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ROTEIRO

piadinha dizendo que a gente ruim ele era gay é… Então isso é muito, muito recorrente, muito, muito comum e aqui no Rio Grande do Sul, vocês sabem,até as piadas que, que existem muito é em cima disso. Existe uma representação do Gaúcho como um grande macho, uma coisa assim, a masculinidade aqui no Rio Grande do Sul é uma coisa muito forte, muito importante, provavelmente que é muito frágil né (risos) e… então esses são elementos que se, se, é que se catalisam, que ganham força. Além do que aqui, nós somos muito binários, a… a gente tem até um termo aqui na nossa imprensa e na nossa cultura, que é a grenalização, que tudo aqui é azul ou é vermelho de forma muito separada né?! Então como no esporte a gente briga por masculinidade, a gente precisa dizer que a gente não é gay, como é que a gente diz que não é gay em estádio? Dizendo que eles são né, então a gente tem esse tipo de enfrentamento muito forte né, a nossa imprensa é terrível, terrível e sim é tudo brincadeira e aí se você argumentar alguma coisa: Ah, é porque você não é do meio de futebol. Não, não sou. Eu tenho 38 anos de idade e 33 de estádio de futebol. Não entendo nada né, não sou do futebol, não, não, num entendo né, tenho uma dissertação, uma tese sobre futebol, mas não, quem é do futebol é esse pessoal… é o narrador, é esse que fica falando bobagem né, isso é muito comum, muito comum essa opção de dizer, “Ah, o pessoal que reclama não é do, não é do futebol”. Primeiro que tá errado, mas mesmo que não fosse, tá? O futebol não tá fora do, do mundo e eu usaria é… arriscar que algumas pessoas que, que talvez não estejam, não sejam no futebol, seja justamente em função desse excesso de violência que essas pessoas recebem conta, não sei é… eu não, não, não, não sou, eu sou branco né, então, eu não sou mulher, eu por acaso sou heterossexual, poderia não ser né, então pra mim o estádio de futebol é um ambiente muito confortável, muito confortável. Mas eu não sei, se eu fosse, ao estádio de futebol, fosse um homem preto e me chamassem o tempo todo de macaco todo mundo dizendo… eu não sei se eu ia querer ir. Não sei se sendo mulher, todo mundo “Ah, mulherzinha vagabunda não sei o que”. Não sei se eu ia querer ir né?! Se eu fosse homossexual, o tempo todo, todo mundo “Ah, esse bicha, sai daí viado e não sei o que”. Não sei se, se é um ambiente que me interessa né?! Então é… Não, não é, não é factual quando, quando a pessoa diz “Ah, isso aí é pra quem não é do futebol”. Não é factual. O jornalista tem uma parte do futebol, eu sou torcedor de estádio. Eu conheço muito mais de estádio do que… de comportamento de torcida do que qualquer um deles, tá? Assim como quem frequenta vestiário conhece de vestiário coisa que eu não conheço né, então não é, não é verdadeiro mas mesmo que fosse, mesmo que fosse. Não seria justamente em função dessas violência que essas pessoas tão reclamando que elas não participam desse espaço?

ROTEIRO

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Produção:Documentário Status: em produção Título: Intolerância Futebol Clube Revisado por: Luiz Vicente Tempo estimado: 15 minutos Apresentação:Adriana Herrera, Diego Dias, Gustavo Oliveira e Vinícius Mota.

TIME VÍDEO CENA ÁUDIO

10’’ Ficha técnica Dados do produto e função de cada integrante.

57’’ Câmera detalhe – Onã Rudá / Gustavo Bandeira / João Abel / Mayra Siqueira

Sonora – Onã Rudá / Gustavo Bandeira / João Abel / Mayra Siqueira

“A coragem que elas não têm pra dizer que são racistas, elas têm pra dizer que são homofóbicas”.

4” Capa do documentário Intolerância

Futebol Clube

Oh, Bicha!

35” Imagem de acervo OFF “Como diz o ditado brasileiro, existem três coisas que não se discutem: Religião, política e futebol”.

10’’ Imagem de acervo –Jorge Kajuru Som Ambiente “Vou atrás da Melissa... Ele pode até não ser, mas que ele tem uma vontade enorme de ser ele tem”.

21” Imagem de acervo –Gabriela Moreira Som Ambiente “ Qual o seu nome?”

12’’ Imagens de Acervo OFF “No documentário Intolerância Futebol Clube, reunimos autoridades no assunto para podermos responder o questionamento”.

14” Imagens de Acervo Sonora – João

Abel

“A sexualidade , ela é bem diferente de outros tipos de situação né?”

22” Imagens de Acervo OFF “LGBT é uma sigla que significa: Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros”.

40’’

10’’ Imagens de Acervo OFF “Entretanto, não tínhamos nenhum representantes nas grandes ligas neste século”.

Câmera detalhe – João Abel

Sonora – João Abel

“O meio do jornalismo esportivo, ele é majoritariamente heterossexual”

10” Imagem de acervo / Câmera detalhe – Mayra Siqueira OFF “ Assim como nos estádios de futebol, dentro das redações, a opressão também domina o ambiente.”

2’24” Câmera detalhe – Mayra Siqueira / Imagem de acervo

Sonora – Mayra Siqueira

“A gente via, eu participei bastante de mesas de debate, principalmente da televisão.”

8” Imagem de acervo –Jorge Kajuru OFF “Com o passar dos anos, o tema LGBT vem sido tratado de diversas formas. Desde a mais caricata, até a mais consciente.”

12” Imagem de acervo –Jorge Kajuru Som Ambiente “O cara é meu amigo de infância perfeito? Então eu vou logo dizendo se o Raí é viado eu também sou.”

37” Câmera detalhe – João Abel / Imagem de acervo

6” Câmera detalhe – Mayra Siqueira

Sonora – João Abel

“Se a gente falar da imprensa esportiva, especificamente, acho que é bem diferente assim.”

OFF “A evolução existe sim na imprensa, porém o caminho não é tão curto quanto parece.”

58” Câmera detalhe – Mayra Siqueira

Sonora – Mayra Siqueira

“Eu acho que sim, mudou completamente, hoje, dentro do esporte a gente tem a pauta de transgêneros no esporte que é muito complexa.”

8” Câmera detalhe – João Abel OFF “Mesmo que o cenário sobre o tratamento do tema LGBT esteja evoluindo pela imprensa esportiva, ainda existe um tabu que o cerca.”

59” Câmera detalhe – João Abel

Sonora – João Abel

“Realmente, é que o esporte não é um local adequado pra essas pessoas. Logo isso vai interferir no jornalismo esportivo. Claro que vai interferir.”

8” Imagem de acervo OFF “Torcedor e especialista no comportamento da sociedade no futebol, relata sua vivência sobre a masculinidade tóxica nas arquibancadas.”

8” Imagem de acervo Som Ambiente “Cântico homofóbico da torcida do Corinthians.”

40” Câmera detalhe –Gustavo Bandeira

Sonora – Gustavo Bandeira

“Foi o caso do ex-goleiro Aranha do Santos. Ele foi vítima de racismo aqui na Arena do Grêmio, estádio do time que eu torço né, e depois... teve o episódio na Copa do Brasil, foi muito midiatizado.”

11” Imagem de acervo OFF “Fundador da torcida organizada LGBTricolor traz as dificuldades e vivência de torcedor LGBT nos estádios de futebol.”

48” Câmera detalhe – Onã Rudá

Sonora - Onã Rudá

“Na realidade eu sempre digo isso. Todo mundo me pergunta. Eu acho que essa é a pergunta que eu mais escuto, como criou, como foi a ideia.”

21” Imagem de acervo OFF “Em 1977, a Coligay surgiu como a primeira torcida LGBT do Brasil, atualmente, segundo o levantamento da página o Contra-Ataque e do observatório Canarinho Arco-Íris, existem mais de 20 torcidas organizadas LGBT no Brasil.”

32” Imagem de acervo Sonora - Onã

Rudá

“Esse é um movimento que a gente tem que aumentar constantemente né.”

7” Imagem de acervo OFF “Mesmo diante de todo esse cenário de tabus e dificuldades, os acontecimentos recentes dão a esperança de um futuro com menos preconceito.”

2’00” Câmera detalhe – João Abel / Mayra Siqueira / Gustavo Bandeira / Onã Rudá

Sonora – João Abel / Mayra Siqueira / Gustavo Bandeira / Onã Rudá

“O que a gente está mais distante talvez, seja uma discussão aprofundada dento dos clubes de futebol e entre os jogadores de futebol masculino.”

16” Agradecimentos Som Ambiente Agradecimento aos entrevistados e crédito aos participantes e ao orientador.

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