Use creme dental e solução para bochecho com flúor: O flúor reduz as cáries e fortalece o esmalte
dental, portanto escove com um creme dental que contenha flúor. Fazer bochechos com uma solução com flúor também pode ajudar. Seu dentista pode recomendar um enxaguatório bucal que você compra na farmácia ou supermercado ou prescrever um mais concentrado dependendo da gravidade do seu problema. Ele também pode prescrever um creme dental com maior concentração de flúor. • Faça aplicação de flúor com o profissional: Seu dentista pode aplicar flúor na forma de espuma, gel ou solução. Os refrigerantes são implacáveis com seus dentes. Reduzindo a quantidade que você ingere, praticando uma boa higiene bucal e buscando ajuda com seu dentista e higienista, você pode neutralizar seus efeitos e usufruir de uma saúde bucal melhor. Fonte: Odontologia online Por: Lilian Ribeiro Monteiro
SAUDE DOENÇAS
R E S P I R AT Ó R I A S
ASMA BRÔNQUICA DR. RICARDO SEBASTIÃO DOMINGOS
Cerca de 2.500 pessoas no Brasil morrem, a cada ano, por causa doença.
A
sma é o estreitamento dos bronquíolos (pequenos canais por onde passa o ar nos pulmões) que dificulta a passagem do ar e compromete a respiração, tornando-a difícil. É a 4ª maior causa de hospitalização pelo SUS, com 350.000 internações por ano, de acordo com o Departamento de Informática do SUS – DATASUS. A asma acomete pessoas de qualquer idade, mas a maioria dos casos é diagnosticada na infância e é comum manifestar-se em pessoas de uma mesma família. As crises asmáticas podem ser desencadeadas por: inalantes (poeira domiciliar e seus componentes – ácaros, fungos, baratas); alimentos (proteínas do leite de vaca em lactentes); infecções (vírus, bactérias, parasitas); mudanças climáticas abruptas; poluição ambiental; exercício físico; aditivos alimentares (corantes); fator emocional (inter-relações entre os sistemas imunoneuroendócrino); medicamentos (ácido acetilsalicílico, dipirona, antinflamatórios não-esteroidais).
DIVULGAÇÃO
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O paciente pode apresentar no momento da crise: dispneia (falta de ar); tosse seca com pouca expectoração; sibilância (chiado ou ¨chieira¨); desconforto torácico (principalmente à noite ou de manhã); respiração com ajuda da musculatura acessória (esforço respiratório); expiração prolongada (indicador de broncoespasmo); sibilos à ausculta pulmonar. Existem 4 formas clínicas de asma brônquica: • Intermitente: crises esporádicas ou uma vez por semana em média; • Persistente leve: sintomas mais de uma vez por semana, podendo haver limitações para grandes esforços físicos; • Persistente moderada: sintomas diários, mas não contínuos, podendo surgir aos exercícios moderados. As atividades ficam prejudicadas, com algumas faltas ao trabalho ou à escola; • Persistente grave: sintomas contínuos que pioram com exercícios leves. As atividades usuais são prejudicadas, com falhas frequentes ao trabalho ou a escola. Existem diversos exames que podem ser solicitados para diagnosticar um paciente asmáWtico, dentre eles: Espirometria (obstrução ao fluxo aéreo); Pico de fluxo expiratório (PFE – monitoração da doen-
ça e avaliação da gravidade da crise de asma); Teste de broncoprovocação com substâncias inespecíficas (poeira domiciliar, por exemplo), ou específicas (metacolina, carbacol, histamina) – para pesquisar hiper-responsividade brônquica; Teste de broncoprovocação pelo exercício; Testes cutâneos (devem ser realizados somente na intercrise; risco de anafilaxia); Dosagem de IgE específica; Gasometria arterial (em casos específicos); Oximetria de pulso (nas crises asmáticas); Hemograma (eosinofilia na ausência de parasitose intestinal); Dosagem de eletrólitos; Raio-X de tórax (diagnóstico diferencial com outras causas de dispneia e tosse); Raio-X ou Tomografia Computadorizada de seios da face (frequente associação da asma com rinite e sinusite). O tratamento da asma baseia-se, basicamente, na orientação e educação de pacientes e familiares sobre a doença, além do controle ambiental, sem o qual o tratamento medicamentoso torna-se menos eficaz. O tratamento medicamentoso da Asma Brônquica é dividido em tratamento de manutenção, usado em pacientes com asma persistente moderada e grave (consiste no uso diário de medicação para evitar o aparecimento das crises) e em tratamento sintomático, usado nas crises, independente da classificação da doença. Em caso de sintomas de crise asmática, procure seu médico clínico ou pneumologista.
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ARTE, e que bom gosto passa de mãe para filho. Que mãe não gosta de ter seu filho elogiado por sempre estar bem vestido? E o fato é que, de uma maneira ou de outra, somos nós, mulheres, que ensinamos nossos filhos a arte de se produzir bem. Ele quando crescer, vai te agradecer e você vai se orgulhar! Neste contexto, a Loja Mamãe Coruja tem competência para te ajudar a deixar seu filho cada vez mais lindo e estiloso, oferecendo marcas nacionais e importadas de qualidade. Seu filho vai chamar atenção onde estiver. Não só pela felicidade de ter uma mãe tão coruja, mas por ser também o mais bem vestido! Rosi Souza – Loja Mamãe Coruja
A ARTE DE VESTIR NOSSOS FILHOS
S
air para comprar roupas para os nossos filhotes é uma delícia. Porém nós, mães exigentes, temos que ter a preocupação, não só com o preço do conjunto escolhido, mas também com a qualidade que, em alguns casos, não corresponde à quantidade de vezes que ele será usado e, muito menos, ao conforto da criança. O mercado, cada vez mais, oferece produtos no segmento de moda infantil. Cabe a nós, mães, saber escolher o que vai cobrir o corpinho das nossas fofuras. Mas acredite, nem tudo o que encontramos nos cabides a venda é prático para o dia-a-dia e tem a qualidade que nossos filhos merecem. O ideal é se permitir ao prazer de comprar algumas daquelas roupas maravilhosas para exibir nosso filho todo bem arrumado na hora das visitas, passeios e festas. O melhor é investir mesmo nos coringas do guarda-roupa infantil, mas prezando por tecidos macios e duráveis.
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Sempre preferimos tecidos como o algodão e a malha para o contato direto com a pele da criança, que é bastante sensível, mas hoje, com a safra de algodão já saturada, o mercado conta também com tecidos tecnologicamente desenvolvidos para o corpo. Esses tecidos dão liberdade de movimentos, permitem à criança brincar bem vestida sem incômodos e alguns até inibem a proliferação de bactérias. Quer umas dicas? Procure roupas de qualidade, que certamente resistirão mais às constantes lavagens. Procure marcas que contem com modelos lindos, mas que facilitem na hora de vestir. Tecidos antialérgicos, malhas que não amassam, roupas ecológicas. Passe a mão por dentro das roupas para ver se não são ásperas ou se os bordados, apliques e costuras não incomodarão a criança. A mulher moderna que se torna mãe sabe que MODA É UMA
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ESPECIAL COMÉRCIO DE LUXO
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RAUL MARIANO FOTOS: LUD COELHO
Mercado de produtos e serviços de luxo ganha, cada vez mais, espaço na cidade. Quem busca personalização e exclusividade em alto padrão já não precisa ir longe para encontrar.
O
luxo acompanha a humanidade há milênios. O próprio menino Jesus, em sua singela pobreza, foi presenteado pelos três reis magos com ouro, incenso e mirra. Mimos dignos de um soberano à época, dados seu preço e sofisticação. Da lá pra cá, o comércio desse tipo de bem foi se expandindo ao longo dos séculos, deixando de atender exclusivamente a uma restritíssima aristocracia e tornando-se acessível a todos que tivessem bom gosto e dinheiro para satisfazê-lo. Pode parecer contraditório e curioso para um país emergente que ainda enfrenta tantos problemas sociais, mas, acredite, o mercado brasileiro de artigos de luxo cresceu 60% nos últimos 5 anos, de acordo com uma pesquisa recente feita pela consultoria GFK Custom Research Brasil. O estudo aponta ainda que, só no ano passado, o crescimento foi de 33% e a expectativa para 2012 é de 20%. Entre diversos fatores, a ascensão das classes B e C pode ser a principal razão para esse aumento significativo na demanda por carros, jóias, alimentos, roupas e demais produtos ou serviços de alto nível. Mas onde, exatamente, está esse tipo de consumidor? Escondido em condomínios de bairros nobres da grande São Paulo? Enclausurado em prédios blindados do litoral do Rio de Janeiro? Enfurnado em imensas fazendas nos rincões do país? Ou, talvez, habitando cidades da região metropolitana de BH, como Lagoa Santa?
Chupeta da marca americana Billy Bob, cravejada de cristais Swarovski, pela bagatela de R$250,00
A cidade tem alternativas para quem o preço é a menor das prioridades. Seja para o lazer do fim de semana, o jantar romântico, a celebração de um evento importante ou os cuidados com a criança, as opções diferenciadas estão aí. As mães mais exigentes, por exemplo, podem encontrar, na loja Mamãe Coruja, acessórios como uma chupeta da marca americana Billy Bob, cravejada de cristais Swarovski, pela bagatela de R$250,00. “Essa chupeta é uma joia e demanda certos cuidados. É para aquele tipo de mãe extremamente exigente”, explica Rosi Souza, proprietária da loja. Para Ana Amélia Sanches, cliente, a exclusividade dos produtos é o mais importante. “Valorizo produtos que não encontro em qualquer lugar e o atendimento excelente. Comprei a chupeta com cristais para minha afilhada e a mãe da criança ficou encantada”, conta. Os apaixonados por cavalos também estão bem servidos em Lagoa Santa. O Haras Cisplatina e Centro de Treinamento Eqüestre Doma, além de comercializar animais, funciona como um hotel para cavalos, todos da raça mangalarga marchador. “O mangalarga é uma raça muito concorrida e na qual se investe muito dinheiro no Brasil. No meu haras os animais mais caros estão na faixa dos 50 mil reais, mas na cidade há casos de animais vendidos a 300 mil”, conta Leonardo Lamines, proprietário do haras. O negócio ao redor da raça movimenta milhões de reais todos os anos no país. Nos leilões que acontecem via internet, são comercializados, inclusive, semens e embriões que podem custar até
90 mil reais. “Em Lagoa Santa, há cerca de 4 ou 5 criadores de mangalarga que trocam figurinhas. Esse público é formado, normalmente, por banqueiros, donos de construtoras ou de grandes escritórios de advocacia”, conta Leonardo. “Mas o melhor mercado pro meu negócio na cidade hoje não é formado por criadores, mas por pessoas que gostam de vir nos fins de semana simplesmente para dar uma volta a cavalo”, acrescenta o empresário. Para os que procuram se vestir com estilo sem, sequer, precisar sair de casa também já há uma opção. Com foco exclusivo no público que adora moda, os empresários Antônio Carlos e Isabella Latorre, oferecem diversidade e sofisticação
Leonardo Lamines, proprietário do Haras Cisplatina montado em seu mangalarga
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Juninho Fagundes mostrando as peças de roupas de diversas marcas de grife nacional e internacional.
de blusas, vestidos e acessórios. As peças mais procuradas são blusas Polo de marcas como Holister, Lacoste, Abercrombie e Tommy que podem variam entre R$ 179,90 a R$ 249,90. “Trabalhamos com as melhores marcas e a maioria de grifes americanas que não são encontrados com facilidade em qualquer shopping”, diz Isabella. Tendo como ponto forte o atendimento in loco, os empresários prezam pelo conforto do cliente. “Nosso clientes sabem o que querem e não abrem mão da qualidade. Trabalhamos somente com peças de alto nível e das melhores grifes, e levamos todas as peças nas casas e nos condomínios para que o cliente tenha tranquilidade para escolher”, completa Antônio Carlos. Se a procura é por bolsas, o público feminino não vai ter dificuldades em encontrar. Na loja Maidi, representante da marca Carmen Steffens, o estilo, conforto e personalidade estão garantidos. “Nossas bolsas variam num valor inicial de R$499,00 a R$1999,90. Em sua maioria, o público que atingimos são mulheres de extremo bom gosto, seguras de si e com anseio de qualidade e conforto, independente de suas profissões”, explica Camila Queiroz, proprietária da loja. “As bolsas são de couro legítimo, extremamente pesquisado e trabalhado para segurança e conforto de suas usuárias. Sem falar nas pinturas impecáveis (às vezes artesanais, nos produtos da Linha Premium), forração em seda de melhor qualidade e todos os detalhes em metal banhados a ouro”, completa a empresária. Quem é amante da alta gastronomia
também não tem do que reclamar. Tesouros da culinária como o açafrão em estigma podem ser encontrados em casas especializadas, como a Jardins e Sabores. “O açafrão é um tempero bastante usado em risotos, peixes, para dar cor aos alimentos. O produto é cultivado na Espanha e custa caro porque a flor da qual ele é extraído só dá uma vez no ano. Para se conseguir 2,5 Kg do açafrão são necessárias 80 mil flores”, explica Alex Borges, gerente do setor de alimentação da empresa. Uma embalagem com 0,375g de açafrão, na Jardins e Sabores, custa R$ 21,10. Considerando essa proporção, 1 quilo do produto sai a nada menos do que R$ 56.266,67. “Esse tempero, apesar de caro, não é restrito a uma classe A. Na verdade, todos os amantes da gastronomia o consomem”, completa o gerente. Para os que estão pensando em casamento e estão dispostos a investir, o caminho do altar também pode ser algo doce
e tranquilo. Os empresários Jéssica Batista e Edgar Reis, proprietários do Club Casar, oferecem assessoria exclusiva para casais que estão se preparando para o matrimônio. “Nosso trabalho é diagnosticar as condições de cada casal e oferecer a ele um evento que realize seus sonhos e esteja dentro da sua realidade”, explica Jéssica. “Basicamente, nós fazemos – junto com o
casal – um planejamento de como vai ser o casamento com 18 meses de antecedência, considerando a dimensão, padrão e orçamento. E esse trabalho envolve todas as etapas desde os preparativos da cerimônia até a escolha de quem vai mobiliar a casa onde os noivos vão morar”, completa Edgar. “Os preços variam de acordo com a personalização do evento. Tudo depende
dos fornecedores que são escolhidos. Nossos casamentos costumam girar entre 40 e 200 mil reais, mas em Belo Horizonte há registro de cerimônias que custaram 3 ou até 4 milhões”, conclui o empresário. Mas será que poder comprar o que é caro é a única forma de adquirir bens considerados de luxo? Rosane da Matta, proprietária do bistrô Além do Vynho, explica que não é bem assim. “Primeiro precisamos fazer uma divisão entre o que é luxo caro e o que é luxo acessível. É um ledo engano pensar que tudo que é chique é caro. Eu trabalho com o luxo que é acessível”, conta. “O verdadeiro luxo na Além do Vynho é a exclusividade, a personalidade, o atendimento individualizado que não diferencia o poder aquisitivo”, completa a empresária. “Falando em produtos, nós temos vinhos que não são encontrados facilmente em qualquer lugar, mas, ainda assim, têm bons preços. Se há o chileno Alma Viva que está entre os melhores do mundo e custa cerca de R$600,00 a garrafa, temos também o Pinot Noir da Borgonha, que é elegantérrimo e custa em média R$79,00”, salienta Rosane.
E os consumidores corroboram essa tese. “O vinho nunca anda sozinho. Ele sempre está harmonizado com uma comida ou com algum momento excepcional da vida das pessoas. E isso é o que há de valioso. Um vinho caro não tem o menor valor se estiver harmonizado com o prato errado”, explica empresário Fabiano Abrão. “Mas é importante entender que cada vinho tem sua boca e cada boca tem seu vinho. Por isso nunca se pode afirmar que um vinho de R$30,00 é pior do que um de R$500,00”, completa o empresário. De acordo com o IBGE, apenas um por cento das 190 milhões de pessoas que compunham a população brasileira em 2010 tinham acesso a bens considerados de luxo. Todavia, essa pequena parcela já movimentava, sozinha, cerca de 2,3 bilhões de reais por ano. Um valor que, para efeito de comparação, é maior do que todo investimento do estado de Minas Gerais nas reformas do Mineirão, para a Copa de 2014. Se considerarmos que a democratização do acesso a esse tipo de bem pode continuar crescendo, é possível que o luxo se torne, cada vez mais, um “privilégio para muitos”. QUEM PROVA E APROVA O músico Alê Magalhães, figura conhecida em toda Minas Gerais, encontrou num veículo de luxo a total satisfação em dirigir. Proprietário de uma Mercedes Bens Conversível, Alê conta sobre o fascínio que um carro exerce sobre um homem. “Em um comparativo clássico, é como os sapatos para as mulheres. Basta ver quantos jovens lavam seus carros na tarde de sábado para poder sair a noite e impressionar as garotas. Um veículo de luxo é o supra sumo do prazer em dirigir”, comenta. “Os diferenciais começam com equipamentos modernos e, especialmente, conforto. Um veículo de luxo te dá segurança e status. Podemos começar pelos bancos de couro climatizados, que tem o opcional de aquecimento em dias de frio, além de todo o sistema ser elétrico. Existe a tecnologia nos painéis e do computador de bordo, bem como os itens de segurança, que são de grande importância, como freios ABS, controle de tração, além da força do motor que dá confiança nas ultrapassagens”, completa.
Segundo Alê, os valores desse tipo de veículo variam muito de acordo com a marca, ano e modelo. “Existem carros conversíveis girando entre R$ 100.000,00 a R$ 1.200.000,00. Tem que se comparar se é uma Ferrari, Lamborghini, Audi, Mercedes, BMW, Porsche, entre outras marcas. Mas, se procurar bem, pode-se encontrar um ótimo carro conversível entre R$ 100.000,00 a R$ 150.000,00”, afirma o músico. Mas nem tudo são flores. Ter um veículo de luxo implica em despesas não muito baratas. “Os problemas começam no valor do seguro e IPVA. Para se ter um carro de luxo deve-se programar o bolso para ter um gasto grande com esses ítens. Além disso, a revisão do carro também não fica barata. São os ônus de se ter um carro desse tipo”, explica Alê. Mas possuir um veículo de luxo exige que o proprietário, além de dinheiro, tenha, também, sabedoria para lidar com as pessoas ao seu redor. “Muitas vezes você adquire um carro de luxo com muita dificuldade, trabalhando demais para pagar as prestações e as pessoas acham que você é rico, que está esnobando e querendo aparecer, atraindo negatividade, inclusive os olhos dos amigos do alheio”, comenta Alê. “Parece que você ter uma boa condição financeira hoje é pecado. Mas não devemos pensar nisso e sim em lutar com dignidade para alcançar nossos sonhos. No final das contas, todos vão para o mesmo lugar”, conclui o músico.
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Karla Diniz, proprietária da Aerokit
EMOÇÃO AO ALCANCE DAS MÃOS
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ilotar aeronaves, carros de corrida, helicópteros e lanchas a toda velocidade não é mais um privilégio só dos atores de filmes como “Velozes e Furiosos”. A prática do hobby modelismo tem permitido que, a cada dia, mais pessoas mundo afora possam viver a aventura de manobrar réplicas perfeitas de verdadeiras máquinas de ação. Prova disso é o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Aerokit, em Lagoa Santa. A loja, além de vender dezenas de modelos de aviões, helicópteros, lanchas, carrinhos, também da manutenção básica em cada um deles. “O aeromodelismo é o nosso forte, mas atualmente, a febre tem sido o automodelismo. Os carrinhos tem atraído muita gente”, comenta Humberto Diniz, modelista e proprietário da loja. Mas não era para menos. Humberto explica que a arrancada dos carrinhos usados no automodelismo pode ser comparada a arrancada de um carro de fórmula 1. 70 | IMPACTTO | EDIÇÃO 11 | 2012
“Hoje os carrinhos elétricos estão com a tecnologia muito avançada, chegando a 130 Km/h em 4 segundos”, afirma. “Isso sem falar nos carrinhos de combustão, movidos a nitrometano, que é uma mistura de metanol com óleo. Os motores são idênticos ao de um carro de verdade, com biela, cabeçote, pistom, válvula, virabrequim, tração nas quatro rodas, freio a disco, amortecedor. As marchas passam automaticamente, de acordo com a velocidade”, completa o empresário. Os aviões não ficam para trás. A variedade de modelos e preços permite que os apaixonados pela aviação se sintam verdadeiros pilotos profissionais. “Para os que quiserem iniciar nos aviões, os motores elétricos saem bem mais em conta do que os motores de combustão. O prazer do motor de combustão é melhor para qualquer hobby”, explica Humberto. “Os preços começam entre R$1.000,00 e R$2.000,00 podendo chegar a R$50.000,00, no caso dos aviões a jato”, completa.
As lanchas oferecidas pela loja também não deixam nada a desejar no que diz respeito à potência e velocidade. “As lanchas, em termos de funcionamento, se diferem dos carrinhos e dos aviões por terem uma refrigeração líquida do motor”, conta Humberto. “Existem modelos muito avançadas, como a Spartan, que é elétrica e trabalha com duas baterias conjugadas com um motor de cerca de 24 volts e chega a 120 Km/h”, ressalta. “Há modelos a partir de R$850,00 até 1750,00, já com as baterias e o rádio transmissor”, complementa. Os helicópteros, segundo Humberto, também muito procurados por modelistas, têm a vantagem de não precisarem de muito espaço para voar. “Com o helicóptero não é necessário ter uma pista para pouso e decolagem. Entretanto, a dificuldade de pilotagem do helicóptero é muito maior do que a do avião”, esclarece. “O helicóptero elétrico básico, para voos internos, custa faixa de R$250,00. Um maior, à combustão, custa cerca de R$1.800,00. Mas existem helicópteros de R$7.000,00 e até R$8.000,00”, frisa Humberto. Com o alcance possibilitado pelo avançado sistema de rádio que controla esses brinquedinhos, quem se interessa pelo hobby modelismo tem, literalmente, diversão para perder de vista. “Hoje, o rádio usado para controle dos carrinhos, lanchas e aviões é de 2,4 GHz. Essa frequência permite, com um receptor de longo alcance, a distância de até 3 mil metros. No caso dos aviões e helicópteros, uma altitude que ultrapassa, até mesmo, algumas nuvens”, conclui Humberto.
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COLUNA DE CULTURA Milícia Hostil: Talento, atitude e muita distorção
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rabalhar com música autoral não é tarefa para qualquer artista, sobretudo se ele estiver no Brasil e seu o estilo musical for o Heavy Metal. Completar 10 anos de atividade dentro dessas condições, então, é praticamente uma missão impossível, que só músicos de muita personalidade são capazes de cumprir. A banda lagoassantense Milícia Hostil é o exemplo que comprova essa teoria. Com talento, postura e coerência artística, o trio formado por Bernardo Rezende (baixo e voz), Carlos Gaudard (guitarra) e Júnior Leal (bateria) acaba de lançar o EP “A minha vida é a minha arma pra lutar”, e mostra, mais uma vez, que, apesar das dificuldades, trabalhos musicais de qualidade sempre conseguem seu espaço.
Lagoa Interativa
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glomerar gente disposta a praticar esportes radicais e consumir cultura independente. Esse é o objetivo do Lagoa
Jovem talento da música sertaneja
Na expectativa de retomar os trabalhos assim que voltar da França para o Brasil, o baixista e vocalista Bernardo Rezende explica que a banda já está compondo novas músicas em inglês e tem pretensão de expandir o trabalho para outros países. “Com a internet, tem sido fácil trocar ideia com pessoas de qualquer lugar do mundo e o inglês facilita isso. Cantar em inglês não significa que estamos babando ovo dos americanos e sim que estamos possibilitando qualquer pessoa desse mundo a entender sobre o que falamos, esteja ela na África, Ásia ou em qualquer lugar”, explica o músico. Conscientes da importância de seu trabalho, os músicos afirmam que sabem, exatamente, aonde querem chegar. “Queremos nos divertir muito fazendo o que amamos, que é o ROCK. Nos preocupando em passar uma boa mensagem a quem nos ouve. Todos sabemos que o microfone é uma grande arma, e esta arma vem sendo usado para os mais diversos fins e muitos não condizem com os rumos que queremos que nossa geração tome. É aí que a Milícia Hostil contra ataca”, conclui o baterista Júnior Leal. Para conhecer o trabalho da banda acesse: www.miliciahostil.tnb.art.br
ucas Gabriel é mineiro de Santo Antônio do Retiro e já nasceu cantando. Hoje vespasianense de coração, o cantor encanta o público por onde passa. Seus shows são repletos de emoção e já ultrapassam fronteiras. Admirador das duplas como João Paulo & Daniel, Chitãozinho & Xororó e Zezé di Camargo & Luciano, o artista coloca em seu repertório o melhor da música de raiz aliada a nova música sertaneja universitária. Lucas Gabriel se transformou em um cantor fantástico, com linda voz, grande sensibilidade e extensão vocal. Muitos dizem que sua voz parece ter lagrima, pela emoção que transmite. O cantor chegou para ocupar de vez seu espaço no cenário nacional.
Interativa, evento produzido pelo Coletivo Calcáriu em parceria o movimento Eu amo Lagoa Santa. Na programação muro de escalada, skate, slackline, ciclismo, travessia náutica, exposições fotográficas,
varais literários, lançamento do livro “A rua de lá” e shows com as bandas Valsa Binária e A Nuvem. Tudo de graça, a partir das 14h no Iate Club em Lagoa Santa, no dia 19 de maio. Vai perder?
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SABOR COM PERSONALIDADE
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e o que garante qualidade à comida são os cuidados com seu preparo e a procedência dos ingredientes que lhe dão sabor, imagine um estabelecimento que alie tudo isso a atendimento altamente personalizado. A união entre a experiência de mais de 10 anos no mercado de restaurantes e a herança italiana no ramo gastronômico foi a combinação perfeita, encontrada pelo empresário Mário Giusta, para dar vida ao projeto Mia Forneria. A pizzaria, que desde sua inauguração é premiada com o título de melhor pizza de Lagoa Santa, tem a satisfação do cliente como principal meta. “Sabemos que somos uma pizzaria diferenciada na cidade. Que se preocupa em atender bem o cliente, independente de termos uma ou cinquenta mesas ocupadas. Nosso objetivo não é ter uma casa lucrativa, mas sim, que você saia daqui satisfeito”, afirma Mário. Na casa, a vontade do cliente fala tão alto que até o cardápio pode ser moldado de acordo com a vontade de cada um. “Se o cliente diz que quer colocar o ingrediente da pizza X na pizza Y nós realizamos sua vontade sem o menor problema”, conta Mário. “Se você chegar aqui nos fins de semana vai ver que nós tratamos todo mundo pelo nome. Assim a gente acaba estreitando as relações e o cliente vira amigo da casa”, completa. “A massa usada nas nossas pizzas é feita aqui e foi desenvolvida ao longo dos anos, de acordo com as opiniões dos próprios clientes. Então a gente idealizou uma pizza mais gourmet, com uma massa mais fina,
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onde você consegue distinguir bem o gosto de cada um daqueles insumos”, acrescenta o empresário. Mas não é só o carinho no atendimento que faz da Mia Forneria uma pizzaria especial. A variedade do cardápio permite à casa agradar um público bastante eclético. “Além da pizza margueritta, que é sempre a mais pedida, nossos tira-gostos também agradam aos paladares mais diversos”, conta Mário. “Servimos bruschettas, custelinhas feita no forno a lenha com barbecue, iscas de filé com molho de gorgonzola, sem falar nas massas frescas e recheadas como a lasanha, canelone, pappardelle e o nhoque”, acrescenta. E o empresário garante, ainda, que o sabor da Mia Forneria é sem igual. “Desafio qualquer casa de Lagoa Santa a fazer um petit-gateau mais gostoso do que o nosso”, salienta. Para quem, a essa altura, já sentiu o apetite se abrindo é bom saber que as opções não terminam aqui. A Mia Forneria também serve pratos exe-
cutivos e possui uma vasta carta de vinhos. “Temos o grelhado de picanha feito com manteiga e temperado com alecrim e também delicioso escalope ao molho madeira”, informa Mário. “Nossos vinhos seguem um padrão de uva, então temos opções como o Cabernet, Merlot, Malbec, Pinot Noir, dentre outros”, acrescenta. Para completar a gama de serviços de qualidade prestados pela casa, a Mia Forneria também faz aniversários. “Nós preparamos a casa, colocamos a equipe à disposição do aniversariante e a festa está garantida”, conclui o empresário.
(31) 3689.4900 | 3681.6899
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