Jornal A Razão Edição Dezembro de 2014

A RAZÃO Publicação do Racionalismo Cristão

Fun da do em 19/12/1916 por LUIZ DE MAT TOS e LUIZ THOMAZ

ANO XCVIII – N0 2618 – DEZEMBRO / 2014 – PREÇO: R$ 2,00

TEMPO-ESPAÇO

EVOLUÇÃO

PALAVRAS

No Universo, espaço e tempo se confundem no que cientistas e ficcionistas denominam quarta dimensão, onde tempo não tem o mesmo significado físico que damos a esse termo na Terra. Pág. 8

Não admitir um defeito é erro grave, pois isso dificulta o crescimento espiritual. Todos devem ser honestos consigo mesmos, e não ter vergonha de assumir as fraquezas, Lições de vida, Pág. 2

Os assistentes das reuniões nas casas racionalistas cristãs devem prestar bastante atenção nas palavras das irradiações da limpeza psíquica, porque cada uma tem grande importância. Nota, Pág. 4

FELIZ 2015 A Razão está a 24 meses do centenário.

Fruto do empenho de Luiz de Mattos e Luiz Thomaz, nasceu em 1916 como diário, para divulgar a doutrina racionalista cristã, denunciar desmandos na administração pública e lutar contra as desigualdades sociais.

Com a edição de novembro, A Razão completou 98 anos de circulação – depois de pequena para lisação, tornou-se mensal –, mantendo firmemente os propósitos que embalaram à sua criação.

Esta 2618ª edição dá início ao 99º ano de circulação, e, como em todos os aniversários, A Razão assinala que deve sua longevidade à gene rosidade de seus anunciantes, à qualidade dos textos de seus colaboradores e à fidelidade de seus leitores.

Também como em todo os aniversários, A Razão agradece aos anunciantes, que lhe garantem suporte financeiro; aos colaboradores, que se empenham na elaboração de artigos de elevado interesse espiritualista, atentos também às ques tões materiais; e aos lei to res, me re cedores de todo carinho, consi deração e respeito.

A Razão manifesta seu desejo de muita saúde, felicida de e prosperidade a anunciantes, colaboradores e leitores em 2015.

O espírito sofre quando lhe tiram o corpo físico Quando uma criança é vítima de crime, seu espírito sofre, porque vê sua vida física esvair-se, e, desencarnado, não entende o motivo do ato cometido contra ele. Principalmente quando os responsáveis são aqueles que ele escolheu, em seu mundo de estágio, para serem seus genitores, confiante em que o encaminhariam através das veredas da evolução humana. Pág. 8

Espírito também adoece Existem doenças do corpo físico e doenças do espírito. As do corpo físico são tratadas pelos médicos, mas mui tos desses males têm origem na parte espi-

ritual, nos pensamentos mal vibrados, na falta de disciplina no viver, no descaso à força de vontade para controlar os pensamentos e ações. Neste ca-

so, o tratamento terá que ser espiritual, sob pena de o corpo físico padecer ainda mais, e o Racionalismo Cristão tem a terapia apropriada, a partir do escla-

recimento do que cada ser humano representa como espírito em evolução neste planeta. A partir desses ensinamentos cada um entende rá a origem de

seus sofrimentos, as possíveis ra zões e a melhor maneira de enfrentá-los e amenizá-los, com acompanhamento da limpeza psíquica. Pág. 4

FOTO HUGO DE GOES

Saiba a verdade sobre Jesus e o dia de Natal

Wilson Carnevalli Filho e Júlio Nascimento conversam, descontraídos, no salão da CasaChefe, enquanto aguardam o momento de apresentar suas palestras

O mundo ocidental comemora em 25 de dezembro o nascimento de Jesus Cristo, conforme instituição arbitrária da Igreja Católica Apostólica Romana, porque a verdadeira data perdeu-se no tempo. É mito também a história do menino Jesus colocado em uma manjedoura, origem do presépio, junto a seus pais, em ambiente extremamente hu-

milde reservado ao abrigo de animais.

Jesus, o ‘aniversariante’ que deveria ser lembrado no dia de Natal, foi completamente esquecido e substituído pelo consumismo materialista, predominando as festas extravagantes.

Os religiosas têm todo o direi to de comemorar essa data como acharem mais conveniente. Pág.9

Casa-Chefe festeja 58 anos Reunião cívico-espiritualista, em seguida à reunião públca de limpeza psíquica, treinamento de militantes e ciclo de palestras marcaram a passagem do 58º aniversário da Casa-Chefe do Racionalismo Cristão, em 17 e 18 de outubro. O presidente da Doutrina, Gilberto Silva, relembrou em pronunciamento as comemorações do cinquentenário do majestoso prédio.

Na manhã seguinte à solenidade comemorativa, Gilberto Silva e Wilson Carnevalli Filho apresentaram

aos militantes os temas Atendimento ao público, Doutrinadores e Médiuns. À tarde, após almoço de oferecido pela Casa-Chefe, foram ministrados valiosos ensinamenos em três palestras sobre temas de grande importância e atualidade. A primeira foi A espiritualidade e as novas estruturas familiares, por Wilson Carnevalli Filho; na segunda palestra, Júlio Nascimento destacou que devemos estar prontos para fazer mudanças, e que a viagem terrena tem estações programadas, que podem ser reprogra-

madas durante o trajeto, quando nossas escolhas levam a outros caminhos. Por fim, Gilberto Silva discorreu sobre Solidariedade, e advertiu que a falta dela gera indiferença e maledicência e oferece campo aberto para atuação de espíritos perturbados. Pág. 5 Na festa dos 79 anos da Filial São Paulo e 41 de inauguração da nova sede, em Santana, o presidente Herval Tavares de Campos foi homenageado com o título de membro honorário da Doutrina. Pág. 7

Pág. 12

Promovido pela Filial Ilha de São Nicolau (Cabo Verde) em parceria com Correspondentes, o 1º Encontro de Jovens do Racionalismo Cristão reuniu 160 jovens que partilharam experiências e desfrutaram da maravilhosa paisagem da Ilha. Na foto, participantes em caminhada. Pág.6

Homenagem a Luiz Thomaz

A RAZÃO CRIANÇA

Um conto de Natal

Encontro de jovens

Piadas

Luiz Thomaz é mais uma vez homenageado pelo A Razão, jornal que fundou, juntamente com Luiz de Mattos, inseparável amigo até seus últimos dias. Igualmente ao lado de Luiz de Mattos, participou da implantação do Racionalismo Cristão.

Luiz Thomaz é nome sempre reverenciado nos meios racionalistas cristãos e todos os anos ho mena geado neste jornal nas datas de seu nascimento e falecimento. Nasceu em 4 de agosto de 1871, em

Potugal, e faleceu em 8 de dezembro de 1931, no Brasil, para onde veio ainda muito jovem.

A existência física de Luiz Thomaz foi vocacionada para a espiritualidade. Adotou, com total responsabilidade, o Racionalismo Cristão, garantindolhe a difusão e manutenção,não se poupando no trabalho intenso e fecundo, e o resultado desse empenho tinha por finalidade única a filantropia.

Ajudou várias instituições beneficentes.

Racionalismo Cristão aponta o caminho da espiritualidade

A RAZÃO

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DEZEMBRO / 2014

Doutrinações

LIÇÕES DE VIDA

Nota ANTONIO COTTAS

HUMBERTO RODRIGUES

Consolidador do Racionalismo Cristão

Presidente Astral do Racionalismo Cristão

O significado das palavras ecomendamos aos assistentes das reu niões públicas realizadas nas casas racionalistas cristãs que prestem bastante aten ção nas palavras das irradiações de limpeza psíquica, porque cada uma tem importância muito grande. Se tive rem boa concentração, irão alcançar o conhecimento real do que elas representam.

As irradiações não devem ser proferidas ou mentalizadas como algo mecânico, pois assim fazendo vão focalizar apenas as palavras, e não o significado delas.

A Irradiação A afirma que é pelo estudo

R

dos princípios raciona listas cristãos, pelo uso adequado do raciocínio e pelo crescimento espiritual decorrente da luta contra imperfeições de ordem moral que o ser humano alcança progressivo esclarecimento e maior evolução. Se entender o alcance de tal assertiva, a pessoa estará pronta para acolher no âmago o grande manancial de espiritualidade que é o Racionalismo Cristão.

Portanto, é preciso que todos leiam com atenção a Doutrina, que reeduquem os pensamentos usando o raciocínio com lucidez, para não os deixar ao léu, co-

mo se ouve dizer, atraindo pensamentos negativos que vibram na atmosfera fluídica da Terra e causam mal-estar.

Ao prestar atenção no significado das irradiações durante a limpeza psíquica, o ser estará apto a perceber o que se passa ao redor.

Ao se conhecerem como Princípio Inteli gente e Matéria, não irão mais aceitar tudo que lhes falam, serão ponderados diante das situações difíceis, não se entregarão ao desânimo, pois os desanimados não

conseguem superar seus problemas. A luta é para os fortes de espírito.

As pessoas que confiam em si mesmas, que levam a sério os ensinamentos doutrinários, colocando-os em prática, chegarão à vitória, seja qual for a luta que travem no dia a dia, podem estar certas disso.

A doutrina racionalista cristã nada promete, apenas mostra a realidade espiritualista. Ao prestarem atenção no significado das irradiações durante a limpeza psíquica diária, estarão aptas a perceber o que se passa ao redor e pôr em prática o que o Racionalismo Cristão indica.

Sábias palavras MARIA COTTAS Escritora

Identifique seus erros e corrija-os Muito se tem escrito e falado sobre a ma neira de as pessoas condu zi rem suas vidas, porque a maioria vive como bem entende. To davia, as que seguem os princípios racionalistas cristãos e põem em prática sua disciplina for talecedora da alma têm a exata noção do que é a vida. Elas agem de modo que o viver traga proveito para o espírito e proporcione saúde ao corpo físico.

Aquelas que cuidam da beleza exterior mas se descuidam do que há no âmago não vivem de forma adequada. São valorosas as pessoas que se compreendem, que se toleram, que têm cons ciência do que fa zem neste planeta-escola cha mado Terra.

Muita gente vive de forma atrapalhada, sem saber de onde veio nem para onde vai. Logo, vive em desacordo com o que é recomendado pelo Racionalismo Cristão.

O ser humano cons ciente de suas obriga ções precisa de momentos de reflexão, em que possa analisar o cotidiano e perceber os erros que comete, a fim de corrigi-los. Para tanto, lança mão dos atributos espi rituais, como o ra ciocí nio lúcido e a von tade, para alcan çar seus objetivos.

Nas reuniões públicas das casas racionalistas cristãs e nos livros doutrinários editados pela Casa-Chefe, as pes soas encontram tudo de que necessitam para que possam vencer na vida.

O que é aconselhado aos assistentes e leitores é sempre útil, porque lhes dá coragem e valor na luta do dia a dia, para que sintam um suave passar dos anos, com maior compreensão, to lerância e sem qualquer peso de consciência, em razão de seus atos esta rem dirigidos para a prática do bem.

Sabemos que os seres

humanos têm o direito de fazer o que que rem, pois o livre-arbítrio deve ser respeitado. Contudo, para te rem equilíbrio psíquico, o Racionalismo Cristão ensina-os a pensar com elevação, a ra ciocinar com clareza e a ponderar com atenção, para serem verdadeiros e justos, comedidos e discretos.

Só o esclarecimento pode conduzir o ser humano pelo caminho certo e seguro do progresso material e da evolução espiritual.

O que falta em muita gente é desprendimento e comedimento.

A maioria dos indivíduos é vaidosa, pois só quer aparecer. Dá valor apenas ao que desperta a curiosidade alheia, só ajuda o semelhante se o apoio oferecido vier à tona e causar sensação coletiva.

Infelizmente, a ma ioria das pessoas se inte ressa pelo sensa ciona lismo. O Racio nalismo Cris tão lembra que a vida deve ser sentida como é de verdade, e não como muitas fantasiam. Fantasias são para as que vivem de sonhos.

Os seres humanos devem dar atenção à realidade dos acontecimentos, que às vezes decepciona, traz sofrimento, mas que necessita ser encarada. Enganam-se os que vivem de ilusões, e não deseja mos que se enganem nem se deixem enganar.

O Racionalismo Cristão recomenda viver com sinceridade e lealdade a quem busca maior evolução. Só o esclarecimento pode conduzir o ser humano pelo ca minho certo e seguro do progresso material e da evolução espiritual, para que conquiste com sensatez e equilíbrio a felicidade a que faz jus.

Não tenha vergonha de suas fraquezas Mudança de comportamento requer esforço, determinação e, sobretudo, disciplina. Quem decide mudar precisa desenvolver essas qualidades do espírito. Muitas pessoas chegam às casas racionalistas cristãs dispostas a mudar de conduta. Ob servam o que acon tece nas reuniões públicas, ouvem os aconselhamentos, concordam com tudo, mas, no pri meiro obstáculo que encontram, deixam de lado a vontade inicial de mudar, não se esforçam em seguir adiante, não confiam em si mesmas.

Por isso, orientamos as pessoas que têm vontade de mudar a forma de encarar seus problemas, de mudar o jeito de proceder, o modo de ver a vida, que se esforcem para tal, mas disciplinem os pensamentos, não deixando que estejam ora aqui, ora acolá. Ao se recolherem à noite para o descanso recuperador, procurem fazer uma reflexão sobre o que aconteceu durante o dia: o que realizaram, os acontecimentos por que passaram, o que decidiram.

Não admitir defeito é erro grave; esse procedimento dificulta o crescimento espiritual.

As pessoas estão o tempo todo decidindo alguma coisa: se vão sair cedo ou tarde, o que vão comer, o que irão vestir, e muito mais. Decisões fazem parte do viver rotineiro. Então, quando de cidem mudar de verdade o que sentem, quando resolvem eliminar o que não vale a pena conservar dentro de si mesmas, mas encon-

tram dificuldade para agir, precisam fortalecer a capacidade de determinação que têm na alma.

Quando alguém se volta para algo de bom só tem a lucrar, porque ganha em espiritualidade, nunca perde.

Quem deseja mudar de comportamento não pode acovardar-se diante da primeira dificuldade.

Ao fazerem suas reflexões, as pessoas não devem ter vergonha de assumir as fraquezas, mas devem encará-las. Essa atitude é mui to importante. Não admitir um defeito é erro grave, pois esse procedimento dificulta o crescimento espiritual. Por isso, é bom que todos sejam honestos consigo mesmos, enfrentando as dificuldades por que passam na vida com clareza de ra ciocínio, determinação e disciplina, esforçando-se para ter bom êxito.

Portanto, os que desejam mudar de comportamento não podem acovardar-se diante da primeira dificuldade que encontrem pelo caminho.

A vida é um exercício diário de fortalecimento espiritual. Quem está atento para isso percebe o que é frágil em sua personalidade, testada a todo tempo. Muitos não conseguem ver seus erros mas enxergam os erros dos outros. Quando alguém aponta suas faltas, não aceitam nem mesmo a crítica construtiva. Por isso, é importante que sejam corajosos para admitir os próprios erros, de modo a agir sinceramente dispostos a modificar-se para melhor, com disciplina de pensamentos.

REFLEXÕES A SEÇÃO REFLEXÕES EXCEPCIONALMENTE ESTA NA PÁGINA 3

A Razão Empresa Jornalística Ltda.

a

RACIONALISMO CRISTÃO Presidente Gilberto Silva

ilhas de São Vicente, Santo Antão e São Nicolau Tomé Cipriano Barreto Monteiro

Representante Regional na Região Norte do Brasil Ediel Oliveira de Matos

Representante Regional no Estado de Minas Gerais Lília Rodrigues da Silva Paiva

Representante Regional na Região Nordeste do Brasil Joaquim Alves Neto

Representante Regional nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo Lucy Gonçalves da Costa

Representante Regional na Região Sul do Brasil Vilson Vieira

Representante Regional no Estado de São Paulo Herval Tavares de Campos

Representante Regional na Região Centro-Oeste do Brasil Silvana Benevides Ferreira

Representante Regional em Portugal José Rabaça Carmezim

Representante Regional nas Ilhas de São Vicente, Santo Antão e São Nicolau, em Cabo Verde Antero Filipe dos Santos

Representante Regional no Norte da Europa Vitorino Chantre

Representante Regional em Cabo Verde, exceto nas

Representante Regional nos Estados Unidos Emmanuel Santiago

A RAZÃO CGC.: 28 345 494/0001-65 Fundadores: LUIZ DE MAT TOS e LUIZ THOMAZ Diretor: Gilberto Silva E-mail: arazao@racionalismocristao.org Editor: João Batista Antunes E-mail: jbatistantunes@gmail.com Redação, Administração e Publicidade: Rua Jorge Rudge, 119, Vila Isabel, Rio de Janeiro, RJ – CEP 20.550-220 Telefone: (21) 2117-2102 A Redação não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados e não devolve originais, publicados ou não. Para a reprodução de artigos e reportagens, favor consultar a direção.

A RAZÃO

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Opinião

EDITORIAL

Liquidação de tapetes É tanto lixo, tanta imundície varrida para baixo dos tapetes palacianos que, agora, quando começa a aparecer a parte emersa do iceberg da corrupção, o povo brasileiro está em vias de topar com a maior liquidação de tapetes de todos os tempos. É de indagar-se: para que mais servirão, além da tradicional utilidade decorativa ou eventualmente delimitar o caminho de visitantes ilustres, se não houver mais papéis – especificamente papel-moeda – para esconderem? É tanto dinheiro desviado, trapaceado, roubado, surrupiado que, transformado em cédulas, daria para “atapetar” uma larga avenida do extremo norte ao extremo sul do Brasil. O dinheiro afanado, no entanto, está sumindo das contas bancárias aqui e alhures, e o que retornar aos sofres públicos, de estatais e de assemelhadas não dará sequer para cobrir a Praça dos Três Poderes. Tanto é o lixo moral que daria para aterrar o Lago Paranoá, e em meio a essa vergonha toda despontam sorrisos de quem devia estar com as barbas de molho.

Não pensem os donos do poder que o boi está morto; ele está apenas deitado, esperando a hora de levantar-se e usar sua força. Este bravo povo brasileiro, que forçou a queda de Fernando Collor e lutou pelas Diretas já, está vigilante e, a qualquer momento, poderá cobrar o que realmente lhe é de direito, e recusar a meia dúzia de bolsas-família. Já há mobilização popular e parlamentar com pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A Câmara dos Deputados, com sua maioria governista, vem conseguindo impedir a abertura do processo.

Por enquanto rolam nomes, alguns até há pouco considerados insuspeitos, mas em breve rolarão cabeças. Os 160 mi lhões de brasileiros que não votaram pela reeleição de Dilma Rousseff e a perpetuação do PT no poder merecem isso. Não por maldade, mas por justiça. Os 54,5 milhões que votaram pela reeleição também merecem. Foram iludidos, não tiveram dolo no desastre anunciado que podem ter provocado.

De resto, a vida segue nos conformes: autoridades policiais anunciam redução nos índices de violência, mas ninguém acredita; autoridades da área econômica dizem que a inflação está sob controle, mas ninguém acredita; comentaristas esportivos garantem que a seleção brasileira está bem e que o treinador Dunga está no caminho certo, mas muito poucos acreditam.

O ano de 2014 deverá terminar em 19 de dezembro, uma sexta-feira. Depois virão sábado e domingo, semana de Natal e semana de Ano Novo. Só o comércio funcionará, ávida e aceleradamente, nesses dias. E nem devia, porque, se a Justiça entra em recesso, todas as atividades deveriam ser suspensas em solidariedade. Mantendo igual formato, indústria, comércio e terceiro setor deveriam manter um plantonista para atender casos de habeas corpus... financeiro, por exemplo. Como sempre acontece, o Ano Novo começará depois do carnaval.

REFLEXÕES É o caráter que engrandece o ser humano, que o torna respeitado e acatado, e não temido, porque o temor não enaltece ninguém.

Luiz de Mattos A própria sociedade não se dá ao respeito. Em vez de combater a descompostura, cada vez mais chama a atenção para o que está errado, empurrando as pessoas menos experientes para o abismo moral. Essa atitude é lamentável.

Carlos Chagas Não se pode obrigar ninguém a ser como se desejaria, e muito menos se sentir infeliz porque o semelhante não comunga os mesmos ideais.

Delfina Cottas O risco só existe quando existe o temor.

Alexandre Herculano

OLÁ, CARO LEITOR GILBERTO SILVA Presidente do Racionalismo Cristão

2015, ano especial para o RC om esta edição, o jornal A Razão, ‘menina dos olhos’ de Luiz de Mattos, como dizia Antonio Cottas, completa 98 anos de sua fundação e, para a nossa alegria, a nossa tiragem está sendo aumentada este mês para 10 mil exemplares, graças ao interesse crescente que o conteúdo espiritualista tem despertado naqueles que buscam esses conhecimentos, não obstante versarmos sobre diversos temas de interesse da maioria de nossos leitores e o apoio dos nossos anunciantes. O aumento desse interesse se verifica através da venda avulsa em bancas de jornais em diversas cidades do Brasil e do mundo, assim como também de pessoas que acessam o jornal pelo site www.arazao.net e, depois, fazem suas assinaturas através o e-mail arazao@racionalis mocristao.org.

Se esse aumento na tiragem causa espécie pelo fato de a maioria dos nossos congêneres estarem experimentando o caminho inverso com suas publicações, ou seja, redução em suas tiragens, e, por isso, buscando alternativas virtuais para se manterem, impressiona mais ainda saber que em nosso site, este ano, tivemos média superior a 400 mil acessos de internautas por mês em busca do conhecimento, 7% a mais do que no ano passado.

As mensagens de elogio às matérias publicadas em nosso jornal nós encaramos como incentivo dos nossos leitores aos nossos colaboradores, para que continuem dedicando-se cada vez mais em suas pesquisas e, assim, possamos oferecer um jornal com conteúdo de qualidade, com informações úteis e entretenimento saudável. As críticas encaramos como respeito e reflexão. Se proce-

C

dentes, não nos envergonhamos em mudar, em nos retratar, em nos aperfeiçoar. Embora algumas pessoas confundam o jornal A Razão com a doutrina racionalista cristã, cujos ensinamentos o nosso periódico divulga.

Por falar em divulgar, lembramos que 2015 terá significado especial para os militantes e seguidores da Doutrina com a realização do 2º Congresso Mundial do Racionalismo Cristão, marcado para o período de 25 a 28 de novembro, na Casa-Chefe. Reflexo de observações que fizemos nos últimos anos durante as visitas empreendidas a casas racionalistas cristãs situadas no Brasil e em outros países e de indagações e comentários ouvidos nessas oportunidades, chegamos à conclusão de que o fórum apropriado para discutirmos formas de flexibilização na apresentação da Doutrina, para que sua expansão junto ao público ocorra com qualidade e segurança, será o Congresso Mundial.

Durante o Congresso Mundial, estarão reunidos na Casa-Chefe participantes procedentes de várias regiões, conhecedores com maior profundidade de suas culturas e seus costumes, e que poderão apresentar sugestões e debater, em painéis de discussão, temas co-

Orlando Geraldo Lopes Consultor de Seguros Seguros: Auto/Vida/Saúde/Aluguel/Empresa Residência/Transporte/Condomínio/Previdência.

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mo, por exemplo, maior participação dos jovens na Doutrina; efetiva mobilização dos militantes, muitos deles desmotivados e, em consequência, cimprometendo a frequência às reuniões; estabelecimento de bases de governança para nossas Casas em nível mundial, com maior integração entre elas; formatos, dias da semana e horários mais adequados para as reuniões públicas e de militantes; conteúdo programático dos grupos de estudos; abrangência das reuniões comemorativas e criação de outras reuniões; orientação espiritual a ser usada nas salas das crianças e dos jovens; abordagem ideal para as mídias sociais na internet; e material didático a ser criado, incluindo livros e manuais. Aguardamos sugestões encaminhadas pelos amigos militantes e estudiosos do Racionalismo Cristão nos próximos três meses, período em que estará sendo preparada a pauta do Congresso.

A logomarca do 2º Congresso Mundial foi criada pelo Sr. Roberto Renner, militante da Filial Teresópolis. Brevemente, será implantado um site específico, com informações sobre as atividades congressuais e a forma de inscrição para participar do evento, entre recursos a serem disponibilizados. Com tantos assuntos a

serem debatidos, convidamos os prezados militantes das demais casas racionalistas cristãs a se juntarem aos da CasaChefe no final de novembro do próximo ano, para que, unidos, possamos fazer do 2º Congresso Mundial do Racionalismo Cristão um outro marco da Doutrina em sua já consagrada trajetória em prol do bem comum.

No ano de 2015, que se aproxima, o Racionalismo Cristão completará 105 anos de sua fundação e, assim como o 2° Congresso Mundial programado para o final do próximo ano, como todos os eventos alusivos a tão importante efeméride para a doutrina racionalista cristã terão lugar de destaque nas páginas do nosso jornal, e sabemos, como diz o velho adágio, ‘que uma andorinha só não faz verão’, assim, reconhecemos aqui o esforço e dedicação dos colaboradores do jornal A Razão, sem os quais não poderíamos obter os resultados que o nosso querido jornal tem alcançando, bem como o apoio dos nossos leitores e anunciantes, aos quais agradecemos, e aproveitamos para desejar-lhes Boas Festas de final de ano, extensivas aos seus entes queridos.

Boa Leitura!

José Francisco de Castro Ferreira Maria Natália Pinto Vaz Advogados

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A RAZÃO

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DEZEMBRO /2014

Aconselhamento

fale conosco MILITANTES DA CASA-CHEFE

xistem as doenças do corpo físico e as doenças do espírito. As doen ças do corpo físico são tratadas por especialistas, os médicos, mas mui tos dos males do corpo físico têm origem na parte espiritual, nos pensamentos mal vibrados, na falta de disciplina no viver, no descaso à força de vontade para controlar os pensamentos e nossas ações.

Esta explicação foi dada pelo Racionalismo Cristão em resposta a uma pessoa que tem vivido sob domínio de atribulações e sensações desagradáveis. Dizia ela: “Tenho sofrido frequentemente tonturas, sensação de desmaios e batimentos fortes no coração, inquietação à noite e insônia que não respondem a medi camento.

Estou muito preocupado.

Por favor, ajudem-me.”

Explicou, ainda, a equipe de militantes da Doutrina encarregada de orientar e aconselhar quem a procurar em busca de solução para

E

seus problemas espirituais: A ajuda que você receberá do Racionalismo Cris tão será o esclarecimento daquilo que você representa como espírito em evolução neste planeta. A partir desses ensinamentos você mesma entenderá a origem de seus sofrimentos, quais as possíveis razões e qual a melhor maneira de enfrentálos e amenizá-los.

O Racionalismo Cristão esclarece quem somos, o que estamos fazendo neste pla neta, para onde iremos após a chamada “morte” física, qual a sentido da vida, qual a causa de tanto sofrimento assolando a humanidade.

Somos espíritos fazendo provisoriamente a nossa evolução num planeta que é uma escola, dentro de um Universo incomensurável regido por leis naturais e imutáveis oriundas de uma Inteligência Universal que muitos chamam Deus e da qual somos pequeninas partículas com os mesmos atri-

butos espirituais latentes a serem desenvolvidos em incontáveis encarnações.

O conhecimento daquilo que somos e das leis naturais como as da Atração e Causa e Efeito nos fortalecem para enfrentarmos nossos reveses com resignação e coragem.

Pela Lei da Atração aprendemos que “pensar é atrair” e passamos a vibrar pensamentos em coisas positivas como saúde, alegria otimismo; e não em doenças.

Se elas, porém, nos acometem, procuramos enfrentá-las com coragem, sem quei xu mes, pois fazem parte do mundo Terra e do nosso crescimento espiritual.

Pela lei de Causa e Efeito aprendemos “que nada acontece por acaso, tudo tem uma razão de ser” e que, embora não saibamos a cau sa de muitos acontecimentos, eles podem ser resultantes do mau uso que fizemos do nosso livre-arbítrio, nesta, ou em encar-

nações anteriores.

Isto nos dá a sensação de resignação e, ao mesmo tempo, de coragem para enfrentar os sofrimentos que nos afligem.

Se você se interessar pelos ensinamentos do Ra cionalismo Cristão, procure a casa racionalista cristã mais próxima da sua resi dência e participe das reuniões de limpeza psíquica.

Limpeza psíquica é uma prática salutar de higiene mental recomendada pelo Racionalismo Cristão e que consiste nas irradiações que são feitas nos primeiros sete minutos da reunião e que você poderá fazer em casa, às 7h e 20h, diariamente.

Leia também o livro Ra cionalismo Cristão, em sua 44ª edição.

Maiores informações sobre a casa racionalista cristã mais próxima da sua resi dência e sobre a limpeza psíquica você poderá obter no site: www.racionalismoc ristao.net

Ajuda espiritual ao dependente de drogas Meu filho, de 40 anos, é dependente químico e, devido a essa condição, sofre obsessões. Gostaria de receber orientação de como proceder para praticar a limpeza psíquica em seu benefício. Ele não aceita, porque por alguns anos foi praticante de uma doutrina evangélica e não admite prática de outra doutrina.

Resposta: Prezado, a luta contra vícios é difícil, mas precisa ser efetuada e, tenha certeza, será coroada de sucesso. Se seu filho já se deu conta de quantos malefícios o vício lhe traz, é meio caminho andado, mas não adianta conversar com ele quando está sob o efeito das drogas, pois não está senhor de si e nada assimilará. É importante que seu filho sinta o interesse dos que querem ajudá-lo. Não basta cobrar a mudança.

O diálogo pode ajudar a encaminhar a solução, mas sem a colaboração do filho pouco conseguirá.

Devemos oferecer sempre muita compreensão e apoio, pois a pessoa viciada terá dificuldades em despertar para o problema. O diálogo contínuo, de forma que o paciente se envolva numa bus-

ca em que conte com o apoio dos parentes e que sinta, também, que sua atitude está afetando toda a família, é um importante ponto de partida.

Será, também, essencial despertar a consciência dele para os males físicos e espirituais que o vício está ocasionando. Esse deve ser o primeiro passo: levar seu filho a raciocinar, a pensar de modo diferente e a dispor-se a mudar.

O diálogo pode ajudar a encaminhar a solução, mas sem a colaboração do paciente pouco se conseguirá.

Procure conduzir o problema com a ajuda de um grupo que ofereça assistência profissional (médica, psicológica) para orientação de todos os envolvidos, encaminhando seu filho para esse tipo de assistência.

Não se pode deixar de lado, igualmente, a ajuda que está ao nosso alcance, propiciando a limpeza psíquica do lar duas vezes ao dia, conforme orienta a disciplina racionalista cristã.

Há um áudio da limpeza psíquica, disponível na pri -

meira página do nosso site.

Basta clicar nesse "link" para ouvir e baixar o áudio para o seu computador. Esse áudio ajuda-nos muito a compreender melhor o processo da limpeza psí quica. Você pode, ainda, fazer a limpeza psíquica acompanhando as irradiações transmitidas pela Rádio A Razão via internet.

Visite o nosso site: www. racionalismocristao.net Será de grande ajuda se puder frequentar as reuniões públicas de limpeza psíquica realizadas nas casas racionalistas cristãs. Além de receberem úteis ensinamentos, você receberá os benefícios dos eflúvios espargidos pelo Astral Superior. As reuniões nas filiais são realizadas às segundas, quartas e sextasfeiras (inclusive feriados). A entrada é franca. Você encontrará os endereços e os horários das reuniões das casas racionalistas cristãs no site da Doutrina E nunca desista nem se deixe abater. Se pensar que o problema não tem solução, esta não ocorrerá. O pensamento é uma força, uma vibração saturada de poder, e precisamos saber usá-lo a nosso favor e não contra nossos objetivos.

Procure ampliar seus co-

nhecimentos espiritualistas.

Eles nos ajudam a enfrentar os constantes problemas com que todos nós nos deparamos na vida. Na verdade, os problemas são uma mola propulsora que nos obriga a pensar, a reagir, a mudar. Só perderemos se nos acomodarmos, se acharmos que não temos condições de enfrentá-los, pois, nesse caso, estaremos abdicando de nossa maior força.

Caso se interesse, aconselhamos a leitura das obras essenciais Racionalismo Cristão, 44ª edição (Dê especial atenção aos capítulos Pen samento, Obsessão e Desobsessão), e A vida fora da matéria em sua 23ª edição.

Nessas obras encontrará orientações seguras sobre a melhor forma de agir para libertar seu filho do vício que só traz infelicidade e que está intimamente ligado ao problema da obsessão, situação em que a pessoa entrega-se a impulsos indesejáveis e que tem dificuldade de controlar (como é o caso dos vícios) devido a influências negativas que atrai para junto de si. Por isso, como orientamos, estude, também com muita atenção, os capítulos que tratam desse assunto nas obras indicadas.

A espiritualidade ao alcance de todos

Por que sofremos?

Que fazer para evitar?

Gostaria de saber por que sofremos, o que podemos fazer para parar a dor e onde buscar auxílio espiritual para superar a angústia e o sofrimento? Qual a visão da Doutrina a esse respeito?

Resposta: Por que sofremos? Eis a primeira pergunta que nos faz raciocinar e querer entender os mecanismos de como se processa a vida.

Esta vontade de entender, esta vontade de vencer os sofrimentos é que o farão crescer espiritualmente. Você procura auxílio para superar a angústia e o sofrimento e poderá encontrá-lo nos ensinamentos do Racionalismo Cristão.

A Doutrina responde a esse e outros questionamentos sobre a vida espiritual e física na Terra.

As perguntas acima são respondidas da seguinte maneira: somos todos espíritos vestindo provisoriamente um corpo físico e submetidos a um processo de aprendizado e aperfeiçoamento que se estende por milhares de encarnações. Nesse processo de aprendizado e aperfeiçoamento estão incluídos os so frimentos e angústias que aprendemos a superar ativando a nossa força de vontade, um dos atributos do espírito, passando a encarar a angústia e o sofrimento como desafios a serem vencidos.

Como espíritos, somos Força, partes de uma Força maior que rege todo o Universo através de leis naturais e imutáveis, Força esta que denominamos Grande Foco, Força Criadora ou Inteligência Universal e que a maioria

Limpeza psíquica

denomina Deus.

Sendo partes desta Força, possuímos todos os seus atributos latentes e somos capazes de superar as adversidades que nos afligem. Somos Força e Matéria. A Força, nosso espírito; a matéria, nosso corpo físico.

Sabendo que somos Força e Matéria como todo o incomensurável Universo ao nosso redor, aprendemos a valorizar o nosso pensamento, procurando não nos entregar a pensamentos negativos que cada vez mais deprimem o espírito e a valorizar a alegria, o bom humor, a força de vontade para superar os reveses.

A par desses ensinamentos, você pouco a pouco irá modificando-se para melhor, transformando a angústia em confiança, o sofrimento em alegria. Para isso é neces sário estudar; e as casas racionalistas cristãs são verdadeiras escolas de vida. Visite uma delas e verá todo o benefício que esses ensinamentos poderão trazer-lhe e, ao mesmo tempo, nas reuniões, você receberá eflú vios benéficos que o fortalecerão e o ajudarão a superar suas adversidades.

Acesse www.racionalismoc ristao.net e procure, na seção Casas RC, a casa racionalista cristã mais próxima da sua residência. Nesse mesmo site, você poderá inteirar-se sobre a limpeza psíquica.

Discipline seu pensamento, tendo a convicção de que tudo é passageiro e de que irá superar suas adversidades.

Frequente uma casa racionalista cristã e pratique a limpeza psíquica em casa.

Espírito também adoece

Se você, leitor, tem algum problema ou dificuldade de entendimento de algum fenômeno no campo espiritual, fale co nosco, encaminhe sua dúvida ou experiência para faleconos co@racion alismocri sta o.org e receba esclarecimento e orientação de uma equipe de militantes da Doutrina. Sua experiência poderá ser pu blicada, porque o aconselha mento poderá servir a outro leitor, mas sua identidade será mantida em sigilo.

A disciplina do Racionalismo Cristão recomenda a limpeza psíquica como forma primordial de limpar psiquicamente o ambiente em que nos encontramos, afastando influências negativas que possam prejudicar nosso humor, nossas atividades, nossa vida, enfim.

A limpeza psíquica se dá por meio de irradiações, que devem ser feitas em horários determinados, pela manhã e à noite. A Irradiação A deve ser feita uma vez e a Irradiação B deve ser repetida por cinco minutos; ao final, uma Irradiação B ao Astral Superior e outra ao presidente astral do Racionalismo Cristão, Humberto Rodrigues.

Irradiação A

O que é o Racionalismo Cristão

Ao Astral Superior Grande Foco! Força Criadora!

Nós sabemos que as leis que regem o Universo são naturais e imutáveis, e a elas tudo está sujeito.

Sabemos também que é pelo estudo, raciocínio e crescimento, derivado da luta contra os maus hábitos e as imperfeições, que o espírito se esclarece e alcança maior evolução.

Certos do que nos cabe fazer, e pondo em ação o nosso livre-arbítrio para o bem, irradiamos pensamentos aos Espíritos Superiores para que eles nos envolvam na sua luz e fluidos, fortificando-nos para o cumprimento dos nossos deveres.

O Racionalismo Cristão é uma doutrina filosófica de caráter espiritualista, esteada no cristianismo e, de forma objetiva, nos ensina a viver melhor, para obtermos nossa evolução espiritual.

A Doutrina valoriza o pensamento, a vontade, a disciplina, o trabalho, a moral, e não discrimina raça nem tem cor política. Prepara o ser humano para, consciente de suas responsabilidades, tornarse útil a si, à família, à pátria e à humanidade.

Rua Jorge Rudge, n° 119, Vila Isabel, Rio de Janeiro, RJ CEP 20550-220 – Telefone (21) 2117-2100

Visite o Racionalismo Cristão na internet www.racionalismocristao.net

Reuniões: segundas, quartas e sextas- feiras, das 19h30min. às 20h30min.

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Irradiação B Grande Foco! Vida do Universo!

Aqui estamos a irradiar pensamentos às Forças Superiores para que a luz se faça em nosso espírito, e tenhamos cons ciência de nossos erros, a fim de evitá-los e nos fortalecer para praticar o bem.

A RAZÃO

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Reportagem FOTOS HUGO DE GÓES

Lucy Gonçalves da Costa discursa na reunião solene

Componentes da mesa do estrado e parte da assistência

Herval Tavares de Campos recorda a inauguração

58º aniversário da Casa-Chefe ais um fim de semana de grande alegria e extrema espiritualidade viveram militantes, frequentadores e vi sitantes da Casa-Chefe do Racio nalismo Cristão, nos três eventos que marcaram o 58º aniversário da inauguração do majestoso prédio que abriga a sede mundial da Doutrina: reunião cívicoespiritualista come mo rativa da data, reunião de trei namento de militantes e ciclo de palestras.

Nos três eventos, que tiveram a participação de companheiros de muitas casas racionalistas cristãs, os comentários que mais se ouviam eram de que o Raciona lismo Cristão vem cres cendo, se fi xando cada vez em maior número de países e se fortalecendo com a abertura de novas casas e a conquista de novos espaços, graças à disciplina e empenho de seus dedicados dirigentes e militantes.

Na sexta-feira, 17 de outubro de 2014, à reunião pública de limpeza psíquica seguiu-se a reunião cívico-espiritualista come morativa, sob a direção do presidente da Doutrina, Gilberto Silva.

Discursaram, enaltecendo a data e os que se entregaram à construção do prédio que abriga a Casa-Chefe, além de Gilberto Silva, Herval Ta vares de Campos, presidente da Filial São Paulo; Jorge Fares, presidente da Filial Santos (Casa-Berço); Wilson Carnevalli Filho, diretor da Diretoria de Ação Dou tri nária, e Lucy Gonçalves da Costa, presidente da Filial São Gonçalo (RJ) e representante da Casa-Chefe nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Gilberto Silva em seu pronunciamento relembrou as co me morações do cin quen te nário do prédio, lendo, inclusive, um trecho do discurso de Antonio Cottas em que ele enaltece a dedicação do vice-presidente à época, Roberto Dias Lopes, que presidiu a comissão de construção. Men cionou a presença de Hum berto Ro dri gues, hoje Presi dente Astral da Doutrina, naquela ocasião, quando foram inauguradas a Sala Luiz Thomaz e a exposição alusiva ao cinquentenário, e lançados dois livros da Doutrina. Revelou, ainda, que após esses eventos, realizados na tarde de 20 de outubro de 2006, con-

M

vidou Hum berto Rodrigues para participar da reunião cívico-espiritualista que seria realizada em seguida e ouviu dele a frase: “A partir de agora, é com você”, revelando toda a sua humildade.

Treinamento de militantes. No sábado, 18, o salão da Casa-Chefe recebeu, pela manhã, na reunião de treinamento de mi litantes das casas racionalistas cristãs dos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, 380 pessoas. Foram abordados três temas: Atendimento ao público, Doutrinadores e Médiuns, o primeiro exposto por Wilson Carnevalli Filho, e os outros dois por Gilberto Silva.

Ao apresentar o primeiro tema, o expositor enfatizou a atenção que os militantes devem ter para as particularidades ou problemas pessoais dos frequentadores, com reforço à necessidade de carinho, presteza e empatia com essas pessoas e o cuidado em providenciar acomodação para os frequentadores iniciantes, de modo que eles se sintam à vontade e bem localizados para que possam observar como se desenvol vem os trabalhos durante uma reu nião pública e não lhes restem dúvidas quanto ao que acontece nem quanto ao procedimento dos instrumentos mediúnicos.

O presidente do Racio nalismo Cristão cuidou dos te mas que tratavam dos doutrinadores e dos médiuns e, em resumo, recomendou aos pri meiros objetividade em suas exposições e análises das situações em que sejam solicitados, e atualização e aprofundamento nos estudos da Dou trina, para que possam repassar com firmeza os conhecimentos adquiridos.

Aos médiuns Gilberto Silva lembrou que essa condição exige concentração, controle da sensibilidade, no sentido de pre servar a limpeza fluídica, e assiduidade às reuniões. É importante que o médium não se deixe influenciar pelas informações que recebe e guarda.

Terminada a primeira parte da programação de sábado, pre sidentes e militantes participaram do almoço oferecido pela CasaChefe. As iguarias foram servidas no refeitório do Solar Luiz de Mattos (anexo à Casa-Chefe) e no prédio conhecido como A-2, que

Gilberto Silva, na reunião de treinamento de militantes

serviu de residência à família de Antonio Cottas, o consolidador do Racionalismo Cristã, e onde se realiza o Bazar da Érica.

Ciclo de palestras. Após o almoço, as pessoas foram acomodando-se no salão, até para aproveitar a refrige ração, porque a temperatura fora era bastante alta, para aguardar as palestras que tratariam da família, de mudanças climáticas e de so lida riedade, sob a ótica espiritualista.

Diferentemente do treinamento de militantes, as pa lestras foram abertas ao público, o que elevou a frequência para 420 pessoas, mesmo depois que muitos participantes da reunião da manhã precisaram retornar a suas cidades. Nos telões, um apelo – “Desligue seu celular” –, porque ainda há pessoas descuidadas que deixam o aparelho ligado sem se dar conta de que um chamado ino portuno pode tirar a concentração do narrador e dos ouvintes, e convites e sugestões.

O tema A espiritualidade e as novas estruturas familiares foi apre sentado por Wil son Carnevalli Filho, a partir de duas indagações básicas – Por onde estamos indo? Onde acabaremos? – e uma advertência: tal é a importância do tema, que o Vaticano reuniu seus cardeais para discuti-lo. O palestrante chamou a atenção para as grandes mudanças que vêm ocorrendo na sociedade e suas consequências.

A revolução sexual nos anos 60, que deu maior liberdade à mulher, seguida do movimento feminista e igualdade dos sexos, influenciando a estrutura familiar, a disseminação da pílula e de estimulantes sexuais acabaram por trazer consequências negativas, como o

aumento do número de adolescentes grávidas, porque têm contato muito cedo com a sexualidade. Lembrou, porém, o pa lestrante que a edu cação sexual vem ensinando a lidar com essa liberdade e fazendo diminuir a gravidez entre adolescentes.

Destacou Wilson Carnevalli Filho que os arranjos familiares cada vez mais diversificados estão causando a diminuição do número de famílias tradicionais na cultura cristã – pai, mãe, filhos.

Hoje há mãe com filhos, pais com filhos, mulher só, homem só. A população enve lhece, mulheres vivem mais e a tendência é morarem sozinhas, e essa solidão pode gerar depressão.

Essas mudanças trazem também aspectos negativos: famílias desestruturadas, relacionamentos supérfluos, radicalização, into lerância, fundamentalismo religioso e juventude desorientada. A superação dessas consequências negativas está no campo das ideias: boas ideais ensinam a lidar com a liberdade.

A reconstrução da família deve ser feita sem preocupação com erros do passado, mas com foco no futuro, sem idealização do padrão tradicional, porque os tempos são outros. Devem ser reconstruídos os fundamentos espirituais da família. O palestrante chamou atenção: cada um faz o que quer, mas terá que arcar com as consequências. Maiores liberdades implicam maiores responsabilidades. O aspecto ne gativo do Viagra e da homossexualidade é a promiscuidade; da gravidez indesejada é o aborto.

Na segunda palestra do dia, o apresentador Júlio Nas cimento chamou a atenção para as experiências passadas que trazemos, he rança de outras existências

DR. FLÁVIO LÚCIO DE A. MARTINS

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parte do grupo em que estão inseridas. A partir desse momento, conseguem desenvolver uma relação de solidariedade, que as levará ao entendimento de que fazemos parte de um Todo.

A falta de solidariedade afeta os relacionamentos, destrói a simpatia, afasta toda possibilidade de boa aproximação, gerando solidão.

A solidariedade é resultado de uma superior compreensão da vida, que aproxima os seres. Neste sentido, quanto mais a pessoa aperfeiçoa o entendimento sobre si mesma, melhor compreende o fato de que solidarizar-se com as dificuldades alheias é instrumentalizar ações que, de forma direta e indireta, beneficiam os semelhantes. É comum a coexistência de pessoas indiferentes à dor alheia, posto que a desatenção em que vivem revela a falta de entendimento sobre a realidade da vida. A pessoa esclarecida, porém, sente as correntes mentais e se solidariza com os afins.

A capacidade de enxergar no semelhante os anseios que, em algum momento, lhes poderiam ser comuns, é característica reveladora da solidariedade do ser humano.

A benevolência é um sentimento superior que releva o seu entendimento acer ca das fraquezas humanas, tornando-o verda deiro, leal, honesto e equilibrado. Desta forma, deve haver primazia na prática do bem em favor do próximo.

A argumentação ponde rada e o respeito ao ponto de vista alheio firmam condições de equilíbrio. Daí resulta o crescimento de vibrações afins que se solidarizam e propiciam o despontar das qua lida des; daí as pessoas deverem evitar desentendimentos.

Os médiuns devem procurar obter esclarecimento da vida espiritual e, mesmo que não possam desenvolver suas faculdades nas correntes fluídicas organizadas nas casas racionalistas cristãs, dispõem dessa utilíssima modalidade sensitiva capaz de trans mitir orientações previdentes que evitam a prática de atos prejudiciais.

O exercício diário da lim peza psíquica contribui para que as pessoas conservem a mente limpa e impeçam a aproximação de pensamentos perturbadores.

Dra. GABRIELA D’ALMEIDA

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que despertam na primeira infância, época das escolhas, como a esco lha dos pensamentos, o padrão de racio cínio. Chega a consolidação das escolhas: como vamos viver e como vamos deixar a matéria densa ao longo da vida. Disse Júlio Nascimento que a viagem terrena tem estações programadas, que podem ser reprogramadas durante o trajeto, quando nossas escolhas levam a outros caminhos.

O palestrante destacou que devemos estar prontos para fazer mudanças, e isso resulta da cons ciência que cada um tem de si mesmo. É preciso saber reco nhecer os padrões assumidos e as estações recorrentes, cons cientes de que as associações alteram as estações. Afirmou que a pessoa tem que se aceitar e gostar de si mesma.

Indagou: Como você se vê?

Como vê sua existência? Como vê os companheiros de jornada? E advertiu: Somos diferentes porque pensamos diferente, mas somos iguais e não aprendemos a ser iguais.

Disse ainda Júlio Nas cimento que qualquer escassez de recursos nos traz a sensação de medo. Então, os sentimentos que irritam devem ser substituídos por outros mais úteis. E explicou que se uma pessoa sente que outra lhe faz algo negativo emocionalmente é porque tem em seu interior sentimento semelhante. Há pensamentos, decisões, crenças, metáforas e associações que limitam. Numa reprogramação de si mesma a pessoa deve buscar novos modos de sentir, novo modo de raciocinar, novos pensamentos, novas pala vras, novas metáforas e melhorar o discurso; deve utilizar as palavras certas, ter novos projetos e esperança, novos hábitos, e fazer novas associações, com novas pessoas.

Disse o presidente da Dou trina: A falta de soli darie dade, gerando indife rença e maledicência, ofe rece campo aberto para atuação de espíritos perturbados, por onde se constata ser ela um mal a ser combatido.

A indife rença é um mal de desagradáveis consequências.

Os equivocados conceitos de concorrência e antagonismo devem ser substituídos pela ideia de integração.

A integração acontece quando as pessoas se sentem

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A RAZÃO

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Reportagem

RC reúne 160 jovens na Ilha de São Nicolau (Cabo Verde)

Filial Arcoverde festeja 81 anos de fundação e 52 da abertura da sede

Filial Ilha de São Nicolau (Cabo Verde) do Racionalismo Cristão, em parceria com os Correspondentes da mesma ilha, reuniu, de 10 a 12 de outubro, o 1º Encontro de Jovens do Racionalismo Cristão, 160 jovens que partilharam experiências e desfrutaram da maravilhosa paisagem da Ilha de São Nicolau.

A filial valeu-se da experiência da Filial Sorocaba (SP), que já vai na sua quarta edição de encontros semelhantes. Daí a presença de uma comitiva do Brasil chefiada pelo presidente dessa filial, José Nanni Neto. O Encontro, promovido com apoio da Casa-Chefe da Doutrina, desenvolveu-se sob o lema “Jovem, invista em você, conhecendo a espiritualidade”.

Cá pelas terras de “sodade”, o encontro não fugiu muito às regras da sua congênere nas terras de VeraCruz e o programa de atividades englobou uma reunião pública presidida por José Nanni Ne to, a inauguração da Sala de Crianças, em homenagem ao presidente Cessante José Fran cisco Martins. Palestras, com transmissão na rádio local do município da Ribeira Brava, iniciaram a primeira parte do segundo dia de atividades.

Motivação, Intercâmbio, Liberdade de Consciência e Jovens e os seus Desafios na Sociedade Atual foram os temas abordados por palestran-

A Filial Arcoverde (Pernambuco), do Racionalismo Cristão, comemorou com reunião cívico-espiritualista o 81º aniversário de fundação e o 52º da sede, inaugurada em 2 de setembro de 1962, em cerimônia prestigiada pelo povo e pelas maiores autoridades da cidade.

O presidente da Filial Recife, Ivo Francisco de Oliveira, citou como atores da empreitada a ação benemérita de Deoclécio Nepomuceno da Silva, dos diretores e militantes, todos associados ao então presidente José Bezer ra de Carvalho.

“Em passado mais recente tivemos o prazer de conhecer o trabalho de Manoel Inácio Rodrigues Sobrinho, como presidente, e do diretor Sebastião Pininga de Moraes.

Todos foram e são importantes nesta caminhada, uns mais ativos e outros até discretos, mas eficientes e necessários na fortificação deste baluarte de elevada expressão espiritual”, afirmou.

A presidente da Filial aniversariante, Elza Nunes de Araújo, destacou que as casas racionalistas cristãs implantadas em muitos países formam uma rede de escolas espiritualistas que continua a se expandir. Explicou que o Racionalismo Cristão não é uma religião, mas o prosseguimento da doutrina de Jesus, a levar a verdade por toda parte, orientando, espiritualizando o ser humano,

A

Os participantes do Encontro de Jovens reuniram-se para o registro do evento

tes de formação superior em várias áreas e também por colaboradores do Racionalismo Cristão de filiais do Brasil e de Cabo verde.

Provenientes da cidade da Ribeira Brava, de Juncalinho, do Tarrafal, da Praia Branca e da Ribeira Prata, os 160 participantes, aos quais se juntaram algumas entidades do conselho da Ribeira Brava, fizeram das palestras um momento de aprendizagem de forma descontraída mas também de testemunhos comoventes que prenderam a atenção dos presentes, que mantiveram silêncio.

Um almoço de confrater-

nização seguiu-se ao círculo de palestras e o dia terminou com atividades recreativas na Praça Cônego Bouças, no centro da cidade da Ribeira Brava. À noite foi hora de dar uns passinhos de dança num baile na zona costeira de Estância Brás.

O último dia de atividades teve o seu ponto alto no Parque Natural do Monte Gordo, que, pela sua riqueza de fauna e flora, muitos de elevada importância científica, aliada à beleza imponente da paisagem, fazem dele uma das Sete Maravilhas de Cabo Verde.

Nesse local deu-se o encerramento do 1º Encontro de

Jovens do Racionalismo Cristão com mensagens de despedidas, e cada jovem teve direito a uma medalha para, na posteridade, recordar esse evento que não vai ficar na primeira edição, conforme garantiu a organização.

Ainda citando os promotores do encontro, palavras de agradecimentos foram dirigidas às instituições que apoiaram o projeto, nomeadamente a Câmara Municipal da Ribeira Brava, o Centro da Juventude da Ribeira Brava e a Delegação do Ministério do Desenvolvimento Rural.

Reportagem de Dóris Pires

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uma vez que o mundo é dos fortes de espírito. É uma doutrina diferente, porque procura esclarecer as criaturas, e esse esclarecimento consiste na fortificação de espírito de cada uma, no preparo para a vida comum cheia de surpresas, desgostos, contrariedades e sofrimentos, preparo que se faz necessário, pois sem ele muitos fracassam.

O princípio fundamental da vida no Universo é a evolução. A Doutrina explica o que somos e o que fazemos neste planeta-escola que é a Terra. A Lei das Reencarnações é uma realidade. Se essa lei não existisse, não seria possível compreendermos a diferença de capacidade, de compreensão, de fatos importantes da vida entre um ser humano e outro. Quando nos decidimos matricular-nos na escola terrena através de mais uma encarnação, foi para aprender e não para sofrer. A maioria dos sofrimentos é por falta de esclarecimento espiritual, de não se conhecer como Princípio Inteligente e Matéria.

Por isso, meus amigos, é uma grande felicidade comemorar mais um aniversário desta casa. Oitenta e um anos de trabalhos profícuos, de trabalhos em prol da humanidade. E a Plêiade do Astral Superior trabalha incansavelmente pela paz, pelo avanço espiritual dos seres, cada vez mais dando novas condições a este planeta.

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A RAZÃO

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Reportagem

Filial comemora 79 anos da fundação do RC em São Paulo THARSILA PRATES Jornalista, frequentadora da Filial São Paulo (SP)

solenidade comemorativa de 79 anos de fundação do Racionalismo Cristão em São Paulo e de 41 anos de inauguração da nova sede em Santana, realizada em 19 de setembro, foi marcado por uma surpresa: o presidente da Filial São Paulo, Herval Tavares de Campos, tornou-se membro honorário da Doutrina, aos 93 anos de idade.

Com 75 anos de dedicação à Doutrina, Herval disse que ficou surpreso e emocionado com a homenagem, que “foi até imerecida. Estar a serviço da Doutrina é um dever nosso”, afirmou. Feliz, prometeu colocar o prêmio em local de honra em sua casa.

O presidente internacional do Racionalismo Cristão, Gilberto Silva, destacou a simplicidade com que o presidente da Filial recebeu o reconhecimento pelos anos de trabalho na Doutrina. “Para que tudo funcione, é preciso que haja simplicidade e lealdade por parte de figuras como Herval e tantos outros”, disse.

Ao lembrar a história do Racionalismo Cristão em São Paulo, Gilberto Silva leu algumas atas sobre a compra do terreno onde, depois, foi erguida a nova sede. “São documentos que mostram o desprendimento, o esforço, a abnegação, a determinação e a união de propósitos de quem esteve à frente da construção desse monumento à liberdade”, afirmou.

“Foi uma trajetória de muitas lutas, sacrifícios e glórias que continuam em

A Roberto Cid vai do Rio à Filial Lisboa, via skype

Militante participa, no Rio, ao vivo de reunião de grupo de estudos em Lisboa Os grupos de estudos organizados mensalmente nas casas racionalistas cristãs permitem tanto a militantes como a assistentes engrandecer a sua bagagem espiritual, mediante o aprofundar de conhecimentos da Doutrina, não fosse ela vasta, profunda e eclética.

Nessas reuniões há um "tema" a abordar, devidamente preparado e esquematizado, de maneira simples e objetiva com a finalidade de possibilitar a assimilação e interiorização do que se pretende "gra var" como aprendizado.

Esta reunião foi cari nhosamente preparada e apresentada pela militante e secretária da filial Lisboa, Mônica Rusga, que soube, com muita firmeza e preponderância, defender, explicar e aprofundar cada slide do tema proposto, não faltando a reflexão conjunta mediante a participação de assistentes e militantes que permitiram o desdobramento do tema.

Como aprendemos nesta Doutrina que "a união faz a força", nada melhor do que transmitirmos essa verdade através do exemplo, pois é exemplificando que se ensina e, portanto, se passam os ensinamentos. A Filial Lisboa mostrou, uma vez mais, que "querer é poder", "pensar é atrair", e que, mesmo com um oceano a permear dois países e continentes diferentes, se

consegue “unir” e juntar num mesmo evento várias pessoas desses diversos países, já que a as unir estão pensamentos e vontades direcionados para um único querer, que se firma no amor pela Doutrina que todos abraçamos: o de esclarecer a humanidade.

Com o avanço da tecnologia direcionada para o bem-querer, para o bem-fazer, tivemos presente, ao vivo, via skype, no grupo de estudos da Filial Lisboa, no segundo sábado de outubro, na Bi blioteca Maria de Oliveira, da Filial Lisboa, o militante e colaborador da Casa-Chefe Roberto Cid, que, com carinho espiritual e simplicidade, incentivou assistentes e militantes de todas as idades a viverem amplamente e de forma equilibrada e entrosada, a "Família e o Trabalho", duas das dimensões terrenas que mais contribuem para o engrandecimento e eno bre ci mento da vida do espírito neste planeta.

No final, todos felicitaram o "âncora" da web Rádio A Razão de terças-feiras, no programa Racionalismo Cristão, uma filosofia para o nosso tempo, que deu sua participação por cerca de duas horas de convívio franco, sincero e amigável, com perguntas, muito habilmente respondidas.

Reportagem de Maria do Céu Sousa, presidente da Filial Lisboa.

LUAR R E P R E S E N TA Ç Õ E S Persianas verticais e horizontais, novas e refor madas, painéis, toldos, esquadrias de alumínio em geral. Fazemos também aplicações de insulfilm.

Luiz Monteiro

Te l s . : ( 2 1 ) 2 2 5 8 - 8 4 8 3 e ( 2 1 ) 9 1 5 4 - 2 6 1 4

prol do desenvolvimento espiritual dos seres humanos, ainda tão carentes de espi ritualidade”, acrescentou Herval. Ao representar os presidentes e colegas de outras Casas, Silmara Amaral, de Diadema, recordou que conheceu a Filial São Paulo ainda criança e guardou para sempre a sua magnitude.

O presidente em exercício da Filial, Fernando Ferreira da Costa, afirmou que o objetivo de uma casa racionalista cristã é ensinar as pessoas a ser melhores e a construir uma vida disciplinada. “A Filial São Paulo ganha, a cada ano que passa, mais experiência e conhecimento para cumprir essa tarefa”, disse.

Palestras. No dia se guinte à reunião cívico-espiritualista, a Filial São Paulo promoveu um ciclo de pa lestras, com temas como os atributos e qualidades do espírito (pensamento, des prendimento e determiiação),

a importância da família e o preconceito.

Sobre os pensamentos, Fernando Ferreira da Costa explicou que eles antecedem qualquer ação e podem ser direcionados para o positivo ou para o negativo, sendo uma vibração que fortalece ou enfraquece as pessoas, dependendo des se direcionamento.

“Atraímos tudo o que pensamos da mesma natureza”, destacou. Por isso, é neces sário pensar bem.

Duas qualidades importantes para a realização de objetivos – o desprendimento e a determinação – foram abordadas pelo presidente da Filial Marília, Nelson Ferreira da Costa Filho. Ele apresentou exemplos de pessoas que souberam ser des prendidas e determinadas, como a assistente social polaca Irena Sendler e os esportistas brasileiros Ayrton Senna e Mario Andretti.

Citando uma doutrinação de Luiz de Mattos, Nelson

Tarde recreativa A Filial Cachoeiras de Macau (RJ) promoveu, em 25 de outubro, uma tarde recreativa com crianças e jovens, que participaram de jogos e brincadeiras, inte ragindo com a utilização de material reciclável na montagem de diversos tipos de objetos e brinquedos. O resultado foi satisfatório e os adultos se divertiram tanto quanto as crianças. Os mais crescidinhos se empenharam na orientação e ajuda aos menores. Na foto, o grupo que participou da Tarde de Lazer.

Rua Teodoro da Silva, 402 - Gr. 206 - Vila Isabel - Rio - RJ

VALE A PENA OUVIR O QUE É BOM NO RÁDIO CRIAÇÃO E APRESENTAÇÂO DE ZAIR CANÇADO

“PROGRAMA ZAIR CANÇADO”

DISTINGUIDO COM CONDECORAÇÕES DAS FORÇAS ARMADAS E ENTIDADES CIVIS

DOMINGO 8H DA MANHÃ

IMPERDÍVEL!

Herval Tavares de Campos, entre Fernando Ferreira da Costa e Gilberto Silva, exibe o diploma que o torna membro honorário do Racionalismo Cristão

UM VETERANO COMUNICADOR AUDIÊNCIA LÍDER

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RÁDIO BANDEIRANTES – 1360 AM

disse que o Racionalismo Cristão espiritualiza, alivia, dá força, valor, coragem e desprendimento, que é “a coisa mais linda no ser espiritualizado”.

O diretor de Ação Doutrinária, Wilson Carne valli Filho, apontou os três principais papéis da família: ser uma escola (para nela desenvolver a capacidade de tomar decisões, arcar com as consequências, aprender com elas e ser feliz); abrigo (ambiente diáfano que dá força espiritual para enfrentar as dificuldades e reveses da vida); e bússola (referências para decidir momentos críticos). “Seja qual for a constituição do lar, pensando nesse mundo diverso em que vivemos, a família não pode romper com os princípios basilares e seus papéis: escola, abrigo e bússola.”

Ainda segundo Wilson, o que fortalece os seres é a disciplina, a espiritualidade, o diálogo, a liderança e a prioridade que se dá à fa mília. O que enfraquece é o vício, a violência, o foco nas críticas e nas imperfeições, a interferência externa e a falta de comando.

Gilberto Silva lembrou que a atitude preconceituosa é egocêntrica, desfaz de opiniões alheias e recai no fanatismo das ideias fixas. É fruto de tendências pretéritas e/ou desajustes de educação, do desprezo pela prática de ações justas, do desconhecimento do processo evolutivo, da equivocada avaliação dos valores espirituais e da influência de correntes mentais afins.

“Qualquer tipo de preconceito só é combatido com o esclarecimento espiritual”, afirmou.

Bazar da Justa em nova edição A Filial Vicente de Carvalho (RJ) do Racio nalismo Cristão realizará no dia 6 de dezembro de 2014 (sábado), das 14 às 18 horas, a edição de de zembro do Bazar da Justa, com traba lhos artesanais confeccionados pelas militantes e colaboradoras, e doações.

O Bazar será realizado na parte lateral externa da sede da Filial, e a renda será aplicada em serviços de conservação e reparos na sede.

As prendas poderão ser entregues na Filial Vicente de Carvalho aos cuidados da presidente, Vanda Coutinho Pandolpho.

A RAZÃO

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DEZEMBRO / 2014

Artigos

Relação tempo-espaço

ILUSTRAÇÃO ANTONIO ARAÚJO

CARUSO SAMEL Escritor, militante da Filial Bu tantã, São Paulo (SP)

Sofre o espírito com vidas interrompidas LÍLIA RODRIGUES DA S. PAIVA Presidente da Filial Belo Horizonte

á muitos e muitos anos, venho pensando em escrever sobre o assunto espaço-tempo. Trata-se de um tema maravilhoso, de difícil alcance para as mentes medianas e menos instruídas. É preciso penetrar a fundo no verdadeiro conhecimento do Universo para entender o real conceito de tempo.

No Universo, espaço e tempo se confundem naquilo que os cientistas e os ficcionistas denominam a quarta dimensão.

Nesta quarta dimensão, o tempo não tem o mesmo significado físico que damos a este termo na Terra. Assim sendo, na simplicidade desse trabalho, espero provar que o tempo não existe no seu significado mais amplo, confundindo-se espaço e tempo num conceito único – o espaço-tempo, que flui e vibra eternamente.

Porém, para todos os sentidos práticos, o tempo tem estreita implicação com o espaço, tornando necessário o estudo da relação entre espaço e tempo. Isso falando do ponto de vista físico e matemático, pois não conseguimos na Terra conceber o escoamento do tempo sem levarmos em conta a relação entre espaço e velocidade.

São de Isaac Asimov, o grande divulgador da ficção científica, estas palavras: "De modo subjetivo, nosso conceito de espaço está entrelaçado com nosso conceito do tempo. Não podemos compreender qualquer sensação de separação no espaço, sem uma separação no tempo. Um aspecto psicológico peculiar e exasperante da relatividade do tempo, ao qual todos nós estamos presos e que não pode ser encontrado em nenhum tratado de física: à medida que envelhecemos, o tempo passa mais depressa. Isso é definitivo e, no mundo todo, ninguém escapa a essa sensação".

Precisamos considerar que, na verdade, nada há de surpreendente nisso: medirmos o tempo com nossa mente e nossa percepção decorrente de nossa vivência terrena (tempo fisiológico), não em termos absolutos, mas em conexão com as experiências pelas quais passamos como seres humanos que somos. Assim, para uma criança de dez anos, um ano representa 10% de sua vida inteira até aquele momento; porém, para um homem de 50 anos, representa apenas 2% de sua vida inteira, também até aquele momento. Assim, à medida que envelhecemos, um ano representa cada vez menos do tempo vivido, levando-nos a crer que a vida física está extinguindo-se muito rapidamente ou o tempo estaria passando

H

mais rapidamente.

A consciência que temos do tempo passado é, principalmente, uma recordação de acontecimentos e eventos. Num período em que não acontece muita coisa, não há muito do que se lembrar e o tempo corre de modo contínuo. Para um menino de dez anos, quase tudo é novo; cada dia que passa é cheio de acontecimentos excitantes que são como marcos na sua memória, intensificando a sensação de que um "tempo enorme" se passou. Para um homem de 50 anos, as novidades são menores e em menor número; em consequência, o tempo escapa sem encontrar obstáculos e passa despercebido para nossa mente.

Como remediar esse paradoxo? Bem, você não pode regredir fisicamente ao passado nem se tornar mais jovem, mas pode forçar a si próprio a ter maior número de interesses, aprender a valorizar cada momento da sua vida, ir atrás da experiência e da novidade que estão ao seu alcance ou que você pode de fato fazer na terceira idade. Você não viverá mais tempo, mas o tempo lhe parecerá mais longo, o que não é a mesma coisa, mas é igual.

A questão do tempo universal tem preocupado grandes cientistas em todo o mundo e em todos os tempos, mas o seu verdadeiro significado ainda não foi desvendado por inteiro, visto que a explicação sobre o tempo está condicionada a um único vetor que tem uma única direção: o tempo "caminha" sempre para a frente, nunca retrocedendo. Por isso mesmo, é muito difícil pensar em tempo como uma variável que possa desdobrar-se no passado. Ao contrário, seu desdobramento se dá no presente, isto é, começa e termina no "aqui e agora".

O futuro é apenas pura abstração mental ou transcendental, uma conjectura, portan-

to, sem nenhum significado prático, a não ser para marcar prazos e eventos planejados, com antecedência pelas criaturas, mas que não aconteceram ainda.

Verificando-se que o tempo, no seu sentido prático, tem sempre um conceito relativo e nunca absoluto, os fundamentos para o seu uso estão diretamente relacionados com uma base de definição arbitrária, convencionada.

Sob o ponto de vista humano, estaremos sempre falando de um tempo relativo, que deriva do tempo de cada planeta.

A duração de um dia é, geralmente, relacionada à rotação de um determinado planeta em torno de seu próprio eixo, e a duração do ano é dada pela translação pela estrela em torno da qual o planeta gravita.

No caso da Terra, foi convencionada a duração de 24 horas para o dia (movimento de rotação) e 365 dias por ano (movimento de translação).

Assim, um dia, em números redondos, tem 1440 minutos ou 86.400 segundos. Por sua vez, cada hora foi dividida em 60 minutos e cada minuto em 60 segundos totalizando 3.600 segundos em cada hora. Trata-se, portanto, de um tempo físico que também tem uma única direção, sempre para frente, porque não é possível reverter o sentido de rotação da Terra e, ainda que isso fosse possível, o dia, segundo a convenção feita, teria ainda 24 horas. E como não poderia dar um sentido negativo ao tempo, este tempo também estaria passando para a frente, nunca para trás. É, portanto, muito curioso este paradoxo unidirecional.

Então, se pudesse haver viagens interplanetárias, segundo

os padrões humanos, estaríamos diante de um caos temporal, já que cada planeta tem a sua rotação como um parâmetro fixo, que lhe é próprio em virtude de leis naturais e imutáveis e, portanto, com tempo de rotação invariável em torno de si mesmo e de translação invariável em torno da estrela a qual pertence. Verifica-se, então, que sob o ponto de vista estritamente humano, em relação ao tempo, estaremos sempre falando de um tempo relativo, que deriva do tempo próprio de cada planeta. Tudo isso visto sob o prisma ou sob o ponto de vista da física mecânica, isto é, da física clássica. Assim, tudo o que poderíamos ter é um relacionamento matemático ou simplesmente aritmético entre os diversos tempos, cada um deles referencial de cada planeta, mas, ainda assim, sem poder ser chamado de absoluto.

Vamos imaginar-nos, agora, numa posição privilegiada no Universo, isto é, em algum lugar do Universo onde não haja movimento de rotação nem de translação, isto é, estaremos imaginando um ponto ideal no Universo, onde tudo seria absoluto. Desta forma, nesse lugar, tempo e espaço se confundem em uma única dimensão.

Portanto, não tem sentido falar, pensar sequer sobre conceitos como passado, presente e futuro, já que tudo é absoluto. Teríamos, assim, o conceito do "contínuo acontecer e do eterno ser", da própria eternidade, em que todos os eventos estão sempre onipresentes, isto é, em condições de propiciar o conhecimento de tudo o que for contrário à simples aparência das coisas, isto é, de tudo que existe, bastando simplesmente querer saber. Assim eu “enxergo” a eternidade, um “lugar ideal” e absoluto onde tudo parece estar parado, mas de fato, flui e vibra todo o tempo, eternamente.

DVD do II Curso Anual – Conceitos racionalistas cristãos A Casa-chefe do Racionalismo Cristão está distribuindo o DVD com as nove palestras do 2º Curso Anual realizado na Filial Santos (SP), em 28 de junho de 2014. incluindo as perguntas e respostas do público, slides e vídeos.

A trajetória evolutiva de um espírito requer o desenvolver constante dos seus atributos, o trabalho vigilante incansável sobre os seus próprios sentimentos, principalmente trabalhando os positivos e combatendo os negativos.

Um espírito, quando recebe a oportunidade de encanar no mundo físico, projeta no mundo astral ao qual pertence inúmeras metas, grandes ideais, e aposta praticamente tudo que na próxima vida, ao escolher seus genitores, estes irão certamente encaminhá-los através das veredas da evolução humana. E, de posse dessa confiança, acompanha o amol dar de seu tenro corpo dentro do útero materno até o momento exato de vir à luz.

Ao nascer no lar que escolheu, ele apenas quer sentir que estará seguro na condução de sua vida, tendo o apoio dos pais. À medida que vai crescendo, vai também desenvolvendo cada ciclo e etapa de sua vida, vai conhecer e participar da escola, um novo meio, um mundo novo a desbravar.

Por isso, torna-se mais veemente a necessidade de ter total responsabilidade na formação e condução dos filhos, pois neles estão espíritos milenares ávidos por mais e mais co nhecimentos que possam alargar seus horizontes e, consequentemente, permitir-lhes caminhar certos e convictos na rota evolucional.

Infelizmente, deparamos com casos e mais casos desagradáveis, apenas os que chegam à mídia são levados ao conhecimento do mundo.

Existem, porém, outros milhares de que a sociedade não chega a tomar ciência.

Como é chocante o que temos observado, crimes contra a vida da criança, e, pior, causados ora pela própria mãe, ora pelo pai, e mais triste quando pai ou mãe se unem a outros relacionamentos e, juntos, des troem a vida de uma criança, de um espírito que teve a sua vida física interrompida pela falta de res peito à vida.

O espírito que passa por uma experiência triste como essa fica terrivelmente abalado, pois se vê traído por aqueles que ele escolheu para segurar a sua mão e, ao invés desse ato, ocorre ceifarem-lhe a vida. E isso, para ele, no momento em que vai vendo sua vida física esvairse, é sofrimento porque, desencarnado, não entende o motivo daquele ato cometido

contra ele por pessoas a quem ele amou profundamente e em quem apostou tudo para ter uma vida compensada no caminho da evolução, e essa vida foi terri velmente interrompida.

São vários as ocorrências dessa ordem, e existem também casos de crianças que são traficadas e mortas, para que seus órgãos sejam co mercializados no mercado negro. Outros são casos de meninas vendidas para se rem prostituídas. A maioria não sobrevive e acaba por desencarnar também.

A humanidade caminha em meio a estes tipos de crimes e a maioria fica impune nas leis terrenas. Certamente pela Lei do Retorno, porém, essas maldades serão cobradas e seus responsáveis terão que arcar com as consequências de seus atos.

Tudo isso acontece porque falta espiritualidade.

Sem ela o espírito vaga solto pelo mundo físico, preso a falsas crenças de absolvição, mas não há perdões nem absolvições nas leis espirituais emanadas da Força Criadora.

Quando vê sua vida física esvair-se, o espírito sofre porque, desencarnado, não entende o motivo do ato cometido contra ele.

O Racionalismo Cristão vem trabalhando há 104 anos pelo esclarecimento do ser humano, para que haja mais amor pelo semelhante, mais justiça e igualdade entre os seres humanos, mais compreensão da realidade da vida, mesmo que este trabalho seja visto como um ca minhar lento. É preciso compreender que ele não é lento, mas meticuloso, certo, sem dogmas nem sofismas.

Não é um trabalho resultante de escolaridade material, mas espiritual. Por isso o trabalho do Racionalismo Cristão na Terra se firmou, e para a posteridade estará ainda mais sedimentado, cada vez mais empunhado por pessoas de grande valor e sentimento de abnegação e dedicação, trabalhando para levar essa Doutrina sem mácula, com os mais elevados e puros conceitos da espiritualidade, até aos confins da Terra, para que haja evo lução espiritual no planeta.

E, quando depararmos com casos de vidas interrompidas, irradiemos por esses espíritos, para que possam alcançar seu repo sitório de luz e, com mais clareza, traçar ou não novas existências, as quais possam realmente oferecer condições para a continuidade da sua trajetória evolutiva.

A D V O C A C I A Dr. José Barbosa Silva - OAB/SP 150625 ESPECIALIDADE: Contencioso Cível. Família e Sucessões, Inventário e Partilha . Direito Bancário. Cobranças e Indenizações

Pedidos: casachefe@racionalismocristao.org Telefone – (21) 2117-2102 Carta – Casa-Chefe (Rua Jorge Rudge, 119, Vila Isabel, Rio de Janeiro, RJ – CEP 20.550-220

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A RAZÃO

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Artigo

Jesus e o dia de Natal GILNEI CASTRO MÜLLER Presidente da Filial Santa Maria (RS)

ara que se possa entender a história e o significado do Natal, temse que buscar a origem da palavra natal. Nas línguas latinas o vocábulo natal quer dizer natividade, ou seja, referente ao nascimento de Jesus.

Em inglês, o termo utilizado é Christmas, literalmente Missa de Cristo. Na língua alemã, é Weihnachten, cujo significado é noite bendita.

No ano 245 d.C., o teólogo Orígenes repudiava a ideia de se festejar o nascimento de Jesus "como se fosse um faraó". O dia de Natal é a segunda mais importante data religiosa no mundo ocidental, depois da Semana Santa, que representa a morte e ressurreição de Jesus Cristo.

O 25 de dezembro é uma comemoração de fundo religioso, que foi convencionada pela Igreja Católica Apos tólica Romana a partir do ano 354 da conhecida era cristã pelo bispo romano Libério. Essa data foi instituída arbitrariamente para comemorar o nascimento de Jesus Cristo e, por isso, associada a uma festa pagã já existente e comemorada nesse mesmo dia em honra ao deus Saturno.

A Igreja de Roma entendeu que devia cristianizar a Saturnália, festa carnavalesca que já era celebrada por vários povos por ocasião do solstício de inverno, o que contribuiria com a expansão

P

do cristianismo. No Oriente, a Igreja Ortodoxa adotou o dia 7 de janeiro para comemorar o Natal.

A origem da árvore de Natal vem da antiga Babi lônia, através de Ninrode, bisneto de Noé. Já era costume dos druidas, que consideravam o carvalho sagrado; os egípcios consideravam sa gradas as pal meiras, e os romanos, o abeto, conífera da família do pi nheiro, que era decorado com cerejas negras por ocasião da Saturnália.

O 25 de dezembro é uma comemoração de fundo religioso, criada pela Igreja Católica a partir do ano 354.

Segundo algumas fontes, no mundo ocidental, essa tra dição começou em 1530, na Alemanha, com Martinho Lu tero. Veio para o Brasil trazida por imigrantes alemães que professavam a crença evangélica de confissão luterana. Hoje, a árvore natalina se popularizou e é encontrada nos mais diversos tamanhos, em ambientes simples e luxuosos. Nos ambientes mais luxuosos é ornamentada com objetos decorativos ou que representam os presentes e recebem iluminação especial colorida e cintilante para despertar a atenção do público.

A guirlanda, também conhecida por coroa de Natal, pode ser entendida como enfeite, oferenda, oferta para funerais, celebração memorial

aos deuses, celebração das vítimas que eram sacrificadas aos deuses pagãos, celebração nos esportes e celebração em memória à vitalidade do mundo vegetal. Ela significa um adorno de chamamento, e consequentemente é porta de entrada de deuses. Razão pela qual, geralmente, é colocada nas portas de entrada, como sinal de boas vindas.

A maior parte dos deuses pagãos do Egito aparece sempre com uma guirlanda na cabeça.

O Papai Noel tem ori gem com São Nicolau, que nasceu no século III, em Patras, na Grécia. Em meados do século XIII, a co memoração de São Nicolau passou de setembro para o dia 6 de dezembro e sua figura foi relacionada com as crianças, a quem deixava presentes vestido de bispo e montado em um burro. Na época da Contra-Reforma, a Igreja Católica propôs que São Nicolau passasse a entregar os presentes no dia 25 de dezembro nas celebrações do Dia de Natal.

Durante o século XVII os holandeses levaram para os Estados Unidos a tradição de presentear as crianças usando a lenda de São Nicolau.

Assim, nos Estados Unidos o Papai Noel veio do mito de Santa Claus. Ao longo do século XIX, Santa Claus foi re presentado de muitas ma neiras. Pouco a pouco ele co meça a ficar mais alto e barrigudo, a ganhar barba e bi godes bran-

cos e a aparecer no Pólo Norte. O símbolo de Santa Claus, em seguida, passou a ser utilizado largamente pela propaganda comercial.

Em 1931, a Coca-Cola encomendou a um artista a remodelação do Santa Claus para torná-lo ainda mais próximo. Esse artista se inspirou em um vendedor aposentado e, assim, nasceu de uma propaganda da CocaCola o mo derno Santa Claus. No Brasil, o velhinho distribuidor de presentes é conhecido como Papai Noel, e em Portugal ele é conhecido como Pai Natal.

O Natal tornou-se uma das maiores formas de exploração comercial no mundo ocidental.

A história mitológica do menino Jesus colocado em uma manjedoura, origem do presépio, junto a seus pais, em ambiente extremamente humilde reservado para o abrigo de animais, de acordo com a tradição católica surgiu no século XIII, quando São Fran cisco de Assis quis celebrar o Natal mais realista possível.

Observando todas essas lendas, mitos e costumes até aqui descritos, acima de tudo deve-se respeitar o livrearbítrio de cada um. Desta forma, as pessoas religiosas das mais diversas denominações cristãs, católicas, evangélicas ou espíritas, têm todo o direito de comemorar

essa data como acharem mais conveniente ou até de nem a comemorar. Nos lares das famílias racio nalistas cristãs realmente esclarecidas e que já se conhecem como força espiritual, porém, é de bom alvitre que se desfaçam dessas crendices mitológicas baseadas em len das e procurem adotar e ensinar a suas crianças, desde quando começam a querer saber das coisas que as cercam, a verdade sobre a vida de Jesus, iniciando pelo esclarecimento sobre a data de seu nascimento, para que mais tarde elas possam compreender de uma forma racional o significado das festas natalinas e, através de estudos e pes quisas, chegar a suas pró prias conclusões, vindo a adotar o que ditarem suas consciências.

Sob o ponto de vista econômico, no mundo ocidental regido pelo consumismo capitalista, o Natal tornou-se uma das maiores formas de exploração comercial, sempre o poder econômico fala mais alto, o lucro se expande com a exploração da boa fé das pessoas que ainda vivem atreladas aos costumes tradicionais e que não admitem um questionamento lógico e racional.

Jesus, o aniversariante que deveria ser lembrado no dia de Natal, foi completamente esquecido e substituído pelo consumismo materialista, predominando as festas extravagantes.

Salienta-se que a troca de presentes, por ocasião do

Natal ou em qualquer outra data adotada, entre as pessoas que alimentam laços sinceros de amizade e amor verdadeiro é sempre salutar, e é oportuno que se pratique, porém não precisa ser somente no dia 25 de dezembro ou nos últimos dias do ano.

O convívio fraterno inspirado no dia de Natal deveria prolongar-se por todo o ano.

Poderia muito bem ser institucionalizado o Dia da Confraternização Universal das Famílias, convencionado no primeiro dia de cada ano, em que se reuniriam as famílias e pessoas amigas e aproveitariam esse encontro familiar para a troca de presentes, e se abraçariam desejando felicidades e um bom ano para todos os participantes.

Certamente, esse convívio fraterno deverá prolongar-se durante todos os dias de cada novo ano que começa em cada dia primeiro de janeiro, e não somente nos dias festivos dos finais de ano, como vem acontecendo nos tempos atuais até o ano de 2014 da convencionada era cristã, em que, passado o começo do ano, são esquecidos os princípios de convívio fraterno esteados em uma convivência cristã em que seja respeitado o semelhante e mantida a máxima de não desejar para os outros aquilo que não queremos para nós.

C O N V I T E O 46º aniversário da sede da Filial Pelotas (RS), na Rua Almirante Barroso, 2551, e 1º aniversário do Correspondente Capão do Leão (RS), na Rua Rui Barbosa, 318, serão comemorados com programação que se estenderá de 6 a 8 de dezembro de 2014.

6/12/14 - Treinamento de doutrinadores, com início às 8h - Almoço de congraçamento, às 12h, no salão Brasil, na Avenida 3 de Maio, 3658, Capão do Leão, bairro Jardim América.

- Antes do almoço, apresentação de peça teatral do grupo de crianças e jovens da Filial Pelotas e música ao vivo, apresentada por artista de Pelotas.

8/12/14 - Festa cívico-espiritualista na Filial Pelotas, às 20h. A coordenação será do representante regional, Vilson Vieira.

As diretorias das duas Casas convidam amigos da Doutrina para os eventos e solicitam confirmação pelo telefone 53-8403.9292, ou pelo email: clairmai che@yahoo.com.br.

Como cheguei à verdade 9ª edição A autora, Maria de Oliveira, viveu mais para o próximo do que para si mesma. Auto biográfico, o texto descreve episódios que despertam profunda admiração por essa extraordinária mulher, médium vidente e auditiva, com a rara faculdade de prever acontecimentos.

O livro está disponível ao preço de R$ 18,00. Os pedidos devem ser encaminhados para os e-mails casache fe@centror.org ou casachefe@racionalismocristao.org.

Podem ser feitos também pelo telefone (21) 2117-2102, ou ainda por carta à Casa-Chefe (Rua Jorge Rudge, 119, Vila Isabel, Rio de Janeiro, RJ – CEP 20.550-220

www.racionalismocris tao.net Acesse o novo site do Racionalismo Cristão e receba importantes informações sobre eventos e canais de divulgação.

A RAZÃO

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Artigos

NOSSA RAZÃO DE SER

OBITUÁRIO

O problema das favelas Publicado em 15 de janeiro de 1962 OSCAR P. DE MENEZES

favela é campo vasto de miséria e crime.

Quem um dia teve a desventura de subir esses morros, ver de perto, ali, as condições como vivem inú meras criaturas nossas irmãs, sente a alma dilacerada diante do espetáculo de infelicidade: miséria física e moral.

Criaturas em completa promiscuidade, vivendo pior que animais, sem qualquer espécie de conforto, na mais absoluta falta de higiene.

Imperam nesses lugares o vício e a malandrice.

O senso moral perdeu ali a sua significação. Está completamente obliterado.

Deixar ao abandono crianças, sujas, maltrapilhas, desnutridas, não cuidar da reabilitação do homem atingido pela desgraça, é o co metimento de ato contra o

A

gênero humano e, por que não dizer, contra a própria pátria.

Todos falam e até lamentam esse estado de coisas, muitos dos quais têm res ponsabilidade na formação desses antros de crime e imundície. É o completo aviltamento da pessoa humana, através do depauperamento físico, corroído pelas doenças e avitaminoses, em pleno coração da cidade que é o maior centro de expansão cultural e científica do país. Ninguém se envergonha disso. O homem da era da pedra lascada, se revivesse agora, sentiria arrepios, tal é a situação de inferioridade em que vivem milhares de seres.

Alimentar desgraça dessa ordem, que tem reflexo na sociedade inteira, ou fechar os olhos para não as ver, é francamente desumano e prima pela insensibilidade à

dor e degradação moral dos nossos semelhantes.

A vida desocupada, de prazeres, de um lado, incentiva a prática de atos indignos e criminosos aos indivíduos sem qualquer formação, sem qualquer amparo que possa promover a sua melhoria. O mal, portanto, não é exclusivamente do favelado, mas, sem dúvida, daqueles que deveriam zelar pelo bem público.

Minorar as condições de vida desses infelizes, que, muita vez, não têm um pedaço de pão para mitigar a fome, é problema a que ninguém se deve furtar.

A sociedade humana é uma engrenagem que requer lubrificação e ajustamentos constantes. Uma só peça desajustada da engrenagem causa sérios prejuízos ao conjunto, diminuindo a produção e o ren dimento. O homem é fator

de progresso, na sociedade, não deve ser posto à margem como peça inútil, ao contrário, deve manterse e garantir a sua estabilidade física e moral.

Num país como este, cuja terra possui admirável fertilidade, não pode haver lugar para miseráveis, mendigos e criminosos ou outras coisas que desfigurem a alma, tornando-a incapaz de cumprir a sua própria finalidade.

A miséria que atormenta criaturas é uma chaga que tem cura, desde que haja valor, senso de responsabilidade e justiça, e todos enveredem pelo caminho do trabalho e da economia, pondo de lado os esbanjamentos e gastos supérfluos.

Urge, pois, criar uma nova mentalidade, pôr termo aos vícios, amparar aqueles que vivem à margem da vida para que se tornem cidadãos úteis e bons.

Falece militante de 96 anos de idade Faleceu em agosto de 2014, aos 96 anos de vida física, Julialba Ricordi Caldeira.

Nasceu em Jaguarão (RS), em 1º de dezembro de 1917, e aliou-se às fileiras do Racionalismo Cristão em Porto Alegre, em 1978, ao lado do esposo, Conrado Caldeira, então oficial da Brigada Militar.

Dessa união vieram os filhos Daltro e Berenice.

Dona Júlia, assim chamada pelos colegas militantes, era muito simpática e enérgica. Prestou serviços no salão da Filial Porto Alegre e mais tarde fixou-se como esteio.

Devido a algumas impossibilidades físicas estava afas-

Julialba Ricordi Caldeira

tada da militância já há alguns anos, mas sempre que visitava a filial fazia-se uma fila para cumprimentá-la.

Eventos Comemorações e solenidades em casas racionalistas cristãs em dezembro de 2014 Dia 2

Dia 11

Correspondente Manaus – 290 aniversário da fundação e da nova sede Sede – Rua Costa e Silva, 171, bairro Ipase, São Jorge, Compensa Manaus, Amazonas, Brasil Presidente – Eldo Meireles Frota Nogueira

Dia 13

Filial Rio Claro – 13 0 aniversário da nova sede Sede – Rua 3, nº 617 (Esquina da Avenida 11) Rio Claro, São Paulo, Brasil Presidente – Dimas Damm

Dia 5 Correspondente Barão de Monte Alto – 200 aniversário da nova sede Sede – Rua Moreira Duarte, s/n, bairro Distrito Barão de Monte Alto, Minas Gerais, Brasil Presidente – Elza Andrade de Paula Correspondente Kissimmee – 80 aniversário da fundação Sede – Emerson Dr., NE, 839 Kissimmee, Flórida, EUA Presidente – Pedro Rodrigues

Filial Montes Claros – 11 0 aniversário da nova sede Sede – Rua Tiburtina, 1.246, Centro Montes Claros, Minas Gerais, Brasil Presidente – Valdomiro Ferreira do Rosário

Filial Ribeira Grande – 90 aniversário da fundação Sede – Tanque, Ribeira Grande Santo Antão, Cabo Verde Presidente – Osvaldo Pedro Maurício

Dia 14

Filial Rio Grande – 45 0 aniversário da ascensão a Fílial e da nova sede Sede – Rua Conselheiro Teixeira Júnior, 356, Cidade Nova Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil Presidente – Adão Costa

Dia 16

Dia 6

Filial Pawtucket – 80 aniversário da ascensão a Filial Sede – 391, West Avenue, Pawtucket, EUA Presidente – Daniel Lopes

Correspondente João Galego – 30 0 aniversário da nova sede Sede – Boa Vista, João Galego, Cabo Verde Presidente – Valeriano Ascensão Monteiro

Dia 17

Filial Paris – 26 0 aniversário da nova sede Sede – Rue L’Aqueduc, 42, Paris, França Presidente – Jenny Brown

Filial Providence – 160 aniversário da ascensão a Filial Sede – Waterman Ave., East Providence, 410, Rhode Island, EUA Presidente – Emmanuel Almada Santiago

Dia 20 Dia 8

0

Filial Niterói – 82 aniversário da ascensão a Filial Sede – Rua Visconde de Sepetiba, 468, Centro Niterói, Rio de Janeiro, Brasil Presidente – Amilcar Muniz Guedes

Dia 25

Filial Pelotas – 460 aniversário da nova sede Sede – Rua Almirante Barroso, 2551 Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil Presidente – Clair Gonçalves Maiche

Filial Lins – 750 aniversário da fundação Sede – Rua Oswaldo Cruz, 601, Centro Lins, São Paulo, Brasil Presidente – José Carlos Pires

Filial Itaperuna – 650 aniversário da nova sede Sede – Rua Osvaldo Cruz, 64 Itaperuna, Rio de Janeiro, Brasil Presidente – Airton José do Carmo

Dia 30

Dia 9

Correspondente Aracaju – 30 0 aniversário da fundação Sede – Avenida Gentil Tavares, 1.160, Jardim Aperipe Aracaju, Sergipe, Brasil Presidente – Aribaldo Pereira da Silva

Filial Ilha de São Nicolau – 230 aniversário da ascensão a Filial e da nova sede Sede – Vila Ribeira Brava, Ilha de São Nicolau, Cabo Verde, Presidente – Herculano José Martins Cruz 0

Filial Ilha do Sal – 23 aniversário da ascensão a Filial Sede – Rua 8 de Março, Espargos Ilha do Sal, Cabo Verde Presidente – Vicente Ramos do Livramento Presidente em exercício: Júlio Ricardo Lopes

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Correspondente Maceió – 290 aniversário da fundação Sede – Avenida Otoniel Pimentel Santos, 18, Barro Duro, Feitosa Maceió, Alagoas, Brasil Presidente – Roque de Jesus

Dia 31 Correspondente Ribeira Prata – 23 0 aniversário da fundação; nova sede em 23/12/2002 Sede – Lombo de Barreira, Ribeira Prata Ilha de São Nicolau, Cabo Verde Presidente – Olímpia Filipa Silva de Jesus

Miriam Maciel Mesquita

Maria de Lourdes Oliveira

Filial Belém perde duas dedicadas colaboradoras A Filial Belém (PA) do Racionalismo Cristão se ressente com a perda de duas notáveis militantes, amigas e dedicadas companheiras que em vida física se chamaram Miriam Maciel Mesquita e Ma ria de Lourdes da Costa Oliveira. Ambas prestaram relevantes serviços à Doutrina, especialmente em atividades mediúnicas.

Natural de Belém, onde nasceu em 6 de janeiro de 1940, Miriam faleceu aos 74 anos, em 16 de julho deste ano. Com histórico profissional na área da educação, desempenhou o magistério no Ensino Fundamental Infantil com dedicação e amor.

Discípula aplicada que foi da escola racionalista cristã durante 56 anos de sua vida física, Miriam exerceu com reconhecida responsabilidade e competência todas as funções existentes na Filial, exceto a de presidente, destacando-se como médium, atividade que exerceu até as vésperas de eu falecimento.

Em 1970, Miriam casou com Antonio de Carvalho Mesquita, o presidente da Filial que substituiu Jacob dos Santos Pinto. Deu à sua única filha, Maria Lúcia, todos os bons exemplos, que a fize-

ram engajar-se aos trabalhos da Filial como exemplar companheira a compor o harmonioso grupo de colaboradores na Filial Belém.

Outra perda foi Maria de Lourdes da Costa Oliveira, que nasceu em 15 de dezembro de 1933, em Belém, e faleceu também em Belém, aos 81 anos de idade, em 5 de julho de 2014.

Lourdinha, como era chamada, conheceu os princípios racionalistas cristãos na ocasião em que buscava a saúde de uma filha enferma, e não tardou a ingressar como militante, exercendo as funções de esteio e, posteriormente, a de médium, em que permaneceu por longos anos, até seu afastamento por motivos de saúde.

Era viúva e, para manter os oito filhos, se dedicava de sol a sol ao trabalho. Proporcionou aos filhos os melhores exemplos, pautando sua vida na honestidade e no amor maternal; como racionalista cristã foi sempre amiga e companheira fraterna.

Nos últimos anos de sua existência terrena, com a idade já avançada e residindo longe da sede filial, conservou-se sempre fiel aos ensinamentos doutrinários.

Infarto leva militante da Filial São Gonçalo A militante da Filial São Gonçalo (RJ) Solange Santos Bandeira (foto) faleceu em 21 de outubro de 2014, vítima de infarto do miocárdio, aos 59 anos. Deixou um casal de filhos.

Durante os seis anos de militância como médium, não faltava às reuniões, estava sempre calma, serena e estimulando a união entre todos. Nos últimos quatro me ses de vida física, colaborou como instrumento mediúnico na Filial Niterói (RJ). Era alegre e amiga dos frequentadores da Doutrina. Deixou muita saudade.

A RAZÃO

DEZEMBRO / 2014

PÁGINA 11

Artigo

forno e fogão

comentário internacional

MARIA TEREZA GOMES

CLECY RIBEIRO

Secretária da Casa-Chefe

Jornalista, professora das Faculdades Integradas Hélio Alonso, RJ

Copa lombo perfumado Ingredientes 1,2 kg de copa lombo Três unidades de anis-estrelado Duas unidades de canela em pau Quatro colheres (chá) de pimenta-do-reino em grãos Duas colheres (chá) de talos de coentro Uma colher (chá) de erva doce Meia colher (chá) de cravo Um quarto de xícara (chá) de sal grosso Duas colheres (sopa) de açúcar Uma colher (chá) de alho picado Modo de fazer Torre todos os temperos

(menos o sal, o açúcar e o alho) em uma frigideira — mas sem deixar queimar.

Retire do fogo e acrescente os ingredientes deixados à parte.

Misture bem e, com eles, tempere a carne. Coloque-a em um saco plástico e deixe na geladeira por 48 horas, virando o saco de posição a cada 12 horas. Trans fira a copa lombo com os temperos do saco plástico para um filme plástico, envolvendo-o em várias camadas. Leve a copa lombo, envolvido no filme, para cozinhar em água em fogo baixo por três horas. Retire da água e, com cuidado, retire o filme. Raspe os temperos da carne e leve ao forno até dourar. Fatie e sirva.

Torta gelada de abacaxi e cookie Ingredientes Um pacote de cookies de chocolate (200g) 50g de margarina Um abacaxi pequeno descascado e picado Quatro colheres (sopa) de açúcar Um litro de sorvete de abacaxi Uma xícara (chá) de creme de leite fresco Modo de Preparo No liquidificador, triture os cookies e misture a margarina até formar uma farofa úmida. Com a farofa, forre o fundo de uma forma de 22cm de diâmetro com aro removível. Asse durante dez

minutos em forno preaquecido a 180ºC. Deixe esfriar e reserve.

Em uma panela, coloque o abacaxi, misture o açúcar e leve ao fogo brando, sem mexer, até o abacaxi ficar macio e restar pouca calda.

Deixe esfriar.

Em uma travessa, colo que metade do abacaxi sem a calda, misture o sorvete e o creme de leite batido em ponto de chantili. Coloque sobre a massa e leve ao freezer até endurecer, aproximadamente 6 horas.

Na hora de servir, desenforme e, por cima, espalhe o restante do abacaxi com a calda.

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E-mail: arazao@racionalismocristao.org

Geografia comanda o espetáculo E is senão quando, historiadores, cientistas políticos, pensadores redescobrem a geografia. Mais precisamente, despertam uma geopolítica adormecida, graças à atualidade europeia, ao evocar o mundo o fim da I Grande Guerra. Tal como um traçado centenário de seu legado: deslocamentos em massa, conflitos limitados e realinhamento de fronteiras.

Com boa dose de violência, embrutecimento, incertezas.

Para alguns, foi uma ‘guerra civil de 30 anos, de 1914 a 1945’. Outros vão até 1989, com o fim da Guerra Fria e a queda do Muro de Berlim. Mas o autor Robert Kaplan (analista de Stratfor, think-tank que recupera o conceito de geografia e autor de A Vingança da Geografia) opina que a guerra dura até hoje. É pela Europa, diz, que começa a rota geográfica rumo à Rússia, China, Índia e Grande Oriente Médio.

Ao longo do século XXI, o continente continuará sofrendo influência do Oriente, sobretudo da Rússia. Arcará

com o fardo das divisões internas, expressões mesmo da geografia de cada país e seus padrões de desenvolvimento.

Mas buscará entrelaçar-se com a história da África, ao sul, e da Ásia, a leste.

O marco 1989 já diz muito. Ponto de partida para a expansão europeia a leste, a fim de incorporar os antigos satélites soviéticos. Essa expansão parece, agora, tomar o rumo do sul, abraçando as revoluções árabes e a perspectiva de projeto europeu mais ambicioso. Nunca militar.

Justifica-se a tendência pacifista: duas guerras mundiais, e, nos anos 1990, guerras análogas na Croácia e Bósnia, Kosovo. Os mapas vem-se apequenando... Fruto da complexidade topográfica dessa zona, entre os desertos africanos e os gelos árticos.

Reaparecem, assim, as teorias eurasianas, citadas por Kaplan e Hélène d’Encausse (La Russie entre deux mondes). Como a do historiador emigrado Georges Vernadski, para quem o encontro da Europa e Ásia remonta, diz, à

civilização das estepes. O geógrafo Piotr Savitsk, também emigrado, chega a afirmar que a Rússia está de fato na Ásia.

Não ocupa ela a maior parte do espaço eurasiano? E esse espaço não constitui em si um terceiro continente?

Cem anos depois da I Grande Guerra, a Europa tenta ainda organizar-se.

Historiadores como sir Halford J. Mackinder pretendem que a disputa, desde a I Grande Guerra, prende-se ao Heartland eurasiano – a região central, do Volga ao Yangtzé e do Himalaia ao Ártico. Na II Grande Guerra, decidida na noite de 5 de novembro de 1937, em Berlim, Hitler tinha em mente ‘o coração da Europa, as proximidades imediatas do Reich’. O futuro da Alemanha condicionado à solução do problema da necessidade de espaço. A Rússia é o ‘Heartland’. Europa e Ásia constituem o ‘Rimland’, o imenso cinturão da massa

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eurasiática. As ideias de MacKinder, ora revistas pelos geopolíticos americanos, encorajam a política de contenção.

Na galáxia do ‘Heartland’, a Alemanha arrastaria com ela, para o leste, toda a parte da Europa que a separa da Rússia e que, recém-integrada à União Europeia, encontra-se a meio caminho da “velha Europa” e da Eurásia.

Dentre várias leituras de variados discursos, a I Grande Guerra foi detonada pela interação funesta de nacio nalismo regional e equilíbrio de poder continental. O pouco ou nada que resolveu alimentou as políticas dos anos 1930. Estas explodiram na II Grande Guerra e levaram à implosão da Iu gos lávia nos anos 1990.

Atestando o fato de a Europa persistir no ‘não’ à guerra militar, John Horne, professor de história moderna em Dublin, resume (Current History, novembro 2014): um século provou-se insuficiente para resolver os negócios inacabados da grande guerra europeia.

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A RAZÃO CRIANÇA

PÁGINA 12

DEZEMBRO / 2014

Espaço infantil

Um conto de Natal Vamos aproveitar o mês em que comemoramos o Final de Ano para refletir a partir da história de um homem, avarento e argurado, que não vê significado na comemoração e, pior, não vê significado na vida, a não ser acumular fortuna. O conto foi escrito por Charles Dickens e publicado em 1843. Desde então, ganhou diversas adaptações e virou filme.

Recentemente, a editora brasileira L&PM lançou uma versão m dia, um dos melhores do ano, e véspera de Natal, o velho Scrooge estava em seu escritório, a trabalhar.

O frio era acre e penetrante, acompanhado de nevoeiro. Scrooge ouvia as pessoas que iam e vinham na pequena viela, esfregando as mãos e caminhando rapidamente para se aquecerem. Os relógios da cidade acabavam de soar três horas, mas já começava a escurecer, e as luzes principiavam a brilhar no interior dos escritórios vizinhos, pontilhando de manchas avermelhadas a atmosfera cinzenta e quase palpável do crepúsculo.

O nevoeiro infiltrava-se por todas as fendas, invadindo o interior das casas pelo buraco das fechaduras; fora, era tão denso, que, não obstante a estreiteza da viela, as casas fronteiriças se tinham tornado imprecisos fantasmas. Diante dessa onda cinzenta que descia progressivamente, ameaçando envolver tudo em sua obscuridade, poder-se-ia crer que a natureza inteira se havia posto ali a fabricar a chuva e a neve.

A porta de Scrooge estava aberta de modo a permitir-lhe observar seu empregado, que copiava cartas no compartimento contíguo, lúgubre cubículo que mais parecia uma cisterna. O fogo de Scrooge era bem insignificante, mas o de seu empregado era tão miserável que parecia não passar de uma única brasa. E tornava-se impossível alimentá-lo, pois que Scrooge conservava junto de si a lata de carvão, e quando o pobre rapaz entrava, com a pá na mão, Scrooge declarava que era obrigado a dispensar os serviços de um homem tão gastador. Diante disso, o pobre homem, enrolando-se em seu cachecol branco, procurava aquecer-se na chama da lamparina, o que não conseguia, por não ser dotado de uma imaginação suficientemente viva.

– Bom Natal, meu tio (...) – exclamou uma voz jovial.

Era a voz do sobrinho de Scrooge, cuja entrada no escritório fora tão imprevista, que esse cordial cumprimento foi o único aviso com que o rapaz se fizera anunciar.

– Tolice! Tudo isso são bobagens!

O sobrinho de Scrooge, que havia caminhado apressadamente no meio da bruma gélida, tinha o rosto incendiado pela corrida. Seu rosto simpático estava vermelho, os olhos brilhavam, e, quando falava, seu hálito quente transformava-se numa nuvem de vapor.

– Natal, uma bobagem, meu tio? Parece que o senhor não refletiu bem.

– Ora! – disse Scrooge.

– Feliz Natal! Que direito

U

tem você, diga lá, de estar alegre pobre como é?

– E o senhor – respondeu alegre e zombeteiramente o sobrinho –, que direito tem de estar triste?

Que razão tem o senhor de estar acabrunhado, rico como é?

Não encontrando no momento melhor resposta, Scrooge repetiu novamente: – Tolice! Tudo isso são bobagens!

– Vamos, meu tio! Não se amofine!

– Como não me amofinar – replicou o tio –, quando vivemos num mundo cheio de gente ordinária?

Feliz Natal!... Que vá para o diabo o seu feliz Natal! Que representa para você o Natal, a não ser uma época em que você é obrigado a abrir o cordão da bolsa já magra? Uma época em que você se faz mais velho um ano e nem uma hora mais rico? Em que você, fazendo um balanço, verifica que ativo e passivo equilibram, sem deixar nenhum resultado?

– Se fosse eu quem mandasse – continuou Scrooge, indignado – cada idiota que percorre as ruas com um “feliz Natal” na ponta da língua seria condenado a ferver em sua marmita, em companhia de seu bolo de Natal, e a ser enterrado com um galho de azevinho espetado no coração. Pronto!

– Meu tio! – exclamou o jovem.

– Meu sobrinho, – tornou o tio num tom severo – pode festejar o Natal a seu modo, mas deixa-me festejálo como me aprouver.

– Como lhe aprouver?

Mas o senhor não o festeja, absolutamente!

– Perfeitamente! – disse Scrooge. – Então, dê-me a liberdade de não o festejar.

Quanto a você, que lhe faça bom proveito! O que você tem tido até hoje...

– Há muita coisa de que eu não soube tirar o proveito que poderia ter tirado, é certo, e o Natal é uma delas – replicou o sobrinho. – Mas, pelo menos, estou certo de ter sempre considerado o Natal – fora a veneração que inspiram sua origem e seu caráter – como uma das mais felizes épocas do ano, como um tempo de bondade e perdão, de caridade e alegria; o único tempo, que eu saiba, no decorrer de todo um ano, em que todos, homens e mulheres, parecem irmanados no mesmo comum acordo para abrir seus corações fechados e reconhecer, naqueles que estão abaixo deles, verdadeiros companheiros no caminho da vida, e não criaturas diferentes, voltadas a outros destinos. Assim, pois, meu tio, embora o Natal não me tenha posto nos bolsos uma única moeda de ouro ou de prata, estou convencido de que ele me fez e me fará muito bem (...).

do clássico, em quadrinhos, com a biografia do autor e um panorama da obra. Este nosso espaço é pequeno para reproduzir todo o conto, mas, a seguir, temos a parte em que o personagem – Scrooge – mostra todo o seu egoísmo.

Após se recusar a passar o Natal com o sobrinho, o velho receberá visitas inesperadas que mostrarão o quanto ele está errado. Para saber que visitas são essas, só lendo a história.

O empregado não pôde deixar de aplaudir, de seu cubículo, o sobrinho de Scrooge, mas, logo a seguir, caindo em si e notando sua inoportuna intromissão, pôsse a remexer as brasas vigorosamente, acabando por apagá-las.

– Eu que o ouça mais uma vez – disse Scrooge – e você irá festejar o Natal no olho da rua. Quanto a você, meu amigo, continuou ele voltando-se para o sobrinho, você é de fato eloquente; estou mesmo admirado de que ainda não tenha conseguido um lugar no Parlamento.

– Não se aborreça, tio, e venha almoçar conosco amanhã.

Scrooge respondeu mandando-o para o diabo, e o fez cara a cara.

– Mas, por quê? – exclamou o sobrinho.

– Por que foi que você casou? – perguntou o tio.

– Porque eu amava.

– Porque amava! – resmungou Scrooge. – Como se isso não fosse outra tolice maior ainda que festejar o Natal! Passe bem!

– Mas, meu tio, o senhor nunca vinha à minha casa antes do meu casamento. Por que arranja esse pretexto para não vir hoje?

– Boa noite! – disse Scrooge.

– Eu não espero nada do senhor; eu nada lhe peço. Por que não sermos bons amigos?

– Boa noite! – disse Scrooge.

– Lamento de todo o coração vê-lo assim tão obstinado. Não temos, que eu saiba, qualquer motivo de ressentimento. Foi em homenagem ao Natal que vim até aqui, e no espírito de Natal quero ficar até o fim.

– Boa noite!

– E feliz Ano Novo!

– Boa noite!

O sobrinho, entretanto, saiu do escritório sem uma palavra de desagrado. Na porta, deteve-se para apresentar as boas-festas ao em-

pregado, que, mesmo tiritando como estava, se mostrou mais amistoso que seu patrão, pois que respondeu ao jovem com felicitações cheias de cordialidade.

– Outro predestinado! – resmungou Scrooge ao ouvilo. Imaginem meu empregado a falar de Feliz Natal com apenas 15 xelins por semana, tendo mulher e filhos!

O tal predestinado, tendo acompanhado o sobrinho de Scrooge até à porta, fez entrar dois cavalheiros de fisionomia simpática e aparência distinta, os quais penetraram no escritório, tendo à mão, além do chapéu, vários papéis e documentos. Na presença de Scrooge, inclinaram-se.

– Scrooge & Marley, parece-nos? – disse um deles, consultando os apontamentos. É ao senhor ou ao senhor Marley que temos a honra de falar?

– O senhor Marley faleceu há cerca de sete anos.

Morreu nesta mesma noite, fará seguramente sete anos.

– Não temos a menor dúvida de que a generosidade do sócio sobrevivente seja igual à dele – disse um dos cavalheiros, apresentando os papéis que o autorizavam a pedir. E não se enganava, pois que os dois sócios eram bem dignos um do outro.

Diante da inquietante palavra generosidade, Scrooge franziu o sobrolho, sacudiu a cabeça e devolveu os papéis.

– Nesta festiva época do ano, senhor Scrooge – prosseguiu o cavalheiro, tomando uma pena –, parece ainda mais oportuno do que em nenhuma outra ocasião, arrecadar algum dinheiro para aliviar os pobres e os deserdados da sorte, que sofrem cruelmente os rigores do inverno. A muitos milhares de infelizes falta mesmo o estritamente necessário, e muitas outras centenas de milhares não conhecem o mais insignificante conforto.

– Não há prisões? – perguntou Scrooge.

– Prisões não faltam – disse o cavalheiro, largando a pena.

– E os asilos? Não fazem nada? – perguntou Scrooge.

– Sim, de fato, embora eu preferisse dizer o contrário.

– Então, as casas de correção estão em plena atividade?

– Sim, estão em plena atividade, senhor.

– Oh! Eu já estava receando, pelo que o senhor me disse há pouco, que alguma coisa tivesse interrompido uma atividade tão salutar – disse Scrooge. Estou satisfeitíssimo por saber que tal não aconteceu.

– Persuadidos de que essas organizações não podem proporcionar ao povo o consolo cristão da alma e do corpo, de que ele tem tanta necessidade – tornou o cavalheiro – alguns dentre nós resolveram empreender uma coleta, cujo produto seria distribuído aos pobres, em forma de alimento, combustível e roupa.

Escolhemos esta época do ano porque, mais que nenhuma outra, é aquela em que mais cruelmente se faz sentir a penúria e em que o conforto se torna mais doce.

Quanto posso pôr em seu nome?

– Nada.

– Desejaria guardar o anonimato?

– Desejo que me deixem em paz; já que os senhores querem saber, é isso que eu desejo. Eu não faço banquetes para mim próprio pelo Natal, vou agora dar banquete aos vagabundos!

Já faço muito em dar minha contribuição às organizações de que falamos ainda há pouco, e elas não ficam barato! Aqueles que tiverem necessidade que recorram a elas.

– Muitos não o podem fazer, outros preferem a morte.

– Se preferem a morte – disse Scrooge – está ótimo! Que morram! Isso virá diminuir o excesso de população. De resto, desculpem-me, porém não estou bem a par dessa questão.

– Mas o senhor poderá tomar parte nela.

– Isso não me interessa – replicou Scrooge. – Um homem já faz muito, quando se ocupa dos seus próprios negócios, sem interferir nos alheios. Os meus já me tomam todo o tempo.

Boa noite, senhores.

Vendo claramente que era inútil insistir, os cavalheiros retiraram-se. Scrooge, satisfeito consigo mesmo, pôs-se a trabalhar, com radiante bom humor. *** Feio, não é? Tenhamos todos Boas Festas um feliz e excelente Ano Novo!

50 anos da Mafalda Chega, neste mês, a São Paulo a exposição O Mundo de Mafalda, a garotinha querida em todo o planeta e que completa 50 anos em 2014. Apesar da pouca idade nos qua drinhos – apenas seis anos –, ela ficou conhecida por criticar o mundo e se preocupar com a paz e a humanidade. Foi criada em 1964 pelo cartunista argentino Quino.

A exposição, na capital paulista, terá desenhos originais, reproduções de cenários, vídeos e foto grafias expostos no Paço das Artes, de 16 de de zembro a 28 de fevereiro.

Com entrada gratuita, o evento é uma realização da Fundação Theatro Muni cipal e da Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com a produtora Mundo Giras.

Mafalda não é pro priamente uma personagem infantil, mas tem muita criança por aí que adora as suas tirinhas divertidas.

Piadas

De cachorros O que um cão disse a outro quando voltava de uma árvore de Natal toda iluminada?

– Finalmente, puseram luz no banheiro!

Tecnologia Uma garotinha sentouse no colo do Papai Noel, num shopping center, e ele perguntou a ela, como de costume: – O que você vai querer de presente?

A menina, com ar de espanto, depois de alguns segundos, respondeu: – Você não recebeu o meu e-mail?!

Ao Papai Noel Joãozinho escreve: – Querido Papai Noel, fui um bom menino durante todo o ano. Gostaria de ganhar uma bicicleta.

O menino olha para o texto e, insatisfeito, amassa a folha e escreve: - Papai Noel, fui um bom menino durante a última semana. Por favor, mande-me uma bicicleta.

De novo, não ficou satisfeito. Pensa um pouco, vai até ao presépio, pega o Menino Jesus, tranca-o em uma gaveta e volta a escrever: – Virgem Maria, sequestrei seu filho. Se quiser vê-lo novamente, mande-me uma bicicleta!