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REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO
veículos de comunicação abordaram esse tema? Como o empreendedorismo virtual ajudou na retomada econômica do Brasil?
A hipótese deste estudo é de que, no cenário de incertezas que a pandemia deixou na economia, os olhos da população ficaram cada vez mais voltados para as notícias relacionadas ao desemprego e ao crescimento do e-commerce.É importante compreendermos a interação que os veículos de comunicação tiveram com os empreendedores e os trabalhadores.
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REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO
O e-commerce já vinha crescendo nos últimos anos com a evolução das tecnologias da informação e comunicação, esse avanço tem facilitado o acesso a informação para a sociedade e permitido também a criação de bancos de dados on-line, para Kotlet ( ano 2017, p.24) “ As mídias digitais proporcionam um ambiente com uma maior proximidade ao consumidor, e a empresa pode acompanhar melhor a aceitação do produto e a sua repercussão.” isso acaba favorecendo o estudo do mercado, engajando cada vez mais as compras online e campanhas publicitárias, Mcluhan (ano 1964, p.21) diz que “ As consequências sociais e pessoais de qualquer meio, ou seja, de qualquer uma das extensões de nós mesmos, constituem o resultado do novo estalão introduzidos em nossas vidas por uma nova tecnologia ou extensão de nós mesmos”. Esse crescimento durante a pandemia mundial deu um salto tornando-se algo positivo para a recuperação econômica. Segundo a revista Exame, o comércio eletrônico no Brasil teve um aumento de 50% durante a pandemia por coronavírus, a matéria ressalta que o marketplace, que pode ser definido como um shopping virtual, um site de e-commerce que reúne ofertas de produtos e serviços de diferentes vendedores (Rosa, ano 2019, Pág.22) , representa 78% do e-commerce no Brasil e que o país tem o terceiro maior comércio em redes sociais do mundo. Esse crescimento no comércio virtual se tornou uma alternativa para os trabalhadores que perderam seus empregos na pandemia. O levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE) aponta que a taxa de desocupação chegou a 14,6% no terceiro trimestre do ano, uma alta de 1,3 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior (13,3%). Essa é a maior taxa registrada na série histórica do IBGE, iniciada em 2012, e corresponde a 14,1 milhões de pessoas. Ou seja, mais 1,3 milhão de desempregados entraram na fila em busca de um trabalho no país. Alguns trabalhadores tiveram também sua jornada de trabalho reduzida como aponta a pesquisa feita pelo Datafolha, Quatro em cada dez
trabalhadores formais (assalariados registrados e funcionários públicos) (39%) declararam que sofreram redução jornada de trabalho no período da pandemia Diante deste cenário migrar para as mídias digitais além de ser uma alternativa levou a economia do país a uma instabilidade, como mostra a matéria feita por Saris em Maio de 2021, publicada pela folha de Londrina, onde aponta que o comércio eletrônico movimentou cerca de R$ 126,3 bilhões uma alta de mais de 30% comparado ao ano anterior (ano 2020) . “Estamos aqui nos referindo, contudo, às consequências psicológicas e sociais dos desenhos e padrões, na medida em que ampliam ou aceleram os processos já existentes. Pois a “mensagem” de qualquer meio ou tecnologia é a mudança de escala, cadência ou padrão que esse meio ou tecnologia introduz nas coisas humanas.” (MCLUHAN, 1964, p. 22)
Podemos observar que cada vez mais o mercado de massa e produção está se adaptando às marcas de nichos de baixa produtividade, onde os empresários não se preocupam tanto com restrições que uma loja física tem por exemplo, possibilitando o crescimento de uma loja online. Kotlet (ano 2017, p.24) cita que “A competitividade das empresas não será mais determinada por seu tamanho, seu país de origem ou sua vantagem passada. Empresas menores, mais jovens e localmente estabelecidas terão chance de competir com empresas maiores, mais antigas e globais” O portal de notícias UOL relata que o Brasil abriu mais de uma loja virtual por minuto desde o início do isolamento social, em março, dentre essas novas marcas, sendo eles os segmentos de alimentos, bebidas, roupas, calçados e produtos de limpeza. Para Anderson (Ano 2006, Pág. 8) “Outros produtos de nicho são novos, lançados por uma indústria emergente, na interseção entre os mundos comercial e não-comercial, terra pouco conhecida onde é difícil dizer até que limites se aventuram os profissionais e a partir de que ponto só se arriscam os amadores.” De acordo com Henry Jenkins (2006, p. 44), “Empresas midiáticas estão aprendendo a acelerar o fluxo de conteúdo midiático pelos canais de distribuição para aumentar as oportunidades de lucro,ampliar mercados e consolidar seus compromissos com o público." Nesse sentido, embora os empresários não tenham que se preocupar com problemas logísticos de uma loja física, vêm o desafio de criar um vínculo com o consumidor, onde eles não ligam tanto para grandes campanhas publicitárias e sim para experiência de pessoas que acompanham com o produto. Segundo Kotler (2017, p. 80), “à medida que a interação avança e os clientes exigem relacionamentos mais próximos com as empresas, aumenta a importância do marketing digital.
O papel mais importante do marketing digital é promover a ação e a defesa da marca. Como o marketing digital é mais controlável do que o marketing tradicional, seu foco é promover resultados, ao passo que o foco do marketing tradicional é iniciar a interação com os clientes.” Diante de todo esse cenário de crescimento no comércio online a busca por especialização teve um aumento durante a pandemia, o levantamento feito pelo sebrae mostra que no ano de 2020 os cursos online bateram um recorde tendo no total cerca de 1,5 milhões de pessoas matriculadas nos cursos onlines voltadas segmento de mercado online, sendo que no ano anterior o número de inscritos chegou apenas a 1,1 milhão de pessoas. Os empreendedores têm percebido a necessidade de compreender como as redes sociais funcionam, pois não dá para utilizar a mesma estratégia de vendas de loja física nas mídias digitais, onde o principal objetivo é o engajamento com os clientes, trazê-los para perto torna a experiência com o produto única e fidelizá-los. A teoria da audiência interativa apoiada por investigações em várias culturas, determinou que os receptores de mensagens processam essas mensagens nos próprios termos . Ou seja, nós não estamos no universo de Orwell, mas num mundo de mensagens diversificadas que se recombinam entre si no hipertexto eletrônico, que são processados nas nossas mentes com uma crescente autonomia das fontes de informação. Contudo, a dominação do espaço midiático, sobre as mentes das pessoas, trabalha com base num mecanismo fundamental: presença/ausência de mensagens no espaço midiático. ( CASTELLS, 1996, p. 24-25)
Dentro desse novo cenário de empreendedorismo nas mídias digitais é de suma importância a discussão da adaptação dos empresários e em como essa mudança afetará a rotina de compras dos brasileiros. Compreender as novas práticas mercadológicas é fundamental para fortalecermos o comércio local e ampliar o alcance dos microempresários. Acompanhar os portais de notícias tornou-se fundamental para compreendermos de que forma essa adaptação foi feita e quais desafios o mercado digital passou e passará futuramente.
Aspectos metodológicos
O método utilizado para a realização deste projeto foi o estudo de caso, com a finalidade de compreender a adaptação do empreendedorismo nas mídias digitais e como isso têm impacto na economia do país em um cenário de pandemia mundial. A pesquisa é iniciada por levantamentos bibliográficos de artigos, teses e monografias. Também é possível buscar notícias sobre o momento econômico que o país atravessa nos portais online de revistas e jornais. Acompanhando os principais artigos e matérias, encontrei duas