Aspectos gerais do continente europeu
BNCC
• Os conteúdos das pá-
ginas 14 e 15 contemplam o desenvolvimento das habilidades EF09GE06 e EF09GE07 e formam as bases necessárias ao desenvolvimento das habilidades EF09GE08 e EF09GE09 da BNCC.
No continente europeu encontram-se alguns dos países mais ricos e industrializados do mundo. A maior parte dos países europeus compõe a União Europeia, um dos blocos econômicos mais expressivos mundialmente. O mapa abaixo mostra a divisão política do continente europeu. Observe que ele é relativamente pequeno em extensão territorial se comparado a outros continentes do mundo, porém é dividido em um grande número de países.
•O
Europa: divisão política atual
uso da linguagem cartográfica contribui para o desenvolvimento do pensamento espacial, conforme orienta a competência específica de Ciências Humanas 7 e a competência específica de Geografia 4 da BNCC.
Cír OCEANO GLACIAL ÁRTICO cu lo P ola r Ár tico ISLÂNDIA
1 - ANDORRA 2 - BÓSNIA-HERZEGOVINA 3 - ESLOVÊNIA 4 - LIECHTENSTEIN 5 - LUXEMBURGO 6 - MACEDÔNIA 7 - MÔNACO 8 - MONTENEGRO 9 - SAN MARINO
FINLÂNDIA NORUEGA SUÉCIA
RÚSSIA (parte europeia)
ESTÔNIA
Orientações gerais
• Explique
atenção para o Estreito de Bósforo, na Turquia, que separa a cidade de Istambul e a Turquia em duas partes, uma na Europa e outra na Ásia, e também para o fato de que a Rússia, assim como a Turquia, tem partes de seu território em ambos os continentes citados.
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1
UCRÂNIA
Mar Cáspio
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O continente europeu estende-se no sentido oeste-leste, do oceano Atlântico aos Montes Urais, localizados no interior do território russo. Em relação à extensão norte-sul, a Europa prolonga-se do oceano Glacial Ártico ao Mar Mediterrâneo.
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 43.
• Além da Rússia, cite outro país que apresenta o território dividido em parte eu-ropeia e parte asiática? Observe o mapa acima e responda.
PhotoLondonUK/Shutterstock.com
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LITUÂNIA RÚSSIA POLÔNIA
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• Oriente os alunos a ob-
servar a localização dos Montes Urais no mapa da página 24, assim como a extensão total do território da Rússia e da Turquia em um mapa-múndi.
DINAMARCA
HOLANDA
OCEANO ATLÂNTICO
E. Cavalcante
aos alunos que tanto a Europa como a Ásia são continentes apenas por convenção e ambas integram a Eurásia, um bloco de terras emersas e contíguas. Esses dois continentes por convenção estão separados por marcos naturais, entre eles os Montes Urais, o Rio Ural, a Cordilheira do Cáucaso e o Estreito de Bósforo.
LETÔNIA
REINO UNIDO
IRLANDA
Turquia A Turquia possui uma particularidade que poucos países do mundo apresentam. Seu território é transcontinental, ou seja, estende-se entre dois continentes. A menor parte do território turco está localizada no continente europeu e a maior, no continente asiático. Em Istambul, é possível observar parte da porção europeia e parte da porção asiática da Turquia, separadas pelo Estreito de Bósforo, 2017.
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Capítulo 1
Regionalização do território europeu Levando em consideração os aspectos históricos e econômicos da Europa, podemos regionalizar o continente europeu em dois grupos de países. Um deles, denominado Europa Ocidental ou desenvolvida, é formado por países que apresentam, em sua maioria, uma economia forte, diversificada e altamente industrializada. O outro, Europa Oriental, é composto por países com economia menos industrializada, predominando países que adotavam o regime socialista. Observe no mapa essa divisão do continente europeu. Europa Ocidental e Europa Oriental ISLÂNDIA
Cír cul
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
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Europa Oriental FINLÂNDIA NORUEGA SUÉCIA ESTÔNIA IRLANDA
DINAMARCA REINO UNIDO HOLANDA ALEMANHA
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Mar Mediterrâneo
A divisão política entre Europa e Ásia
Fonte: SCALZARETTO, Reinaldo; MAGNOLI, Demétrio. Atlas geopolítica. São Paulo: Scipione, 1996. p. 23.
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A Europa, um dos menores continentes do globo, constitui a maior península do mundo. O território europeu é um prolongamento do continente asiático, estando a ele diretamente conectado via terrestre. A definição dos limites da Europa Oriental com a Ásia sempre foi uma tarefa bastante controversa entre os geógrafos. Para resolver essa questão, foi necessário “dividir” o território russo entre os dois continentes: ao meio dele, em sentido longitudinal (norte-sul), passam os Montes Urais, uma antiga cordilheira já bastante desgastada, ao longo da qual se estabeleceu uma fronteira, imaginária, que separa a Europa da Ásia. Península: prolongamento de terras de um continente que se encontra rodeado de água, exceto pelo lado em que se une ao continente.
• Verifique se os alunos compreenderam que a Europa ocidental engloba a porção da Europa que, durante a Guerra Fria, abrangeu os países do bloco capitalista. Aproveite para avaliar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o assunto.
• Realize um exercício de leitura e interpretação de mapas, pedindo aos alunos que localizem alguns países e sub-regiões da Europa ocidental. Verifique se todos compreendem que esta abrange a Península Ibérica (Portugal e Espanha), os países escandinavos (Dinamarca, Noruega, Suécia e Finlândia), as ilhas britânicas (Inglaterra, Escócia, País de Gales, Irlanda do Norte e Irlanda), além de Alemanha, Áustria, Bélgica, França, Grécia, Itália, Luxemburgo, Islândia, Suíça e Países Baixos.
Europa Ocidental
rtico
Orientações gerais
Imagem artística em que é possível observar o continente europeu.
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• Apresente a seguinte questão para os alunos responderem: > A regionalização apresentada obedece a critérios estritamente geográficos? Justifique.
• Explique que a divisão do continente europeu apresentada não obedece a critérios estritamente geográficos, baseando-se na divisão que existia durante o período da Guerra Fria entre o bloco capitalista e o bloco socialista. Chame atenção para países localizados na porção oriental do continente e que integravam o bloco capitalista, como a Grécia, sendo, portanto, considerados parte da Europa ocidental.
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Orientações gerais
Geografia
• Antes de iniciar o estu-
em foco
Martin Gardeazabal/ Shutterstock.com
do desta página, leve um planisfério político para a sala de aula e, com os alunos, localize o meridiano de Greenwich.
• Relembre
os alunos da divisão em hemisférios que o meridiano de Greenwich marca na superfície terrestre.
O mundo ocidental e o mundo oriental
O território europeu pode ser regionalizado em Europa Ocidental e Europa Oriental, como vimos na página anterior. No entanto, essa divisão não é simples, como aquela proposta para os hemisférios Ocidental e Oriental da Terra, delimitada pelo meridiano de Greenwich e que podemos observar em qualquer planisfério. Trata-se da divisão do mundo entre o Ocidente e o Oriente, cuja regionalização é mais complexa e extrapola os critérios geográficos. Para compreender essa divisão, devemos analisar, sobretudo, fatores históricos, culturais e religiosos.
• Leia o texto das páginas 16 e 17 em conjunto com o alunos.
De modo geral, podemos definir o mundo oriental como a porção da Terra formada pelas nações da Ásia e do Oriente Médio, enquanto o mundo ocidental engloba a Europa e grande parte dos territórios que foram colonizados pelos europeus, notadamente a América, a Austrália e a Nova Zelândia. No mundo oriental predominam o Islamismo, o Hinduísmo e o Budismo como religiões principais e as culturas orientais muito tradicionais. No mundo ocidental predomina o Cristianismo e outros aspectos culturais são intensamente influenciados pelas culturas europeia e estadunidense. Diversas nações situadas na África, na Europa Oriental e na porção ocidental da Ásia apresentam influências significativas tanto das culturas ocidentais como das culturas orientais, estando situadas no entroncamento entre essas duas porções do mundo. Para que possamos entender o motivo pelo qual essa divisão começou, devemos lembrar de que no século XIX e início do século XX as potências industrializadas da Europa colonizaram grande parte do mundo, incluindo terras e povos que os europeus pouco conheciam ou compreendiam.
Edifício Empire State, um dos símbolos da cidade de Nova York, Estados Unidos, 2016.
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Material digital
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• A proposta de sequência didática 1, disponível no
material digital, permite complementar o trabalho com o tema explorado nesta página e com as habilidades EF09GE06 e EF09GE08.
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Capítulo 1
Nesse período, o termo “oriente” passou a ser usado para se referir a esse mundo que era culturalmente diverso, mas igualmente exótico e diferente para os povos europeus, justamente por ser desconhecido. De modo a justificar o processo colonial, muitos europeus compartilhavam a visão de mundo na qual o seu continente e seus povos eram naturalmente superiores, o que ajudou a consolidar a disseminação de sua cultura e seus hábitos nas áreas colonizadas.
Orientações gerais
• Chame a atenção dos alunos para as imagens apresentadas nas páginas 16 e 17. Pergunte o que eles sabem sobre estas imagens. Verifique se os alunos reconhecem que elas retratam construções que atribuem identidade a paisagens existentes no Ocidente (edifício Empire State) e no Oriente (Templo budista).
• Aproveite a oportunidade e pergunte aos alunos sobre outras paisagens existentes no Ocidente e no Oriente que eles conhecem. Peça que contem para os colegas da sala quais são elas.
Embora o mundo ocidental e o mundo oriental continuem sendo culturalmente diferentes, é importante compreender que tanto em uma como em outra dessas regiões podemos encontrar países culturalmente diversos. Esses países também têm diferentes sistemas de governo e influências de distintos processos históricos, igualmente importantes e ricos culturalmente, seja em escala local, seja em escala global.
A globalização e os processos migratórios têm contribuído, na atualidade, para diminuir as diferenças e integrar as culturas entre os povos de todo o mundo, tornando essa regionalização, em certos aspectos, cada vez mais difícil de delimitar.
Lenush/ Shutterstock.com
Atualmente, essa divisão tem tido como principal motivo a religião, sobretudo no caso da oposição entre Cristianismo e Islamismo e a atuação de alguns grupos extremistas que se identificam como “inimigos do Ocidente”.
Templo da religião budista, em Kyoto, Japão, 2018.
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Entendendo as fronteiras e os territórios no mundo atual
Orientações gerais
• Auxilie os alunos na lei-
tura e interpretação dos mapas apresentados nas páginas 18 e 19 e solicite a eles que apontem as diferenças ao longo do tempo.
No decorrer da história da humanidade, as fronteiras e os territórios nacionais passaram por várias mudanças. Essas mudanças ocorreram, por exemplo, em virtude da ampliação do território de um país, da anexação de novas áreas ou da criação de um novo Estado.
• Peça que os alunos observem um país de cada vez, acompanhando as transformações em seu território (se ocorreram) em cada mapa.
No decorrer do século XX, as mudanças na configuração dos territórios e fronteiras nacionais foram muito expressivas. Desde então, o mapa político do mundo vem sendo periodicamente atualizado. Isso porque todas as mudanças na configuração do território dos países acarretam alterações nos limites traçados em seus mapas políticos. Até meados do século XX, as maiores modificações nos limites territoriais entre os países se devem, sobretudo, à Primeira (1914-1918) e à Segunda (1939-1945) Guerras Mundiais. Esses dois conflitos se desenvolveram, principalmente, em razão da expansão territorial promovida pelos principais países envolvidos, e foram marcados por disputas violentas, tanto por territórios quanto pela dominação dos povos que neles habitavam. Veja as transformações ocorridas nos limites dos países europeus.
1900
1920
1940
Cír cu
Cír OCEANO GLACIAL ÁRTICO cu lo P ola ISLÂNDIA r Ár tico (DINAMARCA)
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Ilustrações: E. Cavalcante
Europa - 1937
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Mar Mediterrâneo
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Fonte: LACOSTE, Yves (Org.). Atlas 2000. Paris: Nathan, 1999. p. 31.
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BÉLGICA LUXEMBURGO
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OCEANO ATLÂNTICO
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Mar Mediterrâneo
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Fonte: LACOSTE, Yves (Org.). Atlas 2000. Paris: Nathan, 1999. p. 31.
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Nas últimas décadas do século XX, o continente europeu foi a região do mundo que mais passou por modificações em sua configuração territorial, ocorridas, sobretudo, em razão da decadência do sistema socialista e do decorrente fim da União Soviética. Esse importante fato histórico culminou na independência de vários países e, consequentemente, na mudança de seus limites territoriais.
Capítulo 1
Europa - 1947 Cír OCEANO GLACIAL ÁRTICO cul oP ola r Ár ISLÂNDIA tico
N L
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FINLÂNDIA
490 km
NORUEGA SUÉCIA
DINAMARCA
IRLANDA
HOLANDA ALEMANHA ORIENTAL BÉLGICA POLÔNIA LUXEMBURGO ALEMANHA OCIDENTAL TCHECOSLOVÁQUIA
OCEANO ATLÂNTICO
O desmembramento da antiga Tchecoslováquia, em 1991, em dois novos países, a República Tcheca e a Eslováquia, em decorrência do enfraquecimento da União Soviética, e a desintegração da Iugoslávia em vários novos países também trouxeram intensas modificações às fronteiras dos países europeus.
UNIÃO SOVIÉTICA
REINO UNIDO
FRANÇA
SUÍÇA
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PORTUGAL
50° N
ANDORRA
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GRÉCIA Mar Mediterrâneo
0°
CHIPRE
Fonte: SCALZARETTO, Reinaldo; MAGNOLI, Demétrio. Atlas geopolítica. São Paulo: Scipione, 1998. p. 22.
Integrando saberes
• Para aprofundar os conhecimentos sobre o tema e realizar uma integração com o componente curricular de História, peça ao professor deste componente curricular que mostre mapas antigos da Europa e que evidenciem distintas configurações territoriais. • Explique que a configuração atual da Europa ocidental foi definida ao final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e, no caso da Alemanha após a queda do muro de Berlim, enquanto a configuração atual da Europa oriental somente se consolidou na década de 1990. Orientações gerais
1960
1980
• Explore os mapas com os alunos por meio das orientações a seguir.
2000
Europa – 2015 Ilustrações: E. Cavalcante
Cír OCEANO GLACIAL ÁRTICO cu lo P ola r Ár tico ISLÂNDIA
1 - ANDORRA 2 - BÓSNIA-HERZEGOVINA 3 - ESLOVÊNIA 4 - LIECHTENSTEIN 5 - LUXEMBURGO 6 - MACEDÔNIA 7 - MÔNACO 8 - MONTENEGRO 9 - SAN MARINO
FINLÂNDIA NORUEGA SUÉCIA
RÚSSIA (parte europeia)
ESTÔNIA LETÔNIA
REINO UNIDO
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OCEANO ATLÂNTICO
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REPÚBLICA TCHECA ESLOVÁQUIA FRANÇA 4 ÁUSTRIA SUÍÇA HUNGRIA
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LITUÂNIA RÚSSIA
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Mar Cáspio
ROMÊNIA
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UCRÂNIA MOLDÁVIA
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GEÓRGIA AZERBAIJÃO ARMÊNIA
TURQUIA (parte europeia)
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Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 43.
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> Com base nos mapas, dê exemplos de territórios nacionais europeus que tiveram suas fronteiras alteradas entre 1914 e 1937. R: Possível resposta: Itália, Reino Unido, Império Alemão, Romênia, Império Russo, Chipre, Montenegro, Império Austro-Húngaro, Sérvia, Bulgária, Grécia e Império Turco-Otomano. > Identifique no mapa alguns territórios nacionais que tiveram seus traçados modificados na Europa entre 1937 e 1947. R: Possível resposta: a Alemanha foi dividida em Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental; a União Soviética incorporou os territórios da Lituânia, Letônia e Estônia; e a Itália anexou os territórios de Mônaco e San Marino. > Agora identifique no mapa alguns territórios nacionais traçados na Euro-pa entre 1947 e início do século XXI. R: Possível resposta: República Tcheca, Eslováquia, San Marino, Estônia, Letônia, Lituânia, Mônaco, Liechtenstein, Croácia, Bósnia-Herzegovina, Eslovênia, Monte n e g ro, M a ce d ô ni a , Moldávia, Ucrânia e Bielorrússia.
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Encontro com... História
BNCC conteúdo das páginas 20 e 21 abrange a habilidade EF09GE08 ao tratar das transformações territoriais pelas quais parte do continente europeu passou ao longo do tempo.
•O
Ex-Iugoslávia: da união à separação Após o final da Segunda Guerra Mundial (1945), a Iugoslávia teve como principal líder militar e político Josip Broz Tito. Por mais de três décadas, Tito comandou a Iugoslávia e conseguiu, por causa de interesses políticos, abafar o sentimento nacionalista das diversas nações que compunham a região dos Bálcãs: sérvios católicos ortodoxos, croatas católicos romanos e bósnios muçulmanos.
• Auxilie
os alunos na leitura e interpretação dos mapas que são base para o entendimento destas transformações do território.
No final da década de 1980, teve início na Sérvia uma campanha de expansão do sentimento nacionalista sérvio. Essa campanha foi liderada por Slobodan Milosevic, que, ao assumir o governo sérvio em 1989, buscou suprimir as demais etnias da Iugoslávia, para assim, prevalecer o domínio sérvio perante as demais nações. Esse movimento desencadeou, a partir de 1990, várias ações separatistas na região dos Bálcãs, que culminaram em alguns dos mais violentos combates ocorridos na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Um exemplo foi a Guerra do Kosovo, que deixou centenas de milhares de vítimas.
• Traga
mais informações atualizadas sobre os países da ex-Iugoslávia, como reportagens ou manchetes de jornais e revistas.
Somente após intensas guerras civis contra o exército iugoslavo, sob a liderança sérvia, a Croácia e a Eslovênia tornaram-se independentes em 1991 e a Bósnia-Herzegovina em 1992. As únicas nações da antiga Iugoslávia que conquistaram a independência sem maior resistência, ou seja, de maneira pacífica, foram Macedônia, em 1992, e Montenegro, em 2006.
• Veja, no mapa A, as principais nações que compunham a antiga Iugoslávia. A
Iugoslávia: grupos étnicos ÁUSTRIA HUNGRIA
ESLOVÊNIA Liubliana
Zagreb CROÁCIA
Voivodina ROMÊNIA
BÓSNIA-HERZEGOVINA
44° N
Sarajevo
População de maioria sérvia Etnias
Belgrado SÉRVIA
MONTENEGRO Podgorica Kosovo Mar Adriático N
E. Cavalcante
ALBÂNIA
L
O
Skopje MACEDÔNIA
S
0
80 km
17° L
GRÉCIA
Sérvios Muçulmanos Albaneses Montenegrinos Eslovenos Croatas Macedônios Limite da antiga Iugoslávia Capital do país
Fonte: SCALZARETTO, Reinaldo; MAGNOLI, Demétrio. Atlas geopolítica. São Paulo: Scipione, 1996. p. 57.
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Capítulo 1
• Sob o governo de Tito, a Iugoslávia tinha o território formado por seis repúblicas: Sérvia, Croácia, Eslovênia, Bósnia-Herzegovina, Montenegro e Macedônia, além das duas províncias autônomas de Kosovo e Voivodina, como pode ser observado no mapa B. B
Iugoslávia – 1948 Limites das Repúblicas da Iugoslávia
Eslovênia Zagreb
Liubliana
Croácia
Limites das províncias autônomas
Voivodina
Cidade
Bósnia-Herzegovina
44° N
Sérvia
Sarajevo Mar Adriático
• Comente com os alunos que o Parlamento de Kosovo declarou sua independência da Sérvia em 17 de fevereiro de 2008. No entanto, até novembro de 2018, a independência de Kosovo não era reconhecida pelo Conselho de Segurança da ONU e pela comunidade internacional.
Capital do país
Belgrado
I UGO SL ÁVI A
Orientações gerais
Montenegro Titogrado
Kosovo
Skopje N
Macedônia
L
O
17° L
S
90 km
0
Fonte: BRENER, Jayme Brener. Os Bálcãs: história e crise. São Paulo: Ática, 1996. p. 51.
• O mapa C apresenta a área da ex-Iugoslávia, hoje formada por seis países independentes. Alguns deles apresentam problemas nacionalistas internos.
C Ilustrações: E. Cavalcante
Ex-Iugoslávia: divisão política atual ÁUSTRIA
Capital do país
HUNGRIA
ESLOVÊNIA Zagreb
Liubliana
ROMÊNIA
CROÁCIA Belgrado BÓSNIA-HERZEGOVINA
44° N
SÉRVIA
Sarajevo
Mar Adriático
MONTENEGRO Podgorica
MACEDÔNIA
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0
80 km
S
Skopje
17° L
ALBÂNIA GRÉCIA
Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2010. p. 89.
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Atividades
BNCC
• O trabalho com a atividade 8 colabora com o desenvolvimento da habilidade EF09GE06, ao analisar a regionalização do mundo em Oriente e Ocidente, associando a colonização europeia ocorrida entre os séculos XVI e XX.
Exercícios de compreensão
1. A Europa pode ser regionalizada em dois grupos de países. Identifique e descreva os principais aspectos que caracterizam cada um desses grupos.
2. A Europa Ocidental compreende a porção da Europa que, durante a Guerra Fria, englobou os países que integravam qual bloco geopolítico? E a Europa Oriental? 3. Podemos afirmar que, no decorrer da história, os limites territoriais dos países do mundo sempre foram estáveis? No caderno, justifique sua resposta com exemplos que podem ser encontrados nos mapas das páginas 18 a 21.
Orientações gerais
• Auxilie na exploração do mapa pelos alunos. Verifique se compreenderam que os países colonizadores estão representados com cores fortes e que os colonizados com as mesmas cores dos colonizadores, porém em tons mais claros.
4. Cite quais conflitos ou embates geopolíticos ocorridos no século XX tiveram mais influência sobre a configuração dos limites territoriais entre os países da Europa. 5. Em relação à Europa, cite quais são as mudanças territoriais mais recentes no que se refere à configuração de países. ter-ritoriais na ex-Iugoslávia, no final da década de 1980? 6. Quais países se formaram após a fragmentação da antiga Tchecoslováquia, em 1991? Qual a principal causa desse acontecimento?
Geografia no contexto 8. Observe o mapa e responda às questões. Renan Fonseca
Mundo: colonização europeia – séculos XVI-XX N L
O S
Círculo Polar Ártico
CANADÁ 1534 - 1536 OCEANO ATLÂNTICO MARROCOS 1912 - 1956 Trópico de Câncer
OCEANO PACÍFICO
ARGÉLIA 1830 - 1962 MÉXICO 1519 - 1821
VENEZUELA 1527 - 1821
COLÔMBIA 1536 - 1819
Equador
OCEANO PACÍFICO PERU 1532 - 1821
Meridiano de Greenwich
Trópico de Capricórnio
CHILE 1561 - 1818
Fonte: LACOSTE, Yves (Org.). Atlas 2000. Paris: Nathan, 1999. p. XV.
ETIÓPIA 1935 - 1941
NIGÉRIA 1861 - 1960 CONGO 1908 - 1960 BRASIL 1522 - 1822
Colonizadores Alemanha Bélgica Espanha França
Holanda Inglaterra Itália Portugal
ÍNDIA 1764 - 1947
FILIPINAS 1521 - 1948 0°
OCEANO ÍNDICO
AUSTRÁLIA 1770 - 1901
ÁFRICA DO SUL 1814 - 1910
0
0°
Colônias Alemães Belgas Espanhóis Franceses
Holandeses Ingleses Italianos Portugueses
2 500
5 000 km
1770 - 1901 Data da colonização
Independência da colônia
Limite internacional atual
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Capítulo 1
a ) O mapa apresenta as áreas de colonização europeia, entre os séculos XVI e XX. Como esse domínio influenciou na regionalização do mundo em Ocidente e Oriente? b ) Descreva as principais características do mundo ocidental e indique quais são os fatores responsáveis pelos aspectos culturais comuns entre as nações agrupadas nessa classificação. c ) De que maneira a divisão entre mundo ocidental e mundo oriental tem se caracterizado no século XXI?
Orientações gerais
• Oriente os alunos na leitura dos textos utilizados na atividade 9. Peça que procurem no dicionário o significado das palavras que eles não conhecem. • Esta atividade, assim como a atividade 8, auxilia no desenvolvimento da habilidade EF09GE06 da BNCC.
9. Leia os textos para responder às questões propostas. I
[...] Na metade do século XIX, muitos europeus e americanos consideravam sua dominância no mundo como prova de superioridade biológica inata, não como indicação de vantagem cultural, tecnológica ou geográfica. França, Grã-Bretanha, Alemanha, Portugal, Bélgica e Estados Unidos usaram essa ideologia racial para justificar a conquista de novos territórios coloniais. [...] BROWN, Cynthia Stokes. Grande história: do big bang aos dias de hoje. Tradução: Vitor Paolozzi. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. p. 321.
II
[...] A Europa começou o século [XX] dominando e acabou em segundo lugar. Os vastos impérios ultramarinos cujos governos estavam na Europa Ocidental foram extintos ou continuaram apenas em poucas ilhas distantes, mantidas como curiosidades ou ornamentos. Do desaparecimento desses impérios emergiram várias nações independentes, sobretudo na África e na Ásia, mas muitas delas não sabiam o que fazer com sua independência. No início do século, os Estados Unidos sairiam cautelosamente de seu prolongado isolamento; no fim, prevaleciam como a única superpotência. [...] BLAINEI, Geofrey. Uma breve história do século XX. Curitiba: Fundamento, 2010. p. 305-306.
a ) De acordo com o texto I, quais foram as principais causas que levaram potências europeias a colonizar territórios no século XIX? b ) No século XIX era comum a definição de raças, principalmente na Europa. De acordo com o texto I, de que forma as nações da Europa utilizavam a ideologia racial? c ) Relacione o conteúdo do texto I com a divisão entre mundo ocidental e mun-
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Principais características naturais do continente europeu
BNCC
• Este conteúdo contem-
pla o desenvolvimento da habilidade EF09GE07, das competências específicas de Ciências Humanas 3 e 7 e das competências específicas de Geografia 3 e 4 da BNCC, permitindo ainda contemplar o tema contemporâneo Educação ambiental.
Uma das peculiaridades dos aspectos físicos do continente europeu é a posição que ocupa no planeta Terra, pois está localizado entre o Trópico de Câncer e o Círculo Polar Ártico. O clima europeu é influenciado tanto pelas massas de ar marítimas vindas do oceano Atlântico como pelas massas de ar polar vindas do oceano Glacial Ártico.
Relevo e hidrografia O relevo do continente europeu caracteriza-se, principalmente, por cordilheiras e extensas áreas de planícies, percorridas por rios permanentes, que deságuam em áreas litorâneas, onde se destacam as ilhas.
Orientações gerais
• Verifique se os alunos são capazes de identificar as principais elevações do continente no mapa desta página, notadamente a Cordilheira dos Alpes, os Alpes Escandinavos e a Cordilheira do Cáucaso.
Observe no mapa abaixo as altitudes do relevo e os principais rios da Europa. Europa: relevo e hidrografia Po lar
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elevação da Europa é o Monte Elbrus, no Cáucaso, com 6 633 metros. Essa montanha se localiza na zona de fronteira entre a Geórgia e a Rússia.
I. da Irlanda
OCEANO ATLÂNTICO
PLANALTO DE VALDAI
Mar do Norte
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identificam que a Planície Norte Europeia é atravessada por inúmeros desses rios navegáveis que nascem nos Alpes (e também nos Montes Cárpatos) e deságuam no Mar do Norte e no Mar Báltico. Entre esses rios, podemos citar alguns de grande importância econômica, como o Rio Elba, o Rio Reno e o Rio Vístula. Peça aos alunos que identifiquem alguns desses rios no mapa e avalie a capacidade de leitura de mapas.
Mar Branco Rio D ivin ad oN ort e PLANÍCIE L. Onega SARMÁTICA L. Ládoga
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• Verifique se os alunos
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capazes de identificar as grandes elevações do continente onde nascem alguns dos principais rios mostrados no mapa.
PLANÍCIE DE KOLA
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• Avalie se os alunos são
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OCEANO GLACIAL ÁRTICO
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Mar Cáspio
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CÁUCASO
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Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 42.
Altitudes em metros Acima de 2 000 De 1 000 a 2 000 De 200 a 1 000 De 0 a 200 Pico Rios
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Orientações gerais
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• Chame a atenção dos alunos para o fato de que grande
parte do continente apresenta baixas elevações, principalmente ao longo da grande Planície Norte Europeia, que domina parte significativa do continente e abriga a maioria de sua população.
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Capítulo 1
Cordilheiras, penínsulas e arquipélagos
Alberto Zamorano/Shutterstock.com
Um dos aspectos marcantes do relevo europeu é a presença de algumas cordilheiras. Essas cordilheiras encontram-se interligadas por sua principal formação, os Alpes europeus. Duas áreas montanhosas se estendem ao sul dos Alpes, na direção do Mar Mediterrâneo, constituindo cordilheiras menores que contribuem na formação de penínsulas. Na borda ocidental, os Apeninos constituem a estrutura principal da Península Itálica, com alguns vulcões ativos, como o Monte Etna, na Sicília. A leste dos Alpes está a cordilheira de Cárpatos. Nas porções setentrionais do continente se estendem algumas cordilheiras de formação mais antiga, como os Alpes escandinavos.
Orientações gerais
• Explique aos alunos que cordilheira é o nome que se dá a uma cadeia de montanhas e que uma península é uma porção de terra continental que se encontra cercada de água, com exceção da porção de terra que é ligada ao continente. • Peça que localizem algumas penínsulas no mapa. Chame a atenção para a existência de penínsulas importantes, como a Península Balcânica, a Península Escandinava, a Península Ibérica e a Península Itálica. Além disso, a própria Europa caracteriza-se como uma grande península. • Ressalte para os alunos que o maior rio da Europa é o Rio Volga e destaque a importância cultural do Rio Danúbio, que conecta as porções oriental e ocidental da Europa e, do ponto de vista histórico, apresenta grande relevância comercial.
A oeste do continente está a cordilheira dos Pirineus, que marca a fronteira política entre França e Espanha. Na fotografia, parte da cordilheira dos Pirineus, em Andorra, 2018.
Planície e grandes rios A grande maioria dos rios da Europa são navegáveis e percorrem a maior parte do continente europeu. Essas características são muito favoráveis à ocupação humana e ao desenvolvimento de atividades agropecuárias. Na Europa Ocidental, destacam-se os rios que percorrem importantes áreas econômicas, como o Sena, na França, e o Ruhr, na Alemanha, constituindo planícies densamente povoadas, urbanizadas e industrializadas. Na porção oriental do continente, destaca-se o Rio Volga, na Rússia, que deságua no Mar Cáspio. Além dele, há o Rio Don, também no território russo, e o Rio Dnieper, ambos despejando suas águas no Mar Negro.
Amani A/Shutterstock.com
Conectando as porções ocidental e oriental da Europa, estende-se o Rio Danúbio. Por atravessar o território de nove países, antes de desaguar no Mar Negro, ele integra os países europeus do leste e do oeste.
Na fotografia, paisagem do Rio Danúbio em Budapeste, Hungria, 2018.
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Clima e formações vegetais
BNCC conteúdo permite criar bases necessárias ao desenvolvimento das habilidades EF09GE04 e EF09GE07, das competências específicas de Ciências Humanas 3 e 7 e das competências específicas de Geografia 3, 4 e 6 da BNCC.
•O
Na maior parte do continente europeu predomina o clima temperado. No extremo norte atuam os climas frio e polar, marcados por temperaturas muito baixas, enquanto na porção sul as temperaturas são mais elevadas em razão do clima mediterrâneo. Os climas que atuam na porção oeste da Europa geralmente são influenciados pelas massas de ar provenientes do oceano Atlântico. Essa diversidade climática se reflete nas formações vegetais da Europa. Observe os mapas e verifique os principais tipos climáticos e as formações vegetais presentes no continente. Europa: climas
Orientações gerais
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
• Auxilie os alunos a ob-
servar e a interpretar os mapas apresentados, de modo a avaliar se conseguem relacionar os tipos de clima verificados aos tipos de vegetação.
Círculo Polar Ártico
SUÉCIA RÚSSIA
(parte europeia)
Semiárido Temperado Mediterrâneo Frio Alta montanha Polar
fluência do fator climático da maritimidade e em especial da Corrente do Golfo, uma corrente quente, sobre o clima no norte da Europa. Resgate conhecimentos sobre o tema e explique que a atuação da Corrente do Golfo torna o clima mais ameno do que seria no caso de um cenário no qual essa corrente oceânica não existisse. Compare, por exemplo, o clima verificado nas áreas costeiras da Península Escandinava (temperado) com o clima verificado em áreas na mesma latitude, mas com menor proximidade em relação ao Atlântico Norte. alunos para o efeito da maritimidade sobre o clima indicando o exemplo de uma porção do sul da Europa na qual predomina o clima mediterrâneo, cuja área de abrangência coincide quase que exatamente com a área de ocorrência da vegetação Mediterrânea. Aproveite para avaliar a capacidade de leitura, interpretação e comparação entre os mapas.
OCEANO ATLÂNTICO
POLÔNIA ALEMANHA UCRÂNIA
FRANÇA
ROMÊNIA ITÁLIA
45° N Mar Cáspio
Mar Negro
GRÉCIA
ESPANHA
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 58.
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Mar Mediterrâneo
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440 km
OCEANO GLACIAL ÁRTICO Círculo Polar Ártico
SUÉCIA Tundra Floresta de Coníferas Floresta Temperada Vegetação Mediterrânea Estepe e Pradaria Alta montanha Gelo
Fontes: SIMIELLI, Maria Elena Ramos. Geoatlas. 34. ed. São Paulo: Ática, 2013. p. 26. FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 24.
Ilustrações: E. Cavalcante
Europa: formações vegetais
RÚSSIA
(parte europeia)
REINO UNIDO
OCEANO ATLÂNTICO
Meridiano de Greenwich
• Chame a atenção dos
REINO UNIDO Meridiano de Greenwich
• Comente acerca da in-
POLÔNIA ALEMANHA UCRÂNIA FRANÇA
ESPANHA
ROMÊNIA
45° N
Mar Cáspio
Mar Negro
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Mar Mediterrâneo
440 km
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Capítulo 1
A Europa possui quase todas as suas formações vegetais naturais alteradas pela ação humana. As florestas foram derrubadas principalmente para abrir áreas de cultivo e para obtenção de madeira, restando poucas áreas florestais atualmente. Vamos estudar a seguir as principais formações vegetais naturais da Europa e as condições climáticas que propiciam o seu desenvolvimento.
KeskiHeikkila/Shutterstock.com
Floresta de Coníferas Ao norte da Europa predominam as Coníferas, também conhecidas por Taiga. As Coníferas ocupam extensas áreas que passam boa parte do ano congeladas. Essas árvores são intensamente exploradas para a obtenção de madeira.
Paisagem de Floresta de Coníferas na Finlândia, 2018.
Naeblys/Shutterstock.com
Vegetação Mediterrânea Ao sul do continente predomina o clima do tipo mediterrâneo, que se caracteriza por verões secos e invernos chuvosos. Nessas condições, desenvolvem-se plantas com características adaptáveis, como folhas permanentes, pequenas e resistentes à evaporação.
Integrando saberes
• Este conteúdo permite uma abordagem em conjunto com o componente curricular de Ciências e possibilita contemplar o tema contemporâneo Educação ambiental através de uma discussão sobre as áreas protegidas da Europa e sua conservação.
• Comente com os alunos que o tipo de vegetação original predominante na Europa é a Floresta Temperada e que essas florestas cobriam, no passado, grande parte do continente, mas foram quase totalmente desmatadas. Uma das poucas áreas remanescentes é a floresta temperada do Parque Nacional da Bialowieza, na Polônia. Peça ajuda ao professor de Ciências para disponibilizar material para que os alunos conheçam mais sobre a Floresta Temperada da Europa, sua fauna e flora.
• Este texto pode ser utilizado para ampliar os conhecimentos.
Paisagem com Vegetação Mediterrânea, na ilha de Córsega, território da França, 2017.
robertharding/Alamy/Fotoarena
Florestas Temperadas Quando ocupava praticamente toda a área de clima temperado (que se caracteriza pelas quatro estações do ano bem definidas e pela regularidade nas precipitações), consistia na vegetação mais abundante do continente. É composta, principalmente, de espécies caducifólias, ou seja, de folhas caducas, que geralmente caem no período mais frio do ano.
[...] As Florestas europeias e os lugares de paisagens mais bucólicas passaram a ter muito mais valor para recreação, lazer, residência secundária ou residência de aposentados que se produzisse madeira ou produtos agropecuários. Enormes florestas públicas ou privadas são agora mantidas apenas para caça esportiva ou lazer, sendo a eventual produção de madeira uma opção secundária. [...] DOUREJEANNI, Marc J; PÁDUA, Maria Tereza Jorge. Biodiversidade: a hora decisiva. Curitiba: UFPR, 2001. p. 271.
Paisagem de Floresta Temperada localizada na Alemanha, 2018.
27
Orientações gerais
• Proponha aos alunos uma pesquisa complementar sobre as florestas da Europa e o que vem sendo feito em prol de sua conservação, de modo a estimular o desenvolvimento da competência geral 5 da BNCC. Apresente a seguin-
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te questão para nortear a pesquisa: as nações da Europa têm lutado pela preservação das florestas remanescentes em seus territórios? • Espera-se que concluam que os países europeus estão hoje entre aqueles que mais se em-
penham em garantir a conservação de áreas remanescentes, contando com leis ambientais, áreas de conservação e programas voltados à recuperação dessas florestas.
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• Converse com o pro-
fessor do componente curricular de Ciências para que, em conjunto, apresentem aos alunos espécies da fauna e flora encontradas nas formações vegetais da Europa. Também podem abordar os principais motivos pelos quais as estepes se encontram alteradas.
Chris Craggs/Alamy/Fotoarena
Integrando saberes
Vegetação de Alta Montanha Vegetação que se desenvolve em regiões de altitudes elevadas, de clima frio. Caracterizam-se por gramíneas, pinheiros e arbustos, de acordo com a altitude. Pode ser encontrada no norte da Europa, em uma vasta faixa montanhosa dos territórios da Noruega, Suécia e Finlândia e também na porção centro-sul do continente, na região dos Alpes.
Natalia Golubnycha/Alamy/Fotoarena
Paisagem de vegetação de Alta Montanha nos Alpes, França, 2018.
Tundra Desenvolve-se no extremo norte europeu e caracteriza-se pela ausência quase total de árvores, principalmente em razão das condições climáticas severas, ou seja, dos invernos longos e rigorosos. Essa formação vegetal é representada por liquens, gramíneas e musgos.
gennadij_sirotenko/Shutterstock.com
Paisagem com vegetação de Tundra na Noruega, 2017.
Estepe e Pradaria Na porção sudeste do continente europeu, ocupando principalmente áreas da Rússia, da Ucrânia e dos países localizados na região do Cáucaso, entre os mares Negro e Cáspio, estende-se uma ampla faixa de vegetação de Estepe, cujo solo é conhecido por tchernozion. Atualmente, essa formação vegetal está, em sua maior parte, alterada.
Paisagem de vegetação de Pradaria na Ucrânia, 2016.
Tchernozion: tipo de solo de coloração negra e muito fértil para a atividade agrícola graças à existência de matéria orgânica em sua composição. Em português é conhecido por terra negra.
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Capítulo 1
Europa Ocidental e sua população O continente europeu apresenta grande pluralidade étnica e cultural na composição de sua população. É possível encontrar, em algumas regiões da Europa, a convivência entre povos tradicionais cujas identidades culturais são divergentes. Essas identidades culturais estão relacionadas, sobretudo, à religião, à língua e ao modo de vida desses povos. A língua é uma das principais formas de expressão cultural de um povo. Para muitos deles, até mesmo aqueles considerados minorias nacionais, ou seja, que não têm soberania sobre a porção do território onde vivem, como os bascos (na Espanha), os lapões (na Lapônia), os corsos (na França) e os sicilianos (na Itália), a preservação do idioma constitui uma maneira de promover a identidade da nação. Estima-se que na Europa sejam reconhecidas várias línguas originárias de grupos linguísticos diversos, como: germânico, latino, basco, turco, céltico e helênico. Veja no mapa a diversidade linguística na Europa.
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
Círculo Polar Ártico
Alemão Espanhol Francês Inglês
Meridiano de Greenwich
E. Cavalcante
Europa: variedade linguística
Demétrio Magnoli. São Paulo: Moderna, 2004. (Coleção Polêmica).
SUÉCIA RÚSSIA
(parte europeia)
REINO UNIDO
Italiano
União Europeia: história e geopolítica.
POLÔNIA ALEMANHA
Português
UCRÂNIA
Romeno
FRANÇA
ROMÊNIA
Russo
45° N
Sérvio, Croata
ITÁLIA
Outras línguas Línguas nativas
ESPANHA
GRÉCIA N
OCEANO ATLÂNTICO
L
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0
0°
420 km
S
Fonte: RUBENSTEIN, James M. The cultural landscape an introduction to human geography. 8. ed. New Jersey: Pearson Education, 2005. p. 160, 164-165.
29
Orientações gerais
• Avalie a capacidade de leitura de mapas e se os alunos
compreenderam que a língua é parte importante da cultura de um povo. • Incentive atitudes de respeito e valorização às diversas culturas que compõem a população da Europa ocidental, ressaltando que parte dessas características culturais foi trazida por migrantes ao Brasil, fazendo parte da cultura do povo brasileiro.
Material digital
• O uso de mapas temáticos contribui ainda para o desenvolvimento do pensamento espacial e da interpretação da linguagem cartográfica, contemplando a competência específica de Ciências Humanas 7 e a competência específica de Geografia 4. Orientações gerais
Nesta fotografia, pessoas do povo basco apresentam uma dança tradicional de sua cultura em San Sebastián, Espanha, 2017.
Alvaro German Vilela/Shutterstock.com
Lapônia: região localizada no norte da Escandinávia, estendendo-se pelo território de quatro países: Noruega, Suécia, Finlândia e Rússia.
Livro sobre o histórico da identidade europeia, retratando as lutas étnicas, os desejos de emancipação, as crises econômicas e a prosperidade social.
BNCC apresentar elementos necessários à compreensão da formação dos territórios europeus, das identidades culturais de suas nações, da existência de minorias étnicas e da distribuição da população pelo território, o tema abordado contempla o desenvolvimento das habilidades EF09GE03, EF09GE04, EF09GE08 e EF09GE09, das competências gerais 1 e 3, das competências específicas de Ciências Humanas 1, 3 e 4 e das competências específicas de Geografia 3 e 6 da BNCC, assim como do tema contemporâneo Diversidade cultural.
• Ao
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• Realize perguntas que instiguem a observação no mapa, pedindo aos alunos que localizem países e idiomas predominantes. • Chame a atenção para a fotografia e comente que o povo basco habita uma região autônoma da Espanha, o País Basco. Por apresentarem uma identidade cultural forte e distinta, incluindo um idioma que não se assemelha em nada ao espanhol, muitos bascos defendem a independência da região em relação à Espanha.
• A proposta de projeto integrador referente ao 1º bi-
mestre serve de complemento ao estudo do tema abordado, dentro da temática da população europeia e suas características.
29
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Orientações gerais
Distribuição da população na Europa Ocidental
• Realize a leitura com-
A Europa Ocidental é bastante populosa e sua população encontra-se mal distribuída pelo continente. Como podemos observar no mapa abaixo, existem áreas da Europa Ocidental densamente povoadas, como os maiores centros urbanos, e áreas menos ocupadas, como áreas no noroeste e leste da Espanha e o sul de Portugal. Além disso, as áreas de altas montanhas e as de elevadas latitudes (extremo norte do continente), por apresentarem condições inóspitas, são as menos povoadas da região.
partilhada da página e a observação do mapa. Resgate conhecimentos prévios sobre o assunto e peça aos alunos que observem novamente o mapa apresentado na página 24, de modo a relacionar a densidade populacional verificada no continente europeu com as características físicas deste.
Veja também na tabela da página seguinte quais as principais cidades europeias, o número de habitantes e a densidade de cada uma.
uma discussão sobre os fatores que influenciam na distribuição da população, como o clima, o relevo e outras características físicas e também históricas. Avalie se os alunos compreenderam a relação entre clima, relevo e ocupação humana.
Círculo Polar Ártico Reykjavik ISLÂNDIA
NORUEGA
Dublin IRLANDA
Habitantes por km2
alta densidade populacional na porção central da Europa, em especial nas áreas de planície e para a baixa densidade populacional no extremo norte, em áreas de ocorrência de clima frio.
Menos de 1 De 1 a 25 De 25 a 100 Mais de 100
Zurique
FRANÇA
OCEANO ATLÂNTICO
Lyon
SUÍÇA
• Peça
PORTUGAL L
Lisboa
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Barcelona
Madri ESPANHA
Viena ÁUSTRIA SAN MARINO
Milão
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Mar Báltico
Hamburgo Manchester Berlim Birmingham Amsterdã Londres HOLANDA ALEMANHA BÉLGICA LUXEMBURGO Munique Paris
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Helsinque
60° N
Mar do DINAMARCA Norte Copenhague
ANDORRA Fonte: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 180.
Estocolmo
Oslo
REINO UNIDO
• Chame a atenção para
ITÁLIA Roma Nápoles
Mar Mediterrâneo
Mar Adriático GRÉCIA Atenas
Mar Egeu
290 km
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Paisagem da densa ocupação urbana de Milão, Itália, 2018.
Paisagem da cidade de Uusikaupunki, Finlândia, 2018. MikhailBerkut/Shutterstock.com
aos alunos que observem o mapa e localizem os países com maior ou menor densidade populacional da Europa. Eles poderão identificar, por exemplo, a Alemanha, a Holanda e a Bélgica como países que apresentam alta densidade populacional. Já países que apresentam densidade populacional mais baixa são Espanha, Portugal, Finlândia, Suécia e Noruega.
FINLÂNDIA SUÉCIA
yari2000/Shutterstock.com
• Realize
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
Meridiano de Greenwich
E. Cavalcante
Europa Ocidental: densidade demográfica - 2015
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Densidade demográfica (hab./km2)
Paris
2,2
21 369
Barcelona
1,6
15 533
Madri
3,2
5 298
Londres
8,1
5 100
Berlim
3,6
4 035
Cidade
Capítulo 1
Número de habitantes (em milhões) – 2016
Orientações gerais
• Solicite aos alunos que observem os dados da tabela e analisem em conjunto com o mapa da página anterior.
• Chame a atenção para a fotografia e explore o fato de a Europa ser um dos continentes mais urbanizados do mundo. Esse processo é posteriormente explorado nas páginas 48 e 49.
Fonte: United Nations. Demographic Yearbook 2016. Disponível em: <https://unstats.un.org/ unsd/demographic-social/ products/dyb/documents/ dyb2016/table08.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2018.
Regiões intensamente ocupadas da Europa
Importantes metrópoles do continente europeu, como Zurique, na Suíça, Düsseldorf, na Alemanha, e Roterdã, na Holanda, onde se localiza o porto de Roterdã, fazem parte dessa região intensamente ocupada, onde se verifica, anualmente, um intenso fluxo de pessoas, mercadorias, capitais e informações. Vista da cidade de Zurique, Suíça, 2018.
Antonio P. Lencastre/ Shutterstock.com
No mapa da página anterior, verificamos que as regiões densamente povoadas correspondem às áreas mais urbanizadas da Europa Ocidental, que se estendem de Londres, no sul da Inglaterra, a Milão, no norte da Itália.
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A elevada qualidade de vida da população europeia
BNCC
• Os conteúdos podem
ser relacionados ao trabalho com a habilidade EF09GE09 da BNCC e a competência específica de Geografia 5. Podem ainda ser relacionados aos temas contemporâneos Ciência e tecnologia e Direitos da criança e do adolescente dentro do contexto da valorização de investimentos na educação de jovens como um dever do Estado.
Entre os dez mais elevados IDHs do mundo, sete são de países da Europa Ocidental. Isso, em parte, é reflexo da elevada qualidade de vida de suas populações. Nesses países, os governos destinam parte significativa das riquezas nacionais para investimentos em programas voltados à melhoria e manutenção da boa condição de vida da população, como educação de qualidade, infraestrutura adequada e sistema de saúde eficiente. O resultado desses investimentos é observado nas baixas taxas de analfabetismo e de mortalidade infantil e na elevada expectativa de vida entre os idosos europeus. Além disso, em razão da elevada renda per capita das populações europeias, seus habitantes desfrutam de alto poder aquisitivo, o que lhes proporciona melhores condições de lazer, alimentação e, sobretudo, moradia. Veja na tabela ao lado os investimentos em educação feitos por alguns países do mundo, no período entre 2010 e 2014.
Orientações gerais
• Explique
que, dentro do contexto do alto desenvolvimento socioeconômico, as cidades europeias configuram importantes centros culturais, educacionais e financeiros mundiais e apresentam serviços de alta qualidade, estando também entre as que mais investem em educação e pesquisa.
Conforme podemos perceber pela análise da tabela, os países da Europa realizam maiores investimentos na área de educação do que os outros países mostrados. Além de destinar maior parcela do PIB a essa área, os países europeus possuem o PIB muito elevado, o que torna o valor investido ainda mais significativo. Esses investimentos se refletem diretamente na qualidade de vida da população europeia. Fonte: Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). Relatório de desenvolvimento humano 2016. Disponível em: <http://hdr.undp.org/sites/ default/files/2016_human_development_report.pdf>. Acesso em: 7 nov. 2018.
• Oriente os alunos a in-
Dinamarca
9
Noruega
7
França
6
Suíça
5
Espanha
4
Indonésia
3
Peru
4
Camboja
2
Richard Chivers-VIEW/Alamy/Fotoarena
terpretar a tabela corretamente e converse com eles sobre a importância da educação para um país. Peça que indiquem os contrastes entre os países evidenciados na tabela.
País
% do PIB investido em educação - 2010-2014
O ensino de qualidade colabora para que as taxas de analfabetismo na Europa estejam entre as menores do mundo. Em países como Chipre e Espanha, apenas 0,9% e 1,9% da população, respectivamente, é analfabeta. Na fotografia, sala de aula em Cambridge, Inglaterra, 2018.
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em foco
Os problemas sociais da Europa Ocidental
Capítulo 1
Geografia Leia as manchetes a seguir.
Desemprego entre jovens ainda desafia Europa Jornal Estado de Minas, 1º fev. 2018. Disponível em: <https://www. em.com.br/app/noticia/internacional/2018/02/01/interna_ internacional,935210/desemprego-entre-jovens-ainda-desafia -europa.shtml>. Acesso em: 13 nov. 2018.
Quase metade dos desempregados na Europa busca vaga há mais de 1 ano
• Realize a leitura da seção e avalie se os alunos compreenderam que a desigualdade de riqueza é evidente na Europa Ocidental, apesar dos altos índices de desenvolvimento verificados ao analisarmos a região como um todo. • Destaque o Reino Unido, a Alemanha, a Holanda, a Bélgica e os países da Escandinávia como aqueles que apresentam os mais altos valores de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Entre aqueles que apresentam menor IDH, podemos citar Portugal e Grécia.
O Globo, 10 set. 2018. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/ economia/quase-metade-dos-desempregados-na-europa-buscavaga-ha-mais-de-1-ano-21804942>. Acesso em: 13 nov. 2018.
Como é possível perceber pelas manchetes, problemas sociais como o desemprego, além de baixos rendimentos, não são exclusivos de países subdesenvolvidos. Esses e alguns outros, como a falta de moradias, também estão presentes nos países da Europa, ainda que em proporções menores. Embora o PIB per capita de grande parte dos países europeus seja elevado, esse índice é uma média e acaba não evidenciando os problemas sociais da região.
• Comente que Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha foram os países da Zona do Euro que mais sofreram com a crise econômica europeia de 2008, que provocou estagnação do crescimento, aumentou a dívida externa e interna e elevou o desemprego nessas nações. A França não é uma dessas nações, mas apresenta desigualdades internas e também mostrou crescimento do desemprego.
Nos últimos anos, o aumento do número de desempregados e de atividades de baixa remuneração entre os países ricos da Europa vem gerando um crescimento da população que vive em condições de pobreza. A taxa média de desemprego na França, entre 2007 e 2017, foi de 9%, e na Espanha foi de 19% para esse mesmo período. Na Grécia, em razão da intensa crise econômica registrada nos últimos anos, a taxa de desemprego chegou a 21%.
LE PICTORIUM/Alamy/Fotoarena
Outro reflexo da pobreza nos países europeus está no aumento de bairros deteriorados, com moradias precárias e na periferia de grandes centros urbanos, ou até mesmo no aumento do número de moradores de rua.
• Chame a atenção para a paisagem evidenciada na fotografia e reforce a existência tanto de desigualdades entre países como entre pobres e ricos em um mesmo país.
Moradias precárias em um bairro de Paris, França, 2017.
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Orientações gerais
Orientações gerais
• Comente com os alunos que na periferia de Paris, a capital francesa, de modo geral concentra-se a população de baixa renda, da mesma forma que ocorre em algumas cidades latino-americanas.
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• Para ampliar o estudo do tema da desigualdade social em países da Europa Ocidental, tomando como exemplo o caso da França, e desenvolver o tema contemporâneo Diversidade cultural, sugerimos a apresentação do filme abaixo, seguido de uma discussão. • Entre os muros da escola. Direção de Laurent Cantet, 2009. (128 min).
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Europa: menos bebês e mais idosos
BNCC
• O tema explorado nas
páginas 34 e 35 permite contemplar a habilidade EF09GE09 da BNCC, assim como abordar a competência específica de Ciências Humanas 2 e a competência específica de Geografia 5 e desenvolver o tema contemporâneo Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso ao analisar as características demográficas da Europa com ênfase para a queda no ritmo de crescimento e o processo de envelhecimento.
A Europa é o continente que concentra o maior número de países com baixas taxas de crescimento populacional, abrigando também populações com crescimento negativo. Observe, na tabela, a taxa de crescimento da população de alguns países da Europa entre os anos de 2015 e 2020. País
Crescimento médio da população (em %) – 2015-2020
Noruega
1
França
0,4
Holanda
0,3
Alemanha
0,2
Itália
-0,1
Transição demográfica: processo pelo qual, após uma fase de crescimento acelerado, determinada população passa a apresentar baixa natalidade e baixa mortalidade, ou seja, um equilíbrio, com crescimento demográfico mínimo ou negativo.
Fonte: United Nations. World Population Prospects 2016. Disponível em: <https:// population.un.org/wpp/DVD/Files/1_ Indicators%20(Standard)/EXCEL_FILES/1_ Population/WPP2017_POP_F02_POPULATION_ GROWTH_RATE.xlsx>. Acesso em: 31 out. 2018.
As baixas taxas de natalidade no continente europeu são decorrentes da queda na taxa de fecundidade. Um exemplo é a taxa de fecundidade entre as mulheres portuguesas, que até 1975 era de 3% e no ano de 2015 foi de 1,2%.
Orientações gerais
• Ressalte
que a diminuição das taxas de fecundidade e natalidade foram acompanhadas do envelhecimento da população, isto é, de uma gradual elevação do contingente de indivíduos idosos na composição da população. Isso ocorreu porque as taxas de mortalidade permaneceram baixas, fruto do alto nível dos serviços de saúde e do desenvolvimento socioeconômico elevado da Europa Ocidental.
Esse processo histórico de mudança na estrutura demográfica europeia é marcado pela transição demográfica e tem como consequência o envelhecimento da população, caracterizado pelo aumento da expectativa de vida e pela redução da taxa de fecundidade. A Europa também vem apresentando um aumento significativo do número de idosos no total da população. A boa qualidade de vida das populações europeias, associada, principalmente, ao acesso a sistemas de saúde eficientes, vem diminuindo as taxas de mortalidade.
O crescimento negativo da população é registrado em um país quando a taxa de natalidade passa a ser inferior à de mortalidade. Essa situação, em geral, pode ser identificada em países que possuem nível de desenvolvimento socioeconômico elevado. Na Europa, por exemplo, países como a Alemanha e a Itália são marcados por essa característica demográfica.
• Retome, se considerar
oportuno, os conceitos demográficos trabalhados nesta página para um melhor entendimento do conteúdo, sanando dúvidas dos alunos sobre taxa de natalidade e transição demográfica antes de dar prosseguimento ao estudo. Aproveite para resgatar conhecimentos prévios sobre o assunto.
MikeDotta/Shutterstock.com
Crescimento negativo da população
A baixa natalidade deixa unidades pediátricas vazias em hospitais da Europa, como mostrado ao lado em Milão, Itália, 2016.
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Capítulo 1
Observe a pirâmide etária da Holanda. Note que a proporção de adultos e idosos é bem maior que a de crianças e jovens. Essa característica da composição etária se repete em vários países europeus. Holanda: pirâmide etária – 2018 Idade
Sistema previdenciário: sistema que administra as contribuições obrigatórias pagas por trabalhadores e empregadores, além do pagamento de pensões, aposentadorias, entre outros benefícios.
Mulheres
80 ou mais 75 - 79 70 - 74 65 - 69 60 - 64 55 - 59 50 - 54 45 - 49 40 - 44 35 - 39 30 - 34 25 - 29 20 - 24 15 - 19 10 - 14 5-9 0-4 7
6
5
4
3
2
1
0
0
1
2
3
4
5 6 7 Mil habitantes
Fonte: United Nations. World Population Prospects. Disponível: <https://population.un.org/ wup/Download/>. Acesso em: 31 out. 2018.
• O que significa para um país apresentar uma composição etária com maior proporção de pessoas adultas e idosas, como mostra a pirâmide etária da Holanda?
Em alguns países da Europa, o crescimento do número de idosos vem dando sinais de uma futura falência do sistema previdenciário. Isso preocupa os governos porque, com a diminuição do número de jovens na população economicamente ativa (PEA) e, consequentemente, com a queda na produção de riquezas, eles se veem obrigados a investir volumosas quantias em áreas como previdência e saúde para assegurar a qualidade de vida dos habitantes idosos. Além disso, os impostos que custeiam tanto os serviços públicos como as despesas previdenciárias tendem a cair com a diminuição cada vez maior do número de jovens e adultos contribuintes. Nos últimos anos, vários países europeus têm apresentado propostas de reformas em políticas públicas, visando, sobretudo, a manutenção do sistema previdenciário. Estender o tempo de contribuição do trabalhador e aumentar a idade mínima para a aposentadoria são algumas das medidas que têm sido adotadas para manter o sistema previdenciário nos países ricos europeus. Porém, algumas dessas medidas são impopulares e causam descontentamento entre os trabalhadores.
• Comente com os alunos que outro problema relevante causado pelo envelhecimento é o fato de a população economicamente ativa (PEA) poder não suprir as necessidades de mão obra de um país. Questione os alunos sobre outros processos que podem vir a suprir essa demanda e avalie se eles são capazes de identificar os processos migratórios.
• Explique que quando é negativo o valor da diferença entre a arrecadação e o pagamento de auxílios e benefícios previdenciários concedidos por um país em determinado período ocorre o que chamamos de déficit previdenciário, situação que configura um empecilho ao desenvolvimento dessa nação. Consequentemente, a maioria dos países europeus realizou reformas em seu sistema previdenciário quando os reflexos do envelhecimento se tornaram muito evidentes.
gary yim/Shutterstock.com
Carmen Martinez
Homens
Orientações gerais
• Peça aos alunos que comentem sobre a distribuição da população de acordo com o sexo e comente que as taxas de participação política das mulheres e sua equidade salarial em relação aos homens são, de modo geral, maiores na Europa do que em outras regiões do mundo. Cite exemplos de lideranças políticas femininas no continente.
Grupo de idosos em uma roda de conversa na Sicília, Itália, 2017.
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Orientações gerais
Geografia
• Questione
os alunos sobre os motivos econômicos envolvidos na criação de políticas públicas de incentivo à geração de filhos por casais e cite casos de exemplos contrários, nos quais os governos buscam reduzir as taxas de natalidade, como no caso de países asiáticos.
em foco
Incentivo financeiro à natalidade
Muitos governos europeus, como França, Portugal e Alemanha, vêm adotando políticas públicas para conter a queda da taxa de natalidade na Europa. Uma dessas ações é a oferta de subsídios que incentivam os casais a terem mais filhos. Veja a seguir exemplos de valores destinados às famílias com dois filhos em alguns países europeus. Subsídio oferecido pelo governo aos casais com dois filhos – 2014
• Realize
uma discussão sobre planejamento familiar e, dentro do contexto do desenvolvimento do tema contemporâneo Vida familiar e social, analise junto aos alunos os motivos pelos quais é possível verificar uma relação entre o desenvolvimento socioeconômico de um país e as taxas de fecundidade e natalidade verificadas.
Luxemburgo
1o
Euros/mês: 293
Euros/mês: 150
2o
Euros/mês: 207
4o
Áustria
Alemanha
Dinamarca Euros/mês: 145
Bélgica
3o
Euros/mês: 192
5o
Irlanda
6o
Euros/ mês: 140
• Ressalte que as quedas
Rawpixel.com/Shutterstock.com
nas taxas de fecundidade em países desenvolvidos se devem a diversos fatores, entre eles o maior nível de escolaridade das mulheres e a maior inserção das mulheres no mercado de trabalho.
• Incentive os alunos a
comentar o que pensam acerca de políticas do Estado voltadas ao planejamento familiar e no caso do estímulo a casais para que tenham mais filhos.
Fonte: IPF (Instituto de Política Familiar). Rapport sur l’evolution de la famille en Europe 2018. Disponível em: <http://www.laityfamilylife.va/content/dam/laityfamilylife/Pdf/Rapport_sur_l_evolution_de_la_famille_en_ Europe_2018_c.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2018.
• Em sua opinião, a queda na taxa de natalidade da população europeia seria resolvida com políticas públicas, como o exemplo apresentado nesta página?Troque ideias com os colegas.
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Resposta
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• Resposta pessoal. Conduza o debate entre os alunos e incentive a participação de todos de modo que exponham suas opiniões. Peça que anotem os resultados desse debate no caderno, posteriormente confira se as respostas dos alunos estão coerentes com a atividade proposta.
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Capítulo 1
Os fluxos migratórios para a Europa
Jacopo Landi/NurPhoto/Getty Images
O desemprego, a pobreza, os conflitos de ordem étnica, política e civil, aliados à falta de esperança em alcançar melhores condições de vida, vêm fazendo que muitos habitantes de países subdesenvolvidos migrem, principalmente, para os países mais ricos da Europa. A qualidade de vida nesses países e as oportunidades de emprego com altos salários são melhores que em muitos outros lugares do mundo. Para se ter uma ideia, de todas as pessoas que migram no mundo, cerca de 30% vão para o continente europeu. A maioria das pessoas que se dirigem para a Europa vem de países subdesenvolvidos, especialmente os da Ásia e da África, e de países do Leste Europeu, buscando melhores condições de vida. Além disso, muitos países europeus têm recebido migrantes provenientes de países que foram suas colônias no passado, como os argelinos na França. Muitas vezes, na Europa, os imigrantes inserem-se em atividades que exigem baixa escolaridade, como operários da construção civil, trabalhadores domésticos e do campo. Apenas uma pequena parcela deles é constituída de profissionais qualificados, inseridos em profissões mais valorizadas financeiramente. No país de origem desses imigrantes, a saída das pessoas mais bem preparadas intelectualmente recebe o nome de fuga de cérebros. Nos últimos anos, em virtude da mudança na estrutura demográfica europeia, houve uma diminuição da PEA e um aumento significativo do número de idosos. Com isso, foi crescente a demanda por mão de obra no continente europeu, que muitas vezes passou a ser atendida por imigrantes. Esse fato aumentou as manifestações de xenofobia, pois um dos argumentos contra a imigração é a perda de postos de trabalho para os estrangeiros. Grande parte dos casos de xenofobia que ocorrem na Europa é identificada por atitudes de preconceito e de discriminação em relação às pessoas de outras etnias, culturas e religião.
• O estudo das dinâmicas migratórias envolvendo a Europa também permite contemplar as competências específicas de Ciências Humanas 1 e 2 e a competência específica de Geografia 6, aproximando-se do tema contemporâneo Diversidade cultural. Orientações gerais
Xenofobia: sentimento de aversão a pessoas estrangeiras.
Manifestantes contra a entrada de imigrantes, chamados no protesto de invasores . Na imagem acima, a faixa diz Pare a invasão , em um protesto em Roma, Itália, 2017.
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Material digital
• A proposta de sequência didática 2, dis-
ponível no material digital, possibilita um trabalho conjunto com o tema estudado nesta página e com as habilidades EF09GE02 e EF09GE09.
• Verifique se os alunos compreenderam que qualquer manifestação de xenofobia deve ser repudiada e que a discriminação em virtude do país de origem ou religião é considerada crime no Brasil.
BNCC temática abordada nesta página favorece o desenvolvimento das habilidades EF09GE05, EF09GE08 e EF09GE09, assim como as competências gerais 1 e 7 da BNCC.
•A
• Questione os alunos sobre o que eles sabem sobre as migrações em direção à Europa atualmente. Comente que, hoje em dia, o continente se caracteriza pela grande quantidade de imigrantes e peça a eles que identifiquem possíveis benefícios da presença desses imigrantes e por quais motivos são vistos por parte da população como uma ameaça. O texto a seguir pode ser utilizado para ampliar os conhecimentos sobre o assunto. Claro que o medo da globalização não é fruto apenas da terceirização. Um medo mais visceral é provocado pelo aumento da migração da periferia pobre para o Ocidente rico. Novas ondas de migração africana têm chegado ao litoral europeu, causando preocupação com a perda de empregos e a mudança da identidade nacional. [...] CHANDA, Nayan. Sem fronteira. Rio de Janeiro: Record, 2011. p. 414.
• Ressalte aos alunos a importância de res11/23/18 2:34 PM
peitar e valorizar a pluralidade cultural existente entre os diferentes povos do mundo.
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Atividades
Orientações gerais
• Oriente
os alunos a realizar as atividades, buscando sempre avaliar se compreenderam os conceitos e assuntos tratados até o momento.
Exercícios de compreensão 1. Por que o Rio Danúbio pode ser considerado importante para a integração territorial da Europa? Justifique sua resposta.
• Para
a realização da atividade 3, peça aos alunos que observem novamente o mapa da página 29. Verifique se os alunos são capazes de identificar, no mapa, o contraste entre os continentes e que a Europa como um todo apresenta a população envelhecida.
2. No caderno, descreva algumas das principais formações vegetais da Europa utilizando as palavras abaixo. a ) Temperada – caducifólias – frio b ) Mediterrânea – evaporação c ) Coníferas – norte – Taiga 3. No caderno, caracterize a pluralidade cultural da população europeia. 4. Caracterize o processo de transição demográfica e suas consequências. 5. Com base no que você estudou, podemos afirmar que toda a população europeia tem acesso a uma boa qualidade de vida? Explique sua resposta.
Geografia no contexto 6. Observe o mapa a seguir e responda às questões no caderno. Mundo: população idosa – 2015 OCEANO GLACIAL ÁRTICO Círculo Polar Ártico
CANADÁ
Trópico de Câncer
SUÉCIA
ALEMANHA
OCEANO ATLÂNTICO
JAPÃO ARGÉLIA
ARGENTINA
ÍNDIA
OCEANO PACÍFICO 0°
Meridiano de Greenwich
BRASIL
Trópico de Capricórnio
ARÁBIA SAUDITA ETIÓPIA
SERRA LEOA
Participação de pessoas com 60 anos ou mais na população total do país (em %) 33 17,5 10,5 6,5 2 Sem dados
L S
FRANÇA
Equador
OCEANO PACÍFICO
RÚSSIA
OCEANO ÍNDICO
E. Cavalcante
ESTADOS UNIDOS
N O
ÁFRICA DO SUL
OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO 0
Círculo Polar Antártico 2 200
4 400 km
0°
Fonte: United Nations. World Population Prospects. Disponível em: <https://population.un.org/wpp/DataQuery/>. Acesso em: 23 out. 2018.
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Capítulo 1
a ) De acordo com o mapa, quais regiões do planeta concentram países cuja população idosa é mais numerosa? Cite alguns países dessas regiões. b ) Quais regiões do mundo apresentam os menores índices de população idosa? Cite alguns países. c ) Explique no caderno a relação entre a intenção do governo de países europeus em aumentar a idade mínima para a aposentadoria e as informações apresentadas sobre esse continente no mapa da página anterior. 7. Leia o texto a seguir.
Discriminada, a mão de obra estrangeira é essencial É cada vez mais numerosa a parcela dos trabalhadores europeus que, assustados com o desemprego, veem os imigrantes como culpados por sua insegurança econômica e social. Uma pesquisa realizada no início de 2006 constatou que 3 em cada 10 franceses admite ser “ao menos um pouco” racista. Cegos pelo preconceito, esses europeus não percebem que a presença da mão de obra estrangeira – inclusive em proporções muito maiores do que a atual – é essencial para impedir que, nos próximos anos, a economia desses países entre em colapso por falta de braços para o trabalho. A Europa é um continente em rápido envelhecimento. Isso ocorre porque, de um lado, a expectativa de vida é cada vez mais alta, e, por outro, o número médio de filhos por casal vem caindo sem cessar. Morrem mais pessoas do que nascem. A queda das taxas de fertilidade está elevando a proporção de idosos entre os europeus nas próximas décadas. Na Itália, por exemplo, a média de idade deverá subir dos atuais 41 anos para 53 – doze anos a mais – até 2050. Na metade do século, a população da Espanha pode ser 22% menor do que agora, e a da Holanda, 10% menor. No total, 34 países terão um declínio populacional até 2050. O único fator capaz de reverter essa tendência é a entrada maciça de estrangeiros. Os imigrantes são, na média, mais jovens do que os europeus nativos, e têm mais filhos – em parte, pela pouca idade, mas também porque geralmente vêm de países com taxas de fertilidade mais altas. Caberá a eles sustentar a vida econômica nesses países quando os europeus se retirarem, em números cada vez maiores, para desfrutar de sua confortável aposentadoria.
Orientações gerais
• Reforce as diferenças entre migrações legais e ilegais, imigrantes e requerentes de asilo, migrações temporárias e definitivas. Ressalte que a maioria dos fluxos migratórios em direção à Europa é motivada por razões econômicas, tanto de outros continentes em direção à Europa como de países da Europa oriental, que integram a União Europeia, em direção à Europa ocidental. Comente, porém, que em função de conflitos como a guerra civil na Síria, por exemplo, existem também muitos refugiados e requerentes de asilo que ingressam no continente. Resgate conhecimentos prévios sobre o tema e avalie se os alunos compreendem que os imigrantes podem ajudar a suprir uma demanda importante por mão de obra em países com população envelhecida.
• Comente com os alunos que os imigrantes ilegais, vítimas de maior preconceito, na maioria das vezes exercem atividades informais ou de baixa remuneração e não competem por vagas de emprego com a população local, mas a noção de que eles “roubam” empregos é explorada por alguns políticos, elevando o sentimento de xenofobia por parte da população.
Os especialistas calculam que, para manter estável a atual proporção entre as pessoas que trabalham e as que vivem de pensões, a Europa precisará de 3 milhões de novos imigrantes por ano – o dobro da quantidade atual de trabalhadores recém-chegados, legais ou ilegais. O que muitos veem como um problema é, na realidade, uma solução. FUSER, Igor. Geopolítica: o mundo em conflito. 3. ed. São Paulo: Salesiana, 2010. p. 78-79.
• Com os colegas da sala, faça um debate sobre o seguinte tema: “O trabalho imigrante na Europa”. Durante a conversa, procurem abordar os pontos de vista apresentados no texto acima e na página 37. Após o término do debate, anotem no caderno as principais conclusões obtidas.
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A União Europeia
BNCC
• O tema explorado nas
páginas 40 e 41, juntamente com a observação do mapa e uma discussão sobre a União Europeia e a integração econômica e cultural entre seus países-membros, permite contemplar as habilidades EF09GE02, EF09GE05, EF09GE09 e EF09GE10 da BNCC.
<http://livro.pro/i85qka>. Acesso em: 1o nov. 2018.
Capital Rashad Ashur/ Shutterstock.com
As pessoas e as empresas são livres para gerir e investir o seu dinheiro em qualquer Estado-membro, ou seja, podem abrir contas bancárias, fazer investimentos e adquirir outras empresas ou propriedades em outros países da União Europeia.
Serviços As pessoas e as empresas podem prestar serviços livremente de maneira estável e contínua ou temporária em um ou em vários Estados-membros, sem ter que se estabelecer.
Pessoas Para os cidadãos das diferentes nacionalidades do bloco, tais princípios ampliam o mercado de trabalho e de consumo, pois essas pessoas podem circular livremente entre os países, estabelecendo-se em qualquer um deles como cidadãos europeus.
Por estender a liberdade de circulação aos cidadãos europeus, diferentemente do que ocorre em outros blocos, nos quais se permite apenas a circulação de serviços, capitais e mercadorias, a UE caracterizou-se como o primeiro, e até hoje o único, Mercado Comum regional do globo.
• Explique
aos alunos que a livre circulação de capital acontece com uma supervisão financeira, por meio de fiscalizações aplicáveis pelos governos.
• Ressalte que para aderir à União Europeia as nações devem atender aos Critérios de Copenhague, tais como possuir um governo democrático.
Para encontrar várias informações sobre a União Europeia, como história do bloco, dados estatísticos e documentos oficiais, acesse o site:
om une/Shutterstock.c
• Inicie uma discussão sobre o tema avaliando o entendimento dos alunos sobre o nível de integração proporcionado pela União Europeia. Chame atenção para o fato de que os países-membros da UE compartilham legislação específica comercial, ambiental, fiscal e trabalhista. Este é o maior nível de integração entre países em um bloco e prevê a livre circulação de pessoas, mercadorias e capital.
A livre circulação de mercadorias propicia aos consumidores uma ampla escolha de produtos, além de permitir a eles comprar produtos de melhor qualidade a preços reduzidos. Ao mesmo tempo, permite às empresas desenvolverem um mercado diversificado e competitivo.
wh iteho
Orientações gerais
União Europeia
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o estudo das páginas mencionadas referente à ocupação humana e produção do espaço geográfico e exigindo igualmente a interpretação de mapas, contemplam-se a competência específica de Ciências Humanas 7 e as competências específicas de Geografia 3, 4 e 5.
A Constituição da UE baseia-se em quatro liberdades principais de circulação. Veja quais são.
lp studio/Shutterstock.com
• Sendo
Iniciada há mais de 50 anos com a união de seis países, a União Europeia (UE) é composta atualmente de 28 Estados-membros. Esse bloco econômico configura-se como um dos mais poderosos do mundo globalizado, além de ter grande importância política.
No entanto, o princípio das quatro liberdades não se estende igualmente a todos os membros do bloco, pois, com a adesão de 12 países da Europa Oriental (Leste Europeu), entre 2004 e 2007, ocorreu uma série de restrições em relação à entrada de seus cidadãos nos países da Europa Ocidental.
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Orientações gerais
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• Avalie os conhecimentos prévios dos alunos sobre o
> JAF, Ivan; MARTIN, André. A União Europeia. São
• Os seguintes materiais podem ser indicados como su-
> Portal da União Europeia. Disponível em: <http://livro. pro/i85qka>. Acesso em: 22 out. 2018.
tema, resgatando conhecimentos e experiências sobre o estudo de outros blocos econômicos.
Paulo: Ática, 2007.
gestão de leitura e pesquisa para complementar o estudo da União Europeia e seu funcionamento.
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Contrastes na UE Existem também contrastes internos gerados pelas disparidades econômicas e tecnológicas nos países que compõem União Europeia. Um exemplo disso ocorre entre Alemanha e Portugal. Veja a tabela com dados de 2016.
Alemanha 3,5 trilhões
42 mil
Portugal
20 mil
o de Me r idian
FINLÂNDIA
NORUEGA SUÉCIA ESTÔNIA
BÉLGICA 5
LITUÂNIA RÚSSIA
SUÍÇA 1
7
ESPANHA
RÚSSIA (parte europeia)
BELARUS
ALEMANHA
FRANÇA
PORTUGAL
POLÔNIA
50° N
REPÚBLICA TCHECA 4 ÁUSTRIA
9
UCRÂNIA
ESLOVÁQUIA MOLDÁVIA
HUNGRIA 3 ROMÊNIA CROÁCIA
ITÁLIA
2
SÉRVIA BULGÁRIA 8
MACEDÔNIA 6
Mar Negro
TURQUIA
GRÉCIA
Mar Mediterrâneo N L
O S
0
300 km
MALTA
0°
E. Cavalcante
Em processo de saída da UE desde 2016
LETÔNIA DINAMARCA HOLANDA
OCEANO ATLÂNTICO
Países fundadores, 1957 Adesões, 1973 1981 1986 1995 2004 2007 2013 Países candidatos Membros da Zona do Euro
CHIPRE
A Zona do Euro Ao estabelecer o euro como moeda comum aos seus principais países, no início do século XXI, a Zona do Euro avançou no sentido de se tornar uma União Econômica e Monetária, atingindo o nível mais alto de unificação em um bloco. Veja no mapa acima os países-membros da União Europeia que adotaram o euro.
1 – ANDORRA 2 – BÓSNIA-HERZEGOVINA 3 – ESLOVÊNIA 4 – LIECHTENSTEIN 5 – LUXEMBURGO 6 – ALBÂNIA 7 – MÔNACO 8 – MONTENEGRO 9 – SAN MARINO
Fonte: União Europeia. Disponível em: <http:// europa.eu/about-eu/ countries/index_pt.htm>. ECB (Banco Central Europeu). Eurosistema. Disponível em: <www.ecb. europa.eu/euro/intro/ html/map.pt.html>. Acessos em: 3 nov. 2018.
MimaCZ/Shutterstock.com
tico
REINO UNIDO
IRLANDA
204 bilhões
Fonte: The World Bank. Disponível em: <http://databank. worldbank.org>. Acesso em: 1º nov. 2018.
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
Gre enw ich
ISLÂNDIA
ola r Ár
PIB Renda per capita (em US$) (em US$)
País
União Europeia – 2018 C ír cu lo P
Capítulo 1
Alguns países temem os efeitos da imigração maciça, proveniente dos países do antigo bloco socialista, por apresentarem intensos conflitos étnicos e, sobretudo, um padrão inferior de desenvolvimento econômico e tecnológico. Além disso, a União Europeia restringe a migração de pessoas originárias de nações subdesenvolvidas. A entrada de imigrantes é rigorosamente controlada pelos governos europeus, que fiscalizam a quantidade e a origem desses imigrantes. Por isso, atualmente, muitos acusam o bloco econômico de intensificar as barreiras contra a imigração de não europeus e de cidadãos de países europeus mais pobres.
Símbolo do euro.
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Integrando saberes
• Realize um trabalho em conjunto com o professor de História. Para aprofundar o estudo, explique o contexto no qual surgiu a primeira organização de cooperação econômica internacional nos moldes de um bloco econômico em 1951, no contexto do pós-guerra. A Comunidade Euro-
Orientações gerais
• Comente com os alunos que o livre trânsito das pessoas residentes nos países-membros é previsto no Acordo de Schengen e inclui a possibilidade de um indivíduo de um país-membro buscar emprego em outro país-membro. Questione-os sobre as consequências desse cenário, dentro do contexto da desigualdade socioeconômica entre os países da Europa. Espera-se que identifiquem que os países que tendem a oferecer maiores oportunidades de emprego, como a Alemanha, atraem imigrantes de outros países da UE, em especial aqueles da Europa Oriental.
• Realize a leitura do boxe complementar e verifique se os alunos compreenderam o que é a Zona do Euro. Reforce que a maioria dos países da UE utiliza uma moeda em comum e compartilham um banco central – o Banco Central Europeu (BCE) -, apresentando, portanto, uma política econômica totalmente unificada. • Comente com os alunos que em 23 de junho de 2016, por meio de um referendo, a população do Reino Unido decidiu pela sua saída da União Europeia. O processo de saída do Reino Unido do bloco econômico ficou conhecido como Brexit, ou seja, Britain exit (saída da Grã-Bretanha). Esse processo estipulou a data de dezembro de 2020 para sua finalização.
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peia do Carvão e do Aço, que está na gênese da Comunidade Econômica Europeia (CEE), criada em 1957 e que posteriormente se transformaria na União Europeia, foi uma organização criada para estabelecer regras para a utilização conjunta de recursos minerais, em especial o carvão.
41
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A economia da Europa Ocidental
BNCC
• O trabalho com as pá-
ginas 32 e 33 permite aprofundar o estudo sobre o espaço econômico europeu e sua integração, dando sequência ao desenvolvimento das habilidades EF09GE02, EF09GE05, EF09GE09 e EF09GE10 da BNCC, além da competência específica de Geografia 3.
O comércio externo sempre representou um aspecto importante dos países da Europa Ocidental. Com a criação da União Europeia, a participação deles nas exportações mundiais aumentou consideravelmente. As próprias trocas efetuadas pelos países entre si obtiveram significativo aumento, de forma que, atualmente, cerca de 64% do comércio externo dos países europeus se dá no interior do próprio bloco. O gráfico a seguir apresenta o destaque da Europa no comércio mundial. Outro aspecto marcante do comércio externo europeu é a diferença atribuída às políticas desenvolvidas nos setores agrícola e industrial. Enquanto a agricultura conta com uma sólida política comunitária, seguida por todos os países-membros da UE, e com a Política Agrícola Comum (PAC), marcada por um forte protecionismo comercial, a indústria segue desprovida de Mundo: participação das uma efetiva orientação política coexportações por região – 2017 mum, sendo marcada, em razão disso, pelo liberalismo econômico. África CEI
Orientações gerais
• Realize
a leitura da página seguida de uma discussão sobre a economia dos países europeus, ainda dentro do contexto de sua integração econômica proporcionada pela UE. Reforce que as relações comerciais dos países-membros do bloco com o resto do mundo se dão por meio da UE, portanto é comum analisarmos o desempenho econômico da UE como um todo.
América do Sul e Central 3%
3%
2%
Oriente Médio 5% América do Norte 14%
Europa 37%
Ásia 36%
Fonte: WTO (World Trade Organization). Statistics database. Disponível em: <http://stat.wto.org/ StatisticalProgram/WsdbExport.aspx?Language=E>. Acesso em: 31 out. 2018.
Leonardo Mari
• Comente que a União
Europeia representa o principal bloco econômico do mundo, levando em consideração o volume de exportações realizadas.
Isso significa que, enquanto o setor agrícola permanece protegido da concorrência do mercado global, com uma política unificada para o bloco, no setor industrial acentuam-se as divergências entre as estratégias nacionais de industrialização, marcadas por diferentes políticas econômicas entre os países da Europa Ocidental.
Liberalismo econômico: teoria econômica que defende a ideia de um maior desempenho econômico sem a intervenção do Estado e que o mercado disponha de mecanismos próprios de regulação, como a livre concorrência e a lei da oferta e da procura.
• Ressalte que a Europa apresenta desigualdades entre os países-membros e explique que essas desigualdades vêm, dentro do contexto do bloco e sua integração, gerando críticas em relação à dependência de determinados países mais pobres em relação às principais potências do bloco, notadamente a Alemanha.
Cédulas de euro, moeda comum entre os países da Zona do Euro. S
asd
jvin
m .co ock rst tte u h
• Explique que o Parla-
mento Europeu, o órgão legislativo da UE cujos membros são diretamente eleitos pelos cidadãos europeus, decide os acordos internacionais do bloco e o ingresso de novos membros, entre outras funções.
42
Orientações gerais
• Resgate conhecimentos prévios dos alunos sobre pro-
tecionismo comercial e subsídios concedidos pelo Estado aos produtores antes de dar prosseguimento ao estudo do capítulo. Avalie se os alunos compreendem de que forma um conjunto de ações protecionistas pode proteger um determinado setor da economia da concorrência no mercado global.
11/23/18 2:36 PM
• Comente que, ao mesmo tempo em que promovem integração, blocos econômicos também prejudicam as relações comerciais multilaterais, entre todos os países do mundo, ao privilegiarem o comércio entre os países-membros.
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:36 PM
em foco
Capítulo 1
Geografia
Política Agrícola Comum (PAC)
Criada em 1962, a PAC (Política Agrícola Comum) busca a unificação do setor agrícola dos países europeus em torno de uma orientação política comum a todos. Desde a sua criação, ela estabeleceu como prioridade garantir o abastecimento das populações europeias, produzindo em grande quantidade, alta qualidade e a preços baixos. Com a modernização do campo e a mecanização agrícola europeia, houve um significativo aumento da produtividade, sendo que na década de 1970 a União Europeia já produzia excedentes de cereais e laticínios, e nos anos 1980 tornou-se um dos grandes exportadores mundiais de alimentos.
Steve Allen/Shutterstock.com
O acirramento da concorrência internacional e a competitividade dos preços cada vez mais baixos passaram a gerar uma série de tensões entre a União Europeia e os Estados Unidos, de modo que, em 1992, uma ampla reforma foi promovida na orientação da PAC. A partir de então, os subsídios passaram a seguir outros critérios, não mais visando estimular a produtividade por mecanismos de mercado, ou seja, pela compra de toda a produção dos agricultores e sua revenda por um preço mais barato no mercado internacional. Agora, os subsídios consistem em um pagamento direto ao produtor, que adquire uma espécie de “renda complementar”. Os subsídios, assim, passam a ter a função de conter a produtividade, a fim de evitar a superprodução.
Orientações gerais
• Avalie se os alunos compreenderam que os subsídios e a política de preços fixos estabelecida pela União Europeia permitem que os produtores rurais comercializem seus produtos com preços menores em comparação aos produtos importados de países não membros do bloco.
• Explique que, no caso dos países que integram a União Europeia, a maior parte da produção agropecuária é destinada a abastecer o mercado interno. Além dos subsídios e do livre comércio entre os países-membros, outra característica do espaço agropecuário europeu que propicia esse cenário é o fato de que diferentes nações se destacam pela especialização de suas produções, podendo assim complementar as necessidades umas das outras.
• O seguinte material pode ser utilizado para ampliar seu conhecimento sobre o assunto. > Agricultura. União Europeia. <http://livro.pro/ zh67m8>. Acesso em: 28 out. 2018.
A concessão de subsídios aos agricultores sempre foi a marca principal do protecionismo europeu. Na fotografia, lavoura de trigo em North Yorkshire, Inglaterra, 2018.
43
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A atividade industrial na Europa Ocidental
BNCC
• O estudo realizado nas
páginas 44 e 45 permite contemplar as habilidades EF09GE01, EF09GE05, EF09GE09 e EF09GE10 da BNCC, assim como a competência específica de Ciências Humanas 3 e a competência específica de Geografia 2.
O continente europeu, sobretudo a região da Europa Ocidental, apresenta elevado nível de desenvolvimento industrial, sendo uma das áreas mais industrializadas do planeta. Essa porção do continente concentra aproximadamente 17% de toda a atividade industrial do mundo. Países da Europa: composição do PIB – 2016
Orientações gerais
• Realize a leitura com-
79%
partilhada da página e resgate conhecimentos prévios sobre o tema e conceitos necessários ao desenvolvimento do estudo proposto. de industrialização e distribuição espacial das indústrias nas nações europeias seguiu uma lógica comum, com as regiões que abrigavam as jazidas de carvão representando inicialmente os principais centros industriais. Essa característica do espaço industrial europeu foi se alterando com o tempo, ao passo que novas fontes de energia foram desenvolvidas e novos setores da indústria passaram a ganhar importância, sobretudo ao longo do século XX e no contexto pós-guerra.
79%
74%
74%
73%
Indústria Serviços
19% Gilberto Alicio
• Ressalte que o padrão
69%
Composição PIB (em %)
2%
30% 20% 1%
França Alemanha
1%
Reino Unido
24%
25%
2%
1%
Itália
Suécia
26%
Agricultura
1%
Suíça Países
Observe no gráfico a participação da atividade industrial no produto interno bruto (PIB) de alguns países europeus. A prosperidade das atividades industriais europeias teve como impulso a Primeira Revolução Industrial, iniciada nas últimas décadas do século XVIII. A partir desse período, as unidades fabris começaram a ganhar força e se expandir, promovendo, assim, significativas transformações econômicas na Europa. Fonte: The World Bank. Disponível em: <http://databank. worldbank.org/data/views/variableSelection/selectvariables. aspx?source=world-development-indicators#s_a>. Acesso em: 31 out. 2018.
Os grandes investimentos nas redes de transporte foram extremamente importantes para que a Europa Ocidental se tornasse uma das áreas mais industrializadas e desenvolvidas do mundo. Tanto as modernas e complexas rodovias como as ferrovias, as hidrovias e os aeroportos implantados no território promoveram a integração entre os países europeus e também com o restante do mundo, dinamizando as transações comerciais europeias. Atualmente, vários países da Europa Ocidental contam com sofisticado e amplo parque industrial, composto de indústrias de base, bens de consumo duráveis e não duráveis e de tecnologias de ponta. Portanto, a Europa Ocidental participa da atual Divisão Internacional do Trabalho (DIT) como compradora de produtos primários, além de ser uma das principais regiões mundiais fornecedoras de produtos industrializados de alta tecnologia. Vista panorâmica de indústrias de aço na cidade de Port Talbot no País de Gales, Reino Unido, 2018.
• Aproveite
a oportunidade e comente com os alunos a importância da atividade industrial europeia, tanto de um ponto de vista histórico quanto do seu desenvolvimento nos dias atuais.
44
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44
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Capítulo 1
Note que grande parte das indústrias está concentrada em regiões específicas do território europeu, como o Vale do Rio Sena, Loire, Reno, Ruhr e o Vale do Rio Pó, que abrangem as principais potências europeias, como Alemanha, França, Holanda e Itália. Essas regiões foram intencionalmente escolhidas pelo fato de nelas estarem localizadas as maiores bacias carboníferas do continente europeu. Isso significa que as unidades fabris se instalaram em áreas próximas às fontes de energia. Verifique que regiões como Portugal, Espanha e Grécia possuem concentração industrial bem menos expressiva que outras porções do continente.
0°
N
NORUEGA Bergen Oslo
L
O
FINLÂNDIA SUÉCIA
REINO UNIDO
S
Helsinque
E. Cavalcante
Europa Ocidental: regiões industriais - 2013
Estocolmo
Newcastle
IRLANDA Dublin
Malmo DINAMARCA Copenhague
Liverpool Manchester
HOLANDA Hamburgo Amsterdã Roterdã
Londres BÉLGICA
Liège
o
S Paris ena LUXEMBURGO
o Rio L
ir e
FRANÇA Bordeaux Lyon
Bilbao Toulouse
Sevilha
e Gre
Lisboa
ESPANHA Madri
Barcelona
Indústrias Aeronáutica Automobilística Química Eletrônica Alimentícia Têxtil Alta tecnologia Engenharia
50° N Linz
Viena
Berna SUÍÇA Turin Milão
Marselha
Mar Mediterrâneo
ÁUSTRIA
Fonte: Reference atlas of the world. 9. ed. London: Dorling Kindersley, 2013. p. 90.
Veneza
Rio Pó
ITÁLIA Roma Nápoles
Merid iano d
PORTUGAL
io anúb Rio D
Munique
enwic h
Porto
Dresden
Frankfurt Stuttgart
• Realize uma articulação com o componente curricular de História buscando abordar o processo de industrialização dos países europeus e resgatar conhecimentos sobre o assunto. Se considerar oportuno, peça ajuda ao professor de História para desenvolver uma discussão sobre o tema e uma avaliação do que os alunos sabem sobre a Revolução Industrial na Europa.
GRÉCIA Atenas
Palermo
Siderúrgica Construção naval Processamento de madeira Carvão Petróleo Principais áreas industriais
0
220 km
Matthew Horwood/Getty Images
Nantes
Colônia
o Ren Rio
Rouen
OCEANO ATLÂNTICO
ALEMANHA Berlim Rio Ru hr
Bruxelas
Integrando saberes
• Comente que a Inglaterra foi a primeira nação a se industrializar no século XIX, seguida da França. Tanto a unificação como a industrialização da Alemanha ocorreram tardiamente se comparada às suas principais rivais, no entanto se industrializou rapidamente e em poucas décadas já competia de igual para igual com as demais potências europeias.
Glasgow Belfast
Ri
:37 PM
O mapa da Europa Ocidental abaixo mostra as principais regiões industrializadas e alguns exemplos de indústrias operantes nessas regiões.
45
11/23/18 2:37 PM
45
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BNCC
O gráfico abaixo mostra a importância de produtos de elevada tecnologia no comércio externo de alguns países da Europa.
• O estudo da página 46
dá sequência ao desenvolvimento das habilidades EF09GE01, EF09GE05, EF09GE09 e EF09GE10 da BNCC e da competência específica de Ciências Humanas 3 e a competência específica de Geografia 2, permitindo também uma aproximação com o tema contemporâneo Ciência e tecnologia ao focar na importância das indústrias tecnologicamente avançadas no contexto europeu.
Países da Europa: exportação de produtos de alta tecnologia – 2016 Exportação (em %) 30
1 - Irlanda 2 - Suíça 3 - França 4 - Reino Unido 5 - Malta
25
6 - Noruega 7 - Holanda 8 - Alemanha 9 - Hungria 10 - República Tcheca
As informações contidas nesta ou em qualquer outra página do livro possuem interesse exclusivamente didático, sem a finalidade de promover marcas ou produtos.
20 15
Ilustrações: Camila Ferreira
10
Orientações gerais
• Realize
a leitura do texto e a observação do gráfico. Chame a atenção para a paisagem evidenciada na fotografia. Aproveite para resgatar conhecimentos prévios sobre indústrias de alta tecnologia e avalie se compreendem as relações entre investimentos e desenvolvimento de tecnologias e as alterações decorrentes no processo produtivo e na competitividade de produtos no mercado global.
5 0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 Países
Fonte: The World Bank. Disponível em: <http://databank.worldbank.org/data/ reports.aspx?source=worlddevelopment-indicators#>. Acesso em: 30 out. 2018.
Um aspecto que retrata a importância da atividade industrial na Europa é o grande número de multinacionais distribuídas pelo mundo. Em várias regiões do planeta é possível encontrar multinacionais europeias. Elas representam diferentes setores de atividades, como o de energia, o automobilístico, o eletroeletrônico e o agroindustrial, e movimentam grande volume de negócios no cenário internacional.
• Você conhece alguma multinacional europeia? Em qual setor da economia ela
Delfim Martins/Pulsar Imagens
desempenha seus negócios? Troque ideias com os colegas.
• Comente que Alema-
nha e Reino Unido se destacam pelo alto nível de tecnologia de seus parques industriais, com destaque para os setores automobilístico, da biotecnologia, informática e a indústria aeroespacial, entre outros.
• Aproveite a oportunidade e comente com os alunos sobre a importância do desenvolvimento de produtos de alta tecnologia desenvolvidos pelos países europeus para o comércio mundial.
Na fotografia de 2015, uma filial da Fiat, empresa multinacional de origem italiana, localizada na cidade de Betim (MG). A Fiat está presente em mais de 60 países no mundo, por meio de suas filiais.
46
11/23/18 2:37 PM
46
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:37 PM
O cartograma no estudo das questões ambientais: a emissão de CO2
Capítulo 1
Momento da Cartografia
Os países da Europa estão entre os que mais poluem a atmosfera. Os países da União Europeia são responsáveis por 9% da emissão de CO2 no planeta. Observe no cartograma a seguir a distribuição das emissões totais de CO2 no mundo em 2017. Note também que os dados mostrados ora se referem especificamente a um país, ora a uma região do planeta por causa do volume de emissões. Mundo: emissão de CO2 – 2017
ESTADOS UNIDOS 15%
AMÉRICA LATINA 5%
• Sendo o estudo do tema complementado pela análise de um mapa em anamorfose, abrange igualmente o desenvolvimento da competência específica de Ciências Humanas 7 e da competência específica de Geografia 4.
E. Cavalcante
CANADÁ 2%
EUROPA 12%
ORIENTE MÉDIO 6%
CEI 7% CHINA 28%
SUL DA ÁSIA 8%
ÁFRICA 4%
Representação cartográfica sem escala.
SUDESTE DA ÁSIA 8%
JAPÃO 4%
Orientações gerais
• Inicie o estudo da página questionando os alunos de modo que resgatem conhecimentos prévios sobre as emissões de gases estufa dentro do contexto do aquecimento global e da conservação do meio ambiente. Avalie se eles compreenderam os conceitos tratados antes de dar sequência à leitura compartilhada do texto e da observação da representação.
AUSTRÁLIA E NOVA ZELÂNDIA 1%
Fonte: BP. Statistical review of world energy. Disponível em: <https://www.bp.com/content/dam/bp/en/corporate/pdf/energyeconomics/statistical-review/bp-stats-review-2018-full-report.pdf>. Acesso em: 25 out. 2018.
a ) De acordo com a representação, qual país ou região emitiu maior quantidade de CO2 na atmosfera no período retratado? Quais emitiram menos? b) Com base nos dados acima, qual grupo de países mais emitiu CO2 para a atmosfera em 2017? Trata-se de países desenvolvidos ou subdesenvolvidos? Na fotografia, poluição causada pela queima de carvão em termelétrica no Reino Unido, 2018.
Alice-D/Shutterstock.com
• Auxilie os alunos durante a observação do cartograma. Verifique se são capazes de identificar os países com maior desenvolvimento econômico como os principais responsáveis pelas emissões de CO2. 47
Integrando saberes
• Esse tema permite um trabalho em conjunto com o
componente curricular de Ciências. Convide o professor desse componente curricular para auxiliar os alunos na interpretação das questões ambientais contidas no mapa.
BNCC estudo proposto nesta página permite o desenvolvimento da habilidade EF09GE09 e da competência geral 7 da BNCC. Estas são complementadas pela competência específica de Ciências Humanas 6 e pela competência específica de Geografia 6, assim como pelo trabalho com o tema contemporâneo Educação ambiental.
•O
11/23/18 2:37 PM
• Aponte, na representação, para o tamanho dos países europeus em relação aos outros, pois esse tamanho se refere, proporcionalmente, à emissão de CO2 desses países. Permita que os alunos falem sobre suas impressões a respeito da anamorfose representada.
Respostas a ) China, Estados Unidos, países da União Europeia e da CEI. Países da América Latina, Sudeste da Ásia, África, Canadá, Japão, Austrália e Nova Zelândia. b) Países desenvolvidos.
47
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O espaço urbano da Europa Ocidental
BNCC
• O estudo do tema da ur-
Europa Ocidental: população urbana e rural de alguns países – 2018 População (em %)
Urbana
Rural
100 9 91
80
20 80
23 77
20 80
17 83
15 21 79
85
35 65
60
40
20
Orientações gerais 0
• Faça a leitura compar-
tilhada do texto seguida de uma discussão sobre o processo de urbanização. Resgate conhecimentos prévios sobre o assunto e ressalte que a urbanização da população é uma tendência global. Este tema já foi estudado pelos alunos no contexto de outras regiões e continentes.
França Alemanha Holanda Espanha
Reino Unido
Finlândia
Grécia
Portugal Países
Keithy Mostachi
A Europa Ocidental é considerada uma das regiões mais urbanizadas do planeta. No gráfico podemos observar a distribuição da população urbana e rural de alguns países dessa região. Embora muitos países europeus apresentem grande população urbana, essa não é uma característica uniforme em toda a Europa. Em países como Portugal e Grécia, o número de pessoas vivendo no campo é de 35% e 21%, respectivamente, como é possível ver no gráfico.
Fonte: United Nations. World Urbanization Prospects. Disponível em: <https://population.un.org/wup/ Download/>. Acesso em: 31 out. 2018.
O processo de industrialização ocorrido a partir do século XVIII em vários países europeus intensificou o crescimento de muitas cidades, tornando-as cada vez mais interligadas e dando origem às atuais regiões metropolitanas da Europa, como as de Londres (Inglaterra), Paris (França), Bruxelas (Bélgica), Amsterdã (Holanda), Frankfurt (Alemanha) e Milão (Itália). A população economicamente ativa (PEA) da Europa Ocidental atualmente concentra-se em atividades econômicas desenvolvidas nos centros urbanos, como as de indústria, de comércio e de prestação de serviços.
• Chame a atenção pa-
ra as diferenças entre o processo de urbanização ocorrido ao longo do século XX nas grandes metrópoles latino-americanas com aquele verificado na Europa desde a Revolução Industrial.
Na fotografia de 2017, vista da cidade de Paris, capital francesa, que se tornou o centro de uma das metrópoles mais importantes da Europa, considerada uma forte região econômica do mundo.
BAHDANOVICH ALENA/ Shutterstock.com
banização na Europa, suas causas e consequências, dentro do contexto do trabalho com as páginas 48 e 49, permite o desenvolvimento das habilidades EF09GE09, EF09GE10, EF09GE11 e EF09GE12 da BNCC. Estas são complementadas pela competência específica de Ciências Humanas 2 e pela competência específica de Geografia 5.
• O seguinte texto pode
ser utilizado para instigar uma conversa. [...] Em 1995, pelos menos 25 cidades tinham mais de 7 milhões de habitantes cada uma. Só quatro – Londres, Paris, Moscou e Istanbul – ficavam na Europa. Em compensação, 13 estavam na Ásia e outras 7 nas Américas, incluindo 4 na América Latina. [...] BLAINEY, Geofrey. Uma breve história do mundo. Paraná: Fundamento, 2010. p. 328.
48
Orientações gerais
• Chame a atenção para a fotografia evidenciada e para o fato de que a verticalização não ocorre na região central de Paris da mesma forma que ocorre nas cidades latino-americanas. Ressalte que existem leis contra a construção de edifícios altos e modernos em muitas partes da cidade.
11/23/18 2:38 PM
• Relembre aos alunos que as regiões metropolitanas
constituem um grupo de municípios que estabelecem uma forte relação de interdependência econômica com uma cidade maior, geralmente uma metrópole.
48
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:38 PM
Encontro com... História
Orientações gerais
• Avalie se os alunos são capazes de identificar as relações entre o processo de industrialização e a urbanização, assim como o crescimento de regiões metropolitanas e o deslocamento de pessoas do campo para as cidades, ou de cidades pequenas em direção às metrópoles.
O crescimento urbano na Europa A rápida e expressiva urbanização registrada nos países europeus está relacionada ao forte processo de industrialização ocorrido nesse continente desde a primeira Revolução Industrial, inicialmente na Inglaterra e, posteriormente, na França e em outros países da Europa. O crescimento das atividades industriais não só transformou as relações econômicas e o modo de vida das pessoas nas cidades como também dinamizou o processo produtivo no campo, com a inserção de equipamentos tecnologicamente mais desenvolvidos, promovendo sua modernização.
Integrando saberes
• Este tema possibilita um trabalho em conjunto com o componente curricular de História. Comente que, durante e após o início do processo de industrialização, as principais cidades da Europa apresentavam diversos problemas ambientais decorrentes da poluição atmosférica, poluição das águas e condições de saneamento básico. No entanto, os governos europeus foram, gradualmente, capazes de contornar esses problemas por meio de políticas públicas e medidas voltadas à conservação ambiental. Alguns rios, como o Tâmisa, eram consideravelmente poluídos, mas foram recuperados.
Assim, milhares de pessoas que viviam no campo tiveram seus postos de trabalho excluídos, o que desencadeou um processo de migração para as cidades denominado êxodo rural, em busca de oportunidades de emprego nas indústrias em crescimento. Estima-se que no início do século XIX milhares de pessoas migraram em direção ao espaço urbano. O grande deslocamento populacional para as cidades promoveu um acelerado crescimento das áreas urbanas e o surgimento de inúmeros problemas, como de saúde e infraestrutura. A precariedade que passaram a viver serviu como incentivo a muitos migrantes europeus que partiram para outros continentes, como a América.
Biblioteca Britânica, Londres, Inglaterra
Na imagem a seguir, é possível observar as condições precárias em que algumas pessoas viviam nos centros urbanos nesse período.
A imagem retrata, por meio de uma gravura de 1872, a situação em que viviam as pessoas nos centros urbanos europeus nesse período.
49
Resposta
• Possível resposta: é possível evidenciar uma grande
concentração de pessoas na rua, desassistidas de infraestrutura, como iluminação pública e pavimentação. Explique aos alunos que não existia assistência médica e
11/23/18 2:38 PM
pessoas doentes conviviam com as que estavam saudáveis. As condições de higiene eram precárias. Havia pessoas que não possuíam moradia, ficavam amontoadas à beira do meio-fio das calçadas.
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11/24/18 9:42 AM
O espaço agrário na Europa Ocidental
BNCC estudo das páginas 50 e 51 permite que sejam contempladas as habilidades EF09GE05, EF09GE09, EF09GE10 e EF09GE13 da BNCC.
•O
A forte industrialização ocorrida nos países que compõem a Europa Ocidental promoveu intensas transformações no seu espaço agrário, pois, além de necessitar de quantidades cada vez maiores de matérias-primas para as indústrias, a população urbana, que trabalha nas indústrias, passou a necessitar cada vez mais de alimentos. Assim, com a entrada de maquinários e equipamentos agrícolas, o espaço agrário foi modificado. Essas novas e modernas tecnologias acabaram interferindo significativamente no modo de produção, que passou gradativamente a apresentar melhores resultados na produção.
•O
estudo do espaço agropecuário europeu possibilita também uma articulação com o tema contemporâneo Ciência e tecnologia e o desenvolvimento da competência específica de Ciências Humanas 3 e da competência específica de Geografia 2 da BNCC.
Desse modo, atualmente, na maioria das propriedades rurais da Europa Ocidental são adotadas técnicas modernas que contribuem para a elevada produtividade. Observe a seguir os principais gêneros agrícolas produzidos, assim como os números dessa produção e os maiores países produtores. Europa Ocidental: principais gêneros agrícolas – 2016
Orientações gerais
Gênero
Produção (em milhões de toneladas)
% da produção mundial
Maiores produtores
Trigo
98
13
França e Alemanha
Cevada
47
34
França e Alemanha
Aveia
6
25
Finlândia e Espanha
Beterraba
89
32
França e Alemanha
Centeio
5
36
Alemanha e Dinamarca
Batata
43
11
Alemanha e França
• Resgate conhecimen-
tos prévios sobre o assunto antes de dar início à leitura compartilhada do texto. Chame atenção para as fotografias das páginas 50 e 51 e peça aos alunos que identifiquem se há contrastes existentes entre o nível de tecnologia empregado em cada um dos cenários evidenciados.
Fonte: FAO (Food and Agriculture Organization). Disponível em: <http://faostat.fao.org/>. Acesso em: 2 nov. 2018.
Europa Ocidental: principais gêneros pecuários – 2016
• Explique
que a alta produtividade, o uso intenso de tecnologia e a especialização são aspectos comuns do espaço agrário de vários países da Europa ocidental. Ressalte que a maior parte dos cultivos é intensiva e conta com trabalho mecanizado.
os alunos de modo que eles interpretem corretamente as tabelas e comente que, em relação aos gêneros agrícolas, o continente se destaca na produção de grãos, como o trigo, o centeio e a cevada.
Produção (em milhões de cabeças)
% da produção mundial
Maiores produtores
Suínos
126
13
Espanha e Alemanha
Ovinos
87
7
Reino Unido e Espanha
Bovinos
79
5
França e Alemanha
Fonte: FAO (Food and Agriculture Organization). Disponível em: <http://faostat.fao.org/>. Acesso em: 2 nov. 2018.
A produção de leite na Europa Ocidental corresponde a 139 milhões de toneladas. Na fotografia, ordenha mecânica sendo realizada em Drucat, França, 2017.
Philippe Huguen/AFP
• Auxilie
Gênero
50
Orientações gerais
• Peça aos alunos que, por meio dos dados evidenciados
11/23/18 2:38 PM
nas tabelas, destaquem países que são grandes produtores agrícolas na Europa ocidental. • Comente que a França é a maior potência agrícola da região e a maior produtora de grãos em função de uma combinação de fatores, como extenso território e condições favoráveis de solo e clima. Alemanha e Itália também se destacam.
50
11/24/18 9:42 AM
:38 PM
Capítulo 1
Conforme mencionado anteriormente, um fator que contribui significativamente para o desenvolvimento da atividade agropecuária na Europa são os subsídios agrícolas fornecidos pelo governo, os quais possibilitam o investimento em tecnologias e aumentam a rentabilidade dessa atividade. Além disso, tais subsídios acabam barateando as produções agrícolas, que tornam os produtos europeus muito mais competitivos no mercado mundial.
lorenza62/Shutterstock.com
Embora muitos países europeus apresentem uma agropecuária moderna, com elevada produtividade, existem regiões no interior da Europa Ocidental que ainda se utilizam de mão de obra numerosa e baixa inserção de tecnologia.
Colheita de uva na região de Salorno, Itália, 2018.
Os pôlderes holandeses Os Países Baixos (país chamado popularmente de Holanda) estão localizados na região noroeste da Europa. O país apresenta 27% do território abaixo do nível do mar. Por possuir ampla área costeira, baixas altitudes e localizar-se próximo ao delta de cinco rios, a Holanda construiu uma grande infraestrutura com diques e canais para conter as águas. Os pôlderes são porções de terras antes cobertas pelo mar, cujas águas são contidas com a construção de diques e retiradas por meio de máquinas de bombeamento, o que as torna utilizáveis para habitação e para a agropecuária.
Orientações gerais
• Comente com os alunos que os países da Europa ocidental com menor nível de industrialização de suas economias, a exemplo de Portugal e Grécia, representam as nações com maior proporção de indivíduos empregados em atividades agropecuárias.
• Chame a atenção para a colheita manual de uva, evidenciada na fotografia na parte superior da página. Explique que em inúmeros vinhedos ocorre a colheita mecanizada da uva, em menos tempo e com custos inferiores ao produtor, mas a colheita manual ainda é muito valorizada por inúmeras razões. Entre elas podemos destacar a possibilidade de selecionar as uvas colhidas, os menores danos proporcionados às uvas e o fato de que as colheitadeiras exigem terrenos relativamente planos e maior espaço entre as vinhas, o que nem sempre ocorre.
Aerovista Luchtfotografie/Shutterstock.com
• Chame a atenção para fotografia na parte inferior da página e comente que a alta produtividade agropecuária holandesa advém, em larga medida, da engenhosidade com a qual o país lida com o fato de seu território estar localizado, em sua maior parte, abaixo do nível do mar.
Na fotografia, campos de cultivo na Holanda, 2018.
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Orientações gerais
• Comente que no extremo norte da Europa, em áreas de
ocorrência de clima frio, a agricultura é dificultada pelas condições climáticas rigorosas. Por conta disso, nações localizadas nessa porção do continente não se caracterizam como potências agropecuárias.
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• Ressalte que países do sul da Europa, em especial a Es-
panha, têm se destacado pela produção em estufas, que são construções cobertas com plástico para proporcionar um ambiente favorável às plantas. Esse modo de produção vem ganhando espaço também em outros países.
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BNCC estudo das páginas 52 e 53 permite contemplar as habilidades EF09GE01, EF09GE09 e EF09GE10 da BNCC e fornece as bases necessárias ao desenvolvimento da competência específica de Ciências Humanas 3 e da competência específica de Geografia 2.
Geografia
•O
em foco
As grandes potências econômicas europeias
Conforme você estudou, a Europa Ocidental é composta de vários países desenvolvidos. Entretanto, três deles (Alemanha, França e Reino Unido) são considerados grandes potências econômicas dessa porção do continente e do mundo. Juntos, eles são responsáveis por, aproximadamente, metade de toda a riqueza gerada na União Europeia.
Orientações gerais
Hans Blosse y/Alamy/Foto arena
• Realize a leitura compartilhada da página e resgate conhecimentos prévios sobre os países mencionados. Dentro do contexto da importância das redes no estudo do espaço geográfico, chame atenção para as fotografias e destaque a importância de rios, como o Reno, para o escoamento da produção industrial dos países europeus, em especial Alemanha e França.
Na fotograf ia, região ind ustrial do Va Ruhr, Aleman le do ha, 2016.
volvimento econômico da Alemanha está nos centros industriais siderúrgicos da região das grandes jazidas de carvão mineral e minério de ferro, no oeste do país e próximo ao encontro dos rios Reno e Ruhr. Ao longo do século XX, porém, diversas outras regiões do país se industrializaram, como as áreas metropolitanas de Berlim e Stuttgart.
• Comente que, no caso
da França, a concentração de indústrias na região da Alsácia e Lorena, que abrigava as principais reservas de carvão, foi seguida pela desconcentração em função de investimentos voltados à criação de parques industriais no entorno da capital Paris e das cidades de Nantes, Lyon e Toulouse.
Elena Krivo rotova/Sh utterstock.c om
• Explique que o desen-
Na fotog rafia, port o de Marse França, 20 lha, 17.
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Orientações gerais
• Ressalte que hoje a Alemanha apresenta Índice de De-
senvolvimento Humano (IDH) considerado muito elevado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, é a principal economia da União Europeia, além de sua principal articuladora política.
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• Comente que, desde 2008, medidas do governo fran-
cês têm sido voltadas à recuperação da economia após a crise que assolou o país.
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Capítulo 1
A atividade industrial é muito expressiva na economia desses países. Além dela, o turismo também se destaca, uma vez que existem belas paisagens históricas e culturais em seus territórios, como a ponte Moselle, na Alemanha, a torre Eiffel, na França, e o Observatório Real de Greenwich, na Inglaterra.
Fotomontagem. Foto: Sparkle, astudio, squarelog oe 19srb81/Shutterstock.com
Veja a seguir os destaques da economia de cada um desses países.
ia, Regi
res, Inglat
erra, 2018
• De modo a realizar uma aproximação com o componente curricular de História, explique que as nações estudadas tiveram, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), suas economias reconstruídas pelo Plano Marshall, plano econômico de ajuda desenvolvido pelos Estados Unidos para conter a crescente influência soviética no continente europeu e conduzido entre 1948 e 1951. O plano beneficiou principalmente a Alemanha ocidental. Orientações gerais
• Comente que a Inglaterra representou a primeira nação a se industrializar, no século XIX, com prioridade para o setor têxtil e siderúrgico. No entanto, o esgotamento das jazidas de carvão e outros fatores levaram ao declínio dos centros industriais tradicionais e gradualmente o governo britânico passou a investir na formação de novos centros industriais, impulsionando novos setores da indústria, em especial a indústria de alta tecnologia.
om hutterstock.c pxl.store/S
Na fotograf
l de Lond ão industria
Integrando saberes
• Comente que, apesar de representarem grandes potências industriais globais, os países estudados nas páginas 52 e 53 apresentam predominância do setor de comércio e serviços na composição do Produto Interno Bruto (PIB).
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BNCC tema da produção e consumo de energia na Europa atende aos objetivos da habilidade EF09GE09 da BNCC, aproximando-se também das competências específicas de Ciências Humanas 2, 3 e 6 e das competências específicas de Geografia 1, 2, 3 e 6. Estas são complementadas pela aproximação com os temas contemporâneos Educação ambiental e Ciência e tecnologia.
•O
Explorando o tema
A questão energética na Europa Ocidental
A Europa Ocidental necessita importar mais da metade da energia que consome, cerca de 54%, para suprir sua demanda interna. As fontes de energia utilizadas provêm de recursos não renováveis, como o petróleo e o gás natural, importados principalmente da Rússia. Atualmente, medidas estratégicas estão sendo tomadas pela comissão da União Europeia com o objetivo de diminuir a dependência de fontes energéticas importadas, buscando, principalmente, aumentar a eficiência na produção interna de energia limpa. Veja a seguir quais foram as principais fontes de energia não renováveis consumidas na Europa em 2018.
Orientações gerais
Gás natural
Petróleo
• Realize a leitura com-
O petróleo representa 37% da energia consumida na Europa.
partilhada das páginas 54 e 55. Peça aos alunos que relatem o que sabem sobre as fontes de energia exploradas, suas vantagens e desvantagens, além dos impactos ambientais envolvidos. Resgate conhecimentos prévios sobre o assunto e avalie se compreendem a diferença entre fontes convencionais e renováveis.
• Comente que o Reino
Energia nuclear
Unido vem explorando estratégicas reservas de petróleo e gás natural no Mar do Norte e se destaca nesse sentido, juntamente com a Noruega.
O gás natural representa 23% da energia consumida na Europa.
Carvão
A energia nuclear representa 10% da energia consumida na Europa.
O carvão representa 15% da energia consumida na Europa.
• Explique que a França
IVO
AT DIO
RA
Estúdio Meraki
se dedicou a diversificar sua matriz energética em uma tentativa de reduzir sua dependência de petróleo e gás natural do Oriente Médio e da África. O país é hoje o que mais utiliza a energia nuclear na região e possui um dos programas nucleares mais desenvolvidos do mundo. Cerca de 70% da energia elétrica produzida na França vem de centrais nucleares.
IVO
AT DIO
RA
Fonte: BP. Statistical Review of World Energy 2018. Disponível em: <https://www.bp.com/content/dam/bp/en/corporate/pdf/ energy-economics/statistical-review/bp-stats-review-2018-full-report.pdf>. Acesso em: 2 nov. 2018.
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Orientações gerais
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• Ressalte que os rios europeus apresentam, de maneira
geral, baixo potencial hidrelétrico, dificultando o uso dessa fonte de energia. • Explique que vários países da região, como a Alemanha, dependem de importações de gás natural para atender sua demanda energética, sobretudo da Rússia, além de importações de petróleo de países do Oriente Médio.
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