UNIVERSIDADE RADIAL – ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais
PROJETO INTEGRADO Orientador: Prof. GERALDO MORETTI LISBOA
PLANO FINANCEIRO
GRUPO UNIDOS: Edson Munin Marinalva do Nascimento Gonzaga Regina Panazzo (Líder) Simone Bernardo Lapa Dal Col
Gestão em Processos Gerenciais 3º Semestre
SÃO PAULO 2009
EDSON MUNIN MARINALVA DO NASCIMENTO GONZAGA REGINA PANAZZO (Lider) SIMONE BERNARDO LAPA DAL COL Gestão em Processos Gerenciais
PLANO FINANCEIRO
Projeto Integrado apresentado ao Curso
de
Processos
Tecnologia
em
Gerenciais
à
Universidade Participações
Radial Estácio como
necessário para
requisito
conclusão do
módulo.
Orientador: Prof. Geraldo Moretti Lisboa
SÃO PAULO 2009
RESUMO
São grandes os desafios no mundo dos negócios, por esta razão atualmente a ação empreendedora, antes de ser iniciada requer um exercício de planejamento minucioso. Neste trabalho evidenciaremos a importância da elaboração do plano de negócio bem como suas fases a serem permeadas, para a verificação de viabilidade do empreendimento. Através do estudo de mercado obtemos o conhecimento da demanda atual e de sua provável evolução ao longo da vida útil do projeto, para isto, procura-se focalizar as questões mais importantes para a empresa, de acordo com o produto ofertado. No mundo atual, de grande instabilidade econômica, alta competição e mudanças constantes, tornam-se imprescindível à elaboração minuciosa e específica dos projetos. Por fim, resta dizer que este estudo é de muita utilidade, uma vez que, após transcorridas todas as suas etapas poderá ser verificada a viabilidade ou não do empreendimento, evitando imprudências, que possam levar ao insucesso do negócio. O objetivo da apresentação desse plano financeiro é exaltar a oportunidade de ingressar num mercado altamente comprador. O mercado de cosméticos e produtos voltados para beleza humana. A indústria da beleza foi um dos poucos setores a passar ileso da crise financeira mundial. Não baseados na "onda", mas no grande potencial desse mercado, resolvemos empreender um negócio nessa área, com a preocupação de buscar parceiros preocupados e conscientes com a responsabilidade social e ambiental e que desenvolvam seus produtos de forma natural, sem agressões a natureza, para atender e satisfazer nossos clientes.
SUMÁRIO
RESUMO 1. INTRODUÇÃO................................................................................................. 08 2. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA............................................................... 09 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5
Empresa ..................................................................................................... 09 Logotipo ..................................................................................................... 09 Atividade Desenvolvida .............................................................................. 09 História ....................................................................................................... 09 Site ............................................................................................................. 10
3. MISSÃO, VISÃO E VALORES ........................................................................ 11 3.1 Missão ......................................................................................................... 11 3.2 Visão ........................................................................................................... 11 3.3 Valores ........................................................................................................ 11 4.
PRODUTOS ................................................................................................... 12
4.1 Linha Aromaterapia...................................................................................... 12 4.1.1 Hidratantes Corporal/Facial .................................................................. 13 4.1.2 Colônias ............................................................................................... 15 4.2 Linha Maquiagem ........................................................................................ 16 4.3 Linha Higiene Pessoal ................................................................................. 16 4.3.1 Sabonetes ........................................................................................... 16 4.3.2 For Men ................................................................................................ 17 5. 5.1 5.2 5.3 5.4 6.
MEIOS DE PAGAMENTO ............................................................................. 18 Boleto Bancário ........................................................................................... 18 Cartão de Crédito ........................................................................................ 18 Transferência Eletrônica (TEF) .................................................................... 19 Pagamento Digital........................................................................................ 19 LOGÍSTICA DE DISTRIUIÇÃO ...................................................................... 20
6.1 Modalidades ........................................................................................ 20 6.2 Benefícios ........................................................................................... 21 6.3 Logística Reversa ............................................................................... 21 7. DIVULGAÇÃO (webmarketing) ............................................................... 22 7.1 Sites de Busca .................................................................................... 22 7.2 Email-marketing .................................................................................. 22 7.3 Anúncios na Web ................................................................................ 22 7.4 Programa de Afiliados ......................................................................... 23
8. FLUXOGRAMA ............................................................................................... 24 8.1.
Recepção/Comercial .............................................................................. 24
8.2.
Financeiro .............................................................................................. 23
8.2.1. Depósito Bancário .............................................................................. 23 8.2.2. Boleto Bancário .................................................................................. 23 8.2.3. Cartão de Crédito ............................................................................... 25 8.2.4. Pagamento Digital .............................................................................. 25 8.3.
Compras................................................................................................. 25
8.4.
Estoque/Expedição................................................................................. 25
8.5.
Pós-Venda ............................................................................................. 26
9. O PORQUE DE UMA LOJA VIRTUAL ............................................................ 27 10. ANÁLISE SWOT.............................................................................................. 29 10.1.
Pontos Fortes ......................................................................................... 29
10.2.
Oportunidades ........................................................................................ 29
10.3.
Pontos Fracos ........................................................................................ 29
10.4.
Ameaças ................................................................................................ 29
11. PANORAMA SETOR DE COSMÉTICOS ........................................................ 30 12. EVOLUÇÃO DO SETOR ................................................................................. 32 12.1.
Crescimento Setor X Crescimento E-commerce ..................................... 33
13. COMÉRCIO EXTERIOR .................................................................................. 34 14. PERFIL EMPRESARIAL ................................................................................. 36 15. MERCADO BRASILEIRO ................................................................................ 37 15.1.
O Mercado de E-commerce no Brasil ..................................................... 38
15.2.
Produtos mais Vendidos no E-commerce ............................................... 39
16. ASPECTOS GERAIS ....................................................................................... 41 16.1.
Da Legalidade ........................................................................................ 41
16.2.
Obrigações Fiscais e Tributárias ............................................................ 41
16.3.
Estrutura Organizacional ........................................................................ 42
16.4.
Estratégias Iniciais.................................................................................. 44
16.5.
Preço de Venda...................................................................................... 45
16.6.
Projeção de Venda ................................................................................. 46
17. PLANO FINANCEIRO ..................................................................................... 47 17.1.
Investimento Fixo ................................................................................... 47
17.2.
Investimento Pré-Operacional ................................................................ 48
17.3.
Capital de Giro ....................................................................................... 48
17.3.1. Estoque Inicial .................................................................................... 48 17.3.2. Caixa Mínimo...................................................................................... 49 17.4.
Depreciação ........................................................................................... 51
17.5.
Estimativa de Custo Fixo ........................................................................ 51
17.6.
Estimativa de Custo Variável .................................................................. 52
18. INDICADORES DE VIABILIDADE................................................................... 53 18.1.
Fluxo de Caixa ....................................................................................... 53
18.2.
VLP ........................................................................................................ 54
18.3.
PayBack ................................................................................................. 54
18.4.
Ponto de Equilíbrio ................................................................................. 55
18.5.
Lucratividade .......................................................................................... 55
CONCLUSÃO ........................................................................................................ 56
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1. INTRODUÇÃO
Poucos setores passaram tão ilesos pela crise econômica mundial quanto o mercado de cosméticos e beleza. Prova disso é crescimento do setor em 18% somente no primeiro semestre de 2009, fazendo com que a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos reveja a previsão do crescimento anual.
As estimativas indicam que o mercado deva alcançar a marca de R$ 24 bilhões em volume de vendas, pois com a exigência e busca de se manter com uma aparência saudável e jovem, esse mercado deixou de ser exclusivo das mulheres, passando a atender também aos homens.
Nos últimos 10 anos, a proporção de homens que consomem produtos cosméticos subiu de um para 10 para cada grupo de 100. O preconceito e a rejeição do mercado masculino estão sendo superados e o consumidor masculino incorpora cada vez mais o uso destes produtos aos seus hábitos.
No Brasil, 30% da população se preocupam com a aparência o tempo todo, índice que coloca os brasileiros na 7ª posição entre os povos mais vaidosos do mundo. Esse dado é um dos ingredientes da receita que faz da indústria brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos um sucesso.
O crescimento desse mercado aliado à comodidade que o consumidor tem de receber o produto em casa, com a facilidade de comprar a qualquer hora e lugar somente através de um click, além de ficar informado sobre novidades que ainda não estão disponíveis no mercado tradicional, faz com que o projeto da Bela Flora seja um atrativo.
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2. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA 2.1.
Empresa BELA FLORA COMÉRCIO DE COMÉSTICOS LTDA
2.2.
Logotipo
2.3.
Atividade Desenvolvida Comércio virtual de cosméticos em geral, tais como cremes hidrantes,
relaxantes, maquiagens, sabonetes e perfumaria.
2.4.
História Bela Flora é uma empresa nacional e nasce com a finalidade de
comercializar exclusivamente através de loja virtual, uma linha de cremes, perfumes, maquiagens, sabonetes, ou seja, cosméticos, perfumaria e higiene pessoal, tendo como público alvo homens e mulheres de qualquer idade. A escolha do nome foi uma fase muito importante, pois se pretendia passar a idéia de uma empresa preocupada com o bem-estar de seus clientes, para tanto escolheu também fabricantes que buscam sempre avançar em direção à sustentabilidade socioambiental. Outro ponto foi à definição do símbolo: uma flor colorida e uma borboleta, que tem relação direta com o conceito da empresa e dos produtos comercializados, pois lembra algo natural, belo e cheiroso. A empresa atuará na modalidade B2C (Business-to-Consummer) – venda direta ao consumidor - ou seja, o comprador é uma pessoa física que, a partir de um computador pessoal, realiza suas buscas e adquire um produto ou serviço através da internet.
10
2.5.
Site (www.belaflora.com.br) O site da Bela Flora está sendo desenvolvido pela Dotstore, empresa
que surgiu através de análise profunda das necessidades da maioria das grandes e pequenas empresas em relação ao E-commerce no Brasil. Através do sistema criado pela Dotstore, o gerenciamento da empresa Bela Flora se dará através de um “painel de controle” protegido por senhas, de forma rápida e dinâmica, onde se terá acesso a todos os produtos e estoque (físico ou virtual), pedidos e seu andamento, clientes e suas necessidades e desejos, além de vários relatórios de dados sobre o andamento da loja e estatísticas sobre vendas, clientes, etc. Baseado na Web 2.0, é utilizada a linguagem de programação ASP (Active Server Pages) integrado com Javascript, CSS (Cascading Style Sheets) e AJAX (Asynchronous Javascript and XML). O “painel de controle” do cliente também será protegido por senhas criptografadas em seu Banco de Dados Microsoft SQL Server 2005.
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3. MISSÃO, VISÃO E VALORES
3.1. Missão Reunir em um só lugar produtos de qualidade, satisfazendo os desejos e expectativas do consumidor proporcionando bem estar e comodidade e fornecendo o melhor serviço de venda, distribuição, e pós venda a nível nacional.
3.2.
Visão Tornar-se referência no mercado de comercialização e distribuição
online de cosméticos, perfumaria
e linha de higiene pessoal em geral,
comercializando produtos de alta qualidade e alta tecnologia, suprindo necessidades e desejos de consumo do público alvo.
3.3.
Valores Promover à ética e o respeito absoluto pelo próximo, pela natureza e
pelo país. Oferecer sempre o melhor e buscar a perfeição em todos os aspectos.
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4. PRODUTOS No universo da Bela Flora a beleza é uma consequência do bem-estar e da harmonia entre o corpo e a mente e dentro dessa filosofia, os nossos parceiros foram escolhidos cuidadosamente. 4.1.
Linha Aromaterapia Produtos
desenvolvidos
com
óleos
essenciais
que
ajudam
a
restabelecer o equilíbrio e a saúde do corpo. Os óleos essenciais são de grande ajuda nesse equilíbrio, melhorando estados de nervosismo, stress, ansiedade, medo, impaciência, irritabilidade, promovendo dessa maneira o relaxamento profundo do corpo e da mente, além de tratar a beleza da pele. Óleos essenciais
Lavanda: equilibrante; acalma irritabilidade e medo. É um dos
óleos mais versáteis. Dissolve o estresse causado pela dor e sofrimento, sobretudo porque relaxa a mente e com isso torna o sono mais fácil.
Gerânio: equilibrante; reduz alterações de humor durante a TPM
e menopausa, ansiedade, estresse e sentimentos de culpa.
Menta: antiinflamatório; clareia, ordena e limpa os pensamentos,
aumentando a capacidade de concentração. Refrescante e tonificante nos estados de fraqueza e cansaço físico e mental.
Bergamota:
antiespasmódico;
ajudando
a
enfrentar
os
sentimentos reprimidos e a raiva não expressada. Promove o otimismo e ajuda a cultivar pensamentos positivos para considerar a possibilidade de perdoar.
Laranja doce: sedativo e refrescante; devolve a calma interior
para pessoas que passam por momentos de irritação. Dissolve medos e depressões, neutralizando pensamentos negativos.
Ylang Ylang: equilibrante e estimulante; diminui o nervosismo e
promove a liberação de energia. É o aroma da sexualidade, da beleza e do amor.
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Cravo: antisséptico, estimulante e afrodisíaco; produz um
sentimento de calor nos sintomas de frieza emocional. Muito indicado em casos de esgotamento físico e mental.
4.1.1. Hidrantes Corporal/Facial SENSUAL
Hidratante corporal sensual 120ml Contém as propriedades terapêuticas dos óleos essenciais e da Aromaterapia, devolvendo o equilíbio e o bem-estar entre o corpo e a mente. 1. Loção 2. Shower gel 3. Body SPA home
RELAXANTE Hidratante corporal relaxante 120ml Desenvolvido especialmente para proporcionar momentos de relaxamento profundo. 1. Loção 2. Shower gel 3. Body SPA home
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ORIENTE Creme Hidratante Orient 200 ml Energiza, revitaliza e equilibra 1. Extrato de Bambu e óleo essencial de laranja 2. Chá branco e óleo essencial de bergamota 3. Chá verde e óleo essencial de menta ROSTO Limpeza Facial Limpa e purifica a pele deixando-a macia e equilibrada 1. Gel 2. Leite 3. Tônico 4. Complexo hidratante purificante pele mista/oleosa 5. Complexo hidratante purificante pele normal/seca
PÉS/MÃOS
Creme para as mãos 60ml Creme desodorante para os pés 110ml Hidrata intensivamente tratando a pele ressecada e desidratada. Enriquecido com óleo essencial de erva-doce, uréia e manteiga de karité.
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4.1.2. Colônia DEO COLÔNIA (Women) Wave for women I - Fresco floral 50ml Aroma elegante e sofisticado para mulheres carismáticas, dinâmicas e sedutoras. Wave for women II - Floral frutal 50ml Misterioso e marcante para mulheres elegantes e exuberantes. Wave for women III - Floral aromático 50ml Exótico e romântico. Para mulheres sensuais, apaixonadas e românticas. Wave for women IV - Floral Oriental 50ml Aroma marcante e sensual. Mulheres misteriosas e exóticas. Wave for women V - Frutal floral 50ml Envolvente e sedutor. Mulheres carismáticas, românticas e extrovertidas
DEO COLÔNIA (Men) Wave for men I - Aromático fresco 50ml Elegante e moderno para homens dinâmicos, confiantes e carismáticos. Wave for men II - Cítrico amadeirado 50ml Exuberante e sensual. Para homens ousados, sedutores e elegantes. Wave for men III - Oriental amadeirado 50ml Marcante e exótico para homens misteriosos e determinados. Wave for men IV - Oriental fresco 50ml Elegante e sofisticado. Para homens discretos e refinados. Wave for men V - Amadeirado fresco 50ml Sedutor e envolvente. Para homens sensuais e ousados
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4.2.
Linha Maquiagem
Ecologicamente correta, livre de ativos alergênicos, óleos, corantes e fragrâncias e feita para as mulheres conscientes.
4.3.
Linha Higiene Pessoal
4.3.1. Sabonetes Desenvolvidos com base no conceito carbon free e não utiliza água como matéria prima. Sua composição única inclui agentes de limpezas especiais que necessitam de uma quantidade menor de liquido para o enxágüe o que significa economia de água tanto na sua produção quanto no momento em que é utilizado.
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4.3.2. For Men
Creme espumante que proporciona um barbear rente e confortável, gel pós barba que confere à pele uma sensação de limpeza e frescor, deixando-a macia, hidratada e levemente perfumada e desodorante Antitranspirante Rollon que evita a transpiração e o odor cuidando e protegendo a pele.
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5.
MEIOS DE PAGAMENTO Quando falamos em comércio eletrônico, automaticamente pensamos
em uma loja virtual, com sua vitrine de produtos e o carrinho de compras, que encaminha o consumidor para o processo de finalização do pedido e do pagamento. Com a disputa pelo consumidor e o poder cada vez maior em suas mãos, um dos grandes desafios é atraí-lo, converter a venda e fidelizá-lo, o que obrigatoriamente requer um processo de pagamento simples e rápido e que ofereça principalmente segurança. Conforme pesquisa divulgado na 19ª edição do relatório WebShoppers, o meio de pagamento preferido pelos e-consumidores é o cartão de crédito e boleto bancário. Mais de 80% das compras em volume transacional realizadas no último ano utilizaram o dinheiro de plástico ou boleto. Segurança e Privacidade Com relação à segurança no tráfego de dados, toda transação que envolver pagamento, seja por cartão de crédito ou não, será encriptada com a tecnologia SSL (Secure Socket Layer). Isso significa que os dados do cliente que
trafega
pela
internet
ficarão
irreconhecíveis,
assegurando
a
confidencialidade. 5.1.
Boleto Bancário O Cliente imprime o boleto no final da compra e paga no banco de sua
preferência ou por meio do Internet Banking. Esse meio de pagamento é utilizado por 20 % dos compradores
5.2.
Cartões de Crédito Ao optar por esse meio de pagamento no carrinho de compras, o cliente
digita o número do cartão, por meio de uma conexão segura, diretamente no sistema da operadora. Após a aprovação do crédito a compra está finalizada.
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Estima-se que 67 % de compradores optam por esse meio de pagamento. 5.3.
Transferência Eletrônica de Fundos - TEF O Cliente digita a senha bancária em conexão segura com o banco e
autoriza a transferência do valor da compra para a conta da loja. Após a liberação por parte do banco, a compra está finalizada. É um meio de pagamento rápido e seguro que tende a ser cada vez mais utilizado. Somente 2 % de compradores optam por esse meio de pagamento 5.4.
Pagamento Digital (PayPal) Esta tecnologia ainda é pouco utilizada, mas é sem dúvida a mais
segura para o cliente e lojista. O Pagamento Digital é uma solução direta de comunicação com bancos e operadoras de cartão de crédito que funciona como um intermediador entre as duas pontas, garantindo que lojista e cliente saiam satisfeitos com a operação. Isso porque, para o lojista, garantirá o gerenciamento
de
risco
das transações não
presenciais evitando
o
cancelamento da venda feita com cartão de crédito, que pode acontecer pelo não reconhecimento da compra por parte do titular do cartão ou até mesmo por uma fraude de titularidade, e para os consumidores, oferecerá mais segurança, pois poderão bloquear o pagamento em até 14 dias, caso não recebam o produto adquirido Estatisticamente o Pagamento Digital atinge menos de 2% das transações
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6.
LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO Um dos maiores desafios do Comércio Eletrônico é a logística de
distribuição dos produtos comercializados e nestas horas é importante contar com a parceria de uma empresa sólida e capaz de garantir que a mercadoria chegará com rapidez e segurança ao destino, na velocidade da Internet. Pensando nisso, foi criado pelo Correios um serviço com a marca SEDEX. O e-SEDEX. Um serviço exclusivamente voltado para empresas do segmento de comércio eletrônico que podem contar com soluções sob medida para suas necessidades. O e-SEDEX está disponível nas principais cidades do Brasil e por ser um serviço expresso para o envio de mercadorias, adquiridas por meio do comércio eletrônico, possui tratamento prioritário e entrega em domicílio.
6.1.
Modalidades Contando com a parceria dos Correios, os produtos serão entregues via
e-sedex em qualquer lugar do Brasil, após confirmação do pagamento pelo cliente, com mais rapidez e eficiência e dentro do prazo estipulado conforme modalidade escolhida na hora da compra. A Bela Flora atuará com as seguintes modalidades de entrega: e-SEDEX – Produtos coletados no período de 08:00h até às 18:00h do dia D, com entrega entre 08:00h e 18:00h do dia D+1 para as remessas entre capitais e principais cidades do interior do país. e-SEDEX PRIORITÁRIO - Produtos coletados entre às 09:00h e 12:00h do dia D, com primeira tentativa de entrega até às 18:00h do mesmo dia e segunda tentativa de entrega entre às 18:00h e 21:00h do mesmo dia. e-SEDEX EXPRESS - Produtos coletados entre 13:00h e 17:00h do dia D, com primeira tentativa de entrega entre às 18:00h e 21:00h do mesmo dia e segunda tentativa de entrega entre às 08:00h e 12:00h do dia D+1.
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6.2.
Benefícios A parceria com os Correios também garantirá além da segurança e
comodidade, os seguintes benefícios:
Coleta dos Produtos - sem custo adicional e realizada na empresa cliente ou em local por ela determinado.
Entrega Porta a Porta - efetuada em prédios comerciais e residenciais, indo até o domicílio do destinatário.
Informação
On-Line
-
O
acompanhamento
"on-line"
estará
disponível através do Sistema de Rastreamento de Objetos - SRO, pela Internet.
Aviso de Não Entrega - contato com o remetente, após a segunda tentativa, para os objetos com anotação de destinatário ausente. Para aqueles com insuficiência de endereçamento, o contato ocorrerá logo após a primeira tentativa, para que seja efetuada qualquer correção no endereçamento ou providenciada a devolução.
6.3.
Logística Reversa Este serviço será prestado para os casos em que a entrega foi realizada
com êxito, porém o cliente deseja, posteriormente, devolver a mercadoria. Neste caso, será solicitada a devolução do produto com as embalagens invioladas e o reembolso será feito subtraindo-se os custos de frete.
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7.
DIVULGAÇÃO (webmarketing)
7.1.
Sites de Busca O aspecto positivo da utilização dos sites de busca é o baixo custo da
inserção, que em algumas situações é próximo de zero. Cerca de um terço das visitas às lojas virtuais é originado em sites de busca como Google, Yahoo, MSN, entre outros. Uma pesquisa recente indica que cerca de 50% dos consumidores online pesquisaram seus produtos nos sites de busca, antes de efetivar a compra. É um número muito expressivo e mostra por que essa estratégia de webmarketing deve ser prioritária para o lojista virtual. 7.2.
Email-marketing O email é uma ferramenta poderosa na geração de tráfego, no suporte
aos clientes e também no fortalecimento da marca. Não se trata do envio massivo de emails não autorizados, o“Spam”, que causa grandes danos ao ecommerce e que não deve ser utilizado por lojas virtuais sérias. A grande força do email é sua agilidade como canal de comunicação por meio de promoções e newsletter, junto ao usuário que autorizou a abertura desse canal (opt-in). Sabe-se que o recebimento e o envio de emails são as atividades mais realizadas pelos internautas, seguidas, de longe, pela leitura de notícias e por diversão, o que indica que não é possível imaginar lojas virtuais bem-sucedidas que não utilizem, de forma eficiente, esse canal de comunicação com seus usuários.
7.3.
Anúncios na Web Durante algum tempo o mercado de propaganda on-line passou por um
período de acomodação, com índices de retorno insatisfatórios, causado principalmente pelo custo elevado dos tradicionais banners.
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Hoje, estamos acompanhando um forte crescimento de um novo sistema de anúncios chamado Pay-Per Click, no qual o anunciante paga apenas pela exposição do anúncio que resultou em clique, ou seja, paga por cliques realizados, e não por quantidade de exposições do anúncio. Esse sistema é muito mais inteligente que o anterior e é uma boa forma de divulgar produtos de maneira totalmente controlável pelo administrador e a um custo aceitável. O importante para quem anuncia é não perder de vista a relação custo/benefício, ou seja: a receita efetivamente auferida em relação ao custo da campanha.
7.4.
Programas de Afiliados O conceito é bem simples: o site que enviar um visitante que realize uma
compra receberá do lojista uma pequena comissão sobre o valor da venda. Esse tipo de programa de parceria ainda é pouco utilizado no Brasil, mas esse meio de geração de tráfego tende a florescer e se tornar uma das principais ferramentas nos sites de e-commerce.
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8.
FLUXOGRAMA Para um melhor desempenho, foi desenvolvido um Fluxograma de
pedidos para facilitar o controle das vendas online. Mesmo a Bela Flora sendo uma loja ainda pequena e iniciante, é necessário a criação de um Fluxo Departamental. Assim, foram criados alguns departamentos para que as operações fiquem o mais organizadas possível e para cada um deles, um fluxo para o pedido de vendas. 8.1.
Recepção ou Comercial: Entrada do pedido na Loja; Breve análise do pedido. (Ex.: Nome preenchido, com endereço completo); Pedido é Válido dar andamento; Pedido é inválido (Sem dados cadastrais) – Cancela-se o Pedido;
8.2.
Financeiro: Análise de crédito do pedido. Nessa etapa temos algumas sub-divisões:
8.2.1.
Depósito Bancário Confirma-se o depósito em conta corrente e dá andamento ao mesmo.
Em caso de não pagamento, aguarda-se até 05 dias após a data da entrada do pedido para cancelamento, sendo que ao 3° dia um email é enviado ao cliente alertando-o do pagamento, caso o mesmo não seja efetuado até o 5° dia útil após a compra, cancela-se no sistema.
8.2.2.
Boleto Bancário É adotado o mesmo critério do depósito, sendo que nesse caso
confirma-se a conta corrente, confrontando a entrada em conta com o número do pedido. O cancelamento deste é de 07 dias úteis após a compra.
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8.2.3.
Cartões de Crédito Uso de sistemas apropriados para checagem de dados que usam
inteligência artificial como Fcontrol ou ClearSale, evitando fraudes. Após análise, aprova-se ou não o Pedido. Em caso de “aprovação“, comumente entra-se no site das operadoras e se faz a captura da mesma, e assim se dá andamento ao Pedido. Já em caso de “Suspeita” de Fraude, o Praxe é solicitar ao cliente os seguintes documentos: Cópia da Frente da Fatura do Cartão, Cópia do CPF e do RG, e de preferência que os mesmos não sejam Scaneados e sim Fotocópias. Ainda assim, se persistir a dúvida, recomenda-se o cancelamento da compra.
8.2.4.
Pagamento Digital Confirma-se em área personalizada se a compra foi liberada e dá o
andamento correto ao pedido;
8.3.
Compras: Sendo a internet um meio de venda muito diferente do físico e o
investimento em altos estoques um risco, optamos por trabalhar com estoque a nível moderado, e desenvolver parcerias com os fabricantes para uma rápida reposição, a exemplo de muitas lojas virtuais. Será empregado também o sistema “Cauda Longa”, onde trabalharemos com o estoque do fabricante, onde após a confirmação do pedido, a mercadoria sairá diretamente da fábrica para o cliente, conceito também utilizado pelas lojas virtuais. Nos casos de se ter a mercadoria em estoque, essa etapa é pulada diretamente para a Logística.
8.4.
Estoque e Expedição: Quando da mercadoria em estoque, o produto é separado e embalado
obedecendo às especificações do Correios, parceiros em nossas entregas. Essa etapa requer muita atenção, pois uma mercadoria não pode ser postada erroneamente. Nesse caso, se faz necessário uma revisão da remessa.
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Quando do recebimento da mercadoria para reposição de estoque, além da conferência do pedido, é necessário a alimentação do sistema, para manter posição do estoque atualizada no site. 8.5.
Pós-Venda: Além do rastreamento da mercadoria enviada, o cliente receberá um
email informando a entrega do produto e solicitando a ele que “Opine” junto a órgãos como Ebit ou Buscapé, que possuem espaço justamente para isso, sobre a experiência em comprar em na Bela Flora. Dessa forma outros futuros clientes poderão verificar a credibilidade e preocupação da empresa com os serviços prestados.
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9.
O PORQUE DE UMA LOJA VIRTUAL A loja virtual é uma modalidade do B2C (business-to-consumer) que é a
venda direta do varejista para o consumidor final. Através de uma ferramenta criada para a internet o cliente pode fazer a compra de um produto sem a necessidade de ir até a loja física. Utilizando como meios de pagamento: boleto, débito, transferência ou cartão de crédito. Ainda incipiente no Brasil, o comércio eletrônico promete crescimento acelerado para os próximos anos. Atualmente, apenas cerca de 2% dos consumidores brasileiros fazem compras em canais que não as lojas tradicionais. A pequena participação do e-commerce (internet, celular e TV interativa) no mercado contrasta com seu potencial. “O Brasil é o país com maior a propensão a absorver os canais digitais”, afirma Luiz Góes, sócio-sênior da consultoria especializada em varejo Gouvêa de Souza. A conclusão faz parte de uma pesquisa realizada pela empresa neste ano, com 6 mil entrevistados em 11 países (Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Portugal, Reino Unido e Romênia). O estudo apontou que, ao contrário dos demais pesquisados, no Brasil, o principal motivo apontado para não comprar pela internet é a insegurança em passar dados bancários ou de cartão de crédito pela internet, o que é contornável, enquanto nos outros países é o gosto por ver, tocar e sentir o produto antes de levá-lo para casa. Os brasileiros também parecem mostrar uma maior receptividade à publicidade nas mídias eletrônicas. Cerca de 40% deles (42%) disseram estar dispostos a receber propaganda pelo celular. No mundo, esse percentual cai para apenas 8%. O uso da internet é outro motivo que coloca o Brasil entre os países com maior crescimento potencial no segmento nos próximos anos. Dentre os países analisados pelo
estudo,
52% dos consumidores afirmam usar
sites
especializados, como Mercado Livre e Buscapé, para comparar preços na
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internet. Aqui, quase dois terços (73%) dos internautas usam essa ferramenta na tentativa de economizar. É o terceiro maior percentual registrado pela pesquisa, atrás apenas de Austrália e Reino Unido. Ainda mais: 53% dos brasileiros dizem se sentir desapontados por suas lojas preferidas não venderem pela internet, enquanto 57% projetam que lojas sem website não existirão no futuro.
29
10.
ANÁLISE SWOT
10.1. Pontos Fortes Crescimento: apesar da crise econômica; Funcionamento 24 horas; Vendas Globais; Custos fixos muito mais baixos do que os de uma loja física; Comodidade do consumidor; Promoções: é muito mais fácil e rápido fazer promoções online; Divulgação mais barata; É possível entender melhor o perfil do consumidor. 10.2. Oportunidades Crescimento de 20% das vendas online no primeiro semestre de 2009; O setor de cosmético representa 12% das vendas online; As mulheres já são maioria dos consumidores on-line com 51%; Mais de 13 milhões de pessoas fizeram pelo menos uma compra através da internet no Brasil.
10.3. Pontos Fracos Difícil fidelização dos clientes; Estabelecimento de parcerias e forte relacionamento com fornecedores; Receio do cliente em efetuar pagamentos online; Profissionalizar equipe para atendimento online.
10.4. .Ameaças Concorrentes de grandes marcas; Manter preço competitivo; Manter posição de estoque sempre atualizada.
30
11.
PANORAMA DO SETOR DE COSMÉTICOS O setor de cosméticos é dinâmico, expansivo. Nele, toda a cadeia
produtiva acaba sendo estimulada, impulsionando assim a produção. . Fornecedores de matérias-primas, bem como empresas de design que oferecem as mais diversas opções de embalagens – mais arrojadas, funcionais e práticas – conseguem assim manter a tendência de inovação independente das oscilações da economia. O segmento de cosméticos é o que tem mais espaço para crescer, já que a maioria dos produtos tem um alto potencial de penetração nos lares brasileiros. Assim, há um investimento constante no desenvolvimento de novos produtos capazes de atender à grande diversidade dos consumidores – que varia conforme a faixa etária, sexo, etnia – e suporte aos lançamentos através de atividades de comunicação e divulgação. Um exemplo é a participação no mercado dos produtos destinados ao público masculino, cujo volume total evoluiu nos últimos cinco anos. O faturamento cresceu na mesma medida. Outro exemplo são os produtos étnicos, que vêm apresentando um faturamento crescente. Entre os fatores que contribuem para o aquecimento do setor de cosméticos no país podem ser citados: o crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho; o aumento do poder de consumo; a utilização de tecnologias de ponta produzindo ganhos de produtividade; os preços praticados pelo setor que vêm apresentando um aumento inferior aos índices de preços da economia brasileira; e toda a valorização da estética praticada pela mídia que se reflete numa busca pela beleza, saúde e juventude por parte da sociedade. A entrada de empresas brasileiras do setor de cosméticos no exterior ainda é complexa, demandando recursos e políticas de longo prazo. As grandes empresas que não podem simplesmente vender seu produto para qualquer distribuidor precisam investir na sua marca no exterior, e o país, no
31
momento, não oferece recursos suficientes para esse tipo de investimento de longo prazo. Já as pequenas empresas não têm esse tipo de preocupação estratégica, uma vez que se encontram voltadas apenas para a venda de seus produtos no mercado interno. Para que as empresas possam atuar no exterior, é necessário o conhecimento dos pontos de venda, dos hábitos de consumo, da concorrência local e das características culturais e preferências. Os cosméticos brasileiros são considerados no exterior como sendo de qualidade e podendo ser utilizados em qualquer lugar no mundo, mas falta ainda estímulo e investimento para explorar novos mercados. O setor de cosméticos geralmente é analisado em conjunto com dois outros setores, os de higiene pessoal e de perfumaria, pois muitas empresas freqüentemente operam em todos eles. O de Higiene Pessoal abrange: absorvente higiênico, condicionador, creme dental, desodorante, enxaguatório bucal, escova dental, fio dental, fraldas descartáveis, creme de barbear, sabonete, talco, tratamento capilar, xampú. O de Cosméticos inclui: alisantes, cremes e loções, fixador/modelador, maquilagem para boca, maquilagem para olhos, maquilagem para rosto, maquilagem para unhas, protetor solar, tinturas. E o setor de Perfumaria inclui perfumes, colônias e loções pós-barba.
32
EVOLUÇÃO DO SETOR
12.
A Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos apresentou um crescimento médio deflacionado composto de 10,6% nos últimos 13 anos, tendo passado de um faturamento "ExFactory", líquido de imposto sobre vendas, de R$ 4,9 bilhões em 1996 para R$ 21,7 bilhões em 2008.
Em Bilhões R$ 21,7 19,6 17,5
15,4 13,5 11,5 9,7
4,9
1996
5,5
5,9
1997
1998
6,6
1999
7,5
2000
8,3
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Fonte: ABIHPEC
Vários fatores têm contribuído para este excelente crescimento do Setor, dentre os quais destacamos:
Participação crescente da mulher brasileira no mercado de trabalho;
A utilização de tecnologia de ponta e o conseqüente aumento da produtividade, favorecendo os preços praticados pelo setor, que tem aumentos menores do que os índices de preços da economia em geral;
33
Lançamentos constantes de novos produtos atendendo cada vez mais às necessidades do mercado;
Aumento da expectativa de vida, o que traz a necessidade de conservar uma impressão de juventude.
12.1. Crescimento do Setor X Crescimento da Economia Nos últimos anos em geral o País apresentou índices baixos de crescimento. O quadro abaixo compara a evolução do Produto Interno Bruto, com a da indústria em geral e com os índices da Indústria de Produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, demonstrando que o setor apresentou, ao longo dos últimos anos, crescimento bem mais vigoroso que o restante da indústria (10,6% de crescimento médio no setor contra 3,0 do PIB Total e 2,9% da Indústria Geral): VARIAÇÃO ANUAL (%) ANO
PIB
INDÚSTRIA GERAL
SETOR DEFLACIONADO
1996 1997 1998 1999 200 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
2,7 3,3 0,2 0,8 4,3 1,3 2,7 1,1 5,7 2,9 3,7 5,7 5,1
3,3 4,7 -1,5 -2,2 6,6 1,6 2,7 0,1 8,3 3,1 2,8 4,9 4,3
17,2 13,9 10,2 2,8 8,8 10,0 10,4 5,0 15,0 13,5 15,0 9,7 7,1
Acumulado últimos 13 anos
47,3
45,7
270,0
Médio Composto últimos 13 anos
3,0
2,9
10,6
FONTE: IBGE - Banco Central – ABIHPEC * Deflator: Índice IPC FIPE Higiene e Beleza
34
13.
COMÉRCIO EXTERIOR Até 1994, o país manteve superávits em sua Balança Comercial entre 10
e 15 bilhões de dólares. Entre 1995 e 1998, com o advento do Plano Real e a utilização do câmbio como âncora principal para a estabilização da moeda, a Balança Comercial Brasileira apresentou déficits entre 3 e 7 bilhões de dólares. A partir de 1999, com a introdução do câmbio flutuante, observou-se forte desvalorização do real e o déficit foi reduzido para 1,3 e 0,7 bilhão de dólares no ano seguinte. Em 2001, o real foi novamente desvalorizado, principalmente devido à crise econômica na Argentina, provocando um superávit de US$ 2,7 bilhões. Seguiu-se em 2002 outra forte depreciação do Real incrementando o superávit para US$ 13,2 bilhões, em 2003 o superávit foi de US$ 24,9 bilhões. De 2004 a 2006, apesar da valorização do real, o superávit apresentou crescimento, atingindo US$ 46,5 bilhões em 2006. Em 2008 o superávit foi reduzido para US$ 24,8 bilhões, refletindo a continua valorização do real. BALANÇA COMERCIAL MERCADO TOTAL ANO
IMPORTAÇÃO
EXPORTAÇÃO
SALDO
1998
57,8
51,1
-6,6
1999
49,3
48,0
-1,3
2000
55,9
55,1
-0,7
2001
55,6
58,3
2,7
2002
47,2
60,4
13,2
2003
48,3
73,2
24,9
2004
62,8
96,7
33,8
2005
73,6
118,5
44,9
2006
91,4
137,8
46,5
2007
120,6
160,6
40,0
2008
173,2
197,9
24,8
Fonte: SECEX
35
O quadro abaixo mostra a balança comercial dos produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos nos últimos dez anos, demonstrando um crescimento acumulado de 357,6% nas exportações entre 1999 e 2008, enquanto que as importações cresceram 65,6% no mesmo período. O déficit comercial do setor, que atingiu US$ 163,1 milhões em 1997, foi sendo reduzido nos anos seguintes, atingindo US$ 8 milhões em 2001 e, a partir de 2002, revertido para resultados superavitários. Em 2008, o superávit atingiu US$ 182 milhões, com crescimento de 11% sobre 2007.
BALANÇA COMERCIAL HIGIENE PESSOAL, PERFUMARIA E COSMÉTICOS IMPORTAÇÃO
EXPORTAÇÃO
SALDO
ANO US$'000
%CRESC
US$'000
%CRESC
US$'000
1998
181,198
1,5
141,573
-3,2
-139.625
1999
206,424
26,6
168,015
18,7
-38.408
2000
220.374
6,8
184.748
10,0
-35.626
2001
199,533
-9,5
191,510
3,7
-8,022
2002
152,284
-23,7
202.755
5,9
50,471
2003
150,279
-1,3
243,888
20,3
93,610
2004
156,830
4,4
331,889
36,1
175,059
2005
211,658
35,0
407,668
22,8
196,010
2006
294,568
39,2
488,835
1939
194,268
2007
373,440
26,8
537,497
10,0
164,057
2008
465,768
24,7
647,885
20,5
182,117
Últimos 10anos
65,6
357,06
% Médio últimos 10 anos
5,2
16,4
FONTE: ABIHPEC, Fundação Getúlio Vargas, Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas da Universidade de São Paulo IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO
BALANÇA COMERCIAL HIGIENE PESSOAL, PERFUMARIA E COSMÉTICOS
36
14.
PERFIL EMPRESARIAL Existem no Brasil 1.694 empresas atuando no mercado de produtos de
Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, sendo que 15 empresas de grande porte, com faturamento líquido de impostos acima dos R$ 100 milhões, representam 70,0% do faturamento total. As empresas estão distribuídas por região/estado da seguinte forma:
RR 0
AP1
PA 6
AM 9
MA 3
CE 38
PB 7 PE 36 AL 0
PI 10
AC 2 RO 5
TO 0
SE 5
BA 42
MT 4
RN 4
DF 11 GO 91 MS 5
SP 758
MG 135
ES 17 RJ 173
PR 164 SC 46 RS 126
Norte Centro Oeste Nordeste Sudeste Sul
23 111 145 1.079 336
BRASIL 1.694
Atualizado em Fev 2009
37
15.
MERCADO BRASILEIRO Em relação ao mercado mundial de Higiene Pessoal, Perfumaria e
Cosméticos, conforme dados do Euromonitor de 2008, o Brasil ocupa a terceira posição. É o primeiro mercado em desodorante; segundo mercado em produtos infantis, produtos masculinos, higiene oral, produtos para cabelos, proteção solar, perfumaria e banho; quarto em cosmético cores; sexto em pele e oitavo em depilatórios. Mercado Total
Crescimento em Tons
Crescimento Vendas Líquidas em R$ milhões
38
Composição do Faturamento
Fonte: Euromonitor 2008
15.1. O Mercado de E-commerce no Brasil No Brasil, a penetração do comércio eletrônico ainda é maior nas classes A e B. Mas, em números absolutos, 51% dos que fazem compras pela internet pertencem às classes C, D e E. Essa proporção tende a aumentar na medida em que os brasileiros de baixa renda se acostumem com esse novo canal. Mesmo que nenhum brasileiro de classe C compre um computador com acesso a internet nem adquira um cartão de crédito no próximo ano, ainda assim haveria mais 3 milhões de web shoppers, apenas no estado de São Paulo, no prazo de um ano, em função do aumento da familiaridade dessas pessoas com o ecommerce. O faturamento do e-commerce em 2008 foi de R$ 8,2 bilhões e a perspectiva é que seja ultrapassada a marca de R$ 10 bilhões em 2009. Para se ter uma idéia, em 2001, o faturamento foi de apenas R$ 0,54 bilhões. O
39
número de e-consumidores ultrapassou em 2008 a marca de 13 milhões. Um aumento de 39% em relação ao ano anterior. O comércio entre empresas vem influenciando cada vez mais o faturamento dos negócios e segundo pesquisas, os pedidos realizados via internet representaram, em média, 31% do total das compras realizadas pelas microempresas, e 24% das empresas grandes.
15.2. Produtos mais Vendidos no E-Commerce Conforme comprovam os dados do Web Shoppers, que analisa a evolução do comércio eletrônico no Brasil, o ano de 2008 foi importante para o e-commerce nacional. Não só pelo faturamento, que já vem crescendo gradualmente ano a ano, mas também pelo incremento no número de pessoas consumindo bens de consumo e serviços pela internet.
40
Ao final do ano (2008) registrou-se um crescimento nominal de 30% nas vendas online sobre 2007. Mesmo com um período de cautela devido à instabilidade econômica mundial ocorrida principalmente a partir do 2º semestre e à acomodação natural do setor, o faturamento do e-commerce no Brasil foi de R$ 8,2 bilhões.
Em 2008, as compras pela internet, na média, ficaram em R$ 328, bem acima dos R$ 302 praticados em 2007. Esse fator significa que nos carrinhos dos consumidores, mais produtos são acrescentados a cada compra e outros mais baratos estão dando lugar para produtos mais caros. Isso demonstra um aumento da confiança do consumidor nas compras pela rede e uma tendência para os próximos anos.
De acordo com o levantamento, as categorias de Produtos mais vendidas em 2008 foram as seguintes:
Vendas por Produto Eletrodomésticos 6% Livros 17%
Eletrônicos 9%
Informática 11%
Saúde e Beleza 12%
Fonte: Web Shoppers
41
16. ASPECTOS GERAIS 16.1. Da Legalidade Uma loja virtual precisa ser registrada e regularizada em todos os órgãos, da mesma forma que uma loja tradicional. Com relação ao registro e legalização da empresa, os trâmites são idênticos: - Registrar na Junta Comercial; - Registrar na Secretária da Fazenda; - Registrar na Prefeitura do Município; - Providenciar o cadastro de Conectividade Social junto à Caixa Econômica Federal; - Requerer Alvará de Funcionamento; - Providenciar adesão ao Sindicato Patronal. O PROCON também deve ser consultado para adequar-se às exigências do Código de Defesa do Consumidor (Lei Nº. 8.078 DE 11.09.1990). A maioria das questões e impasses gerados na modalidade de comércio eletrônico serão analisados e julgados com base no Código de Defesa do Consumidor. A ausência de leis específicas para o comércio eletrônico remete as questões dessa área ao Código Comercial, o qual não apresenta atualização aos modelos do comércio praticado pela internet. Não só o Brasil, mas todas as economias mundiais carecem de soluções para essa nova onda gerada pelo ecommerce. As questões tributárias e fiscais seguem igualmente, a legislação aplicável ao comércio tradicional.
16.2. Obrigações Fiscais e Tributárias O segmento de Loja Virtual, assim entendido como o comércio varejista de artigos em geral pela Internet, poderá optar pelo SIMPLES NacionalRegime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, caso a receita bruta de sua atividade não
42
ultrapassar R$ 240.000,00 (microempresa) ou R$ 2.400.000,00 (empresa de pequeno porte) e respeitando os demais requisitos previstos na Lei. A Bela Flora será optante do Simples Nacional, se enquadrando como empresa de pequeno porte (EPP) implicando no recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições: • Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ; • Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI; • Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL; • Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, • Contribuição para o PIS/Pasep • Contribuição para a Seguridade Social devido ao INSS, a cargo da pessoa jurídica, • Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS; • Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS. O cálculo do valor devido do Simples Nacional será efetuado por meio do Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (PGDAS), disponível no Portal do Simples Nacional na internet, pagos até o 20º (vigésimo) dia do mês subseqüente àquele em que houver sido auferida a receita bruta. No caso da Bela Flora, o inicio das atividades da empresa será no próprio ano-calendário da opção pelo Simples Nacional, assim, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de atividade, será utilizado como receita bruta total acumulada, a receita do próprio mês de apuração multiplicada por 12 (doze). Conforme a Lei Complementar nº 128/2008, as alíquotas do Simples Nacional, para esse ramo de atividade, vão de 4% até 11,61%, dependendo da receita bruta auferida pelo negócio.
43
Receita Bruta Total em 12 meses (em R$)
Alíquota
IRPJ
CSLL
COFINS
PIS PASEP
CPP
ICMS
Anexo I – Partilha do Simples Nacional – Comércio
Até 120.000,00
4,00%
0,00%
0,21%
0,74%
0,00%
1,80%
1,25%
De 120.000,01 a 240.000,00
5,47%
0,00%
0,36%
1,08%
0,00%
2,17%
1,86%
De 240.000,01 a 360.000,00
6,84%
0,31%
0,31%
0,95%
0,23%
2,71%
2,33%
De 360.000,01 a 480.000,00
7,54%
0,35%
0,35%
1,04%
0,25%
2,99%
2,56%
De 480.000,01 a 600.000,00
7,60%
0,35%
0,35%
1,05%
0,25%
3,02%
2,58%
De 600.000,01 a 720.000,00
8,28%
0,38%
0,38%
1,15%
0,27%
3,28%
2,82%
De 720.000,01 a 840.000,00
8,36%
0,39%
0,39%
1,16%
0,28%
3,30%
2,84%
De 840.000,01 a 960.000,00
8,45%
0,39%
0,39%
1,17%
0,28%
3,35%
2,87%
De 960.000,01 a 1.080.000,00
9,03%
0,42%
0,42%
1,25%
0,30%
3,57%
3,07%
De 1.080.000,01 a 1.200.000,00
9,12%
0,43%
0,43%
1,26%
0,30%
3,60%
3,10%
De 1.200.000,01 a 1.320.000,00
9,95%
0,46%
0,46%
1,38%
0,33%
3,94%
3,38%
De 1.320.000,01 a 1.440.000,00
10,04%
0,46%
0,46%
1,39%
0,33%
3,99%
3,41%
De 1.440.000,01 a 1.560.000,00
10,13%
0,47%
0,47%
1,40%
0,33%
4,01%
3,45%
De 1.560.000,01 a 1.680.000,00
10,23%
0,47%
0,47%
1,42%
0,34%
4,05%
3,48%
De 1.680.000,01 a 1.800.000,00
10,32%
0,48%
0,48%
1,43%
0,34%
4,08%
3,51%
De 1.800.000,01 a 1.920.000,00
11,23%
0,52%
0,52%
1,56%
0,37%
4,44%
3,82%
De 1.920.000,01 a 2.040.000,00
11,32%
0,52%
0,52%
1,57%
0,37%
4,49%
3,85%
De 2.040.000,01 a 2.160.000,00
11,42%
0,53%
0,53%
1,58%
0,38%
4,52%
3,88%
De 2.160.000,01 a 2.280.000,00
11,51%
0,53%
0,53%
1,60%
0,38%
4,56%
3,91%
De 2.280.000,01 a 2.400.000,00
11,61%
0,54%
0,54%
1,60%
0,38%
4,60%
3,95%
16.3. Estrutura Organizacional A estrutura organizacional foi estabelecida de acordo com os conhecimentos adquiridos ao longo do curso de Processos Gerenciais e da disposição e capacidade de cada um dos sócios para desempenhar o papel que lhe será atribuído.
44
É determinado um plano de expansão de acordo com um bom andamento, porém, já foi demonstrado por pesquisas que o segmento oferece grandes oportunidades de crescimento com possibilidades de parcerias com os fabricantes, o que ajuda a contribuir com o aumento da qualidade dos produtos e atendimento aos clientes. A estrutura organizacional não é estática e tem mobilidade, ou seja, poderá ser alterada a qualquer momento de acordo com as necessidades que a empresa exigir. A
princípio
os
quatro
sócios
compartilharão
serviços
e
responsabilidades, terceirizando sua contabilidade e já com planos futuros de contratação de pessoas qualificadas para o atendimento online, cumprindo com o desejado, passar confiança e segurança ao cliente.
16.4. Estratégias Iniciais O estoque será a nível moderado; Fechado parceria com os fornecedores para uma rápida reposição de estoque; Serão desenvolvidas parcerias com fornecedores e distribuidores, para atuar no sistema cauda longa. Ou seja, as vendas serão repassadas aos fornecedores ou distribuidores, que cuidarão da remessa aos clientes. A Bela Flora receberá apenas as faturas dos produtos encaminhados diretamente aos consumidores. Essa modalidade envolve também as atividades de registros contábeis e financeiros. Para divulgação da Bela Flora, além da mídia tradicional, será utilizada a própria Internet, sendo esta uma ação indispensável para alavancar as vendas. Além de anúncios nos sites de maior visibilidade e a participação em sites especializados em busca de produtos e serviços, outros recursos serão utilizados para se desenvolver campanhas específicas.
45
16.5. Preço de Venda Foram considerados os seguintes itens para formação de preço: a. Custo da mercadoria adquirida b. Rateio de Custos fixos e variáveis c. Recolhimento de impostos d. Margem de contribuição
Produtos que serão comercializados
Classificação
Hidratante Corporal/Facial Sensual Relaxante Oriente Rosto Pés/Mãos Colônias Woman Man
Preço de Venda
0,52 36,96 42,00 40,32 53,76 33,60 0,10 67,20 67,20
Linha Maquiagem Corretor facial Base Pó compacto Batons Sombra Higiene Pessoal Sabonetes
Participação Vendas por Grupo
0,33 20,77 52,10 37,48 26,04 15,54 0,05 6,99
46
16.6. Projeção de Venda
Após a formação de preço com base nos índices informados e considerando dados da pesquisa de mercado realizada, foram projetadas as vendas por grupo de produtos, para o primeiro trimestre.
Apuração 1º Trimestre
Higiene Pessoal
Maquiagem
Colônia
Hidratantes Corporal/Facial
TOTAL PROJETADO = R$ 28.257,05
1º mês
2º mês
3º mês
Sensual Relaxante Oriente Pés/Mãos
2.467,20
2.960,64
3.700,80
Woman Man
3.984,00
4.780,80
5.976,00
906,24
1.087,49
1.359,36
279,60
335,52
419,40
7.637,04
9.164,45
Corretor facial Base Pó Compacto Batons Sombra
Sabonetes
TOTAL
11.455,56
47
17.
PLANO FINANCEIRO Nessa etapa, foi determinado o total de recursos a ser investido para
que a empresa comece a funcionar, sendo que o investimento total é formado por:
Investimentos fixos
Investimentos pré-operacionais
Capital de Giro
17.1. Investimento Fixo O investimento fixo corresponde aos bens que deverão ser comprados para que a empresa possa funcionar de maneira apropriada. Tomamos o cuidado para evitar imobilizações desnecessárias.
(A) Equipamentos Descrição
Qtde.
Vr.unitário
Total
1 Computador
1
2.000,00
2.000,00
2 Impressora
1
300,00
300,00
SUB-TOTAL (A)
2.300,00
(B) Móveis e Utensílios Descrição
Qtde.
Vr.unitário
Total
1 Estação de Trabalho
1
130,00
130,00
2 Cadeira
2
100,00
200,00
3 Material de Consumo
1
70,00
70,00
SUB-TOTAL (B)
400,00
TOTAL INVESTIMENTO FIXO
SUB-TOTAL (A+B)
2.700,00
48
17.2. Investimento Pré-Operacional Descrição
R$
Despesas de Legalização
200,00
Contador
400,00
Divulgação
300,00
Desenvolvimento do Site
2.500,00
TOTAL PRÉ-OPERACIONAL
3.400,00
17.3. Capital de Giro O capital de giro é o montante de recursos necessário para o funcionamento normal da empresa, compreende a compra de mercadorias, financiamento das vendas e o pagamento das despesas. Para se estimar o capital de giro para o começo das atividades, apuramos também o estoque inicial e o caixa mínimo necessário. 17.3.1. Estoque Inicial
Descrição
Qtde.
Vr.unitário
Total
1 Linha Hidratante corporal/facial Sensual 12 Relaxante 12 Oriente 12 Rosto 20 Pés/mãos 20
20 20 20 30 15
240 240 240 600 300
2 Linha Colônias Woman Man
15 10
30 30
450 300
3 Linha Maquiagem Corretor facial Base Pó compacto Batons Sombra
20 20 10 25 10
10 25 15 10 8
200 500 150 250 80
4 Linha Higiene Pessoal Sabonetes 25
3,9
97,5
TOTAL ESTOQUE INICIAL
3.647,50
49
17.3.2. Caixa Mínimo É o capital de giro próprio necessário para movimentar o negócio. Representa o valor em dinheiro que a Bela Flora precisará ter disponível para cobrir os custos até que as contas a receber de clientes entrem no caixa. Corresponde a uma reserva inicial de caixa. Para calcular a necessidade líquida de capital de giro foi preciso conhecer os prazos médios de vendas, compras e estocagem. Essas informações foram pesquisadas junto a concorrentes e fornecedores e utilizadas na apuração do caixa mínimo, isso porque nas vendas financiamos os clientes por meio dos prazos concedidos e somos financiados pelos fornecedores por meio dos prazos para pagamento negociados. a.
Contas a Pagar Cálculo Prazo Médio de Vendas
a vista a prazo (1) a prazo (2)
(%)
70% 25% 5%
Nº de Dias
Média/Dia
0 30 60
0 8 3
Prazo Médio Total em Dias
b.
Fornecedores Cálculo Prazo Médio de Compras
(%)
Nº de Dias
Média/Dia
a vista
50%
0
0
a prazo (1)
50%
30
15
Prazo Médio Total em Dias
c.
11
15
Estoque É o prazo médio de PERMANÊNCIA das mercadorias nos estoques da
empresa. Abrange desde a data em que é feito o pedido ao fornecedor até o momento em que os produtos são vendidos.
Necessidade Média de Estoque em Dias
7
50 Cálculo Necessidade Líquida de Capital de Giro
Nº de Dias
Recurso da Empresa fora do caixa
1. Contas a Receber (prazo médio de vendas) 2. Estoque (necessidade média de estoque) Sub-Total 1
11 07 18
Recurso de Terceiros no Caixa
3. Fornecedores (prazo médio de compras) Sub-Total 2 Necessidade Líquida de Capital de Giro em Dias
Caixa Mínimo
15 15 3
R$
1. Custo Fixo 2. Custo Variável 3. Custo Total da Empresa 4. Custo Total Diário 5. Necessidade Liq. De Capital de Giro (em dias) TOTAL CAIXA MÍNIMO
Capital de Giro
1.708,64 5.514,55 7.223,19 240,77 3 601,93
R$
3.647,50 601,93
A - Estoque Inicial B - Caixa Mínimo TOTAL CAPITAL DE GIRO
4.249,43
Assim, com a apuração de todos os dados apresentados acima, temos a composição do Investimento Total.
INVESTIMENTO TOTAL
(%)
Investimentos Fixos
2.700,00
26%
Investimento Pré Operacionais
3.400,00
33%
Capital de Giro
4.249,43
41%
10.349,43
100%
TOTAL (Recursos Próprios)
51
17.4. Depreciação A título de informação, a Receita Federal considera, para efeito de vida útil, os seguintes prazos:
Imóveis – 25 anos
Máquina – 10 anos
Equipamentos – 5 anos
Móveis e utensílios – 10 anos
Veículos – 5 anos
Computadores – 3 anos Depreciação (R$)
Ativos Fixos
Valor do Bem (R$)
Vida Útil (Anos)
Anual
Mensal
Computador/Impressora Móveis
2.300,00 330,00
3 10
766,67 33,00
63,89 2,75
2.630,00
13,00
799,67
66,64
TOTAL DEPRECIAÇÃO
17.5. Estimativa Custo Fixo Ao levantar os custos fixos, fomos cautelosos e optamos por trabalhar com uma pequena “margem de segurança” na hora de estimar esses gastos. Quanto ao pró-labore, decidiu-se de comum acordo que no 1º ano de operação da empresa, será retirado somente o valor mensal de R$ 300,00 (trezentos reais) cada sócio, que são em 4 (quatro), assim todo o recurso que entrar na empresa nela permanecerá, possibilitando o crescimento e a expansão do negócio. Dessa forma a empresa poderá alcançar mais rapidamente sua autosustentação, reduzindo as necessidades de capital de giro e agregando maior valor ao novo negócio.
52
Descrição
R$
Contador (terceirizado)
400,00
Pró-labore (300,00 X 4)
1.200,00
Material de Escritório
15,00
Depreciação
66,64
Outros
27,00 TOTAL CUSTO FIXO
1.708,64
17.6. Estimativa Custo Variável A Bela Flor se enquadra no Simples Nacional, assim, devemos considerar os seguintes Impostos Federais (IRPJ, PIS, COFINS, Contribuição Social e IPI), Imposto Estadual (ICMS) e o Imposto Municipal (ISS), arrecadados em DARF único. Para efeito de cálculo do caixa mínimo, foi considerada a média do trimestre.
Descrição Faturamento Bruto CMV
Média Trimestre 9.419,02 4.543,60
Impostos Federal/Estadual 4% s/faturamento bruto Imposto Municipal 1% s/faturamento bruto Divulgação Taxas de administração cartão
TOTAL CUSTO VARIÁVEL
376,76 94,19 420,00 80,00
5.514,55
53
18. INDICADORES DE VIABILIDADE
18.1. Fluxo de Caixa A demonstração do Fluxo de Caixa é o mais importante instrumento de análise da viabilidade do negócio. Diferentemente da Demonstração de Resultados, que considera receitas e despesas que não representam naquele momento uma entrada ou saída de caixa, o Fluxo de Caixa mostra exatamente a projeção de entradas, saídas e disponibilidade real de caixa para um determinado período. No caso da Bela Flora, projetamos o 1º Trimestre de atividade, considerando que o pagamento dos custos da mercadoria vendida (CMV) se dá no mês seguinte ao da receita, assim como as despesas comercias e os impostos, já as despesas administrativas são realizadas dentro do próprio mês.
FLUXO DE CAIXA Investimento
0
1º Mês
3º Mês
(10.349,43)
Receita projetada
7.637,04
CMV (=) Lucro Bruto Projetado
7.637,04
(-) Despesas Operacionais Projetadas Comerciais Administrativas Depreciações Lucro antes do Imposto
(10.349,43)
9.164,45
11.455,56
(3.684,00)
(4.420,80)
5.480,45
7.034,76
500,00
500,00
1.708,64
1.708,64
1.708,64
66,64
66,64
66,64
5.861,76
3.205,17
4.759,48
381,85
458,22
2.823,32
4.301,26
(-) Imposto (Simples Nacional)
Saldo Final
2º Mês
5.861,76
54
18.2. VLP É o valor atual dos resultados de uma série de períodos de fluxo de caixa menos o investimento inicial. Foi utilizada uma taxa (TMA) de 10% a.m.
0
-10.349,43
1
5.861,76
2
2.823,32
3
4.301,26 VLP = 544,37
18.3. PAYBACK Embora não seja uma medida de rentabilidade, o método do payback é interessante por mostrar o tempo que o projeto vai levar para retornar todo o investimento realizado. Basicamente o payback ocorre no momento em que o saldo de caixa acumulado, deixa de ser negativo, ou seja, o total de recursos que retornou se iguala ao total de recursos que foi investido. Período
Vr. Presente Vr.na Data
Soma
0
-10.349,43
-10.349,43 10.349,43
1
5.861,76
5.328,87 -5.020,56
2
2.823,32
2.333,32 -2.687,24
3
4.301,26
3.231,60
2+
2.687,24 3.231,60
2 + 0,83 X 30 dias 2+ 24,95 2 meses + 25 dias
544,36
55
18.4. Ponto de Equilíbrio O ponto de equilíbrio representa o quanto à empresa precisa faturar para pagar todos os seus custos em um determinado período.
PE =
PE =
Custo Fixo Índice da Margem de Contribuição
1.708,64 0,41
PE =
4.121,87
18.5. Lucratividade = =
Lucro Líquido Receita 11.713,40 28.257,05 41,45 a.t. 13,82 a.m.
X 100 X 100
56
CONCLUSÃO
Quando resolvemos empreender um negócio no setor de cosméticos para operar somente virtualmente, não tínhamos real consciência dos inúmeros dados e detalhes que teriam que ser estrategicamente colhidos e analisados. Mesmo diante do mundo digital, onde tudo acontece através de um click, não nos fixamos somente em dados setoriais publicados por empresas especializadas, mas também colhemos o maior numero de informações com concorrentes, distribuidores e fornecedores, pois nosso maior objetivo foi realmente o de viabilizar a empresa. Algumas respostas vieram em forma de estratégias, planos de ação, métodos de trabalho e outras foram minuciosamente construídas ao longo deste estudo. Dentre todas as questões que nos dedicamos, nossa preocupação de buscar parceiros conscientes com a responsabilidade social e ambiental e que desenvolvessem seus produtos de forma natural e sem agressões a natureza, foi grande e árdua, porém recompensadora. Tivemos uma atenção redobrada quanto a investimento inicial, preço de venda, retiradas e estratégias de marketing, mas acreditamos que chegamos a um ponto de equilíbrio. Por fim, este estudo foi de muita utilidade, uma vez que, após transcorridas todas as suas etapas com bastante cautela, verificamos a viabilidade do empreendimento, também através da VLP e PayBack, enxergando um breve retorno dos nossos investimentos.