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3. REFENRENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO
REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO
Após a leitura e pesquisa sobre o tema da saúde da mulher e o descaso da mídia, com ênfase na saúde pública, o objetivo foi mostrar a falta de valorização em assuntos referentes à saúde feminina pela mídia em geral. Podemos apontar que este assunto vem sendo pautado em quantidade menor do que seria o ideal em locais de grande acesso e/ou de interesse populacional. Assim sendo, a saúde pública é um direito da população e ter informações é um direito indispensável. A saúde passa a ser entendida como resultante de políticas sociais e econômicas, como direito do cidadão e dever do Estado, como parte da seguridade social. As ações e os serviços devem ser providos por um sistema único de saúde organizado segundo os princípios da descentralização, mando único em cada esfera de governo, com atendimento integral e controle social”, (MEDEIROS; GUARESCHI, 2009, p. 34.)
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Odireito à informação deve ser garantido pela mídia televisiva,que é a mais usada pela população, como aponta trecho de um artigo da professora, pesquisadora e jornalista, Mariela Oliveira:
Tratando especificamente da imprensa, ela possui um papel importante na transmissão de informações em saúde uma vez que pode tornar discursos complexos em algo mais acessível e interessante, além de ser o principal meio pelo qual as novidades chegam até o cidadão. Logo, para se ter boa saúde é preciso estar bem informado. Num país como o Brasil, onde os sistemas de educação e saúde públicas são frágeis, os veículos de comunicação assumem o papel de informar os cidadãos sobre novas doenças, formas de prevenção e tratamento. As divulgações jornalísticas sobre saúde podem inclusive despertar esperança para novos tratamentos. (OLIVEIRA, 2014, p.288.)
Dessa maneira, podemos ver que a divulgação midiática é extremamente relevante para a melhora da informação do cidadão e do funcionamento das bases de saúde pública e privada. Se a imprensa nem sempre cumpre seu papel de promoção da saúde, é preciso avaliar os textos produzidos, pois com eficiente divulgação de saúde, é possível melhorar a qualidade de vida das mulheres e evitar que muitas sigam vivendo com sua saúde debilitada, além de diminuir os gastos do governo com ações curativas e alertar aos governantes e a comunidade científica sobre os temas que merecem espaço na agenda pública. (OLIVEIRA et al. 2009, p.9.)
O componente da responsabilidade da mídia televisiva deriva também do seu caráter de concessão de serviço público. É esperado que, nos casos da promoção da saúde de uma parcela significativa da população, seja oferecida informação de qualidade e com o aprofundamento necessário.
Aspectos metodológicos
O estudo foi baseado em uma etapa de estudo netnográfico, usando meios midiáticos digitais como método de compartilhamento e estudo de informações sobre os dois temas correlacionando as semelhanças entre os mesmos.
Com esse método de pesquisa, foram utilizadas as redes sociais como pesquisa de campo com mulheres, em forma de questionários utilizando o Google Forms. Foi possível perceber quais as dificuldades percebidas por esse grupo.
O documentário foi produzido a partir das respostas recebidas, apontando alguns dos temas pouco abordados pela grande mídia. Usamos ainda dissertações, teses, artigos, livros, notícias, reportagens e, o mais importante, entrevistas com mulheres que tiveram experiência com a saúde pública e profissionais da saúde, especificamente médicos e jornalistas com conhecimentos em profundidade sobre o tema.