Catalogo Mundus Spectaculum

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EXPEDIENTE PLANEJAMENTO Bruna Ramos Delfino Carolina Zanola Santana Fabiano Sensitivo Sarmento Guilherme Henrique Hayama Luany Castro Lopes Pamela Gomes Da Silva Silvana Cruz

CRIAÇÃO Antonio Balbino Da Cunha Junior Débora da Silva Moreira Klinton Felipe Meireles de Menezes Leonardo Pereira dos Santos Patricia Do Carmo Itokazu Rafael Bastos Nardelli Regina Ferreira De Souza Renato Lopes Lidio Tales Pereira Almeida

PRODUÇÃO Alexandre Siqueira Bandeira Cordeiro Charles Pereira Do Nascimento Lucas De Souza Nascimento Loredana De Oliveira Melissa Freitas Veras Murilo Wanka Manoel Cruz De Oliveira Filho Mauricio Rosaldo Garcia Natalia Christhine Lima Souza Rennato Oliveira Wellington Gomes Pereira

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ÍNDICE AGRADECIMENTO ............................................................................................4 O EVENTO........................................................................................................6 NO MEU TEMPO................................................................................................8 TECNOFAGIA..................................................................................................10 ARQUEOLOGIA,A MÍDIA E O FUTURO DIGITAL...................................................12 ARTEMÍDIA.....................................................................................................14 INTERATIVIDADE DIGITAL NA EDUCAÇÃO – MUITO ALÉM DO TABLET.......................16 MULTIMUNDOS, MULTIMÍDIAS, MULTIPOSSIBILIDADES.......................................19 DIREITO NA MULTIMÍDIA - DO ANALOGICO AO DIGITAL....................................22 NO RÍTMO DA MÍDIA.........................................................................................25 ALBÚM MUNDUS SPECTACULUM.......................................................................27 TURMA...........................................................................................................36

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AGRADECIMENTO Gostaríamos de agradecer primeiramente a Deus por nos ter dado uma vida repleta de belezas e constante aprendizado, por nos manter firmes quando perdemos nossa sustentação, por nos guiar com sabedoria e principalmente por nos dar fôlego suficiente para não nos esbofetearmos. Agradecemos também aos nossos familiares que mesmo não sabendo o que diabos é um Produtor Multimídia, nos incentivam a ter uma carreira de sucesso. Amamos vocês e sim, iremos recompensar cada um (sendo padrinhos dos filhos dos nossos irmãos, pagando o plano de saúde pro nossos pais e fazendo “aquele sitezinho maroto” para divulgar o negócio da nossa tia). Não poderíamos esquecer nossos professores que compartilharam conosco seu vasto conhecimento e nos guiaram por caminhos nem sempre agradáveis, nada que uma menção honrosa à sua 4

matriarca não resolva, mas sempre de grande aprendizado. Como esquecer a nossa querida instituição de ensino. Sem sombra de dúvidas, o Senac será um marco em nossas vidas por ter nos proporcionado um ambiente propício ao estudo, à cultura e ao nosso desenvolvimento profissional e pessoal. Por fim, gostaríamos de dizer um muito obrigado ao nossos amigos de dentro e fora do Senac. Sem o seu ombro para nos amparar, seu sorriso para nos alegrar, seu abraço para nos confortar e sem os conhecimentos em programação para fazer nossos trabalhos de desenvolvimento, não teríamos chegado ao final dessa extraordinária jornada que é ter cursado Tecnologia em Produção Multimídia no Senac. Esperamos que este curso seja um degrau importante para que possamos galgar novas conquistas em nossas


carreiras. Já adquirimos amizades que irão ficar para o resto de nossas vidas, lembranças que nos farão rir e chorar. Junte tudo isso aos cabelos brancos, quilos a mais, quilos a menos, gastrite, cirrose, artrose e uma raiva mortal da linha esmeralda de trem no horário de pico. Chegou a hora conquistar os louros por tudo que passamos. Porém fica aqui a maior lição aprendida: Estamos no começo da nossa evolução, o início do maior espetáculo do mundo - o das nossas vidas.”

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O EVENTO Respeitável público... Sejam bem­ vindos ao maior espetáculo da terra! O Centro Universitário Senac tem o orgulho de apresentar o “Mundus Spectaculum­ A Mídia em Evolução”. O evento, no Campus Santo Amaro, ocorre de 03 a 07 de junho no vão livre entre os prédios do Acadêmico 1 e 2. Conhecida anteriormente como Circuito de Multimídia, a feira, que era apresentada em apenas uma manhã, traz conteúdos como instalações, intervenções, exposições, palestras e outras surpresas para revelar a evolução das mídias; dos papiros ao futuro da convergência midiática. O evento contará também com a apresentação dos projetos de conclusão de semestre dos alunos do curso de Produção Multimídia. Não perca este espetáculo e embarque numa viagem pelo tempo!  6

Serviço: Mundus Spetaculum ­A Mídia em Evolução Data: de 03 a 07 de junho Horário: 20h Local: Centro Universitário Senac ­Campus Santo Amaro (Av. Eng. Eusébio Stevaux, 823 ­Campo Grande, São Paulo) Contato: munduspectaculum@gmail.com Facebook.com/mspectaculum Twitter.com/mspectaculum Mspectaculum.tumblr.com ATRAÇÕES Cemitério Aqui jaz as mídias que contribuíram para o avanço da tecnologia e da comunicação. Um verdadeiro museu em homenagem àqueles que já se foram, mas estarão sempre em nossos pensamentos.


Palestras

Performances

O Mundus Spectaculum orgulhosamente traz para o seu palco uma série de palestras para você mergulhar fundo no mundo das mídias com feras das áreas da comunicação, marketing e inovação. Confira nossa programação para mais detalhes.

Não é somente para preservar e propagar o conhecimento que as mídias existem. Elas podem emocionar, agitar seu mundo, fazer você vibrar de alegria e também reflitir. O Mundus Spectaculum apresenta em suas noites, curtas performances de música, dança e mais, tudo ao vivo e na faixa.

Grafitando a evolução das mídias Prepare­ -se! A arte que nasceu nas ruas irá invadir o Mundus Spectaculum. Com intervenções de artistas do grafite, o evento irá mostrar a multimídia de maneira única e inspiradora.

Exposição Fotográfica ­Retrato Falado  Conheça um pouco mais das expressões dos organizadores do evento, a fisionomia de cada um revelando sua personalidade. Sinta­ se parte da equipe Mundus Spectaculum.

Linha do tempo Viaje pela história em uma grande linha do tempo que irá mostrar a evolução das mídias do surgimento das primeiras mídias na antiguidade até o futuro!

Projeto Integrador Nada melhor do que ter seu trabalho reconhecido, não é? Então venha prestigiar os projetos dos demais semestres de Produção Multimídia e se surpreenda com a criatividade desta galera.

Bazar das Mídias (Arqueologia das mídias) Aproveite que está visitando o evento e compre ou negocie itens raros no nosso Bazar das Mídias.

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NO MEU TEMPO BEATRIZ PACHECO PROFESSORA TEC. PRODUÇÃO MULTIMÍDIA

Sou do tempo em que as opções na TV no final de semana eram Chacrinha e Silvio Santos, da época da tela verde, dos 3 drivers de disquetes de 5 e 1/4: um para rodar o Sistema Operacional, outro o Software e o último para salvar seu arquivo. Da época do Denise Andréa: Autocad 12 para DOS, que, reza a lenda, teve a licença preenchida pela estagiária e depois circulou por todos os escritórios de arquitetura de São Paulo na década de 1990. Do tempo em que o Corel Draw era o máximo, a Web só existia na novela e TV a cabo era coisa de americano. A primeira pessoa que conheço que teve um celular foi uma empregada lá de casa... um tijolão da Telesp, dado à ela por seu marido bicheiro, que tinha uma banca bem próspera lá no Sacomã. Eu, filha de professora, tinha mesmo é que pegar a fila nos postos telefônicos ou encarar um orelhão... de ficha! As tecnologias e dispositivos 8

foram evoluindo nessas últimas décadas e tenho certeza que muitos dos que lêem esse texto não fazem ideia do que foi dito até aqui... Cada vez mais a tecnologia vem possibilitando o desenvolvimento de coisas que jamais poderíamos pensar serem possíveis. Hoje as pessoas não apenas usam a tecnologia, mas vivem com ela, dizem McCarthy e Wright no prefácio do livro Technology as Experience. Muito mais intensamente do que em épocas anteriores, a interação com a tecnologia se desenvolve de forma emocional, intelectual, e sensória. Por essa razão, aqueles que projetam, usam e avaliam sistemas interativos devem ser capazes de compreender e analisar a experiência sentida pelas pessoas ao interagir com a tecnologia. Se anteriormente tínhamos que nos submeter ao que nos era proposto, agora temos mais direito à escolha, à medida que existem mais opções. As inter-


plementarmente, Enação é a ideia de que a experiência do mundo é criada nos organismos e modelada pelas ações desses no mundo. Varela, além de biólogo e filósofo, era um amante das filosofias orientais, especialmente do budismo, e foi procurar aí uma forma de ficarmos atentos e conscientes sobre nossa atuação no mundo e experiências diárias. Disse que, se passássemos a ter uma atitude atenta, poderíamos romper os processos automatizados, e criar novas e inovadoras experiências, muito próximas às nossas formas de aprender e atuar. A ideia desse texto, muito singelo, é alertá-los dessa necessidade: estarmos atentos e não nos submetermos sem questionamentos às tecnologias que emergem, mas sim que procuremos, a partir das possibilidades geradas por elas, proporcionar experiências inesquecíveis para pessoas, como ver o mar pela primeira vez, experimentar o primeiro beijo, ter um filho, dirigir na estrada ouvindo uma música que gostamos e cantando alto! Não sou nem tão velha assim, mas nesses tempos de tecnologia toda atenção é pouca...

faces e paradigmas de interação, nesse sentido, estão cada vez mais se aproximando da forma como aprendemos, raciocinamos. Os problemas tecnológicos conseguem ser, na maioria das vezes, resolvidos pelos profissionais de TI, enquanto nós, Designers de Sistemas Interativos e Multimídia, precisamos cada vez mais nos preocupar com as experiências que tais interações proporcionam. Nesse sentido tenho estudado duas teorias propostas por Francisco Varela: a Corporificação e a Enação. Corporificação diz que os corpos influenciam a forma como os seres pensam, e que os processos cognitivos, ou seja, a forma como aprendemos, estão essencialmente conectados ao nosso corpo e às formas com que interagimos por meio dele. Com9


TECNOFAGIA CHARLES NASCIMENTO ALUNO TEC. PRODUÇÃO MULTIMÍDIA

É consenso que a tecnologia e as mídias assumem um valor decisivo na mobilidade evolutiva da sociedade, pois entendemos o ser humano como um ser social que se desenvolve a partir de sua relação com instrumentos e técnicas . E a velocidade desse processo de desenvolvimento trouxe às mídias tanto eletrônicas quanto digitais um aspecto transitório, pois considerando que estamos falando de um sistema e sua complexidade não é difícil compreender que a cumulatividade é um dos seus princípios fundamentais, visto que o velho dá lugar ao novo, porém este tem em sua constituição memorável e conceitual, o velho. É possível dizer que tanto a tecnologia, quanto o desenvolvimento das mídias vem assumindo gradativamente um valor decisivo na evolução das sociedades quando entende-se o ser humano como ser social que se desenvolve a partir de suas relações com instrumentos e técnicas. Nesse sen10

tido, pode-se considerar que a velocidade desse desenvolvimento trouxe às mídias um aspecto transitório, pois, a partir do momento em que novos meios são desenvolvidos, os antigos continuam conceitualmente válidos e admiráveis. Dentro desta temática o objetivo desse artigo é apresentar o conceito de Tecnofagia, que foi cunhado por Giselle Beiguelman (Ano: página ) - midiartista e professora da FAU-USP: “Tecnofagia não é uma tendência, nem um movimento, mas uma conceituação pessoal, elaborada para dar conta de operações marcantes na produção brasileira relacionada à artemídia. Nela chamam à atenção a ênfase nos processos de combinação entre a tradição e a inovação, os arranjos inusitados entre saberes imemoriais de última geração e a revalidação das noções de high e low tech.” Em outras palavras o conceito sugere um novo olhar sobre a arte contem-


porânea e seus recursos digitais e analógicos, linguagens que convivem naturalmente nos tempos atuais, uma “devorando” a outra, uma dentro da outra, aludindo à ideia de Oswald de Andrade no Manifesto Antropofágico. Analisando a historicamente a evolução das tecnologias e das mídias, nota-se uma característica indelével: o fator cumulativo e integrativo mais efetivo do que o substitutivo. Isso é percebido a medida em que nenhum estágio de desenvolvimento acaba com aquele que o precedeu, ao contrário, incorpora-o. Outro fator relevante é que o homem está no cerne dessa realidade e não há como dissociá-lo,

mesmo considerando a dimensão de espetáculo (spectaculum) dada às inovações tecnológicas em detrimento do fator humano. Contrariando este valor de espetáculo, pode-se considerar a Tecnofagia como potencial símbolo do resgate dos meios de comunicação como agregadores de cultura e, consequentemente, como elemento de resgate da consciência da história, das sociedades, das civilizações e das religiões, em contraste com o triunfo das tecnologias midiáticas e da economia.

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ARQUEOLOGIA, A MÍDIA E O FUTURO DIGITAL GUILHERME HAYAMA ALUNO TEC. PRODUÇÃO MULTIMÍDIA

A história da comunicação data de períodos pré-historicos e vive em constantes mudanças e adaptações devido ao contexto social em que a humanidade se desenvolveu, assim como o contexto político e cultural de cada época. Do desenvolvimento de formas primitivas de fala na comunicação humana há 200,000 anos, aparição de símbolos há aproximadamente 30,000 anos na figura das pinturas rupestres, dos Petroglyphs, dos Pictogramas e ideogramas até a chegada da escrita, configura-se a base de toda a comunicação existente hoje. Além disso, com o surgimento de novas tecnologias e o passar dos séculos, surgiram meios de comunicação em massa e as mídias digitais. Enquanto o telegrafo e o telefone revolucionaram a forma em como as pessoas se comunicavam e encurtaram significamente a “distância” entre elas, a chegada do rádio e da televisão foram os fatores que trouxe12

ram maior relevância à história da mídia e abriram portas para outras formas de comunicação, como a publicidade e o marketing, e consequentemente a sociedade de consumo. Nesse cenário, é possível destacar também o fato da comunicação de massa ter ganho inovadores aliados à medida que surgiram os computadores, a internet e os satélites, além dos celulares e tablets com tecnologia touchscreen, sistemas GPS e 4G.


A visão de Benjamin sobre a revolução democrática por meio da tecnologia apenas sofreu reflexos recentes devido ao desenvolvimento de tecnologias digitais da produção e reproduçaõ da imagem e dos efeitos globalizados das mídias. O futuro digital está aqui e acontece agora, e se prolifera mais rápido que instituições legais, culturais ou educacionais. Os ciberespaços digitais simulam realidades e “milagres”, a fantástica realidade virtual e a recente realidade aumentada. Em vários ambitos, o futuro é incerto. A expertise necessária para desenvolver e fazer funcionar tecnologias digitais, o domínio sobre sistemas de programação em relaçao a seus custos pode marginalizar ao invés de dar mais poder as comunidades de desenvolvimento digital ao redor do mundo. No entanto, pode-se dizer que a história da comunicação tem começo, meio mas está longe de ter um final. Ainda há muito na tecnologia digital a ser explorado, projetos que vão além do que podemos imaginar em relação a produção de efeitos sensoriais na comunicação humana.

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ARTEMÍDIA FABIANO SENSITIVO ALUNO TEC. PRODUÇÃO MULTIMÍDIA

Para começar a falar de artemídia, inicialmente, devemos é preciso definir o que é mídia para melhor compreensão. Mídia designa, de uma forma genérica, todo meio de comunicação. E, conforme Thompson, “quando nós usamos o termo ‘meio de comunicação’ quase sempre pensamos num conjunto mais específico de instituições e produtores: livros, jornais, programas de rádio, televisão, discos, filmes e assim por diante”. Essa definição pode ser complementada por Arantes (ano:pag), que diz: “longe de se referir exclusivamente aos meios de comunicação, o termo mídia diz respeito, também, a todos os processos de comunicação mediados pelo computador”. A artemídia também faz uso dos meios de comunicação, das novas tecnologias da mídia para a criação de trabalhos artísticos e da industria indústria cultural. As redes telemáticas, em especial a internet, disponibilizam ao público 14

a interação com as obras, além do desenvolvimento de propostas em tempo real, a simultaneidade e o compartilhamento de informações. São criações que embatem no ciberespaço gerando estratégias que recriam, ampliam, e desconstroem o sentido muitas vezes previsto pelo contexto digital. A medida que o acesso a internet vai se tornando mais universalacessível, principalmente a partir dos anos 1980/1990, as estratégias de atuação da artemídia, junto com os recursos computacionais, começam a se ampliar. Questionar as distâncias espaciotemporais, criar ambientes que ampliam o campo perceptivo do interator, criar espaços específicos de cooperação, onde nos quais os usuários experimentam, compartilham, transformam, e intensificam maneiras de sentir e ver o mundo são algumas das propostas dessa nova forma de arte.. A artemídia e a forma de ‘fazer mí-


dia’ nunca param de crescer , se desenvolver e de e serem pesquisadas estudada, assim, é. É como se fossem evoluindo e nesse processo suas funcionalidades já usadas no passado, hoje, nãodeixassem de impactar, perdessem seu caráter essencialm mais. Movidos por esse temor,Por esse motivo, vários estudiosos se ocupam em mapeiam mapear a mídia e seu conteúdo, procurando torna-los como eternos, inacabáveis, possíveis de serem criados e recriados, ‘inacabável’, sempre a há o que criar e recriar n, um circulo que nunca acaba, mas sim evolui.

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INTERATIVIDADE DIGITAL NA EDUCAÇÃO – MUITO ALÉM DO TABLET NAYA LOBO WHITAKER JORNALISTA

Divulgado pela UNESCO em fevereiro deste ano, Guia de Políticas para Aprendizado Móvel é um documento que promete revolucionar a concepção do uso de aparelhos móveis para a educação. Lançado durante a Mobile Learning Week, em Paris, tal guia garante trazer benefícios e políticas funcionais para serem implementadas pelos governos na área de tecnologia móvel. Um dos principais pontos citados pelo guia, segundo a matéria divulgada no jornal A Tarde, é a necessidade de expandir os limites da escola para utilização dos aparelhos móveis em diversos lugares. Apontada como ferramenta valiosa para auxiliar tal processo tecnológico de aprendizagem, os tablets estão sendo inseridos pelas escolas no cotidiano educacional de forma muito mais aceitável do que, por exemplo, a própria permissão do uso de celulares neste ambiente. Neste sentido, ao olhar para tal 16

situação de forma um pouco mais ampla, penso que a diferença nesta construção de um “novo tempo” não está apenas na real introdução e utilização do meio móvel, mas também na expectativa de mudanças de concepção de ensino nacional. É sabido que no Brasil e de forma ainda mais forte em escolas do governo, a maioria dos edu cadores ainda peca por enaltecer e executar o modelo mais tradicional de educação: em que o aluno sentado é uma tábua rasa, e o professor, de pé, é o único mestre conhecedor.


ra racionalista”. Diferentemente, a ação de ser interativo é executada mutuamente, entre duas ou mais partes de um todo, em que os sujeitos envolvidos participam de uma rede de informações que pode ser acessada tanto pelo professor, quanto pelos colegas de sala. Assim, imagino e que a inserção destas tecnologias móveis deve ser um passo em direção à desconstrução do habitual formato de educação, reafirmando Freire, repressor. Formato o qual perpetua uma metodologia de controle que, como apresenta Foucault em sua obra Vigiar e Punir, molda ao homem à lógica da produção mecanizada, abrindo corredores, enfileirando as carteiras, fixando lugares e ascendendo o professor a posição de vigia. Defendo a ideia de que as tecnologias devem ser usadas ao máximo quando suas possibilidades acrescentam na formação da cognição dos alunos. Proporcionar a autonomia do aluno, fazer com que a representação de ideias abstratas sejam representadas por meio de tais instrumentos, complementar e trazer novos aspectos interpretativos as aulas são características possíveis pela interação – mesmo está ocorrendo por meio de tablets ou não.

Uma fórmula difícil de ser desconstruída, como apontava o pedagogo Paulo Freire, o qual defendia que a educação, como prática estritamente humana, não poderia ser uma “experiência fria, sem alma, em que os sentimentos e as emoções, os desejo, os sonhos devessem ser reprimidos por uma espécie de ditadu17


INTERATIVIDADE DIGITAL NA EDUCAÇÃO – MUITO ALÉM DO TABLET

Porém, o que vejo nas ideias defendidas pela UNESCO e aplicadas já em algumas escolas me parece muito diferente deste ideal. As posturas continuam sendo as mesmas. A sala de aula ainda não se adapta a essas quebras de paradigma que a tecnologia propõe. Ou seja, exige-se do aluno que ele use ferramentas tecnológicas interativas, mas não é permitido que ele tenha comportamento interativo. Mudam-se as ferramentas, trocam-se os cadernos pelos tablets, mas o essencial a metodologia de aula é mantida e infelizmente manter a mesma ideia de educação não fará com a tecnologia e suas possibilidades de comunicação melhorem o ensino. Para que haja um diálogo paralelo é preciso mudar o método. É preciso que além de ser mestre em ciência, um pesquisador conceituado, o professor que usará o tablet também entenda de educação, que saiba os conceitos pedagógicos de ensinar, de como as relações de aprendizagem se dão com ou sem tecnologia. Para depois, num segundo momento, usar a ferramenta com precisão. 18


MULTIMUNDOS, MULTIMÍDIAS, MULTIPOSSIBILIDADES LOREDANA DE OLIVEIRA ALUNA TEC. PRODUÇÃO MULTIMÍDIA

COMO COMEÇA?

1-por que nascemos?

Acredito que é neste ponto que encontramos o porquê de tudo, o começo a partir da criação do HOMEM, de seu surgimento no planeta Terra. Sim, ser humano, aquele que caminha em duas patas dianteiras e duas traseiras, que se pergunta durante sua existência toda do porquê das coisas, e transforma sua vida num questionamento infinito, um verdadeiro ciclo de quando, ondes e de que formas? E nessas perguntas sem fim é que ele vai entendendo e transformando o meio em que vive, sempre modificando para responder às suas próprias necessidades (porquês/para quês/ por quem). Isso nos mostra que a vida de um ser humano desenvolvido e que consegue ler signos através da assimilação e observação, sempre se resume às mesmas coisas:

2- por que vivemos? 3- por que morremos? Esses porquês funcionariam como uma engrenagem que gira sem parar, que vai continuar se encaixando e girando sempre mais e mais, enquanto o que denominamos humanidade continuar existindo ela será a força propulsora dessas perguntas (roldanas) que fazem girar a máquina da comunicação e que busca responder nossas necessidades, nossos porquês. Quando começamos a pensar em comunicação? Quando nascemos? Quando entramos no processo de entendimento do que significa se comunicar? Seria algo embutido, que mesmo se não quiséssemos fazer parte dessa massificação comunicativa nos encontraríamos no meio, 19


MULTIMUNDOS, MULTIMÍDIAS, MULTIPOSSIBILIDADES sem ação prévia, para escolhermos nosso lugar. É uma pergunta muito simples, mas que nos dá um leque grande de interpretações. Começamos talvez a pensar em comunicação a partir do momento que tentamos fazer nos entender pela primeira vez, alcançar o seio de nossa mãe talvez? Dizendo “temos fome”, significado agregado por muitos anos de comunicação prévia, no qual o primeiro movimento foi logo justificado quando a vontade ahavia sido saciada. É por meio desse movimento (repetição e assimilação) que o ser humano aprendeu a se comunicar, pelo princípio da “ação e reação”, retém a busca do estimulo e obtém-se uma resposta, ou obtém-se um estímulo e a ele é dada uma resposta. Da mesma forma muitos outros seres vivos fazem isso em toda a natureza, mas então por que o ser humano descobriu um modo de se comunicar de diversas formas? Por que patos não fizeram o mesmo? Por que na “evolução” dos seres, o ser humano 20

foi o que desenvolveu a escrita e a fala comum para um todo? A resposta? É a assimilação. Nós somos dotados de uma capacidade de assimilar estas ações e reações e com isso armazenamos em nossa mente o “banco de dados” mais completo que poderíamos imaginar, com sensações, lembranças, e todas as reações ligadas à essas e muitos mais, podemos ver que talvez tenha sido dessa forma que os homens das cavernas tenham sobrevivido, evoluído: eis o resultado alguns muitos milhares anos de assimilação. Hoje somos capazes de ir além da assimilação em nossos “bancos de dados” internos, conseguimos criar máquinas que assimilam por nós, logo, dizer que começamos a assimilar mais a partir da criação dos meios de comunicação, desde o século XX, na


grande era da reprodutibilidade, seria também uma nova forma de entender o processo da comunicação: a ação começaria no “comunicar” a partir de um emissor (o garotinho chorando de fome) e o receber, por meio de um receptor (mãe ouvindo o choro do bebê). A mãe assimila a informação após diversas tentativas do bebê, percebendo que o motivo do choro era fome. e ao alimentá-lo, descobre a origem da ação , assim o “ato comunicativo” (choro do bebê) cessaria. Talvez pareça complicado, mas novamente é muito simples, você dá e ganha, você vê e guarda (assimila), ações e reações. E este ciclo nos trouxe ao mundo contemporâneo (século XXI), recheado de assimiladores orgânicos e inorgânicos. O homem conseguiu se tornar um criador de formas de comunicação que pudem ser entendidas por meio de diversos suportes. Ele dobrou e condensou os meios de comunicação, transformando o mundo em MULTImundos, com habilidades MULTImídias, onde todos terão MULTIpossibilidades de fazerem o que melhor sabem fazer desde seu primeiro momento de vida: comunicar.

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DIREITO NA MULTIMÍDIA: DO ANALOGICO AO DIGITAL SIMONE ALCANTRA PROFESSORA COORDENADORA TEC. PRODUÇÃO MULTIMÍDIA

Na década de oitenta tive a oportunidade de assistir a um seminário sobre “Crimes Modernos”, enquanto estudava a faculdade de Direito. Salão cheio, todos curiosos sobre quais os crimes que haveria naquela noite alguma explanação. Apoiado por uma empresa de informática, técnicos explicavam aos jovens estudantes o sistema que envolvia hardware, software e os tais “vírus” de computador. Como se dava a “contaminação”, quais os cuidados e o mais importante para aquela platéia, como provar tudo isto e caracterizar como crime. Lembro-me que os disquetes eram enormes e sempre podiam ser ou estar contaminados pelos malévolosprogramas virais. Na década de noventa, com o advento da nova Lei de Direitos Autorais e da Lei do Software ficou definitivamente enquadrada a natureza dos programas de computador: são protegidos por direito de autor e os computadores, ou seja as máquinas, por propriedade industrial. 22

A partir daí, houve uma corrida das empresas desenvolvedoras de sistemas operacionais e programas de computador e surge o conceito de software livre (free software) culminando na criação do “Free Software Foundation”, propiciando o uso de licenças abertas que podem ser compartilhadas livremente, melhoradas caso seja necessário, e deste modo disponibilizadas ao mercado consumidor. Com o crescente uso da internet na segunda metade dos anos noventa, pudemos observar a apropriação deste novo meio de comunicação primeiramente pelas empresas. Aos poucos os aparelhos de telex, fac símile (fax) e as barulhentas máquinas de datilografar foram sendo abandonados em função da ascensão da informática. Se antes nos enviavam folders e propagandas fazendo uso da mala direta e do sistema de correios, surge o “mailing” com suas listas infindáveis de possíveis consumidores, os quais passam


a receber em seus computadores os indesejáveis “spams”. Surgiu no Brasil um Código de Ética Anti-Spam, mas sem força de lei, caiu no esquecimento de muitos, pois a quantidade diária de e-mails não solicitados e que podem ser categorizados como”spam” é imensa. Ainda pior é o fato de estarmos num verdadeiro campo minado, pois muitas vezes o que aparenta ser apenas uma informação indesejável tem escondido um código malicioso, o que ficou referenciado por “scanfish”. O termo “hacker” (habilidoso programador) se popularizou também na ultima década, trata-se do indivíduo capaz de quebrar códigos de segurança, acessar dados alheios através da invasão de sistemas computacionais em rede. Outro termo até então pouco comum surge, “cracker”, este é o “hacker” que usa seus conhecimentos para cometer ilícitos e crimes. Paralelamente aos avanços das ferramentas de busca, pois já não efetuamos buscas somente a partir de referências textuais, podemos procurar imagens a partir de imagens, o que gera inúmeras implicações relacionadas aos quesitos como direitos de autor e direito de imagem. Facilidades em se veicular e propagar texto, imagens e vídeos, bem como disputas judiciais em torno destas questões surgem a cada dia aos milhares. Softwares de

compartilhamento ponto a ponto, permitem aos usuários acesso instantâneo a músicas, filmes, textos, arquivos e programas vindos de inúmeras origens, em muitos casos sem expressa permissão do proprietário ou autor, em uma atividade que potencialmente oferece alto risco aos envolvidos. Requer-se, então, novos conceitos e propostas que visem facilitar a disponibilização e o acesso deste tipo de material, uma das mais interessantes e crescentes neste contexto é o sistema de licenças flexíveis do Creative Commons. Vivemos o tempo do compartilhamento e da disponibilidade, a complexidade é alta quando se fala do termo internet. Há diversas tentativas de se regulamentar este fenômeno que ultrapassa as barreiras territoriais. No Brasil ainda como projeto de lei se aproxima o Marco Civil da Internet, que pretende, por força de lei, regular o uso da Internet no Brasil.

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DIREITO NA MULTIMÍDIA: DO ANALOGICO AO DIGITAL Do mesmo modo outros países também discutem e implementam regulamentações, mas somente em âmbito de um acordo internacional poderá ocorrer algum tipo de harmonização no futuro que seja eficaz. Para se ter uma idéia do alcance das discussões, a Web 2.0 configura-se em uma experiência diária, o que por si só compreende pela sua multiplicidade de aspectos um fator dificultante para uma legislação nacional ou internacional pode abranger e regulamentar, os diferentes usos que se dão na plataforma. Como administrar direitos autorais, por exemplo, nestas condições? E agora que já experimentamos a web semântica, como “controlar” estas questões e implicações jurídicas de compartilhamento e colaboração? Do analógico ao digital, percorremos nas últimas décadas caminhos virtuais que levam o direito a uma nova reflexão: o direito ainda pensado e aplicado pelo homem e não pelas máquinas, mas sobre um contexto cada dia mais maquinístico.

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NO RÍTMO DA MÍDIA CAROL ZANOLA ALUNA TEC. PRODUÇÃO MULTIMÍDIA

um senhor com roupas despojadas e com um rádio de pilha que tocava “me dá um olá, me manda um oi...cê sabe onde eu estou liga pra mim”. Desço do ônibus, mas meu trajeto não termina ali, pego um trem e continuo nessa brincadeira. Olho para o lado e vejo pessoas extremamente animadas, ao som de “Hello, hello, baby; Youcalled, I can’thear a thing”. Isso é tão atual, né? Opa, outra questão: o que os nossos pais ouviam? Vai Vãoai alguns chutes, que só mais tarde vou confirmar. “Você viu um moreno, alto, bonito e sensual? Talvez ele seja a solução dos seus problemas, o endereço pra comunicação, pra caixa postal do amante profissional”, talvez erafosseisso o que os nossos pais ouviam na década de 80. E não para por aí “Aonde está você? Me telefona, me chama, me chama, me chamaaaa”, “Pelo rádio da policia ela manda o seu recado...” e de repente sou

Ai a segunda-feira... Tão fria, solitária e cinzenta, que só nos faz lembrar dos embalos de sábado à noite! Como começar um dia assim, tão nostálgico, em que a maioria das pessoas só querem voltar para o tão sonhado lar doce lar? É, por não ter outra escolha, também pego minha mochila e saio cantarolando “rasgue as minhas cartas e não me procure mais, assim será melhor...” Começo a notar que não sou a única que sente assim. Por aí, vejo as pessoas se movimentando cada uma do seu jeito. Olho para um homem cheio de estilo do banco da frente que mexe a sua cabeça de um jeito diferente e que sem perceber solta um “velha camarada, obrigado pela carta, que saudade preta rara, quero viver!”. Isso mexe tanto comigo que começo a tentar decifrar o que as pessoas estão ouvindo apenas observando seus gestos e maneiras. Eis que me aparece 25


arrancada dos meus pensamentos com que flutuavam por “vejo o programa que não me satisfaz, leio o jornal que é de ontem, porque para mim tanto faz” com a música “ela não anda, ela desfila! Ela é top, capa de revista, ela é mais mais, ela abusa no look tira foto do espelho para botar no Facebook”. É nessa hora que peço encarecidamente para usarmos os lindos dos nossos fones de ouvido, muito obrigada!

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LUM

TACU ALBÚM MUNDUS SPEC PRODUÇÃO MULTIMÍDIA - GRUPOS

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MUNDUS SPECTACULUM - EXPOSIÇÕES

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MUNDUS SPECTACULUM - GRAFFITI

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MUNDUS SPECTACULUM - PALESTRANTES

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MUNDUS SPECTACULUM - BANDA

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TURMA

Luany

Fabiano

Alexandre

Regina

la

e Pâm

Rennato

Silvana

Bruna

Simone

Tales

Loredana

Antonio

Lucas

Debo

ra

Murilo

Wellington

Manoel

Guilherme

Rafae

Natália

Melissa

Klinton

l Leonardo

Renato

Mauricio

Charles

Patrícia

Beatr

iz Carol

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O nosso espetáculo chegou ao fim, mas a evolução não para por aqui. Muito obrigado! Psiu...nós voltaremos.

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Projeto desenvolvido pelo 4º semestre de Tecnologia em Produção Multimídia. Centro Universitário SENAC - Campus Santo Amaro, 2013.

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