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Circular
PROVINCIAL Ano 16 | Edição nº 3/2017 | Província Marista Brasil Sul-Amazônia
MUSEU DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO E TROCA DE SABERES PG. 13
Poder Público homenageia os 200 anos de atuação marista no mundo PG. 9
Correntes do bem motivam doações de sangue e livros PG. 20
Percepções do XXII Capítulo Geral PG. 26
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Irmãos e Leigos/as da nossa Província se prepararam para o XXII Capítulo Geral do Instituto em encontros de partilha em São Leopoldo (RS) e Lábrea (AM). Os eventos ocorreram respectivamente nos dias 30/6 e 1º/7 e 8 e 9/7 e desafiaram os participantes a refletir acerca da continuidade da missão marista e sobre as diferentes realidades, ouvindo os clamores de crianças e jovens do nosso tempo. Estas são algumas fotos. Acompanhe as notícias do Capítulo Geral, que ocorre até 20 de outubro, no Em Comunidade.
Expediente CIRCULAR PROVINCIAL Província Marista Brasil SulAmazônia | Rede Marista
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PROVINCIAL: Ir. Inacio Nestor Etges CONSELHO PROVINCIAL: Ir. Deivis Alexandre Fischer, Ir. Evilázio Francisco Borges Teixeira, Ir. Lauro Francisco Hoschscheidt, Ir. Manuir
José Mentges, Ir. Odilmar José Civa Fachi SECRETÁRIA PROVINCIAL: Elaine Strapasson Faccin JORNALISTA RESPONSÁVEL: Guilherme Felice Endler (MTB 17493)
CONTEÚDO: Guilherme Felice Endler REVISÃO: Irany Dias e Ir. Salvador Durante COLABORAÇÃO: Secretaria e Arquivo Provincial PRODUÇÃO: Assessoria de Comunicação e Representação Institucional
ENDEREÇO: Rua Irmão José Otão, 11 – 90035-060 – Porto Alegre/RS – Brasil – Fone: (51) 3341 0300 secprov@maristas.org.br www.maristas.org.br PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Design de Maria www.designdemaria.com.br
ARTIGO DO PROVINCIAL
Somos Novo LA VALLA! IR. INACIO ETGES | Provincial/Presidente
Estimados Irmãos e Formandos Maristas! O tema deste artigo não poderia fugir ao momento histórico que vivemos no Instituto Marista: a celebração do bicentenário de fundação e o XXII Capítulo Geral. Hoje somos nós o novo La Valla. Onde vive um Irmão, onde está inserida uma Comunidade Marista, onde há Leigos/as Maristas de Champagnat, ali pulsa um coração ardente e ansioso por ver nascer uma nova aurora em nosso Instituto. Não esperemos pelos outros! É de nós que Deus quer respostas generosas para um mundo cada vez mais desesperançado, para as crianças e adolescentes que vivem sem perspectiva. A metodologia do Capítulo pode nos ajudar a ser dóceis à voz do Espírito, a abandonar, com coragem, nossos pontos de conforto, e a investir no que interessa para o cumprimento da Vontade de Deus. A disponibilidade global e total é condição sine qua non para sermos novos La Valla. A seguir, partilho extrato do documento sobre a Metodologia do XXII Capítulo Geral: “Uma das nossas principais preocupações, como Comissão Preparatória, foi a de desenhar um processo que permitisse aos Capitulares experimentar, juntos, um novo La Valla. Em seu tempo, Champagnat detectou as necessidades e as oportunidades do entorno e colocou-se na escuta do Espírito para que o guiasse, tentando descobrir para que Deus o chamava naquele momento. Com esse mesmo espírito, desenhamos um processo destinado a permitir que os Irmãos capitulares se abram ao Espírito e respondam a duas perguntas fundamentais: a. O que Deus quer que sejamos neste mundo emergente? b. O que Deus deseja que façamos neste mundo emergente?
Tudo foi desenhado em consonância com muitos de nossos processos de discernimento, para permitir que o Capítulo, como corpo, se coloque na escuta dos apelos. Isso inclui detectar a realidade do mundo que nos cerca e seu impacto em nós; e deixar de lado o que não pode continuar no futuro e, portanto, temos que deixar para trás. Dessa maneira, começamos a abrir espaço dentro de nós para escutar os apelos de Deus, para algo realmente novo que precisa entrar, um espaço em que o Espírito possa, realmente, nos surpreender”. Também gostaria de propor a leitura de recortes de artigo do Irmão Sebastião Antonio Ferrarini, um dos Capitulares que representa a nossa Província no Capítulo:
UM NOVO LA VALLA “A celebração de um grande evento sempre é precedida por uma preparação especial, em um clima de expectativas, alegrias, esperanças e, por vezes, também de temores. Procuram-se fontes inspiradoras capazes de iluminar o acontecimento e interroga-se qual o significado dessa celebração. Para nós, Maristas, esse grande evento é a retomada do significado de nosso carisma, herdado de Marcelino, para os tempos atuais. O que nos motiva é a celebração do Bicentenário e o XXII Capítulo Geral.
É DE NÓS QUE DEUS QUER RESPOSTAS GENEROSAS PARA UM MUNDO CADA VEZ MAIS DESESPERANÇADO, PARA AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES QUE VIVEM SEM PERSPECTIVA.
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ARTIGO DO PROVINCIAL
Para nos ajudar nesse trabalho, criamos expressões que nos possam remeter às nossas origens, recordar nossas motivações, ressituar nosso projeto no mundo de hoje. Assim surgiram os lemas Um novo La Valla e Um novo começo. São expressões que trazem à memória lugares, pessoas, valores, história, desafios. La Valla foi o nosso berço, nosso início, nosso Belém, poderíamos dizer. Ali foi plantado o grãozinho de mostarda que se expandiu pelo mundo. No decorrer da história foi preciso voltar muitas vezes a essa fonte, para recordar a razão de ser de nossa presença no mundo e na Igreja. Nesses 200 anos, revivemos La Valla em muitas situações e lugares: Futuna, na Oceania; Ben Cheneb, na Argélia; Tarahumara, no México; Hopeville, na Nigéria; Pnon Penh, no Camboja; La Pintana, no Chile; Tucupita, na Venezuela; Lazarus House, na Índia; Nueva Pompeya, na Argentina etc. No Brasil, foram e são muitos os novos La Valla, Marlhes e Tarrentaise: Ilhas, Cesmar e Vila Fátima, em Porto Alegre (RS); Rio Gregório (AC); Alagados (PE); Aruanã (GO); Pau d’Alho e Lar Feliz (SP); Duque de Caxias (RJ); Araçuaí (MG); Boa
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Vista (RR)... Eu, pessoalmente, vivi mais intensamente La Valla/novo começo em lugares como Lábrea, Canutama, Rio Branco, Boa Vista e Ponta Grossa, quando em contato cotidiano com a comunidade, as famílias, a simplicidade, a religiosidade popular, as alegrias e os sofrimentos do povo. A Igreja nos tem insistentemente interpelado a um novo começo, desde a Mater et Magistra de João XXIII, passando pela Populorum Progressio de Paulo VI, Solicitudo Rei Socialis de João Paulo II e chegando à Laudato Si e Evangelli Gaudium do Papa Francisco. Nossos Superiores Gerais, do Ir. Basílio Rueda ao Ir. Emili Turú, nos provocam com renovados apelos a olharmos o mundo com os olhos dos migrantes, dos marginalizados, dos analfabetos, das crianças pobres... e a nos deixarmos olhar por eles. Em 1986, os Provinciais Maristas latino-americanos, em Cali – Colômbia, elaboraram o Perfil do Irmão Marista que se queria formar na América Latina. Foram 12 desafios, sendo o sétimo ‘um Irmão identificado com o sofrimento de seu povo, capaz de optar pelos pobres, de compartilhar a sua vida e deixar-se evange-
lizar por eles’; e o oitavo, ‘um Irmão capaz de adaptar-se à cultura local e encarnar o carisma no contexto do povo que tem sua cultura e sua história’. O Ir. Charles Howard, Superior-Geral, dizia em uma Circular: ‘Há muitos dentre nós que, por várias circunstâncias, não tiveram contato significativo com os que sofrem necessidades e são marginalizados na sociedade’. Percebemos a contradição deste mundo. De um lado, uma sociedade de consumo, de esbanjamento, de individualismo, movida pela moderna tecnologia, fomentadora de guerras, predadora da natureza e destruidora do Planeta por seu estilo de vida; de outro, uma multidão à margem dessa sociedade perdulária, recolhendo as migalhas, fugindo de fogos cruzados, apátridas, sem-terra, sem dinheiro, analfabetos, famintos. Não são imagens fantasiosas, pois as vemos todos os dias nos meios de comunicação e no nosso entorno. Há um campo enorme, lugares, pessoas e situações aguardando o Novo Começo Marista. O P. Victor Codina, em Sonhos de um velho teólogo, seu último livro, diz: ‘Tanto na Igreja quanto na Vida Religiosa, esteve sempre presente a tentação davídica: abandonar uma vida pobre e nazarena por uma vida religiosa
LA VALLA FOI O NOSSO BERÇO, NOSSO INÍCIO, NOSSO BELÉM
numerosa e forte, com prestígio e poder econômico e social; uma vida Religiosa davídica, menos profética e mais acomodada à Igreja da cristandade’. Caros Irmãos e Leigas/os, é tempo de estudar, refletir, orar e discernir sobre nossa caminhada histórica. Participemos desse momento com entusiasmo, partilhando nossas experiências, sonhos, alegrias e inquietudes. São Marcelino e nossa Boa Mãe nos motivam e nos inspiram às melhores opções para sermos fiéis em nossa missão, nosso carisma e no seguimento de Jesus, anunciando e construindo o Reino”. A partir dessas palavras do Irmão Ferrarini, sigamos em comunhão de corações e unidos em prece pelo Capítulo Geral! A todos, a bênção Divina e a Proteção de nossa Boa Mãe!
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VIDA EM COMUNIDADE
Partilha, aprendizado E MISSÃO Convívio nas casas de formação marista proporcionam crescimento mútuo de Irmãos e Postulantes O Postulado é uma importante etapa para formação e discernimento vocacional. Com base no convívio fraterno e na comunhão, os postulantes cultivam sua espiritualidade a partir dos estudos, momentos de oração e atuação em diversos espaços de missão. Ir. Silfredo Klein, animador e Formador da Comunidade Marista Mãe de Deus, em Porto Alegre (RS), explica que as experiências oportunizadas formam um grande diferencial para a vivência e aproximação do carisma marista. “O espírito de família, a partilha, a convivência, a evangelização, a presença entre os estudantes; tudo isso faz crescer o desejo de dar continuidade à nossa missão”, declara. Nossa Província conta atualmente com oito Postulantes, cinco na casa de formação na capital gaúcha e três na Comunidade Marista de Maraponga, em Fortaleza (CE) – que faz parte da Província Marista Brasil Centro-Norte. A rotina diária envolve aulas da graduação em Teologia, seguidas pela atuação em Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista, atividades junto aos jovens da PJM, trabalho voluntário, estudo de idiomas e momentos de formação com os Irmãos que os acompanham. O período da noite é reservado para estudos, prática de esportes e descanso. O dia a dia nas comunidades também é permeado pelas orações, sempre nos períodos em que todos estão juntos, no início da manhã e ao meio-dia. Para o Ir. Silfredo, esses momentos de comunhão e cultivo são a força motriz dos Postulantes. “A formação e os conhecimentos sobre a Instituição são reforços necessários, mas o que realmente os motiva é o espírito, o seguimento a Jesus Cristo do jeito de Maria e Champagnat e o ardente desejo de fazer o bem”, afirma. Morador da casa de Fortaleza, o
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Postulante Marciélio Moreira pensa da mesma forma. Na sua opinião, a melhor parte de se viver na casa de formação é o espírito de fraternidade. “É visível que, neste espaço, reina a verdade, a transparência, o amor e o respeito por todos que integram a comunidade”, explica.
CONVÍVIO E APRENDIZADO Os Postulantes também destacam a oportunidade de construir conhecimentos em conjunto com os Irmãos que atuam como Animadores e Formadores. Luciano Taminski, da Comunidade Marista Mãe de Deus, acredita que a presença dos consagrados fortalece e dá suporte. “Penso que a convivência com pessoas mais experientes é benéfica para qualquer área de formação, e, na nossa caminhada, como futuros religiosos, não é diferente”, avalia. Marciélio complementa: “Eles nos ajudam a refletir sobre os caminhos da vida. Buscam formar primeiramente bons seres humanos, para que nos tornemos bons Irmãos”. Para o Ir. Silfredo, que iniciou sua atuação em casas de formação em 1974, a convivência com jovens vocacionados é uma graça e, ao mesmo tempo, um desafio. “A facilidade de interagir com o mundo traz mil atrações aos Postulantes, e todas com visual mais atraente que a Vida Religiosa Consagrada. Para que a vocação não oscile nem se fragilize, é muito importante nossa presença e apoio como Irmãos e amigos”, acentua. Mas, acima de tudo, ele acredita que as vivências junto aos jovens proporcionam crescimento mútuo. “Há muita vitalidade, tudo se renova, se transforma. O diálogo é franco e aberto, pois os desejos de realização são muitos, e as expectativas para o futuro são sempre presentes e compartilhadas”, enaltece Ir. Silfredo.
CASAS DE FORMAÇÃO Conheça os Formadores e Postulantes da nossa Província que vivem nas Comunidades Maristas Mãe de Deus e de Maraponga:
Comunidade Marista Mãe de Deus (Porto Alegre) •
Ir. Silfredo Klein – Animador e Formador
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Ir. Romidio Siveris – Ecônomo e Formador
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Adilson Habowski – Postulante
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Donavan Machado – Postulante
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Ederson Marchese – Postulante
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Luciano Taminski – Postulante
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Yago Silva – Postulante
Comunidade Marista de Maraponga (Fortaleza) •
Ir. Maicon Andrade
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Ir. Fabrício Alves
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Ir. José Augusto Alves
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Antônio José Lima da Silva – Postulante*
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Marciélio de Lima Moreira – Postulante*
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Raimundo Aquino de Paiva – Postulante*
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Jhoni Joner – Postulante
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Luiz Lima – Postulante
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Jeferson Bonomo – Postulante
*Província Marista Brasil Sul-Amazônia
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VIDA EM COMUNIDADE
Pastoral das Infâncias cultiva a espiritualidade DOS PEQUENOS Atividades tornam Jesus Cristo mais conhecido e amado entre as crianças Com o intuito de tornar o carisma marista cada vez mais vivo e significativo junto a todos os públicos atendidos pela nossa Província, a Pastoral das Infâncias cultiva a espiritualidade de estudantes de zero a 12 anos, por meio de atividades pensadas especialmente para essa faixa etária. Buscar novas formas de educar, evangelizar, defender e promover os direitos das crianças, adolescentes e jovens faz parte da missão marista desde a fundação do Instituto. Dessa forma, as equipes pastorais de Colégios e Unidades Sociais Maristas promovem espaços de vivência grupal que incentivam o protagonismo infantil através da participação, comunicação, reflexão sobre as experiências de vida, do fortalecimento de laços, do autoconhecimento e da descoberta do Sagrado.
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“Partimos da premissa de que a criança é uma construtora de conhecimentos, não somente alguém que os recebe”, explica a Assessora Maria Inete Maia, que integra a Coordenação de Pastoral. As atividades são realizadas em consonância com as Coordenações Pedagógicas de cada unidade, para que tragam tanto linguagem quanto abordagem propícias para a faixa etária. Os pequenos conhecem a história de Champagnat, aprendem sobre datas como Páscoa e Natal e vivenciam nosso carisma de maneira lúdica, o que respeita – e reforça – o direito de brincar. A iniciativa segue o mesmo viés no Hospital São Lucas e na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), preparando universitários e profissionais para abordar tais conteúdos com diversos públicos infantis. Com isso, não só o atendimento a pacientes mais jovens é aprimorado, mas o tema também serve como referência para projetos de pesquisa, cursos de graduação (como Psicologia, Pedagogia e Medicina) e para o Voluntariado. A Pastoral atua em conjunto com o Comitê Infâncias, grupo formado por colaboradores de diversas áreas que planeja ações e consolida um posicionamento que evidencie o que acreditamos sobre esse assunto, enquanto Rede. Um dos principais subsídios para essas iniciativas é o documento Evangelização com as Infâncias no Brasil Marista, lançado pela União Marista do Brasil (Umbrasil) em 2016. “Esse movimento é muito importante para darmos um olhar diferenciado às crianças e avançarmos cada vez mais na formação integral, que temos como objetivo oferecer aos pequenos”, declara a também Assessora de Pastoral Karen Theline.
EM FAMÍLIA
Solenidades homenageiam OS 200 ANOS DE ATUAÇÃO MARISTA NO MUNDO Bicentenário foi celebrado pelo Poder Público do Rio Grande do Sul Em 2017, nossa Província recebeu duas importantes homenagens do Poder Público em razão dos 200 anos de atuação marista no mundo. Tanto a Câmara Municipal de Porto Alegre quanto a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul promoveram solenidades em reconhecimento à significativa contribuição para a evangelização, a promoção da vida e o desenvolvimento da educação em nosso Estado. A primeira cerimônia ocorreu no dia 4 de julho, em Sessão Solene realizada no Palácio Aloísio Filho, em Porto Alegre, sede da Câmara Municipal. Constituíram a mesa de honra o Provincial, Ir. Inacio Etges, o Vice-Provincial, Ir. Deivis Fischer, e os Conselheiros Provinciais, Ir. Evilázio Teixeira e Ir. Odilmar Fachi. Estiveram presentes Irmãos, gestores, educadores, colaboradores, estudantes e educandos de diver-
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EM FAMÍLIA
sos empreendimentos e espaços de atuação. O momento foi marcado pela demonstração de orgulho e reconhecimento dos vereadores Monica Leal (proponente da sessão), Cassio Trogildo, João Carlos Nedel, Reginaldo Pujol e Aldacir Oliboni. Já a Assembleia Legislativa promoveu um Grande Expediente no Plenário 20 de Setembro, também na Capital, em 17 de agosto. Segundo o Deputado Adão Villaverde, que propôs a homenagem, o ato foi muito importante. “É absolutamente fundamental registrar a dedicação, a trajetória e a missão de
Champagnat, do ponto de vista da educação, da evangelização e da inclusão social. Nossa casa legislativa tem um compromisso enorme com a trajetória e com o trabalho realizado pelos maristas”, explicou na ocasião. Além de Villaverde, os Deputados Tarcísio Zimmermann, Pedro Ruas, Marcel Van Hattem, Zilá Breitenbach e Ibsen Pinheiro se somaram à homenagem. A mesa dos representantes da Rede Marista foi composta pelos Irmãos Inacio Etges, Deivis Fischer, Evilázio Teixeira, Odilmar Fachi e Lauro Hochscheidt (Conselheiro e Ecônomo Provincial).
LIVRO CELEBRA A TRAJETÓRIA DO IR. CECCHIN Após a solenidade realizada na Assembleia Legislativa, ocorreu o lançamento do livro Seguindo o Caminho – em busca da Terra sem Males, que reúne memórias em homenagem ao Ir. Antônio Cecchin, falecido em 2016. Realizado no salão adjunto ao Plenário 20 de Setembro, o evento foi aberto ao público e contou com a presença de Irmãos, Leigos/as e colaboradores/as maristas, além de representantes do Poder Público e da sociedade em geral. Além da sessão coletiva de autógrafos, a programação contou com cantos da Missa da Terra Sem Males e apresentações de música, dança e teatro. A obra, organizada por Matilde Cecchin, irmã do Ir. Cecchin, conta com o apoio da Província Marista Sul-Amazônia e editoração da Libretos. Foi escrita de forma conjunta por 77 autores, entre amigos, coirmãos e companheiros dos diferentes movimentos sociais dos quais o Irmão participou. Conhecido como um profeta da ecologia, o Ir. Cecchin foi pioneiro no apoio a unidades de reciclagem no país; fundou grupos – como a Comissão Pastoral da Terra do Rio Grande do Sul (CPT-RS), a Pastoral da Ecologia, a ONG Caminho das Águas – e foi um dos criadores da Romaria da Terra e da Romaria das Águas.
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VIDAS MARISTAS Simone Monteiro, o afeto como norteador da atuação A Coordenadora de Projetos Museológicos do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, Simone Monteiro, é um exemplo de amor ao trabalho. Graduada em História e Doutora em Museologia, área na qual atua há cerca de 30 anos, é uma apaixonada pelos museus e pelos significados que eles exploram e apresentam. “Acredito que a Museologia faz parte da nossa vida, pois documentamos e guardamos lembranças o tempo todo”, exclama. Ela emprega essa dedicação e entusiasmo ao Museu de Ciências e Tecnologia (MCT) da PUCRS desde 2008, mas seu vínculo com o carisma marista iniciou muito antes. Nascida na cidade do Rio Grande (RS), Simone ingressou no Colégio Marista São Francisco ainda criança, por volta dos seis anos de idade, no início dos anos 1970. Lá permaneceu até o fim do então Primeiro Grau, já que na época a instituição não tinha turmas das séries mais avançadas – tempo suficiente para marcar sua trajetória e criar vínculos que perduram por anos. “Fui uma das primeiras estudantes meninas da escola, e lembro que o ambiente era muito acolhedor, uma extensão da minha casa”, recorda. Do período, ela destaca amizades que duram até hoje e a relação fraterna com os Irmãos Maristas, como o Ir. Dorvalino Tolotti e o Ir. Oscar Bento. “Uma das memórias mais fortes é a do Ir. Oscar me esperando na porta do hospital quando, já adulta, fui visitar minha mãe, que estava doente”, comenta. Depois de graduada, Simone retornou ao Marista São Francisco, desta vez como professora de História.
OS MUSEUS DEVEM SER MAIS INCLUSIVOS E DIALOGAR SOBRE AFETO. SE RESPEITAMOS A MEMÓRIA DO OUTRO, SIGNIFICA QUE O RESPEITAMOS TAMBÉM.
APRENDIZADO PARA A VIDA Esse cuidado com o próximo, que marcou Simone na época do colégio, a acompanha na vida profissional e acadêmica. Seu doutorado, realizado na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, em Lisboa, foi na área de Museologia Social, vertente que aborda a função social dos museus. “Independentemente das suas tipologias, os museus devem ser mais inclusivos e
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EM FAMÍLIA
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dialogar sobre afeto. Se respeitamos a memória do outro, significa que o respeitamos também. Não é um espaço de culto ao passado, mas que nos ajuda a entender que outras pessoas tiveram vivências e aprendizados que nos permitiram ser quem somos hoje”, explica. Simone vê essas características como um dos principais potenciais dos espaços em que atua. Elas são proporcionadas não só pela interatividade e a colaboração características do MCT, mas pela própria importância que nossa Província/Rede Marista dá à memória institucional.
MEMÓRIA VIVA A museóloga também é uma das integrantes da Rede de Centros de Memória Marista, criada em 2016 para possibilitar ações conjuntas no Brasil Marista que buscam a guarda, a gestão e o compartilhamento de informações dos bens históricos constituídos nos últimos 200 anos. O projeto é idealizado pelo Instituto Marista e contou com o Brasil como ponto inicial para integrar as experiências existentes na Região América Sul, tendo em mente a importância de qualificar nossos acervos culturais e espirituais. Atualmente, a iniciativa conta com arquivos e memoriais nas três Províncias maristas brasileiras. “É fantástico ver esse cuidado do Instituto, de pensar seu patrimônio como um todo, de forma articulada. Vai totalmente ao encontro do que eu acredito ser a Museologia, com diálogo com as pessoas, com a comunidade e por meio do afeto”, pontua.
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MISSÃO E GESTÃO
A FUNÇÃO SOCIAL DE compartilhar conhecimentos Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS integra, ensina e diverte de forma única
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MISSÃO E GESTÃO
O Museu de Ciências e Tecnologia (MCT) da PUCRS é um legado da Rede Marista ao nosso país. Reconhecido nacional e internacionalmente como importante gerador, preservador e difusor de conhecimento, o espaço recebe anualmente cerca de 170 mil visitantes, que aprendem se divertindo com suas inúmeras atrações interativas. Enquanto espaço de missão marista, a atuação do MCT tem profunda ligação com o nosso carisma, não só por contribuir com a partilha de saberes com a sociedade, mas também por incentivar crianças, jovens e adultos a se tornarem protagonistas do próprio aprendizado por meio das vivências proporcionadas pelas exposições. As coleções científicas do Museu contam com um vasto acervo de fósseis, espécimes da flora e fauna, minerais, rochas e peças provenientes de escavações arqueológicas
– que são objetos de estudo para pesquisadores, mestrandos e doutorandos de diversos países. Com origens no início da década de 1960, o MCT é contemporâneo dos primeiros cursos de Ciências da Universidade. A partir do crescimento dos acervos e o consequente interesse das escolas da região por espaços de visitação, a PUCRS foi estabelecendo locais expositivos para atender à demanda cada vez maior. A ideia de promover exposições interativas e participativas surgiu em 1988, ano em que foi lançada a pedra fundamental do Prédio 40 do Campus Central (nomeado em homenagem ao 40º aniversário da Universidade), que já previa um espaço físico de 12 mil metros quadrados específico para o Museu. Após a conclusão da obra, em 1993, foram dedicados cinco anos para consolidar as coleções e organizar o complexo, que culminaram na abertura da exposição interativa ao público, em 14 de dezembro de 1998.
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MISSÃO E GESTÃO
EM SINTONIA COM A COMUNIDADE ACADÊMICA Muito além da interatividade das exposições, um grande diferencial do MCT é o seu caráter de museu universitário. Hoje com 87 colaboradores, atua de forma conjunta com estudantes e professores de cursos como História, Medicina, Geografia, Ciências Biológicas e Arquitetura – servindo como canal de diálogo entre a comunidade acadêmica e a sociedade a partir da divulgação científica e da mediação dos conhecimentos. Para a Diretora do Museu, Melissa Pires, isso cria um ambiente frutífero para todos. “É uma simbiose extremamente virtuosa, pois podemos integrar alunos de áreas distintas e gerar aprendizados de muitas formas. Trabalhamos com, para e na PUCRS”, afirma. Os exemplos dessa parceria são diversos: pesquisas, auxílio em exposições, oportunidades de estágio e até mesmo a possibilidade de contato direto com crianças e jovens, essencial para estudantes de várias graduações. “Um dos projetos traz os alunos da Medicina para explicar sobre alas do Museu mais ligadas à área da Saúde, no intuito de exercitar a transposição de termos técnicos para uma linguagem mais popular”, explica Melissa.
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Outra chance de unir experiências dentro e fora da sala de aula é a possibilidade de trazer o público dos estágios profissionais externos à PUCRS para dentro do MCT. “Qualquer estudante que estagie, independentemente da empresa, pode conversar conosco e trazer ao Museu, uma vez por ano, colegas de trabalho ou um público que ele atenda (como crianças de uma escola, por exemplo). Fazemos uma reunião e montamos de forma conjunta uma proposta de visita, que é guiada pelo próprio aluno proponente. Dessa forma, todos aproveitam e aprendem juntos”, conta a Diretora. Tais iniciativas resultaram recentemente em uma troca de expertises com o Great North Museum: Hancock, da Universidade de Newcastle, na Inglaterra. Ao mesmo tempo em que o MCT compartilha boas práticas relativas à sua forma de gestão enquanto museu universitário, os britânicos apresentam modelos de atividades específicas para crianças de idades mais baixas, uma de suas especialidades.
PRÊMIOS RESSALTAM A RELEVÂNCIA DO MUSEU O MCT recebeu diversos reconhecimentos de instituições e visitantes nos últimos anos. Entre eles destacam-se o Top of Mind Porto Alegre, no qual foi o mais lembrado na categoria Museus, e o Prêmio Líderes e Vencedores. A iniciativa, promovida pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e pela Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), condecorou o Museu como vencedor da categoria Expressão Cultural, em razão das contribuições para o enriquecimento da cultura gaúcha. Sua importância como atração da capital do Estado também é evidenciada no destaque dado pelo guia Quatro Rodas, especializado em turismo e gastronomia, e pelo site TripAdvisor – portal colaborativo que avalia serviços em todo o mundo. Em ambos, o MCT conta com classificações em nível de excelência.
UMA PORTA DE ENTRADA PARA O MERCADO DE TRABALHO O MCT é conhecido por proporcionar a primeira experiência profissional de muitos
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MISSÃO E GESTÃO
universitários. Ex-aluna de Química Industrial e Licenciatura da PUCRS, Suélen Rodrigues conta que foi a primeira estagiária do Polo Educacional, em 2009, e foi crescendo na instituição. Hoje na função de Assistente de Museu, cuida do conteúdo para a área expositiva e das capacitações para mediadores e professores. “Além de ter me criado como profissional aqui, temos a oportunidade de trabalhar em um espaço único e que sempre traz algo novo à rotina”, enaltece. Colega de Suélen, o Auxiliar de Museu Charles Soares é outro bom exemplo de profissional que desenvolveu sua trajetória no MCT. Ele ingressou em 1999, também como estagiário, e desde então tem visto seu local de atuação evoluir. “Percebo um vínculo muito grande com o carisma marista, principalmente em relação aos valores humanos que empregamos aqui. A função social dos museus tem tudo a ver com a missão iniciada por Champagnat”, orgulha-se.
ESPAÇO DE PARTILHA E INTEGRAÇÃO Tendo as instituições de ensino como seu público majoritário, o Museu promove importantes ações de acesso à cultura e ao conhecimento científico. Por meio do Programa Escola-Ciência (PROESC), a instituição possibilita que turmas inteiras de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social visitem as exposições de forma gratuita – é disponibilizado translado de ida e volta para as escolas ou ONGs, bem como ingresso e lanche. Também há um cuidado especial com os professores, que são orientados em uma pré-visita sobre como acompanhar os alunos nas diferentes atividades. São atendidos colégios de Porto Alegre, Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Gravataí e Viamão. Para fazer o agendamento, é necessário que um educador ou representante da instituição leia o regulamento e complete a ficha de inscrição no portal do MCT: www.pucrs.br/mct/educacional/proesc/. Concomitante ao PROESC, escolas públicas e privadas têm a possibilidade de desenvolver atividades complementares em laboratórios de Biologia, Química, Física e Matemática do MCT. O acesso é gratuito e pode ser solicitado diretamente à equipe de Coordenadoria Educacional do Museu, pelo telefone (51) 3220-3521 ou por meio do e-mail coordeducacional.mct@pucrs.br. Os espaços comportam até 20 alunos. Segundo Melissa Pires, Diretora, todas as iniciativas de integração da Universidade com a comunidade em geral são essenciais para dar prosseguimento a essa atuação tão proeminente do MCT.
“TEMOS QUE SEMPRE PENSAR EM COISAS NOVAS PARA CUMPRIR A NOSSA MISSÃO DE GERAR, PRESERVAR, DIFUNDIR CONHECIMENTO E, CONSEQUENTEMENTE, PROMOVER A EDUCAÇÃO”. Melissa Pires, Diretora
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O MCT EM NÚMEROS O Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS cumpre a missão de salvaguardar a memória da nossa biodiversidade. A instituição reúne números expressivos em suas coleções nas áreas de Zoologia, Botânica, Paleontologia e Arqueologia. São cerca de 1 milhão de espécimes nas coleções biológicas, 7.430 registros na coleção de fósseis e 2,5 milhões de peças na arqueológica.
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Confira:
peixes
165.502 70.353 63.350 54.237 47.155 19.522 moluscos
crustáceos
insetos
21.215 13.643 13.643 herbário
miriápodes
anfíbios
aracnídeos
7.200 fósseis
abelhas
5.237 aves
répteis
2.222 mamíferos
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MISSÃO E GESTÃO
CORRENTES DO BEM motivam a doação de sangue e de livros Ação convida a sociedade a agir para transformar vidas Neste ano, o Dia de Champagnat e o Dia do Marista foram marcados por uma iniciativa que busca conscientizar sobre a importância de ajudar o próximo. Nossa Província lançou duas correntes do bem com o objetivo de sensibilizar a sociedade para mudar índices preocupantes: a diminuição dos estoques dos hemocentros e o baixo índice de leitura no país (1,7 livro por ano, segundo o Ministério da Cultura). Chamadas de Rede Sanguínea e Rede do Livro, elas motivam doações de sangue (que podem ser feitas em qualquer hospital ou hemocentro)
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e de obras literárias (sejam elas para instituições, bibliotecas ou a uma pessoa específica). A ideia é integrar a prática em nossa cultura, para que deixe de ser algo que ocorre somente quando há campanhas ou casos de urgência. As correntes começaram internamente no dia do nosso fundador, 6 de junho. Um grupo de 400 embaixadores (200 para cada rede, em referência ao bicentenário da atuação marista no mundo) fizeram as primeiras doações, dedicando-as a outros amigos da Rede Marista. Dessa forma, Irmãos, Leigos/as, colaborado-
res, educadores e estudantes repetiram o gesto sucessivamente, deixando as correntes cada vez mais fortes e envolvendo um grupo maior de pessoas. A segunda etapa da ação iniciou no Dia do Marista, 15 de agosto. Para marcar a data, a Rede Sanguínea e a Rede do Livro ultrapassaram o âmbito institucional, e a sociedade foi convidada a dar continuidade às correntes a partir de um vídeo que mostra como atos de solidariedade podem transformar realidades. A produção conta as histórias de Cristiana Leão, Carlos Cor-
rêa, Luiz Antônio de Assis Brasil e Ulisses da Motta – pessoas que tiveram as vidas mudadas graças a doações de sangue e de livros. É importante que o maior número possível de pessoas se engaje na causa. Por isso, é possível que cada marista que ainda não participou inicie uma corrente, mesmo sem ter sido convidado por outra pessoa. Basta fazer uma doação de sangue ou livro e dedicar o gesto a colegas, familiares e amigos, para que ele/a siga a corrente. Agindo de forma conjunta, é possível mudar diversas realidades.
HISTÓRIAS QUE INSPIRAM Desde seu lançamento, o vídeo sobre a Rede Sanguínea e a Rede do Livro obteve mais de 3 mil visualizações por meio do YouTube, redes sociais e aplicativos de telecomunicação, como o WhatsApp. Com a ajuda das histórias retratadas, as correntes do bem chegaram à imprensa e motivaram centenas de doações. O vídeo pode ser acessado neste link: http://bit.ly/redesdobem. Conheça as histórias retratadas: Cristiana Leão Portadora de uma doença autoimune, precisou de transfusão de sangue nos partos de ambos os filhos. Como não sabia da enfermidade durante a primeira gestação, sofreu complicações no parto por causa da perda de sangue. Segundo ela, a doação que recebeu salvou duas vidas: a dela e a do bebê. Carlos Correa De origem humilde, foi incentivado a ler graças às doações de livros que recebia na rua, durante a época em que se sustentava como catador de lixo. Hoje estuda Letras e sonha em ser professor. É o primeiro da sua família a cursar o Ensino Superior. Luiz Antônio de Assis Brasil É professor da PUCRS e um dos maiores romancistas do Brasil. Publicou o primeiro romance em 1976, e de lá para cá acumulou os principais prêmios de literatura do país. Acredita que se a biblioteca de sua escola não tivesse recebido doações de livros, possivelmente hoje não seria escritor. Para ele, o gesto de doar é um ato salvador. Ulisses da Motta Cineasta que está em tratamento contra um linfoma. Faz relatos sobre essa desafiadora experiência nas redes sociais, e já promoveu uma mobilização para conseguir 30 doadores de sangue em um dos procedimentos. Seu depoimento mostra o quanto doações proativas, e não somente motivadas por casos urgentes, podem fazer a diferença na vida de quem precisa de transfusões.
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PALAVRA ABERTA
Sobre um encontro de vida E PULSÃO JUVENIL MAURÍCIO PERONDI No dia 16 de setembro, participei do Encontro de Jovens Maristas 2017 (EJM), em Rio Grande, promovido pela Pastoral Juvenil Marista (PJM). Foi lindo ver aproximadamente 1,5 mil jovens animados e motivados durante todo o encontro e perceber o bonito processo que vem sendo feito. Ainda que eu não atue diretamente com os grupos, de modo indireto tenho acompanhado o processo realizado. Por isso compartilho esta reflexão. Há cinco anos, o número de participantes na PJM era de aproximadamente 800 jovens (nos colégios, unidades sociais e na PUCRS). Em 2017, este número passou dos 1.700 jovens. Isso não aconteceu por acaso. Certamente, existem muitos motivos que levaram a este crescimento. Vou listar sete deles que, na minha opinião, contribuíram para esse fortalecimento: 1. Projeto: existe um projeto claro, com objetivos, metodologia formação etc. Os jovens e assessores conhecem esta proposta e se empenham no seu desenvolvimento.
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2. Protagonismo: talvez este seja o principal motivo para tanta participação de jovens. Hoje quase nenhum jovem tem motivação para participar de algo do qual ele não se sinta “autor”, participante genuíno e protagonista. Na PJM, em praticamente todas as fases do processo, eles são os sujeitos centrais. São quase 200 jovens animadores que coordenam as atividades, preparam reuniões e participam de quase todas as decisões. 3. Múltiplas linguagens: percebo que os encontros têm sido muito dinâmicos, com novas linguagens, dinâmicas, utilizando-se muito de elementos artísticos tais como música, teatro, vídeos, jogos, cores etc. 4. Formação: a proposta está baseada na Formação Integral, ou seja, todas as dimensões da pessoa. Para isso, existem atividades formativas para grupos, para animadores e para assessores. 5. Afetividade/relações: existe uma aposta na vivência da afetividade e das relações interpessoais, valorizando a diversidade e as diferenças. Vivemos num mundo onde cada vez mais cresce a discriminação, a intolerância, o preconceito e até mesmo o ódio contra quem é diferente. Tais evidências sugerem que precisamos repensar as nossas relações, assim como a PJM está vivenciando. 6. Organização: lembro do Pe. Hilário Dick falando que “o protagonismo precisa de organização”. Concordo muito com ele. Sem investimento não há retorno. No caso da PJM, tem crescido o investimento financeiro em pessoas com perfil para acompanhar jovens em estruturas de acompanhamento (equipes, reuniões, encontros, assembleias). 7. Relação com outros setores da unidade educativa: percebe-se que os grupos têm ampliado a participação no seu espaço de
Coordenador do Observatório Juventudes da PUCRS
atuação. Não são aqueles jovens que ficam fechados numa sala, realizando seus encontros. Eles têm ampliado a sua visibilidade e a atuação nos espaços educativos e na comunidade externa. Isso gera um fenômeno de empatia e de interação com os diversos setores, com os educadores e com os demais estudantes. De modo recorrente, ouve-se que os jovens não querem mais saber de grupos, que os jovens estão em crise e por aí em diante. Tenho dito que acho que a crise maior está nas instituições e nos próprios adultos, que têm dificuldade em compreender as novas gerações e de, inclusive, aprender com elas, através do seu dinamismo. O exemplo da PJM tem nos mostrado isso (assim como inúmeras outras experiências coletivas de jovens das demais pastorais, das escolas e universidades ocupadas, dos movimentos sociais e de novas formas de resistência juvenil). Ao passo que muitas expressões têm desejado “conformar” e homogeneizar a participação juvenil, outras têm apostado na diversidade e no protagonismo juvenil como forma de reinventar as suas práticas e projetos.
“EU ACREDITO É NA RAPAZIADA QUE SEGUE EM FRENTE E SEGURA O ROJÃO EU PONHO FÉ É NA FÉ DA MOÇADA QUE NÃO FOGE DA FERA E ENFRENTA O LEÃO EU VOU À LUTA COM ESSA JUVENTUDE QUE NÃO CORRE DA RAIA A TROCO DE NADA EU VOU NO BLOCO DESSA MOCIDADE QUE NÃO TÁ NA SAUDADE E CONSTRÓI A MANHÃ DESEJADA” (GONZAGUINHA)
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O Ir. Rosmar Rissi lançou recentemente o livro Teoria do Mínimo Existencial – Direitos Fundamentais Sociais e Democracia, fruto das reflexões realizadas em sua dissertação de Mestrado. O autor autografará a obra nas feiras do livro de Bento Gonçalves, em outubro, e de Porto Alegre, em novembro. Confira abaixo a sinopse.
Reflexões sobre direitos fundamentais sociais E DEMOCRACIA O conceito de mínimo existencial é, em linhas gerais, o conjunto de condições materiais indispensáveis à existência humana, o qual é mutável, de acordo com a cultura e o momento histórico. Investigar as teorias do mínimo existencial à luz das teorias democráticas é o foco do presente estudo. A democracia, como melhor forma de governo, torna-se problema uma vez que resulta um desvirtuamento da democracia representativa para outras formas mais diretas de participação. Ferrajoli (2011, p. 47) no livro Poderes selvagens, relata o fato que ocorreu na Itália, onde a televisão manipulou a população que iria exercer seu direito democrático do voto, tendo assim a obtenção de resultados do povo, entretanto não os melhores, pois não são constitucionais e nem representam a vontade do povo. A democracia é considerada a melhor forma de governo. Agregar teorias que visam ao seu aprimoramento e à adequação para o que há de melhor em gestão da res publica ocorre no presente estudo, através da democracia deliberativa, caracterizada pelo conjunto de pressupostos e condições para a deliberação de demandas políticas em prol da cooperação democrática na formação da vontade coletiva. É fundamental a existência dos pressupostos de liberdade e de igualdade para a cooperação na deliberação democrática. Na existência desses pressupostos, há espaço para a inclusão de novos direitos sociais e a efetivação daqueles já existentes. Numa sociedade governada a partir dessa teoria, a concretização
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de direitos ocorre de maneira satisfatória sem a necessidade de demandar à esfera judicial. Entretanto, a Ação Civil Pública é um instrumento judicial adequado para impulsionar a Administração Pública a executar políticas que concretizam os direitos sociais fundamentais, quando esses são negados ao cidadão. Sustentamos que o controle judicial de políticas públicas relativamente a direitos sociais fundamentais que viabilizam a cooperação democrática pode ser exercido excepcionalmente com base em critérios como os princípios da proteção deficitária e da vedação do retrocesso. A intervenção judicial forte diz respeito às hipóteses relativas a políticas públicas vinculadas ao Mínimo Existencial, atribuindo-se ao controle brando as políticas públicas vinculadas à concretização de direitos sociais não fundamentais. Como exemplos do modelo forte de controle judicial em políticas públicas, citamos a tutela do direito subjetivo à prestação in natura ou quando o orçamento revela-se inconstitucional, desconsiderando o Mínimo Existencial ou não sendo isonômico. A sociedade brasileira clama por novos direitos sociais, especialmente o transporte público gratuito, já existente em pequenas cidades. Direitos sociais concretizados, como: saúde, educação, previdência social e outros, possuem a universalização de acesso, mas apresentam lacunas na prestação de serviço ao cidadão. O mínimo existencial não possui expressa menção na legislação brasileira, mas está presente através dos princípios e nos direitos fundamentais.
Olhos e corações NOS CAMINHOS DE CHAMPAGNAT IR. LUIZ JOSÉ GERHARDT, ANIMADOR DA COMUNIDADE MARISTA DE PORTO VELHO, E IDA CRISTINA LUCENA, IRMA GABRIELA LUCENA E EDNEY LUCENA, DA FRATERNIDADE SÃO MARCELINO DA AMAZÔNIA (PORTO VELHO) Gratidão é a primeira palavra de que nos lembramos ao recordar a peregrinação aos lugares Maristas, realizada entre os dias 21 e 31 de julho deste ano. Para nós, gratidão multiplicada, pois a fizemos em família. Impossível esquecer a acolhida do nosso grupo desde antes da chegada em Porto Alegre, dos traslados, das visitas, das refeições, dos passeios, dos encontros, das orações, de toda a preocupação com nossas bagagens, estadas e passagens, além de todas as vivências, perfazendo os caminhos de Champagnat. Os olhos que contemplaram os Caminhos de Champagnat puderam notar a dimensão da coragem e persistência do jovem Marcelino, que caminhou entre as montanhas e vales para levar o alento e a esperança aos que sofriam com a ignorância, a guerra e a pobreza. Contemplaram também “a rocha” na qual
se alicerçou Notre Dame de l’Hermitage, base para duzentos anos de dedicação à educação de crianças e jovens do mundo inteiro. O coração que pulsou ao percorrer os Caminhos de Champagnat, a cada nova estrada, a cada subida e descida, sentiu também que, apesar do cansaço, da exaustão ao final de cada dia de trabalho, a fé inabalável e a confiança no auxílio da Boa Mãe o animavam e fortaleciam. Da viagem, trazemos o sentimento de que temos muito alimento para cultivar a nossa espiritualidade, fundamentada em São Marcelino Champagnat e na Boa Mãe Maria. Os caminhos nos permitiram contemplar a grandeza dos pequenos gestos, a importância de enxergar no outro o Montagne, o Rivat. E nos motivaram a percorrer novos caminhos, traçar novas metas, vivenciar experiências diferentes, alargar nossa tenda para acolher o novo começo.
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Percepções do XXII CAPÍTULO GERAL IR. SEBASTIÃO FERRARINI Desde os tempos do Fundador, somos convidados e desafiados a, periodicamente, recordar nossa história, redescobrir nosso carisma, avaliar nosso trabalho, nossa missão e a perceber os sinais dos tempos e os apelos do Espírito. O cenário para esse trabalho, no ano de 2017, foi a cidade de Rionegro, na Província de Antioquia, Colômbia. A cidade está localizada na Cordilheira dos Andes que, vindo desde a Patagônia, ao entrar nesse país se divide em três: Cordilheira Ocidental, Central e Oriental. Rionegro está na Cordilheira Central. Assim, 79 Irmãos afluímos de todas as partes do mundo para esta localidade, cujos páramos nos apontam para vastos horizontes e cuja orografia nos lembra a Trindade. O povo colombiano teve aqui um Novo Começo, ao elaborar em Rionegro, em 1863, a Constituição do país. Por isso é chamada de o Berço da Liberdade. Eclesial e pastoralmente, há uma grande aproximação entre La Valla e Medellín. Medellín é a capital da Província de Antioquia, a 40km de Rionegro. Sabemos que estamos entrando nos 50 anos de Medellín (1968). Esse jubileu lembra a chegada do Concílio em terras da América. Aqui aconteceu a segunda Conferência do Episcopado. Ela foi preparada por Dom Helder Câmara e Dom Manuel Larraín. Medellín trouxe, novamente, para dentro da Igreja Latino-Americana os povos que estavam na periferia, convite respaldado pelo Vaticano II, recordando o primeiro Concílio, em Jerusalém, com os Apóstolos que, no final de seu documento, escreviam: e não se esqueçam dos pobres. Para nós La Valla está em Medellín e Medellín em La Valla, pois nesses dois cenários a prioridade elegida foi a opção preferencial pelos pobres. As crianças nos lembraram isso, ao acolherem os capitulares no início dos trabalhos. Não faltaram as flores, visto que Colômbia é um país grande produtor e exportador de flores. As flores que recebemos foram de-
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positadas aos pés de Nossa Senhora de Fourvière, que preside nosso Capítulo. Outro momento mariano forte foi uma pequena procissão que realizamos com os demais convidados, com leigos, leigas e jovens, desde a avenida exterior da propriedade até a Capela da Casa de Encontros. Procedentes e/ou representando os 82 países onde atuamos, fomos convidados na primeira semana a nos sintonizar com o mundo e com a História. Por isso percorremos os tempos percebendo as mudanças ocorridas e o que acontece hoje no mundo e que são sinais dos tempos para nós. Como devemos ser e atuar no mundo da cultura, da economia, da política, da espiritualidade, das comunicações, da ecologia... Esse cenário também interpelou Champagnat em seu tempo. Para nos ajudar em todos os trabalhos, fazemo-nos acompanhar pela tecnologia. Cada um com seu tablete sintoniza o que ocorre, acompanha os textos produzidos, segue a liturgia, realiza votações. O mundo da tecnologia é utilizado intensamente, evitando assim o uso do papel e contribuindo com a preservação
Formador do Noviciado Regional da Região América Sul
ambiental. Nesse sentido quase todos estamos sendo aprendizes. A Província que nos acolheu foi a Norandina, que compreende o Equador, a Venezuela e Colômbia. Uma dinâmica equipe preparou todo o necessário para a realização do Capítulo. A Casa de Encontro La Salle, em Rionegro, transformou-se num grande cenário marista. Irmãos artistas favoreceram o clima de acolhida, de espiritualidade e de integração. As línguas não são obstáculo ao bom relacionamento de todos. Como em Jerusalém, aqui estamos representando “todos os povos e culturas”. O silêncio, os olhares, as danças, os símbolos também são meios de relacionamento. Os tradutores se esforçam para ajudar a todos a bem acompanhar as falas. Há tradução para o francês, inglês e espanhol. Nosso capelão é bem criativo e reza fluentemente em espanhol, francês e inglês. Dois momentos fortes de comunhão com a Igreja universal foram: a fala de Dom João Braz e o encontro com o Papa Francisco. Dom João, Prefeito da Congregação para a Vida Religiosa, nos transmitiu uma mensagem gravada na qual agradece o fato de poder se
comunicar conosco e convida o Instituto a continuar e fortalecer sua presença carismática nas fronteiras existenciais. Em Medellín, cerca de 12 mil religiosas/os, clero, famílias nos encontramos com o Papa. Foi um encontro fraterno, cheio de alegria, cantos, cores. Nosso Pastor nos motivou a ser dinâmicos na geração de novas vocações, a ser pessoas alegres e portadoras de esperança e a ter os olhos fixos nos mais necessitados. Incitou-se a estar junto aos jovens, sabendo que eles são naturalmente inquietos. Nossa disposição no recinto capitular é ao redor de mesas (16) redondas com seis ou sete Irmãos em cada uma. Com isso se facilita a comunicação, se cria ambiente de comunidade e fraternidade. Frequentemente nos encontramos em fraternidade composta de seis Irmãos, para partilhar algum tema de vida. Temos refletido sobre a importância de cada um assumir com coragem seu papel de Capitular: um Irmão Marista presente no XXII Capítulo Geral, convidado a refletir sobre o momento atual e a apontar caminhos ao carisma marista para o mundo que há de vir. Diversos Irmãos já assinalaram a necessi-
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PALAVRA ABERTA
dade de o tema da Ecologia estar presente. E a Colômbia é o país de maior diversidade de pássaros. Vejam este, chamado barranquero (Momotus momota) ou solitário, e que pousou em um galho bem em frente a minha janela, enquanto escrevia estas linhas. O natural silêncio desse pássaro nos introduziu na espiritualidade. Toda manhã temos quase uma hora de oração pessoal. Pela tarde, prece mariana e, ao declinar do dia, a Eucaristia. Esta vem acompanhada de sons harmoniosos da natureza: canto de pássaros, sibilos de insetos, coaxar de sapos. Frequentemente somos convidados a outros momentos de silêncio e contemplação. Foi-nos muito iluminativo conviver um dia em diversas obras sociais nas periferias de Medellín. Ali encontramos crianças e jovens provindos de realidades de violência, pobreza, abandono. As entidades que os assistem dão
TEMOS REFLETIDO SOBRE A IMPORTÂNCIA DE CADA UM ASSUMIR COM CORAGEM SEU PAPEL DE CAPITU LAR: UM IRMÃO MARISTA PRESENTE NO XXII CAPÍTULO GERAL, CONVIDADO A REFLETIR SOBRE O MOMENTO ATUAL E A APONTAR CAMINHOS AO CARISMA MARISTA PARA O MUNDO QUE HÁ DE VIR.
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a elas/eles a oportunidade de sonhar e atingir seus sonhos. Também recebemos, no recinto capitular, jovens vindos de diversas obras maristas, grupo que nos deixou desafiadoras e corajosas mensagens. Acenaram para a fraternidade, a espiritualidade e para a presença junto a eles. Também tivemos a alegria de celebrar, de maneira mais ampla e partilhada, os 200 anos de vida marista. Acolhemos muitas delegações do Equador, Colômbia e Venezuela para a festa. Com a presença de 400 pessoas – entre Irmãos e convidados capitulares, Irmãos da Norandina, Fraternidades Maristas, Leigos e Leigas, alunos e alunas dos colégios do Equador, Colômbia e Venezuela – celebramos uma missa presidida pelo Núncio Apostólico na Colômbia, ex-aluno marista de Genova; almoço, merenda e jantar partilhados; apresentação de teatro e danças típicas das várias regiões da Colômbia. Houve também falas de agradecimentos do Ir. Emili Turu, do Provincial da Norandina e das representações, entremeadas com cantos e muitas dinâmicas. Iniciamos a terceira semana refletindo sobre nosso corpo institucional. Os diálogos nos orientaram a refletir sobre nosso ser marista, nossa missão, nossa instituição. Daqui para frente temos ainda um longo caminho. Até o dia 23 de setembro continuamos com reflexões e exercícios de tomada de consciência de nossos trabalhos, do mundo, da missão, do Instituto. Nas semanas seguintes abordaremos outros grandes temas como: Relatório do mandato findo; processo de eleição; eleição do Superior-Geral, Vigário-Geral e Conselheiros; estudos do texto das Constituições e da Regra de Vida, o Laicato. Um grupo de leigo e leigas nos acompanha. Nestes dias estamos refletindo este tema. Constatamos nossa progressiva aproximação a eles e elas; o quanto é importante para a missão, a espiritualidade e a vitalidade do carisma. Colocamos tudo isso nas mãos de Deus, e que seu Espírito nos ilumine. Maria preside nossos trabalhos, e Champagnat nos ensina a nos deixar olhar pela crianças e jovens mais necessitados e atentos aos sinais dos nossos tempos. Somos uma presença alegre e esperançosa no mundo atual.
BOA NOVA
RETROSPECTIVA
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4 1. Julho | Nos dias 12 e 13, mais de 190 pessoas se reuniram durante o 12º Encontro de Comunicação Marista (Ecom), que proporcionou bate-papos sobre temas relevantes da área. 2. Julho | Cerca de 180 colaboradores participaram do 6º Seminário Marista Cenários Econômicos e Estratégia. Realizado no dia 14, o encontro apresentou perspectivas e desafios que envolvem esses temas. 3. Agosto | Na volta às aulas, os calouros da PUCRS foram recebidos para um bate-papo com o Reitor, Ir. Evilázio Teixeira, e o Vice-Reitor, Jaderson Costa da Costa. 4. Agosto | Para marcar o Dia do Marista, celebrado em 15 de agosto, 180 Irmãos e colaboradores participaram do Encontro de Formação e Integração da Sede Marista, em Bom Princípio.
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5. Setembro | O Hospital São Lucas da PUCRS foi acreditado com Excelência pela Organização Nacional da Acreditação (ONA), recebendo o terceiro e mais alto nível concedido.
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BOA NOVA
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6. Setembro | O Ranking Universitário Folha (RUF), promovido pelo jornal Folha de S. Paulo, elegeu a PUCRS como a melhor instituição privada de ensino superior do país. 7. Setembro | Cerca de 200 pessoas celebraram os 10 anos do Programa Vidamar, no dia 2, em encontro no Colégio Marista Graças, em Viamão. O evento foi marcado por atividades de partilha e trabalhos em grupo. 8. Setembro | Cerca de 1,5 mil estudantes se reuniram no município do Rio Grande para o Encontro de Jovens Maristas (EJM). O evento celebrou a caminhada da Pastoral Juvenil Marista (PJM) no incentivo à Civilização do Amor. 9. Setembro | O EJM também foi marcado pela consagração definitiva do Ir. Fabrício Basso. Os votos foram proferidos em uma celebração que contou com a presença de Irmãos, familiares, amigos e jovens participantes do evento. 10. Setembro | Equipes de 39 escolas privadas e públicas participaram do Festival Marista de Robótica, na PUCRS. Durante o evento, crianças e jovens foram desafiados a pensar soluções criativas usando a tecnologia.
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SOLIDARIEDADE
GRUPO DE VOLUNTARIADO DO Marista Rosário Em 2017, o Grupo de Voluntariado do Colégio Marista Rosário comemorou uma década de atuação. Nascida do interesse dos próprios estudantes, a iniciativa reúne cerca de 60 jovens do 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio para oficinas, momentos de reflexão, planejamento das atividades e visitas a instituições que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social. 31
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m e g a r o c pra o
r e v iundo v m {
Coragem, determinação, solidariedade, altruísmo e amor é o que precisamos para tornar um outro mundo possível.
www.maristas.org.br/vocacional vocacional@maristas.org.br Rede Marista (51) 3314.0353
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A partir de agora, as iniciativas da Animação Vocacional serão comunicadas a partir dessa linha visual. Ela retrata diversas realidades em que adolescentes e jovens se inserem, convidando-os a refletir sobre seus sonhos e projetos de vida, e ter coragem para ver e viver o mundo.