Disp. e Tradução: Rachael Revisora Inicial: Marcia Revisora Final: Rachael Formatação: Rachael Logo/Arte: Dyllan
Seu gêmeo era um homem morto. A tatuadora Kelsie Cole não pode acreditar que seu irmão tenha dado a seu melhor amigo o uso de sua cabana na mesma semana em que a prometeu para ela. Ela vinha dando cabeçadas com o certinho John McBride desde que eram crianças. John McBride só tem uma semana de férias por ano, e não há qualquer forma que ele está dirigindo por uma montanha de volta para Raleigh só porque Kelsie Cole já está de pé na varanda apostando sua reivindicação quando ele chegar. A cabana tem dois quartos, e eles são adultos. Podem partilhar um espaço durante sete dias. Não é como se eles fossem atraídos um pelo outro ou algo assim, certo? Kelsie range os dentes, mas se assegura de que pode lidar com isso. E então John a beija…
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Revisoras Comentam...
Marcia: Foi uma surpresa interessante para mim este livro, pois é raro a gente ver um livro hetero da Cameron, e é a primeira vez que reviso um, apesar de saber que sou suspeita em falar, por que realmente adoro seus livros, esse também não deixa nada a desejar, achei diferente, talvez porque esteja acostumado com seus livros homo e ménage. Certamente bem mais curto que os de costume, aqui ela nos conta a batalha de John, apaixonado por Kelsie há vários anos, e que finalmente decide ir à luta e tentar lhe mostrar que não importa as diferenças que ela acredita poder separá-los, o amor sempre supera tudo, e que ele já não estava disposto a esperar mais... Muito lindo... Muito hot... Você vai suar... Boa leitura. Rachael: Eu adorei o livro. Achei uma história bem mais leve do que a Cameron costuma escrever, o que me deixou um tanto aliviada, porque os dramas dela me tocam bastante. Eu adorei o John, as tiradas dele e achei que a Kelsie, por mais segura que pareça, tinha que ter uma fragilidade enorme já que não chamava ele nunca pelo nome. Bomm, acertei em cheio. O livro é muitooooo hot, nossa as cenas são demais, com o selo Cameron Dane de ser kkk Aproveitem!!!
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Capítulo Um Segunda-feira
Seu gêmeo era um homem morto. Kelsie Cole olhou apunhalando a Lexus prata parando na estrada de terra da cabana. John McBride, o melhor amigo de seu irmão, e uma das poucas pessoas que teve a capacidade de se infiltrar sob a pele de Kelsie, era o dito proprietário do veículo de luxo. Ele sempre a irritou; Vinte anos de conhecê-lo não mudara seu desejo de bater no homem mais vezes do que não, desde praticamente o momento que tinham se conhecido há muito tempo. Porra, o que diabos o seu, em breve irmão falecido, estava fazendo para enviar este homem até a cabana durante sua semana de férias? John saiu do carro, vestindo uma camisa branca fresca e abotoada, gravata e calças igualmente arrumadas, mesmo nos trinta e cinco graus do calor de agosto. Seu cabelo escuro estava bem penteado e aparado exatamente no comprimento certo empresarial, e seu rosto não parecia menos atraente pelo fato de que ostentava uma sombra de cinco horas. O relógio tinha acabado de bater meio-dia. Rosnando baixinho, Kelsie ignorou a reação automática que a fazia querer correr para dentro e trocar seus shorts e camiseta para algo que cobrisse sua camada extra de gordura do julgamento de um homem cujo corpo não se atreveu a desafiá-lo e ganhar um grama de peso que não fosse músculo de puro aço. “Você pode entrar de volta em seu carro e ir para casa, McBride,” ela disse para onde ele estava no final da escada. “A cabana é minha por esta semana. Não me importo com o que meu irmão idiota deve ter lhe dito sobre ela estar livre.”
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John McBride subiu os degraus com intenção deliberada. Kelsie nem sequer percebeu que tinha recuado até que esbarrou com a porta contra tempestades. Amaldiçoando aquele instinto de fuga maldito que sempre a assolava em torno deste homem recentemente, ela forçou seu corpo duro e reto. John não parou de se mover até que ficou um pé diante dela, elevando-se acima de sua própria estrutura de 1,83 metros consideráveis. Ele soltou a mala preta ao seu lado. “Já lhe disse mil vezes que não respondo ao nome McBride. Se quiser que eu lhe responda esta semana, precisa começar a se lembrar de que meu nome é John.” “Chame-se o rei do maldito mundo inteirinho por tudo que me importa. Você ainda não está ficando comigo nesta cabana esta semana.” John a varreu com seu olhar azul gelado, lhe provocando um arrepio. Ela cruzou os braços contra o peito e esfregou os dedos sobre sua tatuagem favorita, um projeto azul e verde elaborado rodeando seu braço, que só ela sabia incorporava a dela, do seu irmão, e as iniciais de sua avó no trabalho circular de rolagem. Era uma de uma dúzia de tatuagens em seu corpo, e apenas uma das razões pelas quais este homem tinha uma mania de estudá-la como se ela fosse um projeto de ciência. Seu cabelo rosa-choque e as orelhas cheias de piercing vinham em um próximo segundo e terceiro lugar. Seu olhar voou em face de tudo que John e seu irmão representavam, onde ter uma imagem pura e limpa significava a diferença entre ganhar novos clientes em sua empresa capitalista de risco ou não. Kelsie sempre pensou que John McBride levou o estilo de vida controlado, reto e estreito um pouco perto demais pro seu coração. Ela às vezes se perguntava se ele tinha substituído sua alma por um cartão de pontuação, assim poderia contar onde ele estava entre as fileiras de seus companheiros com estufadas camisas. “Eu não dirigi cinco horas até a montanha da Carolina do Norte para dar a volta e ir para casa, Kelsie.” Deus, ela odiava o jeito como ele enfatizava seu nome, fazendo-o soar tão fácil de dizer quando ela não fazia o mesmo por ele. “Você pode pegar as datas cruzadas com seu irmão, mas eu só tiro uma maldita semana de férias no ano, então não tenho nenhuma intenção
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de partir.” Ele a examinou de cima a baixo. “Você parece adaptada. Não acho que esteja prestes a arrumar as malas e ir para casa também.” Ambos viviam e trabalhavam em Raleigh, embora seu irmão lhe houvesse dito uma vez que John disse que ele e ela poderiam muito bem estar em planetas diferentes. Kelsie examinou John tão completamente quanto ele havia feito com ela, deliberadamente tomando seu tempo na vasta extensão do peito escondido sob aquela porra de camisa sem rugas e engomada. Ela finalmente alcançou seu rosto, e desejou que não tivesse feito isto. Exibia um sorriso preguiçoso que realmente brilhava e tocava verdadeiramente em seus olhos. Maldito homem típico. Ele tinha gostado de seu olhar malicioso. “Você quer me convidar para entrar?” John se inclinou e agarrou sua bolsa. “Ou espero até que você saia para nadar no lago e entro com minha própria chave?” “Certo, tudo bem.” Kelsie abriu caminho para dentro e o levou ao quarto desocupado. “Mas só pra você saber, só estou fazendo isso porque sei que poderia me processar por tudo que tenho se eu deixá-lo esperando lá fora e você acabar com a doença de Lyme1 — ou algo igualmente horroroso — como resultado de minha recusa em deixá-lo entrar.” “Talvez eu não devesse ter empurrado tão duro.” John parou na soleira da porta do quarto. Encontrou seu olhar e aquele sorriso lento e irritante dele se mostrou novamente. “Acontece que sei que seu negócio vale uma boa pequena soma.” E fechou a porta na sua cara, deixando-a de pé do lado de fora de queixo caído. Filho da puta. Como no inferno John McBride sabia sobre o patrimônio líquido da The Sweetest Tattoo?
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A doença de Lyme é a doença mais comum transmitida por carrapatos no Hemisfério Norte. Os sintomas podem incluir febre, dor de cabeça, fadiga, depressão, e uma erupção cutânea característica circular chamado eritema migrans (EM). Se não for tratada, os sintomas posteriores podem envolver as articulações, coração e sistema nervoso central. Na maioria dos casos, a infecção e os seus sintomas são eliminados por antibióticos, especialmente se a doença é tratada precoce. O tratamento retardado ou inadequado pode levar aos sintomas mais graves, que pode ser incapacitante e difíceis de tratar.
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John andou pelo caminho de grama pisoteada para o deck privado que se projetava para dentro do lago, e imediatamente avistou o topo do cabelo rosa familiar de Kelsie acima do encosto de uma das cadeiras de Adirondack2. Ele jogou a toalha no encosto da vazia ao lado dela e se sentou. Kelsie mal o olhou, mas durou tempo suficiente para ele ver o fogo em seus olhos cor de avelã. Ele arqueou uma sobrancelha. “O quê?” “É uma cabana grande e um lago e montanha ainda maior.” A atenção de Kelsie voltou para o que ela tinha no colo. “Você não é obrigado a sentar perto de mim só porque estamos aqui juntos. É tipo o cara que entra em um cinema quase vazio e se senta ao lado da única outra pessoa no lugar.” Ela lhe atirou outro olhar rápido. “É uma combinação estranha de arrepiar, irritante e confusa.” John forçou de volta o desejo de agarrar Kelsie e fazê-la ter um diálogo real com ele, ao invés dessas réplicas mordazes que vinha recebendo dela com muita frequência ultimamente. Não queria brigar, dane-se, queria apenas que ela conversasse com ele como uma pessoa normal. Ele a tinha visto fazer isso com outras pessoas, então sabia que ela podia. Esticando as pernas, John repousou as mãos contra o estômago nu. “No que está trabalhando?” Com a visão parcialmente bloqueada, só conseguia ver um bloco de desenho com marcações a lápis. Não conseguiria ver o que ela desenhava sem ficar bem mais perto. E no momento, ele estimava demais suas bolas para tentar chegar. “Só rabiscando,” Kelsie respondeu. Seu lápis se movia com traços firmes sobre o papel. “Desenhando o lago e a cabana do outro lado.” “Sério?” John se debruçou sobre o braço da cadeira e roubou um olhar rápido, afinal. “Huh.” Ele não sabia merda nenhuma sobre arte, mas o esboço parecia malditamente realista, como também bonito, para seu olho destreinado. “Não sabia que você fazia coisas mais
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tradicionais como esta. Sempre supus que você limitava seu trabalho em projetos que pudesse incorporar em uma tatuagem.” Ocorreu-lhe saber que tudo tintado em seu corpo curvilíneo era Kelsie Cole Original. “Você está procurando tentar algo novo?” “Não.” Ela não olhou para cima. “Esta é só por diversão. Amo o que faço McBride, mesmo que não pareça muito maduro e adulto para você.” “Hei.” John saltou da cadeira em um tiro e agarrou o queixo de Kelsie em sua mão. Inclinando sua cabeça para trás, forçou-a a encontrar seu olhar. Cristo, quase nunca precisou tocá-la, mas quando o fez, ela o trazia para vida dura em cerca de dois malditos segundos. Agora, não se importou se ela visse seu pau duro acampado entre as pernas do calção de banho. Ela ia descobrir sobre isso de um jeito ou de outro algum momento dos próximos sete dias. Viver isolados, em uma cabana, não deixava muito espaço para segredos ou esconderijos. Kelsie empurrou contra seu aperto. “Solte-me.” Ela o olhou. John afrouxou o aperto, mas longe do suficiente para deixá-la se deslizar livre. “Estou ficando malditamente cansado de você colocando palavras em minha boca.” Sua voz caiu para letalmente suave, uma que usava com clientes no qual tinha oferecido uma última chance de não estragar tudo, antes de puxar seu dinheiro fora dos negócios. “Não entendo o que você faz Kelsie, admito isso, mas nunca o julguei como menos do que o que eu faço. Da próxima vez que ficar na defensiva sobre algo inocente que eu digo, ou me chamar de McBride quando já te pedi para me chamar de John, vou enfiar minha língua em sua garganta apenas para calá-la. Você decide se quer isso da próxima vez que pensar em algo maldoso para jogar em mim só porque sabe que vai me deixar puto.” John soltou Kelsie e mergulhou na água. Se ficasse mais um segundo, observando seus olhos queimarem um buraco através dele, poderia tomá-la ali mesmo na cadeira de madeira, com testemunhas do outro lado do lago e tudo.
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Capítulo Dois Terça-feira
Kelsie colocou o livro na pequena mesa de madeira ao lado de sua cadeira e parou de fingir que tinha algo mais em sua mente além do comentário de John da tarde de ontem. O que diabos ele quis dizer ao usar um beijo como uma ameaça para calá-la? Será que ele pensava que poderia intimidá-la sexualmente a fim de fazê-la cumprir? Ela não tinha exatamente tido uma tonelada de namorados — que ele provavelmente sabia através de conversas com seu irmão — mas não era virgem ou encalhada tampouco. Tinha uma coleção de brinquedos sexuais com o qual se tornara extremamente íntima ao longo dos últimos anos. Inferno, pensando que estaria sozinha esta semana, tinha trazido um par deles aqui para ajudá-la a relaxar. Deveria deixar seu vibrador grande, vibrando no sofá, só para assustá-lo. Kelsie riu, e até sorriu pela primeira vez desde que John McBride tinha aparecido e atirado suas férias em uma pirueta. Sim, isso ia bagunçar seu ego um pouco, e talvez até lhe desse um complexo quando visse o tamanho do vibrador. Afinal, ele tinha tentado intimidá-la quando disse que enfiaria a língua em sua garganta da próxima vez que zombasse dele. Ele realmente não queria beijá-la. Mal a via como fêmea, muito menos como uma mulher digna de sua atenção. Uma pequena punhalada de dor atravessou o peito de Kelsie nisso. Esfregou os dedos sobre o coração até que não pôde mais sentir a picada. A aborrecida mágoa não era sobre John em particular de qualquer forma, mas sim sobre os homens em geral que não podiam olhar mais fundo e ver seu coração debaixo da imagem recebida de uma mulher resistente e tatuada. Pelo menos, era isso que dizia a si mesma, como sempre fazia quando John a olhava tão abertamente com curiosidade como se fosse um espetáculo de carnaval, como se ela não fosse um ser humano com sentimentos e inseguranças sob a arte do corpo.
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“Com fome?” A voz de uísque-rico de John derivou para ela da porta. Kelsie estremeceu, mas culpou a corrente de ar frio atravessando o céu da noite. John saiu para varanda, vestindo jeans e uma camiseta branca, e, Deus, os pés descalços. Havia algo muito íntimo no frescor-de-banho, sobre aqueles pés malditos, e Kelsie rapidamente desviou o olhar. “Vamos, Kels.” John brincou com uma leveza em sua voz, algo ela nunca tinha ouvido nele antes. “Juro que não envenenei a comida. É perfeitamente comestível, e fiz o suficiente para dois.” Ele se moveu para seu lado e pegou a lanterna e seu romance. “Hei!” Ela foi para agarrar seu material, mas ele pisou fora de alcance. “Venha para dentro. Por favor.” Abriu a porta para ela. Quando não se moveu, ele acrescentou, “Com sua pele clara, estou preocupado que seja comida viva pelos mosquitos. Ajude um cara. Não quero ter que explicar a seu irmão que você contraiu encefalite porque não queria partilhar uma cozinha e sala comigo por um par de horas a cada noite.” Kelsie se moveu para porta, mas fez uma pausa na frente de John. Encontrando-o nas sombras, o azul claro de seus olhos brilhando quase prata na meia-luz. “Só pra você saber, eu passei Skin-So-Soft3 antes de ir para fora.” E se moveu para dentro. Atrás dela, quando a porta contra tempestade bateu fechada, Kelsie jurava que o ouviu dizer baixinho, “Eu sei.”
***** Kelsie se afastou da mesa da cozinha, e se não tivesse John sentado bem na sua frente, teria desabotoado seu short. “Certo,” colocou uma mão em seu estômago, “eu admito; Estava delicioso.” John tinha feito hambúrgueres gourmet, fatias de batata temperada, e macarrão com queijo. “Você é oficialmente o chef para o resto da semana.” 3
Linha de produtos de beleza da Avon, nesse caso ela se refere ao repelente.
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“Sem problema.” Os olhos de John brilharam acima do copo de cerveja. “É bom ter mais de uma pessoa para quem cozinhar, para variar.” “Você escolheu a mulher certa para isso.” Kelsie não vira um único-dígito nas etiquetas de tamanho das roupas em seu guarda-roupa desde os doze anos. “Gosto de comer.” Puxou o prato vazio de John através da mesa e o empilhou sobre o dela. Levantando-se e se movendo para pia, acrescentou, “há muito poucas refeições-sábias que eu não vou tentar pelo menos uma vez.” John pegou os copos e os levou também. “Senhora, você não faz ideia do tesão que isso é para quase todos os homens do planeta.” Ela levantou uma sobrancelha para ele. “Eu disse refeição-sábia McBride, então, de volta com o trem fantasia, amigo.” Os olhos de John brilharam um fogo repentino, e tarde demais, Kelsie percebeu o que tinha dito. Ela jogou as mãos para cima. “Espere.” “De nenhum maldito jeito.” John se moveu rápido. Abaixou os copos com força, e os deslizou através do balcão para as costas de Kelsie, tinindo na poça de água. Segurando a bancada em cada lado dela, John se debruçou até que seus rostos estavam a poucos centímetros separados. “Eu te dei um aviso justo.” Quando ele respirava, o ar aquecia entre eles, formigando sobre os lábios e pele de Kelsie. Ela deslizou a língua por fora para erradicar a sensação perturbadora. O foco de John se deslocou rapidamente para seus lábios. Quando voltou para ela, o fogo queimando neles transformou seus joelhos em gelatina. “Cristo, você não faz ideia da mulher sedutora que você é.” “Não, eu não sou.” O protesto de Kelsie morreu em seus lábios. John se inclinou e tomou sua boca, roubando outra réplica de palavras duras. Seus lábios duros se moveram sobre os dela, pastando, buscando, aprendendo-a tão completamente que ela não conseguia se lembrar de seu último pensamento. Sabia apenas que nunca ninguém a tinha beijado assim. John não
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enfiou a língua em sua garganta como tinha jurado que faria. Ao invés, persuadiu-a a querer o beijo, provocando-a com movimentos insinuados com a ponta da língua. Kelsie timidamente deslizou sua língua pela borda dos lábios de John, alcançando seu calor. John gemeu contra ela e agarrou seus quadris, arrastando-a para ele enquanto finalmente aprofundava o beijo. Inclinou os lábios sobre os dela e chupou sua língua, puxando-a bem no fundo da caverna úmida de sua boca. Faiscando um oculto e seco graveto que ela nem sequer sabia que existia dentro dela, e a deixando em chamas. Kelsie lançou os braços em volta do pescoço de John e o puxou mais pra perto. Em retorno, John deslizou o braço em torno de sua cintura e a colocou sobre o balcão. Empurrou contra seus joelhos e forçou seu caminho entre as pernas abertas. Ela automaticamente o apertou com as coxas e balançou os quadris contra a protuberância montando sua boceta através das roupas. “Porra, Kels, você me deixa louco.” John agarrou a ponta de sua camiseta e começou a levantá-la. “Você está sempre cheirando a gengibre, e morangos, e raios de sol.” Ele jogou a camisa de lado, fez um rápido trabalho com o sutiã, e se saciou dela com os olhos. Seus seios pendiam pesados e cheios com grandes mamilos rosados. Os globos pálidos de carne eram um dos poucos lugares em seu corpo que não tinham uma única tatuagem. Ela sabia que o tamanho se ajustava a seu corpo, mas Kelsie ainda teve que enrolar as mãos em punhos contra a bancada para não cobri-los. Sabia que não chegava nem perto da perfeição que John estava acostumado em suas mulheres. Mas, decididamente se recusou a sentir-se envergonhada. Lentamente, enquanto John olhava, as aréolas escuras se enrugaram para duros pontos salientes de sensibilidade. John ergueu o olhar para o dela. Seus olhos, não mais claros, queimavam com fogo azul. “Pensei que certamente você teria pelo menos uma rosa tatuada no vale da pele lisa e perfeita de seus seios.” “Nada é tão simples quanto…”
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Antes que pudesse terminar, John mergulhou a cabeça e desenhou um círculo girando em torno do mamilo com a ponta da língua, e então soprou contra a pele molhada. Ela ofegou quando o frescor atormentador apressou um conhecedor jorro de umidade entre as pernas. “Mel,” John assobiou, baixo e suave, “você me faz faminto por um tipo diferente de sobremesa.” Ele abriu a boca sobre o seio e amamentou metade de seu seio para dentro, girando a língua ao redor da ponta perolizada. Kelsie se arqueou contra sua dureza e quase gozou ali mesmo. Ela se contorceu contra o balcão, tentando desesperadamente se esfregar contra sua ereção esticada. Ele beliscou uma pequena mordida contra seu seio dolorido, desencadeando choques picados de prazer surpreendente através dela. Beijou seu caminho para cima em seu peito, criando uma trilha de lambidas prolongadas ao longo da garganta e sob o queixo até que desembarcou de volta em sua boca. Puxou sua mandíbula aberta e forçou seu caminho para dentro, levando-a em um beijo profundo e demorado, como tinha ameaçado fazer lá na doca. Kelsie cavou os dedos em sua camiseta sobre o estômago, precisando de uma âncora enquanto deslizava a língua em sua boca e o comia tão vorazmente quanto ele lhe tinha feito. Ele se empurrou contra ela, e a ação involuntária forçou um tremor de resposta fora dela. Deus, não entendia que diabo estava acontecendo com este homem, mas ia implodir de necessidade não satisfeita se ele não se afastasse agora. John quebrou o beijo, mas não se afastou. Ela ainda podia sentir seus lábios pastando os dela. “Você quer ajuda com a coceira que precisa arranhar?” As mãos foram para o cós de seu short. O estalo batendo alto no silêncio repentino, e o arraste do zíper soou pela cabana aberta da mesma forma chocante. Ele o baixou até que não podia descer mais. Kelsie cobriu as mãos de John, parando-as antes que pudesse puxar seu short abaixo das pernas. Ele parou, mas continuou com as mãos contra seu baixo ventre. Voltando o foco para ela, disse “O que foi?” Inclinou-se para roubar um beijo rápido. “Você se dissolveu tão
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malditamente apertado, mel. Sei que você precisa gozar.” Sua mão deslizou na costura de sua virilha com suave pressão, dividindo os lábios inchados abertos sob a roupa. “Por apenas uma vez em nossas vidas malditas não briga comigo.” Ele empurrou-se em seu sexo através de duas camadas de tecido e esfregou o algodão da calcinha sobre a entrada de sua boceta. Linhas afiadas de prazer puxaram forte dentro de Kelsie, vibrando sussurrantes e inebriantes sensações em seu estômago. Ele fez de novo, e ela choramingou contra sua boca. John colocou os lábios contra sua orelha. “Deixe-me fazer isso para você.” Sua voz suave e rica serpenteou em seu corpo e envolveu-se em torno de seu instinto de protesto, sufocando sua cautela. “Sem recriminações, sem julgamentos, nem segundas suposições amanhã, de nenhum de nós. Apenas me deixe cuidar de você aqui, agora, porque precisa disso, e porque Deus sabe que quero fazê-lo.” Kelsie fechou os olhos, respirou fundo, e assentiu. Deus, não conseguia se lembrar da última vez que tinha deixado um homem chegar perto o suficiente para até ter a chance de expressar um interesse por ela, muito menos o suficiente para sexo. Ela não era o tipo de mulher de uma só noite. Agora, na cozinha, não conseguia fazer-se acreditar que tinha concordado com uma foda rápida com John tampouco. Conhecia o homem há vinte e um anos, ainda que tivessem passado metade dele discutindo sobre qualquer coisa e tudo, mesmo coisas tão estúpidas quanto à legitimidade das chamadas do árbitro quando assistiam futebol juntos. Se ela fosse completamente honesta, além de seu irmão e sua avó, ninguém a conhecia melhor do que John McBride. Kelsie estremeceu, e se perguntou se estaria cometendo um terrível, terrível erro. John enrolou as mãos em seus cabelos e puxou sua cabeça para trás até que picou seu couro cabeludo. “Você não consegue esconder isso.” Sua voz cheirava à consciência e total autoridade. Ela abriu os olhos e trancou em seu olhar. Ele sorriu, e o fez parecer completamente selvagem. “Você não tem que pensar sobre alguém,” acrescentou. “Vai saber que sou eu te tocando quando gozar.”
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Ela não poderia suportar que ele visse o quanto queria isso, quando não conseguia entender nem em si mesma. Piscou um sorriso igualmente mau para ele, e cobriu a vulnerabilidade súbita infetando sua alma. “Confie em mim, McBride, eu não acho que esquecer que é você vai ser um problema.” Os olhos de John escureceram para água do oceano. “Cristo, você sabe como me provocar.” Soltou seus cabelos e enganchou os dedos no cós da calcinha e short. “Você sempre fez.” O coração de Kelsie disparou. “Eu sei.” Ela levantou os quadris, e ele puxou os últimos pontos de roupa por suas pernas em uma poça no piso de madeira. John olhou para baixo, e ela jurava que ele perdeu as pernas por um momento. “Jesus Cristo,” murmurou, a voz grossa e áspera. “Isso é incrível.” John traçou os dedos sobre os vermelhos e dourados das tatuagens de dragões gêmeos que circulava sua cintura como um cinturão baixo de equitação permanente. A trilha de seu toque deixando arrepios em seu rastro, trazendo uma estranha e nova vida tridimensional a suas tatuagens. As caudas de seus dragões se entrelaçavam em um laço de amor na parte baixa de suas costas, e seus corpos se estendiam em volta dela, com cada uma de suas cabeças tocando logo acima do monte. Seu monte completamente depilado. Logo acima de seu sexo, ela tinha a imagem de um par de cerejas tatuadas em sua carne, sempre fora do alcance das línguas bifurcadas dos dragões. John trouxe seu olhar de volta para ela. “Você não queria que eu visse isso.” Ela sacudiu a cabeça. “Você julga.” Ele colocou um dedo contra seus lábios. “Você assume.” Ela puxou sua mão. “Eu não entendo.” “Você vai descobrir.” Sua mão deslizou entre suas pernas. “Eventualmente.” Ele queimou seus lábios nos dela, e mergulhou dois dedos profundamente dentro de sua boceta. John tinha longos, finos, e elegantes dedos, e eles tomaram seu canal com tal disciplina carnal que Kelsie engasgou com o prazer. Inclinou os quadris para frente e montou os dedos
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embutidos com completo abandono, tomando tanto quanto ele podia dar. Ele lhe deu muito, mas a vagina apertada de Kelsie pulsava e gritava por mais. “Abra para mim, mel.” John alimentou as palavras em sua boca, fazendo-a saborear seu desejo. “Ponha os pés no balcão e me deixe ver tudo.” Seus dedos se sentiam tão malditamente bom dentro dela que Kelsie praticamente chorou. Nenhum pensamento de desobedecer a John entrou em sua mente em nada. Ela dobrou as pernas e plantou os calcanhares na beirada da bancada, dividindo-se escancarada para sua leitura. Seu clitóris, já gigante e inchado com sangue, se projetava com necessidade fora de seu capuz protetor. John olhou, mas só por um momento. “Porra, isso é uma bela visão. Lábios quase tão doces quanto estes.” Inclinou a boca sobre a dela e reivindicou outro beijo profundo, quase como se não pudesse conseguir o suficiente. Forçou um terceiro dedo através de sua entrada aquecida e começou a empurrar. Kelsie se desprendeu. Nunca tinha estado com um homem que não quisesse ir direto para foda, e não sabia como processar que John fez desse ato tudo sobre ela. Além disso, o fato de que era este homem em particular tão completamente focado em seu prazer agitaram desconcertantes e perturbadores sentimentos dentro de Kelsie, lado a lado com o punho em sua necessidade de gozar. Confusa, Kelsie não sabia o que fazer. Ela rasgou a boca da dele e tentou se afastar de sua mão, mas não tinha para onde ir. John trabalhava os dedos em sua boceta com golpes profundos e implacáveis, e os balançava no ângulo certo para atormentar seu ponto G. Ela queria parar — precisava — antes que se fizesse de tola ao perder-se na frente desse homem. Ordenou que seu corpo parasse de pular no balcão e corresse, mas seus músculos não obedeceram. Ao invés, olhou para baixo e viu seus quadris ondularem de um lado para o outro sobre os dedos enterrados, ajudando-o a arrancar cada maldita ação na exposição de seu próprio corpo para o prazer de sua visão. “Goza para mim, querida.” A voz de John era rouca, soando perto de seu ponto de ruptura. Moveu o polegar para cima e cobriu seu clitóris. “Goza por toda minha mão.”
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Ele rolou a pérola dolorida de carne sob a ponta do polegar e empurrou-a direto sobre a borda. Kelsie gritou roucamente, como um animal ferido, assistindo-o, incapaz de escapar enquanto explodia em mil pedaços. Ele atingiu seu ponto doce por dentro, e ela inundou sua mão, lhe dando tudo que queria sem nenhum jeito de puxá-lo para trás. Ela não conseguiu suportar a intimidade em seus olhos, então olhou para baixo. Quase com horror, viu-se entusiasticamente bombeando sua boceta contra a invasão de seus dedos de novo e de novo. Sua boceta o agarrando bem fundo, segurando-o para sentir cada tremor enquanto gozava violentamente sobre seus toques peritos. Por fim, espremida completamente, ela baixou as pernas, os músculos estremecidos no resultado de tal tensão. “Isso foi incrível.” John retirou os dedos, cobertos com seus sucos. Um por um, ele os enfiou na boca, sussurrando com satisfação enquanto lambia a essência de sua mão. Os olhos brilhavam com novos conhecimentos, e completa satisfação. “Porra, você é doce. Nunca tive uma mulher que me respondesse com tal abandono.” Oh, Kelsie não podia ter isso. Ela nunca viveria para isto. “Sua vez.” Ela o empurrou para trás e caiu de joelhos na frente dele. Imediatamente, ela viu sua ereção empurrando duro contra o jeans. Abrindo o botão, Kelsie deslizou o zíper. “Tempo para eu cuidar de você.” Puxou o jeans e cueca o suficiente para deixar seu pênis enorme e densamente venoso deslizar livre da prisão de sua roupa. Seu pênis pulou pesado na frente de seu rosto, e o odor de terra do pré-semem assumiu o cheiro normal de cozinha da cabana. John colocou a mão em sua cabeça e agarrou um punhado de cabelo. “Não foi por isso que eu… Ahh dane-se, sim…” Ela fechou a boca sobre a cabeça de cogumelo e o calou. Kelsie tomou mais de seu eixo aveludado e duro, passando-o por seus lábios, chupando a carne salgada com uma leve pressão, esperando poder atormentá-lo como tinha feito com ela. Recuou e rodou a língua em torno do capuz de seu pênis grosso, molhando-o com sua saliva e
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passando a língua sobre a fenda larga e perolizada. Levou-o quase até o cabo, enchendo a boca com seu tamanho até que já não tinha um bocado de espaço dentro dela para mais nada. O pênis ardente de John pulsava e latejava com vida contra suas bochechas, sua língua, e até o céu de sua boca, levando-a acima de um jeito que jamais tinha permitido acontecer antes. Ela o levou para sua garganta, e então relaxou e forçou o resto para dentro. Um grito estrangulado escapou dos lábios de John. Ele puxou e empurrou de volta, silvando quando ela ficou aberta e o deixou foder sua boca com golpes profundos e completos. “Jesus Cristo, esta é a coisa mais malditamente quente que já vi em minha vida.” Ela tinha a cabeça inclinada para cima, e podia vê-lo assistindo seu pênis ereto e vermelho deslizar através de seus lábios. Seu rosto se contorcia em agonia no que parecia em partes iguais de prazer, e fundo entre as pernas, Kelsie respondeu, inchando e lubrificando de novo. A excitação de Kelsie renovou seus esforços. De repente, precisava que John gozasse para seu próprio prazer, tanto quanto ela fazia por ele. Alcançou entre suas pernas e segurou as bolas com uma mão, e com a outra embrulhou os dedos em torno da base lisa de seu pau. Torcendo e manipulando a carne quente enquanto bombeava a cabeça sobre o resto do comprimento, Kelsie levou John a um frenesi com o melhor dos dois mundos. Suas mãos puxaram seus cabelos quando arquejou fortemente acima dela, meio dobrado, enquanto claramente lutava para aceitar o que ela lhe oferecia. Ela havia experimentado o mesmo, então Kelsie não recuou nem um pingo. Chupou seu pau com força como se descobrindo o segredo do elixir da imortalidade, e entre suas pernas, sacudiu os dedos sobre aquele remendo tentadoramente sensível de carne entre o escroto e o ânus, aplicando só a pressão suficiente para enlouquecê-lo. “Ohhh, Cristo, não pare…” Ele apertou os olhos fechados e puxou os lábios para trás entre os dentes, mostrando-lhe como um homem ferozmente catapultava na agonia mais profunda do prazer. “Solta, solta, eu preciso gozar.” Ele tentou recuar, mas Kelsie agarrou seus quadris e manteve os lábios firmemente envolvidos ao redor de seu pau.
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Circulou a língua em volta da cabeça ultrassensível, e à sua frente, cada músculo no corpo de John apreendeu apertado como um tambor. Ele jogou a cabeça para trás com um brado lamentoso, o corpo inteiro convulsionando, e em segundos jatos quentes de ejaculação revestiu a língua de Kelsie, enchendo sua boca até a borda. Ela engoliu o líquido amargo, que ele rapidamente substituiu com mais. Cavou os dedos em seus quadris e o manteve com ela, e nunca parou as mãos de manipulá-lo por fora, ou a sucção que o ordenhava seco por dentro. Eventualmente, ele se afundou contra a mesa. “Não mais, por favor. Meu pau não pode levar outro toque.” Kelsie se recostou nos calcanhares, e seu comprimento deslizou livre. Baixou as mãos de seu corpo e recuou até suas omoplatas baterem no balcão. A madeira lisa acabou se esfregando contra sua pele nua, lembrando-a de sua total e absoluta nudez. Agora que eles não estavam mais na agonia do calor sexual primitivo, Kelsie não sabia para onde olhar ou como se comportar. Bom Deus, ela tinha acabado de dar a John McBride um boquete e praticamente o forçou a gozar em sua boca. Onde diabos seu sentimento de orgulho e autopreservação tinha ido? Calor atravessou seu corpo inteiro, queimando-a do avesso. Agarrou a camiseta e lutou com ela, tateando com as mãos que não queriam trabalhar corretamente. John limpou a garganta, soando como uma avalanche caindo sobre eles no silêncio opressivo da cabana. Kelsie levantou a cabeça e encontrou seu olhar penetrante esperando-a. Ele levantou uma sobrancelha escura, e um familiar meio-sorriso torceu seus lábios. “Menina Kelsie, eu diria que estas férias acabaram de ficar muito mais interessante.” Kelsie levantou-se, o short e calcinha esquecidos. Sua calma irritante e fresca cortando através dela como a lâmina mais afiada de uma faca. Ignorou o fatiar de dor e endireitou o corpo para a arrogante amplitude de sua altura. “Não,” o assegurou, “não fez.” Ela correu para seu quarto antes de se humilhar e sucumbir ao charme de John McBride novamente.
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***** John estendeu a mão e ligou o abajur, desistindo de qualquer pretensão de sono. A mulher que mais queria no maldito mundo inteiro estava separada dele por uma mísera parede — e um fodido erro gigante de sua parte. Porra, ele tinha lidado mal com o que aconteceu na cozinha. Queria leveza entre eles, sem pressão sobre Kelsie. Ao invés, suas palavras soaram insolentes e a fizeram pensar que pretendia usá-la como uma aventura de verão. Cristo, contudo, em justiça a ele, não estava trabalhando com a cabeça limpa. Em suas maiores fantasias de conseguir ter algo com Kelsie, nunca a tinha imaginado de joelhos o chupando até que gozasse. Em sua boca. Talvez ela não soubesse, mas as mulheres realmente não fazia muito isso hoje em dia. Não que ele soubesse, precisamente falando. Não tinha estado com uma mulher em quase dois anos. Então, outra razão pela qual sentir os lábios dela em volta de seu pau o havia deixado temporariamente estúpido. John gemeu, ajustando sua ereção enquanto rolava de lado. Fechou os olhos, tentando respirar normalmente e encontrar algo semelhante a conforto. Imagens de dragões famintos encheram sua mente, lambendo a pele lisa e nua que John doía para saborear ele mesmo. Os lábios e seios de Kelsie tinham um sabor tão malditamente doce, exatamente como ele sabia que teria. Depois de confirmado, John queria descobrir o resto dos segredos de seu corpo, e ter as explicações para cada tatuagem, uma por uma. Não, queria que ela quisesse lhe falar sobre elas, confiante de que ele não a julgaria por ser diferente. Queria que ela entendesse o quão excitante ele achava seu corpo e que olhava fixamente porque admirava e não porque pensava que ela fosse uma aberração. Assim como na forma como ela o chamava de McBride para que não tivesse que levá-lo a sério, Kelsie tinha rejeitado os elogios que tentara lhe dar, dizendo-se que ele fazia piadas insensíveis à suas custas. Em vingança, apenas para que pudesse ter algo acontecendo entre eles, tinha tomado o contraponto à praticamente todos os comentários que ela fazia e, secretamente, 2
se deleitava com o fato de que isso significava que eles passavam algum tempo juntos discutindo sem suas defesas habituais levantadas. Ela poderia até não querer admitir, mas obtinha uma carga de luta com ele tanto quanto ele fazia a batalha simulada com ela. Suas bochechas floresciam com cor extra, ela respirava fundo, e seus lábios ficavam vermelhos, como se mordidos. Quando eles discutiram no passado, sempre achava que ela parecia uma mulher no auge da excitação sexual, e esta noite, tinha confirmado este pensamento. Kelsie Cole tinha ganhado vida com ele, como sabia que ela não tinha feito com outros homens. John tinha seis dias para fazê-la ver a verdade do que sentia, antes que ela se enfiasse de volta na segurança de sua vida, colocando-o à distância do braço, mais uma vez. A oportunidade vinha para aqueles que tomavam suas chances, e no que dizia respeito a Kelsie, John já não tinha qualquer interesse em jogar pelo seguro.
***** Um quarto à frente, Kelsie esfregava os dedos através de sua fenda e sobre o clitóris, o tempo todo desejando que algo diferente de sua própria mão cuidasse do pulsar entre suas coxas. Tinha corrido para cama da cozinha por covardia, e sabia. Odiava isso sobre si mesma, mas não teria suportado ficar lá e deixado John ver sua necessidade por ele, sua completa e recente atração por ele brilhando em seus olhos. Não queria querer John, em nada. Ele era tão preciso e perfeito em todos os sentidos, de seu trabalho respeitável, a já possuir sua casa própria com cortador-de-biscoito decorado, de gostar de esportes apenas o suficiente, mas não tanto que o fazia um idiota irritante quando seus times favoritos perdiam um jogo. Enquanto isso, Kelsie gostava de viver em jeans e camisetas, e amava rondar em sua loja com seus colegas tatuadores, comendo pizza entre o entra e sai dos clientes, compartilhando ideias para novos projetos, e encontrando meios de fazer os fregueses menos assustados de entrar na The Sweetest Tattoo e pedir o que queriam.
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Ela e John não poderiam ser mais diferentes, e se apaixonasse por ele, ia experimentar desilusão aos montes. Não mudaria para se encaixar em seu mundo, e como vivia agora, não seria bem-vinda com nada menos do que olhares e cochichos sobre ela. Não que ele tivesse lhe pedido para se juntar a seu mundo. Era muito inteligente e prático para isso. Não, ele havia suposto que um romance de férias era apenas o tempo certo para deixar uma atração repentina como esta seguir seu curso. Como disse, “Sem recriminações, sem remorsos, sem consequências.” John tinha deixado implícitos os parâmetros do que poderiam ser um pro outro, então por que diabos ela se escondia sob os lençóis para se tocar como se tivesse algo do que se envergonhar? Já se masturbava antes e nunca se sentira envergonhada, então por que de repente se preocupava de que John pudesse ouvi-la e rir? E que diabos importavam se ele fizesse? Kelsie pegou o refúgio aveludado de seu travesseiro e tirou seu vibrador favorito. Chutando as cobertas, abriu as pernas e cutucou a cabeça de silicone contra os lábios úmidos, empurrando-o cada vez com mais pressão, provocando-se com o pensamento de que se preenchia. Gradualmente, seu canal relaxou e o falo entrou. Seu sexo automaticamente se contraiu em torno do pênis falso, chupando-o um pouco mais fundo. Kelsie teve a cabeça posicionada direto onde queria e ativou o brinquedo pequeno, mas poderoso. A baixa frequência zumbiu ao longo das paredes internas de Kelsie, e ela arqueou os quadris fora da cama para tomar mais do comprimento do brinquedo. Começou a deslizar o dildo vibrando dentro e fora de sua boceta com punhaladas rasas, gemendo quando seu sexo se fechou firmemente ao redor do pênis falso, ávido por mais.
Kelsie puxou sua pequena camiseta branca acima dos seios e cobriu um monte de carne com a mão livre, beliscando o mamilo até um cume duro e doloroso. Puxando a ponta, empurrou o vibrador em seu corpo ao mesmo tempo, atirando linhas selvagens de nervos em
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frangalhos para seu núcleo de todas as direções de uma só vez. Moeu o corpo nu nas roupas de cama, deslizando ainda mais a sensação tátil sobre sua bunda enquanto se esfregava contra os lençóis. Kelsie cavou os calcanhares na cama e esfaqueou sua boceta até devorar os seis centímetros do pau gordo de silicone. Quando não conseguia tomar mais, então caiu para trás sobre a cama, tirando tudo fora até que sua abertura agarrasse a cabeça de novo. Cada terminação nervosa em seu sexo gritou para libertação, a explosão tão perto que Kelsie praticamente podia prová-la. Ela se agitou sobre a cama, procurando desesperadamente pelo toque final que a mandaria voando fora de sua mente. Então, a porta guinchou aberta, e uma sombra encheu a armação. John ficou metade na escuridão e metade na luz pelo espaço de um batimento cardíaco, nu como no dia em que nasceu. Na próxima respiração, ele atravessou o quarto, rastejou na cama entre suas pernas, e suavemente removeu o brinquedo de seu sexo. Deitou-se em cima dela, com todo seu peso e calor sólido. Com uma mão, acariciou seus cabelos. “Não posso vibrar como a velocidade dez desse brinquedo,” alcançou entre eles e encaixou o pau contra sua boceta, “mas porra, me sinto com certeza um inferno inteiro de muito mais real e vivo.” Ele trouxe a mão até em cima e segurou sua cabeça. Prendeu seus olhos com ele, olhando-a tão de perto, e sem vacilar, que a apavorava pensar que pudesse ver em sua alma. A sabedoria lhe dizia que deveria afastá-lo, mas, Deus, seu calor natural a cobria, fundindo-se em sua própria essência, e Kelsie não conseguia expulsá-lo de sua cama. O que importava se fizessem sexo uma vez? Ou, aliás, por uma semana inteira, se assim o desejassem. Ambos eram adultos, totalmente capazes de tomar o que queriam, agora, e no final da semana ir embora. Tinha sido há tanto tempo desde que fizera sexo, e por mais que não concordassem em nada, Kelsie sabia que John nunca a machucaria fisicamente. Podia confiar nele, e sem sequer ter que perguntar, ela já sabia que ele sentia o mesmo.
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“Diga-me, Kels.” Os braços musculosos de John tremeram com contenção. “Não o farei sem seu consentimento.” Kelsie se ergueu e o beijou, concordando com tudo que ele quisesse sem palavras. Ele gemeu contra seus lábios e a seguiu até o travesseiro. Com dentes cerrados, ele encostou a testa na dela, empurrados os quadris adiante, e afundando toda a distância dentro de seu calor úmido. “Oh Deus…” O canal de Kelsie estremeceu ao redor do pênis de John, puxando-o mais fundo em seu interior. A boca de John caiu aberta, quase como se em dor. Lentamente, ele começou a se mover. “Cristo, você é tão fodidamente apertada.” Seus olhos ardiam um azul brilhante, quase incandescente na penumbra do quarto. Só o luar brilhando através da janela aberta permitia que vissem um ao outro, lançando o corpo de ambos em uma luz pálida e etérea. Dando um tom sobrenatural a seu acoplamento, emprestando coragem a Kelsie onde de outra forma não teria existido. Ela levantou as pernas e as envolveu em sua cintura, prendendo-o a ela com toda sua força física. “Mais duro.” Empurrou-se contra ele, circulando-se em sua ereção empalando-a. “Você não tem que ser gentil.” Enrolando as mãos nas dele, ela lutou contra sua força até que ele a alfinetou para o travesseiro. “Bem assim, por favor, eu posso levá-lo. Sou uma grande garota.” “Não me solte.” John bateu Kelsie no colchão macio, cada punhalada conduzindo a cabeceira na parede com um baque ritmado. “Erga-se contra mim cada vez que eu descer.” Ele soltou suas mãos e agarrou seus quadris, lhe mostrando exatamente como queria, tão exigente no quarto quanto ela soubera que ele era na diretoria. Cumpriu seu desejo feliz, amando a sensação de quase perder a conexão entre eles, apenas para tê-lo enfiando seu pau grosso dentro dela novamente, tomando-a tão profundamente que seus pelos púbicos faziam cócegas na pele lisa de seu sexo. Os seios de Kelsie saltavam fortemente entre eles, seu peso balançando por todo lado, muito carnudos para ficar parados em um acasalamento desse fora de controle. Ela doía para
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que ele a tocasse toda, nenhum lugar mais intenso do que seus seios. Ela cobriu seus mamilos, beliscando os pontos distendidos, gemendo e contorcendo quando novos disparos de prazer ziguezagueou através de seu sangue para seu núcleo. John se inclinou, beliscando e lambendo sua mão. E mergulhando a língua entre seus dedos, saboreando pequenas dicas de seus seios. “Cristo, mel, amo que não tenha medo de jogar com si mesma na minha frente.” Estabeleceu-se em suas mãos e criou um espaço entre os corpos. “Toque em seu pequeno broto dolorido para mim e me deixe vê-la gozar.” Deus, algo sobre ouvir e ver este engomado homem chegar-junto e abraçar seu lado carnal excitou Kelsie e a empurrou a lugares que provavelmente nunca iria normalmente. Ela queria excitá-lo, precisava ver uma fresta em sua armadura de fresco. Kelsie deslizou a mão pela barriga e sobre suas cerejas, parando por um segundo básico no topo de sua fenda. Olhou John enquanto ele a assistia, extasiado, onde seus corpos se uniam. Empurrou a mão um pouco mais, através de suas pregas, e prendeu o clitóris cutucando entre o V apertado de seus dedos. Esfregou-o de cima a baixo, se contorceu e dividiu os lábios inferiores mais abertos, expondo mais de si mesma para visão de John. John bombeou dentro e fora dela com golpes rápidos de pistão, estimulando-a a sacudir seu cerne com furtos igualmente rápidos, mandando-a para novos lugares de intimidade que ela certamente questionaria ter chegado amanhã. Tudo se enrolou mais e mais apertado dentro dela, atraindo miados e gritinhos que ela nunca tinha se ouvido fazer antes. Sua espinha formigou com alta sensibilidade, e os seios pareciam tão cheios que beiravam a dolorosos. “Por favor… Por favor…” Parou de se tocar e se ergueu direto da cama e em seus braços. Eles caíram para o lado, e ela trancou a perna sobre sua coxa, mantendo-os conectados. A nova posição colocou seu clitóris em um passeio itinerante contra o pau de John, e em poucos segundos, tudo dentro dela puxou muito apertado para manter a linha. Kelsie estalou incapaz de segurar o inevitável por mais tempo, e começou a gozar. Ela mordeu o ombro de John e cavou os dedos em suas costas, segurando-se firme quando a primeira onda de prazer atravessou seu núcleo. Necessitada e aberta, Kelsie se
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esfregou em toda a frente do corpo de John, como se fosse um gato implorando para ser acariciado, esmagando os seios contra seu peito duro e a barriga macia contra seu abdômen de tanquinho apertado em busca de um contato completo. John gemeu e se empurrou dentro dela, e de repente, toda a força de seu orgasmo a atingiu com o poder de um choque elétrico. E Kelsie gozou duro, lançando sua boceta em espasmos profundos que seguraram o pênis de John dentro dela até o cabo, apertando-o tão forte que ela jurava que um carimbo de sua forma permaneceria contra suas paredes muito tempo após esta noite. John a empurrou de costas e se enfiou dentro de seu túnel o ordenhando fundo uma última vez, dividindo e tomando-a até que não tinha mais espaço em seu canal para ele preencher. Recusando-se a deixá-lo ir, ela trancou as pernas ao redor de sua cintura, necessitando da conexão. Rosnando, ele pegou suas mãos e a alfinetou para cama, sua respiração irregular e quente contra seu rosto enquanto a olhava com intensidade feral, posse e propriedade nua em seu olhar. Seu corpo instintivamente respondeu, torcendo uma contração em uma resposta definitiva de seu sexo. “Oh merda, Kels, estou perto, estou perto.” Apertou os dedos em um bloqueio de morte. “Diga-me que está tudo bem eu ficar.” Ela sabia o que ele perguntava, e ela vinha tomando a pílula por muitos anos. Seu sexo pulsou em antecipação, e sussurrou, “Fique,” e o segurou dentro. “Ooohh, Cristo…” De repente, um tremor devastou John, e sua boca se abriu como se não conseguisse respirar. Segundos depois, derramou-se dentro dela, lavando seu pulsante canal com pequenos golpes de cuspes quentes de esperma esvaziando de seu corpo e alcançando o dela.
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Dessa vez, John não se moveu fora de Kelsie. Tentando recuperar o fôlego, ele se abaixou sobre ela, prendendo-a abertamente para ele. Enfiou o rosto em seu pescoço e afrouxou o aperto em suas mãos, mas não as soltou. “Estou certo de que deveria dizer algo aqui.” Ele sabia o que queria dizer, mas também sabia que ela piraria ao ouvi-lo. “Mas tenho que admitir nem sempre encontro as melhores palavras quando se trata de você. E não quero dizer a coisa errada e expulsá-la.” “Você tem o resto da semana, McBride.” Kelsie acariciou seu cabelo e costas nuas distraidamente, carinhosamente, ainda que ela não percebesse a mensagem que transmitia em seu toque. Era malditamente quase o melhor momento de toda a vida de John. “Nós dois sabemos que não pode continuar mais tempo do que isso.” Ele tinha cinco dias para convencê-la de que eram as únicas duas pessoas certas um para o outro. E começou isso ficando confortavelmente dentro dela, para deixá-la se acostumar com a sensação dele vivendo lá, duro ou mole. Seu pênis não queria nenhuma outra casa além dela. Seu coração não queria também. John apertou as mãos de Kelsie e deu um beijo suave atrás de sua orelha. Ela estremeceu, e ele sorriu. “Eu vou tomar o que eu posso conseguir,” ele finalmente murmurou, e se estabeleceu para algum sono muito necessário.
Capítulo Três Quarta-feira
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Kelsie rolou, gemendo quando olhou o relógio — e o homem adormecido ao lado dela na cama. Oh, Deus, eu dormi com John McBride. Pior, na fraqueza do pós gozo, tinha dito a ele que poderiam continuar fazendo isto até que suas férias terminassem. Por que, por que, por que tinha feito isso? Castigando-se, Kelsie se perguntou o que no inferno a possuíra para se colocar em uma posição tão vulnerável. Ela sabia melhor, porra. Não poderia manter nenhuma dignidade com John depois da noite passada. E se continuassem nesse caminho teriam uma semana inteira… Esqueça, nunca poderia olhá-lo nos olhos novamente quando voltassem para casa. Por sua amizade com Grey, John já sabia muito sobre ela. Sabia sobre seus pais e por que ela e Grey tinham passado metade de sua infância vivendo com a avó. Agora, ele a vira nua, estivera dentro de seu corpo, e a vira estremecer e reagiu a um dos mais profundos orgasmos que já experimentara em sua vida. Deveria estar arrogantemente satisfeito por saber que tinha acontecido por causa dele. Kelsie deu uma olhada rápida em John esparramado ao seu lado na cama. O lençol branco amarrotado, montava baixo em seus quadris e o linho fazia uma tenda entre as pernas, sobre seu pau semi-rígido com uma ereção matutina. Olhou o comprimento de seu corpo, mas não respirou mais fácil olhando a extensão de seu peito e a largura dos ombros, tudo coberta com carne dura e bronzeada. Seu corpo respondeu ao calor que ele gerava, mesmo no sono, e ela se inclinou para um gosto. Kelsie deixou a boca a um centímetro do estômago plano de John, assim tão malditamente perto seus lábios formigavam em antecipação do gosto quente e salgado do corpo duro e masculino. Fez contato com a pele, e o abdômen contraiu no toque. Kelsie recuou e olhou o comprimento do corpo de John, rezando para que não visse um par de conhecedores olhos azuis olhando para ela. Deus, não queria que ele soubesse como era profunda sua atração física por ele. No podia. Ao ir para casa e ver a consciência de sua necessidade em seus olhos cada vez que se cruzassem… Kelsie não podia suportar a ideia de que ele percebesse mais debilidade nela do que já tinha.
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Tempo de recuperar alguma distância. John McBride nunca poderia saber o quão sexy ela o achava. Nunca poderia lhe dar esse tipo de poder sobre ela. Ninguém jamais iria controlar sua felicidade e paz de espírito — Kelsie tinha feito essa promessa a si mesma há muitos anos. Rastejando muito lentamente longe de John, Kelsie não respirou até que seus pés descalços bateram no piso frio de madeira. Foi na ponta dos pés até a cômoda e pegou calcinha, short, e uma camiseta, tendo um cuidado especial para fechar a gaveta e não gerar sequer um toque de madeira contra madeira. Moveu-se para porta e a abriu sem fazer um rangido. Kelsie deu um passo sobre o limite, e um barulho parou-a estacada em suas trilhas. “Você é exatamente como seu irmão,” John disse, a sua voz cortando através do silêncio que Kelsie tinha trabalhado tão duramente para manter. “Vocês são realmente duas ervilhas da mesma vagem.” Kelsie endureceu e suas costas se trancaram duras e retas. Maldito homem. Pensava que sabia tudo. “Não, nós não somos.” Virou-se, e quis gritar na imagem que ele fazia em sua cama, com o braço esquerdo dobrado sob a cabeça, e a mão direita deslizada sob as cobertas, muito, muito perto de seu pênis. Fechou os olhos por um momento, tomou uma respiração lenta e forçada no despertar de sua boceta ao pensar em ver este homem se masturbar e gozar. “Grey e eu não somos nada parecidos. Ninguém que nunca nos conheceu jamais pensaria que somos gêmeos, muito menos irmão e irmã. Não fazemos nada do mesmo jeito nunca.” “Com exceção de como os dois querem se proteger, e jamais fazer nada realmente impulsivo.” Kelsie riu e sacudiu a cabeça. Por dentro, porém, seu peito apreendeu e enviou seu coração correndo muito rápido, deixando-a tonta. “Acho que você está confundindo eu e Grey com você e Grey, McBride.” Apertou a muda de roupa contra os seios, enterrando os dedos no tecido para que ele não visse seu aperto de branquear os nós. “Não sou a toda abotoada de cima a baixo, trabalhando sete dias por semana, quatorze horas por dia, e que tem só uma semana de férias por ano.”
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“É justo,” John admitiu. “Mas não significa que estou errado sobre você, no entanto. Só porque você veste jeans para trabalhar, e trabalha quatorze horas do mesmo jeito na tarde e pela noite ao invés do dia, não significa que não esteja com tanto medo de se arriscar em algo novo quanto seu irmão. E me lembro de você lhe apontar isso não há muito tempo.” Deus, ela odiava a memória fotográfica de John McBride. Ele nunca se esquecia de uma coisa maldita que ela dizia ou fazia, nunca. “Grey precisa se libertar de seu desejo por controle e completa ordem em sua vida.” Kelsie forçou o aperto de morte em sua trouxa de roupa e afetou uma magra indiferença contra o batente da porta. “Pode apostar malditamente certo de que ninguém jamais me acusou de ser uma aberração do jeito que o veem.” Kelsie não sabia como John o fez, mas de alguma forma conseguiu deitar-se e parecer revoltado, quando já estava deitado. “Tudo bem, certo. Mantenha o espaço entre nós. Vá tomar seu banho. Não vou incomodá-la.” O azul em seus olhos sombreou para cobalto. Ele olhou em direção à janela, vendo o belo dia começando lá fora. A quebra de contato dos olhos apunhalou Kelsie no peito, duro, embora não entendesse por que. Depois de um momento, John limpou a garganta, e continuou. “Quando terminar seu banho, voltaremos para os casuais amigos de foda que você nos deu permissão de nos tornar ontem à noite. Não vou cruzar a linha de novo e lhe dá quaisquer indicações que provam que te conheço há vinte anos. Quando estiver pronta de seu banho, eu tomarei o meu. Se fizer o café enquanto eu estiver lá, farei o café da manhã quando sair. Fechado?” Kelsie ficou lá, olhando para John, lutando contra o desejo de comichão para correr até ele e se enterrar em seu calor. Ele ainda tinha a cabeça virada, e esse pequeno corte a apunhalou no coração também. Não perdeu a hipocrisia disso. Ele lhe dava o que ela queria e ainda assim não estava feliz. Ela poderia ser uma cadela. Engolindo a espessura na garganta, Kelsie deu o passo necessário para sair do quarto. “Fechado,” disse suavemente, e então caminhou velozmente a dúzia de passos até o banheiro.
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Uma vez dentro, Kelsie fechou a porta, recostou-se contra ela, e respirou fundo para acalmar a corrida em seu coração. “Não o deixe se tornar importante para você, Kelsie,” murmurou para si mesma, odiando com paixão que precisasse de uma conversa-estimulante como esta por tudo. Não deveria querer um cara como John McBride. Eles não poderiam ser mais diferentes, e ele já sabia malditamente bem disso assim como ela. Sexo era uma coisa; Envolverse ou se importar mais fundo do que esta diversão que concordaram em ter, era algo completamente diferente. Algo potencialmente devastador para sua alma. “Obrigado, mas não obrigado.” Kelsie jogou as roupas limpas sobre um toalheiro extra e abriu a cortina do chuveiro. Ligando a água, deixou-a cair do spray frio para morno e depois quente contra a ponta dos dedos, esfumaçando o pequeno banheiro, antes de entrar. Indo sob a chuva de água, Kelsie inclinou a cabeça para trás e deixou a comporta cair sobre seu rosto e molhar o cabelo, e tentou não pensar sobre o tempo em sua vida em que cada banho raro que ela tomava era amargamente frio e a deixava tremendo antes de terminar. Tinha uma boa vida agora, graças a sua avó, e não tinha razão para reclamar. Tantas crianças tiveram vidas um milhão de vezes mais difíceis do que ela ou Grey tinham sofrido. E se cada um tinha uma peculiaridade ou duas que sobraram daquele tempo… Bem, tinham aprendido a viver com isso e construir uma vida produtiva em torno de seus respectivos declives. A cortina do chuveiro se abriu, e John entrou. Imediatamente, envolveu o braço em sua cintura e a levantou contra seu corpo. “Coloque as pernas à minha volta.” Ela fez sem pensar consciente. “Porra, você se sente bem contra mim.” A voz contra ela a tocou como uma segunda carícia. Ele os virou no pequeno espaço e a empurrou na parede, fora do spray direto da água. Sua boca desceu sobre a dela, esmagando seus lábios em um beijo. No exato momento, forçou sua entrada e a penetrou, hospedando seu pau todo o caminho dentro de seu sexo. Kelsie balanço no primeiro contato, e John também.
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“Espere, espere.” Ela agarrou seus ombros, ofegando quando ele a bateu na parede e a espetou profundamente, esticando-a aberta para sua tomada. “Você disse…” Seu peito e estômago colaram-se a seus seios e barriga, esfregando-se em seus mamilos e abrasando a pele sensibilizada. Kelsie mal podia pensar, e muito menos falar. “Você disse que não ia me incomodar.” Seus olhos claros iluminaram com fogo e luxúria. “Eu menti. Não posso ficar longe.” Seus dedos escavaram a carne macia de sua bunda, segurando-a de um jeito que ela sabia que deixaria marcas. “Vai ser rápido e duro dessa vez.” Ele enterrou o rosto em seu pescoço e lambeu uma linha até a garganta. “Melhor da próxima vez.” Sua voz ralada e áspera, apenas audível. “Mais lento da próxima vez.” Ele a fodeu sem tréguas. “Eu prometo.” John serrou o pau dentro e fora de seu canal tenro, e Kelsie vibrou impotente por dentro, incapaz de controlar suas respostas a este homem. “Gosto rápido,” ela admitiu, as palavras deslizando livres antes que pudesse controlá-las e empurrar a confissão de volta para dentro. “Assim como você.” Ele estremeceu contra ela, e ela lhe apertou os quadris com suas coxas, segurando-o em seu sexo. “Não quero.” Ela encontrou sua boca e o beijou com desespero, incapaz de se conter. “Mas não posso evitar também.” Sua boca se abriu contra a dela. “Ahhh, Cristo, Kels.” Prendendo-a contra a parede, John se acalmou completamente. Segundos depois, empurrou e gozou, enchendo sua boceta espremendo com sua semente. John nem sequer a tocou. No segundo em que seu esperma a inundou, Kelsie explodiu como uma série de pequenas bombas relógios e começou a espasmar ao redor de seu pau enterrado. Agarrou-o firmemente com sua boceta e não o soltou, ordenhando seu comprimento com sucessivas contrações ondulantes, bombeando-o suavemente com seu núcleo enquanto gozava.
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Parecia que John a segurou presa à parede do chuveiro para sempre, mas eventualmente ele soltou sua bunda, e ela cuidadosamente deslizou seu corpo. O pênis escorregou livre, enviando um último calafrio através dela. Suas pernas tremiam, mas conseguiu ficar de pé. Muito mal. Kelsie não queria olhar para John, mas ele colocou a testa contra a dela, e ela não conseguiu se esconder. “Não vamos nos sobrecarregar, levando esta coisa entre nós um dia de cada vez,” disse, com a voz rica e tranquila demais para Kelsie imitar. “Vamos apenas levá-lo numa manhã de cada vez, numa tarde de cada vez, e uma noite de cada vez. Ok?” O olhar de John queimava embaçado e brilhante à sua frente, e sua firmeza sacudiu o coração baqueado de Kelsie. Oh Deus, como este John McBride apreendia pânico em seu coração, muito mais que o combativo. Desafiando-a para não ser a primeira a correr também. “Ok.” Ela expulsou um suspiro instável, mas se forçou a olhar para ele e não se acovardar. “Fechado.” “Uma de minhas palavras favoritas.” Pressionou um beijo suave em seus lábios, e ela os sentiu transformar-se em um sorriso. “Bom dia, Kels.” Porra, ele tropeçou seu coração a deslizar novamente com essas duas pequenas palavras. “Bom dia,” disse de volta. Colocou as mãos em seu peito e o empurrou para trás sob a água que já estava fria, rindo histericamente quando ele gritou como uma menina. Até que ele a puxou junto. E então a beijou novamente, e ela não se importou.
***** “Ahh, Ah-ha, lá.” Kelsie atolou o botão em seu controlador com o polegar, segurando-o até manter sua gárgula na tela voando pelo céu. Ela usou os botões de seta para mergulhar sua 2
criatura fora do caminho das bolas de fogo lançadas do castelo e pegou uma fada brilhante, ganhando imediatamente quinhentos pontos extras. Lançou a seu oponente um sorriso triunfante. “Não falta muito antes de eu chegar até você agora, McBride.” Apenas em sua calcinha e sutiã, e sentada na beira do sofá ao lado de John, seu pulso corria com vida energizada. Sabia que estava prestes a conseguir a camisa de John fora em breve. Tirou seus olhos do jogo por uma fração de segundo, imaginando bem esse quadro. Muito tarde, seu dragão mergulhou e apertou o cerco em sua gárgula, sacudindo-a como um boneco de pano e devorando-a em duas mordidas sangrentas. A TV piscou “game over” quando o dragão de John tirou a vida de sua última gárgula. Novamente. Jogando seu controlador na mesa de café, John se recostou no sofá de pelúcia. Atirandolhe um sorriso que percorreu toda a distância através dela e enrolou os dedos de seus pés descalços. “Apropriado, não acha?” Alcançou e esfregou sua cintura tatuada. “Você, sendo comida por um dragão?” “Eu acho é que você caiu em uma raia quente de sorte,” ela resmungou. Olhou para ele, e seu olhar estava tão focado que a hipnotizou. “Então, qual você quer?” Cobriu sua mão e a atraiu sobre seu seio. “O sutiã?” Apertando sua mão em sua carne, ela gemeu quando seu mamilo imediatamente eriçou, esquentando com o golpe de seu toque aquecido. Arrastou sua mão para baixo e a forçou entre suas pernas fechadas, deixando-a sobre seu monte. Umidade já encharcava seu sexo, e suas pupilas chamejaram quando ela umedeceu seus dedos através de sua calcinha. “Ou a calcinha?” Seus olhos claros escureceram para safira, doando sua luxúria. “Ambos.” Ele a esfregou por cima da calcinha, e seu sexo latejou. “Quero ambos.” “Uh-uh.” Ela sacudiu a cabeça. “Estas não são as regras. Uma peça para cada perda de vida no jogo. Este era o acordo. Você tem somente uma.” Ele sorriu com confiança preguiçosa. “Vou conseguir a outra em poucos minutos de qualquer maneira. Você está simplesmente prolongando o inevitável.”
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Ela sacudiu a cabeça, inclinando-se contra o sofá, o espelhando. “Você sempre foi um bastardo arrogante.” Abriu as pernas, porém, florescendo sob seu toque provocante. “E eu certamente não lhe dei qualquer razão nas últimas vinte e quatro horas para fazêlo pensar o contrário.” “Uma coisa não têm nada a ver com a outra,” ele corrigiu. Golpes gêmeos de vermelho marcaram suas afiadas maçãs do rosto. Tirou a mão de entre suas pernas e a usou para ajustar o bojo que se formava em seu jeans. “As chances estavam a meu favor. Financiamos a empresa que inventou esse jogo. Sei de quase todos os seus segredos para vitória.” “Seu trapaceiro!” Kelsie pulou no sofá, gloriosamente indiferente que deveria parecer com alguma mulher enlouquecida da Amazônia. “Seu trapaceiro sujo, podre!” “Não um trapaceiro.” John a olhou com fria calma, empurrando até o último de seus botões. “Tinha a vantagem do conhecimento adicional e não ofereci a revelação completa. Admito que nada mais que isso.” “Oh?” O homem não podia ficar impune. “OH!” Kelsie se jogou em cima dele, derrubandoo de lado enquanto ia para seus pontos fracos. “Você não vai admitir nada para mim, hein?” Mergulhou para sua cintura e costelas e começou a lhe fazer cócegas impiedosamente. “Você não vai chorar ‘tio' até o final da minha ira, McBride, é isso que está dizendo?” John ganiu e se esquivou de seus dedos ameaçadores. “Você não vai me quebrar, mulher,” ele jurou. Atacou-a de volta, lutando com toda sua força. Pegou-a sob os braços e atrás dos joelhos. Kelsie gritou com risos, e eles rolaram e caíram no chão. Ambos bateram seus ombros duro, e ele imediatamente ficou sério. “Você está bem?” Kelsie ficou deitada no chão, o peito arfando com esforço. “Vou sobreviver.” Ela o cutucou nas costelas mais uma vez. Deus, ela nunca se sentira tão viva em sua vida. “Mas você me deve um jogo de tabuleiro de minha escolha para me dar uma chance de me redimir.” “Fechado.” John se alavancou sobre ela e escovou uma mecha púrpura de cabelo longe de seu rosto aquecido. Seus olhos brilhavam quando a olhou, pegando-a no coração.
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“Adoro irritá-la,” ele admitiu, e a voz era áspera. “Cristo, Kelsie, você fica radiante quando sorrir.” Suas bochechas cresceram ainda mais quentes. “Obrigado.” “Finalmente.” Ele deu um beijo em seus lábios. “Ela aceita um elogio sem brigar comigo.” Suas mãos desceram em seu corpo e engancharam no cós da calcinha. “Decidi o que quero.” Empurrou o algodão azul-claro por suas pernas. “Você tem me deixado louco a noite toda.” Beijou seu caminho de seu peito até sua barriga macia, aninhando o nariz em sua pele enquanto descia. “Preciso de sua calcinha fora para que eu possa ter um gostinho do que seu corpo doce faz para mim.” Abriu suas coxas e roubou uma longa lambida com sua língua plana direto até sua fenda nua. Os quadris de Kelsie se atiraram fora do chão, e as pernas automaticamente se alargaram para John tomar mais. Ele colocou as mãos sob sua bunda e a puxou para seu rosto, chupando os lábios inferiores como se ela possuísse o único néctar que ele precisava pra sobreviver. A língua deslizava por suas pregas, pilhando dentro dela com sondagens profundas e pecadoras, dirigindo cada terminação nervosa em sua boceta para vida rica e plena. Segurou a cabeça dele e empurrou o rosto em sua boceta vergonhosamente, sofregamente circulando sua virilha contra ele para mais. John a olhou por entre suas pernas, os olhos nublados de desejo. Sua língua deslizou fora de seu canal, e Kelsie pensou que morreria. Ele empurrou suas pernas altas e largas, dividindo seu sexo aberto de ponta a ponta, de uma forma que nenhum homem jamais havia feito antes. “Por que você tem o sabor do Oriente?” Sacudiu a ponta da língua sobre seu clitóris exposto, atirando tremores e calafrios em cada canto do seu corpo. “Todas as especiarias exóticas e estranhas que me fazem sentir alto. Acho que jamais terei o suficiente.” Abriu a boca sobre a gota dolorida de carne e chupou o clitóris em sua boca. Kelsie perdeu sua mente. Dirigiu os quadris no rosto de John repetidamente, esfregando desesperadamente enquanto ele rolava a pérola de nervos excitados entre os lábios e provocava a ponta com a língua. Empurrando-a para aquele lugar que precisava para gozar a cada vez que
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gozaram juntos, trabalhando seu corpo até o ponto onde se ela não tivesse um orgasmo acreditava realmente que iria explodir direto de sua pele. “Por favor, por favor.” Jogou as mãos para cima e agarrou a borda da mesa de café, segurando com força suficiente para fazer os dedos doerem, precisando tirar um pouco do prazer apertado, enrolando e puxando entre seu clitóris e sua barriga. “Ohhh, Deus…” Um pulsar profundo em seu canal chorou por John. “Dê-me mais. Preciso te sentir dentro.” John soltou uma mão de sua coxa e empurrou dois dedos longos e ágeis dentro de sua boceta em uma punhalada certa. Kelsie gritou quando a sensação requintada a atirou como um canhão em um oceano de prazer inimaginável, praticamente afogando-a em seu gozo. Moeu as omoplatas no tapete abaixo dela, em busca de tração, quando cada músculo em seu corpo se contraiu e lançou uma e outra vez, espremendo uma alegria pura e ofuscante de cada terminação nervosa dentro dela, começando e terminando no núcleo ultrassensível de seu sexo, junto com o toque perito da boca e mãos de John. Quando a sanidade retornou, John rastejou até o comprimento de seu torso, satisfação por um trabalho bem feito brilhando em seu luminoso olhar extremamente perspicaz. “Estou pronto para aquele desafio do jogo de tabuleiro quando quiser. Ainda tenho que ganhar esse sutiã fora de você. Estou ansioso para ver se posso fazê-la gozar só tocando e saboreando seus seios deliciosos.” Sorrindo maliciosamente, John se inclinou e cutucou em seus lábios, lhe dando um gosto persistente de si mesma em sua boca. Possessividade brotou no peito de Kelsie, poderosa em sua esfaqueada intensidade. Sabia sem ter que olhar muito profundamente que não queria nenhum gosto ou aroma de qualquer outra mulher neste homem. Uma frase opressiva de insanidade se criou em sua cabeça: Ele é meu. Kelsie estremeceu. Deus, como tinha chegado a este lugar tão rápido? Mais importante que isso, como parar a queda livre que queria lançá-la direto em seus braços, após passar esses dias em uma cabana aparentemente encantada?
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Olhando o rosto bonito e surpreendentemente aberto de John, os olhos sorridentes, Kelsie não tinha nenhuma ideia terrena de como não se apaixonar pelo único homem com quem nunca poderia deixar-se imaginar um futuro.
Capítulo Quatro 2
Quinta-feira
Um pequeno sorriso preguiçoso levantou a borda dos lábios de John, e Kelsie se contorceu. O homem tinha um foco que fazia uma pessoa se sentir nu. “O quê?” Ninguém à sua volta dava o rabo de um rato que eles comiam juntos, mas os cabelos da nuca de Kelsie coçavam e se arrepiavam de qualquer maneira. Estavam juntos em público, e tudo sobre a comida gritava primeiro encontro. “Pare de me olhar fixamente. Você está fazendo eu me sentir estranha.” John riu, e seus olhos piscaram um pouco descaradamente para o conforto de Kelsie. “Para quem mais eu deveria olhar Kels?” Olhou em torno da meia-dúzia de outras mesas ocupadas no restaurante logo abaixo-de-casa. “Estou aqui com você, e com mais ninguém. Além disso,” tomou um gole de seu chá e Kelsie simplesmente sabia que tinha um sorriso grande e velho atrás do copo de cor âmbar, “gosto de olhar pra você.” Seu estômago fez cambalhotas, e sua mordida no sanduíche de bagre frito se hospedou em sua garganta. Ela tragou dois grandes goles de refrigerante para mover o bloqueio junto. “Como posso deixá-la nervosa neste momento em nossas vidas?” John perguntou. “Jantei com você, Grey e sua vovó mais do que fiz em minha própria casa. Você deveria já estar acostumada comigo agora.” Sim, mas não assim. “Não disse nervosa.” Ela se empurrou para trás em linha reta contra a cabine de couro em suas costas. “Disse estranha. Há uma diferença.” Deus, se eles falassem sobre ela por mais um minuto, ficaria tão vermelha quanto o carro de bombeiros. Não era uma boa visão para ela. “Você se importa se eu te perguntar algo?” Uma necessidade de descobrir este homem empurrou Kelsie além da necessidade de se esconder. “É pessoal,” acrescentou rapidamente. “Não se sinta como se não pudesse dizer não se não quiser compartilhar. Não ficarei puta.”
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“Todos estes qualificativos são desnecessários.” John limpou a boca com um guardanapo e o enrolou em uma bola. Recostando-se, fixou a atenção nela com um foco que picou uma lasca de medo através dela. “Kelsie, você pode me perguntar o que quiser.” “O quão ruim era em casa para você?” Seu corpo povoou e se tornou muito quieto para sua própria vontade. Não conseguia rasgar seus olhos longe dele, embora seu coração estivesse tão acelerado que parecia querer dar um soco direto através de seu peito. “Você brinca sobre a frequência com que viveu em nosso apartamento, mas a verdade é que você realmente tipo que fez. Obviamente, minha avó viu algo que a fez dizer sim cada vez que Grey perguntava se você poderia passar a noite. Ela não permitia isso a nenhum dos meus amigos, ou até os outros de Grey. O que ela viu em você?” “Um garoto solitário crescendo em uma grande casa que enganava todo mundo, menos ela e Grey.” Uma sombra escura se aprofundou e fechou o olhar de John. Kelsie podia apenas imaginá-lo voltando para uma casa que quase nunca reivindicava depois que conheceu Grey. “Não posso reclamar. Tantas crianças neste mundo têm muito pior do que a indiferença e negligência.” Uma lavagem fria revestiu Kelsie e cobriu sua pele quando lembranças de seu próprio passado a empurraram, mas ela decididamente as espantou. Só queria saber sobre John agora. “Havia sempre dinheiro rondando de algum lugar para meu pai esvaziar os bolsos, ou eu podia sempre ir à bolsa de minha mãe se eu precisasse de algum dinheiro para ir a uma loja de comida. Nunca passei fome; Apenas, muito frequentemente, eu cozinhava minhas próprias refeições sempre que queria algo para comer.” As sombras sumiram, e ele realmente sorriu. “Teria sido bom ter a The Food Network4 naquela época, sabia?” Uma risada nervosa lhe escapou. “Claro.” Kelsie se forçou a parar de olhá-lo e olhou em seu prato. Pegando um resto das batatas fritas, correu a ponta grossa no que restou de seu ketchup e desenhou projeto de roda através da brilhante cerâmica branca.
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Canal onde são exibidos programas de culinária.
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“Grey me contou sobre a bebida. Ele não estava te traindo ou nada. Acho que eu provavelmente estava sendo maldosa sobre você ou algo assim e ele quis compartilhar a única coisa que faria eu me calar.” “Eu sei,” John murmurou, puxando seu foco de volta para ele. “Ele me disse que disse a você, provavelmente logo depois que fez. Não fez com que você sentisse pena de mim ou parasse com suas batalhas, porém.” Uma dica de vermelho tingiu suas bochechas, deixando-as coradas. “Não sabe o quanto aprecio que nunca tenha tido pena de mim depois que soube.” “Você sempre soube como empurrar meus botões,” Kelsie admitiu. Sua atenção caiu para sua boca sexy, e novas imagens batalharam para substituir as antigas. Escovadas daqueles lábios firmes contra os seus ou persistentes em uma lambida e um chupar contra seu seio, lutaram contra as velhas e arraigadas imagens daquela boca se inclinando para cima em um sorriso ou uma risada completa às suas custas. “Você ainda fez. Isso não mudou só porque descobri que seus pais passavam a maior parte do tempo em casa bebendo.” “O tempo todo, na verdade.” Sua mão flexionou firmemente em torno de uma faca de manteiga, e aqueles lábios que tinha se tornado tão interessantes para ela ultimamente se diluíram em uma linha dura. “O que era apenas uma das razões do por que brigar com você ainda era infinitamente mais prazeroso do que ir para casa.” “Você ainda tem algum contato com eles?” Kelsie tinha esperado por este momento com John, onde ele parecia disposto a se abrir com ela sobre seu passado. Ele raramente deixava alguém ver além dos ternos conservadores que usava como armadura — pelo menos, era assim que Kelsie pensava sobre eles. Ela pensava o mesmo sobre Grey. “Isso é terrível de mim,” ela queria deslizar direto sob a mesa e fora de sua visão, “mas nem sequer sei se seus pais estão vivos. Eu deveria saber isso sobre você.” “Está tudo bem. Nunca falo sobre eles, então por que você saberia.” Seu tom ficou o mesmo, e se não fosse o estrangulamento de seu aperto segurando o cabo da faca, Kelsie teria comprado totalmente o desprendimento em sua voz. “Sim, estão ambos ainda vivos. Mantenho
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um contato mínimo com eles, pois ainda têm que parar de beber.” Uma sugestão de pedregulho encrespou suas palavras, finalmente o traindo. “Eu deveria estar fazendo mais do que lhes enviar dinheiro para que não percam a casa, mas não posso. Se eu fosse sugado no meio de seus jogos mentais constantes e batalhas… Não, vou tomar qualquer punição que eu tenha que ter na vida após a morte, mas enquanto o álcool estiver em suas vidas não posso estar nele com eles.” “Não acho que tenha que se preocupar em ir para o inferno.” Nunca tinha tido uma conversa fluindo tão livremente com John. Isso a acalmou, fazendo-a parte mais do que ela sabia que deveria — e a empurrando em um território muito perigoso. Tudo sobre o comportamento e postura de John soava muito malditamente estóico e certo agora — alcançando-a sem sequer tentar — que nada em Kelsie sabia como aplicar os freios. “Eu sei que você ajudou Grey a comprar aquela casa para minha avó.” Dois anos na faculdade, dois anos em seus negócios, Grey mudou sua avó do apartamento de dois quartos minúsculos onde viveram por tantos anos para uma casa adorável de quatro quartos. Espaço suficiente para sua avó, Kelsie, Grey… E John. “Batalhei com Grey quando ele me levou para ver o lugar, porque sabia que ele não poderia pagá-lo ainda. Queria que procurasse algo menor, onde eu pudesse ajudar a pagar a conta também. Ele me disse para eu não me preocupar, que não estava pagando sozinho. Eu sabia o que aquilo significava sem ele me dizer mais nada.” “Ainda assim…” Uma sombra caiu sobre a mesa. “Hei você ai, Kelsie.” A voz profunda teve Kelsie e John olhando para cima em uníssono. Um moreno de cabelos escuros, olhos ardósia, com uma parede de músculos envoltos em jeans e uma camiseta preta saudaram a visão de Kelsie, e lhe trouxe um sorriso imediato. “Sirus, que bom te ver de novo.” Ela se empurrou na cabine e fez um pouco de espaço. “Sente-se e me diga o que está fazendo.” “Bem...” O foco de Sirus se voltou para John. “Esta tudo bem.” Kelsie lia o durão tão facilmente quanto um de seus romances favoritos. “Tudo bem com John. Não precisa se preocupar.”
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“Certo. Só por um minuto.” Sirus deslizou sua estrutura musculosa na cabine ao lado de Kelsie. “Liguei para pedir uma refeição. Deve estar pronto em alguns minutos.” Ele olhou para John de novo. “Oh, desculpe.” Kelsie revirou os olhos. “Sirus Wilder, conheça John McBride. John, Sirus vive na cabana do outro lado do lago.” “Não tanto como eu gostaria,” Sirus disse. Sorriu, e toda a dureza fugiu de seu rosto intimidante. “Dirigir um caminhão não me permite estar em casa tanto quanto eu gostaria.” O homem estendeu a mão sobre a mesa. “É bom te conhecer, John. Qualquer amigo de Kelsie é bom o suficiente para mim.” John bombeou o punho com o motorista de caminhão. “Igualmente. Prazer em conhecêlo, Sirus.” “Então,” Kelsie esfregou o peitoral esquerdo de Sirus através da camiseta, “como está a tatuagem? Você passou a loção e cuidou bem dela como eu te disse?” “Sim. Dê uma olhada.” Sirus levantou a camisa até o decote e revelou a tatuagem de um cavalo mustang, de cor-ferrugem em seu peito. Kelsie deixou os dedos deslizarem sobre ela por um momento, amando o design mais e mais. Orbes gêmeos de vermelho floresceram nas bochechas de Sirus quando ele deixou sua camisa cair de volta no lugar. Um pequeno sorriso erguendo seus lábios. Deu outra olhada rápida para John novamente, antes de dizer baixinho, “Ele realmente gostou dela. Mal posso esperar para vê-lo novamente na próxima semana. Vamos tentar conseguir um mês inteiro juntos em setembro. Duas semanas para mim lá com ele, e então ele diz que vai fugir e vir até aqui.” “Fico muito feliz por você.” Kelsie esfregou o ombro do grande homem, e não conseguiu se parar ao lhe dar um abraço de um braço rápido. “Tenha cuidado, porém, ok? Você está colocando muito na linha por ele.” “Ele vale a pena.” “Acredito em você.”
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“Sirus!” Uma voz feminina gritou através do restaurante, matando todas as conversas no local. “Está pronta à comida, querido!” “Deixe-me ir.” Sirus se levantou, mas inclinou-se e bicou um beijo no topo da cabeça de Kelsie. “Foi bom te ver de novo, querida. Da próxima vez que eu estiver em Raleigh vou parar e dizer oi.” Ele se voltou para John. “Mais uma vez, foi um prazer conhecê-lo, John.” “Você também, Sirus.” John estendeu a mão dessa vez. Os olhos de Sirus se arregalaram, e fez uma pausa antes de alcançar e apertar a mão de John. “Talvez você possa se juntar a nós para jantar uma noite,” John acrescentou. “Estou lá na cabana também.” Sirus riu, e toda a tensão deixou seus ombros enormes. “Você não precisa apostar uma reivindicação comigo, amigo. Nossos remos não mergulham na mesma lagoa.” Sua atenção se desviou rapidamente para Kelsie, e seu olhar suavizou. “Trate-a direito, porém, ou vou encontrá-lo e fazer alguns danos sérios.” Ele fez uma pequena saudação com dois dedos enquanto se afastava. “Mais tarde.” “Bem, inferno.” John se voltou para Kelsie, e tinha mais um daqueles sorrisinhos no rosto que sacudia e baqueava seu estômago. “O que você fez para incitar tal raia protetora em Sirus? Quero dizer, a tatuagem ficou bonita, mas não imagino que todo mundo que você tatua fica todo Alfa sobre você assim.” “Nada.” Kelsie deu de ombros. “Apenas o tratei como um ser humano, quando vi algo no último verão que muito poucas pessoas sabem sobre ele.” Imagens relâmpagos de um homem igualmente grande e bonito, cobrindo um Sirus nu por trás e o moendo na terra na mais crua sessão de foda que ela já testemunhou acidentalmente, enviou uma secreta umidade entre suas coxas. “Vamos sair daqui agora.” Deus, era muito errado, mas o sexo de Kelsie apertou forte, puxando suas recém-ressuscitadas necessidades sexuais. Felizmente para ela, tinha mais alguns dias com um homem que poderia satisfazer cada uma delas. “Porque você está prestes a ficar muito, muito sortudo.”
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O garfo se soltou da mão de John, batendo na mesa de fórmica e caindo no chão, atraindo os olhos de todos os outros clientes do restaurante. Ele pegou o utensílio com uma mão e puxou uma pilha de notas dobradas do bolso com a outra. Tirando uma de vinte e outra de cinco da mistura, ele as deslizou sob a extremidade do copo e se levantou. Segurando sua mão, John limpou a garganta. “Vamos.” Ele tinha os dedos estendidos abertos em convite, claramente lhe emitindo um desafio em seu olhar azul, muito azul. “Eu sou a única que colocou a oferta na mesa, McBride.” Kelsie deslizou a mão na dele e o deixou arrastá-la, desafiando-o a reivindicar o triunfo com um olhar cortante. Ele imediatamente ligou seus dedos, e o contraste da pele bronzeada contra a sua coloração clara, e a forma como a membrana entre os dedos se entrelaçaram tão intimamente, teve-a fechando os joelhos para que não cambaleasse. Outra olhada rápida o advertiu para que não comentasse sobre aquilo também. “Limpe sua boca maldita.” Ela estreitou o olhar em seu piscar de olhos. “Você tem um pouco de pena amarela saindo da borda de lá. Espero que comece a ronronar a qualquer minuto.” John a agarrou pela cintura e começou a levá-la de costas em direção à saída. “Leve-me para casa, querida, e deixe o afago começar.” Ela abriu a boca, e ele lacrou seus lábios nos dela em um profundo e prolongado beijo. Ele roubou longe seu fôlego enquanto conseguia beijá-la e levá-la para o carro ao mesmo tempo. Aquela palavra maldita, casa, afundou-se ainda mais e se emaranhou em torno de seu coração. Mais três dias com John, de repente, não pareciam ser suficientes. E isso era muito, muito ruim.
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Lentamente, tortuosamente devagar, John rangeu os dentes enquanto Kelsie empurrava o plug anal em seu buraco. Em seus cotovelos e joelhos, suor cobrindo seu pescoço e costas, sua entrada gritava no estiramento, que o abria de um jeito que nunca tinha experimentado antes. Seu reto ondulou em torno do pequeno brinquedo de três polegadas, que para seu buraco virgem se sentia como um pau de oito centímetros enchendo seu cu. Pelo menos, era como imaginava que poderia sentir. Jesus, ele se perguntou se uma mulher se sentia assim a primeira vez que levava um homem. O brinquedo de repente torceu à direita dentro de seu canal cerrado, puxando um silvo baixo fora dele. Um calafrio atravessou sua espinha, levantando cada folículo de cabelo em seu corpo. “Você está bem?” O toque do sussurro leve de Kelsie se arrastou naquele mesmo caminho de terminações nervosas sensibilizadas em suas costas, e sua voz suave agiu como uma lambida em sua carne nua. “Podemos parar se for demais.” “Quero isso.” John mal teve a capacidade de pesar em frases, muito menos dizê-las enquanto ela girava o plug em seu rabo, esfregando-o sobre suas paredes… E outras coisas. “Quero você assim. É justo. Somente... Ohhh…” Ela tirou o brinquedo e o forçou de volta, confundindo seu ânus tudo de novo. “Coloque-o, mas não o ligue ainda. Muito.” Tiras de couro especialmente projetadas que deslizavam pelas fendas na base larga do plug permitiu que o dispositivo fosse fixado ao redor de suas coxas. Kelsie firmou as fixações cilhando o suficiente para que ele pudesse senti-las e elas segurarem o brinquedo no lugar, mas não tanto que cortassem sua circulação. Sentindo-se estranho como o inferno, como se tivesse elásticos ao redor de suas coxas e um tronco de árvore no rabo. Mas porra, quando Kelsie lhe sussurrou sobre a tentativa de um pouco de sexo anal a caminho de casa do restaurante, ele não conseguiu parar a imagem de seu pau se afundando em sua bunda exuberante de tirar todos os seus pensamentos acordados pelo resto da tarde, e depois à noite. Ela tinha ido até seu travesseiro de zíper para pegar o lubrificante especial, e, junto com o vibrador que o tinha feito inveja poucas noites atrás, saiu um plug anal vermelho também. Ela o olhou, os olhos grandes e redondos em seu rosto claro. “Eu nunca fiz.” Ela chupou na borda
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de seu lábio inferior, e o peito de John inchou e doeu. “Mas estou curiosa, então o comprei,” os dedos pastaram sobre o brinquedo, “e um lubrificante especial, no caso.” “Coloque o brinquedo em mim.” As palavras saíram da boca de John antes mesmo que ele pensasse sobre elas em sua cabeça. E arrebataram seu foco direto para ele, de olhos arregalados por uma razão completamente diferente agora. “Dessa forma aprendemos como se sente juntos.” Ele rolou sobre os cotovelos e joelhos então, os músculos estremecendo quando a presentou com sua bunda. Agora, estranhamente cheio e amarrado, John se deslocou para suas costas, grunhindo quando a base do plug bateu no colchão e se empurrou em seu canal o abrasando vivo. Um pequeno trinado de riso escapou de Kelsie e quebrou o silêncio espesso, aquecendo o quarto. Soando anormalmente alto para os ouvidos de John. “Acho que é minha vez agora, huh?” Kelsie deslocou-se para virar. John embrulhou a mão em sua coxa e a parou. Porra, sua pele parecia ficar viva sob sua palma, mas ele forçou os dedos a descascar de volta e soltá-la. “Não se você não quiser Kels.” Ele encontrou seu olhar nas sombras. “Se tiver mudado de ideia, podemos parar. Não ficarei bravo com você.” Ela sorriu, e ele chutou para cima a borda do lábio de uma forma que arrastou um sorriso de John também. “Não vem todo ‘cavalheiro' comigo agora, McBride.” Ela trouxe sua atenção para entre suas pernas. “Não quando você tem um brinquedo em sua bunda e um pau duro pra ir junto com ele.” John avançou e agarrou Kelsie, caindo-a para trás. Pairou acima dela com os joelhos dobrados. A cor fúcsia de seu cabelo pegou o luar fluindo pela janela, refletindo e distribuindo as mechas às mais escuras e mais leves tons iridescentes. “Não aja como se não tivesse amado colocá-lo em mim.” Ele rosnou e abriu suas pernas, puxando-as sobre suas coxas. Os dragões ondularam e alcançaram suas cerejas, e ele jurava que chegaram um centímetro mais perto em sua busca por aquele pedaço de fruta tentadora cada vez que fizeram. Seu pênis se contorceu no entendimento, e ele gemeu quando seu reto apertou
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contra o plug, provocando-o com sua novidade também. “E não aja como se não soubesse que fico duro cada vez que fico perto de você. Não tem nada a ver com o brinquedo.” “Poderia ter algo a ver com isso.” Kelsie alcançou através da cama e pegou um controle sem fio. Só que dessa vez, ela apertou um botão, e o corpo inteiro de John se curvou tenso. “Merda.” Seu pênis se empinou em direção ao estômago enquanto todo seu meio zumbia com vida por que um maldito pequeno apêndice estava enterrado dentro dele, enviando onda após onda de um prazer novo formigando de sua próstata, até suas bolas e pênis, e acima em sua espinha e barriga. Ele cerrou os dentes e respirou através do prazer, mas seu pau ficou tão malditamente rígido que sabia que não ia durar. “Não vou conseguir prepará-la. Da próxima vez,” prometeu, e puxou sua boceta até seu pau, mergulhando dentro. Kelsie clamou quando ele dirigiu seu comprimento no fundo de seu sexo, os dois gemendo quando seu canal o engolfou no calor molhado o agarrando. Ele embrulhou as mãos em suas coxas e a enfiou sobre sua ereção enquanto bombeava dentro dela, triturando seus corpos juntos em uma exibição confusa de desejo que não tinha nenhuma graça ou estilo para ele em nada, somente a crua necessidade. Kelsie choramingou e arqueou os quadris abaixo em um ângulo mais afiado, e John encontrou um caminho para deslizar ainda mais fundo dentro dela. Alcançando, ela se braceou contra a cabeceira da cama para tomar suas estocadas ásperas, seus grunhidos e o plug embutido em seu corpo lançando John em direção ao clímax em quase uma reação única. “Oh Deus, eu posso sentir as vibrações se agitando através de você,” Kelsie gemeu. Ela se moeu dentro dele, duro, e depois deu um pulo e puxou para trás, forçando-se fora de seu domínio e de seu pênis. Antes que ele pudesse protestar contra sua retirada, ela o empurrou de costas e puxou suas pernas contra o peito, a mudança puxou seu rabo em torno do brinquedo, fazendo-o se sentir aberto mais largo do que certamente era realmente. “Quero o ver fazê-lo gozar ainda mais do que quero sentir isso por mim mesma.” Kelsie tirou as tiras de suas pernas em poucos segundos. “O que… Ahh, Simmm…” Deixando o couro oscilando do flange, Kelsie aterrou o brinquedo contra a porta traseira de John
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e, em seguida o puxou, deixando seu canal cerrar e se agarrar a ele, só para então empurrar a ponta espessa gradualmente de volta, enchendo-o novamente. “Ohh, merda Kels.” John gemeu quando cada nervo em seu corpo formigou com o que ela lhe fazia. A combinação da vibração suave e a repetida penetração e retirada do brinquedo em seu cu o provocavam e o atacava em todos os níveis. Ele enganchou os braços em volta dos joelhos e espalhou-se ainda mais aberto, e não conseguiu desviar o olhar de sua mão mágica trabalhando o brinquedo dentro dele. “Sente-se como se você me estivesse fodendo.” “Para mim também.” Ela empurrou e adicionou um movimento de torção, e John empinou e clamou quando a ponta atingiu direto sobre o local de matança. Olharam um para o outro por um segundo e foi trocado um parecer aquecido o suficiente para aumentar a temperatura do quarto pelo menos dez graus. Caindo o olhar de volta para seu reto invadido, Kelsie fez as ratificações nele mais erráticas e ásperas, enviando as paredes internas de John em um frenesi e os músculos das coxas trêmulos. Com a voz atada com admiração, Kelsie murmurou, “Deus, não sei por que isso parece tão malditamente quente em sua bunda, mas ele faz.” Ela avançou e caiu em cima dele, alinhando seu monte logo acima da mão trabalhando o maldito plug em seu buraco. “Eu poderia gozar só pensando nisso.” Começou a empurrar os quadris contra seu núcleo, e era como se ela realmente tivesse um pau e o fodia até o esquecimento. “Oh…” Com o plug totalmente dentro, cada empurrão contra a base cutucava a ponta contra sua próstata e brotava uma sensação louca puxando ao redor de seu anel esticado. “Puta merda, mulher.” John soltou as pernas e as trancou em seus quadris e coxas. Usando cada bocado de força muscular, ele a esmagou e lançou seu peso contra a base do brinquedo com suas coxas. “Foda-me.” Serpenteou a mão por seu pescoço e arrastou seu rosto até ele, fundindo suas bocas juntas. Olhando direto em seus olhos desfocados, ele bombeou o pau e bunda contra seu peso poderoso, como se ele fosse à mulher e ela o homem. “É tão bom, bebê.”
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“Para mim também.” Erguendo-se, com uma mão apoiada na cama, Kelsie alcançou entre seus torsos com a outra e apertou seu pau. “Goza para mim.” Sua voz soou tão espessa e drogada quanto à dele tinha quando estava dentro de sua doce pequena boceta. “Goza em minha barriga e seios.” “Eu… Ahh, foda, foda.” Ela trabalhou seu pênis como se estivesse brincando com ele para sempre, pressionando aquele ponto quente localizado direto sob a coroa e esfregando através de sua fenda, para, finalmente, arrastar um aperto insanamente firme abaixo em seu comprimento e de volta para cima, fazendo isso doer tão malditamente bom. Com todo o controle fora das mãos de John, suas bolas elaboraram apertadas, e ele começou a tremer. “Gozando… Gozando.” Suas paredes retais cerraram em volta do plug enterrado em sua bunda segundos antes de acontecer, enviando-o em um orgasmo profundo e ferozmente intenso que disparou puro prazer por todos os cantos de seu corpo. Estendeu a mão e cobriu a dela com a sua enquanto gozava, pulverizando jatos quentes de esperma leitoso sobre seus seios de lírios-brancos, revestindo seus mamilos e o lado inferior pesado, onde sua ejaculação caía fora e chuviscava até sua barriga. Assim como ele, a boca de Kelsie caiu aberta e ela estremeceu sobre ele, contra ele, gozando também, e foi uma das mais quentes coisas malditas que John jamais tinha testemunhado em sua vida. As palavras estavam bem lá em sua língua, prontas para que ele as dissesse. Eu te amo. Eu tenho sempre. Ela rastejou fora dele, e as familiares cortinas deslizaram de volta em seu olhar, um que tinha sido tão aberto há poucos momentos atrás. “Acho que vou tomar um banho,” ela disse, com a voz rouca. Agarrando uma camiseta enorme, ela correu do quarto, cortando-o na altura dos joelhos. Novamente. Ele sabia que se fosse atrás dela não só a levaria a sair logo dessa cabana, como a mandaria correndo direto para sua casa em Raleigh e atrás da parede que havia erguido lá para mantê-lo fora. Lutando contra cada agressivo e assassino instinto de negócio nele, John recuou e deixou Kelsie sozinha. Ficou na cama, sentindo-se como um idiota no rescaldo, estremecendo quando puxou o plug anal de seu próprio maldito rabo.
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Hora de seguir sua liderança por um tempo. Foda-se.
***** Olhando pela manchada janela detrás do carro, lágrimas escorriam pelo rosto de Kelsie enquanto sua mãe e pai ficavam cada vez menores ao longe. Um raio de sol atravessou o caminho, cegando-a, e quando ela parou de ver os pontos, eles já tinham sumido. Raiva borbulhou através de um soluço doloroso, e centrou-se completamente em um ser humano. “Eu te odeio!” Virou-se e pulou em seu irmão, indiferente que o cinto a segurando presa rasgasse uma dor através de seu meio quando bateu em resistência. “É culpa sua.” Lançou socos em seu braço e ombro ao invés, e bateu um em sua orelha também. “Você ligou para ela,” chutou em sua perna, e então bateu novamente quando ele nem sequer recuou, “quando você sabia que ela ia nos levar.” “Kelsie Marie Cole.” Seu nome fatiou o ar com precisão, aquietando-a imediatamente. Dirigindo o carro que a levava cada vez mais longe de seus pais, a avó de Kelsie não tirou os olhos da estrada nem por um segundo. “Tire as mãos de Grey agora mesmo. Não vou tolerar brigas entre nenhum de nós. Coloque isso direto em sua cabeça agora mesmo.” Kelsie mal resistiu ao desejo de chutar a parte de trás do assento de sua avó com toda a força que possuía em seu corpo de nove anos de idade. “Sim, senhora.” Lançou um olhar em seu irmão que deveria secá-lo vivo. Olhos castanhos idênticos olharam de volta para ela, planos de um jeito que fez o estômago de Kelsie doer, embora o odiasse agora. “Odeie-me o tanto que quiser,” Grey disse. “Eu tive que fazê-lo.” Umidade encheu seus olhos, apagando a tranquila quietude que seu corpo transmitia. Ele desviou o olhar e começou a piscar. Ela sabia o quanto ele odiava lágrimas. “Não deveria ser assim, Kelsie.” Sua voz falhou, e Kelsie quis encolher em uma pequena bola por fazer seu irmão chorar. “Não deveria.” 2
“Mas Mamãe e Papai. Vivemos lá—” “Isso será melhor,” ele interrompeu. “Não me importo se nunca voltar aqui. Você não deveria também.” “Mas Mamãe e papai.” “Não. Eles fizeram isso.” Grey sacudiu a cabeça com veemência. “Sem mais eles. Não.” Kelsie não pensava o mesmo que seu gêmeo. Ela moveu a cabeça, olhando a estrada de terra por muito tempo na única casa que já havia conhecido, e para sua mãe e seu pai e seu gato Binks. Seus ombros tremeram com força suficiente para sacudir seu corpo inteiro, e enterrou o rosto na curva do cotovelo, soluçando enquanto sua avó os levava para longe de tudo que ela e Grey já tinham conhecido… “Não!” Kelsie sacudiu e deu um pulo, seu coração batendo tão forte que a arrancou direto de seu sonho. Piscando o peso em seus olhos, tocou o colchão embaixo dela, como também seus braços e pernas, certificando-se com outro sentido que não era uma pequena menina de volta naquele carro há tanto tempo. Deus, por que sonhei com isso? Não pensava sobre o dia em que sua nova vida começara há anos. E há muito tempo tinha parado de culpar Grey por sua participação na mudança. Kelsie colocou a mão no peito e tentou aquietar a corrida dentro. Engolindo para passar a espessura constringindo sua garganta, olhou para John e encontrou seus olhos azul-claros esperando por ela. “Quer falar sobre isso?” Sua coluna endureceu sob a camiseta dos Hurricanes. “Falar sobre o quê?” O peito de John subiu e caiu com seu suspiro. “Você tem lágrimas nos olhos, Kelsie, e eu não tenho que tocá-la para saber que sua pulsação está acelerada. Você tem uma camada de suor cobrindo seu corpo inteiro e que está grudando seu cabelo em suas têmporas.” “Grosso.” Ela caiu para trás em seu travesseiro com um gesto dramático, seu sangue ainda correndo muito rápido em suas veias. “Você não deve dizer a uma mulher que ela
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transpira.” Alcançando através do pouco espaço entre eles, fez cócegas em seu lado. “Ainda que eu tenha o costume de fazer isso muitas vezes e deselegantemente.” “Cristo, você se desvia mais do que ninguém que eu conheça.” Ele agarrou os dedos fora de suas costelas e os colocou em seu estômago, prendendo-a lá debaixo de sua mão. “Se você não quer me dizer o que a está incomodando, tudo bem, e é só dizer. Já deveria saber que eu nunca a empurraria, mas não tente brincar comigo e achar que não sou inteligente o suficiente para saber por quê. Se quer foder para tirar sua mente fora do que lhe deu o pesadelo, basta dizer, e eu alegremente vou atendê-la.” Ela abriu a boca, toda preparada para lhe dizer onde enfiar sua arrogância. Sem coragem, pensou que seu pau era suficiente para levar sua cabeça longe das memórias infelizes. Então, ele espalhou seus dedos contra o forno de calor que emanava de seu estômago plano e teceu o seu próprio entre os dela. A ponta de seu polegar esfregou a membrana entre o dela e seu dedo indicador, e murmurou, “Não sei por que está com tanto medo de se abrir comigo, Kels. Eu provavelmente já sei o que assombra seus sonhos. A única coisa que arrisca não me dizendo, é sua própria paz de espírito. Acho que estamos nos divertindo aqui agora, e não quero que isso acabe por causa de velhas mágoas que você não quer compartilhar. Gosto quando você sorri, e adoro quando você ri. Mas, mais do que isso, sinto-me como seu campeão quando me dá esses pequenos fragmentos de informações que sei que você não presenteia há mais ninguém. Eu tipo que esperava que sentisse o mesmo quando fiz isso com você.” Suas pálpebras se fecharam em uma nova onda de dor… E vergonha. “Não é que não quero lhe dizer,” ela deixou escapar. “É só que me sinto tão estúpida por ainda sonhar com isto de novo. Não sei por que fiz.” Ele não tentou se aproximar ou puxá-la em seus braços; Apenas manteve o inebriante golpe de seu polegar sobre sua pele, cada vez mais lentamente a afundando em tudo de John. “Com o que estava sonhando?” “O dia em que meus pais me entregaram e a Grey para minha avó.” Temor apertou Kelsie, apesar de tudo nela saber que Grey já tinha partilhado essas histórias com este homem.
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“Sobre o quanto eu odiei Grey por trair mamãe e papai para fora, embora agora eu possa ver que era a coisa certa a fazer. Tive umas alergias ruins naquela época, e vivendo naquela miséria, sem água corrente, sem eletricidade, e pais que não acreditavam que não ir ao médico era tão perigoso para nós dois. Homem, olhando para trás, fico surpresa que nenhum professor jamais tenha reportado meus pais e nos entregado ao serviço de proteção à criança. Eu não me importei com nada disso no dia em que minha avó veio, porém, ou sobre o quanto eu odiava viver naquela casa asquerosa a maior parte do tempo. Eu só não queria deixar minha mãe e meu pai. Ainda que eles fossem totalmente incapazes de nos sustentar e cuidar de nós, eles ainda eram a única família que eu conhecia, além de Grey. A casa e o quintal cheio de tudo quanto é porcaria era a única casa que eu já tinha vivido e brincado, e isso me apavorou quando minha avó nos tirou de lá.” “Sinto muito que seus pais simplesmente te deram para sua avó, mesmo que não fosse saudável para você estar com eles. Nenhuma criança gosta de saber que sua mãe e seu pai não tiveram nenhum problema em dar a custódia do seu ou dos seus filhos para outra pessoa. Ainda que seja para sua família.” “Eles não podiam cuidar nem deles mesmos.” Como adulta, pôde ver que seus pais eram mais duas crianças. Eles simplesmente não se importavam se não tinham quaisquer das necessidades da vida — como água e eletricidade — desde que estivessem juntos. “Fomos uma surpresa quando viemos juntos, eu e Grey. Eles, obviamente, não tinham a mínima ideia do tipo de responsabilidade que era necessária para cuidar de duas crianças.” “Ainda dói.” John dobrou sua mão contra o peito. “Grey me disse como ele rastreou sua avó, e que ela não tinha a mínima ideia de que vocês estavam vivendo assim.” “Nós sempre fazíamos a viagem para vê-la,” Kelsie compartilhou. “E isso não era muito frequentemente. Ela tinha uma relação tensa com minha mãe, embora nunca dissesse por que. Estou achando que tinha a ver com meu pai e como ele raramente mantinha um emprego. Tanto quanto eu odiava não ter nada, minha avó poderia muito bem ter sido uma completa estranha para mim no dia que veio nos buscar, e para Grey também.” Kelsie torceu a mão embaixo da de
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John e apertou seus dedos juntos, agarrando-o com força. “Ele nunca mostrava seu medo, porém, e a única vez que se emocionou sobre isso, foi quando eu fui uma meleca total e lhe disse que o odiava pelo que fez. Ele quebrou um pouco então.” John levou sua mão até os lábios e beijou o dorso, e sua voz quebrou um pouco dessa vez. “Deus, eu me odiei por ter feito isso com ele.” “Você tinha nove anos.” “Assim como ele.” “Ele é uma raça diferente.” John riu, e o som retumbou através dele e em sua mão onde se juntavam. “Confie em mim, ele é tão malditamente teimoso que se recusou a me deixar ajudar a pagar a casa de sua avó mais do que ele quis que você o ajudasse. Tive que ameaçar de me recusar a assinar em um negócio que tinha o potencial para se tornar nosso maior cliente, a fim de fazê-lo ceder. Ele ainda reclama que deveria me pagar esse dinheiro. Lembro-lhe que tenho metade do negócio e posso simplesmente me recusar a assinar um novo contrato, e isso o cala bem rápido.” “Eu sei que você e eu já demos muitas cabeçadas,” Kelsie disse suavemente, “mas realmente estou feliz que ele o tenha como amigo.” Ela rolou e escavou sob seu braço, de repente precisando de seu calor. Imediatamente, ele a envolveu em torno da cintura e a segurou ao seu lado. “Assusta-me por ele que você seja o único.” “Obrigado por dizer que acha que ele está melhor me tendo que não.” Mudando-a, ele a puxou pra cima dele, drapejando-a sobre seu corpo rígido e atraindo um calafrio involuntário dela. Emaranhou as mãos em seus cabelos e arrastou seus lábios até os dele. Os olhos azul-claros a segurando presa. Raspou pele contra pele, e adicionou, “E obrigado por me contar sobre seu sonho. Não importa que eu já conheça os fatos. Conheço a visão e memórias de Grey daquele tempo em suas vidas. Gostaria de pensar que você pode confiar em mim com a forma como você viu tudo em sua mente.” Ela colocou a testa para descansar contra a dele e acenou. “Aprecio sua fé em me dizer um pouco sobre seus pais e como você cresceu também.”
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“Bom.” Ele sorriu contra seus lábios. “Então, estamos chegando a algum lugar.” “O quê?” “Nada.” Ele desceu a mão e empurrou sua calcinha até a dobra de sua perna, revelando sua boceta úmida para seu toque. Seu corpo inchou em automático e se agarrou aos dedos que pastavam ao longo de sua fenda. “Vamos manter.” Algo infinitamente mais espesso cutucou contra seus lábios carnudos, e com um pequeno ajuste seu pau deslizou dentro. “Mmm, Deus, eu amo isso.” Ele acomodou suas coxas em ambos os lados de seus quadris, até que ela descansava na espessura de seu pênis completamente empalado. “Não preciso gozar. Só quero estar dentro.” Escovou os lábios em sua boca, bochecha, e têmpora, e puxou sua cabeça para descansar em seu ombro. “Tente dormir um pouco. A manhã chega mais cedo.” “Estamos de férias, McBride,” ela resmungou, sentindo-se um pouco manipulada. Bom Deus, ele tinha seu pênis aconchegado dentro dela, afinal. “Uma das vantagens é que podemos dormir tão tarde quanto quisermos.” Ele praguejou baixinho, a maldição da palavra sussurrando em seu cabelo. “Ainda tenho que trabalhar em uma coisa, mel.” Ela tentou levantar a cabeça, mas ele a apertou de volta contra seu ombro. “Em meu sono?” “Huh-uh,” ele murmurou, sua voz à deriva. “Outra.” Outra? OH. A coisa do “McBride”. Kelsie estremeceu. Ela lhe daria muito, já tinha feito mais do que tinha pensado em fazer. Ela não se atreveria a lhe dar seu nome.
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Capítulo Cinco Sexta-feira
Kelsie calmamente subiu a escada para o cais, mordendo o lábio para não rir quando olhou para John, com a cabeça abaixada sobre um maço de documentos. Ela foi à ponta dos pés através da madeira tratada, deixando um fluxo de água em sua passagem. As sombras atrás dela, deu a Kelsie o elemento perfeito de surpresa. Chegou a menos de um pé de John sem ser detectada, e então se inclinou e sacudiu o corpo e cabelo como um grande cachorro de setenta quilos molhado. “Porra! Merda!” John ganiu quando a ducha de água desceu sobre ele em sua própria tempestade pessoal criada por Kelsie. Ele sacudiu os documentos e a olhou. “Trabalho, Kelsie.” Ele levantou o arquivo. “Isso é trabalho.” “Você está de férias, McBride.” Kelsie espremeu o cabelo e o torceu em um nó na nuca. “Então, a menos que você queira que eu pegue minhas agulhas e comece um projeto de tinta em seu doce rabo,” e Deus, ela não conseguia tirar da cabeça que rabo bom e faminto ele possuía, “você precisa colocar o trabalho de lado e começar a se engajar em alguma diversão.” John se levantou rapidamente e agarrou Kelsie, segurando-a em seus braços. Inclinando sua cabeça para trás, ele a olhou com uma falsa carranca. “Você vai me chamar de John até o final dessa semana, querida.” Inclinou-se e estalou um faminto, mas muito breve beijo em seus lábios virados para cima. “Eu te prometo. Agora,” se afastou e pegou sua papelada, “deixe-me ir pendurar isso no varal de roupa para secar, e então, talvez, eu a deixe ter meu corpo de novo, que você tão claramente quer, ou então não teria tentado chamar minha atenção do jeito de uma menina de doze anos de idade, como fez agora.” “O quê!” Kelsie estalou a mandíbula fechada e correu até o pequeno declive ao lado da cabana, aproximando-se rapidamente de John. Puxou sua camisa e o desacelerou. “Que tal o
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quanto você claramente quer meu corpo, quando tudo que digo você o transforma em uma insinuação de sexo.” John a olhou de cima a baixo abertamente, a leitura lenta de seu corpo aquecendo-a de um jeito que não deixava espaço para questionar seus pensamentos. “Oh, eu não tenho quaisquer problemas em admitir o quanto quero seu pequeno corpo quente.” Palmou sua bunda. “Na verdade, seria bom ver um pouco mais dele quando vai nadar.” Olhou seu short e regata. “Você ficaria incrível em um biquíni.” “Oh sim.” Ela bufou. “Esqueci como tamanho dezesseis 5 para mulheres agracia todas as revistas, catálogos e anúncio impressos para trajes de banho todo verão. Quanta negligência minha. Vou correr e conseguir um agora.” “Não finja que não é inteligente o suficiente para ver através dessa besteira, Kelsie.” John lhe poupou um olhar impaciente enquanto separava as folhas úmidas de papel e as pendurava no varal com os prendedores. “Você pode até ter uma camada extra, mas sabe malditamente bem que a deixa curvilínea e sexy como o inferno. Os homens gostam de mulheres com formas, e gostam de um corpo que podem prender na cama sem medo de que vai machucá-la se ficar um pouco mais excitado. Caso você não tenha notado, eu mesmo não sou exatamente um homem pequeno.” “Você é alto, vou te dar isso,” Kelsie admitiu. “Mas não aja como se não soubesse que tem um corpo que faz a maioria das mulheres babar em sua quase perfeição. Você é um dos melhores homens de se olhar nesse mundo, não aja como se não estivesse completamente ciente desse fato.” “Então o quê, se eu sou?” John enganchou a frente de seu short com os dedos e a puxou para ele. “Olhares não mantêm uma pessoa interessada por mais que um curto espaço de tempo. Mais mulheres me largaram do que eu as despachei, então, que bem me faz ter sido abençoado com uma aparência decente no grande esquema das coisas?” Ela inclinou a cabeça para o lado. “Você realmente foi muito despachado?” Esse cenário na verdade nunca lhe ocorreu. 5
No Brasil seria o número 46.
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“Sim, eu fui. Não fique tão surpresa.” John a puxou para perto e colocou as mãos no baixo de suas costas. “Amo meu trabalho, e tive minhas razões pessoais para não querer me comprometer com nada em longo prazo com uma mulher.” Enganchou a perna sob a dela e suavemente os tombou sobre a grama macia e rica, rolando-a em cima dele em uma forma muito boa de movimento. John enfiou as mãos em seus cabelos molhados, desfazendo o nó frouxo antes de atrair seus lábios até os dele. “Não somos tão diferentes, Kelsie. Sei que você é apegada a seu trabalho tanto quanto eu. Apenas embalamos o produto de maneiras diferentes.” “É mais do que—” Ele silenciou o resto de seu pensamento com um beijo, e Deus a ajude, Kelsie o deixou. Sob o arrumado John McBride, abotoado em seu exterior, batia o coração de um homem sensual e vorazmente carnal. Um a quem Kelsie temia ter crescido muito rapidamente presa. Ela quase desejou ter a força de vontade de se afastar dele agora, mas ele trabalhou as mãos na parte de trás de seu short e amassou suas nádegas, gemendo como se gostasse de acariciá-la tanto quanto ela se envaidecia com prazer cada vez que ele a tocava. Ele mergulhou seu longo dedo médio abaixo em sua fenda, esfregando-o em seu cuzinho com cócegas de prazer antes de partir para a umidade já se formando entre as pernas. “Porra, você se prepara para mim tão rápido que me deixa fodidamente louco.” John coletou seu creme em dois dedos e empurrou as pontas em sua boceta molhada. “Não consigo evitar.” Kelsie empurrou a camisa aberta de John e apertou o rosto em seu peito, inalando seu cheiro limpo de ar livre. “Meu corpo sabe o que está por vir.” Calor irradiou através dela de John, como sempre acontecia quando se uniam. Mesmo em um dia quente como hoje, Kelsie desejava o calor que seu corpo criava. Aninhando sua pele suave e quente, Kelsie abriu a boca sobre o mamilo acobreado e se amamentou no pequeno disco plano, provocando um rugido surdo fora dele. “Quero você agora.” Escarranchou seus quadris e se abateu sobre sua ereção saliente, tentando chegar à sua excitação entre duas camadas de roupa. Cada vez que a pegava, ele a fazia querê-lo mais. Cercada pela magia desta cabana, não conseguia abrandar ou recuar. “Você todo.” Empurrou a
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camisa de seus ombros e a puxou sobre sua cabeça, jogando-a de lado. “Agora.” Ela agarrou o botão em seu calção. “Por favor.” John cobriu os globos cheios de seus seios e apertou, atirando linhas de tensão diretas em seu sexo. “Mel, você pode me ter sempre que quiser.” Juntos, rapidamente se ajudaram a sair de suas roupas, indiferentes ao fato de que estavam ao ar livre no meio do dia. Nus, com o brilho pleno do sol caindo sobre eles, John embrulhou a mão em torno de seu pênis e o apontou direto para o norte. “Tome o que você precisa Kelsie.” Desejo nublava seus olhos, escurecendo as íris com cores de azul topázio. Ele a queria muito claramente, mas não atolou os quadris para cima, ou a arrastou abaixo em seu pau. “Monte-me tão duro ou suave quanto quiser.” Ela mordeu o lábio e concordou. Com as costas duras e retas, as mãos apoiadas em suas coxas abertas, Kelsie muito deliberadamente, oh-muito lentamente, se abaixou sobre a ereção esticada de John. A ponta perfurou seus lábios, abrindo sua boceta ainda muito levemente, provocando um pequeno calafrio em ambos. Antecipação fez a respiração uma coisa tangível entre eles. Kelsie se empurrou abaixo, empalando-se em um centímetro da espessura de cada vez, esticando seu canal latejante em cerca de oito centímetros de calor de pedra-dura que pulsava e batia com vida própria. Ela o levou toda a distância até a base, e então circulou os quadris contra sua penetração, de alguma maneira se ajustando e tomando um pouco mais dele para dentro. “Ohhh, Cristo.” John agarrou punhados de grama em cada lado dele, puxando pedaços do material fora da terra. Rangeu os dentes e expeliu um suspiro de respiração presa. “Você vai me enlouquecer com necessidade de você até o final da semana, juro por Deus que vai.” Seus músculos estavam tensos abaixo dela, ao redor dela, mas ele não se moveu. “Foda-me, mulher, antes de me matar de querer você.” O peito de Kelsie torceu apertado nas palavras de John. Ele havia compartilhado frases como essas tão livremente nos últimos dias, amarrando-a em nós cada vez que as ouvia. Ela olhou em seus olhos, incapaz de desviar o olhar da intensidade que acendia seu rosto todo excitado com vida. Ambos vibravam com necessidade engarrafada, como se já não tivessem tido
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um ao outro sobre a mesa, no meio do almoço há poucas horas atrás. Porém, mais uma vez, ela descobriu que era impossível se afastar dele e tentar preservar qualquer sentido de que, para ela, isso era sobre “sexo e uma aventura de férias” em tudo. “Eu sei como você se sente,” Kelsie admitiu, e a voz estava cheia de vulnerabilidade. Ela plantou as mãos no peito de John e começou a balançar os quadris, criando uma fricção deliciosa entre o comprimento de seu pênis enterrado e as paredes estremecidas de seu sexo. “Você me faz sentir louca às vezes também.” Com toda a luz solar ofuscante, e abertos ao ar livre, este momento entre eles parecia mais íntimo do que qualquer outro até agora. Kelsie doía com a necessidade de se conectar com John de forma que fossem mais profundas do que apenas física. “Eu… eu…” Flashes de suas vidas normais assaltaram Kelsie, sufocando-a. John soltou a grama e esfregou as mãos grandes de cima a baixo de suas coxas. “Você o que, mel?” Ele alcançou e escovou os polegares em suas bochechas aquecidas. Ela sacudiu a cabeça. “Não, huh-uh… nada.” O medo súbito da descoberta tornou os movimentos de Kelsie de suaves e provocantes para irregulares e frenéticos. Não mais tentando atormentar John, ela saltou sobre seu pênis cada vez mais rápido pulando em ação, agarrando o contato puramente sexual que tinham concordado em mergulhar-se por este breve espaço de tempo. Não importava que já tivesse lhe dado pequenos pedaços de sua alma, sabia que a próxima semana e além, não fazia parte do acordo, e que não poderia tê-lo fora do santuário desta cabana e montanha. Voltar para Raleigh e suas vidas reais — vidas muito diferente — os faziam um par em longo prazo, impossível. Num instante, John alavancou-se até que ficavam peito-a-peito, e cara-a-cara. Ele ajustou suas pernas em volta de sua cintura, prendendo seus tornozelos às suas costas. Empurrando os primeiros fios esvoaçantes de cabelo seco fora de seu rosto, tocou-a tão ternamente que quase lhe trouxe lágrimas aos olhos. “Seja o que for mel, deixe-o ir.” Sorveu de seus lábios, atraindo uma cutucada e um beijo dela. Seus corpos balançavam em uníssono, criando uma harmonia de movimentos que teria feito qualquer um os espionando acreditar que têm estado juntos há muito tempo. “Fique comigo.” Rugosidade arranhava a voz de John, e a
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pressão do domínio em seus quadris amassavam sua carne. Seus lábios pastavam contra os dela enquanto falava. “Fique comigo. Sempre.” O maxilar de Kelsie caiu para o peito. Sempre. O que diabos ele queria dizer com isso? Aventuras não se transformam em sempre. E a deles não podia. Os olhos brilhantes de John, chocando-se com os dela, pareciam discutir sua própria fundação com uma conexão crua e aberta, que se sentia como se colocasse uma marca de propriedade em seu coração. Antes que pudesse gritar que isso nunca poderia ser, ele fundiu a boca com a dela, pegando a língua e se embaraçando com ela em um duelo de beijo aquecido, roubando seu fôlego para longe junto com seus pensamentos coerentes. Deslizando as mãos para o alto de sua barriga, John cobriu seus seios e a atormentou com movimentos provocantes do polegar e indicador sobre cada mamilo, ativando-os rapidamente de volta à vida, completamente despertados. Ele arremessou a língua em sua boca para mais uma tentadora lambida, saboreando-a por toda parte. Seu fôlego quente formigando sobre os lábios inchados e sensibilizados de Kelsie, atirando tremores de alegria por suas terminações nervosas desgastadas e abaixo em seu sexo. Ele levantou as pernas por trás dela, criando uma parede em suas costas. Sem precisar de palavras, Kelsie apoiou as costas em suas coxas e começou a deslizar para cima e para baixo ao longo de sua ereção embutida. John se inclinou e apoiou os braços contra o chão, as pálpebras caindo para meio-mastro enquanto observava onde se juntavam, gemendo cada vez que ela forçava sua boceta abaixo em seu pênis. Eles ficaram assim por um período de tempo longo e tentador, rolando os quadris em círculos um contra o outro, mantendo-os direito na beira, forçando o tempo que pudessem fazer este acoplamento durar sem cair sobre o abismo. Mal tocando em qualquer outro que não fosse o mais íntimo dos lugares, era como se cada um tentasse prolongar o momento, sabendo que quando ele terminasse, os outros pedaços de suas vidas que não podiam ignorar voltariam à tona e colocaria uma pequena distância entre eles mais uma vez.
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O formigamento no estômago de Kelsie agia como saca-rolhas em uma linha estreita entre sua barriga e sexo, exigindo mais do que esse impulso e ângulo superficial poderia lhe dar. Ela queria se arrancar direto fora de sua pele, e começar a empurrar duro contra a barreira às suas costas. “Abra as pernas, abra as pernas.” Pânico atou sua voz, mas ela não conseguia segurá-lo de volta. “Deixe-me deitar.” John imediatamente arreganhou as coxas, e Kelsie se abaixou sobre a grama, arqueando a espinha e empurrando os seios balançando para o céu. Plantou as mãos contra as canelas de John, usando-o como um objeto imóvel, enquanto se contorcia e empurrava a boceta em pequenos círculos erráticos contra seu pênis, procurando por aquele indescritível esfregar de carne contra carne que a mandaria como um foguete direto de seu corpo para as nuvens. Kelsie não conseguia parar ou retardar seus movimentos frenéticos, não conseguia reter a necessidade se derramando de cada gemido, cada olhar, e cada toque, fosse acidental ou intencional, entre seus corpos. John gemeu, empurrando-se numa posição sentada contra sua batida maníaca. “Cristo Todo-poderoso,” ele murmurou, sua voz cheia de luxúria, “você é a coisa mais linda que já vi.” Colocou as mãos em sua barriga, cobrindo o rosto de seus dragões com as palmas abertas. Deslizando os polegares abaixo em seu monte liso e sobre suas cerejas, abriu-a, e expôs seu clitóris vermelho escuro ao ar da tarde e seu olhar intenso e faminto. “Eu poderia cuidar de você para o resto de minha vida e nunca me cansaria de estar com você.” “Por favor…” Kelsie não sabia exatamente pelo que implorava, só sabia que expiraria naquele lugar se John não cuidasse dela agora. “Toque-me. Faça-me gozar.” “Tudo que quiser bebê.” John deslizou ambas as mãos entre suas pernas e esfregou em torno dos lábios inchados e esticados que aninhavam seu pau. “Tudo que quiser.” Segurando-a aberta, empurrou o dedo longo médio em sua boceta lado a lado com seu pau totalmente embutido, penetrando-a profundo e largo de uma forma completamente nova. O rosto de Kelsie se contorceu com torturado prazer. “Ohhh… Porra, isso é tão bom.”
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Sua boceta se contraiu em torno da nova espessura, agarrando-se a John no interior, pedindo mais, sem palavras. Ela embrulhou os braços em volta de uma de suas pernas dobradas e mordeu seu joelho, lutando contra o prazer profundo e estranho, mesmo enquanto bombeava os quadris sobre sua invasão para mais. John lhe deu tudo que ela poderia aguentar sentir. Cobriu seu clitóris com dois dedos, e cavalgou sua pérola ingurgitada direto ao paraíso. Prazer amarrou o corpo inteiro de Kelsie mais tenso que um tambor. Ela cerrou os dentes com força suficiente para fazer doer sua mandíbula enquanto John movia o dedo enterrado independentemente de seu pênis, fazendo-a sentir como se tivesse duas pessoas diferentes em sua boceta a fodendo ao mesmo tempo. Adicione à mistura os dedos chicoteando sobre seu clitóris com exatamente a velocidade e pressão que ela usava em si mesma, quando queria gozar rápido, e ele lançou Kelsie em um completo colapso. Ela virou a parte superior do corpo em direção à perna de John, segurando com toda sua força, enquanto ele a trabalhava como um profissional, arrancando um orgasmo dela diferente de tudo que já tinha imaginado ser possível. Um tremor poderoso sacudiu Kelsie de uma só vez, e seu canal apertou ao redor do dedo e pênis com uma força incrível, de novo, e de novo, e de novo, empinando seus quadris com cada pulsação quando acontecia. Ela choramingava enquanto gozava, quase sem voz, o prazer e emoção feroz vindo do fundo de seu núcleo. John continuou a esfregação implacável em seu clitóris e a pastagem sobre seu ponto doce, e quando ela pensou que não tinha nada mais para dar, ele torceu outro orgasmo afiado fora dela, tão rápido e focado, do fundo de seu sexo, que trouxe lágrimas a seus olhos. Ela encontrou seu olhar, viu a emoção atormentada assaltando seus olhos, e rasgou seu coração para fora direto em sua garganta. Empurrou-se para cima e envolveu os braços em seus ombros largos, escavando o rosto na segurança de seu pescoço. Nunca queria deixá-lo ir. “John, John…”
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“Ohhh, Cristo, você fez isso.” John estremeceu, e seu corpo inteiro sacudiu como se um raio o tivesse atingido. Imediatamente, ele tirou as mãos de entre suas pernas e agarrou sua bunda, segurando-a nivelada a ele enquanto gozava em uma corrida dentro de sua boceta, inundando-a com o calor de sua semente. Kelsie se agarrou através do gozo de John, amando a sensação dele se derramando dentro dela, aquecendo seu núcleo e a marcando com sua essência. Nunca havia deixado um homem dentro dela sem proteção antes de John, e por mais que ela pudesse se dizer o contrário, sabia que não tinha deixado isso acontecer dessa vez simplesmente devido a algum impulso de momento na decisão de ter uma aventura. Ela tremeu, e se assustou com as razões que queria que o sexo com John McBride fosse diferente em todos os sentidos do que teve com outros homens. Desgosto se estabeleceu com esses pensamentos destrutivos e, por mais perfurada e tatuada quanto Kelsie era, ela nunca foi uma masoquista. John deslizou as mãos de cima a baixo de suas costas nuas, enviando novos arrepios ao longo de sua espinha. Ele beijou sua têmpora, cabeça, e então deixou a boca se demorar em sua testa. “Você disse meu nome,” ele murmurou, e sua voz se misturou com maravilha, e sem nenhum rastro de arrogância à vista. Ela acenou contra ele. “Sim, eu fiz.” E enterrou o rosto na curva de seu ombro, antes que ele visse a vermelhidão queimando seu rosto que não tinha nada a ver com queimadura de sol. Com a boca contra seu cabelo, a voz rouca, ele disse, “Cristo, soou tão certo em seus lábios.” Ela piscou duro contra seu pescoço, incapaz de lhe devolver as palavras. Como, com a facilmente que seu nome saiu, e o quão quente se sentiu por dentro, quando finalmente disse. Eles poderiam dar um ao outro, pequenos pedaços de sua história aqui nesta cabana o tanto que quisessem, mas a vida real não abraçaria um emparelhamento como o de Kelsie Cole e John McBride. Ternos de mil dólares, clientes multimilionários e jantares rígidos, não combinavam com cabelo rosa, tatuagens, e calças de carga folgadas. Não por mais que um tempo bem curto, pelo menos.
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Como uma semana em uma cabana isolada. Kelsie sabia que estava certa, mas seu peito ainda doía alguns minutos mais tarde, quando ele se levantou do chão e a levou para dentro.
***** Kelsie saiu do banheiro e se moveu hesitante para porta do quarto, cada passo cuidadoso e medido. Foi até a cômoda sem pestanejar uma vez, e então um assobio baixo da porta arrebatou seu pescoço para cima e forçou um pequeno grito. John estava com o ombro contra o batente, olhando tão naturalmente bronzeado que ela teve que abafar um grito. “Eu a vi na ponta dos pés e pensei que estava me evitando,” ele disse. “Não pensei que estava fazendo isso porque estava com dor. Porra Kels, me desculpe, eu nem pensei. Não deveria tê-la despido toda nua como fiz. Não pensei em como você se queimaria.” “Está tudo bem.” Teria sorrido para tranquilizá-lo, mas agora sua pele chiava com calor e puxava um pouco apertado. “Pelo menos é só rosa.” Ergueu um ombro, e então cerrou os dentes e desejou não ter feito. “Vermelho teria confrontado com meu cabelo.” “Tudo bem, você sabe o quê? Tire a camisa.” Tudo em sua posição anteriormente casual capotou como um interruptor, e John se tornou o homem que Kelsie tinha testemunhado quando foi visitar o irmão em seu apartamento de escritórios. “Eu já te vi nua, então não há razão para se torturar ao ter roupas tocando sua pele. Vá para cama e deite-se. Eu já volto.” Ela o teria perseguido para discutir sobre seu tom autoritário, só porque gostava de brigar com ele, mas agora nada lhe permitiria que fizesse qualquer coisa que não fosse concordar com sua ordem. Trabalhando a camiseta solta sobre a cabeça com um chiado mínimo, Kelsie caiu de cara na cama primeiro, suspirando quando os lençóis a acolheram com um abraço temporariamente fresco. Suas pálpebras se fecharam, e o calor do dia a esgotava. O cheiro fresco de vida das plantas e o arrojado, rico e limpo aroma que era todo de John McBride, de repente provocou suas narinas e a puxou longe do sono. 2
Abriu um olho espreitador, apenas para pegar uma parte de John do outro lado da ponta afiada de um caule de babosa, lançando o cheiro fresco de seus sucos pelo ar. Ele sentou na cama com cuidado, mal mexendo o colchão embaixo dela. Erguendo a mão, escovou o pulso através de seu cabelo, o pedaço de babosa entre seu polegar e indicador. “É só fechar os olhos e tentar não pensar muito sobre isso.” Esfregou a parte aberta da planta em seu ombro, e Kelsie arrancou quando a substância fresca cobriu sua pele em chamas, diminuindo imediatamente a temperatura e causando um pequeno arrepio. “É isso aí, bebê. É só deixá-lo fazer seu trabalho, e vai se sentir muito melhor de manhã.” Sua voz a acalmou tão completamente, que Kelsie não conseguiu se impedir de concordar. Fechou os olhos e deixou que o gel calmante da planta de babosa se afundasse e fizesse seu trabalho. Ao mesmo tempo, cada pequeno e grande momento que já tinha passado na companhia de John McBride passou como um seriado de TV em sua mente, direto sob o toque reconfortante de suas mãos fortes e gentis tratando sua queimadura. Ele terminou sem uma palavra, mesmo quando a virou para fazer os seios e barriga. Nem uma coisa maldita em seu toque era sexual, mas apenas ministrações cuidadosas de alguém querendo ajudar ao outro a se curar. Depois que terminou, ele a rolou de volta sobre o estômago e pressionou um beijo suave na parte de trás de sua coxa. Apagando a luminária do lado da cama, ela esperou ouvi-lo sair do quarto e ir assistir algum programa de TV. Ele saiu, mas alguns minutos depois, o enchimento macio de seus pés descalços voltou, e a luz de uma pequena lanterna através de uma cadeira e o banquinho próximo à janela, banhou o canto do quarto com luz suave. Ela esperou até que todos os ruídos se assentassem, então esgueirou uma espiada com o olho que não estava enterrado em seu travesseiro macio. Na cadeira, com uma perna dobrada e a outra esticada, sentava-se John, absorto em um livro. Bem ali, em sua cama, alternando entre queimar e gelar, Kelsie se apaixonou pela ruína de sua mocidade entre, seus anos de adolescente e adulta, melhor amigo de seu irmão gêmeo, John McBride.
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Não, não, por favor, não, não. Sabia que nunca poderia fazê-lo feliz no mundo real. Kelsie nunca se sentira mais infeliz em sua vida.
Capítulo Seis Sábado
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Covarde. Covarde. Covarde. Era isso o que Kelsie era. Uma completa co-var-de. Enrolando-se em seu lado na cama, Kelsie bebeu na vista de John dormindo profundamente na cadeira estofada, suas longas pernas esticadas longe sobre os banquinhos, e seus pés e panturrilhas oscilando pelo outro lado. Ele tinha se deslizado nas almofadas de pelúcia em algum momento durante a noite, mas o pobre homem tinha os ombros para frente e a cabeça inclinada em um ângulo desajeitado que o deixaria com um torcicolo no pescoço. Deveria acordá-lo e convidá-lo para cama, mas não conseguia fazer sua boca se abrir para dizer as palavras, e não conseguia se mover através dos cinco metros de espaço para cutucar seu ombro e o guiar para cama. Covarde. Doía para correr os dedos em seu cabelo despenteado e mandíbula barbada, acordá-lo apenas para poder olhar dentro daqueles olhos azuis incríveis que, após vinte anos de luta, de alguma forma roubaram seu coração — algo que tinha jurado que nunca ia enfraquecer e o entregar a ninguém. Muito menos para este homem. Como pôde se deixar apaixonar por um cara cujo mundo iria rejeitá-la? Como poderia dizer a este homem como se sentia, sabendo que mesmo que ele a quisesse por mais que esta semana, ela só iria prejudicar a vida que ele tinha trabalhado tão arduamente para construir? Não poderia nunca fazer isso. Ele amava aquele mundo e os negócios que ele e Grey tinham criado; Tinha prosperado ao assegurar um grande cheque para um novo empreendimento, assim como Grey tinha feito. Ambos brilhavam quando falavam sobre isso ao longo dos anos, gabando-se para sua avó daqueles dias antes que ela falecesse, sabendo o quão orgulhoso ele a fazia por vê-los bem sucedidos. Inchara orgulho em Kelsie também, o que era parte do problema. John levava uma vida de jantares caros da sociedade e trocando ideias com velhos ricos do sul, a fim de construir capital para a empresa dele e de Grey. Ele precisava de uma mulher que pudesse ajudá-lo nesse mundo, e Kelsie apenas não era essa pessoa. Ela nem sequer saberia como se vestir para isso, muito menos como se comportar e fazer aquela conversa fútil que parecia tão necessária para o
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sucesso em jantares corporativos. Além disso, todos os bonitos vestidos do mundo não poderiam cobrir seu cabelo rosa, suas várias tatuagens, e os diversos piercings. Claro, maquilagem, tintura, e a remoção dos aros de metal poderia esconder quem ela realmente era, mas ainda que estivesse disposta a fazer isso, não poderia censurar sua boca sarcástica e inteligente. Praticamente todas as conversas que já teve com John deveria ter provado isso para ele há muito tempo. Lágrimas picaram seus olhos. Kelsie respirou lento e fácil, lutando com tudo nela para enfiá-las de volta. Isso seria inútil. Havia aprendido assa lição há muito tempo também. Com sua visão limpa, encontrou John nas sombras novamente. Juntos, a menos de uma semana, e ela não podia imaginar ir para casa em um apartamento que não o teria nele com ela. Não conseguia sequer imaginar que abriria os olhos em dois dias e não o veria dormindo ao seu lado, e saber que o calor de seu corpo não iria aquecê-la até o ponto de superaquecer, quando a puxava contra seu peito e a abraçava apertado. Seu pulso acelerou e sua pele formigou com vida em só pensar sobre como John a segurava enquanto dormiam. Tão rapidamente também, seu peito apertou, e Kelsie puniu a loucura dessas novas necessidades por John, desprezando a umidade que atravessou sua determinação e vazou um ponto úmido em seu travesseiro. Ela não podia deixar-se ter John. Para consegui-lo por pouco tempo e perdê-lo em um ano ou dois anos, quando ele percebesse que não funcionariam como um casal, iria rivalizar com a dor que havia sofrido quando seus pais mandaram Grey e ela para longe. Tinha jurado que nunca passaria por isso de novo. Ainda assim, não conseguia desviar o olhar do rosto de John e da beleza afiada que nunca o abandonava, mesmo dormindo. “Eu te amo,” ela sussurrou, engasgando com as palavras que nunca tinha dito a um homem antes, seu coração quebrando. “Gostaria que eu fosse corajosa o suficiente para lhe dizer quando pudesse me ouvir.” John se mexeu, rolando para seu lado. Kelsie virou rápido, silvando quando suas queimaduras de sol rasparam através dos lençóis. Não importa. Ela não se atreveria a deixá-lo vê-la assim.
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Com o amor por ele brilhando em seus olhos. Covarde. John merecia melhor.
***** John limpou o balcão da cozinha enquanto Kelsie secava o último prato e o colocava no lugar. Trabalhavam em silêncio, mas nada nisso parecia sociável para ele. Uma meia dúzia de pés os separava, mas por tudo, hoje, poderiam muito bem ter sido cem milhas. Estudou Kelsie novamente fora de sua visão periférica, notando a tensão em seus ombros rosa-sol. “Kels.” Quando quebrou o silêncio, ela pulou pelo menos um pé fora do chão antes de se virar para enfrentá-lo. Ela olhou para seu lado, parando por um segundo, quando seus olhares se encontram, embora depois se virasse e começasse a dobrar o pano de prato úmido em um pequeno quadrado. “Sim? O que foi?” “Você está bem?” Perguntou, mantendo a voz suave. Não conseguia explicar, mas sentia que se levantasse a voz para ela — como tinham feito um com o outro por todas suas vidas — ela poderia quebrar diante de seus olhos. Sua Kelsie dura-como-prego. Não fazia nem um pouco de maldito sentido. “Você tem estado quieta o dia todo, e quase não comeu no jantar. O que está acontecendo?” “Nada.” Ela estalou o pano de prato dobrado recentemente aberto e o colocou na alça do forno para secar. “Só cansada.” Enquanto se movia através da cozinha — longe dele — ela brincava com o cabelo, torcendo o material rosa e espesso em uma trança frouxa. “Tinha esquecido o quanto ter uma queimadura de sol pode acabar com a gente, isto é tudo.” “Certo.” Frustrado que ela não o olhasse, John cavou os dedos na beirada do balcão em suas costas para se impedir de dar três grandes passos através do cômodo para agarrá-la com uma demanda de que olhasse para ele. “Quer ir em frente e se deitar?” Ela parou a meio-passo 2
com suas palavras, o corpo inteiro amarrando com tensão visível onde estava. “Posso esfregar um pouco mais de babosa em você, se quiser.” “Não, mas obrigado.” Ele jurava por Deus que ela avançava cada vez mais longe dele — um milímetro de cada vez — com cada palavra que dizia. “Acho que vou tomar um banho frio, e então tentar descansar. Não dormi muito ontem à noite.” Sua atenção finalmente foi até ele, e seus olhos estavam tão grandes e redondos que fazia o avelã parecer quase puro verde. “Por causa da queimadura de sol, quero dizer. Não estava confortável. Você entende.” Na verdade não. “Cuide-se, então, você precisa.” Esmagou a beirada do balcão maldito tão forte que machucou a ponta dos dedos. Ela segurava a linha das costas incrivelmente duro, e ainda, tudo sobre ela gritava “frágil” agora. Se ele sequer insinuasse que via isso, ela ia arrancar sua cabeça como um louva-deus faz com seu companheiro quando termina seu tempo com ele. “Estou aqui se precisar de mim.” Sua mandíbula cerrou, e ele jurava que tinha amaldiçoado baixinho. Um segundo depois, atravessou a cozinha e se lançou contra ele, fazendo sua respiração parar com o poder de seu aperto. Automaticamente a agarrou pela cintura e abraçou-a forte para sua frente. “Não era assim que deveria ser.” ela sussurrou. Embrulhou os braços em seus ombros e enterrou o rosto em seu pescoço, apertando-o com um poder incrível. Com a voz abafada, acrescentou, “Por que você não pode simplesmente voltar a ser o babaca que eu sempre soube que você era?” “Mel,” Cristo, ele era tão ruim em coisas como esta, “não sei o que devo dizer aqui se você não me disser o que está acontecendo.” “Nada.” Ela recuou, e seus dedos se moveram sobre sua mandíbula, fazendo-o doer por ela. Ela não parecia muito estável, mas ele não sabia o que fazer. “Você não precisa dizer nada, porque não há nada errado.” “Eu acho que há.” Ela olha rolou com verde e ouro, e Kelsie se inclinou e esmagou os lábios nos dele, roubando todo seu fôlego, junto com seus pensamentos. A ponta de seus dedos cavou sua
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mandíbula duro o suficiente para arranhar, lhe tirando um gemido, junto com um puxão de seu pênis. John a apertou pela cintura e a arrastou direto contra ele enquanto abria a boca, lhe permitindo aprofundar o beijo. Ela o mordeu e agarrou sua língua, chupando-a para dentro de sua boca de um jeito que o teve gemendo. Moveu-a até que teve suas costas contra o balcão, seu peso imprensando-a na frente. Foi para a bainha de sua camisa, desesperado para sentir seu corpo contra o dele. Assim que o fez, ela rasgou a boca longe da sua e saiu da prisão de sua alça. Seus seios levantando com cada respiração que tomava, seus lábios estavam tingidos com um vermelho profundo, e seus olhos brilhavam com umidade, cortando-o aberto por dentro. “Kelsie.” Ele tentou novamente. “Fale comigo.” “Não há nada para dizer, ok?” Ela se moveu para correr os dedos pelos cabelos, mas se pegou no meio do caminho e soltou as mãos, flexionando os dedos retos e largos em seus lados ao invés. “Só que você é grande e eu sou uma cadela, e que sinto muito se alguma coisa que eu lhe disse ao longo dos anos tenha batido muito fundo e verdadeiramente te machucado. Você precisa saber que nunca quis te machucar.” “Kelsie.” “Não.” Ela o cortou com a mão levantada. “Não disse isso para conseguir nada de você. Só queria que soubesse o que tenho pensado esta semana.” Recuando fora de seu toque, ela se desviou dele, e ele sentiu como se ela se afastasse mais do que a cozinha. “Vou tomar aquele banho agora. E gostaria de ficar sozinha, tudo bem? Obrigado, John. Por tudo.” “Kelsie.” “Não, por favor.” Com isso, desapareceu de sua vista sem outra palavra. John bateu o punho contra o balcão, dando boas-vindas a dor em suas juntas esmagando no granito. Tudo nele lhe dizia que deveria ir atrás dela. Dois passos em sua perseguição, e o tom instável de sua voz e as palavras “eu gostaria de ficar sozinha” ecoaram em sua cabeça, parando-o em seu caminho.
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Sozinho na cozinha, John amaldiçoou uma ladainha de palavras obscenas que não o fizeram se sentir nem um pedaço maldito melhor. Mas respeitou os desejos de Kelsie, e ficou longe.
Capítulo Sete Domingo
John tomou um gole de café e assistiu ao nascer do sol sobre o lago, a luz piscando contra a água como pedras preciosas nas ondulações lentas dos movimentos através da 2
superfície em uma brisa fresca da manhã. Não tinha conseguido dormir, e sabia por que. Ele a estava perdendo. Não entendia o que tinha dado errado, e não sabia como fazê-lo parar. Talvez tenha grosseiramente superestimado seu interesse nele, mas seu intestino lhe dizia que não era o caso. Mais provavelmente, tenha empurrado muito rápido e a feito fugir como um animal arisco, temerosa de confiar em algo que tinha começado praticamente da noite para o dia. Nunca deveria ter dito aquilo sobre “sempre” quando fez amor com ela lá fora, mas porra, a cada segundo que passava em sua companhia, achava mais e mais difícil manter a profundidade de seus sentimentos por ela presos por dentro. Tinha que tentar, portanto. Logo após ter feito esse erro foi quando ela havia começado a se afastar da proximidade que tinham compartilhado nos primeiros dias aqui na cabana. Não acreditava por um maldito segundo que seu silêncio tinha nada a ver com sua queimadura. Na manhã de ontem, a maior parte do rosa já tinha sumido. Tinha verificado por si mesmo. Esta retirada era por outra coisa. A mulher com quem ele passou o dia ontem, não era Kelsie, não sua Kelsie de qualquer maneira, e John não tinha gostado nem um pingo. Havia planejado usar esta semana para se infiltrar sob sua pele, e então convencê-la a levar sua nova relação de volta para casa com eles na esperança de que com o passar do tempo ela veria que eram um ajuste perfeito. Agora, temia que se não a empurrasse, ela provavelmente se afastaria para o ponto onde ele sequer conseguiria atraí-la com sexo. Por outro lado, se derramasse suas tripas, ela poderia também facilmente alçar voo e nunca mais deixá-lo vê-la novamente. John suspirou e esfregou o rosto, arranhando o restolho que cobria sua mandíbula. Pela primeira vez que em sua vida, não sabia qual caminho tomar. Não tinha um senso natural para sua próxima jogada. Sabia o que queria com absoluta clareza, simplesmente não sabia como agir para consegui-lo. Havia aprendido o que significava estar em uma família real, através de Kelsie e Grey na casa de sua avó. A paz que sentia nunca tinha sido repetida em qualquer outro lugar em sua vida. Agora, como adulto, não se conformaria com nada menos na família que queria
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criar para si mesmo. As mulheres frequentemente o deixavam depois de um curto espaço de tempo por uma razão e uma única razão: Ele não poderia lhes dar o que já pertencia a Kelsie. Agora, só tinha que descobrir um jeito de convencer uma mulher teimosa e apaixonada que no fundo ela queria a mesma coisa. Uma sombra caiu sobre John, e ele olhou até encontrar Kelsie, o cabelo rosa gloriosamente despenteado sobre os ombros, e um roupão penugento cobrindo seu corpo delicioso e convidativo. Ela mordeu a extremidade do lábio, e seus olhos castanhos pareciam preencher mais da metade de seu rosto. Instintos protetores o chutaram como ninguém fez. John imediatamente pegou sua mão e a atraiu para seu colo, puxando suas costas contra seu peito. “Qual é o problema?” Deslizando a mão dentro de seu roupão, colocou o queixo em seu ombro. “Fale comigo, Kels. Posso ver que algo está te incomodando. Diga-me o que é e farei tudo ao meu alcance para fazê-lo melhor.” A risada hesitante doeu seus ouvidos ao ouvir. “Você não pode fazê-lo melhor, John.” Cada palavra que ela falava se esfregava contra seu coração como um adeus. “Você é um homem determinado, mas mesmo você não pode consertar tudo. É meu problema, e tenho que lidar com isso. E para fazê-lo, vou sair mais cedo hoje. Assim que me banhar e me vestir, estarei indo para casa.” Não! Ele precisava de todas as horas que ela havia lhe prometido a fim de lhe mostrar que era mais do que o melhor amigo de seu irmão e um terno enfadonho. Seu braço apertou reflexivamente em volta de sua cintura, como se pudesse amarrá-la fisicamente e impedi-la de partir. De fato, por um curto período, ele poderia. Tinha uma última chance de fazê-la vê-lo como um companheiro. “Você é sua própria dona e não posso forçá-la a mudar de ideia.” Desatou o roupão e o espalhou aberto na frente. Cobriu seus seios cheios e macios, e suavemente amassou sua carne.
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Ela choramingou e apertou as coxas juntas, e ele sabia que ela já tinha começado a se lubrificar para sua penetração. “Dê-me uma hora para convencê-la a ficar.” “Não fará diferença.” A voz de Kelsie já soava ofegante. Ela esfregou a bunda sobre seu pau, e John nunca quis que uma roupa desaparecesse tão rápida em sua vida. Ele a guiou para frente e tirou o robe dos ombros, deixando-o cair em uma poça em sua cintura. “Se não vai mudar sua mente, então não importa se deixar acontecer.” Segurando-a em torno de suas costelas com um braço, John os guiou alguns centímetros da cadeira, puxando seu moletom abaixo das pernas e soltando o roupão na varanda. Doía para dobrá-la sobre a grade da varanda e se enfiar dentro dela, batendo em sua boceta apertada e úmida até que ambos gritassem seus orgasmos. Queria fazer isso, podia até se ver inserindo-a por trás, forçando através de seus lábios vermelhos fazendo beicinho, até que chegasse cada vez mais fundo. Ou, um dia, quando ganhasse algum controle ao redor dela, se Deus quisesse, ela emitiria outro convite para que ele tomasse sua bunda. Gemendo, John se recostou e atraiu Kelsie. Alinhando sua entrada lisa sobre o pênis duro e doloroso e o aconchegando em sua abertura aquecida. Sentando-a em seu colo, levou-a até o cabo. Ela afundou as unhas curtas em suas coxas, ofegando quando seu canal se fechou ao redor de seu pau e o abraçou bem fundo. Ao invés de se mover, John deslizou as mãos por todo corpo de Kelsie, gloriando-se em cada maldito centímetro dela, se liso e pálido, ou tatuado com um projeto sem igual. Esfregou seus braços fortes, parando sobre sua tatuagem de arabescos. “Tenho ciúmes desta tatuagem há quase dez anos.” Inclinou-se e beijou a parte complicada do trabalho. “Cristo, como eu quis as minhas iniciais junto com a sua, a de Grey, e da sua avó. Sempre desejei que eu fosse importante o suficiente para lhe garantir uma obra de arte em seu corpo.” “Grey lhe disse sobre esse projeto?” Ela se contorceu em seu pau enterrado, e John teve que cerrar os dentes para não esfaquear dentro dela com todo o poder de sua construção por trás disso.
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“Ele não me disse.” John grunhiu e agarrou os quadris de Kelsie, aquietando seus pequenos giros quentes. Chegaria até ela hoje, caramba, nem que fosse a última coisa que faria. Sabia que se ela fosse para casa, ele não teria outra chance. “Observo tudo sobre você, Kelsie.” Encerrando-a em seus braços, puxou suas costas contra seu peito. Beijou o alto de sua cabeça e enfiou o rosto contra o dela. “Não me diga que você nunca me viu olhando.” Ela cobriu uma de suas mãos e a atraiu para o seio, movendo-a sobre o mamilo distendido. Ele o rolou sob a palma, amando o jeito como a ponta se sobressaía contra sua mão, apedrejando enquanto ele jogava e beliscava. Kelsie gemeu e esfregou o rosto macio contra a aspereza de sua mandíbula. “Você sempre olha,” ela disse, e dor atou sua voz. “Você acha que sou estranha.” “Não.” Ele sacudiu a cabeça contra a dela, fazendo-a sentir a verdade. “Acho que você é fascinante.” Um som um pouco sufocado prendeu sua garganta. “Você não pode. Você nunca disse nada.” “Eu posso, e me arrependo que nunca fiz antes dessa semana.” Ele escovou seu cabelo de lado e se aconchegou em seu pescoço, movendo-se sempre muito lentamente para cima e lambendo atrás da orelha multi-perfurada. Com cuidado gentil, sacudiu a língua entre os espaços dos pequenos aros. “Não consigo tirar meus olhos de você porque não há ninguém mais capaz de capturar meu interesse e desejo como você faz.” O pênis de John pulsou dentro de Kelsie, chorando para se mover. Ele apertou cada maldito músculo em seu corpo e lutou contra a necessidade. “Quero saber a história por trás de cada tatuagem em seu corpo, e quero saber o que no inferno eu tenho que fazer para que você se importe comigo o suficiente para merecer uma também.” Uma bolha de riso estourou de Kelsie, apunhalando John no coração. Rejeição fatiou através dele, roubando seu fôlego e eviscerando-o mais fundo do que jamais imaginou ser possível. Apesar de todas as alfinetadas de um para o outro, nunca tinha pensado que esta
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mulher poderia rir de seus sentimentos. Ele gelou por dentro, e quando Kelsie cobriu sua mão com a dela, isso o queimou como uma ulceração. Ela deslizou a mão fora de seu seio e a moveu em volta de seu lado. “Olha lá,” ela disse, e sua voz era incrivelmente suave. “Tive que marcá-lo em mim desde que você assustou o cara com quem saí no verão que nos formamos no colegial.” John rosnou. “Ele não era bom o suficiente para você. Não respeitava sua inteligência da forma que um homem deveria com a mulher que ama.” Ele ergueu seu braço, as sobrancelhas unidas enquanto olhava a tatuagem preta de dois centímetros que parecia um pedaço de arame farpado. Esfregou a ponta do dedo sobre a curva da linha escura, curioso e insuportavelmente tocado. Em cima dele, Kelsie estremeceu. Sua boceta apertou ao redor de seu pau, dolorosamente lembrando-o que ainda estava todo enterrado dentro de seu corpo apertado. Ergueu o olhar para o dela, deixando seu braço cair de volta para o lado. “Por que esse projeto?” Perguntou, com a voz áspera. Seus olhos cor de avelã escureceram para floresta verde, mostrando uma riqueza de vulnerabilidade que nunca tinha lhe oferecido antes. Neste momento, ele não esconderia nada de si mesmo também. “Não entendo.” Novo rosa floresceu e tingiu as bochechas de Kelsie, mas uma sugestão de sorriso enfeitou seus lábios largos de vermelho-paixão também. “Porque desde o momento em que te conheci, você foi uma dor constante em meu lado. E eu sabia que você nunca iria embora, então tive que tatuá-lo em mim e torná-lo permanente.” Por uma fração de segundo, John não soube o que responder. Então, ele viu seu belo sorriso rastejar maior e maior, e um latido agudo de riso lhe escapou, preenchendo-o completamente com uma sensação de retidão e propósito, e lhe mostrando o caminho. Deslizou os dedos na abundância de seu cabelo e atraiu sua boca para a dele. Olhou em seus olhos, tão perto que conseguia ver as estrias de ouro em suas íris avelã. “Eu te amo, Kelsie.” Seus olhos se arregalaram e seu corpo arrancou contra o dele. Segurou-a com a outra mão em sua cintura, e os colocou em movimento. Dando-lhe tudo, compreendendo que se quisesse tudo dela, não podia se dar ao luxo de esconder nada. “Juro por Deus que acho que tenho desde o
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momento em que nos conhecemos e disputamos sobre quem jogaria action figures de Star Wars com seu irmão.” Umidade encheu seus olhos. “Não.” “Sim.” Ele lambeu a umidade, tomando seu medo dentro da alma. “Eu soube com certeza que a queria quando tínhamos quinze anos. Eu acidentalmente vi você nua em uma noite que dormi em seu apartamento. Pensei que você era a criatura mais linda que já tinha visto. Queria tanto ser seu namorado, mas sabia que eu tinha que ser melhor do que eu era para fazê-la gostar de mim mais do que de todos os outros.” “Não, John.” “Sim.” Ele a beijou, colocando todo seu amor desesperado por ela no toque. Agarrandose aos seus lábios, e buscando, e saboreando. Ela clamou e se abriu para ele. Seus dedos traçando sua mandíbula, segurando-o aberto para sua língua. Ela afundou dentro e roubou toda sua boca, fazendo-o gemer e estremecer com a necessidade reprimida. Com uma mão em sua cintura, John envolveu o outro braço através de seus seios e a segurou prisioneira a ele, finalmente, esfaqueando-se em seu calor como tinha ansiado fazer desde o segundo que ela tinha saído pra varanda. “Queria estar dentro de você desde o momento que entendi o que foder era,” confessou, balançando seu corpo inteiro contra o dela enquanto ondulavam como um. “Sonhei com nada além de fazer amor com você nos últimos dois anos. Parei de namorar completamente porque nenhuma daquelas mulheres era você.” Kelsie alcançou atrás dele e ligou as mãos no baixo de suas costas, fundindo-os mais íntimos, amarrando-os até mais intricadamente. Sua cabeça caiu para trás contra seu ombro, e ela se virou para seu pescoço. Com a voz abafada contra ele, sussurrou, “Você me pegou com a massagem.” “O quê?” Ele cerrou a mandíbula, lutando com tudo nele para não gozar. A boca se abriu contra seu pescoço, aquecendo sua pele com rasas alças pequenas. Ela se esforçou sobre ele, forçando um acoplamento angustiante e básico entre eles que não tinha nenhum estilo, só necessidade do núcleo. “Duas noites atrás, você me cobriu de babosa e passou
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o resto da noite ao meu lado lendo um livro.” Sua voz soava arranhada e crua com emoção. “Bem naquele momento, me apaixonei por você.” “Ahhh… Jesus Cristo, Kels.” Neste momento, sem qualquer aviso, John se empurrou dentro de Kelsie como se tivesse sido atingido por uma carga elétrica, e gozou como um garoto pré-adolescente descobrindo seu pênis. Em quase uma fração exata de segundo, Kelsie cavou os dedos em suas costas, arranhando através de sua carne com as unhas curtas. A boceta espremendo seu pau jorrando com tragadas insanamente apertadas, exigindo cada gota de sua semente. Grandes espasmos devastavam John enquanto ela se contorcia em cima dele, na agonia de seu próprio gozo. Ela torceu cada emoção despojada direto de sua alma, e John clamou roucamente por todos os cantos da montanha da Carolina do Norte, gritando o despertar das aves vivazes nas árvores enquanto atirava correntes quentes de esperma bem no fundo da única mulher que ele já amara. Na sequência, ambos ainda trêmulos, Kelsie tentou afastar-se. John segurou forte em torno de sua cintura e pressionou um beijo sobre a tatuagem de Phoenix alçando vôo de entre suas omoplatas. “Quero apenas começar a dirigir,” ele admitiu, sorrindo contra sua pele aquecida. “E quero continuar até encontrarmos o primeiro juiz de paz que vai nos casar hoje.” Kelsie se arrancou dele tão rapidamente que ele não conseguiu alcançá-la rápido o suficiente para mantê-la em seu colo. Pegou o roupão do chão e rapidamente se enrolou apertado. Com as mãos trêmulas, ela empurrou seu emaranhado cabelo rosa atrás das orelhas e olhou para cima, finalmente lhe mostrando o rosto. Medo o alcançou através de seus olhos arregalados e lábios trêmulos, golpeando-o no intestino. Moveu-se para se levantar, mas ela levantou as mãos e tentou mantê-lo afastado. Ele se levantou de qualquer maneira e a perseguiu, apoiando-a na grade da varanda. Prendendo-a lá com as mãos em cada um de seus lados. Seguindo seus olhos, se recusou a deixá-la se esconder mais dele. “Você disse que me ama.” Inclinou-se e mordeu seu lábio, então o acalmou com a língua. “Você não pode pensar seriamente que vou deixá-la fugir disso. Nunca mais.”
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***** Droga, ele tinha que fazer. Kelsie enrolou as mãos em punhos e bateu contra seu peito. Ele não se moveu. “Não significa que temos que nos casar!” Notas gritantes entraram em sua voz, mas ela não conseguiu suavizá-las. “Deus, por que você tinha que dizer isso?” “Por que diabos não?” Ele exigiu. “Acontece que amo cada coisa maldita sobre você, Kelsie, e quero que todos saibam disso. Estou cansado de fingir que não te quero cada vez que te vejo. Cristo, você tem alguma ideia de como é difícil para mim de evitar puxá-la em meu escritório e deixá-la nua cada vez que vem inocentemente visitar seu irmão no trabalho?” “Mas isso é apenas isso.” Ela cutucou seu peito. “Olhe para mim.” “Oh, estou olhando.” Puxou a gola de seu roupão, conseguindo um pouco de cisão para seu problema. “Não quis dizer isso.” Ela rosnou, desejando que ele parasse de ser tão deliberadamente obtuso. “Quero dizer olhe para você, e olhe para mim. Não aja como se não se importasse que você estivesse em um negócio conservador, enquanto eu por acaso tenho cabelo rosa, orelhas perfuradas meia dúzia de vezes cada, e um grande número de tatuagens.” “Sim.” O olhar de John finalmente ficou sério. Olhou direto em sua alma, e isso assustou a merda fora dela ainda mais do que sua provocação. “E você também por acaso possui um negócio muito bem sucedido de sua preferência, um que eu por acaso sei que já ganhou prêmios de pequenas empresas, mesmo que você não vá se gabar por si mesma. As pessoas com quem faço negócios estão tentando fazer isso. Se eles te conhecessem, passariam a noite te atormentando sobre isso muito mais fortemente que seu cabelo ou sua arte no corpo.” Kelsie o olhou, os olhos estreitados. “Estou falando sobre as pessoas com quem você tem que trocar ideias para conseguir o dinheiro para ajudar financiar aquelas outras pessoas com quem você está tentando me enganar, John. Estou falando sobre os super-ricos que querem que você os oriente para iniciativas empresariais que os fará ainda mais ricos. Estou falando 2
daquelas pessoas de dinheiro antigo, daquelas antigas famílias do sul. Eles não teriam confiança em entregar dinheiro a um homem que escolheu uma esposa que se parece comigo.” “E o que dizer de um cara cujo sócio é um homem gay? Você acha que estariam inclinados a dar para um cara como esse?” John lhe atirou um olhar conhecedor. “Porque eles fazem. Eles fazem isso agora, e faz isso o tempo todo.” Kelsie bufou. “Boa tentativa, McBride. Essas pessoas não sabem sobre meu irmão.” Grey era extremamente discreto. Ela sabia que poucas pessoas sabiam que seu irmão era atraído pelo seu próprio sexo. “Alguns deles fazem.” John compartilhou, chocando o inferno fora dela. “Você sabe que eu nunca mentiria para você, mas se não acreditar em mim, podemos ligar para Grey e tê-lo confirmando.” Porra, ele não lançaria um desafio desses para ela se não pudesse voltar com a prova. “Certo, tudo bem. Assim, algumas pessoas sabem que meu irmão é gay e não tiraram seu dinheiro de sua empresa.” Empurrou em seu braço até que ele finalmente abriu caminho para ela, e começou a andar em um ritmo furioso. “Isso não significa que deve ir logo e se casar.” John recostou o quadril contra a grade da varanda, totalmente nu, completamente confortável em sua nudez, como tinha sido em toda a semana. Deus, ninguém tinha o direito de ser tão lindamente esculpido, e ainda exalar uma completa masculinidade. Ele observava enquanto ela compassava nas tábuas da varanda, o olhar tão concentrado e intenso em Kelsie que parecia como uma proposta de negócios que ele examinava e decidia se queria ou não tomar uma aposta. Só que ele, aparentemente, já tinha decidido lhe dar uma chance, e não só isso, mas queira fazê-lo por um longo tempo. Como podia ser? Como no inferno John McBride tinha se apaixonou por ela? “Eu não te entendo, McBride.” Ela sacudiu a cabeça, desejando não querer correr para ele e se enterrar em seu peito, chorando sua aceitação em tudo o que ele lhe oferecia. “Não recue agora, Kels.” John a agarrou quando passou, parando-a em frente de onde ele estava. Seu olhar claro rodado com todos os tons diferentes de azul, traindo uma
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profundidade de emoção que não deixou escapar em sua voz. “Não volte a me chamar de McBride e nos colocar de volta à estaca zero. Diga-me o que realmente está te assustando aqui, e farei tudo que puder para colocar esse seu medo para descansar.” Lágrimas encheram os olhos de Kelsie, e ela odiou isso. Enxugou-as rudemente, e forçou o queixo para cima. “Não quero que se arrependa de uma decisão impulsiva, ok?” Limpou o nariz escorrendo horrivelmente, e notou o tremor nos dedos. A vulnerabilidade os fazia tremer, então os enfiou nos bolsos, longe de seus olhos atentos. “Não quero que acorde em um ano ou dois e descubra que você realmente não quer uma mulher que trabalha quase tantas horas quanto você, ou que no meio da noite assiste uma quantidade vergonhosa de filmes sentimentais que deveria achar idiotas, mas que secretamente ama, ou que nunca usará um tamanho perfeito seis, ou provavelmente até dobre cada vez mais. Não quero estar em seu braço em algum jantar de negócios e vê-lo secretamente esquadrinhar o salão e decidir de quem terá que me defender.” Sua voz falhava mais a cada confissão, mas não podia parar agora. Tinha que fazê-lo ver. “Mas acima de tudo, não quero amar alguém tanto que vai me quebrar se ele partir, quando, depois de apenas estar com você assim por uma semana, já me senti perdida quando acordei esta manhã e você não estava na cama comigo. Entrei em pânico, e corri aqui fora porque tinha certeza que veria que seu carro tinha ido. Odeio isso, detesto ser essa garota. ” “Hei, hei.” Ele a puxou em seus braços e a envolveu apertado. Recostado contra a grade, enfiou-a com firmeza entre suas pernas. “Shh, shh.” Esfregou suas costas e falou em seu ouvido. “Você acha que é a única que está com medo? Estava sentado aqui fora porque pensei que com certeza já tinha te perdido, e estava tentando descobrir uma estratégia para parar o sangramento antes que você desaparecesse da minha vida completamente. Eu a quis pela metade do tempo que estive vivo. Fui para faculdade e tentei ser perfeito em todos os sentidos para que me notasse e percebesse que eu era interessante e inteligente o suficiente para você. Só que, fui longe demais e te alienei, e a coloquei ainda mais fora do meu alcance do que nunca.” Ele inclinou sua cabeça para trás e segurou seu rosto, limpando seu rosto molhado com a ponta dos polegares. Ela nunca tinha visto o azul em seus olhos tão brilhantes, e isso roubou
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seu fôlego. “Não é por acaso que estou na cabana esta semana, Kelsie. Você me consome tão completamente que não há sequer um lugar na minha vida para sexo mais se não for com você. Admito ter vindo para cá com um tesão do inferno, procurando começar algo com você. Mas também vim aqui desesperado por uma chance de algum tempo a sós com você, de forma que você esperançosamente me visse e, finalmente encontrasse algo que gostasse em troca.” Ela soluçou em suas palavras, desejando desesperadamente não chorar tão lamentavelmente e exatamente do jeito que as mulheres naqueles filmes embaraçosos que ela amava, faziam tanto. Ele tinha falado tão belamente, porém, que tinha arrancado cada pingo de emoção direto de seu coração, tornando-a uma bagunça encharcada. “Então, respondendo à sua preocupação,” seus lábios se inclinaram para cima, naquele pequeno meio-sorriso que ela desesperadamente tinha vindo a amar nos últimos seis dias, “não é possível para eu deixar de amá-la e querer que você parta em alguns anos. Passei quinze anos secretamente tentando tê-la sem sucesso. Agora que a tenho, vou precisar de pelo menos mais cinquenta anos para satisfazer todos os sonhos sexuais que tive com você, e depois outros cinquenta juntos, mostrando o quanto te admiro e te adoro, só para compensar a perda de tempo.” Soltou um beijo em seus lábios virados para cima. “Então, como isso soou?” O coração de Kelsie parecia tão cheio a ponto de estourar, e ela queria gritar do cume mais alto da montanha que amava John McBride. Ao invés, inclinou a cabeça e estreitou os olhos nele. “Você veio aqui para me seduzir?” Ele nem sequer tentou desviar o olhar. “Inferno, sim.” “E Grey sabe disso?” Aquele sorriso malditamente sexy de John ficou maior. “Inferno, sim.” A ereção de John, já voltando e sobressaindo em sua barriga, estimulou um inchaço de resposta por entre suas pernas. Abaixou-se e encerrou o eixo em seus dedos, espremendo perto da base com apenas a quantia certa de pressão que ela sabia que ele gostava. John silvou, e apunhalou os quadris para frente em sua alça. Agarrou seus cabelos entre os dedos e forçou-a a olhar para ele. “É um acordo para minha proposta?” Beijou-a rápido e
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ferozmente. “Porque tudo que fizermos desse ponto em diante é equivalente a você dizendo sim para sempre comigo. É isso que você quer?” “Deixe-me soletrar pra você.” Kelsie se ajoelhou e escreveu sua resposta no pico-rígido do pau duro de John com a ponta da língua. John não teve qualquer dificuldade para ler as letras lambidas contra a lateral de seu pau. “Cristo, mel,” gemeu quando ela terminou e o engoliu fundo, “amo o jeito como você diz sim.” Ele a agradeceu na mesma moeda um pouco mais tarde, na cama, depois de ter recuperado o juízo. Enquanto John a segurava aninhado apertada contra o peito mais tarde aquela noite, Kelsie sorriu na escuridão e decidiu que talvez seu irmão não fosse um homem morto, afinal.
Epílogo John estremeceu, rangendo os dentes quando o calor da agulha queimou contra sua carne. Kelsie o escarranchou, mas fez uma pausa, erguendo o instrumento com o pequeno saquinho anexado longe de seu corpo. Ela o olhou, paciência brilhando em seus olhos. “Você está bem?” “Sim.” Ele assentiu, armando-se para tomar a dor pungente quando a agulha desceu em sua pele novamente. “Está quase terminado?” “Perfeição leva tempo, McBride.” Ela sorriu ao dizer isso, e John não a combateu.
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Ela o chamava assim sempre que estava com vontade de jogar com ele agora, por isso, mesmo enquanto estava sendo tatuado, ficou duro ao ouvir essa palavra de seus lábios. Ela olhou para cima por uma fração de segundo e piscou, reconhecendo sua excitação. Apertou os punhos em seus lados, lutando contra o desejo de agarrá-la e deixá-la nua. Cristo, ele tinha imaginado tomá-la aqui em sua loja de tatuagem ao longo dos anos em uma dúzia de maneiras diferentes, muitas delas com a pequena cortina fechada como estava agora, com outras pessoas ao redor. “Estou imaginando você me montando, seus seios exuberantes saltando enquanto me leva para dentro, tentando não ronronar do jeito que você faz quando meu pau esfrega seu ponto doce cada vez que se move.” “Cuidado.” Kelsie pegou um pano e limpou a tinta de sua pele. “Você não quer surpreender alguém que está colocando uma marca permanente em seu corpo. Tem sorte que tenho gelo nas veias quando trabalho.” Ela se inclinou para o lado e soltou a agulha. “Também tem sorte que eu tinha acabado de terminar quando você disse isso, então dê uma olhada.” Ela recuou para suas coxas para que ele pudesse se sentar. “Está feito.”
***** Kelsie ficou sentada, a respiração presa enquanto John olhava sua tatuagem. O projeto, ideia dele, e ele não deixaria ninguém marcar isso nele, exceto Kelsie. Em uma insígnia selada em um círculo sobre seu coração, o único lugar onde ele disse que ela pertencia, estavam os iniciais KM, para ela, Kelsie McBride. Ela piscou para conter as lágrimas, ainda bastante oprimida que este homem a amava, embora ele lhe mostrasse todos os dias de mil maneiras. John olhou para cima, os olhos suspeitosamente brilhantes também. “Está perfeito. Você já está sempre lá, não importa o quê. Agora, pode sempre vê-la, e ela pode lembrá-la naqueles dias quando você esquecer. Para mim,” ele enfiou as mãos em seus cabelos, soltando a trança enquanto a puxava para ele, “o que de fato a torna a tatuagem mais doce que você já fez.”
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Kelsie derreteu, abrindo para aceitar seu beijo. Esfregou-se contra sua ereção através das roupas, não conseguindo o suficiente dele para satisfazê-la. Quebrou o beijo e encontrou seu olhar aquecido. “Vamos para casa.” Fogo familiar faiscou nos olhos azuis de John. Agarrou os botões da camisa, atraindo-a para perto de seus lábios. E sussurrou contra eles, “Não vamos não.” Um profundo beijo de roubar a alma parou sua respiração depois e ele falou seu direito a isso. Honestamente, ela amava o homem tão malditamente, e era um questionador tão bom, que ela quase não provocava uma briga. Afinal, o que mais o dono de uma sala chamada The Sweetest Tattoo poderia fazer?
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