Relatório Técnico Final do Projeto CNPq processo n° 409146/2013-7 Chamada N.º 80/2013 CNPq/SEC/MinC
Nome do projeto Design e artesanato: uma análise dos programas de incentivo ao artesanato no Distrito Federal e Entorno Linha temática 5. Capacitação técnica e gerencial de profissionais e empreendimentos criativos Instituição Universidade de Brasília – UnB Coordenadora Profa. Mestre Ana Claudia Maynardes Departamento de Desenho Industrial Instituto de Artes ICC Norte – Módulo 18 (61) 3107.6376 (61) 99615820 anacmay@gmail.com anacm@unb.br ana.maynardes@pq.cnpq.br
Brasília, fevereiro de 2015
SUMÁRIO 1. Apresentação 2. Introdução 3. Metodologia utilizada 4. Atividades desenvolvidas 5. Resultados parciais 6. Conclusão Anexos Anexo 1 – Fichas catalográficas – exemplos (Programas/ações; Espaços de venda; Estudos de caso) Anexo 2 – Visitas às Instituições de apoio Anexo 3 – Visitas e levantamento imagético (fotográfico – Torre de TV e Feira Permanente da Catedral) Anexo 4 – Relatório da Capacitação
1. APRESENTAÇÃO Este relatório apresenta os resultados obtidos pela pesquisa realizada pela equipe do projeto Design e artesanato: uma análise dos programas de incentivo ao artesanato no Distrito Federal e Entorno com a contribuição de bolsistas do projeto OBEC (Observatório da Economia Criativa – DF, apoio MinC). Foi realizado um levantamento das instituições públicas/privadas no âmbito do DF e Entorno que trabalham com o setor de artesanato; seus respectivos programas e projetos que apoiam o artesanato com ações de design; e a realização de uma capacitação de 25 horas. Com isso foi possível conhecer esses programas e também, levantar certas características simbólicas e identitárias do artesanato do Distrito Federal e Entorno. Assim, foi feito um levantamento dos tipos de ações de design realizados por programa e por projeto. Pretende-se aqui apresentar as instituições atuantes no DF e Entorno e suas atividades junto aos artesãos. Para entender melhor essas ações serão apresentados alguns casos de projetos que receberam a colaboração do design como elemento estruturante na produção de objetos utilitários e simbólicos da região. Os casos selecionados como amostra para esse relatório são de segmentos diversos como móveis e derivados, moda, jóias, embalagem, e serão apresentados em anexo. Após esse levantamento e análise foi realizado um curso de capacitação de 25 horas para um grupo de artesãs, no qual foram abordados temas, técnicas e metodologias que proporcionaram ao grupo uma experiência no “criar”. Assim, foram desenvolvidas 5 oficinas com metodologias que estimularam o olhar criativo por meio de temas que incitassem a percepção iconográfica do DF e região.
2. INTRODUÇÃO Design e artesanato, comumente caracterizados como atividades criativas, são incluídos no escopo das atividades que fazem parte das indústrias criativas. A primeira, considerada “Criações funcionais (...) indústrias mais impulsionadas pela demanda e voltadas à prestação de serviços, com a criação de produtos e serviços que possuam fins funcionais”; e a segunda, dentro da classificação de “Patrimônio/Expressões culturais tradicionais”, é qualificada
como atividades consolidadas nos conhecimentos tradicionais e patrimônio cultural (UNCTAD 2010, p.8). Entende-se que a aproximação entre design e artesanato é um fenômeno extremamente importante pelo impacto social e econômico que gera e por seu significado cultural, e já vem acontecendo no mundo há alguns anos. Desde 1996, várias instituições (governamentais ou não) vêm apoiando programas que têm como intenção utilizar o design como uma das ferramentas para revitalização do artesanato candango, e têm realizado ações com o intuito de estabelecer iniciativas marcadas pelo empreendedorismo e pela inovação social sob a égide de se dar um impulso ao desenvolvimento sustentável local. O objetivo geral desta pesquisa foi analisar as ações de design dos programas de apoio ao artesanato no Distrito Federal e Entorno, e realizar um curso de capacitação. Para tanto, foi feito um levantamento quantitativo, posteriormente qualitativo, dos tipos de ações de design realizados por programa e por projeto com vistas a analisar as ações de design no que tange aos impactos simbólicos e identitários nos objetos artesanais. Com esse levantamento foi possível também conhecer os impactos técnicos dos produtos e de processos coletivos de produção quando trabalhado em coautoria com o designer. As principais contribuições da pesquisa foram: . Obter um levantamento dos tipos de ações de design realizados por programa e por projeto de apoio ao artesanato; . Conhecer algumas características simbólicas e identitárias do artesanato do Distrito Federal e Entorno; . Analisar as ações de design no que tange aos impactos técnicos dos produtos e de processos coletivos de produção; . Realização de Capacitação Técnica de 25h para artesãos visando processos de criação e o aprimoramento das técnicas já apreendidas.
3. METODOLOGIA DE PESQUISA UTILIZADA Devemos deixar claro que adotamos o conceito da Unesco como aquela que mais bem define o significado de produto artesanal. A saber, Produtos artesanais são aqueles confeccionados por artesãos, seja totalmente a mão, com o uso de ferramentas ou até mesmo por meios mecânicos, desde que a contribuição direta manual do artesão permaneça como o componente mais substancial do produto acabado. Essas peças são produzidas sem restrição em termos de quantidade e com o uso de matérias-primas de recursos renováveis. A natureza social dos produtos artesanais deriva de suas características distintas, que podem ser utilitárias, estéticas, artísticas, criativas, de caráter cultural e simbólicas e significativas do ponto de vista social. (Unesco, 1997)
Outra fonte bibliográfica utilizada para a pesquisa foi Base conceitual do artesanato brasileiro, editado pelo Programa do Artesanato Brasileiro - PAB, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC, 2012. Nessa publicação é feita uma ampla classificação dos processos de fabricação artesanal, materiais utilizados, tipologias e formas de organização do artesanato/artesãos, bem como se destacam algumas definições. Para efetivar o projeto de pesquisa foi necessário dividi-lo em 4 etapas metodológicas. 1° Etapa – Levantamento de informações acerca de questões de identidade do artesanato no DF Foi realizado um levantamento teórico e prático acerca de informações sobre questões de identidade. Foram realizadas pesquisas sobre as considerações que levam ou podem definir algumas características simbólicas e identitárias do artesanato candango, utilizando ferramentas como levantamento fotográfico e imagético dos produtos artesanais que são comercializados no DF e entrevistas abertas junto às entidades de apoio e aos artesãos. As imagens/objetos foram analisados por meio de critérios estabelecidos pela equipe, como forma, material, processos e funções. Foram utilizados como fonte de referências, feiras de comercialização (Feira da Torre) e produtos comercializados individualmente e/ou grupos. 2° Etapa – Levantamento dos programas de apoio ao artesanato junto às instituições.
Levantamento realizado junto às instituições de apoio, programas, projetos e ações do DF que realizaram oficinas com metodologias de design. Este levantamento ainda está sendo feito por meio de consulta à documentação oficial fornecida pelas instituições. Foram criados critérios de análise e categorização por grupos apoiados e/ou por tipos de ações de design dos programas no DF tendo como embasamento conceitos de design, artesanato, e processos produtivos no artesanato – essa etapa está sendo realizada por meio de consulta à bibliografia especializada. 3° Etapa – Levantamento e análise dos objetos de artesanato junto aos grupos apoiados. Pesquisa quantitativa e qualitativa acerca dos produtos e processos que sofreram intervenções. Nesta etapa foram levantados dados por meio de catálogos, visitas a feiras, visita aos grupos produtores. Nesta fase foram utilizados dois processos: . Análise dos produtos e processos pela perspectiva dos impactos simbólicos e identitários. Para esta etapa foram criados critérios qualitativos de análise, e utilizada a ferramenta MAP – Método de Análise Paramétrica, e entrevistas abertas com os associados; . Análise dos produtos e processos pela perspectiva dos impactos técnicos e de processos coletivos de produção. Para esta etapa foram criados critérios qualitativos de análise. Foi utilizada a ferramenta MAP – Método de Análise Paramétrica, e entrevistas abertas com os associados. 4° Etapa – Capacitação para aprimoramento Após análise das questões detectadas nas etapas anteriores, foram criadas oficinas de capacitação para o aprimoramento dos artesãos e/ou cooperados. Nessa capacitação, buscouse a autonomia dos artesãos nos processos de criação e desenvolvimento de novos produtos. Foram utilizadas metodologias próprias aplicadas ao design, como técnicas de criação, desenho livre, técnicas de observação entre outras. 4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS O projeto de pesquisa foi dividido em 4 grandes atividades. A saber: Atividade 1 . Levantamento dos produtos artesanais comercializados e produzidos no DF que passaram por ações de design. Esse levantamento serviu de base para várias outras atividades. A partir dele foi possível levantar questões e cruzamento de dados para uma futura análise.
Essa atividade foi desenvolvida ao longo de toda a pesquisa, pois entendemos que ela deveria ser de característica quantitativa. Foi criado um banco de dados interno que permite consultar o tipo de produto, produtor, entidade que financiou a ação, data, designers envolvidos na ação e locais de comercialização. Foi realizada por meio de visitas técnicas a grupos produtores, feiras de comercialização, consulta em catálogos e sites de venda. Ver ANEXO 1. Equipe: bolsistas Resultados obtidos: fichas catalográficas com imagem e análise detalhada dos produtos. Atividade 2 . Levantamento e análise dos programas de incentivo ao artesanato que utilizaram o design como ferramenta. Esse levantamento foi de suma importância para a pesquisa, pois ele forneceu dados institucionais e oficiais sobre a inserção do design junto ao artesanato candango. Foram levantados e analisados dados com base em entrevistas com agentes responsáveis. Três entidades foram utilizadas como fonte de pesquisa: Secretaria do Trabalho do DF, SEBRAE/DF e Universidade de Brasília. Ver ANEXO 2. Equipe: coordenadora e bolsistas Resultados obtidos: relatório técnico das entrevistas Cabe aqui ressaltar a dificuldade de acesso à documentação oficial junto às entidades (relatórios técnicos, prestações de contas, entre outros) pela equipe de pesquisadores do projeto em questão. Para amenizar tal situação, foi considerada então, a coleta de documentos como folders, revistas, catálogos, busca em sites, entre outros, que pudessem nos dar as informações necessárias. Atividade 3 . Produção de material analítico acerca de questões e discussões sobre processos simbólicos e identitários presentes no artesanato candango. Foi realizado um amplo levantamento imagético (fotográfico) dos produtos artesanais produzidos por artesãos locais. A partir desse levantamento e de proposições teóricas entendidas e selecionadas pelo grupo, estão sendo produzidos textos reflexivos e analíticos acerca da utilização de elementos formais e simbólicos presentes em tais produtos e quais suas repercussões junto ao mercado. Ver ANEXO 3. Equipe: coordenadora e bolsistas
Resultados obtidos: relatório técnico analítico da pesquisa realizada in loco. No momento está sendo produzido um artigo científico para apresentação em congresso da área com o título provisório: “Artesanato candango: relações formais versus relações identitárias”. Atividade 4 . Capacitação para aprimoramento técnico. Após a análise dos objetos produzidos pelos artesãos do DF que já haviam passado por algum tipo de ação de incentivo (treinamento, capacitação, oficinas, entre outros); e da análise de documentos e entrevistas com os envolvidos no processo (entidades que proporcionam programas de incentivo, associações e cooperativas de artesãos, e artesãos individuais), foram levantadas necessidades e questões que deveriam ser abordadas para formatação dos conteúdos da capacitação. As principais questões levantadas em todas as fases da pesquisa foram: a) A ausência de designers com experiência em artesanato participando dos programas realizados. Existe uma cadeia (considerada positiva) orientada para o artesanato no sentido de constituição e organização de grupos, associações, cooperativas com vistas ao treinamento para o empreendedorismo, técnicas de administração, formação de preço, cadastro de clientes e fornecedores; b) Muitas ações estão sendo realizadas para o segmento, porém é importante ressaltar que os próprios artesãos e instituições indicaram a falta de assessoria de designers em oficinas, capacitações, projetos, consultorias e desenvolvimento de produtos; c) Falta de capacidade de criação e desenvolvimento de novos produtos por parte dos artesãos. Assim, após a construção desta problematização, constatamos que a capacitação a ser realizada deveria ser orientada aos processos metodológicos de criação, ou seja, aos processos e desenvolvimento de técnicas de criação. Para tanto, foi selecionado um grupo de artesãs que já havia passado por capacitações anteriores (condição do projeto) e já possuía certo nivelamento técnico. As artesãs pertencem ao grupo “Concretamente Brasília” e as oficinas de capacitação foram realizadas no espaço do Museu Vivo Candango – DF, gentilmente cedido ao projeto sem custos, no período de 12 a 16 de janeiro de 2015. As oficinas foram divididas em 5 temas (oficinas práticas) que foram aplicados e desenvolvidos em 5 horas cada, gerando portanto, uma capacitação de 25 horas. A saber:
a) Brasília, cidade parque (5h); b) Os 4 prazeres (5h); c) Iconografia da cidade (5h); d) Elementos do desenho (5h); e) Composição (5h). O relatório completo da capacitação está no ANEXO 4. Equipe: Coordenadora e bolsistas Resultados: capacitação de 25 horas para 15 artesãs 5. RESULTADOS PARCIAIS A partir dessa pesquisa foi possível obter como resultado parcial um panorama da situação do artesanato no DF. Foi realizado um mapeamento das instituições apoiadoras do setor de artesanato e design e seus respectivos programas e projetos. Foi feito um estudo sobre locais de venda dos produtos gerados como feiras e eventos. Também foi realizada uma capacitação para um grupo de artesãs, com 5 oficinas temáticas, nas quais foi capacitado um grupo de 15 artesãs (em média). A partir de pesquisa em catálogos produzidos por essas instituições foram estudados alguns casos, quem são seus atores e colaboradores e para ilustrar esses resultados foram preparadas fichas catalográficas de alguns projetos selecionados. A partir das entrevistas com profissionais envolvidos no setor, tanto funcionários dos órgãos, quanto designers e artesãos foi possível colher como resultado o quanto o design e o artesanato podem fazer juntos no sentido de consolidação do setor do artesanato no DF. A necessidade de difusão desse conhecimento adquirido durante a pesquisa serviu como base para: a)
Publicação de uma dissertação (2014): FERREIRA H. Frederico. Arte têxtil mestiça em Pirenópolis (GO): tradição e contemporaneidade. Orientação: Emerson Dionísio
Gomes de Oliveira, Dissertação (mestrado) - Universidade de Brasília, Instituto de Artes, Programa de Pós-Graduação em Arte, 2014; b) Artigo publicado (2014): Textile Art Mixed and Hybrid in Pirenópolis/GO: anecounter between tradition and contemporaneity, Frederico Hudson Ferreira. 6o Congresso Nacional de Iniciação Científica 10 a 13 de setembro de 2013, Universidade Federal de Pernambuco; c) Artigo apresentado e publicado: Muiradesign, Marchetaria com madeiras alternativas da Amazônia, V Coletivo da Pós-Graduação em Arte: “Territórios Expressivos”: Pesquisa e Criação. Universidade de Brasília – UnB Instituto de Artes - IdA Programa de Pós-Graduação em Arte – PPGARTE, 2014; d) Participação no II Seminário sobre Pesquisa em Design no Centro-Oeste, com a palestra “Artesanato x Tecnologia Industrial Básica: o contexto do design de móveis no DF”, ministrada por Ana Claudia Maynardes e Frederico Hudson. Universidade de Brasília, 2014. e) Apresentação e publicação de artigo: O artesanato depois do moderno na produção moveleira de Zanine Caldas. II Colóquio de Teoria, Crítica e História da Arte no Brasil: Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade de Brasília – VIS/IDA/UnB, outubro de 2014. Resultado estruturante para o prosseguimento das ações foi a confirmação da necessidade do design para o artesanato local, e para isso pretende-se propor um projeto de união entre os segmentos a partir de oficinas práticas que podem ser desenvolvidas junto aos parceiros entrevistados. Foi notório o enorme abismo encontrado entre a capacidade técnica e a capacidade de criação dos artesãos. Como foi pesquisado, há muito os programas de apoio e incentivo ao artesanato no DF vêm realizando capacitações de diversas naturezas: desde o empreendedorismo à capacitação de técnicas artesanais. As oficinas realizadas foram muito bem sucedidas no que tange à experimentação e abertura de novos processos criativos, tão fundamentais para essa atividade. Nelas, foi detectada a insuficiência da autonomia criativa dos profissionais. Assim, foram realizados exercícios de caráter prático que estimulassem a busca pela criação, e não simplesmente a cópia.
Análise do grupo O principal ponto levantado em relação ao que podemos oferecer é a ausência de designers com experiência em artesanato participando destes programas levantados. Existe uma cadeia orientada para o artesanato no sentido de constituição e organização de grupos, associações, cooperativas com vistas ao treinamento para o empreendedorismo, técnicas de administração, formação de preço, cadastro de clientes e fornecedores, contudo a capacitação em processos criativos e desenvolvimento de novos produtos deixa a desejar. Muita coisa vem sendo feita pelo setor, porém é importante ressaltar que os próprios artesãos e instituições indicaram a falta assessoria de designers em oficinas, capacitações, projetos, consultorias e desenvolvimento de produtos.
6. CONCLUSÃO Para a realização dos objetivos traçados foi necessário estudar o histórico recente no Brasil e DF na relação entre artesanato e design, e para isso foi feita uma pesquisa bibliográfica e entrevistas com profissionais do setor que atuaram nessas iniciativas para apreender qual caminho foi traçado até o período atual. A partir desse estudo foi possível entender esse percurso. Um caso marcante no DF é o descrito como “Tradição e Renovação”, que foi um projeto realizado em formato de oficinas em 1996 no Museu Vivo da Memória Candanga pelo SEBRAE/DF. Além das instituições oficiais são apresentados também formatos de circulação dos produtos gerados pelos fomentos. Há diversas maneiras que vêm dando suporte à venda desses produtos como as feiras locais permanentes, os eventos de decoração, e até mesmo eventos em shoppings especializados para a venda com calendário determinado, além de iniciativas dos próprios artesãos. Algumas instituições se encarregam de levar esses produtos para feiras nacionais no Nordeste e no Sudeste. Com essa pesquisa foi possível identificar que muitas iniciativas estão sendo tomadas e que diversas atividades oficiais vêm colaborando com o segmento do artesanato como trabalho
formal, inclusive com formalização de carteira do trabalho e emissão de nota fiscal. Um fator que deve ser intensificado então, e que foi observado em formato de consultorias especializadas, é a inserção estratégica e definitiva nos planejamentos de ações permanentes de design junto a esses serviços que estão sendo prestados. Foi possível aferir esses cenários em entrevistas com especialistas que de uma maneira ou de outra tiveram, ou têm influência direta no segmento. Para o estudo sobre aspectos simbólicos foram adotadas duas publicações sobre o artesanato no DF. A primeira foi um livro que trata do artesanato tradicional, sua história e seus atores1, na segunda situação foi pesquisado um projeto em fase de publicação. Em 2013 foi feita uma contratação pelo SEBRAE/DF de consultoria especializada para realização de uma pesquisa abrangente sobre a Iconografia do DF2, nesta publicação foram entrevistadas pessoas de notório conhecimento em cada área especifica como cinema, artesanato, artes plásticas, jornalismo, poesia, entre outros, que se prestaram a dar depoimentos pessoais sobre quais os ícones que ilustram Brasília para cada área do conhecimento. Assim foram elencados imagens como a Torre de TV, a Caixa d`água da Ceilândia, a festa dos morangos em Brazlândia e demais ícones da região, uns mais conhecido, outros menos. O levantamento de informações inicialmente foi feito a partir de publicações de resultados de projetos realizados dentro do escopo que aqui vem sendo tratado. Foram encontrados catálogos, artigos em revistas, sites e notícias que trouxeram à tona os resultados da inserção de design no artesanato candango. Para cada projeto encontrado foi preparada uma ficha catalográfica contendo informações básicas sobre cada ação. Essas fichas serviram de ponto de partida para identificação dos autores, que passaram a ser alvo de identificação e estudo. Sendo assim foram feitas visitas para entrevistas ou reuniões para o levantamento do estado da arte do artesanato. Foram feitas visitas à Secretaria do Trabalho do GDF, Museu Vivo da Memória Candanga, SEBRAE/DF, Universidade de Brasília – CDT, e também encontro com corpo técnico do Gabinete do Deputado Distrital Joe Valle; visitas a eventos, oficinas de capacitação, locais de 1 AGUIAR, Malba e PARENTE, Mercês. Tradição e Permanência: o fazer artesanal em Brasília. Brasília: Instituto Terceiro Setor. 2012
Pesquisa iconográfica realizada por Malba Aguiar e Giullio Vinachi para o SEBRAE/DF em 2012. 2
produção e demais fontes primárias ou secundária sobre o assunto. Além das entrevistas com especialistas e profissionais atuantes hoje em dia em áreas de gestão ou produção. Outro fator determinante para uma análise sobre o sistema em que estão inseridos o design e o artesanato foi a experiência de campo dos pesquisadores da equipe, que possuem vivência prática nessas ações referidas no DF e também nas demais regiões do país, onde há iniciativas de apoio ao artesanato. Além da vivência prática sentiu-se necessidade de que para o entendimento das proposições que devem ser feitas, fossem feitas leituras de material histórico e teórico sobre os segmentos. Há diversos pesquisadores contemporâneos que vêm se dedicando a esses estudos e nos fornecem informações estruturantes para o entendimento de como o design e o artesanato brasileiro vem se co-fortalecendo. Um percurso com início na década de 1980 que vem marcando a história do segmento e sua evolução e o reconhecimento formal como trabalho. A partir dessas visitas e entrevistas foi possível confirmar o quanto é determinante a participação de uma instituição de design junto às demais aqui citadas para o fortalecimento da produção artesanal no DF.
ANEXO 1 – FICHAS CATALOGRÁFICAS – exemplos a) Programas/ações b) Espaços de venda; c) Estudos de caso
ANEXO 2 – VISITAS ÀS INSTITUIÇÕES Design e artesanato no Distrito Federal
Instituições de apoio Aqui serão apresentadas as instituições que foram pesquisadas e suas principais atribuições aferidas a partir de visitas, publicações, entrevistas, ou informações em sites oficiais ou textos avulsos. 1. Secretaria de Trabalho do Distrito Federal A partir de entrevista feita com o diretor do Programa de Apoio ao Artesanato do DF (PAB/DF), que é coordenado por esta Secretaria foi possível entender o que vem sendo feito em apoio ao segmento, e abaixo essas responsabilidades são apresentadas: - Regulamentação da profissão de artesão, - Apoio para emissão de nota fiscal, em parceria com a Secretaria de Fazenda, e - Apoio a vendas: participação em feiras e eventos locais e nacionais como Capital Fashion Week (DF), Mãos de Minas (MG), Fenearte (PE), Renda-se (DF), entre outros.
2. Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas do DF (SEBRAE/DF) O SEBRAE/DF pode ser considerado a instituição de fomento permanente ao artesanato da região. Já realizou muitos projetos e implementou programas de apoio ao setor, viabilizando assim diversos serviços prestados como: -consultorias de design para grupos de artesanato, atividade permanente no planejamento do órgão; - missões técnicas, viagens de grupos a eventos especializados; - capacitação e treinamento gerencial; - apoio a formalização, emissão de notas fiscais; - apoio a vendas, e
- projetos específicos como o Brasil Original, que hoje pode ser considerado um dos eventos mais importantes de vendas no DF. É realizado uma vez por ano em um Shopping Center local com a participação de todas as tipologias de produtos artesanais do DF, abrindo assim, um canal expressivo de comunicação entre esses artesãos e designers para o fechamento de negócios. 3. Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília – CDT/UnB Ao CDT foi feita visita para aferir informações pela equipe sobre a Incubadora Social e Solidária que apóia grupos de artesanato local. Para melhor explicar a atuação do órgão aqui será apresentado o texto na íntegra que está disponível no site da instituição (http://www.cdt.unb.br/multincubadora/socialsolidaria/?menu-action =social-solidaria, acessado em outubro de 2014) “A Incubadora Social e Solidária é uma modalidade do Programa Multincubadora de Empresas do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UnB), surgida em 2005, com a proposta de apoiar empreendimentos que valorizam a forma de produção, consumo e distribuição de riqueza centrada na valorização do ser humano. Conhecido como Economia Solidária, esse modo de inserção na vida econômica possui como base o movimento associativista e cooperativista, sendo pautado nos princípios de autogestão, solidariedade e democracia. A modalidade Social e Solidária apoia empreendimentos de diversos ramos, como cooperativas de reciclagem, grupos de bordadeiras e de costureiras, associações de artesãos e de produtores rurais e redes de empreendimentos. O trabalho desenvolvido visa capacitar os grupos, associados e cooperados na gestão democrática do empreendimento; promover a integração entre os grupos e outros atores da Economia Solidária – como os fóruns, clubes de troca, ONGs e redes de comércio justo; desenvolver tecnologias inovadoras que aprimorem o processo de produção; apoiar a comercialização e a entrada no mercado dos empreendimentos; promover a interação entre a Universidade e os Movimentos da Sociedade Civil, criando oportunidades de pesquisa junto às experiências em Economia Solidária para professores e estudantes da Universidade de Brasília. Atualmente há 11 empreendimentos incubados, totalizando mais de duzentas pessoas diretamente atendidas.”
Atualmente o CDT está realizando um trabalho junto ao PAB. Infelizmente, à época da pesquisa, não nos foi permitido o acesso ao material do PAB, pois este ainda estava em fase de finalização. 4. Gabinete do Deputado Distrital Joe Valle A partir de conversas com profissionais que aturam no gabinete foi possível identificar o que Joe vem fazendo pelo artesanato local. O Gabinete mantém um projeto permanente de apoio ao setor no sentido de organização em grupos os artesãos que não vem recebendo apoio de outras instituições. Assim mantém um projeto de apoio ao artesanato em que se destaca a constituição do grupo Concretamente Brasília sob a coordenação de Antonieta Giuntini e Bruna Rollemberg. Esse projeto tem a proposta de organizar em grupo os artesãos interessados para a capacitação para empreendedorismo, difusão de informações do setor, além de participação em eventos comerciais como Pátio Rural (feira realizada periodicamente no Shopping Pátio Brasil com espaço para 20 artesãos), Renda-se (evento que será descrito no item que trata de espaços de venda), banca de artesanato no CEASA durante os fins de semana na parte da manhã. O recrutamento desses artesãos é realizado a partir de encontros mensais no Museu Vivo para o artesão conhecer a proposta e se apresentar aos responsáveis que mantém um cadastro atualizado a cada encontro. Os artesãos já selecionados são beneficiários dessas ações. Os responsáveis por esse projeto mantiveram a opinião de como é importante a participação de uma instituição de design vinculada aos programas já existentes. A partir dessas visitas foi manifestada a anuência de participação em projetos parceiros com equipe de designers para a realização de oficinas no Museu, entidade que já é comparte do Gabinete de Joe Valle. Sendo assim, uma das ações para a continuidade do projeto são oficinas criativas de produção unindo artesãos e designers nos moldes do caso mencionado coordenado pelo SEBRAE/DF.
ANEXO 3 – LEVANTAMENTO IMAGÉTICO (FOTOGRÁFICO) Feira da Torre de TV e Feira permanente da Catedral de Brasília A partir de visitas técnicas realizadas nas feiras permanente de artesanato de Brasília, na Torre de TV e na Catedral de Brasília, verificamos a comercialização de pequenos objetos industrializados feitos de pedra sabão e metal com formas da arquitetura da capital. Os Dois Candangos, a Catedral, a Estátua da Justiça de Alfredo Ceschiatti, o monumento a JK e a Torre Digital são estampadas e esculpidas em pequenos souvenires.
Figura 1 – Arquitetura da capital na forma de souveniers
Contrapondo aos pequenos objetos industrializados se observou o artesanato com vegetação do cerrado. Tigui, palha de milho, pimentinha e folha-moeda são transformados pelas mãos dos artesãos em um grande jardim de flores e folhagens diferenciadas.
Figura 2 – Uso de matéria-prima natural da região
Os buquês e os arranjos são organizados de acordo com o gosto do cliente. As folhas naturais passam por diversos processos de desidratação, pintura e tintura. O resultado é uma cartela de tons terrosos que harmonizam com cerrado.
Figura 3 – Uso de matéria-prima natural da região tingidos em tons terrosos
As fibras e as sementes também são usadas para a construção de objetos decorativos. Animais como corujas e o pássaro quero-quero são criados com sementes e pinha, e os vasos em fibra são desenvolvidos pela cooperativa Pafuá.
Figura 4 – Uso de matéria-prima natural da região em formas de animais também encontrados no Centro-Oeste
É reparado avanços na aplicação do uso da folha-moeda na criação de objetos. A folhamoeda é transformada em jóias de ouro pelo processo de galvanoplastia. O processo artesanal preserva as tramas das folhas. Com isso, as peças receberam o prêmio de TOP 100 do Sebrae em 2006.
Figura 5 – Uso da técnica de galvanoplastia na folha-moeda (matéria-prima natural da região), transformando a matéria natural em jóia
As técnicas tradicionais de crochê, tricô, bordados e patchwork são utilizadas em vários produtos pelas cooperativas e associações das cidades satélites. A Cia do Lacre do Riacho Fundo, a Associação das bordadeiras de Taguatinga e o grupo Concretamente Brasília são exemplo de associações que resgatam estas técnicas no seu artesanato.
Figura 6 – Uso das técnicas de tricô, bordado e crochê em artesanatos da região
Outros objetos fazem uso de uma linguagem comum do artesanato brasileiro. Os panos de prato com bordas em croche, almofadas bordadas e as bolsas em técnicas de tapeçaria.
Figura 7 – Uso das técnicas de tricô, bordado e crochê em artesanatos
Objetos do mundo infantil, brinquedos, fantoches e roupas da boneca “barbie” feitos na técnica de croche, costura em feltro e de cerâmica fria.
Figura 8 – Uso das técnicas de crochê, costura em feltro e cerâmica fria
As cerâmicas utilizadas na produção de objetos decorativos e o capim dourado usado na montagem de acessórios de moda geram produtos comuns do artesanato brasileiro. São produtos cuja forma é recorrente de várias regiões do Brasil. Assim, nesse levantamento, pudemos encontrar uma variedade de produtos extremamente comuns junto à produção artesanal no Brasil, mas também produtos exclusivos da região, como aqueles gerados a partir das flores do cerrado e da folha-moeda.
Figura 9 – Uso da cerâmica e capim dourado, cujas formas são recorrentes e encontradas em produtos artesanais pelo Brasil
ANEXO 4 – CAPACITAÇÃO TÉCNICA A capacitação ocorreu no Museu Vivo da Memória Candanga, Distrito Federal, local gentilmente cedido pela direção do Museu à equipe do projeto. Ocorreu na semana de 12 a 16 de janeiro de 2015. Envolveu entidades como o grupo de artesãs Concretamente Brasília, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - Emater e o próprio Museu Vivo da Memória Candanga. Ficou evidente desde a primeira reunião entre a equipe do projeto e os coordenadores dos grupos e museu que a necessidade basilar atualmente para o setor no DF é com relação ao desenvolvimento criativo dos artesãos. Para tanto, foi ponto concordante entre as equipes que a capacitação deveria abranger temas, técnicas e metodologias que proporcionassem aos artesãos uma experiência no “criar”. Assim, foram desenvolvidas 5 oficinas com metodologias que estimulassem o olhar criativo por meio de
temas que incitassem a
percepção iconográfica do DF e região. O Concretamente Brasília é um grupo de artesãs que participou de várias ações do programa Empreendedorismo Social do Sebrae-DF.
Participou de ações para a criação e
desenvolvimento de coleção, participação em feiras, eventos de moda e produção de catálogos que proporcionaram uma valorização e reconhecimento do grupo. O Concretamente participa do Programa Mandato Brasília Sustentável do Deputado Joe Vale que apoia o artesanato local com a realização de espaços para exposição e comercialização dos produtos e cursos de capacitação. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER entre suas várias atividades, está o apoio ao artesanato rural. O grupo de artesãos da unidade localizada no Paranoá foi convidado a participar das oficinas. O Museu Vivo da Memória Candanga abriga a exposição permanente Poeira, Lona e Concreto, que contempla a cidade embrionária. O Museu tem espaços destinados às oficinas do Saber Fazer, que se constituem em espaços de troca de idéias, de geração de conhecimento e de trabalho. Em reuniões entre os pesquisadores do projeto, as coordenadoras do Concretamente Brasília, os técnicos da Emater e a Diretora do Museu Vivo da Memória Candanga foram sinalizadas
as necessidades dos grupos de artesãos, organizadas as oficinas, selecionados os artesãos, realizadas as inscrições e determinado o espaço físico das oficinas.
Figura 1 - Participantes das oficinas
OFICINA 1 - Brasília, cidade parque. Estimular o olhar criativo por meio do levantamento iconográfico. Instrutora: Andréa Tibery Monitor: Henrique Mateus da Silva Lima - Carga horária: 5h - Período de realização: 12 de janeiro de 2015 - N° de alunos inscritos: 18
Figura 2 - Mapa das arvores frutíferas de Brasília
Objetivos Compreender Brasília como Cidade Parque; Exercitar a capacidade de percepção da cidade. Conteúdo Significado de Ver e Olhar; Iconografia da cidade de Brasília; Cidade Pomar e suas variedades de árvores frutíferas. Metodologia Aulas expositivas com caráter prático;
Atividades Conhecer e experimentar os frutos da estação: Manga, Jamelão e Jaca; Análise das formas, cores, texturas e sabores dos frutos.
Figura 3 - Análise e experimentação das frutas
Figura 4 - Vivenciar a experiência de colher e comer a fruta no pé
Análise dos resultados Grande parte dos alunos não conhecia as árvores frutíferas da cidade. Alguns retrataram lembranças da infância e o prazer que sentiam em comer o fruto colhido. Vivenciaram com entusiasmo o momento de degustação. Texturas, sabores e aromas foram analisados e apreciados. O momento de criar produtos com as características dos frutos foi desenvolvido em grupos e com grande facilidade de interação. Participantes:
#
NOME
IDENTIDADE
1
Alana Nunes Viana
258736
2
Alaide Pereira da Silva Jardim
1211332
3
Alvina Barbosa da Costa
1257657
4
Cássia Vieira
3575803
5
Clotilde Cruz Barros
116753
6
Cª Cícera C. Do Nascimento
3081273
7
Elizarda Guedes
1147141
8
Elizete Jelva de A. Pereira
993102
9
Irene Maia de Carvalho
166141
10 Janaina Pereira Dias
1753176
11 Jussara F. De Oliveira
1374704
12 Laura Reis do Nascimento
591.921.001 - 04
13 Liane Batista dos Santos
308.322.761 - 20
14 Luzia Souza da Silva
5784791
15 Neadilza Vitória de Freitas Ribeiro
305489
16 Patricia Andrade
2632469
17 Patrícia Maragno
584090
18 Roscicleide Menezes dos Santos
246.951.732 - 04
OFICINA 2 - Os 4 Prazeres Estimular o olhar sobre o produto artesanal desenvolvido pelo grupo. Instrutora: Andréa Tibery Monitor: Henrique Mateus da Silva Lima - Carga horária: 5 horas - Período de realização: 13 de janeiro de 2015 - N° de alunos inscritos: 18
Objetivo Exercitar a capacidade de percepção do produto.
Conteúdo Definição de conceitos do prazer; Prazer Fisiológico, Ideológico, Social e Psicológico. Metodologia Aulas expositivas com caráter prático e teórico.
Atividade Analisar os produtos artesanais e identificar o prazer que os produtos proporcionam.
Figura 5 - Aula teórica e discussão sobre o tema.
Analise dos resultados Os participantes foram estimulados a perceber e analisar o prazer que o seu produto proporciona. Quais são as relações entre os usuários e o produto. Participantes:
#
NOME
IDENTIDADE
1
Alana Nunes Viana
258736
2
Alaide Pereira da Silva Jardim
1211332
3
Alvina Barbosa da Costa
1257657
4
Cássia Vieira
3575803
5
Clotilde Cruz Barros
116753
6
Cª Cícera C. Do Nascimento
3081273
7
Elizarda Guedes
1147141
8
Elizete Jelva de A. Pereira
993102
9
Irene Maia de Carvalho
166141
10 Janaina Pereira Dias
1753176
11 Jussara F. De Oliveira
1374704
12 Laura Reis do Nascimento
591.921.001 - 04
13 Liane Batista dos Santos
308.322.761 - 20
14 Luzia Souza da Silva
5784791
15 Neadilza Vitória de Freitas Ribeiro
305489
16 Patricia Andrade
2632469
17 Patrícia Maragno
584090
18 Rascicleide Menezes dos Santos
246.951.732 - 04
OFICINA 3 - Iconografia da Cidade Estimular o olhar sobre arquitetura de Brasília. Instrutora: Andréa Tibery Monitor: Henrique Mateus da Silva Lima - Carga horária: 5h - Período de realização: 14 de janeiro de 2015 - N° de alunos inscritos: 8
Objetivo Exercitar a capacidade de percepção da cidade. Conteúdo Definição de cobogó;
Cobogó na arquitetura de Brasília; Características técnicas e formais do cobogós. Metodologia Aulas expositivas com caráter prático e teórico.
Atividades Recortar formas de cobogós; Criar acessórios de moda com as estruturas geométricas dos cobogós.
Figura 6 - formas de cobogós trabalhadas na oficina
Objetos criados:
Figura 7 - bolsa tipo carteira
Análise dos resultados Motivados pelas ações de cortar, dobrar e vincar os participantes montavam objetos e faziam relação com o processo artesanal de construção. A capacidade criativa dos participantes era reconhecida e admirada por todos. Muitas das idéias geradas nesse processo serão executadas pelas artesãs.
Participantes:
#
NOME
IDENTIDADE
1
Cássia Vieira
3575803
2
Clotilde Cruz Barros
116753
3
Cª Cícera C. Do Nascimento
3081273
4
Elizarda Guedes
1147141
5
Laura Reis do Nascimento
591.921.001 - 04
6
Luzia Souza da Silva
5784791
7
Neadilza Vitória de Freitas Ribeiro
305489
8
Rascicleide Menezes dos Santos
246.951.732 - 04
OFICINA 4 - Elementos do desenho Estimular o olhar sobre o material e o produto artesanal Instrutora: Andréa Tibery Monitor: Henrique Mateus da Silva Lima - Carga horária: 5 h - Período de realização: 15 de janeiro de 2015 - N° de alunos inscritos: 13
Objetivo Exercitar a capacidade de composição plástica. Conteúdo Material e suas possibilidades plásticas; Elementos do desenho; Técnicas de composição.
Metodologia Aulas expositivas com caráter prático e teórico.
Atividades Recortar sobras da produção; Criar acessórios de moda com novos olhares.
Figura 8 - olhar sobre a plasticidade do material
Objetos criados:
Figura 9 - colares criados com sobra de materiais
Análise dos resultados Os alunos apresentaram seus produtos para o grupo. Houve muita troca de materiais, técnicas de produção, informações de preço e mix de produtos comercializados. Um aspecto muito positivo foi que a dinâmica da aula motivou os alunos a fazer reuniões mensais para realizar troca de materiais e conhecimentos técnicos de produção. Participantes:
#
NOME
IDENTIDADE
1
Alaide Pereira da Silva Jardim
1211332
2
Alvina Barbosa da Costa
1257657
3
Cássia Vieira
3575803
4
Clotilde Cruz Barros
116753
5
Elizarda Guedes
1147141
6
Elizete Jelva de A. Pereira
993102
7
Irene Maia de Carvalho
166141
8
Jussara F. De Oliveira
1374704
9
Laura Reis do Nascimento
591.921.001 - 04
10 Liane Batista dos Santos
308.322.761 - 20
11 Luzia Souza da Silva
5784791
12 Neadilza Vitória de Freitas Ribeiro
305489
13 Rascicleide Menezes dos Santos
246.951.732 - 04
OFICINA 5 - Composição Estimular o olhar sobre o material e seus potenciais plásticos. Instrutora: Andréa Tibery Monitor: Henrique Mateus da Silva Lima
- Carga horária: 5h - Período de realização: 16 de janeiro de 2015 - N° de alunos inscritos: 16
Objetivo Exercitar a capacidade de percepção do material Conteúdo Olhar o material; Identificar as possibilidades plásticas do material; Apresentação de técnicas de composição. Metodologia Aulas expositivas com caráter prático e teórico.
Atividades Experimentar o material: plástico e película; Novo olhar sobre o material tecido.
Figura 11 – processo de análise do material
Figura 12 - Montagem de peças
Objetos criados:
Figura 13 - Peças criadas a partir da plasticidade do material
Análise dos resultados Os alunos perceberam que o material novo é mais instigante. Ações como cortar, dobrar, queimar, recortar e rasgar foram experimentados e os resultados positivos surgiram. A dinâmica com tecido possibilitou a troca de experiências. Natureza do tecido, direção de fibras, técnicas de recortar, enrolar, desfiar, puxar e rasgar foram vivenciadas. Concluíram
que o acúmulo de material na oficina é o resultado da falta de tempo e criatividade para a criação de novos produtos, e também que o novo olhar sobre o material é necessário pra evitar o desperdício. Participantes:
#
NOME
IDENTIDADE
1
Alana Nunes Viana
258736
2
Alaide Pereira da Silva Jardim
1211332
3
Alvina Barbosa da Costa
1257657
4
Cássia Vieira
3575803
5
Clotilde Cruz Barros
116753
6
Cª Cícera C. Do Nascimento
3081273
7
Elizarda Guedes
1147141
8
Elizete Jelva de A. Pereira
993102
9
Irene Maia de Carvalho
166141
10 Janaina Pereira Dias
1753176
11 Jussara F. De Oliveira
1374704
12 Laura Reis do Nascimento
591.921.001 - 04
13 Liane Batista dos Santos
308.322.761 - 20
14 Luzia Souza da Silva
5784791
15 Neadilza Vitória de Freitas Ribeiro
305489
16 Rascicleide Menezes dos Santos
246.951.732 - 04