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Fábula LXXV A Raposa e o Leão

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A vida de Esopo

A vida de Esopo

RH1894

O Leão, fingindo-se doente, recebia a visita dos outros animais; e de quantos entravam no covil, nenhum deixava sair. Eles obedeciam como a um rei, mas o Leão, a um e um, comia-os todos. Por fim chegou a Raposa à porta do covil e perguntou-lhe como estava.

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Respondeu o Leão porque não entrava para o ver. Respondeu a Raposa que não era necessário, que devia estar a casa cheia de gente; que ela via muitas pegadas dos que entravam, e nenhumas de que saíssem para fora.

Moral da história

Também Horácio explicou esta Fábula comparando-se a si mesmo com a Raposa, dizendo que não queria seguir os vícios dos Romanos, porque viu como nenhum escapava do castigo.

Serve-nos por isso de aviso, pois vemos por experiência os males sem remédio em que incorrem os homens incautos, que perseveram em seus erros. Fujamos nós, como fez esta Raposa, de seguir as suas pegadas, não nos aconteça outro tanto.

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