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Maria é a flor mais bela que floresceu no jardim de Deus
Katia Zavaris conduziu os carismáticos para viverem uma tarde mariana e homenagear a Virgem Santíssima
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Katia Zavaris, coordenadora Nacional do Serviço Brasileiro de Comunhão (CHARIS), iniciou a pregação com a mensagem de Nossa Senhora de Guadalupe na aparição ao índio Juan Diego: “Não estou eu aqui, que sou sua mãe?”. Em seguida, convidou os participantes a recordarem e percorrerem um caminho com Maria, que é uma pessoa e age em nossas vidas com uma poderosa intercessão junto ao seu filho Jesus Cristo.
Segundo a pregadora, os Padres da Igreja chamam Maria de “chave de ouro”, que fecha o Antigo Testamento e abre o Novo. Recordando a memória do título “Mãe da Esperança”, lembrou que é Ela quem nos trouxe a esperança que não engana. “Maria é a flor mais bela que floresceu no jardim de Deus”, ressaltou.
Katia relatou um itinerário a partir da aparição do anjo Gabriel, quando anunciou a proposta de uma aliança com Deus e a Virgem Maria se entregou respondendo o “SIM” mais aguardado para dar a luz à Salvação. Segundo a pregadora, Maria foi educada na fé e Deus encontrou nela um coração fértil, assim como ensina São João Paulo II: “Antes de conceber o filho em seu ventre, Maria concebeu o Cristo em seu coração”. Ao conceber Jesus, ela possibilitou acontecer um encontro entre Deus e o homem, porque o Verbo se fez carne e habitou entre nós pelo ventre de Nossa Senhora.
Maria teve a firmeza pelo Espírito Santo, conforme está escrito: “O Espírito Santo descerá sobre ti” (Lucas 1,35a), nesse momento, Ela foi batizada no Espírito Santo e nós a chamamos carinhosamente de Nossa Senhora de Pentecostes. “Se estivermos firmes, a exemplo de Maria, nada poderá nos abalar porque estamos debaixo da graça do Espírito Santo”, afirmou Katia destacando que Maria nunca se apartou do Espírito Santo em sua vida e que o carismático precisa invocá-Lo em todo o momento da sua vida, como ensina a Beata Elena Guerra: “Pedi o Espírito Santo e Ele vem”.
A pregadora ressaltou que nem mesmo quando Maria ouviu a profecia de Simeão (Lucas 2,34-35) sobre uma espada que transpassaria seu coração, ela deixou de permanecer unida a seu Filho. E que o nascimento de Jesus se dá em uma realidade de simplicidade e escassez, naquele estábulo de animais, mas, ainda assim, Maria mantém a confiança na promessa de Deus, mesmo diante das realidades contrárias. Segundo Katia, “quando surgir a falta de compreensão, devemos dizer como a Virgem Maria: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a Tua palavra” (Lucas 1,38), ensinando que devemos viver uma vida no Espírito Santo para enfrentar e vencer os desafios”.
Katia também lembrou que é importante compreender que Maria não possui uma mensagem própria, Ela traz consigo a mensagem de Jesus e se torna a portadora da Palavra de Deus em seu ventre. “Não podemos colocar a mensagem em nós mesmos, senão estaríamos dizendo sobre nossa vontade própria. Somos convidados a estar com o coração em intimidade ao Senhor
para transmitir a sua mensagem e acolher os frutos testemunhados em nossa vida”, disse.
Retomando o tema da pregação “Maria guardava todas as coisas no seu coração” (Lucas 2,51b), a pregadora extraiu alguns ensinamentos do profundo significado que a palavra “guardava” traz sobre a vida de Maria:
Guardar é confiar: é fundamental recordar frequentemente as promessas de Deus, a experiência do amor de Deus, porque esse primeiro amor é o que nos torna sólidos na vontade de Deus para prosseguir no serviço do Senhor.
Guardar é alegria: a tristeza não cria raízes no coração daquele que confia no Altíssimo, nos faz recordar quando Isabel ouviu a saudação de Maria e a criança estremeceu de alegria (Lucas 1, 44), ensinando que não podemos deixar nosso coração ficar triste porque a alegria do Senhor é nossa força.
Guardar é servir: Maria vai à casa de Isabel para servir e não pede repouso especial por ser a Mãe do Salvador. Ela se coloca na condição de servir nas coisas domésticas. Aprendemos com Maria que não há privilégio em nós mesmos e devemos servir ao próximo como Ela fez em seu recolhimento.
Guardar é silenciar: Maria acompanhou em silêncio o trajeto de Jesus até o Calvário e nós somos chamados a interceder uns aos outros. Quando fazemos silêncio oracional, temos conteúdo espiritual para dar aos irmãos.
Guardar é agradecer: sempre é tempo para agradecer ao Senhor por todas as coisas e Maria tinha um coração agradecido como diz o tão belo cântico Magnificat (Lucas 1,46-55), ressoando o louvor pelos benefícios concedidos por Deus com amor eterno.
Guardar é obedecer: a obediência perfeita, sem desvios. Devemos seguir sempre obedientes ao Senhor e permitir que Ele corrija a rota da nossa direção. Maria gerou em seu ventre a Palavra que nos orienta a Cristo, eis o convite para sermos fiéis.
Guardar é ter Fé: sabemos que a fé é uma virtude teologal, graça de Deus em nossa vida. Maria, ao ver o sofrimento do Filho, até a morte na cruz, permaneceu em pé e seu coração foi transpassado de dor, mas em nenhum momento se desesperou, porque teve fé que jamais o Senhor deixaria de cumprir sua promessa.
Concluindo, Katia disse: “Renovação Carismática Católica, família carismática do Brasil, o Senhor jamais deixará de cumprir a sua promessa e a sua promessa é grandiosa, é um manancial de bênçãos e graças que continuará sendo derramado sobre cada um de nós. RCC, nós estamos no começo de uma profunda experiência, vivência, diálogo e de amor com o Senhor. Nós estamos apenas no começo”.
Após a pregação, Vinícius Simões, presidente da RCCBRASIL, coroou Nossa Senhora, consagrando-a como Rainha da Renovação Carismática. Como gesto de homenagem, colocou flores aos pés da imagem de Maria, representando cada estado brasileiro e também em agradecimento pelos 50 anos do Batismo no Espírito Santo do Monsenhor Jonas Abib.
